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COMUNICAÇÃO INTERNA PARTIDÁRIA: OS PARTIDOS POLÍTICOS E O USO SOCIAL DA INTERNET.
Bárbara Lima1
RESUMO: O painel a ser apresentado visa analisar como os quatro maiores partidos políticos brasileiros PT (Partido dos Trabalhadores), PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), PMDB (Partido do Movimento Democrático do Brasil) e DEM (Democratas) vêm utilizando a internet e as novas tecnologias digitais de comunicação para, além de promover uma interação entre esfera política e civil, promover dentro de suas estruturas espaço para produção e difusão de materiais informativos que intensifiquem a comunicação intrapartidária, a fim de aproximar os diretórios e os filiados – até mesmo fora do período eleitoral. Eles buscariam, dessa maneira, usar os meios de comunicação digital como importantes elementos de dinamização da estrutura interna, aproximando seus filiados e simpatizantes e promovendo uma maior visibilidade partidária por meio da comunicação política. PALAVRAS-CHAVE : partidos, internet, comunicação política.
INTRODUÇÃO.
A comunicação e o surgimento das novas tecnologias digitais de
comunicação, ainda são um tema novo e incipiente nos estudos de ciência
política. Porém, o seu desenvolvimento e amplo uso enquanto lócus da
comunicação política vem suscitando diversos debates acerca do seu papel e
de sua importância na sociedade, e principalmente, o seu impacto nas
democracias representativas. De acordo com BRAGA; FRANÇA e NICOLÁS
(2008), muitas discussões se pautam sobre esses novos canais de interação
que por todas as suas valências podem modificar substancialmente a forma
como as pessoas se relacionam em diferentes dimensões da sua vida social. O
uso da internet pode, por meio de diferentes atores instituições, propiciar a
criação de um “Sistema Político Virtual”, capaz de dinamizar as instituições
mais tradicionais, promovendo a participação e a competição ao invés de criar
um novo modelo de democracia.
1 Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos
Para CASTELLS (1996) as tecnologias de informação e comunicação
são particularmente sensíveis aos efeitos dos usos sociais da tecnologia, que
por sua vez é a condição necessária (mas nem sempre suficiente) para a
criação de uma nova organização social baseada em rede e difusão de
informações. Sob essa perspectiva, o autor explana que a informação,
conhecimento e a comunicação podem ser entendidos como elementos
centrais na estrutura de uma organização.
É nesse sentido que as políticas de comunicação são de suma
importância para um partido político; por meio dessas é capaz de difundir
ideologias, elencar qualidades individuais de candidatos em período de
campanha, disponibilizar informações e promover ações (como militância on-
line) que o promovam tanto dentro da estrutura partidária quanto para a esfera
pública independente das mídias tradicionais (ROMELLE, 2003).
A profissionalização do marketing e da comunicação dos partidos é
análoga a crescente necessidade de tornar tudo mais visível, rápido e
acessível, nesse sentido a internet promove uma renovação, dinamizando a
circulação de discursos e ideologias (CHAIA, 2006).
Para o ciberotimista GROSSMAN (1995) em “The Eletronic Republic”, a
internet é um meio rápido e viabilizador de promover a participação e o diálogo
entre esfera civil e política, segundo o autor, ao apertar de um botão as
pessoas seriam capazes de dizer aos seus governantes e dirigentes o que eles
necessitam e quais são suas prioridades. Para outros autores como NORRIS
(2001), ainda há pouca evidência de que os sites na internet promovam de
forma concreta e efetiva a participação de membros comuns e/ou cidadãos em
debates e deliberações políticas.
Deve-se salientar nesse ponto a relevância de sempre ponderar os
aspectos positivos e negativos que o uso social da internet pode oferece tanto
para quem fornece a informação política quanto para quem a recebe. Sob o
ponto de vista estrutural e organizativo, a presença de websites e ferramentas
digitais de comunicação não garante a existência efetiva de interação
(IASULAITS, 2011), para tanto, o foco da pesquisa foi de analisar o uso e os
efeitos que os mesmos podem oferecer para os partidos políticos, sejam eles
positivos ou negativos.
A forma como o partido se estrutura acerca das novas tecnologias de
comunicação, pode mostrar mudanças características de sua organização
(MARTINS, 2009 p. 2); dependendo da estruturação do website e das
ferramentas que são disponibilizadas podem-se analisar as intenções e
mudanças na identidade do partido, mesmo que essas estejam implícitas. Por
exemplo, aqueles que têm maior interesse em buscar filiados disponibilizarão
meios e contatos a fim de facilitar o recrutamento, assim como ferramentas
mais atrativas visualmente para usuários.
Para PEDERSEN e SAGLIE (2005), o uso das novas tecnologias digitais
dos partidos pode mostrar que de fato e a maneira que, essas podem afetar as
questões internas do partido, principalmente no que tange as disputas. O
conteúdo informacional disponibilizado é reflexo de tudo o que acontece no
partido enquanto organização. É a adaptação do material off line para as
ferramentas on line.
Sob um olhar sócio-político esse espaço virtual pode ser um meio de
engajamento e militância, onde há espaço para informar, debater e difundir
opiniões (MARQUES, 2005 p.4), valorizando o discurso e agregando usuários
que compartilhem de interesses (CREMONESE, 2001, p.6). Sendo assim
contemplaremos o ponto de vista organizacional, procurando elencar outras
questões relevantes sobre os efeitos da internet sobre o partido.
Em seu livro “Modelos de Partidos” Angelo Panebianco (2005),
considera que o ramo de estudo dos partidos políticos enquanto organização
ainda é um ramo atrofiado na Ciência Política por alguns motivos; o primeiro a
ser destacado é o “preconceito ideológico” que ele define como o ato de
investigar um objeto baseado na suposta função que esse deveria cumprir sem
considerar suas características concretas; “preconceito sociológico” definido
pelo ato de considerar os partidos como meras manifestações do plano político
visto em parte de uma face política pautada em interesses sociais específicos
de alguns grupos; “preconceito teleológico” julgar os partidos em função de
seus objetivos genéricos. Sob essa ótica, podemos entender que o autor
estuda os partidos como organizações complexas que lidam com diferentes
dilemas organizativos.
Partindo desse pressuposto, PANEBIANCO (2005, p.68) afirma que a
organização é um sistema de comunicação que funciona como tal se, e na
medida em que existem canais pelos quais circulam informações, logo, um dos
recursos cruciais de poder dentro de um partido é dado pelo controle dos
canais de comunicação- aquele que possui a capacidade de distribuir,
manipular, suprimir ou retardar informações é também capaz de controlar uma
área fundamental dentro da organização, um recurso decisivo nas relações de
poder interna.
Esses recursos de poder permitem que os agentes manipulem o sistema
de comunicação. Entretanto, o autor considera a comunicação intrapartidária
como uma área de fragilidade estrutural dentro do partido enquanto
organização, as denominadas “zonas de incerteza” – âmbitos de
imprevisibilidade organizativa, o controle dessas zonas é o principal recurso do
poder organizativo, se não forem controladas podem ameaçar a coesão e a
dinâmica interna do partido. Dentre elas estão: 1) competência; 2) gestão das
relações com o ambiente; 3) comunicação interna; 4) regras formais; 5)
financiamento da organização e 6) recrutamento. Interessa-nos para a
pesquisa o item três, “Comunicação interna”.
Sendo essa uma área de fragilidade cabe a essa pesquisa analisar se; o
desenvolvimento e o uso das novas tecnologias de comunicação vêm
contribuindo no controle e na estabilização da comunicação intrapartidária; se
há o interesse do partido enquanto organização política estrutura-la a fim de
aproximar-se não somente da esfera pública, mas também aproximar seus
diversos dirigentes e filiados, promovendo uma dinamização interna. E se esse
interesse pauta uma preocupação em manter o partido coeso, explorando
todas as possibilidades que as tecnologias de comunicação fornecem, seja por
meio dos websites ou de canais alternativos (como as redes sociais), e qual a
efetividade do uso desses recursos no que tange à estrutura organizativa dos
partidos. E ainda, entender se há uma preocupação dos partidos em
disponibilizar e manter os fluxos informacionais e quais as possibilidades de
interação fornecidas pelos mesmos.
WEB PARTIDOS NO BRASIL.
Os websites são o espaço aberto em que se pode ter contato com as
diferentes faces da organização, por meio desse é possível acessar
informações institucionais (história, programa partidário, estatuto, posição
política), militância (diferentes núcleos que atendem as minorias do partido:
juventude, mulher e entre outros) e notícias cotidianas relacionadas à ação do
partido na política nacional.
De acordo com BLANCHARD (2006), os websites dos partidos políticos
e de movimentos associativos, revelam que a internet constitui hoje, uma das
ferramentas de comunicação a disposição de diferentes atores políticos,
institucionais ou não, para divulgar ideias, opiniões e promover a adesão ao
partido. São, portanto, um meio complementar de comunicação e deliberação,
com o principal objetivo de promover uma comunicação mais direta e atrativa
com eleitores, dirigentes e filiados.
Para essa pesquisa foram selecionados os quatro maiores partidos em
expressão política do país, PT, PMDB, PSDB e DEM, a fim de analisar se
essas grandes organizações políticas são capazes de conciliar as práticas
políticas tradicionais com o desenvolvimento e uso das novas tecnologias de
comunicação. A análise foi realizada a partir dos diretórios municipais dos
referentes partidos na cidade de São Carlos, interior do Estado de São Paulo,
com o intuito de constatar como esses estabelecem seus fluxos informacionais
e comunicacionais com os demais diretórios (sejam eles, municipais, estaduais
ou federais) e também com os filiados dentro da cidade.
Segundo MARGOLIS, GIBSON e WARD (2003) os websites de partidos
apresentam cinco funções básicas: 1) veicular informação; 2) atuar como
instrumento de campanhas; 3) gerar recursos; 4) networking; 5) promover o
engajamento dos usuários nos processos políticos. Entende-se, portanto, que
os websites são instrumentos de feedback com grande potencial de
recrutamento, debate e interatividade.
Convém, portanto, analisar o conteúdo dos websites, sistematizando em
categorias as ferramentas digitais disponíveis, avaliar qual é a direção dos
fluxos informacionais (de cima para baixo ou de baixo para cima), a existência
de fluxos laterais de comunicação (links e canais alternativos), avaliar
características necessárias que garantam qualidade de experiência ao acessar
o website; a) aparência; b) acessibilidade; c) navegabilidade; d) frequência de
atualização; e ) responsividade (GIBSON e WARD 2000).
A análise foi dividida em quatro partes; primeiramente foi realizada uma
análise exploratória da interface de cada website elencando todas as
ferramentas disponíveis na página inicial e os fluxos laterais (links e canais
alternativos de comunicação), assim como uma análise qualitativa. Em seguida
foram elaboradas tabelas de categorias qualitativas, baseadas no modelo de
análise de BRAGA, FRANÇA e NICOLÁS (2008), que foram analisadas de
acordo com a pesquisa exploratória e as tabelas elaboradas.
DESCRIÇÃO DOS WEBSITES
O site do PSDB, além de todo arcabouço necessário para se conhecer a
história do partido, como textos, artigos e entrevistas, possui também diversos
dispositivos de interatividade. A começar por um feed de notícias que é
atualizado diariamente de acordo com a demanda, a rádio PSDB que transmite
oralmente as mesmas, um canal de vídeos informativos sobre os últimos
acontecimentos internos e externos, galeria de fotos, o site de relacionamento
Facebook e o microblog Twitter, nos quais se também postam informações
diárias e que ainda permite trocas rápidas de informação.
O partido ainda conta com uma área restrita aos seus filiados (“espaço do
filiado”), newsletter que é aberto a todos os visitantes do site e Blogs, em sua
maioria de atualização diária, com textos e opiniões sobre o partido e os
governos em vigência.
Outro site pesquisado foi o do PMDB, que também apresentou links
básicos com os dados do partido, história, estatuto, artigos, publicações e entre
outros. Há um setor chamado “PMDB interatividade”, o qual disponibiliza
fóruns, enquetes, espaço para a expressão de opiniões (via e-mail) e o contato
de todos os níveis de governo em vigência do partido, todos dispositivos que
buscam aproximar o filiado.
O site ainda apresenta outros dispositivos, como TV PMDB, rádio PMDB,
todos os links de acesso a blogs dos diretórios estaduais, jingles de campanha
e link para filiação on line. Nesse caso, os perfis nas redes sociais ainda estão
em construção, e, portanto não disponibilizam ainda, acesso a informações.
Somente o microblog Twitter está em uso e atualização diária.
A página ainda disponibiliza o informativo mensal do partido para
download no formato PDF, o que permite que o filiado possa ter contato com o
material no mesmo dia em que esse foi publicado, sem necessidade de esperar
dias pela mala direta.
O PT, historicamente, possui várias tentativas de comunicação interna por
informativos de mala direta. Após várias tentativas de criar uma imprensa
própria, o partido passou a investir no projeto de potencialização da sua
comunicação interna eletrônica. O partido informatizou o antigo jornal Linha
Aberta (newsletter) e aos poucos desenvolveu a página oficial do partido. O
passo seguinte foi a criação de uma rede intranet, exclusiva aos membros do
partido, por meio de senhas e acessível de qualquer ponto com internet
(Ribeiro, 2008, p. 132).
Atualmente o site conta como novos dispositivos interativos, como a
Rádio PT, a TV PT, que disponibiliza vídeos de caráter noticioso, institucional e
histórico, galeria de fotos, blogs indicados, feed de notícias atualizado
diariamente, webmail, “fale conosco”, comunidade para fóruns de debate no
site de relacionamento Orkut e o microblog Twitter, esse último, dispositivo
extensamente utilizado pela candidata Dilma Rousseff no período eleitoral de
2010.
O quarto site analisado foi o do partido Democratas (DEM), o qual
apresentou maior uso de recursos complementares de comunicação digital.
Além de apresentar uma estrutura básica que disponibiliza acesso desde a
história a ideologia do partido, o site apresenta uma lista de recursos digitais.
A começar por um feed de notícias atualizada diariamente, às vezes mais
de uma vez ao dia, “Fale Conosco” que permite contato via e-mail com o
diretório nacional, um dispositivo de notícias via mensagem no celular, no qual
o filiado se cadastra e passa a receber as atualizações diárias do partido. Na
parte de interatividade, disponibiliza enquetes, rádio, canal de vídeos, blog, o
microblog Twitter, o site de relacionamento Facebook, canal de vídeos no site
Youtube e galeria de fotos no site de hospedagem Flickr, todos atualizados
pelo menos, uma vez na semana. O site ainda disponibiliza um link para
filiação on line.
Posterior a essa análise preliminar, todos os dispositivos encontrados nos
websites foram categorizados a fim de facilitar a análise qualitativa e a
compreensão dos dados obtidos. Os dispositivos foram categorizados de duas
maneiras: em categorias por características semelhantes de funcionamento
dentro dos meios de comunicação e em subcategorias divididos por nível de
interatividade, isto é, analisando se o dispositivo fornece a possibilidade de o
indivíduo ser além de receptor, emissor de informações por meio do
conhecimento básico das ferramentas digitais (ROTHBERG, 2011, p. 4).
Essas categorizações foram criadas a fim de estabelecer níveis de
interatividade que os dispositivos analisados fornecem. Para CASTELLS (2000,
p.4), a comunicação individual de massas permite o crescimento da autonomia
dos sujeitos à medida que eles atuem simultaneamente como emissores e
receptores, equilibrando suas funções dentro da estrutura de comunicação na
qual esteja inserido. O termo interatividade ressalta a participação ativa do
beneficiário de um fluxo informacional, onde os monólogos são substituídos por
diálogos (LEVY, 1999, p.79 apud IASULAITS, 2011).
Sob essa perspectiva, as descrições das subcategorias têm a intenção
de deixar mais claros os termos do que foi considerado como dispositivo de
interatividade.
• Dispositivo Ativo
Esse dispositivo foi categorizado como aqueles que priorizam a participação
dos usuários permitindo uma troca informacional de duas vias, ou seja, permite
que o indivíduo seja o emissor e receptor da informação;
• Dispositivo Passivo
Esse dispositivo foi categorizado como aquele que deixa o indivíduo na
condição de passividade da informação, ou seja, é todo e qualquer dispositivo
que somente forneça e informação e não oferte a oportunidade de feedback;
• Dispositivo Semi- ativo
Esse dispositivo foi categorizado como todo e qualquer dispositivo que permite
ao individuo um feedback parcial a respeito da informação que recebe, ou seja,
em sua maioria as respostas e comentários em relação a determinadas
informações são: pré estabelecidas e /ou moderadas pelo gestor do website.
Tabela 5. Categorias e Sub- Categorias
PT PSDB PMDB DEM
Artigos Semi- ativo Semi- ativo Semi-ativo Semi- ativo
Blogs
Semi- ativo
Semi- ativo
Canal de Vídeos Semi- ativo Semi- ativo Semi-ativo Semi- ativo
Documentos Oficiais Passivo Passivo Passivo Passivo
Entrevistas
Passivo Passivo Passivo
Feed de Notícias Passivo Passivo Passivo Passivo
Filiação on line
Passivo Passivo Passivo
Fóruns Estáticos
Semi-ativo
Fóruns Interativos Ativo Ativo Ativo Ativo
Fotos Passivo Passivo Passivo Passivo
Intranet Ativo Ativo
Jornais Passivo Passivo Passivo Passivo
Newsletter Passivo Passivo
Passivo
Fluxos Laterais Semi- ativo Semi- ativo Semi-ativo Semi- ativo
Rádio Ativo Ativo Ativo Ativo
Revistas Passivo Passivo Passivo
Webmail (para filiados) Semi- ativo Semi- ativo
Fontes: elaboração própria a partir dos sites oficiais dos partidos (www.pt.org.br; www.psdb.org.br; www.pmdb.org.br; www.dem.org.br.). Acessado pela última vez em: 09/08/2012
A tabela contém duas informações importantes para a análise feita
durante a pesquisa. A quantidade e a interatividade das ferramentas digitais de
comunicação.
A diversidade de dispositivos nos mostra que há uma preocupação dos
partidos, junto a suas secretarias de comunicação, em disponibilizar conteúdo
diversificado que não se prenda somente às resoluções políticas, mas também
sobre a construção do partido e o que esse tem feito para o cenário político
nacional em tempo real, aproximando o partido enquanto instituição formal
(PANEBIANCO, 2005) da esfera civil.
Em relação à interatividade, podemos analisar que apesar da quantidade
de ferramentas que são fornecidas, poucas permitem que o indivíduo se
coloque na posição de emissor da informação. Isso nos mostra que também há
uma preocupação do partido em filtrar e controlar as informações que são
disponibilizadas, esse controle, porém apresenta aspectos divergentes.
O termo interatividade pressupõe a participação ativa do usuário nas
trocas informacionais (LÉVY, 1999), ou seja, pressupõe que nesse ambiente
digital sejam superadas as formas de monologais, controles e mediações.
Portanto, a interatividade é uma particularidade da rede que possibilita ao
indivíduo afetar e ser afetado por outros em um meio de comunicação de via
dupla (IASULAITS, 2008, p. 51).
Nesse caso, pode-se analisar que apesar da preocupação em
modernizar os dispositivos digitais de comunicação, há sobre isso a
preocupação em moderar e controlar os fluxos informacionais de comunicação.
Por um lado, podemos perceber que os partidos conseguem de fato
manipular as ferramentas digitais de comunicação dentro dos seus sites
oficiais, o que de acordo com a teoria de Panebianco (2005, p. 68), mostra que
o partido tem nas mãos o recurso decisivo nas relações de poder.
O sistema de comunicação, porém, não pode ser controlado por uma
elite restrita, uma vez que existem canais informais de comunicação entre os
membros do partido, que ocorrem continuamente fora dos canais oficiais, sem
a possibilidade de controle (Panebianco, 2005, p. 70), como no caso das redes
sociais, que serão analisadas a seguir.
RELAÇÕES INTRAPARTIDÁRIAS E REDES SOCIAIS.
O termo Redes Sociais (network) é derivado das relações interpessoais,
de uma rede de conexões informais que existe desde os princípios das
formações sociais. Essas podem ser definidas de algumas maneiras: um
sistema de nodos e elos, uma estrutura sem fronteiras e uma comunidade não
geográfica. Entre todas essas variações, de maneira geral, as redes sociais
podem ser definidas como um sistema representativo que surge a partir de um
conjunto de participantes autônomos, que unem ideias e recursos em torno de
valores e interesses compartilhados (MARTELETO, 2001).
Para KERBAUY e ASSUMPÇÃO (2011), a análise das redes sociais é
recurso metodológico que permite identificar as relações, seus efeitos e
influências na composição da organização e como essas podem recriar uma
rede organizacional dentro da estrutura partidária. Essas consistem em laços
sociais que ligam atores a pontos específicos e comuns, orientados pela lógica
da interatividade.
A diferença entre as instituições formais e as redes sociais, é que essas
não pressupõem um centro hierárquico e uma organização vertical, são
definidas por elos quantitativos e qualitativos de seus membros a partir de uma
lógica associativa, que não inclui relações de poder e/ou dependência de
associações internas (COLONOMOS apud MARTELETO 1995).
Apesar de não se referirem as Redes Sociais digitais, as análises das
autoras podem ser utilizadas como ponto de partida para análise e
conceituação dessa pesquisa, devido às similaridades descritivas e funcionais
das redes sociais estabelecidas de maneira interpessoal e no ambiente digital.
Em termos digitais, as redes sociais são teias de relacionamentos
estabelecidas entre indivíduos com interesses comuns no mesmo ambiente,
feitas para que os usuários possam criar comunidade on line a fim de
compartilhar informações e interesses semelhantes (CREMONESE, 2011, p.
6).
O uso de redes sociais nos mostra que, atualmente, a internet é uma
das principais ferramentas da comunicação política. Além de ser um meio de
divulgar ideias e opiniões, é também uma maneira de adquirir mais adeptos.
Sob essa ótica, é também um meio de engajamento e militância, que rompe
com o modelo tradicional de jornais. Pois nesse ambiente, há espaço para
produção e difusão de materiais que visam, além de informar, influenciar
opiniões (MARQUES, 2005 p.4).
Entre suas principais valências, estão a possibilidade de uma
comunicação instantânea e direta com os perfis sociais dos partidos, políticos,
movimentos sociais e instituições, sem filtros, capazes de gerar novos
instrumentos de mobilização e recursos políticos.
Durante a campanha presidencial norte- americana de Barack Obama
em 2008, o mundo conheceu e passou a explorar os potenciais políticos das
redes sociais, o uso da internet durante essa campanha foi pragmático e
ilustrativo (IASULAITS, 2011).
A partir disso, a pesquisa analisou como os quatro partidos selecionados
utilizam as redes sociais, se é feita uma constante atualização e manutenção
dos perfis oficiais, se os mesmos são disponibilizados e visíveis na internet e
há uma responsividade do partido em relação a aqueles que procuram o
contato.
De acordo com Rothberg (2011) um dos principais potenciais do uso da
internet é de, libertar o individuo da condição de receptor passivo da
informação e conferir-lhe a possibilidade de expressão e produção de conteúdo
por meio do domínio de ferramentas digitais simples Nos termos utilizados por
Castell (200, p.4), a comunicação individual de massas, permite o crescimento
da autonomia dos sujeitos à medida que eles atuem simultaneamente como
emissores e receptores.
Para tais constatações foi elaborada uma tabela para apresentar quais
redes sociais são utilizadas pelos partidos pesquisados.
Tabela 6. Os Partidos e as Redes Sociais Utilizadas .
Redes Sociais
PT PSDB PMDB DEM
Facebook Sim Sim Sim Sim
Flickr Não Não Sim Não
Orkut Sim Não Sim Não
Sound Cloud Sim Não Não Não
Twitter Sim Sim Sim Sim
YouTube Sim Sim Sim Sim
Fonte: elaboração própria.
A partir dessa tabela, podemos analisar que algumas redes sociais são
mais recorrentes em relação às outras. De forma unânime, Facebook, Twitter e
Youtube são utilizados pelos quatro partidos, enquanto o Sound Cloud é
encontrado apenas do site do PT e o Flickr somente no site do PMDB.
Posterior a essa análise foi realizada outra análise, a fim de constatar
quais redes sociais estão ativas e em pleno funcionamento, isto é, se são
utilizadas e atualizadas com frequência.
Constatou-se que em todos os casos o Facebook é utilizado diariamente
e várias vezes ao dia por todos os partidos, compartilhando notícias, fotos,
vídeos.
O Orkut é um caso especifico dentro dessa análise, apesar de estar
disponíveis nos sites do PT e PMDB, ambos os perfis estão em desuso e sem
atualizações há meses.
O Flickr do PMDB está ativo e é atualizado após grandes eventos do
partido, como congressos, assembleias entre outros.
O Twitter dentre todas as redes sociais analisadas o que é utilizado com
maior frequência, às atualizações são por vezes minuto a minuto em todos os
casos e o conteúdo é vasto desde compartilhamento de informações do
diretório nacional a postagens de outros diretórios, lideranças políticas e
celebridades simpatizantes a ideologia do partido.
E por fim o Youtube, dentre os dispositivos esse é o que apresenta mais
heterogeneidade de conteúdo. Os vídeos são atualizados diariamente com
mensagens oficiais do partido, propagandas políticas, discursos de lideranças e
até mesmo algumas críticas aos partidos oposicionistas.
Essa gama de redes sociais e a frequência com que são atualizadas nos
mostra que apesar de ainda serem ferramentas novas de comunicação, vêm
sendo amplamente utilizadas pelos partidos mostrando que o desenvolvimento
da internet poderá propiciar uma nova era no que se diz respeito a partidos e
participação política modificando algumas características tradicionais das
estruturas partidárias (FERBER et al, 2007), mostrando que os partidos
enquanto organizações podem se adaptar ao desenvolvimento do ambiente
externo (MARTINS, 2009, p.9).
Para fins analíticos, foi realizada uma análise comparativa de todos os
websites fim de determinar qual possui canais mais ativos, qual está mais
preocupado em disponibilizar ferramentas interativas e qual utiliza melhor as
redes sociais.
Numericamente comparando o número de dispositivos ativos nos quatro
websites não varia (ficando entre dois e três dispositivos por site), porém a
análise especifica de cada website observou-se que dentre os quatro, o DEM é
o que mais apresenta dispositivos de interatividade e em diferentes tipos. Por
exemplo, é o único site que disponibiliza receber mensagens via mensagem de
texto no celular e que permite a fala de terceiros seja publicada no site por
meio da “Tribuna Cidadã”. Esses elementos de dinamização tornam o site mais
atraente para os indivíduos interessados em participação política, pois permite
mesmo que de maneira filtrada que esses exerçam a sua participação
opinativa.
Apesar de utilizar anúncios “Nós queremos a sua opinião”, o site do
PMDB não tem um espaço aberto no website que mostre a todos os que
acessam quais foram as opiniões fornecidas (mesmo filtradas), restringindo a
opinião do internauta a uma mensagem fechada ao partido, o que mina esse
caráter democrático da propaganda tornando-a pouca atrativa.
A veiculação de falas cidadãs nos websites dos partidos por intermédio
de dispositivos como chats e fóruns de discussão, mostra uma evolução da
comunicação partidária, pautada principalmente por uma diversificação
(moderada) de seus atores e cadeias de mediação (NEVEU apud
BLANCHARD, 2006).
Enquanto o PT e o PSDB restringem, majoritariamente, os seus
dispositivos ao envio de informações. Vale ressaltar que mesmo que o fluxo de
informação seja intenso e diário nem sempre os excessos são positivos, é
preciso também explorar o caráter interativo dos mesmos, utilizando a
interatividade em sua essência.
Em termos de websites, podemos afirmar que o DEM é o que mais se
preocupa em estabelecer um feedback e permitir a participação efetiva de
quem frequenta o website.
No quesito “Redes Sociais” o PT e o PMDB são os que mais utilizam e
possuem redes sociais diferenciadas, Sound Cloud e Flickr, respectivamente. A
utilização do Sound Cloud é muito positiva para o partido, pois, permite
compilações no áudio, ou seja, permite que o indivíduo saia da condição de
passividade e contribua de alguma maneira, seja por meio de comentário ou
por ajustes nas gravações.
Para o PMDB, o uso do Flickr também é positivo, essa rede de
armazenamento de fotos não limita a quantidade de postagens, é possível que
ele hospede quantas fotos quiser nessa rede social sem deixar o website site
“pesado” (difícil de navegar) ou visualmente poluído. O website ainda
apresenta uma pop-up com um convite às redes sociais, ou seja, ao acessa-lo
o primeiro contato é com o endereço das redes sociais (recentemente o partido
lançou uma rede social própria que não consta na análise, pois foi lançada
posterior a realização da mesma). É nesse sentido que o site do PMDB se
mostra mais preocupado em atrair os internautas para as redes sociais,
conciliando a atração com efetividade de uso.
Dentre todos os sites, o que se pode considerar o pior é o do PSDB, o
excesso de ícones e de informações deixa o website visualmente confuso e
atrapalha a navegação (se a velocidade da internet for baixa, fica quase
impossível) e é o que apresenta o menor número de redes sociais. Nesse
sentido, apesar dos esforços do partido, observados ao longo da pesquisa,
ainda há muitos detalhes a serem melhorados no website oficial.
De modo geral, o site do DEM é o que está visualmente atrativo e com
mais dispositivos interativos que visam aproximar o partido dos internautas.
Não apelando para o excesso de informação ou mensagens de ataque a outros
partidos, nota-se um esforço do partido em voltar-se para a população de modo
geral e não somente para os filiados e simpatizantes.
Apesar de todas essas valências, foi constatado que ao mesmo tempo
em que são inovadoras e eficazes, as redes sociais também são perecíveis,
fato constatadas diante da quantidade de redes sociais inativas (principalmente
no caso dos perfis do Orkut) e desatualizadas.
A discussão sobre o uso e a efetividade das redes sociais como agente
de mobilização dentro da estrutura partidária ainda é muito incipiente. Mas a
partir da proposta dessa pesquisa, pode-se analisar que são amplamente
utilizadas pelos partidos ao longo do ano e principalmente em período eleitoral.
E que de fato, promovem uma comunicação mais rápida e direta entre usuários
(eleitores, militantes, filiados, simpatizantes), permitem o compartilhamento e o
acesso à informação de forma muito mais rápida e eficiente e às vezes até de
forma indireta com todos que utilizam a ferramenta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Apesar de toda a efervescência acerca dos estudos de internet enquanto
parte da comunicação política e de seus usos para a comunicação com a
esfera civil e a formação de opinião pública, ainda se tem pouco material
empírico que aborde os dilemas da comunicação interna e das relações
intrapartidárias.
Essa pesquisa propôs contemplar essa área pouco explorada na ciência
política sob uma perspectiva organizativa, pressupondo que a comunicação
interna é uma “zona de incerteza” do partido (PANEBIANCO, 2005, p 65). E se
os canais internos de comunicação são pouco eficientes na transmissão de
informações (PEDERSEN e SAGLIE, 2005).
De acordo com NORRIS (2003) há um potencial democratizante nos
websites que mantém um diálogo significativo e que exerce uma forte
correlação entre o desenvolvimento dos meios digitais de comunicação e a
participação política.
A internet provê um amplo espaço e uma vasta gama de dispositivos
que permitem a produção e a difusão de materiais diversificados, não limitando
o partido a reproduzir somente aquilo que é distribuído de forma física (mala
direta, panfletos, revistas).
Por meio do uso social da internet os partidos são capazes de se
aproximar dos filiados, promovendo uma comunicação consensual e sem
arestas, ou seja, é possível se comunicar com os filiados sem o filtro das
mídias tradicionais (BLANCHARD, 2006, p15).
Ao longo da pesquisa constatou-se que dentro dos websites oficiais do
partido existe uma dedicação no desenvolvimento, divulgação e controle das
novas tecnologias de comunicação enquanto elemento de comunicação
interna. Ou seja, torna-se mais fácil e acessível tanto para o Diretório Nacional
quanto para o filiado, disponibilizar e ter acesso a informações relevantes sobre
o partido enquanto organização. Não é mais preciso esperar por uma mala
direta ou por uma convenção municipal para acessar as resoluções do Diretório
Nacional, enquanto elemento de estabilização e coesão, as novas tecnologias
de comunicação se provaram úteis para os partidos.
Devido a essa gama de valências, que se observou que há sim uma
preocupação em, além de disponibilizar, promover essas ferramentas,
mantendo-as ativas, atualizadas, e em grande quantidade nos websites oficiais.
Explorando todas as suas potencialidades, as atualizações e mudanças que
foram acompanhadas ao longo da pesquisa nos websites oficiais denotam que
há toda uma estrutura dentro do partido responsável em manter o website
atualizado, dinâmico e atrativo para o público em geral.
No caso das redes sociais, pode-se perceber que elas são amplamente
utilizadas e mais acessadas que as ferramentas estáticas dos websites. A
rapidez nas trocas informacionais, o dinamismo e a capacidade multimídia que
essas possuem são por vezes mais atrativas e mais acessíveis, uma vez que
não é necessário acessar o site para se ter contato com as mesmas.
Um ponto negativo a ser destacado, é que a mesma rapidez que as
torna mais atrativas é a mesma rapidez que pode deixa-las ultrapassadas, fato
constatado a partir da rede social Orkut, que foi observada a presença em dois
partidos e em ambos estava abandonada.
No que de diz respeito à efetividade, para o envio de informações,
divulgação de material e opinião do partido, todas as ferramentas se mostraram
efetivas. Presentes em grande número e de variadas formas, a maioria dessas
ferramentas transmitem diferentes tipos de material com qualidade e rapidez,
mas que não permitem o feedback do receptor.
Os níveis de interatividade das ferramentas e o uso das redes sociais
demonstraram que apesar de todo o arcabouço tecnológico e do discurso de
potencialidades democratizantes e a promessa de aproximar os indivíduos da
instituição, o controle desses dispositivos mostra que os quatro maiores
partidos políticos brasileiros estão se profissionalizando e explorando as
potencialidades da internet pautadas na lógica do controle e da mediação.
A quantidade de dispositivos passivos nos mostra que existe uma
preocupação dos partidos a respeito do feedback que os mesmos possam
receber, mensagens oposicionistas, questionamentos sobre a ação do partido,
críticas de cunho ideológico, em suma evitar qualquer informação ou
mensagem atrelada a algo que não corresponda com a construção da imagem
institucional desse partido.
É a partir da análise do controle é possível concluir que a comunicação
interna partidária é atualmente bastante controlada e profissionalizada, dentro
do partido político. Capaz de, promover e controlar os fluxos informacionais de
forma efetiva.
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