climbing – philosophy for everyone - resumo do livro
Post on 18-Jul-2015
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Livro:
Climbing – Philosophy for Everyone:Because It’s ThereEdited by Stephen E. Schmid
Sobre o autor:
STEPHEN E. SCHMID é Professor Adjunto de Filosofiada Universidade de Wisconsin-Rock County. Seu trabalho de doutorado foi emfilosofia da mente e sua pesquisa atual concentra-se em motivaçãono esporte e na educação. Schmid escala montanhas há mais de 20 anos.
O livro contém 258 páginas. AQUI RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 E 2.
O livro não tem imagens, as imagens a seguir foram adicionadas para estaApresentação.
APRESENTAÇÃO
Frequentemente os alpinistas falam mais sobre a jornada ao topo do que sobreo topo propriamente.
O autor é palestrante e alpinista profissional.
Ele diz que há algo na escalada que alimenta e satisfaz uma necessidadede muitas pessoas.
O aspecto físico da escalada envolve cada parte do seu corpo, da ponta do seu dedodo pé até a ponta do dedo da mão. É um envolvimento mental total com a montanha. Você tem que usar todos os seus pontos fortes e usar o que tem para enfrentar o desafio.
O foco é total. Você simplesmente não pode pensar em contas para pagar ou otrabalho que tem que ser feito no escritório segunda-feira de manhã.
A escalada é uma grande pausa mental do "outro mundo".
INTRODUÇÃO À ESCALADAAs palavras mais famosas sobre escalar foram ditas por George Mallory, quando respondeu a um repórterque lhe perguntou por que ele queria escalar o Monte Everest.
Ele respondeu: "Porque ele está lá."
O repórter, sem dúvida, perguntou baseado no sentimento comum de muitas pessoas, "como alguém podequerer arriscar a vida em algo tão inútil?
Na resposta de Mallory há uma fala subjetiva sobre o desejo de expandir os limiteshumanos. A sua resposta nos inspira a perseguir nossos sonhos e metas, e querer subirgrandes alturas. Ele nos desafia a enfrentar o vazio desconhecido, e não há outra razãopara buscar o desafio.
INTRODUÇÃO À ESCALADA
O sucesso de uma escala é definido como você sobe e não o que você faz no topo.
Cometer erros simples numa escalada pode colocar a vida em jogo, sob ameaça.
Muitos escaladores falam em liberdade como a maior experiência, porem a escalada podeser muito mais algo que aprisiona, uma atividade restrita, em muitos momentos. A exemplode ficar pendurado de cabeça para baixo levando chicotadas do vento e tempestades congelantes, e ter que se mover lentamente numa subida complicada etc. Neste aspecto,um tanto paradoxal, muitos veem aí a verdadeira experiência de liberdade. Exatamenteos riscos e outras características inerentes à escalada fazem com que o alpinista estejaconectado ao ambiente. A simplicidade e opções limitadas da escalada oferecem aoalpinista oportunidades únicas para alinhar a sua vontade com as oportunidadesque a montanha proporciona. É como um jogo. Nesta ocasião o alpinista se sente livre.
Muitos montanhistas conhecem alguém que já morreu em escaladas, ou por consequênciado seu próprio erro ou devido a eventos incontroláveis.
INTRODUÇÃO À ESCALADA
Sem dúvida, os riscos das escaladas são maiores que os riscos da vida comum diária.O que justifica correr o risco?
Para alguns, a grande recompensa é o crescimento pessoal e prazer.
Mas o que faz as pessoas desejarem escalar?
O desejo de explorar, dominar, é tão natural como qualquer outro esforço humano.
O prazer vem da superação do desafio.
Por que o risco de um astronauta é aceitável e os riscos enfrentados pelos alpinistas sãovistos como inaceitáveis?
INTRODUÇÃO À ESCALADA
Algumas objeções contra a alpinismo:
1. O alpinismo deve ser evitado porque é uma atividade de risco que pode exigirum resgate caro e perigoso. Colocando mais vidas em perigo.
2. O risco é inaceitável por que o alpinista ignora o impacto de suas açõessobre familiares e amigos.
A contra argumentação:
A escalada ajuda a cultivar as virtudes importantes, como coragem, humildade,respeito pela natureza (mas nem todos os alpinistas exibem essas virtudes)
INTRODUÇÃO À ESCALADA
Há dois tipos de alpinistas:
Há os que são motivados a alcançar o topo da montanha a todo custo, o valor daescalada está em realizar a meta desafiadora.
E há os que são motivados pela própria escalada, onde o desejo de alcançar o topoé secundário, a experiência de estar na montanha vale mais que tudo.
**No Everest, por exemplo, houve casos que o desejo de alguns alpinistas em alcançar otopo era tão forte que não conseguiram dar assistência aos escaladores enfermos, deixando-os morrer na montanha.
***O principal valor do alpinista é a autossuficiência. Quanto menos um alpinista dependede outros ou de tecnologia para ajudá-lo em seus esforços na escalada, mais sucesso.
CAPÍTULO 1
Ferimentos graves ou a morte podem resultar de pequenos erros.
E apesar dos riscos os escaladores experimentam a liberdade
Quem não conhece o ambiente, técnicas e equipamentos de escalada não vai entenderplenamente as características relevantes desse mundo particular.
Os alpinistas mais experientes tenderão a se sentir mais livres frequentemente.
Experiência significa ter uma melhor compreensão das montanhas a partir da perspectivade um alpinista. Conhecendo melhor a montanha sabe responder melhor as mudançasno clima, na neve, na rocha.
Atingir o estado da simplicidade e harmonia com a montanha é um estado raro. Simplesporque o mundo da escalada é menos complexo que o mundo da vida normal.
CAPÍTULO 1
As características do mundo do alpinismo são reduzidas em sua interação, em comparação com a vida em geral, planos a longo prazo, metas a curto prazo,finanças, relacionamentos e carreiras. Essas coisas não fazer parte da escalada.
Alpinistas simplesmente devem atender as questões do momento, como e quandomontar um acampamento, onde colocar o equipamento ou apenas certificar-se queo próximo passo é seguro.
O alpinista experiente será sempre bem sucedido SE fizer apenas o que a montanhapermite. A liberdade do alpinista é limitada a atividade da escalada.
Os escaladores tem muitas opções possíveis para escolher na montanha, a sua liberdadeé produto da sua ação de acordo com sua técnica e com o ambiente da montanha.
A montanha sempre apresenta oportunidades para subir.
CAPÍTULO 2
RISCO
O autor conta a história de um amigo alpinista, experiente, que fez centenas de rotasa cada ano, sobre rocha, gelo e montanhas. Certo dia, esse experiente alpinista estavaescalando no Canadá, com outro amigo experiente. Numa grande subida desencadeouum deslizamento de neve e provocou uma avalanche que varreu 3 mil metros a montanha.
O amigo do autor morreu por trauma e milagrosamente o seu parceiro sobreviveu a quedaporque ficou em cima da neve na parte de baixo da avalanche, quebrou o fêmur direito eesmagou o joelho esquerdo e quebrou algumas costelas. Ainda passou 3 noites e quatrodias deitado na neve, entrando e saindo do estado de consciência antes do resgate porum helicóptero que o avistou. Após um ano com várias cirurgias teve a recuperação física.
Por que as pessoas escalam? [A pergunta continua].
CAPÍTULO 2Por que as pessoas escalam?
As respostas mais comuns, "porque eu gosto", "porque é divertido", "porque a montanha está lá", embora as respostam possam ser verdadeiras,elas não são suficientes em si mesma.
A escalada não é meramente recreativa. A tomada de decisão é uma decisão ética, semelhantemente as decisões de pilotos de corrida, policiais, soldados. É uma atividadede risco. Em qualquer uma dessas situações assumir um risco sem ter preparoé irresponsável.
A morte do amigo alpinista foi um golpe esmagador para muitas vidas. A dor a longoprazo causou lacunas nas vidas da sua família e amigos. Todos disseram em algummomento: "ele não tinha que fazer aquilo".
A escalada é uma atividade voluntária e uma decisão ética. Todas as decisões na vidasão decisões éticas, porque cada escolha que fazemos tem consequências para nósmesmos e para os outros.
CAPÍTULO 2
Qual é o custo e benefício de uma escalada? Vale a pena?
Embora existam inúmeras consequências potencialmente negativas na escalada... as objeções comuns é que o tempo, a energia e os recursos gastos numa escaladadeveriam ser redirecionados para atividades mais importantes como o aprendizadoacadêmico, a religião, a um compromisso maior com a carreira ou serviço social.
Obviamente uma pessoa ser alpinista não impede de fazer outras coisas.OK, muitos alpinistas concordam que comprometem outras áreas da vida, pois asescaladas podem tirar o foco de outras atividades, possivelmente mais benéficassocialmente.
Uma segunda crítica é que a escalada é uma atividade que tem pouco valor social, servesó para interesses pessoais do escalador. Quando focado em escaladas facilmente podenegligenciar responsabilidades para com a família, comunidade e sociedade. Semanasem viagens para longe ou mesmo dias em uma montanha.
CAPÍTULO 2
Uma terceira crítica é que a escalada é excessivamente perigosa. Há subidas comriscos objetivos (onde há pouco controle, como um colapso do terreno) e os riscossubjetivos (cansaço, desviar uma rota etc).
A vida também está cheia de riscos. Não se pode comparar a vida de escalada comotendo exclusividade do risco e uma vida de não-escalada livre de riscos. Muitos alpinistasmorrem de câncer em idade avançada ou em acidentes de carro. Qualquer pessoa podeter câncer, mas poucas pessoas arriscam-se em morrer em uma avalanche. É este riscoadicional que deve ser ponderado.
Os riscos de uma escalada não pode ser tomado semelhante ao risco de uma roleta russa.É preciso saber avaliar o risco tecnicamente. Risco, por definição significa a possibilidadede que possa surgir um resultado negativo. Alguns riscos parecem relativamente fáceis deidentificar, a exemplo da montanha K-2, que todos sabem que é a mais perigosa, enquantooutros riscos são difíceis de avaliar (eu poderia ser atropelado por uma moto amanhã).
CAPÍTULO 2
Pode acontecer de tomarmos uma decisão razoável e não terminar bem, daí podemoslamentar, "eu nunca deveria ter assumido esse risco", no entanto não temos o dom dapresciência diante das decisões difíceis. O cálculo de probabilidade correto de umresultado é difícil.
Decisões de maior risco, portanto, exige maiores recompensas, a fim de ser justificada.
Até agora vimos os custos, quais são os benefícios?
CAPÍTULO 2
VALOR INTRÍNSECO
O valor intrínseco de escalada é a sua capacidade de diretamente produzir felicidade.
A imensa satisfação de escalar a centenas de metros do chão pode ser umaexperiência incrível. Qualquer pessoa que tenha escalado vai atestar isso.Paralelamente a isso está a felicidade associada com amizades desenvolvidasna montanha. O vínculo entre parceiros de escalada é único, temperado de desafios.
Também não devemos ignorar o valor estético encontrado na escalada. A experiência da felicidade é potencializada por belas paisagens, seja o topo de umpico ou um mar de montanhas.
CAPÍTULO 2
VALOR INSTRUMENTAL 1
O cultivo da excelência humana.
A escalada pode expandir nosso potencial humano individual.
Resiliência e auto realização, como superação do medo, da adversidade, dasnossas barreiras mentais e físicas.
Tenacidade. Superar as dificuldades. Disciplina, autossuficiência, coragem emergem de uma escalada.
Expandir o potencial humano deixa-nos mais bem preparados para contribuircom a sociedade. Aquilo que você pode oferecer ao mundo pode serpotencializado pela escalada.
CAPÍTULO 2VALOR INSTRUMENTAL 2
Crescimento psicológico
A escalada pode contribuir com o crescimento psicológico. Ela nos ensina a melhorforma de concentrar energia, abraçar desafios como uma valiosa força para odesenvolvimento pessoal.
Gerenciar o risco com competência. Melhorar a qualidade de vida. A escalada ofereceo desafio de testar suas habilidades ao máximo. Na vida o risco está em toda parte,a escalada ajuda a gerenciar os riscos da vida.
Escalar pode exigir foco total, mentalmente e fisicamente. Sem distrações, foco total.
Escalar ajuda a aumentar a nossa capacidade de domínio, porque o núcleo dessaatividade é gerenciamento de risco.
CAPÍTULO 2
VALOR INSTRUMENTAL 3
Priorizar vidas
O risco real nas montanhas é transformador e nos leva a priorizar nossas vidas demaneira benéfica. Se fizermos uma reflexão podemos encontrar valiosas perspectivas da vida.
Ser forjado através dos riscos é bom para a alma, nos ajuda a alcançar maior qualidadena vida. O risco real é um encontro transformador. O risco desperta o nosso potencial e nosfaz verdadeiramente vivo.
Vida e morte é um componente da escalada.
Muitos alpinistas relatam que não sentem medo, mas algo que vai além do medo,a precária situação é tão óbvia que faz sentir uma calma inexplicável e uma lucidez quesó se sente quando se está por um fio, entre a vida e a morte.
CAPÍTULO 2
E essa experiência muda a forma de ver a vida positivamente, uma redefiniçãode prioridades pode levar anos para acontecer.
A fim de justificar a nossa escalada, precisamos ser reflexivo e pensativo sobre osimpactos éticos de nossas ações. Se não formos pensativo, nossa escalada poderiafacilmente tornar-se, a atividade destrutiva prejudicial.
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