biossegurança em organismos geneticamente … · animais geneticamente modificados ... tóxicas...
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Biossegurança em Organismos
Geneticamente Modificados
Pelotas, 2009
Priscila M. M. de Leon
Vanessa Galli
Pelotas, 2009
Parte I. Introdução a Biossegurança e Organismos
Geneticamente Modificados
Parte II. Forma de Manejo e Abordagem Legal
Plantas Geneticamente Modificadas
Animais Geneticamente Modificados
Microrganismos Geneticamente Modificados
Métodos de Controle de Agentes de Risco
Biossegurança x OGMs
• Conceito de OGMs:
Organismos geneticamente modificados (OGMs) sofreram
modificações do seu material genético (DNA/RNA), em forma de
adição ou subtração de informação genética, com o objetivo de
fazê-lo capaz de produzir novas substâncias ou realizar novas
funções;
Transgênicos: Plantas, Animais e Microrganismos;
A Lei de Biossegurança (Lei n.º 11.105/05), em seu artigo 3º,
inciso V, define "organismo geneticamente modificado - OGM:
organismo cujo material genético (ADN/ARN) tenha sido
modificado por qualquer técnica de engenharia genética”.
Químicos, Radiotivos e Ergonômicos
RISCOAgentes Biológicos Homem
Engenharia Genética Sociedade
Meio Ambiente
* Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes ás atividades de pesquisa, ensino,
desenvolvimento tecnológico, visando a saúde do homem, dos animais
e preservação do meio ambiente.
Biossegurança x OGMs
Biossegurança x OGMs
• Histórico:
– Em 1999, Protocolo de Cartagena:
• Conferência sobre Diversidade Biológica, em Cartagena/Colômbia,
• Objetivo foi assegurar o nível adequado de proteção envolvendo atransferência, manipulação e uso de OGMs;
• A preocupação foi com os efeitos adversos na conservação e nouso sustentável da diversidade biológica, levando em consideraçãoos riscos para a saúde humana e na movimentaçãotransfronteiriça.
– No Brasil, a Legislação de Biossegurança (lei nº 11.105, de 24 demarço de 2005):
• normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre:construção, cultivo, produção, manipulação, transporte,transferência, importação, exportação, armazenamento, pesquisa,comercialização, consumo, liberação ao meio ambiente e descartede OGMs.
CTNBIO
• Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
• Representantes dos Ministérios: da Ciência e Tecnologia, da Saúde, da Agricultura,
do Meio Ambiente, da Educação e das Relações Exteriores; Sociedades científicas,
Órgãos de defesa do consumidor e da saúde do trabalhador e Setor empresarial de
biotecnologia.
• Finalidade:
– apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação,
atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa
a OGMs;
– estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres
técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do
meio ambiente;
• Estabeleceu 19 Instruções Normativas para regular as atividades com OGMs: de
pesquisa, liberação planejada, avaliação de segurança ambiental e alimentar, de
trabalho com AnGM, de terapia gênica, e importação de AnGM;
• Órgão responsável por emitir parecer técnico conclusivo sobre qualquer atividade
com OGMs no país;
• CTNBio
CIBIO
• Comissão Interna de Biossegurança;
• A entidade que utilizar técnicas e métodos relacionados a engenharia
genética deverá criar uma CIBio;
• Finalidade:
– É a instância responsável pela regulamentação e acompanhamento
de procedimentos de Biossegurança relacionados a OGMs;
– indicar para cada projeto específico um "Técnico Principal
Responsável “;
• CIBios são componentes essenciais para fazer cumprir a regulamentação
de Biossegurança, monitorando os trabalhos de manipulação, produção e
transporte de OGMs.
• CIBio
Pelotas, 2009
Principais práticas de manejo de OGMs
Legislação relativa a OGMs
Animais Geneticamente Modificados
Plantas Geneticamente Modificadas
Microrganismos Geneticamente Modificados
ANGM
• Conceito:
Animais Geneticamente Modificados são considerados
todos aqueles animais cujas seqüências em seu DNA
sofreram modificações induzidas pelo homem;
desde camundongos até animais domésticos de grande
porte podem ser classificados como AnGM;
Histórico AnGM
• A geração de animais transgênicos:
realizada no final dos anos 70, através da transferência de um
retrovírus em embrião de camundongo, levando a geração de
camundongos transgênicos com genes exógenos inseridos de
forma estável em seus genomas.
A transgênese tornou-se, então, uma das técnicas essenciais
para a biologia e biotecnologia.
Modelos animais para o estudo na regulação gênica, de
oncogenes, doenças genéticas, na produção de proteínas
recombinantes, xenotransplantes e entendimento de interações
celulares.
• Nível de Biossegurança (NB):
– Nível de segurança biológica recomendável para um
dado setor que desenvolve atividade de risco para o
profissional e comunidade;
– permite o trabalho em laboratório de forma segura e
com risco mínimo para o operador e meio ambiente.
Classificação dos AnGMS quanto ao
Nível de Biossegurança:
Classificação dos AnGMS
quanto ao NB:
Nível de Biossegurança 1:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que após as manipulações genéticas sofridas, não
tiverem alteradas suas características de
transmissibilidade de doenças para outras espécies
vegetais ou animais, incluindo seres humanos;
– que não apresentarem vantagens seletivas quando
liberados no meio ambiente;
– AnGM que a contenham o genoma de vírus e não
levam à doenças infecciosas transmissíveis.
Classificação dos AnGMS
quanto ao NB:
Nível de Biossegurança 2:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que passam a expressar substâncias sabidamente
tóxicas para animais, incluindo o homem, ou vegetais
e que, para tais toxinas, existam formas efetivas de
prevenção ou tratamento;
– que contenham mais de 75% do genoma de vírus NB-
1 (doenças infecciosa transmissível);
– que possam ser susceptíveis à infecções que
normalmente não ocorram na espécie equivalente.
Classificação dos AnGMS
quanto ao NB:
Nível de Biossegurança 3:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que contenham mais de 75% do genoma de
vírus manipulados em NB-2 ou 3;
– que são considerados mais aptos à
sobrevivência no meio ambiente que os
equivalentes não geneticamente modificados.
Classificação dos AnGMS
quanto NB:
Nível de Biossegurança 4:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que contenham mais de 75% do genoma de vírus
manipulados em NB-4;
– que após a manipulação genética passem a expressar
substâncias sabidamente tóxicas, incluindo seres
humanos e vegetais, e que para tais toxinas não existam
formas efetivas de prevenção ou tratamento;
Classificação dos AnGMS quanto
ao Grupo de Risco:
AnGM do Grupo I:
• Nível de Biossegurança 1;
• CIBio autoriza, e envia a planta do biotério e normas de
funcionamento a CTNBio;
AnGM do Grupo II:
• Níveis de Biossegurança 2, 3 ou 4;
• CTNBio faz visita técnica para a aprovação;
GRUPO I
GRUPO II
PESQUISADOR
PRINCIPAL
PESQUISADOR
PRINCIPAL
CIBio
CIBio
RELATÓRIO
ANUAL À CTNBio
CTNBio
COMISSÃO SETORIAL
ESPECÍFICA
PARECER TÉCNICO
CONCLUSIVO
CIBio
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-A):
Características mínimas de Biossegurança para Biotérios:
– porta principal deverá estar sempre trancada.
– acesso restrito às pessoas credenciadas, conforme determinado pela
CIBio da Instituição;
– animais de diferentes espécies e não envolvidos em um mesmo
experimento deverão estar alojados em áreas fisicamente separadas;
– todas as áreas que permitam ventilação deverão conter barreiras
físicas para impedir a passagem de insetos e outros animais.
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-A):
NB-A1:
– As instalações separadas da área de livre circulação do
prédio;
– Pesquisador Principal: estabelece normas, procedimentos e
protocolos para situações de emergência.
– Toda manipulação deverá ser realizada de forma a evitar a
liberação acidental do AnGM no meio ambiente.
– Todo material deverá ser descartado (CIBio/CTNBio)
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-A):
NB-A2:
• apenas as pessoas autorizadas e qualificadas podem ter acesso
ao biotério (vacinadas contra os agentes infecciosos);
• Ante-Sala;
• O material deve ser acondicionado e a desinfecção poderá ocorrer
fora do biotério.
• É obrigatório o uso de EPIs apropriados como: máscara, gorro,
luva, protetores para os pés, óculos e protetores faciais.
(descontaminação após o uso).
NB-A3:• Ante-Sala, Sala de Materiais, Sala para Animais e Sala de Experimentação;
• sistema de pressão de ar negativo (controle automático de pressão) e
purificação do ar;
• Sistema de Microisoladores;
• todo o líquido efluente deverá ser descontaminado antes de liberado;
• auto-clave de duas portas (CIBio determina testes de segurança);
• incinerador na Sala de Animais ou na Sala de Experimentação;
• A CIBio estipula procedimentos de emergência em caso de acidentes ( em
cada Sala deverá haver sistema de alarme);
• amostras de soro dos usuários (CIBio propõe sistema de monitoramento);
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM:
NB-A4:• Construção deve ser isolada e vigiada 24h;
• Ante-Sala; Sala de Troca de Vestimenta com três divisões; Sala de
Materiais; Sala de Animais; Sala de Experimentação; Sala de Necropsia
• acesso restrito a pessoal certificado pela CIBio e aprovada pela CTNBio;
• Sistema de acesso por cartão magnético ou códigos digitais;
• Sistema de filtração utilizado para exaustão de ar deverá possuir dupla
barreira de filtragem;
• A entrada de qualquer material para as Salas de Animais deverá ser
realizada, via autoclave de duas portas;
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM:
Legislação Brasileira de
Biossegurança para AnGM:
• Lei Nº 8.974 (20 de dezembro de 1995) estabelece normas desegurança e mecanismos de fiscalização para o uso das técnicasde engenharia genética na construção, cultivo, manipulação,transporte e liberação no meio ambiente de OGMs com o objetivode proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas,bem como o meio ambiente;
• As atividades e projetos, inclusive os de ensino, pesquisa científica,desenvolvimento tecnológico e de produção industrial que envolvamOGMs no território brasileiro estão atrelados ao cumprimento de tallei;
• A CTNBio estabeleceu duas instruções normativas, Nº 12 e 13, comnormas e apêndices para trabalho em contenção e importação comAnGMs.
Legislação Brasileira de
Biossegurança para AnGM:
• Instrução Normativa Nº 12
Normas para Trabalho em Contenção com Animais
Geneticamente Modificados
• Aplicação das Normas – Certificado de Qualidade em
Biossegurança (CTNBio);
• Procedimentos - Responsabilidades a serem cumpridas
fiscalizados pela CIBio e Pesqisador Principal;
• Liberação Acidental de AnGM no Meio Ambiente
• Apresentação de Propostas
• Requerimento para Trabalho em Contenção com AnGMS
Liberação Acidental de AnGM no
meio ambiente:
AnGM deverá possuir
marcador genético;
Marca permanente para
identificação macroscópica;
Aplicação das normas
propostas pela CIBio;
Imediata comunicação a CIBio
e CTNBio;
Legislação Brasileira de
Biossegurança para AnGM:
• Informe a CIBio e CTNBio:
– a espécie do animal a ser geneticamente alterado, e o procedimento de
alteração genética a ser utilizado;
– se pretende estabelecer uma colônia com o AnGM;
– as características do material genético a ser inserido, descrevendo as
atividades biológicas que foram adquiridas ou perdidas pelo AnGM;
– a possibilidade de alteração nas características de patogenicidade e
vantagem seletiva do AnGM no meio ambiente;
– a possibilidade de risco de transmissão de doenças para outros animais,
incluindo seres humanos, ou vegetais;
– se o AnGM passará a expressar alguma proteína com potencial
sabidamente tóxico, e se existe ou não forma de tratamento;
– AnGMs do Grupo I a autorização será concedida pela CIBio;
– AnGMs do Grupo II após análise da proposta e autorização pela CTNBio;
– nova proposta deverá ser apresentada sempre que houver alteração no
organismo utilizado ou nas condições experimentais;
Legislação Brasileira de
Biossegurança para AnGM:
• Instrução Normativa Nº 13
Normas para Importação de Animais Geneticamente Modificados
para Uso em Trabalho em Regime de Contenção
• Habilitação para Importação – Certificado de Qualidade em
Biossegurança;
• AnGM Grupo I – autorizado pela CIBio;
• AnGM Grupo II – autorizado pela CTNBio;
• Requerimento de Habilitação para Importação de Animais
Geneticamente Modificados para Trabalho em Regime de Contenção
Plantas geneticamente modificadas
“Apresentam gene ou genes que foram
artificialmente inseridos, apresentando
características desejáveis oriundas de
outra variedade da planta, ou mesmo de
outra espécie.”
Aplicações
incremento de compostos de interesse nutricional e funcional
melhoras no aproveitamento de micronutrientes do solo
aumento de produtividade
resistência a pragas e a herbicidas
Plantas geneticamente modificadas
Aplicações
tolerância a estresses abióticos
diminuição de impactos ambientais
produção de compostos químicos, farmacêuticos, vacinas
aumento de biomassa servindo como fonte de combustíveis, dentre outras.
Plantas geneticamente modificadas
Histórico
década de 1980 – liberação das primeiras PGMs
1990 – comercialização:
tabaco resistente a vírus, produzido na China
tomate de maturação lenta, produzido pela
empresa Calgene,
soja Round-Up Ready produzida pela Monsanto
1996 – explosão de comercialização
Plantas geneticamente modificadas
Preocupações
reações alérgicas
ingestão de genes
mudança da qualidade nutricional destes alimentos
marcadores de resistência a antibióticos – remoção ou marcadores alternativos para comercializar
Plantas geneticamente modificadas
Preocupações
riscos ambientais - introdução destas
plantas no meio ambiente
transferência horizontal de genes
Possibilidade de tornar-se uma erva daninha –acredita-se que seja dependente de um complexo gênico
Plantas geneticamente modificadas
Apesar disso...
redução do uso de agroquímicos:
maior proteção do meio ambiente
contribuição para problemas
relacionados à desnutrição e
doenças através de transgênicos
com características nutricionais e
funcionais superiores
Plantas geneticamente modificadas
Minimização de riscos advindos da prática de
diferentes tecnologias, seja em laboratório ou
quando aplicadas ao meio ambiente
BIOSSEGURANÇA
Plantas geneticamente modificadas
Estabelecer normas de experimentação, liberação
no meio ambiente e, eventualmente, elaborar
pareceres relativos à aprovação de organismos
transgênicos para uso comercial
COMITÊS DE BIOSSEGURANÇA
Plantas geneticamente modificadas
Desenvolvimento de PGM
biologia das espécies, sua ecologia e avaliações
geográficas do local onde estas espécies estão
sendo cultivadas
avaliação da existência de conseqüências
secundárias: emergência de outras pestes ou
doenças devido a desequilíbrio ecológico, vantagem
adaptativa, redução da qualidade do solo; dentre
outras.
testes preliminares a campo
Plantas geneticamente modificadas
Regulamentação
1992 - Convenção sobre a Diversidade Biológica
(CDB)
Modelos regulatórios:
baseado na avaliação do produto final
baseado no controle da tecnologia da produção
Avaliação caso a caso adotando o Princípio da
Precaução
Plantas geneticamente modificadas
1995 – Brasil
“Normas para a liberação no meio ambiente, para o
trabalho em confinamento (em laboratório) e para a
importação de OGMs”
11/09/2003, Montreal - Protocolo de Cartagena
“Primeiro acordo internacional sobre o transporte de
organismos geneticamente modificados
03/2005 - lei 11.105:
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia
Plantas geneticamente modificadas
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6 DE 6 MARÇO DE
1997:
experimentos com engenharia genética de plantas
o uso destas plantas para outros propósitos
experimentais
a propagação destas plantas
ou o uso de plantas com microrganismos ou animais
contendo DNA recombinante
NÍVEIS DE CONTENÇÃO
Plantas geneticamente modificadas
Fonte e natureza do DNA/RNA introduzido: se pertence a um agente
infeccioso exótico ou a um organismo patogênico; e se corresponde a um
fragmento do DNA ou ao genoma completo;
Organismo destinatário: modalidade e facilidade de disseminação;
capacidade de invasão; se corresponde a uma erva daninha nociva ou
capaz de cruzar com ervas daninhas nocivas; o potencial de reprodução; e
os riscos de impacto prejudicial em ecossistemas naturais ou controlados;
Plantas geneticamente modificadas
Plantas geneticamente modificadas
Ambiente local: natureza e importância de colheitas próximas; presença
de espécie selvagem ou compatível para cruzamento;
Procedimentos experimentais: medidas necessárias para impedir a
disseminação do material genético inserido.
Natureza da proteína expressada: se uma toxina de vertebrados ou um
alérgeno conhecido; e se tóxico a outros organismos no ambiente local;
PGM cujos organismos parentais não causam doenças aohomem, animais ou plantas, não são e não cruzem com ervasdaninhas
PGM ou microrganismos geneticamente modificados nãoexóticos sem potencial para disseminação rápida e, seacidentalmente acontecer, não possuirá riscos de causar sérioimpacto negativo no ecossistema natural ou manejado, taiscomo Rhizobium spp e Agrobacterium spp
Plantas geneticamente modificadas
NÍVEL 1
PGM e organismos associados que, se disseminados fora da casa de vegetação,
seriam viáveis no meio ambiente, mas teriam um impacto negligível ou
poderiam ser manejados
microrganismos associados a plantas que são nativos na área e potencialmente
perigosos ao ambiente, mas manejáveis, ou são exóticos, mas não
apresentam potencial para causar danos a ecossistemas naturais ou
manejados
estudos com insetos ou pequenos animais associados a plantas que não
prejudiquem ecossistemas naturais ou manejados
PGM que são ervas daninhas ou podem cruzar com ervas daninhas em área
geográfica que torne este cruzamento possível;
plantas nas quais o DNA/RNA introduzido representa o genoma completo de um
agente infeccioso não exótico, ou onde haja a possibilidade de
reconstituição completa e funcional do genoma deste agente infeccioso por
complementação genômica na planta;
NÍVEL 2
Plantas geneticamente modificadas
PGM, patógenos de plantas, ou outro organismo associado que apresentam
potencial de causar impacto ao meio ambiente
não PGM que envolvem agentes infecciosos exóticos capazes de causar
sérios riscos ambientais
planta ou organismos transgênicos contendo genes que codifiquem para toxinas
de vertebrados
plantas nas quais o DNA/RNA introduzido representa o genoma completo de um
agente infeccioso exótico transmissível, ou onde haja a possibilidade de
reconstituição completa e funcional do genoma deste agente infeccioso por
complementação genômica na planta que tenha potencial para produzir efeitos
negativos em ecossistemas naturais ou manejados
microorganismos patogênicos a insetos ou outros pequenos animais
associados com plantas, se o OGM tem potencial para produzir efeitos
negativos em ecossistemas naturais ou manejados.
NÍVEL 3
Plantas geneticamente modificadas
pequeno número (pequena quantidade ou em pequena escala) de
agente infeccioso exótico transmissível na presença de seu
vetor que tenha potencial para ser um patógeno sério para
espécies cultivadas no país
É vedado este tipo de experimento em grande escala.
NÍVEL 4
Plantas geneticamente modificadas
evitar transmissão de genomas de plantas ou organismosassociados às plantas, contendo DNA recombinante;
minimizar a possibilidade de efeitos deletérios nos organismos eecossistemas fora do âmbito experimental;
evitar a disseminação inadvertida de patógenos sérios da casa de
vegetação para a agricultura;
evitar a introdução e estabelecimento não-intencional de um
organismo em um novo ecossistema
Princípios de contenção
Plantas geneticamente modificadas
cobrir ou remover flores e sementes;
colher o material para estudo da planta antes de sua maturidade sexual ou usar linhagens de planta
macho estéreis;
controlar o tempo de floração para que a dispersão do pólen não coincida com o período receptivo de
plantas compatíveis sexualmente que estiverem nos arredores;
utilizar técnicas de modificação genética que localize transgenes em partes não propagativas da planta.
evitar a geração de aerossóis ao inocular as plantas com estes microrganismos;
manter distâncias adequadas entre a planta infectada e outros hospedeiros suscetíveis;
realizar estes experimentos em época do ano onde as plantas dos arredores que sejam suscetíveis não
cresçam;
eliminar vetores insetos;
escolher microrganismos que tenham associação obrigatória com a planta hospedeira;
Plantas geneticamente modificadas
MEDIDAS PREVENTIVAS
modificar geneticamente o microrganismos para minimizar sua sobrevivência e reprodução fora da planta
hospedeira;
tratar ou evaporar a água que escoa das plantas após irrigação.
Dentre as medidas necessárias para conter a dispersão de insetos geneticamente modificados, associados a
plantas estão:
escolher ou criar cepas estéreis ou que não sejam capazes de voar;
conduzir experimentos em época do ano quando a sobrevivência dos insetos que vierem a escapar é
impossível;
escolher organismos que tem uma associação obrigatória com a planta para que, uma vez disseminados por
insetos, não sejam capazes de sobreviver;
tratar ou evaporar a água que escoa da irrigação para eliminar ovos viáeis e larvas;
evitar o uso de insetos pequenos, pois são de difícil eliminação;
destruir insetos polinizadores após transferência do pólen para eliminar qualquer potencial de disseminação
de pólen transgênico no ambiente.
Plantas geneticamente modificadas
MEDIDAS PREVENTIVAS
Microrganismos geneticamente modificadas
Aplicações
produção de vacinas
teste imunodiagnósticos
bioreatores para produção de compostos de interesse
reduçãoo uso de agrotóxicos e aumento da produção
agrícola - tornando o microrganismo, por exemplo, capaz
de melhor colonizar a rizosfera, melhorar a estrutura do
solo, biorremediar solos contaminados, ou outra função
de interesse.
Sobrevivência, dispersão e possibilidade de interações com outras
espécies
transferência de genes para outras populações microbianas do
ambiente
rearranjos genéticos
fluxo gênico
potencial patogênico do microrganismo ao homem, a outros animais
e/ou às plantas
vantagem ocasionando uma pressão seletiva ou a um prejuízo
metabólico na competição com outros microrganismos
Microrganismos geneticamente modificadas
Critérios de segurança ambiental
Lei n° 8.974, de 05 de janeiro de 1995
Microrganismos geneticamente modificadas
CLASSIFICAÇÃO EM DOIS GRUPOS
DE RISCO
GRUPO I
Organismo receptor ou parental
não patogênico;
isento de agentes adventícios;
com amplo histórico documentado de utilização segura, ou
com a incorporação de barreiras biológicas que, sem
interferir no crescimento ótimo em reator ou fermentador,
permita uma sobrevivência e multiplicação limitadas, sem
efeitos negativos para o meio ambiente.
Microrganismos geneticamente modificadas
Vetor / Inserto:
adequadamente caracterizado quanto a todos os aspectos,
destacando-se aqueles que possam representar riscos ao homem e ao
meio ambiente, e desprovido de seqüências nocivas conhecidas
tamanho limitado quanto às seqüências genéticas necessárias para
realizar a função projetada
não deve incrementar a estabilidade do organismo modificado no meio
ambiente
deve ser escassamente mobilizável
não deve transmitir nenhum marcador de resistência a organismos que,
não o adquira de forma natural
GRUPO I
Microrganismos geneticamente modificadas
Microrganismos geneticamente modificados
não-patogênicos;
que ofereçam a mesma segurança que o organismo receptor ou
parental no reator ou fermentador, mas com sobrevivência e/ou
multiplicação limitadas, sem efeitos negativos para o meio ambiente
microrganismos construídos inteiramente a partir de um único receptor
procariótico (incluindo plasmídeos e vírus endógenos) ou de um único
receptor eucariótico (incluindo cloroplastos, mitocôndrias e plasmídeos,
mas excluindo os vírus)
organismos compostos inteiramente por seqüências genéticas de
diferentes espécies que troquem tais seqüências mediante processos
fisiológicos conhecidos
GRUPO I
Microrganismos geneticamente modificadas
A expressão de sequências de ADN derivadas de
organismos patogênicos pode aumentar a virulência do
OGM
As sequências de ADN introduzidas não estão bem
caracterizadas, por exemplo durante a preparação de
bibliotecas de ADN de genomas de microrganismos
patogênicos
Produtos de genes podem ter atividade farmacológica
Produtos genéticos codificam para toxinas.
CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SISTEMAS DE EXPRESSÃO BIOLÓGICA
Microrganismos geneticamente modificadas
O nível de risco e o nível de biossegurança
adotado para laboratórios que realizam
experimentos envolvendo desenvolvimento
de vacinas e testes imunodiagnósticos está
diretamente relacionado ao risco biológico
apresentado pelo microrganismo manipulado.
VACINAS E TESTES IMUNODIAGNÓSTICOS
Baixo risco individual e para a coletividade:
incluem os agentes que não possuem
capacidade comprovada de causar doença em
pessoas ou animais sadios.
Vacinas e testes imunodiagnósticos
CLASSE DE RISCO I
Moderado risco individual e limitado risco para a
comunidade
incluem os agentes que podem causar doença no
homem ou animais, porém não apresentam riscos sérios
para os profissionais do laboratório, para a comunidade,
para animais e para o meio ambiente.
Os agentes desta classe, quando não existentes no
país, devem ter sua importação restrita, sujeita a prévia
autorização das autoridades competentes.
Vacinas e testes imunodiagnósticos
CLASSE DE RISCO II
Alto risco individual e risco moderado para a
comunidade
incluem os agentes que usualmente causam doenças
graves em humanos ou animais, as quais podem ser
tratadas por medicamentos ou medidas terapêuticas
gerais, representando risco moderado para a
comunidade e para o meio ambiente.
Os agentes desta classe, quando não existentes no
país, devem ter sua importação restrita, sujeita a prévia
autorização das autoridades competentes.
Vacinas e testes imunodiagnósticos
CLASSE DE RISCO III
Alto risco individual e alto risco para a comunidade
incluem os agentes de alto risco biológico que causam doenças
humanas e animais de alta gravidade e capazes de se disseminar
na comunidade e no meio ambiente.
inclui principalmente agentes virais.
Os agentes desta classe, quando não existentes no país, devem ter
sua importação proibida e caso sejam identificados ou se tenha
suspeita de sua presença no país, devem ser manipulados com os
níveis máximos de segurança disponíveis e devem ser destruídos
por processos físicos (autoclavação) ou por processos químicos de
reconhecida eficácia, e posteriormente incinerados.
Vacinas e testes imunodiagnósticos
CLASSE DE RISCO IV
Dependente do nível de biossegurança
Práticas Padrões de Microbiologia
Equipamento de Segurança (Barreiras
Primárias)
Instalações Laboratoriais (Barreiras
Secundárias)
Vacinas e testes imunodiagnósticos
NORMAS DE LABORATÓRIO
proteger o manuseador, o público e o próprio produto
nas suas várias etapas;
manuseio de patógenos;
experimentação animal.
Vacinas e testes imunodiagnósticos
Medidas de biossegurança
Cuidado maior: fase inicial e desafio;
armazenamento/conservação;
condições de crescimento/cultura
manuseio;
descarte.
Normas de biossegurança estabelecidas de acordo com a classificação de risco do patógeno;
Escala laboratorial X scale-up
Vacinas e testes imunodiagnósticos
Patógeno
Experimentação animal
Riscos físicos, biológicos e ao meio ambiente
espécies envolvidas e com a natureza da pesquisa desenvolvida
Biotérios adequados
instalações adequadas
equipe
práticas que assegurem níveis apropriados para qualidade, segurança e cuidados com o meio ambiente
Experimentação animal
Os próprios animais podem apresentar riscos:
aerossóis
morder e arranhar
zoonoses
Seleção de espécies adequadas – caso de símios
Regulamentação:
4 níveis:
Práticas padrões
Equipamentos de Segurança (Barreiras Primárias)
Instalações (Barreiras Secundárias)
Práticas Especiais para o nível 4
Experimentação animal
Regulamentação:
isolamento físico do biotério
fluxo de pessoas no local
boas práticas de laboratório
considerar como potencialmente infectado todo animal silvestre, vertebrado ou invertebrado;
Experimentação animal
Experimentação animal procedimentos, equipamentos de proteção e instalações:
agente patogênico
espécie animal envolvida
tipo de ensaio a ser desenvolvido
utilização de perfurocortantes
cabines de biossegurança
descontaminação do local de trabalho
profissionais treinados
imunizações e a avaliação sorológica destes profissionais
gaiolas que evitem fuga
ficha de identificação: número de animais, linhagem, sexo, idade, peso, data da infecção, identificação do microorganismo inoculado, cepa, via e dose de inoculação, nome do pesquisador responsável e telefone
relatar e notificar todo e qualquer acidente
animais encontrados fora das gaiolas e que não possam ser identificados devem ser sacrificados e suas carcaças autoclavadas
Experimentação animal
se animal escapar das imediações do laboratório, as autoridades competentes deverão ser prontamente notificadas
todos os materiais que tiveram contato com os animais infectados deverão ser descontaminados prefencialmente por autoclavação, porém pode-se utilizar outros procedimentos de descontaminação adequados aos microorganismos em questão
cuidados no transporte - autoclavação
Experimentação animal
Experimentação animal
portas, janelas, parede, piso, ventilação adequados
símbolo de risco biológico
controle de insetos e roedores
manual de biossegurança
Experimentação animalComitê Institucional de Tratamento e Uso de
Animais – Comitê de Ética:
protocolo de imunização;
cuidados para evitar sofrimento dos animais;
condições de isolamento de animais infectados;
como será feito o descarte de carcaças;
Métodos de Controle de Agentes de
Risco
Boas Práticas de Laboratório: conjunto de normas e
procedimentos de segurança que visam minimizar os acidentes em
laboratório;
prevenção e/ou redução do risco de desenvolver doença
profissional por exposição a diversos agentes, presentes no
ambiente de laboratório, podem ser alcançadas pelo uso de práticas
seguras nas atividades laboratoriais;
1. Observância de práticas e técnicas microbiológicas
padronizadas.
2. Conhecimento prévio dos riscos.
3. Treinamento de segurança apropriado.
4. Manual de biossegurança (identificação dos riscos,
especificação das práticas, procedimentos para eliminação de
riscos).
MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTES DE RISCO
Equipamento de proteção individual – EPI
Os EPIs são empregados nas medidas de proteção individual, protegendo a saúde
e integridade física do manipulador. A roupa e o equipamento utilizado servem
também para evitar a contaminação do material em experimento ou em
produção.
MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTES DE RISCO
Equipamento de proteção coletiva- EPCOs EPCs são equipamentos de uso no laboratório que permitem executar
operações em ótimas condições de salubridade para o operador e demais pessoas
no laboratório, bem como do meio ambiente, minimizando a exposição a riscos de
contaminação e reduzindo as conseqüências em caso de acidentes
Cabine de Segurança Biológica
Capela de exaustão
Chuveiro de Emergência / Lava Olhos
Extintores de Incêndio
Balde de areia
Kits de tratamento para acidentes com químicos ácidos,
cáusticos, solvente
MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTES DE RISCO
Procedimentos de Descarte
Descarte de animais de Laboratório
Descarte de Materiais contaminados
Manipulação de Reagentes Químico
Manipulação de Material Biológico
Manipulação de equipamento de uso comum
Boas Práticas em Biotério
Risco Biológico
Saúde das Espécies Convencionais de
Laboratório
Fatores Condições
Alojamentodensidade populacional por gaiola, tipo de gaiola, freqüência de
trocas, qualidade da limpeza
Higiene Pessoal uniformes, banhos, limpeza das mãos
Higiene Ambientalremoção de poeiras e detritos, controle de trânsitos das
pessoas, isolamento de áreas de manutenção dos animais
Equipamentos desinfecção, esterilização, conservação
RaçõesQualidade, quantidade, prazo de validade, estocagem em
ambiente apropriado
AnimaisQuarentena, controle sanitário, seleção das matrizes,
isolamentos das espécies diferentes
Equipe técnicaPostura, movimentação, manipulação, contensão, conhecimento
das principais características das espécies animais
Tabela 1 - Fatores que podem interferir no comportamento normal dos
animais de laboratório
Condição Normal Distúrbios/Sintomas Causas
Pele e Anexos Pêlos
Pele elástica, úmida, lisaPêlos homogêneos, brilhantes e sedosos com inserção firme
Perda de pêlos Fungos, ácaros, sarna, bactérias e deficiência alimentar
Ferimentos Brigas, cama com resíduos grosseiros
Formação de cicatrizes ou calos Bactérias
Irritação da pele Alergias, intoxicação
Pêlos sem brilho e perda de pêlos Anemia, hepatite, distúrbios metabólicos
Mucosas Aparentes
Úmidas, brilhantes eróseas
Secas, sem brilho, branca, amarelada Corrimento purulento nasal e ocular
Desidratação, anemia, deficiêncianutricional, hepatite, infecções,verminoses
Olhos
Brilhantes, úmidos evivazes
Secos, sem brilho, com corrimento purulento
Desidratação, infecções, conjuntivites, alergias
Aparelho genital
Fêmeas com ciclo estral regular
Aborto, infertilidade, canibalismoAnestro (fase de repousosexual)
Disfunções hormonais, deficiência nutricional, alta densidade de animais por gaiolaFêmeas roedoras mantidas em gaiola com outras fêmeas por períodos prolongados
Aparelho digestivo
Dentes íntegros,Crescimento normal
Emagrecimento acentuado, crescimento anormal e quebras de dentes, dificuldade de apreensãodos alimentos
Brigas, farpas de alimentos ououtros resíduos
Apatia, diarréia Ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias ou vírus, alimentos deteriorados
Constipações intestinais Desidratação
Tabela 2 - Correlação entre as condições normais de saúde, os distúrbios do organismo e suas principais causas.
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