contribuições da cna para a ageda dos adidos agrícolas · quais incidem barreiras que podem ser...
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Sumário
Apresentação _______________________________________________________________________________________ 1
A CASA DO PRODUTOR RURAL ____________________________________________________________ 1
NOVAS OPORTUNIDADES, MAS TAMBÉM DESAFIOS ____________________________________________ 2
Produtos potenciais e barreiras _________________________________________________________________ 4
ÁFRICA DO SUL _______________________________________________________________________ 6
ARÁBIA SAUDITA ______________________________________________________________________ 8
ARGENTINA _________________________________________________________________________ 10
CHINA _____________________________________________________________________________ 13
COREIA DO SUL ______________________________________________________________________ 16
ÍNDIA _____________________________________________________________________________ 21
MÉXICO ____________________________________________________________________________ 23
RÚSSIA ____________________________________________________________________________ 26
TAILÂNDIA __________________________________________________________________________ 28
VIETNÃ ____________________________________________________________________________ 30
1
Apresentação
A CASA DO PRODUTOR RURAL
Fundada em 1951, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é o
principal foro de debate e tomada de decisões do agronegócio brasileiro. A CNA tem
como missão representar, organizar e fortalecer os produtores rurais brasileiros.
Defende, também, seus direitos e interesses, promovendo o desenvolvimento
econômico e social do setor agropecuário. Para tudo isso se tornar realidade, a CNA
congrega associações e lideranças rurais e participa, de forma ativa e permanente, das
discussões e decisões sobre a política nacional agrícola.
Da pequena produção familiar às modernas propriedades agroexportadores, a CNA
representa mais de 2 milhões de agropecuaristas. Congrega federações nos 26 estados
e no Distrito Federal. O sistema chega a quase todos os munícipios por meio de mais
de 1.900 sindicatos rurais.
O Sistema CNA é composto por três entidades: a CNA, que representa os produtores
rurais brasileiros de pequeno, médio e grande portes, o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR), que atua como instrumento para Formação Profissional
Rural e Promoção Social e qualidade de vida de homens e mulheres do campo, e o
Instituto CNA, que desenvolve estudos e pesquisas na área social e no agronegócio.
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NOVAS OPORTUNIDADES, MAS TAMBÉM DESAFIOS
Ao adotar práticas sustentáveis no contexto ambiental, social e econômico, fizemos
uma revolução agrícola no Brasil. Nas últimas décadas, passamos de importador de
alimentos para o grande celeiro do mundo. Temos vasta disponibilidade de terra, água
e um clima favorável que permite até três safras por ano. Mas mais do que isso, temos
gente no campo trabalhando duro para produzir alimentos de maneira sustentável e
que são exportados para o mundo todo.
É impossível falar do agro, sem falar do protagonismo brasileiro no comércio
internacional. Sabemos da importância do setor externo para a economia brasileira e
do potencial que temos para ser explorado. Entretanto, em tempos de incerteza e
tendência ao protecionismo, o comércio exterior e, principalmente, a sua promoção se
tornam elementos cada vez mais estratégicos na agenda para desenvolvimento do
Brasil.
Nos últimos anos, o comércio exterior tem se mostrado importante ferramenta para o
agronegócio, que representa quase 50% das exportações do país. Mesmo com desafios
no mercado interno e externo, o número de destinos e de produtos exportados pelo
setor aumentou. O produtor rural está fazendo seu dever de casa, adotando
sustentabilidade, tecnologia e inovação como a base do desenvolvimento da
agropecuária brasileira.
Essa é a imagem que precisamos mostrar ao mundo, de um setor que gera renda,
emprego e contribui para o desenvolvimento do país ao mesmo tempo em que produz
alimentos de alta qualidade, respeitando a biodiversidade local e buscando o
desenvolvimento socioeconômico do meio rural.
Para incluir, cada vez mais, pequenos e médios produtores na lista dos exportadores
brasileiros, a identificação de potenciais mercados importadores, a redução de
barreiras e, principalmente, a integração dos setores público e do privado tornam-se
fundamentais. Ações como essa, contribuem para incentivar não apenas as
exportações de produtos em que já somos competitivos, mas também para determinar
a participação que o Brasil quer ter nas cadeias globais de valor daqui a 10, 20 ou 30
anos.
O diálogo com os representantes da agropecuária brasileira em importantes parceiros
comerciais, como Argentina, África do Sul, Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Índia,
México, Rússia, Vietnã e Tailândia, abre um canal de interlocução e de troca de
informações estratégico para maior participação do Brasil no comércio internacional,
principalmente no longo prazo.
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É importante buscar alternativas para diversificar a fonte de renda do produtor
brasileiro. Nesse contexto, a CNA gera oportunidades para a agropecuária, defendendo
mundo afora os interesses do produtor rural brasileiro. Ao integrar as ações do setor
público e privado, ampliamos o potencial brasileiro para continuar a crescer e superar
os desafios. Com a construção de uma estratégia conjunta, a conquista de mercados e
a eliminação de barreiras tornam-se realidade.
Desde a designação dos primeiros adidos agrícolas, em 2010, a CNA trabalhou em
parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o
Ministério das Relações Exteriores (MRE) para impulsionar as ações dos adidos em seus
postos. Da mesma forma, defendemos a ampliação do número de países com esses
profissionais. O trabalho dos adidos é fundamental para a defesa da agropecuária
brasileira nos principais mercados de destino, bem como na conquista de novos
mercados, principalmente os não tradicionais que, muitas vezes, não são plenamente
explorados pelos nossos exportadores.
A Ásia é um exemplo de destino com grande potencial. O continente passa por
mudanças de hábitos alimentares e aumento do consumo de proteína animal que,
combinados ao seu grande mercado consumidor, se consolida como destino de
alimentos de maior valor agregado. Mudanças como essa criam um espaço no
mercado global que precisa ser ocupado pelo Brasil.
Além da contribuição em acesso a mercados, ao estarem mais próximos dos nossos
parceiros comerciais, os adidos podem estabelecer uma conexão com produtores
estrangeiros para compartilhamento de experiências, transferência de tecnologia no
campo e melhores práticas para o nosso setor.
Além da cooperação técnica, o produtor brasileiro também tem interesse na
convergência de regulações, bem como em parcerias para enfrentar entraves em
comum que incidem sob esses países. A intenção é contribuir para o desenvolvimento,
economicamente e ambientalmente, sustentável da agropecuária em outras regiões do
globo.
Este relatório apresenta uma visão geral das cadeias produtivas do agronegócio
brasileiro, seus principais desafios e oportunidades, especialmente no que diz respeito
ao acesso a mercados nos países destino. A CNA tem orgulho de defender os interesses
do produtor e continuará trabalhando para diversificar os destinos e a pauta das
exportações brasileiras. Acreditamos que, ao atuar em conjunto, setores público e
privado podem impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do país, mostrar a
sustentabilidade da produção agropecuária no país e aumentar a presença brasileira no
mundo.
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Produtos potenciais e barreiras
Promover maior acesso dos produtos agropecuários brasileiros no mundo é um
interesse comum para os setores público e privado. Contudo a ampliação de nossos
mercados esbarra nas barreiras comerciais impostas pelos países para proteger seus
produtores domésticos, sendo, ainda, o uso de tarifas o mecanismo mais usual para
isso. Mas, em tempos de neoprotecionismo, cada vez mais, o comércio passa a ser
impedido pelas barreiras não tarifárias associadas a requisitos técnicos, sanitários,
fitossanitários e ambientais, entre outros.
As barreiras não tarifárias são as que mais diminuem a competitividade do exportador,
principalmente o agropecuário, e as mais difíceis de serem identificadas. Em termos de
impacto, devido à extensa dispersão das informações e divergências entre as
legislações dos países, também existe dificuldade em mensurá-las. A negociação de
acordos é o meio para vencer essas barreiras e aumentar a competitividade do
produtor brasileiro.
Nesse sentido, a negociação de acordos sanitários e fitossanitários (SPS),
responsabilidade do MAPA, assim como o aumento de plantas habilitadas para
exportação são fundamentais ao produtor agropecuário brasileiro. O Brasil também
precisa desenvolver mecanismos para mapear as barreiras comerciais em mercados
externos e políticas para eliminação destas. Para isso, o diálogo constante entre o
setor público e o privado torna-se essencial.
Organizado para apresentar o posicionamento do setor agropecuário brasileiro, este
relatório apresenta as principais barreiras comerciais enfrentadas pelos produtos
agropecuários brasileiros na Argentina, África do Sul, Arábia Saudita, China, Coreia do
Sul, Índia, México, Rússia, Vietnã e Tailândia. O principal instrumento utilizado pela
CNA para esse levantamento foi uma consulta realizada com associações setoriais.
A CNA também compilou tarifas temporárias, gerais e vinculadas à Organização
Mundial do Comércio (OMC) para cada produto, a fim de definir qual delas incide sobre
as exportações brasileiras. Além da identificação das barreiras, é necessário analisar
complementaridades entre as pautas exportadora do Brasil e a importadora dos
parceiros comerciais. Dentre os 1.067 produtos analisados, apresentam-se os produtos
da agropecuária1 brasileira que possuem maior potencial naqueles mercados e sob os
quais incidem barreiras que podem ser impeditivas ao comércio. Os números e os
produtos apresentados na seção potencial são apenas indicativos e devem ser
utilizados como fonte para novas discussões sobre barreiras.
1 Capítulos 1 a 24 do Sistema Harmonizado (SH), incluindo peixes e seus produtos.
5
Para cálculo do impacto, os produtos potenciais para os quais foram identificadas
medidas não tarifárias tiveram suas barreiras convertidos em tarifas ad valorem. Foram
excluídas da amostra mercadorias que não possuem vantagem comparativa revelada
(VCR), bem como produtos brasileiros que já possuem participação de ao menos 5%
nos mercados analisados. Aliada a essa análise, destacam-se algumas questões
específicas sanitárias e fitossanitárias que impedem o comércio agropecuário com
esses países.
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ÁFRICA DO SUL
Posicionamento CNA
A CNA defende que o MAPA e o MRE deem prioridade à negociação da
exportação de mangas e mamões para a África do Sul. A CNA apoia a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial (ACP)
Mercosul-Sacu para melhorar a competitividade dos produtos brasileiros
nesse mercado.
BARREIRAS
Frutas –Manga e Mamão
As negociações para abertura do mercado sul-africano para
comercialização de mamão e manga estavam avançando em ritmo
acelerado, motivo pelo qual a embaixada brasileira, na África do Sul,
solicitou que os dois processos fossem priorizados junto ao MAPA e ao MRE. Mas não
existe atualização sobre o andamento do processo. A tarifa aplicada para manga (NCM
0804.50.20) é de 35% e para o mamão é de 15% (0807.20.00), e o Brasil não possui
exportações para a África do Sul.
Produtos Alimentícios
Além das barreiras não tarifárias, no caso do setor de Biscoitos, Massas
Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (NCMs: 1902.20; 1904.10;
1904.20; 1904.90; 1905.31; 1905.32; 1902.11; 1902.19; 1902.20; 1902.30;
1905.20; 1905.40; 1905.90), foram reportadas altas tarifas variando, por exemplo, de
20% (ad valorem) a 40%, como é o caso das massas alimentícias especificamente.
Além da tarifa de importação, a África do Sul apresenta diferentes quotas para os
produtos do setor, limitando acesso ao mercado com taxas adicionais dependendo da
quantidade exportada. A CNA entende que a ampliação do Acordo Mercosul-Sacu
pode contribuir para eliminar barreiras tarifárias e incidência de cotas que tiram a
competitividade dos produtos brasileiros.
POTENCIAL
Foram identificados casos de barreiras afetando 51 produtos (4,8%) dos produtos
agropecuários analisados. Dentre essas, existem 14 produtos da agropecuária
brasileira, que, apesar de serem competitivos no mercado internacional, têm
dificuldades de acesso ao mercado sul-africano e sofrem com barreiras ao comércio.
Dentre os produtos destacados, existe indicação de que quatro deles não acessam o
mercado sul-africano devido à incidência de medidas não tarifárias. As barreiras para
7
carnes de patos elevam sua tarifa de importação original de 0% para um equivalente
de até 45,15%, podendo tornar inviável a exportação deste produto para a África do
Sul. Os nove produtos restantes enfrentam picos tarifários
Tabela I – África do Sul – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da África do Sul Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0203.21
Carcaças e meias
carcaças de suíno,
congeladas
– – 24,91 15 Impeditiva
0203.29 Outras carnes de suíno,
congeladas 1,43 61,15 1.264,00 15 Impeditiva
0804.50 Goiabas e mangas,
frescas ou secas – 0,36 176,49 35 Impeditiva
0807.20 Mamões (papaias)
frescos – 0,08 44,61 15 Impeditiva
0207.42
Carnes de patos, não
cortadas em pedaços,
congeladas
– 0,28 6,11 0 45,15
0210.99
Carnes de outros
animais, comestíveis,
salgadas, secas ou
defumadas; miudezas,
farinhas e pós
– 0,03 468,16 40 40
0201.30
Carnes de bovino,
desossadas, frescas ou
refrigeradas
– 1,67 760,08 40 40
0202.20
Outras peças de bovino,
não desossadas,
congeladas
– 5,43 35,56 40 40
0202.30 Carnes de bovino,
desossadas, congeladas – 30,08 4.138,18 40 40
0210.20
Carnes de bovinos,
salgadas ou em salmoura,
secas ou defumadas
– 2,90 23,16 40 40
1602.50 Preparações alimentícias
e conservas, de bovinos – 3,80 609,93 40 40
1704.90 Outros produtos de
confeitaria, sem cacau 1,32 33,30 111,98 37 37
2401.10 Fumo não manufaturado,
não destalado 0,23 14,94 43,26 140,77 140,77
2403.99
Extratos, molhos e outros
produtos do fumo e seus
sucedâneos,
manufaturados
– 0,73 27,08 45 45
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
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ARÁBIA SAUDITA
Posicionamento CNA
Deve ser realizada a revisão do procedimento de liberação
do Permit Import Letter de modo a promover a eliminação de
procedimentos burocráticos para exportação de café para a Arábia
Saudita.
BARREIRAS
Café
O Brasil já possui autorização fitossanitária para exportar café para a Arábia
Saudita, entretanto o MAPA só emite o documento, autorizando a
exportação, após a emissão pelo país de destino do Permit Import Letter.
Ou seja, para cada nova exportação a ser realizada, é necessária uma nova autorização.
Assim, trata-se de um documento a mais a ser providenciado pelo exportador, que
podem gerar atrasos e custos adicionais.
POTENCIAL
Foram identificados casos de barreiras afetando 16 produtos (1,4%), destes, 10
produtos foram retirados da amostra, pois o Brasil não possui VCR, além de um outro
produto que não é importado pela Arábia Saudita. Segundo a análise, cinco produtos
brasileiros que são competitivos no mercado internacional enfrentam picos tarifários
que tornam o acesso ao mercado saudita complicado.
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Tabela II – Arábia Saudita – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de
barreiras impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Arábia Saudita Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
2401.10 Fumo não manufaturado,
não destalado – 5,38 43,26 100 100
2401.20
Fumo não manufaturado,
total ou parcialmente
destalado
– 1,56 2.096,32 100 100
2401.30 Desperdícios de fumo – 2,09 52,91 100 100
2403.19 Outros tabacos para
fumar – 10,57 35,27 100 100
2403.99
Extratos, molhos e outros
produtos do fumo e seus
sucedâneos,
manufaturados
– 8,06 27,08 100 100
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
10
ARGENTINA
Posicionamento CNA
A CNA defende a harmonização de regras para rotulagem
entre as províncias argentinas, bem como a compatibilização entre Brasil
e Argentina dos termos light/diet e da indicação da existência de glúten
em produtos alimentícios.
A revisão do procedimento de liberação do documento fitosanitário de
modo a agilizar o processo de exportação de café para a Argentina deve
ser prioridade.
A CNA apoia a negociação para abertura do mercado argentino ao
abacate brasileiro.
BARREIRAS
Regras de Rotulagem
Não existe harmonização nas regras de rotulagem no código alimentar
argentino, gerando a necessidade de diferentes adaptações nas embalagens
a depender da província de destino.
As regras para utilização dos termos light/diet no rótulo das embalagens de produtos
argentinos são diferentes daquelas exigidas no Brasil. Por exemplo, o termo diet não é
permitido no rótulo das embalagens e o uso dos termos light, baixas calorias e sem
açúcar é restringido. A utilização do termo “dietético”, por sua vez, só é permitida para
alimentos para regimes ou dietas, ou para fins especiais e deve sempre vir
acompanhando da informação de redução específica dada ao produto.
No caso de produtos sem amido ou glúten, essa informação deve ser feita logo após a
denominação do produto e acompanhada de legenda ou símbolo “Sem TACC” (sem
trigo, aveia, cevada e centeio), bem como da utilização do símbolo internacional para
“livre de glúten”.
Pendências Administrativas
Além das exigências de rotulagem para indicar produtos da linha sem
glúten, as autoridades da Argentina exigem laudos emitidos por entidades
oficiais que comprovem a ausência de glúten no produto. Entretanto, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não emite esse certificado.
11
Farinha de trigo
A exportação de produtos à base de farinha de trigo à Argentina só pode
ser feita se seguida a exigência das taxas mínimas das substâncias de
composição – tiamina (B1) 6,3 mg/kg; riboflavina (B2) 1,3 mg/kg; niacina
13,0 mg/kg; ferro 30,0 mg/kg; ácido fólico 2,2 mg/kg. A CNA defende a flexibilização
dessa exigência.
Café
Apesar da proximidade entre os países, o café brasileiro exportado à
Argentina perde competitividade devido à demora na emissão de certificado
fitossanitário brasileiro para o envio de amostra para avaliação fitossanitária
na Argentina, quanto para a exportação da carga de café.
Frutas – Abacate
A abertura do mercado argentino ao abacate brasileiro vem sendo discutida,
contudo não há informações sobre o avanço ou não das negociações.
POTENCIAL
Foram identificadas barreiras afetando 41 produtos (3,8%). Retirou-se da amostra 27
produtos para os quais o Brasil não possui VCR, além de 2 outros produtos que já
possuem participação relevante no mercado argentino. Segundo a análise para a
Argentina, 12 produtos brasileiros, apesar de serem competitivos no mercado
internacional, perdem, têm dificuldades de acesso e sofrem com barreiras argentinas
ao comércio.
Dentre os produtos destacados, 10 são impedidos e não acessam o mercado argentino
devido à incidência de medidas não tarifárias. As barreiras sob figos (SH 0804.20)
elevam sua tarifa de importação original de 10% para um equivalente de até 140,03%.
Observa-se existência de pico tarifário para o fumo não manufaturado (SH 2401.10).
Tabela III – Argentina – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Argentina Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0804.20 Figos frescos ou secos – 0,42 7,30 10 140,03
0201.30
Carnes de bovino,
desossadas, frescas ou
refrigeradas
– 1,01 760,10 12 Impeditiva
0202.20
Outras peças de bovino,
não desossadas,
congeladas
– – 35,60 10 Impeditiva
12
0202.30 Carnes de bovino,
desossadas, congeladas – 0,43 4.138,20 12 Impeditiva
0206.10
Miudezas comestíveis de
bovino, frescas ou
refrigeradas
– – 6,80 10 Impeditiva
0206.21 Línguas de bovino,
congeladas – 0,05 36,00 10 Impeditiva
0206.22 Fígados de bovino,
congelados – 0,01 5,50 10 Impeditiva
0206.29
Outras miudezas
comestíveis de bovino,
congeladas
– – 306,10 10 Impeditiva
0210.20
Carnes de bovinos,
salgadas ou em salmoura,
secas ou defumadas
– – 23,20 10 Impeditiva
1602.50 Preparações alimentícias
e conservas, de bovinos – – 609,90 16 Impeditiva
1603.00
Extratos e sucos de
carnes, de peixes ou de
crustáceos ou de outros
invertebrados aquáticos
– 0,09 25,60 16 Impeditiva
2401.10 Fumo não manufaturado,
não destalado 0,02 12,57 43,30 35 –
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
13
CHINA
Posicionamento CNA É necessária a adoção de regras objetivas para aprovação de
Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) por parte do governo
chinês, por meio de um processo mais ágil e transparente.
A CNA apoia a revisão da exigência de fumigação de palets contra o
mosquito vetor do Zika vírus, Dengue e Chikungunya para exportação à
China.
O governo brasileiro, em parceria com o setor privado, deve avaliar a
legitimidade da salvaguarda chinesa aplicada ao setor sucroalcooleiro.
A CNA defende a revisão do procedimento de liberação do Permit Import
Letter de modo a promover a eliminação de procedimentos burocráticos
para a exportação de café para a China.
Deve ser dada prioridade à negociação para abertura do mercado
chinês ao melão brasileiro.
BARREIRAS
Regras de Rotulagem
As regras de rotulagem são diferentes em cada província chinesa. Além
disso, há casos de restrições ou especificações técnicas que não são claras.
Por esse motivo, é necessário apresentar diferentes informações na tabela
nutricional ou dados diferenciados nas embalagens dependendo de cada província
onde o produto será inserido.
Organismos Geneticamente Modificados (OGMs)
O Brasil defende que a aprovação de OGMs – que é feita, caso a caso, na
China – seja substituída por uma aprovação do tipo sistêmica. O processo de
aprovação de transgênicos é lento e pouco transparente, o que impõe
insegurança comercial para os exportadores de grãos.
Fumigação de Palets
A exigência de fumigação dos palets contra o mosquito vetor do Zika
vírus, além da dengue e Chikungunya, foi apontada pelas associações
como uma questão a ser esclarecida pelo governo brasileiro junto ao
governo chinês
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Açúcar
O governo chinês aplica um imposto adicional de salvaguardas para o açúcar
brasileiro exportado para aquele país. Com a medida, além da tarifa vigente
de 50% para o que exceder a cota anual global de 1,945 milhão de
toneladas, aplica-se, também, uma tarifa adicional que eleva para até 95% a tarifa para
exportações acima da cota. A CNA já havia identificado a existência de pico tarifário
para o produto em estudo publicado em 2015, com a aplicação da salvaguarda, houve
elevação do pico. É necessário obter maior esclarecimento sobre a medida e os
impactos causados no setor.
Café
O Brasil já possui autorização fitossanitária para exportar café para a China,
entretanto o MAPA só libera o documento, autorizando a exportação, após a
emissão pelo país de destino do Permit Import Letter. Ou seja, para cada
nova exportação a ser realizada, é necessária uma nova autorização. Assim, trata-se de
um documento a mais a ser providenciado pelo exportador que pode gerar atrasos e
custos adicionais.
Frutas – Melão e Sucos de Frutas
O Brasil está negociando a abertura do mercado chinês ao melão brasileiro.
As negociações avançaram desde que uma equipe do órgão de defesa
agropecuária da China visitou fazendas produtoras de melão no Rio Grande
do Norte e no Ceará para conhecer os controles fitossanitários dos plantios. A última
informação acerca do processo de negociação é que o MAPA, ainda, não recebeu os
comentários chineses à proposta brasileira.
Além das barreiras não tarifárias citadas acima, os sucos brasileiros enfrentam
barreiras tarifárias no mercado chinês. As tarifas são de 30 % para sucos que cheguem
acima de – 18 C e 7,5 % para suco em temperaturas abaixo disso.
POTENCIAL
Para a China, foram identificados casos de barreiras afetando 28 produtos (2,6%),
retirou-se da amostra 18 produtos para os quais o Brasil não possui VCR, além de 2
outros produtos que já possuem participação relevante no mercado chinês e um
produto que não é importado pelo país. Segundo a análise, 7 produtos do agronegócio
brasileiro, apesar de serem competitivos no mercado internacional, têm dificuldades
de acesso e sofrem com barreiras ao comércio chinesas.
Dentre os produtos destacados, um está impedido de acessar o mercado chinês
devido à incidência de medidas não tarifárias. Os seis produtos restantes enfrentam
picos tarifários que tornam o acesso ao mercado chinês complicado.
15
Tabela IV – China – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 - US$ milhões Tarifa (%)
Importação da China Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0807.19 Melões frescos – 0,03 151,62 12 Impeditiva
1005.90 Milho, exceto para
semeadura – 820,40 4.156,24 65 65
1006.10 Arroz (paddy) com casca – 4,28 66,23 65 65
1006.40 Arroz quebrado (trinca
de arroz) – 227,36 91,26 65 65
1701.99
Outros açúcares de cana,
de beterraba e sacarose
quimicamente pura, no
estado sólido
5,25 239,57 1.967,46 50 50
2403.91
Fumo manufaturado,
homogeneizado ou
reconstituído
– 24,32 10,76 57 57
2403.99
Extratos, molhos e outros
produtos do fumo e seus
sucedâneos,
manufaturados
– 0,25 27,08 57 57
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
16
COREIA DO SUL
Posicionamento CNA
Deve ser dada prioridade a negociação de um Acordo de Livre
Comércio com a Coreia do Sul.
A CNA defende a revisão do procedimento de liberação do Permit
Import Letter de modo a promover a eliminação de procedimentos
burocráticos para a exportação de café para os sul-coreanos.
A CNA apoia a negociação para abertura do mercado sul-coreano à
carne bovina brasileira.
BARREIRAS
Negociações
Em abril de 2017, foi encerrada consulta pública ao setor privado sobre
negociações comerciais com Japão e Coreia do Sul. O resultado da consulta
apresentado pelo governo mostra interesse do setor privado no acordo,
entretanto não há definição de prazo para construção da posição brasileira. Em
setembro de 2017, o Conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex)
aprovou a criação de um Grupo Técnico que deverá apresentar, até novembro, uma
análise de impactos das negociações Mercosul-Coreia do Sul. Ao estar próximo do
mercado consumidor e do governo sul-coreano, o Adido Agrícola brasileiro será
essencial para o setor em um processo de negociação. Para a CNA, um Acordo com o
país é prioritário na agenda de negociações.
Café
O Brasil já possui autorização fitossanitária para exportar café para a Coreia
do Sul, entretanto o MAPA só libera o documento, autorizando a
exportação, após emissão pelo país de destino do Permit Import Letter. Ou
seja, para cada nova exportação a ser realizada, é necessária uma nova autorização.
Assim, trata-se de um documento a mais a ser providenciado pelo exportador que
pode gerar atrasos e custos adicionais.
Carne Bovina
A abertura do mercado sul-coreano à carne bovina in natura brasileira está
sendo negociada, contudo não há informações sobre o avanço das
negociações.
17
Frutas – Suco de Laranja
Foi identificada, também, uma barreira tarifária para sucos brasileiros ao
acessar o mercado da Coreia do Sul. Os produtos enfrentam uma tarifa ad
valorem de 54%.
POTENCIAL
Foram identificados casos de barreiras afetando 248 produtos (23,2%). Foram
retirados da amostra 189 produtos para os quais o Brasil não possui VCR, além de 5
outros produtos que já possuem participação relevante no mercado sul-coreano.
Selecionaram-se 54 produtos brasileiros competitivos no mercado internacional que
não têm acesso ao mercado coreano devido a barreiras comerciais. Dentre os
produtos destacados, 39 são impedidos de acessar esse mercado.
As medidas que atuam sobre os cinco produtos destacados elevam suas tarifas de
maneira a tornar inviável a exportação destes para a Coreia do Sul. Os 10 produtos
restantes enfrentam picos tarifários. Ressalta-se que a maior ocorrência de barreiras
tarifários para produtos agropecuários com potencial de exportação identificados foi
para a Coreia do Sul.
Tabela V – Coreia do Sul – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de
barreiras impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Coreia do Sul Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0201.30
Carnes de bovino,
desossadas, frescas ou
refrigeradas
– 408,46 760,08 40 Impeditiva
0202.20
Outras peças de bovino,
não desossadas,
congeladas
– 526,43 35,56 40 Impeditiva
0202.30 Carnes de bovino,
desossadas, congeladas – 866,76 4.138,18 40 Impeditiva
0203.21
Carcaças e meias
carcaças de suíno,
congeladas
– 0,03 24,91 25 Impeditiva
0203.22
Pernas, pás e pedaços de
suínos, não desossados,
congelados
– 0,46 31,89 25 Impeditiva
0203.29 Outras carnes de suíno,
congeladas – 1.157,94 1.264,00 25 Impeditiva
0205.00
Carnes de cavalo, asinino
e muar, frescas,
refrigeradas ou
congeladas
– – 7,34 27 Impeditiva
18
0206.10
Miudezas comestíveis de
bovino, frescas ou
refrigeradas
– 28,79 6,80 18 Impeditiva
0206.21 Línguas de bovino,
congeladas – 0,01 36,00 18 Impeditiva
0206.22 Fígados de bovino,
congelados – 0,01 5,54 18 Impeditiva
0206.29
Outras miudezas
comestíveis de bovino,
congeladas
– 154,88 306,09 18 Impeditiva
0206.41 Fígados de suíno,
congelados – – 1,98 18 Impeditiva
0206.49
Outras miudezas
comestíveis de suíno,
congeladas
– 47,28 81,31 18 Impeditiva
0207.12
Carnes de galos e
galinhas da espécie
doméstica não cortadas
em pedaços, congeladas
– – 2.231,64 20 Impeditiva
0207.27
Carnes de peruas e de
perus, da espécie
doméstica, em pedaços e
miudezas comestíveis,
congeladas
– 2,30 154,54 27 Impeditiva
0207.42
Carnes de patos, não
cortadas em pedaços,
congeladas
– 0,02 6,11 18 Impeditiva
0210.20
Carnes de bovinos,
salgadas ou em salmoura,
secas ou defumadas
– 0,17 23,16 27 Impeditiva
0210.99
Carnes de outros
animais, comestíveis,
salgadas, secas ou
defumadas; miudezas,
farinhas e pós
– 0,11 468,16 22,5 Impeditiva
0712.31
Cogumelos do gênero
agaricus, secos, mesmo
cortados em pedaços,
triturados ou em pó, mas
sem qualquer outro
preparo
– 0,42 0,66 30 Impeditiva
0713.33
Feijão comum, seco, em
grão, mesmo pelado ou
partido
– 7,76 39,76 27 Impeditiva
0713.35 Feijão-fradinho (Vigna
unguiculata) – 3,20 0,55 27 Impeditiva
0713.39
Outros feijões (Vigna
spp. ou Phaseolus spp.),
secos, em grão, mesmo
pelados ou partidos
– 1,51 9,63 27 Impeditiva
19
0714.90
Outras raízes ou
tubérculos com elevado
teor de fécula ou de
inulina, frescos ou secos,
mesmo em pedaços ou
em pellets; medula de
sagueiro
– 2,35 2,13 385 Impeditiva
0801.21 Castanha-do-pará, fresca
ou seca, com casca – – 11,86 30 Impeditiva
0801.32 Castanha-de-caju, fresca
ou seca, sem casca 0,02 32,78 114,20 8 Impeditiva
0804.20 Figos frescos ou secos – 1,85 7,33 30 Impeditiva
0804.50 Goiabas e mangas,
frescas ou secas – 49,99 176,49 30 Impeditiva
0805.50 Limões e limas, frescos
ou secos – 38,39 88,21 144 Impeditiva
0807.11 Melancias frescas – 0,35 25,01 45 Impeditiva
0807.19 Melões frescos – 1,73 151,62 45 Impeditiva
0807.20 Mamões (papaias)
frescos – 0,36 44,61 30 Impeditiva
0812.90
Outras frutas
conservadas
transitoriamente, mas
impróprias para
alimentação neste estado
– 0,19 1,30 30 Impeditiva
0814.00
Cascas de cítricos, de
melões ou de melancias,
frescas, secas, congeladas
ou conservadas
temporariamente
– 0,34 3,27 30 Impeditiva
0910.11 Gengibre, não triturado
nem em pó – 6,59 9,22 377,3 Impeditiva
1106.20
Farinhas, sêmolas e pós,
de sagu ou de raízes e
tubérculos da posição
0714
– 7,23 3,76 8 Impeditiva
1903.00
Tapioca e seus
sucedâneos preparados a
partir de féculas, em
flocos, grumos, grãos,
pérolas ou formas
semelhantes
– 4,07 2,32 8 Impeditiva
2005.40
Ervilhas preparadas ou
conservadas, exceto em
vinagre ou ácido acético,
não congeladas
– 1,06 4,35 20 Impeditiva
2005.80
Milho doce, preparado
ou conservado, exceto
em vinagre ou ácido
acético, não congelado
– 38,73 10,84 15 Impeditiva
2008.91 Palmitos preparados ou
conservados – – 2,16 45 Impeditiva
20
0505.90
Peles e outras partes de
aves, com suas penas ou
penugem
– 0,11 2,93 5 463,57
0507.90
Carapaças de tartarugas,
barbas, chifres, galhadas,
cascos, em bruto ou
simplesmente
preparados; seus pós e
desperdícios
– 38,04 4,21 20 2319,61
0510.00
Âmbar-cinzento,
castóreo, algália e
almíscar; bílis, mesmo
seca; glândulas e outras
substâncias de origem
animal utilizadas na
preparação de produtos
farmacêuticos, frescas,
refrigeradas, congeladas
ou provisoriamente
conservadas de outro
modo
– 21,26 30,41 8 6499,99
1508.10 Óleo de amendoim, em
bruto – 0,07 61,17 27 189,48
2403.99
Extratos, molhos e outros
produtos do fumo e seus
sucedâneos,
manufaturados
– 33,66 27,08 40 719,56
0409.00 Mel natural 0,01 8,51 90,78 243 243
1004.10 Aveia, para semeadura – 0,82 0,51 554,8 554,8
1005.10 Milho para semeadura – 3,21 70,69 328 328
1006.10 Arroz (paddy) com casca – – 66,23 513 513
1006.40 Arroz quebrado (trinca de
arroz) – 5,87 91,26 513 513
1007.10 Sorgo de grão, para
semeadura – 0,03 1,66 779,4 779,4
1108.12 Amido de milho – 2,12 15,11 226 226
1201.10 Soja, mesmo triturada,
para semeadura – 0,04 3,33 487 487
1202.42 Amendoins descascados,
mesmo triturados – 0,74 106,32 230,5 230,5
2106.90 Outras preparações
alimentícias 1,77 961,09 365,06 754,3 754,3
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
21
ÍNDIA
Posicionamento CNA
A CNA apoia a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial (ACP)
Mercosul-Índia para melhorar a competitividade dos produtos brasileiros
nesse mercado.
A CNA apoia a negociação para abertura do mercado indiano ao abacate
brasileiro.
BARREIRAS
Carne de Aves
O Brasil possui CSI para exportar carne de aves para a Índia, entretanto as
altas tarifas que chegam a 100% impedem as exportações de pedaços e
processados de frango. Já o frango inteiro é exportado, mas também
enfrenta uma tarifa de 30%. A CNA entende que a ampliação do Acordo Mercosul-
Índia pode contribuir para eliminar barreiras tarifárias e incidência de cotas para
produtos. ,
Frutas – Abacate
O MAPA encaminhou ao governo da Índia relatório técnico oficial solicitando
acesso ao mercado para o abacate brasileiro. A última informação acerca do
processo de negociação é que o MAPA, ainda, não recebeu os comentários
indianos à proposta brasileira.
POTENCIAL
Foram identificados casos de barreiras afetando 18 produtos agropecuários (1,7%) na
Índia. Foram retirados da amostra 15 produtos para os quais o Brasil não possui VCR.
Segundo a análise, 3 produtos agropecuários brasileiros, apesar de serem
competitivos no mercado internacional, têm dificuldades de acesso e sofrem com
barreiras ao comércio indianas.
22
Tabela VI – Índia – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Índia Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
2106.90 Outras preparações
alimentícias 0,16 57,26 365,06 150 150
2207.10
Álcool etílico não
desnaturado com volume
de teor alcoólico => 80%
– 1,48 875,88 150 150
2208.40 Cachaça e caninha (rum e
tafiá) – 1,68 15,20 150 150
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
23
MÉXICO
Posicionamento CNA
Apoiamos o processo de negociação da ampliação do Acordo de
Complementação Econômica nº 53 (ACE-53) com o México, bem como a
negociação de novos acordos.
A CNA defende a revisão do procedimento de liberação do Permit Import
Letter de modo a promover a eliminação de procedimentos burocráticos
para a exportação de café para o México.
BARREIRAS
Produtos Alimentícios
Além das barreiras não tarifárias, no caso do setor de produtos alimentícios
(NCMs 1902.20; 1904.10; 1904.20; 1904.90; 1905.31; 1905.32; 1902.11;
1902.19; 1902.20; 1902.30; 1905.20; 1905.40; 1905.90), foram reportadas
tarifas de importação na faixa de 8% a 9%. O acesso dos produtos
brasileiros desse setor também é limitado pelo Acordo de Livre Comércio da América
do Norte (Nafta), que oferece melhores condições para Estados Unidos e Canadá, que
exportam cerca de 75% desses produtos para o México. Os produtos brasileiros do
setor, também, perdem competitividade devido a quotas que impõem taxas adicionais
dependendo da quantidade exportada.
Café
O Brasil já possui autorização fitossanitária para exportar café para o México,
entretanto o MAPA só libera o documento, autorizando a exportação, após
emissão pelo país de destino do Permit Import Letter. Ou seja, para cada
nova exportação a ser realizada, é necessária uma nova autorização. Assim, trata-se de
um documento a mais a ser providenciado pelo exportador que pode gerar atrasos e
custos adicionais.
POTENCIAL
Para o México, existem casos de barreiras afetando 127 produtos (11,9%) dos produtos
agropecuários analisados. Destes, retiraram-se da amostra 95 produtos para os quais o
Brasil não possui VCR, além de 6 outros produtos que apresentam participação
relevante no mercado mexicano. Segundo a análise, existem 26 produtos
agropecuários brasileiros competitivos no mercado internacional que podem ter
dificuldade no acesso ao mercado mexicano devido à incidência de barreiras.
24
Dentre os produtos destacados, 25 podem estar sendo impedidos de acessar o
mercado mexicano devido à incidência de medidas não tarifárias. Existe, também, a
ocorrência de pico tarifário para outros tabacos (SH 2403.19).
Tabela VII– México – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da México Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0201.30
Carnes de bovino,
desossadas, frescas ou
refrigeradas
– 780,36 760,08 20 Impeditiva
0202.20
Outras peças de bovino,
não desossadas,
congeladas
– 5,44 35,56 25 Impeditiva
0202.30 Carnes de bovino,
desossadas, congeladas – 37,89 4.138,18 25 Impeditiva
0203.21
Carcaças e meias
carcaças de suíno,
congeladas
– 0,02 24,91 20 Impeditiva
0203.22
Pernas, pás e pedaços de
suínos, não desossados,
congelados
– 16,49 31,89 20 Impeditiva
0203.29 Outras carnes de suíno,
congeladas – 236,85 1.264,00 20 Impeditiva
0205.00
Carnes de cavalo, asinino
e muar, frescas,
refrigeradas ou
congeladas
– – 7,34 10 Impeditiva
0206.10
Miudezas comestíveis de
bovino, frescas ou
refrigeradas
– 8,98 6,80 20 Impeditiva
0206.21 Línguas de bovino,
congeladas – 24,52 36,00 20 Impeditiva
0206.22 Fígados de bovino,
congelados – 3,45 5,54 20 Impeditiva
0206.29
Outras miudezas
comestíveis de bovino,
congeladas
– 159,70 306,09 20 Impeditiva
0206.41 Fígados de suíno,
congelados – 0,10 1,98 10 Impeditiva
0206.49
Outras miudezas
comestíveis de suíno,
congeladas
– 121,30 81,31 10 Impeditiva
0207.27
Carnes de peruas e de
perus, da espécie
doméstica, em pedaços e
miudezas comestíveis,
congeladas
2,26 110,41 154,54 100 Impeditiva
25
0207.42
Carnes de patos, não
cortadas em pedaços,
congeladas
– 4,27 6,11 45 Impeditiva
0210.20
Carnes de bovinos,
salgadas ou em salmoura,
secas ou defumadas
– 0,21 23,16 10 Impeditiva
0210.99
Carnes de outros
animais, comestíveis,
salgadas, secas ou
defumadas; miudezas,
farinhas e pós
– 8,54 468,16 15 Impeditiva
0804.20 Figos frescos ou secos – 5,40 7,33 20 Impeditiva
0804.50 Goiabas e mangas
frescas ou secas 0,08 4,92 176,49 20 Impeditiva
0805.50 Limões e limas, frescos
ou secos – 2,47 88,21 20 Impeditiva
0807.11 Melancias frescas – 0,35 25,01 20 Impeditiva
0807.19 Melões frescos – 9,74 151,62 20 Impeditiva
0807.20 Mamões (papaias)
frescos – – 44,61 20 Impeditiva
0812.90
Outras frutas
conservadas
transitoriamente, mas
impróprias para
alimentação neste estado
– 0,04 1,30 20 Impeditiva
0814.00
Cascas de cítricos, de
melões ou de melancias,
frescas, secas, congeladas
ou conservadas
temporariamente
0,05 11,29 3,27 15 Impeditiva
2403.19 Outros tabacos para
fumar – 0,12 35,27 67 –
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
26
RÚSSIA
Posicionamento CNA A CNA defende a revisão do procedimento de liberação do Permit Import
Letter de modo a promover a eliminação de procedimentos burocráticos
para a exportação de café para a Rússia.
BARREIRAS
Café
O Brasil já possui autorização fitossanitária para exportar café para a Rússia,
entretanto o MAPA só libera o documento para autorizar a exportação após
emissão pelo país de destino do Permit Import Letter. Ou seja, para cada
nova exportação a ser realizada, é necessária uma nova autorização. Assim, trata-se de
um documento a mais a ser providenciado pelo exportador que pode gerar atrasos e
custos adicionais.
POTENCIAL
Para a Rússia, foram identificadas barreiras afetando 31 produtos (2,9%), destes foram
retirados da amostra 19 produtos para os quais o Brasil não possui VCR, e também 7
outros produtos para os quais o Brasil já possui participação relevante no mercado
russo. Desse modo, 5 produtos da agropecuária brasileira competitivos no mercado
internacional, enfrentam picos tarifários.
27
Tabela VIII– Rússia - Produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Rússia Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0202.20
Outras peças de bovino,
não desossadas,
congeladas
– 20,95 35,56 37,5 37,5
0207.12
Carnes de galos e
galinhas da espécie
doméstica não cortadas
em pedaços, congeladas
0,02 24,91 2.231,64 60 60
0207.42
Carnes de patos, não
cortadas em pedaços,
congeladas
– 3,40 6,11 60 60
1006.10 Arroz (paddy) com casca – 0,27 66,23 33,2 33,2
2208.40 Cachaça e caninha (rum e
tafiá) 0,06 39,57 15,20 81 81
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
28
TAILÂNDIA
Posicionamento CNA
A CNA defende o acompanhamento da nova legislação do programa
para o setor sucroalcooleiro na Tailândia.
É necessária a revisão do processo de abertura do mercado tailandês
à carne bovina brasileira, procurando identificar e solucionar as
causas de não continuidade nas negociações.
BARREIRAS
Açúcar
Em abril de 2016, o Brasil abriu pedido de consulta no Sistema de Solução
de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) referente à
prática de incentivos do governo para a produção e exportação de açúcar na
Tailândia, que causa danos ao Brasil e distorções no mercado internacional.
Após a abertura do painel na OMC, o governo tailandês optou por revisar seu
programa, retirando todos os mecanismos considerados pelo Brasil como distorcivos
ao comércio. Uma nova legislação está sendo discutida e analisada entre os governos
brasileiro e tailandês. Incialmente, a nova proposta de legislação atende às exigências
brasileiras e já seria aplicada à próxima safra de açúcar, que começa em dezembro.
Carne Bovina
O mercado para exportação de carne bovina para a Tailândia está fechado.
As negociações para abertura se arrastam há mais de cinco anos. De acordo
com as associações setoriais, não é possível exportar para esse mercado,
pois o MAPA, ainda, não respondeu ao questionário tailandês no âmbito das
negociações sanitárias e fitossanitárias. Em fevereiro, foi divulgado na mídia que, em
reunião com adidos agrícolas estrangeiros, o Adido da Tailândia relatou ao ministro
Blairo Maggi o mesmo motivo para a não abertura do mercado – a falta de resposta ao
questionário.
POTENCIAL
Foram identificadas barreiras para 2,8% dos produtos agropecuários analisados.
Foram retirados da amostra 22 produtos para os quais o Brasil não possui VCR, além de
3 outros produtos que já possuem participação relevante no mercado tailandês. Para a
Tailândia, 5 produtos da agropecuária brasileira competitivos no mercado internacional
enfrentam picos tarifários.
29
Tabela X – Tailândia – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 – US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Tailândia Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
0901.11 Café não torrado, não
descafeinado 0,15 96,99 5.479,81 90 90
507.10 Óleo de soja, em bruto,
mesmo degomado - 1,29 951,84 146 146
1507.90
Óleo de soja e
respectivas frações,
mesmo refinado, mas
não quimicamente
modificado
- 5,77 108,83 146 146
1701.14 Outros açúcares de cana - 0,02 7.208,31 94 94
1701.99
Outros açúcares de cana,
de beterraba e sacarose
quimicamente pura, no
estado sólido
- 0,66 1.967,46 94 94
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
30
VIETNÃ
Posicionamento CNA O MAPA só libera o documento sanitário para liberação do café
exportado, após a emissão pelo país de destino do Permit Import
Letter.
BARREIRAS
Café
O Brasil já possui autorização fitossanitária para exportar café para o Vietnã,
entretanto o MAPA só libera o documento, autorizando a exportação, após
emissão pelo país de destino do Permit Import Letter. Ou seja, para cada
nova exportação a ser realizada, é necessária uma nova autorização. Assim, trata-se de
um documento a mais a ser providenciado pelo exportador que pode gerar atrasos e
custos adicionais.
POTENCIAL
Para o Vietnã, 5 produtos (0,4%) apresentaram barreiras ao comércio. Como para 4
desses produtos o Brasil não possui VCR, um produto, apesar de ser competitivo no
mercado internacional, parece sofrer com barreira para acessar o comércio vietnamita
devido ao pico tarifário.
Tabela IX– Vietnã – produtos agropecuários brasileiros potenciais com incidência de barreiras
impeditivas e picos tarifários
Código
SH6 Produto
Média 2014-2016 - US$ milhões Tarifa (%)
Importação da Vietnã Exportação
totais do Brasil Aplicada Convertida Origem:
Brasil Origem: mundo
2403.91
Fumo manufaturado,
homogeneizado ou
reconstituído
– 4,82 10,76 60 60
Fonte: Mac Map-ITC, Trade Map-ITC, TAO-OMC| Elaboração SRI-CNA. Legenda
Produtos que enfrentam barreiras impeditivas.
Produtos que enfrentam medidas tarifárias que elevam seu custo de importação.
Produtos que enfrentam picos tarifários.
31
O Programa de Intercâmbio AgroBrazil é um
projeto desenvolvido pela Superintendência de
Relações Internacionais da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que
permite um contato próximo e direito entre
produtores rurais brasileiros e os
representantes de delegações estrangeiras no
Brasil. O AgroBrazil apresenta a realidade da
produção agropecuária brasileira e as ações e
técnicas que a tornaram o principal setor da
economia, contribuindo não só para uma
balança comercial positiva, mas principalmente
para a geração de emprego e renda para
milhares de brasileiros.
A Rede InterAgro é uma iniciativa conjunta da
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA) e da Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil) e das federações de agricultura e
pecuária dos estados brasileiros. O projeto tem
como objetivo sensibilizar produtores rurais
para o comércio exterior. Assim, a meta final da
InterAgro é estabelecer uma rede de parceiros
do setor agropecuário, capacitados e engajados
nos temas do comércio internacional e
preparados a enfrentar seus desafios.
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