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SÉRIE DOCUMENTO - IV
CARREIRAS PÚBLICAS
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CARREIRASPÚBLICAS
Valorizaçãogerandoresultados
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PALAVRA DA GOVERNADORA
UM NOVO SERVIÇO PÚBLICO
Quando o Governo do Estado propôs um conjunto demedidas voltadas à modernização do serviço público, muitaspessoas ficaram em dúvida sobre como esse conceito se apli-caria na prática, sobre como poderia refletir-se na vida de cadacidadão. Nosso Estado passou um longo tempo enfrentando di-ficuldades financeiras que impediam a melhoria dos serviçosprestados aos gaúchos e, também, avanços na qualificaçãodos servidores públicos. É para esses valorosos gaúchos, osservidores públicos, que se destina este volume. Aqui estãoreunidas as principais ações implementadas pelo Governo doEstado para avançar nas carreiras e para melhorar as condi-ções de trabalho dos servidores públicos gaúchos.
Em 2007, a situação era muito complicada. Além de dívi-das e déficits acumulados, o serviço público estava praticamen-te paralisado, desvalorizado e muitos quadros não eram reno-vados há muitos anos. Tínhamos enormes demandas para amodernização de estruturas que não haviam acompanhado osavanços tecnológicos e os anseios da população. Na era dogoverno eletrônico, dos serviços online, tínhamos estruturasarcaicas, que acabavam desmotivando os servidores e, conse-quentemente, prejudicando o serviço prestado ao cidadão. OEstado não tinha a avaliação do desempenho como cultura etambém era dada pouca atenção a pesquisas de opinião sobrea qualidade dos serviços prestados à população.
Arrumar a casa significou criar as condições para que pu-déssemos implementar mudanças com diálogo e com apoiodas categorias. Do ponto de vista da estrutura, significava criaras condições para comprarmos novos veículos, autorizarmosnovos concursos, comprarmos computadores e equipamentosde segurança. Do ponto de vista da gestão, significava mudar aforma de fazer.
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Com coragem, modernizamos uma série de estruturasdo serviço público, conforme está apresentado neste volume, eavançamos com base na legalidade. Entre algumas das medi-das adotadas, estabelecemos o teto para os servidores do Exe-cutivo, pagamos os passivos das chamadas “Leis Britto” e reto-mamos o pagamento de Precatórios. Valorizamos a Matriz Sa-larial na Segurança. Regularizamos o pagamento de um direitobásico do trabalhador, mas que a cada ano significava um de-safio para o Tesouro, que era o 13º salário. Constituímos umfundo de previdência, que está reservado para os novosservidores.
Abrimos os caminhos para a valorização do mérito, inau-gurando uma nova sistemática de reconhecimento do servidor,fazendo o que muitos Estados haviam feito antes exatamenteporque tinham conquistado o ajuste fiscal. Tivemos a primeiracarreira – de Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão daSecretaria de Planejamento e Gestão - com gratificação salarialregida pelo desempenho institucional. Tivemos um novoDETRAN, um novo DAER, uma nova Central de Compras, commais benefícios a seus servidores. Contratamos quase 12 milservidores por concurso público, trabalhadores que construirãouma nova história na gestão pública do Estado, a partir do ajus-te fiscal.
Assim, cumprimos um compromisso assumido, de avan-çar na discussão das carreiras, fazendo com que os resultadospositivos do equilíbrio das contas fosse também revertido aoserviço público. Conseguimos avançar na agenda de moderni-zação do Estado com respeito aos direitos adquiridos e comausteridade fiscal. Ao valorizar o funcionário público, estamosaumentando a qualidade e o cuidado com que o Governo doEstado trata toda a população.
Yeda CrusiusGovernadora do Rio Grande do Sul2007 - 2010
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SUMÁRIO
Palavra da Governadora - 6
Um novo serviço público - 6
Carreiras dos servidores do Estado doRio Grande do Sul - 15
Introdução - 16
Carreiras de pessoal do ServiçoPúblico Estadual - 19
Poder Executivo - Administração Direta eIndireta - Autarquias e Fundações deDireito Público - 19
Ingresso de servidores - 20
Alterações de estrutura e reajustes - Legislação- 21
Brigada Militar - 26
Oficiais - 26
Previdência - 26
Corpo Voluntário de Militares EstaduaisInativos - CVMI - 27
Polícia Civil - 28
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Superintendência dos Serviços Penitenciários -Susepe - 29
Instituto-Geral de Perícias - IGP - 30
Secretaria da Saúde - 32
Magistério e Servidores de Escola - 34
Secretaria da Fazenda - 34
Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca eAgronegócio - 38
SUMÁRIO
Servidores integrantes do quadro dos funcioná-rios técnico-científicos do Estado e do QuadroGeral dos funcionários públicos do Estado emexercício no Departamento de Defesa Agrope-cuária da SEAPPA - 39
Secretaria de Planejamento e Gestão - 40
Procuradoria-Geral do Estado - 42
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Procuradores do Estado - 44
Servidores da PGE - 44
Central de Compras do Estado - Cecom/RS - 45
Complexo Piratini - 46
Quadro Especial da Secretaria dos Transportes(extinto DAE) - 47
Quadro Geral dos funcionários públicos doEstado, quadro dos funcionários técnico-científi-cos do Estado, quadro especial vinculado à Se-cretaria da Administração e dos Recursos Hu-manos, quadro da Fundação Instituto Gaúchode Tradição e Folclore - FIGTF, quadro do Insti-tuto Rio Grandense do Arroz - IRGA, quadro daFundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre- FOSPA, quadro da Exatoria, em extinção, edos contratados da Secretaria da Fazenda, semcorrespondência estabelecida em lei e Cargosem Comissão Extraordinários - CCEX - 49
Agência Estadual de Regulação dos ServiçosPúblicos Delegados do Rio Grande do Sul -AGERGS - 50
Departamento Autônomo de Estradas de Roda-gem - DAER - 51
Departamento Estadual de Trânsito -DETRAN/RS - 53
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Instituto de Previdência do Estado do Rio Gran-de do Sul - IPERGS - 55
Superintendência de Portos e Hidrovias - SPHe Quadro Especial, em extinção, junto à Secre-taria dos Transportes (atualmente Secretaria daInfra-estrutura e Logística), em exercício na Su-perintendência do Porto de Rio Grande -SUPRG - 56
Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária -FEPAGRO - 57
Poder Executivo - AdministraçãoIndireta: Fundações deDireito Privado - 61
Reajustes Salariais - 61
Alterações de estrutura - 65
Fundação de Atendimento Sócio-Educativo doRio Grande do Sul - FASE - 67
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul -FZB - 69
Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social -FGTAS - 70
Reforço de Proventos - 72
SUMÁRIO
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Outros poderes, Ministério Público e DefensoriaPública - 73
Assembleia Legislativa - 73
Tribunal de Contas do Estado - 74
Magistratura - 75
Ministério Público - 75
Defensoria Pública - 76
ConsideraçõesFinais - 79
Administração Direta - 80
Administração Indireta - 84
Autarquias e Fundações de Direito Público - 84
Fundações de Direito Privado - 86
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Carreiras dosServidoresdo Estado doRio Grandedo Sul
INTRODUÇAO
Para a consecução de uma política de valorização do serviço
público, é importante dispensar ao servidor público um tratamento
equânime e digno mediante a instituição de um sistema remunerató-
rio e de uma política salarial que leve em consideração a diversidade
de cargos, funções e empregos públicos existentes na administração
direta e indireta.
Em janeiro de 2007, o Estado do Rio Grande do Sul vinha de
longa data apresentando elevado comprometimento da Receita Cor-
rente Líquida com a Despesa de Pessoal do serviço público estadual.
Portanto, no início da atual Administração, foi fundamental a institui-
ção de um regime de responsabilidade na gestão fiscal, visando ao
estabelecimento do equilíbrio das finanças públicas. Neste sentido,
foi preciso, também, compatibilizar o controle da despesa com pesso-
al determinado constitucionalmente, com a necessidade de conce-
der, no tempo, uma política salarial que privilegiasse a remuneração
dos servidores públicos estaduais.
Para que tais objetivos fossem plenamente alcançados, o Go-
verno do Estado do Rio Grande do Sul, em julho de 2007, decidiu
constituir o Grupo de Assessoramento Estadual para Política de Pes-
soal - GAE, vinculado ao Gabinete da Governadora, com o intuito de
estabelecer as diretrizes de Governo no que concerne à Política de
Pessoal do Poder Executivo Estadual.
O GAE foi instituído pelo Decreto nº 45.123, de 3 de julho de
2007, composto por um Plenário, integrado pelos Secretários de
Estado da Fazenda, do Planejamento e Gestão e da Administração e
dos Recursos Humanos; pela Procuradora-Geral do Estado e pelo
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Secretário de Estado Extraordinário da Casa Civil, bem como por
uma Secretaria Executiva, integrada pelo Secretário Executivo e por
assessores designados para prestar apoio técnico e dar efetividade
às deliberações do Plenário.
Desta forma, as proposições de fixação e alteração de padrões
de vencimentos, de concessão de vantagens remuneratórias; reajus-
tes e aumentos de vencimentos e salários; a celebração de acordos e
convenções coletivas de trabalho, bem como outras propostas que
impliquem em aumento da despesa de pessoal, como planos de car-
gos e vencimentos e de empregos e salários, passaram a ser previa-
mente analisadas e estudadas pelos integrantes do GAE, sendo en-
caminhadas para a deliberação da Governadora as proposições com
parecer favorável do Plenário.
A definição de política salarial para os servidores do Poder Exe-
cutivo Estadual é da competência do Governo do Estado, condiciona-
da, no entanto, para os servidores da administração direta, das funda-
ções de direito público e das autarquias à aprovação pela Assembleia
Legislativa. No caso dos servidores das fundações de direito privado
do Poder Executivo Estadual, a definição de política salarial é igual-
mente da competência do Governo do Estado, negociada, no entan-
to, com os Sindicatos representativos das categorias destes servido-
res mediante a celebração de acordos ou convenções coletivas de
trabalho devidamente registrados no Ministério do Trabalho e
Emprego.
O presente estudo refere-se às carreiras de servidores públicos
estaduais da Administração Direta, de todas as Autarquias e Funda-
ções de direito público e privado, que foram contempladas por benefí-
cios, reajustes, aumentos e/ou reestruturações neste Governo.
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CARREIRAS DE PESSOALDO SERVIÇO PÚBLICOESTADUAL
PODER EXECUTIVO -ADMINISTRAÇÃO DIRETAE INDIRETA
Autarquias eFundaçõesde DireitoPúblico
INGRESSO DE SERVIDORES
Quando se iniciou a atual Administração, em janeiro de
2007, o Poder Executivo Estadual já vinha sofrendo, sistematica-
mente, com o esvaziamento de seus quadros funcionais devido,
principalmente, às aposentadorias de seus servidores. Não esta-
va ocorrendo a necessária reposição e isto comprometia em mui-
to a qualidade dos serviços públicos prestados pelo Estado. Com
a finalidade de suprir os recursos humanos indispensáveis ao
bom andamento dos serviços, o Governo nomeou, até outubro de
2010, um total de 11.608 servidores concursados e contratou
emergencialmente mais de 14.595 servidores, de acordo com da-
dos apurados pela Assessoria Técnica do Gabinete do Secretário
da Fazenda.
Do total de ingressos, merecem destaque aqueles efetuados na
Secretaria da Segurança Pública, onde foram nomeados, em pos-
tos/graduações/cargos de provimento efetivo um total de 5.012 servi-
dores militares, na Brigada Militar; 1.085 servidores policiais, na Polí-
cia Civil; 915 servidores penitenciários, na SUSEPE; e 128 servidores
no Instituto-Geral de Perícias.
Já na Secretaria da Educação foram nomeados, neste
Governo, 1.793 professores e 645 servidores de escola. Houve tam-
bém, no período, a nomeação de 111 servidores na Defensoria Públi-
ca, 229 na Secretaria da Fazenda, 384 na Procuradoria-Geral do
Estado, 371 na Secretaria da Saúde e 47 na Secretaria do Planeja-
mento e Gestão.
Para os demais órgãos, foram nomeados 431 servidores do
Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos do Estado e 457 servi-
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dores do Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado.
Com a efetivação do ingresso de novos servidores públicos,
ocorrida a partir de 2007, o Poder Executivo Estadual vem repondo,
paulatinamente, o quantitativo mínimo de recursos humanos, com a
finalidade de cada vez mais atender melhor às necessidades do povo
gaúcho.
ALTERAÇÕES DE ESTRUTURA E
REAJUSTES - LEGISLAÇÃO
No seu primeiro ano, a atual Administração começou pagando o
índice de 2,4%, a partir de 1º março de 2007, estabelecido no Gover-
no Rigotto, pela Lei nº 12.442, de 3 de abril de 2006, para os servido-
res públicos da Administração Direta, autarquias e fundações públi-
cas estaduais do Poder Executivo, exceto para os membros do Ma-
gistério Público Estadual e para o Quadro dos Servidores de Escola.
Para estes, foi concedido o índice de 2,9%, a partir de 1º de março de
2007, de acordo com a Lei nº 12.443, de 3 de abril de 2006.
Desde 1996, o Estado convivia com dívidas relativas à política
salarial do Governo Britto (1995 -1998) - Lei nº 10.395, de 1º de junho
de 1995, e Lei nº 10.420, de 4 de julho de 1995 -, referentes a percen-
tuais de aumentos estabelecidos para 1996, ainda pendentes de im-
plantação em folha de pagamento. O montante pago a este título por
determinação judicial, só em 2007, gerou um crescimento na folha da
Administração Direta do Poder Executivo da ordem de aproximada-
mente 4% ao ano.
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Diante deste quadro, no exercício de 2008, a Governadora re-
solveu encaminhar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, a
fim de saldar essa dívida com os servidores, o que resultou na Lei nº
12.961, de 14 de maio de 2008, que autorizou o Poder Executivo a im-
plantar em parcelas os índices de aumento concedidos pelas citadas
Leis nºs 10.395 e 10.420, ambas de 1995, com vigência a partir dos
meses de agosto de 2008, março de 2009, agosto de 2009 e integrali-
zando, a partir do mês de março de 2010, nos índices discriminados a
seguir, para os seguintes quadros de pessoal:
19,90%
● Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado;
● Quadro Especial, em extinção, da Secretaria de Ciência e Tecnologia;
● Quadro dos Servidores Ferroviários;
● Quadro dos Funcionários do extinto DAE;
● Quadro Especial;
● Pessoal do Nível Elementar e Médio do Quadro dos Funcionários da Saú-de e do Meio Ambiente;
● Quadro da Exatoria, em extinção, e Contratados da Secretaria da Fazen-da (sem correspondência estabelecida em Lei);
● Quadro de Pessoal dos Funcionários do DAER;
● Quadro Geral dos Funcionários do extinto Instituto Sul-Riograndense deCarnes;
● Quadro Geral dos Servidores do Instituto Riograndense do Arroz;
● Quadro de Pessoal da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore;
● Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - Cargos Isolados;
● Quadro Geral de Pessoal da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Ale-gre;
● Quadro do Instituto de Previdência do Estado (Lei nº 10.286/1994);
● Quadro dos Funcionários Policiais, exceto Delegados; Brigada Militar, ex-ceto os Postos de Coronel, Tenente-Coronel e Major;
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● Quadro dos Funcionários Penitenciários, exceto Nível Superior (Lei nº9.228/1991);
● Cargos de Monitor Penitenciário do Quadro dos Funcionários Penitenciá-rios, em extinção;
● Letras "a" a "h" do Anexo II da Lei nº 10.395/1995 (Cargos em Comissão eFunções Gratificadas);
23,28%
● Plano de Carreira do Magistério Público Estadual;
● Quadro Único do Magistério Público Estadual, em extinção, criado pelaLei nº 6.181/1971;
33,09%
● Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos e paradigmados das Autar-quias;
● Nível Superior do Quadro Especial, em extinção, da Secretaria da Ciênciae Tecnologia;
● Quadro dos Técnicos em Planejamento;
● Cargos de Criminólogo e Técnico Penitenciário do Quadro Especial dosFuncionários Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul;
● Cargo de Técnico Penitenciário do Quadro dos Funcionários Penitenciári-os do Estado, em extinção;
● Nível Superior do Quadro dos Funcionários da Saúde e do Meio Ambien-te.
A Emenda Constitucional nº 57, de 21 de maio de 2008, promul-
gada pela Mesa da Assembleia Legislativa, alterou o inciso XXXI do ar-
tigo 53 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, concedendo
competência exclusiva à Assembleia Legislativa para fixar os subsídi-
os do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários Estaduais.
Neste sentido, a Lei nº 13.030, de 16 de agosto de 2008, fixou o
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subsídio mensal do Governador do Estado em R$ 17.347,14, e o do
Vice-Governador e dos Secretários de Estado em R$ 11.564,76, a
partir de 1º de julho de 2008, passando tais remunerações para um
patamar mais condizente com as responsabilidades das funções
exercidas por essas autoridades.
A Lei nº 12.201, de 29 de dezembro de 2004, instituiu o fator de
recomposição para cálculo do realinhamento dos soldos/vencimen-
tos básicos dos quadros de pessoal efetivo da Secretaria da Seguran-
ça Pública, quais sejam: da Brigada Militar, da Polícia Civil, exceto os
integrantes da carreira de Delegado de Polícia; da Superintendência
dos Serviços Penitenciários e do Instituto-Geral de Perícias, sendo
recompostos os soldos/vencimentos básicos, anualmente, a contar
do mês de março, sempre que ocorrer resultado positivo apurado
pela adição do incremento real de receitas e pela redução real de des-
pesas, obtido na comparação entre os dois exercícios fiscais imedia-
tamente anteriores ao da recomposição. Neste caso, será destinado
valor equivalente a 15% do resultado positivo obtido nos termos
dessa Lei.
No exercício de 2007, não houve valor a ser distribuído, tendo
em vista que o resultado apurado apresentou valor negativo da ordem
de R$ 602.195.545,29, de acordo com o Decreto nº 44.909, de 27 de
fevereiro de 2007.
Já nos exercícios de 2008, 2009 e 2010, foram distribuídos,
respectivamente, R$ 21,83 milhões/ano, R$ 138,80 milhões/ano e
R$ 180,00 milhões/ano, segundo informação fornecida pela Assesso-
ria Técnica do Gabinete do Secretário da Fazenda.
Ficou assegurado, para o exercício de 2011, o valor de
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R$ 111 milhões, caso o percentual de 15% do resultado positivo apu-
rado seja menor que este valor, conforme estabelecido pela Lei nº
13.414, de 5 de abril de 2010. Estes valores distribuídos significam a
concessão de percentuais de realinhamento variáveis, conforme o
posto/graduação/cargo do servidor.
Assim, em 2008, 2009 e 2010, os maiores percentuais concedi-
dos foram da ordem de 1,86%, 10,93% e 12,44%, respectivamente,
todos para os postos de Capitão PM e para os cargos de Comissário
de Polícia. No mesmo período, os menores percentuais concedidos
foram da ordem de 0,31% (Papiloscopista e Fotógrafo Criminalístico
classe "A"), 1,84% (Papiloscopista e Fotógrafo Criminalístico classe
"A") e 0% (Coronel PM, Tenente-Coronel PM e Major PM), respectiva-
mente.
A partir do exercício de 2009, após superar os obstáculos e co-
locar as finanças em dia, o Governo do Estado teve condições de
conceder vantagens e benefícios para os servidores públicos estadu-
ais, bem como construir novas carreiras com padrões de remunera-
ção inovadores e promover alterações em estruturas de carreiras pre-
existentes, conforme é demonstrado nas páginas seguintes.
25
BRIGADA MILITAR
OFICIAIS
A Lei nº 13.432, de 5 de abril de 2010, dispôs sobre os reajus-
tes dos soldos básicos dos Oficiais da Brigada Militar. Tais índices
são semelhantes aos previstos na Lei nº 10.395, de 1º de junho de
1995, conhecida como Lei Britto, para os demais policiais militares,
pelo fato de que os Oficiais PM não haviam sido contemplados por
essa Lei.
Pela Lei nº 13.432/2010, os valores dos soldos básicos dos
postos de Major PM, Tenente-Coronel PM e Coronel PM da Brigada
Militar foram reajustados em 19,90%, obedecendo ao seguinte esca-
lonamento cumulativo: 9,95%, a partir de 1º de março de 2009;
4,52%, a partir de 1º de agosto de 2009; e 4,33%, a partir de 1º de
março de 2010.
PREVIDÊNCIA
A Lei Complementar nº 13.431, de 5 de abril de 2010, dispôs
sobre a contribuição previdenciária mensal compulsória dos servido-
res militares, no sentido de fixar, com base no princípio da equidade,
as alíquotas e o salário de contribuição; disciplinar os recolhimentos
durante os períodos de afastamento sem remuneração e adequar as
normas em vigor aos padrões estabelecidos pelo ordenamento de
obrigatória observância pelos entes federados, especialmente aque-
les expressos pela Constituição Federal e pela Lei Federal nº 9.717,
26
de 27 de novembro de 1998.
Desta forma, a alíquota de contribuição previdenciária mensal
compulsória dos servidores militares foi fixada, de forma parcial, em
7,5 %, a partir de 1º de março de 2010, integralizando 11% a partir de
1º de março de 2011.
CORPO VOLUNTÁRIO DE MILITARES
ESTADUAIS INATIVOS - CVMI
O Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos - CVMI foi
criado pela Lei nº 10.297, de 16 de novembro de 1994, e alterações,
com a finalidade de atuar em situações especiais, que inclui o policia-
mento de escolas públicas estaduais e escolas especiais mantidas
e/ou administradas pelas entidades que prestam atendimento e as-
sistência às pessoas portadoras de deficiência, em atividades própri-
as do servidor policial militar e, mediante ressarcimento, no policia-
mento de guarda dos prédios do Poder Judiciário, do Ministério Públi-
co, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado. Desta
forma, suprem carência de pessoal técnico-especializado e perce-
bem, enquanto permanecerem nesta situação, a Gratificação Especi-
al de Retorno à Atividade, fixada pela Lei nº 10.916, de 3 de janeiro de
1997, e alterações.
A fim de tornar atrativa a adesão de voluntários ao CVMI e pro-
porcionar aumento significativo do contingente de militares no policia-
mento, a Lei nº 13.034, de 19 de setembro de 2008, introduziu modifi-
cações na Lei nº 10.916/1997, criando novas vagas no Corpo Volun-
tário de Militares Estaduais Inativos - CVMI, aumentando o valor da
Gratificação Especial de Retorno à Atividade e o número de vales-re-
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feição mensal. Atualmente, o CVMI poderá contar com um efetivo má-
ximo de 3.038 integrantes.
POLÍCIA CIVIL
A Lei nº 13.190, de 29 de junho de 2009, dispôs sobre os reajus-
tes dos vencimentos básicos dos cargos de Delegado de Polícia, dis-
pensando a esta carreira tratamento semelhante ao das demais car-
reiras da Polícia Civil, que já haviam sido contempladas com reajus-
tes através da Lei n° 10.395, de 1º de junho de 1995.
Assim, os vencimentos básicos dos cargos da carreira de Dele-
gado de Polícia foram reajustados em 24,01%, obedecendo ao se-
guinte escalonamento cumulativo: 13,72%, a partir de 1° de março de
2009; 4,52%, a partir de 1º de agosto de 2009; e 4,33%, a partir de 1°
de março de 2010.
A Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, determinou a incorpora-
ção ao vencimento básico dos cargos de Comissários de Polícia e de
Diversões Públicas, da Polícia Civil, da gratificação de que trata o art.
3º da Lei nº 10.084, de 20 de janeiro de 1994, em seis parcelas
anuais, sendo as duas primeiras de 20% cada e as demais de 15%
cada, não cumulativas, a contar de 1º de maio de 2010, extensiva aos
inativos, pensionistas e pensões vitalícias respectivas. Esta incorpo-
ração atende antiga reivindicação da categoria.
28
SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS
PENITENCIÁRIOS - SUSEPE
O Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do
Rio Grande do Sul, da Superintendência dos Serviços Penitenciários
- SUSEPE, criado pela Lei nº 9.228, de 1º de fevereiro de 1991, foi re-
estruturado pela Lei Complementar nº 13.259, de 20 de outubro de
2009. As alterações foram acordadas entre as entidades sindicais e o
Governo, atendendo a reivindicações da categoria de servidores pe-
nitenciários.
A norma extinguiu, criou e transformou cargos; alterou a escola-
ridade e a jornada de trabalho, neste caso quando os servidores labo-
rarem em regime de plantão; concedeu o direito a porte de arma de
fogo permanente aos servidores ativos e inativos das categorias fun-
cionais do Quadro; assegurou condições de salubridade no ambiente
de trabalho e no desenvolvimento de suas atividades funcionais; ga-
rantiu o fornecimento de equipamentos de proteção individual e a per-
cepção de gratificação de insalubridade, enquanto essas condições
não forem atingidas.
A categoria funcional de Auxiliar de Serviços Penitenciários foi
transformada em Agente Penitenciário Administrativo, foi criado o
grau "E" e a escolaridade exigida passou de nível Fundamental para
nível Médio. Na categoria funcional de Agente Penitenciário, igual-
mente, foi criado o grau "E" e a escolaridade passou de nível Médio
para nível Superior. Já a categoria funcional de Monitor Penitenciário
foi transformada em Técnico Penitenciário e a categoria funcional de
Criminólogo foi extinta, juntamente com os respectivos cargos
criados pela Lei nº 9.228/1991.
29
INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS - IGP
A Lei nº 13.074, de 25 de novembro de 2008, dispôs sobre a
concessão de bolsa de estudos para os alunos do Curso de Forma-
ção dos Servidores do Instituto-Geral de Perícias, órgão integrante da
Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, no
valor de 50% do vencimento básico do cargo pretendido.
O valor da bolsa será pago na proporção da frequência do can-
didato ao curso, não podendo ser inferior a 75% de presença, no mês.
O servidor não poderá perceber bolsa de estudos cumulativamente
com qualquer outra remuneração paga pelo erário.
O servidor público estadual, detentor de cargo efetivo e estável,
matriculado no Curso de Formação Profissional, terá direito ao afas-
tamento do exercício do seu cargo, mediante licença, podendo optar
por perceber os vencimentos do cargo que detém, devendo ser consi-
derado em efetivo exercício nos dias em que estiver afastado para
frequentar o curso. O candidato deverá cumprir, no mínimo, 75% da
carga horária prevista no Curso de Formação Profissional, sob pena
de eliminação do respectivo concurso público.
A Lei nº 13.329, de 29 de dezembro de 2009, objetivou com-
plementar o alcance do projeto de lei nº 54/2008, que resultou na
Lei nº 12.961, de 14 de maio de 2008, no que tange às categorias
dos servidores efetivos do Instituto-Geral de Perícias - IGP, aten-
dendo ao compromisso assumido pelo Governo do Estado com os
servidores desse Órgão, em negociações mantidas com a catego-
ria, ao reconhecer e resgatar o direito dos servidores aos índices
de aumento pré-fixados nas Leis nºs 10.395, de 1º de junho de
30
1995, e 10.420, de 4 de julho de 1995.
A Lei nº 13.483, de 1º de julho de 2010, reorganizou o Quadro
de Cargos de Provimento Efetivo do Plano de Classificação de Car-
gos e Vencimentos do Instituto-Geral de Perícias. Criou, também,
a Gratificação de Risco de Vida, a contar de 1º de setembro de
2010, no percentual de 40% incidente sobre o respectivo venci-
mento básico dos cargos integrantes desse Quadro, sobre a qual
não incidirão quaisquer vantagens.
Instituiu, ainda, a Gratificação de Produtividade Pericial - GPP,
parcela mensal e variável, atribuída proporcionalmente ao desempe-
nho institucional, a ser paga aos servidores ativos integrantes do refe-
rido Quadro, bem como aos inativos e pensionistas respectivos com
direito à paridade em seus benefícios, nos termos da Constituição Fe-
deral.
A GPP deverá ser calculada sobre o vencimento básico dos
respectivos cargos, nos percentuais de 5%, a contar de 1º de março
de 2011, e de até 20%, a contar de 1º de setembro de 2011, não cu-
mulativamente. Será atribuída proporcionalmente ao alcance das me-
tas institucionais e aos objetivos organizacionais definidos em
regulamento.
A Lei nº 13.483/2010 excluiu os servidores do Quadro de Provi-
mento Efetivo do Instituto-Geral de Perícias das disposições do "ca-
put" do art. 1.º da Lei nº 12.201, de 29 de dezembro de 2004 ("Matriz
da Segurança"), que instituiu o fator de recomposição para cálculo do
realinhamento dos vencimentos básicos de Quadros de Pessoal Efe-
tivo da Secretaria da Segurança.
Esta Lei teve por objetivo melhor remunerar os servidores do
31
IGP, bem como incentivar a categoria a alcançar as metas estabeleci-
das para o Órgão, a fim de melhor atender à população gaúcha.
SECRETARIA DA SAÚDE
O Quadro de Funcionários da Saúde Pública, criado pela Lei nº
8.189, de 23 de outubro de 1986 e alterações, foi reestruturado pela
Lei nº 13.417, de 5 de abril de 2010, atendendo antiga reivindicação
da categoria.
Esta reestruturação promoveu a adequação das carreiras às
especificidades das atribuições de saúde, como, por exemplo, carga
horária compatível, já que muitos profissionais desta área exercem
atividades em mais de uma instituição pública ou privada; e a valori-
zação do servidor que exercer as atividades com dedicação exclusiva
na Secretaria.
Da mesma forma, em busca da valorização de seus servidores,
concedeu melhoria salarial mediante o enquadramento destes no
novo Quadro de Pessoal reorganizado por essa Lei, utilizando como
um dos critérios para tanto o tempo de serviço na Secretaria; instituiu
a premiação por desempenho organizacional; criou a gratificação
para o exercício das funções de Regulador, Auditor e Pregoeiro; e,
ainda, previu a capacitação permanente de seus servidores.
Assim, o Quadro de Funcionários passou a ser denominado
Quadro de Pessoal da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, com-
preendido do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo e do Quadro
Especial, em extinção, junto à Secretaria da Saúde.
32
Os ocupantes dos cargos do Quadro criado pela Lei nº
8.189/86, cujas atribuições forem de mesma natureza, de mesmo
grau de responsabilidade e de mesma escolaridade dos cargos inte-
grantes do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do novo Quadro
de Pessoal, criado pela Lei nº 13.417/2010, assim como os inativos e
pensionistas, passam a integrar esse Quadro, conforme regras de en-
quadramento estabelecidas nesta Lei.
A jornada normal de trabalho foi reduzida de quarenta para trin-
ta horas semanais, facultada aos servidores a opção por vincula-
rem-se ao regime de dedicação exclusiva, com carga horária mínima
de 40 horas semanais, podendo a qualquer hora ser convocado para
atender à necessidade de serviço, quando perceberão adicional cal-
culado sobre o seu grau de vencimento na ordem de 20% por ano de
opção, até que alcance 100%, no quinto ano.
Foi instituída a Premiação por Desempenho Organizacional, a
ser paga a todos os servidores ativos, no mês de julho do ano subse-
quente ao do atingimento das metas, correspondente ao percentual
de 50% ou 100% do valor do vencimento básico do nível "1" grau "A"
do cargo de Técnico em Saúde, desde que alcançados, respectiva-
mente, entre 70% e 99,99% ou 100% das metas estabelecidas.
Também previu a Gratificação de Função Especial para os ser-
vidores ocupantes do cargo de Especialista em Saúde que forem de-
signados para as funções de Regulador e de Auditor, nos percentuais
de 100% e de 50% do vencimento básico fixado para o nível NS1,
grau "A" do referido cargo, respectivamente. Para os servidores que
exercerem a função de Pregoeiro ou de Ouvidor foi fixada a Gratifica-
ção de Função Especial no percentual de 100% do vencimento bási-
co estabelecido para o cargo de Técnico em Saúde, nível NT1, grau
33
"A". A Gratificação de Função Especial não é acumulável com a Grati-
ficação de Risco de Vida.
Por fim, foi instituída como atividade permanente na Secretaria
da Saúde a capacitação de seus servidores, visando estimular o de-
senvolvimento funcional, o desempenho de suas atribuições específi-
cas, a criação de hábitos, valores e comportamentos adequados e
dignos ao exercício da função pública, bem como a integração dos
objetivos pessoais de cada servidor, no exercício de suas atribuições,
às finalidades da Secretaria da Saúde como um todo.
MAGISTÉRIO E SERVIDORES DE ESCOLA
A Lei nº 13.424, de 5 de abril de 2010, reajustou o vencimento
básico dos integrantes do Plano de Carreira do Magistério Público do
Rio Grande do Sul, do Quadro Único do Magistério Público do Estado,
em extinção, e do Quadro dos Servidores de Escola, cumulativamen-
te, nos índices de 4%, a partir de 1º de setembro de 2010, e de 2%, a
partir de 1º de dezembro de 2010.
SECRETARIA DA FAZENDA
Em 2010, foram aprovadas pela Assembleia Legislativa três
Leis Complementares que alteram a estrutura e a carreira de nível su-
perior da Secretaria da Fazenda, que passa a contar com três estrutu-
ras especializadas voltadas para a administração tributária, para a
34
administração financeira e para o controle interno, e com carreiras es-
pecíficas para cada uma delas. Assim, foram criadas três carreiras de
Estado, uma para cada área: Agente Fiscal do Tesouro do Estado
para a Receita Estadual, responsável pela administração tributária;
Auditor de Finanças do Estado, para o Tesouro do Estado, responsá-
vel pela administração financeira; e Auditor do Estado, para a Conta-
doria e Auditoria-Geral do Estado, responsável pelo controle interno.
A Contadoria e Auditoria-Geral do Estado - CAGE, criada
pela Lei Complementar nº 13.451, de 26 de abril de 2010, é o órgão
institucional do sistema de controle interno, atuando junto às uni-
dades administrativas dos três Poderes do Estado e Ministério Pú-
blico, tendo como missão zelar pela boa e regular gestão dos recur-
sos públicos, contando para tanto com 170 cargos de Auditor do
Estado.
A CAGE é integrante da estrutura administrativa da Secretaria
da Fazenda, atuando em todos os Órgãos e entidades dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, e no Ministério Público,
por meio de unidades seccionais que orientam os administradores
quanto à organização e funcionamento dos controles contábeis, fi-
nanceiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais, bem como fis-
calizam os atos de gestão.
A Receita Estadual, criada pela Lei Complementar nº 13.452,
de 26 de abril de 2010, é uma instituição de caráter permanente vin-
culada ao interesse público como atividade essencial ao funciona-
mento do Estado, organizada sob a forma de sistema, órgão de exe-
cução subordinado à Secretaria da Fazenda, responsável pela admi-
nistração tributária estadual, contando para este fim com 830 cargos
de Agente Fiscal do Tesouro do Estado. Tem como missão primordial
35
otimizar a receita estadual para garantir os recursos necessários à
manutenção das políticas públicas, com uma administração tributária
moderna, ágil e eficaz.
São funções institucionais da Receita Estadual, entre outras,
gerir, administrar, planejar, normatizar e executar as atividades: de
fiscalização e de imposição tributária; de arrecadação das receitas
públicas estaduais, de cobrança administrativa dos créditos tributári-
os e não-tributários, inclusive a inscrição como dívida ativa; de presta-
ção de assessoramento na formulação da política econômico-tributá-
ria, inclusive em relação a benefícios fiscais e incentivos financeiros e
fiscais oriundos de fundos de desenvolvimento setorial; de supervi-
são, planejamento e coordenação de programas de promoção e de
educação tributárias; e de divulgação da legislação tributária e de ori-
entação aos contribuintes.
O Tesouro do Estado, criado pela Lei Complementar nº 13.453,
de 26 de abril de 2010, é uma instituição de caráter permanente vin-
culada ao interesse público como atividade essencial ao funciona-
mento do Estado, organizada sob a forma de sistema, órgão de exe-
cução subordinado à Secretaria da Fazenda, responsável pela admi-
nistração financeira estadual, contando para tanto com 100 cargos de
Auditor de Finanças do Estado. Tem a missão de administrar com ex-
celência as finanças públicas estaduais, objetivando satisfazer as ne-
cessidades da sociedade gaúcha.
São funções e competências do Tesouro do Estado, entre ou-
tras, supervisionar, planejar, acompanhar e executar a ação da des-
pesa orçamentária; administrar a execução orçamentária; emitir pare-
cer sobre a abertura de créditos orçamentários adicionais e outras al-
terações orçamentárias; elaborar as minutas de decreto de abertura
36
de crédito adicional; manifestar-se em propostas que impliquem im-
pacto orçamentário, econômico ou financeiro relevante nas contas do
Estado; planejar, acompanhar e executar o fluxo financeiro do Estado
e o pagamento das despesas públicas, bem como administrar os in-
gressos e disponibilidades do Estado; gerenciar o Sistema Integrado
de Administração de Caixa do Estado - SIAC; administrar o sistema
de pagamento de pessoal do Estado; acompanhar, avaliar e elaborar
propostas para solução de passivos contingentes, dívidas com preca-
tórios e requisições de pequeno valor; e acompanhar a gestão finan-
ceira das entidades da Administração Indireta.
As três Leis Orgânicas apresentadas são pioneiras em termos
de administração pública estadual no país. Para a CAGE, a Lei Orgâ-
nica sancionada segue os moldes do que foi criado no Governo Fede-
ral para a Controladoria-Geral da União. Já para a Receita Estadual,
atende às disposições da Constituição Federal, em seus artigos 37,
inciso XXII, e 167, inciso IV, sendo vanguarda no sentido de ser o pri-
meiro Estado da Federação a aprovar uma Lei Orgânica para a admi-
nistração tributária. Para o Tesouro do Estado, o modelo foi a estrutu-
ra da Secretaria do Tesouro Nacional que, na década de 90, foi funda-
mental para a estabilização monetária da economia brasileira.
No âmbito internacional, buscou-se amparo técnico nas expe-
riências dos países da OCDE que, nas décadas de 80 e 90, passaram
a dar a seus órgãos de administração tributária maior dinamismo e
autonomia. Nesta linha, quase todos os países do Primeiro Mundo
decidiram melhorar o gerenciamento dos tributos por meio da especi-
alização de seus servidores.
A exigência de escolaridade para o ingresso na carreira de nível
médio de Técnico do Tesouro do Estado passou a ser nível superior,
37
de acordo com a Lei nº 13.314, de 18 de dezembro de 2009.
SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA,
PESCA E AGRONEGÓCIO
QUADRO DOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO
O Quadro dos Técnicos de Nível Médio foi criado pela Lei nº
13.422, de 5 de abril de 2010, composto por cargos de provimento
efetivo, organizados nas carreiras de Técnico Agrícola e de Técnico
em Viticultura e Enologia, vinculado à Secretaria da Administração e
dos Recursos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul. Sua criação
visou à modernização dos serviços prestados pelo Estado, especial-
mente no apoio às atividades desenvolvidas na agricultura, como a
assistência técnica na cultura, colheita e conservação dos produtos
agrícolas e, igualmente, nas atividades desenvolvidas na pecuária,
como a orientação prática de vacinação, desinfecção e manejo de re-
banho, bem como de extração de produtos derivados da pecuária.
O Quadro de que trata esta Lei foi composto pelos servidores
ocupantes dos cargos de provimento efetivo de Técnico Agrícola e de
Técnico em Viticultura e Enologia do Quadro Geral dos Funcionários
Públicos do Estado, mediante redistribuição, nos termos do art. 60 da
Lei Complementar nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994.
Com o intuito de valorizar estes servidores, foi criada a Gratifi-
cação por Exercício das Atividades de Técnico Agrícola e de Técnico
em Viticultura e Enologia, no valor de R$ 600,00, a ser paga aos servi-
dores ativos em efetivo exercício.
38
Foi instituída, também, a Gratificação de Desempenho de Fun-
ção Especial, através da Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, e altera-
ções, no percentual de 30% incidente sobre o vencimento básico do
respectivo cargo, igualmente paga aos servidores ativos lotados na
Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio - SEAPPA,
desde que desempenhem suas atividades funcionais, exclusivamen-
te, no Departamento de Defesa Agropecuária, e cuja concessão exi-
ge designação por ato do Secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca
e Agronegócio e Termo de Aceitação da Atividade Especial firmado
pelo servidor, que se compromete a integrar escala de trabalho.
SERVIDORES INTEGRANTES DO QUADRO
DOS FUNCIONÁRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS
DO ESTADO E DO QUADRO GERAL DOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO ESTADO EM
EXERCÍCIO NO DEPARTAMENTO DE
DEFESA AGROPECUÁRIA DA SEAPPA
A Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, criou a Gratificação de
Desempenho de Função Especial para os servidores integrantes do
Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos do Estado e do Quadro
Geral dos Funcionários Públicos do Estado, ativos, lotados na Secre-
taria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio - SEAPPA e que
desempenham suas atividades funcionais, exclusivamente, no De-
partamento de Defesa Agropecuária, no percentual de 60% incidente
sobre o vencimento básico do respectivo cargo, cuja concessão exige
designação por ato do Secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e
39
Agronegócio e Termo de Aceitação da Atividade Especial firmado
pelo servidor, no qual ele se compromete a integrar escala de
trabalho.
A criação da Gratificação de Desempenho de Função Especial
se deve à necessidade de remunerar os servidores cujas atividades
necessitam a sua presença em horários fora do expediente normal,
incluindo finais de semana, feriados, em períodos diurnos e noturnos,
bem como àquelas que excedam quarenta horas semanais, buscan-
do-se, assim, evitar solução de continuidade nas ações de fiscaliza-
ção da produção, comercialização e trânsito de animais e vegetais,
seus produtos e subprodutos.
Essas atividades possuem características altamente diferenci-
adas dentro da SEAPPA, demandando dedicação integral, de grande
diversidade e complexidade, exercida em condições específicas e
com atuação especialíssima, que muitas vezes necessita desloca-
mento contínuo em todo o Estado do Rio Grande do Sul. A atividade
de fiscalização assegura ao Estado proteção em saúde pública, ma-
nutenção do status sanitário animal e vegetal, garantindo níveis satis-
fatórios de desenvolvimento social e acesso a mercados internos e
externos de produtos agropecuários.
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
A Lei nº 13.421, de 5 de abril de 2010, instituiu a Carreira de
Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão, de nível superior;
criou 150 cargos de Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão,
organizados nos graus A, B, C, D, Especial E e Especial F, todos os
40
graus compostos de três níveis, denominados 1, 2 e 3, respectiva-
mente; incorporou ao vencimento básico dos integrantes do Quadro
de Técnico em Planejamento, a parcela autônoma definida no art. 2.º
da Lei nº 11.757, de 5 de abril de 2002, e estendeu a sua percepção e
incorporação aos cargos da nova carreira; instituiu a Gratificação de
Incentivo à Qualificação - GIQ - aos ocupantes dos cargos de Analista
de Planejamento, Orçamento e Gestão, no valor de 5% ou 10%, cal-
culado sobre o vencimento básico do cargo, de acordo com requisitos
técnicos funcionais, organizacionais e acadêmicos regulados nessa
Lei; instituiu, também, a Gratificação de Desempenho das Funções
do Ciclo de Planejamento, Orçamento e Gestão - GCPOG, a ser paga
mensalmente aos servidores efetivos detentores do cargo de Analista
de Planejamento, Orçamento e Gestão, na situação de ativo em efeti-
vo exercício na Secretaria do Planejamento e Gestão e nas unidades
setoriais de planejamento, orçamento e gestão das Secretarias de
Estado ou equivalentes. O valor da GCPOG corresponde a até 25
pontos percentuais, calculados sobre o vencimento básico do servi-
dor, atribuídos proporcionalmente ao alcance das metas institucio-
nais.
Aos atuais ocupantes dos cargos de Técnico em Planejamento
foi facultada a opção pela Carreira de Analista de Planejamento,
Orçamento e Gestão, mediante enquadramento, e foram garantidas
as vantagens já concedidas a esses servidores.
A Lei implantou novas regras de promoção e desenvolvimento,
que valorizam o mérito, a formação, a capacitação e qualificação pro-
fissional e a produtividade de desempenho funcional.
As funções de planejamento, orçamento e gestão desempe-
nham um papel muito relevante para garantir a eficiência, a eficácia e
41
a efetividade das políticas públicas que são formuladas e executadas
para atender as demandas da sociedade nos diversos níveis da admi-
nistração pública. Portanto, os mecanismos de incentivo ao mérito e
ao desempenho funcional definidos para a carreira de Analista de
Planejamento, Orçamento e Gestão contribuem não apenas para a
valorização e profissionalização do servidor desta carreira, mas, tam-
bém, e fundamentalmente, para qualificar ainda mais a prestação de
serviços do Estado à sociedade.
PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO
A Lei nº 13.116, de 30 de dezembro de 2008, com o objetivo de
implementar plenamente a Advocacia-Geral do Estado - AGE, previs-
ta no art. 114 da Constituição Estadual, disciplinou as relações entre
os órgãos do Sistema de Advocacia de Estado, alterando a Lei nº
11.766, de 5 de abril de 2002, criando cargos e gratificações nos Qua-
dros de Procuradores e de Pessoal da Procuradoria-Geral do Estado.
O Sistema de Advocacia do Estado, instituído pela Lei nº
11.742, de 17 de janeiro de 2002, é integrado pela Procuradoria-Ge-
ral do Estado como órgão central, pela Coordenação das Assessorias
Jurídicas como responsável pela articulação com os órgãos do Siste-
ma e pelo Procurador do Estado-Agente Setorial como coordenador
dos serviços jurídicos das Secretarias de Estado, das Autarquias,
Fundações Públicas e Fundações de Direito Privado integrantes do
Poder Executivo.
Para que se viabilize a implementação plena do Sistema de
Advocacia, fez-se necessário um reforço na estrutura administrativa
42
da Procuradoria-Geral do Estado, com a criação de cargos de servi-
dores e Procuradores, além da remodelação de órgãos de execução
e a criação das respectivas gratificações, permitindo, assim, a atua-
ção administrativa dos Agentes Setoriais aliada à defesa judicial da
Administração Pública. É importante salientar que as gratificações
dos Agentes Setoriais, sendo da própria Procuradoria-Geral, estrei-
tam o vínculo entre estes Agentes e a coordenação central do Siste-
ma de Advocacia de Estado - Procuradoria-Geral - garantindo-lhes a
necessária isenção para o exercício de suas atribuições.
Portanto, foram criados, na carreira de Procurador do Estado
prevista na Lei Complementar nº 11.742/2002, treze cargos de Procu-
rador do Estado classe inicial, sete cargos de Procurador do Estado
classe intermediária e vinte cargos de Procurador do Estado classe fi-
nal. Da mesma forma, foram criadas quarenta Gratificações de Agen-
te Setorial - GAS, a serem atribuídas mediante ato do Procurador-Ge-
ral do Estado, bem como dezoito gratificações de direção e
assessoramento.
No Quadro de Pessoal da Procuradoria-Geral do Estado, foram
criados 68 cargos de Agente Administrativo, classe M, 30 cargos de
Assessor Contador, classe R, 10 cargos de Técnico Superior em
Informática, classe R, e 198 cargos de Assessor Jurídico, classe R.
Este Quadro foi alterado, posteriormente, pela Lei nº 13.380, de 20 de
janeiro de 2010.
43
PROCURADORES DO ESTADO
A Lei nº 13.326, de 21 de dezembro de 2009, fixou o subsídio
mensal dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul, nos ter-
mos do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, bem como criou
o cargo de Procurador do Estado classe inicial substituto, mediante
transformação de cargos de Procurador do Estado de outras classes,
revogado, posteriormente, pela Lei Complementar nº 13.482, de 1º de
julho de 2010.
O subsídio mensal do Procurador-Geral do Estado e dos Procu-
radores do Estado classe superior foi fixado em R$ 19.900,12, a partir
de 1º de março de 2010, e em R$ 22.111,25, a partir de 1º de novem-
bro de 2010.
SERVIDORES DA PGE
A Lei nº 13.380, de 20 de janeiro de 2010, instituiu o Plano de
Carreira e de Vencimentos do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxili-
ares da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul, com-
posto por cargos de provimento efetivo, organizados em carreiras, e
previu a extinção de cargos do Quadro, visando prover a instituição
de uma estrutura organizada.
Cada carreira ficou composta de cinco classes, sendo que cada
classe é composta de dois níveis - I e II. A Lei estabelece progressão
horizontal, de caráter pessoal, que se dará nos níveis I e II, obedecen-
do ao critério de avaliação anual dos títulos do servidor, tendo como
requisito a participação em curso de aperfeiçoamento profissional
oportunizado pela instituição e provas de avaliação, bem como de for-
44
mação, pós-graduação, mestrado e doutorado, em área correlata
com as atribuições do cargo, nos termos do regulamento editado pelo
Procurador-Geral do Estado.
O objetivo principal da presente norma, à luz dos princípios
constitucionais, foi tornar mais eficiente a prestação dos serviços pú-
blicos prestados pela PGE, criando as condições necessárias ao de-
sempenho das funções de apoio técnico e administrativo imprescindí-
veis às atividades institucionais, visando ao fortalecimento da Procu-
radoria-Geral do Estado e, por conseguinte, do Estado do Rio Grande
do Sul, em juízo.
CENTRAL DE COMPRAS DO ESTADO - CECOM/RS
A Lei nº 13.428, de 5 de abril de 2010, alterou dispositivos da Lei
nº 11.094, de 22 de janeiro de 1998, e criou Cargos em Comissão e
Funções Gratificadas junto à Secretaria da Administração e dos Re-
cursos Humanos, com lotação exclusiva na Central de Compras -
CECOM/RS; bem como instituiu as Gratificações de Pregoeiro e de
Presidente de Comissão Permanente de Licitações, tendo em vista a
necessidade de uma reestruturação da força de trabalho dos servido-
res da SARH, por intermédio da CECOM/RS, para que os proje-
tos/ações dos Programas Estruturantes, aprovados pela Assembleia
Legislativa do Estado através do PPA e do Orçamento 2010, atinjam
os objetivos e metas estabelecidas.
Com a criação de dez Gratificações de Pregoeiro e uma de Pre-
sidente de Comissão Permanente de Licitações, o Estado poderá au-
mentar o número de pregoeiros, agilizando os processos de compras
45
e contratação de serviços.
A capacitação dos servidores que atuarão como Pregoeiro é in-
dispensável para desenvolver habilidades relacionadas com atuação
sistêmica, postura empreendedora, negociação, gestão de equipes,
tomada de decisão, visão de processo, visão de mercado/atuação es-
tratégica, ética profissional e relacionamento interpessoal. Para isso,
o servidor terá que ter conhecimento de administração de contra-
tos/compras, gestão financeira, legislação sobre licitação e em espe-
cial sobre pregão, Lei nº 8.666/93, Lei Federal nº 10.520/02, Decreto
Federal nº 3.555/00, Decreto Estadual nº 42.434/03, Instrução Nor-
mativa da CELIC nº 03/03 e suas alterações.
Já a Gratificação de Presidente de Comissão Permanente de
Licitações justifica-se pela intensa atividade do mesmo na realização
dos procedimentos licitatórios das mais diversas ordens (obras, servi-
ços técnicos etc.), quando não cabível a modalidade licitatória do pre-
gão, ficando a seu cargo a condução de todos os trabalhos atinentes
ao certame (presidência da sessão, habilitação, julgamento das pro-
postas, instrução do processo, entre outras) e a coordenação e atua-
ção em conjunto com servidores integrantes da Comissão, advindos
dos mais diversos órgãos e entidades, de acordo com o objeto, a
complexidade e o vulto da contratação pretendida.
COMPLEXO PIRATINI
A Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, concedeu aos servidores
do Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos do Estado, do Qua-
dro Geral dos Funcionários Públicos do Estado e aos servidores ex-
46
tranumerários dos quadros referidos, lotados e em efetivo exercício
no Complexo Piratini no desempenho de atividades inerentes à fun-
ção, desde que exijam a presença do servidor fora do horário normal
de expediente, ou que requeiram estado de prontidão ou articulação
permanente do servidor, gratificação no valor correspondente ao per-
centual de 60% incidente sobre o vencimento básico do respectivo
cargo.
QUADRO ESPECIAL DA SECRETARIA
DO TRANSPORTES (EXTINTO DAE)
A Lei nº 13.438, de 5 de abril de 2010, fixou novos vencimentos
básicos para os cargos de provimento efetivo do Quadro Especial da
Secretaria dos Transportes, criado pela Lei nº 10.585, de 27 de no-
vembro de 1995, sucedida pela Secretaria da Infra-Estrutura e Logís-
tica, a partir de 1º maio de 2010.
Os valores dos referidos vencimentos básicos fixados para os
cargos do Quadro em questão têm como referência os estabelecidos,
na mesma data, para os cargos do Quadro de Pessoal Efetivo do
DAER.
Há mais de duas décadas o Quadro do Departamento Aeroviá-
rio do Estado, que antecedeu este Quadro Especial, acompanha os
valores atribuídos aos cargos correspondentes do DAER, especial-
mente os cargos situados no nível superior.
Os integrantes deste Quadro são servidores especializados em
atividades de infraestrutura aeroportuária e aeroviária - planejamen-
47
to, projeto, construção, conservação e administração de sistemas de
aeroportos de alta complexidade. De relevante atuação e formação
específica, os servidores que estão abrigados no mesmo Quadro - pi-
lotos, mecânicos e auxiliares de mecânicos de aeronaves - são in-
cumbidos da operação e manutenção das aeronaves do Estado e do
transporte do Governador, Secretários e outras autoridades.
48
QUADRO GERAL DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DOESTADO
QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOSDO ESTADO
QUADRO ESPECIAL VINCULADO À SECRETARIA DAADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS
QUADRO DA FUNDAÇÃO INSTITUTO GAÚCHO DETRADIÇÃO E FOLCLORE - FIGTF
QUADRO DO INSTITUTO RIO GRANDENSE DO ARROZ -IRGA
QUADRO DA FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DEPORTO ALEGRE - FOSPA
QUADRO DA EXATORIA, EM EXTINÇÃO, E DOSCONTRATADOS DA SECRETARIA DA FAZENDA, SEMCORRESPONDÊNCIA ESTABELECIDA EM LEI; E
CARGOS EM COMISSÃO EXTRAORDINÁRIOS - CCEX
A Lei nº 13.444, de 5 de abril de 2010, reajustou os valores dos
vencimentos básicos dos cargos efetivos dos Quadros e Cargos aci-
ma identificados, cumulativamente, em 4% a partir de 1º de setembro
de 2010, e em 2% a partir de 1º de março de 2011.
49
AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS DELEGADOS DO RIO GRANDE DO SUL-
AGERGS
Os servidores integrantes do Quadro de Pessoal da AGERGS
foram beneficiados pela Lei nº 13.344, de 4 de janeiro de 2010, que
dispôs sobre o aumento dos vencimentos básicos dos cargos de nível
médio, bem como da remuneração dos membros do Conselho Supe-
rior da Agência. O reajuste dos valores era necessário para tornar a
remuneração compatível com as oferecidas por outras carreiras pú-
blicas de semelhante qualificação e requisitos, visto que se encontra-
vam bastante defasada em relação ao mercado. Os percentuais de
reajuste sobre o vencimento básico tiveram variação entre 62% e
87%.
Tendo em vista o considerável incremento das atividades em
determinadas áreas, assim como a absoluta insuficiência quantitativa
do quadro atual, a referida Lei também previu o aumento do número
de cargos em todos os graus da carreira de técnicos de nível superior,
inclusive com a criação dos Graus "E", "F" e "G" e os respectivos car-
gos. Desta forma, é possibilitada a ascensão profissional para os ser-
vidores desta carreira com o consequente aumento de suas remune-
rações.
Igualmente, foi criada a Gratificação de Apoio à Fiscalização
Regulatória Externa - GAFRE, no percentual de até 20%, incidente
sobre o vencimento básico dos cargos integrantes do Quadro de Pes-
soal da AGERGS, exceto Conselheiros. Trata-se de remuneração va-
riável, definida pelo alcance de metas gerais de produtividade. Este
50
instrumento é reconhecido modernamente como método de gestão
que prima pela eficiência e estimula os servidores públicos na busca
da melhoria constante dos serviços prestados à sociedade.
A contrapartida das alterações promovidas resultará no aumen-
to de ingresso de recursos na Autarquia.
DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE
RODAGEM - DAER
O Quadro de Pessoal Efetivo do DAER, instituído pela Resolu-
ção de seu Conselho Rodoviário nº 2.384, de 28 de julho de 1980, e
alterações, ratificada pela Lei Estadual nº 11.090, de 22 de janeiro de
1998, foi reorganizado, na atual Administração Estadual, pela Lei nº
13.416, de 5 de abril de 2010.
A medida justificou-se pela necessidade de renovação de pes-
soal associada a um elevado número de desvios de funções e remu-
neração reconhecidamente aquém das necessidades básicas da
grande maioria dos servidores.
A Lei promoveu o redimensionamento do Quadro de Cargos de
Provimento Efetivo, através da redenominação, da criação e da extin-
ção de cargos previstos na Resolução do Conselho Rodoviário nº
2.384/1980, e alterações.
Assim, o Quadro de Pessoal Efetivo do DAER ficou compreen-
dido do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo, composto por
1.200 cargos e do Quadro Especial, em extinção, composto por car-
51
gos que atualmente não mais atendem às necessidades da Autar-
quia.
Esta Lei fixou nova matriz de vencimentos básicos, que resultou
em reajustes variáveis de 15,81% a 17,83% nestes vencimentos,
para os cargos de nível superior, e de 55,40% a 60,32%, para os car-
gos de níveis fundamental e médio.
Como medida complementar à reestruturação do Órgão, foi ins-
tituída a Gratificação de Produtividade Rodoviária - GPR, correspon-
dente ao produto de até 20% sobre o vencimento básico do grau "A"
da respectiva carreira. Trata-se de um instrumento inovador, com o
objetivo de medir o desempenho da Autarquia, já que está vinculado
ao cumprimento de metas institucionais e de resultados a serem al-
cançados, incentivando não só a produtividade, mas também a efi-
ciência e a qualidade dos serviços prestados.
A proposta contemplou cerca de 1.900 servidores ativos e
3.000 inativos.
Concomitante com a reorganização do Quadro de Pessoal da
Autarquia, foi remodelada a sua estrutura organizacional, por meio da
Lei nº 13.423, de 5 de abril de 2010, que reorganizou o Departamento
Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER, criado pela Lei nº 750,
de 11 de agosto de 1937, e reorganizado, posteriormente, pela Lei nº
11.090, de 22 de janeiro de 1998, e alterações.
A Lei nº 13.423/2010 redefiniu as características básicas de es-
trutura, gestão e atuação do novo DAER, bem como alterou o Quadro
de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, compatibilizando-o
com a sua nova estrutura administrativa, a fim de dotar a Autarquia de
uma organização estrutural que possibilite um eficiente gerenciamen-
52
to do Sistema Rodoviário Estadual e do Plano Diretor Rodoviário do
Estado.
Neste novo contexto, o DAER passa a ser uma instituição dedi-
cada ao planejamento, gerenciamento e fiscalização das atividades
inerentes à sua área de competência.
DEPARTAMENTO ESTADUAL
DE TRÂNSITO - DETRAN/RS
A Lei nº 13.032, de 3 de setembro de 2008, alterou o Plano de
Cargos Efetivos do Departamento Estadual de Trânsito -
DETRAN/RS, mediante a criação de cargos de níveis médio e superi-
or, totalizando 416 cargos, distribuídos nos graus "A", "B", "C", "D" e
"E"; a fixação dos vencimentos básicos, incorporando a Parcela Autô-
noma; a instituição da Gratificação de Produtividade de Trânsito -
GPT, parcela mensal e variável, atribuída aos servidores do Plano de
Cargos Efetivos do DETRAN/RS que, no desempenho de suas atribu-
ições, contribuírem para o incremento da eficiência e da eficácia das
atividades inerentes à Segurança do Trânsito e para a ampliação ge-
ral da arrecadação do Órgão Executivo Estadual de Trânsito; e a alte-
ração do Plano de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas do
DETRAN/RS. A presente norma resgatou e valorizou a atuação do
servidor público da Autarquia.
Posteriormente, a Lei nº 13.088, de 12 de dezembro de 2008,
criou a Gratificação de Examinador - GRAEx e mais 104 cargos na
Autarquia, para a realização dos exames de Prática de Direção Vei-
53
cular, que devem ser executados perante Comissões Examinadoras
de Trânsito, compostas por três servidores públicos estaduais deten-
tores de cargo de provimento efetivo, em consonância com a Lei Fe-
deral nº 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro - e com a Resolução
nº 168/04, do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, represen-
tando uma redução para o Estado, nas despesas com essa atividade,
da ordem de aproximadamente R$ 21 milhões.
A Lei nº 13.366, de 11 de janeiro de 2010, estabeleceu os valo-
res dos vencimentos básicos dos cargos integrantes do Quadro de
Pessoal do DETRAN/RS e instituiu a Gratificação de Produtividade
de Trânsito - GPT, de que trata a Lei nº 13.032/2008, visando a reade-
quação dos vencimentos básicos na busca de similitude com os ven-
cimentos de outras categorias funcionais do Estado, representando
um acréscimo salarial médio da ordem de 33%. Esta Lei objetivou a
valorização dos servidores da Autarquia, considerando a relevância
das atividades realizadas no Órgão, aliados ao alto grau de responsa-
bilidade.
O atual contexto de violência no trânsito gaúcho apresenta dia-
riamente novas exigências à Autarquia, como Órgão Executivo Esta-
dual de Trânsito, demandando-lhe projetos e desenvolvimento per-
manente de ações e campanhas educativas, para que se efetive seu
compromisso legal e social de minimizar os números infracionais e de
vítimas de acidentes no trânsito, visando a garantir um trânsito segu-
ro. Para tanto, é necessário que o Quadro de Pessoal esteja adequa-
do, quantitativamente e qualitativamente, para absorver às deman-
das atinentes à missão do DETRAN/RS.
54
INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL - IPERGS
A Lei nº 13.415, de 5 de abril de 2010, reorganizou o Quadro de
Pessoal do IPERGS, instituído pela Lei nº 9.670, de 29 de maio de
1992, e alterado pela Lei n° 10.286, de 31 de outubro de 1994, e alte-
rações, a fim de adequar seu corpo funcional ao papel estratégico do
IPERGS, como Gestor Único do Regime Próprio de Previdência Soci-
al - RPPS/RS e do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores
Públicos do Estado do Rio Grande do Sul - IPE-SAÚDE, conforme de-
termina o artigo 2º da Lei Estadual nº 12.395, de 15 de dezembro de
2005, bem como pelo disposto no artigo 26 da mesma Lei.
O Quadro de Pessoal do IPERGS ficou composto pelo Quadro
de Cargos de Provimento Efetivo, pelo Quadro Especial, em extinção,
e pelo Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas.
O Quadro de Cargos de Provimento Efetivo ficou constituído
pelos cargos de nível superior de Analista em Previdência e Saúde e
de Perito e Auditor Médico, sendo este uma criação necessária para
atender aos novos ditames legais, e de nível médio de Assistente em
Previdência e Saúde, todos organizados em carreira, mediante a cria-
ção, extinção e redenominação de cargos.
Foi prevista a incorporação da parcela autônoma de que trata a
Lei nº 11.753, de 5 de abril de 2002, ao vencimento básico dos inte-
grantes do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo e do Quadro
Especial, em extinção, em três parcelas não cumulativas (abril/2010,
agosto/2010 e março/2011).
Também foi instituída, a partir de 1º de abril de 2010, a Gratifica-
55
ção de Incentivo à Produtividade em Previdência e Saúde - GIPPS,
parcela mensal e variável, correspondente ao resultado da incidência
de até 0,2 (dois décimos) sobre o vencimento básico do Grau "A" da
respectiva carreira, a ser paga aos servidores integrantes do Quadro
de Cargos de Provimento Efetivo e do Quadro Especial, em extinção,
sendo o seu valor apurado de acordo com o resultado da avaliação de
desempenho institucional.
Com estas alterações legais, o IPERGS está se capacitando
para assumir seu papel de Gestor Único e melhor atender a sua clien-
tela.
SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS - SPH;
QUADRO ESPECIAL, EM EXTINÇÃO, JUNTO ÀSECRETARIA DOS TRANSPORTES (ATUALMENTESECRETARIA DA INFRA-ESTRUTURA E LOGÍSTICA), EMEXERCÍCIO NA SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE RIOGRANDE - SUPRG
A Lei nº 13.388, de 11 de março de 2010, alterou o salário bási-
co dos empregos do Quadro Permanente da Superintendência de
Portos e Hidrovias - SPH e do Quadro Especial, em extinção, junto à
Secretaria dos Transportes, criado pelo § 2.º do art. 11 da Lei nº
10.723, de 18 de janeiro de 1996, bem como incorporou a Parcela Au-
tônoma de que trata a Lei nº 11.754, de 5 de abril de 2002, objetivan-
do atender ao acordo assumido pelo Governo do Estado com os ser-
vidores portuários, em negociações mantidas com a categoria.
56
FUNDAÇÃO ESTADUALDE PESQUISA AGROPECUÁRIA -FEPAGRO
A FEPAGRO, com sede em Porto Alegre, composta por 23 cen-
tros e unidades distribuídas no Estado, atua na pesquisa agropecuá-
ria desde 1994 e como Departamento de Pesquisa da Secretaria da
Agricultura, desde 1919. Sua missão é promover a geração de tecno-
logias e serviços para a agropecuária gaúcha.
Por meio de seus pesquisadores, vem mantendo trabalho
nas áreas agronômica, veterinária, zootécnica e florestal, com
contribuições expressivas para o processo produtivo agrope-
cuário. Um quadro de profissionais gabaritados significa maior
aquisição de investimentos para pesquisa no RS, tendo em vista
que os recursos são ofertados pelas fontes financiadoras pro-
porcionalmente ao número de doutores da instituição, entre ou-
tras condições. Em vista disto, ficou evidente a necessidade de
investimento na qualificação de pessoal deste órgão de pesqui-
sa, pois a inovação tecnológica só poderá vir através de profissi-
onais especializados nas diferentes áreas do conhecimento, ge-
rando tecnologias, com o propósito de atender às demandas le-
vantadas, para o melhor desempenho do agronegócio estadual e
nacional.
57
Assim, com o intuito de valorizar os seus servidores, a Lei nº
13.445, de 05 de abril de 2010, que alterou o Plano de Cargos e Salá-
rios da FEPAGRO, dispôs sobre: estabelecimento de novos valores
de vencimento básico na matriz salarial da Fundação, a partir dos me-
ses de maio de 2010 e março de 2011; adequação de vencimentos
para cargos de nível médio e criação do Nível IV-Especial para as ca-
tegorias funcionais de nível superior, cujo acesso exige além da habi-
litação básica e habilitação adicional, a capacitação, realizada a qual-
quer tempo, em nível de pós-doutorado lato sensu ou stricto sensu,
com conteúdo atinente às funções da carreira.
Com a fixação da nova matriz salarial, no mês de maio de 2010,
os valores de vencimento básico tiveram reajuste médio de 54% e, no
mês de março de 2011, corresponderão, em média, a 105%, ambos
calculados sobre o mês de abril de 2010.
Foi concedida, também, aos integrantes do Quadro Especial,
em extinção, na Secretaria de Ciência e Tecnologia, instituído pela
Lei nº 9.963, de 7 de outubro de 1993, cedidos à FEPAGRO, a incor-
poração da Parcela de Estímulo à Pesquisa Agropecuária - PEPA
através da Lei nº 13.427, de 5 de abril de 2010. Com esta medida foi
atendida reivindicação de longa data dos servidores integrantes des-
te Quadro, tendo em vista que a mesma não havia sido regularmente
reajustada pelos governos subsequentes à sua criação, em 1993.
Como muitos servidores obtiveram a atualização da Parcela
em juízo, resultando no pagamento de valores variados a esse títu-
lo, para viabilizar a sua incorporação, foi necessária a fixação de
novos valores de vencimentos básicos, a fim de se manter uma ma-
triz salarial para o Quadro Especial, em extinção, ficando assegu-
rada a esses servidores a inexistência de perdas. Ademais, ficou
58
garantido o pagamento da PEPA, nos termos do art. 2º da Lei nº
9.963/1993, para aqueles servidores que não integram o Quadro
Especial, em extinção, mas que conquistaram judicialmente a sua
percepção. A incorporação da PEPA atingiu cerca de 518 servido-
res e representou ganhos médios de 19%.
59
61
PODER EXECUTIVO -ADMINISTRAÇÃOINDIRETA: FUNDAÇÕESDE DIREITO PRIVADO
ReajustesSalariais
Os contratos de trabalho dos empregados das fundações de di-
reito privado instituídas e/ou mantidas pelo Estado são regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, sendo receptores da políti-
ca salarial nacional, que estabelece a livre negociação para as cate-
gorias profissionais nas respectivas "data-base".
Anualmente, são procedidas negociações entre os sindicatos
patronais e os sindicatos dos empregados, com a efetiva participação
dos representantes do Governo Estadual, por intermédio de integran-
tes do GAE, e dos dirigentes das entidades.
Assim, na atual Administração foram concedidos os seguintes
reajustes salariais aos empregados das fundações de direito privado:
FADERS, FAPERGS, CIENTEC, FDRH, FASE,PROTEÇÃO, FEE, FEPAM, FGTAS, TEATRO SÃOPEDRO, ZOOBOTÂNICA E METROPLAN:
● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de ju-
nho de 2009; 1,385% a partir de 1º de janeiro de 2010, e
11,144% a partir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajus-
te de 21,9%, frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no
período de novembro de 2006 a maio de 2010 de 21,9%;
LIBERATO
● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho
de 2009; 4,77% a partir de 1º de março de 2010, e 9,86% a par-
tir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajuste de 24,5%,
62
frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no período de
março de 2006 a fevereiro de 2010 de 21%;
UERGS/PROFESSORES
● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho
de 2009; 4,77% a partir de 1º de março de 2010, e 7,92% a par-
tir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajuste de 22,3%,
frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no período de
março de 2006 a fevereiro de 2010 de 21%;
UERGS/ADMINISTRAÇÃO
● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho
de 2009; 1,385% a partir de 1º de janeiro de 2010, e 12,1% a
partir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajuste de 22,9%,
frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no período de no-
vembro de 2006 a maio de 2010 de 21,9%;
TVE/JORNALISTAS
● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho
de 2009, e 9,26% a partir de 1º de junho de 2010, totalizando
um reajuste de 18,2%, frente a uma inflação medida pelo
INPC/IBGE no período de junho de 2006 a maio de 2009 de
16,5%. A reposição da inflação do período de junho de 2009 a
maio de 2010 está sendo objeto de negociação, mediante con-
63
cessão do índice integral do INPC/IBGE verificado no mesmo
período;
TVE/RADIALISTAS
● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho
de 2009, e 9,00% a partir de 1º de junho de 2010, totalizando
um reajuste de 17,9%, frente a uma inflação medida pelo
INPC/IBGE no período de novembro de 2006 a outubro de 2009
de 17,1%. A reposição da inflação do período de novembro de
2009 a outubro de 2010 está sendo objeto de negociação, me-
diante concessão do índice integral do INPC/IBGE verificado no
mesmo período.
ALTERAÇÕES DE ESTRUTURA
Visando a adoção de tratamento isonômico para todos os em-
pregados das fundações de direito privado, o Governo do Estado ins-
tituiu Planos de Empregos, Funções e Salários nas seguintes entida-
des desprovidas do regramento:
64
FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO ESPECIAL DO
RIO GRANDE DO SUL - PROTEÇÃO
O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº
13.418, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente
de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Comis-
são. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias funci-
onais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em sete
padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio téc-
nico e cinco de nível médio ou fundamental. Cada um dos sete pa-
drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-
çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-
pregados aprovados em concurso público e os demais através de
promoções.
O quantitativo de empregos de provimento permanente criados
é de 127 de nível superior, de 142 de nível médio técnico e de 780 de
nível médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em
Comissão é composto por 103 empregos e funções em comissão,
destinados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de
assessoramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacita-
ção, de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo
Presidente da Entidade.
O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no mês
de janeiro de cada ano, pelos critérios de antiguidade e merecimento,
alternadamente, beneficiando 20% dos empregados integrantes do
Quadro Permanente de Empregos, respeitado o interstício mínimo de
730 dias.
65
Foi criada uma parcela mensal denominada Adicional de Incen-
tivo Educativo equivalente a 18% do salário básico percebido pelo
empregado detentor do emprego de Agente Educador, de concessão
restrita aos empregados em efetivo exercício no emprego.
A instituição do Plano de Carreira na Fundação de Proteção
Especial do Rio Grande do Sul, além de atender a uma antiga reivindi-
cação dos empregados, assegura tratamento isonômico com os em-
pregados das diversas fundações, respeitadas as peculiaridades de
cada entidade, e contempla, também, a criação de novos empregos
imprescindíveis para atender demandas de ordem técnico-operacio-
nal e legal. Estes empregos vinham até então sendo supridos de for-
ma alternativa, ferindo em muitos momentos a legislação consolida-
da, por excessiva convocação de empregados para prestação de ser-
viços extraordinários, acarretando-lhes desgaste físico e emocional,
além da contratação emergencial de empregados por longos anos,
fato insistentemente apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.
66
FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO
SÓCIO-EDUCATIVO DO RIO GRANDE DO
SUL - FASE
O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº
13.419, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente
de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Co-
missão. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias
funcionais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em
sete padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio
técnico e cinco de nível médio ou fundamental. Cada um dos sete pa-
drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-
çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-
pregados aprovados em concurso público e os demais através de
promoções.
O quantitativo de empregos de provimento permanente criados
é de 339 de nível superior, de 99 de nível médio técnico e de 1.866 de
nível médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em
Comissão é composto por 227 empregos e funções em comissão,
destinados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de
assessoramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacita-
ção, de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo
Presidente da Entidade.
O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no
mês de janeiro de cada ano pelos critérios de antiguidade e mere-
cimento, alternadamente, beneficiando 20% dos empregados in-
tegrantes do Quadro Permanente de Empregos, respeitado o in-
67
terstício mínimo de 730 dias.
Foi criada uma parcela mensal denominada Adicional de Incen-
tivo Sócioeducativo equivalente a 18% (dezoito por cento) do salário
básico percebido pelo empregado detentor do emprego de Agente
Sócioeducador, de concessão restrita aos empregados em efetivo
exercício no emprego.
A instituição do Plano de Carreira na Fundação de Atendimento
Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul, além de atender a uma antiga
reivindicação dos empregados, assegura tratamento isonômico com
os empregados das diversas fundações, respeitadas as peculiarida-
des de cada entidade, e contempla, também, a criação de novos em-
pregos imprescindíveis para atender as demandas de ordem técni-
co-operacional e legal, decorrentes do crescimento vertiginoso da po-
pulação atendida, tanto em número quanto no agravamento do ato in-
fracional praticado, o que exige maior controle e atividades junto à cli-
entela. Tais demandas eram supridas de forma alternativa, ferindo
em muitos momentos a legislação consolidada, por excessiva convo-
cação de empregados para prestação de serviços extraordinários,
acarretando-lhes desgaste físico e emocional, fato insistentemente
apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.
68
FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA
DO RIO GRANDE DO SUL - FZB
O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº
13.420, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente
de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Comis-
são. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias funci-
onais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em quatro
padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio téc-
nico e dois de nível médio ou fundamental. Cada um dos quatro pa-
drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-
çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-
pregados aprovados em concurso público e os demais através de
promoções.
O quantitativo de empregos de provimento permanente criados
é de 79 de nível superior, de 51 de nível médio técnico e de 188 de ní-
vel médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em
Comissão é composto por 63 empregos e funções em comissão, des-
tinados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de as-
sessoramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacita-
ção, de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo
Presidente da Entidade.
O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no mês
de janeiro de cada ano pelos critérios de antiguidade e merecimento,
alternadamente, beneficiando 20% dos empregados integrantes do
Quadro Permanente de Empregos, respeitado o interstício mínimo de
730 dias.
69
Foi criada uma parcela mensal denominada "Incentivo Acadê-
mico", aos empregados integrantes da categoria funcional de Técnico
de Nível Superior, com carga horária semanal de 40 horas, possuido-
res de titulação em nível de pós-graduação, sendo 12% para detento-
res de título de "Mestre" e 17% para detentores de título de "Doutor",
de forma não cumulativa.
A instituição do Plano de Carreira na Fundação Zoobotânica do
Rio Grande do Sul, além de atender a uma antiga reivindicação dos
empregados, assegura tratamento isonômico com os empregados
das diversas fundações, respeitadas as peculiaridades de cada enti-
dade e contempla, também, a criação de novos empregos imprescin-
díveis para atender as demandas de ordem técnico-operacional e le-
gal. Estes empregos vinham até então sendo supridos de forma alter-
nativa, ferindo em muitos momentos a legislação consolidada, por ex-
cessiva convocação de empregados para prestação de serviços ex-
traordinários, acarretando-lhes desgaste físico e emocional, além da
utilização de mão-de-obra terceirizada, fato insistentemente aponta-
do pelos órgãos legais fiscalizadores.
FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E
AÇÃO SOCIAL - FGTAS
O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº
13.443, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente
de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Comis-
são. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias funci-
onais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em quatro
padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio téc-
70
nico e dois de nível médio ou fundamental. Cada um dos quatro pa-
drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-
çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-
pregados aprovados em concurso público e os demais através de
promoções.
O quantitativo de empregos de provimento permanente criado é
de 141 de nível superior, 18 de nível médio técnico e de 469 de nível
médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em Co-
missão é composto por 116 empregos e funções em comissão, desti-
nados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de asses-
soramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacitação,
de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo
Presidente da Entidade.
O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no mês
de janeiro de cada ano pelos critérios de antiguidade e merecimento,
alternadamente, beneficiando 20% dos empregados integrantes do
Quadro Permanente de Empregos, respeitado o interstício mínimo de
730 dias.
A instituição do Plano de Carreira na Fundação Gaúcha do Tra-
balho e Ação Social, além de atender a uma antiga reivindicação dos
empregados, assegura tratamento isonômico com os empregados
das diversas fundações, respeitadas as peculiaridades de cada enti-
dade e contempla, também, a criação de novos empregos, imprescin-
díveis para atender as demandas de ordem técnico-operacional e le-
gal, até então supridos pela utilização de mão-de-obra terceirizada,
fato insistentemente apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.
71
REFORÇO DE PROVENTOS
Face ao expressivo número de empregados já aposentados ou
em condições legais de se aposentarem, filiados ao Regime Geral de
Previdência Social - RGPS, detentores de empregos nas fundações
de direito privado e desestimulados a gozarem deste benefício, devi-
do ao grande desequilíbrio financeiro entre o valor do benefício decor-
rente da efetiva aposentadoria e o valor remuneratório percebido nas
entidades, o Governo do Estado, por intermédio da Lei nº 13.437, de 5
de abril de 2010, concedeu Reforço de Proventos aos empregados
das fundações de direito privado instituídas e/ou mantidas pelo Poder
Público Estadual, filiados ao Regime Geral de Previdência Social -
RGPS, nas seguintes condições:
● O valor do Reforço de Proventos a ser pago pelo Tesouro do
Estado corresponderá à aplicação do coeficiente de 0,8 sobre a
diferença apurada entre a remuneração do empregado na data
de seu desligamento e o valor do benefício de aposentadoria do
empregado no RGPS;
● O Reforço de Proventos será concedido aos empregados das
fundações de direito privado instituídas e/ou mantidas pelo Po-
der Público Estadual, que atendam aos seguintes requisitos: te-
nham sido admitidos no serviço público, em qualquer entidade
ou esfera de governo, até a data de 5 de outubro de 1983; apre-
sentem comprovante de concessão de benefício de aposenta-
doria no RGPS; formalizem pedido de desligamento do empre-
go ou contrato de trabalho que mantenham com a fundação; re-
queiram, por escrito, a concessão do Reforço de Proventos,
dentro do prazo estipulado na Lei, ao dirigente da entidade com
72
a qual mantenham vínculo empregatício ou contrato de
trabalho.
Em síntese, o objetivo da concessão do Reforço de Proventos
é estimular a aposentadoria dos empregados, para possibilitar a reno-
vação da força de trabalho nas fundações de direito privado, ao mes-
mo tempo em que constitui um reconhecimento do Governo pela con-
tribuição desses servidores na consolidação das instituições em que
atuam.
OUTROS PODERES,
MINISTÉRIO PÚBLICO E
DEFENSORIA PÚBLICA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
A Lei nº 11.894, de 14 de fevereiro de 2003, com a redação
dada pela Lei nº 12.739, de 3 de julho de 2007, fixou o subsídio
mensal dos Deputados Estaduais, a partir de 1º de junho de 2007,
em R$ 11.564,76. Esta Lei recompôs parcialmente as perdas infla-
cionárias nos subsídios dos parlamentares estaduais, no último
quadriênio à época. Esta recomposição foi de 21,22%, represen-
tando 70% do subsídio do legislador federal, ficando 5% abaixo do
limite máximo dos 75% previstos na legislação. Foi desconsidera-
73
da, também, a retroatividade aplicada em nível federal, tendo o
subsídio sido fixado a partir de 1º de junho de 2007.
TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO
A Lei nº 13.257, de 9 de outubro de 2009, fixou o subsídio men-
sal para os membros ativos, inativos e pensionistas dos Membros do
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul e do Ministério
Público Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Gran-
de do Sul, decorrente de imposição constitucional - limitado a 90,25%
do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal -, em R$ 22.111,25, a partir de 1º de março de 2009.
A Lei nº 13.409, de 5 de abril de 2010, reajustou o subsídio men-
sal dos Conselheiros e Auditores Substitutos de Conselheiro do Tri-
bunal de Contas do Estado, bem como do Procurador e Adjuntos de
Procurador do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas
do Estado, em 5%, a partir de 1º de setembro de 2009, corresponden-
do a R$ 23.216,81, e em 3,88%, a partir de 1º de fevereiro de 2010,
correspondendo a R$ 24.117,62, objetivando a recuperação da perda
do poder aquisitivo da moeda.
74
MAGISTRATURA
A Lei nº 12.910, de 11 de março de 2008, instituiu o subsídio
dos Magistrados ativos, inativos e pensionistas dos Magistrados do
Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, decorrente de im-
posição constitucional. Desta forma, o subsídio mensal dos Desem-
bargadores do Tribunal de Justiça e dos Juízes do Tribunal Militar do
Estado do Rio Grande do Sul - limitado a 90,25% do subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal -, foi fixado
em R$ 22.111,25, a partir de 1º de março de 2009.
A Lei nº 13.408, de 5 de abril de 2010, reajustou o subsídio
mensal dos Membros do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande
do Sul, bem como dos inativos e pensionistas de Magistrados do
Poder Judiciário Estadual, conforme preceitua o inciso XI do artigo
37 da Constituição Federal. Desta forma, o subsídio mensal dos
Membros do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, fi-
cou reajustado em 5%, a partir de 1.º de setembro de 2009, corres-
pondendo a R$ 23.216,81, e em 3,88%, a partir de 1.º de fevereiro
de 2010, correspondendo a R$ 24.117,62.
MINISTÉRIO
PÚBLICO
A Lei nº 12.911, de 11 de março de 2008, instituiu o subsídio
aos membros ativos, inativos e pensionistas do Ministério Público do
Estado do Rio Grande do Sul, decorrente de imposição constitucio-
nal. Assim, o subsídio mensal dos membros do Ministério Público do
Estado do Rio Grande do Sul - limitado a 90,25% do subsídio mensal,
75
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal -, foi fixado
em R$ 22.111,25 a partir de 1º de março de 2009.
A Lei nº 13.407, de 5 de abril de 2010, reajustou o subsídio men-
sal dos Membros ativos, inativos e pensionistas do Ministério Público
do Estado do Rio Grande do Sul, em conformidade com o art. 37, inci-
so XI, da Constituição Federal, em 5% a partir de 1º de setembro de
2009, correspondendo a R$ 23.216,81 e em 3,88%, a partir de 1º de
fevereiro de 2010, correspondendo a R$ 24.117,62, objetivando a re-
cuperação da perda do poder aquisitivo da moeda.
DEFENSORIA
PÚBLICA
A Lei nº 13.301, de 1º de dezembro de 2009, adequou a forma
de remuneração dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande
do Sul às disposições constitucionais, instituindo o subsídio como for-
ma de remuneração. Desta forma, o subsídio mensal dos Defensores
Públicos do Estado da classe especial foi fixado, a partir de 1° de mar-
ço de 2010, em R$ 19.900,12 e, a partir de 1° de março de 2011, em
R$ 22.111,25.
A Lei Complementar nº 13.398, de 29 de março de 2010, teve o
objetivo de cumprir disposição expressa no art. 2º da Lei nº
13.301/2009, que fixou o subsídio mensal dos Defensores Públicos.
Ocorre que o Estatuto dos Defensores Públicos - Lei Complementar
nº 11.795, de 22 de maio de 2002 - previa em seu artigo 55 a diferen-
ça remuneratória de 5% entre as classes da carreira de Defensor Pú-
blico, o que, após a aprovação do sistema de remuneração por subsí-
dio mostrou-se incabível, sendo impositivo aumentar essa diferença
76
para 10% entre as classes da carreira, a partir do fixado para o Defen-
sor Público do Estado de classe especial, não podendo exceder o
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral, nos termos do disposto nos arts. 37, inciso XI; 39, § 4.º; e 135,
todos da Constituição Federal, observada a estruturação definida
pelo § 1.º do art. 2.º da Lei Complementar nº 11.795/2002.
77
79
ConsideraçõesFinais
Por fim, estão relacionadas, a seguir, as carreiras dos servido-
res públicos estaduais da Administração Direta e Indireta do Poder
Executivo Estadual, cujas estruturas foram reorganizadas pelo Go-
verno do Estado na atual Administração.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
Quadro dos Funcionários da Saúde Pública
● Este Quadro foi reestruturado pela Lei nº 13.417, de 5 de abril
de 2010, passando a chamar-se Quadro de Pessoal da Saúde
do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de valorizar o
servidor e prestar um atendimento de melhor qualidade para a
população gaúcha.
Quadro Especial dos Servidores Penitenciários doEstado do Rio Grande do Sul - SUSEPE
● Este Quadro foi reorganizado pela Lei Complementar nº
13.259, de 20 de outubro de 2009, que promoveu diversas alte-
rações nas carreiras, fruto de negociações mantidas entre os
sindicatos das categorias penitenciárias e a Administração
Estadual, com o objetivo de valorizar os servidores penitenciá-
rios e prestar um atendimento de melhor qualidade para a po-
pulação carcerária, a fim de auxiliar na promoção da seguran-
ça pública.
80
Quadro dos Técnicos em Planejamento
● Os cargos deste Quadro foram colocados em extinção e foi
instituída a Carreira de Analista de Planejamento, Orçamento e
Gestão, pela Lei nº 13.421, de 5 de abril de 2010, com o objetivo
de valorizar e profissionalizar os servidores desta carreira,
como também e, fundamentalmente, qualificar a prestação de
serviços do Estado à sociedade.
Quadro dos Procuradores do Estado
● Para a implementação plena do Sistema da Advocacia-Geral
de Estado, fez-se necessário um reforço na estrutura adminis-
trativa da Procuradoria-Geral do Estado, com a criação de car-
gos de Procuradores e alteração da estrutura remuneratória.
Foram criados cargos na carreira de Procurador do Estado,
bem como Gratificações de Agente Setorial - GAS e gratifica-
ções de direção e assessoramento.
Quadro de Pessoal da Procuradoria-Geral do Estado
● Cargos deste Quadro foram colocados em extinção e foi insti-
tuído o Plano de Carreira e de Vencimentos do Quadro de Pes-
soal dos Serviços Auxiliares da Procuradoria-Geral do Estado
do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.380, de 20 de janeiro de
2010, com o objetivo de tornar mais eficiente a prestação dos
serviços públicos, mediante um melhor desempenho das fun-
ções de apoio técnico e administrativo, imprescindíveis às ativi-
dades institucionais da PGE.
81
Quadro de Pessoal Efetivo da Secretaria da Fazenda
● Todas as carreiras da Secretaria da Fazenda foram alteradas
na atual Administração. A exigência de escolaridade para o in-
gresso na carreira de nível médio de Técnico do Tesouro do
Estado passou a ser nível superior, de acordo com a Lei nº
13.314, de 18 de dezembro de 2009. A carreira de nível superi-
or de Agente Fiscal do Tesouro do Estado, criada pela Lei Com-
plementar nº 10.933, de 15 de janeiro de 1997, passou a com-
por o Quadro de Pessoal Efetivo de Agente Fiscal do Tesouro
do Estado, vinculado à Receita Estadual, conforme estabeleci-
do na Lei Complementar nº 13.452, de 26 de abril de 2010. Fo-
ram transformados 170 cargos de Agente Fiscal do Tesouro do
Estado para compor a carreira de Auditor do Estado, integrante
do Quadro de Pessoal da Contadoria e Auditoria-Geral do Esta-
do, criado pela Lei Complementar nº 13.451, de 26 de abril de
2010. Foram transformados 100 cargos de Agente Fiscal do Te-
souro do Estado para compor a carreira de Auditor de Finanças
do Estado, vinculada ao Tesouro do Estado, de acordo com a
Lei Complementar nº 13.453, de 26 de abril de 2010. As três
Leis Orgânicas são pioneiras em termos de administração pú-
blica estadual no país, colocando o Estado na vanguarda quan-
to à estruturação fazendária para uma boa gestão, essencial
para a manutenção do equilíbrio fiscal.
Quadros dos Técnicos de Nível Médio
● Criado pela Lei nº 13.422, de 5 de abril de 2010, e composto
por cargos de provimento efetivo, organizados nas carreiras de
Técnico Agrícola e de Técnico em Viticultura e Enologia, vincu-
82
lados à Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos
do Estado do Rio Grande do Sul. Este Quadro foi composto pe-
los servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo de
Técnico Agrícola e de Técnico em Viticultura e Enologia do Qua-
dro Geral dos Funcionários Públicos do Estado, mediante redis-
tribuição, nos termos do art. 60 da Lei Complementar nº 10.098,
de 3 de fevereiro de 1994. A criação deste novo Quadro visou à
modernização dos serviços prestados pelo Estado, especial-
mente no apoio às atividades desenvolvidas na agricultura e na
pecuária.
● Plano de Classificação de Cargos e Vencimentos do Institu-
to-Geral de Perícias - IGP: a Lei nº 13.483, de 01 de julho de
2010, reorganizou o Quadro de Cargos de Provimento Efetivo
do Plano de Classificação de Cargos e Vencimentos do Institu-
to-Geral de Perícias e concedeu gratificações para os servido-
res. Esta Lei teve por objetivo valorizar o corpo técnico e perici-
al, incentivando-o, também, a alcançar as metas estabelecidas
para o Órgão, a fim de melhor atender à população gaúcha.
83
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquias e Fundações de Direito Público
Quadro de Pessoal Efetivo do Departamento Autônomode Estradas de Rodagem - DAER
● Este Quadro foi reorganizado pela Lei nº 13.416, de 5 de abril
de 2010, que promoveu diversas alterações nas carreiras obje-
tivando a valorização dos servidores da Autarquia, consideran-
do a relevância das atividades realizadas, aliada ao alto grau de
responsabilidade técnica, e, também, como medida comple-
mentar à reestruturação do próprio Órgão, na busca do aprimo-
ramento de suas ações, da racionalização burocrática e da oti-
mização de seus recursos para atender aos anseios da socie-
dade gaúcha.
Quadro de Pessoal do Instituto de Previdência do Estadodo Rio Grande do Sul - IPERGS
● Este Quadro foi reorganizado pela Lei nº 13.415, de 5 de abril
de 2010, que promoveu diversas alterações nas carreiras que o
compõem, como a criação da carreira de Perito e Auditor Médi-
co, buscando primordialmente adequar seu corpo funcional ao
papel estratégico do IPERGS, como Gestor Único do Regime
Próprio de Previdência Social - RPPS/RS e do Sistema de
Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Rio
Grande do Sul - IPE-SAÚDE, conforme determina o artigo 2º da
84
Lei Estadual nº 12.395, de 15 de dezembro de 2005, bem como
pelo disposto no artigo 26 da mesma Lei.
Quadro dos Cargos de Provimento Efetivo da FundaçãoEstadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO
● A estrutura do Quadro foi alterada, tanto para as carreiras de
nível médio, como para as de nível superior, pela Lei nº 13.445,
de 5 de abril de 2010, com o objetivo de valorizar e incentivar a
capacitação dos servidores, como também, e, principalmente,
qualificar o desempenho do agronegócio estadual e nacional.
Plano de Cargos Efetivos do Quadro de Pessoal daAgência Estadual de Regulação dos Serviços PúblicosDelegados do Rio Grande do Sul - AGERGS
● A amplitude da carreira de nível superior foi alterada, com a
criação dos graus "E", "F" e "G" e respectivos cargos, bem
como foram extintos cargos isolados de nível médio, pela Lei nº
13.344, de 4 de janeiro de 2010, com o objetivo de valorizar os
servidores, possibilitando ascensão na carreira, resultando em
melhoria nos serviços prestados à sociedade.
Plano de Cargos Efetivos do Quadro de Pessoal doDepartamento Estadual de Trânsito - DETRAN/RS
● As Leis nºs 13.032, de 3 de setembro de 2008; 13.088, de 12
de dezembro de 2008; e 13.366, de 11 de janeiro de 2010, am-
pliaram o Quadro mediante a criação de novos cargos, bem
como estabeleceram condições em sua estrutura para o atendi-
85
mento de novas atribuições definidas em legislação federal, re-
sultando em ações que visam contribuir para um trânsito segu-
ro.
Fundações de Direito Privado
Quadro de Classificação de Empregos dos empregadosda Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do RioGrande do Sul - FASE
● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano
de Empregos, Funções e Salários da Fundação de Atendimen-
to Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.419, de
5 de abril de 2010, com o objetivo de atender antiga reivindica-
ção dos empregados e promover a criação de novos empregos
imprescindíveis para atender as demandas de ordem técni-
co-operacional e legal, decorrentes do crescimento vertiginoso
da população atendida.
Quadro de Classificação de Empregos dos empregadosda Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social -FGTAS
● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano
de Empregos, Funções e Salários da Fundação Gaúcha do Tra-
balho e Ação Social, pela Lei nº 13.443, de 5 de abril de 2010,
em atendimento a antiga reivindicação dos empregados, bem
como para criar novos empregos, imprescindíveis para atender
as demandas de ordem técnico-operacional e legal, até então
86
supridos pela utilização de mão-de-obra terceirizada, fato insis-
tentemente apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.
Quadro de Classificação de Empregos dos empregadosda Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul- PROTEÇÃO
● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano
de Empregos, Funções e Salários da Fundação de Proteção
Especial do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.418, de 5 de abril
de 2010, com o objetivo de atender antiga reivindicação dos
empregados e promover a criação de novos empregos impres-
cindíveis para atender demandas de ordem técnico-operacional
e legal.
Quadro Geral de Pessoal da Fundação Zoobotânica doRio Grande do Sul - FZB
● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano
de Empregos, Funções e Salários da Fundação Zoobotânica do
Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.420, de 5 de abril de 2010,
com o objetivo de atender antiga reivindicação dos empregados
e promover a criação de novos empregos imprescindíveis para
atender a demandas de ordem técnico-operacional e legal.
87
O Governo do Estado, a partir de 2008, com o ajuste fiscal em
andamento e com o aumento gradativo da arrecadação, retomou as
promoções funcionais dos servidores públicos estaduais da Adminis-
tração Direta, Autarquias e Fundações de direito público, tendo em
vista que muitas se encontravam em atraso. Esta medida valorizou os
servidores, mediante melhoria na sua remuneração e na sua auto-es-
tima e, por outro lado, gerou abertura de vagas nas carreiras, possibi-
litando a abertura de novos concursos públicos e oxigenando os qua-
dros funcionais do Estado.
Dentre as carreiras do funcionalismo público abrangidas pela
regularização das promoções, cabe ressaltar as da Polícia Civil, da
Superintendência dos Serviços Penitenciários - SUSEPE, do Institu-
to-Geral de Perícias - IGP, do Quadro da Saúde, do Quadro Geral dos
Funcionários Públicos do Estado, do Quadro dos Funcionários Técni-
co-Científicos do Estado, dos Técnicos em Planejamento e dos
servidores da Secretaria da Fazenda.
Quanto aos servidores das Fundações de direito privado, o Go-
verno do Estado também encontrou um expressivo número de pro-
moções pendentes de implantação desde 1º de janeiro de 2004. Por
intermédio de integrantes do GAE, o Governo, com o objetivo de dar
cumprimento às disposições compulsórias constantes nos planos de
carreiras aplicáveis aos empregados integrantes dos quadros perma-
nentes de empregos das fundações de direito privado, negociou com
os sindicatos de todas as categorias profissionais representativas de
seus empregados a imediata implantação em folha de pagamento
das promoções em atraso, bem como se comprometeu a regularizar
os processos de promoções previstas nos Planos, retomando as ava-
liações regulares relativas aos períodos vincendos.
88
Por todo o exposto, pode-se afirmar que o Estado passa a contar
com servidores estimulados por carreiras renovadas, com segurança
jurídica e que, com certeza, saberão retribuir à sociedade com atitudes
transparentes e ousadas em favor do bem comum.
89
90
Governo do Estado DO RIO GRANDE DO SULSÉRIE DOCUMENTO - IV
Porto Alegre, novembro de 2010
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