ata da 2.671ª sessÃo (ordinÁria) - tcm.sp.gov.br · no período da tarde, analisou processos....
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ATA DA 2.671ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
Aos vinte e quatro dias do mês de abril de 2013, às 10h35, no Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, realizou-se a 2.671ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município
de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros
Roberto Braguim, Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Corregedor, Maurício Faria e Domingos
Dissei, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais
Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia,
os Procuradores Joel Tessitore e Francisco Carlos Collet e Silva. A Presidência: "Havendo
número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foi posta
em discussão a ata da Sessão Extraordinária 2.670ª, a qual foi aprovada, assinada e
encaminhada à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou as seguintes presenças em
Plenário: Senhores Virgílio Marcon Filho, Chefe de Gabinete, e Marco Antonio Fernandes,
Chefe Financeiro, ambos da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Município de São Paulo – Prodam-SP S.A.; Senhora Pamela Flagon do Nascimento,
estagiária do escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados; e Senhor
Anselmo Nogueira Júnior, estagiário do curso de Direito da Universidade Paulista – Unip. A
seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do
Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 15 a 19 de abril: dia 15, no
período da manhã, reuniu-se com o Chefe de Gabinete da Presidência e realizou despachos
administrativos. No período da tarde, analisou processos. Dia 16, às 8 horas, reunião de pauta
com Assessores do seu Gabinete. Às 8h30, reuniu-se com o Secretário Especial de Relações
Governamentais, João Antonio da Silva Filho. No período da tarde, analisou processos. Dia
17, às 10h30, presidiu a 2.669ª Sessão Plenária Ordinária. Na sequência, foi relator na 2.670ª
Sessão Extraordinária para julgamento das Contas da Fundação Museu da Tecnologia de São
Paulo. No período da tarde, assinou documentos. Dia 18, às 8h30, recebeu a visita do Prefeito
de Embu-Guaçu, Clodoaldo Leite da Silva, do Vereador por São Paulo, Ricardo Nunes, do
Vice-Prefeito de Embu-Guaçu, Manoel Santos Silva, da Presidente da Câmara de Vereadores
de Embu-Guaçu, Maria do Céu Reis de Gouveia, e do Secretário de Educação, Ronaldo
Aparecido Bueno. Sobre esse assunto, foi publicada a seguinte reportagem na intranet e
internet: "Prefeito de Embu-Guaçu e parlamentares visitam o TCM. O Presidente Edson
Simões, acompanhado do Conselheiro Corregedor e dirigente da Escola Superior de Gestão e
Contas Públicas, Eurípedes Sales, recebeu a visita do Prefeito de Embu-Guaçu, Clodoaldo
Leite da Silva, no dia 18 de abril. Também estiveram presentes, o Vereador por São Paulo,
Ricardo Nunes, o Vice-Prefeito de Embu-Guaçu, Manoel Santos Silva, a Presidente da
Câmara de Embu-Guaçu, Maria do Céu Reis de Gouveia, o Secretário de Educação, Ronaldo
Aparecido Bueno, e o Chefe de Gabinete do TCM, José Camilo dos Santos. Na oportunidade,
o Presidente Edson Simões falou sobre o trabalho desenvolvido pela Escola Superior de
Gestão e Contas Públicas do TCM, direcionado ao treinamento e aprimoramento dos
servidores públicos de São Paulo e dos diversos municípios conveniados. O Conselheiro
dirigente da Escola colocou os cursos do Centro de Ensino à disposição do município de
Embu-Guaçu, reafirmando o propósito de contribuir com o bom funcionamento da
Administração Pública." No período da tarde, reuniu-se com Assessores de várias áreas do
Tribunal para tratar de assuntos técnico-administrativos. Dia 19, às 10 horas, recebeu a visita
do Presidente da Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom) e
Conselheiro do TCM da Bahia, Francisco de Souza Andrade Neto. No período da tarde,
recebeu e avaliou os relatórios de atividades das várias áreas do TCM. Prosseguindo, a
Presidência submeteu ao Egrégio Plenário o TC 2.892.12-54 – TCMSP – Comissionamento
– Nilse Maria Costa Camillo Rehm – Comissionamento "Pela deliberação dos Senhores
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Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Corregedor, Maurício
Faria e Domingos Dissei, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no
sentido de autorizar o comissionamento da Servidora Nilse Maria Costa Camilo Rehm,
Agente de Fiscalização, Registro TC 515, lotada neste Tribunal, para, com prejuízo das
funções, mas sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens de seu cargo, prestar
serviços na Câmara Municipal de São Paulo, até 31 de dezembro de 2013." Dando
continuidade, o Conselheiro Presidente Edson Simões pronunciou-se como segue: "Com
pesar, participo o falecimento da Senhora Nair Marangoni, mãe da Servidora Rosana
Marangoni Gonçalves, lotada na Unidade Técnica de Serviços Gerais, ocorrido no dia 17
passado. Com pesar, participo, também, o falecimento do Senhor Amílcar Luís Vicente, pai
do Servidor Marcelo Vicente, lotado na Assessoria Jurídica de Controle Externo, ocorrido no
último dia 18. A Presidência, em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte,
enviou ofícios de condolências às famílias enlutadas. Esgotados os assuntos do expediente,
concedo a palavra ao Conselheiro que a solicitar." Solicitando a palavra, o Conselheiro
Corregedor Eurípedes Sales manifestou-se nos seguintes termos: "Senhor Presidente,
como nós não teremos sessão na próxima quarta-feira, eu queria fazer dois comunicados, que
são muito importantes, da Escola de Contas. O primeiro comunicado é que, no próximo dia
30 de abril, agora, na semana que vem, o nosso Servidor Valmir Leôncio vai fazer uma
palestra sobre "Mudanças na Contabilidade Pública" na Fundação Prefeito Faria Lima, no
Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Pública Municipal – Cepam. O evento é
denominado "Jornada Municipal – Executivo: Desafios do Exercício de suas Competências"
e contará ainda com as seguintes palestras: "Município na Federação Brasileira", "Poder
Executivo: Atribuições", "Políticas Públicas Locais", "10 Dicas para Construir uma
Prefeitura Inovadora", "A Importância do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos". O evento é
direcionado aos Prefeitos e aos dirigentes municipais do Estado de São Paulo. Ademais,
como já se disse em Plenário, este tema vem em boa hora, uma vez que 2013 é o ano da
Contabilidade. Quero trazer ao conhecimento do Tribunal este evento do Cepam e, ao mesmo
tempo, convidar também algum colega do Tribunal que queira ir assistir ao evento que é
muito importante e dar, mais uma vez, os parabéns ao Valmir Leôncio que, aliás, no Brasil,
talvez seja o maior nome da Contabilidade que está sendo adotada agora, em 2013, como
norma da Administração Pública." Ao ensejo, o Conselheiro Presidente Edson Simões
assim se expressou: "Parabéns pela iniciativa, Conselheiro Corregedor Eurípedes Sales, e
também à sua equipe." Ainda de posse da palavra, o Conselheiro Corregedor Eurípedes
Sales prosseguiu: "Agora, o segundo comunicado da Escola é uma palestra sobre "Colesterol
e Doenças do Coração". A Escola de Contas está promovendo um ciclo de debates sobre a
prevenção de doenças cardiovasculares e qualidade de vida no trabalho. Os principais temas
abordados serão: Tabagismo, Colesterol, Obesidade, Hipertensão, Depressão, Dependência
Química, Alcoolismo. A proposta deste ciclo de debates é municiar o servidor público
municipal de conhecimentos e hábitos saudáveis, proporcionando condições de
desenvolvimento pessoal do indivíduo, bem como o seu bem-estar. Aliás, o programa
japonês de Gestão pela Qualidade, que é o programa TQM, ele já dava o programa de 5s. O
primeiro 'S' era apenas o necessário; o segundo 'S' era organização; o terceiro 'S' era a
limpeza e o quarto 'S' era a saúde. Então, na verdade, nós estamos cuidando aqui do quarto 'S'
do programa de Gestão pela Qualidade Total. Este primeiro debate vai ter como figura
principal o Doutor André Árpád Faludi. E quem é o Doutor André Árpád Faludi? Ele é
Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP. Ele é Chefe da Seção Médica de
Dislipidemias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, portanto é um médico
preocupado com o colesterol. É Fundador do Departamento de Arteriosclerose da Sociedade
Brasileira de Cardiologia e é Presidente do Congresso de Arteriosclerose da Sociedade
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Brasileira de Cardiologia de 2013. Ele proferirá a palestra "Colesterol e Doenças do Coração"
no próximo dia seis de maio. Em trinta de abril, temos o Leôncio lá na Cepam e depois, seis
de maio, no Auditório da Escola de Contas, no período das 10 às 12 horas, a palestra.
Participarão deste evento como debatedores pelo TCM o Doutor Edmur Moura Sales Filho,
Chefe do Gabinete Médico, e os Doutores Ernesto Vicente Crenith e Alex Vatutin Hato, do
Gabinete Médico. Convidou-se também a nutricionista do TCM Cristina Mari Sototuka para
explanar sobre os melhores padrões de dieta para evitar o colesterol alto. Então, Senhor
Presidente, esses são os dois comunicados que eu tinha que fazer da Escola de Contas, nesta
semana." Continuando, o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator "deu conhecimento ao
Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Trata-se de representação
interposta pela empresa Planet Print Black & Color Ltda. – EPP, em face do Edital do Pregão
Presencial 01/SPMO/2013, deflagrado pela Subprefeitura Mooca. Na Sessão Ordinária de
número 2.660, o Egrégio Plenário referendou a medida de suspensão temporária do referido
edital. Após análise da documentação encaminhada pela Origem, a Assessoria Jurídica de
Controle Externo entende que, com a alteração procedida, a representação perdeu o seu
objeto. Isto posto, submeto o presente à decisão dos demais pares, propondo seja revogada a
medida liminar de suspensão concedida, nos termos do artigo 31, parágrafo único, inciso
XVII, do Regimento Interno deste Tribunal. Diante da perda do objeto noticiada nos autos,
proponho, ainda, o arquivamento do feito, por medida de economia processual.' Afinal, o
Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a revogação da suspensão cautelar do Edital do
Pregão Presencial 01/SPMO/2013." (Edital do Pregão Presencial 01/SPMO/2013 –
Certidão) Na sequência, o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator "deu conhecimento ao
Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Trata-se da análise do Edital da
Concorrência 001/2012, formulado pela São Paulo Transporte S.A. O objeto consiste na
contratação de serviços técnicos para solução integrada de tecnologia da informação do
Sistema de Bilhetagem Eletrônica (Bilhete Único). Em face das conclusões alcançadas pelos
Órgãos Técnicos deste Tribunal, foi determinada, pelo Ilustre Conselheiro Roberto Braguim,
a suspensão "sine die" do procedimento licitatório. Diante da necessidade de nova publicação
do edital, devidamente saneado, entendeu o Nobre Conselheiro Relator que o fato
caracterizaria instauração de novo procedimento licitatório, ainda que mantido o objeto
original. Redistribuído o feito, determinei o encaminhamento dos autos à Assessoria Jurídica
de Controle Externo para manifestação sobre as justificativas apresentadas pela Origem.
Após minuciosa análise, aquela especializada entende que a concorrência em causa poderá
ter seu prosseguimento autorizado e, em sendo liberada a sua continuidade, deverá o prazo de
divulgação ser devolvido, a partir da republicação do edital, tendo em vista diversas
alterações procedidas pelos Boletins de Esclarecimentos e Comunicados e o tempo decorrido
da suspensão. Isto posto, submeto o presente à decisão dos demais pares, propondo seja
revogada a medida liminar de suspensão concedida, nos termos do artigo 31, parágrafo único,
inciso XVII, do Regimento Interno deste Tribunal.' Afinal, o Egrégio Plenário, à
unanimidade, referendou a revogação da suspensão cautelar do Edital da Concorrência
001/2012." (Edital da Concorrência 001/2012 – Certidão) A seguir, o Conselheiro
Eurípedes Sales – Relator "deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do
seguinte despacho: 'Trata-se de representação interposta pela Construtora Brasfort Ltda., em
face do Edital da Concorrência Pública 001/13/SIURB, deflagrado pela Secretaria Municipal
de Infraestrutura Urbana e Obras. O objeto consiste na contratação de obras e serviços de
drenagem urbana no Município de São Paulo, no âmbito do PRA – Programa de Redução de
Alagamentos, subdivididos em um total de 05 (cinco) Lotes. Aduz a representante que a
licitação não foi devidamente precedida da audiência pública, nos termos do artigo 39 da Lei
Federal 8.666/93. Questiona também o critério de julgamento a ser aplicado. À vista da
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manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo e diante da presença do "fumus boni
juris" e do "periculum in mora", determinei "ad cautelam" a suspensão temporária do Edital
da Concorrência 001/13/SIURB, com fundamento no artigo 19, incisos VII e VIII, da Lei
Municipal 9.167/80, e no artigo 101, § 1º, alínea "d", do Regimento Interno deste Tribunal.
Determinei, ainda, a remessa de cópia da representação e da manifestação jurídica à
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb para conhecimento e
apresentação das justificativas cabíveis. Dada a urgência conferida a esta licitação por parte
da Origem, já no dia 22 próximo passado, técnicos da Secretaria, juntamente com o
Ilustríssimo Senhor Secretário da Pasta estiveram em meu Gabinete para entender a
suspensão do certame e promover as medidas corretivas necessárias. Na oportunidade, a
Origem fez juntar aos autos os documentos de fls. 49-87. A Assessoria Jurídica de Controle
Externo, após exame, entende que, de fato, a Audiência Pública foi realizada no dia
15/2/2012. Relativamente à questão do critério de julgamento, entende que as justificativas
trazidas pela Secretaria legitimam o procedimento pretendido, nos termos do Comunicado
divulgado em 23/3/2013. Conclui, ao final, pelo recebimento da presente representação e, no
mérito, pela sua improcedência. Nos termos do artigo 196 do Regimento Interno deste
Tribunal, submeto a decisão monocrática de suspensão temporária do Edital da Concorrência
001/13/SIURB aos nobres pares para referendo, propondo, de imediato, sua revogação, nos
termos do artigo 31, parágrafo único, inciso XVII, também do Regimento Interno deste
Tribunal, eis que não remanescem dúvidas a respeito do prosseguimento do certame.' Afinal,
o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a revogação da suspensão cautelar do Edital
da Concorrência Pública 001/13/SIURB, bem como acompanhou a proposta de arquivamento
da representação, pela perda do objeto, sugerida pelo Conselheiro Maurício Faria." (Edital
da Concorrência Pública 001/13/SIURB – Certidão) Passou-se à Ordem do dia. –
JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSO RELATADO PELO CONSELHEIRO
VICE-PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM – a) Contratos: 1) TC 660.11-17 –
Secretaria Municipal de Educação – SME e LV Distribuidora de Materiais Ltda. – Contrato
187/SME/2010 R$ 73.140.000,00 – Aquisição de "kits" de Uniformes Escolares
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, considerando a
gravidade com que se apresentam as irregularidades – aderência à ata de registro de preços de
outro município, inadequação do parâmetro eleito e ausência de comprovação de
economicidade – apontadas pelos Órgãos Técnicos desta Corte, em julgar irregular o
Contrato 187/SME/2010, decorrente da Ata de Registro de Preços 006/2010 do Município do
Rio de Janeiro. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto
Braguim – Relator, Eurípedes Sales – Revisor e Maurício Faria, em não aceitar os efeitos
financeiros da contratação. Vencido, em parte, o Conselheiro Domingos Dissei, que aceitou
os efeitos financeiros. Acordam, ainda, à unanimidade, em aplicar ao responsável a multa no
valor de R$ 542,00 (quinhentos e quarenta e dois reais), com fundamento nos artigos 52,
inciso II, da Lei Municipal 9.167/80 e 86, inciso II, e 87 do Regimento Interno deste
Tribunal. Acordam, também, à unanimidade, em determinar o envio de cópia do relatório,
voto e do presente Acórdão aos Excelentíssimos Senhores Prefeito e Presidente da Câmara
Municipal de São Paulo, para conhecimento; ao Senhor Secretário Municipal de Educação de
São Paulo, ao Senhor Secretário Municipal de Educação do Rio de Janeiro e ao Ministério
Público do Estado de São Paulo, para conhecimento e adoção das medidas cabíveis.
Acordam, outrossim, à unanimidade, nos termos da proposta do Conselheiro Maurício Faria,
inserta na sua declaração de voto, em determinar o envio de cópia do relatório, voto e do
presente Acórdão a todos os Secretários Municipais e Presidentes de Órgãos da
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Administração Indireta – Fundações, Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista – do Município de São Paulo, a fim de que a Administração seja orientada
quanto à posição deste Tribunal para a questão – a utilização indevida da ata de registro de
preços pelo instituto do "carona" – tratada nos presentes autos. Relatório: Trata-se da análise
do Contrato 187/SME/2010, atrelado à Ata de Registro de Preços 006/2010 do Município do
Rio de Janeiro, cujo objeto consiste na aquisição de "kits" de uniformes escolares, no valor de
R$ 73.140.000,00 (setenta e três milhões e cento e quarenta mil reais). De início, esclareço
que relatarei a matéria em ordem cronológica para que se possa alcançar com maior clareza
por que foi utilizada a Ata de Registro de Preços do Município do Rio de Janeiro.
Primeiramente tramitou nesta Casa o TC 2.962.10-76, no qual se examinou Representação
formulada pela Indústria de Equipamentos de Segurança MAC Ltda., questionando a
legalidade do Edital do Pregão 37/SME/2010, que objetivava o fornecimento dos "kits" de
uniformes escolares com serviços de operação logística de montagem, embalamento,
transporte, distribuição e entrega. O Certame foi suspenso por este Tribunal, porém, após o
encaminhamento de nova minuta reformando o edital, foi liberado o seu prosseguimento.
Ocorre que a Secretaria Municipal de Educação deliberou não dar continuidade à Licitação,
preferindo utilizar a Ata de Registro de Preços do Município do Rio de Janeiro. Desse modo,
a Representação foi julgada prejudicada, por maioria, pela perda de seu objeto, em face da
revogação do Certame Licitatório, com determinação de instauração em outro processo – o
que ora se analisa – de Procedimento Fiscalizatório para verificar a legalidade e regularidade
do Contrato 187/SME/2010, firmado entre a Secretaria e LV Distribuidora de Materiais
Ltda., detentora da Ata de Registro de Preços 006/2010 do Município do Rio de Janeiro. Daí
decorre que os pontos cruciais na presente análise referem-se à legalidade da utilização da
Ata de Registro de Preços mencionada e à existência ou não de economicidade dela
decorrente. Quanto ao primeiro tema, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle, ao avaliar
os artigos 7º1 da Lei Municipal 13.278/02 e 8º
2 do Decreto Federal 3.931/01, entendeu ser
taxativa a disposição da lei municipal, de sorte que somente as Atas de Registro de Preços
dos Governos Federal e Estadual de São Paulo é que poderiam ser utilizadas por este
Município, concluindo ser irregular a utilização da referida Ata do Município do Rio de
Janeiro. Em relação ao segundo ponto, asseverou que a Secretaria deveria providenciar
ajustes nas questões de logística, já que esta não fora prevista na Ata utilizada. Além disso, a
pesquisa de preços realizada em outubro de 2010 (prévia ao Pregão 37/SME/2010) e similar à
relativa ao "kit" da Ata de Registro de Preços 006/2010 do Rio de Janeiro, revelou majoração
em razão da alta do preço do algodão, de modo que não havia, nos presentes autos, condições
de saber se uma pesquisa de preços, caso fosse realizada, obteria preços maiores do que os
apurados na pesquisa de mercado anteriormente realizada. Também foram objeto de
questionamento pelo Órgão Técnico: a) o desrespeito ao princípio da legalidade, por não
haver previsão legal de "duas bermudas de tactel" incluídas no "kit"; b) a infringência ao §
1º3 do artigo 54 e ao inciso I
4 do artigo 55 da Lei Federal 8.666/93, pela divergência entre o
1 "Art. 7º Fica facultada a utilização, pelos órgãos municipais, dos registros de preços do Governo Federal e do
Governo do Estado de São Paulo, obedecidas as condições estabelecidas nas respectivas legislações". 2 "Art. 8º A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou
entidade da Administração que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão
gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem".
"§ 1º Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da Ata de
Registro de Preços, deverão manifestar seu interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que este indique os
possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a ordem de classificação". 3"Art. 54, § 1º. Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade
com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam".
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objeto consignado no Contrato, no Termo de Referência da Ata de Registro de Preços
006/2010 do Rio de Janeiro, e o tratamento informal com a detentora dessa Ata para adaptar
os itens do "kit" de uniforme escolar aos alunos da Rede Municipal de Ensino do Município
de São Paulo; c) o desrespeito ao artigo 415 da Lei Federal 8.666/93, pela divergência entre o
prazo de entrega estabelecido no Contrato e o consignado na Ata adotada e em seu Termo de
Referência, sendo que deveriam ser observados os prazos da Ata; d) a desobediência ao § 1º
do artigo 54 e inciso II6 do artigo 55 da Lei de Licitações, em razão da divergência entre a
execução do objeto descrita no Contrato, consubstanciada na Ordem de Fornecimento 02/10,
o consignado no Termo de Referência da Ata e o que está sendo tratado em outro Processo
Administrativo direcionado à contratação dos Correios para a distribuição dos "kits"; e) a
infringência ao artigo 41 da Lei Federal 8.666/93, em face do descumprimento das normas e
condições do edital, ao qual a Administração acha-se estritamente vinculada, bem como em
razão das cláusulas de sanções administrativas serem genéricas e sem previsão das situações
de sua aplicabilidade, em desrespeito ao inciso VII7
do artigo 55 da Lei de Licitações; f) a
não disponibilização, no "site" da Prefeitura do Município de São Paulo, das informações
relativas ao Contrato, ferindo a Lei Municipal 13.226/2001. De sua parte, a Assessoria
Jurídica de Controle Externo concordou com aquela Subsecretaria no sentido de ser ilegal a
adesão à Ata de outro Município, que, ademais, deveria ser precedida da demonstração da
devida vantajosidade, de modo que a contratação se mostrou irregular. Lembrou, ainda, que a
Ata utilizada não coincidia com as necessidades da Secretaria Municipal de Educação,
especialmente no tangente às peças fornecidas e à logística de distribuição dos uniformes aos
alunos, que não constavam do contrato firmado. Sugeriu, no entanto, a oitiva da Secretaria
para prestar esclarecimentos em nome do princípio do contraditório e da ampla defesa.
Oficiada em duas oportunidades, no tocante à adesão à Ata do Rio de Janeiro e à
economicidade na contratação, a Secretaria aduziu que a primeira se mostrou como a única
opção viável para a distribuição dos "kits" de uniformes escolares, em razão da suspensão
"sine die" do Pregão 037/SME/2010 pelo Tribunal de Contas, ressaltando que ela representou
um preço inferior ao valor aferido na pesquisa de mercado, ainda que considerada a
contratação separadamente dos custos com logística e distribuição, razão pela qual esta se
mostrou vantajosa e econômica. Rebateu, ainda, os demais itens enumerados pela
Subsecretaria de Fiscalização e Controle. Em pronunciamento acerca dessa manifestação, a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle manteve seu parecer pela irregularidade do Contrato
187/2010/SME. A Assessoria Jurídica de Controle Externo foi, então, instada a se manifestar,
inclusive no que se refere à legalidade da aderência à Ata do Rio de Janeiro e acerca da
existência ou não de economicidade na aquisição dos "kits" de uniformes escolares. Em
parecer de peso, a Assessoria aduziu que o mecanismo do "carona" foi instaurado pelo
Decreto Federal 3.931/01, permitindo que órgãos ou entidades que não participaram do
registro de preços pudessem se utilizar de ata registrada em âmbito federal. Apontou, porém,
que, em âmbito municipal não havia esta possibilidade, em virtude do disposto no artigo 7º
da Lei 13.278/02, motivo pelo qual a adesão questionada mostrou-se inadequada. Destacou
que esta Corte de Contas já decidira desta forma nos TCs 1.561.10-90 e 2.394.09-51. Em
4 "Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: I - o objeto e seus elementos
característicos". 5 "Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente
vinculada". 6 "Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: (...) II - o regime de execução ou a
forma de fornecimento". 7 "Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: (...) VII - os direitos e as
responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas".
7
relação à economicidade, asseverou não ser possível aferir se, realmente, a utilização do
instituto do "carona" foi o mais adequado e isto porque não foram considerados, na
comparação de preços efetuada pela Secretaria, itens como o seguro, a segurança patrimonial
e outras obrigações, ressaltando que "a SME não instruiu os autos com informações
suficientes que corroborassem a comparação entre a Ata de Registro de Preços do Rio de
Janeiro e os dados que utilizou como justificativa para a alegada economicidade". Por fim,
concordou com a manifestação da Auditoria, com exceção, apenas, da matéria relativa à
pesquisa de mercado (fls. 102/112), – uma vez que os itens apresentados pelas empresas
tiveram por base os mesmos constantes da Ata de Registro de Preços carioca – e no que se
refere às sanções administrativas (Cláusula Décima Quarta), pois em razão da adesão à Ata
mencionada foram necessárias algumas adaptações nesta Cláusula, feitas pela Secretaria, em
relação ao que constava originalmente na minuta do Contrato, sem, contudo, modificar o teor
daquelas sanções. Opinou, pois, pela irregularidade do Contrato, podendo ser relevados os
itens mencionados. Em seguida, o Sr. Alexandre Alves Schneider, Secretário Municipal de
Educação, à época, responsável pelas falhas apontadas, foi várias vezes oficiado para
apresentar defesa deixando, nessas oportunidades, transcorrer "in albis" os prazos
concedidos, findando por intervir nos autos para utilizar-se dos argumentos já lançados pela
Secretaria. Quanto ao instituto do "carona", defendeu sua legalidade por constituírem, as
regras do Decreto Federal 3.931/01, normas gerais sobre licitação e contratos administrativos,
de competência privativa da União, consoante artigo 22, XXVII8, da Constituição Federal.
Em nova manifestação, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle ratificou seu entendimento
pela irregularidade do Contrato em comento, destacando, ainda uma vez e quanto à
economicidade, que o demonstrativo elaborado pela Secretaria não abrangia itens como
seguro, segurança patrimonial e outras obrigações que compuseram as normas do Pregão
037/SME/2010 e realçando que "não há nos autos pesquisa de preços ou cópias de contratos
dos serviços de armazenagem, logística e distribuição, de forma a embasar os valores
constantes do referido demonstrativo", não havendo fundamentação para a alegação da
Secretaria de que teria ocorrido economia de 30% (trinta por cento) na aquisição dos "kits" de
uniformes escolares por meio da Ata do Rio de Janeiro. Uma vez mais a Assessoria Jurídica
de Controle Externo ratificou seu parecer anterior pela irregularidade da contratação. A
Procuradoria da Fazenda Municipal, por sua vez, em manifestação conclusiva, endossou
integralmente as manifestações da Administração Pública, na busca de demonstrar que o
Contrato em foco, no seu aspecto formal, encontrava-se adequado. Quanto à economicidade,
destacou o acerto da conduta da Secretaria, em razão da relevante finalidade pública que a
distribuição dos "kits" de uniformes escolares representa. Sucessivamente, na hipótese de
rejeição, requereu o reconhecimento dos efeitos financeiros decorrentes do Contrato, por
razões de segurança jurídica. A Secretaria Geral, por seu turno, acompanhou "in totum" o
defendido pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, opinando, assim, pela irregularidade
do Contrato 187/SME/2010. É o relatório. Voto: Registro, por primeiro, a falta de previsão e
de cautela da Secretaria neste caso, pois a abertura do Pregão 037/SME/2010 – que antecedeu
à adesão à Ata do Rio de Janeiro – foi marcada para o dia 12 de novembro de 2010, quando
já havia pouco tempo hábil para a realização de todo o procedimento – considerado complexo
– e voltado à distribuição dos "kits" de uniformes no início do ano futuro aos alunos da rede
municipal, sendo certo que à Administração não é permitido desconhecer os percalços que
uma Licitação desse porte pode ensejar. Assim, não há como prevalecer a justificativa 8 "Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XXVII – normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecendo ao disposto no art. 37, XXI, e para as empresas
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III".
8
oferecida pela Pasta, no sentido de que se viu tangida a aderir à Ata disponível em razão da
suspensão do certame licitatório que esta Corte determinara. Efetivamente, a Secretaria, ao
depois desses anos todos em que vem distribuindo uniformes escolares, já deveria estar
adequadamente aparelhada para desenvolver, com recomendável folga temporal, os
procedimentos exigidos para tanto. Acresce que da leitura dos autos decorre, que mesmo
antes do encaminhamento a esta Casa da versão corrigida do Pregão 37/2010 (1º/12/2010), a
Secretaria já havia solicitado autorização para utilização da Ata do Rio de Janeiro
(24.11.2010), tudo a corroborar o entendimento de que a Pasta não mostrou zelo no
encaminhamento de aquisição que se repete todos os anos. Na sequência, aduzo que as
principais questões discutidas nos autos, como já mencionado no relatório, dizem respeito à
análise da legalidade da adesão à Ata de Registro de Preços do Município do Rio de Janeiro e
à verificação da existência de economicidade na utilização desse instrumento para o
fornecimento de "kits" de uniformes escolares. Tangentemente à possibilidade de uso de Ata
registrada por Município diverso, os Órgãos Técnicos e a Secretaria Geral foram uníssonos
em considerá-la irregular em face das expressas disposições insculpidas no artigo 8º do
Decreto Federal 3.931/01 e no artigo 7º da Lei Municipal 13.278/02. Determina o artigo 8º do
Decreto Federal 3.931/01: "A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser
utilizada por qualquer órgão ou entidade da Administração que não tenha participado do
certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão gerenciador, desde que devidamente
comprovada a vantagem. § 1º. Os órgãos e entidades que não participaram do registro de
preços, quando desejarem fazer uso da Ata de Registro de Preços, deverão manifestar seu
interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que este indique os possíveis fornecedores e
respectivos preços a serem praticados, obedecida a ordem de classificação". Isso significa que
tanto a União quanto outros órgãos ou entidades não participantes do certame licitatório
poderão utilizar a Ata de Preços Registrada no restrito âmbito federal devendo, para tanto,
demonstrar o interesse em aderir aos seus termos. Em seara municipal, no entanto, há
regramento específico manifestado no artigo 7º da Lei 13.278/02, que estabelece: "Fica
facultada a utilização, pelos órgãos municipais, dos registros de preços do Governo
Federal e do Governo do Estado de São Paulo, obedecidas as condições estabelecidas nas
respectivas legislações". (grifei) Resulta claro, portanto, que o Município de São Paulo pode
se utilizar de Ata do Governo Federal ou Estadual de cuja elaboração não participou, não se
admitindo, entretanto, a adesão à Ata de outro Município. Este entendimento, aliás, como
bem ponderou o então Agente de Fiscalização, Wellington Urbano Marinho, em brilhante
parecer, foi ratificado nos autos dos TCs 1.561.10-90 e 2.394.09-51 desta Corte, ambos de
Relatoria do Conselheiro Maurício Faria, considerando-se ilegal a adoção do instituto do
"carona" em nível estritamente municipal. Assim decidiu o E. Plenário, no acórdão prolatado
no TC 1.561.10-90, por votação unânime, com suporte em voto assim expresso: "No entanto,
resta, a meu juízo, um impedimento insuperável ao reconhecimento da legalidade dos atos
praticados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social quando da
utilização da Ata de Registro de Preços da Prefeitura de Mongaguá. Tal como já reconhecido
à unanimidade por este Tribunal Pleno, quando do julgamento do TC 2.394.09-51, em Sessão
Ordinária realizada em 06 de outubro de 2010, a legislação municipal sobre licitação não
permite a adesão a atas de registro de preço de outros Municípios (...). De acordo com a
legislação municipal sobre o assunto, não há, a princípio, ilegalidade na utilização do
expediente administrativo denominado ‘carona em sistema de registro de preços’. No
entanto, a Lei Municipal prescreve a possibilidade de utilização de atas de registro de
preços apenas dos órgãos e unidades da União e do Estado de São Paulo, restando
9
excluída, de início, a utilização de ata de outro Município, como ocorreu "in casu".9
(grifei) De todos esses argumentos deflui a impossibilidade do Município aderir à Ata de
Registro de Preços de outro ente da mesma esfera, isto por expressa determinação legal.
Passo a examinar na sequência as condicionantes do chamado "carona" ou participante
extraordinário. No que tange aos pressupostos da adesão, ressalto que, a meu sentir, aderir à
Ata implica aceitá-la exatamente do modo que ela foi elaborada, não só em relação às
quantidades10
e ao preço11
como, sobretudo, no tocante ao seu conteúdo e características,
notadamente se se considerar a natureza do objeto registrado, cuja escolha fica intimamente
condicionada ao clima da cidade adquirente. Valho-me nesse particular de trecho do artigo
intitulado "Sistema de registro de preços: aspectos controvertidos da figura do ‘carona’", de
Helena Alves de Souza Dias, Juliana Cristina Lopes de Freitas Campolina e Juliana Gazzi
Veiga de Paula que, reproduzindo citação constante da Consulta 862.974, de 25 de maio de
2012, sendo Relator o Conselheiro Mauri Torres, do Tribunal de Contas do Estado de Minas
Gerais, assim se pronunciam: "Finalmente, cumpre registrar que a aplicabilidade do
Registro de Preços é notável quanto a bens uniformes e padronizados, entendidos como
tais aqueles cujo preço seja o único elemento de comparação, como é o caso de
medicamentos, em que deverão ser observados para a escolha os componentes das fórmulas
e não os laboratórios fornecedores, os quais, como se sabe, apresentam os mais variados
preços"12
(grifei). Vale dizer, para utilizar o sistema de carona, a Prefeitura do Município de
São Paulo deveria manter a padronização do objeto, não podendo adaptá-lo às suas
necessidades específicas, como ocorreu "in casu". Nesse particular, de ser conferido o Ofício
002/SME-GAB/2002, pelo qual a Secretaria encaminha à detentora da Ata consulta
direcionada à realização de modificações naquele instrumento, alcançando substituição do
emblema do Rio de Janeiro pelo paulistano; adaptação da bermuda de forma a igualar o item
à peça de vestuário "calça" de acordo com as especificações da bermuda; troca do cabedal do
tênis para poliuretano ao invés de PVC; adequação das camisetas e das meias e inclusão de
listras laterais na blusa, na calça e na bermuda. Ademais não se poderia admitir o acréscimo
da questão da logística, que não constava da Ata carioca. Desse modo, houve uma completa
desconfiguração da Ata de Registro de Preços utilizada, com a introdução de uma mobilidade
que o sistema não comporta. Na verdade, o que a Prefeitura Paulistana fez foi apenas
suportar-se na designação "kit" para uniforme escolar" a fim de aderir a uma Ata não da
forma como ela foi registrada e sim de acordo com as suas necessidades. A legalidade da
conduta da Secretaria Paulistana aderindo à Ata do Rio de Janeiro foi submetida ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos da Ação Popular 0001075-
32.2011.8.26.005313
nos quais a liminar foi indeferida, entendendo o MM. Juiz de Direito,
que a Administração Pública não teve alternativa que não a adesão à Ata carioca, uma vez
que o processo licitatório fora suspenso pelo Tribunal de Contas e liberado posteriormente,
sem que houvesse tempo hábil para a realização de uma nova licitação. Consigno, no entanto,
9 Acórdão prolatado no TC 1.561.10-90. Relator Conselheiro Maurício Faria. Votação unânime. Representação
improcedente por ausência de fundamento legal para a utilização do instituto do "carona" de outro Município. 10
Quantidade: 750.000 (setecentos e cinquenta mil) "kits" de uniformes escolares adquiridos pela Prefeitura de
São Paulo. 11
Preço: R$ 73.140.000,00 (setenta e três milhões e cento e quarenta mil reais) foi o preço total de aderência à
Ata do Rio de Janeiro. 12
DIAS, Helena Alves de Souza; CAMPOLINA, Juliana Cristina Lopes de Freitas; PAULA, Juliana Gazzi
Veiga de. Sistema de registro de preços: aspectos controvertidos da figura do ‘carona’. Revista do TCE/MG.
Jul-ago-set. 2012. p. 253. 13
Ação Popular. Juiz de Direito Randolfo Ferraz de Campos. 14ª Vara da Fazenda Pública. Liminar indeferida.
Autos arquivados em face de ter sido considerado extinto o processo sem o julgamento do mérito. Julgado em
03 de agosto de 2008 e publicado em 30 de agosto de 2008.
10
que referida ação foi extinta sem julgamento do mérito em razão da desistência do autor, de
modo que não se enfrentou a validade da adesão à Ata de um Município por outro. Na
decisão interlocutória proferida na ação mencionada, em sua argumentação e citando obra de
Jorge Ulisses Jacoby Fernandes intitulada "Carona em sistema de registro de preços: uma
opção inteligente para redução de custos e controle"14
, indagou o MM. Juiz qual seria a
natureza jurídica do procedimento do carona, assim firmando: "A resposta é a extensão da
proposta mais vantajosa a todos os que necessitam de objetos semelhantes, em quantidade
igual ou menor do que o máximo registrado (...). Desse modo, é juridicamente possível
estender a proposta mais vantajosa conquistada pela Administração Pública como amparo a
outros contratos. O fornecedor do carona é uma empresa que assegurando ao órgão
gerenciador a certeza da disponibilidade do objeto, ainda pode, se for da sua conveniência,
suportar a demanda de outros órgãos, pelo mesmo preço declarado na licitação como
proposta mais vantajosa. O carona no processo de licitação é um órgão que antes de proceder
à contratação direta sem licitação ou a licitação verificada já possuir, em outro órgão público,
da mesma esfera ou de outra, o produto desejado em condições de vantagem de oferta sobre o
mercado já comprovadas. Permite-se ao carona que diante da prévia licitação do objeto
semelhante por outros órgãos, com acatamento das mesmas regras que aplicaria em seu
procedimento, reduzir os custos operacionais de uma ação seletiva. É precisamente nesse
ponto que são olvidados pressupostos fundamentais da licitação enquanto processo: a
finalidade não é servir aos licitantes, mas ao interesse público; a observância da
isonomia não é para distribuir demandas uniformemente entre os fornecedores, mas
para ampliar a competição visando a busca de proposta mais vantajosa"15
(grifei). Ou
seja, a utilização do procedimento do "carona" exige, obrigatoriamente, que a proposta seja a
mais vantajosa para a Administração ou, em outras palavras, requer-se que ela seja mais
econômica para o ente que a deseja utilizar. E a economicidade comprova-se com a
realização de pesquisa de preços. Sobre o tema da economicidade, destaca o MM. Juiz de
Direito da 14ª Vara da Fazenda Pública, na mesma decisão mencionada, ainda citando Jorge
Ulisses Jacoby Fernandes16
que: "Uma das vigas mestras da possibilidade de ser carona em
outro processo licitatório é o dever do órgão interessado em demonstrar a vantagem da
adesão sobre o sistema convencional. Logo, aderir como carona implica necessariamente
em uma vantagem ainda superior a um novo processo. Essa vantagem se confirma por
pesquisa e pode até mesmo ser considerada, quando em igualdade de condições entre o preço
registrado e o de mercado, pelo custo indireto da licitação"17
(grifei). "In casu", a
economicidade não restou devidamente comprovada porque a adesão à Ata carioca não
considerou itens como o seguro, a entrega, a segurança patrimonial e outras obrigações
necessárias na aquisição dos "kits" de uniformes escolares pelo Município de São Paulo, não
tendo sido encontrada pela Auditoria, no Processo Administrativo, qualquer pesquisa de
preços ou cópia de contratos que pudessem embasar os valores alegados pela Secretaria.
Ainda no tocante à economicidade, ressalte-se que a Ata do Município do Rio de Janeiro
registrou a quantidade estimada de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) "kits" de uniformes 14
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Carona em sistema de registro de preços: uma opção inteligente para
redução de custos e controle. Disponível em: http://www.jacoby.pro.br/carona.pdf. Acesso em 21 de janeiro de
2013. 15
Ação Civil Pública 0001075-32.2011.8.26.0053. Juiz de Direito Randolfo Ferraz de Campos. 14ª Vara da
Fazenda Pública. Decisão em sede de liminar. 16
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Carona em sistema de registro de preços: uma opção inteligente para
redução de custos e controle. Disponível em: http://www.jacoby.pro.br/carona.pdf. Acesso em 21 de janeiro de
2013. 17
Ação Civil Pública 0001075-32.2011.8.26.0053. Juiz de Direito Randolfo Ferraz de Campos. 14ª Vara da
Fazenda Pública. Decisão em sede de liminar.
11
escolares ao valor unitário de R$ 97,52 (noventa e sete reais e cinquenta e dois centavos)
totalizando o preço de R$ 73.140.000,00 (setenta e três milhões e cento e quarenta mil reais)
(fls. 53 e 55). Por seu turno, o Município de São Paulo aderiu à Ata mencionada para adquirir
exatamente aquela quantidade, pelo mesmo preço final (fls. 228 e 268/275). Isto quer dizer
que, se os quantitativos de São Paulo fossem considerados para a composição da Ata carioca,
provavelmente teria havido uma economia em função de escala e o valor unitário do "kit"
poderia ter sido menor. Ademais, o Pregão 037/SME/2010 – que foi revogado pela Secretaria
Paulistana – estimava a compra total de 727.711 (setecentos e vinte e sete mil e setecentos e
onze) "kits" de uniformes escolares, estimativa que chegava a 800.482 (oitocentos mil e
quatrocentos e oitenta e dois)18
, com o acréscimo de uma reserva técnica de 10%19
(dez por
cento), desconsiderada por ocasião da adesão mencionada. Verifica-se que também nos
quantitativos, a Secretaria quis, na verdade, adequar a Ata carioca às suas necessidades,
desconfigurando-a. Entendo, portanto, que as irregularidades expressadas – aderência à Ata
de outro Município, inadequação do parâmetro eleito e ausência de comprovação de
economicidade –, dada à gravidade com que se apresentam, maculam o Contrato
187/SME/2010, de modo que o exame das demais falhas apontadas pela Subsecretaria de
Fiscalização e Controle no Relatório de fls. 442/456v, não merecem aprofundamento. Isto
posto, e com suporte nas manifestações dos Órgãos desta Casa, que passam a integrar o
presente, e considerando as decisões precedentes invocadas, julgo irregular o Contrato
187/SME/2010, decorrente da Ata de Registro de Preços 006/2010 do Município do Rio de
Janeiro. Aplico ao responsável a multa no valor de R$ 542,00 (quinhentos e quarenta e dois
reais), com fundamento nos artigos 52, inciso II da Lei Municipal 9.167/80 e 86, inciso II, e
87 do Regimento Interno. Oficie-se ao Sr. Prefeito e ao Presidente da Câmara Municipal para
conhecimento, ao Sr. Secretário Municipal de Educação de São Paulo, ao Sr. Secretário
Municipal de Educação do Rio de Janeiro e ao Ministério Público do Estado de São Paulo,
para conhecimento e adoção das medidas cabíveis. Oficie-se, outrossim, a todos os
Secretários Municipais, Presidentes de Órgãos da Administração Indireta, Fundacional,
Autarquias e Sociedades de Economia Mista. Declaração de voto apresentada pelo
Conselheiro Maurício Faria: Eu acompanho o ilustre Relator e aduzo apenas o seguinte: Na
Sessão Ordinária realizada em 13 de julho de 2011, portanto poucos meses antes desta
contratação, este E. Tribunal Pleno reconheceu, por unanimidade, a irregularidade de
contrato celebrado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social em
razão da utilização de Ata de Registro de Preços do Município de Mongaguá. Naquela
oportunidade, considerando já a reincidência da conduta, este Plenário determinou a remessa
de ofício à Procuradoria Geral do Município e ao Sr. Prefeito Municipal, os quais foram
devidamente recebidos em 26 e 25 de agosto de 2011, respectivamente. Assim, a conduta
ilegal praticada pela Secretaria Municipal da Educação não se apresenta como inédita e já foi
devidamente censurada por esta Corte, oportunidade na qual o Tribunal de Contas teve a
cautela de encaminhar cópia da decisão para as autoridades competentes com o objetivo de
impedir a reincidência em toda a administração municipal conforme documentado nos autos
do TC 1.561.10-90. Por outro lado, é incontestável que a utilização de Ata de Registro de
Preços de ente que não integra a estrutura administrativa do Município de São Paulo fica
condicionada à demonstração da vantajosidade econômica. Aliás, a utilização das atas dos
órgãos do próprio Município só será possível quando comprovada essa situação, conforme
estabelece o artigo 28 do Decreto Municipal 44.279/03. Eu concordo com as medidas
propostas pelo Relator, mas eu sugeriria que elas fossem aprofundadas e ampliadas no
18
Fl. 11 do TC 2.962.10-76 que analisou Representação em face do Pregão 037/SME/2010. 19
Fl. 76 do TC 2.962.10-76.
12
sentido de que seja uma diretriz, uma orientação para toda a administração municipal, porque
esta questão da utilização indevida de Ata de Registro de Preços por "Carona" nós já temos
uma jurisprudência que está consolidada. Já houve um esforço anterior de comunicar à
administração exatamente deixando claro qual é a posição do Tribunal de Contas e, no
entanto, a irregularidade voltou a se repetir. A minha proposição é que haja um destaque, ou
seja, um ofício ao Senhor Prefeito, ao Senhor Secretário dos Negócios Jurídicos, a todos os
Secretários Municipais com o envio do Acórdão desta matéria e do voto condutor do
Conselheiro Roberto Braguim porque ele faz um apanhado amplo de posicionamento, um
critério jurídico do Tribunal de Contas em relação à Ata de Registro de Preços. Eu entendo
que isso enriqueceria esse julgado, no sentido, exatamente, de orientar a administração,
sobretudo, em se tratando, agora, de uma administração ainda com poucos meses de
implantação. É importante que se saiba e que a administração saiba, qual é a diretriz, qual é a
jurisprudência do Tribunal de Contas para este tipo de matéria. Participaram do julgamento
os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a
Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a)
Roberto Braguim – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO
CORREGEDOR EURÍPEDES SALES – a) Recursos: 1) TC 3.914.03-30 – Recursos "ex
officio", da São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e de Gerson Luis Bittencourt interpostos
contra a R. Decisão de 30/11/2005 – Relator Conselheiro Roberto Braguim – São Paulo
Transporte S.A. – SPTrans e Micron Sistemas e Comércio Ltda. – Aquisição de
equipamentos de informática ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora
em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante
notas taquigráficas insertas nos autos, em conhecer dos recursos interpostos, por terem sido
preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte.
Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes
Sales – Relator, Roberto Braguim – Revisor e Domingos Dissei, em negar-lhes provimento,
uma vez que os recorrentes apenas repisaram aspectos e argumentos já conhecidos e
apreciados no julgamento, mantendo-se, na íntegra, a R. Decisão recorrida, por seus próprios
e jurídicos fundamentos. Vencido, no mérito, o Conselheiro Maurício Faria, que, nos termos
do voto apresentado em separado, deu provimento aos recursos. Voto em separado
apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: Como já tive oportunidade de me
manifestar por ocasião do voto proferido no julgamento que resultou na decisão recorrida, a
falta de instauração plena de processo administrativo não obstruiu a fiscalização dos
procedimentos, tendo sido possível a verificação documental acerca das formalidades
indispensáveis ao regular desenvolvimento do certame. Destaco, de início, e apenas para
consolidar meu posicionamento acerca do tema, que o processo administrativo constitui
instrumento de garantia dos direitos individuais, sendo um dos pilares do sistema
democrático. É através dele que se torna viável o controle dos atos da Administração, que
devem ser motivados. Contudo, na oportunidade em que proferi o voto retromencionado,
apesar de haver consignado a relevância e inafastabilidade da instauração plena de processo
administrativo, bem como a submissão da Administração Indireta às regras procedimentais
inseridas não só na legislação infraconstitucional, mas, da mesma forma na obrigatoriedade
decorrente dos princípios constitucionais norteadores da ação administrativa, considerei que,
na situação concreta analisada, estava presente documentalmente uma sequência lógica e
organizada de atos que demonstraram registro razoável de condução administrativa do
certame e, da mesma forma, a observância dos princípios regedores do procedimento
licitatório. Assim, consignei que, diante da ausência de processo administrativo pleno, há de
13
se verificar em cada caso concreto o prejuízo ou comprometimento da finalidade para a qual
o mesmo se destinaria. No caso ora em julgamento, igualmente percebe-se que a falta de
autuação completa não inviabilizou o controle externo dos atos da Administração, tampouco
há indícios de tratamento discriminatório dos participantes ou de prejuízo ao erário, podendo-
se constatar que tal irregularidade resultou em falha formal, passível de relevação. Nesses
termos, acompanho o relator pelo conhecimento dos recursos apresentados e, no mérito,
julgo-os procedentes para considerar regulares a licitação e o contrato, bem como para tornar
insubsistente a multa aplicada aos responsáveis. Participaram do julgamento os Conselheiros
Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora
Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales
– Relator." b) Diversos: 2) TC 397.08-98 – Maria José dos Santos Reis – Secretaria
Municipal de Educação – SME – Denúncia acerca de possíveis irregularidades no Gabinete
da Secretaria Municipal de Educação ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes
autos, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante notas taquigráficas
insertas nos autos, em não conhecer da denúncia, por considerar ausentes os requisitos de
admissibilidade, previstos no Regimento Interno desta Corte. Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno deste
Tribunal. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de
2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales – Relator." 3) TC 154.10-00 –
Sidney Graciano Franze – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com
pedido de suspensão liminar, em face do edital da Concorrência 02/SES/09, cujo objeto é a
prestação de serviços de implantação e operação de central de atendimento telefônico à
população, específica para o Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Eurípedes Sales. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, à unanimidade, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, em conhecer da
representação, em virtude de estarem presentes os requisitos de admissibilidade, constantes
do Regimento Interno desta Corte. Acordam, ademais, à unanimidade, no mérito, em julgá-la
improcedente, considerando: - não haver, no instrumento editalício, as irregularidades
apontadas pelo representante, isto é, a Administração adotou a modalidade por ser esse ato
discricionário seu; - com relação ao fracionamento do objeto, existir vantajosidade em
contratarem-se tais serviços, em editais distintos, uma vez que, dessa forma, se obtém maior
competitividade no certame. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o cumprimento
do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Participaram do julgamento os
Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a
Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a)
Eurípedes Sales – Relator." c) Contratos: 4) TC 1.810.07-97 – Secretaria Municipal de
Serviços – SES e Construfert Ambiental Ltda. – Contrato 054/SES/06 R$ 44.397.442,18 –
Serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo:
varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros
públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas, lavagem de logradouros
públicos, limpeza de monumentos, varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas
após as feiras livres e os serviços complementares e acessórios de limpeza, nas áreas e vias
pertencentes ao Agrupamento I – Subprefeitura Sé ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
14
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante
notas taquigráficas insertas nos autos, em julgar regular o Contrato 054/SES/06. Acordam,
ademais, à unanimidade, em determinar o envio de cópia do V. Acórdão ao Departamento de
Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária, Dipo-3, Divisão de Processamento I, do Complexo
Judiciário Ministro Mário Guimarães, como também à 5ª Promotoria de Justiça do
Patrimônio Público e Social, em atendimento ao pedido formulado nos autos. Participaram do
julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões –
Presidente; a) Eurípedes Sales – Relator." 5) TC 2.447.07-54 – Secretaria Municipal de
Educação – SME e Associação de Moradores Vale Verde – Convênio 069/SME/2007-RP
R$ 372.136,00 – Atendimento às crianças por meio de Centro de Educação Infantil/Creche,
segundo as diretrizes técnicas da Secretaria Municipal de Educação e de acordo com o Plano
de Trabalho aprovado pela Coordenadoria de Educação ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante
notas taquigráficas insertas nos autos, em julgar irregular o Termo do Convênio
069/SME/2007-RP, considerando as seguintes infringências apontadas pelos Órgãos
Técnicos desta Corte: a) Ausência de justificativa do valor do convênio, por não ser
apresentado o estudo sobre o qual se baseou a SME para estipular os valores "per capita" e de
adicional berçário. Trata-se de infração ao inciso III do parágrafo único do artigo 26, em
cotejo com o "caput" do artigo 116 da Lei Federal 8.666/93, e ao inciso X do artigo 93 da
Constituição Federal. b) Não conformidade do Plano de Trabalho com as regras aplicáveis,
por não se apresentar a contrapartida da Associação de Moradores na consecução do
convênio e não haver descrição clara das metas a serem atingidas. Com efeito, há
contrariedade ao artigo 2º, em cotejo com o "caput" do artigo 116, e § 1º, inciso II, do
referido artigo 116 da Lei Federal 8.666/93. c) Ausência de justificativa para a celebração do
convênio, em infração ao artigo 116, "caput", da Lei Federal 8.666/93, em cotejo com o
artigo 2º, inciso I, do Decreto Municipal 44.279/03. d) Contrariedade ao princípio da
isonomia para a celebração do convênio e ao artigo 6º do Decreto Municipal 40.384/2001. e)
Ausência de notificação à Câmara Municipal sobre a celebração do convênio. Acordam,
ademais, à unanimidade, em destacar que não foram enviadas as informações sobre o
convênio, por meio do Sistema Eletrônico de Informações – Seri, contrariando a Instrução
TCMSP 01/2002. Acordam, afinal, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes
Sales – Relator, Roberto Braguim – Revisor e Maurício Faria, em determinar: a) A devolução
da importância de R$ 372.136,00 (trezentos e setenta e dois mil e cento e trinta e seis reais),
devidamente corrigida. b) Aplicação de multa de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e
oito centavos), prevista no artigo 2º da Resolução 03/11, ao responsável pelo convênio. c)
Remessa de cópia dos presentes autos ao Ministério Público do Estado de São Paulo, para
apuração de responsabilidade. Vencido o Conselheiro Domingos Dissei, que aceitou os
efeitos financeiros do instrumento. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto
Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales –
Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA –
a) Contratos: 1) TC 3.496.03-71 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Fundação para o
Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia – FDTE – Contrato 2003/078 R$ 867.982,00 e
TA 01/2003 R$ 198.000,00 (prorrogação de prazo e modificação qualitativa do objeto
15
contratual) – Serviços de arquitetura e engenharia para desenvolvimento do conceito
arquitetônico das estações de transferência destinadas ao Sistema Integrado de Transporte
Coletivo Urbano de Passageiros do Município de São Paulo, englobando elaboração do
projeto executivo completo e definição de soluções tecnológicas e projetos que viabilizem
operacionalmente a integração. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Maurício Faria –
Relator julgou regular o Contrato 2003/078, recomendando à São Paulo Transporte S.A. –
SPTrans que, nos demais casos, a caracterização de serviços complementares de natureza
operacional seja expressamente prevista no próprio instrumento contratual. Sua Excelência,
ainda, quanto ao TA 01/2003 deixou de determinar a análise formal, considerando sua
natureza acessória ao contrato principal, nele incidindo por decorrência os efeitos da decisão
a ser alcançada pelo Egrégio Plenário desta Corte. Ademais, o Conselheiro Domingos Dissei
– Revisor, nos termos de seu voto apresentado em separado, julgou irregular o contrato, uma
vez que a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia – FDTE
subcontratou todos os projetos de arquitetura e também os projetos complementares. Sua
Excelência, entretanto, aceitou os efeitos financeiros do ajuste. Ainda, o Conselheiro Roberto
Braguim acompanhou o voto proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei – Revisor, porém,
não aceitou os efeitos financeiros produzidos. Outrossim, o Conselheiro Eurípedes Sales,
consoante notas taquigráficas insertas nos autos, considerando a infringência constante nos
presentes autos e a não pertinência entre a contratação e a finalidade, bem como não foi
provada a razoabilidade do preço ajustado, julgou irregular a contratação direta promovida
pela SPTrans com a FDTE, não aceitando os efeitos financeiros do referido ajuste. Afinal, o
Conselheiro Presidente Edson Simões, nos termos do artigo 172, inciso II, do Regimento
Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto de
desempate." (Certidão) 2) TC 2.943.03-00 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e
Consórcio Monitor – TA 68/2003 (alteração da data base do contrato, estabelecida no item
4.1, de 9/5/2003 para 24/10/2001, conforme dispunha o edital), relativo ao Contrato 49/2003,
no valor de R$ 48.366.000,00, julgado em 17/11/2010 – Prestação de serviços de detecção,
registro e processamento de imagens de infrações de trânsito referentes ao desrespeito à
velocidade regulamentada para o local, através da utilização de equipamento/sistema estático
de detecção e registro automático de imagens e dados da infração, além de outros dados de
tráfego do local fiscalizado ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos
quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto
do Relator, em julgar irregular o Termo Aditivo 68/2003, considerando que é acessório ao
Contrato 49/2003, julgado irregular por esta Egrégia Corte de Contas. Relatório: Trata-se do
exame do Termo de Aditamento 68/2003 ao Contrato 49/03, celebrado entre a Companhia de
Engenharia de Tráfego e o Consórcio Monitor, objetivando a prestação de serviços de
detecção, registro e processamento de imagens de infração de trânsito referentes ao
desrespeito à velocidade regulamentada através da utilização de equipamento/sistema
estático. O Contrato, embora não acolhido por este Pleno, por decorrer de licitação julgada
irregular, teve seus efeitos financeiros reconhecidos, nos termos do Acórdão de fl. 179. Sem a
oposição de qualquer recurso, a r. decisão veio a transitar em julgado, conforme certificado à
fl. 179v°. Quanto ao Termo de Aditamento que ora se julga, este teve por finalidade
substancial única a alteração formal do item 4.1. da Cláusula Quarta do Contrato, para
corrigir erro formal respeitante à data-base do valor total ajustado, a fim de guardar
consonância com o disposto no Edital da Licitação. A Auditoria, no Relatório de Avaliação
de fls. 224/227, manifestou-se no sentido de que o Aditamento 68/2003 não apresentou
qualquer infringência legal ou regulamentar. Contudo, concluiu pela sua irregularidade, em
razão de o Contrato aditado haver sido julgado irregular. Considerando a índole meramente
16
formal do Termo de Aditamento, bem como a conclusão alcançada pela Especializada, os
presentes autos foram diretamente remetidos à Procuradoria da Fazenda Municipal, que
requereu o reconhecimento da regularidade do referido ajuste, asseverando que o princípio do
Direito Contratual Civil, segundo o qual "a sorte do acessório acompanha a do principal", não
deve ser aplicado como regra absoluta, sobretudo quando se analisa o complexo campo da
contratação administrativa. A Secretaria Geral discordou do entendimento expressado pelo
Órgão Fazendário e, calcada na manifestação da Auditoria, opinou pelo não acolhimento do
Termo de Aditamento. Fez destaques para julgados do Tribunal de Contas do Estado, no
sentido de ser consenso daquela Corte de Contas o princípio segundo o qual o acessório
segue sempre o principal, emprestando a definição dos bens reciprocamente considerados do
artigo 92 do novo Código Civil, eis que acessório é aquele cuja existência supõe a do
principal. É o relatório. Voto: É cristalino que se apresenta ao julgamento deste feito matéria
eminentemente de direito, tendo em vista o objeto do aditamento e o trânsito em julgado do
Acórdão que declarou a irregularidade do Contrato 49/03. Assim, à vista dos elementos
constantes dos autos e tendo por analogia o disposto na legislação processual civil
brasileira20
, passo a tecer os seguintes comentários: É incontroversa a natureza de
acessoriedade inerente aos aditamentos contratuais, uma vez que são instrumentalizados com
a única finalidade de alterar formalmente condições e/ou termos estabelecidos no contrato,
ato principal ao qual aderem. Os aditamentos são, pois, atos que não possuem existência
autônoma, sendo sempre dependentes do principal. Essa inteligência decorre da linha adotada
pelo Código Civil Brasileiro, no artigo 92, ao repetir o disposto no artigo 58 do direito
anterior, no sentido de que "Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente;
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal". Adverte Silvio Rodrigues ser "Mister
distinguir no negócio jurídico a sua parte substancial da parte acessória. Se a nulidade afeta a
primeira, todo o negócio perece, porque, como a existência do acessório supõe a do principal
(Código Civil Art. 58), é incabível a sobrevivência daquele sem a deste" (Direito Civil –
Parte Geral. 20ª. ed., São Paulo, Saraiva, 1985, p. 321). E no campo dos Contratos da
Administração Pública, o princípio da acessoriedade está expressamente contemplado pelo
artigo 49, § 2º, da Lei Federal 8.666/93, ao enunciar que "A nulidade do procedimento
licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei".
Assim é que, a par das decisões da Corte de Contas Estadual referenciadas pela Secretaria
Geral, vale destacar que este Tribunal, não apenas no âmbito deste próprio TC, já teve
oportunidade de afirmar a aplicação do princípio da acessoriedade aos contratos
administrativos, podendo ser mencionados os julgados proferidos, dentre outros, nos TCs
1.019.00-29 e 5.008.01-35. Feitas estas considerações, e à vista dos elementos constantes dos
presentes autos, julgo irregular e deixo de acolher o Termo de Aditamento 068/2003,
consectário do Contrato 49/2003, julgado irregular pelo v. aresto de fls. Participaram do
julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales.
Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões –
Presidente; a) Maurício Faria – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO
CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – a) Diversos: 1) TC 1.499.08-01 – Autoplan
Locação de Veículos Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face
da dispensa de Licitação 181/2008 – SMG.G, cujo objeto é a prestação de serviços de
locação de veículos de transportes para pessoas, bens e documentos, com fornecimento de
20
CPC - "Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido
proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida
sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada" (incluído pela Lei 11.277, de 2006).
17
motoristas e combustível, para atender o Gabinete da Secretaria e a Coordenadoria de
Vigilância em Saúde – Covisa (Acomp. TC 2.596.08-95) 2) TC 2.596.08-95 – Autoplan
Locação de Veículos Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face
de supostas ilegalidades cometidas na manutenção de contrato emergencial, ausência de
licitação, inobservância do prazo legal para contratações emergenciais, prática de preços
superfaturados e desobediência de ordem judicial, relacionadas com as contratações firmadas
com a empresa TB – Serviços, Transporte, Limpeza, Gerenciamento e Recursos Humanos
Ltda., para prestação de serviços de locação de veículos de transporte para pessoas, bens e
documentos, com fornecimento de motoristas e combustível, para atender o Gabinete da
Secretaria e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde – Covisa (Acomp. TC 1.499.08-01)
ACÓRDÃOS: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer das
representações interpostas pela empresa Autoplan Locação de Veículos Ltda., ante a presença
dos requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito, pelos
votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Roberto Braguim e Eurípedes Sales, em
julgá-las improcedentes, haja vista que os fatos relatados pela representante, por si só, não
são suficientes para configuração da ilegalidade do agir administrativo. Vencido o
Conselheiro Maurício Faria – Revisor, que, consoante voto apresentado em separado, julgou
procedentes as representações. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o
cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno, arquivando-se os autos. Relatório
englobado: Em julgamento a Representação interposta pela empresa Autoplan Locação de
Veículos Ltda., em face da contratação emergencial firmada por meio do Contrato
040/SMS.G/2008, que tem por objeto a prestação de serviços de locação de veículos de
transporte para pessoas, bens e documentos, com fornecimento de motoristas e combustível,
para atender o Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde e a Coordenadoria de Vigilância
em Saúde. Sustentou a Representante que a presente contratação emergencial, fundamentada
no art. 24, IV, da Lei 8.666/93, está eivada de irregularidades, razões pelas quais requereu a
suspensão do ajuste para que fosse utilizado procedimento legal viabilizando a competição
entre diversas empresas. Em síntese, arguiu o quanto segue: O caso em tela extrapola seu
fundamento legal por não configurar emergência ou calamidade pública, uma vez que havia
tempo hábil para se realizar uma licitação, haja vista ser esta a terceira contratação, sob o
mesmo fundamento e com a mesma contratada. Ademais, a contratação ignorou o prazo
improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias, pois a Secretaria Municipal da Saúde, desde
04/07/07, vinha autorizando a contratação direta da empresa TB Serviços – transporte,
limpeza, gerenciamento e RH Ltda., pactuando novos ajustes emergenciais como se fossem
prorrogações de contratos já exauridos. Esclareceu que, ao tomar conhecimento da expiração
do prazo do contrato anterior, protocolou junto a Covisa pedido administrativo, colocando-se
à disposição para oferecer proposta de preço com melhores condições de execução do objeto,
caso fosse necessário firmar outro ajuste emergencial, inclusive com valor inferior ao
contratado. Alega que referido pedido teria sido ignorado e a presente contratação foi
efetivada sem qualquer publicidade e com valor considerado excessivo pela representante,
prejudicando, sobremaneira, o erário municipal. Concluiu afirmando que, alternativamente à
contratação emergencial, a Covisa poderia ter utilizado as Atas de Registros de Preços
celebradas por outros órgãos da municipalidade, evitando a formação de sucessivos ajustes
com a mesma empresa. Como o contrato em questão foi formalizado, a representante
apresentou, nesta Corte, nova Representação, desta vez em face da manutenção do mesmo,
com idêntico objeto, autuada no TC 2.596.08-95, que passou a acompanhar o presente
processo. A Coordenadoria IV entendeu procedente a Representação pelas seguintes razões:
18
1. Não elaboração de edital, durante o período da contratação emergencial, para a promoção
de regular procedimento licitatório. 2. Não foram pesquisados os preços da representante que,
previamente se colocou à disposição da Administração, sinalizando a possibilidade de
melhores condições para o ajuste, no procedimento que antecedeu a contratação. O Sr.
Subsecretário de Fiscalização e Controle endossou as conclusões da Coordenadoria IV e
enfatizou que a contratação emergencial estava caracterizada pela inércia da administração
em não elaborar o edital de concorrência, quer seja para Ata de Registro de Preços, quer seja
para regular contratação. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo
conhecimento da Representação e, quanto ao mérito, acompanhou as conclusões da
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, manifestando-se pelo seu provimento em razão de
ter-se caracterizado a inércia da Pasta em não elaborar o edital da concorrência e, também,
pela ausência de pesquisa dos preços da Representante. Instada a se manifestar, a Origem
esclareceu que a contratação emergencial se efetivou em razão da essencialidade do serviço e
porque a anterior contratada – Loccar Locação de Veículos Ltda. – sofrera a aplicação da
pena de inidoneidade para licitar e contratar com o Poder Público. Argumentou que o ajuste
continha cláusula de rescisão imediata, tão logo fosse formalizado o procedimento licitatório.
Ademais, arguiu que, mesmo se a representante fosse chamada a oferecer proposta, não há
como se afirmar que a mesma ofertaria menores preços. E, tal fato não ocorreu em razão de
um desencontro de tramitação, pois o seu pedido não foi protocolado junto ao órgão
competente. A Coordenadoria IV e a Assessoria Jurídica de Controle Externo ratificaram
suas anteriores conclusões pela irregularidade do ajuste. Não obstante, a Assessora Subchefe
de Controle Externo entendeu que o fato de a Administração ter desprezado o interesse da
representante em ofertar proposta na contratação não é suficiente para comprovar que a
mesma ofertaria preço inferior ao contratado. O fato de se tratar do terceiro ajuste
emergencial, sem a publicação do edital para a contratação regular, também não pode, por si
só, ser fundamento para impedir o acolhimento do termo contratual, mesmo porque a Origem
realizou todos os procedimentos legais exigidos para a contratação em tela. Opinou pelo
acolhimento da Representação apenas para determinar à Origem que procedesse à
instauração do competente processo para apuração de responsabilidades em relação aos atos
questionados na inicial, ou seja, o não chamamento da Representante para ofertar proposta. A
Procuradoria da Fazenda Municipal, preliminarmente ao exame de mérito, sugeriu nova
oitiva da Origem não só em razão dos novos pareceres dos órgãos especializados desta Corte,
mas também para informar se o termo contratual ainda permanecia em vigência, haja vista o
teor da liminar judicial concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em outro momento,
solicitou, também, o retorno dos autos aos Órgãos Técnicos e especializados desta Corte, pois
tomara conhecimento que a Pasta Municipal havia providenciado os atos necessários para a
realização do certame. Em face do indeferimento dos pleitos mencionados, o Órgão
Fazendário, preliminarmente, apresentou Agravo objetivando a reapreciação da matéria
impugnada em sede de juízo de retratação. No mérito, encampando as justificativas da
Origem, sustentou a legalidade dos atos praticados e opinou pela improcedência da
Representação. A Secretaria Geral, preliminarmente, manifestou-se pelo não recebimento da
Representação, pois o requerente não juntou aos autos o Termo do Contrato
040/SMS.G/2008. Sobre o mérito entendeu que a Origem não comprovou eficientemente a
ocorrência da emergência. E, o simples fato de não terem sido apreciados os preços da
representante, é insuficiente para gerar, por si só, a anulação do ajuste, pois a Origem
observou os parâmetros legais para a contratação por emergência, ou seja, realizou pesquisa
de mercado e contratou o menor preço, cumprindo as exigências do art. 26, parágrafo único,
da Lei 8.666/93. Opinou, ao final, pela procedência parcial da representação, apenas para
determinar a apuração da responsabilidade relacionada ao não chamamento da representante
19
para oferecer sua proposta. É o relatório. Voto englobado: Os questionamentos levantados
nestas Representações cingem-se, especificamente, a duas questões: a) violação do
fundamento legal para contratação por emergência, em razão da sucessividade de ajustes com
a mesma contratada e com idêntico objeto e; b) irregularidade da pesquisa de preços na
terceira contratação, uma vez que a representante, ao cientificar-se do termo do segundo
ajuste, protocolou junto à Origem pedido administrativo, colocando-se à disposição para
ofertar melhores condições contratuais. Quanto à existência ou não da emergência no caso
em tela necessário se faz o seguinte esclarecimento: a) de tudo que dos autos consta, é
possível inferir-se a real necessidade da contratação para o atendimento de um serviço
público que foi interrompido em razão da rescisão imediata do ajuste firmado anteriormente
com a empresa Loccar Locadora de Veículos Ltda. b) não há como sustentar que houve
emergência fabricada em razão da inércia do agente público responsável pela contratação,
pois restou provado nos autos que a Origem, desde a primeira contratação, tentou realizar o
procedimento licitatório, porém, primeiro por razões administrativas e, depois, em virtude de
decisão liminar, o certame não prosperou. Evidencia-se, destarte, a existência concreta e
efetiva da potencialidade de dano na primeira contratação, bem como restou provado que a
contratação direta era a via adequada para se eliminar o risco caso o serviço viesse a sofrer
uma interrupção. Ensina Marçal Justen Filho que "O que é necessário é verificar se a
urgência existe efetivamente e, ademais, se a contratação é a melhor possível nas
circunstâncias". E, segue esclarecendo: "a desídia administrativa não poderá redundar na
concretização de danos irreparáveis ao interesse público, mas se resolverá por outra via"
(Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, página 341). No que tange às
contratações sucessivas é necessário apurar se as mesmas ocorreram por razões atreladas à
Administração ou se derivaram de uma situação que independia da vontade administrativa.
Neste caso, houve provimentos administrativos e judiciais impeditivos da conclusão da
licitação e que acabaram por desdobrar na necessidade das contratações apreciadas. Sobre a
celeuma em torno da pesquisa de preços, elucida-se que, na contratação direta, pela sua
própria natureza, a mesma é descabida, uma vez que, nos termos do art. 26, parágrafo único,
III, da Lei 8.666/93, a exigência é de que o preço seja justificado. Portanto, não se deve
imputar à Origem uma obrigação não prevista em lei. Sob tal prisma, razão assiste a Sra.
Assessora Subchefe de Controle Externo ao sustentar que o fato de não terem sido
conhecidos os preços da representante, por si só, não conduz à ilegalidade do comportamento
administrativo. Ademais, foram autuados nesta Corte processos específicos onde são
analisados os aspectos formais dos contratos firmados entre a Secretaria Municipal da Saúde
e a empresa TB Serviços – Transporte, Limpeza, Gerenciamento e RH Ltda., contra os quais
se insurge a representante e, nos quais, tais aspectos foram apreciados. Por todo o exposto,
conheço das Representações e, no mérito, julgo-as improcedentes, haja vista que os fatos
relatados pela representante, por si só, não são suficientes para configuração da ilegalidade
do agir administrativo. Não cabível, portanto, de apuração da responsabilidade do agente
envolvido pelo não chamamento da representante para oferecer proposta de preços, dada a
natureza da contratação direta. Após as medidas regimentais, arquivem-se os autos. Voto em
separado englobado apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria: Pelo conhecimento
das Representações, ante a presença dos requisitos de admissibilidade. No mérito, pela
procedência de ambas as Representações, considerando a ausência de amparo legal para as
contratações emergenciais realizadas pela Secretaria da Saúde para o objeto em questão, ante
a não caracterização da situação emergencial, conforme já me posicionei no voto por mim
proferido no âmbito do TC 315.08-23, em sua fase recursal, ocasião em que retratei a
sequência das inúmeras contratações emergenciais celebradas com a TB Serviços de
Transporte, Limpeza e Gerenciamento de Recursos Humanos Ltda., desde 2007 até 2012,
20
período em que compreendido o Contrato 40/2008. Quanto ao pedido formulado de
suspensão do Contrato, a medida encontra obstáculo constitucional em face do artigo 71, §
1°, da Carta Magna. Em face do exposto, restrito ao âmbito do objeto destes TCs, julgo
procedentes as Representações. Participaram dos julgamentos os Conselheiros Maurício Faria
– Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda
Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator."
3) TC 2.993.11-80 – Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda. – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS – Representação em face do edital do Pregão Presencial
431/2008, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de
transporte de pessoas e cargas, com fornecimento de 748 veículos, com combustível e
manutenção, quilometragem livre, com e sem motorista, para atender as necessidades da
Secretaria ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em conhecer da representação, visto que todos os requisitos legais e regimentais para sua
admissibilidade foram devidamente preenchidos, e, no mérito, em julgá-la prejudicada, pela
perda de seu objeto. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o cumprimento das
providências estabelecidas no artigo 58 do Regimento Interno. Relatório: Em análise os
termos da Representação formulada pela empresa Brasil Dez Locadora de Veículos e
Transportes Ltda., contra os procedimentos adotados pela Secretaria Municipal da Saúde, no
curso do Pregão Presencial 431/2008/SMS, cujo objeto é a prestação de serviço de transporte
de pessoas e cargas, com fornecimento de 622 veículos com combustível, manutenção,
quilometragem livre e motorista. Na exordial, a representante narra os seguintes fatos: 1. Que
se sagrou vencedora para os Lotes 01 e 02 do Pregão em comento, que resultou no Contrato
058/2009-SMS-1, formalmente firmado em 12/05/2010. 2. Ocorre que, decorridos 12 (doze)
meses, a contratante tornou nulo o despacho que homologou e adjudicou parte do objeto
licitado à ora representante, e consequentemente, atingiu o ajuste decorrente. 3.
Sequencialmente, a Pasta firmou o Contrato 041/2011/SMS-1/CONTRATOS, com a segunda
colocada no certame, implicando clara prorrogação do Pregão 431/2008/SMS. 4. Neste
ínterim, o Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, cautelarmente, determinou à Pasta que
restabelecesse o contrato firmado com a representante, decisão esta ignorada, razão que a
motivou propor junto ao Superior Tribunal de Justiça a Reclamação 6.493/SP que determinou
o imediato restabelecimento daquele ajuste. 5. A Administração municipal deixou de cumprir
essa nova determinação, sustentando que havia restado apenas um dia do contrato, o que
defendeu em Embargos de Declaração, julgados procedentes, mas, para aclarar a
determinação de que cabia à embargante renovar o contrato com a primeira colocada e pelo
prazo fixado no ajuste firmado com a segunda colocada. 6. Sustentou a representante que,
novamente, a decisão judicial não foi cumprida, pois fora formalizada a renovação por
apenas três meses. Requereu, ao final, que este Tribunal determinasse à Origem o
cumprimento da decisão judicial, formalizando a prorrogação do seu contrato até 08/06/2012,
data em que ocorreria o término do ajuste com a segunda colocada. Oficiada, a Secretaria
Municipal da Saúde informou ter realizado diversas reuniões com a contratada e a
Procuradoria Geral do Município, nas quais restou assentado que a forma correta de cumprir
o julgado do Superior Tribunal de Justiça seria a formalização da renovação do ajuste com a
representante até o dia 07/06/2012, quando se daria o término da prestação do serviço da
segunda colocada. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo conhecimento da
Representação e, no mérito, concluiu pela perda de seu objeto, tendo em conta que a Origem
havia cumprido o julgado, conforme demonstra o despacho publicado no Diário Oficial da
21
Cidade em 22/10/2011. Neste mesmo sentido se pronunciou o órgão fazendário. A Secretaria
Geral sustentou que ocorreu a perda do interesse de agir da representante, por fato
superveniente à inicial, o que reitera a admissibilidade e impede a apreciação do mérito. É o
relatório. Voto: Conheço da presente Representação, visto que todos os requisitos legais e
regimentais para sua admissibilidade foram devidamente preenchidos. No mérito, na esteira
da manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, que adoto
como razões de decidir, julgo-a prejudicada, pela perda de seu objeto. Participaram do
julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales.
Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a) Edson Simões –
Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 4) TC 1.164.12-61 – Brasil Dez Locadora de
Veículos e Transportes Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em
face do Pregão Presencial 431/2008, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na
prestação de serviços de transporte de pessoas e cargas, com fornecimento de veículos, com
combustível e manutenção, quilometragem livre, com motorista, para atender as necessidades
da Secretaria ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em não conhecer da representação, por não estarem preenchidos os requisitos de
admissibilidade, pelas razões a seguir expostas: - No que tange ao item "a", não cabe ao
Tribunal de Contas dar exequibilidade às decisões emanadas do Poder Judiciário. - Em
relação ao item "b", trata-se de simples solicitação para que esta Corte proceda à análise do
Pregão Presencial 431/2008, sem, contudo, apontar qualquer irregularidade ou ilegalidade do
edital, não observando o disposto no inciso III do artigo 55 do Regimento Interno. Ademais,
já existem processos autuados neste Tribunal tratando da análise da licitação, da contratação
e do acompanhamento da execução contratual. - Quanto ao item "c", verifica-se a
impossibilidade de atendimento do pedido, em razão da inexistência de Ministério Público
atuante junto a esta Corte de Contas. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após o
cumprimento das medidas consubstanciadas no artigo 58 do Regimento Interno deste
Tribunal, o arquivamento dos presentes autos. Relatório: Em julgamento a representação
apresentada pela Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda., em face de
ilegalidades que teriam sido cometidas pela Secretaria Municipal da Saúde no procedimento
do Pregão Presencial 431/2008, cujo objeto consiste na prestação de serviços de transporte de
pessoas e cargas, com fornecimento de veículos. A autora da representação requer que o
Tribunal de Contas: a) determine, liminarmente, à Secretaria Municipal da Saúde que atenda
a decisão judicial da 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça, que determinou o
restabelecimento do seu contrato com a representada; b) realize um exame acurado do Pregão
431/2008; c) remeta os autos ao Ministério Público atuante na Corte de Contas. A Origem
defendeu a legalidade do ato de rescisão e esclareceu que, em cumprimento à decisão
judicial, notificou a empresa para providenciar a retomada dos serviços, juntando cópia de
Ofício devidamente recebido pela contratada. A Assessora Jurídica de Controle Externo
opinou pelo não conhecimento do pedido do item "a", uma vez que não cabe ao Tribunal dar
exequibilidade às decisões emanadas do Poder Judiciário; quanto ao pedido do item "b"
esclareceu que já existem processos autuados no Tribunal tratando da análise da licitação,
contratação e do acompanhamento da execução contratual, deixando, a critério superior,
eventuais determinações e; quanto ao pedido do item "c", considerou prejudicado à vista da
inexistência de Ministério Público atuante junto à esta Corte de Contas. O Assessor Subchefe
e a Assessora Chefe de Controle Externo manifestaram-se pelo não conhecimento do pedido
do item "a" e entenderam prejudicados os demais. A Procuradoria da Fazenda Municipal e a
22
Secretaria Geral opinaram pelo não conhecimento da representação quanto ao item "a", pelo
conhecimento da representação quanto aos itens "b" e "c" e, quanto ao mérito, manifestaram-
se pela perda do seu objeto. É o relatório. Voto: Não conheço da representação, visto não
estarem preenchidos os requisitos de admissibilidade, pelas razões a seguir expostas: No que
tange ao item "a", não cabe ao Tribunal de Contas dar exequibilidade às decisões emanadas
do Poder Judiciário. Em relação ao item "b", trata-se de simples solicitação para que esta
Corte proceda à análise do Pregão 431/2008, sem, contudo, apontar qualquer irregularidade
ou ilegalidade do edital, não observando o disposto no inciso III, do artigo 55, do Regimento
Interno. Ademais, já existem processos autuados no Tribunal tratando da análise da licitação,
da contratação e do acompanhamento da execução contratual. Quanto ao item "c", verifica-se
a impossibilidade de atendimento do pedido, em razão da inexistência de Ministério Público
atuante junto a esta Corte de Contas. Por fim, após o cumprimento das medidas
consubstanciadas no artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, arquivem-se os autos.
Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e
Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado
Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de abril de 2013. a)
Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." – PROCESSOS DE
REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES – Preliminarmente,
o Conselheiro Presidente Edson Simões comunicou ao Egrégio Plenário que devolverá
posteriormente os seguintes processos de sua pauta de reinclusão: 1) TC 2.329.08-09 –
Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da Secretaria Municipal da Saúde –
SMS interpostos contra o V. Acórdão de 23/9/2009 (Convênio 20/2008-SMS.G R$
2.804.610,14) – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal da Saúde – SMS
e Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – Implantação do
desenvolvimento de ações relativas à Assistência Médica Ambulatorial – AMA 2) TC
2.010.09-28 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da
Secretaria Municipal de Educação – SME interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular
de 14/3/2011 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Educação –
SME – Mary Elisabeth de Mello Mandina – Prestação de contas de adiantamento bancário –
julho/2006 (R$ 8.000,00) 3) TC 3.079.07-06 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS,
Universidade Federal de São Paulo – Unifesp e Associação Paulista para o Desenvolvimento
da Medicina – SPDM – Convênio 003/2007-SMS-G R$ 2.282.965,97 – Implantação,
implementação e execução dos serviços de Assistência Médica e Ambulatorial Jardim Peri
4) TC 1.859.09-48 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM,
da Secretaria Municipal de Educação – SME e de Marlene Martins interpostos contra a R.
Decisão de Juízo Singular de 9/8/2010 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria
Municipal de Educação – SME (Coordenadoria de Educação da Freguesia/Brasilândia) –
Marlene Martins – Prestação de contas de adiantamento bancário – junho/2006 (R$ 5.000,00)
5) TC 2.849.07-68 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM,
de Alexandre Alves Schneider e da Secretaria Municipal de Educação – SME interpostos
contra a R. Decisão de Primeira Câmara de 24/11/2010 – Relator Conselheiro Rui Corrêa –
Secretaria Municipal de Educação – SME e Loja do Teatro Luz e Som Ltda. – ME –
Contratação emergencial de serviços de operacionalização e manutenção preventiva dos
equipamentos de som dos 21 CEUs – Centros de Educação Unificada 6) TC 2.653.03-12 –
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – Sempla e SP Produtos
Alimentícios e Serviços Ltda. – Contrato 117/SEMAB-DAS/2003 R$ 2.168.898,36 e TA
76/SEMAB/DAS/2003 R$ 177.960,00 (aumento de 166.800 refeições) – Serviços de preparo
e fornecimento estimado de 1.896.578 refeições, com fornecimento de todos os gêneros
alimentícios e demais insumos, distribuição nos locais de consumo, logística, supervisão,
23
mão de obra, prestação de serviços de manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos e
utensílios, alimentação escolar tipo "Refeição" – Grupo 1 7) TC 1.940.08-83 – Recursos "ex
officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Frederico Victor Moreira
Bussinger interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 4/2/2010 – Julgador
Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Transportes – SMT – Frederico
Victor Moreira Bussinger – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2005
(R$ 1.100,11) 8) TC 2.494.05-72 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Centro de
Nefrologia e Urologia da Penha S/C Ltda. – Cenupe – Contrato 021/2004/SMS
R$ 1.262.203,50 – Serviços de Terapia Renal Substitutiva aos usuários do Sistema Único de
Saúde – SUS 9) TC 1.420.07-62 – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras
– SMSP (Superintendência das Usinas de Asfalto – SPUA) e Soebe Construção e
Pavimentação Ltda. – Contrato 01/SMSP/SPUA/2007 R$ 785.995,00 – Locação de Rolo
Compactador pneumático de pressão variável de, no mínimo, 21,3 toneladas (3.500 horas) e
de Vibro Acabadora de asfalto autopropelida sobre rodas de capacidade mínima de 3,5 m de
largura de esparramento variável de 3 a 5 metros (3.500 horas), no prazo de 1 mês, incluindo
operadores, combustível e transporte para os locais de trabalho 10) TC 2.028.08-02 –
Secretaria Municipal de Cultura – SMC e Brasil Arquitetura Ltda. – Contrato
07/2006/DPH/SMC R$ 1.100.000,00 est., TAs 03/2007 (alteração de cronograma físico-
orçamentário) e TA 3-A/2007 (prorrogação do prazo) – Serviços técnicos especializados para
elaboração do Projeto Básico e Complementares para o Conjunto denominado Praça das
Artes e do Projeto Executivo de Restauro para o edifício tombado do Conservatório
Dramático e Musical de São Paulo (Tramita em conjunto com o TC 1.618.08-90) 11) TC
1.618.08-90 – Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo – Secretaria
Municipal de Cultura – SMC – Representação solicitando a apuração de notícia veiculada no
jornal "Folha de São Paulo" do dia 29/5/2008, que trata da implantação da chamada Praça das
Artes, como intervenção urbana a ser realizada no Centro da Cidade de São Paulo (Tramita
em conjunto com o TC 2.028.08-02) 12) TC 359.07-18 – Recursos "ex officio", de Sidnei
Leriano e da Subprefeitura Ipiranga interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
18/9/2007 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura Ipiranga – Sidnei Leriano
– Prestação de contas de adiantamento bancário – março/2005 (R$ 1.500,00) –
CONSELHEIRO CORREGEDOR EURÍPEDES SALES – 1) TC 2.463.95-03 –
Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Alfredo Mario Savelli e de
Marcia Heloisa Pereira da Silva Buccolo interpostos contra o V. Acórdão de 5/3/2008 –
Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Companhia
Auxiliar de Viação e Obras – Cavo – Serviços de limpeza de vias e logradouros públicos,
coleta e transporte de resíduos domiciliares, de varrição, de feiras livres e de todos aqueles
resultantes dos serviços de limpeza nas áreas e vias pertencentes às Administrações
Regionais de Vila Mariana, Ipiranga e Vila Prudente – Agrupamento V (Acomp. TC
2.342.97-42). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos
termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno
desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido."
(Certidão) 2) TC 2.491.09-08 – Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda. –
Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face do Pregão Presencial
431/2008, cujo objeto é a prestação de serviços de transporte de pessoas e cargas, com
fornecimento de veículos, para atender às necessidades da Secretaria. "O Conselheiro
Eurípedes Sales devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora
concedida na 2.543ª S.O. Ainda, naquela sessão, o Conselheiro Antonio Carlos Caruso –
Relator, à época, recebeu a representação interposta pela empresa Brasil Dez Locadora de
Veículos e Transportes Ltda., por preenchidos os pressupostos de admissibilidade, e, no
24
mérito, nos termos da conclusão da Assessoria Jurídica de Controle Externo, julgou-a
procedente, quanto ao direito da referida empresa ser contratada para a prestação de serviços
no tocante ao lote 2, nos termos da medida liminar concedida. Sua Excelência, contudo, não
exarou determinação à Secretaria Municipal da Saúde – SMS, tendo em vista que o contrato
foi firmado com a representante, tomando o nº 58/2009, em análise neste Tribunal no
processo TC 452.11-08, bem como determinou o arquivamento dos autos, após o
cumprimento do disposto no artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Outrossim, o
Conselheiro Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado,
acompanhou o voto proferido pelo Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Relator quanto ao
seu elemento dispositivo, pela inexistência de qualquer determinação à SMS, com a ressalva
de que, no seu entendimento, não compete ao Tribunal de Contas do Município de São Paulo
determinar a prática de atos para o cumprimento de decisões judiciais, embora possa atuar, no
controle de legalidade, para que atos administrativos já praticados guardem correspondência
com decisões judiciais que tenham sido proferidas. Ademais, na presente sessão, o
Conselheiro Roberto Braguim conheceu da representação e, quanto ao mérito, julgou-a
improcedente. Também, o Conselheiro Eurípedes Sales acompanhou o voto proferido pelo
Conselheiro Roberto Braguim. Afinal, o Conselheiro Presidente Edson Simões, nos termos
do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe
fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 3) TC 7.073.99-81 –
Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de João Octaviano Machado Neto
interpostos em face do V. Acórdão de 27/6/2007 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales –
Secretaria Municipal de Serviços – SES – Cliba Ltda. – Execução dos serviços de operação,
manutenção e vigilância da Estação de Transbordo Vergueiro e transporte de resíduos sólidos
urbanos da Estação de Transbordo ao Aterro Sanitário São João ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo
Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.548ª S.O.,
ocasião em que votou o Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Acordam os Conselheiros
do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o
relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos, ante o preenchimento dos requisitos de
admissibilidade. Acordam, ainda, no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros
Roberto Braguim – Relator, Eurípedes Sales – Revisor e Domingos Dissei, em negar-lhes
provimento, mantendo o V. Acórdão recorrido, por seus próprios e jurídicos fundamentos.
Vencido, quanto ao mérito, o Conselheiro Maurício Faria, que, nos termos de seu voto
apresentado em separado, deu provimento parcial ao recurso da Procuradoria da Fazenda
Municipal e integral ao apelo do Senhor João Octaviano Machado Neto. Relatório: Este TC
focaliza, neste segmento processual, Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal e do
ex-Secretário de Obras, João Octaviano Machado Neto, interpostos, respectivamente, às fls.
523/529 e 556/567, e analisados pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela
Secretaria Geral, ambos opinando pelo seu conhecimento, por presentes os requisitos de
admissibilidade, e, no mérito, por seu improvimento, a míngua de fatos novos capazes de
modificar a R. Decisão atacada (fls. 570/572 e 573 e fl. 586). A Procuradoria da Fazenda
Municipal se manifestou à fl. 574, tutelando pelo conhecimento e provimento dos Recursos.
No rigor da síntese, os recorrentes buscam a reforma do V. Acórdão de 27/06/2007, que
julgou irregulares os Termos Aditivos nºs 001/1999 e 002/2000, atrelados ao Contrato nº
16/Limpurb/1999, sustentando sua validade e eficácia, visto cuidarem apenas da prorrogação
do ajuste originário. Nesses Recursos, eles se reportam aos mesmos argumentos de suas
defesas pretéritas, amplamente analisadas e rebatidas pelo v. Acórdão originário, que julgou
irregular o ajuste aditado. É o relatório abreviado. Voto: Conheço dos Recursos, ante o
preenchimento dos requisitos de admissibilidade, porém, no mérito, nego-lhes provimento.
25
Com efeito, o V. Acórdão recorrido, projetado às fls. 521/522, considerou, à unanimidade,
irregulares os Termos Aditivos nºs 001/1999 e 002/2000, ante a contaminação do Contrato nº
16/Limpurb/1999, razão pela qual não poderia a Administração prorrogar a avença, em face
dos vícios que aquele portava. O mesmo Julgado decidiu, majoritariamente, pela inaceitação
de seus efeitos financeiros e pela não aplicação de multa aos responsáveis, por ausentes a má-
fé e prejuízos à Administração. Os Termos Aditivos julgados foram alcançados pelos efeitos
reflexos dos vícios originários, detectados no ajuste primitivo, não cabendo, destarte, o
revolvimento de matéria já amplamente apreciada, discutida e decidida pelo V. Acórdão de
fl. 167. Nessa linha de pensamento, amplamente prestigiada pela Assessoria Jurídica de
Controle Externo (fls. 570/572) e pela Secretaria Geral (fl. 586), nego provimento aos
Recursos focados, mantendo o V. Acórdão de fls. 521/522, pelos seus próprios e jurídicos
fundamentos (2.548ª S.O.). Voto em separado apresentado pelo Conselheiro Maurício
Faria: Conheço dos recursos apresentados pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pelo
Sr. João Octaviano Machado Neto contra o Acórdão proferido em 27 de junho de 2007, por
meio do qual o Tribunal pleno julgou irregulares os Termos de Aditamento 01/99 e 02/00,
sem aceitar os respectivos efeitos financeiros. No mérito, dou parcial provimento ao Recurso
da PFM e integral provimento ao Recurso do Sr. João Octaviano Machado Neto, para aceitar
os efeitos financeiros produzidos pelos Termos de Aditamento 01 e 02, uma vez que a
rejeição dos mesmos decorreu única e exclusivamente do fato de terem sucedido contrato
julgado irregular por esta Corte, reiterando o voto por mim proferido quando do julgamento
original dos referidos Termos. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales –
Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria
Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24
de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 4) TC
2.379.03-72 – Agravo Regimental interposto contra o R. Despacho do Conselheiro Antonio
Carlos Caruso, publicado no DOC de 28/1/2011, indeferindo o Recurso interposto pela
Cohab-SP contra o V. Acórdão de 2/12/2009 – Relator Conselheiro Antonio Carlos Caruso –
Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP – Balanço referente ao
exercício de 2002 (Acomp. TCs 3.742.02-03, 5.238.02-76, 5.239.02-39, 1.212.03-11,
1.949.03-43 e 2.000.03-89) 5) TC 1.460.02-72 – Secretaria Municipal de Transportes –
SMT e São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Contrato 001/02-SMT.GAB
R$ 26.000.000,00 – TA 01/2002 R$ 52.098.125,00 (prorrogação de prazo), TA 02/2002
R$ 40.542.638,00 (prorrogação de prazo) e TA 03/2002 R$ 15.579.740,00 (prorrogação de
prazo) – Prestação de serviços de administração e engenharia, voltados à operacionalização,
gerenciamento, fiscalização, planejamento, supervisão e coordenação e administração de todo
o Sistema de Transporte Urbano na Cidade de São Paulo 6) TC 2.218.10-62 – Secretaria
Municipal de Participação e Parceria – SMPP e Instituto de Organização Racional do
Trabalho – Idort – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato
279/SMPP/2009 (R$ 36.316.936,00), cujo objeto é a prestação, pela Contratada, de serviços
de planejamento, atividades de inclusão digital e apoio para gerenciamento do Programa de
Inclusão Digital da Cidade de São Paulo, está sendo executado de acordo com as normas
legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 7) TC
1.813.06-02 – Recursos de Maria Aparecida Perez e de Carlos Eli Gonçalves interpostos
contra o V. Acórdão de 29/7/2009 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria
Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads – Secretaria Municipal de
Educação – SME – Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente – (Convênio
314/SAS-SME-RT/2002 R$ 282.568,00, TAs 240/SME/2003 R$ 311.948,00, 010/04
Subprefeitura VP/SB/2004, 047/2006-RI R$ 321.648,00) – Atendimento às crianças de 0 a 6
anos e 11 meses de idade por meio do Centro de Educação Infantil Parque Santa Madalena II
26
8) TC 1.403.10-49 – Vereadora Juliana Cardoso (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP)
– Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação solicitando a apuração de eventuais
irregularidades no Contrato de Gestão 009/2008 (R$ 46.022.280,00), firmado entre a
Secretaria Municipal da Saúde – SMS e o Serviço Social da Construção Civil do Estado de
São Paulo – Seconci, cujo objeto é a prestação de serviços médicos especializados na área de
Medicina Ambulatorial com recursos para a realização de exames complementares, cuja
prestação se dará na circunscrição da microrregião Penha/Ermelino Matarazzo. "O
Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso
III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do
prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 9) TC 143.02-84
– Secretaria Municipal de Serviços – SES e Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. – TA
001/2002 R$ 31.916.013,10 (prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), relativo
ao Contrato 43/LIMPURB/01, no valor de R$ 31.916.043,11, julgado em 13/12/2006 –
Serviços e obras de operação, manutenção, monitoramento e recuperação ambiental do
Aterro Sanitário Bandeirantes. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao
Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos
do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que
foi deferido." (Certidão) 10) TC 1.643.08-38 – Subprefeitura São Mateus e Construtora
Anastácio Ltda. – Pregão 023/SMSP/SP-SM/2007 – Contrato 018/SP-SM/2007
R$ 4.872.000,00 – Prestação de serviços para limpeza e desassoreamento com remoção de
material não inerte para destino final, conservação de áreas do reservatório compreendendo
áreas ajardinadas, caiação de muretas e elementos de concreto, limpeza com equipamentos de
alta pressão e desinfecção de áreas contaminadas por inundações dos reservatórios de
amortecimento de cheias da Subprefeitura, através de empresa especializada. "O Conselheiro
Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 11) TC 3.278.01-39 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Jofege – Pavimentação e
Construção Ltda. – Concorrência 001/00/SVP – Contrato 006/SIURB/2001
R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras
complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município
de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os
valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários
de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 1 (Tramita em conjunto com os
TCs 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31,
3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 12) TC 3.279.01-00 – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Araguaia Construtora Brasileira de Rodovias S.A. –
Contrato 007/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação
asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em
vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana
Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente
por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 2
(Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06,
3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 13) TC 3.280.01-80 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e CONSTRUCAP CCPS –
Engenharia e Comércio S.A. – Contrato 008/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das
obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento
e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de
Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
27
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 3 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.281.01-
43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 14) TC
3.281.01-43 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e SOEBE –
Construção e Pavimentação Ltda. – Contrato 009/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução
das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do
Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços
custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias
públicas beneficiadas – Área 4 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00,
3.280.01-80, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53)
15) TC 3.282.01-06 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e
Consórcio Pavipar – Contrato 010/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de
pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e
comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de
Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 5 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-
80, 3.281.01-43, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 16) TC
3.283.01-79 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Serveng-
Civilsan S.A. – Empresas Associadas de Engenharia – Contrato 011/SIURB/2001
R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras
complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município
de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os
valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários
de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 6 (Tramita em conjunto com os
TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.284.01-31,
3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 17) TC 3.284.01-31 – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Queiróz Galvão – DUCTOR – Contrato
012/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e
serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias
públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária
– PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados
e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 7 (Tramita em
conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06,
3.283.01-79, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 18) TC 3.285.01-02 – Secretaria
Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Pavimentação Comunitária
– Contrato 013/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação
asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em
vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana
Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente
por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 8
(Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43,
3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.484.01-20 e 793.06-53) 19) TC 3.484.01-20 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Pavimentação
São Paulo – Contrato 027/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de
pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e
comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de
Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
28
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 9 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-
80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 793.06-53) 20) TC
793.06-53 – Vereador José Ferreira dos Santos – Vereador Paulo Roberto Fiorilo (Câmara
Municipal de São Paulo – CMSP) – Petição – Solicitação de auditoria nos contratos oriundos
do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, firmados a partir de 2005 pelas
Subprefeituras e Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP (Tramita
em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06,
3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20) "O Conselheiro Eurípedes Sales –
Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o
artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os
citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 21) TC 796.04-80 – São Paulo
Transporte S.A. – SPTrans e Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas – ATECH –
Contrato 2003/106 R$ 8.250.012,00 – Prestação de serviços de apoio à gestão de contrato e
validação da integração do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e do Centro de Controle
Operacional Integrado de Transporte e Trânsito 22) TC 1.712.06-97 – Recurso da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interposto contra o V. Acórdão de 23/9/2009 –
Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Associação
Comunitária Monte Azul – (Convênio 003/2006-SMS.G/PSF R$ 24.510.321,80, TAs
001/2006 e 002/2006) – Continuidade das atividades desenvolvidas pelo Programa Saúde da
Família em conjunção de esforços da Secretaria com a conveniada. "O Conselheiro
Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 23) TC 2.265.07-47 –
Secretaria Municipal de Serviços – SES e Pedreira Centro de Disposição de Resíduos Ltda. –
CDR – Contrato 14/SES/07 R$ 5.334.660,00 – Prestação de serviços de recebimento de
resíduos provenientes da coleta de varrição e das Subprefeituras. "O Conselheiro Eurípedes
Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 24) TC 1.170.02-92 –
Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Companhia de Engenharia de Tráfego – CET –
TA 1º/2002 (red. de R$ 7.963.844,89 – remanejamento dos recursos entre os anexos e
redução do valor contratual), relativo ao Contrato 02/02 – SMT.GAB, no valor de
R$ 108.800.000,00, julgado em 29/11/2006 – Serviços de engenharia de tráfego e educação
de trânsito ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente
sessão pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, após vista que lhe fora concedida na
2.666ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos
Conselheiros Roberto Braguim – Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei, em acolher, em
caráter excepcional, o Termo Aditivo 1º/2002, relevando eventuais falhas ou impropriedades
no seu processamento. Vencido o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, que, considerando
que o Contrato 02/02-SMT/GAB se encontra viciado, julgou irregular o termo de aditamento.
Relatório: Nesta vertente processual, examina-se o Termo Aditivo 01/2002 ao Contrato
02/2002 – SMT.GAB firmado entre a Secretaria Municipal de Transportes – SMT e a
Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, reduzindo o valor inicial de R$ 108.800.000,00
(cento e oito milhões e oitocentos mil reais) para R$ 100.836.155,11 (cem milhões,
oitocentos e trinta e seis mil, cento e cinquenta e cinco reais e onze centavos), com o
remanejamento de recursos, na forma instrumentada na cópia de fls. 157/162. Na análise
corporificada no relatório de fls. 174/176, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu
29
por sua irregularidade, em razão dos vícios do ajuste primitivo, assinalados pelo v. Acórdão
de fls. 147/148 (infringência ao artigo 195, § 3º, da Constituição Federal21
, e ao artigo 2º da
Lei Federal 9.012/199522
). O ex-secretário da Pasta, Carlos Alberto Rolim Zarattini, e a
Chefe de Gabinete, Sandra Grapella, sustentaram a regularidade do instrumento em exame,
nas defesas encartadas às fls. 184/192 e 223/230, respectivamente, ambas analisadas pela
Auditoria, às fls. 199/200 e 235/236, que, todavia, manteve sua conclusão inicial, em razão
do vício originário. Esse entendimento foi acompanhado pela Assessoria Jurídica de Controle
Externo e pela Secretaria Geral, que, no entanto, deixou a critério desta Relatoria a aceitação
de seus efeitos financeiros (fls. 239/241 e 244/245), enquanto a Procuradoria da Fazenda
Municipal pugnou pela acolhida do Termo Aditivo com base no princípio da razoabilidade,
sem descartar a possibilidade da aceitação de seus efeitos (fls. 242/243). É o relatório
abreviado. Voto: Registro, em princípio, que o ajuste primitivo, ao qual está atrelado o
Aditivo em julgamento, foi declarado irregular por maioria de votos, pelo v. Acórdão de fls.
147/148, em virtude da não comprovação da regularidade fiscal com o Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS,
caracterizando ofensa ao artigo 195, § 3º, da Constituição Federal. O mesmo v. Julgado, no
entanto, aceitou, pelo voto de desempate do então Presidente Conselheiro Antonio Carlos
Caruso, os efeitos financeiros da avença originária, relevando a ausência da justificativa de
preço, por seu caráter formal, e diante da inocorrência de má-fé e de prejuízos ao erário (fls.
147/148). Em situações similares este Egrégio Tribunal tem entendido, em reiterados
julgados, que o vício originário, quando grave, repercute em todos os ajustes vinculados ao
contrato matriz, por força do princípio da acessoriedade, segundo o qual o "acessorium
sequitur suum principale" (o acessório segue o principal), como, a propósito, lembram as
Unidades Técnicas e a Secretaria Geral, nas suas manifestações de fls. 235/236, 239/241 e
244/245. Entendo, todavia, que essa regra sofre exceções decorrentes dos princípios afins da
proporcionalidade e razoabilidade, mormente quando o instrumento aditivo traduz uma
vantagem para o Poder Público, como é o caso em tela, em que o preço inicial é
sensivelmente reduzido de R$ 108.800.000,00 (cento e oito milhões e oitocentos mil reais)
para R$ 100.836.155,11 (cem milhões, oitocentos e trinta e seis mil, cento e cinquenta e
cinco reais e onze centavos), conforme se verifica da cópia de fls. 157/162. No estudo desses
princípios, o conceituado publicista Marçal Justen Filho reportando-se aos ensinamentos de
J.J. Gomes Canotilho (Direito Constitucional) e Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito
Administrativo), transmite esta memorável lição de Direito: "A Administração está
constrangida a adotar alternativa que melhor prestigie a racionalidade do procedimento e de
seus fins. Não seria legal encampar decisão que impusesse exigências dissociadas da
realidade dos fatos ou condições de execução impossível. O princípio da proporcionalidade
restringe o exercício das competências públicas, proibindo o excesso. A medida limite é a
salvaguarda dos interesses públicos e privados em jogo. Incumbe ao Estado adotar a medida
menos danosa possível, através da compatibilização entre os interesses sacrificados e aqueles
que se pretende proteger". (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos,
21
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o poder público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 22
Art. 2º As pessoas jurídicas em débito com o FGTS não poderão celebrar contratos de prestação de serviços
ou realizar transação comercial de compra e venda com qualquer órgão da administração direta, indireta,
autárquica e fundacional, bem como participar de concorrência pública.
30
Dialética, 7ª edição, 2000, pág. 78, nº 16-4). É ainda o mesmo autor que complementa: "Os
princípios da proporcionalidade e razoabilidade acarretam a impossibilidade de impor
consequências de severidade incompatível com a irrelevância dos defeitos". Disto decorre, a
meu juízo, que o princípio da acessoriedade ou da vinculação não é absoluto, admitindo, em
situações excepcionais, temperamentos, sobretudo quando os instrumentos aditivos reduzem
o âmbito de onerosidade do ajuste matriz ou acarretam vantagens à Administração Pública
contratante. De resto, o Contrato 02/2002-SMT teve seus efeitos financeiros preservados pelo
v. Acórdão que proclamou sua irregularidade (fls. 147/148). Assim, sob essa ótica e linha de
raciocínio, ACOLHO, em caráter excepcional, o Termo Aditivo em julgamento, refletido na
cópia de fls. 157/162, relevando eventuais falhas ou impropriedades no seu processamento
(2.666ª S.O.). Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor,
Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria
Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24
de abril de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." –
CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.611.07-60 – Empresa Municipal de
Urbanização – Emurb (atual São Paulo Obras – SP-Obras/São Paulo Urbanismo – SP-
Urbanismo) – Acompanhamento – Verificar se o Edital da Concorrência 006970100 –
EMURB, cujo objeto é a contratação de empresa especializada de engenharia para execução
do remanejamento das linhas de alta tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi,
incluindo o projeto executivo e execução das obras complementares necessárias à
operacionalização do Complexo Viário Real Parque, foi elaborado de acordo com os
dispositivos legais pertinentes (Tramita em conjunto com o TC 2.007.07-51) 2) TC
2.007.07-51 – Construcap – CCPS Engenharia e Comércio S.A. – Empresa Municipal de
Urbanização – Emurb (atual São Paulo Obras – SP-Obras/São Paulo Urbanismo – SP-
Urbanismo) – Representação em face do Edital de Concorrência 006970100 – EMURB, cujo
objeto é a contratação de empresa especializada de engenharia para execução do
remanejamento das linhas de alta tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi, incluindo
o projeto executivo e execução das obras complementares necessárias à operacionalização do
Complexo Viário Real Parque (Tramita em conjunto com o TC 1.611.07-60) 3) TC
2.976.10-80 – Secretaria Municipal de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar a
regularidade do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação
de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar,
visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-
sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos
alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino,
mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários,
fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos
alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários
das unidades educacionais, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito (Tramita
em conjunto com os TCs 3.066.10-51, 123.11-68 e 127.11-19) 4) TC 3.066.10-51 – Stillus
Alimentação Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação, com pedido
de suspensão liminar, em face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo
objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e
alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em
condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e
dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais
da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e
demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e
31
manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de
obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização
de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em conjunto com os
TCs 2.976.10-80, 123.11-68 e 127.11-19) 5) TC 123.11-68 – Fernanda de Oliveira Caldeira
– Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do edital do Pregão
Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a
prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de
alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos
padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em
unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os
gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística,
supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento
de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e
higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em
conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 127.11-19) 6) TC 127.11-19 – E. B.
Alimentação Escolar Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em
face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de
empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando
ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias
adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos
regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante
o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento
dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos
utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos,
distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades
educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 123.11-68) 7)
TC 2.733.04-30 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da empresa
Consladel Construtora e Laços Detetores Ltda. e de Roberto Luiz Bortolotto interpostos
contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria
Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Alusa – Consladel – Start –
Serviços técnicos e fornecimento de materiais para ampliação do Sistema de Iluminação
Pública, estimado em 40 mil novos pontos, incluindo atividades acessórias de remodelação
nas Unidades adjacentes (Tramita em conjunto com os TCs 3.416.03-32 e 3.510.03-09)
(Julgados os autos, retorno à pauta, por ter sido relatado englobadamente com o Processo TC
3.510.03-09) 8) TC 3.510.03-09 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM,
de Michael Maurice Warren, Tania de Carvalho Pizzi, José Roberto Reis, Aurélio Pavão de
Farias e de Marcos de Oliveira Rossi, interpostos contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator
Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb –
Acompanhamento da Concorrência 1.002/03/SIURB, cujo objeto é a prestação de serviços
técnicos e fornecimento de materiais para ampliação do Sistema de Iluminação Pública,
estimado em 40 mil novos pontos, incluindo atividades acessórias de remodelação nas
Unidades adjacentes (Tramita em conjunto com os TCs 2.733.04-30 e 3.416.03-32). "O
Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso
III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do
prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) –
CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1) TC 3.849.06-12 – Secretaria Municipal da
Saúde – SMS, Universidade Federal de São Paulo – Unifesp e Associação Paulista para o
Desenvolvimento da Medicina – SPDM – Convênio 23/2006-SMS.G R$ 1.508.471,78 –
Implantação, implementação e execução dos serviços de Assistência Médica e Ambulatorial
32
Perus 2) TC 5.716.04-28 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Sampa Org –
Contrato 18/2004 R$ 1.254.415,19 – Prestação de serviços técnicos especializados para
implantação do projeto "Portal do Céu" 3) TC 1.915.05-93 – Secretaria Municipal da Saúde
– SMS e Casa de Saúde Santa Marcelina – Convênio 019/SMS.G/2004 R$ 486.591.965,40 e
TA 001/2005 R$ 902.504,05 (modificação dos valores de repasses, custeados pelo Fundo
Nacional da Saúde para introdução de cobertura para o Paba) – Execução de serviços
médico-hospitalares e ambulatoriais, bem como as ações de ensino e pesquisa, a serem
prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, observada a sistemática de referência e
contrarreferência do Sistema Único de Saúde – SUS, sem prejuízo do Sistema Regulador da
Secretaria (Tramita em conjunto com o TC 1.822.05-04) 4) TC 1.822.05-04 – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Casa de Saúde Santa Marcelina – Acompanhamento –
Execução Contratual – Verificar se o Convênio 019/SMS.G/2004 (R$ 486.591.965,40), cujo
objeto é a execução de serviços médico-hospitalares e ambulatoriais, bem como as ações de
ensino e pesquisa, a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, observada a
sistemática de referência e contrarreferência do Sistema Único de Saúde – SUS, sem prejuízo
do Sistema Regulador da Secretaria, está sendo executado conforme o pactuado (Tramita em
conjunto com o TC 1.915.05-93) 5) TC 1.377.07-35 – Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. e Ação
Informática Brasil Ltda. – Pregão 12.008/05 – Contrato CO-05.06/06 R$ 2.545.000,00, TA
CO/TA-02.11/06 R$ 599.782,66 (acrescer aproximadamente em 23,57% o valor inicial do
contrato original para a contratada fornecer mais 21 lâminas de "Servidor Blade", bem como
os demais produtos constantes de sua proposta) – Aquisição de "Servidores Blade" 6) TC
6.373.04-19 – Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação – Seme e Japy
Engenharia e Comércio Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual – Proceder ao
acompanhamento do Contrato 015/SEME/2004 (R$ 637.940,00), cujo objeto é a prestação de
serviços de locação e operação de equipamentos de grande porte, com infraestrutura
necessária para a realização do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 – 2004 no Autódromo
Municipal José Carlos Pace – Interlagos 7) TC 377.03-76 – Secretaria Municipal de
Transportes – SMT – Acompanhamento – Analisar o edital de Concorrência 13/2002, cujo
objeto da permissão é a delegação da prestação dos serviços de Transporte Coletivo Público
de Passageiros em parcela de cada uma das áreas do subsistema local, conforme autorizado
pela Lei Municipal 13.241/01, com a finalidade de atender as necessidades atuais e futuras de
deslocamento da população, quanto aos aspectos legais e formais (Acomp. TCs 651.03-16,
695.03-91, 726.03-13, 727.03-86, 851.03-05 e 959.03-61) 8) TC 651.03-16 – Wellington
Guilherme de Morais – Secretaria Municipal de Transportes – SMT – Representação em face
do edital de Concorrência 13/2002, cujo objeto da permissão é a delegação da prestação dos
serviços de Transporte Coletivo Público de Passageiros em parcela de cada uma das áreas do
subsistema local, conforme autorizado pela Lei Municipal 13.241/01, com a finalidade de
atender as necessidades atuais e futuras de deslocamento da população (Acomp. TCs 377.03-
76, 695.03-91, 726.03-13, 727.03-86, 851.03-05 e 959.03-61) 9) TC 695.03-91 – Ademilson
Cunha – Secretaria Municipal de Transportes – SMT – Representação em face do edital de
Concorrência 13/2002, cujo objeto da permissão é a delegação da prestação dos serviços de
Transporte Coletivo Público de Passageiros em parcela de cada uma das áreas do subsistema
local, conforme autorizado pela Lei Municipal 13.241/01, com a finalidade de atender as
necessidades atuais e futuras de deslocamento da população (Acomp. TCs 377.03-76,
651.03-16, 726.03-13, 727.03-86, 851.03-05 e 959.03-61) 10) TC 726.03-13 – Rosa Ana da
Silva Garcia e Francisco dos Santos Garcia – Secretaria Municipal de Transportes – SMT –
Representação em face do edital de Concorrência 13/2002, cujo objeto da permissão é a
delegação da prestação dos serviços de transporte Coletivo Público de Passageiros em parcela
33
de cada uma das áreas do subsistema local, conforme autorizado pela Lei Municipal
13.241/01, com a finalidade de atender as necessidades atuais e futuras de deslocamento da
população (Acomp. TCs 377.03-76, 651.03-16, 695.03-91, 727.03-86, 851.03-05 e 959.03-
61) 11) TC 727.03-86 – Ana Paula Romiti – Secretaria Municipal de Transportes – SMT –
Representação em face do edital de Concorrência 13/2002, cujo objeto da permissão é a
delegação da prestação dos serviços de transporte Coletivo Público de Passageiros em parcela
de cada uma das áreas do subsistema local, conforme autorizado pela Lei Municipal
13.241/01, com a finalidade de atender as necessidades atuais e futuras de deslocamento da
população (Acomp. TCs 377.03-76, 651.03-16, 695.03-91, 726.03-13, 851.03-05 e 959.03-
61) 12) TC 851.03-05 – Associação dos Transportadores em Autolotação do Estado de São
Paulo – Assesp – Secretaria Municipal de Transportes – SMT – Representação em face do
edital de Concorrência 13/2002, cujo objeto da permissão é a delegação da prestação dos
serviços de transporte Coletivo Público de Passageiros em parcela de cada uma das áreas do
subsistema local, conforme autorizado pela Lei Municipal 13.241/01, com a finalidade de
atender as necessidades atuais e futuras de deslocamento da população (Acomp. TCs 377.03-
76, 651.03-16, 695.03-91, 726.03-13, 727.03-86 e 959.03-61) 13) TC 959.03-61 – Secretaria
Municipal de Transportes – SMT – Acompanhamento – Verificar se o procedimento
licitatório, desde a abertura até a homologação, da Concorrência 13/2002, cujo objeto da
permissão é a delegação da prestação dos serviços de transporte Coletivo Público de
Passageiros em parcela de cada uma das áreas do subsistema local, conforme autorizado pela
Lei Municipal 13.241/01, com a finalidade de atender as necessidades atuais e futuras de
deslocamento da população, foi conduzido de acordo com a legislação vigente e respectivo
edital (Acomp. TCs 377.03-76, 651.03-16, 695.03-91, 726.03-13, 727.03-86 e 851.03-05).
"O Conselheiro Domingos Dissei – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do
artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte,
adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) Por
derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para as Sessões Ordinárias
2.673ª e 2.674ª, a realizarem-se no próximo dia 8 de maio, às 10 horas. Nada mais havendo a
tratar, às 12h40, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai
subscrita por mim, Murilo Magalhães Castro, ____________________________, Secretário
Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pela Procuradora Chefe da Fazenda e
pelos Procuradores. São Paulo, 24 de abril de 2013.
_______________________________ EDSON SIMÕES
Presidente
_________________________ __________________________ ROBERTO BRAGUIM EURÍPEDES SALES Vice-Presidente Corregedor
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_________________________ __________________________ MAURÍCIO FARIA DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro
_________________________________ MARIA HERMÍNIA P. P. S. MOCCIA
Procuradora Chefe da Fazenda
_____________________________ __________________________________ JOEL TESSITORE FRANCISCO CARLOS COLLET E SILVA
Procurador da Fazenda Procurador da Fazenda
LSR/amc/mfc/mcam/smvo/mo/am ATA DA 2.671ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
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