centro universitÁrio tiradentes curso de nutriÇÃo
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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES CURSO DE NUTRIÇÃO
FABIANA DA SILVA COSTA
FABRÍCIO FRANCISCO DA SILVA
ROSELE DE OLIVEIRA FERREIRA
A IMPORTÂNCIA DOS NUTRIENTES COMO REGULADORES DA FUNÇÃO
IMUNE: REVISÃO INTEGRATIVA
MACEIÓ – AL
2020
FABIANA DA SILVA COSTA
FABRÍCIO FRANCISCO DA SILVA
ROSELE DE OLIVEIRA FERREIRA
A IMPORTÂNCIA DOS NUTRIENTES COMO REGULADORES DA FUNÇÃO
IMUNE: REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Centro Universitário Tiradentes como parte das exigências para a obtenção do título de Nutricionista.
Orientadora: Prof. Dra. Raphaela Costa Ferreira
MACEIÓ – AL
2020
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ter nos dado saúde, sabedoria e fé para enfrentar as adversidades;
A nossos familiares e amigos, pelo apoio e cuidado incondicional durante toda
jornada;
À nossa querida e excepcional orientadora, pela paciência, carinho, suporte
acadêmico e pelo exemplo de profissional e ser humano que é;
À universidade e nossos professores, por compartilhar seus conhecimentos e
contribuírem para nossa formação;
Enfim, nossa gratidão a todos aqueles que contribuíram de maneira positiva na
construção e realização desse sonho.
A IMPORTÂNCIA DOS NUTRIENTES COMO REGULADORES DA FUNÇÃO IMUNE
THE IMPORTANCE OF NUTRIENTS AS REGULATORS OF IMMUNE
LA IMPORTANCIA DE LOS NUTRIENTES COMO REGULADORES DE LA
FUNCIÓN INMUNITARIA
RESUMO
Introdução: O sistema imune é composto por respostas inatas e adaptativas. Para
cada estágio da resposta imunológica, é necessária a presença de alguns nutrientes
que são essenciais para o seu bom funcionamento. Objetivo: O objetivo deste
estudo foi avaliar a importância dos nutrientes como reguladores da função imune.
Métodos: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura realizada a partir de
buscas nas bases de dados bibliográficas Medical Literature Library of Medicine
(MEDLINE) via PubMed, Scientific Electronic Library (SciELO) e Literatura Latino-
Americana e do Caribe (LiLaCs). Resultados: Os principais nutrientes encontrados
nos estudos em relação à imunidade foram: Vitamina D (n=2), Zinco (n=2), Selênio
(n=1) Ômega 3 (n=1), e nutracêuticos (n=1) que correspondem a um grupo contendo
diversos micronutrientes. Foram constatados benefícios referentes à imunidade,
dentre os quais, o aumento da resposta imune, modulação da resposta inflamatória
e a melhora dos fatores de risco que se mantêm em longo prazo, assim como o
aumento da função das células T. Conclusão: Os estudos observacionais e ensaios
clínicos destacaram o importante papel das vitaminas A, C e D, ácidos graxos
ômega-3, glutamina e zinco na regulação das respostas imunológicas.
PALAVRAS-CHAVE Nutrição, sistema imune, adulto e idoso.
ABSTRACT
Introduction: The immune system is composed of innate and adaptive responses.
For each stage of the immune response, it is necessary to have some nutrients that
are essential for its proper functioning. Objective: The objective of this study was to
evaluate the importance of nutrients as regulators of immune function. Methods:
This is an Integrative Literature Review carried out based on searches in the Medical
Literature Library of Medicine (MEDLINE) bibliographic databases via PubMed,
Scientific Electronic Library (SciELO) and Latin American and Caribbean Literature
(LiLaCs). Results: The main nutrients found in the studies in relation to immunity
were: Vitamin D (n = 2), Zinc (n = 2), Selenium (n = 1) Omega 3 (n = 1), and
nutraceuticals (n = 1) that correspond to a group containing several micronutrients.
Benefits related to immunity were found, among which, the increase of the immune
response, modulation of the inflammatory response and the improvement of the risk
factors that are maintained in the long term, as well as the increase of the function of
the T cells. Conclusion: Observational studies and clinical trials have highlighted the
important role of vitamins A, C and D, omega-3 fatty acids, glutamine and zinc in
regulating immune responses.
KEYWORDS Nutrition, immune system, adult and elderly.
RESUMEN
Introducción: El sistema inmunológico está compuesto por respuestas innatas y
adaptativas. Para cada etapa de la respuesta inmune, es necesario contar con
algunos nutrientes que son esenciales para su correcto funcionamiento. Objetivo: El
objetivo de este estudio fue evaluar la importancia de los nutrientes como
reguladores de la función inmunológica. Métodos: Se trata de una Revisión
Integrativa de Literatura realizada a partir de búsquedas en las bases de datos
bibliográficas de la Biblioteca de Literatura Médica de Medicina (MEDLINE) a través
de PubMed, Biblioteca Electrónica Científica (SciELO) y Literatura Latinoamericana
y del Caribe (LiLaCs). Resultados: Los principales nutrientes encontrados en los
estudios en relación a la inmunidad fueron: Vitamina D (n = 2), Zinc (n = 2), Selenio
(n = 1) Omega 3 (n = 1) y nutracéuticos (n = 1) que corresponden a un grupo que
contiene varios micronutrientes. Se encontraron beneficios relacionados con la
inmunidad, entre los que destacan el aumento de la respuesta inmune, la
modulación de la respuesta inflamatoria y la mejora de los factores de riesgo que se
mantienen a largo plazo, así como el aumento de la función de las células T.
Conclusión: Los estudios de observación y los ensayos clínicos han destacado el
importante papel de las vitaminas A, C y D, los ácidos grasos omega-3, la glutamina
y el zinc en la regulación de las respuestas inmunitarias.
PALABRAS CLAVE Nutrición, sistema inmunológico, adulto y anciano.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 10
2 MÉTODOS ................................................................................................. 11
2.1 DO TIPO DE PESQUISA ........................................................................ 11
2.2 Da Busca de Dados e Critérios de Inclusão e Exclusão ................... 11
2.3 Do Processo de Busca ....................................................................... 12
2.4 Da Análise e Síntese dos Resultados ................................................. 12
3 RESULTADOS ........................................................................................... 12
4 DISCUSSÃO .............................................................................................. 23
4.1 SISTEMA IMUNOLÓGICO E NUTRIÇÃO .............................................. 23
4.2 Vitamina D .............................................................................................. 24
4.3 Vitaminas A e C ..................................................................................... 25
4.4 Zinco ....................................................................................................... 26
4.5 Magnésio e Cobre ................................................................................. 26
4.6 Selênio .................................................................................................... 27
4.7 Macronutrientes .................................................................................... 30
4.8 Ácidos Graxos ....................................................................................... 31
5 CONCLUSÃO ............................................................................................ 34
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 34
10
1 INTRODUÇÃO
O sistema imune é composto por respostas inatas e adaptativas, enquanto
uma tem ação rápida, a outra tem ação mais lenta, que são específicas do antígeno.
O conjunto inato é construído por barreiras físicas que auxiliam a precaver o acesso
de patógenos quando sofre ameaças, usualmente por meio de processamentos
inflamatórios, agem rapidamente reparando essa inflamação e os prejuízos
causados. Após a resposta inata, a adaptativa é estimulada, que apesar de mais
lenta, é responsável por desenvolver a “memória imunológica” (CALDER, 2020).
O sistema imune protege o corpo humano contra microorganismos e/ou
toxinas produzidas por eles, e moléculas (geralmente proteínas) absorvidas
indevidamente (antígenos), que são percebidas como substâncias estranhas ao
corpo. Assim, a capacidade de distinguir substâncias atípicas no corpo é uma
característica fundamental do sistema imunológico (SGARBIERI; PACHECO, 2017).
Para cada estágio da resposta imunológica, é necessária a presença de
alguns micronutrientes que são essenciais para o seu bom funcionamento. Pode-se
citar o ferro, mineral essencial para a diferenciação e crescimento do tecido epitelial;
a vitamina A e o zinco, que atuam para a integridade estrutural e funcional da pele e
células da mucosa; as vitaminas C e E que agem como antioxidantes, ajudando na
proteção das células e contra a ação das espécies reativas de oxigênio; E, as
vitaminas D, A, B6, B12 e o folato, que contribuem para o equilíbrio da microbiota
intestinal (GOMBART; PIERRE; MAGGINI, 2020).
Um estado nutricional inadequado, como é o caso da desnutrição, prejudica o
bom funcionamento do sistema imune. Outros aspectos de risco que podem
estimular o sistema são a proporção e dimensão da carência nutricional, a influência
dos micronutrientes na dieta que podem auxiliar na manuntenção do estado
nutricional e do metabolismo, a frequência de infecção e a idade do indivíduo
(CHILDS; CALDER; MILES, 2019).
Os nutrientes têm papéis vitais em todo o sistema imunológico que são
independentes do estágio da vida, todavia, determinou-se que aqueles que tem um
papel especial na manutenção da imunocompetência incluem: vitaminas A, C, D, E,
B2, B6 e B12, e minerais, ácido fólico, beta-caroteno, ferro, selênio e zinco. Neste
sentido, existe uma interação bidirecional entre nutrição, infecção e imunidade, visto
que, a resposta imune é comprometida quando a nutrição é insuficiente,
11
predispondo os indivíduos a infecções e um estado nutricional depletado que pode
ser exacerbado pela própria resposta imune a uma infecção. Dessa forma, a
imunocompetência depende do estado nutricional do indivíduo (MAGGINI; PIERRE;
CALDER, 2018).
Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a importância dos
nutrientes como reguladores da função imune, considerando sua ação e os
benefícios associados à ingestão dietética.
2 MÉTODOS
2.1 DO TIPO DE PESQUISA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no período de
agosto a outubro de 2020, na obtenção de dados, acerca de resposta para a
seguinte questão norteadora: Qual a importância dos nutrientes como reguladores
da função imune?
2.2 Da Busca de Dados e Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram utilizadas as bases de dados, Medical Literature Library of Medicine
(MEDLINE) via PubMed, Scientific Electronic Library (SciELO) e Literatura Latino-
Americana e do Caribe (LiLaCs), para fundamentação teórica. A definição de
descritores controlados foi referenciada nos Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS) e termos MESH (Medical Subject Headings). A busca de dados foi efetuada
com os seguintes descritores: Nutrição; Sistema imune; Adulto e Idoso; bem como
suas versões em inglês, (Nutrition; Imune system; Adult and Elderly). Esses
descritores foram usados para todas as bases de dados igualmente, utilizando os
operadores booleanos “and” e “or” para busca.
Foram considerados estudos publicados nos últimos quinze anos, realizados
em humanos, adultos ou idosos, os quais apresentaram aspectos referentes aos
problemas relacionados à carência nutricional e imunossupressão; abordaram os
nutrientes específicos relacionados à imunidade; identificaram as principais causas
da baixa imunidade e as estatísticas relacionadas à carência de nutrientes na
população; estando estes, em inglês ou português, com corte temporal para leitura
dos artigos inferiores ao ano de 2005.
12
Excluiu-se desta pesquisa os estudos sem determinação de metodologia
clara, teses e dissertações, publicações com impossibilidade de acesso à publicação
impressa ou online, e também foram descartadas revisões da literatura e estudos
que não fossem referentes aos últimos quinzes anos.
2.3 Do Processo de Busca
Foi realizada uma revisão a partir da leitura de resumos/abstracts/resumen,
nos quais foram determinados os níveis de evidência dos artigos, e se os mesmos
apresentavam as estratégias e características relacionadas à importância dos
nutrientes na regulação do sistema imune nessa população. Para tal, foi efetuada a
seleção de resumos feita a avaliação e contemplado os resultados. A seleção dos
estudos foram realizadas primeiramente por títulos compatíveis com o tema (n=242),
em seguida foram analisados os resumos dos artigos pré-selecionados (n=15) e por
fim realizou-se a leitura de texto na íntegra para inclusão (n=15).
2.4 Da Análise e Síntese dos Resultados
Os resultados encontrados na busca foram avaliados pelos revisores para
validação metodológica antes da inclusão na revisão. Na existência de
desaprovações entre os revisores, estas foram resolvidas através de discussão em
grupo, ou com o quarto revisor (orientador). Estes dados incluíram detalhes
específicos sobre as intervenções, populações, e resultados de importância que
responderam a questão norteadora do estudo abordado.
3 RESULTADOS
Ao final da pesquisa foram encontrados 242 (duzentos e quarenta e duas)
publicações, sendo 220 (duzentos e vinte) do Pubmed, 19 (dezenove) do Lilacs e 3
(três) do SciElo (Figura 1). Desse total, após a leitura dos títulos e resumos, 15
(quinze) artigos foram considerados elegíveis para a leitura na íntegra. Por não
atenderam aos critérios de inclusão, 6 (seis) artigos foram excluídos pelos seguintes
motivos: estudos de revisão (n = 1) e estudos que não atenderam a temática (n = 5).
Dessa forma, 9 (nove) artigos foram incluídos para a análise qualitativa.
13
Figura 1 – FLUXOGRAMA DA SELEÇÃO DE ESTUDOS.
Fonte: Dados da pesquisa, 2020.
Todos os artigos selecionados estavam em inglês, e os anos de publicação
variaram entre 2007 a 2019. O Qualis A1 predominou entre as revistas, que
utilizaram a metodologia de estudo clínico randomizado controlado por placebo
(Tabela 1).
Os principais nutrientes encontrados nos estudos em relação à imunidade
foram: Vitamina D (n=2), Vitamina A (n=1), Vitamina C (n=1), Zinco (n=2), Selênio
(n=2), Ômega 3 - eicosapentaenoico - EPA e DHA – docosahexaenoico (n=3), Cobre
(n=1), macronutrientes (n=3), e por conseguinte estudos envolvendo uma
combinação de vários desses nutrientes (n=4). Esses resultados são promissores
para novas aplicações e intervenções nutricionais, pois nessas pesquisas, os
autores constataram benefícios referentes à imunidade, dentre os quais em alguns
IDE
NTI
FIC
AÇ
ÃO
ARTIGOS ENCONTRADOS ATRAVÉS DA PESQUISA REALIZADA NOS BANCOS DE DADOS (N=242)
PUBMED (N=220)
LILACS (N=19)
SCIELO (N=3)
SE
LEÇ
ÃO
ARTIGOS SELECIONADOS APÓS A LEITURA DOS TÍTULOS E RESUMOS (N=15)
ARTIGOS EXCLUÍDOS
(N=227)
ANÁLISE DOS ARTIGOS NA ÍNTEGRA (N=15)
INC
LUS
ÃO
ARTIGOS EXCLUÍDOS
COM RAZÕES (N=6)
ARTIGOS INCLUÍDOS NA ANÁLISE (N=9)
ELE
GIB
ILID
AD
E
14
estudos houve o aumento da resposta imune, modulação da resposta inflamatória e
a melhora dos fatores de risco que se mantêm em longo prazo, assim como o
aumento da função das células T (Tabela 2).
Tabela 1 – Características básicas dos estudos selecionados na revisão integrativa AUTORES ANO PERIÓDICOS/QUALIS CARACTERÍSTICAS
DOS PARTICIPANTES PAÍS
Gonçalves-Mendes et al.
2019 Frontiers in Immunology A1
Homens e mulheres com idade média de 72 anos.
França
Tsoukalas et al.
2019 International Journal of Molecular Medicine B1
Homens e mulheres entre 40-55 anos.
Grécia
Barnett et al. 2016 American Journal of Clinical Nutrition A1
53 idosos em lares de idosos (com idade ≥65 anos).
EUA
Zanten et al. 2014 JAMA A1
301 pacientes adultos que deveriam ser ventilados por mais de 72h e necessitar de NE.
Holanda, Alemanha, França e Bélgica.
Theilla et al. 2012 British Journal of Nutrition A1
40 pacientes com lesão por pressão e recebendo suporte nutricional.
EUA
Farber et al. 2011 American Journal of Clinical Nutrition A1
12 homens e mulheres saudáveis (maiores de 55 anos).
Países Baixos
Barnes, et al. 2010 American Journal of Clinical Nutrition A1
Homens e mulheres, na coorte mais jovem (20-40 anos) e coorte mais velha (≥64 anos).
Irlanda
WU JING et al.
2009 Environmental and Molecular Mutagenesis A1
81 homens saudáveis entre 40-70 anos.
Austrália
Karlsen et al. 2007 American Journal of Clinical Nutrition A1
118 homens e mulheres saudáveis, entre 40-74 anos.
Noruega
Fonte: Autoria própria.
15
Tabela 2 – Características gerais dos estudos selecionados na revisão integrativa
ESTUDO OBJETIVO TIPO DE ESTUDO
IDADE (ANOS)
NUTRIENTES INTERVENÇÃO RESULTADOS
Gonçalves-Mendes et al., 2019.
Investigar se a suplementação de Vit-D em idosos deficientes poderia melhorar a seroproteção da influenza e a resposta imunológica.
Estudo randomizado duplo-cego controlado por placebo.
65-85 anos
Vitamina D 100.000 UI / 15 dias de colecalciferol (D, n = 19) ou um placebo (P, n= 19), durante um período de 3 meses.
Os níveis de 25- (OH) D sérico aumentaram após a suplementação. Nenhuma diferença foi observada para os níveis de catelicidina sérica, títulos de anticorpos e produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) nos grupos D vs. P em V3. Níveis plasmáticos mais baixos de TNFα ( p = 0,040) e IL-6 ( p = 0,046), e mais altos para TFGβ ( p= 0,0028) foram observados em V3. A razão Th1 / Th2 menor no grupo D foi em V2 (D: 0,12 ± 0,05 vs. P: 0,18 ± 0,05, p= 0,039).
16
Tsoukalas et al., 2019.
Avaliar os efeitos de uma combinação de suplementos nutracêuticos (NS) no comprimento dos telômeros (TL) em voluntários saudáveis sem histórico médico de qualquer doença.
Estudo clínico randomizado.
40-55 anos
Suplementos nutracêuticos: mix de vitaminas como vitamina C, acetato de vitamina E, niacina, vitamina B1, vitamina K2, vitamina B6, betacaroteno, vitamina B12, magnésio, Ômega 3-6-9, ácido eicosapentaenóico (EPA), docosa-ácido hexaenóico (DHA), de ácido gama linolênico (GLA), ascorbato de cálcio, vitamina E, L – glutamina e oligofrutose (FOS).
Um grupo foi suplementado com uma cápsula de nutracêuticos e o outro grupo recebeu placebo no período de 6 a 12 meses.
A suplementação com nutracêuticos pode afetar o cumprimento dos telômeros curtos. Os efeitos dos antioxidantes estão implicados na manutenção desses telômeros.
Barnett et al., 2016.
Determinar o efeito da suplementação com 30 mg de Zn/d por 3 meses sobre as
Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo.
≥65 anos
Zinco
Zinco sérico (<70 μg/dL); destes, 31 foram distribuídos aleatoriamente a grupos de zinco
A suplementação de zinco em 30 mg/d por 3 meses é eficaz no aumento das
17
concentrações séricas de zinco em idosos de asilos com deficiência de zinco.
(30 mg Zn / d) (n = 16) ou placebo (5 mg Zn / d) (n = 15).
concentrações séricas de zinco em idosos de asilos; entretanto, nem todos os idosos com deficiência de zinco alcançaram concentrações adequadas. O aumento na concentração de zinco sérico foi associado ao aumento da função das células T, principalmente devido a uma elevação no número dessas células.
Zanten et al., 2014.
Determinar se a nutrição enteral rica em proteínas enriquecida com nutrientes imunomoduladores reduzem a incidência de infecções, em
Ensaio clínico randomizado, duplo-cego controlado, por período de 6 meses de acompanhamento em 14 UTIs.
≥18 anos
Glutamina, EPA e DHA, selênio e antioxidantes.
Nutrição enteral rica em proteínas enriquecida com nutrientes imunomoduladores (RPIM) vs. nutrição enteral rica em proteínas padrão (RP), iniciada
Não houve diferenças significativas na incidência de novas infecções entre os grupos.
18
comparação com a nutrição enteral de alta proteína, padrão em pacientes críticos sob ventilação mecânica.
dentro de 48 horas da admissão na UTI e continuou durante a internação na UTI por no máximo 28 dias.
Theilla et al., 2012.
Avaliar o impacto de uma fórmula enriquecida com óleo de peixe e micronutrientes (fórmula de estudo) na cura de úlceras de pressão e na função imunológica em pacientes criticamente enfermos em uma unidade de terapia intensiva.
Estudo prospectivo, randomizado, controlado.
≥18 anos
Lipídeo, Proteína, Carboidrato, EPA, DHA, GLA, Vit A, Vit C, Vit E, cobre, magnésio e Zinco.
Um total de quarenta pacientes com lesão por pressão e recebendo suporte nutricional foram inscritos. Grupo de intervenção (n=20), recebeu fórmula do estudo; e um grupo de controle (n=20) recebeu uma fórmula isoenergética.
Houve aumento da percentagem de linfócitos positivos e de moléculas de adesão de granulócitos no grupo de intervenção. Esses doentes também tiveram significativamente menor progressão das lesões de pressão existentes em comparação com os doentes que recebiam uma fórmula isoenergética e suficiente em nutrientes.
19
Farber et al., 2011.
Investigar a incorporação de EPA e DHA em glóbulos brancos (WBC) em diferentes pontos de tempo, durante uma semana de suplementação com um alimento que é rico em proteínas e leucina e enriquecido com óleo de peixe e oligossacarídeos específicos. Além disso, avaliar os efeitos sobre a função imune.
Estudo aberto. ≥55 anos
EPA, DHA, Proteína (incluindo 4,4 g de L-leucina).
12 homens e mulheres saudáveis (maiores de 55 anos) consumiram 2×200 mL de alimento fornecendo 2,4 g de EPA, 1,2 g de DHA, 39,7 g de proteína (incluindo 4,4 g de L-leucina) e 5,6 g de oligossacarídeos diariamente, durante uma semana.
A suplementação nutricional com um alimento enriquecido com óleo de peixe aumentou significativamente a porcentagem de EPA em fosfolipídios de leucócitos em uma semana. Simultaneamente, a resposta imune ex vivo ao LPS aumentou consideravelmente. Esses resultados são promissores para novas aplicações e intervenções nutricionais, agindo em pacientes com câncer, que devem ser investigados em futuros estudos.
20
Barnes, et al., 2010.
Avaliar o efeito da suplementação de vitamina D.
Estudo clínico randomizado controlado por placebo.
Adultos (20-40 anos) e idosos (≥64 anos).
Vitamina D Homens e mulheres, na coorte mais jovem (20-40 anos) e coorte mais velha (≥64 anos), receberam 5, 10 ou 15 μg (1 μg = 40 UI) Vitamina D3 diariamente ou placebo por 22 semanas, durante o período de inverno.
A suplementação de vitamina D com doses incrementais de 5, 10 e 15 μg/d de vitamina D3 não teve efeito significativo nas concentrações de citocinas, apesar da dose mais alta de 15 μg/d ter um efeito nas concentrações séricas de 25 (OH) D ao manter a vitamina em Status D em adultos e aumento do status de vitamina D em idosos durante o período de inverno.
WU Jing et al., 2009.
Investigar se a melhoria do status de Selênio (Se), por meio do aumento da ingestão alimentar de trigo biofortificado com Se, afeta os biomarcadores de
Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo.
Entre 40-70 anos.
Selênio Durante 24 semanas. 81 homens saudáveis entre 40-70 anos, com aumento da dose de ingestão de selênio a cada 8 semanas. O trigo foi fornecido como 1, 2 e 3 biscoitos
Verificou-se que o consumo de trigo biofortificado com Se aumentou a concentração plasmática de Se de um nível basal de 122 a 192 mcg / L após a ingestão de três biscoitos /
21
risco de câncer, risco de doença cardiovascular, estresse oxidativo e função imunológica, em homens saudáveis do sul da Austrália.
de trigo tufado, durante as semanas 1-8, 9-16 e 17-24, respectivamente.
dia, que forneceram 267 mcg de Se. A suplementação de Se não apresentou resultados benéficos, bem como riscos adversos à saúde. O aumento da ingestão de Se pode reduzir o risco de doenças degenerativas, incluindo câncer, mas a ingestão excessiva pode ser tóxica.
Karlsen et al., 2007
Estudar a eficiência da ativação induzida por LPS de NF-kappaB. Além disso, avaliar também o efeito da suplementação de antocianina.
Ensaio clínico controlado por placebo.
40-74 anos
Lipídeos 118 homens e mulheres saudáveis, entre 40-74 anos, receberam suplementação com cápsulas de Medox (75mg 2vezes/d) fornecendo um total de 300 mg de antocianinas/d ou
Foram observadas diferenças em vários mediadores inflamatórios relacionados ao NF-kappa B no grupo Medox em comparação com o placebo.
22
AGCC= ácidos graxos de cadeia curta; DHA= ácido docosahenoico; EPA= ácido eicosanpentanoico; ERO= espécies reativas de oxigênio; LPS= lipopolissacarídeos; Medox= Medpalett Pharmaceuticals; NE= nutrição enteral; UTI= unidade de terapia intensiva Fonte: Autoria própria.
placebo.
23
4 DISCUSSÃO
4.1 SISTEMA IMUNOLÓGICO E NUTRIÇÃO
O sistema imunológico é composto por várias camadas de uma complexa
rede de células e moléculas espalhadas por todo o corpo para detectar e responder
ao estresse celular, reconhecer antígenos e responder de forma eficaz para garantir
a defesa contra patógenos. Nessa defesa, o sistema imunológico ativa células
efetoras (incluindo linfócitos e antígenos) para produzir anticorpos. Cada célula do
corpo humano tem uma função, mas nesse aspecto, dezenas de glóbulos brancos
especializados são particularmente importantes. Não há dúvida de que a geração
inadequada destas respostas efetoras terá efeitos deletérios no organismo e existe
uma complexidade em entender o estado geral deste sistema multifacetado em um
único indivíduo (BRODIN, 2020).
Nos últimos anos foi reconhecido que o estado nutricional adequado é
essencial para a ocorrência, manutenção e expressão de respostas imunes. Os
micronutrientes (ou seja, vitaminas e minerais necessários para a nutrição)
influenciam e apoiam todos os estágios da resposta imunológica. A deficiência de
nutrientes pode afetar a imunidade inata e adaptativa, levando à imunossupressão e
aumentando a suscetibilidade à infecção. Nesta revisão constatou-se que os
micronutrientes podem desempenhar um papel importante na melhoria da
resistência e restauração da função imunológica (PECORA et al., 2020).
O nível apropriado de nutrientes é essencial para garantir a função eficaz de
todos os componentes do sistema imunológico. Além disso, é sabido que uma
nutrição adequada pode ajudar a manter a função imunológica ideal e reduzir o
impacto de infecções. Várias vitaminas, como a vitamina A e C, e oligoelementos
como o zinco e o selênio desempenham um papel importante no suporte das células
do sistema imunológico, aumentando assim a resistência à infecção, como pode ser
visto nos estudos de Zanten et al., (2014), que quis determinar se a nutrição enteral
rica em proteínas enriquecida com nutrientes imunomoduladores, reduzia a
incidência de infecções em comparação com a nutrição enteral de alta proteína,
padrão em pacientes críticos sob ventilação mecânica, pórem, em seus resultados
não houve diferenças significativas na incidência de novas infecções entre os grupos
estudados. Outros nutrientes, como os ácidos graxos ômega-3, ajudam a manter o
24
funcionamento ideal do sistema imunológico reduzindo processos inflamatórios
(PECORA et al., 2020).
A relação entre nutrição e sistema imunológico é "uma compreensão
desafiadora” como evidenciada nos tempos atuais, devido à pandemia de COVID-
19. Dados cada vez mais promissores mostram que a diversidade de nutrientes
pode regular beneficamente a resposta imune exagerada em curso, por exemplo,
autoimunidade ou alergias, ou apoio ao sistema imunológico no combate a
patógenos. Contudo, para a maioria dos estudos controlados, ainda há carência de
uma grande quantidade de evidências de causalidade clara. (UNTERSMAYR,
KALLAY, 2020).
4.2 Vitamina D
A vitamina D é um nutriente que além das funções clássicas de homeostase
do cálcio e fósforo e do metabolismo ósseo, também tem importante impacto na
resposta imunológica. Nos estudos de Gonçalves-Mendes et al., (2019) a deficiência
está associada ao aumento da inflamação e da autoimunidade. O mecanismo da
vitamina D na regulação do sistema imunológico é convincente, no entanto, a
causalidade ainda não é clara. (UNTERSMAYR, KALLAY, 2020).
Estudos recentes de Pizzini et al., (2020) indicam que a deficiência de
vitamina D é comum em pacientes com COVID-19, mas a causa e o efeito da
vitamina D no processo da doença permanece incerto. Assim como detalhou os
estudos de Gonçalves et al., (2019) que objetivou investigar se a suplementação de
Vitamina D poderia melhorar a resposta imunológica em idosos deficientes na faixa
etária de 65-85 anos, e Barnes, et al., (2010) que avaliou o efeito da suplementação
de vitamina D em adultos, com doses de 5, 10, 15ug\dia de suplementação de
vitamina D3 em homens e mulheres na faixa etária igual ou acima de 20 anos.
Sassi et al., (2018) concluíram que há uma necessidade de randomização em
grande escala e ensaios clínicos para confirmar a garantia suficiente de vitamina D,
na redução da incidência e das infecções e/ou doenças autoimunes. Tal como,
acrescentam os estudos analisados nessa revisão da literatura, que demonstram em
suas conclusões não terem obtido efeitos significativos em suas análises clínicas,
acerca da vitamina D.
25
4.3 Vitaminas A e C
Tratando-se ainda sobre as vitaminas, sabe-se que vitamina A é um
micronutriente encontrado em fontes de origem animal (retinol) e vegetal
(provitamina A). É um nutriente imprescindível na garantia e saúde da visão, como
também, no aperfeiçoamento adequado das células que compõem vários tecidos do
corpo. De acordo, com Sarni et al., (2010), a deficiência de vitamina A está
associada a diminuição das células NK (Natural Killer) e a capacidade de células
esplênicas em fabricar interferon, após o impulso de mitógenos. Com isso, essa
insuficiência associa-se a redução da produção de anticorpos em combate a
polissacarídeos bacterianos e antígenos proteicos. Segundo Ahmad et al.,
(2009), há uma relação significativa entre os estoques de vitamina A e células T ou
ingênuas na periferia do sangue.
Diante disso, o estudo mostrou que os estoques de vitamina A acima do nível
de 0,07mmol / g são associados com maior número e proliferação de células T. A
vitamina C, por sua vez, é um nutriente essencial que não pode ser sintetizado entre
humanos, isso devido à perda de uma enzima na via biossintética. A deficiência
crítica de vitamina C dá origem ao escorbuto potencialmente fatal. O escorbuto tem
como aspecto o esgotamento da estrutura colágena, produzindo uma menor
cicatrização de feridas e como consequência a diminuição da imunidade. Ademais,
a vitamina C exerce uma infinidade de resultados benéficos nas funções celulares do
sistema imune inato e adaptativo. Mesmo a vitamina C sendo um potente
antioxidante que protege o corpo contra os radicais livres oxidativos, endógenos e
exógenos, é possível que sua ação como cofator entre algumas enzimas
biossintéticas e reguladoras genéticas, desempenhe um papel importante em seus
efeitos imunomoduladores. (CARR ANITRA C et al., 2010).
De acordo com Ribeiro, (2019) alguns tipos de leucócitos, como os neutrófilos
e monócitos, apresentam uma concentração de vitamina C 50-100 vezes mais
concentrados no plasma, através da sua forma de absorção e forma oxidada, de
hidroascorbato. O aumento dessa concentração desempenha um papel importante
nessas células, como proteção antioxidante durante a fagocitose, migração e
redução da intensidade da cascata inflamatória, pelo controle do balanço das
indicações pró-inflamatórias e antiinflamatórias, como pode ser observado no estudo
de Theilla et al., (2012), que tendo a vitamina A e C incluída numa fórmula a base de
26
óleo de peixe, avaliou o impacto dessa fórmula na cura de úlcera de pressão e
melhora da função imunológica em pacientes críticos em UTI (unidade de terapia
intensiva), obtendo como resultados uma multiplicação de glóbulos brancos e
progressão significativamente menor da lesão por pressão nos pacientes avaliados.
No entanto, vale frisar que o estudo avaliou o efeito das vitaminas em um composto
com outros oligoelementos. Dessa forma, não pode-se determinar de forma
fidedigna o efeito individual dessas vitaminas na imunidade.
4.4 Zinco
Os minerais são componentes da dieta necessários para o crescimento,
desenvolvimento e homeostase. Dentre os minerais mais relevantes, o zinco (Zn) é
um elemento importante do metabolismo humano como é visto nos estudos de
Barnett et al., (2016) e Theilla et al., (2012), nos quais percebeu-se aumento da
função das células T em idosos com suplementação de zinco (30mg/dia) e elevação
na porcentagem de linfócitos, estando o zinco integrado a uma formula à base de
óleo de peixe, nessa ordem.
Como cofator de enzimas, o zinco auxilia na regulação da estrutura proteica e
da expressão gênica. Sua deficiência está relacionada à disfunção imunológica,
inflamação, estresse oxidativo, aumento do risco de infecções, doenças
cardiovasculares (DCV) e osteoporose (BABAALI et al., 2020).
No estudo de Barnett et al. (2016), que utilizou o Zinco como principal
nutriente de sua pesquisa, para determinar o efeito da suplementação com 30 mg de
Zn/dia, durante três meses, sobre as concentrações séricas de Zn em idosos de
asilos com deficiência, aponta que essa suplementação é eficaz no aumento das
concentrações séricas desse nutriente em idosos acima de 65 anos, entretanto, nem
todos os idosos com deficiência de Zn alcançaram concentrações adequadas. A
maior concentração de zinco sérico foi associada ao aumento da função das células
T, principalmente devido ao maior número dessas células.
4.5 Magnésio e Cobre
Por décadas, o papel do magnésio em adjuvantes analgésicos em várias
dores agudas e crônicas foi evidenciado. Como um nutriente mineral essencial,
27
aumentar a ingestão de magnésio ou suplementá-lo pode melhorar o curso de certas
doenças, como osteoartrite, doenças neurológicas e doenças cardiovasculares,
contribuindo na melhora da analgesia. É concebível que o magnésio seja importante
aliado na prevenção e tratamento de doenças (SHIN et al., 2020).
O cobre é um oligoelemento essencial e uma parte importante do sangue e
está contido em quantidades maiores no fígado, cérebro, coração e rins. O cobre
livre no plasma é um agente catalizador de espécies reativas de oxigênio e está bem
distribuído nos alimentos, sendo suas maiores fontes: crustáceos, nozes, sementes,
legumes, farelo e gérmen dos cereais e vísceras. A deficiência de cobre no corpo
humano é muito rara, o que indica que a ingestão alimentar é suficiente para
prevenir sua deficiência. Existem evidências de que, diante da redução dos níveis
séricos de cobre, há depleção da atividade antioxidante, já as mais recentes,
indicam sua influência sobre a função imunológica (MACÊDO, et al, 2010)
Os estudos de Theilla et al., (2012) que utilizaram o magnésio e o cobre em
suas fórmulas para avaliação complementam essa tese, já que seus resultados
apontam para um aumento na proporção de leucócitos que são produzidos em
grandes quantidades durante a infecção, razão pela qual pode ser um bom indicador
na saúde do indivíduo. Em suas análises os autores avaliaram quarenta pacientes
acima de 18 anos com lesão por pressão e recebendo suporte nutricional, onde
dividiu-se dois grupos (n=20), o primeiro recebeu uma fórmula enriquecida com óleo
de peixe e micronutrientes, entre eles o magnésio e o cobre, e o segundo chamado
grupo controle uma fórmula isoenergética; e pôde-se constatar significativamente em
comparação com o grupo controle, que o uso de óleo de peixe e micronutrientes
pode atingir menor progressão da doença e aumentar o número de linfócitos, o que
pode de fato explicar sua importância no aumento da imunidade.
4.6 Selênio
Quanto ao selênio, é um mineral necessário que executa um papel
fundamental na evolução e diversidade de processos fisiológicos, incluindo
respostas imunológicas de impacto. O sistema imune depende do consumo dietético
de selênio, e esse nutriente tem seus efeitos biológicos especialmente através de
sua inclusão nas selenoproteínas (AVERY; HOFFMANN, 2018).
28
Steinbrenner, (2015), numa revisão evidenciou uma visão geral atualizada do
selênio em doenças infecciosas causadas por vírus (por exemplo, HIV, vírus da
hepatite C) e bactérias (por exemplo, M. tuberculosis , Helicobacter pylori), e
registrou que em uma dieta habitual muitas vezes não é suficiente para atender às
demandas crescentes de micronutrientes em doenças infecciosas. Como muitos
pacientes apresentam amplas deficiências nutricionais, a suplementação de vários
micronutrientes parece ser uma abordagem mais promissora, do que o uso de
selênio sozinho, além disso, pode ser útil também na melhora dos cuidados de
suporte e estimular o sistema imunológico de pacientes que sofrem de patologias
virais emergentes.
Há tempos, se reconhece que a escassez de selênio (Se) afeta de forma
negativa as células imunes durante a ativação, separação e reprodução. Isso está
relacionado ao acréscimo do estresse oxidativo, pórem funções aditivas, como
dobramento de proteínas e fluxo de cálcio, podem ser afetadas em células imunes
em condições de carência de Se, já em níveis acima do adequado, pode influenciar
na ação das células imunológicas, com alguns tipos de inflamação e efeitos
sexualmente dimórficos dos níveis de Se, em alguns casos (FAIRWEATHER et al.,
2010).
WU Jing et al., 2009, investigaram se a melhoria do status de Se, por meio do
aumento da ingestão alimentar de trigo biofortificado com esse nutriente, afeta os
biomarcadores de risco de câncer, risco de doença cardiovascular, estresse
oxidativo e função imunológica em homens saudáveis, e registrou
que suplementação de selênio não apresentou resultados benéficos, bem como
riscos adversos à saúde. O aumento da ingestão de Se pode reduzir o risco de
doenças degenerativas, incluindo câncer, mas a ingestão excessiva pode ser tóxica.
O estudo avaliou 39 participantes que tomaram um suplemento diário de 100 μg de
selenito de sódio por 6 semanas. Neste grupo, o selênio plasmático aumentou após
esse período de suplementação de 1,19 ± 0,022 para 1,41 ± 0,025 μmol/L (média
após: antes da suplementação = 1,19 ± 0,018; p<0,001), enquanto que, no grupo de
16 voluntários, também houve um aumento significativo no selênio plasmático
(média após: antes da suplementação = 1,23 ± 0,09; p<0,001). Além disso, a
suplementação de selênio levou a uma maior atividade da glutationa peroxidase dos
linfócitos, que é um importante sistema de defesa enzimático contra o aumento de
radicais livres.
29
Em contrapartida, uma revisão realizada por Avery, (2018), retrata que em
condições de deficiência de selênio, as respostas imunes inatas e adaptativas são
prejudicadas. Os benefícios da suplementação de selênio para aumentar a
imunidade contra patógenos, vacinas ou cânceres foram explorados e não
forneceram resultados totalmente claros. Alguns dos problemas residem no fato de
que alguns patógenos ou células tumorais, podem se beneficiar de níveis mais
elevados de selênio. A manipulação de selenoproteínas individuais pode oferecer
uma abordagem mais precisa para melhorar o sistema imunológico ou mitigar a
inflamação crônica. Essa abordagem exigirá uma caracterização abrangente dos
papéis das selenoproteínas e um desmascaramento dos mecanismos moleculares
pelos quais elas regulam as funções das células imunológicas.
Em geral, há evidências consideráveis que fortalecem a noção de que o Se
afeta diferentes tipos de respostas imunológicas de maneiras distintas. A influência
da suplementação de Se no aumento da imunidade depende do tipo de antígenos e
tecidos envolvidos, por exemplo, a suplementação de Se pode aumentar as
respostas imunes do tipo Th1 em maior extensão do que as respostas do tipo Th2, e
certos agentes infecciosos podem realmente se beneficiar dos níveis adicionados de
Se, utilizando-os para suas próprias enzimas antioxidantes (HOFFMANN, 2008).
Evidências disponíveis sugerem que elevar os níveis de Se em indivíduos
com Se moderadamente baixo pode ter mais efeitos de reforço imunológico do que
suplementar um indivíduo adequado de Se. Nesse contexto, a relação entre o status
de Se e a imunidade denota-se mais complexa do que o simples fato do Se ser em
geral como um “impulsionador” da imunidade, o que sinaliza a necessidade crítica de
transparecer os processos pelos quais o Se afeta o sistema imunitário em estudos
futuros (HOFFMANN, 2008). Na tabela 3 pode ser visualizado o papel de cada
micronutriente e sua relação com a resposta imune.
Tabela 3 – Papel dos micronutrientes e sua relação com a imunidade BARREIRAS FÍSICAS IMUNIDADE CELULAR PRODUÇÃO ANTICORPOS Vitamina A Vitamina A Vitamina A Vitamina C Vitamina B6 Vitamina B6 Vitamina E Vitamina B12 Vitamina B12 Zinco Vitamina C Vitamina D Vitamina D Vitamina E Vitamina E Ácido Fólico Ácido Fólico Zinco
30
Cobre Cobre Zinco Selênio Selênio
Adaptado de Silvia Maggini, et al. (2007).
4.7 Macronutrientes
No tocante dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) sabe-se
que fornecem energia e influenciam vários fatores fisiológicos. Muitos estudos
relatam que intervenções dietéticas específicas podem afetar a saúde e expectativa
de vida, como abordado nos estudos de Theilla et al., (2012), Farber et al., (2011) e
Karlsen et al., (2007). As diretrizes nutricionais dietéticas recomendam a ingestão
ideal de energia e macronutrientes para melhorar a saúde e prevenir doenças
crônicas, bem como melhoria na imunidade (KWON et al., 2020).
Dessa forma, os macronutrientes por exercerem papéis essenciais no
processo imunológico também são citados nos estudos na presente revisão. Nos
estudos de Theilla et al., (2012) e Farber et al., (2011), esses nutrientes fizeram
parte da intervenção dos indivíduos avaliados, onde verificou-se um aumento da
porcetagem de linfócitos, além de melhorar a resposta imune. Vale ressaltar que
esses estudos não avaliaram os macronutrientes isolados, por isso precisam ser
avaliados em análises futuras para obtenção de resultados confiáveis, sobre a
relação entre eles e a imunidade.
Por outro lado, no estudo de Karlsen et al., (2007), os lipideos são
suplementados e analisados em um ensaio controlado por placebo, onde 118
homens e mulheres saudáveis na faixa etária de 40-74 anos receberam
suplementação com cápsulas de 75mg duas vezes ao dia, fornecendo um total de
300 mg de antocianina, um antioxidante e antiinflamtório encontrado nas frutas
vermelhas como o morango, por exemplo. Ao término da análise foram observados
alguns mediadores inflamatórios como as antocianinas, metabólitos secundários da
biossíntese das plantas (pertencentes aos flavonóides) e interleucinas, fármacos
importantes do grupo das citocinas e principal meio na resposta
imunológica. Estudos tem demonstrado que as antocianinas podem aumentar a
resistência do LDL à oxidação e reduzir fatores pró-inflamatórios, como citocinas
(CARDOSO et al., 2011).
31
Os benefícios dos lipídeos associados à resposta imune foi amplamente
estudado, como já mencionado. Quanto aos carboidratos, é observado um efeito
promissor sobre o sistema imune, principalmnete em esportistas e atletas. Nesses
indivíduos, a suplementação de glicídios durante o exercício pode elevar a
multiplicação e a ativação de células exterminadoras naturais, reduzir o número de
neutrófilos e expandir a produção de citocinas como, por exemplo, as interleucinas e
fator de necrose tumoral-alfa (MARQUES, 2005).
Outros nutrientes, como os aminoácidos que constituem as proteínas também
podem influenciar o sistema imunológico, destacando a glutamina. Esse aminoácido
é classificado como condicionalmente essencial, tendo efeito sobre a eficácia
regulatória na articulação imunológica e celular. A abstinência de glutamina restringe
a multiplicação de glóbulos brancos, interfere na manifestação de indicadores que
estimulam a promoção de linfócitos e monócitos, influencia a formação de citocinas e
estimula a apoptose (ROTH, 2008).
Recente estudo de revisão conclui que as células imunológicas necessitam da
disponibilidade de glutamina para sobreviver, multiplicar-se e agir e, em última
análise, defender nosso corpo contra patógenos. Além disso, ressaltaram que
durante as circunstâncias catabólicas / hipercatabólicas, a demanda por glutamina
cresce radicalmente, um fato que pode levar à carência de glutamina e grave
comprometimento da função imune (CRUZAT et al, 2018).
A suplementação da glutamina pode trazer benéficos na redução de sintomas
de distúrbios inflamatórios e pode defender contra sequelas do estresse oxidativo, e,
em geral, pode diminuir a taxa de infecção, inflamação, tempo de internação e
mortalidade e melhorar a função de barreira intestinal e a função imunológica,
especialmente a imunidade mediada por células em indivíduos criticamente
enfermos (KIM, 2011). Do contrário, no estudo de Zantem et al, 2014 não houveram
diferenças significativas na redução de infecções em pacientes críticos e sob
ventilação mecânica, que foram suplementados com glutamina e imunomodulares, e
ainda, não foi observada redução da mortalidade nesse grupo. Nesse sentido, a
glutamina é um modulador importante da função imune, pois participa do
metabolismo e proliferação das células desse sistema de defesa, todavia, seu
potencial de ação depende do estado nutricional que o indivíduo se encontra.
4.8 Ácidos Graxos
32
O impacto dos ácidos graxos poliinsaturados da dieta (PUFAs) no sistema
imunológico tem sido investigado por décadas, com foco especial no ácido α-
linolênico ômega-3 PUFAs (ALA), ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido
docosahexaenóico (DHA). O ALA é encontrado em nozes e sementes, enquanto o
EPA e o DHA são os principais componentes do óleo de peixe (PASCHOAL, et al
2013; CALDER, et al 2014). É importante revelar que sendo o EPA e o DHA também
sintetizados a partir do ALA, na presença de ácidos graxos ômega-3, a competição
pelas enzimas reduz a síntese de metabólitos derivados do ômega-6, (uma vez que
ele utiliza as mesmas enzimas para suas vias metabólicas) que também têm efeitos
nas células do sistema imunológico (WIKTOROWSKA, et al. 2015; METHEREL, et al
2018).
A pesquisa de Farber et al., (2011), corrobora com esses dados, num estudo
onde avaliou 12 homens e mulheres saudáveis que consumiram 2 × 200 mL de
suplemento alimentar, fornecendo 2,4 g de EPA, 1,2 g de DHA, 39,7 g de proteína
(incluindo 4,4 g de L-leucina) e 5,6 g de oligossacarídeos diariamente, identificou
que após uma semana, a porcentagem de EPA elevou-se para 2,8% (P <0,001),
concluindo que a suplementação nutricional com um alimento enriquecido com óleo
de peixe aumentou significativamente a porcentagem de EPA em fosfolipídios de
células brancas do sangue (WBC) em uma semana. Simultaneamente, a resposta
imune aumentou consideravelmente.
Um experimento em humanos conduzido por Rees et al., (2006) em
voluntários saudáveis que receberam suplementação com óleo de milho rico em
acido linoleico ou EPA (1,35, 2,7 ou 4,05 g de EPA / d ) por 12 semanas, registrou
que a suplementação de EPA levou a uma diminuição na produção de espécies
reativas de oxigênio (ERO) em homens mais velhos, mas não houve mudança em
homens mais jovens. Eles concluíram que indivíduos mais velhos são mais
sensíveis aos efeitos imunológicos do EPA, e o surto respiratório de neutrófilos é
menor em doses mais altas de EPA. No entanto, como a suplementação contém
EPA e DHA, não é óbvio qual ácido graxo causa o efeito na produção de ERO.
Dados do estudo de Zantem et al., 2014, que avaliou se a nutrição enteral
rica em proteínas enriquecida com nutrientes imunomoduladores - RPIM (contendo
glutamina, ácido graxo ômega-3 e alimentação enriquecida com antioxidantes) reduz
a incidência de infecções, em comparação com a nutrição enteral rica em proteínas
33
– (RP), em pacientes adultos críticos sob ventilação mecânica; expondo que a
nutrição enteral RPIM versus nutrição enteral RP, padrão, não melhorou as
complicações infecciosas ou outros desfechos clínicos, e pode ser prejudicial
conforme sugerido pelo aumento da mortalidade ajustada aos 6 meses. Assim, não
está bem relacionado o papel dos nutrientes imunomoduladores em pacientes
críticos.
Gutierrez et al., (2019), resumiu em seus estudos os principais achados sobre
os efeitos imunomoduladores dos ácidos graxos ômega-3 nas diferentes células que
formam o sistema imunológico, e registrou que até onde se sabe, de todas as
células imunológicas investigadas até o momento, nenhuma delas foi considerada
inerte aos ácidos graxos ômega-3 da dieta, e geralmente, ALA, DHA e EPA exercem
um efeito inibidor sobre a ativação de células imunes, tanto do ramo inato quanto do
adaptativo.
Curiosamente, neste estudo verificou-se que algumas funções imunológicas
singulares são promovidas por ácidos graxos ômega-3 da dieta em tipos de células
imunológicas específicas, ou seja, fagocitose por macrófagos e neutrófilos ou
diferenciação de células T reguladoras, sugerindo que os ácidos graxos ômega-3
não atuam como repressores imunológicos inespecíficos. Além disso, destacou
também que os ácidos graxos ômega-3 melhoram os sintomas em vários modelos
de doenças animais, como sepse ou hepatite autoimune, onde foram testados em
ensaios clínicos com resultados positivos.
Calder (2013), em sua pesquisa, pontuou que em humanos adultos, uma
ingestão de EPA mais DHA superior a 2g por dia parece ser necessário para
provocar ações antiinflamatórias, mas poucos estudos de determinação de dose
foram realizados. Os modelos em animais demonstram benefícios dos ácidos graxos
n-3 na artrite reumatóide (AR), doença inflamatória intestinal (DII) e asma. Os
ensaios clínicos de óleo de peixe em pacientes com AR demonstram benefícios
apoiados por meta-análises dos dados, enquanto que os rastreamentos clínicos de
óleo de peixe em pacientes com DII e asma são inconsistentes, sem nenhuma
evidência geral de eficácia.
Dessa forma, é sabido que os ácidos graxos exercem um papel na imunidade
humana, todavia, esse efeito pode ser diferente em adultos e idosos, como também
o resultado de seus benefícios dependerá do estado nutricional do indivíduo.
34
Portanto, maiores estudos precisam ser realizados para elucidar de forma mais
consistente os achados.
5 CONCLUSÃO
A análise da literatura evidencia que estudos observacionais e ensaios
clínicos, destacaram o importante papel das vitaminas A, C e D, ácidos graxos
ômega-3, glutamina e o mineral zinco na regulação das respostas imunológicas. A
suplementação desses nutrientes parece ser uma forma segura e de baixo custo
para apoiar o funcionamento ideal do sistema imunológico, com potencial para
reduzir o risco e as consequências da infecção, podendo auxiliar no aumento da
imunidade em adultos e idosos. Por sua vez, as infecções podem agravar as
deficiências, reduzir a ingestão de nutrientes, aumentar as perdas e interferir no seu
uso, além de alterar as vias metabólicas. Logo, podem apoiar o sistema de defesa
natural do corpo, melhorando assim, a imunidade.
Contudo, ainda é necessária a existência de mais estudos que possam de fato
contribuir de forma fidedigna, e que melhorem a compreensão do papel dos
nutrientes na função imunológica, especialmente na saúde dos adultos e idosos,
sempre associando a nutrição adequada como moduladora do sistema imune nessa
população.
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