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Curso de Operador Florestal
Módulo 1
Subunidade de Formação 1.3
Controlo da vegetação espontânea
Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes
Prof. Roberto Abreu
Ano letivo 2012/2013
• Objetivos e Conteúdos Programáticos
Processos de mobilização do solo
Controlo da vegetação espontâneaMáquinas e equipamentos utilizados
Boas práticas de higiene e segurança
Legislação aplicável3.1 – Controle da vegetação espontânea
• Processos de Mobilização do Solo
Técnicas de Repovoamen
to
Preparação da
estação
Mobilização do Solo
Implantação da
Vegetação
Operações
Complementares
3.1 – Controle da vegetação espontânea
• Processos de Controlo da Vegetação Espontânea
• Objetivos
3.1 - Controlo da vegetação espontânea
Anular ou diminuir a capacidade de competição relativamente a alguns fatores de produção (água, nutrients, luz)1
Reduzir os riscos de incêndio2
Possibilitar a realização de determinadas operações subsequentes de mobilização do solo3
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Proteção do solo- Erosão- Fonte de matéria orgânica- Proteção das plantas jovens contra o vento, insolação e geada
Fatores a considerar na escolha dos métodos a utilizar:
• Processos de Controlo da Vegetação Espontânea
• Biodiversidade- Atenua impactos negativos na biodiversidade (riqueza da fauna cinegética)
• Áreas envolventes às linhas de água- Riscos muito altos de erosão – manutenção da totalidade ou de parte significativa da
vegetação espontânea (largura mínima de vegetação de 10 metros para cada lado da linha de água – Decreto Lei nº468/71, de 5 de Novembro)
• Áreas da Reserva Ecológica Nacional (REN)- “Áreas com risco de erosão”- “Cabeceiras das linhas de água”- “Áreas de máxima infiltração”- “Faixas de proteção a lagoas e albufeiras”
• Pragas- A destruição total da vegetação pode originar o surgimento de pragas
3.1 – Controle da vegetação espontânea
• Distinguem-se entre si de várias maneiras:
Forma de execução
• Operações manuais
• Operações
motomanuais
• Operações mecânicas
Quanto à Natureza da
Ação
• Operações mecânicas
• Operações químicas
Grau de Incidência sobre o
solo
• Operações que não mobilizam
o solo que afetam
grandemente a parte aérea da
vegetação e, com o tempo, as
raízes
• Operações que mobilizam o
solo e que afetam a parte
aérea e as raízes das plantas
• Processos de Controlo da Vegetação Espontânea
3.1 – Controle da vegetação espontânea
• Processos de Controlo da Vegetação Espontânea
• Os métodos de controlo da vegetação espontânea podem dividir-se de acordo com a área que vamos fazer as operações:
Método de controlo localizado
(apenas em redor dos locais de plantação ou sementeira)
Método de controlo em faixas
(de largura variável)
Método de controlo total
(contínuo ou generalizado)
3.1 - Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
Limpezas manual e motomanual
• Utilização
- Áreas onde se torna difícil ou impossível o uso de meios mecânicos
o declives muito acentuados (superiores a 30-35%)
o abundância de afloramentos rochosos
o existência de regeneração de espécies arbóreas com interesse de proteção
o áreas reduzidas que tornam injustificáveis os custos de deslocação
• Desvantagens
- Elevados custos de mão de obra (aconselhável realizar apenas parcialmente em
faixas ou de forma localizada)
3.1 - Controlo da vegetação espontânea
Limpeza Manual
• Controlo da Vegetação Espontânea
Limpeza
Motomanual
Equipamento
MachadoPodoa
Foice
Enchadas
Motorroçado
ra
Motosserra
3.1 - Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea Soluções mecanizadas (s/mobilização do solo)
• Corta Matos – Alfaias de destruição e dispersão da vegetação aérea
- Corte da parte aérea da vegetação espontânea junto ao solo
- Equipara-se à limpeza manual de mato (parte aérea)
- Trituração e dispersão dos resíduos pela superfície do solo
- Não afeta o solo nem as raízes e posterior capacidade de
rebentação
- Corte feito mecanicamente por peças múltiplas (facas ou
correntes) rotatórias que giram a velocidades elevadas em torno de um
eixo, ligado à tomada de força de 1 trator.
FacasCorrentes
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
– Corta matos de eixo vertical
• Utilizado para corte de formações herbáceas e lenhosas Ø<8cm
• Máquina: trator de rodas ou de rastos (50hp, 70 a 80 hp)
• Utilizados em declives <35%
• As facas são sujeitas a > danos em solos com > pedregosidade
• Mato uniforme e seco – > rendimentos (tempos médios de
trabalho: 4-5-h/ha)
• Controlo da Vegetação Espontânea
Soluções mecanizadas (s/mobilização do solo)
- Vantagens
• Relativamente rápida e barata
• Mais eficiente comparativamente com a
motomanual
• Não afeta o solo
- Desvantagens
• Avarias frequentes
• Desgaste e substituição de peças
• Eficiência baixa com elevada pedregosidade
• Não utilizável em declives >35%
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Soluções mecanizadas (s/mobilização do solo)
– Corta matos de eixo horizontal - Destroçadores
• Utilizado para corte de formações herbáceas e lenhosas
Ø<15cm
• Máquina: trator 160-180hp
• Utilizado para vegetação de maior porte
• Necessita de terrenos mais regulares
• > nº de elementos de corte e trituração e mais curtos que
o de eixo vertical
• Tipos: facas de ferro lisas; martelos trituradores fixos;
martelos trituradores articulados
• Tempos de trabalho: 2-7h/ha; rendimento 0,14-0,5ha/h
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Soluções mecanizadas (s/mobilização do solo)
– Corta matos de eixo horizontal – Destroçadores
- Utilização
• Especial atenção ao desgaste das peças – redução do rendimento
• Martelos trituradores fixos – vegetação arbustiva de porte médio a
grande
• Martelos trituradores articulados – vegetação arbustiva mais
lenhificada (+rija)
• Necessidade de realizar 2 passagens
• Presença de pedras soltas não limita a sua atuação mas diminui o
rendimento e aumenta o desgaste das peças
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Soluções mecanizadas (s/mobilização do solo)
– Limpeza de mato à lamina
• Eliminação da vegetação espontânea mediante a passagem da pá
frontal do trator de rasto
- Leva à decapitação do horizonte orgânico e da camada superficial do solo
• Utilização:
- Usado antigamente em linhas de maior declive – perda de solo e erosão
- Realizado em faixas segundo as curvas de nível
- Usado em declives < a 35%
- Atualmente é proibido
- Inconvenientes
• Eliminação do horizonte orgânico
• Perda de solo e posterior erosão
• Custos elevados
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Soluções mecanizadas (com mobilização do solo)
– Gradagem - Grade de discos
• Corte e enterramento de matos, afetando nitidamente o sistema de raízes
• Utilização:
- Muito utilizada devido à ação duradoura
- Efeitos positivos no solo (incorporação da matéria orgânica)
• Equipamento:
- trator de rasto (80-200hp, no caso de grades pesadas)
- grade de discos de 2 corpos (offset e tandem)
- Vantagens
• Enterramento integral dos matos
• Mobilização superficial do solo
• Efeito duradouro
• Efeito positivo para o solo (matéria orgânica)
- Desvantagens
• Não em declives >35%, em declives <35% feito em faixas
• Não com afloramentos rochosos, muita pedregosidade e
com matos de grandes dimensões
• Custos relativamente elevados: equipamento específico
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea• Soluções mecanizadas (com mobilização do solo)
– Lavoura – Charrua de aivecas
• Com 2 ou mais ferros
• Inversão dos horizonte do solo
• O solo não deve estar muito molhado nem muito seco (estrutura e
compactação)
• Trabalho contínuo
• Vantagens
– Mobilização do solo c/ equipamento pouco
sofisticado e de potência relativamente
baixo, em geral disponível nas explorações
agrícolas
• Inconvenientes/limitações
– Só aplicável a solos com boa profundidade
– Período de execução de sazão (nem seco, nem encharcado)
– Não em declives > a 35% (até 15% - trator de pneus; 15-30%
- trator de rastos);
– Redução da fertilidade ao nível das raízes
(devido à inversão de horizontes)
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Soluções mecanizadas (s/mobilização do solo)
Corta matos (não mobilizam o solo) Vs. Equipamentos que mobilizam o solo
• Quando o risco de erosão seja elevado ou muito elevado
• Em áreas de maior sensibilidade ecológica – ocorrência de espécies raras ou ameaçadas (animais
ou plantas) ou por questões relacionadas com a reprodução de espécies animais
• Quando os arbustos presentes sejam muito grossos (tipo a urze) que torne difícil a entrada de
máquinas no terreno
• Quando convém manter uma camada morta de vegetação a cobrir o solo – reduzir a evaporação
da água no solo e quando não queremos que sementes presentes no solo rebentem com a luz do
sol
• Quando não convém revirar para o solo sementes de espécies agressivas (ex. acácia)
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea• Soluções Químicas – Aplicação de herbicidas
– Objetivos
• Eliminação de competição da vegetação espontânea com plantas recém instaladas
• Eliminação da vegetação em fase prévia de repovoamento
- Forma
• De contato (absorvido pela parte aérea)
• Residuais (absorvido pelas raízes)
• Seletivos – dose de aplicação, substância ativa
– Boas práticas
• Uso obrigatório de equipamento de proteção
• Não aplicar em zonas de cota mais baixa, em solos arenosos (mobilidade + solubilidade + degradação)
• Evitar dias de muito vento e com temperaturas elevadas
• Armazenamento, preparação, embalagens, aplicação, lavagem e resíduos
• Não permitir o escoamento para o solo
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Soluções Químicas – Aplicação de herbicidas
– Limitação na aplicação
• Deve ser feito com muita ponderação e apenas em situações excecionais
• A sua aplicação deve ser feita em áreas restritas (localizada ou em linhas)
• Desaconselhável para o controle de vegetação arbustiva mais ou menos desenvolvida (quantidades > do
produto ativo necessários para o seu controle)
• Na vegetação herbácea, deve apenas ser usado em caso onde o recurso a outro tipo de operações não seja
possível ou viável
- Minimização de riscos
• Utilizar produtos homologados – seguir sempre as instruções do rótulo
• Recorrer sempre a produtos < tóxicos para o operador e para o ambiente
• Não utilizar em zonas ecológicas/sensíveis (linhas de água, caça, zonas húmidas)
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea• Soluções Químicas – Aplicação de herbicidas
Desvantagens
Vantagens• Nível de eficácia + elevado comparado com as soluções manuais e mecânicas - < nº de
intervenções
• Custos mais baixos
• Possibilidade de realisar tratamentos seletivos (espécies concorrentes)
• Redução do impacto no solo (compactação, desagregação, estrutura, erosão)
• Possibilidade de ser usado em locais inacessíveis a métodos mecânicos tradicionais
• Diferentes graus de toxicidade
• Efeitos residuais variáveis (em função da mobilidade e persistência no solo)
• Efeitos negativos: saúde do operador, animais, vegetação, microorganismos, recursos hidricos a sul do local de aplicação, nas culturas que se pretendem proteger
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Fração da vegetação espontânea a controlar
• Em plantações com grandes espaçamentos (entrelinhas com largura >4m)
o é aconselhável preservar uma faixa de vegetação em todas as entrelinhas com largura mínima de 1 m e
disposta em curva de nível
o A largura de faixa limpa de vegetação que acompanha as linhas de plantação ou sementeira, não
necessita de ultrapassar os 3m
• Em plantações de menores espaçamentos (distância entre linhas ≤ a 4m)
o Declive >20%
- Controlo da vegetação deve ser feito em faixas com largura máxima de 20m dispostas em curvas de
nível e separadas entre si por faixas não intervencionadas com largura mínima de 4m
o Declive <20%
- Faixas intervencionadas podem ir aumentando gradualmente até aos 40m à medida que o declive
decresce e os risco de erosão vão diminuindo, continuando a ficar separadas entre si por faixas não
intervencionadas com largura mínima de 4m
3.1 – Controlo da vegetação espontânea
• Controlo da Vegetação Espontânea
• Fração da vegetação espontânea a controlar
• Controlo da Vegetação Espontânea• Síntese da aplicabilidade dos métodos mais convenientes ao controlo da
vegetação espontânea
• Controlo mecanizado total, em faixas ou localizado
• Controlo manual ou moto manual em faixas ou localizado
• Controlo mecanizado localizado
• Controlo manual ou moto manual em faixas dispostas em curvas de nível ou localizado
• Controlo mecanizado em faixas (largura max 3m) em curvas de nível ao longo das linhas de
plantação, separadas por faixas não limpas (largura min 1m)
• Controlo mecanizado em faixas, em curvas de nível com largura max 40m (declives <20%), ou de
20m (declives >20%), ambos os casos separados por faixas não limpas com largura min de 4m
• Controlo mecanizado localizado
• Controlo manual ou moto manual em faixas ou localizado
• Processos de Mobilização do Solo
• Controlo mecanizado com corta matos em faixas desde que o declive se apresente muito
baixo (inferior a 5%)
• Controlo manual ou motomanual em faixas ou localizado
• Ausência de intervenções de controlo
o Áreas envolventes das linhas de água
• Síntese da aplicabilidade dos métodos mais convenientes de controlo da vegetação espontânea (cont.)
• Fim
• Controlo da Vegetação Espontânea
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