avaliaÇÃo visual do desgaste da sinalizaÇÃo...
Post on 11-Nov-2020
3 Views
Preview:
TRANSCRIPT
i
FERNANDO AUGUSTO BAPTISTINI PESTANA
AVALIAÇÃO VISUAL DO DESGASTE DA SINALIZAÇÃO
HORIZONTAL URBANA EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO
PORTE
CAMPINAS 2012
iii
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANI SMO
FERNANDO AUGUSTO BAPTISTINI PESTANA
AVALIAÇÃO VISUAL DO DESGASTE DA SINALIZAÇÃO
HORIZONTAL URBANA EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO
PORTE
Orientador: Prof. Dr. Cassio Eduardo Lima de Paiva
Tese de Doutorado apresentada a Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, para obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil, na área de concentração de Edificações.
ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA PELO ALUNO FERNANDO AUGUSTO BAPTISTINI PESTANA E ORIENTADO PELO PROF. DR. CASSIO EDUARDO L IMA DE PAIVA. ASSINATURA DO ORIENTADOR ______________________________________
CAMPINAS 2012
iv
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - BAE - UNICAMP
P439a
Pestana, Fernando Augusto Baptistini Avaliação visual do desgaste da sinalização horizontal urbana em um município de médio porte / Fernando Augusto Baptistini Pestana. --Campinas, SP: [s.n.], 2012. Orientador: Cassio Eduardo Lima de Paiva. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.
1. Transito urbano - Sinalização. 2. Sinais e sinalização. 3. Transito - Sinais e sinalização. I. Paiva, Cassio Eduardo Lima de, 1953-. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. III. Título.
Título em Inglês: Visual classification of worn down pavement markings in urban
areas of medium-sized cities Palavras-chave em Inglês: Transit City - Signalling, Signals and signaling, Transit -
Signs and signaling Área de concentração: Edificações Titulação: Doutor em Engenharia Civil Banca examinadora: Carlos Alberto Bandeira Guimarães, Maria Lúcia Galves,
Paulo Cesar Marques da Silva, Washington Peres Nuñez Data da defesa: 08-10-2012 Programa de Pós Graduação: Engenharia Civil
v
vii
Dedicatória
Ao meu pai Antonio (in memorian), minha mãe Alzira, minha mulher Márcia e meus filhos Laura, Gustavo e Antonio por serem a luz do meu caminho.
ix
Agradecimentos
- A Deus, por tudo de bom que sempre me proporciona.
- A minha esposa Márcia, pelo amor, companhia, amizade e carinho durante quase trinta anos.
- Ao Professor Doutor Cassio Eduardo Lima de Paiva, pelas orientações e grande amizade
demonstrada ao longo de tantos anos.
- Aos meus amigos Marcos Cesar Arone e Altair Martinelli pelo auxílio na realização do
experimento de campo deste trabalho.
- A Prefeitura Municipal de Sumaré, especialmente aos funcionários do Departamento de
Trânsito, pelo apoio logístico no acompanhamento do experimento de campo.
- Aos Professores Doutores Jorge Capela e Marisa Veiga Capela da Unesp – Campus de
Araraquara, pelos ensinamentos estatísticos prestados.
- Ao Prof. Dr. Paulo Cesar Marques da Silva da Universidade de Brasília e ao Prof. Dr.
Washington Peres Núñez da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, integrantes da Banca
Examinadora, pelas sugestões de melhoria e críticas construtivas apresentadas durante a defesa
desta Tese, proporcionando-me a oportunidade de melhoria substancial deste trabalho
acadêmico. Aos dois professores, o meu muito obrigado.
- Aos alunos dos cursos de Licenciatura em Química, Farmácia e Bioquímica da Unesp -
Araraquara e aos alunos dos cursos de Engenharia Civil e Pós-Graduação em Engenharia de
Transportes da UNICAMP que, de maneira voluntária, concordaram em participar deste
experimento.
- Aos funcionários do Laboratório de Solos da UNICAMP, pelo preparo das amostras do ensaio
da mancha de areia.
- A todos aqueles que, de maneira direta ou indireta colaboraram com este trabalho.
xi
“A persistência é o menor caminho para o êxito” (Charles Chaplin)
xiii
Resumo
PESTANA, Fernando Augusto Baptistini. Classificação visual do desgaste da sinalização
horizontal urbana em um município de médio porte. Campinas: Faculdade de Engenharia Civil -
UNICAMP, 2012. 201 p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, 2012.
A sinalização horizontal realizada com tintas é utilizada na grande maioria dos municípios
brasileiros, os quais, devido às exigências do Código de Trânsito Brasileiro devem possuir
organismo próprio para o gerenciamento do trânsito em sua circunscrição. Os municípios
brasileiros, principalmente aqueles de médio e pequeno porte, não possuem equipe técnica
especializada nem tampouco ferramentas adequadas para a realização do correto gerenciamento da
sinalização horizontal urbana.
Este trabalho apresenta uma análise geral do quesito durabilidade da sinalização horizontal,
abordando o cenário internacional e o nacional; apresenta os critérios utilizados por diversos
organismos rodoviários e instituições nacionais e internacionais, bem como pesquisas científicas
atuais sobre o quesito durabilidade da sinalização. Em função das informações levantadas, foi
proposto e avaliado um método visual para análise do desgaste da sinalização urbana. Apresenta o
estudo de um caso real de controle de durabilidade de sinalização urbana a partir do método
proposto, em alguns locais do município de Sumaré – SP.
Palavras-chave: Sinalização viária urbana, sinalização horizontal, durabilidade da sinalização
horizontal, desgaste da sinalização horizontal, vida útil da sinalização horizontal.
xv
Abstract
PESTANA, Fernando Augusto Baptistini. Visual classification of worn down pavement markings
in urban areas of medium-sized cities. Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas, 2011. 201 p. Tese (Doutorado) - Faculdade de
Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, 2012.
Pavement markings are used in most of the Brazilian cities, which, due to the demands of
the Brazilian Traffic Code need to have their own agencies for traffic management. The cities,
especially those which are medium and small in size, do not have adequate technical experts and
appropriate tools to manage the urban pavement markings correctly.
The aim of this thesis is to present an overview of pavement markings durability, addressing the
national and international scene. The first part of the research was the analysis of the different
criteria used by various road agencies, national and international institutions, as well
as updated scientific research on durability of pavement markings. According to the information
gathered, it was proposed and evaluated a visual method for the analysis of the worn down
pavement markings. This study presents a real case-control durability of urban pavement markings
with paints from the proposed visual method in some places of Sumaré – SP city.
Keywords: Urban traffic signs, horizontal traffic signs, life-cicle of pavement
markings, wear pavement markings, dead line of pavement markings.
xvii
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1.1 - Faixa de pedestres em uma via do município de Araraquara-SP, com
desgaste desigual...............................................................................................
003
Figura 1.2 - Faixa de pedestres em uma via do município de Araraquara-SP com
desgaste nas trilhas de roda onde os veículos executam movimento
curvilíneo...........................................................................................................
003
Figura 1.3 - Faixa de pedestres em uma via do município de Araraquara-SP sem desgaste
anormal no trecho onde existe movimento retilíneo dos veículos....................
004
Figura 1.4 - Sinalização horizontal comumente encontrada em estacionamentos cobertos
e não exposta ao intemperismo, porém com desgaste desigual........................
004
Figura 2.1 - Princípio de funcionamento de um retrorrefletômetro...................................... 010
Figura 4.1 - Mapa da Região Metropolitana de Campinas contendo a localização do
município de Sumaré-SP...................................................................................
050
Figura 4.2 - Localização das vias com as estações experimentais no município................. 051
Figura 4.3 - Localização do ponto P1................................................................................... 055
Figura 4.4 - Localização do ponto P2................................................................................... 055
Figura 4.5 - Localização do ponto P3................................................................................... 056
Figura 4.6 - Localização do ponto P4................................................................................... 056
Figura 4.7 - Localização do ponto P5................................................................................... 056
Figura 4.8 - Localização do ponto P6................................................................................... 056
Figura 4.9 - Localização dos pontos P7, P8 e P9.................................................................. 057
Figura 4.10 - Mapa 1 – Localização dos pontos 1 e 2............................................................ 058
Figura 4.11 - Mapa 2 – Localização dos pontos 3 e 4............................................................ 059
Figura 4.12 - Mapa 3 – Localização dos pontos 5 e 6............................................................ 060
Figura 4.13 - Mapa 4 – Localização dos pontos 7, 8 e 9......................................................... 061
xviii
Figura 4.14 - Identificação das faixas de pintura aplicadas em cada ponto de ensaio............ 063
Figura 4.15 - Máquina de deslocamento manual (não autopropelida).................................... 063
Figura 4.16 - Coleta das amostras de filme de pintura para medição da espessura de filme
úmido com medidor tipo pente.........................................................................
064
Figura 4.17 - Foto do lado maior da placa de amostra............................................................ 064
Figura 4.18 - Foto do lado menor da placa de amostra........................................................... 064
Figura 4.19 - Leitura de filme seco......................................................................................... 065
Figura 4.20 - Desenho da placa de amostra de pintura........................................................... 065
Figura 4.21 - Ilustração do conjunto para captura das fotos................................................... 067
Figura 4.22 - Ilustração da altura de captura das imagens...................................................... 067
Figura 4.23 - Caracterização da altura de captura das imagens............................................. 067
Figura 4.24 - Exemplo de imagens contidas no banco de dados............................................ 068
Figura 4.25 - Foto 014, Classificação 5.................................................................................. 070
Figura 4.26 - Foto 130, Classificação 4.................................................................................. 070
Figura 4.27 - Foto 271, Classificação 3.................................................................................. 070
Figura 4.28 - Foto 325, Classificação 2.................................................................................. 070
Figura 4.29 - Foto 343, Classificação 1.................................................................................. 070
Figura 4.30 - Foto 328, Classificação 0.................................................................................. 070
Figura 4.31 - Mapa 1, Ponto 1, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
073
Figura 4.32 - Mapa 1, Ponto 1, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
075
Figura 4.33 - Mapa 1, Ponto 2, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
076
Figura 4.34 - Mapa 1, Ponto 2, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
077
Figura 4.35 - Mapa 2, Ponto 3, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
078
Figura 4.36 - Mapa 2, Ponto 3, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
079
xix
Figura 4.37 - Mapa 2, Ponto 4, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
080
Figura 4.38 - Mapa 2, Ponto 4, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
082
Figura 4.39 - Mapa 3, Ponto 5, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
083
Figura 4.40 - Mapa 3, Ponto 5, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
085
Figura 4.41 - Mapa 3, Ponto 6, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
086
Figura 4.42 - Mapa 3, Ponto 6, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
087
Figura 4.43 - Mapa 4, Ponto 7, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
089
Figura 4.44 - Mapa 4, Ponto 7, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
090
Figura 4.45 - Mapa 4, Ponto 8, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
091
Figura 4.46 - Mapa 4, Ponto 8, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
093
Figura 4.47 - Mapa 4, Ponto 9, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
094
Figura 4.48 - Mapa 4, Ponto 9, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo
do tempo............................................................................................................
095
Figura 4.49 - Durabilidade das tintas utilizadas no experimento de campo........................... 105
Figura 4.50 - Ponto 5 - Data: 02 de Agosto de 2010.............................................................. 110
Figura 4.51 - Ponto 5 - Data: 26 de Maio de 2012................................................................. 110
Figura 4.52 - Classificações possíveis conforme tabela 4.5................................................... 110
Figura 4.53 - Padrão de imagens fornecidas para os testes..................................................... 115
Figura 4.54 - Formulário para classificação de imagens........................................................ 116
Figura 4.55 - Exemplo típico de gráfico Box-plot.................................................................. 122
xx
Figura 4.56 - Distribuição dos quartis - foto 142.................................................................... 123
Figura 4.57 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 05 a 41................ 124
Figura 4.58 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 55 a 121.............. 124
Figura 4.59 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 125 a 182............ 125
Figura 4.60 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 185 a 255............ 125
Figura 4.61 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 257 a 324............ 126
Figura 4.62 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 328 a 378............ 126
Figura 4.63 - Novo teste baseado na tabela 4.34.................................................................... 129
Figura B.1 - Exemplo retirado do ensaio da mancha de areia sobre o pavimento................ 166
xxi
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 2.1 - Comparativo de custo por m2 de alguns tipos de materiais utilizados em
sinalização horizontal......................................................................................
015
Tabela 2.2 - Fatores considerados para seleção de materiais de sinalização horizontal...... 025
Tabela 2.3 - Tabela classificatória conforme o desgaste..................................................... 032
Tabela 3.1 - Variáveis identificadas nos locais do estudo e simbologia atribuída............... 045
Tabela 4.1 - Variáveis identificadas em cada local escolhido.............................................. 053
Tabela 4.2 - Comparativo entre os requisitos quantitativos de tintas à base de resina
acrílica...............................................................................................................
062
Tabela 4.3 - Cronologia de coleta das imagens.................................................................... 066
Tabela 4.4 - Identificação de informações contidas no Banco de Dados............................. 068
Tabela 4.5 - Tabela classificatória conforme o desgaste – critérios para análise de
visibilidade diurna............................................................................................
069
Tabela 4.6 - Condições típicas do Ponto 1, Faixa 1..............................................................072
Tabela 4.7 - Condições típicas do Ponto 1, Faixa 2..............................................................074
Tabela 4.8 - Condições típicas do Ponto 2, Faixa 1..............................................................075
Tabela 4.9 - Condições típicas do Ponto 2, Faixa 2.............................................................. 076
Tabela 4.10 - Condições típicas do Ponto 3, Faixa 1.............................................................. 077
Tabela 4.11 - Condições típicas do Ponto 3, Faixa 2.............................................................. 079
Tabela 4.12 - Condições típicas do Ponto 4, Faixa 1.............................................................. 080
Tabela 4.13 - Condições típicas do Ponto 4, Faixa 2.............................................................. 081
Tabela 4.14 - Condições típicas do Ponto 5, Faixa 1.............................................................. 082
Tabela 4.15 - Condições típicas do Ponto 5, Faixa 2.............................................................. 084
Tabela 4.16 - Condições típicas do Ponto 6, Faixa 1.............................................................. 085
Tabela 4.17 - Condições típicas do Ponto 6, Faixa 2.............................................................. 086
xxii
Tabela 4.18 - Condições típicas do Ponto 7, Faixa 1.............................................................. 088
Tabela 4.19 - Condições típicas do Ponto 7, Faixa 2.............................................................. 089
Tabela 4.20 - Condições típicas do Ponto 8, Faixa 1.............................................................. 090
Tabela 4.21 - Condições típicas do Ponto 8, Faixa 2.............................................................. 092
Tabela 4.22 - Condições típicas do Ponto 9, Faixa 1.............................................................. 093
Tabela 4.23 - Condições típicas do Ponto 9, Faixa 2.............................................................. 094
Tabela 4.24 - Durabilidade encontrada para cada tipo de tinta e seu respectivo ponto de
estudo. ............................................................................................................
097
Tabela 4.25 - Tabela origem contendo 90 imagens selecionadas aleatoriamente do banco
de dados, via software - ordem sequencial.......................................................
112
Tabela 4.26 - Teste 1 contendo as 90 imagens da tabela origem em sequência aleatória 1... 113
Tabela 4.27 - Teste 2 contendo as 90 imagens da tabela origem na sequência aleatória 2.... 113
Tabela 4.28 - Dados compilados das imagens compreendidas entre 05 e 41......................... 119
Tabela 4.29 - Dados compilados das imagens compreendidas entre 55 e 121....................... 119
Tabela 4.30 - Dados compilados das imagens compreendidas entre 125 e 182..................... 120
Tabela 4.31 - Dados compilados das imagens compreendidas entre 185 e 255..................... 120
Tabela 4.32 - Dados compilados das imagens compreendidas entre 257 e 324..................... 121
Tabela 4.33 - Dados compilados das imagens compreendidas entre 328 e 378..................... 121
Tabela 4.34 - Novo padrão de reclassificação de imagens..................................................... 128
Tabela 4.35 - Novo padrão proposto – Imagens de 005 a 121............................................... 130
Tabela 4.36 - Novo padrão proposto – Imagens de 125 a 255............................................... 130
Tabela 4.37 - Novo padrão proposto – Imagens de 257 a 378............................................... 130
Tabela 4.38 - Imagens que permaneceram com classificação diferente.................................131
Tabela 4.39 - Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 05 e 75............ 133
Tabela 4.40 - Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 83 e 216.......... 134
Tabela 4.41 - Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 237 e 378........ 135
Tabela A.1 - Resultados Compilados do Teste 1...................................................................158
Tabela A.2 - Resultados Compilados do Teste 2...................................................................161
Tabela B.1 - Classificação da macrotextura superficial do revestimento........................... 167
Tabela B.2 - Dados obtidos no ensaio da mancha de areia................................................. 170
Tabela B.3 - Classificação obtida da macrotextura dos locais de ensaio............................ 167
xxiii
Tabela C.1 - Leituras de espessuras de filme seco, realizadas com micrômetro................ 174
Tabela C.2 - Resultados obtidos para leituras de filmes úmido e seco............................... 178
Tabela D.1 - Banco de dados de imagens............................................................................ 182
Tabela D.2 - Classificação das imagens pelo autor quanto ao desgaste.............................. 184
xxiv
xxv
LISTA DE EQUAÇÕES
Página
Equação 4.1 Cálculo da espessura de filme seco em milímetros.......................................... 065
Equação B.1 Cálculo da profundidade média da macrotextura............................................. 167
xxvi
xxvii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASTM American Society for Testing and Materials
CBUQ Concreto Betuminoso Usinado a Quente
CCP Concreto de Cimento Portland
CET-SP Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo
CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito
CTB Código de Trânsito Brasileiro
DER Departamento de Estradas de Rodagem
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S/A
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EUA Estados Unidos da América
FHWA Federal Highway Administration
IPR Instituto de Pesquisas Rodoviárias
IRF International Road Federation
ISO International Organization for Standardization
M.U. Movimento Uniforme
MUTCD Manual on Uniform Traffic Control Devices
NCHRP National Cooperative Highway Research Program
NTPEP National Transportation Product Evaluation Program
ONU Organização das Nações Unidas
SNT Sistema Nacional de Trânsito
TRB Transportation Research Board
TRR Transportation Research Record
USD United States Dolar
xxviii
UNECE United Nations Economic Commission for Europe
UNESP Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
VDM Volume Diário Médio
VOC Volatile Organic Compounds
xxix
SUMÁRIO
Página 1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................001 1.1 Apresentação...............................................................................................................001 1.2 Objetivos......................................................................................................................005 1.3 Justificativa..................................................................................................................006 1.4 Estrutura do trabalho .................................................................................................007 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O TEMA ...................................................009 2.1 Materiais utilizados em sinalização horizontal....................................................... 009 2.1.1 Tintas.............................................................................................................................011 2.1.2 Massas plásticas ou termoplásticos...............................................................................013 2.1.3 Massas plásticas de dois componentes ou plásticos aplicáveis a frio...........................014 2.1.4 Películas pré-fabricadas ou pré-formados.....................................................................015 2.2 Durabilidade da sinalização horizontal – um breve resumo histórico...................016 2.3 Síntese do material pesquisado..................................................................................039 3 METODOLOGIA DA PESQU ISA...........................................................................043 4 APRESENTAÇÃO DO EXPERIMENTO DE CAMPO E D OS CRITÉRIOS
PROPOSTOS PARA AVALIAÇÃO DE DESGASTE DA SINALIZAÇÃO HORIZONTAL REALIZADA COM TINTAS .....................................................
049
4.1 Considerações iniciais................................................................................................ 049 4.2 Caracterização do experimento de campo................................................................055 4.3 Apresentação e análise dos resultados obtidos pela avaliação do autor................072 4.3.1 Avaliação individual por ponto e por faixa:..................................................................072 4.3.2 Avaliação comparativa entre pontos do estudo........................................................... 096 4.3.3 Síntese dos resultados obtidos para os pontos de P1 a P9........................................... 107 4.4 Avaliação e validação dos critérios utilizados pelo autor........................................110 4.5 Apresentação da pesquisa avaliativa de desgaste da sinalização horizontal
com tintas em vias urbanas...................................................................................... 111
4.6 Análise geral dos dados apresentados nos gráficos das figuras de 4.57 a 4.62................ 127 5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS...................... 137 5.1 Conclusões relativas à pesquisa bibliográfica......................................................... 137 5.2 Conclusões relativas ao ensaio de campo................................................................ 140 5.3 Conclusões relativas ao método proposto inicialmente pelo autor (6 classes).......141 5.4 Conclusões relativas ao método simplificado (2 classes).........................................142 5.5 Sugestões para futuras pesquisas............................................................................. 143 BIBLIOGR AFIA ........................................................................................................ 145
xxx
Apêndice A - Resultados compilados dos testes...................................................... 157 Apêndice B - Ensaio da Mancha de Areia............................................................... 165 Apêndice C - Leituras de filmes úmido e seco........................................................ 171 Apêndice D - Banco de dados de imagens do experimento de campo...................181
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Apresentação
A sinalização horizontal, bem como a preocupação com a utilização de materiais mais
duráveis, tornou-se foco de atenção em nível internacional, logo após a 2ª Guerra Mundial. Desde
então, vários pesquisadores, órgãos e organismos rodoviários internacionais iniciaram estudos com o
objetivo de obter um melhor rendimento da sinalização horizontal.
Na América do Norte e no continente europeu, estudos foram realizados desde então e
apontaram a preocupação com a avaliação da vida útil da sinalização. Tais estudos basearam-se em
diversos quesitos de avaliação de desgaste, sendo predominantes aqueles que avaliam a variação da
retrorrefletividade e o percentual de película de pintura remanescente sobre o pavimento. Na maioria
dos casos, ambos os quesitos são considerados.
O Brasil possui como marco significativo na área de trânsito o Código de Trânsito Brasileiro
– CTB, aprovado em 23 de setembro de 1997, o qual dentre muitas inovações, introduziu o conceito da
municipalização do trânsito. Assim, os municípios passaram a integrar o Sistema Nacional de Trânsito
– SNT e, dessa forma, assumiram direitos e deveres sobre a gestão do trânsito municipal.
2
As naturais dificuldades iniciais relativas à implantação do CTB (1997) foram superadas por
parte dos órgãos e entidades de trânsito federais, estaduais e municipais desde então, porém, ainda, nos
dias atuais há muitos desafios a serem vencidos.
Dentre os atuais 5565 municípios brasileiros, a grande maioria pode ser considerada de
pequeno e médio porte (até 600.000 habitantes). Atualmente, inúmeros são os problemas que esses
municípios enfrentam pela falta de planejamento a que foram submetidos durante longos anos. Os
problemas crônicos, aliados à escassez de recursos, sejam eles financeiros ou de pessoal, vêm ainda
mais agravar a situação.
Segundo Paiva& Pestana (2006), o sistema de trânsito e, por consequência, as sinalizações
viárias demandam recursos que, na grande maioria dos municípios brasileiros, atingem a ordem de 2 a
3% do orçamento bruto. Desses municípios, podem-se considerar que cerca de 90 a 95% são
classificados como sendo de pequeno e médio porte e, quase sempre, não dispõem de recursos técnicos
para uma adequada gestão do trânsito urbano, e consequentemente, à sinalização horizontal aplicada.
De maneira geral, o sistema viário urbano dos municípios reflete muitas vezes cenários
caóticos, apresentando ruas esburacadas e intransitáveis, com projetos geométricos equivocados,
pavimentos mal dimensionados estruturalmente e com ausência de manutenção.
A sinalização urbana quando existente é mal projetada e de péssima qualidade, possuindo na
grande maioria das vezes durabilidade sofrível.Os responsáveis pelo sistema viário desses municípios,
geralmente possuem cargo político e não possuem formação técnica na área. Muitas vezes também não
possuem equipe técnica capacitada para fornecer-lhes suporte, o que facilita a contratação de obras
com os mais variados tipos de problemas, resultando em contratações onerosas, de baixa qualidade e
pouco duradouras.
O somatório dos inúmeros problemas apontados remete à situação atual, ou seja, municípios
de pequeno e médio porte apresentando congestionamentos, um crescente aumento dos indicadores de
acidentes com vítimas fatais, leitos hospitalares sendo ocupados com vítimas de acidentes de trânsito
quando poderiam ser disponibilizados para outros tipos de pacientes, dentre outros problemas não
menos graves.
3
A questão é de tal importância que a Organização das Nações Unidas - ONU lançou a UN
Decadeof Action for roadsafety, (IRF, 2011) com ênfase especial nos sistemas de segurança viária e
na redução das vítimas de acidentes de trânsito.
Além dos problemas e as necessidades apontadas, existem ainda outras questões técnicas a
serem estudadas, compreendidas e aperfeiçoadas. Preliminarmente, elaborando-se uma rápida
observação crítica sobre o estado de conservação da sinalização horizontal implantada nas vias
urbanas, pode-se verificar que alguns elementos naturais ao clima, aliados às características da via e ao
tráfego de veículos, atuam sobre essas sinalizações, causando o desgaste acelerado ou pontual, devido
a possíveis ações de frenagens, aceleração, desaceleração, tipo de tráfego (comercial ou de passeio),
intemperismo, aclive, declive, sujeira, características dos materiais, qualidade dos serviços de pintura,
dentre outros. As figuras de 1.1 a 1.4 apresentam sinalizações horizontais com desgaste atípico do
esperado.
Figura 1.1 – Faixa de pedestres em uma via do município de Araraquara-SP, com desgaste desigual.
Figura 1.2 – Faixa de pedestres em uma via do município de Araraquara-SP com desgaste nas trilhas de roda onde os veículos executam movimento curvilíneo.
4
Figura 1.3 – Faixa de pedestres em uma via do município de Araraquara-SP sem desgaste anormal no trecho onde existe movimento retilíneo dos veículos.
Figura 1.4 – Sinalização horizontal comumente encontrada em estacionamentos cobertos e não exposta ao intemperismo, porém com desgaste desigual.
Recentemente, Gaspar (2012) citou a importância de utilização do ciclo de vida de uma obra
de infraestrutura e a necessidade de utilização de novas metodologias e métodos de engenharia,
adaptando-as com o objetivo de simplificar o processo de concepção, evitando assim atividades
excessivas em rodovias.
Asdrubali et. al. (2012) realizaram um experimento no município de Perugia – Itália cujo
objetivo foi apresentar um método de verificação da qualidade dos serviços de sinalização horizontal
para utilização pelo município.
O experimento apresentou, ao final, uma matriz contendo figuras vermelhas ou verdes, as
quais serviram de parâmetro para se avaliar a qualidade do serviço executado. As figuras vermelhas
indicaram serviços de qualidade inferior à requerida. De maneira análoga, as figuras verdes indicaram
serviços de qualidade aceitável.
A revisão bibliográfica do presente trabalho apontou que existe ainda carência e muitas
indefinições tanto em nível nacional quanto no internacional, relativamente aos critérios de avaliação
da durabilidade da sinalização horizontal em vias urbanas, quando submetida a ações variadas de
tráfego, características das vias, intempéries, condições climáticas, dentre outros critérios.
5
As pesquisas científicas desenvolvidas por universidades em conjunto com órgãos de
transporte, apresentam métodos matemáticos e estatísticos de avaliação preditiva da vida útil da
sinalização de difícil aplicação no dia a dia dos municípios de pequeno e médio porte brasileiros.
Baseado nesses pressupostos, entende-se que fica clara a necessidade urgente do
desenvolvimento de sistemas e ferramentas de gerenciamento, permitindo uma melhor aplicabilidade
dos escassos recursos disponíveis para os municípios de pequeno e médio porte brasileiros.
Igualmente, deve haver um acompanhamento da qualidade dos serviços técnicos desenvolvidos por
esses municípios, visando a fornecer elementos facilitadores do planejamento e da manutenção da
sinalização viária urbana ao longo do tempo.
1.2. Objetivos
Pelo exposto, o presente trabalho pretende apresentar e testar um método visual para
avaliação do desgaste da sinalização em vias urbanas de municípios de pequeno e médio porte
brasileiros, sendo para tanto escolhida como base uma adaptação do método adotado no Reino Unido
pela facilidade de utilização.
Devido à complexidade de utilização dos equipamentos envolvidos e à carência de maiores
definições normativas brasileiras sobre o quesito retrorrefletividade voltado à área urbana, o método
testado tem como foco a avaliação visual do desgaste da sinalização viária urbana, considerando o
percentual de filme de pintura que permaneceu intacto sobre o pavimento, sendo aplicável para
avaliação da visibilidade diurna da sinalização.
Pretende-se, ainda, avaliar a percepção visual do cidadão (pedestre ou motorista) e de
funcionários municipais responsáveis pela gestão da sinalização urbana, relativamente ao desgaste da
sinalização horizontal imposto pelo tráfego urbano.
6
1.3. Justificativa
A importância da segurança viária e da elevada taxa de mortalidade em acidentes viários
levou a ONU em 2010 a eleger a Década 2011-2020 como o período para que todos os países
constituintes promovam medidas para diminuição dos acidentes e mortes no tráfego como um
elemento a mais na preservação da vida humana (ONU, 2010).
Em face disso, o Banco Mundial promoveu a publicação do Safe Roads for Development – A
policy framework for safe infraestructure on major road transport networks, no qual Gonzalez (2010)
sob o título We need simple, affordable safety features. These interventions are as effective as vacines,
destaca que simples intervenções viárias, como por exemplo, a sinalização horizontal é fundamental na
definição da via e na sua utilização de forma segura.
Em nível nacional, o padrão de sinalização e a sua manutenção são tão diferenciados na malha
rodoviária brasileira, que o item sinalização e seu estado de conservação é parâmetro contido há vários
anos no Relatório de Pesquisa CNT de Rodovias 2011 (CNT,2011) em que a manutenção e a
conservação desse item são avaliadas.
Esse trabalho enquadra-se na problemática da segurança viária, mais especificamente o estado
de conservação da sinalização horizontal no meio urbano.
Devido à carência de ferramentas adequadas às reais necessidades de municípios de pequeno
e médio porte brasileiros, o presente trabalho visa testar a aplicação de uma avaliação visual da
sinalização horizontal com tintas de baixo custo e simples compreensão, com a finalidade de auxiliar
os profissionais técnicos dos municípios na correta análise e planejamento da sinalização horizontal
em vias urbanas.
7
1.4. Estrutura do trabalho
O presente trabalho está dividido em cinco capítulos e cinco apêndices.
Inicia-se com o capítulo 1 já apresentado. Na sequência, um balanço geral da revisão da
literatura existente em nível nacional e internacional é apresentado no capítulo 2 – Revisão
bibliográfica sobre o tema. O capítulo 3 apresenta a metodologia utilizada; o capítulo 4 apresenta em
detalhes o experimento de campo realizado nas vias urbanas do município de Sumaré-SP, fornecendo
os dados necessários para a correta compreensão do estudo, bem como a análise dos resultados
obtidos. O capítulo 5 apresenta as conclusões obtidas pelo presente estudo e sugestões para futuras
pesquisas.
Os detalhes complementares para o entendimento do experimento de campo são apresentados
nos apêndices de A a D. O apêndice A apresenta o resultado compilado dos testes aplicados à amostra
populacional. O apêndice B apresenta os resultados obtidos no ensaio da mancha de areia. O apêndice
C apresenta os resultados da leitura dos filmes seco e úmido de tinta depositado sobre o pavimento nos
locais do experimento; já no apêndice D, pode ser visualizado o banco de dados de imagens coletadas
no experimento de campo.
8
9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O TEMA
2.1. Materiais utilizados em sinalização horizontal
Conforme cita a Resolução 236 (2007) do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN),
sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária composta de marcas, símbolos e legendas,
apostos sobre o pavimento da pista de rolamento, cuja finalidade é fornecer informações que permitam
aos usuários das vias adotarem comportamentos adequados de modo a aumentar a segurança e fluidez
do trânsito, ordenar o fluxo de tráfego, analisar e orientar os usuários da via.
A sinalização horizontal possui a propriedade de transmitir mensagens aos condutores e
pedestres, possibilitando sua percepção e entendimento, sem desviar a atenção do leito da via,
devendo, portanto, ser reconhecida e compreendida por todo usuário, independentemente de sua
origem ou da frequência com que utiliza a via, bem como possuir visibilidade diurna e noturna.
Segundo a NBR 7396 (2011), a sinalização horizontal classifica-se quanto à sua visibilidade
noturna como retrorrefletiva ou não retrorrefletiva.
A sinalização é retrorrefletiva quando são adicionadas adequadamente ao material
microesferas ou esferas de vidro, que atuam como lentes para coletar e concentrar a luz emitida pelo
farol do veículo, devolvendo-a aos olhos do motorista, tornando a sinalização mais visível no período
noturno.
10
Esse fenômeno é conhecido como retrorrefletividade e tem como unidade de medida o
mcd.lux-1.m-2.
O aparelho utilizado para medir retrorrefletividade é o retrorrefletômetro, cujas características
técnicas e valores aceitáveis de leitura são definidos pela ABNT através da NBR 14723 (2005).
Basicamente, o princípio de medição do aparelho baseia-se na emissão de um feixe de luz
(emissor) sobre a superfície pintada e avalia através do receptor a reflexão da luz proveniente da ação
das microesferas de vidro, conforme figura 2.1.
A Resolução 236 (2007) do CONTRAN considera os principais materiais utilizados em
sinalização horizontal tais como: tintas, massas termoplásticas, massas plásticas de dois componentes,
plásticos aplicáveis a frio e películas pré-fabricadas.
Para escolha do material mais apropriado, em determinada situação, devem ser considerados
os seguintes fatores: natureza do projeto (provisório ou permanente), volume e classificação do
tráfego, qualidade e vida útil do pavimento, frequência de manutenção, dentre outros.
A seguir são apresentadas as principais características dos materiais citados.
Figura 2.1 – Princípio de funcionamento de um retrorrefletômetro.
Receptor
Emissor Filme de pintura
Retrorrefletômetro
11
2.1.1. Tintas
As tintas são composições líquidas constituídas por veículos (resinas e solventes), partículas
sólidas (cargas e pigmentos) e aditivos. Podem ser de um ou dois componentes (bicomponentes).
As tintas de um componente são aquelas formuladas à base de resinas acrílicas, vinílicas,
estireno butadieno, estireno acrilato e alquídicas. Exemplos de tintas de dois componentes são aquelas
formuladas à base de resinas epóxi e poliuretano (PESTANA, 2002).
Conforme cita Pestana (2002), as tintas caracterizam-se ainda por serem aplicadas pelo
processo manual (rolos ou pistolas manuais) e por processo mecânico (aspergida). A aplicação pelo
processo manual produz baixo rendimento e deficiência no controle de qualidade pela dificuldade de
se controlar a espessura do filme de pintura aplicado.
O processo mecânico produz um maior rendimento do serviço, aumentando a produção da
equipe de sinalização. Dentre os tipos de tinta mais conhecidos, as tintas de um componente, mais
especificamente as tintas formuladas à base de resina acrílica são as mais comumente utilizadas em
municípios de pequeno e médio porte pelo baixo custo de implantação inicial, o qual se dá devido aos
seguintes fatores: baixo custo dos materiais envolvidos, baixo custo de maquinário envolvido se
comparado aos demais produtos e pela sua facilidade de aplicação.
Ainda em relação às tintas, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) normatizou
três tipos que são:
a. Tinta à base de resina acrílica - NBR 11862 (1992);
b. Tinta com resina livre - NBR 12935 (1993);
c. Tinta à base de resina acrílica emulsionada em água - NBR 13699 (1996).
A seguir os três tipos de tinta são apresentados sucintamente.
12
a. Tinta à base de resina acrílica
Segundo Paiva & Pestana (2006), as tintas formuladas à base de resina acrílica são as mais
utilizadas em municípios de pequeno e médio porte devido a sua facilidade de aplicação, aliada ao
baixo custo. A norma NBR 11862 (1992) estabeleceu os requisitos qualitativos e quantitativos para
esse tipo de tinta, sendo que alguns organismos rodoviários, tais como Desenvolvimento Rodoviário
S.A. (DERSA), o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), o Departamento de
Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), além da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-
SP) desenvolveram suas respectivas especificações técnicas, resultando na disponibilidade de
variações desse tipo de produto no mercado nacional. São exemplos de tintas formuladas à base de
resina acrílica as tintas padrão DER 3.16, DER 3.09, EM-368/97-DNIT, DERSA OP0621 e ET-SH-
02(CET/SP).
b. Tinta com resina livre
As tintas formuladas à base de resina livre caracterizam-se por apresentar requisitos
quantitativos inferiores às tintas formuladas à base de resina acrílica. A ABNT normatizou este tipo de
tinta através da NBR 12935 (1993).
c. Tinta à base de resina acrílica emulsionada em água
Normatizada pela NBR 13699 (1996), neste tipo de tinta a maior parte do solvente é água e,
portanto, existe durante o procedimento de secagem uma menor emissão de compostos orgânicos
voláteis (VOC – Volatile Organic Compounds) para a atmosfera, tornando-as de menor toxicidade. Em
relação ao controle de serviços de sinalização horizontal, os procedimentos para execução da
demarcação e avaliação bem como critérios de aceitação desse tipo de sinalização são estabelecidos
pela NBR15406 (2006).
As tintas, de maneira geral, conforme Pestana (2002) possuem como principais características
relevantes o baixo custo inicial de implantação conforme demonstra a tabela 2.1. Elas possuem
também facilidade de aplicação se comparadas aos demais tipos de sinalização, sendo por esse motivo,
largamente utilizadas por municípios de pequeno e médio porte.
13
2.1.2. Massas plásticas ou termoplásticos
O material termoplástico constitui-se de uma mistura em proporções convenientes de ligantes,
partículas granulares como elementos inertes, pigmentos e seus agentes dispersores, microesferas de
vidro e outros componentes que propiciem ao material as qualidades que venham a atender a finalidade
a que se destina. Quanto às formas de aplicação, podem ser aplicados por extrusão ou aspergidos.
Nos termoplásticos, aplicados por extrusão, o material é aquecido para aplicação em
temperaturas compatíveis com seu ponto de fusão e sua deposição sobre o pavimento se dá por
dispositivos extrusores manuais ou mecânicos conhecidos como sapatas.
Esse tipo de sinalização é especificado pela norma NBR 13132 (1994). Já na aplicação por
aspersão, o material também é aquecido até atingir seu ponto de fusão, sendo então pulverizado sobre
o pavimento por projeção pneumática e/ou mecânica. A NBR 13159 (1994) especifica esse tipo de
sinalização.
Dependendo da forma de aplicação, podem-se obter espessuras de material depositado sobre o
pavimento de 1,5mm (aspergidos) conforme NBR 13159 (1994) e 3,0mm (extrudados) conforme NBR
13132 (1994).
Existem ainda os termoplásticos executados em alto relevo, sendo que esse tipo de sinalização
caracteriza-se pelo acabamento, apresentando ressaltos e depressões. A NBR 15543(2007) normatiza
esse tipo de sinalização. Ainda no tocante às características dos materiais termoplásticos, a norma
NBR 15482 (2007) apresenta os ensaios necessários para garantia da qualidade desse tipo de material.
Os equipamentos utilizados para serviços executados com termoplásticos caracterizam-se por
possuírem fusores (pequenas caldeiras) que são utilizadas para aquecimento do material termoplástico
antes de sua aplicação. A norma NBR 15402 (2006) especifica os requisitos relativos aos serviços
realizados com materiais termoplásticos.
14
Devido às características apresentadas, esse tipo de sinalização possui ainda como principais
características o alto custo inicial de implantação, necessidade de mão de obra especializada,
equipamentos especiais e maior longevidade se comparado às tintas, devido à possibilidade de
obtenção de espessuras de filme maiores. Apesar de municípios de pequeno e médio porte utilizarem
frequentemente algum tipo de termoplástico para demarcação viária, seu uso ainda é pequeno se
comparado às tintas (PESTANA,2002).
2.1.3. Massas plásticas de dois componentes ou plásticos aplicáveis a frio
Este tipo de material é normatizado através da NBR 15870 (2010).
Conforme o documento normativo, os plásticos aplicáveis a frio são misturas bicomponentes
ou tricomponentes formulados à base de resinas metacrílicas reativas, cargas minerais, pigmentos,
aditivos e microesferas de vidro.
O processo de aplicação é realizado através da mistura entre os componentes, sendo que no
momento da mistura ocorre uma reação química que, após o período de cura, resulta no produto final
aplicado sobre o pavimento. Com a utilização desse tipo de material, é possível obter-se espessuras de
camadas depositadas sobre o pavimento, variando de 0,3mm até 7,0mm. Tais espessuras estão
relacionadas ao tipo de acabamento e ao processo de aplicação.
Quanto a sua forma de aplicação, os plásticos a frio podem ser aplicados pelo processo manual
(rolos ou pistolas manuais de 2 bicos) ou mecânico (extrusão ou aspersão).
Na aplicação pelo processo mecânico ou através de pistolas manuais, é necessária a utilização
de equipamentos especiais tais como equipamentos com sistema de pressurização tipo 1airless,
controle automático da mistura, tanques independentes para cada componente, mistura do material na
saída das pistolas, sistema de limpeza automático, pistolas de 2 bicos, dentre outros.
1 Equipamentos airless caracterizam-se por não possuírem tanque de ar pressurizado, injetando o material diretamente para a pistola de aplicação.
15
2.1.4. Películas pré-fabricadas ou pré-formados
Também conhecidos como laminado elastoplástico, este tipo de material é normatizado
através da NBR 15741 (2009). Trata-se de filmes, películas ou fitas constituídos por resinas, partículas
sólidas (cargas, pigmentos e microesferas de vidro) e aditivos fornecidos em espessuras definidas por
ocasião da fabricação. São utilizados em faixas de pedestres, legendas ou símbolos, linha de
demarcação e outros. Sua aplicação é feita manualmente, através da colagem da película sobre
pavimento. As películas normalmente são fabricadas em espessuras fixas, sendo encontradas no
mercado nacional em várias cores (branco, amarelo, vermelho, verde, azul, preto, cinza e outras sob
encomenda). A tabela 2.1 apresenta um quadro resumo comparativo de custo entre os principais
materiais utilizados em sinalização horizontal.
Tabela 2.1 – Comparativo de custo por m2 de alguns tipos de materiais utilizados em sinalização horizontal.
Tipo de material
Espessura úmida em
mm
Rendimento aproximado
Custo de implantação
(material e mão de obra) em USD por m2 de sinalização*
Tinta resina acrílica - aspergida 0,60 30 m2/balde USD 6.00 Termoplástico - aspergido 1,50 3 kg/m2 USD 15.00 Termoplástico - extrudado 3,00 6 kg/m2 USD 25,00 Plástico a frio liso - aspergido 1,50 3,5 kg/m2 USD 25,00 Plástico a frio estrutura - aspergido 3,00 2,2 kg/m2 USD 45,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Sumaré-SP * Cotação do dólar americano (USD) em 18 de Maio de 2012: 1.00 USD = 2,00 BRL
16
2.2. Durabilidade da sinalização horizontal – um breve resumo histórico
Ao longo do tempo, a preocupação com a durabilidade da sinalização tornou-se cada vez mais
evidente e crescente. De acordo com Schwab (1999), finda a 2a Guerra Mundial e com os países
europeus em reconstrução, iniciou-se uma preocupação com a durabilidade da sinalização implantada.
Conforme cita Schwab (1999), “Desejavam-se materiais de sinalização horizontal que suportassem
melhor o desgaste, porém faltava matéria prima para a fabricação de tintas”.
No ano de 1973, uma síntese sobre práticas de demarcação viária realizada com agências de
transporte americanas estava interessada em identificar materiais mais duráveis e de menor custo.
(BOLLEN, 1973).
Mais tarde, em 1988, a American Society for Testing and Materials (ASTM) publicou a
norma ASTM - D913-88 (2010), a qual define um procedimento para análise quanto ao desgaste da
sinalização, quando em serviço, utilizando para isso padrões fotográficos para avaliação comparativa.
O mesmo procedimento foi reaprovado pela entidade no ano de 2010. O procedimento citado
apresentou um método avaliativo baseado na comparação de padrões de filme que são representados
através de imagens, contendo percentuais de cobertura remanescente de sinalização sobre o pavimento.
Por esse método, os percentuais de áreas não cobertas representam o descolamento do filme de pintura
da superfície do pavimento e são então considerados como falhas. Trata-se de uma análise comparativa
visual.
No ano de 1996, foi publicada a ASTM D4505-96 (2005) a qual buscou atender aos requisitos
de materiais pré-formados retrorrefletivos (termoplásticos) brancos e amarelos. Dentre alguns aspectos
comentados, o documento cita que o material, quando aplicado à superfície do pavimento, pode
apresentar vida útil normalmente maior do que 1 ano, dependendo do VDM – Volume Diário Médio
do tráfego; aponta também a necessidade de realização de testes de conformidade para verificação de
cores, dimensões, retrorreflexão, adesão, resistência ao deslizamento, durabilidade e resistência ao
desgaste.
17
Em 1997, a ASTM publicou a norma E1710-97 (2011), a qual foi posteriormente atualizada
em 2011. Trata-se de um método de testes para mensurações de propriedades retrorrefletivas dos
materiais de sinalização horizontal, contendo esferas de vidro através do retrorrefletômetro portátil
com geometria de leitura e iluminação pré-definida. O método citado foi desenvolvido para aplicação
em campo, porém, podendo ser utilizado em laboratório para amostras de materiais.
Posteriormente, no ano de 1998, a mesma ASTM publicou a primeira versão da norma
ASTMD713-98 (2004), a qual apresentou um procedimento para avaliação acelerada sobre a retenção
de microesferas e características de resistência ao desgaste da sinalização viária horizontal. O
procedimento citado sugere a aplicação de faixas de teste sobre a superfície do pavimento com
aproximadamente 100 mm na largura e aplicadas transversalmente na via em locais com tráfego
moderado e com fluidez, isentos de frenagens bruscas e movimentos curvos. Sugere, ainda,
determinadas condições de controle de aplicação dessas faixas, tais como: controle de espessura de
filme úmido e seco de pintura e utilização de microesferas de vidro. O documento normativo citado
sofreu atualização no ano de 2004.
Dentre os quesitos sugeridos no documento, ressaltam-se os quesitos relativos à durabilidade,
visibilidade noturna e avaliação de desempenho, os quais são resumidos brevemente a seguir:
• Durabilidade: é avaliada de acordo com o Método de Teste ASTM D913-10
(2010);
• Visibilidade noturna: deve ser conferida através de medições realizadas sobre as
trilhas de rodas, com critérios avaliativos definidos entre 0 (nenhum brilho
aparente) e 10;
• Avaliação de durabilidade: realizada através de medições periódicas efetuadas
sobre as linhas de teste.
Em síntese, o método ASTM-D713-98 (2004) apresenta um procedimento de aplicação do
filme de pintura e de avaliação dos resultados, através de inspeções periódicas em faixas de teste
previamente definidas.
18
Sugere-se, pelo método, o registro de cada inspeção à aparência geral diurna, condições do
filme e visibilidade noturna (retrorrefletância), para determinar também a periodicidade na qual as
linhas de teste devam ser inspecionadas, além disso, as linhas deverão ser avaliadas até apresentarem
falhas, o que define a durabilidade e a vida útil. Por fim, uma vez conhecidas a durabilidade e vida útil
e, satisfazendo-se as demais condições de qualidade propostas, o método propõe a avaliação do custo
de cada tipo de demarcação.
Já no ano de 1999, Schwab realizou um amplo estudo sobre a resistência ao desgaste e a perda
de retrorrefletividade de diferentes tipos de materiais de sinalização quando submetidos às mesmas
condições de tráfego em trechos de rodovias no estado de Minas Gerais, Brasil. O estudo baseou-se em
ensaios de laboratório e de campo. Nos ensaios de laboratório, foram analisadas as características
qualitativas dos materiais de sinalização escolhidos com base nas normas da ABNT vigentes à época.
O trabalho citado analisou também, em laboratório, os aspectos relativos à retrorrefletividade
dos materiais, principalmente, a retrorrefletância com diferentes tipos de microesferas de vidro. Os
materiais analisados foram termoplásticos extrudados e aspergidos, laminados elastoplásticos e tintas à
base de resina acrílica, base solvente e também tintas à base de resina acrílica emulsionadas em água.
Durante a realização do experimento de campo, os materiais foram aplicados sob condições
registradas de umidade relativa do ar, temperatura do pavimento e temperatura ambiente. Foram
aplicados materiais em trechos de rodovias com pavimentos flexíveis de concreto betuminoso usinado
a quente (CBUQ) bem como locais com pavimentos rígidos de Concreto de Cimento Portland (CCP).
Realizaram-se, durante o experimento, avaliação de desgaste e avaliação da perda de
retrorrefletividade durante um período de 300 dias, através da utilização de retrorrefletômetro.
De maneira geral, o trabalho de Schwab (1999) apresentou várias informações e conclusões
referentes à retrorrefletividade e desgaste da sinalização, sendo alguns pontos de interesse apresentados
a seguir:
• Os materiais aplicados em pavimentos asfálticos (CBUQ) apresentaram menor desgaste
do que aqueles aplicados em pavimentos rígidos (CCP);
19
• No pavimento rígido (CCP), o material que apresentou melhor desempenho foi a tinta
acrílica à base de solvente;
• Em sistemas construídos sobre pavimentos flexíveis, apesar das tintas à base de solvente
apresentarem um valor de retrorrefletância residual inferior aos demais materiais em
estudo, Schwab (1999) considerou o resultado ao final de 300 dias satisfatório para o
material;
• Os resultados de retrorrefletividade encontrados em cada instrumento foram constantes e
representativos em quaisquer das geometrias ou tipos de instrumentos adotados, mas os
valores de retrorrefletância diferiram de um instrumento para outro, pois dependem das
características construtivas de cada equipamento bem como da área da amostra.
O trabalho ainda apresentou as seguintes observações:
• Quanto à retrorrefletância: definiu valores mínimos (inicial e residual), sugerindo que o
padrão de retrorrefletância inicial não deve ser menor do que 220 mcd/lux/m2 para
demarcações na cor branca, nem menor do que 170 mcd/lux/m2 para demarcações na cor
amarela. Já o padrão de retrorrefletância residual para cores branca e amarela não deve ser
menor do que 130 mcd/lux/m2;
• Quanto ao desgaste: a demarcação deveria ser refeita quando atingisse percentuais
menores do que 75% de área remanescente, ou seja, 25% de desgaste em conformidade
com o método utilizado para avaliação;
• Quanto aos materiais: os mesmos deveriam ser escolhidos com base no custo x benefício
que podem oferecer, considerando-se os fatores de manutenção, retrorrefletância e vida
útil, além disso, variáveis que afetem o desempenho da sinalização devem igualmente ser
consideradas, tais como volume de tráfego e, em situações específicas, regiões com maior
precipitação pluviométrica ou grande formação de neblina;
20
• Os resultados obtidos indicaram que as tintas acrílicas podem ser cerca de 4 (quatro) vezes
mais econômicas do que os termoplásticos e 5 (cinco) vezes mais econômicas do que os
elastoplásticos. Concluiu-se que a tinta acrílica à base de solvente foi a que apresentou o
melhor custo x benefício. Resultado similar foi obtido para as tintas acrílicas
emulsionadas em água, porém, com vantagens a saber: menor tempo de secagem e menor
toxicidade;
• Os experimentos foram realizados apenas em rodovias.
Mais tarde, Pestana (2002),apresentou um estudo realizado no município de Sumaré, Estado
de São Paulo, Brasil, o qual resultou em uma proposta de especificação técnica de execução de
serviços para municípios de pequeno e médio porte brasileiros. Tal especificação teve como objetivo
padronizar os materiais para utilização em sinalização horizontal, utilizados em pintura a frio, bem
como estabelecer procedimentos de execução de serviços e controle na busca da garantia da qualidade
e consequente aumento da durabilidade da sinalização horizontal implantada em municípios de
pequeno e médio porte. Além de propor um padrão de tinta para estes municípios, o trabalho citado
buscou ressaltar procedimentos de controle qualitativos e quantitativos dos materiais bem como
apresentar um método de controle de espessura de filme de pintura seco e úmido, garantindo-se assim
a padronização e controle de serviços de pintura horizontal a frio. O método, porém, não propôs
nenhum tipo de avaliação do desgaste da sinalização, após sua implantação efetiva no campo.
No mesmo ano, o Transportation Research Board– TRB publicou a NCHRP Synthesis 306
(2002). Trata-se de uma importante e ampla pesquisa iniciada no ano de 2000 a qual analisou práticas
de demarcação de pavimentos em 61 agências de transporte estaduais e municipais nos Estados Unidos
e Canadá, além de companhias privadas. Essa publicação compilou as melhores práticas utilizadas à
época para gerenciamento da demarcação de pavimentos, identificou também necessidades atuais e
necessidades futuras, bem como apontou critérios de seleção de demarcações baseadas nos quesitos de
refletividade, vida útil da sinalização, desempenho sob condições molhadas, durabilidade dos
materiais, custo, especificações, práticas de execução, formas de inventário, manutenção e controle de
qualidade após instalação.
21
O objetivo geral do estudo foi levantar problemas e apresentar soluções relativas a:
• Verbas disponíveis para sinalização;
• Visibilidade noturna da sinalização sob condições de chuva e neblina;
• Controle de qualidade no momento de instalação da sinalização;
• Redução do tempo de trabalho;
• Melhoria da durabilidade em áreas de remoção de neve;
• Encontrar uma proposta de norma para níveis mínimos de retrorrefletividade;
• Gerenciar um sistema de sinalização horizontal;
• Criar critérios para aceitação de produto e aprovação.
A publicação considerou questionários colhidos em 37 Departamentos Estaduais de
Transporte Americanos (Alabama, Alaska, Arkansas, Califórnia, Colorado, Connecticut, Florida,
Georgia, Idaho, Illinóis, Indiana, Iowa, Kansas, Louisiana, Maryland, Mississippi, Montana,
Nebraska, New Hampshire, New Jersey, New Mexico, New York, North Carolina, North Dakota, Ohio,
Oklahoma, Oregon, Pennsylvania, RhodeIsland, Tennessee, Texas, Utah, Virginia, Washington, West
Virginia, Wisconsine Wyoming); 05 províncias e territórios canadenses (Alberta Infrastructure,
GreatNorthwest, Manitoba, New Brunswick e New Foundland); 05 condados (Delaware/Iowa,
Franklin/Ohio, Lake/Illinois, Pierce/Washington e Oakland/Michigan); 04 municípios(Amarillo/Texas,
Des Moines/Iowa, Kansas/Missouri e Lubbock/Texas); 08 fabricantes de materiais, equipamentos e
distribuidores (Avery Dennison, Crown Technology II/IIC, Flint Trading Company, Inc., Kelly -
Creswell Company, Inc., Master Builders, Inc., M-B Companies, Inc., Potters Industries e Swarco
Industries), além de 02 distribuidores e fabricantes de retrorrefletômetros (Flint Trading Company,
Inc. e Mechatronic GMBH).
O resultado da pesquisa forneceu uma ampla variedade de demandas, opiniões e critérios para
tomada de decisão apresentados pelas agências envolvidas.
Foram, então, priorizados basicamente 3 tipos de abordagens sobre o quesito sinalizações
horizontais, a saber: especificação de materiais, análise de desempenho e especificações baseadas em
garantias.
22
Dentre as agências, identificou-se que 75% estavam satisfeitas com suas especificações, sendo
que muitas delas informaram que recebiam bons materiais, porém, possuíam dúvidas se a aplicação era
realizada de maneira correta.
Dessa forma, algumas agências estavam incluindo em seus contratos cláusulas baseadas em
desempenho e garantia, exigindo um maior comprometimento dos contratados.
Segundo as agências pesquisadas, o tempo de serviço e o custo das demarcações longitudinais
em pavimentos variavam consideravelmente, conforme o tipo do material, porém, para aplicação de
materiais mais duráveis seriam necessários funcionários mais capacitados, além de maquinários mais
eficientes, portanto, algumas agências optavam por executar os serviços de maneira terceirizada.
Relativamente à especificação de materiais, as agências pesquisadas apontaram, de maneira
geral, a utilização de 16 tipos de materiais para demarcações viárias, dentre os quais se destacam as
tintas à base de água (utilizadas por 78% das agências) e os materiais termoplásticos (utilizados por
69% das agências). Várias agências utilizavam à época, como sua primeira demarcação, tintas e
termoplástico. Em relação à análise de desempenho, foram apontados na pesquisa requisitos e métodos
de controle de durabilidade dos materiais utilizados pelas agências de transporte, tanto para o quesito
retrorrefletividade quanto para percentual de sinalização remanescente sobre o pavimento, sendo que a
maioria das agências pesquisadas utilizava uma combinação dos dois fatores em seus métodos de
análise.
Quanto aos critérios de decisão sobre onde se aplicar determinados tipos de demarcações, as
agências consideravam largura da pista, volume de tráfego, tipo de pavimento, idade do pavimento,
tempo de serviço ou possibilidade de reconstrução futura, tipo de via (urbana ou rural), condições do
pavimento, pontes e áreas de remoção de neve.
Já para decisão sobre remoção ou reaplicação de demarcações, a pesquisa apontou que as
demarcações seriam refeitas quando se apresentassem deterioradas, baseadas em inspeções de campo
ou através de julgamento pessoal do inspetor e/ou através de manutenção regular (calendário), sendo
esta última, preferida por agências que não utilizam demarcações consideradas duráveis.
23
As agências de transporte, conforme aponta o estudo, desenvolviam métodos próprios para
escolha de materiais de sinalização horizontal, considerando, principalmente, como critérios de seleção
o tipo de faixa (linha) de demarcação, a superfície do pavimento, vida útil do pavimento, tipo de via
(urbana ou rural), área com necessidade de remoção de neve, fator de benefício de brilho (utilizado
apenas pelo Departamento de Transportes de Kansas), velocidade, Volume Diário Médio (VDM) de
tráfego e extensão do projeto.
A tabela 2.2 apresenta uma síntese dos questionários respondidos por oito agências estatais
americanas (Arkansas, Kansas, Maryland, Ohio, North Dakota, Tennessee, Washington e Wiscosin),
na qual estão presentes os fatores considerados para seleção dos materiais de sinalização horizontal;
apesar dos fatores apresentarem algumas variações entre as agências, de maneira geral, possuem os
seguintes significados:
(1) Tipo de linha: linhas de centro, linhas de bordo, símbolos, mensagens, setas e similares;
(2) Superfície do pavimento: concreto asfáltico e concreto de cimento Portland;
(3) Volume de tráfego: conforme o VDM da via, correlacionado ao tipo de via;
(4) Tipo de via: considera-se via urbana (arterial e coletora) ou rural (interestadual,
autoestrada, via expressa, multifaixas, faixa dupla ou mão dupla) e mistas (ex.
interestadual urbana ou rural), dentre outras;
(5) Condição do pavimento: leva em consideração se o pavimento está em boas ou más
condições;
(6) Vida útil do pavimento: analogamente ao item anterior, pavimentos com maior vida útil
recebem sinalizações mais duradouras. Consideram-se algumas situações, dentre elas,
se a longevidade do pavimento é equivalente à do material a ser utilizado na
sinalização;
(7) Área: considera-se a sinalização implantada em área urbana ou rural;
24
(8) Área de remoção de neve: considera-se a ação de máquinas utilizadas na remoção de
neve, agindo sobre a sinalização implantada no pavimento. Por exemplo, avaliam-se a
remoção de neve e a utilização de máquinas com lâmina de aço ou lâmina de borracha.
Para locais, onde a remoção da neve ocorre com lâminas de aço, são utilizados
materiais menos duráveis do que em locais com utilização de máquinas com lâminas de
borracha;
(9) Fator de benefício de brilho ou brightness benefit factor – BBF é um indicador criado
pelo Departamento de Transportes do Kansas que leva em consideração a
retrorrefletividade, durabilidade e custo por unidade de comprimento dos materiais de
sinalização. É utilizado para comparação de alternativas de seleção de materiais com
diferentes durabilidades, retrorrefletividades e custos, sendo que o material que
apresentar o maior BBF será prioritariamente considerado no projeto;
(10) Velocidade: fator utilizado para selecionar materiais aplicados em rodovias de faixas
duplas e pistas de mão dupla. São considerados valores de velocidade combinados com
o VDM das vias. Com base nos parâmetros citados, os materiais são então selecionados
e, os mais duráveis e retrorrefletivos são aplicados em rodovias de faixas duplas, com
maior velocidade e VDM;
(11) Extensão do projeto: considera-se a extensão da via a ser sinalizada.
25
Tabela 2.2 – Fatores considerados para seleção de materiais de sinalização horizontal.
Agência Estadual de Transportes
(1)
Tip
o de
linh
a
(2)
Sup
erfíc
ie d
o pa
vim
ento
(3)
Vol
ume
de tr
áfeg
o
(4)
Tip
o de
via
(5)
Con
diçã
o do
pav
imen
to
(6)
Vid
a út
il do
pav
imen
to
(7)
Áre
a (u
rban
a ou
rur
al)
(8)
Áre
a de
rem
oção
de
neve
(9)
Fat
or d
e be
nefíc
io d
e br
ilho
(10)
V
eloc
idad
e
(11)
E
xten
são
do p
roje
to
Arkansas X X X X Kansas X X X X Maryland X X X X X X Ohio X X X X North Dakota X X X X Tennessee X X X X Washington X X X X X X Wisconsin X X X X X X
Total 8 6 6 5 3 3 3 1 1 1 1 Fonte: TRB - NCHRP, Synthesis 306 (2002)
Ainda em relação ao estudo, o Departamento de Transportes de Ohio apontou a utilização de
um tipo de análise para avaliação da durabilidade da sinalização. O termo durabilidade significa a
resistência ao desgaste e perda de adesão de material da superfície do pavimento, com o passar do
tempo, considerando-se as perdas potenciais de descascamento, bolhas ou trincas como perdas de
material.
Com base nesses conceitos, o usuário do método aponta o percentual de material de
sinalização remanescente sobre o pavimento, sendo a mensuração da durabilidade realizada através de
comparação do percentual de material remanescente em relação à demarcação nova, em uma escala de
0 a 10, onde 10 representa 100% de material remanescente, ou seja, a pintura nova.
26
Estudos realizados pelo Departamento de Transportes de Ohio apontaram também que o
desgaste da sinalização pode ocorrer devido ao volume de tráfego, ocorrência de neve ou condições
climáticas, sendo que o tempo de vida útil diminui na medida em que o volume de tráfego de
caminhões aumenta.
Em síntese, a pesquisa forneceu vários critérios para serem adotados na execução de
sinalização horizontal, tais como: locais específicos para se executar a sinalização, tipos de materiais
utilizados, métodos de preparação da superfície, requisitos de aplicação, procedimentos de avaliação e
procedimentos de remoção de sinalização. Apesar de 75% das agências pesquisadas estarem satisfeitas
à época com suas especificações, algumas indicaram certa insatisfação quanto à qualidade da execução
dos serviços, especificamente durante a aplicação dos materiais. Foram encontradas variações nas
especificações e no controle de qualidade entre as agências pesquisadas.
Identificou-se na pesquisa a necessidade de implantação de um sistema de gerenciamento com
armazenamento de dados, tais como: tipo de material, data de implantação da sinalização, custos,
durabilidade da sinalização, dentre outras informações relevantes, como forma de possibilitar às
agências de transportes a condição de selecionar o melhor custo x benefício das demarcações com
incremento do tempo de serviço, reduzindo, dessa maneira, o custo de demarcação em um sistema de
rodovias.
Dentre os organismos pesquisados, oito agências estatais possuíam procedimentos para
seleção de materiais baseados em 11 fatores, sendo os mais comuns o tipo de sinalização, a superfície
do pavimento, o volume de tráfego e o tipo de via (urbana ou rural). Através do estudo, detectou-se
que linhas de centro recebiam demarcações mais duráveis do que linhas de bordo. As demarcações
mais duráveis eram utilizadas em vias interestaduais, autoestradas e vias expressas do que em vias e
rodovias de duas faixas. Rodovias com maior volume de tráfego ou pavimentos novos e em boas
condições também recebiam demarcações mais duráveis.
Por fim, as agências pesquisadas opinaram que as demarcações horizontais têm potencial para
reduzir acidentes tanto de dia quanto à noite se mantiverem adequados níveis de visibilidade diurna e
noturna durante longos períodos.
27
Foi sugerido pelo estudo o desenvolvimento de uma norma para definir a retrorrefletividade
da demarcação horizontal e acreditava-se que a norma, além de necessária, poderia contribuir para a
melhoria da segurança viária.
No Brasil, mais especificamente em 28 de Fevereiro de 2005, a ABNT publicou a segunda
edição da norma NBR14723 a qual estabeleceu procedimentos para avaliação da retrorrefletividade
das demarcações viárias em rodovias, definindo características técnicas do equipamento de leitura,
critérios de amostragem e de procedimento. Definiu valores considerados altos de retrorrefletividade
como sendo da ordem de 250 mcd/lx/m2. Não definiu, porém, valores de retrorrefletividade mínima,
deixando a decisão a cargo do contratante.
No ano de 2006, em 04 de Setembro, a ABNT através da norma NBR15405 especificou
procedimentos para a execução de sinalização horizontal viária com tintas, bem como formas de
avaliação de sua aplicação.
A norma citada apresentou condições mínimas exigíveis para execução de sinalização
horizontal refletiva com tintas para sinalização viária, especificou também procedimentos de serviços
de execução e remoção de sinalização, apresentando inclusive critérios de avaliação do desgaste da
sinalização por intermédio da avaliação da retrorrefletividade, com a utilização da norma NBR
14723:2005 citada no parágrafo anterior.
No mesmo ano, a ABNT publicou ainda outras três normas, sendo elas a NBR 15402:2006, a
qual estabeleceu procedimentos para execução da demarcação e avaliação em sinalizações com
termoplásticos, a norma NBR15438:2006que apresentou requisitos mínimos para garantir as
características qualitativas e quantitativas dos materiais de sinalização para tintas e a norma
NBR15482:2007 que teve o mesmo objetivo, porém para materiais termoplásticos. Essas normas
citadas continuam em vigor até o momento.
Em 2007, a National Cooperative Highway Research Program (NCHRP) publicou a
Synthesis 371 – Managing Selected Transportation Assets: Signals, Lighting, Signs, Pavement
Markings, Culverts, and Sidewalks.
28
A síntese foi desenvolvida para proporcionar uma melhor compreensão do estado da arte para
gestão em infraestrutura de ativos em sistemas de transportes, identificando melhores práticas e
documentando lacunas de conhecimento para posteriores estudos.
O estudo examinou ainda os aspectos chaves de gestão de ativos de infraestrutura tais como
sinais de tráfego, iluminação, semáforos, sinalização horizontal, bombas ebueirosde drenagem, além
de calçadas de pedestres, incluindo guias básicos para manutenção, abordagens simples para
orçamento e preservação, operação e manutenção, responsabilidade organizacional sobre manutenção,
medidas de condição e desempenho, incluindo métodos e frequências para coleta de dados, estimativas
de vida útil para componentes-chave de ativos, informações tecnológicas para ajudar agências na
avaliação da gestão dos ativos, dentre outros mecanismos de gestão.
Segundo a publicação, as informações para o estudo foram adquiridas através de uma revisão
da literatura internamente aos Estados Unidos da América (EUA) e no exterior e através de pesquisas
de campo realizadas com organismos nos EUA e Canadá.
O retorno obtido desses organismos foi compilado, sendo que sua síntese representou, na
época, o estado da arte na data de sua edição.
Inicialmente, a síntese relembrou o estudo coordenado pelo TRB e realizado nos EUA e
Canadá no período compreendido entre 2000 a 2002, citando que tal estudo demonstrou real e
considerável interesse em desenvolver robustas abordagens de gestão para os assuntos de
infraestrutura, apontando, no entanto, que algumas informações básicas e competências estavam ainda
carentes de boas técnicas.
Dentre os vários assuntos abordados pela publicação, a questão de gestão de ativos, e mais
especificamente o foco desse trabalho, os aspectos relativos às sinalizações horizontais foram
abordados.
Conforme a publicação, a revisão da literatura indicou que a gestão desses ativos poderia
tornar-se complicada em vários aspectos.
29
Especificamente no âmbito da sinalização horizontal, a publicação citou que pelo ângulo da
engenharia e boa técnica, ativos compreendem um número de componentes e materiais, que atendam
diferentes condições ambientais nos EUA e Canadá e estão sujeitos a variados e diferenciados tipos de
deterioração.
O desenvolvimento de modelos que adequadamente expliquem esses mecanismos de
deterioração e que possam predizer a vida útil para a completa gama possível de condições é o maior
desafio. Considerou, inclusive, que o tráfego, tempo, sujeira, irradiação solar e outros fatores podem
afetar a retrorrefletividade dos sinais e demarcações horizontais.
Quanto à capacidade de manutenção e informação relativas à sinalização horizontal, as
agências pesquisadas mencionaram ainda várias competências e tipos de informações que seriam
necessários e estão relacionados a seguir:
• Necessidade de normatização em medições de condição e desempenho, em técnicas de
medição e valores limites, além de critérios para determinação de quando o ativo estava
falho;
• Vida útil e critérios de decisão, tais como valores mínimos aceitáveis, que precisariam ser
avaliados sob as condições de campo atuais;
• Informações adicionais e ferramental de modelamento poderiam prover melhores decisões
de suporte. Modelos de agências estudadas ajudariam a determinar a melhor política de
manutenção (ex. reposição de trechos danificados x reposição de locais danificados), além
de ferramentas e informação para conduzir a análise de custo x benefício e ciclo de vida
útil de materiais alternativos e de produtos;
• Simples práticas poderiam ajudar agências a realizar decisões de investimentos de maneira
mais fácil, rápida e eficiente. Por exemplo, embora as condições dos ativos, desempenho e
vida útil serem reconhecidas como funções de diferentes variáveis, em alguns casos são
específicas ao local.
30
• As agências não teriam tempo ou pesquisas para conduzir inspeções nos locais para toda a
decisão de gerenciamento. Gerentes necessitariam de ferramentas e procedimentos que
considerassem os efeitos dessas várias variáveis de maneira fácil para utilizar, tais como:
matrizes e curvas de ciclo de vida.
Segundo o estudo, as orientações técnicas nas quais as agências se basearam tanto para a
instalação de novas sinalizações horizontais quanto para a manutenção delas, são apresentadas a seguir
em ordem de preferência:
• Manuais e guias das agências;
• Normas nacionais;
• Estatutos;
• Política pública;
• Outros.
Conforme o texto citado, todas as agências pesquisadas avaliavam as condições e desempenho
da sinalização horizontal através de inspeções visuais. As agências ainda realizavam outras análises,
as quais são apresentadas em uma escala hierárquica de preferência conforme abaixo:
1. Inspeção visual;
2. Mensuração física;
3. Reclamação de usuários;
4. Foto e vídeo;
5. Testes não destrutivos e pesquisas com usuários;
6. Outras.
A pesquisa abordou, ainda, que a durabilidade foi avaliada através de medidas físicas, tais
como percentual de material remanescente, podendo ser um pouco subjetiva. Dentre as agências
pesquisadas, o Ministério dos Transportes de Quebec no Canadá, definiu 5 classes de durabilidade,
cada uma associada com um percentual de material remanescente e cada uma também associada com
uma cor para utilização em mapas.
31
Um manual incluiu fotografias que ilustram exemplos de como cada classe de durabilidade
aparece no campo. O Departamento de Transportes do Missouri – Distrito 7, segundo a pesquisa,
estava tentando determinar um limite aceitável de falhas na sinalização horizontal, embora os
percentuais de vazios eram considerados entre 20% e 40%. A questão ainda não estava concluída na
época. Ainda considerando-se o quesito durabilidade dos tipos de materiais mais utilizados pelas
agências (tintas e termoplásticos), o estudo cita que as estimativas de durabilidade para a vida útil de
tais materiais são as seguintes:
1. Pinturas – de 6 a 12 meses – a vida útil é afetada pela passagem do tráfego (VDM),
composição do tráfego e geometria da rodovia;
2. Termoplástico – as estimativas são variáveis, mas todos demonstram grande longevidade.
Modelos demonstram uma vida máxima hipotética de 10 a 12 anos, porém estes valores
podem reduzir sob a ação de neve, volume de tráfego, abrasão resultante de correntes em
pneus e tipo de pavimento.
Conclusivamente, o estudo apresenta alguns pontos de destaque a serem considerados:
• As variáveis de controle para análise de desempenho variaram entre as agências
pesquisadas. Dentre as variáveis listadas pelas agências foram citadas as vias urbanas ou
rurais, o volume de tráfego, o clima e a altitude aliada ao clima (Colorado reportou
decremento de vida útil em grandes altitudes), frequência de remoção de neve e tipo de
manutenção de inverno, tipo de pavimento, classificação das rodovias e preparação do
pavimento;
• Segundo o estudo, uma melhor compreensão sobre o desgaste físico da sinalização e a
perda de retrorrefletividade em áreas urbanas será obtida, no momento em que algumas
variáveis puderem ser consideradas, tais como largura de faixa de tráfego, volume de
tráfego, composição do tráfego e utilização da rodovia (ex. arterial/distrito comercial x
coletora/residencial). Os resultados poderão ser compilados em uma matriz para fácil
aplicação em outros locais;
32
• Normas para definição e mensuração de falhas em materiais foram consideradas
necessárias, como por exemplo, um valor mínimo de retrorrefletividade.
Na Europa, mais especificamente no Reino Unido, foi publicado em maio de 2007, o Design
Manual for Roads and Bridges. A publicação apresentou, dentre outras práticas, um procedimento
contendo recomendações e requisitos para inspeção e manutenção em demarcações viárias e estudos
viários em rodovias, autoestradas e assemelhadas. Em seu capítulo, referente a inspeções, apresentou,
especificamente, que a sinalização horizontal deverá ser analisada rotineiramente com base nos
quesitos de retrorrefletividade, desgaste, fator de luminância e resistência à derrapagem.
A publicação apresentou ainda critérios, fluxogramas de inspeção, periodicidade, bem como
ações que devam ser adotadas conforme forem realizadas as investigações de campo sobre as
condições da sinalização implantada. Citou também a necessidade de realização de inventário.
Relativamente ao quesito de avaliação do desgaste, o procedimento apresentou um método
visual de classificação quanto à área de sinalização remanescente no pavimento. A classificação
utilizada bem como sua avaliação é apresentada na tabela 2.3.
Tabela 2.3 – Tabela classificatória conforme o desgaste. Avaliação(1) Classificação
Não-existente 0 Pouco visível 1 Visível, mas tendo pontos desgastados e baixa evidência noturna
2
Algum desgaste visível e/ou características de evidências noturnas satisfatórias
3
Boa evidência noturna e desgaste muito pequeno 4 Boa evidência noturna e nenhum desgaste 5
Nota 1 -A avaliação visual de falhas deve ser aplicada para a amostra de uma respectiva área a cada 100m de intervalo. Para sinalizações horizontais contínuas uma avaliação geral deve ser efetuada a cada 100m de investigação. Fonte: Design Manual for Roads and Bridges(2007)
O método classifica a sinalização visualmente quanto ao desgaste, através da utilização de
uma escala de imagens que varia de 0 a 5, sendo que 0 representa sinalização não existente e 5
sinalização sem desgaste algum.
33
Durante o ano de 2008, foram publicados artigos sobre avaliação de desgaste de sinalização
horizontal pelo periódico Transportation Research Record: Journal of the Transportation Research
Board, no 2055.
Segundo o periódico, Sudhakhar et al.(2008) exercitaram uma análise, aplicando a
Distribuição Estatística de Weibull com o objetivo de quantificar o ciclo de vida útil da sinalização
horizontal, sendo tal estudo conduzido para desenvolver procedimentos de análises em dados coletados
para valores típicos de retrorrefletividade em tintas à base de água. O trabalho baseou-se em dados
coletados na Pennsylvania. Alguns pontos das conclusões do estudo são apresentados a seguir:
• Linhas brancas possuem maior longevidade do que as amarelas quando submetidas às
mesmas condições, avaliadas pelo critério da retrorrefletividade. Baseado nessa
conclusão, o estudo sugere que linhas amarelas sejam mais frequentemente repintadas a
fim de poderem manter a mesma retrorrefletividade das linhas brancas;
• Análises preditivas da vida útil da sinalização horizontal são essenciais no sucesso de
sistemas de gestão e na busca do melhor custo-benefício;
• Pelo motivo do estudo ter sido realizado em um único lugar na Pennsylvania, os autores
sugerem a repetição dele em vários locais e em diversas condições a fim de se obter
subsídios para possível adoção como método de determinação da retrorrefletividade
mínima em normas. Consideraram, portanto, esse estudo como preliminar.
No mesmo periódico citado anteriormente, Debaillon et al.(2008) apresentaram uma revisão
sobre os níveis mínimos de retrorrefletividade para sinalização horizontal a fim de encontrar-se
condições ideais para a visibilidade dos motoristas. O estudo identificou fatores- chave que
influenciam na visibilidade, tais como: configuração da sinalização, tipo de superfície do pavimento,
velocidade do veículo e presença de tachas refletivas na sinalização; o estudo resultou em
recomendações para níveis mínimos de retrorrefletividade em condições específicas de rodovias nos
EUA, apresentando também as suas respectivas limitações, bem como sugestões para futuras
pesquisas, porém sempre com o foco de avaliação da retrorefletividade.
34
Em setembro de 2008, o Departamento de Transportes de Minnesota em parceria com a
Univesidade Estadual do Iowa publicou uma pesquisa com o título: Developingand Implementing
Enhanced Pavement Marking Management Tools for the Minnesota Department of Transportation:
Phase I – Mapping Tool. A publicação apresentou um sistema de gestão de sinalização horizontal com
a utilização de software de gestão, incluindo coleta de dados de campo, mapeamento da sinalização e
normatização de coleta de dados. O objetivo do sistema foi o de fornecer informações consistentes
para a tomada de decisões pelos gestores, porém ainda estava na fase inicial de implementação.
Em maio de 2009, Mohi (2009) apresentou um método preditivo de avaliação da vida útil da
sinalização baseada na variação de retrorrefletividade, bem como percentual de material remanescente
sobre o pavimento ao longo de 2 anos, para 16 tipos de materiais de sinalização (incluindo tinta à base
de água) quando aplicados a pavimentos rígidos de concreto.Para a análise quanto à perda de material
remanescente, foi utilizado o método do Departamento de Transportes de Ohio. Através da utilização
de modelos matemáticos, o autor projetou a vida útil dos materiais, adotando como horizonte final,
valores de retrorrefletividade mínimos, previamente estabelecidos como aceitáveis. Cita o autor que a
predição de ciclo de serviço da sinalização permite avaliar o custo de vida útil da sinalização.
Ainda no ano de 2009, a Associação Portuguesa de Fabricantes e Empreiteiros de Sinalização
publicou na Revista Portuguesa de Sinalização um balanço sobre as condições de manutenção de
autoestradas em Portugal. Relativamente ao quesito sinalização horizontal, tal publicação ressaltou que
Portugal obteve um progresso notável em sua rede de autoestradas, porém não investiu o suficiente na
manutenção dessas estradas, considerando que a qualidade de conservação da sinalização é ruim e
aponta também a existência de carência de normas e/ou instruções técnicas que definam características
dos produtos, equipamentos ou serviços da área de segurança rodoviária tanto em nível local como
nacional. Apontou ainda a falta de capacidade de verificação dos poucos aspectos normalizados ou
regulamentados, ressaltando que o investimento em sinalização é uma medida de baixo custo com
resultados imediatos.
A publicação apresentou ainda um breve balanço da sinalização atual portuguesa e
demonstrou os valores adotados pela EN 1436:2007 - Road marking materials. Road marking
performance for road users.
35
Apresentou também um ensaio realizado em diversos distritos de Portugal a saber: Aveiro,
Beija, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre,
Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
O estudo português cita ainda que informações mais recentes obtidas junto a países da União
Europeia e ainda Noruega e Suíça mostram uma ausência de uniformidade na escolha dos valores de
retrorrefletividade e do tempo de vida útil a serem considerados na sinalização horizontal, porém,
ressalta que existe uma preocupação em não deixar os níveis de retrorrefletividade atingirem valores
mínimos.
Alguns critérios de conservação preventiva recomendados são citados a seguir:
• Em autoestradas, autovias e estradas de faixa única com volume de tráfego igual ou
superior a 5.000 veículos/dia, as marcas devem ser repintadas logo que a retrorrefletância
atinja 150 mcd/lux/m2;
• Sempre que a retrorrefletância de uma sinalização horizontal atingir 100 mcd/lux/m2
deverá proceder-se a sua imediata repintura.
O estudo, porém, não apresenta critérios para avaliação de desgaste baseado em percentual de
sinalização horizontal remanescente na camada do pavimento.
Em maio de 2010, Wang realizou, nos EUA, uma análise comparativa e estatística sobre os
materiais de sinalização utilizados pela National Transportation Product Evaluation Program
(NTPEP). Essa análise mostrou a durabilidade de 7 (sete) tipos de materiais de sinalização horizontal
(termoplástico, plásticos pré-formados, epóxi, poliuretano, uretano modificado, marcas duráveis e
metil-metacrilato) que foram comparados, baseados em retrorrefletividade, durabilidade e cor. Os
materiais estudados foram selecionados de 4 locais diferentes propostos pela NTPEP (Mississippi,
Pennsylvania, Wisconsin, and Utah). Utilizando avaliação de durabilidade, baseada no método do
Departamento de Transportes de Ohio associada à avaliação de retrorrefletividade e cor, o estudo,
apoiado em modelos matemáticos, propôs uma forma de previsão da vida útil da demarcação. Citou
ainda o estudo, que a durabilidade dos materiais pode variar devido a condições climáticas, bem como
características do tráfego ao qual está exposta a sinalização.
36
Ainda no mesmo ano de 2010, a ASTM publicou a norma D7585/D7585M-10, a qual
apresentou 3(três) procedimentos de campo para determinação da durabilidade da sinalização
horizontal pelo critério da retrorrefletividade, porém não apresentou valores mínimos de
retrorrefletância, deixando a definição de tais valores para as agências gestoras. As práticas descritas
foram baseadas em mensurações de retrorrefletividade, executadas com equipamento portátil e
complementados pelos testes descritos na norma ASTM E1710-97 (2011). O documento apresentou às
agências opções para aceitação de projetos e monitoramento da vida útil da sinalização horizontal,
baseados no critério de retrorrefletividade. Citou também formas de manutenção, a fim de melhorar o
desempenho da sinalização horizontal; apontou a existência de vários fatores que podem prejudicar a
visibilidade da sinalização, tais como: sujeira, óleo, marcas de frenagens, dentre outros. Sugeriu o
documento que inspeções podem ser realizadas através da utilização de registros fotográficos
periódicos, utilizando lentes de aproximação para verificar-se a deposição de sujeiras entre as
microesferas e esferas de vidro contidas na tinta.
No mesmo ano de 2010, o TRB publicou a NCHRP Synthesis 408 – Pavement Marking
Warranty Specifications (2010).
Era uma pesquisa com o objetivo primário de compilar as especificações de sinalização
baseadas em garantias utilizadas pelas agências de transporte americanas e canadenses, e também
identificava o potencial de utilização de uma especificação, baseada em garantias.
A pesquisa apresentou, no total, uma atualização das especificações e garantias utilizadas por
40 (quarenta) agências estaduais de transporte americanas e 08 (oito) canadenses.
Dentre a amostra pesquisada, 23 agências (48%) informaram que utilizam especificações de
sinalização horizontal baseadas em garantias da sinalização, sendo que as demais 25 (52%) não
utilizam esse tipo de abordagem em suas especificações.
A garantia da sinalização baseada no desempenho é avaliada considerando-se critérios de
durabilidade ou presença de material, retrorrefletividade e retenção de cor, sendo que os valores de tais
parâmetros divergem entre as agências pesquisadas.
37
Dentre várias informações coletadas, algumas merecem destaque e são apresentadas a seguir:
• Algumas agências consideraram como prazo de garantia o momento da implantação da
sinalização ou o momento logo após a implantação da sinalização, exigindo que ela esteja
dentro de certos parâmetros por períodos que variam de 1 a 6 anos, sendo que em
determinadas agências são exigidas garantias de 180 dias (período compreendido entre
estações de inverno). O período de 180 dias comumente é utilizado por agências que
atuam em regiões de clima severo ou por agências que utilizam tintas em suas
sinalizações, devido à menor expectativa de vida útil desse tipo de material;
• O objetivo da utilização de garantias nas especificações utilizadas pelas agências é o de
transferir o risco da durabilidade da sinalização bem como sua manutenção para o setor
privado, seja ele o executor do serviço ou o fabricante dos produtos de sinalização, a fim
de evitar gastos extras e não previstos pelas agências;
• Algumas agências pesquisadas consideraram que a utilização de garantias traz benefícios
tais como: melhoria de desempenho da sinalização horizontal, diminuição de pessoal para
inspeções, redução de custos, bem como possibilidade de inovação tecnológica pelo
contratado. De um lado, há redução de custos de remarcações do pavimento e do tempo
de congestionamento devido a tais remarcações, dentre outras vantagens. Por outro lado,
as agências que não utilizam o critério de garantia de desempenho alegam que
aumentaram os custos administrativos de pessoal para observância das garantias o que
aumentaria a carga administrativa, podendo ocorrer atrasos de fechamento de contratos de
rodovias, bem como impactos adversos para os contratados.
O documento cita ainda que a FHWA vem atualmente incentivando a divulgação de contratos
baseados em desempenho.
No ano de 2012, Asdrubali et. al. (2012) realizaram um experimento no município de Perugia
– Itália cujo objetivo foi apresentar um método de verificação da qualidade dos serviços de sinalização
horizontal para utilização pelo município.
38
O experimento baseou-se na norma europeia EN 1436:2007 (2008) que considerou 28 locais
no município, onde foram avaliados: superfície do pavimento, fluxo de tráfego e tipo de material de
demarcação.
Em todos os locais escolhidos foram verificados quesitos relativos à retrorrefletividade,
cromaticidade e resistência ao deslizamento, além de outros quesitos, tais como: umidade do ar,
espessura da pintura, temperatura do pavimento, etc.
O trabalho apresentou, ao final, uma matriz contendo figuras vermelhas ou verdes, as quais
serviram de parâmetro para se avaliar a qualidade do serviço executado.
As figuras vermelhas indicaram serviços de qualidade inferior à requerida.
De maneira análoga, as figuras verdes indicaram serviços de qualidade aceitável. O autor
concluiu que a ferramenta pode fornecer subsídios à municipalidade, possibilitando a verificação da
qualidade dos serviços prestados.
O método proposto, porém, não avaliou o desgaste da sinalização ao longo do tempo.
Atualmente, a Federal Highway Administration (FHWA) está propondo a atualização do
Manual on Uniform Traffic Control Devices (MUTCD) (2003) com base na manutenção de níveis
mínimos de retrorrefletividade para as demarcações de pavimento.
As alterações, todavia, ainda não foram realizadas e estão em fase de análise. A revisão
proposta está baseada em definições de níveis mínimos de retrorrefletividade da sinalização horizontal.
39
2.3. Síntese do material pesquisado
As tintas formuladas à base de resina acrílica são as mais comumente utilizadas em
municípios de pequeno e médio porte pelo baixo custo de implantação inicial. A durabilidade de
pinturas varia entre 6 a 12 meses e é afetada pela passagem do tráfego (VDM), composição do tráfego
e geometria da rodovia.
Conforme registros encontrados no material pesquisado, após a Segunda Guerra Mundial a
preocupação quanto à durabilidade dos materiais de sinalização tornou-se objeto de maior foco, sendo
posteriormente mais evidenciada na década de 70, especificamente no ano de 1973, quando surgiu a
preocupação em utilizar materiais de sinalização mais duráveis e resistentes à ação do tráfego.
No ano de 1988, a ASTM criou a primeira norma para avaliação de desgaste da sinalização
com base no percentual de filme de tinta que permanece intacto sobre o pavimento.
No biênio 1999/2000 surgiram estudos e pesquisas nacionais e internacionais com o foco de
identificar técnicas possíveis de serem aplicadas em análise de desempenho de sinalização.
No exterior, os estudos realizados ao longo do tempo, tanto no continente americano quanto
no europeu, apontaram a preocupação com a avaliação da vida útil da sinalização, sendo alguns
baseados em métodos de avaliação de desgaste através da variação de retrorrefletividade e outros no
percentual de película de pintura remanescente sobre o pavimento.
Na maioria dos casos encontrados, ambos os métodos são utilizados de maneira
complementar.
Vários estudos apontam, dentre outros quesitos, para a necessidade também de avaliação da
vida útil da sinalização horizontal quando submetida a ações variadas de tráfego, características das
vias, intempéries e condições climáticas.
40
No Brasil, o primeiro trabalho acadêmico que avaliou o desempenho de determinados tipos de
sinalização foi realizado em 1999. O trabalho científico citado aplicou alguns tipos de materiais de
sinalização e avaliou seu desempenho quando submetido ao tráfego típico de rodovias, no estado de
Minas Gerais, avaliando os quesitos relacionados à qualidade dos materiais empregados bem como os
aspectos relativos à perda de retrorrefletividade da sinalização, associada ao percentual remanescente
de pintura sobre o pavimento. Apesar da grande contribuição e alta relevância do estudo, os métodos
de avaliação de desgaste utilizados apresentaram-se voltados à aplicação em rodovias.
Ainda no Brasil, no ano de 2002, surgiu outra dissertação, cujo objetivo, dentre outros, foi o
de apresentar métodos de aplicação e controle de qualidade de materiais de sinalização horizontal,
propondo como resultado final uma especificação técnica para execução e controle de serviços de
sinalização urbana horizontal pelo processo de pintura a frio em cidades de pequeno e médio porte. O
estudo caracterizou-se por apresentar uma abordagem simples e de fácil utilização por municípios de
pequeno e médio porte, porém, não propôs nenhuma metodologia focada na avaliação do desgaste da
sinalização quando submetida à ação do tráfego urbano.
A ABNT, por sua vez, publicou uma série de normas sobre o assunto sinalização horizontal.
Especificamente aos serviços de sinalização realizados com tintas, foram basicamente publicadas 2
(duas) normas sendo uma, no ano de 2005, a qual estabeleceu procedimentos para avaliação da
retrorrefletividade de demarcações viárias, e a segunda, dentre outros quesitos, estabeleceu os
procedimentos para controle de serviços de pintura. As normas publicadas pela ABNT, no entanto,
apresentam características mais aplicáveis a rodovias, avaliando o desgaste da sinalização apenas
através do decremento dos índices de retrorrefletividade da sinalização ao longo do tempo, não
apresentando nenhum outro método complementar de avaliação de desgaste de sinalização, como por
exemplo, o de avaliação de perda de percentual de filme de pintura.
Relativamente ao critério de avaliação de percentual remanescente de pintura, o método
utilizado pela ASTM, por sua vez, apresentou-se amplo, contendo uma grande variação de percentual
de pintura remanescente, o que a torna trabalhosa e de difícil aplicação.
41
Outros organismos internacionais também utilizam o método de controle de pintura
remanescente com escalas de avaliação menores e mais fáceis de serem observadas através de análise
comparativa visual.
Dentre os métodos com as características citadas, destacam-se os métodos utilizados pelo
Reino Unido e pelo Departamento de Transportes de Ohio-EUA.
O primeiro apresenta-se simples e de fácil aplicação prática, uma vez que possui apenas 6
(seis) classes para utilização na comparação visual; o segundo mostra-se um pouco mais amplo,
apresentando uma gama maior de percentuais possíveis, variando em números inteiros de 0 a 10 (dez)
classes.
De maneira geral, dentre todas as questões levantadas e apresentadas na revisão bibliográfica
tanto em nível nacional quanto no internacional, no que tange ao quesito relacionado à avaliação da
durabilidade da sinalização, existe a evidente falta de padronização e consenso sobre valores
estabelecidos de retrorrefletividade, seja ela inicial ou residual, incluindo falta de padronização quanto
ao método de leitura de retrorrefletividade.
Ao longo do tempo, e mais frequentemente, nos dias atuais, a preocupação com a avaliação da
durabilidade da sinalização vem despertando o interesse de universidades e pesquisadores, os quais
atualmente desenvolvem trabalhos científicos em parceria com órgãos de transporte, buscando
apresentar métodos de avaliação preditiva da vida útil da sinalização, considerando o quesito
retrorrefletividade. Tais métodos, entretanto, apresentam-se ainda complexos para utilização prática
direta pelos órgãos de trânsito de municípios de pequeno e médio porte brasileiros, sendo mais úteis na
definição de valores preditivos teóricos de durabilidade da sinalização.
Em síntese, conforme verificou-se na revisão bibliográfica, a sinalização urbana faz parte do
mobiliário urbano, devendo estar perceptível ao motorista e aos pedestres tanto no período diurno
quanto no noturno. Os procedimentos adotados em nível nacional e internacional para avaliação do
estado da sinalização estão baseados em quesitos de visibilidade diurna (percentual de filme de pintura
depositado sobre o pavimento) e noturna (retrorrefletividade).
42
Quanto ao quesito de visibilidade noturna, muitos pontos necessitam ainda ser esclarecidos,
uma vez que não existe consenso em nível internacional sobre quais valores de retrorrefletividade são
mais adequados, uma vez que as necessidades de visualização podem variar conforme a faixa etária do
cidadão, cor da faixa de sinalização (amarela ou branca), valores de retrorrefletividade inicial e final,
dentre outros.
Em âmbito nacional, a norma da ABNT afeta o assunto, apenas sugere valores de
retrorrefletividade inicial, não fornecendo critérios para análise de desempenho ao longo da vida útil da
sinalização.
Relativamente ao quesito de visibilidade diurna (percentual de filme de pintura depositado
sobre o pavimento), não existe em nível nacional nenhuma norma técnica da ABNT abordando o
assunto. Dentre os procedimentos internacionais, 3 (três) merecem destaque a saber: ASMT,
Departamento de Transportes de Ohio - EUA e Método do Reino Unido, sendo que esse último
apresenta 6(seis) classes de variação de percentual de filme de pintura.
Ainda no âmbito dos quesitos de visibilidade noturna e diurna da sinalização, a revisão da
literatura aponta que agências internacionais estão atualmente em desenvolvimento de ferramentas
mais adequadas aos critérios de aceitação de serviços relativos à sinalização horizontal; em
contrapartida, em nível nacional, as normas da ABNT foram desenvolvidas com foco em rodovias,
sendo, portanto, mais utilizadas pelas agências concessionárias e por grandes municípios.
Os municípios de menor porte, além dos problemas identificados (falta de pessoal técnico
capacitado, dificuldade de aquisição de equipamentos específicos, trânsito urbano com características
mais severas que rodovias, iluminação pública, etc.) não possuem ferramentas disponíveis e adequadas
à sua realidade o que resulta na contratação, execução e/ou aceitação de serviços de má qualidade. Fica
caracterizada, portanto, a necessidade de estudos voltados a desenvolver ferramentas adequadas a
municípios de pequeno e médio porte, considerando a situação específica do trânsito urbano.
43
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
Embasado na revisão bibliográfica, uma vez verificada a carência de métodos voltados à área
urbana, especificamente em municípios de pequeno e médio porte, idealizou-se um estudo
experimental o qual foi planejado, conforme descrito a seguir.
Hipótese: verificar a suficiência da avaliação visual na definição do estado de desgaste da
sinalização horizontal viária em meio urbano.
Objetivo: desenvolver estudo experimental realizado em verdadeira grandeza, com definição
de estações experimentais, contendo demarcações horizontais realizadas com tintas brancas sem adição
de microesferas de vidro, para poder avaliar de maneira visual o estado de visibilidade diurna da
sinalização implantada.
1. Escolha de um município de médio porte para realização do experimento;
2. Definição das características desejadas para os locais no município onde foram implantadas as
estações experimentais.
O objetivo é identificar a presença de agentes de fomento ao desgaste da sinalização
horizontal, para isso, será necessário buscar-se a obtenção de locais, contendo as seguintes
características:
• Situações variadas quanto aos esforços impostos pelo tráfego urbano à sinalização
horizontal implantada;
• Variações de características relativas à construção da via;
• Variações de fluxo e tipo de tráfego.
44
Ficou evidenciada a necessidade de se identificar locais que possibilitassem obter espessuras
de filme de pintura o mais constante possível, bem como a busca de condições idênticas relacionadas
ao meio ambiente para todos os locais do estudo.
Para tanto, ficou prevista a utilização de faixas de macrotextura de camada superficial do
pavimento próximo e condições similares de conservação e limpeza dos locais de ensaio.
3. Verificação das características desejadas para os locais das estações experimentais:
O desgaste na sinalização pode ser acelerado por algumas situações típicas do sistema viário.
Esse desgaste diferenciado pode ser motivado nas seguintes situações:
• Volume de tráfego circulante e tipo de veículo predominante na via;
• Esforços de aceleração ou de frenagem motivados por fluxos de trânsito perpendiculares a
via;
• Traçado geométrico da via: segmento retilíneo ou em curva.
Essas situações foram então divididas em classes que permitissem a avaliação do desgaste a
ser observado no experimento.
Cada uma dessas situações foi dividida conforme as classes apresentadas na tabela 3.1.
45
Tabela 3.1 – Variáveis identificadas nos locais do estudo e simbologia atribuída. Descrição das variáveis Simbologia
Características relativas ao
fluxo de tráfego
Classificação da via Arterial AR Trânsito rápido TR
Tipo de tráfego de veículos
Leve TL Pesado TP
Aceleração Leve AL Moderada AM
Desaceleração Leve DL Movimento Uniforme MU
Características relativas à
construção da via
Greide Plano GP Aclive – ângulo de inclinação GA Declive – ângulo de inclinação GD
Traçado Curva moderada CM Curva acentuada CA Tangente TA
Na tabela 3.1 são identificados os seguintes campos e abreviaturas:
a. Classificação da via: Indica a classificação da via conforme determinado pela
Autoridade Municipal de Trânsito do município e conforme o CTB – Código de
Trânsito Brasileiro (1997);
i. Arterial (AR);
ii. Trânsito rápido (TR).
b. Tipo de tráfego de veículos predominante:
i. Tráfego Leve (TL);
ii. Tráfego Pesado (TP).
46
c. Variações na velocidade do veículo:
i. Aceleração:
• Aceleração Leve (AL): situação viária que caracteriza pequeno aumento de
velocidade dos veículos circulantes;
• Aceleração Moderada (AM): situação viária que caracteriza moderado aumento
de velocidade ao fluxo de tráfego.
ii. Desaceleração:
• Desaceleração Leve (DL): situação viária que resulta em pequena diminuição de
velocidade ao fluxo de tráfego;
• Movimento Uniforme (MU): locais do sistema viário que permitem ao fluxo
viário trafegar em velocidade constante.
d. Greide: Representa as variações nas inclinações do greide longitudinal da via, sendo:
i. Greide aclive (GA);
ii. Greide declive (GD);
iii. Greide plano (GP);
iv. Ângulo de inclinação: É o ângulo de inclinação do pavimento, fornecido através de
leituras topográficas para os trechos em estudo.
e. Traçado horizontal do segmento de via em estudo:
i. Segmento viário retilíneo ou tangente (TA);
ii. Segmento viário em curva:
• Curva moderada (CM): curva horizontal, com ângulo central entre 0o e 45º;
• Curva acentuada (CA): curva horizontal com ângulo central maior que 45º.
47
4. Tipos de tintas a ser implantadas:
Municípios de médio e pequeno porte empregam majoritariamente tintas brancas formuladas
à base de resina acrílica, apresentando alta resistência à abrasão para aplicações definitivas e baixa
resistência à abrasão em aplicações provisórias. Esse tipo de pintura utiliza equipamento aplicador que
opera por aspersão da tinta, o que resulta numa película disposta sobre o pavimento.
5. Espessura do filme de pintura:
A espessura do filme de pintura aplicada está diretamente relacionada à durabilidade da
sinalização implantada. A fim de garantir uma espessura de filme de pintura o mais homogênea
possível, foram controladas a velocidade do equipamento de pintura e a pressão de aplicação da tinta
sobre o pavimento, além disso, foram verificadas:
• Rugosidade superficial do pavimento a ser pintado: a macrotextura do pavimento a ser
verificada, através do emprego do ensaio da mancha de areia;
• Espessuras de filme de tinta úmido e seco: verificadas com a utilização de medidor tipo
pente e micrômetro, respectivamente.
6. Planejamento da implantação das estações de estudo:
Em cada estação experimental, a implantação da sinalização deve ser precedida pelas
seguintes atividades:
• Interdição da via, sinalização de segurança e preparo do local a ser sinalizado;
• Implantação da sinalização, com aplicação de faixas com largura aproximada de 10 cm,
transversais ao fluxo de tráfego e espaçadas entre si em 10 cm;
• Coleta de amostras para controle de qualidade através de controle de espessura de filme
seco e úmido;
• Levantamento de dados sobre as características relativas ao fluxo de tráfego e construção
da via.
48
7. Evolução do desgaste da sinalização por registro fotográfico sistemático:
• A fim de permitir a posterior avaliação de observadores diferentes do autor, previu-se o
registro sistemático através de fotografias;
• Garantia da escala da fotografia obtida através de registros à altura constante do solo;
• Análise dos períodos de vida útil da pintura em comparação aos tempos citados na
pesquisa bibliográfica.
8. Definição de critério para classificação visual do desgaste observado nos vários pontos do
experimento.
O critério para classificação visual, avaliado no presente trabalho, baseou-se em uma
adaptação do Design Manual for Roads and Bridges (2008), apresentado no capítulo 2 - Revisão
Bibliográfica.
49
4. APRESENTAÇÃO DO EXPERIMENTO DE CAMPO E DOS CRITÉRIO S
PROPOSTOS PARA AVALIAÇÃO DE DESGASTE DA SINALIZAÇÃO
HORIZONTAL REALIZADA COM TINTAS
4.1. Considerações iniciais:
Através da revisão bibliográfica, observou-se que existe uma carência de métodos de
classificação de desgaste de sinalização que pudessem ser de fácil aplicação e simples interpretação,
sem a necessidade de utilização de aparelhos sofisticados ou de difícil operação. Aliado a isso, a
bibliografia pesquisada apresentou-se pouco voltada à situação dos municípios brasileiros.
A fim de simular uma situação real, idealizou-se um experimento de campo para obter um
critério de classificação visual para análise do desgaste da sinalização horizontal, implantado ao longo
do tempo, que fornecesse uma ferramenta para utilização em municípios de pequeno e médio porte
brasileiros.
O experimento de campo proposto foi embasado na metodologia apresentada no capítulo 3,
visando verificar a suficiência da avaliação visual na definição do estado de desgaste da sinalização
horizontal viária em meio urbano, com o objetivo de desenvolver um estudo experimental realizado
em verdadeira grandeza, contendo estações experimentais com demarcações horizontais, realizadas
com tintas sem adição de microesferas de vidro, possibilitando, assim, avaliar de maneira visual o
estado de visibilidade diurna da sinalização implantada.
50
Considerando os objetivos expostos nos parágrafos anteriores, escolheu-se o município de
Sumaré, localizado no Estado de São Paulo - Brasil, o qual faz parte da Região Metropolitana de
Campinas e possui uma população estimada de 240.000 habitantes com uma frota fixa de veículos
aproximada de 120.000 veículos (leves e pesados) conforme informações fornecidas pelo IBGE e
PRODESP, respectivamente, para o ano de 2012.
Figura 4.1 – Mapa da Região Metropolitana de Campinas contendo a localização do município de Sumaré-SP. Fonte: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Transportes Metropolitanos, obtido em http://www.stm.sp.gov.br.
Uma vez definido o município, foram identificados os locais a serem implantadas as estações
experimentais.
51
Foi importante identificar locais para a realização do experimento contendo situações variadas
quanto aos esforços impostos pelo tráfego urbano à sinalização horizontal, bem como variações de
características relativas à construção da via, fluxo e tipo de tráfego.
No objetivo de se obter condições de contorno do experimento, buscou-se também identificar
locais que apresentassem faixas de macrotextura de camada superficial do pavimento próximas entre si
e condições similares de conservação e limpeza.
Com base nos parâmetros definidos anteriormente, e através de observações de campo, foram
então escolhidas 04 (quatro) vias cuja localização no município está apresentada na figura 4.2 e 09
(nove) pontos distribuídos conforme abaixo:
1. Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto, Jardim Dall’orto- Pontos P1 e P2;
2. Avenida Júlio de Vasconcellos, Região Central -Pontos P3e P4;
3. Avenida Fuad Assef Maluf, Região Central- Pontos P5 e P6;
4. Avenida 3M, Região Central - Pontos P7, P8 e P9.
Figura 4.2 – Localização das vias com as estações experimentais no município.
52
Na tabela 4.1 são apresentadas as variáveis identificadas em cada local escolhido e seu
respectivo ponto. Os campos e as variáveis indicadas na tabela 4.1 possuem significados conforme
descritos a seguir:
(1) Local: Identifica o nome da Avenida ou Rodovia na qual os dados foram colhidos;
(2) No do Ponto: Identifica o número do ponto referente aos dados;
(3) Faixa: Identifica o número da faixa referente aos dados;
(4) Classificação da via: AR para via arterial e TR para via de trânsito rápido;
(5) VDM estimado: Volume diário médio, obtido através de levantamentos realizados pela
Prefeitura Municipal de Sumaré para os locais do estudo;
(6) Variáveis relativas ao fluxo de tráfego:
• VL para tráfego predominante tipo leve e VP para tráfego pesado;
• AL para aceleração leve, AM para aceleração moderada e MU para movimento
uniforme.
(7) Variáveis relativas à construção da via:
• GP para greide plano, GA para greide em aclive e GD para greide em declive. Entre
parênteses estão indicados os ângulos para os trechos em aclive (+) e declive (-);
• TG para trecho em tangente, CM para curva moderada e CA para curva acentuada.
Todos os locais escolhidos apresentaram faixas de macrotextura superficial do revestimento
do tipo fina ou fechada e boas condições de conservação e limpeza.
53
Tabela 4.1 – Variáveis identificadas em cada local escolhido.
Local (1)
No d
o P
onto
(2
)
Fai
xa(3
)
Cla
ssifi
caçã
o da
via
(4)
VD
M
estim
ado
(5) Variáveis
relativas ao fluxo de tráfego
(6)
Variáveis relativas à
construção da via (7)
Av. Antonio Pereira de Camargo Neto, Jardim
Dall´orto
P1 F1
AR 8380
VP, AL GP, TG
F2 VP, DL GP, TG
P2 F1 VP, MU GP, TG
F2 VP, AL GP, TG
Av. Júlio de Vasconcellos, Região Central.
P3 F1
TR 9844
VL, AM GP, CM
F2 VL, AM GP, CM
P4 F1 VL, MU GD (- 4,72º ), TG
F2 VL, MU GD (- 4,72º ), TG
Av. Fuad Assef Maluf, Região Central.
P5 F1
AR
7554 VP, AL GP, TG
F2 VP, AL GP, TG
P6 F1 13280
VP, AL GP, TG
F2 VP, AL GP, TG
Av. 3M, Região Central.
P7 F1
14080
VL, AM GP, TG
F2 VL, AM GP, TG
P8 F1 VL, AM GA (+ 8,85º ), CA
F2 VL, AM GA (+ 8,85º ), CA
P9 F1 VL, AM GA (+ 14,72º ), TG
F2 VL, AM GA (+ 14,72º ), TG
AR – Via arterial AM – Aceleração moderada TG – Trecho em tangente TR – Via de trânsito rápido MU – Movimento uniforme CM – Curva moderada VP – Veículos pesados GP – Greide plano CA – Curva acentuada VL – Veículos leves GA – Greide em aclive AL – Aceleração leve GD – Greide em declive
Após a caracterização de cada ponto do estudo, cada local foi sinalizado com 03 (três) faixas
pintadas no sentido perpendicular ao fluxo de tráfego, buscando-se garantir que todos os veículos que
trafegassem pelas vias passassem necessariamente sobre as faixas pintadas.
54
As especificações das tintas utilizadas no experimento de campo para cada faixa foram DNIT,
DER 3.09 e DER 3.16 as quais possuem diferentes resistências à ação do tráfego e, portanto, diferentes
durabilidades teóricas. Todas as tintas utilizadas são formuladas à base de resina acrílica.
Durante a pintura das faixas, a fim de garantir uma espessura de filme de pintura o mais
homogênea possível, foram controladas a velocidade do equipamento de pintura e a pressão de
aplicação da tinta sobre o pavimento. Foram coletadas amostras de pintura e realizadas leituras de
espessura de filme úmido e seco de pintura.
Após a aplicação das faixas, foram realizados registros fotográficos durante determinado
período de tempo, com a finalidade de avaliar a evolução do desgaste da sinalização, sendo que tais
registros foram realizados à altura constante do solo através da utilização de um tripé para garantir a
mesma escala para todas as fotos. Os registros fotográficos foram posteriormente tabulados, dando
origem a um banco de dados.
Uma vez devidamente registradas e documentadas as imagens, fez-se necessário adotar um
critério para classificação visual dessas imagens, o qual é objeto do presente estudo. Com base na
revisão bibliográfica, foi adotada como ponto de partida uma adaptação do método do Design Manual
for Roads and Bridges (2008).O método, ora apresentado, possui originalmente 6 classes, variando
entre 0 e 5 (números inteiros), sendo que, 0 significa ausência total de sinalização e 5 significa
sinalização nova. Adotou-se, portanto, o método citado, porém retirando-se os quesitos relativos à
visibilidade noturna.
Definidos os parâmetros necessários, as imagens obtidas foram classificadas pelo autor dentro
dos critérios propostos e cada local foi avaliado individualmente (resultados obtidos por cada estação
experimental) e coletivamente (resultados comparativos entre todas as 9 estações experimentais). As
análises gráficas obtidas foram realizadas, considerando-se as informações sobre o tráfego nas várias
condições viárias previstas versus desgaste da sinalização classificada por análise visual. Ao final do
experimento, para fins de validação da suficiência da análise visual para avaliação do desgaste da
sinalização horizontal, realizaram-se testes com grupos de conferência e técnicos atuantes na área de
sinalização horizontal.
55
4.2. Caracterização do experimento de campo
O experimento caracterizou-se por analisar a durabilidade de 3 tipos diferentes de tintas
quando expostas a determinadas solicitações de tráfego comumente encontradas em municípios, sendo
selecionados para tanto, locais com cenários que teoricamente resultariam em situações variadas
quanto aos esforços impostos pelo tráfego à sinalização horizontal implantada.
Conforme exposto anteriormente e através de observações preliminares de campo, foram
escolhidas 04 (quatro) vias e 09 (nove) pontos, distribuídos conforme abaixo:
1. Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto, Jardim Dall´orto - Pontos P1 e P2;
2. Avenida Júlio de Vasconcellos, Região Central - Pontos P3 e P4;
3. Avenida Fuad Assef Maluf, Região Central - Pontos P5 e P6;
4. Avenida 3M, Região Central - Pontos P7, P8 e P9.
A localização dos pontos escolhidos é apresentada nas figuras de 4.3 a 4.9.
Figura 4.3 – Localização do ponto P1. Figura 4.4 – Localização do ponto P2.
56
Figura 4.5 – Localização do ponto P3. Figura 4.6 – Localização do ponto P4.
Figura 4.7 – Localização do ponto P5. Figura 4.8 – Localização do ponto P6.
57
Figura 4.9 – Localização dos pontos P7, P8 e P9.
Inicialmente realizou-se em cada ponto escolhido o ensaio da mancha de areia, a fim de
caracterizar o estado da macrotextura do pavimento nos locais do experimento, adotando-se como base
do ensaio a norma ASTM E965-96 (2005) e o Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos,
publicação IPR-720, DNIT (2006).Maiores detalhes sobre o ensaio da Mancha de Areia são
apresentados no Apêndice B.
Após a caracterização de cada ponto de estudo, foi planejada e implantada a sinalização
proposta para o teste. Cada local foi sinalizado com 03 (três) faixas pintadas no sentido perpendicular
ao fluxo de tráfego para garantir que todos os veículos que trafegassem pelas vias, passassem
necessariamente sobre as faixas pintadas. Os projetos básicos de sinalização utilizados, que
correspondem aos mapas de 1 a 4, são apresentados nas figuras de 4.10 a 4.13.
As especificações das tintas utilizadas no experimento de campo para cada faixa foram DNIT,
DER 3.09 e DER 3.16 conforme apresentadas na tabela 4.2. Os 03 (três) tipos de tinta foram
escolhidos por serem os mais utilizados na época do experimento em municípios de pequeno e médio
porte.
58
Figura 4.10 – Mapa1 – Localização dos pontos 1 e 2.
59
Figura 4.11 – Mapa 2 – Localização dos pontos 3 e 4.
60
Figura 4.12 – Mapa 3 – Localização dos pontos 5 e 6.
61
Figura 4.13 – Mapa 4 – Localização dos pontos 7, 8 e 9.
62
De uma maneira simplista, a durabilidade de um determinado tipo de tinta está relacionada à
resistência de abrasão que a mesma apresenta. Por esse motivo, considerando-se as especificações
técnicas das tintas, esperava-se uma durabilidade de cada uma na seguinte ordem (da mais durável para
menos durável respectivamente): DER 3.09, DNIT e DER 3.16, as quais apresentam valores de
resistência à abrasão de 95, 80 e 60, respectivamente, conforme pode ser verificado na tabela 4.2.
Definidos os quesitos necessários, a sinalização foi então planejada e implantada durante a
semana de 20 a 24 de Dezembro do ano de 2004. Inicialmente realizou-se a implantação das faixas de
sinalização que utilizavam tinta padrão DNIT nos pontos de 01 a 09.
Posteriormente, voltou-se ao ponto 01 e iniciou-se a sinalização da tinta padrão DER 3.09, e
por último, as faixas de tinta padrão DER 3.16. As faixas foram então identificadas, conforme
demonstrado na figura 4.14.
Tabela 4.2 – Comparativo entre os requisitos quantitativos de tintas à base de resina acrílica.
Requisitos quantitativos
DNIT Especificação
Técnica EM 368/97
DER Especificação
Técnica 3.09
DER Especificação
Técnica 3.16
mín. máx. mín. máx. mín. máx. Consistência (UK - Unidades Krebs) 80 95 na na na na Estabilidade na armazenagem: alteração de consistência (UK - Unidades Krebs)
- 5 - 5 - 5
Matéria não volátil, porcentagem em massa 62,8 69 68 - na na Pigmento, porcentagem em massa 40 50 45 - 50 - Dióxido de titânio (Ti O2), porcentagem em massa no pigmento 25 - 23 - 12 -
Cromato de chumbo (Pb Cr O4), porcentagem em massa no pigmento. 22 - 23 - 10 -
Veículo não volátil, porcentagem em massa do veículo.
38 - 40 - 34 -
Veículo total, porcentagem em massa da tinta. 50 60 50 60 - 48 Tempo de secagem, No Pick Up Time, minutos. - 15 - 20 - 20 Resistência à abrasão 80 - 95 - 60 - Massa específica, g/cm3 1,30 1,45 1,35 - 1,40 - Brilho a 60º, unidade. - 20 - na na na
63
As tintas foram aplicadas sem adição de microesferas de vidro (premix ou drop on), pois o
objetivo do experimento foi avaliar o desempenho de cada tipo específico de tinta sem a adição de
elementos que pudessem alterar sua durabilidade e resistência à ação do tráfego. Tomando-se por base
o experimento realizado, buscou-se avaliar a durabilidade da sinalização implantada, analisando-se o
desgaste dela quando exposta a variadas solicitações de tráfego encontradas comumente em vias
urbanas.
Não foi objeto do estudo a avaliação da perda de retrorrefletividade da sinalização ao longo
do tempo.
Figura 4.14 – Identificação das faixas de pintura aplicadas em cada ponto de ensaio.
Figura 4.15 – Máquina de deslocamento manual (não auto-propelida).
Quanto à forma de aplicação, as faixas de sinalização foram aplicadas pelo processo de
aspersão a frio, com máquina de deslocamento manual (não autopropelida) conforme
demonstrado na figura 4.15. Durante a aplicação das faixas, a espessura do filme úmido de tinta
foi controlada a fim de obter-se o valor mais homogêneo possível. Foram colhidas 3 (três)
amostras de tinta para cada faixa (borda – eixo – borda) conforme demonstrado na figura 4.15.
As leituras de filme úmido foram realizadas com o medidor tipo pente para cada amostra
conforme ilustrado na figura 4.16.
64
Figura 4.16– Coleta das amostras de filme de pintura para medição da espessura de filme úmido com medidor tipo pente.
No total foram colhidas 81 amostras durante a pintura das faixas, em placas
retangulares de alumínio com dimensões aproximadas de 215 mm x 160 mm conforme figuras
4.17 e 4.18.
Figura 4.17 – Foto do lado maior da placa de amostra.
Figura 4.18– Foto do lado menor da placa de amostra.
Após o devido tempo de secagem das amostras de tinta, foram realizadas 04 (quatro)
leituras de filme seco para cada uma das amostras, através da utilização de um micrômetro em
pontos previamente estabelecidos, conforme demonstram as figuras 4.19 e 4.20.
65
Figura 4.19– Leitura de filme seco. Figura 4.20 – Desenho da placa de amostra de pintura.
A leitura com o micrômetro foi realizada nos 4 (quatro) locais demonstrados na figura
4.20, sendo que a espessura de filme seco foi obtida conforme equação 4.1.
eFS = eC – eP (equação 4.1)
onde:
eFS = espessura de filme seco em milímetros;
eC = espessura do conjunto (filme seco de pintura + placa) em milímetros, obtida
através de leitura direta com micrômetro;
eP = espessura padrão da placa em milímetros obtida através de leitura direta com
micrômetro;
O Apêndice C apresenta todos os registros de leituras de filme úmido e seco obtidos
durante a aplicação das faixas de pintura para cada local em estudo.
Paralelamente à implantação das faixas nos respectivos pontos de estudo, foram
realizados levantamentos de VDM pelo pessoal de apoio da Prefeitura de Sumaré para cada via
do estudo, já devidamente apresentados na tabela 4.1.
Posteriormente à pintura das respectivas faixas de tinta, foram efetuados 07 (sete)
registros fotográficos ao longo do período de coleta de dados em campo.
Filme de tinta
Sem
pin
tura
215 mm
Leitura 4 Leitura 3
Leitura 1
160
mm Leitura 2
Sem
pin
tura
66
Os registros foram efetuados para cada ponto, faixa de tráfego e respectivo tipo de tinta,
visando a possibilitar a verificação do desgaste posterior que cada faixa de pintura aplicada
apresentou devido à ação do tráfego ao qual estava sujeita.
As datas e os dias corridos entre os registros fotográficos são apresentados na tabela 4.3
– Cronologia de coleta das imagens.
Tabela 4.3 – Cronologia de coleta das imagens. Número
do registro Data do registro
fotográfico das imagens Dias corridos acumulados
Intervalo entre os registros
1. 24 de Dezembro de 2004 0 - início 0 - início 2. 16 de Fevereiro de 2005 54 54 3. 20 de Abril de 2005 117 63 4. 13 de Julho de 2005 201 84 5. 18 de Agosto de 2005 237 36 6. 16 de Novembro de 2005 327 90 7. 04 de Abril de 2006 466 139
Os registros fotográficos sempre foram realizados no mesmo dia para todos os pontos.
Informações complementares correlacionando os pontos do estudo, tipos de tintas utilizadas bem
como data de coleta das imagens e sua respectiva numeração são apresentados na tabela D.1 do
Apêndice D – Banco de Dados de Imagens.
As fotos foram obtidas através de uma câmera fotográfica de marca Pentax, modelo
MZ-50, com lente objetiva 35 – 80 mm, regulada para zoom máximo.
As imagens foram registradas, utilizando-se filme fotográfico com película ISO 400. A
altura de captação das imagens foi constante do solo, utilizando-se para isso de um tripé,
conforme figura 4.21.
67
Figura 4.21– Ilustração do conjunto para captura das fotos.
A altura de captação das imagens foi de 38,5cm medidos da lente da câmera ao solo,
conforme demonstram as figuras 4.22 e 4.23.
Figura 4.22 – Ilustração da altura de captura das imagens.
Figura 4.23 – Caracterização da altura de captura das imagens.
Após a captura das imagens, os filmes foram revelados e cada registro em papel foi
digitalizado através de um scanner com resolução de 300 dpi (dots per inch – pontos por
polegada).
68
Posteriormente à digitalização das imagens, montou-se um banco de dados com todos
os registros fotográficos obtidos durante o período de coleta de dados, o qual é apresentado no
Apêndice D e contém todas as imagens obtidas e consideradas no estudo, correlacionando essas
imagens aos locais, tipos de tintas utilizadas e datas de coleta, conforme exemplificado na tabela
4.4 – Identificação de informações contidas no banco de dados e figura 4.24 – Exemplo de
imagens contidas no banco de dados.
Tabela 4.4 – Identificação de informações contidas no Banco de Dados. Ponto
(1) Tipo de Tinta (2)
Faixa (3)
Mapa (4)
Datas (5) 24/12/04 16/02/05 20/04/05 13/07/05 18/08/05
1 DER 3.16 2 1 004 (6) 058 112 166 220
Na tabela 4.4 são fornecidas as seguintes informações:
(1) – Ponto: Número identificador do ponto de experimento;
(2) – Tipo de tinta: Tipo de tinta utilizada;
(3) – Faixa de tráfego: Número identificador da faixa de tráfego no ponto de
experimento;
(4) – Mapa: Número identificador do mapa relativo ao ponto de experimento;
(5) – Datas: Datas de coleta das imagens;
(6) – Número de identificação da foto no banco de dados.
Foto 011 Foto 012 Foto 013 Foto 014 Figura 4.24 – Exemplo de imagens contidas no banco de dados.
Formatado o banco de dados de imagens, elas foram submetidas a um critério de
avaliação visual, o qual busca verificar a aplicabilidade da avaliação visual na determinação do
índice de desgaste da sinalização sob a ação do tráfego.
69
Conforme apresentado e descrito no capítulo 2, utilizou-se para tanto, o método contido
no Design Manual for Roads and Bridges (2008).
Em razão da opção por não inclusão de microesferas de vidro na análise de desempenho
da sinalização testada, tornou-se inapropriada a avaliação quanto aos quesitos de visibilidade
noturna da sinalização.
Portanto, para avaliação apenas da visibilidade diurna, houve a necessidade de
adaptação do texto proposto no método citado, tornando assim a avaliação proposta no presente
estudo conforme a tabela 4.5, excluindo apenas os textos relativos à visibilidade noturna.
Tabela 4.5 – Tabela classificatória conforme o desgaste –critérios para análise de visibilidade diurna.
Avaliação da sinalização Classificação Não-existente 0 Pouco visível 1 Visível, porém com pontos desgastados 2 Algum desgaste visível 3 Desgaste muito pequeno 4 Nenhum desgaste 5
Fonte: Adaptado de Design Manual for Roads and Bridges (2008).
Definido o critério de avaliação, as imagens foram submetidas à classificação pelo autor
através da análise visual, sendo que foi atribuída para cada uma das imagens coletadas uma
classificação, com base na tabela 4.5.
As figuras 4.25, 4.26, 4.27, 4.28, 4.29 e 4.30 exemplificam o resultado da classificação
realizada pelo autor.
70
Figura 4.25 – Foto 014, Classificação 5
Figura 4.26 – Foto 130, Classificação 4
Figura 4.27 – Foto 271, Classificação 3
Figura 4.28 – Foto 325, Classificação 2
Figura 4.29 – Foto 343, Classificação 1 Figura 4.30 – Foto 328, Classificação 0
71
A classificação pelo autor de todas as imagens colhidas durante o período de análise é
apresentada no Apêndice D, tabela D.2 – Classificação das imagens pelo autor quanto ao
desgaste, a qual correlaciona o número de cada foto ao seu respectivo ponto de estudo e à
classificação visual de desgaste, baseada na tabela 4.5.
Após a classificação das fotos, foi realizada uma análise qualitativa dos resultados, onde
foram retiradas algumas imagens que provavelmente foram colhidas de maneira insatisfatória
durante o experimento de campo, isto é, possivelmente pela não localização adequada do ponto
de coleta da imagem ou por inobservância dos mapas de sinalização de campo durante a coleta
das imagens.
As imagens excluídas do Apêndice D, tabela D.1 foram as de número 167, 217, 219,
220, 222, 223, 225, 226, 228, 229, 231 e 234.
Houve também duas imagens que se perderam durante a revelação do filme fotográfico.
Foram elas as de número 194 e 252.
Ao todo não foram aproveitadas 14 imagens (3,7% de perdas), o que foi considerado
satisfatório para a realização do estudo.
A fim de complementar a classificação geral das imagens, para todas as imagens
excluídas e/ou perdidas foram repetidas as classificações coletadas na data imediatamente
posterior às mesmas.
Existiram ainda outras imagens que deixaram de ser coletadas devido à sinalização que,
naquele ponto de estudo, atingiu a classificação 0, ou seja, ausência total de sinalização.
As imagens citadas são as de número 205 a 207,259 a 264, 313 a 318 e 367 a 372.
72
4.3. Apresentação e análise dos resultados obtidos pela avaliação do autor
Finalizada a classificação geral preliminar das imagens realizada pelo autor,
determinou-se uma classificação limite, onde a sinalização existente ainda permanecia visível;
para tanto, com base na tabela 4.5, definiu-se a classificação limite como sendo a de número 2,
significando que a sinalização ainda estava visível, porém apresentando pontos desgastados.
Embasado nos preceitos descritos anteriormente, passou-se então a avaliar o
desempenho obtido por cada tipo de tinta e em cada ponto de estudo e sua respectiva faixa de
tráfego, e posteriormente, foram realizadas análises cruzadas, correlacionando os pontos que
estavam situados na mesma via.
Considerou-se para efeito das análises apresentadas que o desgaste da sinalização
ocorreu de maneira linear entre as datas de coleta das imagens citadas na tabela 4.3. Não foi
possível obter dados relativos a variações climáticas nem variações sazonais de fluxo de tráfego
durante o período de análise.
4.3.1. Avaliação individual por ponto e por faixa:
a) Avaliação de desempenho do Ponto 1, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.6.
Tabela 4.6 – Condições típicas do Ponto 1, Faixa 1. Local:Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):8380 Fluxo de tráfego: Bidirecional Tipo de veículo predominante:Veículos pesados (VP) Aspecto específico operacional: Aceleração leve (AL) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
73
Observando-se a figura 4.31 percebe-se que durante as coletas de imagens realizadas
nas datas de 01(24/12/2004) e 03 (20/04/2005), a classificação de todas as tintas conforme tabela
4.5 foi idêntica para o local em estudo.
Durante o período compreendido entre 04 (13/07/2005) e 06 (16/11/2005) as tintas
padrão DER 3.16 e DNIT apresentaram a mesma classificação, porém a tinta padrão DER 3.09
apresentou uma classificação superior para este mesmo período em relação aos outros dois tipos
de tinta.
Na classificação realizada na data 07 (04/04/2006), é possível verificar que todos os
tipos de tinta apresentaram a mesma avaliação, ou seja, classificação 2.
Figura 4.31– Mapa 1, Ponto 1, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
74
b) Avaliação de desempenho do Ponto 1, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na tabela
4.7.
Observando-se a figura 4.32 percebe-se que durante as coletas de imagens realizadas
nas datas 01 (24/12/2004) e 02 (16/02/2005), a classificação de todas as tintas conforme tabela
4.5 foi idêntica para o local em estudo.
Considerando-se o período compreendido entre 03(20/04/2005) e 07(04/04/2006), as
tintas padrão DER 3.16 e DNIT apresentaram a mesma classificação, porém a tinta padrão DER
3.09 apresentou classificação bem superior se comparada aos outros dois tipos de tinta para o
mesmo período.
Percebe-se que na data 06 (16/11/2005), todas as tintas apresentavam ainda
classificação maior ou igual a 2.
A tinta padrão DER 3.09 apresentou avaliação igual ou maior que as demais durante
todo o período de análise, sugerindo através da figura uma maior resistência ao desgaste.
Tabela 4.7 – Condições típicas do Ponto 1, Faixa 2. Local:Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):8380 Fluxo de tráfego: Bidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo pesado (VP) Aspecto específico operacional: Desaceleração leve (DL) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
75
Figura 4.32 – Mapa 1, Ponto 1, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
c) Avaliação de desempenho do Ponto 2, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.8.
Tabela 4.8 – Condições típicas do Ponto 2, Faixa 1. Local:Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):8380 Fluxo de tráfego: Bidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo Pesado (VP) Aspecto específico operacional: Movimento uniforme (MU) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Analisando a figura 4.33 nota-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 02 (16/02/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foi idêntica para o local em estudo. Percebe-se ainda que
as tintas DER3.16 e DNIT ainda estavam visíveis na data 06 (16/11/2005); já a tinta padrão DER
3.09 apresentou visibilidade até a data 07, o que sugere uma maior vida útil perante as demais,
além de apresentar melhor classificação durante todo o período em análise.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
76
Figura 4.33 – Mapa 1, Ponto 2, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
d) Avaliação de desempenho do Ponto 2, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.9.
Tabela 4.9 – Condições típicas do Ponto 2, Faixa 2. Local:Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):8380 Fluxo de tráfego: Bidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo Pesado (VP) Aspecto específico operacional:Aceleração leve (AL) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Observando a figura 4.34, percebe-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 02 (16/02/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foi idêntica para o local em estudo, sendo que as
imagens permaneceram visíveis até a data 04 (13/07/2005).
A tinta padrão DER 3.09 apresentou visibilidade um pouco além da data 05
(18/08/2005).
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre
os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
77
Figura 4.34 – Mapa 1, Ponto 2, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Considerando-se um ponto médio entre as escalas cronológicas 05 e 06 (16/11/2005),
encontra-se teoricamente o valor classificatório de 2 para a tinta DER 3.09, o que representa em
tese um aumento de vida útil perante as demais, para esse tipo de tinta e nas mesmas condições.
Observa-se, portanto, que a tinta padrão DER 3.09 apresentou desempenho igual ou
superior ao das demais tintas durante o período do estudo.
e) Avaliação de desempenho do Ponto 3, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.10.
Tabela 4.10 – Condições típicas do Ponto 3, Faixa 1. Local:Avenida Júlio de Vasconcellos Classe da via: Trânsito rápido (TR) VDM (veic./dia):9849 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Cronologia de coleta das imagens Númer
o do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
78
Analisando a figura 4.35 observa-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido de 02(16/02/2005) e 07(04/04/2006), a classificação conforme tabela 4.5
das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foi idêntica para o local em estudo e ainda estavam visíveis
na data 07.
Já a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior aos outros dois tipos de
tinta para o mesmo período.
A tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação 3 na data 07; ressalta-se que ela
apresentou classificação superior às outras duas durante todo o período do estudo, o que sugere
uma maior resistência ao desgaste imposto pelo tráfego durante o período do estudo.
Figura 4.35 – Mapa 2, Ponto 3, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
f) Avaliação de desempenho do Ponto 3, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.11.
0
1
2
3
4
5
6
1 2 3 4 5 6 7
Cla
ssifi
caçã
o
Cronologia
Mapa 2, Ponto 3, Faixa 1 Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
79
Tabela 4.11 – Condições típicas do Ponto 3, Faixa 2. Local:Avenida Júlio de Vasconcellos Classe da via: Trânsito rápido (TR) VDM (veic./dia):9849 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado: Curva moderada (CM) Macrotextura do revestimento: Fechada
Com base na figura 4.36 observa-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 02 (16/02/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foi idêntica para o local em estudo, sendo que elas
permaneceram ainda visíveis na data 07. A tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação
superior aos outros dois tipos de tinta para o mesmo período, exceto nas datas 01 e
02(16/02/2005) onde todos os tipos de tinta apresentaram classificação idêntica.
Ressalta-se ainda que, além da tinta padrão DER 3.09 apresentar um desempenho igual
ou superior às outras duas durante todo o período de análise, também possuía classificação 3 na
data 07, o que sugere uma maior resistência ao desgaste imposto pelo tráfego durante o período
do estudo.
Figura 4.36 – Mapa 2, Ponto 3, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Cronologia de coleta das imagens Númer
o do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
80
g) Avaliação de desempenho do Ponto 4, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.12.
Tabela 4.12 – Condições típicas do Ponto 4, Faixa 1. Local:Avenida Júlio de Vasconcellos Classe da via: Trânsito rápido (TR) VDM (veic./dia):9849 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Movimento uniforme (MU) Tipo de greide: Declive, ângulo de inclinação de 4.72o(GD) Tipo de traçado: Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Analisando a figura 4.37 observa-se que, durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 02 (16/02/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foi idêntica para o local em estudo.
Já a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior aos outros dois tipos de
tinta para o mesmo período.
Figura 4.37 – Mapa 2, Ponto 4, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
0
1
2
3
4
5
6
1 2 3 4 5 6 7
Cla
ssifi
caçã
o
Cronologia
Mapa 2, Ponto 4, Faixa 1 Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
81
Observa-se que as tintas DER 3.16 e DNIT ainda estavam visíveis na data 06
(16/11/2005). Já a tinta padrão DER 3.09 ainda apresentava classificação 3 na data 07,
apresentando também desempenho superior às outras duas durante todo o período do estudo, o
que sugere uma maior resistência ao desgaste imposto pelo tráfego para o local analisado.
h) Avaliação de desempenho do Ponto 4, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.13.
Tabela 4.13 – Condições típicas do Ponto 4, Faixa 2. Local:Avenida Júlio de Vasconcellos Classe da via: Trânsito rápido (TR) VDM (veic./dia):9849 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Movimento uniforme (MU) Tipo de greide: Declive, ângulo de inclinação de 4.72o(GD) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Com base na figura 4.38 observa-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 02 (16/02/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foram idênticas para o local em estudo.
A tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior às demais durante as datas
de leitura 03 (20/04/2005), 06 (16/11/2005) e 07.
As tintas DER 3.16 e DNIT ainda são visíveis na data 07; já a tinta padrão DER 3.09
ainda apresentava classificação 3 na data 07, o que sugere uma maior resistência ao desgaste
imposto pelo tráfego para o local analisado.
82
Figura 4.38 – Mapa 2, Ponto 4, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
i) Avaliação de desempenho do Ponto 5, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.14.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
Tabela 4.14 – Condições típicas do Ponto 5, Faixa 1. Local:Avenida Fuad Assef Maluf Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):7554 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo pesado (VP) Aspecto específico operacional:Aceleração leve (AL) Tipo de greide:Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
83
Considerando a figura 4.39, observa-se que para as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 01 (24/12/2004) e 05 (18/08/2005), a classificação conforme tabela
4.5 dos três tipos de tinta foi idêntica, porém, para as imagens registradas nas datas 06
(16/11/2005) e 07(04/04/2006), somente as tintas padrão DER 3.16 e DNIT apresentaram
classificação idêntica; já a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior às outras
duas para as mesmas datas (06 e 07).
Observa-se que as tintas DER 3.16 e DNIT ainda estavam visíveis na data 07. A tinta
padrão DER 3.09 ainda apresentava classificação 3 na data 07.
Figura 4.39 – Mapa 3, Ponto 5, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
84
j) Avaliação de desempenho do Ponto 5, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.15.
Tabela 4.15 – Condições típicas do Ponto 5, Faixa 2. Local:Avenida Fuad Assef Maluf Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):7554 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo pesado (VP) Aspecto específico operacional:Aceleração leve (AL) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Com base na figura 4.40 observa-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 01 (24/12/2004) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foi idêntica para o local em estudo.
Por outro lado, a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior aos outros
dois tipos de tinta durante o período de 03 (20/04/2005) e 05 (18/08/2005), sendo que para as
demais datas obteve a mesma classificação, o que sugere um desempenho melhor.
Os três tipos de tinta ainda permaneciam com classificação 2 na data 07.
85
Figura 4.40 – Mapa 3, Ponto 5, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
k) Avaliação de desempenho do Ponto 6, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.16.
Tabela 4.16 – Condições típicas do Ponto 6, Faixa 1. Local:Avenida FuadAssef Maluf Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):13280 Fluxo de tráfego: Bidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo pesado (VP) Aspecto específico operacional:Aceleração leve (AL) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Analisando a figura 4.41 observa-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 03 (20/04/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme
tabela 4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foram idênticas para o local em estudo; já para a
data 02 (16/02/2005), a tinta padrão DNIT apresentou classificação superior à tinta padrão
DER 3.16.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
86
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
Figura 4.41 – Mapa 3, Ponto 6, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
As tintas DER 3.16 e DNIT permaneceram com classificação 2 da data 03 até a data 06
(16/11/2005). Durante o período de 02 a 07, a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação
superior às demais, sendo que na data 07 (04/Abril/2006) ela apresentava classificação 3, o que
sugere uma vida útil superior se comparada às demais.
l) Avaliação de desempenho do Ponto 6, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.17.
Tabela 4.17 – Condições típicas do Ponto 6, Faixa 2. Local:Avenida Fuad Assef Maluf Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):13280 Fluxo de tráfego: Bidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo pesado (VP) Aspecto específico operacional:Aceleração leve (AL) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
87
Analisando a figura 4.42 observa-se que durante as coletas de imagens realizadas no
período compreendido entre 03 (20/04/2005) e 07 (04/04/2006), a classificação conforme tabela
4.5 das tintas padrão DER 3.16 e DNIT foram idênticas para o local em estudo; já para a data 02
(16/02/2005), a tinta padrão DNIT apresentou classificação superior à tinta padrão DER 3.16.
As tintas DER 3.16 e DNIT permaneceram com classificação 2 da data 03 até a data 06
(16/11/2005).
Durante o período de 02 a 07, a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior
às demais, sendo que na data 07 ela apresentava classificação 3, o que sugere uma vida útil
superior às demais.
Figura 4.42 – Mapa 3, Ponto 6, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
88
m) Avaliação de desempenho do Ponto 7, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.18.
Tabela 4.18 – Condições típicas do Ponto 7, Faixa 1. Local:Avenida 3M Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):14080 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional:Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado: Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Com base na figura 4.43 observa-se que já na data 01, a tinta padrão DER 3.16
apresentou classificação conforme tabela 4.5 inferior às demais tintas. Na data 02 (16/02/2005),
a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação superior à tinta padrão DNIT e também
classificação superior à tinta padrão DER 3.16.
Durante o período de 04 (13/07/2005) e 07 (04/04/2006), as tintas padrão DER 3.09 e
DNIT apresentaram classificação 2, sendo ambas superiores à tinta padrão DER 3.16
(classificação 1) para o mesmo período de análise.
A tinta DER 3.16 permaneceu visível (classificação 2) até a data 04.
Durante todo o período em estudo, a tinta padrão DNIT obteve classificação sempre um
ponto acima da tinta padrão DER 3.16. A tinta DER 3.09 apresentou classificação superior à
tinta DNIT durante as datas de 02 e 03 (20/04/2005).
89
Figura 4.43 – Mapa 4, Ponto 7, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
n) Avaliação de desempenho do Ponto 7, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.19.
Tabela 4.19 – Condições típicas do Ponto 7, Faixa 2. Local:Avenida 3M Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):14080 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Plano (GP) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Observa-se na figura 4.44 que da data 02 (16/02/2005) em diante, a tinta padrão DER
3.16 apresentou classificação conforme tabela 4.5 inferior às demais tintas. No período
compreendido entre 03 (20/04/2005) e 07 (04/04/2006), a tinta padrão DER 3.09 apresentou
classificação superior à tinta padrão DNIT que também apresentou classificação superior à tinta
padrão DER 3.16. A tinta DER 3.16 permaneceu visível (classificação 2) até a data 03.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
90
Figura 4.44 – Mapa 4, Ponto 7, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
A tinta DNIT permaneceu com classificação 2 até a data 07; já a tinta DER 3.09
apresentou na data 07 classificação 3, o que sugere uma vida útil superior às demais, além de
apresentar um desempenho maior do que a tinta DNIT para o local em estudo.
o) Avaliação de desempenho do Ponto 8, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.20.
Tabela 4.20 – Condições típicas do Ponto 8, Faixa 1. Local:Avenida 3M Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):14080 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Aclive, ângulo de inclinação de 8.85o (GA) Tipo de traçado: Curva acentuada (CA) Macrotextura do revestimento: Fechada
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
91
Analisando a figura 4.45 percebe-se que já na data 01 (24/12/2004), a tinta padrão DER
3.09 apresentou classificação conforme tabela 4.5 superior à tinta padrão DER 3.16 que por sua
vez apresentou classificação superior à tinta padrão DNIT; porém, na data 02 (16/02/2005) todas
as tintas apresentaram classificação idêntica e grande desgaste (classificação 1). Na data 03
(20/04/2005), a tinta padrão DER 3.09 apresentou classificação 1, sendo que as demais já
haviam se apagado completamente (classificação 0) na mesma data. Na data 04 (13/07/2005) a
tinta DER 3.09 apresentou desgaste total da sinalização. Através da observação da figura 4.45,
pode-se notar ainda que a tinta DER 3.09 apresentou na data 01 uma perda de classificação de 5
para 4; devido ao lapso temporal entre a aplicação das faixas de tinta e os registros fotográficos
realizados na data 01. Pode-se concluir que a perda de classificação de 5 para 4 ocorreu em
aproximadamente 7 dias. Tal desgaste também foi notado no mesmo período para a tinta DER
3.16 (classificação 2) e para a tinta DNIT (classificação 1), sugerindo, assim, que todas as tintas
sofreram um grande desgaste em um curto espaço de tempo.
Pode-se notar, portanto, que a vida útil dos três tipos de tinta utilizados neste local foi
muito reduzida, resultando em um dos casos mais severos de ação do tráfego sobre a sinalização.
Figura 4.45 – Mapa 4, Ponto 8, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
92
p) Avaliação de desempenho do Ponto 8, Faixa 2
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.21.
Tabela 4.21 – Condições típicas do Ponto 8, Faixa 2. Local:Avenida 3M Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):14080 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Aclive, ângulo de inclinação de 8.85o (GA) Tipo de traçado: Curva acentuada (CA) Macrotextura do revestimento: Fechada
Com base na figura 4.46 observa-se que para a data 01(24/12/2004), a tinta padrão DER
3.09 apresentou classificação conforme tabela 4.5 superior à tinta padrão DNIT que, por sua vez
apresentou classificação superior à tinta padrão DER 3.16.
Já na data 02(16/02/2005), todas as tintas apresentaram classificação idêntica e grande
desgaste (classificação 1).
Na data 03(20/04/2005), todas as tintas apresentaram classificação 0, momento este em
que foi constatado o desgaste total da sinalização.
A tinta DER 3.09 apresentou na data 01 uma perda de classificação de 5 para 3. Tal
perda também foi notada na mesma data para a tinta DNIT (classificação 2) e para a tinta DER
3.16 (classificação 1).
Em virtude das sinalizações dos locais terem sido realizadas durante uma semana, pode-
se concluir que todas as tintas sofreram um grande desgaste em um curto período de tempo.
Este local de estudo representou o caso mais severo de ação do tráfego sobre a
sinalização implantada.
93
Figura 4.46 – Mapa 4, Ponto 8, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
q) Avaliação de desempenho do Ponto 9, Faixa 1
As características relativas ao fluxo de tráfego e construção da via são descritas na
tabela 4.22.
Tabela 4.22 – Condições típicas do Ponto 9, Faixa 1. Local:Avenida 3M Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):14080 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Aclive, ângulo de inclinação de 14.72o (GA) Tipo de traçado: Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Com base na figura 4.47 observa-se que para a data 01 (24/12/2004), as tintas padrão
DER 3.09 e DNIT apresentaram classificação 5 conforme tabela 4.5, porém superior à tinta
padrão DER 3.16 que apresentou classificação 4 na mesma data. Durante o período
compreendido entre 02 (16/02/2005) e 07 (04/04/2006), as tintas padrão DNIT e DER 3.16
apresentaram a mesma classificação, porém, inferiores à classificação da tinta padrão DER 3.09.
Na data 07 as tintas padrão DNIT e DER 3.16 apresentaram desgaste total (classificação 0),
enquanto a tinta padrão DER 3.09 ainda apresentava classificação 1.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
94
As tintas DER 3.16 e DNIT na data 03 (20/04/2005) apresentaram classificação 2, já a
tinta DER 3.09 apresentou classificação 2 até a data 06 (16/11/2005), mostrando-se mais
resistente do que as demais para o local em estudo.
Figura 4.47 – Mapa 4, Ponto 9, Faixa 1 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
r) Avaliação de desempenho do Ponto 9, Faixa 2
O local acima identificado caracteriza-se conforme tabela 4.23. A partir da análise da
figura 3.34, percebe-se que para a data 01 (24/12/2004), a tinta padrão DER 3.16 apresentava
classificação 4 conforme tabela 4.5, sendo esta inferior às tintas padrão DER 3.09 e DNIT, que
apresentavam classificação 5 na mesma data.
Tabela 4.23 – Condições típicas do Ponto 9, Faixa 2. Local:Avenida 3M Classe da via: Arterial (AR) VDM (veic./dia):14080 Fluxo de tráfego: Unidirecional Tipo de veículo predominante:Veículo leve (VL) Aspecto específico operacional: Aceleração moderada (AM) Tipo de greide: Aclive, ângulo de inclinação de 14.72o (GA) Tipo de traçado:Tangente (TG) Macrotextura do revestimento: Fechada
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
95
Na data 02 (16/02/2005), a tinta DER 3.09 apresentava classificação 4. Essa
classificação é superior à tinta padrão DNIT que, por sua vez apresentava classificação 3,
superior à tinta padrão DER 3.16 (classificação 2).
No período compreendido entre 03 (20/04/2005) e 05 (18/08/2005), as tintas DER 3.09
e DNIT apresentavam a mesma classificação, porém superior à tinta DER 3.16. No período
compreendido entre 06 (16/11/2005) e 07 (04/04/2006), a tinta padrão DNIT apresentou a
mesma classificação que a DER 3.16, porém inferior à tinta padrão DER 3.09.
Ressalta-se que na data 07, as tintas padrão DNIT e DER 3.16 haviam-se apagado
completamente (classificação 0), enquanto a tinta DER 3.09 ainda possuía classificação 1.
A tinta DER 3.16 manteve bom desempenho até a data 03, onde apresentou
classificação 2; já a tinta DNIT manteve a classificação 2 até a data 05 e a tinta DER 3.09 até a
data 06, passando para classificação 1 após essa data.
Figura 4.48 – Mapa 4, Ponto 9, Faixa 2 - Variação da classificação da sinalização ao longo do tempo.
Cronologia de coleta das imagens Número
do registro
Dias corridos
acumulados
Intervalo entre os registros
1 0 – início 0 – início 2 54 54 3 117 63 4 201 84 5 237 36 6 327 90 7 466 139
96
4.3.2. Avaliação comparativa entre pontos do estudo:
Após a avaliação individual de cada ponto e sua respectiva faixa, passou-se a
comparação dos resultados obtidos entre os pontos situados na mesma via, objetivando-se
encontrar resultados convergentes de desempenho das tintas avaliadas. Como elemento
facilitador da correlação das variáveis presentes em cada ponto de interesse foi criada a tabela
4.24 – Durabilidade encontrada para cada tipo de tinta e seu respectivo ponto de estudo, a qual
possui todas as informações compiladas para cada ponto do experimento de campo.
A tabela 4.24 apresenta os resultados compilados sobre a durabilidade em dias
encontrada para cada tipo de tinta e em cada ponto de estudo durante o experimento de campo
realizado. Para o preenchimento das respectivas durabilidades foi considerado o estado que cada
tipo de tinta apresentou classificação 2 ou superior durante o período do estudo (conforme tabela
4.5e data limite 7- 466 dias, conforme tabela 4.3).
As análises que virão a seguir, foram realizadas adotando-se, portanto, como base a
tabela 4.24, agrupando-se os pontos da seguinte maneira:
• Avenida Antonio Pereira de Camargo Neto, Jardim Dall´orto - Pontos P1 e P2;
• Avenida Júlio de Vasconcellos, Região Central - Pontos P3 e P4;
• Avenida Fuad Assef Maluf, Região Central- Pontos P5 e P6;
• Avenida 3M, Região Central - Pontos P7, P8 e P9.
97
AR – Via arterial AM – Aceleração moderada TG – Trecho em tangente TR – Via de trânsito rápido MU – Movimento uniforme CM – Curva moderada VP – Veículos pesados GP – Greide plano CA – Curva acentuada VL – Veículos leves GA – Greide em aclive AL – Aceleração leve GD – Greide em declive
a) Avaliação comparativa entre os pontos P1 (ponto 1) e P2 (ponto 2):
Comparando-se os pontos citados e suas respectivas faixas, é possível verificar
que as variáveis VDM (volume diário médio), VP (veículos pesados), GP (greide plano)
e TG (tangente) são comuns entre os dois pontos. Apenas divergem as variáveis AL
(aceleração leve), DL (desaceleração leve) e MU (movimento uniforme), as quais,
ressalvadas as devidas diferenças, resultam teoricamente em esforços brandos de
desgaste sobre a pintura.
Tabela 4.24 – Durabilidade encontrada para cada tipo de tinta e seu respectivo ponto de estudo.
Map
a
Pon
to
Fai
xa DNIT DER 3.09 DER 3.16
Tipo de solicitação predominante
VD
M
Dat
a
Dia
s
Dat
a
Dia
s
Dat
a
Dia
s
1 1
1 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 VP, AL, GP, TG
83
80
2 6 327 > 6 396 6 327 VP, DL, GP, TG
2 1 6 327 ≥7 ≥ 466 6 327 VP, MU, GP, TG 2 4 201 < 6 282 4 201 VP, AL, GP, TG
2 3
1 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 VL, AM, GP, CM
98
49
2 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 VL, AM, GP, CM
4 1 6 327 ≥7 ≥ 466 6 327 VL, MU, GD (- 4,72o), TG 2 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 VL, MU, GD (- 4,72o), TG
3
5 1 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 VP, AL, GP, TG
75
54
2 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 VP, AL, GP, TG
6 1 6 327 ≥7 ≥ 466 6 327 VP, AL, GP, TG
13
280
2 6 327 ≥7 ≥ 466 6 327 VP, AL, GP, TG
4
7 1 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 4 201 VL, AM, GP, TG
140
80 2 ≥7 ≥ 466 ≥7 ≥ 466 3 117 VL, AM, GP, TG
8 1 < 2 7 < 2 7 < 2 7 VL, AM, GA (+ 8,85o), CA 2 < 2 7 < 2 7 < 2 7 VL, AM, GA (+ 8,85o), CA
9 1 3 117 6 327 3 117 VL, AM, GA (+ 14,72o), TG 2 5 117 6 327 3 117 VL, AM, GA (+ 14,72o), TG
Obs. Os sinais de ≥ (maior ou igual) e < (menor) indicam a vida útil aproximada encontrada através de visualização gráfica dos pontos em estudo.
98
Existe, porém, nos respectivos pontos, a presença de veículos pesados (ou
tráfego comercial), o qual representa teoricamente um fator de aceleração no desgaste
da sinalização, conforme já citado na revisão bibliográfica.
a.1) P1F1 (ponto 1, faixa 1) e P1F2 (ponto 1, faixa 2):
Comparando-se o P1F1 com o P1F2, percebe-se um maior desgaste das tintas
no segundo local (P1F2), principalmente nas tintas DNIT e DER 3.16.
Comparando-se as duas faixas do respectivo ponto, elas divergem nas
seguintes variáveis: AL (aceleração leve) para P1F1 e DL (desaceleração leve)
para P1F2. Observa-se também que a tinta DER 3.09 apresentou maior
durabilidade do que as demais tanto em P1F1 quanto em P1F2, porém, ao
comparar-se o desempenho dos três tipos de tinta, percebe-se que a tinta DER
3.09 variou pouco de classificação em relação a P1F1, enquanto que as demais
(DNIT e DER 3.16) apresentaram desgaste maior em P1F2 do que em P1F1. É
sempre bom lembrar que a tinta DER 3.09 é a que apresenta maior resistência à
abrasão. Com base nas informações obtidas e consideradas no parágrafo
anterior, observa-se, portanto, que a sinalização sofreu um maior desgaste em
P1F2 se comparada a P1F1, devido a duas possibilidades: o tráfego distribuiu-
se desigualmente entre as faixas ou os esforços de DL são mais abrasivos do
que AL.
a.2) P2F1 (ponto 2, faixa 1) e P2F2 (ponto 2, faixa 2) :
Comparando-se o P2F1 com o P2F2, percebe-se de maneira geral, um maior
desgaste das tintas no segundo local (P2F2), principalmente nas tintas DNIT e
DER 3.16. Comparando-se as duas faixas do respectivo ponto, elas divergem
nas seguintes variáveis: MU (movimento uniforme) para P2F1 e AL
(aceleração leve) para P2F2. Observa-se também que a tinta DER 3.09
apresentou maior longevidade do que as demais tanto em P2F1 quanto em
P2F2, porém, ao comparar-se o desempenho dos três tipos de tinta, percebe-se
que a tinta DER 3.09 variou pouco de classificação em relação à P2F1. As
tintas DNIT e DER 3.16 apresentaram oscilação de desgaste entre P2F2 e
99
P2F1, ora apresentando-se menos resistentes para P2F1 (classificação 3 na data
2 para P2F1 e classificação 3 na data 3 para P2F2, ora apresentando-se menos
resistentes para P2F2 (demais datas).
Com base nas informações obtidas e consideradas no parágrafo anterior,
observa-se, portanto, que a sinalização sofreu um maior desgaste em P2F2 se
comparada a P2F1, devido a duas possibilidades: o tráfego distribuiu-se
desigualmente entre as faixas ou os esforços de AL são mais abrasivos do que
MU.
a.3) Síntese dos resultados observados em P1F1,P1F2,P2F1 e P2F2 :
Em suma, após as observações realizadas nos pontos e suas respectivas faixas,
percebe-se que a sinalização apresentou longevidade similar nos locais P1F1,
P1F2 e P2F1. Todos apresentaram classificação maior ou igual a 2 na data 6
(327 dias). Observa-se ainda nos pontos e suas respectivas faixas citadas que,
possivelmente, esforços de DL são mais agressivos do que Al, que por sua vez
são mais agressivos do que MU. Relativamente ao ponto P2F2, não foi possível
identificar o motivo da durabilidade inferior da sinalização no referido local, se
comparada aos demais locais (P1F1, P1F2 e P2F1).
b) Avaliação comparativa entre os pontos P3 (ponto 3) e P4 (ponto 4):
Relativamente aos pontos citados e suas respectivas faixas percebe-se que as
variáveis VDM (volume diário médio) e VL (veículos leves) são comuns entre os dois
pontos. Divergem as variáveis AM (aceleração média), MU (movimento uniforme), GP
(greide plano) e GD (greide em declive), CM (curva moderada) e TG (trecho em
tangente). Apoiado na revisão bibliográfica, esperava-se que locais contendo as
variáveis AM, GD e CM apresentassem desgastes maiores à sinalização se comparados
a locais contendo as variáveis MU, GP e TG.
100
b.1) P3F1 (ponto 3, faixa 1) e P3F2 (ponto 3, faixa 2) :
Comparando-se o P3F1 com o P3F2, percebe-se de maneira geral, que o
desgaste ocorreu de maneira igual entre as duas faixas do respectivo ponto.
Apenas na data 2 para P3F1 houve uma variação na classificação das tintas
DNIT e DER 3.16 se comparada à mesma data para P3F2, o que pode ter
ocorrido devido à variação de interpretação durante a classificação da imagem
na respectiva data.
Não existem diferenças entre as variáveis relacionadas às faixas em questão,
confirmando os resultados esperados, ou seja, dois locais contendo as mesmas
variáveis apresentaram comportamento similar.
b.2) P4F1 (ponto 4, faixa 1) e P4F2 (ponto 4, faixa 2):
Comparando-se o P4F1 com o P4F2, percebe-se que o desgaste ocorreu de
maneira desigual entre as duas faixas do respectivo ponto, apesar das variáveis
relacionadas às faixas em questão serem idênticas. O resultado de campo,
portanto, diverge do resultado esperado, ou seja, esperava-se que dois locais
contendo as mesmas variáveis apresentassem o mesmo resultado.
A partir do exposto, sugere-se que a distribuição do tráfego no local ocorreu de
maneira desigual, resultando em um maior desgaste da sinalização em P4F1.
Em uma tentativa de explicar as possíveis causas do resultado obtido, ao
analisar-se a figura 4.11 – Mapa 2 – Localização dos pontos 3 e 4, percebe-se
que o P4F1 está situado na faixa da direita, caracterizada normalmente por
apresentar fluxo de veículos lentos, remetendo a uma maior concentração de
VP (faixa da direita da via).
Essa observação trata-se apenas de uma hipótese, uma vez que no experimento
de campo não foi possível colher dados sobre o VDM relativo à cada faixa de
tráfego.
101
c) Avaliação comparativa entre os pontos P5 (ponto 5) e P6 (ponto 6) :
Relativamente aos pontos citados e suas respectivas faixas, percebe-se que as
variáveis VP (veículos pesados), AL (aceleração leve), GP (greide plano) e TG
(tangente) são comuns entre os dois pontos, divergindo apenas no VDM (volume diário
médio). Considerando-se, portanto, as características teóricas encontradas em cada
ponto, esperava-se um desgaste maior da sinalização no ponto P6 (maior VDM).
Comparando-se as observações efetuadas nos pontos P5 e P6 efetuadas a seguir e
considerando-se a presença das variáveis de baixa agressividade à sinalização em
ambos os locais, pode-se concluir que os 3 tipos de tinta utilizados apresentaram bons
resultados quando submetidos a um VDM abaixo de 8000, nas condições dos locais.
c.1) P5F1 (ponto 5, faixa 1) e P5F2 (ponto 5, faixa 2):
Comparando-se o ponto P5F1 com P5F2, percebe-se que o desgaste ocorreu
mais acentuadamente no ponto P5F2. Ambos os locais, porém, apresentaram
bom desempenho da sinalização, a qual apresentou boa longevidade. Na data
7, todas as sinalizações implantadas apresentavam ainda boas condições
(classe 2), apesar de o tráfego local ser predominantemente do tipo VP, sendo
possível observar que a sinalização comporta-se bem em locais onde existe
tráfego tipo VP, porém combinada com variáveis que agridem pouco a
sinalização.
O fato de P5F2 ter apresentado maior desgaste se comparado a P5F1 pode ter
ocorrido devido à P5F2 estar localizado na faixa da direita (conforme pode-se
observar na figura 4.12). Outra consideração possível seria de que as tintas do
tipo DNIT e DER 3.16, desde que sob ação das mesmas variáveis,
desgastariam mais rapidamente se houvesse uma concentração de tráfego do
tipo VP (ao comparar-se P5F1 com P5F2, considerando-se que na faixa da
direita existe uma maior concentração de VP).
102
c.2) P6F1 (ponto 6, faixa 1) e P6F2 (ponto 6, faixa 2):
Comparando-se o ponto P6F1 com P6F2, percebe-se que o desgaste ocorreu de
maneira igual nos dois locais, o que já se esperava devido aos locais
apresentarem exatamente as mesmas variáveis. Observou-se no desempenho
das sinalizações implantadas nos locais que elas não apresentaram boa
longevidade, permitindo concluir que, acima de determinado VDM de tráfego
do tipo VP, as tintas apresentam baixa longevidade.
d) Avaliação comparativa entre os pontos P7(ponto 7), P8 (ponto 8) e P9
(ponto 9):
Relativamente aos pontos citados e suas respectivas faixas, percebe-se que as variáveis
VL (veículos leves), AM (aceleração média) e VDM são iguais entre os pontos, porém
eles divergem quanto ao tipo de greide e traçado.
Esses pontos foram os que apresentaram maior VDM entre todos os pontos do estudo.
d.1) P7F1 (ponto 7, faixa 1) e P7F2 (ponto 7, faixa 2):
Comparando-se o P7F1 com o P7F2, é possível notar que a tinta tipo DER 3.16
apresentou desempenho bem inferior às demais.
O ponto P7F2 foi o que apresentou maior severidade (fato que não ocorreu
apenas na data 2) se comparado a P7F1;
d.2) P8F1 (ponto 8, faixa 1) e P8F2 (ponto 8, faixa 2):
Comparando-se o P8F1 com o P8F2, é possível notar que as tintas
apresentaram desempenho sofrível em ambas as faixas, desgastando-se
rapidamente, o que resultou no caso mais severo de todos os estudados.
103
d.3) P9F1 (ponto 9, faixa 1) e P9F2 (ponto 9, faixa 2):
Comparando-se o P9F1 com o P9F2, percebe-se que o desgaste da sinalização
oscilou entre as faixas, não estando aparente nenhum motivo específico, exceto
ao fato de o local situar-se próximo à entrada da Rodoviária Municipal. Dessa
forma, os veículos acabam mudando constantemente de faixa de tráfego.
Comparando-se os resultados obtidos entre os pontos P7, P8 e P9, esperava-se um
desempenho melhor da sinalização na sequência do melhor para o pior: P7, P9 e P8.
Desconsiderando-se as variáveis comuns entre os pontos, apenas permaneceram
divergentes as variáveis relativas ao tipo de greide e traçado da via. Um fato importante é
que nesses locais específicos, o tráfego é confinado, ou seja, o mesmo VDM que passa
pelo ponto P7 passa pelos demais pontos (P8 e P9). Observando-se os resultados de
campo, percebe-se que o desempenho da sinalização em campo foi similar ao esperado.
Fica constatado por dedução e analisando-se as características dos locais que a
sinalização sofre mais abrasão em locais onde existe greide acentuado combinado com
curva acentuada (P8). Por outro lado, onde existe greide acentuado (+ 14,72º )
combinado com trecho em tangente (P9), a sinalização sofre menos abrasão do que a
situação anterior. Comparando-se os resultados dos pontos P8 e P9 com os resultados
obtidos em P7, é possível observar que a presença de curva acentuada é mais agressiva
do que a inclinação do greide. Por outro lado, trechos onde existe inclinação do greide,
desgastam mais a sinalização do que trechos no qual o greide é plano.
Na figura 4.49 construída com base na tabela 4.24, é possível ainda visualizar
graficamente a durabilidade obtida em dias para cada tipo de tinta relacionada ao respectivo
ponto e faixa de estudo bem como às variáveis correlacionadas. Para efeito de visualização
gráfica, considerou-se que o desgaste das tintas ocorreu de maneira linear entre as datas de coleta
das imagens.
A fim de fornecer um maior número de informações possíveis, as variáveis
correlacionadas aos pontos e suas respectivas faixas foram incluídas e possuem abreviaturas,
conforme descrito a seguir:
104
• Ponto e Faixa: Identifica o número do ponto e a respectiva faixa referente aos
dados.
• VDM estimado: Volume diário médio, obtido através de levantamentos
realizados pela Prefeitura Municipal de Sumaré para os locais do estudo;
• VL para tráfego predominante tipo leve e VP para tráfego pesado;
• AL para aceleração leve, AM para aceleração moderada e MU para movimento
uniforme;
• GP para greide plano, GA para greide em aclive e GD para greide em declive.
Entre parênteses estão indicados os ângulos para os trechos em aclive (+) e
declive (-);
• TG para trecho em tangente, CM para curva moderada e CA para curva
acentuada.
Baseado nas indicações anteriores, tomando-se como exemplo o ponto 4 na figura 4.49,
faixa 1 temos a simbologia P4F1 VL, MU, GD (-4,72º), TG, cujo significado é ponto 4, faixa 1,
predominância de veículos leves, movimento uniforme, greide em declive de 4,72º e trecho em
tangente com VDM de 9844.
Através da figura 4.49, nota-se que a tinta padrão DER 3.09 foi a que apresentou
resistência ao desgaste imposto pelo tráfego maior ou igual às demais, conforme já se esperava.
Um ponto de destaque é a resistência apresentada pelas tintas padrão DER 3.16 e DNIT,
as quais foram idênticas para vários locais em estudo, inclusive igualando-se a DER 3.09 em
algumas situações.
Ressalta-se que a tinta DER 3.16 é uma tinta para utilização em demarcações
provisórias, e por esse motivo apresenta menor resistência à abrasão que as demais, conforme
citado anteriormente.
105
AR – Via arterial AM – Aceleração moderada TG – Trecho em tangente TR – Via de trânsito rápido MU – Movimento uniforme CM – Curva moderada VP – Veículos pesados GP – Greide plano CA – Curva acentuada VL – Veículos leves GA – Greide em aclive AL – Aceleração leve GD – Greide em declive
Figura 4.49 – Durabilidade das tintas utilizadas no experimento de campo.
106
Considerando-se as características das duas tintas (DER 3.16 e DNIT), esperava-se uma
durabilidade diferente para elas, o que não ocorreu em algumas situações, uma vez que a tinta
DER 3.16 apresentou vida útil idêntica à DNIT nos pontos de 1 a 6 e suas respectivas faixas.
Tais pontos caracterizam-se por apresentar solicitações do tráfego menos intensas que
os demais (ex. greide plano ou em declive, associado a trechos em tangente).
Nos pontos 7 e 8 e suas respectivas faixas, a tinta DNIT acompanhou o desempenho da
tinta DER 3.09.
No ponto 7 percebe-se a presença de acelerações moderadas, sugerindo, portanto, um
melhor desempenho das tintas citadas (DNIT e DER 3.09) quando submetidas a leves esforços
de tração se comparadas à DER 3.16.
Ainda no ponto 8, o qual apresenta o maior grau de severidade de todos, os 3 tipos de
tintas apresentaram desempenho insuficiente (ressalta-se no ponto 8 a presença de curva
acentuada combinada com trecho em aclive).
O ponto 9 diverge do ponto 8 por tratar-se de trecho em tangente, porém, com greide
em aclive mais acentuado.
Nesse ponto, as tintas apresentaram desempenho diferenciado, sendo que a DER 3.09
foi a que apresentou melhor resultado, seguida pela DNIT, ficando a tinta DER 3.16 com o pior
desempenho de todas para o ponto em questão, o que veio a corroborar com o desempenho
teórico esperado para elas.
107
4.3.3. Síntese dos resultados obtidos para os pontos de P1 a P9:
Devido à grande dispersão de variáveis relacionadas aos pontos, não foi possível
correlacionar-se o desempenho da sinalização entre os 9 pontos.
No entanto, algumas observações citadas anteriormente relativas aos grupos de pontos
comparados foram possíveis, as quais são descritas em síntese, a seguir.
• Pontos P1 e P2:
o A tinta tipo DER 3.09 apresentou durabilidade aproximada de 240 dias (classe 2
ou superior) quando submetida a um VDM aproximado de 9.000 veículos, e
combinado com as variáveis locais (VP - veículos pesado, AL - aceleração leve,
DL – desaceleração leve, MU - movimento uniforme, GP - greide plano, GD -
greide em declive e TG - trecho em tangente);
o Esforços de DL – desaceleração leve são mais agressivos do que AL –
aceleração leve, que por sua vez são mais agressivos do que MU – Movimento
Uniforme;
• Pontos P3 e P4:
o Os 3 tipos de tinta utilizados (DNIT, DER 3.16 e DER 3.09) apresentaram
durabilidade aproximada de 300 dias (classe 2 ou superior) quando submetidos a
um VDM aproximado de 10.000 veículos e combinado com as variáveis de
baixa agressividade presentes (VL - veículos leves, AM - aceleração média, MU
- movimento uniforme, GP - greide plano, GD - greide em declive, CM - curva
moderada e TG - trecho em tangente);
108
• Pontos P5 e P6:
o Os 3 tipos de tinta utilizados (DNIT, DER 3.16 e DER 3.09) apresentaram
durabilidade aproximada de 300 dias (classe 2 ou superior) quando submetidos a
um VDM aproximado de até 13.000 veículos, e combinado com as variáveis
locais (VP - veículos pesados, AL - aceleração leve, GP - greide plano e TG -
trecho em tangente);
• Pontos P7, P8 e P9:
o Os 3 tipos de tinta utilizados (DNIT, DER 3.16 e DER 3.09) apresentaram
menor durabilidade para situações de VDM aproximado de 14.000 veículos,
combinados com as variáveis locais (VL - veículos leves, AM - aceleração
média, GA - greide acentuado, CA – curva acentuada e TG - trecho em
tangente);
o Observou-se que a sinalização sofre maior abrasão em locais onde existe GA -
greide acentuado combinado com CA - curva acentuada;
o Com GA – greide acentuado (+14,72º ) combinado com TG - tangente (TG), a
sinalização sofre menor desgaste do que a situação GA - greide em aclive
combinado com CA – curva acentuada;
o A presença de CA – curva acentuada é mais agressiva para a sinalização do que
trechos contendo inclinação do greide;
o Trechos, onde existe inclinação do greide, desgastam mais a sinalização do que
trechos com greide plano.
109
As constatações anteriores são válidas para as condições locais e para o presente estudo;
carecem, portanto, ainda de ensaios mais específicos com outras combinações de variáveis e de
tintas, buscando-se obter um padrão de comportamento, correlacionando o maior número de
variáveis possíveis de se obter em campo.
Conforme citado no início deste tópico, devido à grande quantidade de variáveis
envolvidas e interrelacionadas, não foi possível estabelecer um padrão detalhado de
comportamento para as tintas com base na figura 4.49 e tabela 4.24.
Porém, através dos resultados obtidos, pode-se entender que, de maneira geral, trechos
em tangente apresentam-se menos agressivos se comparados a trechos em curva. Greides planos
apresentam-se menos agressivos à sinalização do que greides em aclive ou declive; locais com
fluxo de veículos em movimento uniforme são menos agressivos do que locais com fluxo de
veículos caracterizados por acelerações ou desacelerações; locais com presença de veículos
pesados (comercial) são mais agressivos do que locais com presença de veículos leves (passeio)
e locais com alto VDM são mais agressivos do que baixos VDM.
É claro que atenção especial deve ser dada a combinações de tais variáveis, pois podem
ser altamente destrutivas para a sinalização, e em contraponto, outras combinações, mesmo com
presença de algumas variáveis agressivas, podem ser atendidas perfeitamente pela sinalização
realizada com as tintas testadas.
A durabilidade de pintura viária depende fundamentalmente do controle da sua
execução.
Um exemplo prático dessa afirmação é a comparação entre a figura 4.50 e a figura 4.51.
Essas duas figuras apresentam fotografias do mesmo local em datas diferentes, em que aparecem
numa foto uma pintura executada pela prefeitura de Sumaré e na outra a mesma pintura
desgastada, enquanto que as faixas transversais do experimento ainda permanecem em boas
condições.
110
Figura 4.50 – Ponto 5 Data: 02 de Agosto de 2010
Figura 4.51 – Ponto 5 Data: 26 de Maio de 2012
4.4. Avaliação e validação dos critérios utilizados pelo autor
Conforme apresenta do em tópico anterior, a classificação das imagens foi efetuada
conforme tabela 4.5, variando, portanto, de 0 a 5, onde 0 (zero) significa não-existente e 5
(cinco) significa nenhum desgaste. Nesse caso, existem, portanto, 6 (seis) classificações
possíveis conforme se pode notar na figura 4.52.
Ao observar-se a figura 4.52, através de uma análise mais atenta, nota-se que algumas
classificações podem-se mostrar subjetivas e dependentes de critérios pessoais do observador,
podendo trazer diferentes interpretações quanto à classificação proposta na tabela 4.5.
111
O mesmo observador pode apresentar dúvidas na classificação de uma determinada
sinalização quando ela apresentar um desgaste que esteja entre as classificações 2 (visível,
porém com pontos desgastados) e 3 (algum desgaste visível).
Devido aos motivos apontados no parágrafo anterior e a fim de aumentar a
representatividade da avaliação realizada pelo autor, foi previsto um estudo complementar com a
exposição de uma quantidade de imagens a outros observadores. Os detalhes e os resultados
desta pesquisa são apresentados no próximo tópico.
4.5. Apresentação da pesquisa avaliativa de desgaste da sinalização
horizontal com tintas em vias urbanas
Após a obtenção dos resultados e avaliações efetuadas pelo autor, uma nova etapa de
pesquisa iniciou-se com o objetivo de testar e comparar o método proposto quando submetido à
avaliação por um grupo de conferência.
O objetivo dessa nova pesquisa foi verificar possíveis divergências de classificação
visual das imagens. Definiu-se então um grupo de conferência adulto de 132 indivíduos usuários
do sistema viário urbano para validação do método testado no experimento de campo. Os
indivíduos escolhidos caracterizaram-se por serem universitários em nível de graduação e pós-
graduação de diferentes cursos e universidades.
Tomando-se como base o universo de 378 (trezentas e setenta e oito) imagens colhidas
no experimento de campo, foram selecionadas aleatoriamente, através da utilização de software,
90 (noventa) imagens conforme apresentado na tabela 4.25, a qual passou a ser considerada a
tabela origem.
Na tabela 4.25, observa-se que existem duas numerações. A primeira, sequencial (NM)
e a segunda, aleatória (NR). A numeração aleatória (NR) corresponde ao número original que
cada imagem possui no banco de dados de imagens.
112
A numeração sequencial (NM) varia de 1 a 90. Cada imagem selecionada
aleatoriamente recebeu então um número sequencial, com o objetivo de evitar que os indivíduos
participantes dos testes pudessem identificar a cronologia de coleta das imagens e, dessa forma,
fossem induzidos a deduzir a classificação quanto ao desgaste.
Exemplificando, na tabela 4.25, para a numeração sequencial (NM = 3), tem-se o
número original da imagem no banco de dados (NR = 11).
Tabela 4.25 – Tabela origem contendo 90 imagens selecionadas aleatoriamente do banco de dados, via software - ordem sequencial. NM NR NM NR NM NR NM NR NM NR NM NR
1 5 16 55 31 125 46 185 61 257 76 328 2 6 17 57 32 142 47 186 62 267 77 330 3 11 18 67 33 143 48 187 63 268 78 355 4 12 19 73 34 144 49 199 64 280 79 357 5 13 20 75 35 147 50 202 65 281 80 358 6 19 21 83 36 148 51 203 66 282 81 360 7 20 22 84 37 152 52 211 67 297 82 363 8 21 23 91 38 153 53 214 68 299 83 364 9 22 24 92 39 154 54 215 69 300 84 366 10 24 25 95 40 155 55 216 70 305 85 373 11 30 26 103 41 156 56 237 71 311 86 374 12 34 27 106 42 158 57 247 72 319 87 375 13 39 28 111 43 161 58 248 73 321 88 376 14 40 29 118 44 181 59 254 74 322 89 377 15 41 30 121 45 182 60 255 75 324 90 378
Obs. NM é o numero da imagem na tabela - origem; NR é o número original da imagem quando obtida no experimento de campo.
Partindo-se da tabela 4.25, foram criadas duas outras tabelas, cada uma contendo as
mesmas 90 (noventa) imagens, porém, distribuídas aleatoriamente e com cronologia de obtenção
de imagens diversificada, conforme apresentado nas tabelas 4.26 e 4.27, cuja denominação
passou a ser teste 1 e teste 2, respectivamente.
113
Tabela 4.26 – Teste 1 contendo as 90 imagens da tabela origem em sequência aleatória 1. NM NR NM NR NM NR NM NR NM NR NM NR
1 41 16 248 31 5 46 55 61 125 76 319 2 121 17 321 32 328 47 185 62 257 77 247 3 182 18 20 33 376 48 13 63 75 78 147 4 255 19 21 34 375 49 19 64 83 79 148 5 324 20 22 35 84 50 30 65 156 80 311 6 378 21 24 36 91 51 103 66 237 81 374 7 40 22 297 37 92 52 152 67 6 82 330 8 118 23 299 38 95 53 153 68 11 83 355 9 181 24 300 39 211 54 154 69 12 84 357 10 254 25 305 40 214 55 155 70 57 85 142 11 322 26 281 41 215 56 363 71 67 86 143 12 377 27 282 42 216 57 364 72 73 87 144 13 39 28 358 43 202 58 366 73 267 88 186 14 111 29 360 44 203 59 373 74 268 89 187 15 161 30 106 45 34 60 158 75 280 90 199
Tabela 4.27 – Teste 2 contendo as 90 imagens da tabela origem na sequência aleatória 2. NM NR NM NR NM NR NM NR NM NR NM NR
1 328 16 6 31 12 46 55 61 121 76 125 2 267 17 57 32 374 47 41 62 211 77 148 3 268 18 321 33 375 48 20 63 214 78 152 4 280 19 376 34 322 49 21 64 215 79 153 5 281 20 324 35 377 50 22 65 216 80 154 6 186 21 330 36 67 51 24 66 237 81 155 7 187 22 355 37 73 52 30 67 247 82 156 8 199 23 357 38 75 53 34 68 248 83 158 9 202 24 358 39 83 54 39 69 254 84 161 10 203 25 360 40 84 55 40 70 282 85 181 11 142 26 363 41 91 56 103 71 297 86 182 12 143 27 364 42 92 57 106 72 299 87 185 13 144 28 366 43 95 58 111 73 300 88 255 14 147 29 373 44 5 59 118 74 305 89 257 15 378 30 11 45 13 60 19 75 311 90 319
A título de exemplo, verifica-se que na tabela 4.26 (teste 1), para a numeração
sequencial NM = 15, tem-se um NR = 161. Já na tabela 4.27 (teste 2), para a numeração
sequencial NM = 15, tem-se um NR = 378.
114
O objetivo dessa variação de posicionamento das imagens originais foi o de obter - se
classificações isentas de deduções quanto à cronologia de obtenção delas, conforme exposto
anteriormente.
Definidas as 02 (duas) tabelas avaliativas, foram geradas 2 (duas) sequências de
imagens impressas idênticas às imagens das tabelas, respeitando-se a mesma numeração e
sequência. Tais sequências de imagens foram denominadas teste 1 e teste 2.
A sequência de imagens denominada teste 1 foi submetida à avaliação por um grupo de
conferência, contendo 57 indivíduos do sexo masculino e do feminino, dentre os quais 06 (seis)
cursavam Licenciatura em Química e 51 (cinquenta e um) cursavam Farmácia e Bioquímica,
ambos pela Universidade Estadual Paulista – Unesp, Campus de Araraquara.
A sequência de imagens denominada teste 2 foi submetida à avaliação de um novo
grupo de conferência adulto, contendo 75 (setenta e cinco) indivíduos também do sexo
masculino e do feminino, dentre os quais 32 (trinta e dois) cursavam Licenciatura em Química
pela Universidade Estadual Paulista - Unesp – Campus de Araraquara, 33 (trinta e três)
cursavam o 4º ano de Engenharia Civil e 10 (dez) cursavam Pós-graduação em Engenharia de
Transportes, ambos pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp.
Ainda para a aplicação dos testes, foi elaborado um gabarito com 6 imagens, que foram
selecionadas pelo autor, através de critérios visuais para caracterizar as situações existentes na
tabela 4.5. As imagens fornecidas como padrão e utilizadas para classificação são apresentadas
na figura 4.53.
Assim que foram definidos o grupo de conferência adulto, as imagens e os critérios de
classificação, os indivíduos selecionados foram submetidos a uma análise individual e
inteiramente pessoal da sequência de imagens contidas nos testes 1 e 2. Para cada indivíduo, foi
entregue o padrão de classificação impresso em papel contendo 06 (seis) imagens, conforme
figura 4.53.
115
Classe 0 Classe 1
Classe 2 Classe 3
Classe 4 Classe 5
Figura 4.53 – Padrão de imagens fornecidas para os testes.
Cada indivíduo recebeu também um formulário no qual existia o número da imagem que
estava sendo apresentada e um campo ao lado, onde ele anotava a classificação da respectiva
imagem. O formulário citado possuía também um local para identificação do indivíduo, data e
curso, conforme apresentado na figura 4.54.
116
Foto Nr. Classe Foto Nr.
Classe 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
1
46 2
47
3
48 4
49
5
50 6
51
7
52 8 53 9
54
10
55 11
56
12
57 13
58
14
59 15
60
16
61 17
62
18
63
19
64
20 65 21
66
22
67 23
68
24
69 25
70
26
71 27
72
28
73 29
74
30
75 31
76
32
77 33
78
34
79 35
80
36
81 37
82
38
83 39
84
40
85 41
86
42
87 43
88
44
89 45
90
Figura 4.54 – Formulário para classificação de imagens.
117
De posse do padrão fornecido e do formulário, à medida que as imagens foram
apresentadas via projetor multimídia, cada indivíduo anotou a classificação da respectiva
imagem conforme sua percepção visual e avaliação pessoal.
Não foram considerados nos testes com o grupo de conferência adulto, variáveis
relativas ao cansaço e acuidade visual, fadiga, estado psicológico, dentre outros fatores humanos
que não são objeto de estudo deste trabalho.
Após a aplicação dos testes 1 e 2, todos os resultados obtidos foram tabulados e estão
registrados no Apêndice A – Resultados compilados dos testes.
Os resultados dos testes 1 e 2 foram então compilados e, para fins de facilidade na
demonstração dos dados, subdividiram-se em 6 (seis) tabelas de 15 imagens cada.
Tais tabelas apresentam, além de todos os resultados numéricos agrupados dos testes 1
e 2, as imagens em sua numeração original, as respectivas classificações emitidas pelo autor para
cada uma das imagens além dos demais resultados dos cálculos estatísticos que serviram como
base para as conclusões que virão mais adiante no presente estudo.
As tabelas citadas foram enumeradas, intituladas e apresentam as informações das
imagens na seguinte distribuição:
• Tabela 4.28 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 05 e 41;
• Tabela 4.29 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 55 e 121;
• Tabela 4.30 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 125 e 182;
• Tabela 4.31 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 185 e 255;
• Tabela 4.32 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 257 e 324;
• Tabela 4.33 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 328 e 378.
118
Visando a facilitar a compreensão das tabelas citadas, os cabeçalhos das mesmas estão
enumerados e apresentam as seguintes informações:
(1) Número original da imagem: corresponde ao número que obedece à sequência
cronológica na qual a respectiva imagem foi adquirida no experimento de campo,
antes, portanto, de ter sua numeração modificada para a aplicação dos testes 1 e 2;
(2) Classificação: corresponde à classificação fornecida pelos indivíduos do grupo de
conferência adulto, com base nas imagens fornecidas como padrão;
(3) Moda: moda estatística resultante das classificações obtidas por cada uma das
imagens do teste. No caso em estudo, a moda é um número inteiro e corresponde à
classificação emitida pelo grupo de conferência adulto e que ocorre com maior
frequência;
(4) Classificação do autor: coluna que apresenta a classificação realizada pelo autor,
conforme sua percepção, através da utilização da tabela 4.5.
Após o agrupamento das informações nas tabelas de 4.28 a 4.33, verificou-se que
algumas imagens não apresentaram dúvidas quanto à sua classificação pelo grupo de conferência
adulto, enquanto que outras imagens apresentaram classificação que gerou dupla interpretação,
conforme o esperado.
Ainda observando as tabelas citadas, através da comparação entre a moda e a nota do
autor, percebe-se também que algumas classificações realizadas pelo grupo de conferência
adulto foram divergentes da classificação do autor.
119
Tabela 4.28 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 05 e 41. Número
original da imagem
(1)
Classificação(2) Moda
(3)
Classificação do autor
(4) 0 1 2 3 4 5
5 0 0 0 6 16 109 5 5 6 0 0 0 3 26 103 5 5 11 0 0 0 1 33 97 5 5 12 0 2 2 3 61 60 4 5 13 0 0 0 19 96 14 4 5 19 0 0 0 4 59 68 4 5 20 0 0 0 0 22 110 5 5 21 0 0 0 0 0 130 5 5 22 0 0 0 1 41 89 5 5 24 0 0 1 2 19 110 5 5 30 0 1 1 1 7 121 5 5 34 0 0 0 2 42 86 5 5 39 0 0 0 6 70 54 4 5 40 0 0 0 2 63 66 4 5 41 0 0 0 4 64 64 4 5
Tabela 4.29 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 55 e 121. Número
original da imagem
(1)
Classificação (2) Moda
(3)
Classificação do autor
(4) 0 1 2 3 4 5
55 0 0 0 18 98 14 4 4 57 1 0 0 2 38 91 5 4 67 0 0 7 69 55 0 3 3 73 0 1 1 7 69 54 4 4 75 0 0 1 3 31 97 5 4 83 0 0 1 19 108 2 4 4 84 0 0 1 8 118 4 4 4 91 0 1 19 101 7 1 3 2 92 1 0 0 5 82 43 4 4 95 1 0 0 4 54 72 4 4 103 0 1 35 89 5 0 3 3 106 0 3 65 60 3 0 2 2 111 0 1 7 27 82 13 4 4 118 2 13 42 62 12 0 3 3 121 0 5 65 56 3 1 2 3
120
Tabela 4.30 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 125 e 182. Número
original da imagem
(1)
Classificação (2) Moda
(3)
Classificação do autor
(4) 0 1 2 3 4 5
125 1 1 4 12 84 29 4 4 142 1 20 45 53 10 1 2 2 143 1 3 9 30 77 9 4 3 144 0 3 15 97 12 1 3 2 147 0 1 11 99 17 1 3 3 148 1 4 67 56 3 0 2 2 152 73 57 1 0 0 0 0 1 153 101 29 0 1 0 0 0 0 154 112 19 1 0 0 0 0 0 155 76 55 1 0 0 0 0 0 156 93 37 0 2 0 0 0 0 158 0 1 4 79 44 1 3 3 161 0 0 8 91 27 3 3 3 181 0 3 30 82 16 0 3 2 182 0 4 28 62 34 1 3 4
Tabela 4.31 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 185 e 255. Número
original da imagem
(1)
Classificação (2) Moda
(3)
Classificação do autor
(4) 0 1 2 3 4 5
185 0 0 7 39 79 6 4 4 186 1 0 1 26 90 12 4 4 187 2 3 13 34 56 22 4 4 199 0 21 101 10 0 0 2 2 202 1 29 94 5 3 0 2 1 203 0 0 1 15 101 13 4 4 211 0 55 76 1 0 0 2 1 214 0 85 46 1 0 0 1 1 215 0 3 77 49 1 0 2 2 216 0 4 102 23 1 0 2 2 237 0 27 58 40 5 0 2 2 247 4 20 74 30 4 0 2 2 248 0 0 16 42 70 2 3 3 254 0 6 54 62 7 2 3 2 255 1 7 57 58 7 1 3 2
121
Tabela 4.32 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 257 e 324. Número
original da imagem
(1)
Classificação (2) Moda
(3)
Classificação do autor
(4) 0 1 2 3 4 5
257 0 1 1 11 108 10 4 3 267 0 13 109 8 0 2 2 1 268 2 94 30 2 1 2 1 1 280 2 93 30 6 1 0 1 1 281 2 97 32 1 0 0 1 1 282 1 61 65 3 1 0 2 1 297 2 3 15 35 73 3 3 1 299 0 3 21 91 13 1 3 1 300 0 3 26 91 9 2 3 1 305 1 2 15 58 54 1 3 1 311 0 0 6 67 56 1 3 1 319 4 125 1 1 0 1 1 1 321 0 125 6 0 1 0 1 1 322 2 124 5 0 0 0 1 1 324 8 92 29 1 0 0 1 1
Tabela 4.33 – Dados compilados das imagens compreendidas entre 328 e 378. Número
original da imagem
(1)
Classificação (2) Moda
(3)
Classificação do autor
(4) 0 1 2 3 4 5
328 129 2 1 0 0 0 0 1 330 130 2 0 0 0 0 0 1 355 123 9 0 0 0 0 0 1 357 114 18 0 0 0 0 0 1 358 112 20 0 0 0 0 0 1 360 102 27 2 1 0 0 0 1 363 4 62 63 1 1 0 1 1 364 96 34 2 0 0 0 0 1 366 3 61 63 4 0 0 2 1 373 106 21 0 2 3 0 0 1 374 6 109 15 0 1 0 1 1 375 116 12 2 0 1 0 0 1 376 131 0 0 0 1 0 0 1 377 6 111 12 2 1 0 1 1 378 106 26 0 0 0 0 0 1
122
Devido à grande quantidade de informações coletadas e a fim de permitir uma maior
compreensão dos resultados obtidos nas tabelas citadas, os dados foram representados por
figuras conhecidas como Box-Plot.
O Box-plot (também chamado de gráfico de caixa, gráfico caixa-e-bigodes ou diagrama
de extremos e quartis) é um gráfico estatístico que possibilita representar a distribuição de um
conjunto de dados com base em alguns parâmetros descritivos. Trata-se de uma ferramenta de
análise de dados exploratória que enfatiza as características mais importantes de um conjunto de
dados.
De uma maneira geral, um gráfico tipo Box-plot apresenta basicamente a mediana ou 2º
quartil (Q2), o primeiro quartil (Q1) e o terceiro quartil (Q3), os valores mínimos e máximos e
eventuais outliers (valores extremamente altos ou extremamente baixos).
A figura 4.55 ilustra um gráfico tipo Box-plot.
Figura 4.55 – Exemplo típico de gráfico Box-plot.
Na figura 4.55, a linha central da caixa representa a mediana (Q2) do conjunto de
dados, a parte inferior da caixa é delimitada pelo primeiro quartil (Q1) e a parte superior pelo
terceiro quartil (Q3). A amplitude interquartil (IQR) é a diferença entre o terceiro e o primeiro
quartil (Q3 –Q1)e fornece a amplitude de um intervalo que contém 50% dos elementos do meio
da amostra.Trata-se de uma medida não negativa e será tanto maior quanto maior for a
variabilidade nos dados.As hastes inferiores e superiores se estendem, respectivamente, do
primeiro quartil (Q1) até o menor valor não inferior a Q1 – 1,5×IQR e do terceiro quartil até o
maior valor não superior a Q3 + 1,5 × IQR.
Q2 (Mediana)
Q
1
Q3
Entrada mínima
Entrada máxima
Outliers Outliers
123
Os valores inferiores a Q1 – 1,5×IQR e superiores a Q3 + 1,5×IQR são identificados
como valores discrepantes (outliers).
A existência de outliers pode indicar tanto dados incorretos como dados válidos que
carecem de uma atenção especial.
Tomando-se como exemplo a figura 4.30, observa-se que a foto 142 apresenta 25% das
classificações entre 1 e 2, 50% das classificações entre 2 e 3 e 25% entre 3 e 4, sendo as
classificações 0 e 5 consideradas outliers.
O pequeno triângulo representa a nota técnica (classificação conforme tabela 4.5)
fornecida pelo autor.
O traço mais grosso que aparece na base do retângulo é a mediana, isto é, a posição
central das classificações sem os outliers.
Nota-se que a mediana coincide com o primeiro quartil (Q1), ou seja, a distribuição das
classificações é assimétrica.
A distribuição dos quartis das classificações para a foto 142 é apresentada na figura
4.56.
Figura 4.56 – Distribuição dos quartis - foto 142.
Uma vez apresentado o método de análise estatística adotado, passou-se à análise das
imagens conforme apresentado nas de figuras 4.57 a 4.62.
As imagens citadas foram geradas com a utilização da ferramenta Box-plot do software
R (2011), o qual possui licença livre.
{{
{{
outlier
1
%25
1022
%50
3133
%25
1220outlier
1
5,4,...,4,4,3,...,3,3,3,...,3,3,2,...,2,2,2,...,2,2,1,...,1,1,0
44 344 21321321
44 344 21321321
44 344 21321321
124
Figura 4.57 – Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 05 a 41.
Figura 4.58 – Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 55 a 121.
125
Figura 4.59 – Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 125 a 182.
Figura 4.60 – Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 185 a 255.
126
Figura 4.61 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 257 a 324.
Figura 4.62 - Gráfico referente à classificação obtida para as imagens de 328 a 378.
127
4.6. Análise geral dos dados apresentados nos gráficos das figuras de 4.57 a
4.62
Conforme se pode notar nas tabelas de 4.28 a 4.33 quanto à classificação, as imagens
apresentaram variação de percepção dos observadores, o que veio a ser confirmado através da
análise gráfica apresentada nas figuras de 4.57 a 4.62.
Analisando-se os dados apresentados e devido à quantidade de imagens (90) analisadas
por cada indivíduo, acredita-se que as classificações fornecidas por eles, possam ter sofrido
variações devido ao cansaço e acuidade visual, fadiga, estado psicológico, dentre outros fatores
humanos que não são objeto de estudo deste trabalho.
Porém, com base nos resultados obtidos do grupo de conferência adulto (132
indivíduos), e através da aplicação das técnicas de análises demonstradas, foi possível verificar
que a classificação proposta na tabela 4.5, apesar de aparentemente simples, mostrou-se pouco
eficiente.
Assim, ainda no intuito de buscar uma forma de análise visual eficiente e de fácil
aplicação, submeteu-se o grupo de conferência adulto (132 indivíduos) a um novo teste, de
maneira que as classificações obtidas nas tabelas de 4.28 a 4.33 fossem apenas duas:
insatisfatório e satisfatório, visando obter-se o conceito absoluto da utilização das faixas pelos
usuários da via urbana.
Passou-se, então, a levar em consideração, apenas duas classificações possíveis que
corresponderiam a insatisfatório nas classificações 0, 1 e 2 agrupadas e a satisfatório nas
classificações 3, 4 e 5 agrupadas, conforme demonstra tabela 4.34 – Novo padrão de
reclassificação de imagens.
128
Tabela 4.34 – Novo padrão de reclassificação de imagens. Classificação
conforme tabela 4.5
Classificação proposta
0, 1 e 2 Insatisfatório 3, 4 e 5 Satisfatório
Desta forma, a imagem da sinalização sendo classificada como insatisfatório, remete a
uma sinalização cuja visibilidade diurna está comprometida, devendo ser repintada.
De maneira similar, a classificação satisfatório significa que a sinalização possui
visibilidade aceitável durante o período diurno.
O novo teste baseou-se na aplicação do mesmo padrão, contendo 6 imagens, porém,
cada indivíduo, ao visualizar a imagem projetada, forneceu uma classificação baseada no novo
critério proposto na tabela 4.34.
O modelo de formulário utilizado para o novo teste é apresentado na figura 4.63.
Após a aplicação do novo teste, os resultados foram compilados e originaram as tabelas
4.35, 4.36 e 4.37, cada uma contendo um grupo de 30 imagens. As novas tabelas obtidas são
apresentadas a seguir, e dividiram-se da seguinte maneira:
Tabela 4.35 – Novo padrão proposto – Imagens de 005 a 121;
Tabela 4.36 – Novo padrão proposto – Imagens de 125 a 255;
Tabela 4.37 – Novo padrão proposto – Imagens de 257 a 378.
129
Foto Nr. Classe
Foto Nr. Classe
≤ 2 ≥ 3 ≤ 2 ≥ 3 1 46 2 47 3 48 4 49 5 50 6 51 7 52 8 53 9 54 10 55 11 56 12 57 13 58 14 59 15 60 16 61 17 62 18 63 19 64
20 65 21 66 22 67 23 68 24 69 25 70 26 71 27 72 28 73 29 74 30 75 31 76 32 77 33 78 34 79 35 80 36 81 37 82 38 83 39 84 40 85 41 86 42 87 43 88 44 89 45 90
Figura 4.63 – Novo teste baseado na tabela 4.34.
130
Tabela 4.35 – Nova classificação proposta – Imagens de 005 a 121.
Tabela 4.36 – Nova classificação proposta – Imagens de 125 a 255.
Tabela 4.37 – Nova classificação proposta – Imagens de 257 a 378.
Imagem original
Classificação
Imagem original
Classificação
Imagem original
Classificação
Gru
po d
e co
nfer
ênci
a ad
ulto
Aut
or
Gru
po d
e co
nfer
ênci
a ad
ulto
Aut
or
Gru
po d
e co
nfer
ênci
a ad
ulto
Aut
or
5
S
S
125 S S 257 S S 6 142 I I 267
I I 11 143
S S 268
12 144 I 280 13 147 S 281 19 148
I I
282 20 152 297
S S 21 153 299 22 154 300 24 155 305 30 156 311 34 158
S
S 319
I I
39 161 321 40 181 I 322 41 182
S
324 55 185 328 57 186 330 67 187 355 73 199
I I 357
75 202 358 83 203 S S 360 84 211
I I
363 91 I 214 364 92
S 215 366
95 216 373 103 237 374 106 I I 247 375 111
S S
248 S
S 376 118 254
I 377
121 I 255 378
131
Com base no novo critério proposto e analisando-se as novas tabelas obtidas, pode-se
notar que a grande maioria das imagens recebeu a mesma classificação, tanto pelo grupo de
conferência adulto quanto pelo autor, exceto as imagens de número 91, 121, 144, 181, 254, 255,
as quais permaneceram ainda com classificações diferentes e são apresentadas na tabela 4.38.
Tabela 4.38 – Imagens que permaneceram com classificação diferente.
Classificação agrupada do grupo de conferência adulto
Classificação do autor Imagem
original
Classe – numerous absolutos Moda
≤2 ≥3 91 20 109 3 2 121 70 60 2 3 144 18 110 3 2 181 33 98 3 2 254 60 71 3 2 255 65 66 3 2
Analisando-se tabela 4.38, percebe-se que:
• Todas as seis imagens que geraram maior concentração de dúvidas possuem
classificação entre 2 e 3 com base na classificação apresentada pela tabela 4.5,
significando proximidade com o limite definido como satisfatório e insatisfatório;
• Ao observar-se a tabela 4.38 percebe-se que as imagens 121, 254 e 255
apresentaram classificações muito próximas entre 2 e 3 (conforme tabela 4.5),
ficando praticamente o grupo de conferência adulto consultado, dividido entre as
duas classificações citadas;
• As imagens 91, 144 e 181 obtiveram classificação claramente diferenciada entre o
grupo de conferência adulto e o do autor;
132
• O critério simplificado utilizado, apesar de apresentar pequenas variações na
classificação das imagens, sejam elas pelo grupo de conferência adulto ou pelo do
autor, mostrou-se mais simples, porém, manteve a mesma dispersão das avaliações
já observadas no método completo inicialmente experimentado;
• Importante salientar que, tanto o critério proposto na tabela 4.34 quanto o proposto
na tabela 4.5 avaliam as condições da sinalização para a situação diurna,
necessitando de maiores estudos e testes para as condições de visibilidade noturna,
uma vez que a sinalização horizontal deve atender às duas condições (diurna e
noturna) conforme apresentado no capítulo 2.
Ainda buscando-se melhorar a representatividade das análises efetuadas, foi elaborado
um último teste com um grupo de pessoas diretamente relacionadas ao serviço de sinalização
viária. Esse grupo denominado grupo de conferência técnico foi composto por indivíduos
integrantes do quadro permanente de funcionários da Prefeitura de Sumaré. Todos os indivíduos
selecionados para compor o grupo de conferência técnico possuem longa experiência prática em
acompanhamento e avaliação de sinalização horizontal.
Ao grupo de conferência técnico foram aplicados os testes de duas formas diferentes.
Na primeira seção de testes, utilizou-se a sequência de exposição de imagens similar ao teste 1
(descrito anteriormente), e foi realizada através da exposição das 90 imagens via projetor
multimídia. Na segunda seção de testes, as 90 imagens foram fornecidas impressas em papel
fotográfico, onde cada indivíduo pôde avaliar cada uma das imagens na sequência que desejasse.
Em ambos os testes foram utilizadas as mesmas 90 imagens, porém apresentadas em diferente
ordem.
Para cada indivíduo foi fornecido um padrão de imagens conforme apresentado
anteriormente na figura 4.53 e um formulário conforme modelo apresentado na figura 4.54. Para
efeito de organização dos testes aplicados ao grupo de conferência técnico denominou-se de
avaliação A aquela realizada com projeção multimídia e de avaliação B aquela realizada com
exposição em papel fotográfico. Os resultados obtidos da avaliação A (imagens avaliadas por
projeção) e B (imagens avaliadas em papel fotográfico) foram tabulados e estão compilados nas
tabelas de 4.39 a 4.41, conforme descrito a seguir:
133
• Tabela 4.39 – Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 05 e 75;
• Tabela 4.40 – Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 83 e
216;
• Tabela 4.41 – Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 237 e
378.
Tabela 4.39 – Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas
entre 05 e 75.
Núm
ero
orig
inal
da
imag
em
Cla
ssifi
caçã
o do
au
tor
Moda estatística
Classificação fornecida pelos grupos de conferência
Adulto Técnico
(avaliação por
projeção)
Técnico
(avaliação em papel fotográfico)
5 5 5 5 5 6 5 5 5 5 11 5 5 5 5 12 5 4 5 5 13 5 4 5 5 19 5 4 5 5 20 5 5 5 5 21 5 5 5 5 22 5 5 5 5 24 5 5 5 5 30 5 5 5 5 34 5 5 5 5 39 5 4 5 5 40 5 4 5 5 41 5 4 5 5 55 4 4 4 4 57 4 5 4 4 67 3 3 3 3 73 4 4 4 4 75 4 5 5 4
134
Tabela 4.40 – Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 83 e 216.
Núm
ero
orig
inal
da
imag
em
Cla
ssifi
caçã
o do
aut
or
Moda estatística
Classificação fornecida pelos grupos de conferência
Adulto Técnico
(avaliação por projeção)
Técnico (avaliação em
papel fotográfico) 83 4 4 4 4 84 4 4 4 4 91 2 3 3 2 92 4 4 4 4 95 4 4 4 4 103 3 3 3 3 106 2 2 2 2 111 4 4 4 4 118 3 3 3 3 121 3 2 3 3 125 4 4 4 4 142 2 2 2 2 143 3 4 2 3 144 2 3 3 2 147 3 3 3 3 148 2 2 2 2 152 1 0 2 1 153 0 0 0 0 154 0 0 0 0 155 0 0 0 0 156 0 0 0 0 158 3 3 2 3 161 3 3 2 3 181 2 3 3 2 182 4 3 4 3 185 4 4 4 4 186 4 4 4 4 187 4 4 4 4 199 2 2 3 3 202 1 2 2 1 203 4 4 4 4 211 1 2 2 1 214 1 1 1 1 215 2 2 3 2 216 2 2 2 3
135
Tabela 4.41 – Dados compilados dos testes - Imagens compreendidas entre 237 e 378.
Núm
ero
orig
inal
da
imag
em
Cla
ssifi
caçã
o do
aut
or Moda estatística
Classificação fornecida pelos grupos de conferência
Adulto Técnico
(avaliação por projeção)
Técnico (avaliação em papel
fotográfico)
237 2 2 3 2
247 2 2 2 2
248 3 3 3 3
254 2 3 2 3
255 2 3 3 2
257 3 4 3 3
267 1 2 1 1
268 1 1 1 1
280 1 1 1 1
281 1 1 1 1
282 1 2 2 2
297 1 3 2 3
299 1 3 3 2
300 1 3 2 2
305 1 3 2 2
311 1 3 2 2
319 1 1 1 1
321 1 1 1 1
322 1 1 1 1
324 1 1 1 1
328 1 0 1 1
330 1 0 1 1
355 1 0 1 1
357 1 0 1 1
358 1 0 1 1
360 1 0 1 1
363 1 1 1 1
364 1 0 1 1
366 1 2 1 1
373 1 0 1 1
374 1 1 1 1
375 1 0 0 1
376 1 0 1 1
377 1 1 1 1
378 1 0 1 0
136
Após a aplicação das avaliações A e B ao grupo de conferência técnico, pôde-se verificar
que permaneceram as mesmas dispersões observadas nos testes anteriores, tornando evidente
que as maiores divergências nas avaliações ocorrem no limite de classificação entre 2 e 3.
Através dos resultados obtidos, observou-se que ocorreram pequenas variações de
classificações fornecidas entre grupo de conferência técnico ao comparar-se os resultados da
avaliação por projeção da imagem com os resultados obtidos em papel fotográfico.
Porém, não foi possível concluir se as variações apresentadas estão relacionadas à forma
de apresentação das imagens ou a outros fatores, tais como acuidade visual, distração, fadiga,
etc.
Conforme demonstrado no presente capítulo, muitas informações e observações foram
possíveis de ser obtidas no estudo proposto.
137
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
5.1. Conclusões relativas à pesquisa bibliográfica
De forma objetiva, alguns pontos importantes ficaram evidentes na revisão bibliográfica, os
quais são apresentados a seguir:
• Ficou evidente a preocupação ao longo do tempo dos organismos e entidades de transporte
quanto à obtenção de materiais de sinalização horizontal de maior durabilidade;
• No biênio 1999/2000, surgiram importantes estudos e pesquisas nacionais e internacionais
com o objetivo de identificar técnicas possíveis de serem aplicadas em análise de
desempenho e durabilidade da sinalização horizontal;
• De maneira geral, os estudos realizados no exterior, ao longo do tempo, tanto no
continente americano quanto no europeu apontaram a preocupação com a avaliação da
vida útil da sinalização; alguns baseados em métodos de avaliação de desgaste através da
variação de retrorrefletividade e outros no percentual de película de pintura remanescente
sobre o pavimento e na maioria dos casos encontrados, ambos os métodos são utilizados
de maneira complementar;
• Vários estudos apontaram, dentre outros quesitos, para a necessidade também de avaliação
da vida útil da sinalização horizontal quando submetida a ações variadas de tráfego,
características das vias, intempéries e condições climáticas;
138
• Os organismos normativos internacionais pesquisados apresentaram métodos avaliativos
baseados nos quesitos de retrorrefletividade e do percentual de filme remanescente de
pintura sobre o pavimento, porém os métodos propostos são ainda de difícil aplicação
pelos municípios de pequeno e médio porte brasileiros;
• No cenário internacional, relativamente ao critério de avaliação de percentual
remanescente de pintura, o método utilizado pela ASTM - D913-88 (2010) apresentou-se
amplo, o que torna trabalhosa e difícil sua aplicação;
• Outros organismos internacionais também utilizam o método de controle de pintura
remanescente com escalas de avaliação com menor número de classes e mais fáceis de
serem observadas através de análise comparativa visual. Dentre os métodos com as
características citadas, destacam-se os métodos utilizados pelo Reino Unido;
• No Brasil, o primeiro trabalho acadêmico identificado com o tema foi realizado em 1999;
aplicou alguns tipos de materiais de sinalização e avaliou seu desempenho quando
submetidos ao tráfego típico de rodovias, no estado de Minas Gerais;
• Ainda no Brasil, no ano de 2002, surgiu outro trabalho acadêmico que apresentou
métodos de aplicação e controle de qualidade de materiais de sinalização horizontal,
propondo como resultado final uma especificação técnica para execução e controle de
serviços de sinalização urbana horizontal pelo processo de pintura a frio em cidades de
pequeno e médio porte. Tal estudo caracterizou-se por apresentar uma abordagem simples
e de fácil utilização por municípios de pequeno e médio porte, porém não propôs nenhuma
metodologia focada na avaliação do desgaste da sinalização quando submetida à ação do
tráfego urbano;
139
• As normas da ABNT, por sua vez, apresentam-se mais aplicáveis em rodovias devido aos
critérios de medição sugeridos, avaliando o desgaste da sinalização apenas através do
decréscimo nos índices de retrorrefletividade da sinalização ao longo do tempo, não
apresentando nenhum outro método complementar de avaliação de desgaste de
sinalização, como por exemplo, o de avaliação de perda de percentual de filme de pintura;
• A preocupação com a avaliação da durabilidade da sinalização vem despertando o
interesse de universidades, as quais atualmente desenvolvem trabalhos científicos
independentes e também em parceria com órgãos de transporte, buscando apresentar
métodos de avaliação preditiva da vida útil da sinalização, mas sempre considerando o
quesito retrorrefletividade.
• Os métodos citados da revisão bibliográfica apresentam-se ainda complexos para
utilização prática direta pelos órgãos de trânsito de municípios de pequeno e médio porte
brasileiros, sendo mais úteis na definição de valores preditivos teóricos de durabilidade da
sinalização;
• De maneira geral,tanto no cenário nacional quanto no internacional existe a evidente falta
de padronização e consenso sobre valores estabelecidos de retrorrefletividade, seja ela
inicial ou residual, incluindo falta de padronização quanto ao método de leitura de
retrorrefletividade;
• Ficou evidenciado que o desenvolvimento de um método ou critério que fosse de fácil
aplicação e de baixo custo seria extremamente útil para atender-se as necessidades dos
municípios de pequeno e médio porte brasileiros, carentes ainda de ferramentas adequadas
à sua realidade;
• As questões levantadas pela revisão bibliográfica serviram como base para a idealização
do experimento da tese.
140
5.2. Conclusões relativas ao experimento de campo
O desenvolvimento do experimento da tese permitiu obter as seguintes conclusões:
• As avaliações realizadas para o grupo de pessoas adultas e para os técnicos municipais
confirmou que apenas a inspeção visual não foi suficiente para uma avaliação objetiva que
pudesse ser empregada em nível de planejamento de serviços futuros de sinalização
municipal;
• A durabilidade das tintas aplicadas apresentou período de vida útil superior a 6 meses na
maioria dos pontos, algumas delas superior a 12 meses;
• O experimento desenvolvido não permitiu a definição objetiva do processo de degradação
das pinturas pelo tráfego devido a não obtenção de dados confiáveis sobre o volume diário
de tráfego e classes dos veículos circulantes;
• Alguns fatores inviabilizaram conclusões objetivas sobre a durabilidade da sinalização
implantada; pode-se citar como exemplo a periodicidade de coleta das amostras de campo,
as quais ficaram dependentes da disponibilidade das providências para a interdição das
vias nos locais de estudo por parte do poder público;
• No ponto 8, onde ocorre intenso tráfego de veículos leves e pesados, associado com
características agressivas à sinalização,esta apresentou durabilidade mínima (7 dias);
• O experimento permitiu avaliar que condições específicas geométricas das vias
contribuem para o desgaste acelerado da pintura, principalmente a ocorrência de curva
acentuada associada a greide em aclive, o que confirma a observação visual corrente no
meio técnico;
141
• A tinta padrão DER 3.16 (considerada provisória), apesar de apresentar-se como um tipo
de tinta pouco resistente (de baixa resistência à abrasão do tráfego), a mesma obteve
comportamento similar à tinta padrão DNIT na maioria dos locais onde as solicitações do
tráfego foram menos intensas, isto é, nos pontos de 1 a 6 e suas respectivas faixas;
• A tinta padrão DER 3.09 foi a que apresentou resistência ao desgaste imposto pelo tráfego
maior ou igual às demais conforme já se esperava, devido às suas características técnicas;
5.3. Conclusões relativas ao método proposto inicialmente neste trabalho (6
classes)
• O critério de avaliação em 6 classes proposto neste trabalho, inicialmente apresentou-se
para o autor como de fácil aplicação, porém, já de início, percebeu-se que existiriam
incertezas na definição visual de algumas classificações do estado de desgaste da pintura;
• A aplicabilidade prática do método foi confirmada quando da classificação das imagens
pelo autor, porém confirmou-se a dificuldade de classificação quando elas apresentavam
desgaste perto do intervalo de definição entre as classes2 e 3;
• Quando o método proposto foi submetido aos dois grupos de conferência, confirmaram-se
que as divergências na classificação ocorriam predominantemente no intervalo de
definição entre as classes 2 e 3;
• Considerando-se a moda estatística das classificações emitidas pelo grupo de conferência
para cada imagem avaliada e comparando-se com a classificação inicial do autor, pode
verificar-se que ainda persistiram divergências.
• Acredita-se que a quantidade de imagens (90) analisadas por cada indivíduo do grupo de
conferência pode ter influenciado na variação das classificações fornecidas, de maneira
geral, por fatores humanos tais como: cansaço e acuidade visual, fadiga, estado
142
psicológico, dentre outros, porém a avaliação do efeito de tais fatores não é objeto de
estudo deste trabalho;
• Através dos resultados obtidos nos testes aplicados aos dois grupos de conferência (adulto
e técnico) e, com a aplicação das técnicas de análises demonstradas, foi possível verificar
que a classificação adotada inicialmente com 6 classes, apesar de aparentemente simples,
mostrou-se não plenamente satisfatória uma vez que, as avaliações aplicadas ao grupo de
conferência adulto e ao grupo de conferência técnico confirmaram a dispersão nas
classificações entre várias classes e, acentuadamente, entre as classes 2 e 3.
5.4. Conclusões relativas ao método simplificado (2 classes)
• Com base no novo critério testado com apenas 2 classes (satisfatório/insatisfatório) pode-
se notar que a grande maioria das imagens receberam a mesma classificação, tanto pelo
grupo de conferência adulto quanto pelo do autor;
• O critério simplificado com apenas duas classes mostrou-se de fácil aplicação e simples
interpretação, gerando variações mínimas na classificação das imagens, sejam elas pelo
grupo de conferência adulto ou pelo autor, no entanto manteve a não desprezível dispersão
já observada na classificação do estado da pintura no ponto de tomada de decisão entre as
classes consideradas: satisfatório e insatisfatório.
143
5.5. Sugestões para futuras pesquisas
Apresentam-se a seguir algumas sugestões de pesquisas sobre o tema durabilidade da
sinalização urbana:
• Reprodução de experimento de campo em município que permita a definição das
seguintes variáveis: tráfego solicitante controlado eletronicamente e informações
complementares como VDM, classificação do tráfego, velocidade. E dados específicos do
sistema viário, como por exemplo, as características geométricas da via, entre outros;
• Reprodução de experimento de campo proposto em outro município, porém com
utilização de diferentes tipos de materiais de sinalização horizontal (ex. termoplástico,
plástico a frio e tintas), comparando-se o desempenho dos materiais quando submetidos a
diversas solicitações de tráfego urbano;
• Proposição de um sistema de gerenciamento para sinalização horizontal de baixa
complexidade para municípios de pequeno e médio porte, o qual apresente indicadores
preditivos para auxílio da manutenção da sinalização;
• Estudar qual a correlação entre o desgaste da camada superficial da sinalização
implantada e a perda da retrorrefletividade da sinalização;
• Estudar quais são os níveis de retrorrefletividade ideais para ambientes urbanos,
considerando-se a acuidade visual dos motoristas e sua faixa etária.
144
145
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia referenciada
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS – ASTM. D913-88(2010) - Standard Test Method for Evaluating Degree of Resistance to Wear of Traffic Paint, 2010. ________. D713-98(2004) - Conducting Road Service Tests on Fluid Traffic Marking Materials, 2004. ________. D7585/D7585M-10 - Standard Practice for Evaluating Retroreflective Pavement Markings Using Portable Hand-Operated Instruments, 2010. ________. ASTM E1710-97(2011) - Test Method for Measurement of Retroreflective Pavement Marking Materials with CEN - Prescribed Geometry Using a Portable Retroreflectometer,2011. ________. ASTM D4505-96(2005) - Standard Specification for Preformed Retroreflective Pavement Marking Tape for Extended Service Life, 2005. ________. ASTM E965-96(2005) – Standard Test Method for Measuring Pavement Macrotexture Depth Using a Volumetric Technique, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7396: Sinalização horizontal viária — Material para sinalização — Terminologia. Rio de Janeiro, 2011. ________. NBR 11862: Tinta para sinalização horizontal à base de resina acrílica – Especificação. Rio de Janeiro, 1992.
146
________. NBR 12935: Tintas com resina livre para sinalização horizontal viária – Especificação. Rio de Janeiro, 1993. ________. NBR 13132: Termoplástico para Sinalização Horizontal aplicado pelo processo de extrusão. Rio de Janeiro, 1994. ________. NBR 13159: Termoplástico para sinalização horizontal aplicado pelo processo de aspersão. Rio de Janeiro, 1994. ________. NBR 13699: Sinalização horizontal viária - Tinta à base de resina acrílica emulsionada em água - Requisitos e método de ensaio. Rio de Janeiro, 1996. ________. NBR 14723: Sinalização horizontal viária – Avaliação da retrorrefletividade. Rio de Janeiro, 2005. ________. NBR 15402: Sinalização horizontal viária - Termoplásticos - Procedimentos para execução de demarcação e avaliação. Rio de Janeiro, 2006. ________. NBR 15405: Sinalização horizontal viária – Tintas – Procedimentos para execução da demarcação e avaliação. Rio de Janeiro, 2006. ________. NBR15406: Procedimentos para execução da demarcação e avaliação das sinalizações executadas com tintas. Rio de Janeiro, 2006. ________. NBR 15438: Sinalização horizontal viária – Tintas – Métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2006. ________. NBR 15543: Sinalização horizontal viária - Termoplástico alto relevo aplicado pelo processo de extrusão mecânica. Rio de Janeiro, 2007. ________. NBR 15741: Sinalização horizontal viária - Laminado elastoplástico para sinalização - Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2009. ________. NBR 15482: Sinalização horizontal viária - Termoplásticos - Métodos de Ensaio. Rio de Janeiro, 2007.
147
________. NBR 15870: Sinalização horizontal viária – Plástico a frio à base de resinas metacrílicas reativas – Fornecimento e aplicação. Rio de Janeiro, 2010. ASDRUBALI F., BURATTI C., MORETTI E., D'ALESSANDRO F., SCHIAVONI S. A new methodology for assessing the performance of road surface markings. In: 2ND INTERNATIONAL CONFERENCE ON ROAD AND RAIL INFRASTRUCTURE – CETRA . Dubrovnik – Croacia, 2012. BOLLEN, R.E., Synthesis of Highway Practice 17: Pavement Traffic Marking: Materials and Application Affecting Serviceability. Highway Research Board, National Research Council, National Academy of Sciences, Washington - D.C, 1973. BRASIL. Código de Trânsito Brasileiro. Lei n. 9503 de 23 de setembro de 1997. Brasília: DENATRAN, 1997. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTES - CNT . Pesquisa CNT de rodovias 2011: relatório gerencial. Brasília, 2011:CNT:SEST:SENAT. CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN. Resolução 236/2007 – Aprova o Volume IV – Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Brasília: DENATRAN, 2007. DEBAILLON C., CARLSON P. J., HAWKINS H. G.,HE J. Y., SCHNELL T., and AKTAN F., Review and Development of Recommended Minimum Pavement Marking Retroreflectivity Levels. Transportation Research Record: Journal of the Transportation Research Board, Washington D.C., 2008, n. 2055, p. 71-71. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos (IPR-720). Rio de Janeiro, 2006. Department for Transport. Highways Agency. Design Manual for Roads and Bridges. Traffic Signs and Road Markings Part 2 – TD 26/07 – Inspection and Maintenance of Road Markings and Road Studs on Motorways and all-purpose trunk roads. London – U.K., 2008. Disponível em: <http://www.dft.gov.uk/ha/standards/dmrb/vol8/section2.htm>. Acesso em: 17 mai. 2012.
148
EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. EN 1436:2007 (2008) - Road marking materials - Road marking performance for road users. Bruxelas – Bélgica, 2008. FEDERAL HIGHWAY ADMINISTRATION – FHWA (2003). Manual on Uniform Traffic Control Devices - MUTCD, Washington - D.C, 2003. ________. Proposed Pavement Marking Retroreflectivity - MUTCD. Washington - D. C, 2009. Disponível em: <http://mutcd.fhwa.dot.gov/knowledge/proposed09mutcdrev1/mutcd2009_pmretro.htm >. Acesso em 17 mai. 2012. FORTES, R. M., LOPES, L. G. R. Estudo da aderência pneu-pavimento para diferentes tipos de texturas de pavimentos em pistas de kartódromos. In: CONGRESSO DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – CONINFRA, São Paulo, 2008. GASPAR, L. Lifetime engineering for roads. In: 2ND INTERNATIONAL CONFERENCE ON ROAD AND RAIL INFRASTRUCTURE – CETRA. Dubrovnik – Croacia, 2012. GONZALES, C. Safe Roads for Development – A policy framework for safe infraestructure on major road transport networks, in We need simple, affordable safety features. These interventions are as effective as vacines, Washington-DC, 2010. HAWKINS N., SMADI O. Developing and Implementing Enhanced Pavement Marking Management Tools for the Minnesota Department of Transportation: Phase I – Mapping Tool. Minnesota Department of Transportation Research Services Section, St. Paul, Minnesota, 2008. Disponível em: <http://www.lrrb.org/pdf/200837.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2012. INTERNATIONAL ROAD FEDERATION – IRF. Maintenance of Road Signs, Markings and Other Safety Assets: A cost effective means of optimizing road safety. Geneva, 2006. ________ . Exploratory paper, IRF Group of Experts on Road Safety. Geneva, 2011. MOHI, A. Performance Evaluation of Pavement Markings on Portland Cement Concrete Bridge Decks. Thesis (Degree Master of Science) – University of Akron - Ohio – EUA, 2009.
149
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Improving Global Road Safety: Setting Regiional and National Road Traffic Casualty Reduction Targets, New York and Geneva, 2010. PAIVA C. E. L., PESTANA F. A. B. A pintura horizontal a frio de vias urbanas em cidades de médio e pequeno porte: materiais, execução e controle. In: Revista Pavimentação Ed. 1, Rio de Janeiro-RJ, 2006. PESTANA F. A. B. A pintura horizontal a frio de vias urbanas em cidades de médio e pequeno porte: materiais, execução e controle. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil. Campinas-SP, 2002. REVISTA PORTUGUESA DE SINALIZAÇÃO. Portugal – Sintra: Associação Portuguesa de Fabricantes e Empreiteiros de Sinalização, 2009. R FOUNDATION FOR STATISTICAL COMPUTING. R Development Core Team R: A language and environment for statistical computing. Vienna – Austria, 2011. Disponível em: < http://www.r-project.org/ >. Acesso em: 20 mai.2012. SCHWAB, M.S.F (1999) Estudo do desempenho dos materiais de demarcação viária retrorrefletivos . Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Minas Gerais - UEMG. Engenharia de Materiais. Belo Horizonte-MG, 1999. Disponível em: <http://www.der.mg.gov.br/images/TrabalhosAcademicos/maria_selma_freitas_schwab.pdf>. Acesso em 17 mai. 2012. SUDHAKAR S., SHANKAR V. N., DONNELL E. T. Pavement Marking Retrorreflectivity Inspection Data – A Weibull Analysis. In:Transportation Research Record: Journal of the Transportation Research Board, Washington D.C., 2008, n. 2055, p. 63-70. TRANSPORTATION RESEARCH BOARD OF THE NATIONAL ACADEMIES – TRB NCHRP Synthesis 306. Long Term Pavement Marking Practices. Washington, D.C., 2002. ________. NCHRP Synthesis 371. Managing Selected Transportation Assets: Signals, Lighting, Signs, Pavement Markings, Culverts and Sidewalks. Washington, D.C., 2007. ________. NCHRP Synthesis 408. Pavement Marking Warranty Specifications. Washington, D.C., 2010.
150
WANG, S. Comparative Analysis of NTPEP Pavement Marking Performance Evaluation Results. Thesis (Degree Master of Science) – University of Akron - Ohio – EUA, 2010.
Bibliografia de apoio
ALLEN, R.W., et al. Drivers Visibility Requirements for Roadway Delineation. In: Systems Technology & Human Factors Research, Inc.,1977. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 5830: Determinação de estabilidade acelerada de resinas e vernizes. Rio de Janeiro, 1976. ________. NBR 14281: Sinalização horizontal viária – Esferas de vidro – Requisitos. Rio de Janeiro, 1999. ________. NBR 13699: Sinalização horizontal viária – Tinta à base de resina acrílica emulsionada em água – Requisitos e método de ensaio. Rio de Janeiro, 1996. ________. NBR 6830: Sinalização horizontal viária – Microesferas de vidro – Amostragem. Rio de Janeiro, 1996. ________. NBR 12935: Tintas com resina livre para sinalização horizontal viária . Rio de Janeiro, 1993. ________. NBR 10443: Tintas – Determinação da espessura da película seca. Rio de Janeiro, 1988.
BOXALL, J. & FRAUNHOFER, J. A. Paint formulation principles and practice. London, 1980: Great Britain for Edward Arnold, 195 p. BRITISH STANDARDS INSTITUTION – BSI. EN 1436:2007: Road marking materials. Road marking performance for road users. 2007. CAPELA, M.V. & CAPELA, J.M.V. Elaboração de Gráficos Box-Plot em Planilhas de Cálculo. Depto de Físico-Química, Instituto de Química – UNESP, Campus de Araraquara.
151
COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CET. Tinta à base de resina acrílica para sinalização horizontal (ET-SH-02). São Paulo, 1995. COTTRELL, B.H. & HANSON, R.A. Determining the Effectiveness of Pavement Marking Materials Final Report. Virginia-EUA, 2001. DEBAILLON, C., ET AL. Review and Development of Recommended Minimum Pavement Marking Retroreflectivity Levels. In: 87th ANNUAL MEETING OF THE TRANSPORTATION RESEARCH BOARD., Washington,D.C, 2008. DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO. – DER-SP. Critérios para uniformização de escolha de materiais para sinalização horizontal, DTM-SUP/DER – 004-05/1997.DER, São Paulo, 1997. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM – DNER. Microesferas de vidro para sinalização rodoviária horizontal (EM-373/97). Rio de Janeiro, 1997. DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S.A. – DERSA. Especificação técnica de esferas de vidro retrorrefletivas para sinalização horizontal (OP-06-22). São Paulo, 1989. DEUTSCH, P. Tintas e Vernizes: Ciência e Tecnologia. Editoriais Ltda. Revista da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – ABRAFATI. Volume 1, 1a Edição, São Paulo, 1993: Textonovo Editora e Serviços, p. 278 a 282 e 599 a 614. FARBER B., LARSON R. Estatística Aplicada. 4ª edição. São Paulo, 2010: Pearson Prentice Hall. FAZENDA, J. M. R. Tintas e Vernizes: Ciência e Tecnologia. Revista da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – ABRAFATI. Volume 1, 1a Edição, São Paulo, 1993: Textonovo Editora e Serviços Editoriais Ltda., p. 285 a 326 e 399 a 448. GENOVEZ A.I.B.,TEIXEIRA E.N. Instruções para Apresentação de Dissertações/Teses na FEC. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil. Campinas-SP,2010. GNECCO, C. A pintura na proteção anticorrosiva – Nível Técnico – Sumaré Indústria Química S.A. Sumaré – S. P.,1998.
152
GRANSBERG, D.D. AND C. RIEMER. Performance-Based Construction Contractor Prequalification. In: SYNTHESIS OF HIGHWAY PRACTICE 390 . Transportation Research Board of the National Academies, Washington, D.C, 2009. GRETAGMACBETHTM– Visual Color Communication Product and Resource Guide. New York, 2000 (Catálogo). HYMAN, W.A. Performance- Based Contracting for Maintenance. In: Synthesis of Highway Practice 389. Transportation Research Board of the National Academies, Washington, D.C., 2009. LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. São Paulo, 2001. MANNERING, F.L. & KILARESKI, W.P. Principles of highway engineering and traffic analysis. New York, 1990. MIGLETZ J. et al., Evaluation of All-Weather Pavement Markings. FHWA, 2000. OGLESBY, C.H. Highway engineering. New York, 1982. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU, UNECE. Transport Review, New York and Geneva, 2008. ________ – INLAND TRANSPORT COMMITTEE Consolidated Resolution on Road Signs and Signals, New York and Geneva, 2010. ________ – INLAND TRANSPORT COMMITTEE – Consolidated Resolution on Road Signs and Signals – Working party on road traffic safety, New York and Geneva, 2010. PESTANA, F.A.B. Estudo de caso – Ciclo PDCA aplicado na melhoria contínua da segurança viária em um município de médio porte. Monografia (Especialização) – Faculdades Integradas Logatti. Araraquara-SP, 2010.
153
SCOTT, S., K.R. MOLENAAR, D.D. GRANSBERG, AND N.C. SMITH. Best-Value Procurement Methods for Highway Construction Projects. In:NCHRP Report 561. Transportation Research Board of the National Academies, Washington, D.C., 2006. SENÇO, W. Manual de Técnicas de Pavimentação. São Paulo, 1997. SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, 2000. THAGESEN, B. Highway and traffic engineering in developing countries. London, 1996. WRIGHT, P. H. & PAQUETTE, R. J. Highway Engineering. New York, 1979.
154
155
APÊNDICES
Apêndice A - Resultados compilados dos testes 1 e 2
Apêndice B - Ensaio da Mancha de Areia
Apêndice C - Leituras de filmes úmido e seco
Apêndice D - Banco de dados de imagens
156
157
Apêndice A – Resultados compilados dos testes 1 e 2
158
Tabela A.1 – Resultados Compilados do Teste 1 Alunos dos cursos: Licenciatura em química e farmácia e bioquímica Foto Nr.
Imagem original
Classe 0 1 2 3 4 5
31 5 0 0 0 3 7 47 67 6 0 0 0 3 18 36 68 11 0 0 0 0 15 42 69 12 0 0 0 3 27 27 48 13 0 0 0 8 38 11 49 19 0 0 0 2 16 39 18 20 0 0 0 0 5 52 19 21 0 0 0 0 0 55 20 22 0 0 0 1 11 45 21 24 0 0 1 1 9 46 50 30 0 1 0 1 6 49 45 34 0 0 0 1 4 52 13 39 0 0 0 1 15 41 7 40 0 0 0 1 13 43 1 41 0 0 0 3 27 27 46 55 0 0 0 6 42 9 70 57 1 0 0 0 19 37 71 67 0 0 2 32 23 0 72 73 0 1 1 3 31 21 63 75 0 0 1 3 10 43 64 83 0 0 1 7 49 0 35 84 0 0 0 2 54 1 36 91 0 0 9 42 5 1 37 92 0 0 0 1 29 27 38 95 0 0 0 1 18 38 51 103 0 1 18 35 3 0 30 106 0 2 24 29 2 0 14 111 0 0 2 3 39 13 8 118 1 6 13 28 9 0 2 121 0 2 35 19 1 0 61 125 1 1 1 7 32 15 85 142 0 10 24 20 2 1 86 143 1 2 6 12 31 4 87 144 0 1 9 39 7 0 78 147 0 0 7 47 3 0 79 148 0 1 32 24 0 0 (continua…)
159
Tabela A.1 – Resultados Compilados do Teste 1 (continuação) Alunos dos cursos: Licenciatura em química e farmácia e bioquímica
52 152 22 33 1 0 0 0 53 153 36 20 0 1 0 0 54 154 44 12 1 0 0 0 55 155 29 27 1 0 0 0 65 156 40 15 0 2 0 0 60 158 0 1 2 28 25 1 15 161 0 0 5 39 10 3 9 181 0 2 13 30 11 0 3 182 0 3 11 28 12 1 47 185 0 0 4 26 24 3 88 186 1 0 0 9 40 6 89 187 2 2 13 9 21 10 90 199 0 11 43 3 0 0 43 202 0 19 33 3 2 0 44 203 0 0 1 7 45 3 39 211 0 23 34 0 0 0 40 214 0 39 18 0 0 0 41 215 0 1 40 16 0 0 42 216 0 0 50 6 1 0 66 237 0 15 28 12 1 0 77 247 3 9 32 12 1 0 16 248 0 0 5 15 37 0 10 254 0 5 34 16 2 0 4 255 1 5 30 15 5 1 62 257 0 0 1 8 41 7 73 267 0 11 43 3 0 0 74 268 1 41 12 2 1 0 75 280 2 40 11 4 0 0 26 281 1 50 6 0 0 0 27 282 1 31 25 0 0 0 22 297 2 2 12 14 25 2 23 299 0 3 12 38 4 0 24 300 0 2 15 36 3 1 25 305 1 1 11 21 23 0 80 311 0 0 3 28 26 0 76 319 1 54 1 1 0 0 17 321 0 52 4 0 1 0 11 322 2 53 2 0 0 0 5 324 6 45 5 1 0 0 (continua…)
160
Tabela A.1 – Resultados Compilados do Teste 1 (continuação) Alunos dos cursos: Licenciatura em química e farmácia e bioquímica
32 328 56 1 0 0 0 0 82 330 56 1 0 0 0 0 83 355 53 4 0 0 0 0 84 357 54 3 0 0 0 0 28 358 51 6 0 0 0 0 29 360 50 7 0 0 0 0 56 363 3 33 20 0 1 0 57 364 47 10 0 0 0 0 58 366 2 39 16 0 0 0 59 373 46 8 0 1 2 0 81 374 4 49 4 0 0 0 34 375 54 2 0 0 1 0 33 376 56 0 0 0 1 0 12 377 6 47 3 0 1 0 6 378 46 11 0 0 0 0
(fim)
161
Tabela A.2 – Resultados Compilados do Teste 2 Alunos dos cursos: Licenciatura em química , Engenharia Civil e Pós-Graduação em Engenharia de Transportes Foto Nr.
Imagem original
Classe 0 1 2 3 4 5
44 5 0 0 0 3 9 62 16 6 0 0 0 0 8 67 30 11 0 0 0 1 18 55 31 12 0 2 2 0 34 33 45 13 0 0 0 11 58 3 60 19 0 0 0 2 43 29 48 20 0 0 0 0 17 58 49 21 0 0 0 0 0 75 50 22 0 0 0 0 30 44 51 24 0 0 0 1 10 64 52 30 0 0 1 0 1 72 53 34 0 0 0 1 38 34 54 39 0 0 0 5 55 13 55 40 0 0 0 1 50 23 47 41 0 0 0 1 37 37 46 55 0 0 0 12 56 5 17 57 0 0 0 2 19 54 36 67 0 0 5 37 32 0 37 73 0 0 0 4 38 33 38 75 0 0 0 0 21 54 39 83 0 0 0 12 59 2 40 84 0 0 1 6 64 3 41 91 0 1 10 59 2 0 42 92 1 0 0 4 53 16 43 95 1 0 0 3 36 34 56 103 0 0 17 54 2 0 57 106 0 1 41 31 1 0 58 111 0 1 5 24 43 0 59 118 1 7 29 34 3 0 61 121 0 3 30 37 2 1 76 125 0 0 3 5 52 14 11 142 1 10 21 33 8 0 12 143 0 1 3 18 46 5 13 144 0 2 6 58 5 1 14 147 0 1 4 52 14 1 77 148 1 3 35 32 3 0
(continua…)
162
Tabela A.2 – Resultados Compilados do Teste 2 (continuação) Alunos dos cursos: Licenciatura em química , Engenharia Civil e Pós-Graduação em Engenharia de Transportes
78 152 51 24 0 0 0 0 79 153 65 9 0 0 0 0 80 154 68 7 0 0 0 0 81 155 47 28 0 0 0 0 82 156 53 22 0 0 0 0 83 158 0 0 2 51 19 0 84 161 0 0 3 52 17 0 85 181 0 1 17 52 5 0 86 182 0 1 17 34 22 0 87 185 0 0 3 13 55 3 6 186 0 0 1 17 50 6 7 187 0 1 0 25 35 12 8 199 0 10 58 7 0 0 9 202 1 10 61 2 1 0 10 203 0 0 0 8 56 10 62 211 0 32 42 1 0 0 63 214 0 46 28 1 0 0 64 215 0 2 37 33 1 0 65 216 0 4 52 17 0 0 66 237 0 12 30 28 4 0 67 247 1 11 42 18 3 0 68 248 0 0 11 27 33 2 69 254 0 1 20 46 5 2 88 255 0 2 27 43 2 0 89 257 0 1 0 3 67 3 2 267 0 2 66 5 0 2 3 268 1 53 18 0 0 2 4 280 0 53 19 2 1 0 5 281 1 47 26 1 0 0 70 282 0 30 40 3 1 0 71 297 0 1 3 21 48 1 72 299 0 0 9 53 9 1 73 300 0 1 11 55 6 1 74 305 0 1 4 37 31 1 75 311 0 0 3 39 30 1 90 319 3 71 0 0 0 1 18 321 0 73 2 0 0 0 34 322 0 71 3 0 0 0
(continua…)
163
Tabela A.2 – Resultados Compilados do Teste 2 (continuação) Alunos dos cursos: Licenciatura em química , Engenharia Civil e Pós-Graduação em Engenharia de Transportes
20 324 2 47 24 0 0 0 1 328 73 1 1 0 0 0 21 330 74 1 0 0 0 0 22 355 70 5 0 0 0 0 23 357 60 15 0 0 0 0 24 358 61 14 0 0 0 0 25 360 52 20 2 1 0 0 26 363 1 29 43 1 0 0 27 364 49 24 2 0 0 0 28 366 1 22 47 4 0 0 29 373 60 13 0 1 1 0 32 374 2 60 11 0 1 0 33 375 62 10 2 0 0 0 19 376 75 0 0 0 0 0 35 377 0 64 9 2 0 0 15 378 60 15 0 0 0 0
(fim)
164
165
Apêndice B - Ensaio da Mancha de Areia
O ensaio de Mancha de Areia foi realizado na data de 15 de Dezembro do ano de 2004 e
pautou-se nos procedimentos descritos na norma ASTM E965-96 (2005) e no DNIT - Manual de
restauração de pavimentos asfálticos – IPR720 (2006). Conforme citam os documentos referenciados,
este procedimento objetiva determinar a profundidade média da macrotextura da superfície do
pavimento. Foi adotado este ensaio no experimento proposto a fim de poder-se padronizar as
superfícies dos 09 (nove) pontos objeto de estudo. Não foi objetivo deste ensaio a análise de
microtextura da superfície dos pavimentos nem tampouco comparar com resultados de outros métodos
de ensaios de macrotextura existentes.
O procedimento descrito na norma e utilizado no presente ensaio consiste em lançar e
espalhar cuidadosamente em movimentos circulares um volume conhecido de areia classificada, a fim
de conseguir uma forma final o mais próxima de uma circunferência, conforme mostra figura B.1.
166
Figura B.1 – Exemplo retirado do ensaio da mancha de areia sobre o pavimento.
Os materiais utilizados para execução do ensaio foram de características e/ou funções
similares às descritas no documento normativo, tais como:
• 36 volumes de areia com características especificas para o ensaio;
• Escova e pincel para limpeza da superfície;
• Desempenadeira para espalhamento da areia na superfície;
• Régua para medição do diâmetro da área coberta pela areia;
• Pneu para evitar ação do vento durante o espalhamento da areia.
O ensaio caracterizou-se pela realização de 04 manchas de areia aplicadas em cada ponto,
perfazendo um total de 36 manchas de areia para todos os 09 pontos. As medidas foram então
tabuladas e são apresentadas na tabela B.2 – Dados obtidos no ensaio da mancha de areia. De posse
das leituras necessárias, na mesma tabela foi calculada a profundidade média da macrotextura do
pavimento através da equação B.1 – Cálculo da profundidade média da macrotextura, descrita a seguir.
167
�� = �4�� ÷ ���� ) (equação B.1)
Onde:
HS = profundidade média da macrotextura da superfície do pavimento, em mm;
V = volume da amostra de areia em mm3;
D = média aritmética das leituras de diâmetro da superfície coberta pela mancha de areia.
A classificação das macrotexturas foi realizada então com base na tabela B.1– Classificação
da macrotextura superficial do revestimento, apresentada abaixo:
Tabela B.1 – Classificação da macrotextura superficial do revestimento. Fonte DNIT.
Classificação Limites (em mm)
Muito fina ou muito fechada HS ≤ 0,20 Fina ou fechada 0,20 < HS ≤ 0,40 Média 0,40 < HS ≤ 0,80 Grossa 0,80 < HS ≤ 1,20 Muito grosseira ou aberta HS > 1,20
Os resultados obtidos respectivos à cada local de ensaio proposto foram compilados e são
apresentados na tabela B.3 – Classificação obtida da macrotextura dos locais de ensaio.
Tabela B.3 – Classificação obtida da macrotextura dos locais de ensaio Local (4) Ponto (5) No Ensaio (6) Classificação (3)
Av. Antonio Pereira de Camargo Neto, Jardim Dall´orto
P1 1
Fin
a ou
fec
had
a
P2 2 Av. Júlio de Vasconcellos, Região Central
P3 3 P4 4
Av. Fuad Assef Maluf, Região Central
P5 5 P6 6
Av. 3M, Região Central P7 7 P8 8 P9 9
168
A fim de permitir uma melhor compreensão dos dados apresentados nas tabelas B.2 e B.3,
cada um dos campos contidos no cabeçalho das mesmas recebeu um número de identificação. Uma
breve explicação sobre cada campo e seu respectivo item é dada à seguir:
(1) Volume de areia em mm3: Corresponde ao volume de areia utilizado em cada mancha
do ensaio, em mm3;
(2) Mancha 1: Corresponde à primeira mancha de areia realizada no ponto de estudo;
(3) Classificação: Corresponde à classificação da macrotextura da camada de revestimento
do pavimento, calculada com base nos valores obtidos de HS pela equação B.1 e
aplicada a tabela B.1;
(4) Local: Indica a via onde foi realizado o estudo;
(5) Ponto: Indica o ponto na via onde foi realizado o estudo;
(6) No ensaio: Indica o número do ensaio e à qual ponto está relacionado;
(7) D1a – Indica a primeira leitura de diâmetro realizada na mancha, em mm;
(8) D1b – Indica a segunda leitura de diâmetro realizada na mancha, em mm;
(9) D1c – Indica a terceira leitura de diâmetro realizada na mancha, em mm;
(10) D1d – Indica a quarta leitura de diâmetro realizada na mancha, em mm;
(11) DM1 – Indica a média aritmética das 4 leituras de diâmetro realizadas em cada mancha,
em mm;
(12) HS1 – Indica a profundidade média da macrotextura da superfície do pavimento, em
mm.
169
B.1. Exemplo para entendimento das tabelas B.2 e B.3
Para o ensaio no 1 (Coluna 6), o local do ensaio (Coluna 4) é a Av. Antonio Pereira de Camargo Neto,
Jardim Dall´orto e o ponto de estudo é o P1 (Coluna 5). Foram realizadas ensaios para este ponto,
perfazendo no total 4 manchas de areia que são: Mancha 1 (Coluna 2), Mancha 2, Mancha 3 e Mancha
4. No caso da Mancha 1, foram realizadas quatro medições de diâmetro que são D1a (Coluna 7), D1b
(Coluna 8), D1c (Coluna 9) e D1d (Coluna 10). Após realização das 4 leituras calculou-se a média
aritmética das mesmas e o resultado foi armazenado em DM1 (Coluna 11). Através do valor de DM1
calculou-se HS1 (Coluna 12). O procedimento foi repetido até a obtenção dos valores referentes às
quatro manchas relativas ao ponto P1. Com os valores de HS1, HS2, HS3 e HS4 calculados, aplicou-se a
tabela II.1 e realizou-se a classificação (Coluna 3) da macrotextura da camada superficial do
pavimento.
170
Tabela B.2 – Dados obtidos no ensaio da mancha de areia.
Volume de areia 25000 mm3
(1)
Mancha 1 (2) Mancha 2 Mancha 3 Mancha 4
Local (4)
Pon
to (
5)
No e
nsai
o (6
)
D1a
(7)
D1b
(8
)
D1c
(9
)
D1d
(10
)
DM
1 (1
1)
HS
1 (1
2)
D2a
D2b
D2c
D2d
DM
2
HS
2
D3a
D3b
D3c
D3d
DM
3
HS
3
D4a
D4b
D4c
D4d
DM
4
HS
4
Av. Antonio Pereira de Camargo
Neto, Jardim Dall´orto
P1
1 325 365 340 360 348 0.26 320 330 335 345 333 0.29 345 310 340 370 341 0.27 365 345 350 335 349 0.26
P2
2 345 330 325 350 338 0.28 365 340 345 380 358 0.25 380 410 355 375 380 0.22 345 355 360 375 359 0.25
Av. Júlio de Vasconcellos,
Região Central
P3
3 335 385 370 375 366 0.24 370 415 380 355 380 0.22 375 360 340 400 369 0.23 335 345 350 320 338 0.28
P4
4 340 355 365 350 353 0.26 330 355 310 370 341 0.27 385 345 475 390 399 0.20 325 340 335 335 334 0.29
Av. Fuad Assef Maluf, Região Central
P5
5 335 340 320 345 335 0.28 335 325 340 345 336 0.28 320 355 340 365 345 0.27 355 340 330 355 345 0.27
P6
6 355 340 365 380 360 0.25 335 355 330 345 341 0.27 345 355 325 340 341 0.27 380 335 350 340 351 0.26
Av. 3M, Região Central
P7
7 340 335 355 350 345 0.27 350 345 310 330 334 0.29 355 340 365 355 354 0.25 345 325 335 335 335 0.28
P8
8 335 350 345 340 343 0.27 340 350 340 355 346 0.27 345 350 360 355 353 0.26 365 345 330 345 346 0.27
P9
9 340 345 330 355 343 0.27 355 360 345 370 358 0.25 355 344 360 355 354 0.25 345 365 350 340 350 0.26
171
171
Apêndice C - Leituras de filmes úmido e seco
A fim de permitir uma melhor compreensão dos dados apresentados nas tabelas deste
Apêndice, cada campo do cabeçalho das tabelas recebeu um número de identificação. Uma breve
explicação sobre cada campo e seu respectivo item é dada à seguir:
Tabela C.1 – Leituras de espessuras de filme seco, realizadas com micrômetro:
(1) Placa: Identifica o respectivo número da placa de amostra de tinta recolhida durante o
ensaio;
(2) Local: Identifica o nome da Avenida ou Rodovia na qual os dados foram colhidos;
(3) Mapa no: Identifica o número do mapa referente aos dados;
(4) Ponto no: Identifica o número do ponto referente aos dados;
(5) Espessura da placa (mm): Expressa a espessura da placa de amostra de tinta em mm, sem a
aplicação do filme de tinta, leitura esta obtida através do micrômetro;
(6) Espessura de filme seco de pintura + espessura da placa: Apresenta a leitura obtida através
do micrômetro para cada ponto da placa de amostra de tinta, conforme estabelecido na
figura 3.6 – Leitura de filme seco e figura 3.7 – Desenho da placa de amostra de pintura no
Capítulo 3;
172
(7) Leitura 1: Apresenta a primeira leitura de filme de tinta seco somado a espessura da placa de
amostra;
(8) Leitura 2: Apresenta a segunda leitura de filme de tinta seco somado a espessura da placa de
amostra;
(9) Leitura 3: Apresenta a terceira leitura de filme de tinta seco somado a espessura da placa de
amostra;
(10) Leitura 4: Apresenta a quarta leitura de filme de tinta seco somado a espessura da placa de
amostra;
(11) (Média das 4 leituras) – (espessura da placa): Apresenta o resultado do valor médio das 4
leituras realizadas na placa de amostra subtraindo-se o valor da placa. Este valor representa
o valor médio da espessura de filme seco de tinta aplicada na amostra.
Tabela C.2 – Resultados obtidos para leituras de filmes úmido e seco:
(1) Placa: Identifica o respectivo número da placa de amostra de tinta recolhida durante o
ensaio;
(2) Mapa no: Identifica o número do mapa referente aos dados;
(3) Ponto no: Identifica o número do ponto referente aos dados;
(4) Tipo de Tinta: Identifica o tipo de tinta aplicado no ensaio, conforme Apêndice F;
(5) Espessura de filme úmido (mm): Apresenta a leitura de filme úmido obtida durante a
aplicação de cada tipo de tinta;
173
(6) Espessura média de filme seco (mm): Reproduz os valores obtidos no campo (11) da tabela
C.1 – Leituras de espessuras de filme seco, realizadas com micrômetro;
(7) Redução (%) do filme seco em relação ao filme úmido: Apresenta a redução percentual da
espessura média do filme seco em relação à espessura do filme úmido, obtida para cada
placa de amostra de tinta;
(8) Diferença (%) entre filmes úmido e seco: Apresenta o percentual de diminuição entre a
espessura média do filme seco e a espessura do filme úmido.
174
Tabela C.1 - Leituras de espessura de filme seco realizadas com micrômetro
Placa (1) Local (2) Mapa
nº (3) Ponto nº (4)
Espessura da placa
(mm) (5)
Espessura de filme seco de pintura + espessura da placa (6)
Leitura 1 (7)
Leitura 2 (8)
Leitura 3 (9)
Leitura 4 (10)
(Média das 4 leituras) -
(espessura da placa) (11)
1 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.68 0.73 0.69 0.71 0.47 2 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.64 0.68 0.65 0.70 0.43 3 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.71 0.73 0.68 0.62 0.45 4 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.74 0.67 0.68 0.68 0.46 5 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.66 0.68 0.64 0.71 0.44 6 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.67 0.70 0.69 0.63 0.44 7 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.62 0.69 0.75 0.64 0.44 8 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.67 0.82 0.61 0.69 0.46 9 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.72 0.65 0.68 0.61 0.43 10 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.69 0.64 0.70 0.65 0.44 11 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.66 0.59 0.73 0.72 0.44 12 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.60 0.78 0.64 0.74 0.46 13 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.64 0.75 0.67 0.74 0.47 14 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.64 0.72 0.69 0.65 0.44 15 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.65 0.71 0.64 0.64 0.43 16 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.70 0.75 0.74 0.69 0.49 17 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.67 0.70 0.54 0.61 0.40 18 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.72 0.74 0.73 0.69 0.49 19 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.68 0.65 0.67 0.63 0.42 20 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.70 0.66 0.67 0.62 0.43 21 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.69 0.75 0.72 0.60 0.46 22 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.62 0.69 0.64 0.66 0.42 23 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.70 0.63 0.71 0.75 0.46 24 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.68 0.58 0.75 0.70 0.44
(continua...)
175
Tabela C.1 - Leituras de espessura de filme seco realizadas com micrômetro (continuação)
Placa (1) Local (2) Mapa
nº (3) Ponto nº (4)
Espessura da placa
(mm) (5)
Espessura de filme seco de pintura + espessura da placa (6)
Leitura 1 (7)
Leitura 2 (8)
Leitura 3 (9)
Leitura 4 (10)
(Média das 4 leituras) -
(espessura da placa) (11)
25 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.70 0.71 0.82 0.65 0.49 26 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.54 0.72 0.65 0.72 0.42 27 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.67 0.78 0.76 0.76 0.51 28 Av: 3 M 4 7 0.24 0.72 0.67 0.70 0.80 0.49 29 Av: 3 M 4 7 0.24 0.69 0.63 0.72 0.66 0.44 30 Av: 3 M 4 7 0.24 0.67 0.72 0.64 0.68 0.44 31 Av: 3 M 4 8 0.24 0.62 0.64 0.68 0.66 0.42 32 Av: 3 M 4 8 0.24 0.70 0.70 0.71 0.74 0.48 33 Av: 3 M 4 8 0.24 0.64 0.72 0.60 0.65 0.42 34 Av: 3 M 4 9 0.24 0.69 0.64 0.66 0.67 0.43 35 Av: 3 M 4 9 0.24 0.65 0.57 0.72 0.65 0.41 36 Av: 3 M 4 9 0.24 0.71 0.60 0.62 0.70 0.42 37 Av: 3 M 4 7 0.24 0.67 0.64 0.71 0.69 0.44 38 Av: 3 M 4 7 0.24 0.72 0.60 0.72 0.65 0.44 39 Av: 3 M 4 7 0.24 0.81 0.59 0.64 0.71 0.45 40 Av: 3 M 4 8 0.24 0.69 0.54 0.65 0.64 0.40 41 Av: 3 M 4 8 0.24 0.62 0.64 0.69 0.76 0.44 42 Av: 3 M 4 8 0.24 0.82 0.72 0.71 0.69 0.50 43 Av: 3 M 4 9 0.24 0.66 0.69 0.72 0.64 0.44 44 Av: 3 M 4 9 0.24 0.69 0.70 0.66 0.63 0.44 45 Av: 3 M 4 9 0.24 0.54 0.65 0.71 0.74 0.43 46 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.71 0.68 0.66 0.72 0.46 47 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.91 0.84 0.77 0.67 0.56 48 Av. Fuad Assef Maluf 3 6 0.24 0.72 0.72 0.75 0.62 0.47
(continua...)
176
Tabela C.1 - Leituras de espessura de filme seco realizadas com micrômetro (continuação)
Placa (1) Local (2) Mapa
nº (3) Ponto nº (4)
Espessura da placa
(mm) (5)
Espessura de filme seco de pintura + espessura da placa (6)
Leitura 1 (7)
Leitura 2 (8)
Leitura 3 (9)
Leitura 4 (10)
(Média das 4 leituras) -
(espessura da placa) (11)
49 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.76 0.65 0.72 0.69 0.47 50 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.74 0.60 0.70 0.71 0.45 51 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.82 0.76 0.69 0.74 0.52 52 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.73 0.68 0.69 0.73 0.47 53 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.69 0.81 0.70 0.74 0.50 54 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.66 0.74 0.76 0.72 0.49 55 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.73 0.79 0.78 0.55 0.48 56 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.72 0.66 0.79 0.68 0.48 57 Av. Fuad Assef Maluf 3 5 0.24 0.77 0.61 0.69 0.59 0.43 58 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.69 0.64 0.76 0.72 0.47 59 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.65 0.67 0.73 0.61 0.43 60 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.69 0.78 0.62 0.69 0.46 61 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.66 0.65 0.64 0.71 0.43 62 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.71 0.62 0.67 0.72 0.45 63 Av: Julio de Vasconcellos 2 4 0.24 0.67 0.74 0.61 0.68 0.44 64 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.62 0.64 0.72 0.70 0.44 65 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.72 0.66 0.62 0.70 0.44 66 Av: Julio de Vasconcellos 2 3 0.24 0.79 0.70 0.67 0.73 0.49 67 Av: 3 M 4 7 0.24 0.56 0.72 0.60 0.69 0.41 68 Av: 3 M 4 7 0.24 0.70 0.68 0.66 0.74 0.46 69 Av: 3 M 4 7 0.24 0.57 0.55 0.73 0.60 0.38 70 Av: 3 M 4 8 0.24 0.63 0.68 0.62 0.62 0.40 71 Av: 3 M 4 8 0.24 0.69 0.66 0.72 0.69 0.46 72 Av: 3 M 4 8 0.24 0.64 0.72 0.65 0.72 0.45
(continua...)
177
Tabela C.1 - Leituras de espessura de filme seco realizadas com micrômetro (continuação)
Placa (1) Local (2) Mapa
nº (3) Ponto nº (4)
Espessura da placa
(mm) (5)
Espessura de filme seco de pintura + espessura da placa (6)
Leitura 1 (7)
Leitura 2 (8)
Leitura 3 (9)
Leitura 4 (10)
(Média das 4 leituras) -
(espessura da placa) (11)
73 Av: 3 M 4 9 0.24 0.79 0.72 0.63 0.59 0.45 74 Av: 3 M 4 9 0.24 0.66 0.63 0.61 0.57 0.38 75 Av: 3 M 4 9 0.24 0.62 0.64 0.71 0.64 0.42 76 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.63 0.61 0.71 0.69 0.43 77 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.70 0.72 0.67 0.72 0.47 78 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 1 0.24 0.72 0.69 0.70 0.66 0.46 79 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.59 0.54 0.65 0.70 0.39 80 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.72 0.60 0.62 0.78 0.45 81 Rod. Antonio Pereira de Camargo 1 2 0.24 0.67 0.66 0.68 0.67 0.44
(fim)
178
Tabela C.2 - Resultados obtidos para leituras de filmes úmido e seco.
Placa (1) Mapa Nº (2)
Ponto Nº (3)
Tipo de Tinta
(4)
Espessura de filme úmido (mm)
(5)
Espessura média de filme seco (mm)
(6)
1
1
1
DNIT
0.55 0.47 2 0.55 0.43 3 0.55 0.45 4
2 0.50 0.46
5 0.60 0.44 6 0.55 0.44 7
2
3 0.50 0.44
8 0.55 0.46 9 0.55 0.43 10
4 0.50 0.44
11 0.50 0.44 12 0.50 0.46 13
3 6
0.60 0.47 14 0.50 0.44 15 0.55 0.43 16
DER 3.09
0.60 0.49 17 0.50 0.40 18 0.55 0.49 19
1
1 0.50 0.42
20 0.55 0.43 21 0.55 0.46 22
2 0.50 0.42
23 0.50 0.46 24 0.50 0.44 25
2 3 0.50 0.49
26 0.50 0.42 27 0.55 0.51 28
4
7 0.50 0.49
29 0.55 0.44 30 0.55 0.44 31
8 0.50 0.42
32 0.50 0.48 33 0.50 0.42 34
9 0.45 0.43
35 0.50 0.41 36 0.50 0.42 37
7 DNIT 0.50 0.44
38 0.55 0.44 39 0.50 0.45
(continua...)
179
Tabela C.2 - Resultados obtidos para leituras de filmes úmido e seco. (continuação)
Placa (1) Mapa Nº (2)
Ponto Nº (3)
Tipo de Tinta
(4)
Espessura de filme úmido (mm)
(5)
Espessura média de filme seco (mm)
(6)
40
4
8
DNIT
0.50 0.40 41 0.50 0.44 42 0.50 0.50 43
9 0.55 0.44
44 0.50 0.44 45 0.50 0.43 46
3
6 DER 3.16
0.55 0.46 47 0.45 0.56 48 0.50 0.47 49
5
0.45 0.47 50 0.55 0.45 51 0.50 0.52 52
DER 3.09
0.55 0.47 53 0.45 0.50 54 0.45 0.49 55
DNIT 0.55 0.48
56 0.50 0.48 57 0.55 0.43 58
2
4
DER 3.09
0.45 0.47 59 0.50 0.43 60 0.45 0.46 61
DER 3.16
0.50 0.43 62 0.55 0.45 63 0.55 0.44 64
3 0.50 0.44
65 0.45 0.44 66 0.50 0.49 67
4
7 0.45 0.41
68 0.55 0.46 69 0.50 0.38 70
8 0.55 0.40
71 0.50 0.46 72 0.55 0.45 73
9 0.50 0.45
74 0.50 0.38 75 0.45 0.42 76
1 1 0.50 0.43
77 0.60 0.47 78 0.55 0.46
(continua...)
180
Tabela C.2 - Resultados obtidos para leituras de filmes úmido e seco (continuação)
Placa (1) Mapa Nº (2)
Ponto Nº (3)
Tipo de Tinta (4)
Espessura de filme úmido (mm)
(5)
Espessura média de filme seco (mm)
(6)
79 1 2
DER 3.16
0.60 0.39 80 0.60 0.45 81 0.55 0.44
(fim)
181
Apêndice D – Banco de dados de imagens do experimento de campo
182
Tabela D.1 - Banco de dados de imagens.
Ponto Tipo de tinta Faixa Mapa Datas
24/12/04 16/02/05 20/04/05 13/07/05 18/08/05 16/11/05 04/04/06 1 DER 3.16 1 1 1 55 109 163 217 1 271 325 1 DER 3.09 1 1 2 56 110 164 218 272 326 1 DNIT 1 1 3 57 111 165 219 1 273 327 1 DER 3.16 2 1 4 58 112 166 220 1 274 328 1 DER 3.09 2 1 5 59 113 167 1 221 275 329 1 DNIT 2 1 6 60 114 168 222 1 276 330 2 DER 3.16 1 1 7 61 115 169 223 1 277 331 2 DER 3.09 1 1 8 62 116 170 224 278 332 2 DNIT 1 1 9 63 117 171 225 1 279 333 2 DER 3.16 2 1 10 64 118 172 226 1 280 334 2 DER 3.09 2 1 11 65 119 173 227 281 335 2 DNIT 2 1 12 66 120 174 228 1 282 336 3 DER 3.16 1 2 13 67 121 175 229 1 283 337 3 DER 3.09 1 2 14 68 122 176 230 284 338 3 DNIT 1 2 15 69 123 177 231 1 285 339 3 DER 3.16 2 2 16 70 124 178 232 1 286 340 3 DER 3.09 2 2 17 71 125 179 233 287 341 3 DNIT 2 2 18 72 126 180 234 1 288 342 4 DER 3.16 1 2 19 73 127 181 235 289 343 4 DER 3.09 1 2 20 74 128 182 236 290 344 4 DNIT 1 2 21 75 129 183 237 291 345 4 DER 3.16 2 2 22 76 130 184 238 292 346 4 DER 3.09 2 2 23 77 131 185 239 293 347 4 DNIT 2 2 24 78 132 186 240 294 348 5 DER 3.16 1 3 25 79 133 187 241 295 349 5 DER 3.09 1 3 26 80 134 188 242 296 350 5 DNIT 1 3 27 81 135 189 243 297 351
Notas: 1 – Imagens perdidas durante o processo de revelação da película ou excluídas devido à erros durante o registro 2 – Imagens não registradas devido ao desgaste precoce da sinalização nos pontos em estudo. (continua...)
183
Tabela D.1 - Banco de dados de imagens (continuação) Ponto Tipo de tinta Faixa Mapa Datas 24/12/04 16/02/05 20/04/05 13/07/05 18/08/05 16/11/05 04/04/06
5 DER 3.16 2 3 28 82 136 190 244 298 352 5 DER 3.09 2 3 29 83 137 191 245 299 353 5 DNIT 2 3 30 84 138 192 246 300 354 6 DER 3.16 1 3 31 85 139 193 247 301 355 6 DER 3.09 1 3 32 86 140 194 1 248 302 356 6 DNIT 1 3 33 87 141 195 249 303 357 6 DER 3.16 2 3 34 88 142 196 250 304 358 6 DER 3.09 2 3 35 89 143 197 251 305 359 6 DNIT 2 3 36 90 144 198 252 1 306 360 7 DER 3.16 1 4 37 91 145 199 253 307 361 7 DER 3.09 1 4 38 92 146 200 254 308 362 7 DNIT 1 4 39 93 147 201 255 309 363 7 DER 3.16 2 4 40 94 148 202 256 310 364 7 DER 3.09 2 4 41 95 149 203 257 311 365 7 DNIT 2 4 42 96 150 204 258 312 366 8 DER 3.16 1 4 43 97 151 205 2 259 2 313 2 367 2 8 DER 3.09 1 4 44 98 152 206 2 260 2 314 2 368 2 8 DNIT 1 4 45 99 153 207 2 261 2 315 2 369 2 8 DER 3.16 2 4 46 100 154 208 262 2 316 2 370 2 8 DER 3.09 2 4 47 101 155 209 263 2 317 2 371 2 8 DNIT 2 4 48 102 156 210 264 2 318 2 372 2 9 DER 3.16 1 4 49 103 157 211 265 319 373 9 DER 3.09 1 4 50 104 158 212 266 320 374 9 DNIT 1 4 51 105 159 213 267 321 375 9 DER 3.16 2 4 52 106 160 214 268 322 376 9 DER 3.09 2 4 53 107 161 215 269 323 377 9 DNIT 2 4 54 108 162 216 270 324 378
Notas: 1 – Imagens perdidas durante o processo de revelação da película ou excluídas devido à erros durante o registro 2 – Imagens não registradas devido ao desgaste precoce da sinalização nos pontos em estudo. (continua...)
184
Tabela D.2 - Classificação das imagens pelo autor quanto ao desgaste.
Ponto Tipo de tinta Faixa Mapa Datas
24/12/04 16/02/05 20/04/05 13/07/05 18/08/05 16/11/05 04/04/06 Foto C2 Foto C Foto C Foto C Foto C Foto C Foto C
1 DER 3.16 1 1 1 5 55 4 109 4 163 3 217 1 3 271 3 325 2 1 DER 3.09 1 1 2 5 56 4 110 4 164 4 218 4 272 4 326 2 1 DNIT 1 1 3 5 57 4 111 4 165 3 219 1 3 273 3 327 2 1 DER 3.16 2 1 4 5 58 4 112 2 166 2 220 1 2 274 2 328 0 1 DER 3.09 2 1 5 5 59 4 113 4 167 1 4 221 4 275 3 329 1 1 DNIT 2 1 6 5 60 4 114 2 168 2 222 1 2 276 2 330 0 2 DER 3.16 1 1 7 5 61 3 115 2 169 2 223 1 2 277 2 331 1 2 DER 3.09 1 1 8 5 62 4 116 3 170 3 224 3 278 3 332 2 2 DNIT 1 1 9 5 63 3 117 2 171 2 225 1 2 279 2 333 1 2 DER 3.16 2 1 10 5 64 4 118 3 172 2 226 1 280 1 334 1 2 DER 3.09 2 1 11 5 65 4 119 3 173 3 227 3 281 1 335 1 2 DNIT 2 1 12 5 66 4 120 3 174 2 228 1 1 282 1 336 1 3 DER 3.16 1 2 13 5 67 3 121 3 175 3 229 1 3 283 3 337 2 3 DER 3.09 1 2 14 5 68 4 122 4 176 4 230 4 284 4 338 3 3 DNIT 1 2 15 5 69 3 123 3 177 3 231 1 3 285 3 339 2 3 DER 3.16 2 2 16 5 70 4 124 3 178 3 232 1 3 286 3 340 2 3 DER 3.09 2 2 17 5 71 4 125 4 179 4 233 4 287 4 341 3 3 DNIT 2 2 18 5 72 4 126 3 180 3 234 1 3 288 3 342 2 4 DER 3.16 1 2 19 5 73 4 127 3 181 2 235 2 289 2 343 1 4 DER 3.09 1 2 20 5 74 5 128 4 182 4 236 3 290 3 344 3 4 DNIT 1 2 21 5 75 4 129 3 183 2 237 2 291 2 345 1 4 DER 3.16 2 2 22 5 76 5 130 4 184 4 238 4 292 3 346 2 4 DER 3.09 2 2 23 5 77 5 131 5 185 4 239 4 293 4 347 3 4 DNIT 2 2 24 5 78 5 132 4 186 4 240 4 294 3 348 2 5 DER 3.16 1 3 25 5 79 5 133 4 187 4 241 4 295 3 349 2 5 DER 3.09 1 3 26 5 80 5 134 4 188 4 242 4 296 4 350 3 5 DNIT 1 3 27 5 81 5 135 4 189 4 243 4 297 3 351 2
Notas: 1 Para efeito de classificação das imagens excluídas, foi mantida a mesma nota do período imediatamente posterior. (continua...) 2 A coluna C significa a classificação que o autor atribuiu à imagem.
185
Tabela D.2 - Classificação das imagens pelo autor quanto ao desgaste (continuação)
Ponto
Tipo de tinta Faixa
Mapa
Datas 24/12/04 16/02/05 20/04/05 13/07/05 18/08/05 16/11/05 04/04/06
Foto C2 Foto C Foto C Foto C Foto C Foto C Foto C 5 DER 3.16 2 3 28 5 82 4 136 4 190 3 244 3 298 3 352 2 5 DER 3.09 2 3 29 5 83 4 137 4 191 4 245 4 299 3 353 2 5 DNIT 2 3 30 5 84 4 138 4 192 3 246 3 300 3 354 2 6 DER 3.16 1 3 31 5 85 3 139 2 193 2 247 2 301 2 355 0 6 DER 3.09 1 3 32 5 86 5 140 3 194 1 3 248 3 302 3 356 3 6 DNIT 1 3 33 5 87 4 141 2 195 2 249 2 303 2 357 0 6 DER 3.16 2 3 34 5 88 3 142 2 196 2 250 2 304 2 358 0 6 DER 3.09 2 3 35 5 89 5 143 3 197 3 251 3 305 3 359 2 6 DNIT 2 3 36 5 90 4 144 2 198 2 252 1 2 306 2 360 0 7 DER 3.16 1 4 37 4 91 2 145 2 199 2 253 1 307 1 361 1 7 DER 3.09 1 4 38 5 92 4 146 4 200 3 254 2 308 2 362 2 7 DNIT 1 4 39 5 93 3 147 3 201 3 255 2 309 2 363 2 7 DER 3.16 2 4 40 5 94 3 148 2 202 1 256 1 310 1 364 0 7 DER 3.09 2 4 41 5 95 4 149 4 203 4 257 3 311 3 365 3 7 DNIT 2 4 42 5 96 4 150 3 204 3 258 2 312 2 366 2 8 DER 3.16 1 4 43 2 97 1 151 0 205 0 259 0 313 0 367 0 8 DER 3.09 1 4 44 4 98 1 152 1 206 0 260 0 314 0 368 0 8 DNIT 1 4 45 1 99 1 153 0 207 0 261 0 315 0 369 0 8 DER 3.16 2 4 46 1 100 1 154 0 208 0 262 0 316 0 370 0 8 DER 3.09 2 4 47 3 101 1 155 0 209 0 263 0 317 0 371 0 8 DNIT 2 4 48 2 102 1 156 0 210 0 264 0 318 0 372 0 9 DER 3.16 1 4 49 4 103 3 157 2 211 1 265 1 319 1 373 0 9 DER 3.09 1 4 50 5 104 4 158 3 212 2 266 2 320 2 374 1 9 DNIT 1 4 51 5 105 3 159 2 213 1 267 1 321 1 375 0 9 DER 3.16 2 4 52 4 106 2 160 2 214 1 268 1 322 1 376 0 9 DER 3.09 2 4 53 5 107 4 161 3 215 2 269 2 323 2 377 1 9 DNIT 2 4 54 5 108 3 162 3 216 2 270 2 324 1 378 0
Notas: 1 Para efeito de classificação das imagens excluídas, foi mantida a mesma nota do período imediatamente posterior. 2 A coluna C significa a classificação que o autor atribuiu à imagem. (fim)
186
187
D.1 – Imagens do experimento de campo
188
Foto 001 Foto 002 Foto 003 Foto 004 Foto 005
Foto 006 Foto 007 Foto 008 Foto 009 Foto 010
Foto 011 Foto 012 Foto 013 Foto 014 Foto 015
Foto 016 Foto 017 Foto 018 Foto 019 Foto 020
Foto 021 Foto 022 Foto 023 Foto 024 Foto 025
Foto 026 Foto 027 Foto 028 Foto 029 Foto 030
Foto 031 Foto 032 Foto 033 Foto 034 Foto 035
Foto 036 Foto 037 Foto 038 Foto 039 Foto 040
189
Foto 041 Foto 042 Foto 043 Foto 044 Foto 045
Foto 046 Foto 047 Foto 048 Foto 049 Foto 050
Foto 051 Foto 052 Foto 053 Foto 054 Foto 055
Foto 056 Foto 057 Foto 058 Foto 059 Foto 060
Foto 061 Foto 062 Foto 063 Foto 064 Foto 065
Foto 066 Foto 067 Foto 068 Foto 069 Foto 070
Foto 071 Foto 072 Foto 073 Foto 074 Foto 075
Foto 076 Foto 077 Foto 078 Foto 079 Foto 080
190
Foto 081 Foto 082 Foto 083 Foto 084 Foto 085
Foto 086 Foto 087 Foto 088 Foto 089 Foto 090
Foto 091 Foto 092 Foto 093 Foto 094 Foto 095
Foto 096 Foto 097 Foto 098 Foto 099 Foto 100
Foto 101 Foto 102 Foto 103 Foto 104 Foto 105
Foto 106 Foto 107 Foto 108 Foto 109 Foto 110
Foto 111 Foto 112 Foto 113 Foto 114 Foto 115
Foto 116 Foto 117 Foto 118 Foto 119 Foto 120
191
Foto 121 Foto 122 Foto 123 Foto 124 Foto 125
Foto 126 Foto 127 Foto 128 Foto 129 Foto 130
Foto 131 Foto 132 Foto 133 Foto 134 Foto 135
Foto 136 Foto 137 Foto 138 Foto 139 Foto 140
Foto 141 Foto 142 Foto 143 Foto 144 Foto 145
Foto 146 Foto 147 Foto 148 Foto 149 Foto 150
Foto 151 Foto 152 Foto 153 Foto 154 Foto 155
Foto 156 Foto 157 Foto 158 Foto 159 Foto 160
192
Foto 161 Foto 162 Foto 163 Foto 164 Foto 165
Imagem excluída
Foto 166 Foto 167 Foto 168 Foto 169 Foto 170
Foto 171 Foto 172 Foto 173 Foto 174 Foto 175
Foto 176 Foto 177 Foto 178 Foto 179 Foto 180
Foto 181 Foto 182 Foto 183 Foto 184 Foto 185
Foto 186 Foto 187 Foto 188 Foto 189 Foto 190
Imagem extraviada
Foto 191 Foto 192 Foto 193 Foto 194 Foto 195
Foto 196 Foto 197 Foto 198 Foto 199 Foto 200
193
Imagem não coletada
Foto 201 Foto 202 Foto 203 Foto 204 Foto 205
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 206 Foto 207 Foto 208 Foto 209 Foto 210
Foto 211 Foto 212 Foto 213 Foto 214 Foto 215
Imagem excluída
Imagem excluída Imagem excluída
Foto 216 Foto 217 Foto 218 Foto 219 Foto 220
Imagem excluída Imagem excluída
Imagem excluída
Foto 221 Foto 222 Foto 223 Foto 224 Foto 225
Imagem excluída
Imagem excluída Imagem excluída
Foto 226 Foto 227 Foto 228 Foto 229 Foto 230
Imagem excluída
Imagem excluída
Foto 231 Foto 232 Foto 233 Foto 234 Foto 235
Foto 236 Foto 237 Foto 238 Foto 239 Foto 240
194
Foto 241 Foto 242 Foto 243 Foto 244 Foto 245
Foto 246 Foto 247 Foto 248 Foto 249 Foto 250
Imagem extraviada
Foto 251 Foto 252 Foto 253 Foto 254 Foto 255
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 256 Foto 257 Foto 258 Foto 259 Foto 260
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 261 Foto 262 Foto 263 Foto 264 Foto 265
Foto 266 Foto 267 Foto 268 Foto 269 Foto 270
Foto 271 Foto 272 Foto 273 Foto 274 Foto 275
Foto 276 Foto 277 Foto 278 Foto 279 Foto 280
195
Foto 281 Foto 282 Foto 283 Foto 284 Foto 285
Foto 286 Foto 287 Foto 288 Foto 289 Foto 290
Foto 291 Foto 292 Foto 293 Foto 294 Foto 295
Foto 296 Foto 297 Foto 298 Foto 299 Foto 300
Foto 301 Foto 302 Foto 303 Foto 304 Foto 305
Foto 306 Foto 307 Foto 308 Foto 309 Foto 310
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 311 Foto 312 Foto 313 Foto 314 Foto 315
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 316 Foto 317 Foto 318 Foto 319 Foto 320
196
Foto 321 Foto 322 Foto 323 Foto 324 Foto 325
Foto 326 Foto 327 Foto 328 Foto 329 Foto 330
Foto 331 Foto 332 Foto 333 Foto 334 Foto 335
Foto 336 Foto 337 Foto 338 Foto 339 Foto 340
Foto 341 Foto 342 Foto 343 Foto 344 Foto 345
Foto 346 Foto 347 Foto 348 Foto 349 Foto 350
Foto 351 Foto 352 Foto 353 Foto 354 Foto 355
Foto 356 Foto 357 Foto 358 Foto 359 Foto 360
197
Foto 361 Foto 362 Foto 363 Foto 364 Foto 365
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 366 Foto 367 Foto 368 Foto 369 Foto 370
Imagem não coletada
Imagem não coletada
Foto 371 Foto 372 Foto 373 Foto 374 Foto 375
Foto 376 Foto 377 Foto 378
top related