competÊncias atravÉs da linguagem fÍlmica. · capitão ianque, e ainda, herói da guerra civil...
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Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG -
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ARTIGO - CHO – COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
“O ÚLTIMO SAMURAI”: ENSINO NA GESTÃO DE PESSOAS POR
COMPETÊNCIAS ATRAVÉS DA LINGUAGEM FÍLMICA.
RAFAEL MARQUES MALACHINE
Este trabalho tem como objetivo maior ajudar no estudo da temática “Gestão de pessoas por
competência”, através do filme "O último samurai", com uma visão minuciosa e técnica na
disciplina Gestão de Pessoas. Seu principal ponto é compreender as técnicas e as habilidades
no processo de desenvolvimento profissional de um indivíduo. Entender que a análise fílmica
é um instrumento de ensino-aprendizagem, de vasta fonte de informações, possibilita a um
indivíduo desenvolver suas competências, seja no âmbito pessoal ou profissional.
Palavras-Chave: Análise Fílmica, Pessoas, Competência, Samurai.
1. Introdução
Como um filme pode influenciar na disciplina gestão de pessoas? Como um condecorado
capitão Ianque, e ainda, herói da Guerra Civil americana, utilizando de suas armas de fogo
(pistolas, canhões e espingardas) e de sua espada, consegue se transformar em um samurai?
Ou ainda, o que há de tão interessante e transformador em um filme, que pode contribuir para
o desenvolvimento da competência de um indivíduo? Essas e outras questões serão tratadas
adiante, através da análise detalhada, na visão gestora de pessoas do filme “O último
samurai”, estrelado por Tom Cruise.
Para Freitas e Leite (2015), a temática da linguagem fílmica, destacou-se em 1948, quando
Maurice Merleau-Ponty considerou o cinema uma arte fenomenológica, pois num filme
somam-se as imagens, a unidade temporal, e as expressões visuais e sonoras. E é com essa
ferramenta de linguagem que iremos entrar no universo da sétima arte.
Com o passar dos anos, muitas mudanças aconteceram no cinema, como: evoluções
tecnológicas, novas histórias de diferentes cotidianos, temas polêmicos, efeitos especiais,
influências compartilhadas com a moda e outras mudanças mais complexas. Entre a maior e
mais interessante, destaca-se a mudança no comportamento humano. Seja com as linguagens
corporais icônicas dos grandes astros e estrelas, ou mesmo a visão de como se comportar na
sociedade, vemos não só um legado deixado pelos diretores e autores dessa arte, mas também
uma ferramenta de trabalho e análise para as demais organizações. Um filme nos possibilita
trabalhar na gestão de pessoas da empresa, com assuntos e temas diversos, como: motivação,
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inovação, trabalhos em equipe, marketing, equilíbrio emocional, negociação,
comprometimento, liderança, de acordo com a necessidade do grupo, setor ou até mesmo de
um indivíduo.
Partindo dessa observação, é possível ver que o cinema pode ser um recurso de aprendizagem,
como é citado por Archanjo e Corrêa (2011). Para eles, o cinema figura como instrumento
pedagógico, sendo no desenvolvimento cognitivo-afetivo, o principal elemento que estrutura a
personalidade do indivíduo, ou ainda, que proporciona a socialização e revela a sua força,
como conceito pedagógico na educação. Por isso, deve-se estimular que a projeção de filmes,
como instrumento pedagógico, deixe de ser abordado somente em projetos complementares e
esteja presente em todas as matrizes curriculares, uma vez que a simples exibição de filme
estabelece relações entre conteúdo e linguagem, com situações vividas no cotidiano.
Podem ser citados também Niemeyer e Kruse (2013), que acreditam que os filmes provocam
reflexões que podem contribuir para o desenvolvimento das pessoas. Em seus estudos,
Mendonça e Guimarães (2008) dizem que deve-se ter o cuidado de escolher os temas dos
filmes antes de aplicá-los, despertando o interesse ao tema e o fortalecimento de imagens ou
cenas que fiquem marcadas na mente das pessoas, buscando sempre atingir um resultado
positivo para elas.
Essa análise é primordial para a aplicação dessa ferramenta, visto que o gestor deve ter em
mente a real necessidade de crescimento do grupo ou do indivíduo em questão, para que
realmente o recurso aplicado, ou seja, a exibição e estudo do filme, traga ganhos e melhorias
para todos.
A prática da comunicação e a educação com o cinema/filmes contribui e amplia o capital
cultural, tanto pessoal como profissional, segundo estudos de Ferreira (2014). Não apenas só
ver o filme e analisá-lo, mas também ir a fundo, na cultura visual, ter um ensino reforçado e
uma reintegração de memória de reprodução de informações.
Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é desenvolver elementos para que o filme “O último
samurai”, seja empregado como o suporte no processo de aprendizagem do protagonista –
Tom Cruise, em suas competências e, analisando suas técnicas e habilidades adquiridas, ainda
mais em um ambiente e cultura de outro país. É possível perceber que esse aprofundamento
no personagem, é tão enriquecedor que conduz essas competências adquiridas para o
cotidiano das empresas, enriquecendo mais as técnicas em gestão por competência. Com essa
filtragem, percebe-se ainda mais uma contribuição para o treinamento e desenvolvimento de
pessoas. Após a introdução, este trabalho está estruturado da seguinte forma: quadro teórico,
com a importância do cinema como material didático, processos metodológicos, a análise do
filme, tratando a abordagem central do desenvolvimento de suas competências, as
considerações finais e referências.
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2. Fundamentação Teórica
2.1. Uso de filmes como recursos didáticos
Há mais de cento e vinte anos surgia uma das mais importantes invenções do homem, o
Cinema, também chamado de Sétima Arte. Criado pelos irmãos franceses Auguste e Louis
Lumière, que começaram com uma ideia inovadora ao fazer com que as fotografias se
movessem, surgindo assim, os filmes. Baseado em Kemp (2011), as primeiras exibições
foram de 10 curtas-metragens, em Paris, entre elas, a saída dos operários da fábrica Lumière,
para um público pagante. Os primeiros filmes tinham poucos segundos de duração e
mostravam cenas cotidianas bem simples e alguns truques visuais. Filmes com uma narrativa
identificável surgiram com o século XX. Para ele, o cinema supriu o desejo pelo espetáculo,
oferecendo a possibilidade de se recriar o passado, reinventar o presente e sonhar o futuro.
No Brasil: O quinetoscópio de Thomas Edison desembarcou em 1894,
importado pelo imigrante tcheco Frederico Figner (1866-1947). A primeira
exibição oficial, porém, deu-se um ano depois da apresentação do
cinemascópio em Paris – mais exatamente em 08 de julho de 1896, na rua do
Ouvidor, n. 57, Rio de Janeiro. (BORGO, FORLANI E HESSEL, 2009,
pp.14).
Até 1907, porém, poucos conheciam o cinema, e foi na base do nomadismo que as exibições
se popularizaram na virada do século, em quermesses, cafés, parques de diversão e recepções
públicas, onde eram cobrados ingressos mais baratos do que nos teatros fechados. Cidades
como São Paulo, Curitiba, Juiz de Fora e Salvador tiveram, entre 1896 e 1907, seu primeiro
contato com os filmes.
Essa base histórica é relevante e importante citá-la, pois há mais de um século que os filmes
vêm contribuindo para a diversão dos mais diversos públicos, e muitas vezes, destacando-se.
O cinema é um instrumento que reproduz comportamentos culturais, muitas vezes em um
conjunto de valores socioculturais e linguísticos, e assim atua como um artefato cultural de
ordem simbólica, que contribui para a consolidação do imaginário contemporâneo, ressalta
Pires e Silva (2014). E ainda, que a facilidade com a qual o cinema atinge o imaginário social
apresenta seu principal do contexto na aprendizagem. É claro que não se deseja afirmar que o
cinema seria a realidade ou até mesmo a substituição desta, porém a linguagem da sétima arte
produz uma contribuição narrativa de representações, que se misturam em realidade e ficção,
sem muito fugir do foco.
Conforme Abdalla, Guimarães, Motta e Ferreira (2011), defendem a utilização de filmes
como excelente recurso didático-pedagógico, Santos e Noro (2013) informam vários trabalhos
publicados, relacionados à utilização de filmes como recurso pedagógico e sugerem que estes
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sejam exibidos em sala de aula, indicando após um debate. Para Vergara (2003), os filmes
podem ser catalogados como vídeos de treinamento, ou comerciais. A seleção dos filmes ou
de trechos específicos deles deve estar atrelada aos temas desenvolvidos no âmbito da
disciplina.
O cinema tem contribuições em diversas e distintas áreas, e usá-lo como recurso didático é de
um enriquecimento transformador para o aluno, seja na sua formação profissional, seja no seu
crescimento pessoal.
Como explica, Abud (2003), a utilização de obra cinematográfica tem um sentido para a
formação, e só pode dar continuidade quando o conteúdo recebido se relaciona com um
agrupamento individual, de esquemas e de estruturas mentais, que transforma a informação
em conhecimento, e esses novos projetos e sustentações irão proporcionar um aumento no
conjunto cognitivo ou simbólico daquele que aprende. A formação é uma composição de
criação no qual se revelam dois aspectos: o conhecimento que é gerado e os elementos que
contribuem nessa facilidade de gerar o conhecimento.
Sendo assim, não podemos esquecer que o ensino anda junto com a aprendizagem, a tal
relação deve formar-se implicação da curiosidade e no desenvolvimento de oportunidades, e
para que o educando possa obter independência intelectual e habilidades sociais que lhe
permitam interagir fecundamente com outras pessoas.
2.2. Desenvolvimento por competência
Segundo Furukawa e Cunha (2010), a valorização do conhecimento, principalmente, em
relação aos colaboradores que fazem parte de uma organização, provocaram transformações
na forma de gerir pessoas. Foi comprovado que o trabalhador tem um importante papel no
sucesso organizacional, evidenciando uma preocupação em relação às competências
necessárias a cada profissional. Além do aspecto do trabalhador, as empresas também
procuram desenvolver competências organizacionais que criem vantagens competitivas. Sob o
ponto de vista empresarial, é o conhecimento aplicado que gera capacidade de produzir
resultados, ou seja, competência.
De acordo com Appel e Bitencourt (2008), os maiores focos para a escolha de um profissional
são: formação, comportamento, ação, resultado, aptidão, valores, interação, aprendizagem
individual, perspectiva dinâmica e desempenho. Mesmo havendo uma infinidade de itens,
chega-se a conclusão de que a competência persegue o desenvolvimento pessoal e
profissional, levando-a ao melhor resultado.
O conceito de competência organizacional está relacionado ao conjunto de recursos
coordenados, que afetam o desempenho da organização, citado por Fernandes, Fleury e Mills
(2006). Munck e Munck (2008) mencionam que nas décadas de 70 e 80, como na atualidade,
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a competência seguia paradigmas taylorista-fordista, que para obter resultados e desempenhos
superiores utilizava um formato mais moderno de aperfeiçoar a qualificação dos funcionários.
Desta forma, desfrutavam de uma filosofia denominada CHA, conhecimentos, habilidades e
atitudes, que quando avaliada permitia ao indivíduo, em seu cargo ou função, alcançar
resultados diferenciados.
Conforme Boog e Boog (2006), conhecimento pode ser definido como a ampla compreensão
de determinada área da ciência ou da tecnologia. Trata-se do “saber as causas de um efeito”
ou, em outras palavras, o “por que fazer” as coisas, e possui duas características: comunicação
e compreensão. Já habilidades, definem-se a capacidade de executar tarefas motoras ou
mentais com certo automatismo e precisão; em outras palavras, “como fazer”. O
desenvolvimento do indivíduo capacita-se pelo exercício prático, que possui duas fases:
comunicação e prática.
Finalizando, a atitude define-se como as respostas automáticas e inconscientes, desenvolvidas
por cada indivíduo, com componentes motores, racionais e emocionais. Ordenadas em função
de registros afetivos e comportamentais adquiridos (imagens mentais de como agir) ao longo
da vida, essas respostas, vão transformando-se em hábitos. Possuem quatro etapas:
autoanálise, convencimento, coação e conversão.
Já para Kilimnik, Sant'Anna e Luz (2004), nunca como na atualidade, as pessoas, com seus
talentos e competências, foram tão valorizadas, fazendo com que o indivíduo seja o elemento
principal da diferenciação estratégica. Por isso as empresas, estão cada vez mais investindo no
aumento das competências de seus empregados e colaboradores, pois visam mais qualidade e
o crescimento do lucro de suas produções.
Ubeda e Santos (2008), ressaltam que a temática competência pode ser analisada sob duas
perspectivas: numa visão macro, ligada à estratégia de negócios, que é a competência
organizacional ou essencial; ou numa visão micro, ligada aos indivíduos que trabalham nas
empresas, que é a competência humana ou individual.
Quadro 1. Conceitos de competências utilizados na pesquisa. Fonte: os autores.
Conceito Autores pesquisados
Competências essenciais
Soma do aprendizado de todo o conjunto de
habilidades, conhecimentos, know-how
tecnológico e resultados dos processos
decisórios da organização. Constitui uma fonte
de vantagem competitiva, porque deve ser
única, deve contribuir para o valor percebido
pelo cliente e não deve ser facilmente copiada
Ubeda (2003); Fleury e Fleury (2003);
Mills et al. (2002), Ritter, Wilkinson e
Johnston, (2002); Zarifian (2001); Drejer
e Riis (1999); Baker et al. (1997); Hagan
(1996); Robotham e Jubb (1996); Long e
Koch (1995); Stalk, Evans e Shulman
(1992); Hamel e Prahalad (1995).
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pela concorrência.
Competências humanas
Soma de conhecimentos, habilidades, atitudes e
resultados de um indivíduo, diretamente ligada
ao contexto de trabalho e às necessidades de
mercado impostas.
Ubeda e Santos (2007); Le Deist e
Winterton (2005); Schuler e Jackson
(2005); Bitencourt (2004); Dutra (2004);
Le Boterf (2003); Mansfield (2004);
Moore, Cheng e Dainty (2002); Conde
(2001); Hipólito (2001); Drejer (2000);
Fleury e Fleury (2000); Sandberg (2000);
Zarifian (2001); Sveiby (1998); Parry
(1996); Lawler III (1995).
Na visão de Camelo e Angerami (2013) os elementos ou recursos que compõem a
competência profissional devem envolver experiências e qualidades pessoais, usadas efetiva e
apropriadamente em atos individuais e coletivos, como resposta às circunstâncias da prática
profissional. Além disso, deve-se assumir uma postura ativa diante das situações de trabalho,
utilizar e transformar conhecimentos e aplicá-los na prática. Um profissional competente é
aquele que evidencia qualidade no seu desempenho, que proporciona qualidade aos clientes
com os quais relaciona-se.
O trabalho deixa de ser apenas um conjunto de tarefas relacionadas a um cargo, e torna-se a
expansão direta da competência, que o indivíduo mobiliza em face de uma situação
profissional cada vez mais mutável e complexa, conforme Fleury e Fleury (2004). Ainda de
acordo com os autores, o conceito de competência organizacional tem origens na abordagem
da organização como um portfólio formado por: físico (infra-estrutura), financeiro, intangível
(marca, imagem, etc.), organizacional (sistemas administrativos, culturais organizacionais) e
recursos humanos.
Como defensores dessa abordagem, citamos Krogh e Roos (1995), para eles, esse portfólio
cria vantagens competitivas e define que as estratégias competitivas devam começar com um
entendimento profundo das possibilidades estratégicas, dadas por tais recursos, conforme
apresentado na figura 1.
Figura 1 – Estratégia e competências essenciais.
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Ainda Fleury e Fleury (2004), complementam o quadro 1 (anteriormente apresentado), com
competência das organizações, conforme apresentado no quadro 2.
Quadro 2. Conceitos de competências nas organizações.
Conceito Descrição
Competências organizacionais
ou das unidades de negócios.
Competências e atividades-chave, esperadas de cada
unidade de negócios da empresa.
Competências de suporte
Atividade que é valiosa para apoiar um leque de
competências.
Capacidades dinâmicas Capacidade de uma empresa de adaptar suas
competências pelo tempo. É diretamente relacionada aos
recursos importantes para a mudança.
Partindo dessas definições podem-se citar competências comportamentais, exemplo desse tipo
de competência, como: liderança, empreendedorismo, equilíbrio emocional, organização,
automotivação, tomada de decisão, empatia, flexibilidade, relacionamento, comprometimento,
negociação, confiabilidade, gestão de erros, e outros. Esse processo de desenvolvimento por
competências muitas vezes por necessidades do cotidiano e até mesmo em uma necessidade
de crescimento.
3. Método de Pesquisa
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No Brasil, segundo Abud (2003), os defensores das propostas da Escola Nova sugeriam como
uma maneira de estimular e tornar o processo de aprendizagem interessante para o educando,
a utilização dos recursos audiovisuais, em especial o cinema, que havia tido um espetacular
desenvolvimento nas décadas de 10 e 20. Em complementação, Vergara (2003) afirma que a
utilização de filmes e sua relação com os conteúdos propostos para a disciplina, podem gerar
no estudante a reflexão e a discussão dos temas neles abordados.
Para Mendonça e Guimarães (2008), a discussão e a utilização de filmes na disciplina
comportamento organizacional são bastante aproveitadas, pois essa mídia apresenta ampla
oportunidade de observação e análise. Já para os alunos da pós-graduação, quando a
experiência profissional e o conhecimento teórico estão mais consolidados, os filmes podem
ser adotados com outras funções. Na utilização de filmes, como ferramenta didática para o
processo de aprendizagem social, os personagens podem servir de modelos para aqueles que
os observam. No quadro 3, estão sintetizadas as formas propostas pelo autor.
Quadro 3. Função Didáticas dos Filmes
Filmes como casos Um filme com um sólido enredo e uma história coerente pode
funcionar como um estudo de caso. As cenas de um filme bem
dirigido e interpretado apresentam um material de forma mais
dramática e atrativa do que um caso impresso.
Filmes como
exercícios
experienciais
Os estudantes podem analisar as cenas de um filme como situações-
problema, experimentando situações de tomada de decisão
individual ou em grupo.
Filmes como
metáforas
Os filmes possibilitam criar imagens metafóricas de teorias abstratas
e de conceitos, pois os cineastas, frequentemente, tentam apresentar
as imagens como metáforas de ideias-chave que pretendem enfatizar.
Filmes como sátiras A sátira é uma efetiva forma de arte para se mentalizar conceitos.
Quando bem realizada, pode deixar uma imagem inesquecível de um
determinado conceito que se queira enfatizar.
Filmes como
comunicação
simbólica
Determinadas cenas de filmes podem oferecer uma forma simbólica
de expor teorias e conceitos.
Filmes como
significados
Um filme é uma excelente mídia para dar significado e substância a
teorias e conceitos, pois os efeitos visuais e auditivos do filme
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podem transmitir mensagens, melhor do que o discurso escrito ou
falado.
Filmes como
experiências vicárias
As técnicas cinematográficas (foco, edição, ângulos de câmera, som,
etc.) permitem ao diretor criar uma experiência que, frequentemente,
vai além do que pode ser experimentado na realidade. É possível
valer-se dessa característica dos filmes para proporcionar aos alunos
forte experiência que possibilite o aprendizado vicário.
Filmes como
ilustração de eventos
históricos
Os filmes ambientados em diferentes momentos históricos podem
ajudar a revelar aspectos do comportamento organizacional e da
gestão em épocas diversas.
Nota Fonte: Campoux (1999) e Huczynski e Buchanan (2004).
No entanto, Abdalla, Guimarães, Motta e Ferreira (2011) apontam que o planejamento
antecipado é necessário para que explorem o máximo possível de tais recursos disponíveis.
Citam também as etapas necessárias no uso de filmes como recurso didático, conforme o
quadro 4.
Quadro 4. Etapas do Planejamento
ETAPAS DESCRIÇÃO
Programação Definição do objetivo a ser alcançado com a utilização do filme.
Questões norteadoras O que queremos fazer: promover, informar ou ensinar? Qual o
tema/questões que vamos retratar? Quem são os destinatários?
Antes da exibição do
filme
Contextualização do filme a ser apresentado; o que ajuda a criar
um clima psicológico e uma aproximação do tema a ser abordado.
A pessoa pode obter algumas informações preliminares sobre o
conteúdo do filme e a relação deste com o que será trabalhado.
Durante a exibição do
filme
Orientação das atividades. Durante o filme, a pessoa pode ser
orientada a tomar notas sobre alguma questão para debate, ou
mesmo tomar notas para a elaboração de relatório. A atenção deve
ser direcionada para o objetivo estabelecido na etapa de
programação.
Após a exibição do
filme
Deve ser o momento para verificar o que entendeu do filme e qual
a relação deste com o conteúdo. Também é o momento ideal para
induzir a reflexão e ao debate.
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Feedback Momento em que o ciclo se fecha e que deve remeter às questões
levantadas na primeira etapa. Aqui, deve-se elaborar algum tipo de
sistematização a respeito do que foi trabalhado.
Nota Fonte: Barbosa e Teixeira (2007)
Assim Abdalla, Guimarães, Motta e Ferreira (2011) notam que a proposta de realizar um
procedimento de análise fílmica, não deve ser confundida com a identificação de uma verdade
única e absoluta sobre determinada obra, mas sim o “lançar de um olhar” específico a certos
aspectos que interessam ao analista. Desta forma, Vanoye e Goliot-Lété (1994) afirmam que a
atividade analítica consiste basicamente de duas fases: a decomposição da obra e sua
recomposição, de acordo com os interesses do analista, obviamente, com o cuidado para não
descaracterizar a obra original.
4. Análise dos Resultados
4.1. Proposta de Análise Fílmica “O último samurai”
Nesta seção, procura-se analisar o filme "O último samurai". O filme com a direção Edward
Zwick, conta a história do veterano de Guerra Civil, o Capitão do exército americano Algren
(Tom Cruise), onde é convidado para treinar o recém-criado Exército Imperial Japonês, contra
os Samurais. E em uma das batalhas para testar o exército, os samurais capturam o Capitão.
Com o tempo, ele passa a conviver com os samurais, respeitando e aprendendo suas culturas e
valores, tornando-se um samurai.
No decorrer da história, o personagem central começa a desenvolver suas habilidades e
competências, até então desconhecidas por ele. Sua convivência pacífica e de aprendizagem
com os samurais é extraordinária para o seu crescimento. A seguir, procurou-se apresentar
cenas que representam o desenvolvimento de competências.
4.2. Etapa do processo: desenvolvimento de suas competências
ADAPTAÇÃO:
Baseado no Araújo, B.F.V.B., Bilsky, W. & Moreira, L. M. C. O. (2012), a adaptação
transcultural se entende como um conforto que um indivíduo vive em relação à vida e ao
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trabalho no exterior. E a adaptação de expatriado é ligada a viver uma nova cultura, valor e
desenvolver a harmonia. Cita também que há três tipos de transcultural de expatriados:
- A adaptação geral ligado aos aspectos como alimentação, compras, entretenimento, clima e
vida em geral na cultura do destino.
- A adaptação ao trabalho é ligada adequação de trabalho, liderança e relacionamento com as
pessoas no exterior.
- A adaptação à interação está ligada a harmonia psicológica, onde se refere ao convívio com
os seres fora do ambiente profissional, no país de destino.
No filme o capitão é capturado pelos samurais, sofre uma difícil adaptação no mundo oriental,
suas culturas, valores e disciplinas, surgindo uma nova interação e necessidade em seus
costumes.
DISCIPLINA:
A disciplina é primordial em nossa vida, ainda mais quando se possuem fundamentos e os
conhecimentos sobre o controle do corpo, buscando algo de produtivo e de positivo. Está
repressão é coesa na moralidade e no equilíbrio. A disciplina instaura o aumento de suas
habilidades, organização e a utilização correta destas, cita Motta, F. C. P. (1981). O
personagem central não só consegue conviver com novos costumes e uma nova civilização,
como também passa uma maior capacidade de atenção, compreensão, interação com pessoas.
Seu aperfeiçoamento tanto nas técnicas orientais quanto o seu comportamento estão
entrelaçados na disciplina.
ÉTICA:
Está ligada a práticas de valores morais e educação, e sempre embutido uma reflexão sobre
ações do indivíduo na sociedade, cita Malacarne, V., Strieder, D. M. & Lima, D. F. (2011). Já
fundido na filosofia samurai (figura 3), o capitão Nathan se aprimora na convivência com o
clã, e se aprimora nessa questão ética, onde passa a ver as coisas com mais simplicidade e
respeito.
Figura 3. Ética.
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LIDERANÇA:
Conforme Barreto, L. M. T S., Kishore, A., Reis, G. G., Baptista, L. L. & Medeiros, C. A. F.
(2013), a liderança pode ser identificadas nas qualidades, características individuais e
comportamentais. Há também, autoconfiança, integridade, honestidade e outros que distingue
um ser do outro, e possuindo essas qualidades tem uma maior chance de se tornar um líder de
sucesso.
No início do filme já fica exposto o perfil de liderança do protagonista, pois até mesmo já era
o capitão americano que guiou a vitória na Guerra Civil. Quando contratado pelo exército
japonês (figura 1) ele continua exercendo seu poder de líder, treinando os combatentes no
intuito de aprimoramento nas técnicas de combate. Ou até mesmo quando se torna samurai.
Figura 1. Liderança.
MOTIVAÇÃO:
Define-se o termo Motivação, Lobos, J. (1975), como uma relação interativa de muitas
situações de um ser humano e o seu meio-ambiente onde possui um envolvimento para atingir
um objetivo. Em outro aspecto, cita-se que o comportamento humano pode ser explicado por
sua tendência ou necessidade para buscar prazer, entre diversas teorias.
A persistência e a determinação do capitão Nathan Algren, sendo prisioneiro dos samurais,
passa a conviver com novos costumes (figura 2). Uma de suas dificuldades é utilizar
sabiamente uma katana (espada samurai), porém com sua determinação e persistência, treina e
consegue desenvolver a técnica de luta, chegando a empatar com o melhor guerreiro do clã de
samurais.
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Figura 2. Motivação: persistência e determinação.
TOMADA DE DECISÃO:
O processo de tomada de decisão influência tanto no comportamento individual como social,
conforme as informações essenciais de acontecimentos e de valores, que inseri o
comportamento, com uma ou mais opções para chegar ao objetivo desejado, conforme
Perroca, M. G. (1997).
Na cena que é o ápice do filme, em que quatro samurais com espadas, atacam o capitão
Nathan desarmado num beco (figura 4), não está presente na narrativa, porém fica evidente o
desenvolvimento de seu autocontrole e tomada de decisão, para defender-se e, com seu
instinto apurado de samurai, aniquilar os que o atacam.
Figura 4. Tomada de decisão.
VALORES:
Cita Perroca, M. G. (1997), que os valores são identificados como elementos da cultura da
organização. Toda a empresa possui sua cultura, ou seja, normas e procedimentos, crenças,
valores e atitudes que equilibrados apontam seus objetivos, estilo de trabalho e a gestão
humana.
E uns dos valores diagnosticados no filme foram à humildade e o respeito. A lição foi
dedicar-se a aprender, sempre respeitando a todos que o cercam.
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5. Conclusões
Acredita-se que este artigo contribuiu no ensino da administração, em especial na disciplina
gestão de pessoas, buscando apresentar uma discussão conceitual sobre competências, sejam
elas nas organizações ou individuais. E procuramos citar a sua importância, e entende-se que
com isso agregue e proporcione benefícios, tanto para as organizações quanto aos
profissionais. Vimos também à importância de usar o filme “O último samurai” como
material didático, pois existem vários elementos e assuntos importantes, que se tornam
“gatilhos” já impulsionados, principalmente para os docentes.
Há diversas formas de se ter uma avaliação mais profunda, exercendo a análise fílmica:
explorando suas teorias, como a forma didática do filme (casos, comunicação simbólica ou
significados), buscando um feedback aprofundado nas técnicas e ensinamentos na disciplina
aplicada, despertando perspectivas distintas aos alunos e também esclarecendo seus conceitos
e abordagem citadas. Que fique uma reflexão da importância do cinema no ensino didático, e
principalmente na sua colaboração, pois é primordial e inquietante na educação e no
desenvolvimento de pessoas, seja na teórica ou na prática, e sempre buscando decifrar algo
positivo e transformador nos olhos de quem vê.
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