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Coimbra, 18 de Junho de 2014
CONTRATOS DE DESEMPENHO ENERGÉTICO:UM MODELO DE NEGÓCIO PARA IMPLEMENTAR MEDIDAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO, A RELAÇÃO COM A BANCA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – ENQUADRAMENTO LEGAL (1/2)
Mercado de
serviços energéticos
(Directiva 2006/32/CE,
de 05/04*)
PNAEE
2008-2015
(RCM nº 80/2008,
de 20/05)
Programa ECO.AP
(RCM nº 2/2011,
de 12/01)
* Em Portugal, transposta através do DL nº 319/2009, de 03 de Novembro
Metas europeias
Metas na
administração pública
Metas nacionais
Poupança no consumo
de energia de
1% ao ano até 2016
Poupança no consumo
de energia de 10%
até 2015
Poupança no consumo
de energia
≥ 20% até 2020
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – ENQUADRAMENTO LEGAL (2/2)
GOP 2012-2015
(Lei nº 64-A/2011,
de 30/12)
Directiva
2012/27/UE, de 25/10
PNAEE 2013-2016
(RCM nº 20/2013,
de 10/04)
Novas Metas
nacionais até 2020
Adaptação face às
novas metas nacionais
para 2020
Novas Metas
europeias até
2020
Poupança no consumo de
energia de 25% (país),
sendo ≥ 30% na AP
Poupança no consumo
de energia ≥ 20%
até 2020
Poupança no consumo de
energia de 25% (país)*,
sendo ≥ 30% na AP**
* Compara com uma meta de ≥ 10% no PNAEE 2008-2015 (para o País)
** Compara com uma meta de ≥ 20% no Programa ECO.AP 2011 (para a administração pública)
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS INTERROGAÇÕES
Porquê?
Quanto vale?
Mercado-alvo?
Beneficiários?
Quais são os riscos associados?
Eficiência Energética
Introduz hábitos de utilização racional e de poupança!
Reduz a dependência energética do país!
Reduz a emissão de GEE!
…e tudo isso deverá traduzir-se em
Redução nos consumos de energia, com potenciais ganhos na
fatura energética dos diferentes agregados económicos do país
(famílias, empresas e administração pública)!
Porquê?
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS INTERROGAÇÕES
De acordo com um estudo promovido pela AECOPS em 2009*, a
reabilitação energética do edificado do país (base; censos 2001)
representava um volume potencial de investimentos da ordem dos
cerca de € 11 mil milhões;
De acordo com o mesmo estudo, o impacto estimado sobre o
consumo de energia gerado pela aplicação das medidas de
eficiência energética sobre o edificado ascende a mais de € 100
milhões por ano no período 2011/2030.
Quanto vale?
*“O Mercado da Reabilitação – Enquadramento, relevância e perspectivas”, disponível para download no site daquela associação.
Eficiência energética = cerca de 7% do PIB de 2012 ou cerca
de 50% do envelope financeiro associado ao novo quadro
financeiro plurianual 2014-2020.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS INTERROGAÇÕES
Habitação;
Serviços (comércio, escritórios, hotelaria, etc);
Instalações industriais e agrícolas;
Equipamentos de uso público (parques de estacionamento,
recintos desportivos, equipamentos sociais, etc);
Instituições do 3º sector (IPSS, Misericórdias, outros);
Administração pública e equiparada (repartições e serviços,
escolas, hospitais, equipamentos de uso coletivo, iluminação
pública , etc).
Mercado-alvo?
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS INTERROGAÇÕES
Particulares;
Empresas (incluindo concessionários de equipamentos de uso
coletivo);
Entidades da economia social (IPSS, Misericórdias, outros);
Entidades da administração pública direta e indireta.
Beneficiários?
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS INTERROGAÇÕES
Risco Financeiro e de Financiamento;
Risco de Desenvolvimento e Implementação;
Risco de Operação e Manutenção;
Risco Performance da ESE;
Risco Beneficiário;
Risco de Mercado;
Riscos Gerais.
Quais são os riscos associados?
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Definir se o projeto será desenvolvido através de uma SPV ou se fica
no balanço do beneficiário/ESE (é importante haver uma segregação
de fluxos);
Definir quem assume o risco de financiamento do projeto (o
beneficiário, a ESE ou ambos);
Avaliação da capacidade para aportar fundos próprios ao projeto;
Avaliação do risco de crédito dos intervenientes (beneficiário/ESE),
para efeito da obtenção de fundos alheios;
Escolha das soluções (financiamento bancário, locação financeira) e
modalidades de financiamento (financiamento tradicional, project
finance, fundos de desenvolvimento urbano, BEI, garantia mútua, etc)*;
Massa crítica do projecto (em termos de poupanças e de valor de
investimento/intervenção).
Risco Financeiro e de Financiamento
* Algumas das quais poderão ser complementares
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Definição da baseline dos consumos vs benchmark vs estimativas;
Avaliação das medidas de eficiência energética a implementar
(auditoria energética);
Escolha da melhor solução técnica e tecnológica;
Fornecimento, instalação e montagem dos equipamentos/sistemas.
Risco de Desenvolvimento e Implementação
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Assegurar o bom funcionamento da solução implementada
(disponibilidade do sistema);
Assegurar que o beneficiário do projeto utiliza corretamente o
sistema/instalações;
Assegurar que o sistema instalado não conflitua com outros sistemas
existentes no local;
Assegurar a obtenção de garantias do fabricante/fornecedor e a
transmissão de direitos a favor da ESE, do beneficiário ou mesmo os
financiadores.
Risco de Operação e Manutenção
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Nível de riscos transferidos para as ESE no âmbito dos contratos de
gestão de eficiência energética;
Nível de contrapartidas negociadas com o beneficiário e o regime das
mesmas (poupança mínima garantida);
Capacidade para assegurar o cumprimento dos requisitos mínimos de
serviço definidos.
Risco de Performance (ESE)
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Alteração do perfil e dos níveis de utilização do sistema/instalações
pelo beneficiário (aumento, redução ou desactivação/deslocalização);
Beneficiário não pode tomar medidas que conflituam ou prejudiquem o
cumprimento das obrigações assumidas para com a ESE.
Risco Beneficiário
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Condições e custos associados ao fornecimento de energia.
Risco de Mercado
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Macroeconómicos;
Políticos;
Fiscais;
Força maior, etc…
Risco Gerais
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – PRINCIPAIS RISCOS
Mercado
Riscos Gerais
Financeiro
e de
Financia-mento
Desenvol-vimento
e Implementa-
ção
Operação
e Manutenção
Performance (ESE)
Beneficiário
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – MATRIZ DE RISCOS
Accionistas da ESE ou ESE
Beneficiário
ESE ou SPV
Fornecedor de Energia
Financiadores
Garantia Mútua
Contrato de fornecimento e
instalação de equipamentos
(incl. garantias)
Contrato de manutenção
Pacote de seguros Outros
Contrato de gestão de
eficiência energética
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – ESTRUTURA CONTRATUAL
PERFIL TÍPICO (INDICATIVO) DE FINANCIAMENTO
Fundos próprios
dos beneficiários/ESE
Fundos de Equity
Novo quadro
Plurianual 2014-2020
Bancos comerciais
Garantia Mútua
BEI/Jessica/Outros
Locação financeira
Outros instrumentos
de capital próprio
Capitais
alheios
60%
Capitais
próprios ou
equiparados
40%
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Fundos comunitários
Eixo Prioritário 1:
“Apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono”
Objectivo específico 1:
“Aumento da eficiência energética nas infra-
estruturas públicas no âmbito da administração
central do Estado, apoiando a implementação
de medidas de eficiência energética e de
produção de renováveis nos edifícios públicos”
Objectivo específico 2:
“Aumento da eficiência energética no sector
habitacional, apoiando a implementação de
medidas de eficiência energética e de
produção de renováveis na habitação”
Prioridade de Investimento 2:
“Concessão de apoio à eficiência energética, à gestão inteligente e à utilização das energias
renováveis nas infra-estruturas públicas, nomeadamente nos edifícios públicos, e no sector
da habitação”
Fonte: Avaliação Ambiental e Estratégica do *Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).
Versão de trabalho para consulta pública
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - PORTUGAL 2014/2020
QUADRO PLURIANUAL - POSEUR 2014-2020 (1/3)
Objectivo específico 1:
“Aumento da eficiência energética nas infra-
estruturas públicas no âmbito da administração
central do Estado, apoiando a implementação
de medidas de eficiência energética e de
produção de renováveis nos edifícios públicos”
Objectivo específico 2:
“Aumento da eficiência energética no sector
habitacional, apoiando a implementação de
medidas de eficiência energética e de
produção de renováveis na habitação”
Fonte: Avaliação Ambiental e Estratégica do POSEUR. Versão de trabalho para consulta pública
Indicadores de resultados:
Redução do consumo de energia primária nos
edifícios públicos
Indicadores de resultados:
Redução do consumo de energia primária nos
edifícios de habitação (particulares)
Meta para 2022/2023: - 14% (ANO BASE: 2010)Metas para 2022/2023: - 30% (ANO BASE: 2010)
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - PORTUGAL 2014/2020
QUADRO PLURIANUAL - POSEUR 2014-2020 (2/3)
QUADRO PLURIANUAL - POSEUR 2014-2020 (3/3)
Financiamento das
iniciativas
Na Adm. Pública:
Financiamento às ESE será
sempre através de apoios
reembolsáveis (?)
Na habitação:
Financiamento aos
promotores particulares será
sempre através de apoios
reembolsáveis, podendo, em
alternativa, ser mobilizados
através da DGEG ou do
recurso a uma ESE (?)
(?) Aguarda-se maior clarificação com a publicação da versão final do POSEUR, depois de decorrido o período de consulta pública.
% comparticipação;
Montantes elegíveis;
Limites;
Prazos;
Prémios, etc…
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - PORTUGAL 2014/2020
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - PORTUGAL 2014/2020
PO’S REGIONAIS – BREVE SÍNTESE
Aguarda-se maior clarificação das condições de funcionamento dos instrumentos previstos com a publicação das versões finais, depois
de decorrido os períodos de consulta pública da avaliação ambiental estratégica dos PO’s Nacionais e Regionais.
POR EIXO PRIORITÁRIO APOIO EUContrapartida
Nacional
% do PO
REGIONALPRIORIDADE DE INVESTIMENTO OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Algarve3 - Promover a sustentabilidade e
eficiência dos recursos20.000.000 0 8,9%
Alentejo 7 - Eficiência Energética e Mobilidade 103.123.717 0 8,5%
LVT
4 - Apoiar a transição para uma economia
com baixas emissões de carbono em
todos os setores
60.000.000 60.000.000 8,9%
Centro6 - Afirmar sustentabilidade de territórios e
recursos (SUSTENTAR)307.028.010 54.181.414 13,4%
Norte 3 - Economia de Baixo Teor de Carbono 316.798.814 55.905.673 8,9%
4.2. Promoção da eficiência energética e
da utilização das energias renováveis nas
empresas;
4.3. Concessão de apoio à eficiência
energética, à gestão inteligente da energia
e à utilização das energias renováveis nas
infra-estruturas públicas, nomeadamente
nos edifícios públicos e no sector da
habitação;
4.5. A promoção de estratégias de baixo
teor de carbono para todos os tipos de
territórios, nomeadamente as zonas
urbanas, incluindo a promoção da
mobilidade urbana multimodal sustentável
e medidas de adaptação relevantes para a
atenuação.
4.2.1. Aumentar a eficiência energética nas
empresas, apoiando a implementação de
medidas de eficiência energética e
racionalização de consumos;
4.2.2. Dinamizar o mercado das empresas
de serviços energéticos
4.3.1. Aumentar a eficiência energética nas
infraestruturas públicas, apoiando a
implementação de medidas de eficiência
energética e racionalização de consumos;
4.3.2. Aumentar a eficiência energética no
sector habitacional, apoiando a
implementação de medidas de eficiência
energética e de produção renovável na
habitação social;
4.5.1. Promover a mobilidade ecológica e
com baixa emissão de carbono.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
“QUESTÕES A RESOLVER”
Eficiência energética
Estabilidade legislativa e de regulamentação;
Definição dos instrumentos financeiros de apoio no âmbito do
novo quadro plurianual 2014-2020;
Apresentação de bons projectos…
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