aula01 desenho linguagem
Post on 11-Jul-2015
1.540 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Desenho, a Linguagem da Arquitetura
Prof. Carla Freitas Pacheco estudio@caliandradesenhos.com.br
www.caliandradesenhos.blogspot.com.br
Pinturas rupestres em Vão Grande - Palmas / TO
Grafismos pré-‐históricos -‐ linguagem que nasce antes da linguagem oral | expressão de uma
técnica ainda rudimentar dos primeiros planos da natureza humana.
-‐ herança | patrimônio deixado por nossos antepassados | marcas do fazer humano mais primiGvo.
Desenho desígnio | intenção de fazer
O homem uGliza o desenho para representar e transmiGr conhecimento desde a pré-‐história.
Desenho desígnio | intenção de fazer
Desenho uma forma de expressar idéias
Desenho desígnio | intenção de fazer
Desenho desígnio | intenção de fazer
Século XV Descoberta da perspecGva muda radicalmente a forma de desenhar do mundo ocidental.
A perspecGva exata revelou a matemáGca do espaço visual, e fez com que o anGgo espaço geométrico e abstrato fosse abandonado. A nova ferramenta permiGu explorar relações de proporção e de formas de composição ainda não experimentadas. Além de possibilitar o controle total sobre o espaço a ser trabalhado, pois unia visual e proporcionalmente todas as partes de um mesmo desenho .
Demonstração de Dürer do princípio da representação da perspectiva. Ilustração do tratado de De Vries, de 1560.
“No Renascimento o desenho ganha cidadania. E se de um lado é risco, traçado, mediação para expressão de um plano a realizar, linguagem de uma técnica construGva, de outro lado é desígnio, intenção, propósito, projeto humano no senGdo de proposta do espírito. Um espírito que cria objetos novos e os introduz na vida real”.(Vilanova ArGgas)
E assim como no século XV a descoberta da perspecGva mudou os rumos da história das idéias, dos desígnios humanos impulsionando o período que conhecemos como Renascimento é possível que neste século a computação gráfica esteja impulsionando uma nova revolução nas formas de pensar, gerar e transmiGr conhecimento através das imagens, do desenho.
As visões grandiosas do século XX
Le Corbusier – Plain Voisin
walking ci@es Concebidas como estruturas que se arrastam por um mundo
destroçado depois da guerra nuclear.
Centro George Pompidou
Realização da retórica tecnológica e da infraestrutura do
Archigram.
A Nova Onda Japonesa A Exposição de Osaka de 1970 marca o declínio ideológico
do movimento metabolista. A liderança críGca da arquitetura japonesa passa a ser exercida por um grupo
denominado Nova Onda Japonesa.
Obras de Arata Isozaki
Lucio Costa propõe um programa para o ensino do desenho que visa desenvolver igualmente no indivíduo os dois lados desta consciência humana, o lado racional e o sensível.
Desenho é linguagem passível de ser ensinado e apreendido ≠ dom divino forma legíGma de expressão da consciência humana
Desenvolver: -‐ Hábito da observação; -‐ Espírito de análise; -‐ Gosto pela precisão; -‐ Reavivar a pureza da imaginação; -‐ Intenção de criar
Desenho técnico: para a inteligência quando concebe e deseja construir, o desenho como meio de fazer; Desenho de observação: para a curiosidade quando observa e deseja registrar; Desenho de criação: para o senGmento quando se toca; para a imaginação quando se solta; para a inteligência quando bola a coisa ou está diante dela e deseja penetrar-‐lhe o âmago e significar, o desenho como meio de expressão plásGca.
Hoje a computação gráfica como a ferramenta de desenho do século XXI trouxe novas formas de projetar, de construir
imagens, de simular o porvir para além da perspecGva exata do século XV. A computação gráfica trouxe para a disciplina desenho o componente tempo: objetos que se deslocam no
espaço, no espaço virtual simulado.
Desenho ArGs@co x Desenho Técnico Desenho ArisGco ou Desenho de Criação É o desenho como meio de expressão plásGca; apresenta conceitos, idéias e sensações sem necessidade de representar a realidade. Desenho de Observação É o desenho apropriado para as ciências: botânica, biologia, medicina, etc. Desenho Técnico É o desenho como meio de fazer; busca a maior proximidade possível com a realidade, em formas e dimensões. O desenho técnico não pode sujeitar-‐se aos gostos e caprichos de cada desenhista, pois será uGlizado por profissionais diversos para chegar à fabricação de um objeto específico: máquina, cadeira ou casa.
O Desenho Arquitetônico Desenho técnico normaGzado para representação de projetos de arquitetura; permite registrar o maior número de informações, a serem acessadas por diferentes profissionais envolvidos no processo de concepção e execução de um projeto; transmite-‐se as mesmas informações necessárias à construção do objeto ou elemento arquitetônico é um documento e deve atender às normas de representação gráfica (NBR’s).
O desenho arquitetônico pode ser executados à mão, sobre pranchetas, com uso de instrumentos (réguas, lápis, caneta, esquadro, escala, compasso, etc.) ou digitalizadas, por meio da computação gráfica.
O Projeto Arquitetônico Deve conter todas as informações necessárias para ser entendido e executado; ConsGtui-‐se de diversos documentos contendo: informações gráficas: desenhos técnicos -‐ plantas, cortes, vistas, elevações, perspecGvas informações escritas: memorial descriGvo, especificações técnicas de materiais e sistemas construGvos. Para que as informações sejam corretamente entendidas devem ser indicadas ainda dimensões, nomes de ambientes, áreas, pé direito, níveis, entre outros, cada qual com localização e hierarquia adequadas à sua função no desenho.
CAD – Desenho auxiliado por computador -‐ possibilita ao projeGsta visualizar o produto e os diferentes
subsistemas, favorecendo a visão global; -‐ permite que a informação possa ser mais facilmente
comunicada, aumentando a eficiência e rapidez do processo; -‐ aumenta a viabilidade de projetos complexos, que não seriam
possíveis de forma manual; -‐ facilita a manipulação e integração de informações; -‐ pode trabalhar com representação em três dimensões;
CAD -‐ Computer Aided Design ou Desenho Auxiliado por Computador CAE -‐ Computer Aided Engineering ou Engenharia Auxiliada por Computador CAM* -‐ Computer Aided Manufacturing ou Fabricação AssisGda por Computador *programas uGlizados para fabricação das peças desenhadas em CAD, a tecnologia CAD/CAM corresponde à integração das técnicas CAD e CAM num sistema. Pode-‐se projetar um componente qualquer na tela do computador e transmiGr as informações entre o computador e uma máquina CNC (máquinas controladas numericamente).
“Todas as coisas que conhecemos e que estamos habituados a ver, se apresentam aos nossos olhos como formas geométricas. “ Carvalho, Benjamin de A. Desenho Geométrico.
Pontos, Retas, Planos e Volumes: as formas geométricas na composição
O PONTO
Elementos Básicos da Forma no Espaço
A LINHA E O PLANO
Elementos Básicos da Forma no Espaço
Elementos Básicos da Forma no Espaço
A LINHA E O PLANO
ArGgas ainda sem conhecer das diversas possibilidades da computação gráfica para o exercício do desenho encerra sua aula inaugural com a seguinte pergunta / provocação aos seus alunos na FAU USP:
“Como se viu, ninguém desenha pelo desenho. Para construir igrejas há que tê-‐las na mente, em projeto. Parodiando Bluteau, agrada-‐me interpelar-‐vos, par>cularmente aos mais jovens, os que ingressam hoje em nossa Escola: que catedrais tendes no pensamento? Aqui aprendereis a construí-‐las duas vezes: aprendereis da nova técnica e ajudareis na criação de novos símbolos. Uma síntese que só ela é criação”. E nós o que temos em mente, quais são as nossas catedrais, que projetos sonhamos para o
nosso tempo, para nossas cidades?
top related