assédio moral e sexual
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Faculdade de Economia Universidade Coimbra
Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
Helena Rebelo
Coimbra, 2008
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Faculdade de Economia Universidade Coimbra
Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
Trabalho realizado no mbito da disciplina de Fontes de Informao Sociolgica da Licenciatura em Sociologia sob orientao de Paulo Peixoto.
Helena Rebelo
Coimbra, 2008
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Ficha Tcnica Disciplina: Fontes de Informao Sociolgica
Ttulo do trabalho: Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
Realizado por: Helena Isabel Avelino Rebelo
Curso: Sociologia
N estudante: 20080923
Data: Coimbra, Dezembro 2008
Logtipo Feuc (Faculdade de Economia Universidade de Coimbra): https://woc.uc.pt/feuc/ Imagem de capa retirada de: http://www.tdcj.state.tx.us/mediasvc/connections/JanFeb2005/images/sexharass.jpg
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
Quando somos abandonados pelo mundo, a solido supervel; Quando somos abandonados por ns mesmos, a solido quase incurvel.
Augusto Cury apud Pereira (s.d.)
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
ndice
1. Introduo 1
2. Desenvolvimento
2.1. Conceito de Assdio 3
2.2. Tipos de agressores 5
2.2.1. Agressor Psicopata 5
2.2.2. Agressor Possessivo 6
2.3. Fases do Assdio 7
2.4. Conceito do Assdio Moral 8
2.4.1. Tipos de Assdio Moral 9
2.5. Conceito de Assdio Sexual 10
2.5.1. Tipos de Assdio Sexual 10
2.6. Consequncias do Assdio Moral/Sexual 11
2.7. Enquadramento Legal 15
2.8. Preveno/interveno do Assdio Moral/Sexual 20
3. Descrio detalhada da pesquisa 23
4. Ficha de Leitura 25
5. Avaliao da pgina da Internet 28
6. Concluso 29
7. Referncias Bibliogrficas 31
ANEXO I
Texto de suporte da ficha de leitura
ANEXO II
Pgina da internet avaliada
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1
1. Introduo
O assdio moral e sexual no local de trabalho um tema cuja discusso
desafiante na sociedade contempornea. Por vezes, a abordagem desta temtica
torna-se um assunto tabu, sendo por esse motivo um tema que me suscita
curiosidade e interesse em explor-lo. Alm disso, analisando a evoluo do mundo
do trabalho, parece-me interessante compreender esta problemtica atendendo
progressiva industrializao das sociedades, bem como evoluo do mercado de
trabalho (i.e., crescente globalizao, necessidade de responder atempadamente s
exigncias do mercado, elevado competitividade). De facto, as alteraes ao longo do
tempo em termos das relaes no contexto de trabalho (e.g., evoluo das empresas
de uma perspectiva familiar para uma perspectiva mais capitalista, com um maior
nmero de trabalhadores) remetem para a necessidade de reflectir acerca de
comportamentos normativos versus comportamentos abusivos adoptados em
contexto laboral.
Por tudo isto, abordar a violncia no local de trabalho implica compreender o
contexto especfico em que ocorre. De facto, a violncia no contexto domstico ou a
criminalidade em contexto social tem sido alvo de larga investigao ao longo do
tempo. No entanto, a violncia perpetrada no local de trabalho, apesar de ter
comeado a ser alvo de ateno privilegiada em Portugal nos anos 80, tem sido
pouco estudada e a produo cientfica, nesta rea, ainda escassa.
Na verdade, os estudos neste domnio implicam alguns constrangimentos,
nomeadamente, em termos conceptuais (i.e., o que so comportamentos violentos?
Qual o limiar que distingue a violncia do que normativo?). De facto, a definio e
caracterizao dos comportamentos de violncia variam substancialmente em funo
do contexto social e cultural, pelo que a abordagem cientfica deste fenmeno torna-
se assim mais complexa. O presente trabalho pretende abordar a temtica da
violncia no contexto de trabalho, designadamente, o assdio moral e sexual. Assim
sendo, por um lado, sero apresentados os conceitos de assdio sexual e moral, as
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suas consequncias em termos pessoais e sociais, bem como questes de preveno
e interveno. Por outro lado, pretende-se explorar questes de cariz metodolgico,
nomeadamente, em termos de procedimentos e na explorao de fontes de
informao. Com efeito, importa reflectir acerca do processo de investigao e
pesquisa acerca da temtica, designadamente, no que se refere informao obtida
atravs das tecnologias de informao (i.e., anlise de uma pgina web) e dos
materiais impressos (i.e., ficha de leitura de um captulo).
Ainda assim, saliento que comecei a realizao do meu trabalho com a
procura de duas citaes, que se embutissem de uma maneira simples mas
psicolgica no corrente trabalho, para que na primeira os leitores procurassem partir
descoberta do tema em si, enquanto que na segunda me preocupei em a
mencionar no fim, para que os leitores reflectissem sobre a seriedade do tema em
questo.
Baseei-me ento, na fonte da internet http://www.ronaud.com/frases-
pensamentos-citacoes-de/augusto-cury site este produzido por Ronaud Pereira apud
Augusto Cury (s.d).
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2. Desenvolvimento
2.1. Conceito de assdio
Apesar das dificuldades em termos de conceptualizao de comportamentos
abusivos em contexto de trabalho, uma definio possvel de assdio postulada
pelo psiquiatra Meloy (apud Garrido, 2002: 16) e refere que O assdio compreende
diferentes comportamentos de perseguio ao longo do tempo; esta perseguio
vivida pela vtima como uma ameaa, e potencialmente perigosa.
No obstante esta definio genrica do assdio, salienta-se que existem
vrias formas de assdio, nomeadamente, os telefonemas a marcar encontros, ou o
simples facto de amedrontar a mulher com palavras ou actos mais invulgares.
Segundo Vicente Garrido (2002) os comportamentos de perseguio obsessiva mais
habituais podem ser listados da seguinte forma, desde o mais frequente at ao
menos comum:
1. Chamadas telefnicas
2. Vigilncia no lar
3. Vigilncia no trabalho
4. Perseguio na rua
5. Envio de cartas
6. Envio de correio electrnico
7. Danos propriedade
8. Ameaar prejudicar outros (familiares excepto filhos - ou amigos)
9. Ameaar fazer mal ou levar os filhos
10. Entrar em casa
11. Enviar prendas no solicitadas
12. Empurrar, espancar
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13. Ameaar
14. Insultar
15. Agresso/abuso sexual
16. Reter durante algum tempo (reteno ilegal)
17. Maltratar/matar animais domsticos
18. Enviar encomendas contendo coisas estranhas
19. Incendiar algo da ou na propriedade da vitima
20. Apresentar denncias sem fundamento polcia/ao tribunal
21. Roubar algo vtima
22. Molestar amigos/familiares (chamadas, pedidos absurdos, etc.)
23. Violar ou roubar o correio
24. Ameaar suicidar-se
25. Usar outras pessoas como meio para assediar
No entanto, importa notar que, neste momento, face evoluo tecnolgica,
o recurso s novas tecnologias de informao (e.g., internet), parece contribuir para
que esta nova modalidade de assdio neste contexto se torna cada vez mais
preocupante.
A compreenso deste fenmeno, e das suas dinmicas torna-se importante
na medida em que, estas experincias parecem constituir um factor de stress para as
vitimas, e por esse motivo tem recebido mais ateno por parte dos investigadores
nesta rea (Latack & Havlovic apud Shannon, Rospenda, & Richman, 2007). Alm
disso, no apenas as experincias de assdio e violncia em contexto de trabalho so
relevantes do ponto de vista dos estudos, mas tambm a forma como os indivduos
lidam com estas situaes parece merecer ateno especial por parte dos
investigadores.
Assim sendo, as estratgias utilizadas pela vtima para lidar com uma
situao de assdio, bem como o seu impacto, variam em funo das caractersticas
do indivduo bem como da situao abusiva (e.g., a durao, severidade da
experincia abusiva) (Shannon, Rospenda, & Richman, 2007).
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Do mesmo modo, face a uma situao de assdio no local de trabalho, a
procura de apoio de servios especializados varia em funo do tipo de assdio (e.g.,
o assdio sexual parece estar mais associado procura de servios legais e de
proteco laboral, Shannon, Rospenda, & Richman, 2007).
Por tudo o que foi mencionado, importante explorar as caractersticas dos
agressores, para melhor compreender as prticas de assdio, bem como as suas
consequncias.
2.2. Tipos de agressores
Quando se fala em assdio (moral ou sexual), inevitvel reflectir acerca do
papel da vtima e do agressor nesta dinmica de violncia. Assim, a literatura sugere
um conjunto vasto de tipologias que caracterizam diferentes perfis de agressores. No
entanto, uma vez que o presente trabalho no tem por objectivo explorar tipologias
de agressores, passaremos a abordar apenas dois tipos de agressor, por serem
aqueles que no meu ponto de vista Vicente Garrido confere maior nfase no livro
Amores Que Matam.
2.2.1. Agressor psicopata
De acordo com a literatura, este tipo de agressor torna-se possivelmente o
mais perigoso, temvel e o mais astuto de todos pois revela-se o mais violento e
destrutivo. Alm de mentiroso, este tipo de agressor tenta subjugar a vtima atravs
da manipulao, denotando-se a crueldade dos seus temveis actos. Este agressor
tem muita probabilidade de cometer outros actos anti-sociais como roubar, vandalizar
ou invadir propriedade alheia (Garrido, 2002). Alm disso, o indivduo com
caractersticas psicopticas tende a revelar sentimentos como, por exemplo, raiva,
ressentimento, desconfiana, irritabilidade, e dificuldade em aceitar a critica. Do
mesmo modo, a psicopatia aparece na literatura como estando associada a risco de
violncia sexual (Rebocho, 2007).
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Segundo Henrique Echebura (apud Garrido, 2002:59)
um psicopata capaz de pedir desculpa com muita prospia, quando
chega tarde. Talvez at explique durante uma pausa do programa o quanto
desejava ter feito parte, desde o incio, desse grupo teraputico. E
possvel que nos diga uma coisa do gnero: talvez tudo tivesse sido
diferente se eu tivesse sabido antes todas estas coisas.
2.2.2. Agressor Possessivo
O agressor possessivo considerado o agressor mais violento, aquele
que pretende que a mulher sofra intensamente, podendo a longo prazo
decidir matar. Segundo o psiclogo e filsofo Erich Fromm (apud Garrido,
2002:63)
Humilh-la, escraviz-la so meios para esse fim e o propsito mais
radical faz-la sofrer, j que no h domnio maior sobre outra pessoa do
que aquele que a obriga aguentar o sofrimento sem que possa defender-
se.
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2.3. Fases do Assdio
O assdio pode ser analisado ao longo de um processo relacional, em que o
agressor vai estabelecendo progressivamente uma determinada relao com a vtima,
e cujos comportamentos de assdio se contextualizam em dinmicas organizacionais
especficas. Assim, de seguida sero apresentadas fases segundo as quais o assdio
sexual pode ocorrer (Wikipedia, 2008).
Primeira fase
As organizaes, so um contexto privilegiado para o aparecimento de
conflitos, devido aos diversos interesses dos trabalhadores. Assim sendo surgem por
vezes problemas que se podem solucionar de forma positiva atravs do dilogo ou
pelo contrrio, constituem o incio de um problema profundo (Wikipedia, 2008).
Segunda fase
Nesta fase o agressor pe em prtica estratgias de humilhao utilizando
comportamentos de sacrificar, ridicularizar, menosprezar a vtima, isolando-a
socialmente. No sendo a vtima capaz de compreender o que se est a passar, esta
tender a negar a evidncia perante o resto do grupo (Wikipedia, 2008).
Terceira fase
Esta a fase em que a empresa intervm uma vez que o conflito comea a ter
repercusses no funcionamento da organizao. Assim surge uma possvel soluo
positiva, que passa por trocar o trabalhador de cargo para no surgirem mais
conflitos. No entanto, quando esta hiptese no possvel, a soluo negativa
quando o trabalhador passa a ser visto como um problema abater (Wikipedia, 2008).
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Quarta fase
A quarta fase chamada a fase da marginalizao, que pode conduzir ao
abandono do trabalho por parte da vtima. No entanto, as consequncias negativas
desta situao no passam apenas por questes laborais (pela perda de emprego),
mas tem tambm consequncias em termos de sade mental da vtima. Por vezes, a
vtima acaba mesmo por tentar o suicdio face instabilidade e desajustamento
psicolgico decorrente do processo de assdio (Wikipedia, 2008).
2.4. Conceito de Assdio Moral
O assdio moral no trabalho algo que se comea a discutir em estudos a
partir dos anos oitenta, sendo que ao longo dos tempos muitos foram os autores que
procuraram definir assdio moral no local de trabalho e por conseguinte o conceito
de assdio moral assenta sobre vrias designaes.
No entanto, para a Marie-France Hirigoyen, psiquiatra francesa:
O assdio moral no trabalho define-se como sendo qualquer
comportamento abusivo (gesto, palavra, comportamento, atitude) que
atende, pela sua repetio ou sistematizao, contra a dignidade ou a
integridade psquica ou fsica de uma pessoa, pondo em perigo o seu
emprego ou degradando o clima de trabalho. (Hirigoyen, 2002:14-15)
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Tambm para Hirigoyen (2002) se distinguem diferentes designaes ou
terminologias para o assdio moral, de onde se destacam:
9 Assdio moral: em Portugal e no Brasil; 9 Mobbing: deriva do ingls to mob e significa atacar, maltratar, verifica-se nos
pases nrdicos, na Suia, na Alemanha e na Itlia;
9 Harassment ou mobbing: nos Estados Unidos da Amrica; 9 Bullying: deriva do ingls to bully e significa brutalizar, tratar com rudeza
encontra-se na Inglaterra;
9 Ijime: descreve os vexames e humilhaes sofridas pelas crianas nas escolas no Japo;
2.4.1. Tipos de assdio moral
Tendo em conta que existem vrias organizaes no mundo do trabalho,
existem tambm vrios nveis hierrquicos. Neste sentido, o assdio moral deve ser
analisado de forma mais rigorosa, havendo por isso necessidade de distinguir o
assdio moral proveniente do empregador e aquele que provm da hierarquia. De
seguida so apresentados diferentes tipos de assdio moral em funo desta
questo.
Assdio vertical descendente (proveniente da hierarquia): refere-a ao assdio
perpetrado por um superior. A hierarquia de poder dentro de uma instituio
empresarial permite que o superior tire partido do poder que detm para assim
conseguir obter mais facilmente que o subordinado se submeta. (Hirigoyen, 2002)
Assdio horizontal (proveniente de colegas): mais frequente quando existem dois
colegas a disputar algo no trabalho, sendo esta estratgia um meio de dissuaso do
colega adversrio (Hirigoyen, 2002).
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Assdio misto: consiste no assdio horizontal que passa pelo assdio vertical
descendente (Hirigoyen, 2002).
Assdio Ascendente verifica-se quando um ou mais subordinados assediam um
superior (Hirigoyen, 2002).
2.5. Conceito de Assdio Sexual
O assdio sexual no local de trabalho refere a qualquer comportamento, ou
revelao, por palavras, ou aces, de natureza sexual, no pretendido pela pessoa a
que se destina e que se considera, portanto, ofensivo (Boto, 1989).
De acordo com fontes de informao nacionais, o assdio sexual um
fenmeno mais frequente do que o que o senso comum pode considerar. Um
exemplo disso o artigo facultado pelo Dirio de Noticias de 26 de Outubro de 2008.
No ano passado, a Associao Nacional de Pequenas e Mdias Empresas
(ANPME) acompanhou mais de 300 processos disciplinares por assdio
sexual. Um nmero que para o especialista Fausto Leite est muito longe
da realidade: "Calcula-se que em cada dez trabalhadoras h quatro
assediadas." Mas, ao contrrio de Ftima, a grande maioria das vtimas
esconde o drama. "Temos muito, muito poucas denncias. Era importante
que nos fizessem chegar [as queixas], que tivessem essa coragem, porque
so situaes que acontecem com cada vez mais frequncia", alerta o
inspector-geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho.
2.5.1 Tipos de Assdio Sexual
Quid Pr Quo: Quid pro quo significa isto por aquilo. Um exemplo de fcil
compreenso para esta forma de assdio sexual, ocorre quando um patro (ou
qualquer trabalhador de uma empresa) determina que s continuar a exercer a dita
funo na empresa ou subir na carreira ou ainda um aumento salarial, caso se
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submeta a certas condutas sexuais. Este abuso de autoridade considerado ilegal,
independentemente de recusar ou aceitar tais favores sexuais (Palo Alto Medical
Foundation, 2008).
Ambiente Hostil: Formas verbais, fsicas ou visuais de assdio de natureza sexual,
e que podem ser suficientemente severas, persistentes ou persuasivas. Um nico e
rgido incidente, como uma tentativa de agresso sexual, pode criar um ambiente
hostil. Mais precisamente, podemos dizer, que esse ambiente hostil criado por
uma srie de tumultos (Palo Alto Medical Foundation, 2008).
2.6. Consequncias do assdio moral/sexual no local de trabalho
Custos para as empresas
Tendo em conta que numa situao de assdio no local de trabalho possvel
que a moral e a motivao dos trabalhadores seja diminuta, tambm previsvel que
a produtividade possa decrescer. De facto, se um trabalhador est constantemente
preocupado com o facto de o agressor o poder vir a assediar novamente, no
consegue exercer o seu trabalho eficazmente. Ao mesmo tempo colegas que no
esto envolvidos ficam tambm desmotivados pois ao terem conhecimento dos
inaceitveis envolvimentos podero recear potenciais efeitos negativos desta situao
(Cape Gateway, 2005).
As empresas podem com efeito perder empregados valiosos, pois muitas
mulheres preferem rescindir contracto do que passar por desagradveis
confrontaes.
Numa diviso de uma empresa em que estejam empregadas vrias mulheres e
onde o assdio teve lugar, poucas mulheres ficam l mais do que trs meses. Ao
acontecer isto, quase que a diviso pode fechar, face ao alto recrutamento e custos
de formao em contraste com a fraca produtividade (Cape Gateway, 2005).
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O alto absentismo entre as mulheres pode tambm ser um resultado (ou um
possvel sintoma) do assdio, pois o stress causado pela no resoluo do problema,
assim como o medo de serem assediadas novamente pode conduzir a um problema
de sade, ou por seu turno encorajar as mulheres a ficarem seguras em casa
(Cape Gateway, 2005).
O conhecimento de que o assdio permitido pode enfraquecer os padres
ticos e a disciplina numa organizao em geral, na medida em que os trabalhadores
perdem respeito por colegas que desconhecem tal situao, mas vo ganhando
respeito de superiores, os quais tentam encobrir (Cape Gateway, 2005).
Custos legais
As empresas podem se multadas monetariamente se o problema for ignorado.
A aco pode-se voltar contra o empregador que sabe ou que deveria saber acerca
do assdio e que falha ao no tomar as necessrias medidas preventivas. Mesmo que
existam inadequadas formas de reclamao, um empregador deve dispor de
estratgias eficazes para o problema, mesmo que no tenha conhecimento do
assdio (Cape Gateway, 2005).
Quando uma organizao no tem nenhuma poltica esclarecedora acerca do
assdio sexual, pode vir a ter problemas se precisar de tomar medidas disciplinares
face a um agressor (Cape Gateway, 2005).
A clara falta de definio concreta de quais os comportamentos inaceitveis
acabam por beneficiar um agressor que se interponha em tribunal contra a empresa
(e.g., apelando contra as medidas disciplinares ou contra a resciso). A ttulo de
exemplo, de referir que h alguns anos atrs, um alto directivo numa grande
empresa Sul-africana foi demitido, quando foram revelados muitos anos de srias
perseguies a mais de uma dzia de mulheres. O seu comportamento prejudicou
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gravemente a empresa em termos de perda de produtividade, assim como a imagem
da mesma. Por conseguinte, quando o arguido apelou ao Tribunal Industrial, a
empresa no compareceu, temendo perder o caso, visto que no tinha nenhuma
poltica especfica ou definio clara acerca do assdio sexual naquele tempo (Cape
Gateway, 2005).
Custos pessoais As vtimas sofrem, geralmente, os mais elevados custos pessoais, embora os
autores ou mesmo os observadores possam, igualmente, ser prejudicados caso o
assdio acabe por ser descontroladamente permitido (Cape Gateway, 2005).
Poucas so as pessoas que, nunca tendo passado por tal experincia pessoal,
conseguem compreender a aflio e o terror que o assdio sexual pode originar. A
maioria das mulheres entendem-no como um insulto, que visa enfraquecer a sua
autoconfiana, assim como a sua eficcia pessoal. Similarmente acaba por
enfraquecer a sua confiana nos homens e nas pessoas de maior autoridade. No caso
das mulheres que foram abusadas sexualmente em criana ou mesmo em idade
adulta, uma possvel experincia negativa pode causar srio dano psicolgico (Cape
Gateway, 2005).
As mulheres que rescindem contrato devido a problemas de assdio sexual,
tm bastante dificuldade em conseguir boas referncias, ou conceder razes por ter
deixado o seu antigo emprego; podendo ter, assim, dificuldades em arranjar outro
trabalho. Neste sentido, esta experincia poder ter repercusses negativas na vida
da mulher a longo-prazo (Cape Gateway, 2005).
As mulheres que resistem ao assdio ou se queixam, podem ficar sujeitas a
ameaadas, como por exemplo, a recusa de uma promoo). Assim, estes
acontecimentos podero limitar a capacidade da mulher ao nvel da construo da
carreira e de desenvolvimento pessoal (Cape Gateway, 2005).
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uma chantagem e uma discriminao que no pode ser silenciada
(Boto, 1989:60)
Por outro lado, importa ainda referir que se os agressores utilizam estratgias
que conduzem a que a vtima permita o acto de assdio, esta situao poder
conduzir a implicaes srias no funcionamento da mulher, nomeadamente, em
termos de eficcia do trabalho, relacionamentos pessoais, casamento e
desenvolvimento pessoal (Cape Gateway, 2005).
Alm disso, quando os homens ou mulheres vem o assdio a passar inclume
podem perder a confiana nos seus superiores, podendo sentir-se ameaados pela
situao caso acreditem que outros esto a ser favorecidos porque esto a pactuar
com o assdio. Do mesmo modo, podem ser induzidos a ter o mesmo tipo de
comportamento caso essas paream ser as regras do jogo na sua empresa (Cape
Gateway, 2005).
Foi tambm neste mbito, atravs do centro de Investigao de Estudantes
de Sociologia do I.S.C.T.E.1 e pela comisso de Igualdade no Trabalho e no Emprego
(CITE) do ministrio de Segurana Social realizado um inqurito, onde analisaram
alm do procedimento de metodologia (i. e., construo de inquritos, pr-testes e
trabalho em campo) os resultados obtidos desses mesmos inquritos, onde focaram:
caracterizao de situaes, reaces e consequncias do assdio, e assim obtiveram
a seguinte concluso:
O assdio , portanto, uma questo que afecta as mulheres, enquanto
grupo, e no enquanto indivduos .() tem consequncias graves para as
suas vitimas, em particular, de acordo com os nossos resultados, ao nvel
emocional, mas tambm de mbito mais largo, como a acentuao da
insegurana no emprego, das dificuldades na progresso da carreira e no
desempenho no prprio posto de trabalho. Neste sentido, o assdio
1 I.S.C.T.E.- Instituto Superior do Trabalho e da Empresa - Lisboa
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constitui uma forma de descriminao sexual no trabalho, na medida em
que as suas consequncias no fazem seno reforar e reproduzir uma
imagem de instabilidade emocional das mulheres, impeditiva de um bom
desempenho no trabalho. (Amncio e Lima, 1994: 69)
2.7. Enquadramento legal do Assdio Moral/Sexual
O assdio sexual contemplado na legislao portuguesa, sendo descrito de
forma objectiva e salvaguardando os seus potenciais efeitos negativos para a vtima,
nomeadamente, em termos de ajustamento individual. Com efeito, esta salvaguarda
traduz-se na relevncia dada pelo quadro legal portugus ao impacto potencialmente
danoso para o bem-estar fsico e psicolgico da vtima.
Em Portugal existem muitas fontes que teoricamente se preocupam em
proteger as vtimas de assdio, desde o mais geral ao especfico.
Podemos ento verificar na Declarao Universal dos Direitos Humanos
que a partir do artigo 2, qualquer tipo de discriminao punvel, sendo que o artigo
3, defende o direito que qualquer ser humano tem vida, liberdade, e segurana.
Alm disso, ningum deve ser sujeito a um tratamento cruel ou degradante, tal como
formulado no artigo 5. Por conseguinte, o artigo 12 refere que ningum deve ser
sujeito a interferncias arbitrrias na sua privacidade, nem ataques sua honra e
onde todos tm direito proteco de leis (Vilas Boas, 2003).
Relativamente Constituio da Repblica Portuguesa, esta tambm
incide nas condies psicossociais do trabalho. Como cita M. Vilas Boas (2003)
segundo os artigos seguintes:
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Apura-se neste sentido no artigo 25.:
1-A integridade moral e fsica das pessoas inviolvel.
2-Ningum pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruis,
degradantes ou desumanos.
No Artigo 26:
1. A todos so reconhecidos os direitos identidade pessoal, ao
desenvolvimento da personalidade, capacidade civil, cidadania, ao bom
nome e reputao, imagem, palavra, reserva da intimidade da vida
privada e familiar e proteco legal contra quaisquer formas de
discriminao.
No Artigo 59:
Todos os trabalhadores [] tm direito: [] b) A organizao do trabalho
em condies socialmente dignificantes, de forma a facultar a realizao
pessoal e a permitir a conciliao da actividade profissional com a vida
familiar; c) A prestao do trabalho em condies de higiene, segurana e
sade.
No obstante, para alm disto, existe tambm a responsabilidade
organizacional na promoo de boas condies de trabalho que advm de uma
directiva comunitria (Directiva Quadro de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho
89/391/CEE de 12 de Junho de 1991), e que estabelece a necessidade de organizar
actividades com uma segurana adequada (Vilas Boas, 2003).
Os princpios gerais das directivas foram transfigurados para o direito
portugus, pelo Decreto-Lei 441/91 de 14 de Novembro, e posteriormente pelo
Decreto-Lei 26/94 de 1 de Fevereiro. Presentemente encontramos pontos que
reflectem o direito dos empregados de permanecerem fsica e mentalmente
saudveis no trabalho.
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Vilas Boas (2003) refere assim, estes pontos essenciais:
"O empregador obrigado a assegurar aos trabalhadores condies de
segurana, higiene e sade em todos os aspectos relacionados com o
trabalho" (artigo 8, ponto 1)
O empregador deve "proceder, na concepo das instalaes, dos locais
e processos de trabalho, identificao dos riscos previsveis, combatendo-
os na origem, anulando-os ou limitando os seus efeitos, de forma a garantir
um nvel eficaz de proteco" (artigo 8, ponto 2, alnea a)
O empregador deve "planificar a preveno na empresa, estabelecimento
ou servio num sistema coerente que tenha em conta a componente
tcnica, a organizao do trabalho, as relaes sociais e os factores
materiais inerentes ao trabalho" (artigo 8, ponto 2, alnea d)
O empregador deve "dar prioridade proteco colectiva em relao s
medidas de proteco individual" (artigo 8, ponto 2, alnea f)
No novo Cdigo do Trabalho (Lei n 99/2003 de 27 de Agosto) aparece j
sancionada a figura do assdio, sem distinguir os diferentes tipos de assdio
(psicolgico, sexual, racial, etc.), aplicando-se os respectivos artigos no s aos
contratos privados, mas igualmente relao jurdica de emprego pblico que
verifique a qualidade de funcionrio ou agente da Administrao Pblica. (Vilas Boas,
2003)
Assim sendo, o artigo 22 (Direito igualdade no acesso ao emprego e no
trabalho) revela o direito igualdade no acesso ao emprego e no trabalho, no
possibilitando a discriminao com base na ascendncia, idade, sexo, orientao
sexual, estado civil, situao familiar, patrimnio gentico, capacidade de trabalho
reduzida, deficincia, doena crnica, nacionalidade, origem tnica, religio,
convices polticas ou ideolgicas e filiao sindical (Vilas Boas, 2003).
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O artigo 23 (Proibio da discriminao) probe a discriminao em relao ao
mesmo conjunto de factores definido no artigo 22 (Vilas Boas, 2003).
Posteriormente, Vilas Boas (2003), refere que o artigo 24 (Assdio) se dirige
especificamente ao assdio, denotando-se:
"1 Constitui discriminao o assdio a candidato a emprego e a
trabalhador.
2 Entende-se por assdio todo o comportamento indesejado relacionado
com um dos factores indicados no n 1 do artigo anterior [ascendncia,
idade, sexo, orientao sexual, estado civil, situao familiar, patrimnio
gentico, capacidade de trabalho reduzida, deficincia, doena crnica,
nacionalidade, origem tnica, religio, convices polticas ou ideolgicas e
filiao sindical], praticado aquando do acesso ao emprego ou no prprio
emprego, trabalho ou formao profissional, com o objectivo ou o efeito de
afectar a dignidade da pessoa ou criar um ambiente intimidativo, hostil,
degradante, humilhante ou desestabilizador.
3 Constitui, em especial, assdio todo o comportamento indesejado de
carcter sexual, sob forma verbal, no verbal ou fsica, com o objectivo ou
o efeito referidos no nmero anterior."
Quanto ao Artigo 25, (Medidas de aco positiva) este abre a oportunidade
de se instaurarem, legalmente, medidas de discriminao positiva de grupos
desfavorecidos (directriz que resulta da Constituio) e por ltimo o artigo 26
(Obrigao de indemnizao) d ao discriminado o direito de ser indemnizado por
danos patrimoniais e no patrimoniais (Vilas Boas, 2003).
No obstante, salienta ainda Vilas Boas (2003) que a proteco contra o
assdio prevista na lei ainda reforada pelo artigo 120 (Deveres do Empregador),
define entre outras, as seguintes obrigaes do empregador:
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o trabalhador;
c) Proporcionar boas condies de trabalho, tanto do ponto de vista fsico
como moral;
d) Contribuir para a elevao do nvel de produtividade do trabalhador,
nomeadamente proporcionando-lhe formao profissional;
g) Prevenir riscos e doenas profissionais, tendo em conta a proteco da
segurana e sade do trabalhador, devendo indemniz-lo dos prejuzos
resultantes de acidentes de trabalho;
h) Adoptar, no que se refere higiene, segurana e sade no trabalho, as
medidas que decorram, para a empresa, estabelecimento ou actividade, da
aplicao das prescries legais e convencionais vigentes.
A proteco contra o assdio realizado por colegas ou subordinados tambm
reforada pelo Artigo 121 (Deveres do trabalhador), que descreve que os
trabalhadores, entre outras realidades esto obrigados a "respeitar e tratar com
urbanidade e probidade o empregador, os superiores hierrquicos, os companheiros
de trabalho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relao com a empresa"
(Vilas Boas, 2003).
Em suma, a generalidade das vtimas do assdio que opta por seguir em
frente com um processo no tribunal apela a fundamentos como o despedimento sem
justa causa e atentado dignidade (Vilas Boas, 2003).
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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2.8 Preveno/Interveno do Assdio sexual/moral
De entre muitos factores que podero influenciar o xito da luta contra o
assdio podem destacar-se, segundo Hugo Jorge (2008):
- O empenhamento da entidade patronal e dos trabalhadores na criao de
um ambiente de trabalho sem violncia;
- A definio dos tipos de aces no admissveis;
- A definio das consequncias do assdio e das sanes que implicar;
- A indicao do local e do modo como as vtimas de assdio podem obter
ajuda;
- O compromisso de no exercer represlias sobre os queixosos;
- A explicao do procedimento a seguir para apresentar queixa;
- O fornecimento de informaes sobre os servios de aconselhamento e de
apoio, e a garantia de confidencialidade.
O delito pode ento ser impedido quando existem medidas claras e bem
colocadas para todos os trabalhadores de uma empresa.
Empresrios, dirigentes e funcionrios devem encontrar no local de trabalho
uma relao positiva, evitar qualquer discriminao principalmente ligada questo
do assdio sexual, torna-se necessrio definir desde o incio a total desaprovao por
parte da empresa (Pinto, 2005).
A preveno torna-se ento fundamental para melhorar a vida profissional
evitando assim a excluso social e o desemprego posteriormente. No entanto, por
vezes, difcil distinguir entre assdio moral e conflitos interpessoais.
Evidenciando-se, assim, que a soluo mais eficaz ser, a adopo de uma
dupla estratgia, que abarque os esforos no sentido de combater o assdio moral e,
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simultaneamente, fomente melhorias ao nvel do ambiente psicossocial do trabalho
(Pinto, 2005).
Assim sendo segundo Agncia Europeia para a Segurana e a Sade no
Trabalho (2002) evidencia as possveis medidas para melhorar o ambiente
psicossocial no trabalho passam por:
Permitir a cada trabalhador a possibilidade de escolher a forma de
realizar o seu trabalho;
Reduzir a quantidade de trabalho montono e repetitivo;
Aumentar a informao sobre os objectivos organizacionais;
Desenvolver o estilo de liderana empresarial;
Evitar a falta de clareza na especificao de funes e tarefas.
Desenvolvimento de uma cultura organizacional em que o combate ao
assdio moral seja norteado por normas e valores:
Sensibilizao de todas as pessoas para o problema do assdio moral;
Investigao da dimenso e natureza do problema;
Formulao de uma poltica [ver caixa de texto];
Difuso eficaz das normas e valores organizacionais a todos os nveis da
organizao, por exemplo, atravs de manuais do trabalhador, reunies de
informao, boletins informativos;
Assegurar que todos os trabalhadores conheam e observem as normas e
valores organizacionais;
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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Desenvolver a responsabilidade e a competncia das chefias nas reas da
resoluo de conflitos e da comunicao;
Criar um contacto independente para os trabalhadores;
Levar os trabalhadores e os seus representantes a participarem na
avaliao de riscos e na preveno do assdio moral.
Ainda o Guia dos Direitos Humanos das Mulheres (Boto, 1989) que j
salientei priori como sendo algo de defesa interior da mulher, refere que quando a
mulher vtima de abuso no local de trabalho deve:
Manifestar claramente ao abusador o seu desagrado e recusa;
Procurar partilhar com algum o problema que a afecta falando com
familiares ou amigos da sua confiana ()
Apelar solidariedade dos colegas de trabalho;
Encarar o problema como coisa sria que realmente , para que o seja
tambm para quantos a rodeiam;
Recolher todo o tipo de provas possveis ()
Procurar a existncia de procura dos factos;
()
Apresentar queixa CITE (Comisso para a Igualdade no Trabalho e no
Emprego)
() (Boto, 1989: 59-60)
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3. Descrio detalhada da pesquisa
O tema assdio sexual e moral no local de trabalho foi seleccionado para
realizar o trabalho acadmico da cadeira de Fontes de Informao Sociolgica,
porque foi desde o incio o primeiro a despertar-me verdadeiro interesse. Talvez o
facto de ser um assunto ainda pouco abordado actualmente na sociedade e se
considere por vezes um tema constrangedor, possa constituir uma dificuldade na
minha pesquisa. Apesar de ser complicado encontrar informao abrangente,
procurei integrar diferentes tipos de pesquisa: internet e biblioteca (Biblioteca geral
da universidade de Coimbra e biblioteca da Faculdade de economia).
Na internet centrei-me no motor de busca Google pois antes de iniciar o
trabalho fiz uma pequena pesquisa nos trs motores de busca relevantes: sapo,
altavista e Google e depressa cheguei concluso que os dois primeiros possuam
muito pouca informao e sim muito rudo ao contrrio do Google. Com efeito ao
iniciar a minha pesquisa on line comecei pela palavra Assdio. A partir deste
vocbulo foram encontrados 1. 740 000 resultados. No obstante, pareceu-me
essencial limitar a pesquisa aos resultados mais significativos, como por exemplo, os
obtidos pela Wikipedia.
Por conseguinte, e recorrendo pesquisa booleana com as palavras-chave:
assdio moral obtive 346 000 resultados. Porm a informao obtida revelou ser
pouco adequada face aos objectivos do presente trabalho. Alm disso, explorei no
motor de busca Assdio sexual, obtendo 215. 000 resultados, dos quais considerei
pertinente destacar a notcia facultada pelo Dirio de Noticias.
Apesar de ter sido obtida informao muito diversa, importa notar que a
informao significativa relativamente problemtica em estudo me pareceu escassa,
sendo de salientar apenas os resultados obtidos a partir das palavras assdio sexual
no local de trabalho e assdio moral no local de trabalho (31.000 e 36.800 resultados
respectivamente) restringindo assim a pesquisa.
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Depois desta primeira fase de pesquisa, considerei pertinente explorar mais
informao em ingls, atravs da palavra-chave consequences sexual harassment,
tendo obtido 996.000 resultados. Com efeito, ao longo das pginas da internet que fui
consultando pude obter diferentes citaes acerca de investigao pertinente na
rea. Para complementar a informao digital recolhida, pareceu-me importante
recorrer ao catlogo da biblioteca geral da Universidade de Coimbra e tambm
biblioteca da Faculdade de Economia. A escolha destas fontes bibliogrficas decorre
da proximidade geogrfica e da facilidade de acesso.
A partir desta pesquisa obtive alguns livros que me pareceram muito
interessantes e bastante relevantes para o presente trabalho, como por exemplo, O
assdio no trabalho como distinguir a verdade, de Marie-France Hirigoyen. No
obstante, desta pesquisa bibliogrfica resultaram ainda fontes de informao menos
pertinentes.
Finalmente, de salientar algumas fontes de informao exploradas cuja
informao recolhida se verificou pouco relevante para o presente trabalho (e.g.,
Instituto Nacional de Estatstica, Centro Estudos Sociais).
Depois da supracitada pesquisa, pormenorizei aquela que considerei como
sendo realmente importante para os tpicos que delimitei relevantes para o meu
trabalho. Considero com efeito que dei maior relevncia aos livros pois considerei-o
material mais credvel e detalhado.
Com a continuidade do trabalho fui-me deparando com alguns problemas sobre determinada informao para alguns tpicos, assim consegui atravs de
conhecimentos pessoais mais alguma informao que me veio a ser muito til.
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4. Ficha de Leitura Ttulo da publicao: O Assdio no Trabalho Como distinguir a verdade
Autor: Marie-France Hirigoyen
Local onde se encontra: Biblioteca geral da Universidade de Coimbra
Cota: 7-75 A-1- 20
Data da publicao: 2002
Edio: 1
Local de edio: Cascais
Editora: Pergaminho
Ttulo do captulo: As consequncias especficas do assdio moral
Nmero de pginas: 151 a 159
Palavras-chave: Vergonha, humilhao, perda do sentido, desvitalizao,
rigidificao, psicose e assdio.
Assunto: As consequncias especficas que ocorrem aps o abuso da vtima.
Data da leitura: Dezembro, 2008
Notas sobre a autora:
A autora do livro Assdio no trabalho Como Distinguir a verdade, Marie-
France Hirigoyen nasceu em Frana, em 1949. Licenciada em medicina especializou-
se em psiquiatria, psicanlise e psicoterapia familiar. Por volta de 1985 inicia a
realizao de trabalhos e conferncias sobre gesto de stress.
Realizou em Frana e nos Estados Unidos formao de apoio vtima, tendo
comeado a desenvolver estudos sobre o assdio moral no trabalho. Entre 1995 e
2001 publicou alguns livros como: Assdio moral, violncia perversa no quotidiano e
Incmodo no Trabalho. Assdio moral: separar a verdade da mentira.
Participa tambm em grupos de reflexo sobre o assdio moral e divulga o
tema junto de diversas instituies e centros de formao.
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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Resumo
Este captulo centra-se essencialmente em explorar as consequncias
especficas do assdio moral no ajustamento dos indivduos. Assim, o presente
captulo aborda os potenciais danos que o assdio moral poder causar vtima (ao
nvel da sade fsica e mental).
Estrutura:
Vergonha e humilhao
A autora especfica as consequncias do assdio moral, designadamente, a
vergonha e humilhao sentidas das vtimas. As vtimas procuram reencontrarem a
auto-estima possivelmente perdida, procurando recuperar a honra pessoal. No
entanto, frequentemente, apenas tm vontade de se esconderem e de se afastarem
do mundo.
Quando o assdio individual, a vtima poder passar por uma fase de
vergonha e sentir muitas dificuldades em se exprimir. Porm para Marie-France
Hirigoyen o que realmente complicado no ter sabido (ou podido) fazer o que
era necessrio para deter o processo, so as humilhaes suportadas com boa cara,
as mensagens venenosas que no foram descodificadas a tempo (2002: 151).
Perda de sentido
Ainda ao nvel do impacto desta situao no ajustamento da vitima, a autora
refere a perda do sentido como podendo estar presente. Assim, a vtima poder
desenvolver um estado semelhante ao da esquizofrenia, podendo mesmo
desenvolver caractersticas paranicas. O assediado comea a duvidar da prpria
sade mental pois por vezes o comportamento inconsciente de colegas e
testemunhas a agirem como se nada se passasse (ou do a entender que sabem que
algo se passou), faz com que o assediado continue a passar por vrias fraquezas ao
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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nvel profissional e social. Tal como Hirigoyen salienta: A passagem aos actos de
agressividade so a consequncia directa da perda da noo de sentido e da
impossibilidade de se fazer ouvir (2002: 153).
Modificaes psquicas
Relativamente s modificaes psquicas, o assdio moral pode
eventualmente provocar uma alterao relativamente ao carcter da pessoa, pois
nestas situaes de violncia, o indivduo que verifica que no encontra meios para
se defender da situao abusiva pode desenvolver perturbaes de ordem
psiquitrica.
No entanto, tambm possvel que estes acontecimentos causem uma
mudana positiva, no sentido de se verificar uma possvel aprendizagem.
Por outro lado, a autora d nfase ao conceito de desvitalizao, onde reala
o efeito psquico que a pessoa pode atravessar, como uma neurose traumtica,
podendo conduzir a um quadro de depresso crnica. A vtima poder continuar
constantemente a pensar e a reviver o que passou.
Por conseguinte para outras pessoas que tenham sido assediadas surge uma
rigidificao da sua personalidade comeando por vezes a surgir sintomas de
parania pois de uma simples desconfiana rapidamente se torna numa parania
induzida. A experincia ensina-nos habitualmente a ser prudentes, mas as
experincias traumticas podem levar-nos a ser desconfiados em excesso
(Hirigoyen, 2002: 155).
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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A defesa pela psicose
O assdio moral pode eventualmente levar uma pessoa ao delrio produzindo
uma quebra das defesas psquicas. O consciente da vtima passa ento por
alucinaes auditivas e psquicas entrando em delrio de perseguio designando-se
esta como psicose alucinatria crnica.
5. Avaliao da pgina da internet http://www.avbdesign.com/assedio/apresentacao.html Para explorar a avaliao de uma pgina Web, seleccionei a pgina http://www.avbdesign.com/assedio/apresentacao.html, uma vez que esta
apresentava contedos muito relevantes e explcitos para a realizao do trabalho.
Apesar de no ser um site muito atractivo em termos de abordagem visual, tem um
contedo muito relevante, com informao muito precisa e que pretende informar o
utilizador sobre o assdio psicolgico (i.e., assdio moral).
Por conseguinte este site est devidamente dividido e de fcil acesso a todos
os tpicos, revelando-se de fcil pesquisa. Alm disso, h uma abordagem
integrativa, em que o contedo relacionado com vrias outras temticas.
Economicamente tambm uma pgina sem custos sendo de total acesso
para qualquer utilizador, o que actualmente consideravelmente um ponto bastante
importante pois cada vez mais se denota que muitas pginas da internet tm custos
para cederem a informao.
uma pgina que, porque no se encontra traduzida em outras lnguas,
limita muito a difuso da sua informao. Todavia permite que a informao possa
ser traduzida, desde que no seja para fins lucrativos.
No entanto verifica-se que ainda uma pgina muito recente e talvez por
isso ainda muito pouco apelativa com um nvel de esttica muito baixo. Foi
reproduzida em 2003 por, M. Vilas Boas com o auxilio de vrios livros de prestigio o
que d priori credibilidade ao contedo.
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6. Concluso
O assdio sexual e moral no local de trabalho foi um tema interessante,
tendo resultado de forma positiva no presente trabalho, salientando a satisfao
pessoal na sua realizao.
Apesar das dificuldades em termos de pesquisa, decorrente do facto de
o tema estar ainda a ser explorado no momento (e por isso serem escassos os
recursos disponveis), foi possvel recolher informao pertinente para o presente
trabalho.
A informao recolhida, atravs de diferentes modalidades e fontes de
informao, resultou num contedo abrangente, til e aprecivel acerca da
temtica. Com efeito, a informao obtida permitiu compreender o assdio numa
perspectiva de conceito, mas tambm em termos de consequncias e de
enquadramento legal. Apenas uma abordagem compreensiva nos permitir
melhor definir estratgias de preveno e interveno adequadas.Com efeito
desde j apelo a que um leitor que esteja realmente integrado neste assunto que
visite o endereo da pgina URL: http://www.youtube.com/watch?v=L5_uQ_P1-
Fw&feature=related elaborado por Natisteinhaus, consiste num vdeo sobre o
assdio moral, apresentado num trabalho acadmico para a disciplina de
Psicologia Organizacional na Universidade de Santa Cruz do Sul, onde faz uma
breve aluso, muito perspicaz sobre o tema mencionado.
Neste sentido, diferentes fontes de informao funcionam como
ferramentas teis, em funo dos nossos objectivos de pesquisa e do tempo
disponvel na procura de recursos (e.g., os recursos digitais so de mais rpido
acesso pela internet, ao passo que os livros podero apresentar mais
constrangimentos ao nvel da disponibilidade de tempo). No obstante, uma
gesto de tempo e de recursos adequada permite que a informao recolhida
assuma importncia significativa, quer na compreenso do tema, quer na
elaborao de um trabalho integrativo e critico acerca da problemtica.
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Quando uma pessoa pensa em suicdio, ela quer matar a dor, mas nunca
vida
Augusto Cury apud Pereira (s.d.)
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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7. Referncias Bibliogrficas
1) Livros:
Amncio, Lgia e Lima, Maria (1994), Assdio sexual no mercado de trabalho,
Comisso para a igualdade no trabalho e no emprego da Segurana Social.
Lisboa: Centro de Investigao e Estudos de Sociologia do ISCTE
Boto, Maria Alice (1989), Assdio sexual no local de trabalho. Lisboa: Comisso
da Condio Feminina.
Garrido, Vicente (2002), Amores que matam. Assdio e violncia contra as
mulheres. Lisboa: Pricipia.
Hirigoyen, Marie-France (2002), O assdio no trabalho. Como distinguir a
verdade. Lisboa: Editora Pergaminho.
Rebocho, M. F. (2007), Caracterizao do violador portugus. Um estudo
exploratrio. Coimbra: Edies Almedina.
Shannon, C., Rospenda, K., & Richman, J. (2007), Workplace harassment
patterning, gender, and utilization of professional services: Findings from a US
national study. Social Science & Medicine, 64: 11781191
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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2) Internet:
Agncia europeia para a Segurana e Sade no Trabalho (2002), O assdio
Moral no local de trabalho. Pgina consultada em 28 de Dezembro de 2008,
disponvel em http://osha.europa.eu/pt/publications/factsheets/23
Gapegateway (2005), Consequences. Pgina consultada em 20 de Dezembro
de 2008, disponvel em
http://www.capegateway.gov.za/eng/pubs/guides/S/63925/5
Jorge, Hugo (2008), Assdio no trabalho. Pgina consultada em 22 de
Dezembro de 2008, disponvel em http://hugo-jorge.blogs.sapo.pt/31690.html
Palo Alto Medical Foudation (2008), Types of Sexual Harassment. Pgina consultada em 20 de Dezembro de 2008, disponvel em http://www.pamf.org/teen/sex/rape_assault/sexualharass.html
Pinto, Welington Almeida (2005), Assdio Sexual no Local de Trabalho. Pgina
consultada em 27 de Dezembro de 2008, disponvel em
http://assediosexual.blogspot.com/2005/03/preveno.html
Vilas Boas, M. (2003), Enquadramento legislativo. Pgina consultada
em 23 de Dezembro de 2008, disponvel em
http://www.avbdesign.com/assedio/enquadramento.html
Wikipedia (2008), Fases. Pgina consultada a 19 de Dezembro de 2008,
disponvel em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ass%C3%A9dio_moral2
2 Esta pgina ou seco foi marcada para reviso, devido a inconsistncias e/ou dados de confiabilidade duvidosa.
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
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3) Citaes disponveis em:
Pereira, Ronaud (s.d.), Frases, Pensamentos, Citaes, Reflexes de Augusto
Cury. Pgina consultada a 22 de Dezembro de 2008 disponvel em
http://www.ronaud.com/frases-pensamentos-citacoes-de/augusto-cury
4) Artigo de Jornal on line:
Bastos, Joana e Maia, Slvia (2008) 40 % das mulheres vitimas de assdio
sexual no trabalho. Dirio de Noticias, 26 de Outubro de 2008. Disponvel em
http://dn.sapo.pt/2008/10/06/sociedade/40_mulheres_vitimas_assedio_sexual_t.
html
5) udio/visual:
Natisteinhaus (2007), "Assdio moral". Vdeo sobre assdio moral
apresentado num trabalho acadmico realizado na disciplina de Psicologia
Organizacional, na UNISC - Universidade de Santa Cruz do Sul. Pgina
consultada a 26 de Dezembro de 2008, disponvel em
http://www.youtube.com/watch?v=L5_uQ_P1-Fw&feature=related
6) Imagem de capa:
Criminal Justice Connections (s. d.), "TDCJs policy for sexual harassment: Zero
Tolerance". Pgina consultada em 30 de Dezembro, disponvel em
http://www.tdcj.state.tx.us/mediasvc/connections/JanFeb2005/agency2_v12no3.
html
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
34
Faculdade de Economia Universidade de Coimbra (2008), Woc. Pgina
consultada em 30 de Dezembro de 2008, disponvel em https://woc.uc.pt/feuc/
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
Anexo I
Hirigoyen, Marie-France (2002), As consequncias especificas do Assdio Moral
in Marie-France Hirigoyen (org.) Como distinguir a verdade. Cascais:
Pergaminho, 151-159.
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Fontes de Informao Sociolgica Assdio Sexual e Moral no local de trabalho
Anexo II
http://www.avbdesign.com/assedio/apresentacao.html
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