aula segura nca 2009

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AULA: SEGURANÇA QUÍMICA

José Albertino Bendassolli

Piracicaba, Setembro de 2009

Disciplina: Segurança em Química eDisciplina: Segurança em Química eTratamento Químico de ResíduosTratamento Químico de Resíduos

Conteúdo Geral

Principais equipamentos de segurança (EPI’s e EPC’s)

Incompatibilidade química

Operações gerais e manuseio com: corrosivos; inflamáveis;

reativos tóxicos; vidros; gás comprimido; linhas de

vácuo; destiladores

Principais indices toxicológicos (DL50, CL50) e LT

Risco, Perigo, Indignação

Organização em Laboratório de Química

Disciplina: Segurança em Química eDisciplina: Segurança em Química eTratamento Químico de ResíduosTratamento Químico de Resíduos

Conteúdo Geral

Principais vias de absorção de produtos químicos

Substâncias: Teratogênicas, Carcinogênicas, Tóxicas,

Mutagênicas e Alergênicas

Disciplina: Segurança em Química eDisciplina: Segurança em Química eTratamento Químico de ResíduosTratamento Químico de Resíduos

Bibliografia Básica

• Apostila do curso2) Soto, J.M.O.G.; Saad, I.R.S.D.; Fantazzini, M.L. Riscos

químicos: São Paulo, FUNDACENTRO, 1989, 110 P.

3) Amour, M.A. Hazardous Laboratory Chemicals, Disposal Guide. CRC Press, N.Y., 1991.

4) Nascimento, E.S. Segurança química: Fundamentos de toxicologia aplicada: Características dos riscos causados por agentes químicos – Modulo de treinamento 1, Fudacentro, Edição. São Paulo Fundacentro, 1994. 97p.

Risco = perigo + indignação (Peter Sandaman, 1998)

Barão de Mauá

Sistema completo de destilação de solventes: acetona;etanol, metanol….

3) FERRAMENTAS FACILITADORAS DE GESTÃO

SEGURANÇA EM QUÍMICA

UUNIVERSIDADE DE NIVERSIDADE DE MMINNESOTAINNESOTA

MOTIVAÇÃODepósito de Resíduos Químicos do CENA/USP

SEGURANÇA EM QUÍMICA:

Estratégias de Segurança no Laboratório

Riscos ocupacionais em Laboratórios Químicos

Uso de Equipamentos de Proteção individual

Uso de Equipamentos de Proteção Coletiva

Operações gerais – Manuseio Seguro: Corrosivos; inflamáveis, gases, produtos tóxicos

Vidrarias em geral nos laboratórios

Estratégias de Segurança no Laboratório

Ordem e Limpeza no Laboratório

Uso de Equipamentos de Proteção Individual

Operações Gerais - Cuidados

Infra-estrutura Geral do Laboratório

Conhecimentos dos Produtos Químicos

INTRODUÇÃO

Química - imagem negativa pela sociedade em geral

Universidade ou Centros de Pesquisa - ações que valorizem o ser humano e o ambiente

Declaração dos Direitos Humanos – “ todo homem tem direito à vida e, se temos direito à vida, precisamos nos preocupar em preservá-la”

O DIREITO DE SABER E A NECESSIDADE DECONHECER

Experiências dos trabalhadores e conhecimentodos técnicos (produtos químicos, equipamentos..)

O saber que surge da vivência tem, entretanto, limites

Ruídos intensos causa surdez – quais os limites?

Thinner – detecta-se no ar pelo cheiro – trabalhadoresdesconhecem (lesões ao figado, aos nervos ou ao sangueque certos tipos de solventes provocam)

Setor Industrial Massa do Produto (Ton) Fator E

Refinamento de petróleo 106 - 108 0,1

Industria química de base 104 - 106 1 a 5

Química Fina 102 - 104 5 a 50

Farmacêutica 101 - 103 25 - 100

Setores industriais e razão em massa de sub-produtos por produto gerado [1]

[1] apostila do Prof. Orlando Fatibelo Filho (IX Encontro Científico dos pós-graduantosNo CENA/USP) – Mini-Curso/ Lenardão et al., Química Nova, 26, 123 (2003).

E = Massa de sub-produtos/Massa do produto desejado

GERENCIAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS RISCOS OCUPACIONAIS EM LABORATÓRIOS QUÍMICOS

  

Probabilidade ou possibilidade de ocorrer um dano

  Aumento: Desconhecimento; Negligência;

Transferência de responsabilidades; Confiança em excesso; falta de material de segurança apropriado;

etc.

Ordem de maior freqüência dos riscos aosquais está sujeito o laboratorista:

Exposição a agentes agressivos ou tóxicos

Lesões com produtos cáusticos e corrosivos

Queimaduras com produtos inflamáveis

Acidentes com vidrarias e materiais cortantes

Acidentes com equipamentos elétricos

Problemas de exposição a radiações

RESPONSABILIDADE: EMPRESA E DO INDIVÍDUO

Estrutura física e operações Ambientais Ergonômicos

Instalações Físicos Fatores estressantes

Máquinas/equipamentos    

Transporte Químicos Ritmo acelerado

Armazenagem    

Manuseio   Posições incomodas

Descarte Biológicos Turno

Derrames   Mobiliário

Tabela 1. FATORES DE RISCO (situações)

CONSEQUÊNCIAS

ACIDENTES / LESÕES DOENÇAS OCUPACIONAIS (prazo?)

REDUÇÃO NA EXPECTATIVAE QUALIDADE DE VIDA

RISCOS À SAÚDE

CANCERÍGENOS (benzeno)

ALERGÊNICOS (Cr, Ni) e TERATOGÊNICOS (Pb)

MUTAGÊNICOS (brometo de etídio)

CORROSÍVOS (Sol. Aquosas 12,5 pH 2,0)

Altamente Tóxicos - Venonosos em doses muito baixas (cianetos, fosfina, dioxinas)

TÓXICOS (doses maiores, gás sulfídrico)

IRRITANTES (pele e olhos)

SENSIBILINZANTES (reação alérgica, Cr)

Efeitos em orgãos específicos : CCl4 - Figado; benzeno - M.O

CS2 - sistema nervoso; cianetos - sangue ou orgãos formadores

dicloropropano - aparellho reprodutivo

cetonas - pele; metanol - olhos

DANOS QUE OS PRODUTOS QUÍMICOS PODEM PROVOCAR: DOENÇAS

Exposições a baixas concentrações por longo tempo

Doenças específicas: Silicose (SiO2), NaOH (câncer no esôfago),

Clorados (fígado), Benzeno (medula óssea), Mercúrio (ação neurológica).

Exposições a altas concentrações por curto tempo

Doenças inespecíficas: efeitos sinergéticos; aumento de câncer em alguns profissionais (químicos – 4 vezes mais afetados que os arquitetos – sistema imunológico), aumento de doenças gastrointestinais em trabalhadores de gráfica.

MANUSEIO APROPRIADOProdutos perigosos – Conhecimento e forma de trabalho

Regras Gerais:

1) Conheça o Produto Químico

2) Conheça os Riscos (Leia o rótulo e as FISPQ/MSDS)3) Isole o Risco

4) Controle a Proteção com o Risco

5) Certifique-se que o produto químico não sofreuAlterações (envelhecimento, evaporação, extremos TO, contaminação)

6) Saiba o que o produto químico causará e esteja preparado 7) Saiba como detectar condições potencialmenteperigosas

8) Esteja a par dos procedimentos e áreas de emergencia

MANUSEIO APROPRIADORoteiro dos itens que devem conter as fichas:

1) Identificação do produto:Nomes comerciais/sinônimosFamília químicaFórmula química

-Caracterização de acordo com o grau de riscoSugerido internacionalmente: NFPA

-Risco quanto a toxidez (0 – 4); inflamabilidade (0-4)Explosividade ao choque/calor (0-4); risco quantoÀ características químicas

2) Componentes ou contaminantes do produto- composto (nome:…….) pureza- Outros componentes ou impurezas e grau pericul.

3) Dados de inflamabilidade e explosividadealtamente explosivo; explosivo ao choque; explosivoem contato com ar; ponto de fulgor; Limite de explos.no ar.

4) Dados sobre a toxicidade e efeitos para a saúdeLimites de tolerâncias no ar (TLV-TWA e TLV-STEL deAcordo com ACGIH)

Informar efeitos no organismo: anestésico, alucinógeno,Cancerígeno; teratogênico; mutagênico; irritante dos tecidosVivos, corrosivo, etc.

Efeitos para saúde: aguda, crônica, 1os socorros (pele, olhos,Inalação, ingestão)

5) Dados de Propriedades físicas: Forma como o produto se apresenta; Ponto de fusão

6) Reatividade

Estável sob condições normais de T e P

Produz mistura explosiva com o ar atmosférico

Incompatível como o(s) produto(s)

Explosivo se aquecido

Sofre decomposição térmica produzindo gases tóxicos

Pode desenvolver peróxidos explosivos se armazenado

por longos períodos

Deve ser mantido em atmosfera inerte

7) Dados para armazenagem

Material adquado para armazenagem

Condições: temperatura, luz, atm inerte, distância

8) Providências em caso de derramamentos

Informar quais produtos podem ser utilizados para

Absorver em caso de derrammentos

9) Equipamentos de proteção (EPC’s e EPI’s)

VIAS DE INTRODUÇÃO NO ORGANISMO

RESPIRATÓRIA

CUTÂNEA (contato direto)

OLHOS (ação irritante e até cegueira)

Digestiva (em geral acidentalmente)

80 a 90 m2

Consumo 10 a 20 kg diários

Absorção de gases e vapores Sangue demais regiões organismo

Sólidos e líquidos ?

Via Respiratória

a) Sistema Respiratório

- Irritação (gases e vapores) – constrição dos brônquios

- Solubilidade dos gases e vapores

- Danos nas células do trato respiratório

- Alergias

Limite de Tolerância: Concentração máxima ou mínima, ao agente

que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida de

trabalho. (Norma Regulamentadora 15 – jornada de 48 h/semanais).

LIMITE DE TOLERÂNCIA (LT)

Agentes químicos/físicos/biológicos – Risco ao trabalhador?

Presença não implica, obrigatoriamente, trabalhador/doênça

Danos: agêntes acima determinada concentração ou intensidade

Tempo sob tais condições – atuação nociva

Análise quantitativa/tempo de contato

1920 – 1930: Proposto alguns limites – CO; ZnO; Poeiras de

Fluoretos.

Atualmente: Maioria das substâncias mais comumente utilizadas

na industria e laboratórios tem LT

Valores universalmente aceitos – ACGIH (American Conference

of Governametal Industrial Hygienists) desde 1947 – revistos

periodicamente.

Valores: referências, guia e nunca como valores rígidos de

separação entre concentração ou intensidade segura e perigosas

OSHA (MT - USA); NIOSH (pesquisa saúde pública)IDLH – Parâmetros para emergências químicas.

Brasil: 1978 (sem tabelas de LT)

Portaria 491 (16/9/65) – Legislação vigente até 1978

trabalhos insalubres baseando-se nos aspectos

qualitativos do agente

Atualmente: Portaria 3214/78 – MT que fixa LT para

Substâncias químicas – Anexos 11 e 12 da NR 15

NR 15 – Atividades e operações insalubres – e NR9

Anexo 13– Substâncias inexistente na portaria 491/65

Paises: Divergências de valores

Motivo: Tipo de trabalho; jornadas; maneira como os

Limites foram estabelecidos

USA e URSS – Divergências entre LT de vários países

Substância LT (USA) LT(URSS) Anilina 19 mg m-3 0,1 mg m-3 Benzeno 30 mg m-3 5 mg m-3

Limites de Tolerância adotado nos USA e URSS

Fonte: Soto et al. (1990)

No Brasil: valores estabelecidos análagos aos USA

Jornada de trabalho (48 h/semanais - Br e 40 h USA)

Substância LT (USA) LT(Brasil) Amônia 25 mg m-3 20 mg m-3 Cloro 1,0 mg m-3 0,8 mg m-3 CO2 5.000 mg m-3 3.900 mg m-3 H2S 10 mg m-3 8 mg m-3

Tricloroetileno 100 mg m-3 78 mg m-3

Limites de Tolerância adotado nos USA e Brasil

Fonte: Soto et al. (1990)

Brasil: dois tipos de LT

1) LT – Média ponderada – Não tem valor teto

conc. média ponderada.

Podemos ter valores acima do LT – Desde que compen-

sados por valores menores: média LT

Oscilações para cima não podem ser indefinidas –

Valor máximo que não pode ser ultrapassado.

Valor máximo – obtido através de um Fator de Desvio(FD) onde:

Valor máximo = L.T. x FD

Fator de devio (FD) em função da grandeza do L.T.

Limite de Tolerância (L.T.) Fator de Desvio (F.D.)

0 < L.T. 1 (mg m-3) 3 1 < L.T. 10 (mg m-3) 2

10 < L.T. 100 (mg m-3) 1,5 100 < L.T. 1000 (mg m-3) 1,25

1000 < L.T. 1,1

Fonte: Soto et al. (1990)

Exemplo: Amônia (NH3)

L.T. = 20 mg kg-1

F.D. = 1,5

Valor máximo permissível = 30 mg kg-1 (20 x 1,5)

1 2 3 4 5 6 7 8

L.T

ValorMáximo

con

cen

tração

Tempo

Parte inferior ao L.T.

Parte que excede o L.T.30 mg kg-1

20 mg kg-1

Exemplo: Amônia (NH3)

L.T. = 20 mg kg-1

F.D. = 1,5

Valor máximo permissível = 30 mg kg-1 (20 x 1,5)

1 2 3 4 5 6 7 8

L.T

ValorMáximo

con

cen

tração

Tempo

30 mg kg-1

20 mg kg-1

Exemplo: Amônia (NH3)

L.T. = 20 mg kg-1

F.D. = 1,5

Valor máximo permissível = 30 mg kg-1 (20 x 1,5)

1 2 3 4 5 6 7 8

L.T

ValorMáximo

con

cen

tração

Tempo

30 mg kg-1

20 mg kg-1

Exemplo: Amônia (NH3)

L.T. = 20 mg kg-1

F.D. = 1,5

Valor máximo permissível = 30 mg kg-1 (20 x 1,5)

1 2 3 4 5 6 7 8

L.T

ValorMáximo

con

cen

tração

Tempo

30 mg kg-1

20 mg kg-1

2) Limite de Tolerância – Valor Teto

Tabela tem assinalada a coluna Valor Teto – Conc.

máxima que não pode ser excedida em momento

algum da jornada de trabalho (sem F.D.).

1 2 3 4 5 6 7 8

con

cen

tração

Tempo

Exemplo para cálculo:

Ao avaliarmos a concentração de acetonitrila (H3CCN) comL.T. de 40 ppm, através de amostragem instantânea, osseguintes resultados foram obtidos:

O limite de tolerância foi excedido?

Número de Amostra

Concentração Obtida

1 40 2 40 3 70 4 70 5 20 6 20 7 20 8 20 9 30 10 30

TLV – TWA para uma única Substância.

OSHA e ACGIH – Média ponderada de jornada de 8 h

A equação geral da média ponderada:

C1T1 + C2T2 + C3T3 + …….. CnTn

T1 + T2 + T3 + ……. Tn

Ex: Trabalhador exposto a 8h/dia a 25 ppm de CO, temmédia ponderada de 25 ppm. Novas condições: 4 h a 20 ppm e 2 h a 0 ppm e 2 h a 40 ppm – média ponderada?

TLV – TWA para exposição a Misturas

Se os produtos tiverem efeitos toxicológicos similares (efeito no mesmo orgão, como, por exemplo, os rins, ou fígado – efeitos combinados deve ser considerado

A equação geral da média ponderada:

(C1/TLV1) + (C2/TLV2) + (C3/TLV3) + … (Cn/TLVn)

Se a soma das frações > 1 – Exposição acima dos Limites estabelecidos.

Ex: 450 ppm de acetona (TLV 750) e 150 ppm de metilEtil cetona (TLV 200). O TLV foi excedido?

TLV – STEL(Short-Term Exposure Limit)

Média ponderada do Limite de exposição de 15 minutos que não deve ser excedido (incluído na média ponderada das 8 h Diárias) – Trabalhador exposto sem sofrer dano a saúde – 15 min. no máximo 4 vezes ao dia, com intervalo mínimo de 1h.Exemplo: O TLV para a etil metil cetona é de 200 ppm

com um STEL de 300 ppm. Se um trabalhador for exposto a substância a 250 ppm durante 4 horas, O TLV-TWA ou STEL serão excedidos?

TLV-TWA = (250 x 4)/8 = 125 ppm.

Substâncias constantes na tabela L.T., verificamos que podemser agrupadas, como:

Grupo I – Substâncias de ação generalizada sobre o organismo

Efeitos dependem da quantidade absorvida da substância – L.T.podem ser excedidos – sem ultrapassar valor máximo – maioriadas substâncias listadas.

Agentes Químicos

Valor Teto

Absorção também pela Pele

Até 48hs./semana

ppm(1) mg m-3

Grau de insalubridade

a ser considerado no caso de sua caracterização

Amônia 20 14 Médio Chumbo - 0,1 Máximo

CO2 3.900 7.020 Mínimo CO 39 43 Máximo

Tricloroetileno 78 420 Máximo

(1) LT (mg m-3) = [(L.T. em ppm) (peso molecular da substância em gramas)]/24,45

Agentes Químicos

Valor Teto

Absorção também pela Pele

Até 48hs./semana

ppm(1) mg m-3

Grau de insalubridade

a ser considerado no caso de sua caracterização

Anilina + 4 15 Máximo Benzeno + 8 24 Máximo

Fenol + 4 15 Mínimo Tolueno + 78 290 Médio

Grupo II. Substâncias de ação generalizada sobre o organismo,

Podendo ser absorvidas, também, por via cutânea (pele intacta,

Membranas, mucosas ou olhos): Medidas de proteção

Fonte: Soto et al. (1990)

Grupo III. Substâncias de efeito extremamente rápido

Não podem ter seu L.T. excedido em momento algum – Nãoaplicamos o F.D.

Agentes Químicos

Valor Teto

Absorção também pela Pele

Até 48hs./semana

ppm(1) mg m-3

Grau de insalubridade

a ser considerado no caso de sua caracterização

HCl + 4 5,5 Máximo CH2CHCl + 156 398 Máximo

NO2 + 4 7 Mínimo HCHO + 1,6 2,3 Máximo

Grupo IV. Substâncias de efeito extremamente rápido e que

podem ser absorvidas por via cutânea.

Não podem ter seu L.T. excedido em momento algum – Nãoaplicamos o F.D e medidas de segurança devem ser adotadas.

Agentes Químicos

Valor Teto

Absorção também pela Pele

Até 48hs./semana

ppm(1) mg m-3

Grau de insalubridade

a ser considerado no caso de sua caracterização

Álcool n-butílico + + 40 115 Máximo n-butilamina + + 4 12 Máximo Monometil-hidrazina

+ + 0,16 0,27 Máximo

Sulfato de dimetila

+ + 0,08 0,40 Máximo

Grupo V. Asfixiantes – a) Simples (deslocamento de Oxigênio)

Fonte: Revista CIPA número 172

Oxigênio (%)

PPO2

(mmHg) Efeitos

20,9 a 18,0 158,8 a 136,8

Nenhum

18,0 a 12,0 121,6 a 95,2

Perda da visão periférica; dificuldade respiratória, perda

do raciocínio e coordenação 12,0 a 10,0 91,2 a 76,0 Coordenação muscular baixa,

possibilidade de danos ao coração, respiração intermitente

10,0 a 6,0 76,0 a 45,6 Náuseas e vômitos; incapacidade de executar movimentos com vigor,

inconsciência seguida de morte < 6 < 45,6 Movimentos convul-sivos, morte

em minutos

Concentração de Oxigênio e os riscos para a saúde

Grupo V. Asfixiantes

Alguns gases e vapores, que em altas concentrações no aratuam como asfixiantes simples – deslocam o O2 do ar.

Não é possível a adoção de L.T – Fator limitante é o O2

Importante: quantidade de O2 existente no ambiente – 18%menor conc. admissível para perfeita oxigenação dos tecidos.

Fonte: Soto et al. (1990)

Agentes Químicos

Valor Teto

Absorção também pela Pele

Até 48hs./semana

ppm(1) mg m-3

Grau de insalubridade

a ser considerado no caso de sua caracterização

Acetileno Asfixiante simples Argônio Asfixiante simples Etileno Asfixiante simples

Hidrogênio Asfixiante simples Neôneo Asfixiante simples

Nitrogênio Asfixiante simples

a. Simples

b. Químico (CO, Cianetos)

Concentração de CO no ar

(mg m-3)

COHb no sangue,

após

o equilíbrio (%)

Sintomalogia

principal

50 07 Cefaléia discreta

100 12 Cefaléia moderada e tontura

250 25 Cefaléia intensa, tontura,

confusão mental

500 45 Náusea, vômitos, choque

1.000 60 Coma

10.000 95 Morte em 5 minutos

Correlação entre a conc. atm. de CO, % de COHb e a sintoma-tologia principal

Fonte: http://www.geocities.com/Athens/Troy/8084/Asfiquim.htm

Grupo VI. Poeiras

Neste grupo encontramos substâncias com limites fixadosNo Anexo 12 – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais(NR 15).

Asbestos: Limite de tolerância – 4 fibras maioresque 5 m por centímetro cúbico de ar.

Provoca “Asbestose” – fibras ponteagudas que sealojam nos pulmões perfurando a pleura.

Sílica livre Cristalizada (partículas de 0,5 a 7 m,Insolúveis pelo organismo – silicose – lesões naPleura com enrigecimento do tecido.

Produto Químico TLV-TWA TLV-STEL (C)

mg/kg mg/m3 mg/kg mg/m3

Acetonitrila 40-A4 67-A4 60-A4 101-A4

Ácido Nítrico

CCl4Clorofórmio

2

5-A2

10-A3

5,2

31-A2

49-A3

4

10-A2

-

10

63-A2

-

Metanol 200 262 250 328

Benzeno 0,5-A1 1,6-A1 2,5-A1 8-A1

Tabela 2. Limites de tolerância para alguns compostos químicos – A.C.G.I.H. (American Conference of Governamental Industrial Hygienists –Ohio –USA)

A1 – Confirmada a ação carcinogênica em humanosA2- Suspeita de ação carcinogênica em humanosA3 – Confirmada a ação carcinogênica em animaisA4 – Dados insuficientes para considerar carcinogênico em humanos e/ou animais(C) – Valor teto que não deve ser ultrapassado durante a jornada de trabalho.

Via Dérmica

As substâncias que melhor se absorvem por esta víaSão as lipossoluveis

A penetração através da pele depende de:Tamanho das partículas

Espessura da pele

Rugas e vascularização

Área expostaTempo de contato

Pipetagem com a boca

x

Fonte: www.uc.cl/…/trabajo/talleres.

Ingerir alimentos guardados junto a produtos

químicos em: armários; gavetas; bancadas, estufas

ou geladeiras.

Não lavar as mãos após o trabalho e contaminar

Alimentos.

Fumar na área industrial ou laboratório

TOXICOLOGIA

Ciência que estuda os agentes tóxicos

Agente tóxico? Dano ou morte: interação

físico-química com o organismo vivo.

Todas as substâncias podem ser usadas de

forma

Segura? Limites de Tolerância (L.T.)

Riscos? Todas Substâncias são tóxicas?

TOXICOLOGIA

Exposição – Função da dose (ou

concentração) e do tempo de exposição

tolerável – sem causar dano ou efeito

adverso.Quando não for possível definir L.T.?

Alteração anormal indesejável ounociva após exposição ao agente

Exposição tolerável x dano ou efeito adverso

TOXICOLOGIA

DL 50 aguda aproximada para algumas substâncias

Substância DL 50 ratos machos (mg kg-1) oral

Etanol 7000Cloreto de sódio 3000Sulfato Cúprico 1500

DDT 100Nicotina 60

Tetrodotoxina 0,02Dioxina 0,02

Valores extraídos FIS da Sigma-Aldrich e Merck

TOXICOLOGIA

Classificação de toxicidade baseada em valores de DL50 paraExposições agudas (valores usados em diretrizes da CEE).

Categoria DL50 oral para ratos

(mg/kg peso corpóreo) Muito tóxico Menor que 25

Tóxico De 25 a 200 Nociso De 200 a 2.000

Exemplo: substância com DL50 de 200 mg/kg e outra

Com DL50 de 199 mg/kg.

Toxicidade x risco associado ao seu uso x segurança

TOXICOLOGIA

Dioxinas e Furanos

Moléculas estáveis, persistentes, Liposolúveis

Produção: Processos envolvendo Cloro ou materiaisque os contenham – prod. Pesticidas; branqueamentode papel e celulose, incineração resíduos; lixo urbano..

Combustão temperaturas relativamente baixas(300 a 400 Oc)

Produtos químicos: PCB (furanos somente) – penta-Clorofenol; hexaclorofenol, benzenos clorados

TOXICOLOGIA

Dioxinas e Furanos

TCDD – DL 1 g/kg (2, 3, 7, 8 TCDD)

Comparado com NaCN – 10.000 g/kg

Usepa – United States Environmental Protection Agency – efeitos das dioxinas e furanos em humanos

Aponta fortemente que a TCDD exerce seu efeito

Cancinogênico – primariamente através de sua

Efetividade como agente promotor de estimulação

De replicação de células – provável carcinogênico

4: pode explodir3: pode explodir com ou choque2: reação quím.violenta1: instável se 0: estável

1

2

3

W

4: abaixo de 22 oC3: abaixo de 37 oC2: abaixo de 93 oC 1: acima de 93 oC 0: nào inflamável

Ponto de fugorinflamabilidade

Reatividade

Periculosidadea saúde

Oxidante – OxyRadiação perigosa

Ácido – AcidÁlcali – Alk

Corrosivo – CORNão misturar com água W

Diagrama de Hommel - NFPA

Periculosidade específica

4: fatal3: extremamente tóxico2: tóxico1: ligeiramente tóxico0: normal

Avaliação dos RiscosAgente químico Inalação Ingestão Irritação Contato

cutânea ocular

ac. Cianídrico 4 4 2 4ác. Fluorídrico 4 4 4 4ac. Fórmico 4 3 4 4ac. Oxálico 3 3 3 3

Benzeno 3 2 2 2bromo 4 4 4 4fenol 2 3 4 4

iodometano 4 - - -mercúrio 4 1 - 1

vapores nitrosos 4 - 2 3

Produtos tóxicos que podem ser usados - laboratório

Exposição acidental pode ocorrer: (1) lesão mínima(2) Lesão leve; (3) lesão moderada; (4) Lesão grave

[CO/HCN/H2S]; [NO2/N2O4]; Metanol/brmet/benzeno/CCl4

Simbologia de risco (classes de produtos perigosos)

Simbologia de risco (classes de produtos perigosos)

SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS – ÁCIDOS E BASES

Ação corrosiva - pele, mucosas; olhos, tecidos dos tratos respiratório e

digestivo.

Via respiratória (fumos, gases) – ardência na boca, garganta, mucosas.

Mucosas – longo prazo: corrosão dos dentes, sangramento.

Substâncias menos solúveis – Dissolvem nos brônquios (SO2) – tosses

Ácidos reagem com metais e substâncias alcalinas, sais de ácidos fracos.

 

Reações exotérmicas Podem ser violentas gases tóxicos

 

  sais de cianeto com ácidos

 

 

Liberando gás cianídrico

ÁCIDOS

• ÁCIDO PERCLÓRICO

Produz percloratos em contato com orgânicos

(madeira das capelas; materiais combustíveis e

inflamáveis) formando compostos explosivos ao

choque.

•ÁCIDO FLUORÍDRICO

corrói vidros e metais; prejudicial aos olhos e mucosas.

Queimaduras graves (indolores nas primeiras horas).

Efeito crônico – fluorose, perda de peso, anemia,

leucopenia.

BASES

• HIDRÓXIDO DE SÓDIO – inalação provoca danos no

trato respiratório, podendo levar a até pneumonia

grave. Corrosão de todos os tecidos. Causa opacidade

da córnea, edema pronunciado, ulcerações e até

cegueira.

• HIDRÓXIDO DE AMÔNIO – Inalação produz irritações

Das vias respiratórias. Exposição intensa produz

broncopneumopatias e morte. Produz irritação e

queimaduras em contato com a pele.

Causa opacidade da córnea e cristalino.

METAIS PESADOS (d > 5 g cm-3; Z > 20)

Chumbo (Pb)Indústrias químicas:

Tintas e vernizes

Componentes eletrônicos

Revestimentos de pisos, cerâmicas e azulejos

Indústrias gráficas

Soldas

Principais fontes: Galena (PbS); Anglessite (PbSO4)

E a cerussite (PbCO3)

METAIS PESADOS (d > 5 g cm-3; Z > 20)

Chumbo (Pb)Penetra no corpo:

a) Inalação de poeiras, fumos e nebrinas*

b) Por ingestão “traiçoeira” pela via respiratória superior, ouintroduzido na boca através de comida, cigarro, dedos …

c) Através da pele (compostos inorgânicos praticamente não temessa propriedade.

Efeito sistema renal e nervoso; distúrbios gastrintestinais;

efeito teratogênicos; afeta a formação da hemoglobina – anemias.

O quadro clínico: Saturnismo

Linha azul-escura na boca: (PbS)

Mercúrio (Hg)Instrumentos como termômetros e barômetros

Lâmpadas fluorescentes e de vapor de mercúrio

Materia prima ind. química – compostos e soda cástica

Fontes: Cinabre (HgS) – Espanha, Italia

Uso na China 3.000 atrás

Emissões da ordem de 2.700 a 6000 ton/ano (naturais)

Industrias: 2.000 a 3.000 ton/ano (OMS)

200.000 Ton (1890) 95 % solo terrestre

3 % águas oceânicas

2 % na atmosfera

Hg inorgânico (Hgo; Hg22+, Hg2+)

Hgo – volátil – oxidado pelos glóbulos vermelhos

Efeito no SNC (tremores, mudanças de coportamento,

Perda de memória, hipertensões e depressões que

Podem levar ao suicídio), teratogênico.

Forma orgânicas – problemas neurológicos graves

Absorção elevadíssima (LS): 100% e 10% (inorg.)

LD50: 84 e 903 g L-1 para org e inorg respec.

Hgo e Hg2+ - 5000 mg L-1 e 10 g L-1 - Escherichia Coli

Doença de Minamata: 1o caso em 1956 – criança Com mãos e pés paralisados

Descarte de 200 a 600 toneladas de metilmercúrio

Até 1997 – 887 mortes e 2209 casos

Morte da pesquisadora Karen E. – Dartmout College(julho 1997) - dimetilmercúrio

Material de segurança - Luvas

LEGISLAÇÃO:

Portaria 36 do M.S (19/01/90) – Potabilidade de águapermite 1 g L-1 na água – valor permissivo – conc.basal de Hg é de 0,1 a 3 ng L-1 (Harvat, 1996)

LEGISLAÇÃO:

CONAMA – Rege os sistemas aquáticos ambientais

Classificação de águas (resolução CONAMA número

357/05).

Níveis permitidos para lançamentos de efluentes:

Classe 2: permitido 2 g L-1 de Hg

Efluentes: 10 g L-1 de Hg eVazão máxima de 1,5 vezes a média do período

Importante: Redução e reciclo do metal

Manganês (Mn)Fabricação de ferro-ligas

Pilhas e baterias

Pesticidas

Materia prima na indústria

Análises químicas e oxidante

Fungicidas

Fontes: Minérios entre os quais:

Pirulusita (MnO2)

Rodocrosita (MnCO3)

Psilomelanita (Ba.H2O2Mn5O11)

Manganês (Mn)

Mn inorgânico – absorvido principalmente por viaRespiratória.

Danos irreversíveis nos neurônios dopaminérgicos

Sintomas: alterações de humor; psicoses, alucinações

comportamento compulsivo, irritabilidade emocional;

pesadelos, impotência; perda de equilibrio com quedas

sem tonturas.

Exemplos de intoxicações e disturbios neurocomportamentais:

Uso indiscriminado de agrotóxicos (organofosforado/Mn)?

Santa Cruz do Sul (cultura do fumo) e outras localidades com Cultura de batata, morango – número 8 x maior de suicídios

Cádmio (Cd)

Fabricação de baterias recarregáveis

Toxidez: Tóxico nos rins – acumula no córtex renal;

aos pulmões (enfisema, fibrose e doença crônica) e

cancerígeno (pulmão, medula, prástata)

Ligas especiais e pigmentos de tintas

Não é encontrado em quantidades comerciais em Minérios

Entrada no organismo por vias respiratórias – InalaçãoDe 40 mg com retenção de 4 mg pode ser fatal.

Cromio (Cr)

Tratamento em superfícies – cromagem (CrO3)

Toxidez: As formas trivalentes e Cromio metálico

Não apresentam toxidez (essencial-metabolismo

Carboidratos e mecanismo de ação da insulina).

Recomenda-se consumo diário de 50 a 200 g

Ligas metálicas (aço inoxidável)

Composição de pigmentos

Fonte: Minério denominado cromite (FeO-Cr2O3)

Cr(VI) – Classificado como mutagênico e canceríginoEm animais (IARC)

SOLVENTES ORGÂNICOS

Finalidades – Extrair; Dissolver; Suspender (materiais não solúveis)

SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO AGUDA (Exposição Curta)

Sensação de embriagues; tontura; descoordenação

motora; cansaço; insônia; dor de cabeça; náuseas;

vômito; diarréia, perda de consciência, morte.

SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO CRÔNICA (Exposição

longa e baixas concentrações)

Perdas de memória e capacidade de concentração;

irritabilidade; dor de cabeça; tontura; apatia; ansiedade;

depressão e intolerância a álcool.

GASES E VAPORESIrritantes

a) Primários – ação localizada – via resp.

superior (HCl, H2SO4, NH3)

Ação sobre os brônquios (SO2, Cl2); Irritante

sobre os pulmões (O3, NO2, COCl2)

Anestésicos (narcóticos)

Maioria dos solventes orgânicos

Ação depressiva SNC

b) Secundários – ação tóxica generalizada (H2S)

GASES E VAPORESa) Primários – somente efeito anestésico (hidroc. Alifáticos – Butano, propano, ésteres, aldeidos, cetonas)

b) Anestésicos de efeito sobre as vísceras (figado e rins) – hidr. Clorados (CCl4 e tricloroetileno)

c) ação sistema formador de sangue – acúmulo nosTecidos graxos, medula óssea, SN – hidr. Aromâticos (benzeno, xileno)

d) Anestésicos do SN (álcoois) – solúveis (metanol, etanol, CS2)

e) Anestésicos de ação sobre o sangue e sistema circulatório – nitrocomp. Orgânicos (nitrotolueno, nitrobenzeno, anilina).

BENZENO – Intoxicação crônica - Lesões na medula

óssea – Anemia; Leucopenia; coagulação; efeito tardio

– Anemia aplástica/Leucemia.

METANOL – Entrada pelo olho Oxidação ácido

Fórmico (levar a cegueira)

SOLVENTES CLORADOS – Anestésicos e de efeito

sobre as vísceras (pode causar câncer hepático) –

queima produzem fosgênio – gás tóxico que provoca

edema pulmonar como efeito retardado.

Efeito exposição ocupacional à solventes orgânicos

Sistema Auditivo (Dra. Ligia Bertoncello)

USA – 1 milhão de trabalhadores – prejuízos auditivosRelacionado com trabalho (ruído x solventes)

Solventes: pode potencializar os danos

Tolueno, Xileno, tricloroetileno, CS2 e Estireno

Problemas funcionais e degenerativo celular dos tecidos auditivosinterno

Estudos 20 anos (319 trabalhadores)

23% perda auditivaAcentuada (Q + 80/90 dB)

5 – 8 % amb. sem Q.(ruído 95 – 100 dB)

(Bergstrom & Nystutrom , 1986)

GASES E VAPORES

ASFIXIANTES – Falta de oxigênio

Lesões definitivas no cérebro em poucos minutos(anoximia)

a) Simples (deslocamento de O2) – H2, N2, He, etano

b) Químicos (CO, HCN, anilina)

ARMAZENAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS 

ideal – almoxarifado separado, com acesso restrito e isolado

caneletas e ralos para escoamento de líquidos (derrame)

instalações elétricas e iluminação à prova de explosão

condições de ventilação adequada

sinalizações de advertências

2 portas com visor

prateleiras reforçadas (alvenaria)

piso anti-derrapante

produtos estocados devidamente identificados

corrosivos, explosivos e peroxidáveis – cuidados especiais

evitar luz solar diretamente nos produtos

estocar por famílias (classes de compatibilidade)

Tabela 3. Produtos químicos incompatíveis. Os códigos indicam a classificação em {1} ácido; {2} base; {3} oxidante; {4} redutor; {5} metal ou liga; {6} hidrolisável (fonte Cunha, 2001).

Substância Incompatível com

Acetileno Cloro {3}, bromo {3}; flúor {3}, cobre {5}; mercúrio {5}

Ácido acético {1} Óxido de cromo (VI) {1}, ácido nítrico {1}, álcoois, ácido perclórico {1}, peróxidos {3}, permanganatos {3}

Dióxido de cloro {3} Amônia {2}, metano, fosfina {4}, sulfeto de hidrogênio {4}

Fósforo branco {4} Álcalis {2} (geram fosfina), ar, oxigênio {3}, enxofre, compostos com oxigênio

Líquidos inflamáveis Nitrato de amônio, óxido de cromo (VI) {1}{3}, peróxido de hidrogênio {3}, ácido nítrico {1} {3}, peróxido de sódio {3}

Mercúrio {5} Acetileno, amônia {2}, amoníaco {2}

DESCARTE DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIO

PREVENIR A GERAÇÃO E MINIMIZAR – PROGRAMAR OS EXPERIMENTOS

 

DESCARTE DE GASES OU VAPORES DO LABORATÓRIO (Emissão de gases

das capelas e sistemas de exaustão)

 

* Gases e Vapores ácidos: SO2; SO3; NO2; H2S; HCl Lavagem

* Gases e Vapores de caráter básico: NH3, Aminas Lavagem

* Vapores de Produtos e solventes orgânicos Filtragem

•Materiais Particulados e fumos metálicos Filtragem

Filtro para adsorção de vapores orgânicos

Sistema de lavagem de gases ácidos

Tabela 5. Classificação de Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

Classes Ponto de Fulgor (oC) Características Exemplo

Classe I Menor que 37,7 Líquidos inflamáveis Éter, etanol, hexano

Classe II Entre 37,7 e 70,0 Líquidos inflamáveis Butanol, pentanol

Classe III Acima de 70,0 Líquidos combustíveis Óleos lubrificantes

Tabela 6. Propriedades Físico-Químicas de Solventes (dados: Isolab)

Solvente Ponto de Ebulição (oC)

Ponto de Fulgor (oC)

Limites de Infl.

% em vol. no ar

min máx

Temp. auto-ignição

(oC)

Acetona 56,5 -20,0 2,6 12,8 465

Metanol 64,7 12,0 6,7 36,0 464

Tolueno 110,8 4,4 1,2 7,0* Os pontos de Ebulição e pontos de fulgor variam conforme a pressão atmosférica local

ITENS ELEMENTARES PARA SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

1. Use sempre óculos de segurança e avental abotoado, de preferência de

algodão, e de mangas longas.

2. Evite o uso de lentes de contato: os produtos químicos (vapores) podem

danifica-las, causando grave lesões nos olhos

3. Não se exponha a radiações sem proteção adequada.

4. Conheça a localização dos acessórios de segurança.

5. Antes de usar reagentes que não conheça, consulte a bibliografia adequada.

6. Certifique-se da tensão de trabalho.

7. Verificar cuidadosamente o rótulo do frasco que contém um dado reagente,

antes de retirar qualquer porção do seu conteúdo

8. Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparada e as

amostras coletadas.

9. Nunca pipete líquidos com a boca.

10. Não jogue resíduos sólidos na pia.

A REALIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS

Regras gerais

1. Nunca adicione água sobre ácidos e sim ácidos sobre água.

2. Nunca teste o odor colocando o frasco/produto diretamente sob o

nariz. 3. Ao manipular frascos ou tubos de ensaio, nunca dirija a sua abertura na

sua direção ou na de outras pessoas.

4. Cuidado para não se queimar ao utilizar CO2 (s) ou nitrogênio líquidos.

5. Destilação de solventes, manipulação de ácidos e compostos tóxicos

e reações que exalem gases tóxicos devem ser realizadas em capelas.

6. Válvulas de cilindros devem ser abertas lentamente com

as mãos ou chaves.

7. Antes de realizar reações desconhecidas faça uma em

pequena escala.

A REALIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS

Regras gerais

8. Ao trabalhar com reações perigosas: avise os colegas de laboratório,

trabalhe em capela (boa exaustão), tenha extintor por perto.

9. Ao se ausentar preencha uma ficha de identificação adequada.

10. O último usuário deve desligar tudo e desconectar os aparelhos.

11. Qualquer mudança no experimento deve ser comunicada.

12. Conhecer os primeiros socorros antes de manusear qualquer produto.

ACESSÓRIOS DE SEGURANÇANo laboratório, você deve:

1. Localizar os extintores de incêndio e verificar quais aplicação (tipos de chamas).

2. Localizar as saídas de emergência.

3. Localizar a caixa de primeiros socorros e verificar os medicamentos.

4. Localizar a caixa de máscaras contra gases. Em caso de necessidade, lembre-se

de verificar qualidade dos filtros.

5. Localizar a chave geral de eletricidade e aprender a ligar/desligar.

6. Localizar o lava-olhos e chuveiro mais próximo e verificar funcionamento.

7. Informar-se quanto aos telefones a serem utilizados em caso de emergência

(hospitais, ambulância, bombeiros, etc.).

MANIPULAÇÃO DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS: 1. Certificar-se da inexistência de fontes de ignição nas proximidades.

2. Use a capela.

3. Use protetor facial e luvas de couro quando tiver que agitar frascos fechados

4. Não jogue na pia; estoque-os em recipientes próprios.

5. Guarde frascos em geladeiras apropriadas (à prova de explosão).

MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS TÓXICOS:

1. Teste vazamentos antes de iniciar a operação.

2. Não manipule produtos tóxicos sem se certificar da toxicidade.

3. Evite aspirar vapores.

4. Trabalhe sempre em capela.

5. Não jogue produto tóxico na pia.

6. Evite o contato de produtos tóxicos com a pele.

7. Cuidar para que um líquido, ao ser vertido, não escorra sobre o respectivo rótulo.

8. A qualquer sintoma de mal-estar interrompa o trabalho e dirija-se ao socorro médico.

9. Evite usar sulfocrômica na lavagem de vidrarias, que pode ser substituída por

solução alcoólica de sódio ou potássio 5%.

MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS CORROSIVOS:

1. Podem ocasionar queimaduras de alto grau sobre os tecidos vivos.

2. Em contato com matéria orgânica e/ou determinados produtos químicos, podem dar

origem a incêndios.

3. Produtos como os cloratos, percloratos e nitratos comportamento perigoso face a

impactos, exposição à luz e centelhas elétricas.

4. Não use espátula de metal para manipular peróxidos.

5. Não retorne ao frasco original qualquer quantidade peróxido ou compostos

formadores de peróxidos. Também não resfrie essas soluções abaixo da temperatura

de congelamento (forma cristalina são mais sensíveis ao choque) e, em caso de

derrame, absorva imediatamente com vermiculita.

DISTÂNCIA PARA DANOS (m)

Volume (Litros)

Algumas janelas

quebradas

A maioria das janelas

quebradas

Estruturas seriamente danificadas

Danos letais ao homem

0,5 75 11 5 3 1 96 14 6 4

3,6 150 21 9 6 18 250 37 15 10

200 - 82 33 21 1.800 - 175 71 45 9.900 - 300 120 76

Danos provocados por explosões de peróxidos

Fonte: Blasters Manual

CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Classe A – fogo em materiais sólidos comuns que deixam resíduos ao queimar. Ex:

madeira, papel, tecidos, lixo, plásticos, borracha. A extinção desta classe de fogo se

obtém por resfriamento: extintor de água, hidrante ou extintor de pó químico ABC.

Classe B – fogo em líquidos que queimam na superfície sem deixar resíduos. Ex:

gasolina, graxas, óleos. A extinção desta classe de fogo se obtém por abafamento:

extintor de CO2 e espuma; ou por ação química: extintor de pó químico.

Classe C – fogo de natureza elétrica: baixa voltagem, alta tensão, eletrônica. Em

equipamento eletrônico usar extintor de CO2. Em aparelhos comuns (110V, 220V, 380V)

usar CO2, pó químico.

Classe D – fogo em metais combustíveis. Em alta tensão usar extintor

de pó químico. A extinção se faz com pó químico de composição especial

Calor

ou

cata

lizad

or

Comburente

Combustivel

Triangulo dacombustão

Incendios são classificados em:Classe A - em materiais sólidos inflamáveis tais como: madeira, papelão, tecidosClasse B - em líquidos inflamáveis tais como: álcoois, cetonasClasse C - em equipamentos elétricos energizadosClasse D - com materiais pirofosfóricos

0 1,9 FAIXA PERIGOSA 3,6

EXPLOSÃOMISTURA POBRE

MISTURA RICA

Concentração do vapor no ar atmosférico (%) - Eter Etílico

INCÊNDIOS E EXPLOSÃO

CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

Ácido Acético 2 % (m/v) – Queimaduras com álcalis

Bicarbonato de Sódio 10 % – Queimaduras com ácidos

Tiossulfato de sódio 5 % (m/v) – Queimaduras com bromo

Álcool Etílico – Queimaduras com fenol

Água Boricada – Irritação nos olhos

Água Oxigenada

Mertiolate

Algodão e Gases

Sal de fruta

Melhoral

Parâmetro Limites

pH 5,0 a 9,0

Temperatura < 40 °C

Sólidos Sedimentáveis 1,0ml L-1

Substâncias solúveis em hexano 100*

DBO 60**

Arsênio total 0,5*

Cobre dissolvido 1,0

Cromo total 0,5

Fenol 0,5

Mercúrio 0,01

Selênio Total 0,3

Tabela 8. Parâmetros para lançamento de efluentes em corpos receptores de água (Conama 357/05)

* concentração em mg L-1; ** Limite que poderá ser ultrapassado desde que a DBO seja reduzida em no mínimo 80%.

Legislação Trabalhista Proteção dos trabalhadores diante dos riscos

Capítulo V CLT (Segurança e medicina do trabalho)

Lei 6514 de 22/12/77 – artigo 154 ao 201 – detalhamento 28 NR

NR4 – SESMT; NR5 – CIPA (prevenção e proteção)

CIPA – Discutir, sugerir, divulgar, despertar interesse, promoverSIPAT, treinamentos, acompanhamento ……

NR6 – EPIs; NR15 – Atividades e operações insalubres, LT (ruídoQuímico, biológico, iluminação, calor…)

NR20 - Liquidos combustíveis e inflamáveis

NR23 – Proteção contra incêndios

QUANDO TUDO VAI BEM, NINGUÉM LEMBRA QUE EXISTE.

QUANDO ALGO VAI MAL, DIZEM QUE NÃOEXISTE.

QUANDO É PARA GASTAR, ACHA-SE QUE NÃO É PRECISO QUE EXISTA.

PORÉM, QUANDO, REALMENTE NÃO EXISTE,TODOS CONCORDAM QUE DEVERIA EXISTIR

SEGURANÇA

Equipamentos de proteção individual - EPIs

Denominação dada a um equipamento ouconjunto de equipos, destinados a dar garantia a integridade física do trabalhador

EPI’s não eliminam o “risco e perigo” masprotege o individuo do ambiente e do graude exposição

Equipamentos de proteção individual - EPIs

Avental ou roupas de proteção

Luvas

Proteção facial/ocular

Proteção respiratória

Avental ou roupas de proteção

Avental recomendado para manuseio de substâncias químicas

Material: algodão grosso queima mais devagar, reage com ácidos e bases

Modelo: mangas compridas com fechamento em velcro; comprimento até os joelhos, fechamento frontal em velcro, sem bolsos ou “detalhes soltos”

Deve ser usado sempre fechado

Avental ou roupas de proteção

Laboratórios biológicos Aventais descartáveis : não protegem

contra substâncias químicas; são altamente inflamáveis; devem ser usados uma única vez

Os aventais devem ser despidos quando sair do laboratório

Avental para uso em Laboratórios

Roupas de proteção

Atendimento de acidentes envolvendo produtos químicos

a) Resistência química

b) Durabilidade

c) Flexibilidade

d) Resistência térmica

e) Vida útil

f) Facilidade para limpeza

g) custo

Roupas de proteção

Atendimento de acidentes envolvendo produtos químicos

Roupa de encapsulamento completo: totalmente

Fechada, peça única: botas, luvas e o visor estão

Integrados à roupa.

Roupa não encapsulada: roupa contra respingos

Químicos, não apresenta a proteção facial como

Parte integrante (proteção respiratória externa).

Roupas de proteção

Atendimento de acidentes envolvendo produtos químicos

Resistência Química:

a) Penetração

b) Degradação

c) Permeação

Roupas de proteção

Atendimento de acidentes envolvendo produtos químicos

Material de confecção:

Elastômeros – materiais poliméricos (como plásticos)

Cloreto de polivinila (PVC)NeoprenePolietilenoBorracha nitrílicaÁlcool Polivinílico (PVA)VitonTeflonBorracha butílica

Avental ou roupas de proteção

Atendimento de acidentes envolvendo produtos químicos

Material de confecção:

Não elastómeros: exemplo Tyvek e outros

Misturas de materiais tais como: roupas com multi-plas camadas (aumentar res. Química): viton/borrachaButílica; viton/neoprene e borracha butílica/neop.

Não elástômeros: Tyvek (fibras de PE não entrelaçadas)PE revestido com Tyvek; Saranex (tyvek laminado).

Roupas de proteçãoNíveis de Proteção: (NFPA 417)

Nível A de proteção

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos de segurança Ltda

Roupas de proteçãoNíveis de Proteção: (NFPA 417)

Nível B de proteção

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos de segurança Ltda

Roupas de proteçãoNíveis de Proteção: (NFPA 417)

Nível C de proteção

Fonte: Personal do Brasil Equipamentos de Proteção individual Ltda

Roupas de proteçãoNíveis de Proteção: (NFPA 417)

Nível D de proteção

Fonte: Personal do Brasil Equipamentos de Proteção individual Ltda

Luvas

A eficiencia das luvas é medida através de 3 parâmetros:

Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva

Permeação: velocidade com que um produto químico permeia através da luva

Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a ocorrência do produto químico no seu interior

Luvas

Material

Luvas de latex descartáveis são permeáveis a praticamente todos os produtos químicos

Para contato intermitente com produtos químicos luvas descartáveis de nitrila

Nenhum material protege contra todos os produtos químicos

Nitrila Neopreno Kevlar

PVCVinil Viton PVA

Borracha butílica

LuvasConservação e manutenção Devem ser inspecionadas antes e depois do

uso quanto a sinais de deterioração, pequenos orifícios, descoloração, ressecamento, etc

Luvas descartáveis não devem ser reutilizadas

As luvas não descartáveis devem ser lavadas, secas e guardadas longe do local onde são manipulados produtos químicos

Lavar as mãos sempre que retirar as luvas

Produto Látex natural Neoprene Nitrila Vinil (PVC)

Acetato de amônio ++ ++ ++ ++

Ácido sulfúrico . = . +

Naftaleno . + + =

Tetracloreto de carbono . = + =

Tolueno . = ++ =

Fonte: Catálogo Mapa Professionnel

++ EXCELENTE A luva pode ser mantida em contato prolongado com o produto químico (dentro dos limites do tempo máximo de imersão+ BOM A luva pode ser mantida em contato intermitente com o produto químico (sendo a duração total do contato inferior ao tempo máximo de imersão)= MÉDIO A luva pode ser utilizada como proteção contra respingos do produto químico· Desaconselhado Não se recomenda este tipo de luva

Tabela 7. Resistência química de luvas de proteção

Proteção facial/ocular

Deve estar disponível para todos os funcionários que trabalhem locais onde haja manuseio ou armazenamento de substâncias químicasTodos os visitantes deste local também deverão utilizar proteção facial/ocularO uso é obrigatório em atividades onde houver probabilidade de respingos de produtos químicos

Proteção facial/ocular

Tipos Óculos de segurança Protetor facial

Características Não deve distorcer imagens ou limitar o

campo visual Devem ser resistentes aos produtos que

serão manuseados Devem ser confortáveis e de fácil limpeza e

conservação

Tipos e modelos e óculos de proteção

Propriedades Policarbonato Propionato Acetatos

Proteção aos impactos Excelente Boa Boa Resistência a ácidos Boa Regular Ruim Resistência a álcalis Boa Regular Ruim

Resistência a solventes orgânicos

Regular Ruim Regular

Proteção a ultravioleta Excelente Ruim Ruim Resistência ao risco Regular Boa boa

Fonte: ISOLAB, 1998

Propriedades dos principais materiais usados na fabricação de lentes

Proteção Auricular

Ruídos (NBR – 10152/ABNT) - Decibéis

Laboratórios - seguro

Capelas de exaustão

Moinhos mecânicos

Equipamentos desregulados

Laboratorista em atividades rotineiras de moagem porExemplo – emprego de protetor auricular

Figura. Protetores auricular. A = tipo concha e B = tipo Plug (descartável)

Nível de ruído (dB) Máxima Exposição Diária Permissível

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

Fonte: NBR 15 do MT.

Limite de tolerância para ruídos

Proteção facial/ocular

Conservação Manter os equipamentos limpos, não

utilizando para isso materiais abrasivos ou solventes orgânicos

Guardar os equipamentos de forma a prevenir avarias

O uso de lentes de contato no laboratório

Contras Partículas podem ficar retidas sob as

lentes de contato Podem descolorir ou tornar-se turvas em

contato com alguns vapores químicos Lentes gelatinosas podem secar em

ambientes com pouca umidade Alguns vapores e gases podem ser

absorvidos nas lentes e causar irritação Algumas lentes de contato impedem a

oxigenação dos olhos

Proteção respiratória

A utilização de EPI para proteção respiratória deve ser utilizado apenas quando as medidas de proteção coletiva não existem, não podem ser implantadas ou são insuficientesO uso de respiradores deve ser esporádico e para operações não rotineiras

Proteção respiratória - Equipamentos

Ar: Contaminantes gasosos, Aerodispersóides

Tipos de Equipamentos de Proteção Respiratória:

a) Dependentes: Máscaras faciais ou semi faciais queatuam com elementos filtrantes.

Restrições para uso:

1) Não se aplica a ambiente com menos de 18 % de O2

2) Possuem baixa durabilidade em atm. Sat. de umid.

3) Nunca devem ser utilizados em atm. desconhecidas

b) independentes

Normalmente, são conjunto autônomos portáteis ou

Linhas que fornecem o ar necessário ao usuário –

Isolamento do trato respiratório do trabalhador da

Atm. Contaminada.

Elemento filtrante:

Químico

Mecânico

Combinado

a) Filtros mecânicos: classificados de acordo com aCapacidade de filtragem – contra particulados

Classe P1: Aerodispersóides gerados mecanicamente Partículas

sólidas ou líquidas – indicação: poeirasVegetais – algodão, bagaço

de cana, madeira, poeirasMinerais como sílica, cimento, amianto,

carvão mineral. Possuem pequena capacidade de proteção.

Classe P2: Aerodispersóides gerados mecanicamente e termica-

mente (fumos) – P1 + retenção de fumos metálicos, como solda

ou provenientes dos processos de fusão dos metais com Fe, Mn,

Cu, Ni e Zn. Névoas de pesticidas com baixa pvapor (S e SL)

Classe P3: Aerodispersóides incluindo tóxicos (poéiras, névoasfumos de As, Be, sais solúveis de Pt, Cd, Rd, Ag, U. Elevada cap.de retenção.

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e InstrumentosDe Segurança Ltda.

RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR(Exemplos)NÃO MOTORIZADOS

Respiradores (Máscaras)

Deverão ser utilizadas em casos especiais: Em acidentes, nas operações de

limpeza e salvamento Em operações de limpeza de

almoxarifados de produtos químicos Em procedimentos onde não seja

possível a utilização de sistemas exaustores

Respiradores (Máscaras)

LIMITAÇÕES: Não oferecem proteção contra gases ouvapores tóxicos; Não devem ser utilizados em atmosferasDeficientes de oxigênio; Não utilizar em operações de jateamentoAbrasivo (usar equipamento específico)

b) Filtros químicos: Proteção contra gases e vapores

Adsorção dos contaminantes em elemento filtrante

Retenção: função da qualidade do elemento filtrante,granulometria, massa e tipo do contaminante, T e H2O

Classificação ABNT: Contaminantes

1) Filtros para vapores orgânicos

2) Filtros para gases ácidos (incluindo CO)

3) Filtros para NH3

4) Filtros especiais: específicos (Hg, fosfina, H2S, HCN)

Considerando a capacidade de retenção temos:

Classe 1 – cartuchos pequenos, gases com baixas conc.

Classe 2 – cartuchos médios, gases com médias conc.

Classe 3 – cartuchos grandes, gases com altas conc.

Fonte: Projeto de Norma 2:11.03-006/90 ABNT

Classe Cartucho Tipo Conc. Máxima

(ppm)

1 pequeno

Vapor orgânico Amônia

Metilamina Gases ácidos

Ácido clorídrico cloro

1.000 300 100

1.000 50 10

2 Médio Vapor orgânico

Amônia Gases ácidos

5.000 5.000 5.000

3 Grande Vapor orgânico

Amônia Gases ácidos

10.000 10.000 10.000

RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR(Exemplos)NÃO MOTORIZADOS

Máscaras semi ficial e facial

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e InstrumentosDe segurança Ltda

Mascara semi facial Mascara facial

b) Filtros combinados: Proteção contra contaminantes

Gasosos e particulados simultaneamente

Filtro mecânico e químico

Ar: mecânico e após filtro químico

Vida útil do filtro:

Químico: saturação permite passagem do contamin.

Mecânico: Resistência à respiração

Normas ABNT: 2:11.03-006/1990 (Vida útil mínima)

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentosde segurança Ltda

Filtro (tipo e classe) Vida útil mínima

(minutos)

Classe 1

Vapor orgânico Gás ácido Amônia

80 20 50

Classe 2

Vapor orgânico Gás ácido Amônia

40 20 40

Classe 3

Vapor orgânico Gás ácido Amônia

60 30 60

Filtros especiais

NO (P3) 20 Hg (P3) 6.000

Defensivos agrícolas Classe/Tipo

1-P2 1-Hg 2-P3 3-P3

50 300 9 12

Vida útil mínima para filtros

Fonte: Projeto de Norma 2:11.03-006/1990 (ABNT)

Fatores que influenciar na vida útil de um filtro:

a) Frequência respiratória

b) Concentração do contaminante

c) Eficiência do filtro (tempo de penetração de 1 %)

Propriedades de alerta – percepção humana

Resistência à respiração

Sentindo o odor

Irritação das vias respiratórias

Nenhum do casos (alguns contaminantes gas.)

EQUIPAMENTOS AUTOPROTETORES OU AUTÔNOMOS

A) Equipamento autônomo a cilindro de ar

Cilindro de alta pressão

Um regulador de pressão

Dispositivo de dosagem de fluxo à demanda

Peça facial com válvula de expiração

Tirantes no cilindro e na peça facial

Dispositivo de alarme para queda de pressão

Tempo: frações de hora a uma hora

Autônomo: Não apresenta restrições quanto ao Ambiente – contaminantes/deficiência de O2

Equipamento autônomo a cilindro de ar

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e InstrumentosDe segurança Ltda.

Sistema autônomo com cilindro de ar

EQUIPAMENTOS AUTOPROTETORES OU AUTÔNOMOS

B) Equipamento de adução ou provisão de ar

Fornecimento de O2 – isolam o usuário da atmosféra

circundante

Suprimento de ar não dependem de sistemas de

filtragem

Suprimento realizado por uma linha ou tubulação –

Fonte externa (bateria de cilindros, compressores,

Ventoinha manual ou elétrica, simples ação resp.)

EQUIPAMENTOS AUTOPROTETORES OU AUTÔNOMOS

B) Equipamento de adução ou provisão de ar

Peça facial com traquéia ligada a uma mangueira

(altura da cintura) ou tubulação de 20 a 25 mm

Ar atm. Segura através da respiração do usuário –

Distância adequada (7,5 até 22 metros).

Pouca manutenção

Não necessitam de fontes de ar ou O2 comprimidos

Limitações (atmosfera e movimentação/raio de ação)

Equipamento com adução de ar (fonte: Drager IndustriaE comércio Ltda)

EQUIPAMENTOS AUTOPROTETORES OU AUTÔNOMOS

C) Equipamento a ar insuflado ou de linha de ar

C.1. Mascaras com Linha de Ar Continuo e Pressão de Demanda

Alimentados por um fluxo de ar comprimido

Pressão variadas: 2,0 a 2,5 kgf cm-2 (fluxo continuo)e 5,0 a 7,05 kgf cm-2 para pressão de demanda, comvazão de 60 L min-1, mangueiras 5, 10 e 20 m.

Mascaras: facial ou semi Facial

Facial: pode ser dotada de um regulador de demanda(pressão positiva) ou bloqueador semi-automático- engate rápido

Mascaras com linha de ar Fluxo contínuo (fonte:MSA do Brasil – equip. e instrumentos de segurança Ltda

Mascaras com linha de ar pressão de demanda (fonte:MSA do Brasil – equip. e instrumentos de segurança Ltda

Fator considerado Informações necessárias

Risco % de O2 no ambiente;

Contaminates/classe toxicológica; concentração

Ambiente Confinamento; posição em relação

atm.segura; arranjo físico e limitações de mobilidade

Atividade Características da operação; atividade

respiratória do operador

Uso pretendido da proteção

Uso em emergências; Uso apenas durante a operação (intermitente)

Fatores importantes na seleção de proteção respiratória

Fonte: Fundacentro, 1981.

OS RESPIRADORES SOMENTE DEVEM SER USADOS QUANDO AS OS RESPIRADORES SOMENTE DEVEM SER USADOS QUANDO AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA:MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA: - Não são viáveis; - Não atingem níveis aceitáveis de contaminação; - Estão em manutenção; - Estão em estudo ou sendo implantadas.

ANTES DE OPTAR PELO USO DE ANTES DE OPTAR PELO USO DE RESPIRADORESRESPIRADORESVOCÊ DEVERÁ:VOCÊ DEVERÁ:

I- Diminuir a exposição; 2- Adotar proteção coletiva 3- Substituir as substâncias tóxicas.

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR) PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)

PROCEDIMENTOS OPERACIONAISPROCEDIMENTOS OPERACIONAISESCRITOS ESCRITOS

OS PROCEDIMENTOS ESCRITOS DEVEM COBRIR O OS PROCEDIMENTOS ESCRITOS DEVEM COBRIR O PROGRAMA COMPLETO E INCLUIR, NO MÍNIMO:PROGRAMA COMPLETO E INCLUIR, NO MÍNIMO:

TreinamentoTreinamento Ensaios de vedação Ensaios de vedação Distribuição dos respiradores Distribuição dos respiradores Limpeza, guarda e manutenção Limpeza, guarda e manutenção Inspeção Inspeção Monitoramento do uso Monitoramento do uso Seleção Seleção Política da empresa na área de proteção Política da empresa na área de proteção respiratóriarespiratória

TreinamentoTreinamento Ensaios de vedação Ensaios de vedação Distribuição dos respiradores Distribuição dos respiradores Limpeza, guarda e manutenção Limpeza, guarda e manutenção Inspeção Inspeção Monitoramento do uso Monitoramento do uso Seleção Seleção Política da empresa na área de proteção Política da empresa na área de proteção respiratóriarespiratória

Respiradores a serem usados em Respiradores a serem usados em cada situação prevista cada situação prevista

Limitações e capacidade dos Limitações e capacidade dos respiradores escolhidos respiradores escolhidos

Riscos potenciais resultados do uso Riscos potenciais resultados do uso desses respiradores desses respiradores

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESCRITOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESCRITOS PARA EMERGÊNCIAS E SALVAMENTOS PARA EMERGÊNCIAS E SALVAMENTOS

Aspectos importantes no uso de EPR

Devem ser utilizados apenas equipamentos com CA (Certificado de Aprovação do MTE)Devem ser adequados a substância que será manuseadaDevem ser checados quanto a saturação e vedaçãoDevem ser mantidos limpos e em local sem contaminaçãoOs filtros após a primeira utilização têm um prazo de validade que deverá ser respeitado

http://www.iqsc.sc.usp.br/pet

http://www.quimica.ufpr.br/~ssta/ssta1.html  http://www.ilpi.com/safety/extinguishers.html

CUNHA, C. J. O. Química Nova, v. 24, n.3, p. 424-427, 2001.

FUNDACENTRO. Equipamentos de Proteção Individual. São Paulo. 1981, 92p. IsoLab. Manual SegLab: Segurança em Laboratórios, São Paulo.

http://www.science.smith.edu/resources/safety/table_contents.html

REFERÊNCIAS

MSA do Brasil – Equipamentos e instrumento de segurança Ltda, Catálogo, 01 – Julho/00.

Silva, R.O., Teixeira, M.S. Proteção respiratória: Trabalho técnico da CETESB, São Paulo, 1996.

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