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Conhecendo o aluno com deficiência física

Deficiência Física Podemos definir a deficiência física como "diferentes condições motoras que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas" (MEC,2004)

Os alunos com deficiência física

São aqueles que apresentam alterações musculares, ortopédicas, articulares ou neurológicas que podem ou não, comprometer seu desenvolvimento educacional.(MEC-2004))

Podem ter uma deficiência física temporária, recuperável, definitiva ou compensável.(MEC- 2004)

Entre os alunos atendidos pela Rede do Rio, os tipos mais frequentes de deficiência física são:

1- Paralisia cerebral

2- Espinha bífida ( meningoceles)

3- Malformações ou má-formações

4- Síndromes / doenças osteomusculares /

musculares / ...

5- Lesão medular/ Amputação

É uma desordem da postura e do movimento , secundária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento.

Malformação congênita que resulta numa fenda da colunavertebral. Pode estar localizada na parte torácica, lombar ou sacral.

Geralmente causada por acidente que quebram ou danificam o feixe central de nervos no pescoço e nas costas.Podendo haver:

• tetraplegia paraplegia

É uma doença de origem genética e engloba um grupo de síndromes que acarretam a diminuição progressiva da força muscular e atrofias musculares.

Ensinando alunos com deficiência física

16

POSICIONAMENTO

HABILIDADESMANUAIS

COMUNICAÇÃOE

LINGUAGEM

IMPLICAÇÕES DA DEFICIÊNCIA FÍSICA NO CONTEXTO ESCOLAR

“Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.”

(RADABAUGH, 1993)

Tecnologia Assistiva

Área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” ( CORDE , 2007).

A Tecnologia Assistiva no Contexto de Sala de Aula

Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.” (RADABAUGH, 1993)

“Fazer TA na escola é buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação a partir de suas habilidades.”

MEC, 2007

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA -IHA/SME

Adequação da postura e mobiliário adaptadoconforto, menos gasto de energia e interatividade com o ambiente

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA - IHA/SME RJ

2. Adaptações para escrita

3. Recursos de Acessibil idade ao Computar

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA -IHA/SME

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA -IHA/SME

- Elevador de escadas para cadeiras de rodas

Escola Municipal Júlio de Mesquita

Escola Municipal Delfim Moreira

Escolas onde não é possível a construção de rampas ou elevadores

4. Comunicação Alternativa e Ampliada

Outras formas de comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, e pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada. Glennen,1997

5. Atividades Pedagógicas Adaptadas;

Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas para ação Educativa - SME/RJ - IHA

Escola Municipal Henrique de Magalhães

2

Educação Inclusiva e Deficiência Intelectual

Conceitos ao longo da história:

Pessoa oligofrênica idiota mongolóide;

criança excepcional retardado mental

deficiente mental em nível leve, moderado, severo ou profundo

criança com déficit intelectual

criança com necessidades especiais

Atualmente, pela Convenção da ONU (2008): deficiência intelectual.

.

Deficiência intelectual por duas razões:

A primeira razão tem a ver com o fenômeno propriamente dito. Ou seja, é mais apropriado o termo intelectual por referir-se ao funcionamento do intelecto especificamente e não ao funcionamento da mente como um todo.

A segunda razão consiste em podermos melhor distinguir entre deficiência mental e doença mental, dois termos que têm gerado confusão há vários séculos.

Mitos sobre a Deficiência Intelectual Eterna criança

Idade mental - Idade cronológica

“Não tem memória”

“Não aprende”

Sexualidade exacerbada

O indivíduo que possui DI apresenta um padrão diferenciado de desenvolvimento afetivo/ cognitivo/ motor. Necessita de interferências planejadas que auxiliem em seu processos evolutivos, na capacidade de aprender, na constituição de sua autonomia, nos processos de relação com o mundo, apresentando uma forma de organização qualitativamente diferente de seus pares da mesma idade.

Fatores genéticos (5%): erros inatos de metabolismos, expressão variável e erros cromossômicos ;

Alterações precoces do desenvolvimento embrionário (30%) e problemas da gravidez e perinatais (10%) que incluem desnutrição fetal, prematuridade, hipóxia, anoxia, infecções virais e outras e traumas;

Condições médicas gerais adquiridas no início da infância(5%): incluem infecções , traumas e envenenamento;

Influências ambientais e outros transtornos mentais ( 15-20%) : incluem privação de afeto e cuidados, bem como estimulação social, linguística e outras, transtornos mentais .

Origens da deficiência intelectual

O Aluno com Deficiência Intelectual: Aspectos a considerar

Identificação das potencialidades

Características da deficiência

Escola inclusiva

DI 2011

Deficiência Intelectual X Dificuldade de Aprendizagem Dificuldade de aprendizagem (transtorno de aprendizagem)

É observado durante a vida escolar

Apresenta-se em uma área de aprendizagem

Está atrelado ao fracasso escolar

Deficiência Intelectual

É observado um desenvolvimento qualitativamente diferenciado de seus pares de mesma idade

Geralmente, anterior à entrada na escola

Pode apresentar dificuldade de aprendizagem em várias áreas de saber /aprender

A pessoa com deficiência intelectual

Pode ser percebida socialmente como alguém que possui uma organização qualitativamente diferente;

isso não significa que lhe falte algo, mas sim, que sua lógica, seus pensamentos, e sua organização e reflexão sobre o mundo é própria e com especificidades que não são imobilizantes, mas sim instigantes;

é um ser único, com grande variedade de capacidades, incapacidades, áreas fortes e necessidades, como todo ser humano o é;

pode ser considerada capaz de realizar aprendizagens, porém a construção de seus conceitos se dá de forma diferenciada;

necessita de intervenções de qualidade, significando as suas formas de linguagem e compreensão do mundo;

pode ser vista como alguém que pode “satisfazer” padrões sociais de comportamento, desde que lhe possibilitem desenvolver suas capacidades reflexivas de comparação e julgamento.

Privilegiar na ação docente

O ensino contextualizado e significativo

O ensino com foco na mediação para o desenvolvimento da capacidade de planejamento, antecipação, inferência, transferência e generalização.

DI 2011

Mediação pressupõe o sujeito da aprendizagem (o

aluno, o aprendiz), o objeto do conhecimento (os

conteúdos específicos) e um sujeito ou instrumento

mediador (cujas funções podem ser desempenhadas

por um professor, por alguém que desempenhe um

papel equivalente ou, ainda, por uma ferramenta

cultural).(MEC ,2007)

Organização dos espaços da escola – privilegiar espaços para trocas e interação.

Disponibilização de variadas formas de comunicação, priorizando atividades de acordo com as potencialidades do aluno;

Apresentação de atividades que mobilizem o interesse e a curiosidade dos alunos;

Adequação do vocabulário e na elaboração das atividades - apropriados ao nível de compreensão dos alunos e ao conteúdo ensinado.

“ ... a construção de um trabalho, às vezes, parece lento, mas é neste pensar e

repensar, ouvir e dizer, ir e vir, que as idéias são semeadas, germinadas,

brotam e florescem. ”

Sonia Fernandez

3Recursos adaptados e

Adaptações pedagógicas

Recursos Pedagógicos Adaptados

Recursos e adaptações de materiais e atividades escolares que possibilitem a realização das tarefas do cotidiano escolar por alunos com deficiência independente de suas dificuldades.

Recursos Pedagógicos AdaptadosA Tecnologia Assistiva, na perspectiva de

inclusão escolar, não deve se voltar unicamente a promover uma habilidade no aluno, fazendo com que ele realize tarefas como as de seus colegas. A TA na educação será o meio pelo qual esse aluno possa fazer do seu jeito e assim ele se tornará protagonista de sua história, ativo no seu processo de desenvolvimento e aquisição de conhecimentos. (MEC 2006)

O que o aluno consegue realizar com autonomia;

A produção e utilização do recurso adaptado devem levar em conta:

O que o aluno consegue realizar com ajuda;

A ajuda necessária;

A atividade proposta para o grupo de referência/turma comum;

As Necessidades Educacionais Especiais dos alunos;

Podemos dividi-los em:

Recursos de acesso à escrita e atividades manuais;

2. Jogos e Brinquedos Adaptados;

3. Atividades Pedagógicas Adaptadas;

3.1 Leitura

Adaptação da fábula A Lebre e a Tartaruga - Fabiana S. Sameshima -UNESP –Marília/SP ,2011

Meteoro Luan SantanaMeteoro da paixão; Explosão de sentimentos que eu não pude acreditar;Aaaahh... Como é bom poder te amar;

Te dei o Sol,

Te dei o Mar,

Pra ganhar seu coração;

Você é raio de saudade;

3.1 Escrita

Alfabetário de material concreto

3.2 Conceitos Matemáticos

DI 2011

3.4. Demais áreas do conhecimento;

Prancha de atividades escolares

Prancha de atividades especiais (passeios, aniversários, festas)

Com símbolos gráficos ou recortes de revistas ou embalagem de produtos

Prancha de montagem de histórias

Tabuleiro de histórias

DI 2011

Fotomontagem

DI 2011

DI 2011

DI 2011

Algumas Estratégias de Ensino para a Sala de Aula

priorizar as atividades de maior relevância ou diminuir a quantidade de exercícios em cada atividade;

separar as atividades em dias diferentes, oferecendo um tempo maior para completá-las;

organizar atividades em duplas ou grupos;

inserir o uso de pranchas de Comunicação Alternativa e Ampliada na rotina da sala: pranchas pedagógicas ( escolha de atividades,conteúdos trabalhados) e pranchas sociais (conversação).

Atividades que facilitam a escrita: prender a folha com fita adesiva nos cantos

ampliar a atividade para folha e letra maior,

aumentar o espaçamento entre frases e palavras nos exercícios,

usar engrossadores de lápis ou canetas mais grossas e mais fortes, como Pilot e lápis 6b,

oferecer um escriba: colega de turma ou professor,

aceitar respostas orais,

oferecer letras móveis, de tamanhos e espessuras variadas, com velcro ou imantadas,

cópia em carbono,

uso de computador

Onde encontrar mais informação:

http://portal.mec.gov.br/

ihainforma.wordpress.com

Sites para consulta

www.portal.mec.gov.br/seesp/ www.nacpc.org.br www.apcb.org.br www.paralisiacerebral.net www.hidrocefalia.com.br www.abradecar.org.br www.saci.org.br www.clik.com.br www.comunicacaoalternativa.com.br

www.defnet.org.br

www.distrofiamuscular.net www.defnet.org.br www.sarah.br www.aacd.org.br http://portalmec.gov.br/seesp/arq

uivos/pdf/aee_df.pdf

http://portalmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dffisica.pdf

http://portalmec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciafisica.pdf

AgradecimentosMateriais e fotos do acervo:

- Professoras de Salas de Recursos Multifuncionais do Município do Rio de Janeiro

- Oficina Vivencial / Laboratório de Tecnologia Assistiva IHA - Professoras Hilda Gomes, Janaína Larrate, Maristela Siqueira , Vera Val.

Instituto Municipal Helena Antipoff

Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas

Tel (21) 2204 2150E-mail: ofvivencialiha@rioeduca.net

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