aula 3- densidade de potência de uma onda electromagnética

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Ondas Electromagneticas

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Universidade Eduardo Mondlane

Densidade de Potência e Densidade Volumétrica de Energia

Docente: Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.

Licenciatura em Engenharia Eletrónica – 4º ano -PL

Faculdade de Engenharia – DEEL

Ondas Electromagnéticas e Linhas de Transmissão

2

Densidade Volumétrica de Energia Elétrica

Sabe-se que onde existe campo elétrico há também energia e que a densidade volumétrica de energia elétrica máxima é dada por:

sendo Eo o valor de pico do campo elétrico. Enquanto seu valor médio é dado por:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.

Da mesma forma, pode-se afirmar que onde existe campo magnético há energia magnética e a densidade volumétrica de energia máxima é dada por:

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Da mesma forma, as energias elétrica e magnética armazenadas num volume V serão:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.

A energia armazenada num dado volume determina-se como:

Densidade Volumétrica de Energia Elétrica

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Energia de uma Onda

Electromagnética

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.

A densidade volumética de energia média total associada à uma onda eletromagnética plana propagando-se na direção z sera dada por:

5

Densidade de Potência de uma Onda

Electromagnética

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.

A densidade de potência média num plano z qualquer é igual ao produto da densidade volumétrica de energia total da onda pela velocidade de propagação da energia, ou seja:

Num dielétrico perfeito a energia associada à onda é transportada a uma velocidade igual a velocidade de fase desta onda. Portanto,

É importante salientar que existem meios onde o transporte de energia associada à onda eletromagnética não ocorre à velocidade de fase.

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Densidade de Potência de uma Onda

Electromagnética

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.

Geralmente, a densidade de potência é representada na forma vetorial, sendo Wm denominado de vetor de Poynting médio.

Para um meio qualquer, onde a impedância intrínseca pode ser complexa, o vetor de Poynting é dado por:

A potência média associada a uma ârea S de uma determinada frente de onda é determinada pela seguinte expressão:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 7

Exemplo

Um copo d’água, com 10cm de diâmetro e 15cm de profundidade, é colocado para aquecer dentro de um forno de microondas. O campo elétrico gerado pelo forno tem valor máximo igual a 1kV/m e varia com uma frequência de 1GHz. Supondo-se que a onda eletromagnética é plana e incide normalmente sobre a superfície da água, qual deve ser a energia absorvida por este líquido? Qual a potência média que chega à superfície d’água? Considere que o campo eletrico na água diminui para 20% do seu valor máximo no ar. Nesta frequência a permissividade relativa da água é igual 81.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 8

Solução

A energia pode ser calculada a partir da integração da densidade volumétrica de energia total. Neste caso, torna-se necessário encontrar o valor do campo elétrico máximo dentro d a água, este valor é 5 vezes menor (20%) que no ar, isto é, 200V/m. Sendo assim,

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 9

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

Foi visto que, para meios dielétricos perfeitos, a velocidade de fase de uma onda eletromagnética é dada por:

No espaço livre:

velocidade relativa é definida como a razão entre a velocidade de fase da onda no meio dielétrico pela velocidade da onda no vácuo, ou seja:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 10

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

Muitos materiais dielétricos são classificados de acordo com uma grandeza chamada índice de refração, que é definido como sendo o inverso da velocidade relativa da onda no meio, isto é:

Para meios não magnéticos, tem-se:

Observa-se que, quanto maior for a permissividade e/ou permeabilidade do meio, menor será a velocidade relativa da onda.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 11

A velocidade de grupo está associada a um grupo de ondas eletromagnéticas de frequências distintas. Cada onda se propaga com velocidade de fase e velocidade de grupo

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

A obtenção da velocidade de grupo pode ser demostrada a partir de duas ondas que se propagam no mesmo meio com frequências distintas.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 12

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

Consideremos duas ondas dadas pelos seguintes campos elétricos:

O campo elétrico resultante será:

Consideremos ainda que:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 13

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

Podemos então reescrever o campo total com:

Ou

Considerando-se apenas a parte real:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 14

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

Esta equação é parecida com a equação de uma onda modulada em amplitude, onde a frequência da portadora é ωo e do sinal modulador é Δω.

Considerando-se apenas a parte real:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 15

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

A velocidade do grupo de um conjunto de onda está associada à envoltória da onda resultante e é definida como sendo a velocidade de deslocamento de um dado ponto fixo desta envoltória, ou seja:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 16

Se a permissividade do meio não varia com a frequência, então vf também não varia com a frequência e nem com o número de onda e como:

Velocidade de Fase, de Grupo e

Relativa

Concuí-se que:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 17

Ondas Planas e Ondas Uniformes

planas

Para ondas planas a fase é constante em planos perpendiculares à direcção de propagação.

,

i k r tf r t Ae

,i k r t

f r t Ae

Onde k é o vetor de onda, e A é a amplitude da onda. Tendo em vista que o lugar geométrico dos pontos para os quais:

constantek r

Denomina-se onda plana aquela que se apresenta na forma:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 18

Ondas Planas e Ondas Uniformes

planas

A característica mais notável de uma onda plana é que sua fase é a mesma para cada superfície plana…

22

2k

v

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 19

Ondas Planas e Ondas Uniformes

planas

Para ondas planas uniformes apresentam amplitude constante nos planos de fase constante. Ondas deste tipo só podem ser encontradas no espaço livre a uma distância infinita da fonte.

A sua energia se propaga na direção z, através do vetor de Poynting Smed.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 20

Ondas TEM num Meio Qualquer

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 21

Meios Dielétricos e Condutores

Os meios podem ser classificados de acordo com suas características elétricas e magnéticas, como permissividade, permeabilidade e condutividade.

Eles podem ser dielétricos perfeitos, dielétricos com perdas, quase condutores, condutores ou condutores perfeitos.

A classificação também depende da frequência da onda eletromagnética que se propaga no meio.

Um meio pode ser dielétrico para uma determinada faixa de frequência e condutor para outra.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 22

Meios Dielétricos e Condutores

Sabe-se pela lei de Ampére que, para campos variando harmonicamente no tempo:

onde o primeiro termo do lado direito da equação representa a densidade de corrente de condução do meio e, o segundo, a densidade de corrente de deslocamento.

Se σ = 0, então, o meio é dito perfeitamente dielétrico, podendo ser considerado sem perdas quando ε e μ são números reais, ou com perdas quando ε e/ou μ assume valores complexos.

Por outro lado, se σ >> ωε, então, o meio é dito condutor, pois a corrente de condução é predominante em relação à corrente de deslocamento.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 23

Meios Dielétricos e Condutores

Emtermos práticos, pode-se classificar os meios como:

100

1osDiélectric

100100

1CondutoresQuase

100Condutores

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 24

Meios Dielétricos e Condutores

Meios dielétricos podem Também ser considerados isotrópicos ou anisotrópicos. Os meios isotrópicos são aqueles onde a permissividade não muda com a direção. Neste caso, as componentes de densidade de fluxo elétrico estão relacionadas com o campo elétrico através de:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 25

Meios Dielétricos e Condutores

Enquanto os meios anisotrópicos são classificados como: uniaxial, onde as permissividades são idênticas em duas direções e biaxial, onde:

Se um grupo de ondas com frequências distintas se propagam num meio qualquer, onde cada onda se desloca com velocidade de fase diferente das outras, então este meio é dito dispersivo.

Por outro lado, se cada onda possui a mesma velocidade de fase das outras, o meio é dito não-dispersivo. Sendo assim, pode-se também classificar os meios de acordo

com a dispersão das ondas eletromagnéticas que se propagam neles.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 26

Meios Dielétricos e Condutores

Os meios podem também ser classificados comparando a velocidade de fase e de grupo, partindo das expressões seguintes:

anômalo dispersivo Meio

dispersivo enormalment Meio

dispersivo-não Meio

gf

gf

gf

vv

vv

vv

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 27

Exemplo

Uma onda eletromagnética se propaga num meio com velocidade de fase dada por onde C é uma constante qualquer. Que tipo de meio é esse?

A velocidade de grupo é duas vezes maior que a de fase, portanto, o meio é dispersivo anômalo.

Solução:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 28

Equação de Helmholtz

Considere agora uma onda propagando-se num meio com condutividade σ, permissividade e permeabilidade μ. Se os campos variam harmonicamente no tempo, então:

As equações de Helmholtz, apresentam-se na seguinte forma:

Sendo γ denominada de constante de propagação.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 29

Solução das Equações de Helmholtz

As soluções das equações de Helmholtz são, respectivamente:

Onde n é o vector que indica o sentido de propagação da onda.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 30

Constantes de Amortecimento e de Fase

De uma forma geral, a constante de propagação é um número complexo representado por:

Onde α é chamado de fator de amortecimento ou atenuação da onda eletromagnética, enquanto β é denominado constante de fase. E os campos podem então ser escritos como:

Se a constante de propagação é um número complexo, então, a onda sofre uma atenuação ao longo da direção de propagação. O único meio onde não ocorre atenuação das ondas eletromagnéticas é o

dielétrico perfeito sem perdas. Neste caso, σ = 0, γ = jβ = jk e o fator de atenuação α = 0.

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 31

Impedância Intrínseca e Velocidade de Fase

Da lei de Faraday temos que:

De onde, por arranjos matemáticos obtêm-se:

Sendo n o vector direção, o parâmetro que relaciona o campo elétrico com o magnético é a admitância do meio (Y), podendo a equação ser reescrita como:

O inverso da admitância do meio é a impedância do meio, dada segundo Faraday por:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 32

Impedância Intrínseca e Velocidade de Fase

Se for utilizada a lei de Ampére temos que:

A velocidade de fase de um meio qualquer é obtida como:

Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 33

Exemplo

Mostre que num meio dielétrico sem perdas a impedância intrínseca do meio segundo a lei de Faraday e segundo lei de Ampére temos são iguais.

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