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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Material Didático
DANIEL JOAQUIM
Caderno Pedagógico sobre Dança: Hip Hop
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DANIEL JOAQUIM
CADERNO PEDAGÓGICO SOBRE DANÇA: HIP HOP
Material didático desenvolvido como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação, na área de Educação Física, com o tema Dança, sob a orientação da Profª Ms. Karina de Toledo Araújo.
LONDRINA, PARANÁ
2010
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SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 ÁREA: Educação Física
1.2 PROFESSOR PDE: Daniel Joaquim
1.3 PROFESSOR ORIENTADOR IES: Karina de Toledo Araújo
2. TEMA
Dança
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
UNIDADE I - Dança
UNIDADE II – História da Dança
UNIDADE III – Hip-Hop
Música
Rap
Grafite
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade de ensino serão apresentados textos e atividades que
buscam auxiliar o aluno na compreensão dos elementos que compõem o Hip-Hop,
sua influência na sociedade e importância no contexto escolar como reflexão para a
formação do indivíduo enquanto ser social.
As atividades práticas darão a oportunidade ao aluno de vivenciar o
conteúdo Hip-Hop propriamente dito, com estudo das letras e melodias das músicas
num primeiro momento; a dança do rap, com elaboração de coreografia e vivência
do ritmo; e por fim a atividade feita com o grafite, na qual os alunos irão extravasar
suas emoções, opiniões e habilidades. Através desses conhecimentos, os alunos
terão como articular a teoria, transformando sua prática no meio em que vivem.
A Educação Física no Brasil se confunde em muitos momentos de
sua história com as instituições médicas e militares. Em diferentes momentos, essas
instituições definiram seu caminho, delineando e delimitando seu campo de
conhecimento, tornando-a um valioso instrumento de ação e de intervenção na
realidade educacional e social (SOARES, 2004 apud PARANÁ, 2008, p. 39).
Hoje a ênfase recai na reflexão sobre as produções humanas que
envolvem o movimento e manifestações, da dança à luta, das brincadeiras
tradicionais aos esportes radicais (NEIRA, 2009).
A concepção de Educação Física também é vista como cultura
corporal, tendo esta a função de formar indivíduos plenos e capazes de exercer sua
cidadania. A metodologia vislumbrada nesse documento visa desenvolver, durante o
processo educacional, a autonomia, a cooperação, a participação social e a
afirmação de valores e princípios democráticos (BARRETO, 2005).
As Diretrizes Curriculares preconizam que a dança será abordada,
nas aulas de Educação Física, em sua dimensão cultural, social e histórica, de modo
a ressignificar valores, sentidos e códigos sociais (PARANÁ, 2006).
Percebe-se assim, que a dança é a manifestação da cultura corporal
responsável por tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais,
criativas e técnicas que se concretizam em diferentes práticas, como nas danças
típicas, danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras (PARANÁ,
2008). Desse modo, dançar é expressar o querer, o constante apaixonar-se e
admirar-se diante das essências das coisas, das pessoas e do mundo (BARRETO,
2005).
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O profissional de Educação Física pode, através da dança, estimular
uma atividade que enfatiza a história popular, que além dos movimentos, expressa a
origem e a formação de povos, a grande miscigenação de etnias presentes nas
regiões do país, visando unir e permitir que os alunos expressem, de forma crítica e
criativa, seu repertório motor, afetivo, emocional, resultando numa totalidade
especial, inclusiva e participativa na escola, na rua e na família (GÓIS, 2008).
A disciplina de Educação Física, tem buscado explicitar o motivo que
leva as pessoas a dançarem e o significado dança para o ser humano.
Percebe-se que alunos nas aulas de Educação Física revelam
estigmas sobre a dança, talvez por desconhecerem os significados que atribuídos a
ela. Muitos apresentam timidez na hora de dançar, como se a dança fosse só para
meninas e não para meninos e também pelo fato da dança não ser a preferida de
sua cultura, ou seja, não entendem a dança enquanto conhecimento.
Entre os diferentes estilos de dança na contemporaneidade, o hip-
hop se destaca pelo seu apelo social, mas também por seu ritmo ousado mas
atraente.
Trabalhar com o hip-hop na escola, seja por meio de oficinas ou de
workshops, pode despertar os alunos para as diferentes culturas musicais. Além
disso, para àqueles que estão mais familiarizados com o hip-hop, oferece a
oportunidade de vivenciá-la também no espaço escolar. Isso faz com que haja uma
integração entre dois mundos: o da escola e o do cotidiano extra-escolar (SOUZA,
FIALHO; ARALDI, 2005 apud RIBEIRO, 2008).
Alves (2007) comenta que o hip-hop traz como sentido, ter atitude
para tornar para si um universo cultural resignificando-o mediante suas expectativas
e suas percepções. Este processo é a matriz de um processo de transformação, no
qual o jovem atua ética e esteticamente em benefício de si, como recurso para
afirmar seu potencial de vida.
A cultura está associada a conhecimento, o qual tem uma
característica fundamental: o de ser fator de mudança social, de servir não apenas
para descrever a realidade e compreendê-la, mas também para apontar-lhe
caminhos e contribuir para sua modificação (SANTOS, 1987).
Nanni (2001) ressalta que essa preocupação tem por base o fato de
que o corpo é ao mesmo tempo instrumento de manifestação (relação meio-
ambiente) e reflexo da estrutura social (contexto determina padrões).
Com isso, o professor, engajado aos contextos dos alunos, se torna
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um articulador entre este contexto e o conhecimento em dança a ser desenvolvido
na escola (MARQUES, 2005).
E ainda, a atividade de dança na escola pode desenvolver na
criança a compreensão de sua capacidade de movimento, frente a um maior
entendimento de como seu corpo funciona, podendo usá-lo de modo expressivo,
com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade (BRASIL, 1997).
Deve estar claro para professores e alunos que a dança é um campo
da educação, ao mesmo tempo desafiador e tentador, que reclama propostas e
soluções arrojadas e urgentes, com transformações relevantes pra sociedade a
médio e a longo prazo.
O movimento corporal, na dança, possui valores nem sempre
definidos logicamente, os sentidos produzidos neste jogo de ritmos e formas contam
suas próprias histórias (ALVES, 2007).
Nesse caso, a Dança de Rua (hip-hop) pode ser um instrumento
valioso no que concerne à apreciação crítica dos processos de aculturação. Além de
corresponder bem à realidade das escolas públicas, onde esse tipo de dança é
muito popular, pode-se contribuir para a construção da autodisciplina, do senso ético
e estético dos alunos e alunas participantes do projeto (VARGAS, 2005).
Afinal, o hip-hop é uma possibilidade, proposta e inclusão de várias
questões nos currículos e salas de aula. Porém, com riscos, desafios e tensões a
serem enfrentadas (RIBEIRO, 2008).
Assim, o objetivo desse estudo é o de identificar os conhecimentos
acumulados pelos educandos sobre o hip-hop, oportunizando resgatar, reconhecer e
aprofundar as diferentes expressões culturais que se inserem na cultura brasileira;
estabelecendo relação entre a História da Dança e o significado do ensino na
Educação Física; discutindo os aspectos culturais de diferentes estilos de dança,
entre eles o hip-hop; verificando a percepção dos alunos da 5ª Série do Ensino
Fundamental de uma escola pública acerca do estilo de dança hip-hop nas aulas de
Educação Física; abordando as características e especificidades do estilo hip-hop
durante a aula de Educação Física na 5ª série.
Dar sentido crítico à forma de se trabalhar os conteúdos da
Educação Física é condição essencial se quiser que essa prática pedagógica tenha
um sentido de transformação e não de reprodução social. A educação deve
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instrumentalizar o aluno para atuar ativamente na democratização da sociedade,
sendo professor e aluno agentes sociais, tendo como ponto de partida e de chegada
a prática social, sendo que o trabalho com a dança como conteúdo escolar não foge
à regra (OLIVEIRA; LARA, 2009).
A cultura hip-hop, especificamente, se alimenta da apropriação de
bens culturais que passam por uma releitura que desloca suas significações para
novos sentidos que agora atendem às necessidades dos jovens do hip-hop
(HERSCHMANN, 2000 apud ALVES; DIAS, 2004).
Oliveira e Lara (2009) afirmam que o hip-hop constituiu-se em
movimento antiviolência, antidrogas e antiexclusão. Por meio dele, lutava-se pela
ascendência do negro que estava em situação de exclusão econômica, educacional,
racial e pelas atividades culturais e artísticas, buscava-se refletir e transformar a
realidade em que se vivia.
O hip-hop na escola é, hoje, uma alternativa plausível, possível e até
necessária. Isso porque suas características vão ao encontro das necessidades e
manifestações cotidianas de crianças e adolescentes, independente da classe
social. A criança e o jovem atual muitas vezes se sentem “à margem da sociedade”,
pois poucos educadores e políticos os escutam. É comum a escola e a sociedade,
de modo geral, tomar decisões sem ouvir os jovens. O Hip-hop surge então como
uma possibilidade dos nossos alunos manifestarem sua opinião, sonhos, desejos,
indignação e solicitações de uma maneira saudável e artística – sem recorrer ao
crime, às drogas, à violência (DAYRELL, 2003 apud RIBEIRO, 2008).
As estratégias de ação apresentadas a seguir foram idealizadas
para prática pedagógica com na 5ª série do Ensino Fundamental pode ser
trabalhado em todas as séries e nível, adequando-se conforme os objetivos do
professor.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
A intervenção pedagógica, no Colégio em estudo, será realizada
respeitando-se os seguintes critérios:
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Os alunos poderão freqüentar as aulas estando uniformizados ou
com roupas mais flexíveis (lycra, algodão), com o objetivo de
facilitar a execução dos movimentos.
A escola deverá dispor para a intervenção uma sala de aula e um
aparelho de som com CD player.
A compra dos CDs será de responsabilidade e ônus do professor
responsável.
Será utilizada a TV e o vídeo para demonstração de outros
trabalhos referentes à dança de rua.
Impressos e materiais didáticos digitados serão fotocopiados pela
escola, com objetivo de dar suporte teórico ao projeto.
ATIVIDADE 1: MÚSICA
Antes de iniciar as atividades, pode ser aplicado um questionário aos
alunos, para levantar o perfil e percepção em relação ao estilo hip-hop, a partir dos
seguintes questionamentos:
1) Qual o estilo de música que você mais gosta?2) Qual o estilo de dança que você mais gosta?3) Você sabe dançar qual estilo de dança?4) Você já fez parte de algum grupo de dança?5) Você acha importante o ensino da dança nas aulas de Educação
Física?6) Qual estilo você gostaria de aprender a dançar nas aulas de Educação
Física?7) Você conhece o estilo hip-hop?8) Você já presenciou alguém dançando este estilo de dança?9) Você gostaria de dançar este estilo de dança na escola?10) Você conhece a origem dos estilos de dança da sua cidade?
Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o
tema, o professor irá propor um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um
ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios.
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A atividade onde se trabalha a música visa contextualizar a música
perante os alunos que já conhecem esse estilo, assim como àqueles que não estão
habituados com esse tipo de música.
Estudo da melodia e letra da música “Desabafo” do cantor Marcelo D2 do CD ao vivo “Planeta Atlântida Santa Catarina 2010”, Florianópolis, 16 de janeiro de 2010 (a seguir)
DESABAFOMarcelo D2Composição: Ivan Lins / Ronaldo Monteiro
[Introdução]"Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso desta vida, preciso demais desabafar..."[D2]Segura!"Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso desta vida, preciso demais desabafar..."Eu já falei que tenho algo a dizer, e disseQue falador passa mal e você me disseQue cada um vai colher o que plantouPorque raiz sem alma, como o flip falou, é tristeA minha busca é na batida perfeitaSei que nem tudo tá certo mas com calma se ajeitaPor um mundo melhor eu mantenho minha féMenos desigualdade, menos tiro no péAndam dizendo que o bem vence o malPor aqui vou torcendo pra chegar no finalÉ, quanto mais fé, mais religiãoA mão que mata, reza, reza ou mata em vãoMe contam coisas como se fossem corpos,Ou realmente são corpos, todas aquelas coisasDeixa pra lá, eu devo tá viajandoEnquanto eu falo besteira, nego vai se matandoEntão:[refrão]Deixa, deixa, deixaEu dizer o que penso desta vidaPreciso demais desabafar (2X)Ok, então vamo lá, diz:Tu quer a paz, eu quero também,Mas o estado não tem direito de matar ninguémAqui não tem pena morte mas segue o pensamentoO desejo de matar de um Capitão NascimentoQue, sem treinamento, se mostra incompetenteO cidadão por outro lado se diz, impotente, masA impotência não é uma escolha tambémDe assumir a própria responsabilidadeHein?Que cê tem e mente, se é que tem algo em mentePorque a bala vai acabar ricocheteando na genteGrandes planos, paparazzo demais
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O que vale é o que você tem e não o que você fazCelebridade é artista, artista que não faz arteLava a mão como pilatos achando que já fez sua parteDeixa pra lá, eu continuo viajandoEnquanto eu falo besteira nego vai, vaiEntão deixa...[refrão]Deixa,deixa,deixaEu dizer o que penso dessa vidaPreciso demais desabafar 2X
Estudo do ritmo
Caminho + diminuição de problemas sociais + denúncia de racismo e discriminação
Entender o motivo da expressão facial
A expressão facial é uma das características mais marcantes dos
adeptos do estilo hip-hop, através da qual é externada toda a revolta e indignação
de um público jovem e discriminado.
LEMBRETE:Elementos do Hip-hop:
B.Boys = dançarinosDJs = disc-jóqueisMCs = mestres de cerimôniaGrafiteiros
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Sugestão de Leitura:Sérgio Ezequiel de Souza. Hip-hop e eu: uma biografia. Londrina, 2004
Para melhor compreensão do tema, pode ser feita uma aula
expositiva teórica, com realização de atividades individuais e coletivas, com a leitura
e análise de textos.
Sugestão de textos para leitura:
SOUZA, Jusamara; FIALHO, Vânia Malagutti; ARALDI, Juciane. Hip hop da rua para a escola. 3 ed. Porto Alegre: Sulina, 2008.
LARA, Larissa Michelle. A expressão dos corpos pela dança: vivência e reflexão em meio escolar. Disponível em:<http://www.periodicos.uem.br/RevEducFis/2009.
Fique sabendo:
DJs (disc-jóqueis): aqueles que lidam com o som, com a música rimada, responsáveis por criar técnicas eletrônicas.
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Estudar o rap e a diferença do funk
O funk e o hip-hop são dois estilos e gêneros musicais próximos e
ao mesmo tempo diferentes. Isso porque possuem a mesma origem, a música negra
americana, e se difundiram no Brasil a partir dos anos 70 por meio dos chamados
bailes black nas periferias dos grandes centros urbanos, atingindo jovens de uma
mesma origem social: pobres e negros, em sua maioria.
No entanto, apesar dessas semelhanças, também convivem com as
diferenças, especialmente no que tange às letras, às formas de sociabilidade e aos
rituais que constituem o estilo.
Entre uma música e outra chama a atenção da platéia com gritos e
palavras de incentivos. Mas o papel principal do MC é a capacidade de criar letras
compostas ou improvisadas nas rodas de rappers. O improviso em geral é no intuito
de desafiar, e se inspirando em cenas do cotidiano ou em manifestações pessoais.
Fique sabendo:
MC = àquele que fica alegrando as festas, com poder criativo e comunicativo, chamando a atenção da platéia com gritos de guerra e palavras de incentivo.
LEMBRETE:
Free style = capacidade de rimar no
improviso
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• ATIVIDADE REALIZADA EM 3 AULAS
ATIVIDADE 2: RAP
O objetivo dessa atividade é permitir que os alunos vivenciem os
movimentos, giros, saltos e acrobacias do rap, aprendendo uma coreografia que
lhes dará a noção de ritmo e movimento.
Uma interessante questão a ser proposta aos alunos é: como posso
praticar o hip-hop sem dominar a técnica?
Utilização de vídeo pra apresentação de coreografia de hip-hop
Vídeo: “Entre nesta dança: Hip-hop no pedaço”
Neste vídeo, as super estrelas do hip-hop Marques Houston e
Omarion Grandberry fazem uma apresentação especial ao lado do coreógrafo Dave
Scott e ainda com Christopher Jones, Robert James Hoffman Ill e um time de atletas
que vão dar o sangue para provar do que são capazes – dançar exatamente do jeito
que eles fazem nas ruas!
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Sinopse:
O filme acompanha o mundo competitivo da dança de rua, no qual
grupos batalham por dinheiro e respeito. Elgin (Marques Houston) e David (Omarion)
são grandes amigos e líderes de um dos melhores grupos da região onde vivem.
Quando são desafiados por uma outra equipe da cidade, Elgin, David e seus amigos
têm de criar os mais perfeitos movimentos para permanecerem no topo. Gênero:
drama; Tempo: 90min.
Estudar o movimento
Os alunos, a partir dos movimentos escolhidos na coreografia,
poderão perceber sua ligação com a educação física.
O professor pode contextualizar o hip-hop sob enfoque do processo
de marginalização e exclusão dos afro-descendentes.
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Estudar o ritmo
O ritmo hip-hop demonstra a batida da revolta, da busca por uma
resposta aos anseios dos jovens que exigem qualidade de vida.
O professor pode propor a vivência de uma dança próxima ao
cotidiano do aluno (ex.: funk), e depois realizar outra dança de acesso restrito a esse
sujeito (ex.: hip-hop), a fim de discutir, com seus alunos, os significados, suas
principais características, vertentes e influências que sofrem pela sociedade em
geral.
• ATIVIDADE REALIZADA EM 5 AULAS
Fique sabendo:
B. boys (dançarinos) = garotos que dançam saltando, mexendo os quadris no ritmo da música, criando performance própria.
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ATIVIDADE 3: GRAFITE
Essa atividade tem por objetivo, oportunizar aos alunos a
experiência de externalizar suas emoções a partir da grafitagem, em cartazes feitos
com papel craft e spray, simulando as grandes pichações em muros e fachadas,
momento em que estimularão a criatividade e ao mesmo tempo, habilidades
motoras.
Disponibilizar papel craft e spray
Lançar um desafio para os alunos com o tema: “juventude no século XXI” grafitarem
Para dar embasamento à essa atividade, será passado em sala de
aula, o filme “O poder do ritmo”, que conta com a participação de Chris Brown.
Fique sabendo:Grafiteiros = jovens com capacidade criativa de expressar sua arte, cujo nome grafite está ligado ao uso do spray para construir um tema que, em geral, está ligado a questões raciais e à periferia.
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Sinopse:
Drama musical sobre um jovem negro dançarino de ruas que, após a
morte do irmão mais novo, decide tentar uma vaga na universidade. Lá, enquanto se
dedica à educação e a conquistar uma garota, é assediado por duas equipes rivais
da escola que o querem como dançarino na mais importante competição nacional.
Pode ser realizada, com os alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo
que foi trabalhado, através de um debate sobre a expressão corporal vivenciada,
possibilitando expressarem-se sobre aquilo que aprenderam, ou mesmo o que mais
lhes chamou a atenção.
• ATIVIDADE REALIZADA EM 2 AULAS
Encerra-se assim este Caderno Pedagógico, com a percepção
positiva de que é um trabalho que pode e deve ser aproveitado por professores,
alunos e todos os indivíduos interessados no processo de aprendizagem na área de
dança, no contexto escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Flávio Soares. A dança break: uma análise dos fatores componentes do esforço no duplo movimento de ver e sentir. Motriz, Rio Claro, v. 13 n. 1 p. 24-32, jan./mar. 2007.
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ALVES, Flávio Soares; DIAS, Romualdo. A dança break: corpos e sentidos em movimento no Hip-Hop. Motriz, Rio Claro, v. 10, n. 1, p. 1-7, jan./abr. 2004.
BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais, Educação artística. Brasília: MEC, SEF, 1997. v. 6.
GÓIS, Ana Angelica Freitas. A prática da dança na escola: possibilidade de comunicação e expressão da cultura brasileira. Revista Campus, Paripiranga, v. 1, n. 1, p. 62-79, 2008.
MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
NANNI, Dionísia. Dança educação: princípios, métodos e técnicas. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
NEIRA, Marcos Garcia. Em vez de formar atletas, analisar a cultura corporal. Revista Nova Escola, v. 224, ago. 2009. p. 38-42.
OLIVEIRA, Cibele Nascimento de; LARA, Larissa Michelle. Projeto de intervenção na escola: o hip hop em questão. 2009. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2150-8.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2010.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes curriculares da educação básica – educação física. Curitiba: SEED, 2008.
RIBEIRO, William de Goes. “Nós estamos aqui!”: o hip hop e a construção de identidades em um espaço de produção de sentidos e leituras de mundo. Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2008. Dissertação (Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
VARGAS, Soyane. Diferentes linguagens na educação física: projeto hip hop na Escola. Revista Digital, Buenos Aires, v. 10, n. 90, nov. 2005.
Fonte das Figuras:
http://www.eutenhoumaamiga.files.wordpress.com/.../rap.jpg
http://megafone.inf.br/arquivos/Image/hiphopMEGAFONE.jpg
http://vector.catita.org/images/1/49.jpg
http://affpkp.files.wordpress.com/2009/03/grafite.jpg
http://yesfilmes.org/2008/10/download-o-poder-do-ritmo-dvdrip.html
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