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TRT/13 (Cargo: An Jud TI) Redes de Computadores Aula 00
Teoria e Exerccios Professor Leonardo Rangel
AULA 00: Tipos e meios de transmisso e de cabeamento;
tcnicas de circuitos, pacotes e clulas; Tecnologias de
redes locais e de longa distncia (LAN, MAN e WAN);
Caractersticas dos principais protocolos de comunicao;
modelo de referncia OSI; arquitetura TCP/IP: protocolos,
segmentao e endereamento.
Sumrio
1. Apresentao do curso. ...................................................................................................... 3
1.1. A Banca. .............................................................................................................................. 4
1.2. Metodologia das aulas. ....................................................................................................... 4
2. Contedo programtico e planejamento das aulas (Cronograma). ................................... 4
3. Tecnologias de redes locais e de longa distncia (LAN, MAN e WAN) ............................... 6
3.1. Redes LAN, MAN, WAN....................................................................................................... 7
3.2. Redes locais (LAN - Local Area Network) ............................................................................ 9
3.3. Redes metropolitanas (MAN Metropolitan Area Network) .......................................... 11
3.4. Redes geograficamente distribudas (WAN Wide Area Network) ................................. 11
3.5. Inter-redes ........................................................................................................................ 14
4. Conceitos de comunicao de dados ............................................................................... 15
4.1. Meios de transmisso e Cabeamento estruturado. ......................................................... 20
5. O Modelo OSI .................................................................................................................... 26
5.1. Arquitetura de Camadas ................................................................................................... 27
5.2. Modelo OSI vs. Modelo TCP/IP: ........................................................................................ 33
6. O Modelo TCP/IP............................................................................................................... 34
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6.1. Internet Protocol (IP) ........................................................................................................ 36
6.2. Componentes TCP/IP ........................................................................................................ 36
6.3. Transmission Control Protocol (TCP) ................................................................................ 38
6.4. User Datagram Protocol (UDP) ......................................................................................... 39
6.5. Aplicaes ......................................................................................................................... 41
7. Tcnicas de circuitos, pacotes e clulas ........................................................................... 45
7.1. Comutao de circuitos .................................................................................................... 47
7.2. Multiplexao em redes de comutao de circuitos ........................................................ 47
7.3. Comutao de pacotes ..................................................................................................... 49
7.4. Comutao de pacotes versus comutao de circuitos: Multiplexao estatstica ......... 52
7.5. ISPs e backbones da Internet ............................................................................................ 55
7.6. Atraso, perda e vazo em redes de comutao de pacotes ............................................. 58
7.7. Tipos de atraso .................................................................................................................. 58
7.8. Atraso de fila e perda de pacote....................................................................................... 63
7.9. Atraso fim a fim ................................................................................................................ 66
7.10. Vazo nos redes de computadores ........................................................................... 68
8. Lista das Questes Utilizadas na Aula. ............................................................................. 71
9. Gabarito. ........................................................................................................................... 74
Caros alunos,
Para iniciarmos nossa aula de demonstrao, falarei um pouco sobre mim. Sou
Servidor Pblico Federal a mais de dezoito anos, onde desempenhei vrias funes
relacionadas rea de TI. Nos ltimos seis anos, trabalho na administrao, controle e
segurana de usurios lotados em sessenta e quatro Unidades Gestoras sediadas nos
estados do Rio de Janeiro e Esprito Santo, totalizando mais de cinco mil usurios de
diversos sistemas utilizados pela esfera federal, tais como: SIAFI, SIAFI Web, SIAFI Gerencial,
SIAFI Educacional, SIASG, SIASG Treino, entre outros. Minha formao acadmica teve incio
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em 1996 quando terminei a Graduao em Matemtica pela UERJ - Universidade Estadual
do Rio de Janeiro, prossegui em 2000, com o Bacharelado em Cincias da Computao pela
UGF - Universidade Gama Filho. Nos ltimos doze anos, realizei trs cursos de Ps
Graduao: Docncia do Ensino Superior pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Gesto Estratgica e Negcios pela USP - Universidade de So Paulo e Criptografia e
Segurana em Redes pela UFF - Universidade Federal Fluminense. Sou tambm certificado
PMP, Cobit e Itil.
Venho trabalhando como professor desde 2003 na preparao do profissional de TI
para concursos pblicos (BNDES, Petrobras e subsidirias, BACEN, TCU, SUSEP, Tribunais,
Ministrios Pblicos, Receita Federal, entre outros) e na preparao para os cargos de
Engenharia (BNDES e Petrobras), nos cursos preparatrios para concursos presenciais e
telepresenciais: Academia do Concurso, ACP-SAT, Curso Gabarito, CEAV Concursos, CEGM,
Curso Cefis, Curso Debret, Curso Multiplus, Curso Pla, Canal dos Concursos, Eu vou Passar,
entre outros.
1. Apresentao do curso.
Nosso curso ter como foco atender a necessidade do concurseiro que ir fazer a
prova do TRT 13 Regio/PB e precisa ter conhecimento sobre o contedo referente ao
tpico Redes de Computadores, conforme abaixo descrito:
Redes de computadores: tipos e meios de transmisso e de cabeamento; tcnicas
de circuitos, pacotes e clulas; tecnologias de redes locais e de longa distncia (LAN, MAN e
WAN); caractersticas dos principais protocolos de comunicao; topologias; elementos de
interconexo de redes de computadores (gateways, hubs, repetidores, bridges, switches e
roteadores; modelo de referncia OSI; redes Locais Virtuais (VLAN); caractersticas dos
protocolos de controle de looping em Ethernet EAPS, Spanning Tree IEEE 802.1d e Rapid
SpanningTree IEEE 802.1w; arquitetura TCP/IP: protocolos, segmentao e
endereamento, servio DNS e entidades de registros. Conceitos do Multi Protocol Label
Switching (MPLS). Conceitos dos protocolos de roteamento OSPF e BGP, conceitos de
Autonomous System (AS) Conceitos de roteamento IP na Internet; conceitos do
protocolo IPv6; arquitetura cliente/servidor; redes sem fio (Wireless) ; gerenciamento de
redes de computadores: conceitos, protocolo SNMP, agentes e gerentes, MIBs,
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gerenciamento de dispositivos de rede, servidores e aplicaes. Administrao e gerncia
de redes de computadores; tipos de servio e QoS.
1.1. A Banca.
A Fundao Carlos Chagas uma banca com grande experincia em provas de
concursos pblicos que tratem das disciplinas de TI, s no ano de 2013, foram mais de uma
dezena de concursos organizados.
1.2. Metodologia das aulas.
Teremos aulas expositivas, descritivas e descontradas com aproximadamente 40
pginas por aula, as quais podero variar em quantidade, dependendo do assunto tratado e
da abordagem oferecida, mas tentando sempre manter tal mdia. Fiquem tranquilos,
normalmente acabamos as aulas em muito mais que isso, pois no gosto de economizar no
contedo que cobrado nas provas dos senhores.
Todas as aulas tero uma introduo terica, abrangendo os assuntos tratados, e
uma bateria de exerccios comentados, para fixao do contedo e aprendizado do estilo da
banca.
Abordarei os assuntos desde o bsico at o avanado, para que o aluno iniciante
tenha conhecimento e contato inicial com os tpicos tratados, e o aluno mais experiente
possa se aprofundar atravs da resoluo de questes.
A aplicao dos exerccios poder variar de aula pra aula, de acordo com a
proporo dos assuntos cobrados em questes de provas anteriores.
2. Contedo programtico e planejamento das aulas (Cronograma).
O Contedo programtico est distribudo de forma que, mesmo quem nunca teve
contato com o assunto, possa compreender o contexto da disciplina e a forma com que ela
abordada pela banca.
Pretendo sempre trabalhar os assuntos conforme o nvel da banca, por isso, tudo
que coloco nas aulas cai ou que pode cair na prova.
Aula Contedo a ser trabalhado
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Aula
Demonstrativa
07/05/2014
Tipos e meios de transmisso e de cabeamento; tcnicas de
circuitos, pacotes e clulas.
Tecnologias de redes locais e de longa distncia (LAN, MAN e
WAN).
Caractersticas dos principais protocolos de comunicao;
modelo de referncia OSI; arquitetura TCP/IP: protocolos,
segmentao e endereamento.
Aula 1
14/05/2014
Topologias.
Elementos de interconexo de redes de computadores
(gateways, hubs, repetidores, bridges, switches e roteadores.
Redes Locais Virtuais (VLAN).
Aula 2
21/05/2014
Caractersticas dos protocolos de controle de looping em
Ethernet EAPS.
Spanning Tree IEEE 802.1d e Rapid SpanningTree IEEE
802.1w.
Conceitos do Multi Protocol Label Switching (MPLS).
Conceitos dos protocolos de roteamento OSPF e BGP.
Aula 3
28/05/2014
Servio DNS e entidades de registros.
Conceitos de roteamento IP na Internet.
Conceitos do protocolo IPv6.
Aula 4
04/06/2014
Aula 04:
Arquitetura cliente/servidor.
Redes sem fio (Wireless).
Aula 5
11/06/2014
Gerenciamento de redes de computadores: conceitos, protocolo
SNMP, agentes e gerentes, MIBs.
Administrao e gerncia de redes de computadores.
Aula 6
18/06/2014
Conceitos de Autonomous System (AS).
Gerenciamento de dispositivos de rede, servidores e aplicaes.
Tipos de servio e QoS.
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3. Tecnologias de redes locais e de longa distncia (LAN, MAN e WAN)
Todos ns vemos e ouvimos a expresso "rede de computadores", mas o que na
verdade esse termo quer dizer? Redes de computadores um conjunto de computadores
autnomos interconectados por uma nica tecnologia. Dois computadores esto
interconectados quando podem trocar informaes. A conexo no precisa ser feita por um
fio de cobre; tambm podem ser usadas fibras pticas, micro-ondas, ondas de
infravermelho e satlites de comunicaes.
Pode at parecer loucura, mas nem a Internet nem a World Wide Web uma rede
computadores. A Internet no e uma nica rede, mas uma rede de redes, e a Web um
sistema distribudo que funciona na Internet.
Existe ainda uma confuso entre a definio de rede de computadores e de sistema
distribudo. Qual a principal diferena entre eles?
Sistema distribudo:
Um conjunto de computadores independentes parece ser, um nico sistema
coerente. Em geral, ele tem um nico modelo ou paradigma que apresenta aos usurios. A
camada de software sobre o sistema operacional (chamada middleware), responsvel pela
implementao desse modelo. Exemplo: World Wide Web, pois tudo que vemos tem a
aparncia de um documento (uma pgina da Web).
Rede de computadores:
Os usurios ficam expostos s mquinas reais, sem qualquer tentativa por parte do
sistema de faz-las parecerem e atuarem de modo coerente. Se as mquinas tiverem
hardware diferente e sistemas operacionais distintos, isso ser totalmente visvel para os
usurios. Se quiser executar um programa em uma mquina remota, o usurio ter de
efetuar o logon nessa mquina e executar o programa l.
Na prtica, um sistema distribudo um sistema de software instalado em uma
rede. O software d ao sistema um alto grau de coeso e transparncia.
Consequentemente, o software (sistema operacional) que determina a diferena entre
uma rede e um sistema distribudo, no o hardware.
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3.1. Redes LAN, MAN, WAN
Em termos gerais, h dois tipos de tecnologias de transmisso em uso
disseminado nos dias de hoje:
Links de difuso:
As redes de difuso tm apenas um canal de comunicao, compartilhado por todas
as mquinas da rede, onde qualquer mquina pode enviar mensagens curtas, que em
determinados contextos so chamadas pacotes. Um campo de endereo dentro do pacote
especifica o destinatrio pretendido. Quando recebe um pacote, uma mquina verifica o
campo de endereo. Se o pacote se destinar mquina receptora, ela o processar; se for
destinado a alguma outra mquina, o pacote ser simplesmente ignorado.
Com a utilizao de um cdigo especial no campo de endereo, os sistemas de
difuso tambm oferecem a possibilidade de endereamento de um pacote a todos os
destinos.
Quando um pacote com esse cdigo transmitido, ele recebido e processado por
todas as mquinas da rede. Esse modo de operao chamado difuso (broadcasting).
Alguns sistemas de difuso tambm admitem a transmisso para um subconjunto das
mquinas, o que se conhece como multidifuso (multicasting). Um esquema possvel
reservar um bit para indicar a multidifuso. Os n 1 bits de endereo restantes podem
conter o nmero de um grupo. Cada mquina pode se "inscrever" em qualquer um ou em
todos os grupos. Quando um pacote enviado a um determinado grupo, ele entregue a
todas as mquinas inscritas nesse grupo.
Links ponto a ponto:
As redes ponto a ponto consistem em muitas conexes entre pares de mquinas
individuais. Como normalmente possvel haver vrias rotas com diferentes tamanhos,
encontrar boas rotas se torna muito importante. A transmisso ponto a ponto com um
transmissor e um receptor pode ser chamada unidifuso (unicasting).
Um critrio alternativo para classificar as redes sua escala. Na figura abaixo,
mostramos uma classificao de sistemas de vrios processadores organizada por seu
tamanho fsico. Na parte superior encontram-se as redes pessoais e outras de maior
abrangncia. Essas redes podem ser divididas em redes locais, metropolitanas e
geograficamente distribudas (ou remotas). Finalmente, a conexo de duas ou mais redes
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chamada inter-rede (Exemplo: Internet).
Figura: Classificao de processadores interconectados por escala.
1. (FCC - 2010 - MPE/RN) No contexto dos tipos de tecnologias de transmisso nas redes de
computadores, correto afirmar:
a) As redes ponto a ponto caracterizam-se pela existncia de apenas um canal de
comunicao, compartilhado por todas as mquinas da rede.
b) Em alguns sistemas de difuso, multicasting o modo de operao em que um pacote pode
ser transmitido apenas para um subconjunto de mquinas, identificadas por um cdigo
especial no campo de endereo.
c) O modo de operao no qual o sistema de difuso admite a transmisso para um
subconjunto especfico de mquinas na rede conhecido por unicasting.
d) Muitas conexes entre pares de mquinas individuais uma caracterstica tpica das redes
de difuso.
e) A conexo sem fio entre um computador, o mouse, o teclado e uma impressora no pode
ser classificada com uma rede de comunicao.
Comentrio:
Anlise do enunciado: tranquila. O objeto a opo CORRETA.
Letra a) As redes ponto a ponto consistem em muitas conexes entre pares de mquinas
individuais. Como normalmente possvel haver vrias rotas com diferentes tamanhos,
encontrar boas rotas se torna muito importante. (ERRADA)
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Letra b) (CERTA)
Letra c) unicasting no, multicasting. (ERRADA)
Letra d) Redes de difuso tm apenas um canal de comunicao, compartilhado por todas
as mquinas da rede, onde qualquer mquina pode enviar mensagens curtas, que em
determinados contextos so chamadas pacotes. (ERRADA)
Letra e) (ERRADA)
Gabarito: B
3.2. Redes locais (LAN - Local Area Network)
As redes locais so amplamente usadas para conectar computadores pessoais e
estaes de trabalho em escritrios e instalaes de empresas, permitindo o
compartilhamento de recursos e a troca de informaes. As LANs tm trs caractersticas que
as distinguem de outros tipos de redes: (1) tamanho, (2) tecnologia de transmisso e (3)
topologia.
Como possuem tamanho restrito, possvel saber com antecedncia o tempo de
transmisso, o que permite a utilizao de determinados tipos de projetos que em outras
circunstncias no seriam possveis, alm de simplificar o gerenciamento da rede.
A tecnologia de transmisso das LANs quase sempre consiste em um cabo, ao qual
todas as mquinas esto conectadas, funcionam tradicionais em velocidades de 10 a 100 Mbps,
tm baixo retardo (microssegundos ou nanossegundos) e cometem poucos erros. As LANs mais
modernas operam em at 10 Gbps.
A figura abaixo mostra duas das topologias admitidas pelas LANs. Em uma rede de
barramento (cabo linear), apenas uma mquina por vez pode desempenhar a funo de
mestre e realizar uma transmisso. Nesse momento, as outras mquinas sero impedidas de
enviar qualquer tipo de mensagem. Ento, ser preciso criar um mecanismo de arbitragem
para resolver conflitos quando duas ou mais mquinas quiserem fazer uma transmisso
simultaneamente, independente de ser centralizado ou distribudo. Por exemplo, o padro
IEEE 802.3, mais conhecido como Ethernet, uma rede de difuso de barramento com
controle descentralizado, em geral operando em velocidades de 10 Mbps a 10 Gbps. Os
computadores em uma rede Ethernet podem transmitir sempre que desejam; se dois ou
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mais pacotes colidirem, cada computador aguardar um tempo aleatrio e far uma nova
tentativa mais tarde.
Figura: Barramento e Anel
Um segundo tipo de sistema de difuso o anel. Em um anel, cada bit se propaga de
modo independente, sem esperar pelo restante do pacote ao qual pertence. Em geral, cada
bit percorre todo o anel no intervalo de tempo em que alguns bits so enviados, muitas
vezes at mesmo antes de o pacote ter sido inteiramente transmitido. Assim como ocorre
em todos os outros sistemas de difuso, existe a necessidade de se definir alguma regra
para arbitrar os acessos simultneos ao anel.
As redes de difuso ainda podem ser divididas em:
Esttica:
Em uma alocao esttica tpica, o tempo seria dividido em intervalos discretos e seria
utilizado um algoritmo de rodzio, fazendo com que cada mquina transmitisse apenas no
intervalo de tempo de que dispe. A alocao esttica desperdia a capacidade do canal quando
uma mquina no tem nada a transmitir durante o intervalo de tempo (slot) alocado a ela, e
assim a maioria dos sistemas procura alocar o canal dinamicamente (ou seja, medida que
solicitado, ou por demanda).
Dinmica:
Os mtodos de alocao dinmica de um canal comum podem ser centralizados ou
descentralizados. No mtodo centralizado, existe apenas uma entidade que define quem
transmitir depois. Para executar essa tarefa, a entidade aceita solicitaes e toma suas
decises de acordo com algum algoritmo interno. No mtodo descentralizado de alocao de
canal, no existe nenhuma entidade central; cada mquina deve decidir por si mesma se a
transmisso deve ser realizada.
Figura: LAN
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3.3. Redes metropolitanas (MAN Metropolitan Area Network)
Uma rede MAN nada mais do que uma grande verso da LAN, podendo cobrir at
uma cidade inteira.
O exemplo mais conhecido de uma MAN a rede de televiso a cabo disponvel em
muitas cidades. Os desenvolvimentos recentes para acesso Internet de alta velocidade
sem fio resultaram em outra MAN, que foi padronizada como IEEE 802.16 (WiMAX -
Worldwide Interoperability for Microwave Access).
Figura: MAN
3.4. Redes geograficamente distribudas (WAN Wide Area Network)
Uma rede WAN abrange uma grande rea geogrfica, com frequncia um pas ou
continente. Ela contm um conjunto de mquinas cuja finalidade executar os programas
(aplicaes) do usurio.
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Os hosts esto conectados por uma sub-rede e pertencem aos usurios, enquanto
a sub-rede de comunicao operada e pertence a uma empresa de telefonia ou a um
provedor de servios da Internet. A tarefa da sub-rede transportar mensagens de um host
para outro. Sua estrutura altamente simplificada, pois separa os aspectos da comunicao
pura da rede (a sub-rede) dos aspectos de aplicao (os hosts).
Na maioria das redes geograficamente distribudas, a sub-rede consiste em dois
componentes distintos:
Linhas de transmisso:
Transportam os bits entre as mquinas. Podem ser formadas por fios de cobre,
fibra ptica, ou mesmo enlaces de rdio.
Elementos de comutao:
So computadores especializados que conectam trs ou mais linhas de
transmisso. Quando os dados chegam a uma linha de entrada, o elemento de comutao
deve escolher uma linha de sada para encaminh-los. Esses computadores de
comutao receberam diversos nomes no passado; o nome roteador agora o mais
comumente usado.
Nesse modelo, mostrado na figura abaixo, os hosts em geral esto conectados a
uma LAN em que h um roteador, embora em alguns casos um host possa estar conectado
diretamente a um roteador. O conjunto de linhas de comunicao e roteadores (sem os
hosts) forma a sub-rede.
Figura: Relao entre hosts em LANs e a sub-rede
Na maioria das WANs, a rede contm numerosas linhas de transmisso, todas
conectadas a um par de roteadores. No entanto, se dois roteadores que no compartilham
uma linha de transmisso desejarem se comunicar, eles s podero faz-lo indiretamente,
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atravs de outros roteadores. Uma sub-rede organizada de acordo com esse princpio
chamada sub-rede de store-and-forward (armazenamento e encaminhamento) ou de
comutao por pacotes. Quase todas as redes geograficamente distribudas (com exceo
das que utilizam satlites) tm sub-redes store-and-forward. Quando so pequenos e tm
todos o mesmo tamanho, os pacotes costumam ser chamados clulas.
Devido importncia do princpio de comutao por pacotes de uma WAN, vamos
observar mais alguns aspectos. Normalmente, quando um processo em algum host tem
uma mensagem para ser enviada a um processo em algum outro host, primeiro o host que
ir transmitir divide a mensagem em pacotes, cada um contendo seu nmero na sequncia.
Esses pacotes so ento injetados sequencialmente na rede um de cada vez. Os pacotes so
transportados individualmente pela rede e depositados no host receptor, onde so
montados para formar a mensagem original, que entregue ao processo receptor. Um fluxo
de pacotes resultantes de alguma mensagem inicial ilustrado na figura abaixo.
Figura: Um fluxo de pacotes indo do transmissor at o receptor
Nessa figura, todos os pacotes seguem a rota ACE, em vez de ABDE ou ACDE. Em
algumas redes, todos os pacotes de uma determinada mensagem devem seguir a mesma
rota; em outras, cada pacote roteado separadamente. claro que, se ACE for a melhor
rota, todos os pacotes devero ser enviados por ela, ainda que cada pacote seja roteado
individualmente.
As decises de roteamento so tomadas em carter local. Quando um pacote
chega ao roteador A, cabe a ele decidir por onde esse pacote deve ser enviado. A forma
como o roteador A toma essa deciso chamada algoritmo de roteamento.
Nem todas as WANs so comutadas por pacotes. Uma segunda possibilidade para
uma WAN um sistema de satlite. Cada roteador tem uma antena pela qual pode enviar e
receber. Todos os roteadores podem ouvir as transmisses do satlite e, em alguns casos,
eles tambm podem ouvir as transmisses de sada dos demais roteadores para o satlite.
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3.5. Inter-redes
Pessoas conectadas a redes distintas distribudas pelo mundo todo apresentam
com frequncia, diferentes tipos de hardware e software. Como solucionar o problema de
comunicao? Para que exista comunicao entre essas pessoas, preciso que se
estabeleam conexes entre redes quase sempre incompatveis, s vezes por meio de
mquinas chamadas gateways, que estabelecem a conexo e fazem a converso necessria,
tanto em termos de hardware quanto de software. Um conjunto de redes interconectadas
chamado inter-rede ou internet.
Uma forma comum de inter-rede um conjunto de LANs conectadas por uma
WAN. Nesse caso, a nica distino tcnica real entre uma sub-rede e uma WAN seria a
presena (ou a ausncia) de hosts. Se o sistema dentro da rea em cor cinza contiver apenas
roteadores, ele ser uma sub-rede; se contiver roteadores e hosts, ser uma WAN. As
diferenas reais esto relacionadas propriedade e ao uso.
Em geral, sub-redes, redes e inter-redes se confundem. Uma sub-rede faz mais
sentido no contexto de uma rede geograficamente distribuda, onde ela se refere ao
conjunto de roteadores e linhas de comunicao pertencentes operadora da rede. Como
analogia, o sistema telefnico consiste em estaes de comutao telefnica conectadas
entre si por linhas de alta velocidade e s casas e aos escritrios por linhas de baixa
velocidade. Essas linhas e equipamentos, cuja propriedade e gerenciamento so da empresa
de telefonia, formam a sub-rede do sistema telefnico. Os telefones propriamente ditos (os
hosts nessa analogia) no fazem parte da sub-rede. A combinao de uma sub-rede e seus
hosts forma uma rede. No caso de uma LAN, os cabos e os hosts formam a rede. Na
verdade, no existe uma sub-rede.
Uma inter-rede formada quando diferentes redes esto interconectadas. Assim, a
conexo de uma LAN e uma WAN ou a conexo de duas LANs forma uma inter-rede, mas
ainda no existe um consenso na indstria quanto terminologia a ser usada nessa rea.
Uma regra prtica que, se diferentes organizaes pagam pela construo de partes
distintas da rede e cada uma mantm sua parte, temos uma inter-rede, e no uma nica
rede. Alm disso, se a tecnologia subjacente diferente em partes distintas (por exemplo,
difuso versus ponto a ponto), provavelmente temos duas redes.
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2. (FCC - 2010 - MPE/RN) Numa rede WAN,
a) a sub-rede tem como prioridade o transporte dos bits no mbito das prprias sub-redes,
no separando os aspectos da comunicao pura da rede dos aspectos de aplicao.
b) quando o elemento de comutao do tipo store-andforward recebe o pacote de dados
por uma linha de entrada, imediatamente o direciona a qualquer uma das linhas de sada
disponvel para que seja encaminhado.
c) na comutao por pacotes, quando um processo em algum host tem um conjunto de
mensagens para ser enviado a um processo em algum outro host, o host transmissor
encapsula o conjunto de mensagens e injeta esse pacote na rede para ser novamente
convertido pelo host de destino.
d) a sub-rede consiste, basicamente, em linhas de transmisso e elementos de comutao.
e) a sub-rede, em sua essncia, composta de linhas de transmisso, roteadores, switches,
bridges e hosts dos usurios.
Comentrio:
A questo usa exatamente as palavras contidas no livro do Tanenbaum, observe:
Na maioria das redes geograficamente distribudas, a sub-rede consiste em dois
componentes distintos: linhas de transmisso e elementos de comutao.
As linhas de transmisso transportam os bits entre as mquinas. Elas podem ser formadas
por fios de cobre, fibra ptica, ou mesmo enlaces de rdio. Os elementos de comutao so
computadores especializados que conectam trs ou mais linhas de transmisso. Quando os
dados chegam a uma linha de entrada, o elemento de comutao deve escolher uma linha
de sada para encaminh-los. Esses computadores de comutao receberam diversos
nomes no passado; o nome roteador agora o mais comumente usado.
Gabarito: D
4. Conceitos de comunicao de dados
Neste tpico, vamos apresentar os principais conceitos de comunicao
de dados, enfatizando alguns pontos que so importantes para as tecnologias de redes de
computadores.
Princpios de Comunicao:
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A melhor forma de iniciarmos nossos estudos sobre os princpios da comunicao e
atravs do completo entendimento da figura a seguir.
A figura acima ilustra um modelo genrico de comunicao. Este modelo
composto por uma fonte geradora de informao, um transmissor de sinal, uma rede de
comunicao, um receptor de sinal e um destinatrio, para o qual se deseja enviar a
informao.
Analisando cuidadosamente cada componente do modelo, e compreendendo seu
relacionamento com os demais componentes, estaremos dando nossos primeiros passos
para o entendimento da comunicao.
Vamos considerar o primeiro componente da figura: a fonte. Uma fonte
caracterizada pela gerao da informao que se deseja transmitir no sistema de
comunicao. A informao gerada na fonte pode ser a voz de uma pessoa ou um sinal
binrio de um computador, entre outros muitos exemplos. A informao gerada na fonte
deve ser tratada antes de se utilizar a rede de comunicao. Em outras palavras, a
informao dever se adequar ao meio de comunicao para que possa ser transmitida.
bastante comum ouvirmos a afirmao de que a voz de uma determinada pessoa
diferente ao telefone (a voz humana pode variar em frequncia entre 20 Hz at 32.000 Hz).
A explicao mais simples para este fenmeno que a voz, que a informao, foi tratada e
ento colocada no sistema. Como os sistemas de comunicao so projetados
considerando-se determinados parmetros de custo e desempenho, estes no podero
abrigar todas as frequncias das vozes de todas as pessoas. Em outras palavras, um limite de
sinal e estabelecido (os projetos dos sistemas de comunicao geralmente suportam o
intervalo de frequncia entre 300 Hz ate 3.400 Hz para a transmisso da voz). Desta forma,
a voz da pessoa ser representada de modo apropriado para ser transportada.
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O transmissor em nosso modelo o elemento responsvel por converter, de
alguma maneira, a informao gerada na fonte para uma forma de sinal. O sinal a
entidade que transmitida num sistema de comunicao (em outras palavras, o sinal a
poro transmitida). Exemplos de transmissores clssicos so os aparelhos telefnicos,
modems, codecs (codificadores/decodificadores) e transmissores digitais. nos
transmissores que ocorre a modulao ou codificao da informao para que esta seja
transformada em sinal apropriado para trafegar na rede de comunicao. Traduzindo, as
tcnicas mencionadas sero responsveis pelo trabalho de converso da informao
orientada pelo tipo de sinal (analgico ou digital) que a rede de comunicao dever
transportar.
A rede ou sistema de comunicao vista na figura acima, a poro na
qual o sinal ir trafegar para chegar ao receptor remoto e s ento ao destino solicitado.
A rede de comunicao pode ser uma rede pblica ou privada de telefonia, uma rede
pblica ou privada de pacotes/quadros/clulas, uma rede metropolitana, uma rede
geograficamente distribuda, ou simplesmente uma rede local.
Principais conceitos:
Veremos agora, definies importantes para o entendimento do contexto das
redes de comunicao. importante observar, que de incio vamos apresentar os conceitos
de uma maneira convencional. Logo aps, entraremos com uma pequena discusso para
melhor assimilao do contedo. Vamos aos conceitos:
Circuit Switching: um ambiente de comunicao caracterizado primeiro
pela comutao dos circuitos, para ento permitir o uso exclusivo da comunicao entre
ns de uma rede de telefonia (entendemos por ns qualquer elemento enderevel e com
poder de processamento computacional).
Transmisso digital: as redes de telefonia esto cada vez mais, sendo
implementadas empregando a transmisso digital. Neste tipo de transmisso, a voz
enviada na rede de comunicao como sendo um conjunto de bits. Este tipo de
transmisso tem baixos nveis de rudo, permite com mais facilidade a comutao de sinais
e permite que vrios sinais sejam transmitidos num mesmo enlace.
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Canal comum de sinalizao (CCS - Common Channel Signaling): este tipo de
tcnica permite a transmisso de sinais de controle nos equipamentos telefnicos de
comutao. Assim, muitos servios podem ser implementados nas redes de
comunicao. Exemplos clssicos so o redirecionamento de chamadas (mais
conhecido como siga-me), chamadas a servios com tarifao reversa (nmeros 0800) e
cobrana por cartes de crdito. A facilidade de CCS bastante
interessante, pois podemos estabelecer quais linhas sero dedicadas aos servios de
telefonia.
Synchronous Transport Signal (STS) e Optical Carrier (OC): as empresas de
telefonia denominam de tronco um circuito de alta capacidade. Com o crescimento do uso
da telefonia digital, foi verificado que troncos de maior capacidade seriam necessrios
para a interligao de varias regies de um pas ou para a conexo entre diferentes
pases. Desta forma, foi efetuada uma padronizao das conexes digitais de alta
capacidade. Os padres, que especificam como so os detalhes das conexes, ficaram
conhecidos como Synchronous Transport Signal (STS). Como muitas vezes as redes
de alta capacidade empregam a fibra ptica, o termo Optical Carrier (OC) frequente-
mente usado. Exemplos de OC so: OC-1 a 51.840 Mbps, OC-3 a 155.520 Mbps e OC-12 a
622.080 Mbps.
Synchronous Optical Network (Sonet) e Synchronous Digital Hierarchy (SDH):
nos EUA ocorreu uma padronizao mais detalhada da transmisso digital, que
foi denominada de Sonet (Synchronous Optical Network). O enquadramento dos dados -
como a efetuada a multiplexao dos circuitos de baixa velocidade dentro
dos de alta velocidade -, e como as informaes sncronas so enviadas junto com
os dados so caractersticas abordadas pelo padro Sonet. O Synchronous Digital Hierarchy
o padro adotado na Europa.
Redes Digitais de Servios Integrados (RDSI): as tambm conhecidas redes
ISDN (Integrated Services Digital Network) so um empreendimento de algumas
concessionrias de comunicao de prover os servios digitais para seus assinantes. O
fornecimento de voz e dados digitalizados para os assinantes um servio efetuado
atravs do cabeamento de loop local convencional. O loop local, ou linha de assinante
local, como as concessionrias denominam as ligaes de alta velocidades disponveis
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para os assinantes em suas empresas (ou at residncias). A Figura 2.5 ilustra um
ambiente de RDSI (ou ISDN).
DSL (Digital Subscriber Line): este tipo de servio digital um loop local.
Existe uma certa quantidade de diferentes tipos de implementaes desta tcnica.
Portanto, comum a referencia xDSL. Um exemplo da tecnologia o Asymmetric Digital
Subscriber Line (ADSL). Esta implementao de loop local tem seu nome baseado no fato
de que a taxa de transferncia da rede para o usurio (downstream) bastante alta
quando comparada com taxa de transferncia do usurio para a rede (upstream). A taxa
de downstream pode atingir 6.144 Mbps, enquanto a taxa de upstream chega a 640 Kbps
(destes 640 Kbps somente 576 Kbps representam a taxa efetiva de transferncia upstream.
pois 64 Kbps so empregados para controle). Outra caracterstica interessante do ADSL
que pode utilizar o cabeamento de par tranado j instalado para a telefonia analgica. A
Figura 2.6 ilustra urn ambiente de ADSL. Exemplos de outras implementaes de DSL so a
Symmetric Digital Subscriber Line (SDSL), que fornece taxas bidirecionais semelhantes, a
High-Rate Digital Subscriber Line (HDSL), com taxas bidirecionais de 1.544 Mbps e a Very-
high bit rate Digital Subscriber Line (VDSL), que pode atingir a taxa de transmisso de 13,
26 e 52 Mbps.
Cable Modem: a tecnologia conhecida como Community Antenna TeleVision
(CATV), ou simplesmente de televiso a cabo, tem toda a infraestrutura para o envio
downstream em alta velocidade. A rede de TV a cabo caracterizada pela conexo de
cabos coaxiais com alta capacidade de transmisso e por um sistema de banda larga
(utilizando a multiplexao por frequncia) por onde so enviados os sinais de mltiplos
canais. Como estas redes so projetadas para o transporte de mais canais do que os que
so realmente disponveis, a ideia empregar os canais ociosos para transmitir dados. A
tcnica emprega um par de modems, chamados de cable modem. Um destes dispositivos
colocado na estao de televiso e o outro no local (casa ou trabalho) determinado pelo
assinante. Esta tecnologia permite que at 36 Mbps sejam usados como taxa efetiva de
transferncia de dados. O compartilhamento de uma conexo no pode ser efetuado
atravs de uma frequncia exclusiva para um determinado assinante. Vale a pena lembrar
que as empresas de TV a cabo dispe de milhares de assinantes, o que inviabilizaria o
emprego diferenciado de frequncia por usurio. Desta forma, a soluo o uso de uma
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frequncia para um determinado nmero de assinantes e uma identificao por assinante.
Como temos o compartilhamento por vrios assinantes numa determinada frequncia, a
taxa efetiva de transferncia deve ser da ordem de 1/NA (onde NA significa o Numero de
Assinantes usando esta mesma frequncia).
4.1. Meios de transmisso e Cabeamento estruturado.
Vrios meios fsicos podem ser usados para realizar a transmisso. Cada um tem
suas prprias caractersticas de largura de banda, retardo, custo, facilidade de instalao e
manuteno. Os meios fsicos so agrupados em meios guiados, como fios de cobre e fibras
pticas, e em meios no guiados, como as ondas de rdio e os raios laser transmitidos pelo
ar.
Meios magnticos:
Uma das formas mais comuns de transportar dados de um computador para outro
e grav-los em fita magntica ou em mdia removvel (por exemplo, DVDs gravveis),
transportar fisicamente a fita ou os discos para a mquina de destino, onde eles finalmente
sero lidos. Parece um absurdo levantar uma hiptese dessas nos dias de hoje, mas apesar
de no ter a sofisticao de um satlite, esse mtodo pode ser mais eficaz sob o ponto de
vista financeiro, principalmente em aplicaes que exigem alta largura de banda ou o custo
por bit fundamental.
Par trancado (tambm chamado UTP - Unshielded Twisted Pair):
Apesar da largura de banda da fita magntica ser excelente, o tempo de
transmisso lento demais ( medido em minutos ou horas, e no em milissegundos), o
que a torna muito ruim. Muitas aplicaes precisam de uma conexo on-line. O meio de
transmisso mais antigo e ainda mais comum o par tranado. O tranado dos fios feito
para que as ondas de diferentes partes dos fios se cancelam, proporcionando menor
interferncia. Se os dois fios estivessem paralelos, formariam uma antena simples.
Os pares tranados quando se estendem por distncias muito longas, necessitam
de repetidores para ampliao do sinal. Se no estivessem tranados, esses pares
provocariam muitas interferncias. Nos pases em que as linhas telefnicas so instaladas
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em postes, com frequncia vemos cabos de pares tranados com vrios centmetros de
dimetro.
Os pares tranados podem ser usados na transmisso de sinais analgicos ou
digitais. A largura de banda depende da espessura do fio e da distncia percorrida, mas em
muitos casos, e possvel alcanar diversos megabits/s por alguns quilmetros. Devido ao
custo e ao desempenho obtidos, os pares tranados so usados em larga escala.
Existem diversos tipos de cabeamento de pares tranados, dois dos quais so
importantes para as redes de computadores, o categoria 3 e o categoria 5.
Em 1988, foram lanados os pares tranados da categoria 5, mais avanados. Eles
eram parecidos com os pares da categoria 3, mas tinham mais voltas por centmetro, o que
resultou em menor incidncia de linhas cruzadas e em um sinal de melhor qualidade nas
transmisses de longa distancia. Cenrio ideal para a comunicao de computadores de alta
velocidade. O cabeamento de par tranado est ilustrado na figura abaixo.
(a) UTP da categoria 3. (b) UTP da categoria 5
Principais cabos UTP e suas caractersticas:
Categoria do cabo 3 (CAT3): um cabo no blindado usado para dados de at
10 Mbits com a capacidade de banda de at 16 MHz. Foi muito usado nas redes Ethernet
criadas nos anos noventa (10BASET). Ele ainda pode ser usado para VOIP, rede de telefonia
e redes de comunicao 10BASET e 100BASET4.
Categoria do cabo 4 (CAT4): um cabo par tranado no blindado que pode
ser utilizado para transmitir dados a uma frequncia de at 20 MHz e dados a 20 Mbps. Foi
usado em redes que podem atuar com taxa de transmisso de at 20Mbps como token ring,
10BASET e 100BASET4. No mais utilizado pois foi substitudo pelos cabos CAT5 e CAT5e.
Categoria do cabo 5 (CAT5): usado em redes fast ethernet em frequncias de
at 100 MHz com uma taxa de 100 Mbps.
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Categoria do cabo 5e (CAT5e): uma melhoria da categoria 5. Pode ser usado
para frequncias at 125 MHz em redes 1000BASE-T gigabit ethernet.
Categoria do cabo 6 (CAT6): definido pela norma ANSI EIA/TIA-568-B-2.1
possui bitola 24 AWG e banda passante de at 250 MHz e pode ser usado em redes gigabit
ethernet a velocidade de 1Gbps.
Categoria do cabo 6a (CAT 6a): uma melhoria dos cabos CAT6. O a de
CAT6a significa augmented (ampliado). Os cabos dessa categoria suportam at 500 MHz e
podem ter at 55 metros no caso da rede ser de 10Gbps, caso contrario podem ter at 100
metros. Para que os cabos CAT 6a sofressem menos interferncias os pares de fios so
separados uns dos outros, o que aumentou o seu tamanho e os tornou menos flexveis. Essa
categoria de cabos tem os seus conectores especficos que ajudam a evitar interferncias.
Categoria do cabo 7 (CAT7): est sendo desenvolvida para permitir a criao
de redes de 40Gbps em cabos de 50m usando fio de cobre
Categoria do cabo 7a (CAT7a): est sendo criada para permitir a criao de
redes de 100Gbps em cabos de 15m usando fio de cobre.
Cabo coaxial:
Conhecido apenas como "coax", outro meio de transmisso muito comum. Possui
melhor blindagem que os pares tranados, por isso pode se estender por distncias mais
longas em velocidades mais altas. Dois tipos de cabo coaxial so amplamente utilizados: o
cabo de 50 ohms, empregado nas transmisses digitais e o cabo de 75 ohms, usado nas
transmisses analgicas e de televiso a cabo.
Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre esticado na parte central, envolvido
por um material isolante. O isolante protegido por um condutor cilndrico, geralmente
uma malha solida entrelaada. O condutor externo coberto por uma camada plstica
protetora. Vamos deixar a teoria de lado e observar a figura abaixo:
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A construo e a blindagem do cabo coaxial proporcionam a ele uma boa
combinao de alta largura de banda e excelente imunidade a rudo. A largura de banda
possvel depende da qualidade do cabo, do tamanho e da relao sinal/rudo do sinal de
dados. Os cabos modernos tem uma largura de banda prxima de 1 GHz. Os cabos coaxiais
eram muito usados no sistema telefnico em linhas de longa distancia, mas agora esto
sendo substitudos por fibras pticas nas rotas de longa distncia. Porm, os cabos coaxiais
ainda so usados em larga escala pelas redes de televiso a cabo e em redes
metropolitanas.
Fibra optica:
Nos ltimos vinte anos, a comunicao de dados geograficamente distribuda
passou de 56 Kbps (a ARPANET) para 1 Gbps (comunicao ptica moderna); isso significa
que seu desempenho melhorou mais de 125 vezes em cada dcada, enquanto no mesmo
perodo a taxa de erros passou de 10 -5 por bit para quase zero.
Com a atual tecnologia de fibra ptica, a largura de banda pode ultrapassar a casa
dos 50.000 Gbps (50 Tbps) e muitos esto procurando tecnologias e materiais de melhor
qualidade. O limite prtico da sinalizao atual de cerca de 10 Gbps, devido a nossa
incapacidade para realizar a converso entre sinais eltricos e pticos com velocidade
maior.
Vamos estudar as fibras pticas e veremos como funciona essa tecnologia de
transmisso.
Um sistema de transmisso ptica tem trs componentes fundamentais: a fonte de
luz, o meio de transmisso e o detector. Por conveno, um pulso de luz indica um bit 1, e a
ausncia de luz representa um bit zero. O meio de transmisso uma fibra de vidro
ultrafina. O detector gera um pulso eltrico quando entra em contato com a luz. Quando
instalamos uma fonte de luz em uma extremidade de uma fibra ptica e um detector na
outra, temos um sistema de transmisso de dados unidirecional que aceita um sinal eltrico,
converte o sinal e o transmite por pulsos de luz; depois, na extremidade de recepo, a
sada reconvertida em um sinal eltrico.
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Transmisso de luz na fibra:
As fibras pticas so feitas de vidro que, por sua vez, produzido a partir da areia,
uma matria-prima de baixo custo e abundante. O vidro usado nas modernas fibras pticas
to transparente que, se em vez de gua os oceanos fossem cheios desse tipo vidro, seria
possvel ver o fundo do mar da superfcie, mesmo em altas profundidades.
A atenuao da luz atravs do vidro depende do comprimento de onda da luz (bem
como de algumas propriedades fsicas do vidro). A atenuao do tipo de vidro usado nas
fibras e mostrada na Figura 2.6 em decibis por quilometro linear de fibra. A atenuacao em
decibeis e obtida pela
Cabos de fibra:
Os cabos de fibra ptica so semelhantes aos cabos coaxiais, exceto por no terem
a malha metlica.
(a) Vista lateral de uma nica fibra. (b) Vista da extremidade de um cabo com trs fibras
O ncleo envolvido por um revestimento de vidro com um ndice de refrao
inferior ao do ncleo, para manter toda a luz no ncleo. Em seguida, ha uma cobertura de
plstico fino para proteger o revestimento interno.
Redes de fibra ptica:
As fibras pticas podem ser usadas em LANs e nas transmisses de longa distancia,
apesar de sua conexo ser mais complexa que a conexo a uma rede Ethernet. Uma forma
de contornar esse problema e perceber que uma rede em anel e, na verdade, apenas um
conjunto de enlaces ponto a ponto. A interface de cada computador percorre o fluxo de
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pulsos de luz at o prximo enlace e tambm serve como juno em forma de T para
permitir que o computador envie e aceite mensagens.
So usados dois tipos de interfaces. Uma interface passiva consiste em dois
conectores fundidos a fibra principal. Um conector tem um LED ou um diodo a laser na sua
extremidade (para transmisso), e o outro tem um fotodiodo (para recepo). O conector
em si completamente passivo e, por isso bastante confivel, pois caso ocorra a quebra
de um LED ou de um fotodiodo o anel no ser comprometido. No Maximo, ele deixa um
computador off-line.
Figura: Um anel de fibra ptica com repetidores ativos.
O outro tipo de interface, mostrado na figura acima, o repetidor ativo. A luz
recebida convertida em um sinal eltrico, tem sua capacidade regenerada caso ela tenha
sido enfraquecida e retransmitida na forma de luz. A interface com o computador um fio
de cobre comum que passa pelo regenerador de sinal. J esto sendo usados repetidores
puramente pticos. Esses dispositivos dispensam as converses pticas/eltricas/pticas;
isso significa que eles podem operar em larguras de banda extremamente altas.
Se um repetidor ativo parar de funcionar, o anel ser interrompido e a rede,
desfeita. Por outro lado, como o sinal regenerado em cada interface, os enlaces
individuais entre computadores podem se estender por quilmetros, praticamente sem
limite sobre o tamanho total do anel. As interfaces passivas perdem luz em cada juno; por
isso, o nmero total de computadores e o tamanho total do anel acabam sofrendo
restries.
3. (FCC - 2009 - MPE/SE) Considere as seguintes afirmaes a respeito do desempenho de
uma LAN:
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I. Uma placa de rede mais rpida reduz a demanda da rede.
II. A segmentao da rede pode aumentar a capacidade do circuito.
III. Mover arquivos do servidor para os computadores cliente aumenta a demanda da rede,
mas tambm aumenta a capacidade do circuito.
Est correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
Comentrio:
I A velocidade da placa de rede no influencia neste contexto, pois a demanda ser
sempre a mesma.
II - Sim. Pois a segmentao da rede acaba tambm dividindo e diminuindo o fluxo e
consequentemente, aumentando a capacidade do circuito.
III O que est errado nesta afirmao : aumenta a capacidade do circuito.
Gabarito: D
5. O Modelo OSI
A Organizao Internacional para a Padronizao (International Standard
Organization ISO) a instituio responsvel pela implantao de um modelo geral e
uniforme para interconexo de sistemas, denominado Modelo de Referncia para a
Interconexo de Sistemas Abertos, ou de forma simplificada, o modelo OSI.
O objetivo principal do modelo OSI proporcionar uma base para a coordenao
do desenvolvimento de padres relativos interconexo de sistemas de maneira flexvel e
utilizando facilidades de comunicao de dados.
Conceitos e objetivos:
O modelo OSI diz respeito interconexo de sistemas, o modo como eles trocam
informaes e no s funes internas que so executadas por um dado sistema. O modelo
OSI oferece uma viso generalizada de uma arquitetura estratificada e organizada em
camadas. Pela definio que foi dada a sistema, a arquitetura aplica-se a sistemas muito
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simples, como a conexo de um terminal a um computador, e a sistemas muito complexos,
como a interconexo de duas redes completas de computadores. OSI tambm pode ser
usado como modelo para uma arquitetura de rede. O desenvolvimento deste modelo est
constantemente sofrendo alteraes para poder adaptar-se aos diversos sistemas existentes.
5.1. Arquitetura de Camadas
O modelo OSI utiliza uma abordagem estratificada com certos conjuntos de funes
alocados nas diferentes camadas que o compem.
Uma entidade um elemento ativo em uma camada. Duas entidades em uma
mesma camada so denominadas entidades pares. As entidades de uma camada prestam
servios s entidades da camada imediatamente acima e, por sua vez, recebem servios da
camada situada imediatamente abaixo. Por exemplo, as entidades da camada de
apresentao prestam servios camada de aplicao e recebem servios da camada de
sesso. Nesse sentido temos:
Fsica: Ativao e desativao das conexes fsicas, mediante solicitao da
camada de enlace de dados. Transmisso dos bits por uma conexo fsica em modo sncrono
ou assncrono. Tratamento das atividades de gerncia da camada fsica, inclusive a ativao e
o controle de erros.
Enlace de Dados: Estabelecimento e liberao de conexes de enlace de dados.
Sincronizao da recepo de dados que tiverem sido partidos por vrias conexes fsicas.
Deteco e correo de erros de transmisso, com retransmisso de quadros, se necessrio.
Rede: Determinao de um roteamento timo sobre as conexes de rede que
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podem existir entre dois endereos de rede. Proviso de uma conexo de rede entre duas
entidades de transporte. Multiplexao de mltiplas conexes de rede em uma nica
conexo de enlace de dados. Tratamento das atividades da camada de rede, inclusive
ativao e controle de erros.
Transporte: Colocao em sequencia das unidades de dados transferidas, para
garantir que sejam entregues na mesma sequencia em que foram enviadas. Deteco de
erros e recuperao aps erros. Controle de fluxo de dados para evitar sobrecarga dos
recursos da rede. Realizao das atividades de superviso da camada de transporte.
Sesso: Provimento de um mapeamento um-para-um entre uma conexo de
sesso e uma conexo de apresentao, em qualquer momento. Evitar que uma entidade de
apresentao seja sobrecarregada de dados, pelo uso do controle de fluxo de transporte.
Restabelecimento de uma conexo de transporte para suportar uma conexo de sesso.
Realizao das atividades de gerncia da camada de sesso.
Apresentao: Emisso de uma solicitao para que a camada de sesso
estabelea uma sesso. Iniciao da transferncia de dados entre entidades de aplicao ou
usurios. Execuo de quaisquer transformaes ou converses de dados que forem
requeridas. Emisso de uma solicitao para que a camada de sesso encerre a sesso.
Aplicao: Execuo das funes de aplicao comuns, que so funes que
proporcionam capacidades teis a muitas aplicaes. Execuo das funes de aplicao
especficas, que so funes necessrias para atenderem aos requisitos de uma aplicao em
particular.
O objetivo de uma estrutura de protocolo em nveis delimitar e isolar funes de
comunicaes s camadas. Os dados transferidos em uma comunicao de um dado nvel
no so enviados diretamente (horizontalmente) ao mesmo nvel da outra estao. O que
sucede o seguinte, os dados vo descendo camada por camada verticalmente pela
mquina transmissora at atingir a camada ou nvel fsico ( neste nvel fsico que existe a
nica comunicao horizontal entre as mquinas). Quando os dados chegam mquina
receptora estes iniciam a subida vertical camada por camada at o nvel de destino que,
normalmente, ser a camada de Aplicao desse computador.
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A arquitetura da rede formada por nveis, interfaces e protocolos:
Nvel Fsico: fornece as caractersticas mecnicas, eltricas, funcionais e de
procedimento para ativar, manter e desativar conexes fsicas para a transmisso de bits
entre entidades de nvel de ligao possivelmente atravs de sistemas intermedirios.
Uma unidade de dados do nvel fsico consiste de uma sequencia de bits, em uma
transmisso serial, ou n bits conjuntos em uma transmisso paralela. Um exemplo de uma
comunicao serial pode ser o acesso, via Telnet, para um terminal remoto, um exemplo de
comunicao paralela a comunicao entre uma impressora e uma CPU (computador).
Ao projetista de protocolos deste nvel cabe decidir como representar os bits 0s e
1s, quantos microssegundos ser a durao de um bit, se a transmisso ser em modo Half-
duplex ou Full-duplex, como a conexo ser estabelecida e desfeita, quantos pinos ter o
conector da rede e quais seus significados, bem como outros detalhes eltricos e mecnicos,
tais como, o elemento condutor e os parmetros que definem a transmisso. A funo do
nvel fsico a de permitir o envio de uma cadeia de bits pela rede sem se preocupar com o
significado desses bits ou como so agrupados.
Nvel de Enlace de Dados (Data Link): o objetivo deste nvel detectar e
opcionalmente corrigir erros que por ventura ocorram no nvel fsico. O nvel de ligao vai
assim converter um canal de transmisso no confivel em um canal confivel para o uso do
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nvel de rede. Quatro mtodos so utilizados na delimitao dos quadros:
1. Contagem de caractere,
2. Transparncia de caractere,
3. Transparncia de bits e
4. Deteco de quadros pela presena ou ausncia de sinal no meio fsico.
Em geral todos os protocolos de nvel de enlace incluem bits de redundncia em
seus quadros para deteco de erros, mas no a sua correo. Esta camada de enlace de
dados executa a transferncia de dados binrios entre a camada fsica e a camada de rede.
Em um computador pessoal, a placa de rede corresponde a essa camada.
Os dados que trafegam pela camada fsica so brutos, apenas sequencias de dgitos
binrios. Esta camada de enlace transforma esses bits em quadros (Frames) para serem
processado pela camada de rede.
Nvel de Rede: o objetivo deste nvel fornecer ao nvel de transporte uma
independncia quanto a consideraes de chaveamento e roteamento associados com o
estabelecimento e operao de uma conexo de uma rede. Esta camada responsvel pelo
endereamento e traduo de nomes e endereos lgicos em endereos fsicos. Ela
determina a rota que os dados seguiro do computador de origem at o de destino. Tal rota
depender das condies da rede, prioridade do servio e outros fatores.
Tambm gerencia o trfego e taxas de velocidade nos canais de comunicao. Outra
funo que pode ter o agrupamento de pequenos pacotes em um nico para transmisso
pela rede (ou a subdiviso de pacotes grandes). No destino os dados so recompostos no seu
formato original. Pode ser considerada uma das mais importantes, pois permitem que os
dados cheguem ao destino da forma mais eficiente possvel.
Nvel de Transporte: ao contrrio da camada de rede, que entrega dados por
toda a rede, a camada de transporte atua nica e exclusivamente dentro do computador de
cada usurio para entregar ou receber dados de um determinado processo ou aplicao
especfica.
O nvel de rede no garante necessariamente que a cadeia de bits chegue ao seu
destino.
Pacotes podem ser perdidos ou mesmo reordenados. De forma a fornecer uma
comunicao fim-a-fim verdadeiramente confivel necessrio outro nvel de protocolo, que
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justamente o nvel de transporte. Este nvel vai assim isolar os nveis superiores da parte de
transmisso da rede.
As principais funes da camada de Transporte o gerenciamento do
estabelecimento e desativao de uma conexo, o controle de fluxo e a multiplexao das
conexes.
Alm das funes mencionadas, podemos ainda citar como funes deste nvel o
controle de sequencia fim-a-fim, a deteco e recuperao de erros fim-a-fim, a
segmentao e blocagem de mensagens, entre outras. Portanto, o nvel de transporte o
primeiro que trabalha com conexes lgicas fim a fim, ou seja, um programa na mquina de
origem (fonte) conversa com um programa similar na mquina destino, diferente dos nveis
anteriores, que conversavam somente com o n vizinho. Vale ressaltar que a conexo criada
pelo nvel de transporte uma conexo lgica.
As funes implementadas pela camada de transporte dependem da qualidade de
servio desejada. Foram especificadas, ento, cinco classes de protocolos orientados
conexo:
1. Classe 0: Simples, sem nenhum mecanismo de deteco e recuperao de erros;
2. Classe 1: Recuperao de erros bsicos sinalizados pela rede;
3. Classe 2: Permite que vrias conexes de transporte sejam multiplexadas sobre
uma nica conexo de rede e implementa mecanismos de controle de fluxo;
4. Classe 3: Recuperao de erros sinalizados pela rede e multiplexao de vrias
conexes de transporte sobre uma conexo de rede;
5. Classe 4: Deteco e recuperao de erros e multiplexao de conexes de
transporte sobre uma nica conexo de rede.
Nvel de Sesso: a funo da camada de sesso administrar e sincronizar
dilogos entre dois processos de aplicao. Este nvel oferece dois tipos principais de dilogo:
Half-duplex e Full-duplex.
O nvel de sesso fornece mecanismos que permitem estruturar os circuitos
oferecidos para o nvel de transporte. Neste nvel ocorre a quebra de um pacote com o
posicionamento de uma marca lgica ao longo do dilogo. Esta marca tem como finalidade
identificar os blocos recebidos para que no ocorra uma recarga, quando ocorrer erros na
transmisso.
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Uma sesso permite o transporte de dados de uma maneira mais refinada que o
nvel de transporte em determinadas aplicaes. Uma sesso pode ser aberta entre duas
estaes a fim de permitir a um usurio fazer o Login em um sistema remoto ou transferir
um arquivo entre essas estaes. Os protocolos desse nvel tratam de sincronizaes
(Checkpoints) na transferncia de arquivos.
Nvel de Apresentao: a funo da camada de apresentao assegurar que a
informao seja transmitida de tal forma que possa ser entendida e usada pelo receptor.
Dessa forma, este nvel pode modificar a sintaxe da mensagem, mas preservando sua
semntica. Por exemplo, uma aplicao pode gerar uma mensagem em ASCII mesmo que a
estao interlocutora utilize outra forma de codificao (como EBCDIC). A traduo entre os
dois formatos feita neste nvel. A camada de apresentao tambm responsvel por
outros aspectos da representao dos dados, como criptografia e compresso de dados.
Nvel de Aplicao: a camada de aplicao o nvel que possui o maior nmero
de protocolos existentes, devido ao fato de estar mais perto do usurio e os usurios
possurem necessidades diferentes.
Esta camada fornece ao usurio uma interface que permite acesso a diversos
servios de aplicao, convertendo as diferenas entre diferentes fabricantes para um
denominador comum. Por exemplo, em uma transferncia de arquivos entre mquinas de
diferentes fabricantes pode haver convenes de nomes diferentes (por exemplo,
antigamente o sistema operacional DOS tinha uma limitao de somente 8 caracteres para o
nome de arquivo, o UNIX nunca teve essa limitao), formas diferentes de representar as
linhas, e assim por diante.
Transferir um arquivo entre os dois sistemas requer uma forma de trabalhar com
essas incompatibilidades, e essa a funo da camada de aplicao. O dado entregue pelo
usurio camada de aplicao do sistema recebe a denominao de SDU (Service Data Unit).
A camada de aplicao, ento, junta a SDU (no caso, os dados do usurio) um cabealho
chamado PCI (Protocol Control Information). O objeto resultante desta juno chamado de
PDU (Protocol Data Unit), que corresponde unidade de dados especificada de um
determinado protocolo da camada em questo.
A tabela seguinte resume as funes das diferentes camadas do modelo OSI:
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A unidade bsica de informao transmitida possui diversos "nomes" medida que
trafega entre as diferentes camadas, por exemplo:
Bit (Binary Digit) (camada fsica, nvel 1 do modelo OSI)
Quadro ou Frame (camada de enlace, nvel 2 do modelo OSI)
Pacote, Datagrama (camada de rede, nvel 3 do modelo OSI)
Segmento (camada de Transporte, nvel 4 do modelo OSI)
5.2. Modelo OSI vs. Modelo TCP/IP:
O modelo TCP/IP quando comparado com o modelo OSI, tem duas camadas que se
formam a partir da fuso de algumas camadas deste ltimo, elas so: as camadas de
Aplicao (Aplicao, Apresentao e Sesso) e Interface de Rede (Enlace e Fsica). Veja na
ilustrao abaixo a comparao:
7 Aplicao
Gateway Aplicao Telnet, FTP, SMTP, DNS, RIP,
SNMP, 6 Apresentao
5 Sesso
4 Transporte Gateway Transporte TCP, UDP
3 Rede Roteador Inter-rede IP, IGMP, ICMP, ARP, RARP,
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BOOTP e DHCP
2 Enlace Bridge, Switch Interface de
rede Ethernet, Token Ring, Frame
Relay, ATM 1 Fsica
Repetidor, Hub
Modelo OSI Equipamentos Modelo TCP/IP Protocolos TCP/IP
4. (FCC - 2009 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Tecnologia da Informao) A
arquitetura OSI de 7 camadas (1. Fsica, 2. Enlace, 3. Rede, 4. Transporte, 5. Sesso, 6.
Apresentao e 7. Aplicao) pode funcionalmente representar um sistema de
comunicao dividido em trs partes: redes (conectividade), transporte (ligao entre redes
e aplicao) e aplicao (programas que utilizam a rede). As camadas que representam as
trs partes so:
a) Redes (camadas 1 e 2), Transporte (camadas 3 e 4) e Aplicao (camadas 5, 6 e 7).
b) Redes (camadas 1, 2 e 3), Transporte (camada 4) e Aplicao (camadas 5, 6 e 7).
c) Redes (camadas 1 e 2), Transporte (camadas 3, 4 e 5) e Aplicao (camadas 6 e 7).
d) Redes (camadas 1, 2 e 3), Transporte (camadas 4, 5 e 6) e Aplicao (camada 7).
e) Redes (camada 1), Transporte (camadas 2, 3, 4 e 5) e Aplicao (camadas 6 e 7).
Comentrio:
A tabela acima mostra uma comparao entre as camadas dos modelos OSI (seus
equipamentos por camada) e TCP/IP, alm dos respectivos protocolos. Apenas observando
esta tabela podemos responder a questo.
Gabarito: B
6. O Modelo TCP/IP
O desenvolvimento do sistema operacional UNIX possibilitou a criao da famlia de
protocolos TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) e dessa fuso nasceu a
semente inicial da Internet, patrocinada pela Defense Advanced Research Projects Agency
(DARPA) com o objetivo de se manter conectados mesmo que, apenas em parte, rgos do
governo e universidades. A ARPANET surgiu como uma rede que permaneceria intacta caso
um dos servidores perdesse a conexo, e para isso, ela necessitava de protocolos (robustos)
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que assegurassem tais funcionalidades trazendo confiabilidade, flexibilidade e que fosse fcil
de implementar e para tanto foi desenvolvida a arquitetura TCP/IP. Trata-se de um conjunto
de protocolos desenvolvidos para permitir que computadores compartilhem recursos dentro
de uma rede. Em uma definio mais bsica, o nome correto para este conjunto de
protocolos Conjunto de Protocolos para a Internet". Os protocolos TCP e IP so dois dos
protocolos deste conjunto. Como os protocolos TCP e IP so os mais conhecidos, comum se
referir a TCP/IP para referenciar toda a famlia de protocolos.
Na famlia de protocolos TCP/IP, alguns protocolos, como TCP, IP e User Datagram
Protocol (UDP), provm funes de baixo nvel, necessrias a diversas aplicaes. Os outros
protocolos executam tarefas especficas, como por exemplo, transferncia de arquivos entre
computadores, envio de mensagens. Os servios TCP/IP mais importantes so:
Transferncia de Arquivos: O protocolo File Transfer Protocol (FTP), permite a um
usurio em um computador copiar arquivos de um outro computador, ou enviar arquivos
para um outro computador. A segurana garantida requerendo-se que o usurio
especifique um username e uma senha, para acesso ao outro computador.
Login Remoto: O Network Terminal Protocol (TELNET), permite que um usurio
se loga (tenha uma seo de trabalho) em um outro computador da rede. A seo remota
iniciada especificando-se o computador em que se deseja conectar. At que a seo seja
finalizada, tudo o que for digitado ser enviado para o outro computador. O programa de
TELNET faz com que o computador requisitante seja totalmente invisvel, tudo enviado
diretamente ao computador remoto.
Worl Wide Web: A rede mundial WWW estruturada. A estruturao de WWW e
as normas (protocolos) e metodologias (HTML) de preparao de documentos para serem
acessveis e navegveis pelas ferramentas de busca (Browser) disponveis na Internet foram
desenvolvidas originalmente para uso interno dos pesquisadores do CERN (Centro Europeu
de Pesquisa Nuclear) e depois adotados como padro internacional. Conjunto dos servidores
que "falam" HTTP e informao a armazenada em formato HTML. O World-Wide-Web uma
grande teia de informao multimdia em hipertexto. O hipertexto significa que se pode
escolher uma palavra destacada numa determinada pgina e obter assim outra pgina de
informao relativa. As pginas podem conter texto, imagens, sons, animaes, etc. O WWW
uma gigantesca base de dados distribuda acessvel de uma forma muito atraente e
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intuitiva.
O protocolo TCP/IP baseado em um modelo que pressupe a existncia de um
grande nmero de redes independentes com arquiteturas diferentes conectadas atravs de
Gateways. Um usurio pode ter acesso a computadores ou outros recursos em qualquer uma
destas redes. As mensagens, muitas vezes, passam por uma grande quantidade de redes
para atingirem seus destinos. O roteamento destas mensagens deve ser completamente
invisvel para o usurio. Assim para ter acesso a um recurso em outro computador o usurio
deve conhecer o endereo Internet deste computador. Atualmente este endereo um
nmero de 32 bits, escrito como 4 nmeros decimais, cada um representando 8 bits de
endereo.
6.1. Internet Protocol (IP)
O protocolo IP, padro para redes Internet, baseado em um servio sem conexo.
Sua funo transferir blocos de dados, denominados datagramas, da origem para o destino,
onde a origem e o destino so hosts identificados por endereos IP. Este protocolo tambm
fornece servio de fragmentao e remontagem de datagramas longos, para que estes
possam ser transportados em redes onde o tamanho mximo permitido para os pacotes
pequeno.
Como o servio fornecido pelo protocolo IP sem conexo, cada datagrama
tratado como uma unidade independente que no possui nenhuma relao com qualquer
outro datagrama.
A comunicao no confivel, pois no so utilizados reconhecimentos fim-a-fim
ou entre ns intermedirios. No so empregados mecanismos de controle de fluxo e de
controle de erros. Apenas uma conferncia simples do cabealho realizada, para garantir
que as informaes nele contidas, usadas pelos Gateways para encaminhar datagramas,
esto corretas.
6.2. Componentes TCP/IP
Um endereo IP representado por um nmero binrio de 32 bits, onde cada dgito
binrio pode ser apenas 0 ou 1. Os endereos IP so expressos como nmeros decimais com
pontos: dividem-se os 32 bits do endereo em quatro octetos (um octeto um grupo de 8
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bits).
O valor decimal de cada octeto varia desde 0 a 255 (11111111) sendo que estes
extremos normalmente so utilizados para tarefas especiais.
A primeira parte do endereo identifica uma rede especfica na inter-rede, a
segunda parte identifica um host dentro desta rede. Este endereo, portanto, pode ser usado
para nos referirmos tanto a redes quanto a um host individual. atravs do endereo IP que
os hosts conseguem enviar e receber mensagens pela rede, em uma arquitetura Internet
TCP/IP.
5. (FCC - 2012 - TST - Analista Judicirio - Tecnologia da Informao) Considerando o
modelo de referncia OSI (Open Systems Interconnection), os elementos de redes de
computadoresSwitch e Router atuam, respectivamente, nas camadas (ou nveis)
a) 2 e 3.
b) 2 e 4.
c) 3 e 2.
d) 3 e 4.
e) 3 e 7.
Comentrio:
A tabela abaixo mostra uma comparao entre as camadas dos modelos OSI (seus
equipamentos por camada) e TCP/IP, alm dos respectivos protocolos. Apenas observando
esta tabela podemos responder a questo.
7 Aplicao
Gateway Aplicao Telnet, FTP, SMTP, DNS, RIP, SNMP,
6 Apresentao
5 Sesso
4 Transporte Gateway Transporte TCP, UDP
3 Rede Roteador Inter-rede IP, IGMP, ICMP, ARP, RARP, BOOTP e DHCP
2 Enlace Bridge, Switch Interface de rede
Ethernet, Token Ring, Frame Relay, ATM
1 Fsica Repetidor, Hub
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Modelo OSI Equipamentos Modelo
TCP/IP Protocolos TCP/IP
Gabarito: A
6.3. Transmission Control Protocol (TCP)
O TCP um protocolo da camada de transporte da arquitetura Internet TCP/IP. O
protocolo orientado a conexo e fornece um servio confivel de transferncia de arquivos
fim-a-fim.
Ele responsvel por inserir as mensagens das aplicaes dentro do datagrama de
transporte, reenviar datagramas perdidos e ordenar a chegada de datagramas enviados por
outro computador. O TCP foi projetado para funcionar com base em um servio de rede sem
conexo e sem confirmao, fornecido pelo protocolo IP.
O protocolo TCP interage, de um lado, com processos das camadas superiores de
aplicao e do outro lado com o protocolo da camada de rede do modelo da Internet. A
interface entre o protocolo e a camada superior consiste em um conjunto de chamadas.
Existem chamadas, por exemplo, para abrir e fechar conexes e para enviar e receber dados
em conexes previamente estabelecidas. J a interface entre o TCP e a camada inferior
define um mecanismo atravs do qual as duas camadas trocam informaes de maneira
assncrona.
Este protocolo capaz de transferir uma cadeia contnua de Bytes (Byte Stream),
nas duas direes, entre seus usurios. Normalmente o prprio protocolo decide o momento
de parar de agrupar os Bytes e de, consequentemente, transmitir o segmento formado por
esse agrupamento.
Porm, caso seja necessrio, o TCP pode requerer a transmisso imediata dos Bytes
que esto no buffer de transmisso, atravs da funo push. bom enfatizar que para fazer
uso desta funo push, esta deve estar previamente habilitada no cdigo fonte da aplicao
(programa) em questo para que o TCP saiba como agir.
Conforme mencionado, o protocolo TCP no exige um servio de rede confivel para
operar, logo, responsabiliza-se pela recuperao de dados corrompidos, perdidos, duplicados
ou entregues fora de ordem pelo protocolo de rede. Isto feito associando-se cada Byte a
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um nmero de sequencia. O nmero de sequencia do primeiro Byte (dos dados contidos
nesse segmento TCP) transmitido junto com todo o segmento e denominado nmero de
sequncia desse segmento TCP. Como ser explicado em breve, em toda conexo TCP tanto
o transmissor como o receptor efetuam uma troca de segmentos. Isto , Para cada segmento
enviado existir um segmento de reconhecimento emitido por parte do receptor.
Portanto, os segmentos TCP emitidos pelo receptor para o transmissor trazem "de
carona" (o que se conhece como Piggybacking) um reconhecimento positivo ACK
(Acknowledgement) para informar que o segmento TCP enviado (pelo transmissor) foi
recebido sem problemas.
O protocolo TCP realiza, alm da multiplexagem, uma srie de funes para tornar a
comunicao entre origem e destino mais confivel.
So responsabilidades do protocolo TCP:
O controle de fluxo;
O controle de erro; e
A sequncia e a multiplexagem de mensagens.
A camada de transporte oferece para o nvel de aplicao um conjunto de funes e
procedimentos para acesso ao sistema de comunicao de modo a permitir a criao e a
utilizao de aplicaes de forma independente da implementao. Desta forma, as
interfaces Socket ou TLI (ambiente Unix) e Winsock (ambiente Windows) fornecem um
conjunto de funes-padro para permitir que as aplicaes possam ser desenvolvidas
independentemente do sistema operativo no qual funcionaro.
6.4. User Datagram Protocol (UDP)
Muitas vezes no so necessrios todos os recursos do protocolo TCP e alguns
outros protocolos mais simples so utilizados em seu lugar. A alternativa mais comum o
protocolo UDP, designado para aplicaes onde o usurio no necessita enviar sequncias
longas de datagramas. Ele trabalha como o protocolo TCP, porm ele no divide os dados em
mltiplos datagramas. Alm disto, o protocolo UDP s mantm controle sobre os dados
enviados quando o reenvio for necessrio.
Na montagem do datagrama pelo protocolo UDP, o cabealho inserido muito
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menor do que aquele inserido pelo protocolo TCP. O protocolo UDP opera no modo sem
conexo e fornece um servio de datagrama no confivel, sendo, portanto, uma simples
extenso do protocolo IP. O UDP recebe os pedidos de transmisso de mensagens entregues
pelos processos de aplicao da estao de origem, e os encaminha ao IP que o
responsvel pela transmisso. Na estao de destino, o processo inverso ocorre. O protocolo
IP entrega as mensagens (datagramas) recebidas ao UDP que as entrega aos processos de
aplicao, sem nenhuma garantia.
O TCP/IP um conjunto de protocolos para cuidar da informao transportada, sem
distino do tipo de hardware ou dados roteados entre vrias redes ou a clareza da forma de
aplicao, sendo desenvolvida pela Agncia de Projetos e Pesquisas Avanadas de Defesa
que iniciou assim o projeto da Internet. Os principais protocolos so TCP (Transmission
Control Protocol) e IP (Internet Protocol), sendo hoje aceito e utilizado praticamente em todo
o mundo.
A arquitetura TCP/IP implementa alguns "Servios" que oferece aos usurios, mas
importante colocar em pauta que ela admite outros aplicativos que disponibilizem as
mesmas facilidades.
O TCP/IP estabelece uma conexo fim-a-fim entre os usurios, isto significa o envio
da mensagem com segurana entre o remetente e o destinatrio. No transporte de arquivos
o servio de Correio Eletrnico s til para pequenas e rpidas quantidades de dados. O
verdadeiro responsvel pela transferncia de arquivos volumosos entre sistemas na Internet,
compatibilizando das desigualdades entre as aplicaes das mquinas utilizadas, seria o
FTP (File Tranfer Protocol), sendo um dos servios da arquitetura TCP/IP. Embora
seja um servio de transferncia de arquivos o FTP , ao mesmo tempo, um protocolo do
conjunto de protocolos TCP/IP.
Uma aplicao (servio) muito importante na arquitetura TCP/IP seria o "Telnet",
este servio aceita a conexo de uma mquina local em outra remota, gerando uma sesso
interativa entre elas. Novamente aqui temos que o Telnet tido como uma aplicao ou
servio da arquitetura TCP/IP, mas tambm o Telnet um protocolo que faz parte dessa
arquitetura.
O protocolo IP responsvel pelo servio de interface com o hardware utilizado, por
tal motivo facilita seu uso com vrias plataformas (arquiteturas) de hardware. O protocolo IP
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gera uma unidade de transferncia de dados, chamado Datagrama ou simplesmente pacote
IP. Estes pacotes IP so "encapsulados" em diversos protocolos do nvel de Enlace de Dados
(Data Link), o nvel de Data Link constitui-se, portanto, em uma interface relativamente
simples entre a camada de rede (protocolo IP) e os protocolos do nvel Fsico, permitindo
desta maneira que os pacotes IP sejam completamente independentes quanto arquitetura
fsica da rede na qual eles esto trafegando, por exemplo, a rede poderia ser uma Ethernet,
FDDI, Token-Ring, etc.
Alm dos mecanismos que possibilitam o controle de erros e confirmaes positivas
(ACK+) dos dados recebidos pelo destino, o protocolo TCP tambm facilita o controle de fluxo
entre vrias aplicaes atravs do uso de portas bem conhecidas utilizadas pelas diferentes
aplicaes de rede. As facilidades do TCP/IP para com os usurios so vrias, como por
exemplo, e s por citar algumas, o servio de correio eletrnico (atravs dos protocolos
SMTP, POP3), transferncia de arquivos (FTP), Login para terminal remoto (Telnet, Secure
Shell), transferncia de Hipertexto (HTTP), etc.
6.5. Aplicaes
As aplicaes, no modelo TCP/IP
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