avaliaÇÃo da dor em recÉm- nascidos em uso de cpap de
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AVALIAÇÃO DA DOR EM RECÉM- NASCIDOS EM USO DE CPAP DE
BOLHAS.
Bárbara Richelly Alves Lorenos Santos¹
Letícia Danielle da Silva Soares²
Priscila Helena Vanin Alves de Souza Matias³
Cícera Trindade Santos de Souza4
RESUMO
Introdução: O recém-nascido (RN) que está em uma Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal (UTIN) apresenta com frequência algum grau de
desconforto respiratório, comum a utilização do suporte ventilatório não
invasivo de CPAP de bolhas como procedimento aplicável a esse paciente.
Sendo necessário avaliar a dor em RN em uso de suporte, visto que, a dor do
RN não é expressa verbalmente, dificultando sua identificação. Sendo assim, a
dor pode ser avaliada por meio de alterações fisiológicas e comportamentais,
além de alterações da mímica facial, considerando esses aspectos,
recomenda-se o uso de instrumentos validados para avaliação da dor em RN.
Objetivo: Avaliar a dor de RN em uso do CPAP de bolhas através a escala
InfantPainScale (NIPS). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, do tipo
observacional, realizado na UTIN do Hospital Veredas/AL, sendo aplicado uma
ficha de avaliação fisioterapêutica inicial do RN na qual foi verificada a idade,
sexo, disfunção respiratória e outras disfunções associadas, como também os
sinais vitais (SSVV) e para a avaliação da dor no RN foi aplicado a escala
NIPS. Resultados: Foram avaliados 12 pacientes, sendo que 7 (58%) do sexo
masculino e 5 (42%) do sexo feminino, com a idade média de 6,08 (DP ± 7,87)
descrita em dias de vida. Os RNs em uso de CPAP de bolhas apresentaram os
SSVV com valores dentro dos parâmetros de referência para normalidade. De
acordo com a somatória total para o escore de avaliação da dor através da
escala NIPS, foi visto que 75% dos RNs apresentaram um escore ≤3.
Conclusão: Diante do que foi exposto no estudo, conclui-se que os RNs que
2
fazem uso de CPAP de bolhas não sentem dor, considerando o parâmetro do
escore total da NIPS.
PALAVRAS-CHAVES
Dor; Criança; Serviço hospitalar de fisioterapia
ABSTRACT
Introduction: The neonate (NB) who is in a Neonatal Intensive Care Unit
(NICU) frequently presents some degree of respiratory discomfort, and the use
of non-invasive ventilatory support for bladder CPAP is common as a procedure
applicable to this patient. However, it is not possible to measure how the use of
this equipment generates pain, since the pain of the newborn is not expressed
verbally, making it difficult to identify. Therefore, pain can be assessed through
physiological and behavioral changes, as well as facial mimic alterations,
considering these aspects, it is recommended to use validated instruments to
evaluate pain in NB. Objective: To evaluate the pain of newborn infants using
bubble CPAP through the InfantPainScale scale (NIPS). Methods: This is a
cross-sectional, observational study performed at the NICU of Hospital Veredas
/ AL, and an initial physiotherapeutic evaluation card of the newborn was used,
in which the age, gender, respiratory dysfunction and other associated
dysfunctions were verified. also the vital signs (SSVV) and for the assessment
of pain in the NB were applied on the NIPS scale. Results: Twelve patients
were evaluated, of which 7 (58%) were male and 5 (42%) were female, with a
mean age of 6.08 (SD ± 7.87) described on days of life. The infants in the use
of bubble CPAP presented SSVV with values within the reference parameters
for normality. According to the total score for the pain assessment score
through the NIPS scale, it was seen that 75% of the NBs presented a score ≤3.
Conclusion: In the light of what was presented in the study, it is concluded that
the infants who use CPAP do not feel pain, considering the parameter of the
NIPS total score.
KEYWORDS
Pain; Kid; Physiotherapy hospital service
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INTRODUÇÃO
Até a década de 1970, acreditava-se que recém-nascidos (RN) não sentiam
dor, pois seu sistema neurológico ainda seria imaturo, e por isso, esses
pacientes não teriam a percepção desse desconforto (LANZA; GAZZOTTI;
PALAZZIN, 2010). A grande difusão de pesquisas acerca da fisiologia, da
avaliação e do tratamento da dor no período neonatal permitiu nas últimas três
décadas a constatação e a comprovação de que o neonato sente e responde à
dor e também, que sua experiência dolorosa é possível de diagnóstico objetivo
e tratamento eficaz (VIDAL, 2017).
Atualmente, é considerado que o RN tem os componentes anatômicos e
fisiológicos requerido para a percepção dos estímulos dolorosos na forma
completa a partir da 30ª semana de gestação. Também há o conhecimento
que, no RN prematuro as vias neurofisiológicas estão desenvolvidas para a
nocicepção, desde os receptores periféricos até o córtex cerebral, através de
condução lenta, capaz de transmitir, receber, responder e relembrar estímulos
nocivos (HOLSTI, 2017). Sendo assim, a imaturidade neurológica não torna o
RN incapaz de sensibilidade e memórias álgicas (LANZA; GAZZOTTI;
PALAZZIN, 2010).
Entretanto, em fases precoces da vida, estímulos dolorosos repetitivos e/ou
prolongado ocasionam repercussões no RN, que ameaça a sua estabilidade
(MELO et al., 2014). A dor ativa mecanismos compensatórios do sistema
nervoso autônomo produzindo respostas que incluem alterações das
frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial, saturação de oxigênio,
vasoconstrição periférica, sudorese, dilatação de pupilas e aumento da
liberação de catecolaminas e hormônios adrenocorticosteróides (SILVA et al.,
2007).
(SILVA; CHAVES; CARDOSO, 2009). A condição mais comum que leva à
internação do RN em UTIN são síndrome do desconforto respiratório (SDR),
taquipnéia transitória do RN (TTRN), síndrome de aspiração de mecônio (SAM)
e infecções pulmonares.
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Dentro deste contexto, existe dificuldade na identificação da dor neonatal entre
os profissionais da saúde, porque o RN é incapaz de verbalizar, sendo
necessário a utilização de algum instrumento para ajudá-los. Com o objetivo
de conscientizar os profissionais da saúde, a dor foi reconhecida como o 5º
sinal vital, através da grande disseminação das pesquisas acerca da fisiologia
da dor no período neonatal. Uma das escalas mais utilizadas para o
entendimento da dor neonatal é InfantPainScale (NIPS). A NIPS foi
desenvolvida por Lawrence et al. (1993) para avaliação da dor em RN durante
a internação e é composta de seis indicadores de dor, sendo cinco
comportamentais e um fisiológico.
Segundo o Ministério da saúde, quando um RN apresenta algum grau de
desconforto respiratório são submetidos, frequentemente, à fisioterapia
respiratória para controlar e minimizar os efeitos da lesão pulmonar nas
unidades neonatais (BRASIL, 2014). Uma das abordagens da fisioterapia para
o tratamento do desconforto respiratório é a restauração da capacidade
residual funcional com o uso da pressão positiva por meio de técnicas não
invasivas (VNI) para evitar o uso da ventilação mecânica invasiva (VMI) e os
riscos relacionados a ela. (YAGUI et al., 2011).
No ambiente de UTIN, considerando técnicas não invasivas, é observado a
utilização frequente do CPAP de bolhas que é um suporte ventilatório não
invasivo com fluxo contínuo. A frequente utilização desse recurso está baseada
nos seus efeitos de estabilização da caixa torácica, otimização da função do
diafragma, prevenção do colapso alveolar, melhora da complacência pulmonar,
aumento do volume corrente efetivo, estabilização da ventilação-minuto,
diminuir o trabalho respiratório, aumento da capacidade residual funcional
(CRF), diminuição do shunt intrapulmonar, melhora a oxigenação arterial, entre
outros (BRASIL, 2014).
O RN que está em uma UTIN apresenta com frequência algum grau de
desconforto respiratório, sendo comum a utilização do CPAP de bolhas como
procedimento para tratamento da disfunção respiratória apresentada. Porém,
como o RN não expressa a dor verbalmente, não é possível obter a
informação direta sobre o quanto a utilização desse equipamento gera dor.
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Portanto, a utilização de instrumentos efetivos de avaliação da dor do RN é
necessário para buscar a identificação da dor, fornecendo subsídios para uma
melhor abordagem terapêutica. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi
avaliar a dor em RN em uso de CPAP de bolhas, partindo da hipótese que o
RN que está internado na UTIN sinta dor quando está em uso do CPAP de
bolhas.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal e observacional realizado na Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) proveniente da maternidade de risco
habitual do Hospital Veredas/AL, localizado em Maceió – AL. Antes da
realização do procedimento de pesquisa o responsável pelo RN foi esclarecido
sobre a importância e o detalhamento do estudo, em seguida leram e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), elaborado
segundo as normas das recomendações da Resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa do
Unit/AL, CAAE: 06013118.1.0000.5641.
O presente estudo teve como critérios de inclusão: RN de ambos os sexos,
com idade até 28 dias, que estavam internados na UTIN do Hospital
Veredas/AL, com abordagem terapêutica, somente, baseada no uso do CPAP
de bolhas. E como critérios de exclusão: RN que estavam apresentando uma
condição hemodinâmica instável.
A coleta de dados fundamentou-se por meio da aplicação de uma ficha de
avaliação fisioterapêutica inicial do RN (ANEXO I) na qual foi verificada a idade,
sexo, disfunção respiratória e outras disfunções associadas, como também, os
sinais vitais. Na avaliação foram identificados os seguintes sinais vitais e
parâmetros referenciais: Pressão Arterial Média (PAM: 30-50 mmHg) ,
Frequência Cardíaca (FC: 120-160 bpm), Frequência Respiratória (FR: 40 a 60
ipm) e Saturação de Oxigênio (SatO2: 91 a 95%). (Ministério da Saúde, 2012;
Nunes e Soares, 2015; Yamamoto et al.,2017 ).
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Para avaliação da dor no RN foi aplicado a escala Neonatal InfantPainScale
(NIPS) (LAWRENCE et al.,1993) que é composta de cinco parâmetros
comportamentais (expressão facial; choro; movimento dos braços e das
pernas; estado de alerta) e um fisiológico (respiração). O escore varia de 0 a 7,
para a pontuação obtida têm-se os seguintes significados: 0 sem dor; 1 e 2 dor
fraca; 3, 4 e 5 dor moderada; 6 e 7 dor forte. Entretanto, na classificação final
da NIPS, para ser definida a presença de dor o escore deve ser superior a três.
(ANEXO II)
Após as avaliações, foi realizada uma análise descritiva dos dados, tabulados
no Microsoft Excel versão 2016 (Office 365) sendo apresentados por média,
desvio padrão e frequência (absoluta e porcentagem).
RESULTADOS
Foram avaliados 12 pacientes no período do dia 01 de abril a 14 de maio de
2019, que estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
proveniente da maternidade de risco habitual no Hospital Veredas. Entre as
características demográficas avaliadas foi verificado que 7 RNs eram do sexo
masculino (58%) e 5 do sexo feminino (42%) com a idade média de 6,08 (DP ±
7,87) descrita em dias de vida. Em relação aos sinais vitais, foi visto que os
RNs apresentaram PAM com média de 45,91 (DP ± 21,43), FC com média de
143,16 (DP ± 18,17), FR com média de 56,33 (DP ± 13,47) e SatO2 com média
de 95,16 (DP ± 2,12). A tabela 1 descreve as características demográficas dos
recém-nascidos avaliados.
Tabela 1- Características demográficas dos recém-nascidos avaliados
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
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O gráfico 1 apresenta o diagnóstico clínico das afecções respiratórias dos RNs
internados na UTIN, sendo constatado que, 7 (53,33%) apresentaram SDR, 4
(33,33%) TTRN e 1 (8%) SAM.
GRÁFICO 1 – Afecções respiratórias encontradas nos recém-nascidos
avaliados
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
A tabela 2 descreve o perfil dos RNs em uso do CPAP de bolhas segundo a
escala NIPS, segundo os parâmetros comportamentais e fisiológico. Neste
estudo foi observado que, em relação a expressão facial, 8 (66%) dos RNs
apresentavam a face relaxada e, quanto ao choro, em 10 (83%) o choro estava
ausente. O único marcador fisiológico da escala é a respiração, sendo
observado que, 9 (75%) apresentaram a respiração diferente do basal. Tendo
em vista os movimentos dos membros, foi notado que 7 (58%) estavam com
braços fletidos/estendidos e 8 (66%) com as pernas fletidas/estendidas.
Considerando o estado de alerta, foi visualizado que 9 (75%) dos RNs dormiam
enquanto faziam uso do CPAP bolhas.
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Tabela 2 – Perfil dos recém-nascidos em uso do CPAP de bolhas segundo
a escala NIPS
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
O gráfico 2 representa a pontuação da avaliação NIPS em relação ao nível de
dor, sendo observado que 3 (25%) RNs em uso do CPAP de bolhas
apresentaram dor fraca (pontuação: 1 e 2), 8 (66%) dor moderada
(pontuação:3, 4 e 5), 1 (8,3%) dor forte (pontuação: 6 e 7) e, nenhum (0%) não
apresentou dor.
GRÁFICO 2 – Pontuação da NIPS em relação ao nível de dor
Fonte: Dados da pesquisa (2019)
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Na análise da escala NIPS, a presença de dor é considerada com score >3
pontos, foi observado que 9 (75 %) dos RNs obtiveram pontuação igual ou
menor que 3, portanto, não sentem dor durante a utilização do CPAP de
bolhas. O gráfico 3 representa a porcentagem dos RNs em uso do CPAP de
bolhas quanto ao seu escore total em relação a dor.
GRÁFICO 3 - Porcentagem dos RNs em uso do CPAP de bolhas quanto ao
seu escore total
Fonte: Dados da pesquisa (2019)
DISCUSSÃO
O presente estudo avaliou 12 recém-nascidos, sendo 58% (7) do sexo
masculino e 42% (5) do sexo feminino, em concordância aproximada com o
estudo de BARBOSA et al. (2007) que encontrou 52% do sexo masculino e
47,6% do sexo feminino. Já o estudo de LEAL et al. (2010) encontrou 36,67%
(22) do sexo masculino e 63,33% (38) do sexo feminino.
Os RNs em uso de CPAP de bolhas apresentaram os SSVV com valores
dentro dos parâmetros de referência para normalidade. SILVA et al (2007)
afirmaram em um estudo que a variação desses parâmetros pode não estar
relacionada especificamente com um estímulo doloroso, mas com eventos
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diversos, como fome, choro, algum tipo de desconforto, ansiedade ou
alterações causadas pela própria doença de base.
As doenças respiratórias são a principais causas de internação no período
neonatal e sua incidência e gravidade estão relacionadas à idade gestacional,
presença de infecção materna, sinais de sofrimento fetal, entre outros. Dentro
da avaliação fisioterapêutica também foi observado que, a SDR foi a afecção
respiratória mais frequente (66%) entre os RNs em uso do CPAP de bolhas,
corroborando com o Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (2015) o qual
afirma que a SDR é o maior problema respiratório no período neonatal. No
entanto, Moreira e Lopes (2004) afirmam em seu estudo que a TTRN é a
doença respiratória mais comum nos RNs e que a SAM ocorre na minoria dos
casos.
Entre os RNs avaliados, 66% apresentaram a face relaxada durante o uso do
CPAP de bolhas. De acordo com Guinsburg et al. (1997) os movimentos faciais
pode ser um instrumento sensível e específico para detecção da dor no recém-
nascido. Em concordância com o estudo de Nicolau et al. (2008), o qual
descreve que entre as alterações comportamentais, a mímica facial do recém-
nascido é sensível e útil na prática clínica diária.
No presente estudo, os RNs avaliados, 10 (83%) obtiveram ausência de choro
durante o uso do CPAP de bolhas. Balda e Guinsburg (2018) relatam que o
choro é considerado como o método primário de comunicação do neonato por
mobilizar o adulto, seja ele a mãe ou algum profissional envolvido no seu
cuidado. No entanto, um dos problemas que mais limita o diagnóstico de
presença da dor é o choro, pois pode ser desencadeado por outros estímulos
não dolorosos, como fome e desconforto.
Entre os RNs avaliados, 75% apresentaram uma respiração diferente do basal,
no entanto, segundo o estudo de Nicolau et al (2008), indicadores fisiológicos
como a respiração não estão especificamente relacionados à dor, na presença
deste sintoma ocorrem movimentos expiratórios forçados.
11
Segundo o Ministério da Saúde (2012) os RNs apresentam os membros
superiores fletidos e os inferiores semifletidos, cabeça lateralizada e mãos
cerradas. O tônus muscular depende da idade gestacional, quanto mais
próximo do termo, maior o tônus flexor. Em virtude disso, foi observado nesse
estudo que, 7 (58%) dos avaliados apresentaram os braços fletido/estendido e
8 (66%) apresentaram as pernas fletida/estendida.
De acordo com o Manual de Neonatologia (2015) o estado de alerta é um
importante indicador de bem estar e compreende cinco estados ou níveis, um
mesmo RN pode ter o nível de alerta modificado várias vezes durante o exame
dependendo de fatores como idade gestacional, tempo da última mamada,
intensidade dos estímulos e etc. No exposto estudo 9 (75%) dos RNs
avaliados apresentaram dormindo e/ ou calmo enquanto estavam utilizando o
CPAP de bolhas.
Em relação ao nível da dor, durante a descrição da NIPS foi observado que no
exposto estudo 25% sentiram dor fraca, 66,6% dor moderada e 8,3% sentiu
dor forte. Porém, em sua somatória total para o escore de avaliação da dor
através da escala NIPS, foi visto que 75% dos RNs apresentaram um escore
≤3.
Segundo Holsti e Grunau (2007) a assistência prestada pelo fisioterapeuta aos
recém-nascidos em uma UTIN, faz- se necessário identificar e avaliar os
procedimentos fisioterapêuticos que possam desencadear dor e ou estresse
nestes pacientes, para que assim possa adequar a terapia, oferecendo-lhe um
atendimento mais humanizado conforme as necessidades e as respostas dos
RNs.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados encontrados, conclui- se que a maioria dos RNs que
fazem uso de CPAP de bolhas não sentem dor, considerando o escore total da
NIPS e, os sinais vitais permaneceram dentro dos parâmetros normais. Como
limitação do presente estudo, destaca-se o tamanho da amostra efetuada e a
dificuldade de literatura científica recente que aborde o tema. Portanto, são
12
necessários novos estudos para possibilitar o direcionamento assertivo do perfil
da dor e proporcionar subsídios adequados para abordagem terapêutica.
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15
¹ Graduanda do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes –
UNIT/AL. Email: b.richelly@hotmail.com
² Graduanda do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes –
UNIT/AL. Email: leticiadani.soares@gmail.com
³ Mestre em Saúde da Criança e do adolescente – UNICAMP. Especialista em
Fisioterapia Neurofuncional na Criança e no Adolescente – ABRAFIM. Docente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes UNIT/AL. Email:
priscilahvas@hotmail.com
4 Mestre em Ensino na Saúde pela Faculdade de Medicina da UFAL.
Preceptora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes
UNIT/AL. Email: _ciceratrindade@hotmail.com
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ANEXO I – FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Número: ________
Data da avaliação: _____/______/________.
Data de nascimento: ____/____/_____Idade: ____________Sexo: _________
Disfunçãorespiratória:_________________
Outra disfunção associada:____________________
SINAIS VITAIS PARÂMETROS NORMAIS
Pressão Arterial Média (PAM)__________ (30-50 mmHg)
Frequência Cardíaca (FC)_____________ (70 a 190 batimentos por minuto)
Frequência Respiratória (FR) ___________(40 a 60 respirações por minuto)
Saturação de Oxigênio (SaO2) ___________(91 a 95%.)
ANEXO II- AVALIAÇÃO NEONATAL- INFANT PAIN SCALE (NIPS)
17
Diretrizes para Autores
NORMAS DE SUBMISSÃO
A apreciação de diferentes modalidades de texto com vistas à publicação nos
Cadernos de Graduação fica condicionada aos seguintes critérios:
a) autorização documentada do professor orientador para que o aluno-autor
possa submeter o trabalho à apreciação do Conselheiro Editorial do Caderno
de Graduação;
b) assinatura do termo de responsabilidade pelos alunos, sobre a autenticidade
do trabalho submetido a parecer com vistas à publicação;
c) enquadramento do trabalho que será submetido à publicação em relação às
normas que seguem abaixo.
Os trabalhos devem ser redigidos em português e corresponder a uma das
seguintes categorias e volume de texto.
Modalidades de texto Nº de palavras
Artigos: tornam pública parte de um trabalho de
pesquisa, produzida segundo referencial
teórico e metodologia científica.
de três mil a sete mil
palavras
Comunicações temáticas: textos relativos a
comunicações em eventos temáticos até duas mil palavras
Revisão de literatura: revisão retrospectiva de
literatura já publicada até cinco mil palavras
Resenhas: apresentação e análise crítica de
obras publicadas atémilpalavras
18
Documentos históricos: resgate, recuperação,
reprodução e edição crítica de textos de valor
histórico.
até cinco mil palavras
Relatos de pesquisa: relato parcial ou total de
pesquisa até quatro mil palavras
Conferências, debates e entrevistas de três mil a cinco mil
palavras
O texto proposto deverá ser enviado pelo(s) autor (es) para o
endereço: http://periodicos.set.edu.br; com a finalidade de apreciação do
Conselheiro Editorial do Caderno de Graduação. Após s avaliação, o
Conselheiro Editorial emitirá parecer técnico Registro de Aceite de Trabalho
Científico) pontuando por escrito as alterações necessárias (se houver),
definindo prazo para que estas sejam realizadas (se for o caso). O atendimento
integral ao que é descrito no parecer técnico é condição para submissão à
nova apreciação do trabalho, respeitando as datas informadas pelo
Conselheiro Editorial.
OBS.: Informamos que não aceitaremos artigos de outras instituições e nem
artigos onde não configure entre os autores professores e alunos do Centro
Universitário Tiradentes.
NORMAS PARA FORMATAÇÃO DO TRABALHO
O trabalho deverá ser digitado exclusivamente em fonte Arial, tamanho 12, em
espaçamento 1,5 entrelinhas, em parágrafo justificado, inclusive quando se
tratar de elementos não textuais (ilustrações, quadros e tabelas), na digitação
de legenda e na indicação de fontes referenciais. A marca de parágrafo deverá
contemplar apenas com um espaço vertical de <enter> entre os parágrafos,
sem nenhum espaço horizontal entre a margem esquerda e a primeira palavra
do parágrafo.
19
Exemplo:
Maslow defende as primeiras necessidades como as fisiológicas e as de
segurança (GADE, 1998). Após a realização das mesmas, surgem as
necessidades de afeto e as de status e, assim que satisfeitas, o indivíduo
chegaria ao seu último nível, o da autorrealização. Segundo Gade (1998), as
necessidades fisiológicas são as básicas para sobrevivência, como
alimentação, água, sono, entre outras, e é a partir delas que o indivíduo passa
a se preocupar com o nível seguinte. [...]
Os elementos não textuais (ilustrações, quadros e tabelas) e quaisquer outros
elementos não textuais terão sua reprodutibilidade garantida na publicação
após avaliação e orientação do núcleo técnico de edição. Além disso, imagens
(fotografia, infográficos, imagem eletrônica a partir de escaneamento,
fotografias de amostras microscópicas) deverão/poderão ser apresentadas em
cor; ressalta-se, entretanto, que no suporte impresso não há publicação em
cor; somente no suporte web. Assim, os elementos não textuais do trabalho
terão que ser produzidos considerando que na versão impressa as cores serão
alteradas para escalas de cinza e/ou texturas. A posição do título e da fonte
dos elementos não textuais deverá ser padronizada conforme exemplos
abaixo. Recomenda-se atenção para inclusão de fotografias e/ou imagens,
uma vez que as mesmas só podem ser publicadas com autorização da
utilização da imagem.
TABELA (ABERTA): Título em fonte 12, em negrito, na mesma linha,
espaçamento simples nas entrelinhas.
Fonte:(tamanho 12) tudo em negrito
20
QUADRO (FECHADO): Título em fonte 12, em negrito, na mesma linha,
espaçamento simples nas entrelinhas.
Fonte: (tamanho 12) tudo em negrito
Para fotos/desenhos ou quaisquer outros recursos não textuais que não sejam
tabela, quadro e gráfico: nomear o tipo de recurso, numerando-o também com
1, 2 (sequencial), com os mesmos critérios indicados para tabela e quadro.
Qualquer que seja o trabalho proposto, o título deve vir em caixa alta e negrito
justificado à esquerda. Citar apenas o nome e sobrenome do autor e coautores,
seguido do nome do curso, com a indicação de até seis autores, e considera-se
como autor principal o primeiro a constar na relação. Para o caso do artigo
científico, utilizar resumo na língua vernácula e traduzido para o idioma inglês,
entre 150 e 200 palavras, ambos seguidos de palavras chave nos idiomas que
as precedem, respeitando-se os limites mínimo e máximo do número de
palavras. As palavras-chave devem ser grafadas em espaço simples e sem
negrito; apenas a primeira palavra com inicial maiúscula, as demais em
minúsculas, a não ser em nomes próprios, separados por vírgula e com ponto
final. Se aceita até cinco palavras-chave, postadas na linha seguinte após o
término de cada resumo.
21
No texto do artigo, utilizar texto sem a quebra de página, observando:
Introdução (maiúsculas e negrito); seções de divisão primária (maiúsculas e
negrito); seções de divisão secundária (maiúsculas sem negrito); Seções de
divisão terciária (em negrito, com maiúscula apenas na primeira letra do título
da seção, à exceção de nomes próprios) e conclusões (maiúsculas e negrito).
Logo em seguida, apresentar o item: sobre o trabalho (maiúsculas e negrito)
em que deve ser contextualizada a produção do trabalho no âmbito da
academia (origem do trabalho, bolsa, financiamento, parcerias), indicando
apenas um e-mail para contato. Quando for o caso, informar o nome completo
do orientador do trabalho, bem como titulação e e-mail, até o máximo de 100
palavras.
Finalizar o trabalho com a indicação das referências e quando for o caso,
acrescentar apêndice(s) (matérias de própria autoria) e anexo(s) (materiais de
autoria de terceiros). Na numeração das seções, usar números arábicos,
deixando apenas um espaço de caractere entre o número final da seção e a
primeira palavra que nomeia a seção. Não há nem ponto nem traço entre o
número e a primeira palavra.
Os textos enviados em Língua Portuguesa devem estar escritos conforme
o Novo Acordo Ortográfico que passou a vigorar em janeiro de 2009.
NORMAS ABNT
ABNT. NBR 6022: informação e documentação – artigo em publicação
periódica científica impressa – apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT. NBR 6023: informação e documentação (referências – Elaboração)
ABNT. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990.
ABNT. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos –
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.(informações pré-textuais, informações
textuais e informações pós-textuais)
ABNT. NBR 10520: informações e documentação – citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
Condições para submissão
22
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a
conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As
submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos
autores.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para
publicação por outra revista; caso contrário, deve-se justificar em
"Comentários ao editor".
2. O arquivo da submissão está em formato Microsoft Word, OpenOffice ou
RTF.
3. URLs para as referências foram informadas quando possível.
4. O texto está em espaço simples; usa uma fonte de 12-pontos; emprega
itálico em vez de sublinhado (exceto em endereços URL); as figuras e
tabelas estão inseridas no texto, não no final do documento na forma de
anexos.
5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos
em Diretrizes para Autores, na página Sobre a Revista.
6. Em caso de submissão a uma seção com avaliação pelos pares (ex.:
artigos), as instruções disponíveis em Assegurando a avaliação pelos pares
cega foram seguidas.
Declaração de Direito Autoral
A Revista oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o
princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui
para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter um artigo, o(a)
autor(a) se reconhece como detentor(a) do direito autoral sobre ele e autoriza
seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado,
distribuído e impresso.
Política de Privacidade
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para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados
para outras finalidades ou a terceiros.
ISSN: 2316-6738
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