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Desenho Técnico I Normalização
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1. NORMALIZAÇÃO
De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a Normalização
consiste no processo de estabelecer e aplicar regras, a fim de abordar ordenadamente
uma actividade específica, para o benefício e com a participação de todos os
interessados e, em particular, de promover a optimização da economia, levando em
consideração as condições funcionais e as exigências de segurança.
1.1 Normas
Normas são acordos documentados, contendo especificações técnicas ou outros
critérios precisos para serem utilizados consistentemente como regras, guias ou
definições de características, para assegurar que materiais, produtos, processos e
serviços estão de acordo com o seu propósito. As normas internacionais contribuem
então para tornar a vida mais simples e para aumentar a confiabilidade e a efectividade
dos bens e serviços que usamos.
1.2 Objectivos
São objectivos da normalização:
� SIMPLIFICAÇÃO: redução da crescente variedade de procedimentos e tipos
de produtos.
� COMUNICAÇÃO: proporcionar meios mais eficientes para a troca de
informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das
relações comerciais e de serviços.
� ECONOMIA: buscar a economia global, tanto do lado do produtor como do
consumidor.
� SEGURANÇA: a tropeção da vida humana e da saúde é considerada como um
dos principais objectivos da normalização.
� PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR: a norma traz à comunidade a possibilidade de
aferir a qualidade dos produtos.
� ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS COMERCIAIS: a normalização evita a existência
de regulamentos divergentes sobre produtos e serviços em diferentes países,
facilitando assim o intercâmbio comercial.
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1.3 Benefícios de Normalização
Os principais benefícios da normalização:
1.3.1. Benefícios Qualitativos
São aqueles que, mesmo sendo observados, não podem ser medidos ou são de difícil
medição, tais como:
� Utilização adequada de recursos;
� Disciplina da produção;
� Uniformidade do trabalho;
� Registo do conhecimento tecnológico;
� Melhoria do nível de capacitação do pessoal;
� Controle dos produtos e processos;
� Segurança do pessoal e dos equipamentos;
� Racionalização do uso do tempo.
1.3.2. Benefícios Quantitativos
São aqueles benefícios que podem ser medidos:
� Redução do consumo e do desperdício;
� Especificação de matérias-primas;
� Padronização de componentes e equipamentos;
� Redução de variedades de produtos;
� Procedimentos para cálculos e projectos;
� Aumento da produtividade;
� Melhoria da qualidade de produtos e serviços.
1.4. A Importância da Normalização Internacional
A normalização industrial é uma condição existente dentro de um sector industrial
particular, quando a grande maioria dos produtos e serviços está conforme com os
mesmos padrões estabelecidos. Ela resulta de acordos de consenso alcançados entre
todos os sujeitos envolvidos naquele determinado sector industrial - fornecedores,
usuários e, muitas vezes, o próprio governo. Eles concordam na especificação e critérios
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a serem aplicados consistentemente na escolha e classificação de materiais, na
fabricação dos produtos e no fornecimento de serviços.
O objectivo é facilitar o comércio, o intercâmbio e a transferência de tecnologia através
de:
� Qualidade e confiabilidade do produto aumentada a um preço razoável;
� Saúde melhorada, segurança, protecção ambiental e redução do desperdício;
� Maior compatibilidade entre bens e serviços;
� Simplificação para melhoria da usabilidade;
� Redução do número de modelos e consequente redução de custos;
� Eficiência de distribuição aumentada e facilidade de manutenção.
Os usuários têm mais confiança em produtos e serviços que estão de acordo com
Normas Internacionais. A garantia da conformidade pode ser dada através de
declarações do fabricante ou através de auditorias conduzidas por organismos
independentes.
1.5 Necessidades de Normalização Internacional
A existência de normas não harmonizadas para tecnologias similares, em diferentes
países ou regiões, pode contribuir para as chamadas barreiras técnicas para o comércio.
As principais razões são:
� A liberalização do comércio em progresso no mundo inteiro;
� A interdependência dos estores;
� Os sistemas de comunicações existentes no mundo inteiro;
� A necessidade de padrões globais para tecnologias emergentes;
� A necessidade de uma infraestrutura em normalização para melhoria da
produtividade, da competitividade e da capacidade de exportação dos países em
desenvolvimento.
2. O QUE É A ISO
A International Organization for Standardization é uma federação internacional
formada por organismos de normalização nacionais de vários países. É uma organização
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não governamental, que foi estabelecida em 1947, com sede em Genebra, na Suíça.
Sua missão é promover o desenvolvimento da normalização e de actividades
relacionadas no mundo inteiro, com o propósito de facilitar a troca internacional de
bens e serviços e o desenvolvimento da cooperação nas esferas intelectual, científica,
tecnológica e económica. O trabalho dessa entidade resulta em acordos internacionais,
que são publicados como Normas Internacionais.
2.1. O nome ISO
Muitas pessoas pensam que o nome ISO tenha alguma correspondência com o título
oficial da organização (International Organization for Standardization). Na verdade,
"ISO" é uma palavra de origem grega, que significa "igual" e que é a raiz do prefixo grego
"iso", que se observa em vários termos utilizados correntemente, tais como:
� isométrico (mesma dimensão ou medida) e isonomia (igualdade de leis).
De "igual" para "norma", a linha de pensamento que norteou a escolha da denominação
ISO para o nome da organização e para a codificação das normas é fácil de entender.
Além disso, o nome tem a vantagem de ser válido em qualquer uma das três línguas
oficiais da organização: inglês, francês e russo, ao passo que, se utilizada a sigla
resultante da denominação da entidade, esta não seria válida em todos os países.
2.2. Quem Faz o Trabalho de Normalização
O trabalho técnico na organização é altamente descentralizado, sendo realizado em uma
hierarquia de cerca de 2.700 comités técnicos (o Comité Técnico 176 é responsável
pelas normas ISO 9000), sub comités e grupos de trabalho. Nesses comités,
representantes qualificados da indústria, de institutos de pesquisa, autoridades
governamentais, organismos representantes dos consumidores e organizações
internacionais de todo o mundo têm igualdade na resolução de problemas de
normalização globais.
2.3. Abrangência das Normas
A abrangência das normas não está limitada a nenhum segmento em particular. Ela
cobre todos os campos da normalização, excepto engenharia electrónica e
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electrotécnica, que é de responsabilidade de outra organização, denominada IEC
(International Electrotechnical Commission).
2.4. Qualidade e Normalização
Para as organizações do mundo actual, questões relacionadas com a qualidade têm sido
vitais no que diz respeito ao planeamento estratégico, com vistas à melhoria contínua,
comercialização e lucro.
Para o cliente ou usuário, a qualidade proporciona uma medida de segurança,
confiabilidade e avaliação comparativa.
Para os órgãos reguladores, proporciona segurança em relação à conformidade, à
protecção do consumidor, à transparência de mercado e à concorrência leal.
A normalização fornece a resposta mais básica e eficaz às muitas questões que
envolvem a qualidade, considerando-se em normalização o enfoque de formulação e
aplicação de regras para uma abordagem ordenada do tema. A normalização das
actividades da qualidade auxilia nos seguintes aspectos:
� Estabelecimento de um denominador comum da qualidade empresarial aceito
por
todos;
� Estabelecimento da simplicidade a partir da complexidade;
� Harmonização de diversas práticas;
� Geração de compatibilidade e uniformidade na aplicação de práticas industriais;
� Meio de comunicação de ideias e informações entre o comprador e o vendedor;
� Redução de entraves ao comércio;
� Transparência na comercialização e incentivo à concorrência leal.
2.5. Normalização e Certificação
O alargamento do mercado é, na maioria dos casos, um processo imprescindível para a
sobrevivência da empresa, a prazo. A criação de uma identidade própria perante o
mercado (Marcas), a garantia perante terceiros dos atributos reconhecidos da sua oferta
(Certificação), e a defesa dos seus produtos relativamente à concorrência (protecção do
design e/ou modelos), são ferramentas importantes para que a empresa opere com
segurança no mercado internacional. Nesta óptica, a Qualidade da oferta, está ligada ao
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grau de satisfação de requisitos, objectivados num conjunto de características
intrínsecas ao produto e/ou serviços.
Sendo a gestão da inovação passível de ser sistematizada e organizada, extrapolando o
plano tecnológico e abrangendo a organização e o marketing, podemos afirmar que
Inovação e Qualidade não podem ser dissociadas, e que a utilização da própria
normalização, aplicada à gestão, é, de per si, um factor que potencia um desempenho
inovador da empresa.
2.5.1. Conceito de Norma
O objectivo da normalização é o estabelecimento de soluções, por consenso das partes
interessadas, de utilização comum e repetida, para problemas reais ou potenciais, tendo
em vista a obtenção de uma optimização de processos e resultados.
Norma é um documento escrito e aprovado por organismos qualificados (nacionais e
internacionais) que contem prescrições técnicas elaboradas com base em
conhecimentos científicos e tecnológicos. Podemos definir também "Norma" como
sendo um conjunto de regras, directrizes ou características, estabelecidas por consenso
e aprovadas por um Organismo de Normalização reconhecido, aplicáveis numa
actividade ou seus resultados (produtos e/ou serviços).
De um modo geral, as normas não são de aplicação obrigatória, mas, funcionam como
garantia dos atributos ou dos resultados de determinada actividade. Existem, no
entanto, algumas normas obrigatórias, com carácter coercivo, estabelecido através de lei
geral ou de referência exclusiva num regulamento.
As normas harmonizadas ou equivalentes são aquelas que incidindo sobre o mesmo
assunto, são aprovadas por organismos com actividade normativa distinta. Estas
normas, asseguram a inter mutabilidade de produtos, processos ou serviços, ou o
entendimento mútuo dos resultados ou, ainda, das informações fornecidas, de acordo
com estas normas. Já as normas idênticas são aquelas que coincidem quanto ao
conteúdo e quanto à apresentação.
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2.5.2. Acreditação e Certificação
Entende-se por "Acreditação" o procedimento através do qual, o Organismo Nacional de
Acreditação reconhece a competência técnica a uma entidade para executar actividades
específicas de avaliação da conformidade e passar o respectivo certificado. O Organismo
de Certificação ou Entidade Certificadora é uma entidade independente e devidamente
acreditada para realizar actividades de certificação de produtos, serviços, sistemas de
gestão, etc., num determinado âmbito, e segundo um ou vários referenciais normativos.
Certificação é uma actividade complementar a da normalização que consiste em
estabelecer certificados de conformidade, atestar que um dado objecto técnico esteja
em conformidade com determinadas normas ou especificações técnicas. A "Certificação
da Conformidade", é um documento, emitido de acordo com regras de um sistema de
certificação, que garante que um produto, processo ou serviço, devidamente
identificado, está em conformidade com uma norma ou outro documento normativo
específico aplicável.
Embora o reconhecimento da competência e credibilidade dos Organismos de
Certificação seja fundamental para a sua actuação, a acreditação, com excepção de
determinadas áreas específicas, não é obrigatória.
2.6. Identificação e Pesquisa de Normas
As normas são identificadas por um número, precedido de um conjunto de letras, como
por exemplo:
• NP – Normas Portuguesas.
• NP EN – normas portuguesas, que adoptam uma norma europeia.
• NP EN ISO – normas portuguesas, que resultam de uma norma europeia, a qual,
por sua vez, advém de uma norma internacional.
2.6.1. Normas Portuguesas
As "Normas Portuguesas" são, regra geral, elaboradas por Comissões Técnicas
Portuguesas de Normalização (CT) – órgãos técnicos que têm por finalidade a
elaboração de normas e a emissão de pareceres normativos em domínios específicos.
Por definição, as NP são, em princípio, voluntárias, salvo quando exista um diploma legal
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que as converta em normas de cumprimento obrigatório. São consideradas Normas
Portuguesas as:
NP (Normas Portuguesas).
NP EN (Aplicações Ferroviárias).
NP EN ISO (Sistemas de Gestão da Qualidade).
NP HD (Sistemas de Designação de Cabos).
NP ENV (Sistemas de Tubagens).
NP ISO (Desenhos Técnicos, Especificações Técnicas, Linhas de Orientação para a
Gestão da Qualidade/Configuração).
NP IEC e NP ISO/IEC (Avaliação de Conformidade).
Também são consideradas "Normas Portuguesas" todas as EN, EN ISO, EN ISO/IEC
(Gestão da Qualidade de Laboratórios) e ETS integradas no acervo normativo nacional,
por via de adopção.
2.7. Organismos Internacionais de Normalização
Designa-se por "Norma Internacional" a que é adoptada por uma Organização
Internacional que desenvolve actividades de Normalização, ou, especificamente, por
uma Organização Internacional de Normalização e colocada à disposição do público.
São Organismos de Normalização Globais:
� ANSI – The American National Standards Institute (Instituto Americano de Padrões
Nacionais): Catálogo electrónico.
� BSI Group- British Standards.
� NIST- National Institute of Standards and Technology (Instituto Nacional de
Padrões e Tecnologia).
� OASIS – Organization for the Advancement of Structured Information Standards
(Organização para o Avanço de Padrões Estruturados de Informação).
� ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional
para Padronização).
� WSSN- World Standards Services Network (Organizacao mundial de padronizacao
de serviços de Internet).
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São Organismos de Normalização Sectoriais:
� ERO- European Radiocommunications Office (Gabinete Europeu de
Radiocomunicações).
� IEC- International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica
Internacional).
� IEEE- Institute of Electrical and Electronics Engineers (Instituto de Engenheiros
Elétricos e Eletrônicos).
� ITU - T - ITU- TelecommunicationStandardizationSector (Sector da Normalização
das Telecomunicações).
� ASTM International- American Society for Testing and Materials.
� IHS- The souce for Critical Information and Insight.
3. FORMATOS DE PAPEL ISO
A norma NP - 48 (1968) define os formatos das folhas suportes físicos de
representação) que devem ser utilizados em Desenho Técnico. Integram a designada
série A, que tem como base o formato A0 cuja área é de 1 m2.
Conforme se apresenta na Fig. 1.24, ao rectângulo maior e exterior corresponde o
formato A0 (ver dimensões no Quadro abaixo), O lado maior de qualquer formato é
igual à diagonal do quadrado cujo lado é a sua menor dimensão, permitindo-lhe assim,
ao dividir-se a folha ao meio, obter-se um novo formato de área igual a metade do
anterior e com igual razão entre os lados. No Quadro abaixo que apresenta as
dimensões dos vários formatos normalizados pode verificar-se que, por exemplo, o
formato imediatamente superior ao formato A0, que é o formato 2 A0, tem uma área de
2 m2 e o formato imediatamente inferior ao formato A0. que é o formato A1, tem uma
área de 0,5 m2. As regras para execução das esquadrias e das correspondentes margens
entre estas e os bordos das folhas estão normalizadas pela NP - 718 (1968).
Quando se torna necessário prever uma margem suplementar exterior ao contorno do
formato, destinada à fixação da tolha ao estirador e que se deve cortar depois do
desenho concluído, tem-se uma área correspondente ao formato bruto. O formato final
obtem-se por corte da referida margem suplementar ou quando à partida se prescinde
da mesma. O quadro apresenta além das dimensões dos diversos formatos da série A, a
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margem e a área do formato final de cada um deles, tendo em consideração as normas
NP - 48 (1968) e NP - 718 (1969). Embora não se utilizem directamente em desenho
técnico, existem ainda duas séries distintas B e C maiores que a série A. Estas séries são
utilizadas, por exemplo, para envelopes que conterão os formatos A já descritos
Mocambique e os outros países europeus adoptaram como formatos padrão para folhas
de papel os definidos pela norma ISO 216 (International Standard Office). Na tabela
seguinte, estão as dimensões dos cinco formatos de maior área da série A: A0, A1, A2, A3
e A4. Houve muitos padrões de tamanho de papel em diferentes locais e épocas, mas hoje há
basicamente dois sistemas em vigor: o sistema internacional (A4 e derivados) adotado na
maioria dos países.
Tamanhos de papel das séries A, B e C, da norma ISO 216 (em milímetros):
Série A Série B Série C
A0 841 × 1189 B0 1000 × 1414 C0 917 × 1297
A1 594 × 841 B1 707 × 1000 C1 648 × 917
A2 420 × 594 B2 500 × 707 C2 458 × 648
A3 297 × 420 B3 353 × 500 C3 324 × 458
A4 210 × 297 B4 250 × 353 C4 229 × 324
A5 148 × 210 B5 176 × 250 C5 162 × 229
A6 105 × 148 B6 125 × 176 C6 114 × 162
A7 74 × 105 B7 88 × 125 C7 81 × 114
A8 52 × 74 B8 62 × 88 C8 57 × 81
A9 37 × 52 B9 44 × 62 C9 40 × 57
A10 26 × 37 B10 31 × 44 C10 28 × 40
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4. DOBRAGEM DE PAPEL DA SERIE A
De acordo com a norma NP - 49 (1968) deverá procurar-se que o desenho dobrado
(entenda-se que se tratará de uma cópia do original tenha as dimensões do formato A4.
A respectiva legenda deverá como se referiu ficar no canto interior direito do desenho,
de forma a ficar perfeitamente visível.
O método de dobragem dos diversos formatos é o representado nas Figs. 1.26 e 1.27,
respectivamente para desenhos executados ao baixo e ao alto. A dobragem dos formatos
alongados faz-se de forma análoga à dos formatos normais.
Nos casos em que se pretenda dobrar os desenhos para colocarem bolsas de formato
A4, É usual manter a dobra inicial de 185 mm até ao fim, repartindo de uma forma
equilibrada o eventual excedente da última dobra.
Quando os desenhos dobrados são para colocar dentro de bolsas ou caixas com formato
ligeiramente superior ao A4, dobram-se simplesmente em harmónio, fazendo primeiro
uma série de dobras verticais afastadas de 210 mm e depois uma série de dobras
horizontais afastadas de 297 mm isto e, respeitando as medidas do formato A4.
Normalmente é costume acrescentar uma margem de fixação ou pestana nos desenhos
destinados a guardar em dossier, a qual deverá ser reforçada quando se preveja um uso
intenso. Em muitos casos, também é adoptada uma pestana para facilitar a abertura de
desenhos guardados em caixas.
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5. LEGENDAS
Resultam da necessidade de apresentar um conjunto de informações relevantes para o
desenho, de forma condensada e sistematizada, sendo estas:
� Identificação do objecto desenhado
� Identificação dos intervenientes no desenho (autor, desenhador, etc.)
� Identificação do detentor dos direitos do objecto desenhado
� Escala
� Data de realização
� Alterações e versões
As normas ISO 7200 e NP204 definem tipos e conteúdos de legendas
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A norma NP 204:1968 é restritiva e define exactamente os diferentes tipos, dimensões e
campos da legenda.
Legendas NP 204 tipos 1 e 3
1- Designação ou título 2- Entidade que encomendou 3- Responsáveis e executantes 4- Entidade que executa 5- Número de registo do desenho
6- Referências às alterações 7-Indicação do desenho anterior 8-Indicação do desenho posterior 9-Escala 10-Tolerâncias gerais
A norma ISO 7200: 1984 é mais liberal. As legendas devem ser localizadas no canto
inferior direito do desenho, tendo a dimensão máxima de 170 mm para que, depois da
dobragem, aquela se situe no frontispício do desenho.
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6. LETRAS E ALGARISMOS
Toda a informação inscrita num desenho, sejam algarismos ou outros caracteres, deve
ser apresentada em escrita normalizada - norma NP-89.
Objectivo: Uniformidades nas dimensões, proporções, inclinação e disposição dos
caracteres
A norma estabelece dois tipos de letra: a redonda ou vertical e a cursiva ou inclinada.
7. ESPESSURAS E TIPOS DE TRAÇO
As espessuras e tipos de traço que devem ser aplicadas num desenho técnico
encontram-se definidas na norma NP-62.
A norma fixa grupos de traços, cada um composto por 5 tipos de traço:
a. Contínuo grosso
b. Interrompido
c. Traço-ponto médio
d. Traço-ponto fino
e. Traço contínuo fino
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7.1. Linhas e a sua utilização
A espessura do traço deve ser escolhida de acordo com a função da escala e da
pormenorização a representar da seguinte gama: 0.18, 0.25, 0.35, 0.5, 0.7, 1.4 e 2 mm.
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7.1.1. Exemplo de utilização
8. PRECEDÊNCIAS EM DESENHO TECNICO
Quando no traçado de projecções há sobreposição de linhas de diferentes tipos (e
portanto de distinto significado) apenas uma delas pode ser representada. Deverá
prevalecer o critério das precedências ou seja deverá ser representado o traço que
corresponde à informação de maior importância na definição do desenho.
8.1. Regras de precedência de linhas:
1) Arestas e linhas de contorno visíveis (Tipo A).
2) Arestas e linhas de contorno invisíveis (Tipo E ou F).
3) Planos de corte (Tipo H).
4) Linhas de eixo e de simetria (Tipo G).
5) Linha de centróides (Tipo K).
6) Linha de chamada de cotas (Tipo B).
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Deve ser traçada a aresta ou contorno visível (definida a traço contínuo grosso) quando
sobreposta a uma aresta oculta ou eixo.
Deve ser traçada a aresta oculta (representada a traço interrompido) caso coincida com
um eixo.
Nas situações de sobreposição de aresta visível ou
oculta com uma linha de eixo, esta deverá ser
traçada mas apenas, no prolongamento das arestas
excedendo a projecção da peça. Neste caso deverá
ser claramente notada a diferença de espessura
dos tipos de traço.
8.2. Representação de Centros e Eixos
8.3. Intersecções de linhas
Exemplos de critérios que devem ser seguidos em relação a alguns casos mais
frequentes para uma correcta definição de arestas ocultas.
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- Regra geral, o traço interrompido deverá iniciar e finalizar com um segmento e não com
um espaço
Se no prolongamento de uma aresta, representada a
traço interrompido, for definida uma linha a traço
contínuo (correspondente a aresta ou contorno visível)
deverá o traço interrompido terminar com um espaço.
No cruzamento de duas ou mais arestas ocultas a intersecção deverá ser definida com
os segmentos curtos, desde que esse ponto corresponda a extremo de alguma das
arestas.
8.4. Quadro Resumo de Precedencias
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGA, Theodoro. Desenho Linear Geométrico. São Paulo. Ícone. 13° ed. 230 p.
MARTINHO, J. Brandão.Desenho Técnico de Construção Civil. 10°/11° Anos – Blocos I
MELLO E CUNHA, G. N. de. Curso de Desenho Geométrico e Elementar. São Paulo: Livraria
Francisco Alves, 460p, 1951.
MORAIS, José Manuel Simões. Desenho Básico. Porto Editora, 24ª edição, porto 2007.
NEVES, Assunção.Desenho Técnico 11° Ano – Curso Tecnológico de Construção Civil.
RIVERA, Félix; NEVES, Juarenze; GONÇALVES, Dinei (1986). Traçados em Desenho
Geométrico. Rio Grande: editora da Furg, 389 p.
VYCHNEPOLSKI, I. Desenho Técnico. Editora Mir Moscovo, URSS, 1986
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