brasil colonial
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ADMINISTRAÇÃO DO BRASIL COLONIAL
Com o início da colonização do Brasil, a Coroa
Portuguesa estabelece um
sistema de administração:
AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Em 1534, o Brasil foi dividido
em 15 extensas faixas de terras, do Tratado de
Tordesilhas ao litoral, doadas a 12 donatários.
OBJETIVO: O governo português pretendia
transferir para particulares os gastos com a colonização
do Brasil, mantendo sua participação nos lucros.
DONATÁRIOS - PORTUGUESES DA PEQUENA NOBREZA QUE
RECEBERAM AS CAPITANIAS ATRAVÉS DE DOIS
DOCUMENTOS:
CARTA DE DOAÇÃO – DAVA AO DONATÁRIO A POSSE DA
CAPITANIA;
FORAL – ESTABELECIA OS DIREITOS E DEVERES DO
DONATÁRIO:
.DIREITOS – DOAR SESMARIAS / ESCRAVIZAR ÍNDIOS /
MONTAR ENGENHOS EXERCER A JUSTIÇA / COBRAR
IMPOSTOS.
.DEVERES – COLONIZAR E FUNDAR VILAS / POLICIAR SUAS
TERRAS / CUMPRIR O MONOPÓLIO REAL / PAGAR
IMPOSTOS
(20% - O QUINTO).
FRACASSO DAS CAPITANIAS
- Grande distância de Portugal;
- Grande área das Capitanias;
- Desinteresse dos donatários;
- Falta de recursos para
investimentos;
- Ataque de índios;
- Ataque de corsários franceses.
CAPITANIAS QUE PROSPERARAM: SÃO VICENTE - fundação da 1ª vila (São Vicente) e de outras povoações / boa administração / criação de gado / proteção das vilas /cultivo de cana-de-açúcar. PERNAMBUCO - foi a mais próspera / fundação de vilas (Olinda e Iguaraçu)/ criação de gado / colaboração dos índios Tabajaras / abundância de pau-brasil / localização mais próxima de Portugal / cultivo de cana-de-açúcar (solo massapê).
OS GOVERNOS GERAISPara reforçar o sistema de Capitanias
Hereditárias e buscar aumentar os lucros, o rei de Portugal decide centralizar a administração da Colônia nas mãos de uma única pessoa.
Em 1548, através de um documento chamado Regimento Geral, é criado o sistema de Governo Geral:
• Sede: Capitania da Bahia.• Auxiliares: Ouvidor-mor (justiça), Provedor-mor (finanças), Capitão-mor (defesa).
PRIMEIROS GOVERNADORES GERAIS:
1º) TOMÉ DE SOUZA: (1549 – 1553) • fundou a 1ª capital do Brasil: Salvador em 1549;• trouxe colonos e doou sesmarias; • desenvolveu a agricultura e a pecuária;• trouxe Jesuítas (Manuel da Nóbrega) para catequizar os índios;• criou o 1º Bispado do Brasil – 1º bispo: Pero Fernandes Sardinha;• recebeu a ajuda de Diogo Álvares Correia – o Caramuru.
2º) DUARTE DA COSTA: (1553 – 1557)
• trouxe mais colonos e jesuítas, destacando-se José de Anchieta;• fundado o Colégio de São Paulo (1554), pelos Jesuítas, que dá origem à cidade de São Paulo;• enfrenta a invasão dos franceses no Rio de Janeiro, onde fundam a França Antártica;• os índios tamoios se unem aos franceses na Confederação dos Tamoios, atacando os portugueses;• Conflitos entre colonos, jesuítas e índios devido à escravização indígena.
3º) MEM DE SÁ: (1558 –1572)
• restabeleceu a ordem na Colônia;• organizou missões;•com a ajuda dos jesuítas desfez a Confederação dos Tamoios;• os franceses são expulsos do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, que funda a cidade do Rio de Janeiro em 1565.
Com o naufrágio do 4º governador geral (Luís de Vasconcelos), Mem de Sá continua no governo até sua morte em 1572. Com isso o rei de Portugal decide repartir o Brasil em duas regiões, cada uma com um governador:
Governo do Norte: Salvador – Luís de Brito.
Governo do Sul: Rio de Janeiro - Antonio Salema.
Em 1578, o governo foi novamente unificado e 1580 houve a União Ibérica.
Mesmo com o sistema de governo geral, com o tempo as capitanias retornaram ao domínio da coroa portuguesa, que as comprou ou as recebeu de volta devido a não ocupação ou morte do donatário sem descendentes.
Em 1759, o Marquês de Pombal extinguiu o sistema de Capitanias Hereditárias, surgindo as províncias brasileiras, os atuais estados.
O PODER LOCAL: AS CÂMARAS MUNICIPAIS
A partir de 1550, a administração das cidades e vilas ficou nas mãos das Câmaras Municipais. Esses órgãos administrativos eram formados por vereadores, dois juízes ordinários eleitos pelos chamados "homens bons”. Cabia aos membros da Câmara elaborar as leis e fiscalizar o seu cumprimento, nomear juízes, arrecadar impostos e cuidar do patrimônio público (estradas, ruas, pontes etc.), do abastecimento e da regulamentação das profissões e do comércio.
As Câmaras Municipais representavam os interesses dos proprietários locais. Esse poder, delegado pelos senhores de engenho aos vereadores, às vezes entrava em conflito com o poder central, representado pelo govemador-geral.
A partir de 1642, com a criação do Conselho Ultramarino, que detinha forte controle político-administrativo sobre a colônia, as Câmaras Municipais foram pouco a pouco perdendo seu poder.
Profª Marisa F. Patel
História
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