aula 7- adubação orgânica -...
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ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Elisandra PocojeskiProf. Gustavo Brunetto
Santa Maria, 17 de junho de 2008.
Universidade Federal de Santa MariaCentro de Ciências Rurais
Curso de ZootecniaDisciplina de Manejo e fertilidade do Solo
Resíduos de animais- Dejetos de suínos- Dejetos de bovinos- Cama de aves
Resíduos vegetais- Resíduos agroindustriais (tortas, etc...)
Compostagem e lodos- Vermicompostagem, lodos de esgotos e
indústrias
Adubos orgânicos
Dejetos de animais
Exemplos...
Resíduos vegetais
Vermiompostagem
Panorama
Confinamento
Potencial Fertilizante
Dejetos
Potencial Contaminante
Carne
CiclagemNutrientes
NPK
MOS
Composição
77,24,66,43,8Matéria seca16,71,41,61,5K2O
---0,8P2O5 mineral34,20,84,02,4P2O5 total4,60,42,41,8N-mineral18,61,44,52,9N-total
Aita 1986Barcelos 1991Aita et al. 1986**
Sherer et al. 1996*
Esterco de aves
Dejeto líquido bovinos
Dejeto líquido de suínoCaracterística kg m-3
* Ciclo completo; ** terminação
Como saber o teor de nutrientes
Potencial Fertilizante…
Dejeto líquidoComposto
1. Possibilidade
Laboratório
Resultado
?
Análise laboratorial (UFRGS)
• Custo
• Dificuldades operacionais
• Heterogeneidade (amostragem)
• Procedimento analítico
• Tempo
Métodos alternativos
2. PossibilidadeUso de tabelas com valores médios
40,41,21,40,81,413Esterco líquido de bovinos30,82,01,52,42,89Esterco líquido de suínos
Kg m3
700,10,30,70,50,310Cinza de casca de arroz700,22,10,40,61,212Composto de lixo urbano51,23,20,53,73,230Lodo de esgoto
500,51,41,71,31,517Vermicomposto200,50,81,51,41,530Esterco sólido de bovinos250,82,82,92,82,120Esterco sólido de suínos4,00,83,61,82,61,518Cama sobreposta de suínos720,914,41,94,91,630Cama de poedeiras750,83,74,04,05,023Cama de peru (2 lotes)751,04,53,54,03,825Cama de frango (7-8 lotes)750,94,23,03,83,528Cama de frango (5-6 lotes)750,84,02,53,53,230Cama de frango (3-4 lotes)(3)
% (m/m)
MatériasecaMgCaK2OP2O5NC-
org.Material orgânico
Fonte: CQFS-RS/SC (2004).
Exemplo no campo… com dejeto líquido de suínos
1. Coleta e determinação da densidade
Esterco líquido de suínos
MS N P2O5 K2O Densidade % (m/v)
Kg/m3
1000 0,00 0,37 0,00 0,38 1005 0,50 1,13 0,67 0,81 1010 1,63 1,91 1,45 1,13 1015 2,76 2,67 2,21 1,44 1020 3,91 3,44 2,99 1,75 1025 5,05 4,21 3,75 2,06 1030 6,19 4,98 4,53 2,38
2. Interpretação do resultado obtido
0
2
4
6
8
10
12
1000 1010 1020 1030 1040 1050 1060 1070Densidade (kg m-3)
Nitr
ogên
io (k
g m
-3)
N= -153,22+0,1536 Dens R2=0,84
Scherer et al. (1996)
Relação entre densidade x nitrogênio
Exemplos... em uma propriedade...
...com 200 suínos- 1,2 a 4,5m3/dia = 430 a 1.600m-3 ano- 1 de dejeto
- 2.400 a 3.000kg de N = 105 a 130 sc de URÉIA
- 1.600 a 2.000kg de P= 75 a 95 sc de SFT
- 1.000 a 1.400kg de K= 35 a 45 sc de KCl
As fontes orgânicas podem ser usadas isoladamente ou complementar a adubação mineral
......com 1 aviário- 100 a 120 t ano-1 de cama- 155-190 sc de URÉIA- 190-230 sc de SFT- 100-120 sc de KCl
Composto
Resíduos vegetais
Resíduos animais
PROTOZOÁRIOS
FUNGOS BACTÉRIAS
Matéria orgânica
P K
NCa
Mg
SZn
Fe
Mo
ClB
Fonte: Adaptado de Gatiboni L. (2006).
Potencial fertilizante como tema...
Que fatores devo considerar???
1. DEJETOS
2. SOLO
3. PLANTA
4. HOMEM
1. DEJETOS:
⇒ Composição/origem (quali/quantidade de nutrientes)
⇒ Eficiência de liberação
⇒ Quantidade gerada X capacidade de armazenamento;
⇒ Freqüência de aplicação
40,41,21,40,81,413Esterco líquido de bovinos
30,82,01,52,42,89Esterco líquido de suínos
--------------------------------kg/m3---------------------------
700,10,30,70,50,310Cinza de casca de arroz700,22,10,40,61,212Composto de lixo urbano51,23,20,53,73,230Lodo de esgoto500,51,41,71,31,517Vermicomposto200,50,81,51,41,530Esterco sólido de bovinos250,82,82,92,82,120Esterco sólido de suínos4,00,83,61,82,61,518Cama sobreposta de suínos720,914,41,94,91,630Cama de poedeiras750,83,74,04,05,023Cama de peru (2 lotes)751,04,53,54,03,825Cama de frango (7-8 lotes)750,94,23,03,83,528Cama de frango (5-6 lotes)750,84,02,53,53,230Cama de frango (3-4 lotes)(3)
---------------------------------% (m/m)-------------------
MatériasecaMgCaK2OP2O5N(2)C-org.Material orgânico
Tabela 1. Concentrações médias de nutrientes e teor de matéria seca de alguns materiais orgânicos (CQFS-RS/SC, 2004)
Tabela 2. Eficiência de liberação
0,20,2-
0,50,81,0
NPK
Dejeto de bovinos
-0,1-
0,80,91,0
NPK
Dejeto de suínos
0,20,2-
0,30,81,0
NPK
Esterco sólido de bovinos
0,20,2-
0,60,81,0
NPK
Esterco sólido de suínos
0,20,2-
0,50,81,0
NPK
Cama de frango
2º. Cultivo1º. Cultivo
Índice de eficiênciaNutrienteResíduo
Fonte: CQFS-RS/SC, 2004
2. SOLO:
⇒ O que é o solo e como funciona? Sistema abertoreativo frágil
⇒ Como o solo reage à aplicação do dejeto?
N é ≠ de P, que é ≠ de K, que é ≠ Zn, que é ≠ Cu...
⇒ Como o tempo de aplicação influencia?
A cada aplicação o solo é diferente do anterior
⇒ Dejeto será aplicado em solo com baixa, média ou alta fertilidade? A probabilidade de resposta é diferente
Profundidade: relação direta com escoamento e infiltração
Presença de horizontes restritivos: (duripan...)
Permeabilidade e drenagem
Suscetibilidade a erosão
Textura: Movimentação de água
CTC/CTA
Características do solo para uso dos dejetos...
Posição na paisagem
Declividade
Presença e profundidade do lençol freático
Proximidade de leitos de água
Áreas habitadas
Tipo de uso anterior das terras
Geologia da área: relação solo-paisagem-hidrografia
SOLO...
3. PLANTA:
⇒ Quais as espécies vegetais que serão cultivadas? (grãos, pastagens, horticultura, fruticultura, silvicultura, floricultura)
⇒ Quais as necessidades de nutrientes do cultivo
⇒ Épocas do cultivo: outono/inverno é diferente de primavera/verão
Quantidade gerada X capacidade de armazenamento X freqüência de aplicação
Produção de matéria seca em pastagem natural com aplicação de dejeto líquido de suínos.
0
10
20
30
40
50
60M
S (k
g ha
-1
dia
-1)
Verão Outono Inverno PrimaveraEstações do ano
0
20
40
4. HOMEM:
⇒ Grau de interesse no manejo do dejeto:
Interesse em usar como “fertilizante” ou necessidade de “descarte”...
⇒ Nível de tecnologia empregada: tecnologia de produção, assistência técnica e recursos financeiros
⇒ Como o momento (mercado, lucratividade) afeta a relação do homem com o dejeto?
⇒ Como a estrutura familiar irá afetar?
Demanda de mão-de-obra e idade média, por exemplo.
Uso de dejetos de suínos após colheita do milho80 m3 ha-1
Aveia - 0 m3 de dejetos Aveia - 80 m3 de dejetos
0 m3 ha-1
Milho, safra 2000/01, UFSM
0
408020
Tabela. Quantidades aplicadas de N, P e K na forma total, nas 17aplicações de dejeto líquido de suínos, no período entre maio de 2000 e maio de 2007.
1- Números entre parênteses representam à quantidade equivalente em
P2O5 aplicada, em kg ha-1.2 - Números entre parênteses representam à quantidade equivalente emK2O aplicada, em kg ha-1.
Dose de dejeto líquido de suíno, m 3 ha-1Quantidade total aplicada
kg ha-1 20 40 80
Nitrogênio (N) 855 1710 3420
Fósforo (P) 564 (1291)1 1128 (2582) 2256 (5165)
Potássio (K) 331 (397)2 662 (794) 1324 (1589)
Figura. Teor de MO, em profundidade no solo após 17 aplicações de dejeto líquido de suínos.
MO, g kg-1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Pro
fund
idad
e, c
m
2468
101214161820
25
30
35
40
50
60
Sem aplicação20 m3 ha-1
40 m3 ha-1
80 m3 ha-1
Figura. Teor de P mehlich 1, em profundidade no solo após 17 aplicações de dejeto líquido de suínos.
P mehlich 1, mg kg-1
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Pro
fund
idad
e, c
m
2468
101214161820
25
30
35
40
50
60
Sem aplicação20 m3 ha-1
40 m3 ha-1
80 m3 ha-1
Figura. Teor de K mehlich 1, em profundidade no solo após 17 aplicações de dejeto líquido de suínos.
K mehlich 1, mg kg-1
0 50 100 150 200 250
Pro
fund
idad
e, c
m
2468
101214161820
25
30
35
40
50
60
Sem aplicação20 m3 ha-1
40 m3 ha-1
80 m3 ha-1
O que fica evidente da análise dos fatores, dejeto, solo, planta e homem?
DEJETO é apenas “um” dos fatores de produção
⇒ O dejeto aplicado é algo que o solo pode tolerar?
⇒ Aplicamos o dejeto pensando na planta, mas como o solo irá afetar sendo intermediário dessa relação?
⇒ O que está sendo aplicado tem relação com as necessidades das plantas?
DEJETO é como um remédio, pois também tem contra indicações, mas se usado em condições adequadas, sua
utilização é benéfica.
POTENCIAL CONTAMINANTE
N2
R-NH2NO3- NH4+
NH3NH4+NO3
- H+
OH-
Volat
ilizaç
ão d
e NH 3
(pH al
to, b
aixa u
midad
e)
adsorçãodesorção
mineralização
imobilização
rem
iner
aliz
ação
abso
rção
Nitrificação(presença de O2)
amonificação
Fixação biológica de N
absorção
Fixação industrial
Fixação
naturalim
obilizaç
ão
imobilização
Des
nitr
ifica
ção
de N
2
(aus
ênci
a de
O2)
ouN 2O
Lixi
viaçã
ode
NO 3
-(c
huva
s)
Decom
-po
sição
N2
R-NH2NO3- NH4+
NH3NH4+NO3
- H+
OH-
Volat
ilizaç
ão d
e NH 3
(pH al
to, b
aixa u
midad
e)
adsorçãodesorção
mineralização
imobilização
rem
iner
aliz
ação
abso
rção
Nitrificação(presença de O2)
amonificação
Fixação biológica de N
absorção
Fixação industrial
Fixação
naturalim
obilizaç
ão
imobilização
Des
nitr
ifica
ção
de N
2
(aus
ênci
a de
O2)
ouN 2O
Lixi
viaçã
ode
NO 3
-(c
huva
s)
Decom
-po
sição
Ciclo do N....Potencial Contaminante…
Fonte: Gatiboni L. (2006).
N2
NH3NH4+NO3
- H+
OH-
adsorçãodesorção
abso
rção
Nitrificação(presença de O2)
amonificaçãoimobiliz
ação
imobilização
Des
nitr
ifica
ção
de N
2
(aus
ênci
ade
O2)
ouN 2O
Lixi
viaç
ãode
NO 3
-(c
huva
s)
-
NH3NH4+NO3
- H+
OH-
adsorçãodesorção
abso
rção
Nitrificação(presença de O2)
amonificação
absorção
imobiliz
ação
imobilização
Des
nitr
ifica
ção
de N
2
(aus
ênci
ade
O2)
ouN 2O
Lixi
viaç
ãode
NO 3
-(c
huva
s)
-
60% N na forma amoniacal40% N na forma orgânico
Simplificando o ciclo do N....
Fonte: Adaptado de Gatiboni L. (2006).
Dias após aplicação do esterco
1217 29 38 57 70 93 103 116
N-N
H 4
+ e
N-N
O 3
- -
mg
L-1
0
20
40
60
80
100
N-NH4+
N-NO3-
Exemplo.... Transformação: N-NH4+ para N-NO3
-
Fonte: Aita et al. (2004)
Doses de esterco, m3 ha-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
20 40 80
EscoamentoPercolaçãoVolatilização
Nit
rog
ên
io,
kg
ha
-1
Exemplo...
Principais caminhos de transferência do N (Ciclo da aveia, 2000)
020
4060
80
100120
140160
Zn Cu Mn
Com esterco
Sem esterco
Metais
Teo
res
tota
is,
mg
kg
-1d
e s
olo
Exemplo.... Transferência de metais (Cu, Zn, Mn)
Transferência de N por lixiviação e P, Cu, Zn, etc… por escoamento
Sedimento
Eutroficação
N P
Microrganismos
O2
Cuidados para diminuir o potencial contaminante dos dejetos
3. Próximo a fontes de água
1. Áreas declivosas
2. Locais com lençol freático próximo a superfície
4. Solos com textura arenosa 4. Etc...
Aplicação na superfície
Aplicação na superfície com incorporação
Forma de aplicação (Ex: dejetos)
Observar...
Origem dos dejetos
Concentração de nutrientes
Necessidade da cultura
Características do solo
Manejo da cultura e do solo
Viabilidade de utilização
Potencial poluente
Resumindo...
Aula 1
Preparo deste material
Professores:- Gustavo Brunetto- Leandro Souza da Silva- Carlos Alberto Ceretta- Danilo Rheinheimer dos Santos
Aluna de Pós-Graduação:- Elisandra Pocojeski
Última atualização: Junho de 2008.
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