cidade ideal
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
Aluno:
Lucas Adleer Epifanio de Freitas Pereira
CIDADE IDEAL Planejamento Urbano e Territorial (CIV0414)
Natal – RN
Março/2016
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Lucas Adleer Epifanio de Freitas Pereira
CIDADE IDEAL Planejamento Urbano e Territorial (CIV0414)
Trabalho sobre cidade ideal como parte da
avaliação da disciplina de Planejamento
Urbano e Territorial, do Curso de
Engenharia Civil na Universidade Federal
do Rio Grande do Norte.
Prof. Camila Furukava
Natal – RN
Março/2016
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2. TOPOGRAFIA..........................................................................................................4
3. SISTEMA DE ÁGUAS...............................................................................................6
4. MORFOLOGIA.........................................................................................................7
5. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS.............................................................................8
6. LOCOMOÇÃO..........................................................................................................9
7. SOCIAL.....................................................................................................................9
8. CIDADES REFERÊNCIAS.....................................................................................10
9. CONCLUSÃO..........................................................................................................11
REFERÊNCIAS..............................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
Cidade pode ser entendido como um aglomerado formado por pessoas que interagem
entre si e com o ambiente. É dever dela fornecer aos seus habitantes condições para que todos
possam desfrutar dela igualmente. Logo, a tarefa de planejar uma cidade é uma atividade
complexa visto que são inúmeros os aspectos a serem considerados e outros fatores como a
economia e o sistema de governo.
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de cidade ideal que considera
as seguintes variáveis: topografia, sistema de águas, morfologia, serviços e equipamentos,
locomoção e questões sociais.
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2. TOPOGRAFIA
A cidade se encontra em uma região litorânea, portanto, a porção sul é banhada pelo
oceano. As linhas abaixo representam as curvas de nível. A altitude aumenta à medida que se
entra no continente. Além disso, é possível visualizar um monte, onde existe uma fonte d’água,
que desemboca em um rio, que vai de encontro ao oceano.
Imagem 1: Topografia da cidade.
Fonte: Autoral.
Também é possível perceber que existe uma grande faixa plana próxima ao centro da
imagem, que favorece em grande parte o adensamento urbano. O fato de haver grande
disponibilidade de água nessa região, é outro fator que favorece a ocupação humana.
A imagem abaixo representa uma visão geral da cidade. Os elementos contidos nela
serão explicados mais detalhadamente ao longo deste trabalho, além disso, eles não estão em
escala.
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Imagem 2: Visão geral da cidade.
Fonte: Autoral.
3. SISTEMA DE ÁGUAS
A cidade é completamente abastecida pela água proveniente do rio que a cruza. Existe
uma Estação de Tratamento de Água (ETA) perto da nascente. A topografia da cidade favorece
o seu abastecimento, então há pressão suficiente para que a água chegue em todos os pontos
sem maiores problemas. A cidade é completamente saneada, sendo o esgoto das casas
encaminhado para uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que depois lança esse esgoto
tratado no mar e rio. É importante salientar que boa parte dessa água tratada é utilizada na
irrigação das áreas arborizadas da cidade. Ademais, a cidade possui um sistema de captação de
água de chuva e drenagem que evita alagamentos e despeja essa água no rio.
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4. MORFOLOGIA
A cidade possui um traçado predominantemente geométrico, ortogonal, com lotes e vias
de dimensões bem definidas. Em alguns pontos, existe um traçado mais radiocêntrico ou
orgânico.
Imagens 3 e 4: Quarteirões residenciais e comerciais respectivamente.
Fonte: Autoral.
Os lotes residenciais são todos de 12 x 24 m, totalizando 288 m2. O quarteirão
residencial apresenta essencialmente duas formas. A primeira, representada na imagem 3 acima,
é formada por 8 lotes de residências unifamiliares. Para permitir o escoamento da água, o
máximo de área construída é de 80% em relação à área do lote. A outra configuração recorrente
possível é um quarteirão formado por dois lotes de 48 x 24 m, totalizando 1.152 m2. Os dois
lotes horizontais seriam abertos para permitir locomoção. Nesses dois grandes lotes, seriam
construídas residências multifamiliares de até 4 pavimentos, sendo o térreo uma área de pilotis.
Ademais, as coberturas desses prédios possuem uma parte de telhado verde, com área para horta
comunitária, e uma passarela interligando-as, havendo uma maior aproximação entre os
moradores desses prédios. Na porção mais ao norte da cidade, em sua parte mais alta, é
permitida a construção de prédios com muitos pavimentos, dessa formando podendo ocupar
todo um quarteirão. Dessa forma, é possível haver um maior adensamento nessa área. Além
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disso, tem-se 2,5 m de calçada, e mais 2,5m de recuo para estacionamento de veículos,
totalizando, 5 m. Toda esquina tem uma faixa verde, onde há árvores. Portanto, o quarteirão
residencial padrão mede 58 x 70 m, totalizando 4.060 m2.
Já os quarteirões comerciais são bem maiores, e correspondem a quatro quarteirões
residenciais somando-se a largura de uma via vertical e horizontal secundárias. Esses
quarteirões medem, portanto, 123,6 m x 137,6 m, totalizando 17.007,36 m2. Nesses quarteirões,
há 4 grandes lotes que podem ser utilizados conforme a necessidade do prestador de serviços
(um lote inteiro ou vários lotes menores), podendo ter até 4 pavimentos. Há uma grande área
circular central para circulação de pessoas e o acesso às ruas se dá por meio de corredores de 4
m de largura.
Dá-se preferência a ocupação de edifícios mais baixos na porção mais ao sul da cidade
para não atrapalhar a entrada dos ventos. É possível perceber que o comércio é bastante
descentralizado, evitando, assim, grandes deslocamentos por parte dos habitantes da cidade e
alto adensamento em áreas comerciais.
5. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
Como evidenciado pela topografia do lugar e pela imagem 2, a cidade tem muito a
oferecer. Primeiramente, ela possui um alto potencial turístico uma vez que se localiza no litoral
e tem uma infraestrutura competente. A cidade está equipada com um porto (fica à margem
direita do rio, não visível na imagem 2) e um aeroporto (também ficando à margem direita do
rio, na porção mais ao norte, relativamente afastado das residências). Na porção sul da cidade,
é possível ver uma grande área verde, trata-se do parque da cidade, uma zona de proteção
ambiental com muitas opções de lazer em seu interior, assemelhando-se ao Parque das Dunas,
em Natal-RN, e ao Parque Ibirapuera, em São Paulo-SP. Nas áreas com hachuras verticais estão
concentrados os equipamentos turísticos, culturais e os centros comerciais de maior porte. Mais
à esquerda da imagem, existem vários arranha-céus, tanto de residências quanto de escritórios.
Nessa área, a cidade adquire um traçado mais orgânico, com ruas sem um traçado definido,
fugindo então do padrão do resto da cidade.
Na parte mais central da imagem 2, é possível ver um grande círculo no centro da via
principal. Lá é onde estão localizados os principais prédios públicos e políticos.
Os grandes quadrados hachurados são os quarteirões comerciais, os quadrados verdes
são parques arborizados e os quadrados brancos são os quarteirões residenciais.
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Na parte superior direita da imagem estão localizadas as indústrias. A localização ali é
favorável pois há uma fonte de água próxima e fica distante do centro urbano.
Toda a cidade possui fornecimento ininterrupto de água e energia. Existe fornecimento
de Internet via fibra óptica.
6. LOCOMOÇÃO
A cidade foi planejada para ter um eficiente sistema de transporte público de ônibus e
BRTs. Existem várias linhas que ligam os diversos pontos da cidade, atingindo toda a
população. A via principal, que corta a cidade horizontalmente, é bastante larga e permite um
intenso fluxo de veículos. Ela permite o fluxo em ambos sentidos, possuindo as seguintes
medidas em cada sentido: 2,5 m de ciclovia; 3,6 m de faixa exclusiva de ônibus; quatro faixas
de 2,8 m cada para circulação de veículos particulares e outros; e 6 m de faixa central totalmente
arborizada. Isso totaliza 37,8 m de largura da via principal. Os acessos às ruas perpendiculares
são feitos por entroncamentos nas laterais da pista. Além do transporte público, a cidade possui
um bom sistema de ciclovias, com faixas de 2 m no centro das vidas perpendiculares e paralelas
à via central, essas medem 5,6 m. Andar a pé também pode ser uma boa opção visto que a
cidade é muito arborizada, sendo assim, não tão desconfortável para quem prefere andar.
A via principal não possui semáforos, logo, o fluxo de veículos é constante. As vias
perpendiculares possuem sentido contrário alternadamente a fim de evitar o uso de semáforos
e também garantir um melhor fluxo.
7. SOCIAL
A cidade consegue oferecer um ótimo padrão de vida para os seus moradores. A
infraestrutura atinge todos eles de forma satisfatória, são várias as opções de lazer, e inúmeros
os serviços oferecidos. E obviamente existem pessoas de diferentes camadas sociais com
diferentes necessidades e poder de compra. As pessoas com maior poder aquisitivo habitam as
partes mais ao centro e sul da cidade, por lá estarem localizados os principais equipamentos.
São áreas próxima ao litoral, à via principal e com boa ventilação.
Os moradores com menores rendas costumam habitar a porção mais ao norte da cidade,
que está mais afastada do litoral e dos principais equipamentos, bem como a porção mais a leste
e a direita do rio. São áreas mais próximas das indústrias, cuja mão-de-obra é geralmente
abastecida por pessoas dessa camada social. Apesar de estarem mais afastados do centro
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urbano, os habitantes dessas áreas desfrutam da mesma infraestrutura e do sistema viário, que,
como já foi dito, é bastante eficiente.
Tem-se um sistema de governo altamente colaborativo. Por exemplo, no parque da
cidade, existe um grande anfiteatro onde ocorrem frequentemente audiências públicas com a
presença do prefeito para a discussão de temas relevantes. Além disso, as áreas verdes
espalhadas pela cidade podem ser usadas por qualquer morador para apresentações artísticas e
culturais.
8. CIDADES REFERÊNCIAS
A cidade aqui apresentada tem forte influência das cidades planejadas dos últimos
séculos. Ela apresenta várias características das cidades pós-liberais, tais como a ênfase na
locomoção; descentralização das habitações; vias largas; traçado geométrico. Existe uma
preocupação muito grande com o transporte (criação de vias, ferrovias etc) e infraestrutura
(água, luz, esgoto etc). O Estado volta a ter certo controle sobre a cidade.
Imagem 5: Av. des Champs-Elysees, Paris, França.
Fonte: Google Maps.
A cidade aqui apresentada também apresenta forte influência do plano Cerdá em
Barcelona, com seus quarteirões uniformes, apresentando um traçado ortogonal. Essa proposta
visava expandir a cidade, cujo centro histórico era bastante desorganizado.
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Imagem 6: Barcelona, Espanha.
Fonte: http://st2.depositphotos.com/1000572/5247/i/950/depositphotos_52478653-
Aerial-view-of-Barcelona-cityscape-from-helicopter-.jpg
Outra influência no planejamento dessa cidade foi a cidade moderna. Tem-se uma
preocupação em acrescentar arte à cidade por meio de obras arquitetônicas. Ademais, a cidade
passar a ter objetivos específicos: habitação, trabalho, culto ao corpo e circulação. Aspectos que
foram utilizados na elaboração da cidade ideal.
9. CONCLUSÃO
Planejar uma cidade é, sem dúvidas, um trabalho árduo. Além de atender demandas
básicas e muito específicas, tem-se que lidar com as necessidades de grupos sociais muito
diversos. Também é importante salientar que a cidade está em constante mudança, deve-se,
portanto, prever espaços para expansão e mudanças naquilo que já está criado. Por fim, não
existe uma cidade perfeita, pois sempre algum aspecto ou grupo será privilegiado, porém, é
importante que se tente encontrar um equilíbrio.
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REFERÊNCIAS
BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. : São Paulo. Perspectiva, 2004.
Blog AEC. Como planejar a cidade ideal para os pedestres. Disponível em:
http://blogaecweb.com.br/blog/como-planejar-a-cidade-ideal-para-os-pedestres/. Acesso em:
21/03/2016.
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