da escola pÚblica paranaense 2009 - … · esta história começa assim: era uma vez uma menina...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
GENI APARECIDA VIEIRA DE OLIVEIRA
A QUESTÃO RACIAL NO COTIDIANO ESCOLAR
JACAREZINHO, PR2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTEDO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
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GENI APARECIDA VIEIRA DE OLIVEIRA
A QUESTÃO RACIAL NO COTIDIANO ESCOLAR
Material Didático apresentado para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Secretaria de Estado da Educação.Orientador: Profº. MSc. Maurício de Aquino
JACAREZINHO, PR2010
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NOTA DE ESCLARECIMENTO
Esta unidade didática foi elaborada utilizando como referência o livro Menina
Bonita do Laço de Fita, da escritora Ana Maria Machado e para esta utilização foi
contatada com familiares da escritora por meio de emails para o pedido de autorização
da cessão de direitos autorais, não obtendo respostas.
Certifico que este material não será comercializado, será divulgado e servirá de
apoio aos professores e alunos de nossa escola.
Sendo o conteúdo específico a questão racial no cotidiano escolar, o livro acima
mencionado, que por sinal é maravilhoso para citar como exemplo de material de apoio
para as disciplinas, está dentro do contexto das atividades escolhidas para serem
desenvolvidas junto aos alunos em sala de aula.
GENI APARECIDA VIEIRA DE OLIVEIRA
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO...............................................................................................................52 INTRODUÇÃO...................................................................................................................63 APRESENTAÇÃO DA AUTORA E SUA OBRA......................................................93.1 MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA...................................................................................93.2 A HISTÓRIA DA MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA.............................................................94 LEITURA DE IMAGEM.......................................................................................................114.1 LEITURA DO LIVRO.......................................................................................................125 HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA NA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL.........................145.1 DEMOCRACIA RACIAL EXISTE OU SE TRATA DE UM MITO.......................................................185.1.1 DEMOCRACIA RACIAL: O MITO, O DESEJO, A HISTÓRIA....................................................18REFERÊNCIAS...................................................................................................................28
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Autora: Geni Aparecida Vieira de Oliveira
NRE: Cornélio Procópio
Orientador: Prof. Ms. Maurício de Aquino
Escola: Estadual Professor Antonio Bitonti – Ensino Fundamental
Disciplina: História
Disciplina de Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa
Conteúdo Estruturante: Relações Culturais
Conteúdo Específico: A questão racial no cotidiano escolar
1 APRESENTAÇÃO
Esta unidade didática caracterizase como uma proposta de intervenção por
meio de estratégias para leitura e interpretação de textos para o ensino de História. É uma
unidade didática que contém textos de diversos gêneros e atividades para alunos de
acordo com a orientação proposta.
Para este estudo propomos a leitura do livro Menina Bonita do Laço de Fita
da escritora Ana Maria Machado e textos sobre o tema a cultura afrobrasileira. A escolha
do tema justificase no currículo dos alunos porque permite a compreensão das bases da
sociedade brasileira, a situação dos negros, sua contribuição na construção da sociedade
brasileira e a origem dos preconceitos.
O objetivo deste estudo é desenvolver o espírito crítico dos alunos de
forma a adotarem uma postura de combate aos preconceitos dentro e fora da sala de
aula.
Este trabalho será colocado em prática no segundo semestre de 2010 e os
resultados serão analisados e documentados na forma de um artigo científico.
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2 INTRODUÇÃO
Nas décadas de 70 e 80 a literatura e seu envolvimento com a História já foi muito
discutida .por causa das características própria da Literatura, envolvendo a imaginação
e a criação de seus autores no que diz respeito aos métodos de História e sua busca
verdadeira dos fatos.
O uso da Literatura como recurso para a História muito nos auxilia nos
trabalhos, principalmente, quando esta experiência é levada para as aulas no ensino de
História.
Esta prática necessita de alguns cuidados, pois é, importante para o educador
antes de iniciar a obra literária no ensino de História, questionála , pois esta é uma
fonte, como outra qualquer e deve ser analisada. As pesquisas atuais têm demonstrado
uma melhor aceitação dos trabalhos que procuram aproximar a Literatura do Ensino de
História, tendo como objetivo a produção do conhecimento histórico, estimulando uma
reflexão sobre a prática com literatura infantil utilizada na sala de aula e os profissionais
ligados à educação infantil e ao ensino fundamental, na sua maioria reconhecem a
importância do trabalho com histórias infantis, mas o trabalho de pesquisa tem
demonstrado que para se trabalhar com Literatura Infantil, não basta utilizála apenas
como um recurso didático, é preciso ter um embasamento teórico sobre o assunto, e
então utilizar outras estratégias, visando explorála em todos os seus aspectos, para que
o aprendizado aconteça de forma efetiva e significativa. Para isto é preciso saber o que
existe por trás das histórias infantis, das mensagens que elas passam, do seu significado
psicológico, que as representações vão variar individualmente, e que cada vez que a
criança lê uma história, ela obtenha uma informação nova, que vai ajudála a encontrar
resposta para seus conflitos e significados, e para os seus problemas reais.
E como diria Machado (2001, p. 23): “é preciso ensinar aos alunos a beleza da
língua e reafirmar a noção de que o livro é um amigo que está sempre do nosso lado”.
As histórias auxiliam e enriquecem o trabalho em várias áreas do currículo
escolar, formando uma interdisciplinaridade dentro da sala de aula. As histórias podem
ser exploradas através do sensorial, despertando os sentidos ao ouvir, ao manusear o
livro e visualizar ilustrações, e ao contar aos colegas o que foi lido a criança esta
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produzindo e aprendendo.
Recontar as histórias e reinventálas é uma tendência natural da criança que a
enriquece e trás satisfação em aprender.
As atuais concepções de leitura nos mostram para o entendimento que esta deve
deixar de ser um instrumento de poder dos letrados sobre analfabetos, devendo ser
concebida como uma ferramenta que possa ser utilizada por todos, letrados e iletrados,
como um instrumento libertador do homem. Ao nos referirmos a este homem,
consideramolo enquanto ser histórico e social, ou seja, determinado pelos fatos históricos
reais e resultado das relações humanas que se estabelecem no limite da materialidade.
Pensar sobre a Literatura Infantil, considerandose a formação de leitores,
pressupõe muitas questões – inclui aqui a questão racial – presentes na maioria dos
contextos escolares do Brasil.
Parte – se do pressuposto de que as questões de formação de leitores não estão
separadas do processo econômico, social e político.
Em meio a tantos recursos tecnológicos, estimular nos alunos do Ensino
Fundamental, hábitos de leitura, fazse necessário encontrar alternativas que mostrem
aos leitores em formação o quanto a leitura pode favorecer outras leituras, tanto de
mundo quanto das próprias experiências. Isso, em geral, acontece num processo de
desconstrução de concepções anteriormente incorporadas em suas vivências e de
reconstrução de novos modelos.
As obras de Literatura Infantil, de modo geral, contribuem para a formação de
leitores hábeis, e aquelas cujos temas estejam voltados para as questões étnicoraciais
podem favorecer reflexões e debates em sala de aula sobre a discriminação racial, como
está previsto na Lei nº 10.639/03.
A leitura traz consigo elementos do real, não só no aspecto social como no
sentimental e emocional.
A identificação com narrativas próximas de sua realidade e com personagens que
vivem problemas e situações iguais as suas leva o leitor a se conscientizar sobre o seu
papel social e ajudar para a afirmação de uma identidade étnica.
Podemos afirmar que a literatura, pelo seu caráter simbólico, pode ajudar para
reflexões que rompam com uma visão edificada sob o fundamento da desigualdade étnico
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racial e que se edifique uma visão sob uma base de valorização da diversidade.
Observando a importância do respeito à diversidade étnicocultural que compõe o
Brasil, o educador deve assumir uma postura de luta a todas as formas de discriminação
e preconceito, realçando as diferentes etnias que constituem o Brasil e que, de certa
forma, estão representadas nos alunos que compõem as nossas escolas brasileiras.
Para realizar um trabalho com leitura da Literatura Infantil que contemple sobre a
negritude no Ensino Fundamental, presumimonos de que uma formação leitora eficiente
pode ampliar conhecimentos na direção da superação dos preconceitos, tendo em vista
que a escola é o local correto para esta formação e, por isso não pode estar alheia às
questões sociais que abrangem o cotidiano dos alunos dentre elas a da discriminação
racial.
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3 APRESENTAÇÃO DA AUTORA E SUA OBRA
Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos.
São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países
somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao
longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo
impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de
dezembro.
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora.
Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto
fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de
Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com
tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de
continuar pintando até hoje. (Site da Anamariamachado)
3.1 Menina bonita do Laço de Fita
O livro Menina Bonita do Laço de Fita é, junto com o Bisa Bia, Bisa Bel, um dos
livros mais premiados e traduzidos da obra de Ana Maria Machado. Assim como o Bisa
Bia, ele também é uma fonte aparentemente inesgotável de experiências vividas pelos
leitores, como a Ana conta nesse trecho de uma palestra dada em setembro de 1996, no
Congresso da Associação de Literatura Infantil em Montevidéu e reproduzida na íntegra
no livro Contracorrente.
Ver mais no site www.anamariamachado.com/historiasmeioaocontrario
3.2 A História da Menina Bonita do Laço de Fita
Esta história começa assim: Era uma vez uma menina linda.Os olhos dela
pareciam duas azeitonas pretas daquelas bem brilhantes... e a cor da sua pele, escura e
lustrosa, o que ressalta, ainda mais, a beleza da menina. Na história, aparece um
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simpático coelho branquinho, que se apaixona pela menina e procura mudar, a todo
custo, sua cor. Curioso em saber como a menina tem aquela cor tão chamativa e bonita,
perguntando “...
— Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo pra ser tão pretinha? A
menina não sabia, mas inventou:
— Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina...” a
menina não sabia explicar a origem da sua cor e procurava dar várias explicações
estranhas que, tentadas pelo coelho, não dão certo de maneira alguma. Entretanto o
problema é resolvido quando a mãe da menina entra em cena, e o curioso animal vê que
a menina herdou a cor de sua mãe.
A solução da luta, provocada pela vontade do coelho em ter filhos como a
menina, só aparece no final, depois de insistir por várias vezes, quando o coelho se casa
com uma coelhinha negra e tem coelhos brancos, negros, cinzas, rajados, oferecendo a
leitura da pluralidade cultural, discussão fundamental para a educação no momento.
(Portal da Educação, 2010).
Este é um clássico que encanta crianças a adultos. Fundamentado nele
sugerimos atividades para o desenvolvimento do tema da diversidade, não somente com
o objetivo de apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico cultural brasileira,
contribuindo para que os alunos se apropriem de valores como o respeito a si próprias e
ao outro, mas também e principalmente com o objetivo de elevar a auto estima.
A leitura é um modo privilegiado de a pessoa conseguir uma melhor
compreensão de si e do mundo. Tendo em vista que a leitura é uma prática
eminentemente social, o papel da escola é ensinála ao aluno por meio detalhado
esmiuçadamente dos constituintes históricos de um texto e sua ampla significação.
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4 LEITURA DE IMAGEM
Figura 1: Capa do Livro Menina Bonita do Laço de FitaFonte: <www.toymagazine.com.br/images/livro_moca_bonita.jpg>. Acesso em 18/05/.2010
As atividades serão iniciadas pelo professor que apresentará e questionará
oralmente os alunos sobre a ilustração da capa do livro.Poderão ser realizadas outras
considerações que poderão ser adicionadas, conforme o direcionamento do comentário
dos alunos.
• O que vocês estão vendo nesta imagem
• Quem será essa menina?
• Como ela é?
• Quais as suas características?
• Como ela parece estar se sentindo.
• Você conhece Ana Maria Machado?
• Que histórias ela escreveu?
Dizer o nome do ilustrador e ressaltar a importância da ilustração na leitura.
a) Antes da leitura:
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• Com quem a gente se parece?
• Todas as pessoas são iguais?
• Você também se parece com alguém de sua família?Com quem?
4.1 Leitura do Livro
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA – (Ana Maria Machado)
b) Atividades durante a leitura
O professor distribuirá o livro e todos farão a leitura silenciosa. Logo após a leitura
o professor fará o direcionamento e a mediação das questões abaixo, dando oportunidade
para manifestações. “O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto
em toda vida. E pensava: Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que
nem ela.”
• O que é ser bonito?
• Quais são os padrões de beleza presente no livro?
• O que é preciso para ser bonito?
• O que aconteceria se existisse um único padrão de beleza?
1. Localizar informações explícitas na leitura do livro
• De que fala a leitura do livro?
2. Checar as hipóteses levantadas anteriormente
• O que você esperava encontrar nessa leitura se confirmou?
3 Ideia principal:
• Qual a idéia principal percebida por você na leitura?
4 Inferir e extrapolar ideias
• Que outro final você daria a esta história?
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c) Atividades após a leitura
Nessa etapa do trabalho, o professor propõe uma atividade em grupo. Solicita que
debatam nos grupos as questões propostas e depois socializem com a sala.
Organizar debates sobre a menina, valores humanos e da diversidade étnica e
cultural, da beleza negra e identidade, abordando questões quanto a valorização do ser
como um todo, contribuindo com os alunos na reflexão quanto as semelhanças e
diferenças étnicas, culturais e sociais.
Sugestões de atividades
• Pedir para que os alunos criem uma nova história a partir do texto original,
inventando novos personagens com características físicas diversas.
• Confeccionar um painel com fotografias retiradas de jornais, revistas em que
apareçam pessoas negras;
• Fazer uma releitura de imagens da ilustração do livro ou de obras de artistas como
Di Cavalcante, Debret e Tarcila do Amaral, que retrataram o povo brasileiro e sua
negritude;
• Propor uma pesquisa sobre as diferentes nações africanas, suas características
principais, suas diferenças e semelhanças culturais e sociais e a constituição do
povo brasileiro a partir destas matrizes;
• Poderá fazer dramatizações de algumas partes significativas da leitura, e também
o uso de músicas e poesias, que tem como um dos objetivos, mostrar o quanto as
diferenças étnicas e culturais podem enriquecer a vida em sociedade.
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5 HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA NA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E
CULTURAL
Entretanto, antes da divulgação dessas visões preconceituosas sobre a África,
esse continente foi alvo de muitas obras de árabes, europeus e dos próprios africanos,
que reproduziram suas principais sociedades, estruturas políticas e econômicas, bem
como seus aspectos culturais, visões de mundo, expressões artísticas e formas de
organização familiar. A história das sociedades africanas foi, durante muito tempo,
deixada de lado, em grande medida devido às idéias preconcebidas sobre o continente
africano produzidas, sobretudo pelos europeus, nos séculos XVIII e XIX.
Muitas obras, seguidas da cultura material e de testemunhos, nos ajudam a
entender esse continente tão próximo geográfica e culturalmente do Brasil.
Como as sociedades africanas não apresentavam as mesmas instituições
políticas, não possuíam padrões de comportamento e visões de mundo iguais aos dos
europeus, a conclusão só podia ser uma: a de uma sociedade sem civilização e sem
História.
Os africanos, depois de muito sofrimento consegue a travessia do Atlântico,
foram trazidos para trabalhar como escravos em várias atividades econômicas no campo
e na cidade foram violentados e oprimidos inseparáveis ao sistema escravista. No
entanto, apesar das amarguras e das dificuldades impostas pela escravidão no Brasil, os
africanos e seus descendentes, convivendo com brancos d’ além mar e nacionais, pardos,
indígenas, crioulos e africanos de diferentes regiões, encontraram meios para se
organizar e manifestar as suas culturas e, dessa forma, influenciaram profundamente a
sociedade brasileira.
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Atividade 1
Vamos levantar os nossos conhecimentos sobre as questões abaixo: Escreva o que
você sabe:
a. De onde vieram os negros?
b. Quem era e como viviam os africanos?
c. Quais as condições dos negros no Brasil? Como são suas condições hoje? O que
mudou?
d. O que você entende por diversidade étnicoracial? Dê exemplos de diversidade
étnicoracial que você conhece.
Os africanos no Brasil: origem e contribuições
Figura 2: Escravidão no Brasil – DEBRET Fonte: HTTP:///pt.wikipedia.org.
Os descendentes de africanos foram trazidos para o Brasil pelo tráfico negreiro.
O tráfico negreiro é considerado, por sua extensão e duração, como uma das
maiores tragédias da história da humanidade. Ele durou mais de três séculos e tirou da
África subsaariana (região do continente africano abaixo da linha do deserto do Saara)
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milhões de homens e mulheres que foram arrancados de suas raízes e degredados para
três continentes: Ásia, Europa e América, através de três rotas: a rota oriental (através do
Oceano Índico); a rota transaariana (através do deserto do Saara e do Mar Vermelho); a
rota transatlântica (através do Oceano Atlântico).
Todos os africanos levados para o Brasil o foram através da rota transatlântica,
abrangendo povos de três regiões demográficas: A África Ocidental, a África Centro
Ocidental e a África Austral.
Na literatura e outros textos sobre o assunto, os africanos escravizados no Brasil
foram trazidos do litoral de Moçambique e do Golfo de Benim, de onde embarcaram para
ao Brasil. Mas de fato, teria vindo do interior das áreas citadas e de outros países e
grupos étnicos, cuja documentação foi em grande parte queimada .São várias as
contribuições dos africanos trazidos para o Brasil, de quem descendem os brasileiros de
hoje, são de três ordens: econômica, demográfica e cultural.
No plano econômico, os negros serviram como força de trabalho, fornecendo a
mãodeobra indispensável às lavouras de canadeaçúcar, algodão, café e à mineração.
Uma mãodeobra escravizada sem remuneração, tratada de maneira desumana e
submetida a condições de vida muito escassas. Foi graças a esse ao trabalho gratuito do
negro escravizado que foram produzidas as riquezas que ajudaram na construção do
nosso país e na construção da base econômica do Brasil colonial.
No plano demográfico, os africanos ajudaram no povoamento do Brasil, tão era o
tráfico negreiro. A título de exemplo, a evolução demográfica, segundo seus autores,
mostra que, até 1830, os negros constituíam 63% da população total, os brancos 16% e
os mestiços 21%. A partir de 1850, data da abolição do tráfico negreiro, juntamente com a
extinção da escravidão em 1888, a população negra começou a diminuir sensivelmente
por causa das precárias condições de vida em que se encontrava e da mestiçagem com
brancos e índios.
No plano cultural, destacamse notáveis contribuições dos negros africanos na
língua portuguesa do Brasil entre outras.
No plano da língua, os africanos apresentaram um vocabulário desconhecido no
português original que faz hoje parte da nossa expressão oral. Muitas palavras das
línguas africanas são utilizadas no dia a dia pelos brasileiros, sem consciência de que
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são palavras africanas aportuguesadas. São inúmeras as palavras utilizadas, como
exemplo: acarajé, afoxé, agogô, angu, entre outras.
Atividade 2
Explorando os conhecimentos prévios do texto
• Levantamento: este procedimento vai determinar o ponto de partida para o
professor que perguntará aos alunos: O que sabem sobre este conteúdo?
• Exploração dos significados das palavras desconhecidas: ajuda na
compreensão do texto; Destacar algumas palavras como: miscigenação, tráfico,
afrodescendentes etc.
• Formular perguntas direcionadas a identificar as ideias centrais do texto por
parágrafo. Como exemplo: O que está sendo narrado no 1º parágrafo?
Atividade 3
Sugestões de questionamentos
• Qual é a situação atual da população negra brasileira?
• Existe desigualdade entre negros e brancos no Brasil?
• Será que o preconceito e a discriminação racial estão presentes em nosso cotidiano?
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A
Figura 3 : Escravas de Várias Etnias – DEBRETFonte: http:///pt.wikipedia.org.
5.1 Democracia Racial existe ou se trata de um mito?
5.1.1 Democracia racial: O mito, o desejo, a história
No Brasil a construção da cidadania se deu como na maioria dos países,
iniciando – se com sua história. O encontro entre colonizadores e colonizados sempre
aconteceu de forma ordenada do padrão de civilização daquelas que ocupam o país e
subordinam os povos locais. Outros povos introduzidos em tal contexto, sejam quais
forem as suas origens, seja qual for o processo de inclusão no conjunto socialimigração
livre ou planejada, escravidão etc. Tendem, quase sem exceção na história da
humanidade, a ser forçados a ocupar espaços hierarquicamente inferiores. De acordo
com os conceitos contemporâneos diremos que não têm seus direitos de cidadãos
Quando os portugueses aqui chegaram implantaram seu modelo de colonização
aos povos indígenas e,em seguida, iniciaram o sistema escravista como modo de
produção e de organização social.
Quase quatrocentos anos de escravidão, do século XVI até o final do século
XIX, como instituição legal, social e econômica, que definiu o estilo de vida do Brasil
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colônia e depois até um ano antes da República, representam uma realidade fundamental
para se entender as desigualdades raciais no Brasil e o aprofundamento da ordem dos
direitos e da própria definição de humanidade, do humano unido a direitos e das escolas
de valor social da pessoa concedidas a nação. Responsável pelo maior transporte
humano da história, de várias partes de um continente para um só país – entre 5 e 3,6
milhões de africanos foram importados para o Brasil – a escravidão administrou
estruturas, relações sociais e econômicas, valores e conceitos, visão de mundo que inclui
visão de Estado, que tinha por objetivo sua permanência, sobrevivência e sobrevida, e a
conservação dos privilégios, também sedimentados, resultantes.
O escravo, para que a maldade da escravidão se justificasse, não era
considerado um ser totalmente humano por nenhuma das instituições, inclusive a igreja.
Os afrodescendentes resultantes da miscigenação, na sua maioria filhos de relações
destinadas a manter o sistema escravista. As práticas culturais e religiosas, a visão de
mundo desse grupo humano, mesmo se unidos ao modo de ser nacional, depois de
mais de 350 anos de consequência cultural, assim como sua força de trabalho,
responsável pelo desenvolvimento da economia local, foram continuamente
despreparados. O aspecto físico dos negros salvo quando se tratava de servir
sexualmente os senhores, foi agregadas à dos animais e a beleza física desagradável ou
de pouco valor. Seu corpo era para o trabalho e sua força utilizada como a dos animais.
Se o movimento abolicionista foi longo, heterogêneo e, por fim vitorioso, a
República apareceu como reação ao fim absoluto da escravidão, apesar do
comprometimento de lideranças negras no movimento republicano.
A urbanização e a industrialização do século XX apresentaram tensões graves no
sistema de hierarquia racial mas não elevaram as possibilidades dos afrodescendentes
brasileiros para competir em condições iguais por habitação, saúde, educação, emprego e
salário.
O Estado promoveu a imigração italiana subvencionada e a substituição da mão
deobra escrava pela imigrantes recémchegados em relação aos negros – também
eliminados do sistema de educação formal das promessas do Estado de embranquecer
a nação, da participação periférica dos afrobrasileiros no processo de industrialização, da
fraca representatividade política, da falta de qualificação de suas referências culturais,
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organizouse e que pode ser chamado o sistema de eliminação racial informal. A vontade,
a quase que necessidade brasileira de ser uma democracia racial equivocarse com o
mito desmobilizador longamente cultivado.
Atividade 4
Solicitar que cada aluno defina individualmente os termos:
• Preconceito
• Discriminação
• Racismo
Depois cada aluno fará a definição , serão realizadas leituras pelos alunos e após
será realizada uma definição coletiva sobre o entendimento desses termos que será
exposta em cartaz .
Com as respostas e definição dos termos pelos alunos, será realizada
atividades em que os alunos possam aprofundar seus conhecimentos nesses termos.
Atividades como pesquisa na internet, em dicionários e enciclopédias , leitura de
textos e outros gêneros proposto pela professora.
Após essas atividades, será proposto aos alunos para elaborarem um texto
coletivamente com a definição para os termos: Preconceito, Discriminação e Racismo,
comparando com a primeira definição.
Atividade 5
Pense e responda:
• Você percebe se há em nossa sala de aula e em nossa escola atitudes
preconceituosas discriminatórias e racistas?
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• Em que situações são possíveis identificálas?
Após será proposto aos alunos que reúnam em grupo para a elaboração de
um cartaz, com ações que possam realizar para que não haja mais racismo, preconceito e
discriminação entre os alunos da escola e comunidade, assumindo responsabilidades no
cumprimento dos direitos e deveres de cada um como cidadãos.
Atividade 6
Sugestão de leitura de imagens
Figura 4 : Rugendas – Roda de Capoeira, 1835Fonte: http://pt.wikipedia.org
a) Quem é o autor da gravura? De que época?
b) Descreva os personagens representados.
c) Para que a capoeira era usada na época da escravidão? E como é usada hoje?
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Figura 5 : DEBRET – O tocador de Berimbau, 1826Fonte: http://pt.wikipedia.org
a) Quem é o autor da gravura? De que época?
b) Identifique o cenário em que se passa o acontecimento.
c) Quais as atividades dos escravos que estão aqui representadas?
Atividade 7
Sugestões de filmes e vídeo
Retrato em preto e branco
Direção: Joel Zito Araújo
• Sinopse: Objetiva retratar a situação de desigualdades entre negros e brancos no
Brasil. O documentário tem linguagem simples e apresenta a dificuldade de
implementação de leis e práticas governamentais de combate ao racismo,
desmascarando, assim, o mito da democracia racial no Brasil. Explícita o contraste
entre imagem que durante muitos anos o Brasil manipulou como um modelo
harmônico das relações raciais e a realidade de discriminação e preconceito
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vivenciado pela população negra. Brasil: 1992, 15, min.
• Fonte: http://www.mundonegro.com.br/notícias/index.php?noticialD=388
Atlântico negro: na rota dos Orixás
Direção: Renato Barbieri
• Sinopse: Viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura
brasileira. Historiadores, antropólogos e sacerdotes africanos e brasileiros relatam
fatos históricos e dados surpreendentes sobre as inúmeras afinidades culturais que
unem os dois lados do Atlântico. Visão atual do Benin, berço da cultura iorubá.
Filmado no Benin, no Maranhão e na Bahia. Fonte:
http://wwwfundacaoastrojildo.org.br/filmes/filmes_abrir.asp?cod_filme=201
• Vídeo: “Ninguém nasce racista.” Disponível em :
<http://www.youtube.com/watch?v>
O vídeo Ninguém nasce racista, foi elaborado por um grupo de alunas do ensino
médio, de uma escola de Brasília. É um vídeo de cinco minutos e quinze segundos e nele
é apresentado alguns exemplos de manifestações de racismo.
Racismo
O racismo é burrice
Mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer verdadeiramente
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára para pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
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Em forma de piadas que teriam mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Qualquer tipo de racismo não se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural...
Fonte: Letra de música de Gabriel, O pensador, Lavagem cerebral, disponível no site
<www.vagalume.com.br/gabrielpensador>. Acesso em 20/05/2010
Preconceito racial
O preconceito é um conceito antecipado que os membros de uma raça, de uma
etnia, de um grupo, de uma religião ou mesmo de indivíduos constroem em relação ao
outro. Esse conceito antecipado apresenta como característica principal a inexorabilidade,
pois tende a ser mantido a qualquer custo, sem levar em conta os fatos que o contestem.
Tratase do conceito ou opinião formada antecipadamente, sem maior prudência
ou conhecimento dos fatos.
O preconceito abrange a relação entre pessoas e grupos humanos e o
conhecimento que o indivíduo tem de si mesmo e também do outro.
Ninguém nasce preconceituoso: são adquiridos socialmente, no convívio com
outras pessoas. Todos nós cumprimos um longo caminho para viver em sociedade que se
inicia na família, vizinhança, escola, igreja, círculos de amizades e até na introdução em
fundações enquanto profissionais ou atuando em instituições enquanto profissionais ou
atuando em comunidades e movimentos sociais e políticos. Sendo assim, podemos
considerar que os primeiros julgamentos raciais apresentados pelas crianças são
resultados do seu contato com o mundo adulto. As posturas raciais de índole negativos
podem, somar forças na medida em que se familiariza em um mundo que coloca as
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pessoas constantemente diante do trato negativo de todas as formas de discriminação
racial.
A longa duração do preconceito racial em nosso país nos mostra a existência de
um sistema social racista que possui automatização para construir as desigualdades
raciais dentro da sociedade. Por isso, fazse necessário debatermos a superação do
preconceito, juntamente com as formas de superação do preconceito, juntamente com as
formas de superação do racismo e da discriminação racial.
Discriminação racial
Mas afinal o que é a discriminação?
Atualmente, o tema de discriminação racial ainda é de difícil abordagem no Brasil.
Historicamente, alimentamos uma idéia de que a sociedade brasileira representa uma
democracia racial, uma pacífica relação entre branco e negro. Porém, a realidade social
brasileira tem mostrado bem mais cruel em relação a população negra do que tenta
demonstrar em seus discursos demagógicos.
O que geralmente ocorre com os pobres e adolescentes pertencentes a raça
negra, é que são vistos como perturbadores da ordem e, em conseqüência, têm sido
também alvo preferencial da segurança pública.
No Brasil, parece ocorrer totalmente o contrário do que acontece em outros
países, onde, o isolamento dos negros é claro e violento, como é o caso dos Estados
Unidos e África do Sul que vivem a separação racial de maneira visível. Em nosso país
essa discriminação acontece de forma camuflada, nas diferenças sociais, nos olhares e
comportamentos. A famosa frase "negro de alma branca" parece ser um bom exemplo
sobre como tal discriminação pode ser perversa. Existem ainda infinidades de outros ditos
populares, como, " negro parado é suspeito correndo é ladrão", isso denuncia o perfil
discriminador que ainda faz parte do cotidiano dos brasileiros (RIBEIRO, 1995).
Observando os crimes, como roubo, tráfico de drogas, estupro e extorsão
mediante sequestro, e levandose em consideração as diferenças raciais entre os réus,
podese concluir que entre os crimes de roubo qualificados, os réus negros são
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condenados com maior frequência do que os réus brancos, além disso, a discriminação
racial não está expressa apenas nas sentenças, mas marca toda a passagem desses
réus pelo sistema judicial, principalmente ao acesso às garantias constitucionais de ampla
defesa, apresentação de testemunhas e acompanhamento de um advogado.
Se fizermos um retrocesso da história de poucas décadas passada, fica prova da
discriminação e o desrespeito com a raça negra. Os governantes do Brasil, atraíram
migrantes europeus para melhorar a raça, a eles deram lotes de terras e ajuda
econômica, coisa que nunca foi feito, e até proibido, aos pertencentes da raça negra.
As atuais classes dominantes brasileira, feitas de filhos e netos dos antigos
senhores dos escravos, guardam, diante do negro a mesma atitude de desprezo, a
mesma visão de que o negro, o mulato e o branco pobre são o que há de mais "ralé", a
preguiça, a ignorância e a criminalidade, são explicadas como características da raça e
não como resultado da escravidão e da opressão. Mas, o negro no Brasil aproveita cada
oportunidade que lhe é dada para expressar o seu valor, isso ocorre em todos os campos
que não exige escolaridade, é o caso da música, futebol e outros mais.
Ocorre também no Brasil, desejar que os negros desapareçam pela
"branquização" progressiva, na verdade o que está ocorrendo é uma "morenização" dos
brasileiro, ela se faz tanto pela "branquização" dos negros, como pela "morenização" dos
brancos.
Segundo Darcy Ribeiro (1995) em sua obra, (O povo brasileiro), no futuro, num
Brasil de 300 milhões de pessoas, haverá uma população morena em que cada família,
terá por vezes uma negrinha retinta ou um branquinho desbotado.
Como sabemos, o crime é um fato jurídico, mas, não podemos esquecer que
apresenta os aspectos humanos e sociais. Isso demonstra, claramente, que a democracia
racial é possível, mas só é praticável conjuntamente com a democracia social. Ou bem há
democracia para todos, ou não há democracia para ninguém.
Sugestões de Leitura
• O Negro no Brasil de Hoje – Munanga, Kabengele; Gomes, Nilma Lino, São Paulo:
Global, 2006.
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• A história dos escravos, Lustosa, Isabel, Companhia das Letras, 1998;
• A escravidão no Brasil, Pinsky, Jaime. São Paulo: Contexto, 2000;
• A cor da ternura, Guimarães, Geni, São Paulo: FTD 1989;
• Cidadania em preto e branco: discutindo as relações raciais, Bento, Maria
Aparecida Silva: São Paulo: Ática, 1998;
• Do outro lado tem segredos, Machado, Ana Maria, Editora Nova Fronteira S.A, Rio
de Janeiro, 2005;
• Diferenças e preconceito na escola – Alternativas teóricas e práticas, Coordenação
de Julio Groppa Aquino, São Paulo Summus, 1998AZEVEDO, Margarete. Leitura
recomendada para menores. Revista Kalunga e Spiral da Brasil. São Paulo, Ano
XXVIII, nº123, pp.1519, Abril de 2001.
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