diário do comércio - 25/07/2014
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Ano
91
- Nº 2
4.17
1R$
1,4
0
Página 4
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24171
BRASIL ENTRA NA GUERRAJudeus e pró-israelensesde SP protestaram (acima)contra a entrada do Brasilpró-Hamas na guerra emGaza. O Itamaraty chamouseu embaixador de volta;e Jerusalém reagiu: o Brasilé "irrelevante" e um"anão diplomático". Pág. 9
Leon
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E há muitas crianças entreas vítimas do bombardeio noprédio em Beit Hanoun(à esq.). Palestinos acusaramIsrael, que acusou o Hamas.Para a ONU, "as circunstânciasainda não estão claras". Pág. 9
17 mortos e 200feridos na escolada ONU em Gaza
Oliv
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eike
n/Ef
e
Cerveró não aceita Dilma forado caso PasadenaEnquanto Dilma teve de ouvir coro pró-Campos novelório de Suassuna (foto), advogado de ex-diretor daPetrobras contesta inocência da presidente. Págs. 5 e 7
Edmar Melo/Ag. O Globo
Aconchegante, Montevidéu étradição e transformação. Daarte a modernos hotéis. Pág. 22
A pequenae bela capitaldo UruguaiBr
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stini
/Ag.
O G
lobo
Estrelas de aluguel
Div
ulga
ção
A Mercedes-Benz acaba deinaugurar sualo c adora.Diárias partemde R$ 500.Escolha suaestrela. Pág. 21
O californiano RandallGrahm salva a Bonny Doon
e celebra inusitadosprojetos. Pág. 11
Enterrou asrolhas, mas
não a vinícola.
FMI
PIBCAIA
1,3%Prev i s ã o
encolheu 0,6p onto
percentual emrelação à deabril. Foi a 5ª
re d u ç ã oseguida. Pág. 13
Foi de 80º para79º no índice da
ONU. Pág. 8
IDHBrasildá um
passinho
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
OS PAPA-VOTOSAFIAM A LÍNGUA
O disfarce, a tergiversação, o dizer não dizendo, quando não a pura mentira, são as normas .José Márcio Mendonça
Candidatos mudam o tom deseus discursos para se tornaremmais palatáveis aos eleitores.
Mas é uma atitude de risco, quepode criar problemas assim que
o vencedor assumir.
PT não pode ignorar
que PSDB e o PSB
têm cabos eleitorais
com o mesmo "push"
de Lula e que devem
puxar votos
para Aécio Neves e
Eduardo Campos.
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA
Écerto que campanha
eleitoral não é o mo-
mento mais propício
para demonstrações
de "sincericídio", esse neolo-
gismo criado no vocabulário
político tupiniquim para defi-
nir afirmações de políticos e
candidatos que, mesmo sen-
do verdadeiras e sinceras
(tanto quanto isso é possível
neste ambiente) são conside-
radas perigosas, impopula-
res, "tira votos". O disfarce, a
tergiversação, o dizer não di-
zendo, quando não a pura
mentira, são as normas .
Pegue-se, à guisa de exem-
plo, num caso apenas, o candi-
dato tucano Aécio Neves. Em
mais de uma ocasião, em con-
versas reservadas e até em
palestras abertas para o públi-
co especial dos empresários –
inclusive numa palestra, dois
meses atrás, na Associação
Comercial de São Paulo – o se-
nador mineiro afirmou, com
toda ênfase (e até sob aplau-
sos) que não terá dúvida em
adotar, caso vença a eleição,
medidas impopulares, se es-
tas forem necessárias.
Seu principal conselheiro
político, apontado como
provável ministro da Fa-
zenda de um governo do
PSDB, tem dado indicações
completas de que a futura
gestão terá obrigatoriamente
de proceder a um aperto de
cintos no ano que vem. O que,
aliás, qualquer um que acom-
panhe o desenrolar da econo-
mia nacional e as peripécias
da política econômica do go-
verno Dilma sabe ser tão inevi-
tável quanto o suceder do dia
para a noite.
Açoitado, porém, pelo efi-
ciente marketing político da
presidente, que o acusa de ser
contrário aos programas so-
ciais e de estar engendrando
um pacote de "maldades"
contra os mais necessitados,
para atender os interesses do
"capital", Aécio tem mudado
de tom. Publicamente ele não
abre mais o jogo sobre os ajus-
tes que julga necessários para
botar a economia nacional nos
trilhos. Não é que ele tenha
abandonado suas ideias, ima-
gina-se, mas está preferindo
vender ilusões.
Mais prudente um pouco,
Eduardo Campos tangencia
este tema. Ele prefere criticar
a gestão Dilma, com generali-
dades e sem apontar direções.
E entrou de vez na perigosa
seara do populismo mais des-
lavado, com promessas de to-
do irrealistas no curto e no mé-
dio prazo, como a de aplicar
10% do Orçamento em saúde,
e de instituir o passe livre nos
transportes públicos.
Contudo, em conversas
com plateias mais seletas,
mais bem informadas, sabe-
se que o tom é de austeridade
fiscal. E alguns de seus conse-
lheiros econômicos, diante de
públicos mais "distintos", afir-
mam sem rodeios que qual-
quer que seja o presidente,
2015 será um ano de ajustes e
de dificuldades.
Pelo lado da situação,
com Lula e a presidente
Dilma Rousseff à frente,
a coisa não tem sido diferente.
Mais de uma vez, publicamen-
te, ela afirmou que não vai sa-
crificar o povo, acusando os
adversários de mal intencio-
nados neste sentido. Lula tam-
bém, quando está animando
as plateias na campanha elei-
toral, vai na mesma direção.
Ele é até um pouco mais incisi-
vo do que a presidente, como
aliás é de seu estilo. O presi-
dente nacional do PT, Rui Fal-
cão, acaba de garantir que a
presidente vai manter os pila-
res de sua política econômica,
esta mesma da inflação rebel-
de e dos PIBinhos.
Mas assim como os adver-
sários, quando a conversa é
com os empresários a posição
dos governistas é bem dife-
rente. Nas últimas semanas
não passa dia em que alguma
"fonte" da campanha anuncia
anonimamente que figuras de
proa no governo (a presiden-
te, infere-se) admitem que co-
meteram equívocos na con-
dução da política econômica e
que eles serão corrigidos num
eventual segundo mandato.
EYMAR MASCARO
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos(josemaria@dcomercio.com.br). Editores Seniores: chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), José Roberto Nassar(jnassar@dcomercio.com.br), Luciano de Carvalho Paço (luciano@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima(luiz.octavio@dcomercio.com.br), Marcus Lopes (mlopes@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br).Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Heci Regina Candiani (hcandiani@dcomercio.com.br), Tsuli Narimatsu(tnarimatsu@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
SXC
Quando a campanha
ganhar de fato as ruas
e começar o horário
eleitoral obrigatório no rádio
e na televisão, a contradição
entre o discurso para o gran-
de público e para as plateias
selecionadas vai se acen-
tuar. É o comum no Brasil: o
que se fala na campanha é
para ganhar as eleições, nem
sempre para governar. O mo-
mento eleitoral é de vender
ilusões; depois...
O risco é que a população
está cada vez mais bem infor-
mada e cada vez mais inquie-
ta, insatisfeita e ansiosa por
dias melhores que nunca
chegam. Esta é uma mistura
explosiva e que pode gerar
desilusões, nem bem o eleito
ponha os pés no Palácio do
P l a n a l t o.
Se não souber dosar o
marketing com algu-
mas pitadas de sinceri-
dade, o vencedor poderá co-
meçar a governar já com sua
popularidade e credibilidade
abaladas, sem conseguir um
crédito de confiança .
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É
J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO
MUDANDOO ROTEIRO
Aúltima pesquisa
Datafolha,
divulgada dia 17,
provocou uma euforia
natural no tucanato,
porque registrou um
empate técnico num
eventual 2º turno entre
Dilma Rousseff e Aécio
Neves. A presidente ficou
com 44% dos votos e o
senador alcançou 40% .
Como a margem de
erro é de dois pontos para
mais ou para menos,
Dilma teria de 42% a 46%
dos votos e, Aécio, de
38% a 42%. No 1º turno,
Dilma obteve 36% da
preferência do eleitor e
Aécio 20%. Cinco dias
depois (22) saiu a
pesquisa Ibope que, a
exemplo do Datafolha,
também fez a projeção
para o 2º turno.
Contrariando os
tucanos, o Ibope não
constatou empate
técnico no 2º turno entre
Dilma e Aécio. Se a
eleição fosse hoje, Dilma
seria reeleita com 41%
dos votos e Aécio seria
derrotado com 33%.
Como a margem de erro
também é de dois pontos
percentuais, não haveria
o mesmo empate técnico
que o Datafolha apontou.
No 1º turno, Dilma
ficou no Ibope com 38%
de intenção de voto e
Aécio com 22%.
pesar do bom
comportamento de
Aécio Neves na projeção
do 2º turno, sobretudo na
pesquisa Datafolha, é
aconselhável que os
tucanos tenham cautela.
Primeiro, porque a soma
dos índices de todos os
demais candidatos no
Datafolha foi de 36% dos
votos, a mesma taxa
alcançada por Dilma.
Pelo Ibope, também
não é possível garantir
que haveria 2º turno.
Pelas duas pesquisas,
portanto, não dá para a
oposição bancar que a
eleição teria 2º turno,
assim como também o PT
não pode ter garantias de
que a eleição acaba já no
1º turno.
Em segundo lugar, o
PSDB não deve esquecer
que Lula ainda não entrou
na campanha de Dilma e
nem foi à televisão enviar
sua costumeira
mensagem às 50 milhões
de pessoas que vivem do
Bolsa-Família, programa
social que foi criado por
ele na presidência.
Os petistas mais
otimistas admitem
que assim que Lula entrar
"prá valer"na campanha,
Dilma deve crescer
alguns pontos nas
pesquisas. Se fazendo
campanha-solo e acuada
pela mídia ela chega a
44% dos votos no 2º
turno, na pesquisa
Datafolha, com o
"empurrão" de Lula o PT
tem certeza que a
presidente alcance o
índice mínimo de 48%, o
que obrigaria Aécio a
obter cerca de 50 milhões
de votos para se eleger.
Entretanto, o PT não
pode ignorar que
também o PSDB e o PSB
têm cabos eleitorais com
o mesmo "punch" de Lula
e que devem puxar votos
para Aécio Neves e
Eduardo Campos. O PSDB
escalou o ex-presidente
Fernando Henrique
Cardoso para atuar ao
lado de Aécio Neves na
campanha de televisão.
FHC tem boa imagem na
TV e sempre se
comunicou muito bem
com os eleitores.
Nas últimas eleições
presidenciais, porém, o
PSDB marginalizou FHC
das campanhas de
Geraldo Alckmin e José
Serra, o que parece ter
sido um erro.
Já Eduardo Campos
confia na possibilidade
de herdar uma parcela
significativa dos 20
milhões de votos que a
sua vice – e principal
puxadora de votos do
partido – a ex-ministra
Marina Silva, obteve
como candidata ao
Palácio do Planalto pelo
PV, em 2010.
Não é exagero admitir,
portanto, que os três
importantes papa-votos
–Lula, FHC e Marina –
podem se transformar
em fator decisivo no
resultado da eleição
presidencial deste ano.
EYMAR MA S C A RO É
J O R N A L I S TA E C O M E N TA R I S TA
POLÍTICO
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
QUANTOS MORREMENQUANTOESCREVO AQUI?
Baz Ratner/Reuters
SEM RESPEITO AS SOCIEDADES SOÇOBRAM NA IRRESPONSABILIDADE, ANARQUIA E POBREZA.
Triste é ver um Estadocomo o da Argentina vítimade governantes irresponsáveis
que, no entanto, sãosistematicamente eleitos e
reeleitos pelos cidadãos do país.
NEIL
sob bombardeioda mídiaFerreira
DENIS ROSENFIELD
Aforma de comunicar
uma informação e o
modo como a notícia
é apresentada são
fundamentais para a percep-
ção do cidadão mas também
expõem comumente o viés
partidário do jornalista, do jor-
nal ou agência de notícias. A
miopia ideológica termina
sendo um guia da ação, guia
torto, porém eficaz, com efei-
tos junto à opinião pública.
É o caso da veiculação da
decisão do juiz americano
Thomas Griesa, obrigando o
governo argentino a honrar dí-
vidas contraídas e em posses-
são de um fundo americano.
Imediatamente, os conceitos
que passaram a orientar as
matérias foram os de "renego-
ciação da dívida" e de "fundos
abutres". Ambos são particu-
larmente curiosos, pois reve-
lam um encobrimento da rea-
lidade digno de nota.
Convém, preliminarmente,
ter presente ao espírito que o
governo argentino "renego-
ciou" suas dívidas em 2005 e
2010, pagando cerca de 30%
do valor de face de suas obri-
gações. Isso significa que dei-
xou de pagar 70% deste valor,
arcado por aqueles que acre-
ditaram na confiabilidade do
país. Ora, as tais negociações
foram, na verdade, um "calo-
te" imposto a esses credores,
que nada puderam fazer dian-
te da alternativa de nada rece-
ber. Tiveram de optar entre 0%
e 30%, jamais os 100% que
lhes era devido.
Omais vergonhoso é
que tal "calote" tenha
sido apresentado co-
mo um ato voluntário de nego-
ciação, quando foi uma impo-
sição. Alguns, menos de 10%,
se recusaram , vindo a vender
esses títulos a fundos – a pre-
sentados, depois, como "abu-
tres" ou "especulativos". Por-
tanto, "abutre" foi o governo
argentino, que impôs um calo-
te aos que nele confiaram,
mascarando tal ato como se
fosse uma "negociação". Se-
ria uma ação equivalente a
vender um carro por dado va-
lor e receber por ele 30% me-
diante um ato coercitivo.
Aliás, o governo argentino é
mestre em mascarar a reali-
dade, impondo a sua versão,
por mais bizarra que seja. Sua
“especialidade” é de tal mon-
ta que oculta a inflação do país
com “estatísticas criativas”,
ou seja, completamente fal-
sas. Está fazendo a mesma
coisa com os índices que me-
dem a pobreza, escondendo a
miséria real em proveito de
uma estatística inverídica.
Nele, ninguém mais acredita.
O "abutre", isto é, o governo
argentino, culpa agora os fun-
dos que compraram a dívida
não renegociada de "fundos
abutres". A ironia é grande.
Agora, esses fundos obri-
gam judicialmente o
governo argentino a
honrar os seus compromissos.
Recorreram a uma Corte ame-
ricana e tiveram ganho de
causa. O juiz Thomas Griesa,
formado em uma sociedade
que honra os seus contratos,
obrigou o governo argentino a
pagar a dívida não negociada.
Ele não poderia ter agido de
outra forma. Isto seria eviden-
te, não fosse o populismo es-
querdista que grassa na Amé-
rica Latina.
Oque fez o governo ar-
gentino? Partiu para
uma campanha nacio-
nal e internacional criticando
a decisão e anunciando que
estaria sendo obrigado a dar
um calote na dívida negocia-
da. Ou seja, os caloteiros di-
zem hoje que estão sendo
obrigados a dar um calote.
Triste é ver um Estado como
a Argentina vítima de gover-
nantes irresponsáveis que, no
entanto, são sistematicamen-
SXC
Do usodasp a l av ra s
te eleitos e reeleitos pelos ci-
dadãos daquele país. Logo, é o
país mesmo que é responsá-
vel daquilo que seus políticos
fazem. Criou-se uma espécie
de consenso nacional contra
os "fundos abutres" e a imi-
nência do "calote", expondo
somente que os argentinos
nada aprenderam de seu pas-
sado recente. Segundo a es-
tratégia populista, tentaram,
sem nenhum resultado, in-
fluenciar a decisão do juiz
americano, que ficou impassí-
vel diante da pantomima.
Ato seguinte, o ministro da
Economia argentino seguiu
com a pantomima, recorrendo
à ONU e à OEA com o intuito de
que Estados igualmente irres-
ponsáveis o acompanhas-
sem. Pode até ter apoio, pois a
irresponsabilidade de gover-
nantes perdulários, populis-
tas e esquerdistas tem sido a
tônica de vários países. Agora,
acreditar que o juiz Griesa pos-
sa modificar a sua decisão gra-
ças a tais manifestações é na-
da mais do que a demonstra-
ção do cinismo reinante.
Ogoverno brasileiro ter-
minou apoiando a con-
duta argentina, em
uma clara demonstração de ir-
responsabilidade política,
porque termina contaminan-
do a própria imagem de nosso
país. O que significa apoiar a
irresponsabilidade alheia se-
não compartilhar uma certa
posição? De que adianta o Bra-
sil afirmar que honra os con-
tratos quando não perde a
oportunidade de sustentar
políticas de outros países que
se caracterizam precisamen-
te pela quebra dos mesmos?
O tempo urge. O governo ar-
gentino está juridicamente
obrigado pela Justiça america-
na a honrar os seus compro-
missos até o final deste mês.
Os responsáveis da condução
das negociações, porém, só
continuam a produzir jogos de
cena, apostando no impasse
e, portanto, no isolamento ca-
da vez maior de seu país.
Os que ainda procuram sus-
tentar o calote argentino,
apresentado como "renego-
ciação das dívidas", recorrem
ao conceito de "dívida sobera-
na". Isto significaria que qual-
quer Estado teria o direito de
impor suas próprias condi-
ções de pagamento de suas dí-
vidas, onde o assumido nos
papéis não teria nenhum va-
lor. Ou seja, qualquer Estado
em situação semelhante ape-
nas pagaria aquilo que assim
decidisse.
Oresultado consiste em
que dívidas assim fo-
ram contraídas com o
intuito de não serem pagas,
pois haveria sempre o recurso
à soberania do Estado. Deve-
ríamos, então, denominar
mais propriamente tal política
de "calote soberano".
Subjacente a essa posição
encontra-se a concepção de
que o Estado pode tudo e o ci-
dadão, nada. O cidadão não
seria "soberano", mas apenas
o Estado que deveria ser a sua
expressão. Isto é, os cidadãos
seriam destituídos de direitos
face a uma entidade cujo arbí-
trio seria total.
Contratos devem ser res-
peitados, pois sem esse res-
peito as sociedades soçobram
na irresponsabilidade, na
anarquia e na pobreza.
DENIS LERER ROSENFIELD
É P RO F E S S O R DE FILOSOFIA
DA UFRGS
Antes Scriptum : Mais 3 va-
gas na ABL, conheço bem 2
delas: João Ubaldo e Ariano
Suassuna. João Ubaldo, sem
contar seus livros deliciosos,
encantava seus leitores dos
jornais aos domingos. Suas-
suna, inesquecível por seu
"Auto da Compadecida", e "A
Pedra do Reino". Duas lágri-
mas sentidas para eles.
Escrevo na 5ª-feira,
cansado de ver nos
jornais o placar do
Oriente Médio: Israel 721,
na maioria civis indefesos,
dos quais 147 crianças
e 74 mulheres x Palestinos
34, não sei se entram na
conta as 3 crianças
israelenses sequestradas
e massacradas. Sei que
os palestinos cutucaram
o dragão com vara curta,
então que paguem a
conta, é isso? (É).
Mas como Jeovah,
Allah e Deus, brimos entre si
segundo o Livro de Abraão,
permitem semelhante
mortandade entre seus
herdeiros? E a ONU ? Cada
vida que se perde, uma que
seja, de qualquer lado que
seja, é demais; uma vida
perdida não volta, uma
criança de qualquer dos
lados é para ser chorada
até o fim dos tempos.
As 3 crianças israelenses
e as 147 crianças palestinas,
sacrificadas no altar da
insânia: esses números vão
aumentar, é quase uma
certeza. Israel e o Hamas
dão a impressão de que
não querem a paz. Israel
diz que há tantas crianças
entre as vítimas porque os
palestinos as colocam
como escudos na frente dos
terroristas. Será possível
tamanho absurdo? Se
Israel falou que é, então é.
Conheço a história
de um israelense , que
ficava em um barco
grande transformado em
rádio ("A Voz da Paz") e
que usava a cumplicidade
distante de John Lennon
para sua luta solitária .
Ele tocava, "de algum lugar
do Mediterrâneo", alto
e bom som a música "Give
Peace a Chance", de
Lennon; sem chance.
Seu nome era Abie
Nathan, e uma vez pilotou
um avião até o inimigo Egito
para pedir paz. Foi
derrubado, sobreviveu
e acabou seus dias com
maratonas de "Give
Peace a Chance". Ele estava
fazendo a parte dele.
Minha vontade de ser
neutro está abalada.
Os números não me
permitem; os números não
são neutros nesta conta, que
nos deixa com a amargura
da impotência, sem
saber o que fazer.
Tenho grandes amigos,
quase irmãos, de famílias de
origem judaica, que eu, filho
único, escolhi para serem
meus irmãos e que sempre
me aceitaram como irmão.
Um deles, o mais querido,
um dos mais importantes
jornalistas da sua geração,
trabalhador em um
kibutz na juventude
e depois habitante de
Tel Aviv por muitos anos, me
explicou como é a política
israelense: "O pequeno
Israel é a maior democracia
do mundo", disse-me. E
explicou: "Você encontra
3 israelenses conversando
sobre política numa
esquina, e dali a 3 minutos
tem 5 brigas feias".
Definição perfeita, tanto
quanto entendi. Israel é uma
democracia quase perfeita,
os representantes do
povo votam e aprovam
ou recusam o que o Estado
deve fazer.
Mas cansei de quase
chorar ao ler os jornais
da manhã e procurei outros
motivos de canseiras.
Cansei do Ibope e do
DataFalha dando a Dilma
despencando nas
pesquisas, mas reeleita;
cansei do IBGE dando um
Pibinhão de 1,8%, quando
até o Dunga sabe que o
Pibinho é de menos de 0,9 %.
Sabemos que as 3 maiores
mentiras do mundo são: a
Grande Mentira, a Pequena
Mentira e a Estatística.
A Estatística é a ciência
que permite que eu coma
um frango por dia, você
não come nenhum e cada
um de nós terá comido meio
frango por dia. Acho que é
por aí que se explica como o
IBGE faz um Pibinho de 0,9%
virar um Pibinhão de 1,8%.
Cansei de saber que
livraram as carantonhas
da Dilma e de mais 9
cumpanheros no trambique
sem vergonha do Um
Bilhão e Duzentos Milhões
de Dólares da Refinaria
Pasadena. Felizmente, o
TCU colocou o do Grabrielli
na reta . Quem sabe, com
medo, ele usa Pasadena
pra jorrar a verdade sobre
a Refinaria de mentira?
Cansei de ver
baderneiros terroristas se
autodenominarem "presos
políticos" e, aliados do
PSol do Rio de Janeiro,
exigindo liberdade pra
fabricar bombas caseiras
e coquetéis Molotv. Não
merecem a paz em que
temos a fortuna de viver, por
passarem suas covardes
vidas mascarados,
querendo rompê-la.
Olhem para o Oriente Médio
e vejam se aprendem
alguma coisa.
Cansei e me desculpe por
estar cheio desse monte de
lixo que nos cerca. Por isso,
tiro este momento pra curtir
a Marina, minha netinha
mais nova, 6 meses e meio
agora, já fazendo algumas
pequenas artes que o vô
babão entende como
se ela estivesse falando
comigo. E está.
Quando me vê, sorri
aquele sorriso banguela e
eu, caindo pra trás de
alegria, faço cosquinha na
bochecha gordinha e falo,
com toda idiotice do mundo:
"Cadê o sorriso do vovô"? e
ela sorri.
Para minha alegria, minha
filha e meu genro têm
uma casinha que está em
reforma – e enquanto isso
ficam na minha casa. O que
eles não sabem é que
suborno o empreiteiro por
baixo do pano, pra que a
obra vá atrasando – daí a
Marina fica mais tempo na
minha casa.
Nada há de mais alegre no
mundo do que esse serzinho
que já rola na cama, dorme
no colo e detesta ir para
o berço. Minha filha, ex-
baladeira e agora mãezona
tipo mama italiana, carrega
uma filha que adora
passar as noites na balada,
baladeira que é por DNA.
Mesmo assim, grita nos
meus ouvidos a pergunta
que não quer calar:
quantos palestinos terão
morrido desde que comecei
a escrever este texto?
NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
Dilma é obrigadaa ouvir coro pró-
Campos em velórioPresidente esteve no Recife para as últimas homenagens a Ariano Suassuna
Oclima de comoção
no velório do escri-
tor Ariano Suassu-
na não impediu que
a presidente Dilma Rousseff
passasse por um vexame. Ao
chegar ao Palácio das Prince-
sas, sede do Governo do Esta
do de Pernambuco, o público
presente cantou a música
"Madeira do Rosarinho". A
canção é bastante conhecida
pelos pernambucanos por se
tratar de uma marcha dos an-
tigos carnavais recifenses. A
música passou a ser cantada
por Ariano Suassuna sempre
que se fazia presente nos co-
mícios de Eduardo Campos na
campanha para governador.
Eduardo Campos e Aria-
no Suassuna sempre foram
próximos desde que o ex-
governador de Pernambu-
co era criança. O escritor foi
casado com Zélia Suassu-
na, tia da esposa de Eduar-
do, Renata Campos.
A presidente Dilma Rous-
seff compareceu ao velório
acompanhada do governa-
dor da Bahia, Jaques Wag-
ner (PT), e do ministro do Es-
porte, Aldo Rebelo. Tam-
bém estavam presentes o
senador Humberto Costa e
integrantes da chapa majo-
ritária que vai disputar o go-
verno de Pernambuco con-
tra o candidato de Campos,
Paulo Câmara (PSB). O PT
apoia o senador Armando
Monteiro Neto.
De roupa escura, passou
40 minutos no local, onde
cumprimentou a viúva, Zé-
lia, e os filhos do escritor.
Ela também trocou um frio
aperto de mão com o presi-
denciável Eduardo Campos
(PSB), seu adversário na su-
cessão presidencial, e de
quem Suassuna foi secre-
tário de Cultura e assessor
especial – além de o mais
notável cabo eleitoral, nas
duas campanhas do socia-
lista ao governo de Pernambu-
co, em 2006 e 2010.
O velório foi marcado não só
pela presença de autoridades
e fãs, mas também daqueles
que ele mais defendeu e valo-
rizou em vida: os artistas po-
pulares. Rabequeiros, repen-
tistas, brincantes do maraca-
tu de baque solto (também
chamado de maracatu rural) e
do maracatu de baque virado
estiveram no local com batu-
ques e loas ao escritor. "Ele
deixa o carinho do povo como
última herança", disse uma
das filha, Maria das Neves.
À frente do Maracatu Piaba
de Ouro, Maciel Salu organiza-
va os caboclos de lança do fol-
guedo, que dividiram o espaço
com os soldados em traje de
gala do palácio.
Amigo de Suassuna, e res-
ponsável por ter levado "A Pe-
dra do Reino" para a tela da TV
Globo, o diretor Luiz Fernando
Carvalho confirmou que está
preparando uma nova adap-
tação, desta vez de "A história
de Amor de Fernando e Isau-
ra", já para 2015.
Integrante de grupos cultu-
rais que tiveram origem no
Movimento Armorial, o instru-
mentista Antúlio Madureira
reforçava o legado: "Vamos
tentar seguir o caminho dele
na cultura e na estética da vi-
da". (Agências)
Diego Nigro/JC Imagem/EC
Frio apertode mão entre opresidenciável
EduardoCampos (PSB)e a presidente
Dilma Rousseffontem no
velório doescritor Ariano
Suassuna, noRecife (PE).
PMDB paulista vaiapoiar presidente,mesmo sem Skaf.
Aresistência do
candidato a
governador de São Paulo
pelo PMDB, Paulo Skaf, a
abrir espaço em seu
palanque para a
presidente Dilma Rousseff
(PT) desagradou a
prefeitos e lideranças do
partido no Estado. Com o
aval do presidente de
honra do PMDB, Michel
Temer – vice na chapa de
Dilma à reeleição –, eles
prometem embarcar na
campanha da petista e
produzir, por conta
própria, material eleitoral
para a dobradinha.
O apoio do PMDB,
segundo partido que mais
elegeu prefeitos em 2012
(89), é estratégico para
Skaf disputar votos com o
governador Geraldo
Alckmin (PSDB) no interior.
O candidato do PT,
Alexandre Padilha, voltou a
dizer ontem que não vê
risco no palanque duplo
em São Paulo. (EC)
Malufp ro c u r a d o
pela Interpol
Oministro da Justiça,
José Eduardo Car-
dozo, enviou um comu-
nicado para o governo
dos EUA perguntando a
respeito da possibilida-
de de o deputado federal
Paulo Maluf (PP-SP), alia-
do da administração fe-
deral do PT, ser ouvido
no Brasil sobre um pro-
cesso no qual está rela-
cionado na Justiça norte-
americana.
Maluf está citado num
caso de evasão de divisas
–o queele nega–ea Justi-
ça dos EUA o trata como
foragido. Desde 2009, a
Interpol exibe em seu site
uma foto de Maluf como
" p ro c u r a d o " . (Agências)
Eduardo e Marina buscam 'petista arrependido'Coordenador diz que ideia é essa, já que o "antipetista radical" tende a votar em Campos. Jovens e evangélicos têm ligação com Marina.
Reprodução DC
Material de campanha exibido no Facebook de Eduardo Campos
Ocoordenador da
área de internet e
redes sociais da
campanha do pre-
sidenciável Eduardo Campos
(PSB) e de sua vice Marina Sil-
va, Caio Túlio Costa, disse on-
tem que o público alvo da cam-
panha nas redes é o "petista
arrependido", não o "antipe-
tista radical".
Em palestra no 9º Congres-
so Internacional de Jornalismo
Investigativo, na capital pau-
lista, Costa disse que a campa-
nha não consegue fugir de dis-
cursos genéricos, pois tem de
falar com diversos públicos na
internet, mas que é possível
"modular" as mensagens para
atingir públicos prioritários
como o "petista arrependido",
os jovens e os evangélicos:
"Não tem muito como fugir do
risco de generalizar, mas não
quer dizer também que você
não pode modular".
Xico Graziano, coordenador
de redes sociais da campanha
do candidato tucano Aécio Ne-
ves, avisou pouco minutos an-
tes que não poderia participar
da palestra, como planejado.
E Franklin Martins, que coor-
dena a área na campanha pe-
tista de Dilma Rousseff, não
a p a re c e u .
Costa preferiu não detalhar
a estratégia de como "modu-
lar" o discurso nas redes e
quais canais usar para atingir
determinados públicos. Ele
defendeu apenas que existem
ferramentas para atingir o
"petista arrependido", já que o
"antipetista radical" natural-
mente tende a votar no candi-
dato do PSDB. Jovens e evan-
gélicos são públicos com os
quais Marina tem uma intera-
ção já desde a campanha de
2010 –da qual Caio Túlio Costa
já havia participado na área de
mídias sociais.
Segundo ele, há um poten-
cial muito importante das re-
des na campanha de 2014. Ele
citou um artigo que ele publi-
cou sobre a campanha de Ma-
rina em 2010 que mostrou
que, dos 19 milhões de votos
que a candidata obteve no 1º
turno, 12,5 milhões foram
conquistados com ajuda da in-
ternet. "Neste ano, dá pra gen-
te falar com ainda mais gen-
te", disse ao estimar que em
2010 havia cerca de 50 mi-
lhões de internautas contra
aproximadamente 100 mi-
lhões hoje.
Costa estima ainda que pra-
ticamente a metade do eleito-
rado brasileiro está conectado
– sem levar em conta os inter-
nautas mirins, crianças que
podem conversar com pais e
avós sobre política. Para uma
campanha, como a de Eduar-
do e Marina, que está em 3º
nas pesquisas e que tem pou-
co tempo de rádio e tevê, Cos-
ta avalia que a internet tem
papel ainda mais central. "In-
veste-se primordialmente em
internet para de alguma forma
compensar o tempo que você
não tem de televisão."
Na palestra, Costa explicou
que a campanha nas redes ba-
sicamente funciona com três
ferramentas principais: os si-
tes oficiais, que são como uma
"casa" com as informações
mais gerais; as redes sociais,
com os perfis dos candidatos
que permitem a interação
mais "informal"; e a frente de
arrecadação de fundos, que
permite disseminar a fonte de
recursos de uma campanha
para pessoas físicas – ain da
muito incipiente no Brasil.
Questionado sobre o pouco
alcance dessa ferramenta na
campanha de Marina em 2010
e na campanha atual, Costa
atribuiu a uma "questão cultu-
ral" que deve ser tratada com
cuidado no Brasil. Mas defen-
deu ser sim um caminho a ser
explorado e com potencial de
c re s c i m e n t o.
Costa disse que a equipe de
redes sociais da campanha
pessebista tem trabalhado
com os conceitos de descen-
tralização e informalidade de
discurso. Segundo ele, a bus-
cada interação "informal" per-
mite que o discurso se disse-
mine na rede, por exemplo,
por meio de pessoas que inte-
ragem no Twitter com segui-
dores e acabam atingindo se-
guidores de seguidores de se-
guidores. "Isso já vira comuni-
cação de massa, é isso que a
gente quer."
Costa foi questionado se tal
descentralização não pode
acarretar mais erros de estra-
tégia nas redes sociais, como
no caso em que Campos publi-
cou uma foto em um jatinho
vindo para São Paulo quando
ocorria uma greve da PM que
gerou caos em Recife e aca-
bou retirando a foto do ar para
evitar as interações críticas. O
coordenador se defendeu di-
zendo que não estava à frente
da estratégia digital na época,
mas que prefere esse risco a
centralizar o comando.
No rotina, Costa relatou que
a decisão final é sempre dos
candidatos. "Eduardo dita,
Marina dita, a gente escreve,
propõe, eles mudam, mas a
palavra final é sempre deles",
disse. (Estadão Conteúdo)
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6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
Há uma tentativa de partidarizar o problema [da Santa Casa].Arthur Chioro, ministro da Saúde
Campanha deAécio evita
mix de santinhosSó os comitês serão suprapartidários, o material de campanha, não.
Ocandidato a presi-
dente Aécio Neves
(PSDB) vai replicar
a tática de criação
de comitês suprapartidários,
adotada no Rio de Janeiro, em
outros seis Estados onde tem
o apoio de dissidentes do
PMDB e do PSB.
Para evitar problemas com
a Justiça Eleitoral – já que
PMDB e PSB apoiam Dilma
Rousseff (PT) e Eduardo Cam-
pos (PSB), respectivamente,
na disputa nacional –, a cam-
panha tucana não usará a ima-
gem de candidatos a governa-
dor desses partidos na campa-
nha de Aécio. Fará uma distri-
b u i ç ã o c o n j u n t a , m a s
separada, dos "santinhos". Is-
so acontecerá em Pernambu-
co, Ceará, Piauí, Espírito San-
to, Rio Grande do Norte e San-
ta Catarina.
Em São Paulo, Campos pro-
duziu folhetos com a imagem
dele e do governador tucano
Geraldo Alckmin.
A campanha de Aécio optou
pela distribuição casada do
material. Ou seja, em Pernam-
buco, o "santinho" de Aécio se-
rá entregue junto com o do
candidato a governador Paulo
Câmara (PSB), que apoia
Campos, mas tem o PSDB em
sua coligação no Estado. As-
sim como no Rio, com material
d e Lu i z Fe rn a n d o Pe z ã o
(PMDB) e de Aécio. No Ceará, o
mesmo se dará com o candi-
dato do PMDB, Eunício Olivei-
ra, e em Santa Catarina, com o
governador Raimundo Colom-
bo (PSD).
"Se eles (PSB) estão tirando
casquinha do governador Ge-
raldo Alckmin em São Paulo,
vamos fazer um trabalho se-
melhante em outros Estados",
disse o coordenador geral da
campanha de Aécio, senador
Agripino Maia (DEM-RN).
Ontem, Aécio se reuniu na
capital paulista com o candi-
dato peemedebista ao gover-
no capixaba, Paulo Hartung, e
o senador Ricardo Ferraço
(PMDB) para acertar a parce-
ria com ela no Estado. Na se-
gunda-feira, haverá reunião
em um hotel em SP com todos
os 27 coordenadores regio-
nais de campanha.
DILMÃONo Rio, nove dos dez prefei-
tos dos municípios fluminen-
ses com o maior número de
eleitores declararam apoio ao
movimento "Dilmão"–Dilma e
Pezão. O "Dilmão" promoveu
ontem um jantar com cerca de
300 convidados em uma chur-
rascaria em São João de Meriti,
Baixada Fluminense, como
resposta ao lançamento no es-
tado da candidatura de Aécio,
semana passada, em Queima-
dos, também na Baixada. O
evento foi o pontapé inicial da
campanha de Dilma no Rio.
Segundo o prefeito de Du-
que de Caxias, Alexandre Car-
doso (sem partido), da coorde-
nação do "Dilmão", as nove ci-
dades com prefe i tos que
apoiam Dilma – Rio, São Gon-
çalo, Caxias, Nova Iguaçu, Ni-
terói, Campos, Belford Roxo,
São João de Meriti e Volta Re-
donda – são 65% do eleitora-
do. " Não estamos preocupa-
dos em lotar a churrascaria,
queremos mostrar a adesão
de prefeitos. Vamos apresen-
tar prestação de contas de Dil-
ma no estado e mostrar a im-
portância da reeleição", disse
Cardoso, em alusão ao almoço
do movimento "Aezão" que
reuniu 1.800 pessoas no Rio.
Para evitar problemas com
os demais candidatos ao Palá-
cio Guanabara da base aliada
da presidente Dilma, a coorde-
nação da campanha de Dilma
promoverá eventos com Lind-
bergh Farias (PT), Marcelo Cri-
vella (PRB) e Anthony Garoti-
nho (PR). (Agência Globo)
Se eles (PSB) estãotirando casquinhade Geraldo Alckmin,vamos fazerum trabalhosemelhante emoutros Estados.AGRIP INO MAIA
'Dilma, ande comigo', diz Garotinho.Pezão, Garotinho, Crivella e Lindbergh dividirão palanque com Dilma
Amenos de 10 Km da
churrascaria onde a
presidente Dilma Rous-
seff (PT) e o candidato ao Palá-
cio da Guanabara Luiz Fernan-
do Pezão (PMDB) se reuniram
ontem com prefeitos da Baixa-
da Fluminense, o candidato
Anthony Garotinho (PR) cum-
priu agenda de campanha, ,
na Praça da Matriz. Apesar da
proximidade, o candidato do
PR ao governo do Rio negou
que a escolha tenha sido al-
gum tipo de provocação ao
movimento 'Dilmão' – que de-
fende no Rio as candidaturas
de Dilma e Pezão.
Após ter pleiteado um en-
contro com Dilma, Garotinho
afirmou que interlocutores da
presidente já prosseguiram
com a negociação para conci-
liar as agendas. A proposta é
que Dilma e Garotinho se reú-
nam no sábado ou domingo da
próxima semana. "A minha
proposta de agenda para Dil-
ma é que ela ande comigo na
rua, porque eu não faço even-
to fechado, como o Pezão. Co-
mo ele não pode sair nas ruas,
fica marcando jantar, encon-
tro fechado, esse tipo de coi-
sa", alfinetou Garotinho.
Hoje o coordenador geral da
campanha de Dilma, Rui Fal-
cão, deve se encontrar com os
outros três candidatos da base
aliada: Garotinho, Lindbergh
Farias e Marcelo Crivella.
Segundo pesquisa recente
do Datafolha, os eleitores que
declaram voto em Garotinho
para governador do Rio estão
divididos entre os presiden-
ciáveis Dilma e Pastor Everal-
do (PSC). (Agência Globo)
Aeroporto já motivou ação deimprobidade administrativa do MP
Oaeroporto da fazenda
que pertenceu ao ex-
prefeito Múcio
Guimarães Tolentino, tio-avô
do senador e presidenciável
Aécio Neves, já era alvo do
Ministério Público muito
antes de o tucano destinar
R$ 13,9 milhões do governo
mineiro para construir ali
uma pista de asfalto.
Múcio é réu em ação de
reparação de danos ao erário
por ter usado verba pública,
também do governo mineiro,
para abrir uma pista de terra
batida no local em 1983.
A partir daquele ano o
então governador, Tancredo
Neves, avô de Aécio, fez
repasses para a prefeitura de
Cláudio, então dirigida por
Múcio, seu cunhado. O
dinheiro, cerca de Cr$ 30
milhões, foi usado na fazenda
do próprio Múcio para a
construção do aeroporto com
pista de terra batida.
Em 2009, quando Aécio era
governador, o Estado de
Minas voltou a investir na
fazenda. Desapropriou o
terreno do aeroporto e injetou
R$ 13,9 milhões na
construção de uma pista de
asfalto no local. O aeroporto
ainda não tem autorização da
Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) para funcionar,
mas, segundo relato de um
parente de Aécio, o candidato
tucano já pousou e decolou
dali várias vezes.
Aécio, suas irmãs e sua
mãe também têm uma
fazenda em Cláudio, a cerca
de 6 km do aeroporto. Múcio,
contesta o valor de R$ 1
milhão oferecido pelo Estado
de Minas pela desapropriação
da área e Aécio nega
irregularidades nas obras.
A ação civil sobre o repasse
de verba pública para a
construção da pista de terra
foi apresentada pelo MPE em
2001, pedindo o bloqueio de
bens de Múcio, a quebra de
sigilo bancário e a
condenação do ex-prefeito
por improbidade, além do
ressarcimento de danos.
Os pedidos foram
atendidos, mas, segundo o
Tribunal de Justiça de Minas, a
maior parte das acusações já
prescreveu. A exceção é a
reparação de danos ao erário,
pena que ainda pode ser
imposta a Múcio.
Segundo o MP, a obra foi
feita sem licitação, por meio
do convênio 971/83, firmado
entre Tancredo e Múcio.
Conforme a promotoria, o
"dinheiro estadual para
construção do Campo de
Aviação veio pela ordem da
autoridade de Tancredo de
Almeida Neves, governador
do Estado neste período".
A ação diz que vereadores
do município tentaram
buscar a documentação
relativa ao caso e
constataram que os recursos
foram pagos à Construtora
Brasil S/A, mas não houve
prestação de contas dos juros
da conta, que não aparecem
nos extratos de pagamentos
e duplicatas relativos ao
convênio. (EC)
H O S P I TA I S FILANTRÓPICOS
Ministro do STF suspende dívidada Santa Casa de Maceió
Situação dos hospitais do País vem à tona por paralisação da Santa Casa de SP
Oministro Ricardo
Lewandowski, do
Supremo Tribunal
Federal (STF), suspendeu
dívida de R$ 6 milhões da
Santa Casa de Misericórdia
de Maceió com a União. Na
decisão, o ministro entendeu
que a execução imediata do
débito, sem decisão
definitiva, colocaria em risco
o atendimento à população. A
decisão vale até que o mérito
da liminar seja julgado.
Por determinação do
Tribunal de Contas da União
(TCU), a Santa Casa foi
condenada a devolver aos
cofres públicos R$ 6 milhões
(valor atualizado), por
irregularidades na aplicação
dos recursos do Sistema
Único de Saúde (SUS), em
2001 e 2002.
No recurso, os advogados
alegaram que uma decisão
da Justiça de Alagoas,
assinada em 2004,
homologou um acordo entre
a Santa Casa e o município de
Maceió para pagar o débito,
na época, R$ 1,2 milhão.
A situação dos hospitais
filantrópicos em todo o País
veio à tona por causa da
paralisação no atendimento
da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo,
que interrompeu, segunda-
feira, o serviço de pronto-
socorro devido à falta de
dinheiro para compra de
materiais hospitalares.
Anteontem, a Secretaria
Estadual de Saúde de São
Paulo repassou R$ 3 milhões
à Santa Casa e o atendimento
voltou ao normal. A dívida
soma R$ 400 milhões.
Uma das possibilidades
para aumentar a arrecadação
dos hospitais filantrópicos do
País é serviço em que o
paciente paga uma diferença
em dinheiro para melhorar o
tipo de acomodação e para
contratar um profissional de
sua preferência. A prática
conhecida como "diferença
de classe", está proibida
desde 1991 e será julgada
pelo STF.
O ministro Dias Toffoli é o
relator do processo, que
ainda não tem data para ser
julgado. (Agências)
Chioro e Alckmin trocam acusaçõesÉ o que afirma o ministro da Saúde, rebatendo Alckmin que culpou a União.
Oministro da Saúde,
Arthur Chioro, rebateu
as críticas do
governador Geraldo Alckmin
(PSDB) e disse que o governo
de São Paulo deixou de
transferir para Santa Casa de
São Paulo R$ 74,7 milhões
que foram repassados pelo
governo federal entre janeiro
de 2013 e maio deste ano.
"Há uma tentativa de
partidarizar o problema.
Talvez as afirmações do
governador sejam uma
maneira de transferir para o
ministério a responsabilidade
sobre a crise", afirmou.
Chioro disse que a
diferença entre o que foi
repassado pelo governo
federal para o Estado e o que
o governo paulista
efetivamente entregou para
a Santa Casa foi identificada a
partir de informações da
Secretaria de Saúde de SP.
Segundo ele, em 2013, o
governo federal destinou
para cofres paulistas
R$ 291.390.567,11. Mas
desse total, R$ 237.265.012
teriam sido entregues pelo
governo de SP para SC.
Este ano, dos R$ 126,3
milhões transferidos pelo
ministério, R$ 105,76 milhões
chegaram à
instituição federal.
Chioro informou que soube
das dificuldades da Santa
Casa na terça-feira, uma hora
antes de a instituição
interromper o atendimento
de emergência. "Recebi com
perplexidade tal informação.
Assumi dia 2 de fevereiro,
nunca fui procurado para
debater sobre a crise".
Ele descartou a
possibilidade de a crise ter
como ponto de partida a falta
de reajuste na tabela SUS
para procedimentos. "A
Santa Casa recebe 101% a
mais do que essa referência.
Há incentivos. Estamos em
dia com repasses". Segundo
ele, R$ 74,7 milhões sanam a
dívida: " O que não se pode
fazer é usar o tema como
disputa política". (Agências)
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
DIÁRIO DO COMÉRCIO:ONDE SEU NEGÓCIO ATINGE QUEM PRECISA!
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O ministro partiu de um pressuposto falso, que repetido, passou como se fosse verdadeiro.Edson Ribeiro, advogado de Nélson Cerveró.
Cerveró vai responsabilizar DilmaDefesa de ex-diretor da Petrobras afirma que a presidente do conselho na época (então Dilma) deveria ter solicitado mais informações sobre a compra de Pasadena.
Apresidente Dilma
Rousseff será o alvo
da defesa do ex-dire-
tor da Petrobras,
Nestor Cerveró, em sua argu-
mentação contra a decisão do
Tribunal de Contas da União
(TCU) de responsabilizar a anti-
ga diretoria pela compra da re-
finaria de Pasadena em condi-
ções desfavoráveis à estatal.
Presidente do conselho de
administração da empresa na
época da decisão de compra
da usina, Dilma foi inocentada
de qualquer responsabilidade
pelo Tribunal, que considerou
que a presidente não teve o
acesso devido às informações
sobre as condições do contra-
to. Em contrapartida, na quar-
ta-feira, o TCU responsabili-
zou os diretores pela aquisi-
ção e decidiu pelo bloqueio
dos seus bens.
O argumento do advogado
de Cerveró, Edson Ribeiro, é
que, pelo estatuto da empre-
sa, o conselho de administra-
ção é o único responsável por
qualquer aquisição. Ele cita
trechos do estatuto que exi-
gem do presidente do conse-
lho tomar conhecimento dos
detalhes das negociações. "O
presidente do conselho pode
pedir esclarecimentos sobre
os contratos. O resumo execu-
tivo é meramente uma apre-
sentação, um suplemento ao
que é obrigatório".
Dilma, em resposta à repor-
tagem do jornal O Estado de S.Pa u l o , de março deste ano, dis-
se não ter sido informada de
cláusulas do contrato consi-
deradas inapropriadas. São
elas a de Put Option, que prevê
que, em caso de desentendi-
mento entre os sócios, a Petro-
bras seria obrigada a adquirir
a totalidade das ações da refi-
naria; e a Marlim, que determi-
na que a Astra Oil, então sócia
da estatal na usina, teria a ga-
rantia de retorno financeiro de
6,9% ao ano.
"O ministro relator foi indu-
zido ao erro. Ele partiu de um
pressuposto falso, que inúme-
ras vezes repetido, passou co-
mo se fosse verdadeiro. É falsa
a declaração de Dilma de que
o resumo executivo das condi-
ções de compra de Pasadena
era técnica e juridicamente fa-
lho. Essa argumentação aca-
bou responsabilizando quem
não deveria ser responsabili-
zado, os diretores", argumen-
tou Ribeiro.
Ele diz que a diretoria, na
época, encaminhou a docu-
mentação sobre as condições
do contrato à secretaria-geral
da Petrobras, que tem como
obrigação encaminhá-la ao
conselho para apreciação. E
contesta: "Se a secretaria não
encaminhou, os conselheiros
não poderiam ter decidido pe-
la compra".
Além de atacar o conselho
de administração da Petro-
bras, o advogado de Cerveró
centrou fogo também no mi-
nistro José Jorge, relator do
processo no TCU. Por meio de
petição apresentada ontem,
ele tentará invalidar a decisão
do Tribunal de responsabilizar
os diretores, com o argumento
de que o ministro não poderia
ocupar a posição de relator,
por já ter sido membro do con-
selho da Petrobras.
"Ele foi presidente do con-
selho de administração da Pe-
trobras em 2001 e 2002, tem
interesses em sua decisão.
Não basta o julgador ser um
homem honesto e íntegro. Ele
precisa parecer. Para isso, não
deveria ser julgador", disse Ri-
b e i ro. (Estadão Conteúdo)
Divulgação
Pasadena, esse imbróglio estoura em época de eleições, exatos oito anos mais tarde.
Ed Ferreira/Estadão Conteúdo
É falsa a declaraçãode Dilma de que oresumo executivodas condições decompra dePasadena eratécnica ejuridicamente falho.EDSON RIBEIR O, A DVO G A D O
Defesas individuais no novo processo
APetrobras divulgou na
tarde de ontem nota
sobre a decisão do
Tribunal de Contas da União
(TCU) que cita 11 gestores da
empresa em novo processo
sobre possíveis
irregularidades na compra da
refinaria de Pasadena, nos
Estados Unidos. De acordo
com a estatal, a decisão de
quarta-feira da corte de contas
prevê o início de um processo
"no qual será dada a
oportunidade, pela primeira
vez, de defesa individual de
cada um dos gestores
mencionados". A empresa
esclareceu ainda que o início
de um novo processo não
significa que o TCU "tenha
promovido neste momento
qualquer condenação
desses gestores".
Na quarta-feira, o plenário
do tribunal aprovou relatório
que aponta prejuízo de
US$ 792 bilhões à Petrobras
com a aquisição de Pasadena.
Na leitura do tribunal, os
possíveis responsáveis pelo
prejuízo seriam 11 diretores
da empresa na época do
negócio, entre eles o ex-
presidente da estatal, José
Sérgio Gabrielli, o ex-diretor
da área internacional, Nestor
Cerveró, e o ex-diretor de
abastecimento, Paulo
Roberto da Costa.
A culpa dos ex-dirigentes
será analisada em novo
processo, chamado de
tomada de contas especial
(TCE). Os bens dos diretores
listados no caso ficarão
bloqueados e, se confirmadas
as culpas, o tribunal pedirá o
ressarcimento dos valores à
Petrobras. Pela decisão do
TCU, ficam excluídos do novo
processo, inicialmente, os
membros do Conselho de
Administração da estatal na
época da compra de
Pasadena, entre eles a
presidente Dilma Rousseff.
Em nota, a Petrobras
confirma defesa apresentada
ao TCU em janeiro de 2014 e
afirma que no novo processo
"assegurará a defesa dos
seus gestores, presentes e
passados, quanto aos atos
decorrentes do exercício das
suas funções". (EC)
Parecer favorável à presidente
Os u b p ro c u r a d o r- g e r a l
da República,
Humberto Jaques
de Medeiros, considerou
como "improcedente"
representação dos
advogados da campanha
presidencial de Aécio Neves
(PSDB), que acusa a
presidente Dilma Rousseff de
ter feito propaganda eleitoral
antecipada em evento no
último dia 1º de julho.
Na ocasião, ela participou
de comemoração da marca
de 520 mil barris de petróleo
extraídos do pré-sal. Para os
advogados do PSDB, houve
promoção de sua imagem por
meio do elogio "à própria
atuação frente a demandas
junto à Petrobras" e ataque
"à gestão do grupo político
que seu principal adversário
representa nas eleições
gerais deste ano".
Para o subprocurador, que
atua na condição de auxiliar
da Procuradoria-Geral
Eleitoral, na solenidade
comemorativa da estatal,
apenas foi celebrado o
atingimento das metas.
"Não houve menção ao
pleito eleitoral, sequer
indiretamente, e tampouco
divulgação de candidatura",
afirma Medeiros no parecer.
"O fato de a chefe do
Estado, falando pela nação,
afirmar ter estado sempre
ao lado otimista e confiante
não denota exaltação pessoal
ou ênfase na sua condição
gerencial do País... no
presente caso, a chefe de
Estado prestou seu
testemunho sobre os
capítulos da história
empresarial que presenciou",
acrescenta em outra parte
do parecer o subprocurador.
O parecer será
encaminhado ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que
dará a palavra final sobre o
caso. (Estadão Conteúdo)
TSE
Sauer se diz 'perplexo' por serresponsabilizado pela compra
Em 2007, ele avisou: "petróleo é campo de dramáticas disputas (...) políticas".
Mesmo com a decisão
do Tribunal de Contas
da União (TCU) de
inocentar a presidente Dilma
Rousseff pelo prejuízo de
US$ 792 milhões com a
compra da refinaria de
Pasadena quando ela era
presidente do conselho de
administração da Petrobras e
ministra de Minas e Energia,
o candidato a presidente
Aécio Neves (PSDB) pretende
manter as críticas durante
toda a campanha de que ela é
uma má gestora e focará na
"responsabilidade moral" da
petista sobre o caso.
"Existem muitos níveis de
responsabilidade. No sentido
jurídico, que implica em
ressarcimento ao dano, ela
foi inocentada. Mas e a
responsabilidade moral? Ela
não se reunia com a direção
da empresa para discutir
receita de bolo ou resultado
de futebol, né?", opinou o
candidato a vice na chapa
de Aécio, senador Aloysio
Nunes (PSDB-SP).
A ideia é mostrar, inclusive
na tevê, que a imagem de boa
gestora com a qual o ex-
presidente Lula recomendou
Dilma para emplacá-la como
sua sucessora na eleição
passada não se confirmou
não só nesses três anos de
governo, mas que nunca
existiu, nem mesmo quando
ela era ministra na gestão
anterior. A decisão de manter
a estratégia de abordar o
aspecto moral de Dilma
ocorre em meio ao primeiro
significativo questionamento
ético da campanha tucana:
a revelação de que Aécio,
quando governador,
desapropriou um terreno
dentro da fazenda de seu
tio e autorizou a construção
de uma pista para aviões
na propriedade rural, que
fica próxima também a
sua fazenda.
O coordenador nacional do
comitê de Aécio, senador José
Agripino (DEM-RN) explica os
argumentos. "Ela era vendida
pelo Lula como uma gestora
que participa e conhece
todos os pontos daquilo que
comanda, então essa
imagem falece com a
responsabilização, pelo TCU,
da equipe que ela manteve
em seu governo. Na
campanha, isso será
colocado para que o eleitor
não vote em gato por lebre".
A estratégia adotada por
Aécio continuará sendo a de
não personificar na
presidente, pois acreditam
que esse tipo de ofensiva
desagrada o eleitor. Portanto,
quando o tucano foca a
artilharia nos fracassos do
governo petista, isso inclui a
explicação do prejuízo de US$
800 durante a gestão do PT.
Perplexidade – O ex - d i re t o r
de Gás e Energia da Petrobras
Ildo Sauer disse ter ficado
"perplexo" com a notícia de
que havia sido
responsabilizado pelo
Tribunal de Contas da União
(TCU) pela compra, em
condições desfavoráveis, da
refinaria de Pasadena, no
Texas (EUA).
Especialista em energia
nuclear e atualmente
professor da USP, o ex-diretor
esteve na Petrobras no
período de 2003 a 2007.
Ao deixar a empresa,
divulgou uma carta na qual
ressaltou sua militância no PT
e, em tom de desagravo com
a sua saída inesperada,
afirmou que "o setor de
petróleo é um campo de
dramáticas disputas
econômicas e políticas".
Ele foi substituído pela atual
presidente da petroleira,
Graça Foster. (EC)
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
ONU: Brasil tem avanço tímido no IDH.País avançou só uma posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pelas Nações Unidas. Ficamos atrás da Argentina e Venezuela.
OBrasil subiu uma co-
locação no Índice
de Desenvolvimen-
to Humano (IDH)
2013. O relatório, divulgado
ontem pelo Programa das Na-
ções Unidas para o Desenvol-
vimento (PNUD), mostra o País
em 79º lugar entre 187 na-
ções. Com essa classificação,
o Brasil continua sendo consi-
derado como país de alto de-
senvolvimento humano.
Especialistas da ONU dizem
que o avanço discreto do Bra-
sil no ranking se deve à crise fi-
nanceira internacional que co-
meçou em 2008, à desigual-
dade de renda e ao crescimen-
to acelerado de países que só
agora começaram a criar polí-
ticas de combate à extrema
pobreza, como Ruanda.
Além do Brasil, apenas 37
países alcançaram uma colo-
cação melhor que no ano pas-
sado. No geral, o ranking do
PNUD retrata um período de
pouca mudança: 114 nações
mantiveram posições con-
quistadas em 2012 e outras 35
tiveram desempenho pior.
O pequeno crescimento ob-
tido pelo País, no entanto, se
perde quando se faz uma aná-
lise de um período maior. O re-
latório mostra que no período
entre 2008 e 2013 –período da
crise financeira internacional
–, o País caiu quatro posições.
Dentre os países do Brics (os
emergentes Brasil, Rússia, Ín-
dia, China e África do Sul), o
Brasil é o único que apresenta
a queda. No mesmo período, a
África do Sul subiu duas posi-
ções; Índia avançou uma, a
Rússia manteve a colocação.
Para o coordenador do siste-
ma das Nações Unidas no Bra-
sil, Jorge Chediek, o fato de o
Brasil ocupar apenas a 79° po-
sição no ranking, atrás dos vi-
zinhos Chile (41°), Argentina
(49°), Uruguai (50°) e Vene-
zuela (67°), é resultado de pro-
blemas históricos. "O passivo
é enorme. Não podemos es-
quecer que o Brasil apresen-
tou melhoras consistentes
nos últimos 30 anos", justifi-
cou. "Em 1980, a média de
tempo de escola do brasileiro
Do grupo, a China foi a que
mais cresceu, de acordo com o
relatório: 10 posições.
Três quesitos – De sen vol vi-
do há 24 anos pelo PNUD, o ín-
dice tem uma escala de 0 a 1.
Quanto mais próxima de um,
melhor a situação do país. O
Brasil alcançou índice 0,744.
Noruega, a primeira colocada,
0,944. O pior indicador foi do
Níger: 0,337. As notas são da-
das a partir da avaliação de
três quesitos: saúde, educa-
ção e rendimento.
Renato Costa/EC
Crítica: os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Arthur Chioro (Saúde) contestam os dados.
79ºcolocação é a
posição atual doBrasil no ranking doIDH, elaborado porprograma da ONU.São avaliados 187países. O primeiro
da lista é a Noruega.
era a de 2,6 anos e a expecta-
tiva de vida, de 62,7 anos."
O que garantiu ao Brasil
avançar uma colocação no
ranking, avaliou Chediek, foi a
educação. O relatório deste
ano mostra que uma criança
no Brasil tem expectativa de
estudar 15,2 anos, a melhor
entre os países do Brics. O Bra-
sil se destaca também na ex-
pectativa de vida ao nascer:
hoje de 73,9 anos.
Ministros – Três ministros do
governo Dilma questionaram
o relatório das Nações Unidas
que classifica o País como 79º
colocado no ranking do IDH,
afirmando que os indicadores
de saúde e educação estão de-
satualizados. Sem disfarçar a
irritação, eles apresentaram
um relatório alternativo em
que o Brasil subiria 11 posi-
ções, passando a figurar como
país de desenvolvimento hu-
mano muito alto. Participaram
da entrevista os ministros da
Saúde, da Educação e do De-
senvolvimento Social e Com-
bate à Fome.
O governo afirma que o IDH
brasileiro é 0,764, superior
aos 0,744 calculados pelo
PNUD. De acordo com os mi-
nistros, a esperança de vida ao
nascer do brasileiro é 74,8
anos, ao contrário dos 73,9
apontados pelo PNUD. Os
anos esperados de escolari-
dade são 16,3, em vez dos
15,2. No caso da esperança de
vida ao nascer, o governo afir-
ma que a ONU adotou dados
de 2010. O ministro da Saúde,
Arthur Chioro, citou ainda a re-
dução dos índices de mortali-
dade infantil no País. (EC)
FOGO, AREIA E ÁGUA – Um incêndio destruiu ontem uma metalúrgica em São Bernardo do Campo,no ABC paulista. Ninguém ficou ferido. Os bombeiros usaram areia, inicialmente, para combater ofogo porque a empresa trabalha com alumínio em pó, o que em contato com água produz gás tóxico.
Alessandro Valle/EC
Professor é preso por vandalismoe associação com os black blocs
Um professor de portu-
guês e inglês da rede
estadual, Jefte Rodri-
gues do Nascimento, de 30
anos, foi preso na manhã de
ontem pela Polícia Civil de São
Paulo suspeito de ter partici-
pado da depredação de uma
agência bancária durante
uma manifestação ocorrida
no dia 19 de junho em São Pau-
lo, convocada pelo Movimen-
to Passe Livre (MPL). A agência
depredada é do Citibank e fica
na Avenida Rebouças.
Segundo o diretor do Depar-
tamento Estadual de Investi-
gações Criminais (Deic), Wag-
ner Giudice, o professor con-
fessou ter depredado o banco.
O docente não tinha antece-
dentes criminais e foi preso
depois que foi expedido um
mandado de prisão temporá-
ria dele, com prazo de cinco
dias, por associação crimino-
sa e dano qualificado. As pe-
nas podem atingir entre qua-
tro e oito anos de reclusão.
A polícia apresentou a jor-
nalistas imagens que mos-
tram uma pessoa, de costas,
perto da agência bancária,
pronta para arremessar al-
gum objeto. "Ele viu as ima-
gens e confirmou que era ele",
disse o delegado.
S in i nh o – Um tumulto mar-
cou a libertação no Rio de Ja-
neiro dos ativistas Igor Pereira
D'Icarahy, Elisa Quadros Pinto
Sanzi, conhecida como Sini-
nho, e Camila Aparecida Ro-
drigues Jourdan, presos há 13
dias no Complexo Penitenciá-
rio de Gericinó, em Bangu, zo-
na oeste da cidade. Manifes-
tantes tentaram impedir que
fotógrafos registrassem a saí-
da dos ativistas do presídio.
A saída dos três ativistas
ocorreu 24 horas depois da
concessão do habeas corpus
pela Justiça do Rio. Um oficial
de Justiça chegou à unidade às
16 horas com o alvará de soltu-
ra para liberar os três manifes-
tantes. Sob aplausos e pala-
vras de ordem contra a im-
prensa e a polícia, cerca de 30
manifestantes aguardaram
durante todo o dia a saída dos
presos. O tumulto começou
quando Sininho seguia escol-
tada pelos manifestantes até
um carro. (Agências)
Mário Angelo/EC
Rodrigues: ataque ao Citibank.
Justiça manda comprarremédio a base de maconha
para garoto de 7 anos
Uma decisão da
Justiça obriga o
governo estadual de
São Paulo a fornecer para
um menino de 7 anos de
São Carlos, município do
interior paulista, um
medicamento que é
derivado da maconha. A
criança sofre com crises
convulsivas e o remédio,
cuja comercialização é
proibida no Brasil, precisa
ser importado de países
como os Estados Unidos.
A ação foi impetrada pela
Defensoria Pública e a
decisão, divulgada
somente ontem, foi
proferida no fim de junho. A
liminar obriga o Estado a
fornecer a medicação
Canabidiol (CBD), que é
uma substância química
encontrada na maconha e
que tem propriedades
médicas para tratar
diversas doenças que
afetam o sistema nervoso.
Para justificar o pedido,
foram anexados laudos
médicos ao processo,
mostrando que a criança
tem o problema desde os
seis meses de vida e já foi
submetida a diversos
tratamentos. Inclusive, os
remédios disponíveis no
mercado brasileiro foram
usados em dose máxima e
sem resultado satisfatório.
O menino tem todos os dias
cerca de 30 convulsões.
Licença especial – O uso do
Canabidiol foi
recomendado pela equipe
médica após esgotadas
todas as outras opções. O
problema é que, por ser
proibido no Brasil, somente
pode ser importado pela
Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) e,
ainda assim, mediante de
uma licença especial.
Para o defensor público
Jonas Zoli Segura, a decisão
é muito importante devido
à gravidade da patologia
que acomete o menino.
Segundo ele, recentemente
outra criança morreu nas
mesmas condições clínicas
enquanto aguardava a
importação do remédio.
A Justiça deu 30 dias de
prazo para que a decisão
seja cumprida, sob pena de
multa de R$ 500 por dia. A
Secretaria Estadual da
Saúde informou que vai
pedir um tempo maior para
cumprir a decisão. Isso em
razão de o Canabidiol não
fazer parte da lista definida
pelo Ministério da Saúde
para distribuição na rede
pública e por não ter
registro na Anvisa.
Pe s q u i s a – Um grupo de
professores de medicina da
Universidade de São Paulo
(USP) de Ribeirão Preto, que
estuda o Canabidiol desde
os anos 1970, divulgou um
documento em que pede a
legalização da substância
no Brasil. A utilização
controlada do Canabidiol
para fins médicos mostrou-
se eficaz também no
tratamento da fobia social
— um tipo de transtorno
psiquiátrico incapacitante,
que atinge cerca de 13%
dos brasileiros, segundo
pesquisa realizada no
Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto. Comprovou-
se que a substância
extraída da maconha
possui efeito ansiolítico,
reduzindo, sobretudo, o
medo de falar em público
em pessoas que possuem
fobia social.
A tese de doutorado do
pesquisador Mateus
Bergamaschi foi orientada
pela professora Regina
Queiroz e pelo professor
José Alexandre Crippa,
ambos da USP. (Agências)
Menino precisa do Canabidiol para tratar as crises de convulsão
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
UCRÂNIAMais 74 corpos devítimas do voo daMalaysia Airlinespartem à Holanda
N O RU E G APolícia reforçasegurança apósreceber alerta deataque terrorista
Com oBrasil, aguerra édiplomática.Itamaraty rebate crítica de Israel, que teriaqualificado o Brasil de 'anão diplomático' porchamar para consultas seu embaixador emTel-Aviv por causa do conflito na Faixa de Gaza.
Oministro das Rela-
ções Exter iores,
Luiz Alberto Figuei-
redo, rebateu on-
tem as declarações do porta-
voz da Chancelaria de Israel,
que teria chamado o Brasil de
"anão diplomático" ao criticar a
decisão do País de chamar para
consultas seu embaixador em
Tel-Aviv por causa da ofensiva
militar israelense contra a Faixa
de Gaza. Em evento em São
Paulo, o ministro também reba-
teu nota da Chancelaria israe-
lense que afirmou que a deci-
são brasileira ignorava o direito
de Israel de se defender.
"Somos um dos 11 países do
mundo que têm relações diplo-
máticas com todos os mem-
bros da ONU e temos um histó-
rico de cooperação pela paz e
de ação pela paz internacional.
Se há algum anão diplomático,
o Brasil não é um deles", disse o
ministro. "Não contestamos o
direito de Israel de se defender,
jamais contestamos isso. O que
contestamos é a desproporcio-
nalidade das coisas."
De acordo
com a agência
de notícias pa-
lestina Ma' anNews, 116 pa-
lestinos foram
m o r t o s p o r
ataques israe-
lenses em Ga-
za ontem, ele-
vando a 797 o
número de pa-
lestinos mor-
tos desde o
início da ofen-
siva; no mes-
mo período,
32 soldados
i sr a e le n se s
foram mortos
por foguetes
disparados desde Gaza.
Reação israelense - Mais ce-
do, o Ministério das Relações
Exteriores israelense havia
reagido às críticas feitas pelo
Brasil à postura de Israel no
conflito com os palestinos na
Faixa de Gaza. As autoridades
israelenses chamaram o País
de "anão diplomático".
"Essa é uma demonstração
lamentável de por que o Bra-
sil, um gigante econômico e
cultural, continua sendo um
anão diplomático", disse o
porta-voz Yigal Palmor, on-
tem, de acordo com o jornal
The Jerusalem Post.Em nota, o Ministério das Re-
lações Exteriores israelense
declarou estar "desapontado"
com a decisão do governo bra-
sileiro que, segundo o órgão,
"não reflete o nível das relações
entre os dois países e ignora o
direito de Israel se defender".
O documento diz ainda que a
atitude brasileira não contribui
para promover "a calma e a es-
tabilidade" no Oriente Médio e
que dá "vento favorável" ao ter-
rorismo, além de "naturalmen-
te afetar a capacidade do Brasil
de exercer influência".
"Israel espera apoio de seus
amigos em sua luta contra o Ha-
mas, que é reconhecido como
uma organização terrorista por
muitos países ao redor do mun-
do", afirma o documento divul-
gado no site do Ministério de
Relações Exteriores de Israel.
As declarações israelenses
seriam uma reação a uma no-
ta divulgada na quarta-feira
pelo Itamaraty na qual afirma
que o País considera "inaceitá-
vel" o conflito e chamou para
consultas o embaixador brasi-
leiro em Tel-Aviv, Henrique
Sard inha. "Condenamos
energicamente o uso despro-
porcional da força por Israel na
Faixa de Gaza, do qual resul-
tou elevado número de víti-
mas civis, incluindo mulheres
e crianças", dizia a nota da
Chancelaria brasileira.
Amigos - Figueiredo ressaltou
ontem que o fato de Brasil e Is-
rael serem países amigos não
os impede de discordar em al-
guns assuntos. Ele ainda lem-
brou que em comunicado divul-
gado na semana passada o país
já tinha condenado o Hamas
pelos ataques com foguetes a
Israel e que isso não mudou.
"Israel se queixa de que, na
última nota, não repetimos es-
sa condenação (ao Hamas). A
que já tínhamos feito perma-
nece. Isso se mantém. Não há
dúvida. Não pode haver dúvi-
da sobre isso", disse.
O chanceler acrescentou
que em ambas as notas o Bra-
sil pede um imediato cessar-
fogo para as duas partes, e
não só para Israel. (Agências)
Mohammed Saber/EFE
Palestinos observam escombros de uma casa destruída após um ataque aéreo israelense em Al Tufah, na Faixa de Gaza.
Se háalgumanãodiplomático,o Brasilnão é umdeles.LUIZ AL B E RTO
FIGUEIREDO
Nas ruas, o apoio é para Israel.Comunidade israelita de SP critica posição 'unilateral' do Itamaraty
Cerca de 500 pessoas,
segundo estimativa da
Polícia Militar (PM), par-
ticiparam na noite de ontem de
um ato convocado pela Fede-
ração Israelita de São Paulo a
“favor da paz e pelo direito de
Israel se defender”. O grupo
reuniu-se na Praça Cinquente-
nário de Israel, em Higienópo-
lis, bairro conhecido como um
reduto judeu na capital paulis-
ta. No início da atividade, os or-
ganizadores fizeram um apelo
para que, caso houvesse a pre-
sença de defensores do Hamas
–grupo islâmico que controla a
Faixa de Gaza –, os participan-
tes evitassem conflitos.
Em defesa de Israel, os mani-
festantes ergueram bandeiras
do país, fizeram orações e can-
taram. "A gente sente que exis-
te uma desinformação de parte
da sociedade de que Israel é
agressor, mas o que ele está fa-
zendo é se defendendo. Ne-
nhum Estado aceitaria ser ata-
cado por 2 mil mísseis em um
mês e não reagiria”, disse Ri-
cardo Berkiensztat, presidente
executivo da federação. Ele dis-
se que lamenta as mortes dos
civis, mas acredita que é legíti-
ma a ação do Estado judeu.
Para ele, o motivo para que
haja mais mortes entre os pa-
lestinos é o fato de que eles são
usados como escudos huma-
nos pelo Hamas, além da gran-
de densidade populacional.
Berkiensztat criticou a posi-
ção do governo brasileiro em
considerar que há "uso des-
proporcional da força" por par-
te de Israel, conforme declara-
ção do Itamaraty.
"O Brasil sempre primou pelo
equilíbrio e foi um país respeita-
do por todos os lados, que não
toma partido em uma disputa.
Com uma posição unilateral
perde essa condição e, pior, im-
porta um conflito que não é nos-
so", apontou. Ele teme que isso
possa acirrar os ânimos entre
árabes e judeus no Brasil. (ABr)
'Vou, masvolto na semana
que vem.'
Moisés Rabinovici*
Chamado de volta aoBrasil, o embaixadorbrasileiro em Israel me
disse, a caminho do aeroportode Tel-Aviv: "Vou, mas volto nasemana que vem... O Itamaratyquer só mostrar irritação com ogoverno israelense".
O embaixador era Vasco Mariz;o chanceler, Azeredo da Silveira;e o presidente, Ernesto Geisel.O motivo: o jornal E stadão e s t avapublicando uma série dereportagens sobre o envio deurânio para o Iraque de SaddamHussein, em junho de 1981.
A denúncia do E stadão,também publicada pelo TheG uardian, em Londres, eraassinada pelo jornalistaBernardo Kucinski. Outro jornalbrasileiro, porém, publicou quea informação não passava deuma intriga do Mossad, oserviço secreto israelense.
O Brasil, nessa época, prezavatanto os negócios com o Iraqueque não vendia mais carros nem
ônibus para Israel. Mesmo aajuda gratuita israelense paraflorescer o Nordeste brasileiro,como fez com o deserto doNegev, acabou desprezada.
Os negócios Brasil-Israelincomodavam o mundo árabe.Para dar uma demonstraçãode "independência", ochanceler Azeredo da Silveiraaproveitou a informação deque o Mossad espalhava a"fofoca" do urânio para umaexplosão atômica diplomática.
A verdade era outra, comodepois soube pelo próprioembaixador Vasco Mariz. Haviaalgum tempo que o Itamaratyqueria protestar contra Israel.Mas as vezes em que tomou adecisão faltou-lhe oembaixador, em férias no Brasilou ocupando o posto emChipre, que acumulava.
A notícia do envio de urânioenriquecido para o Iraque, noE stadão, saiu com fotos deaviões iraquianos estacionadosem área isolada nos aeroportosdo Rio e São Paulo. "Talvez issotenha levantado a suspeita",disse Vasco Mariz de volta aIsrael duas semanas depois deter partido.
(*Moisés Rabinovici foicorrespondente em Israel)
Nem escolada ONU époupada
Newton Santos/Hype
Manifestantes fazem ato em São Paulo pelo direito de Israel de se defender diante dos ataques palestinos
Pelo menos 17 civis mor-
reram ontem, entre
eles várias crianças, e
mais de 200 ficaram feridos
em um bombardeio que atin-
giu uma escola da Organiza-
ção das Nações Unidas (ONU)
em Beit Hanoun, no norte da
Faixa de Gaza. Testemunhas
no território palestino disse-
ram que os projéteis proce-
diam de Israel, enquanto o
Exército do país assegurou
que os mísseis foram lançados
pelo grupo islamita Hamas.
O secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, se disse horro-
rizado com o ataque. "Muitos
têm sido mortos, incluindo
mulheres e crianças, assim
como funcionários da ONU",
disse ele em comunicado.
"As circunstâncias ainda não
estão claras. Eu condeno for-
temente este ato."
Mais tarde, Ban chegou ao
Egito onde teria uma reunião
com o secretário de Estado
norte-americano, John Kerry,
que tem trabalhado para se
chegar a um cessar-fogo.
O porta-voz de Kerry disse
que o ataque contra a escola
"destaca a necessidade de
acabar com a violência".
Mas não havia sinal de pro-
gresso na obtenção de uma
trégua após quatro dias da
presença dele na região.
Funcionários da área da
saúde de Gaza disseram que
um tanque israelense dispa-
rou contra a escola.
Já Israel disse que está in-
vestigando o incidente. O te-
nente-coronel Peter Lerner
disse que havia uma possibi-
lidade de a escola ter sido
atingida por foguetes desgo-
vernados do Hamas. "Pode
ser fogo errante das Forças
de Defesa de Israel, ou fogue-
tes lançados por terroristas
de Gaza, mas ainda não sa-
bemos, ainda há um ponto de
interrogação", disse ele à
Reuters TV.
Um porta-voz da agência
de assistência da ONU disse
que tentou, em vão, organi-
zar uma retirada de civis da
escola com o Exército de Is-
rael e observou relatos da
queda de foguetes do Hamas
na área ao mesmo tempo.
Até agora, mais de 790 pa-
lestinos, dentre eles muitos ci-
vis, morreram desde o início
do conflito em 8 de julho. Do la-
do israelense, 32 soldados,
dois civis e um trabalhador tai-
landês morreram. (Agências)
Abir Sultan/EFE
Israelenses acompanham funeral de soldado morto no conflito
ABr
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
Célio Messias/VIPCOMM
OS TEMPOS FELIZES DA SELEÇÃO JÁ ESTÃO DE VOLTA
A perseverança criativa do engenhei-
ro Carlos Augusto Marconi, 64 anos,
divulgada na semana passada em
uma reportagem da Folha de S. Paulo,
está provocando entusiasmado boca-a-boca en-
tre amantes do futebol no YouTube. Após 14 anos
de trabalho, ele reconstituiu através da telecina-
gem , isto é, digitalização de filmes antigos, da
qual é especialista, o jogo completo entre Brasil 5
X Suécia 2, no qual nós fomos, em Estocolmo,
campeões mundiais pela primeira vez. Ele apro-
veitou, fomentando a nostalgia, vozes de consa-
grados locutores esportivos que transmitiram
aquela final – entre eles Jorge Cury (Rádio Nacio-
nal) e Pedro Luiz (Rádio Bandeirantes) – para irra-
diar a partida. Trata-se de algo inédito e, desco-
briu-se, muito desejado pelas emoções brasilei-
ras. Ao coincidir com o recente vexame da Sele-
ção, a iniciativa parece fazer parte de um
capricho traçado pelo destino para encerrar uma
página vitoriosa , iniciada naquele longínquo ano
de 1958. Por outra coincidência, o vitorioso técni-
co Rubens Minelli, 86 anos foi, como se verá
adiante, uma peça emblemática nessa trajetória
que já ganha ares de um passado feliz contra-
pondo aos dias difíceis do presente.
Em 1958, ele era um treinador promissor de 30
anos que cuidava das equipes de base do Palmei-
ras e do selecionado da Fupe (Federação Paulista
Universitária de Esportes) nos torneios acadêmi-
cos. Ressalte-se que ele próprio era universitário,
aluno de uma faculdade particular de Economia
em São Paulo. De lá para cá, à semelhança do es-
crete canarinho, Minelli foi se aperfeiçoando e co-
lecionando títulos em dezenas de clubes daqui e
de fora, dos quais o tricampeonato brasileiro pelo
Internacional (1974/76) tornou-se a conquista
mais reluzente, sobretudo lendária – a equipe
gaucha trazia à memória os bons tempos do San-
tos de Pelé. Informalmente, o técnico ganhou o
status de oráculo entre os colegas e jornalistas es-
portivos. E de certo modo, foi testemunha privile-
giada do nosso desastre na Copa de 2014.
Na véspera da
partida entre Brasil e
Chile, realizada no
Mineirão no último
dia 28 de junho, Mi-
nelli , a convite do
técnico Luiz Felipe
Scolari, foi dar uma
palestra aos jogado-
res da Seleção no
hotel em que se hos-
pedavam. Em princi-
pio, deveria ser algo
motivacional apoia-
do na sua longa ex-
periência profissio-
nal. Mas, ao tomar o
pulso do grupo, Mi-
nelli preferiu trilhar outro caminho. Era preciso
aliviá-los da carga de pressões constatada. "Es-
tavam mexidos psicologicamente. Pareciam es-
tar sob lavagem cerebral, comprometidos com
obrigações patrióticas, com apelos de crianças,
de familiares etc. Minha palavra principal foi de
que não se deixassem esmagar pela responsabi-
lidade." Os sete a um impostos pela Alemanha in-
dicam que Minelli não conseguiu demovê-los.
Após a goleada, Minelli telefonou para Felipão
no sentido de lhe oferecer um conforto amigo, ao
saber que ele estava se remoendo amargamen-
te. Lembrou-o que, quando técnico da Ferroviá-
ria, da cidade de Araraquara, havia perdido para
a Ponte Preta, de Campinas, por 8 X 2 nos anos 90.
Embora a comparação pareça imprópria devido
ao desnível entre as equipes, houve uma simila-
ridade que nenhum técnico pode combater, seja
na terceira divisão ou numa Copa do Mundo: a
perda coletiva da razão sob o impacto de um re-
vés inaceitável, como foi a ameaça de elimina-
ção da Copa ao primeiro gol dos alemães. Nessas
ocasiões, cada jogador passa a buscar soluções
heroicas e individuais para resolver o problema,
produzindo o desmantelamento do esquema tá-
tico, cujo desfecho é o desastre.
No entanto, segundo entende Minelli, o des-
tino, sempre caprichoso, faz remeter ao ano de
1958 para oferecer uma sinalização animadora
ao futebol brasileiro. "Quem vê as imagens de
Pelé naquela Copa, descobre um rapaz confian-
te e seguro apesar dos verdes 17 anos, chaman-
do o jogo para si. Pede que lhe entreguem a bola
para decidir. É uma postura que vai além das ha-
bilidades futebolísticas. Eu vi em Neymar, nesta
Copa, as mesmas virtudes." Talvez seja por isso
que os deuses do futebol providenciaram a con-
tusão que tirou Neymar do jogo contra a Alema-
nha, de modo a protegê-lo do vexame inevitá-
vel. A propósito, Pelé não teve a mesma sorte em
1966, quando o Brasil foi eliminado logo de iní-
cio na Copa da Inglaterra. Mas, naquela altura,
Pelé já estava em voo cruzeiro, enquanto Ney-
mar ainda está completando sua decolagem.
Avião com116 pessoasa bordo caino Saara
Tempestade teria provocado acidente comaeronave da Air Algérie, dizem autoridades.
Um avião da compa-
nhia aérea Air Algé-
rie caiu ontem quan-
do seguia de Burki-
na Faso para a Argélia, com 110
passageiros e seis tripulantes a
bordo. Após a realização de in-
tensas buscas, os destroços da
aeronave foram encontrados
perto da aldeia de Boulikessi,
no Mali, a cerca de 50 quilôme-
tros de Burkina Faso, segundo o
general Gilbert Diendere, as-
sessor do presidente Blaise
Compaoré e chefe do comitê
criado para investigar o voo.
"Enviamos homens com o
consentimento do governo do
Mali e eles encontraram os
destroços do avião com a aju-
da dos moradores da área",
disse Diendere. "Eles encon-
traram restos humanos e os
destroços do avião totalmen-
te queimados e dispersos."
O avião, um McDonnell Dou-
glas MD-83 pertencente à com-
panhia espanhola Swiftair que
operava o voo para Air Algérie,
caiu em uma região desértica,
por volta das 1h50 locais
(22h50 de Brasília), segundo as
fontes das autoridades burqui-
nenses, detalhou Diendere.
A agência de notícias esta-
tal argelina AP S disse que as
autoridades locais perderam
contato com o voo AH5017
uma hora depois de ele deco-
lar de Ouagadougou, capital
de Burkina Faso, rumo a Argel,
capital da Argélia.
Há poucas indicações do que
pode ter ocorrido, mas o minis-
tro dos Transportes de Burkina
Faso, Jean Bertin Ouedrago,
disse que, pouco antes de su-
mir dos radares, o avião pediu
para mudar de rota por causa
de uma tempestade na área.
Ouagadougou fica pratica-
mente numa linha reta ao sul
de Argel, passando pelo Mali,
onde há confrontos com rebel-
des no norte. No entanto, uma
graduada autoridade france-
sa disse que parece imprová-
vel que os combatentes te-
nham armas que poderiam
derrubar um avião.
O representante da Air Algé-
rie em Burkina Faso, Kara Terki,
informou à imprensa que a lista
de passageiros inclui 50 france-
ses, 24 burquinenses, oito liba-
neses, quatro argelinos, dois lu-
xemburgueses, um belga, um
suíço, um nigeriano, um cama-
ronês, um ucraniano e um ro-
meno. Ele não especificou as
nacionalidades dos demais.
No entanto, um porta-voz
da entidade que congrega pi-
lotos da Espanha, a Sepla, dis-
se que os seis tripulantes
eram espanhóis.
O desastre com o avião da
Air Algérie eleva o nervosismo
no setor, já que um avião da
Malaysia Airlines foi derruba-
do sobre a Ucrânia na semana
passada e um outro, da Tran-
sAsia Airways, caiu durante
uma tempestade na quarta-
feira em Taiwan. Além disso,
várias companhias aéreas
cancelaram seus voos para
Tel-Aviv por causa do conflito
na Faixa de Gaza. (Agências)
Ali Hashisho/Reuters
Parente mostra imagem no celular de Randa Daher, passageira libanesa que estaria a bordo do avião da Air Algérie que caiu no norte da África.
Fotos: Reprodução
Aeroporto de Ouagadougou/Reuters
Mapa mostra região onde o voo AH5017 fez contato com a torre de controle pela última vez
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
O estado daBonny Doon
VINTHOLOGYO
crítico inglês
Hugh Johnson es-
creveu na apresenta-
ção de Been Doon SoLong (University of Ca-
lifornia Press/2009),
de Randall Grahm,
que o vinho também
precisa de palavras
em seu caminho entre
ser notado e – aqui a
melhor parte – bebido. Grahm tem palavras ori-
ginais para o mundo de jargões dos críticos e se
arrisca também na ficção vinícola, com textos
como "Da Vino Commedia: The Vinferno".
FREE THE GRAPESU
m mapa no si-
te do movi-
mento 'Free the
Grapes' mostra co-
mo andam as leis
da venda de vinhos
nos Estados Uni-
dos. Cada estado
tem uma legislação específica em relação à ven-
da direta das vinícolas aos consumidores. Al-
guns estados, graças a poderosos lobbies, man-
têm os revendedores como peças fundamentais
do mercado. 'Free the Grapes' em
w w w. f re e t h e g r a p e s . o rg /
Co m a solenidade dos presidentes dos Estados
Unidos ao discursarem anualmente sobre “o
estado da Nação”, o vitivinicultor californiano
Randall Grahm acaba de escrever “o estado da Doon”.
A Bonny Doon é sua festejada propriedade na Califór-
nia, de onde saem vinhos orgânicos cultuados no mun-
do inteiro. Pois Randall Grahm confessa (leia em
www.beendoonsolong.com/): quase perdeu a vinícola
para credores insensíveis a seus projetos de longo pra-
zo. Diz ainda que a Bonny Doon ainda procura seu ru-
mo, abalado depois que Grahm vendeu, e isso já há cer-
ca de 8 anos, dois dos rótulos que o levaram ao sucesso:
Big House e Cardinal Zin. E os vendeu por ideologia, já
que estes vinhos passaram a ser produzidos em escala,
como outro vinho qualquer, e isso contrariava sua filo-
sofia de produção limitada e mais cuidadosa.
Randall Grahm é um performista (chegou a promo-
ver o funeral de um corpo feito de “contaminantes” ro -
lhas naturais, em nome do avanço das rolhas sintéti-
cas). É também um reconhecido pensador do vinho na-
tural, reverenciado por seus textos, parte deles reunida
na sua divertida "vinthology" Been Doon So Long. Gos-
tam dele tanto o aristocrático crítico inglês Hugh John-
son como o escritor americano (mais para beatnik) Jay
McInerney. O crítico-biólogo Jamie Goode, autor de
Science of Wine, diz que Grahm é um gênio. Vem daí a
surpresa pelo “e s t a d o” revelado da Bonny Doon.
Randall Grahm faz vinhos biodinâmicos, gosta de
experimentação, e não abre mão das teorias do edu-
cador Rudolf Steiner, pensando sua propriedade de
maneira holística. Como um dos mais antigos rhône -ranger (assim são conhecidos os agricultores que plan-
tam as castas francesas do Vale do Rhône na América),
já apareceu com chapéu de cowboy na capa da WineSpectator. Um de seus vinhos cult é o Cigare Volant, ela-
borado com as uvas Mourvèdre e Carignane dos vinhe-
dos de Contra Costa. E a ideia é sempre produzir blends
ou vinhos varietais que melhor expressem os terrenos.
Para cada um desses vinhos, sem-
pre um rótulo criativo e fora dos pa-
d rõ e s .
A menina dos olhos de Grahm é o
projeto Popelouchum, que prevê a
criação de novas variedades de
uvas em terras perto de San Juan
Bautista, cidade originada de uma
antiga missão jesuítica. Popelou-
chum será um jardim do Éden, onde
serão desenvolvidas, em cruza-
mentos, hibridizações e experiên-
cias genéticas, cerca de 10 mil no-
vas variedades –“um dos mais im-
portantes projetos da história re-
cente do vinho”, como o valoriza Grahm. Popelouchum
é a palavra indígena da tribo dos Mutsun que alude a
paraíso. Como já escrevi aqui, Grahm tem seguido os
conselhos desses índios, como o jejum de contempla-
ção e interação com o território dos vinhedos. E não
despreza os devas, guias da natureza capazes de indi-
car as melhores ações de equilíbrio, harmonia e ordem
para a construção de um jardim perfeito.
Popelouchum, entretanto, está
em banho maria, já que não é “mo -
n et iz á ve l ” e é “ligeiramente arris-
c a d o”. Aguarda a solidificação de
novos resultados da empresa a par-
tir do que Graham chama de “re -
b ra nd i ng ”. No “estado da Doon”,
Grahm informa que a vinícola já
saiu do vermelho. Um dos movi-
mentos importantes foi remapear
os mercados consumidores, tumul-
tuados após a venda dos rótulos
mais célebres. Uma distribuição
inacreditavelmente difícil nos EUA,
com estados ainda em regime de
Lei Seca, e com uma cadeia de negócios que prevê a
obrigatoriedade dos "intermediários". Randall Grahm,
como muitos vinicultores do seu país, luta para vender
livremente seus vinhos diretamente aos consumido-
res de cada estado americano. E gostaria de estar com
a mão na terra, cuidando das parreiras, mas tem, por
ora, de passar tempo em aviões e quartos de hotel en-
quanto não é atendido por ferozes atacadistas.
José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira de Gastronomia e
autor de Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas(Editora Terceiro Nome)
ATENÇÃO CINÉFILOS: SÁBADO (26), ÀS 14H, O SESC VILA MARIANA EXIBIRÁ O FILME FALE COM ELA, DE PEDRO ALMODÓVAR. E É DE GRAÇA.
G A S T RO N O M I A
Festa da sopa para aquecer
Fotos: Divulgação
Criações especiais,em dois festivais:
do Terraço Itália (esq.) e dotradicional Ceagespp,
tendo comovedete a de cebola gratinada
(acima, esq.) e algumasreceitas-surpresas.
Lúcia Helena de Camargo
Para combater o frio, vai bem
um prato de sopa quente.
Nesta época do ano os res-
taurantes promovem festivais
nos quais é possível provar diver-
sos sabores, pagando um preço fi-
xo. Escolhemos dois festivais que
valem a pena.
A vista é o melhor
No tradicional Terraço Itália o
festival, que segue até 27 de agos-
to, oferece, no Bar do Terraço, de
segunda a quarta-feira, a partir
das 19h, quatro sabores de caldos
e sopas, que mudam a cada dia.
Para acompanhar, há o bufê de
frios, queijos e pães. Alguns sabo-
res: sopa de cebola alla Fiorentina,
pappa al pomodoro, minestrone,
caldo de ervilha e sopa de batata
com bacalhau.
O charme é tomar sua sopa no
alto do 41º andar do prédio. E um
trio toca jazz ao vivo para emba-
lar a noite. Custa R$86 por pes-
soa. Bebidas, sobremesas, taxa
de serviço e estacionamento
(R$25, com manobrista) são co-
brados à parte. Nos demais dias
da semana, as sopas podem ser
pedidas à la carte, no restauran-
te do Terraço Itália.
Terraço Itália Restaurante. Ave-
nida Ipiranga, 344. 41° andar.
Centro. Telefone para reservas:
2189-2929. w w w. te r r a c o i t a-lia.com.br.
Festival no Ceagesp
Mais popular e animado em
outro estilo, acontece o Festival
de Sopas do Ceagesp. Até 24 de
agosto, funciona na quarta,
quinta e domingo, das 18h à
meia noite. Na sexta e no sába-
do, começa às 18h e segue até 2h
da madrugada. O bufê custa
R$29,90 por pessoa. Os antepas-
tos são cobrados por peso. Bebi-
das, sobremesas e serviço pagos
à parte.
Os sabores mudam toda sema-
na, com exceção da sopa de cebo-
la, que é servida todos os dias. E al-
gumas outras têm dia certo para
aparecer, como a canjica doce, to-
da quarta; e a sopa de chocolate
com frutas, aos domingos.
Nesta semana, até domingo
(27) a vedete é a sopa de pedra.
Exótica, a receita é adaptada da
culinária portuguesa. O Ceagesp
prefere não revelar os ingredien-
tes, mas quem tomá-la no local
vai descobrir. Se preferir não ar-
riscar, pode se servir de creme
de berinjela com queijo roque-
fort, caldo de pinto com quirela e
capeletti in brodo.
O restaurante está montado no
antigo prédio do Unibanco. A en-
trada é pelo portão 4 da Ceagesp
(Avenida Dr. Gastão Vidigal, Vila
Leopoldina). O estacionamento
custa R$5. w w w. fe st i va ld e so pa s-ceagesp.com.br.
Monty Python no MISN
este final de semana, o MIS
reúne o melhor da "sessão da
tarde" e todos os filmes de Montty
Python no Festival Cinema de Cul-
to. É uma boa saída para quem se
assustar com o tamanho da fila da
exposição hit do Castelo Rá-Tim-
Bum.
Hoje, às 18h30, e sábado (26),
às 21h, começa a sessão de A Vidade Brian, (1979), clássico da trupe
hilária do Monty Python. No sába-
do (26), às 19h, é a vez de M ontyPython Almost the Truth – Thelawyer ’s cut (2009) , documentário
de 2009 que conta a história do
grupo. O festival também traz fil-
mes exibidos até a exaustão na te-
levisão, e muito queridos pelo pú-
blico. Destaque para Curtindo a Vi-da Adoidado (1980), hoje, às
16h30; Os Caça Fantasmas (1984),
hoje às 20h30; e Os Goonies (1985)
, às 15h de sábado.
Final desemanaanimado
A família Simpson
tem muito o que
comemorar: chegou ao
500° capítulo. O jeito
da FOX, que exibe o
desenho no Brasil,
festejar esse feitio é
agradando a seus fãs.
No domingo (27), às
20h, eles poderão
curtir cinco capítulos
seguidos do desenho.
A maratona começa
com a família sendo
despejada de
Springfield e termina
com o capítulo em que
Bart faz o diretor
Skinner ser demitido.
No sábado (26), às
7h, a HBO exibirá uma
boa animação, desta
vez, com um apelo
menos adulto.
Em Hotel Transilvânia,
Drácula é um pai coruja
que tenta
proteger sua filha dos
humanos, que
acredita serem
do mal.
Também no sábado,
a FOX aposta em
Rango, animação sobre
um camaleão que vive
como um animal de
estimação,
até o dia em que seu
terrário cai no deserto.
Às 16h.
S a i de i r adas f ériasescolaresEste é o último final de
semana de férias para
muitas crianças. Uma
dica é aproveitar a
programação infantil do
Itaú Cultural, que é
gratuita e está bem
interessante. No sábado
(26) e no domingo (27),
às 16h, começa o show
Gangorra, projeto
musical de Vange e Yuri
Lepetit. O casal irá
apresentar 13 canções
sobre o cotidiano com
direito a pequenas cenas
teatrais e instrumentos
feitos de materiaias
re c i c l á v e i s .
Dança:inscriçõesabertas.A partir de segunda
(28) o Núcleo Dança
Aberta abre inscrições
para a terceira edição da
Oficina de Dança
DanceAbility. O método
utiliza o improviso como
troca artística entre
pessoas com e sem
deficiência. São 15
vagas. As inscrições
podem ser feitas até 13
de agosto, pelo site
w w w. n u c l e o d a n ç aaberta.com.
Prelúdio , conc ur-
s o d e m ú s i c a
erudita de calouros
da TV Cult ura (já na
8ª edição) realiza a
3ª e a 4ª eliminató-
r ias gr avadas de
2014, c o m a pa rtici-
pação do público. As
sessões serão co-
m a n d a d a s p e l o
maestro Júl io Meda-
glia e da radialista
Roberta Martinelli.
Piano, flauta, canto,
violão, violencelo e
percussão são os ins-
trumentos a serem
ouvidos nas perfor-
mances deste fim de
semana. Para fazer
parte da plateia bas-
ta increver-se no site
d o p r o g r a m a
(cm ais. com.b r/pr elu-dio), enviar e-mail
para pre lú dio a@ tv-cultura.com.br ou li-
gar para (11) 2182-
3474. Theatro SãoPe d r o . Rua Barra Fun-
da, 171. A partir das
13h. Sábado (26).
Grátis.
Prelúdio:gravações
nestesábado.
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
.T..URISMO
Mergulhono passado
Mergulhador nada aolado de uma réplica decanhão do século XVIIno parque submarinode Losinj, na Croácia.
O parque conta ahistória das
ilhas da região.
.P..R AT I C I D A D E
O espelhoque faz selfies
Já que a maioria dos
selfies nas redes sociais
são feitos diante do
espelho, por que não
simplificar? A empresa
iStrategy Labs, dos EUA,
inventou um espelho
que faz selfies – é só
ficar parado diante dele
– e ainda posta a foto no
Tw i t t e r.
istrategylabs.com
.F..UTEBOL
CBF cria museuinterativo no Rio
Cem anos de história da
seleção brasileira são
contados através de
imagens, tecnologia e
interatividade no Museu da
CBF, que abrirá ao público
em 1º de agosto na sede da
entidade, no Rio de Janeiro.
O museu conta as histórias
das primeiras Copas do
Mundo, do primeiro
fracasso do Brasil em casa,
a perda do título de 1950
para o Uruguai com
narrações dos gols nas
vozes dos locutores de
rádio e TV da época.
http://goo.gl/9h4VHY
.L..I T E R AT U R A
Inédito de JoãoUbaldo sai este ano
A Editora Objetiva
planeja lançar até o fim do
ano Noites Lebloninas, livro
de contos que João Ubaldo
Ribeiro deixou inacabado.
A edição comemorativa
dos 30 anos de Viva o PovoBrasileiro, o clássico do
escritor, no fim do ano,
pode servir de mote para a
publicação do livro inédito.
Romancista por aptidão
natural e cronista por
profissão, João Ubaldo
Ribeiro pouco escreveu
contos em suas mais de
cinco décadas de
atividade.
.E..SPOR TES
Vo a n d oalto
A ginasta Mimi Isabella Cesar, da equipe feminina da Inglaterra, em um salto
realizado ontem, durante a apresentação com a fita nos Jogos da
Commonwealth, que acontecem em Glasgow, Escócia.
.A..RQUEOLOGIA
Cristãos na InglaterraAnel do século III encontrado em
uma casa de banho em Binchester,
Inglaterra, pode ser um dos mais
antigos vestígios da presença de
cristãos na Grã-Bretanha.
.L..OTERIAS
Concurso 3543 da QUINA
25 36 42 45 52
.C..IÊNCIA
Brasil colabora em telescópio giganteO
Brasil contribuirá com
US$ 40 milhões para
garantir sua participa-
ção no Telescópio Gigante Ma-
galhães (GMT, na sigla em in-
glês), um dos maiores telescó-
pios do mundo, que será cons-
t r u í d o n o C h i l e p o r u m
consórcio internacional.
A participação representa
cerca de 4% do valor do proje-
to e garante a pesquisadores
brasileiros 4% do tempo de
operação do GMT, assim como
uma cadeira no conselho do
consórcio que operará o apa-
relho, informou a Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (Fapesp).
Os astrônomos brasileiros
terão acesso a um telescópio
que aumentará em cerca de
30 vezes o volume de informa-
ções disponíveis atualmente
para os telescópios em opera-
ção, segundo a Fapesp.
O GMT será instalado no Ob-
servatório Las Campanas, na
região do Atacama, na Cordi-
lheira dos Andes, próximo à ci-
dade chilena de Vallenar – re -
gião privilegiada para obser-
vações astronômicas por con-
ta da al t i tude de mais de
2.500m, da escuridão do céu
do hemisfério Sul e do clima
seco, e entrará em operação
plenamente em 2021.
Buracos negros – O telescó-
pio, de 25,4 metros de diâme-
tro, terá área coletora de fó-
tons cem vezes maior que a do
telescópio espacial Hubble, e
a nitidez das imagens, no in-
fravermelho, será dez vezes
superior. Com ele, será possí-
vel investigar a formação de
estrelas e galáxias após o Big
Bang, medir a massa de bura-
cos negros; descobrir plane-
.C..R I AT I V I D A D E
BorboletárioAlgodão, tecido, tintas,
bordados e fitas. É assim
que Yumi Okita cria
borboletas e insetos
gigantes inspirados em
espécies reais.
http://goo.gl/iNq2PP
Bocas letradas"Oral:phabet" é o nome
desta criação do designer
Takayuki Ogawa, do Japão:
um alfabeto em 3D.
As esculturas,
feitas em argila, recriam
diversas expressões
labiais –
possíveis e
impossíveis
– como
letras do
a l f a b e t o.
http://goo.gl/zxWkHD
Nasa descobretrês exoplanetas
O telescópio espacialHubble, da Nasa, localizoutrês exoplanetas onde hávapor d'água. Os planetas,HD 189733b [na imagem],HD 209458b e WASP-12bestão a algo entre 60 e 900anos-luz da Terra.
tas em torno de outras estre-
las semelhantes à Terra e estu-
dar a natureza da matéria e da
energia escura.
A participação brasileira no
projeto poderá ser maior caso
prosperem as negociações da
Fapesp com o Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inova-
ção, afirmou o coordenador
dos Centros de Pesquisa da Fa-
pesp, Hernan Chaimovich.
"Há um grande interesse
das duas partes para que pes-
quisadores de todos os esta-
dos do Brasil (não apenas os
de São Paulo) possam aprovei-
tar o telescópio".
A participação também dá
direito a empresas brasileiras
de participar das licitações pa-
ra os contratos de construção
do telescópio.
O astrofísico João Evange-
lista Steiner, pesquisador do
Instituto de Astronomia, Geo-
física e Ciências Atmosféricas
(IAG) da Universidade de São
Paulo (USP), assegura que a
participação no projeto garan-
te aos astrônomos brasileiros
"que a comunidade astronô-
mica brasileira estará na van-
guarda por muitas décadas,
com grandes oportunidades
de descobertas científicas,
atraindo novos talentos e tam-
bém levando inovação para a
nossa indústria por meio de
parcerias internacionais".
Entre outras instituições
participantes do GMT estão as
universidades norte-america-
nas de Arizona, Harvard, Chi-
cago e Texas, a Astronomy
Australia Limited, o Carnegie
Institution for Science, o Smi-
thsonian Institution e o Korea
Astronomy and Space Science
Institute. (EFE)
Nas
a
Nig
el R
oddi
s/Re
uter
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Ant
onio
Bro
nic/
Reut
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Jim Yo
ung/
Reut
ers
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
RECORDE DA VALEA Vale anunciou ontem que o segundo trimestre
deste ano foi o melhor de sua história para a produçãode minério de ferro: 79,4 milhões de toneladas,
12,6% acima do mesmo período de 2013,
FMI concorda: PIB do Brasil mais baixo.A economia crescerá
1,3% este ano, segundoo Fundo MonetárioInternacional, que
estimava umaexpansão de 1,9%.
Stephen Jaffe/FMI
Para Blanchard,a desaceleração,
no País, "estámais relacionada
à demandainterna".
Pelo mundo todo, previsõessão reavaliadas.
Indústria cai do azulao vermelho
Estimativa de 1,7% de expansão do setor neste ano murchou para um recuo de0,5%. Por isso, também foi reavaliado o crescimento do PIB, de 1,8% para 1%.
Agência Vale
OFundo Monetário Inter-
nacional (FMI) acompa-
nhou os principais agen-
tes de mercado e a pró-
pria equipe econômica brasileira e
reduziu, pela quinta vez consecuti-
va, a projeção de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
em 2014. De acordo com as novas
previsões do relatório trimestral
"Perspectivas para a Economia
Mundial", divulgadas ontem na Ci-
dade do México, a economia brasi-
leira crescerá 1,3% este ano, 0,6
ponto percentual abaixo da estima-
tiva de abril. A redução foi da mes-
ma magnitude na estimativa para
2015, que passou a 2%.
O corte na projeção para o Brasil
está entre os maiores do relatório do
Fundo, que destaca as principais
economias do planeta. O País é
acompanhado por México (2,4% de
crescimento em 2014, contra 3%
anteriormente) e África do Sul
(1,7%, contra 2,3% na versão de
abril). Em pior situação aparecem
apenas os EUA –que sofreram com o
inverno rigoroso do primeiro trimes-
tre, registrando retração significati-
va no período – e a Rússia, afetada
por conflitos geopolíticos. Nos dois
casos, a previsão foi derrubada em
1,1 ponto percentual.
Não são apenas os números que
confirmam o momento desalenta-
dor da economia brasileira, mas
também a dinâmica da desacelera-
ção, segundo o economista-chefe
do Fundo, Olivier Blanchard. “A
questão está mais relacionada à de-
manda interna. O investimento e o
consumo estão fracos. E nós acha-
mos que esta fragilidade marcará
não apenas este ano, mas se esten-
derá ao próximo”, afirma.
Outros países, como o México, es-
tão sendo afetados pela expansão
mais lenta de economias como a
dos Estados Unidos.
Casa desarrumadaNo relatório, o FMI afirma que a
confiança de investidores e das fa-
mílias nos rumos do Brasil está aba-
lada, o que justifica o pé no freio de
seus desembolsos. A equipe de
Blanchard alerta ainda que o País
sente os efeitos do aperto nas condi-
ções financeiras globais, que signifi-
ca menos capitais disponíveis e cus-
to mais elevado de financiamento.
Essa situação não está sanada,
diz o FMI. Uma vez definido para ou-
tubro o fim do programa de estímu-
los americano, os mercados agora
se dedicam à especulação sobre o
momento em que o Federal Reserve
(Fed, banco central dos EUA) volta-
rá a subir a taxa básica de juros lo-
cal, atraindo os capitais que nos úl-
timos anos inundaram economias
emergentes como a brasileira.
Neste cenário, emergentes com a
casa desarrumada – o Brasil tem
condições fiscais deterioradas e lu-
ta para derrubar a inflação alta –de-
verão sofrer mais. Podem ser alvo
do mau humor acentuado do mer-
cado e ter menos espaço para exe-
cutar as políticas públicas necessá-
rias. Em casos de pouca margem de
manobra, recomenda o FMI às na-
ções emergentes, é hora de fazer o
dever de casa.
“O primeiro (desafio) é realizar re-
formas para reequilibrar as econo-
mias e fortalecer o crescimento. Al-
guns países, notadamente o Méxi-
co, já estão embarcando em refor-
mas ambiciosas, que deverão
ajudar a impulsionar investimentos
e expansão. O segundo é se adaptar
à mudança do ambiente econômico
mundial. (...) Investidores estran-
geiros estão
m e n o s c o n-
de scen dent es
e as fragilida-
des macroe-
conômicas te-
r ã o c u s t o
maior. Turbu-
lências finan-
ceiras como as
d e m a i o d e
2013 poderão
ocorrer nova-
m en t e” , ad-
v e r t e B l a n-
c h a rd .
(AgênciaO Globo)
Adesaceleração do Brasil
não é um caso isolado. O
desempenho da
economia global entre
janeiro e março e os resultados do
início do segundo trimestre
revelaram ritmo mais fraco do que
o esperado tanto nas nações
emergentes quanto nas ricas. Por
isso, o FMI revisou de 3,7% para
3,4% a estimativa de crescimento
mundial em 2014, com
recuperação a 4% em 2015.
A previsão para o conjunto dos
países ricos caiu 0,4 ponto
percentual este ano, para 1,8%,
movimento influenciado
especialmente pelos EUA, que
amargou uma queda estrondosa
de 2,9% no seu PIB entre janeiro e
março. A economia americana
deverá expandir-se 1,7%, contra
2,8% estimados anteriormente.
“Mas essa é uma história
passada. Daqui em diante, o cenário
é de recuperação, não mexemos na
previsão (dos EUA) de 2015, por
exe m p l o”, explica Blanchard.
Na zona do euro, foi mantida a
previsão de expansão de 1,1%,
apesar de Itália e França estarem
operando abaixo do esperado. O
Japão caminhou na direção
contrária e teve forte resultado
entre janeiro e março, e por isso a
projeção do FMI foi elevada em 0,3
ponto, para 1,6% em 2014.
“O fortalecimento dos países ricos
ainda não está completo, e não se
vê uma recuperação muito forte
adiante. Por isso é preciso que as
políticas monetárias
(expansionistas, com estímulos e
juros baixos) continuem ajudando
na retomada e seja ajustada de
forma muito gradual adiante.
Esperamos que EUA e Reino Unido
recuperem-se antes, enquanto na
zona do euro e no Japão o processo
será mais longo”, detalha Gian
Maria Milesi-Ferretti, vice-diretor do
Departamento de Pesquisas do FMI.
Stephen Jaffe/FMI
Milesi-Ferretti:“For talecimentodos países ricosainda não estácompleto".
Apesar de uma redução menor
na expectativa de crescimento
conjunto (0,2 ponto, para 4,6%
este ano) das nações emergentes
e em desenvolvimento, o grupo
registrou uma cascata de revisões
negativas no relatório trimestral
do Fundo. A Rússia deverá crescer
apenas 0,2% em 2014, após as
tensões geopolíticas afetarem a
confiança e congelarem
investimentos.
Para a China, o recuo foi
modesto, de 0,2 ponto, para uma
alta de 7,4% do PIB este ano. A
avaliação do FMI é a de que Pequim
está conseguindo calibrar a
rearrumação doméstica, migrando
de forte investimento para
consumo. Na Índia, a expectativa é
que a moderação dos
investimentos no período eleitoral
seja revertida, assim como perdas
na agricultura durante o regime de
chuvas. A economia indiana teve a
projeção de crescimento mantida
em 5,4% em 2014. ( AG )
Mercado externo,saída possível diantede tombos internos.
Abaixa da atividade
econômica em geral e da
indústria em particular,
começa a provocar o
reestudo de prioridades em
grandes empresas. A
Usiminas, por exemplo, que
desde o ano passado dava
maior atenção ao mercado
interno, mais rentável do que
o externo, inverteu a mão. No
segundo trimestre, a
participação das exportações
nas vendes totais cresceu
para 15% por cento, ante 9%
de um ano antes.
"A grande maioria dos
setores industriais está
sendo impactada pela
desaceleração econômica
evidenciada no segundo
trimestre", disse ontem o
vice-presidente comercial,
Sergio Leite, ao apresentaro
do resultados da empresa no
segundo trimestre: lucro de
R$ 129 milhões, 42% abaixo
do resultado do primeiro
t r i m e s t re .
A Usiminas, segundo Leite,
prevê vendas estáveis de aço
no terceiro trimestre em
relação ao volume de 1,456
milhão de toneladas
comercializadas entre abril e
junho, mas vai dedicar
parcela maior dessas vendas
ao mercado externo. Ele não
detalhou tal parcela, mas
citou que o tombo de 17% na
produção das montadoras de
veículos no primeiro
semestre foi algo que a
empresa não via há muito
tempo. (Reuters)
Também a
Confederação
Nacional da
Indústria (CNI)
reduziu sua estimativa de
crescimento do PIB
brasileiro para 1%, bem
abaixo do 1,8% previsto
a n t e r i o rm e n t e .
O pessimismo é causado
pela expectativa dos
industriais de que o setor
terá um péssimo resultado
neste ano, fechando-o com
um recuo de 0,5%. Nesse
cálculo foi levado em conta
o desempenho nada
animador do setor na
primeira metade do ano.
A projeção anterior era
otimista, imaginando um
crescimento de 1,7%, que
repetiria a expansão
registrada pelo setor no ano
passado. A última vez em
que o resultado anual foi
negativo ocorreu em 2012,
quando houve uma queda
de 0,8% na produção.
De acordo com a CNI, a
retração do PIB industrial
ocorrerá pelo recuo de 1% na
indústria da transformação e
de 1,7% na indústria da
construção. A estimativa só
não é pior porque é esperado
crescimento de 1,5% para a
indústria extrativa.
O uso da capacidade
instalada em maio, dado
mais recente, ficou em
80,7%, representando o
quarto recuo consecutivo,
ao mesmo tempo em que a
maioria dos indicadores
industriais mostrou queda
pelo terceiro mês seguido.
A CNI afirma que uma
melhora do quadro vai
depender do investimento.
"A variável crítica a explicitar
as dificuldades da economia
brasileira é o investimento. A
recuperação do
investimento, fundamental
para interromper esse ciclo, é
também dificultada pelas
naturais incertezas sobre a
evolução da política
econômica em 2015 que
derivam das eleições", avalia
a entidade em comunicado.
Sobre a Selic, a entidade
calcula que a taxa fechará
este ano em 11% ao ano,
abaixo da expectativa
anterior de 11,25%.
No capítulo da inflação, a
estimativa para o Índice
Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA)
deste ano ficou em 6,6%,
ante 6,4% previsto
anteriormente, portanto,
acima do teto da meta
estabelecida pela governo
(4,5% com 2 pontos
percentuais de tolerância
para cima e para baixo).
As projeções
apresentadas pela CNI
também levaram em conta
o efeito do aperto dos juros,
a desaceleração do
consumo das famílias e a
menor oferta de crédito
b a n c á r i o.
No front externo, a CNI
destaca o cenário global
marcado pela retirada dos
estímulos monetários nos
Estados Unidos sem
considerar que a economia
mundial vá beneficiar a
economia brasileira.
Nesse contexto, a
entidade calcula para 2014
exportações de US$ 237
bilhões e importações de
US$ 235,5 bilhões,
resultando em saldo
comercial de US$ 1,5 bilhão,
mantendo a projeção
a n t e r i o r.
Nas contas públicas,
com a economia fraca
e a dificuldade de controle
dos gastos públicos, a
perspectiva é de
deterioração da política
fiscal, com previsão de
superávit primário de 1,5%
do PIB ante 1,8% projetado
em abril. (Reuters)
Segmentoextrativista é o únicoque prometeresultado positivo
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
É natural que, com o PIB crescendo menos, o crédito imobiliário siga o mesmo ca m i n h o.Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip,
Selic vaificar comoestá. Porenquanto.
Ata do Copom admite as pressões inflacionárias eratifica a desaceleração, que o FMI já sancionou.
Na ata da reunião rea-
lizada na semana
passada, divulgada
ontem, o Comitê de
Política Monetária (Copom) do
Banco Central deixou sem si-
nalização específica o futuro
próximo do juro básico -- ficou
claro, porém, que vai conti-
nuar a monitorá-lo de perto. Is-
so levou os analistas a inter-
pretar que, não havendo cho-
ques severos, a Selic tende a
manter-se no patamar atual
de 11% ao ano. Além disso, a
ata admitiu ritmo de cresci-
mento “menos intenso” para
2014 e 2015, reforçando o que
o BC já dissera no relatório de
inflação, há cerca de um mês,
quando rebaixou a previsão
para o PIB (de 2% para 1,6%).
Ao avaliar o crescimento da
economia, o BC afirma que o
consumo tende a crescer em
ritmo mais moderado e os in-
vestimentos devem ganhar
impulso, ainda que o cenário
global venha sofrendo alguns
revezes. O BC também mante-
ve a avaliação de que "emer-
gem" perspectivas mais favo-
ráveis à competitividade da
indústria, e também da agro-
pecuária; e o setor de serviços
tende a crescer a taxas meno-
res do que as registradas em
anos recentes.
A inflação, sinaliza a ata,
tende a entrar em convergên-
cia para a meta do governo –
4,5%, com tolerância de dois
pontos percentuais para cima
ou para baixo –num cenário de
política monetária que não in-
clui “redução do instrumento
de política monetária", isto é,
baixa da taxa de juros. Esse
cenário considera ainda a co-
tação do dólar a R$ 2,20.
Confiança abaladaNa semana passada, o BC
decidiu manter a Selic em 11%
ao ano pela segunda vez segui-
da, mas surpreendeu uma par-
te dos agentes econômicos por
não retirar a expressão "neste
momento" para explicar sua
decisão. Os especialistas ava-
liaram que foi deixada a porta
aberta para qualquer movi-
mento futuro da política mone-
tária, inclusive para voltar a re-
duzir a taxa básica de juros
mesmo com a inflação com sé-
rio risco de estourar o teto da
meta do governo. Isso porque a
atividade econômica tem dado
sucessivos sinais de perda de
fôlego e juros elevados têm po-
tencial para piorar ainda mais
esse cenário, encarecendo os
empréstimos e o consumo.
Essa visão de corte da Selic
perdeu força, com as avalia-
ções de que o BC estaria mais
preocupado com a pressão so-
bre os preços. Na pesquisa Fo-
cus do próprio BC com econo-
mistas de instituições finan-
ceiras, a perspectiva é de que
a Selic fechará este ano em
11% e, 2015 a 12%. No Relató-
rio Trimestral de Inflação, o BC
estimou que a taxa encerrará
2014 (e também 2015) a
6,4%. Mas passou a ver chan-
ces praticamente iguais de a
inflação estourar a meta em
2014. Nos 12 meses até junho,
o IPCA acumula alta de 6,52%,
já acima do teto da meta.
Inflação alta e baixo cresci-
mento econômico têm abala-
do a confiança na economia –
como têm mostrado unanime-
mente as pesquisas com em-
presários de todo o País – e
contribuído para quedas na
popularidade da presidente
Dilma Rousseff, que busca a
reeleição em outubro.
Na ata, o BC também pas-
sou a ver mais alta nos preços
das tarifas de energia elétrica
neste ano, a 14%, frente aos
11,5% anteriores. Ao mesmo
tempo, passou a ver menor re-
dução nos preços de telefonia
fixa, a 3,8%, ante 4,2%. No ge-
ral, manteve em 5% a previ-
são para a alta nos preços ad-
ministrados. (Reuters)
Daniel Teixeira/EC
O preço dos alimentos pesou menosno bolso dos brasileiros em junho
IBGE: greve e dadosincompletos.Volume de crédito para
aquisição de imóvelcresce 7% no
primeiro semestre
Paulo Pampolin/Hype
O valor doaluguel nacidade deSão Paulo
subiu 1% emjunho, na
comparaçãocom maio.
Em 12 meses,a alta
chega a 7,6%.
Pelo segundo mês seguido, a greve dos
funcionários do IBGE prejudicou a
divulgação da Pesquisa Mensal de
Emprego (PME). A taxa média do desemprego
nas seis maiores regiões metropolitanas do
País em junho (São Paulo, Rio, Recife, Belo
Horizonte, Salvador e Porto Alegre) não foi
divulgada porque a paralisação atrasou a
coleta dos dados nas duas últimas regiões.
O instituto divulgou os números relativos a
apenas quatro regiões metropolitanas: Rio,
que foi de 3,4% em maio para 3,2% em junho;
Recife que passou de 7,2% para 6,2%; Belo
Horizonte, de 3,8% para 3,9% e São Paulo,
que ficou estável em 5,1%.
Rendimento – O rendimento médio real caiu
nas quatro regiões, na passagem de maio para
junho. A maior queda foi registrada em Belo
Horizonte (-2,2%), São Paulo (-1,6%), Recife
(-1%) e Rio de Janeiro (-0,5%). Na comparação
com junho de 2013, o rendimento médio real
subiu em Recife (3,9%), Rio de Janeiro (6,5%) e
São Paulo (0,6%), mantendo estabilidade em
Belo Horizonte.
Greve – Com a greve, as entrevistas para
a pesquisa foram realizadas parcialmente.
Os percentuais de dados coletados para as
regiões pesquisadas foram de 70,3% em
Recife, 82,8% em Belo Horizonte e 78,4%
em São Paulo. O número do Rio ainda está
sendo calculado.
De acordo com Ana Magni, diretora da
Associação de Servidores do IBGE, hoje o
principal obstáculo ao fim da greve é a
readmissão de 200 funcionários dispensados
depois da greve. Hoje, o instituto tem cerca
de 5,9 mil concursados e 4.800 temporários.
Segundo Ana, os demitidos eram todos
grevistas ativos.
O IBGE informou que a greve de servidores
perdeu força, embora a paralisação tenha
impedido comprometido a pesquisa de
ontem. A paralisação atinge 21 unidades
estaduais, e a média nacional de adesão ao
movimento é de pouco menos de 9%.
Pnad Contínua – Nos três primeiros trimestre
deste ano, a taxa de desemprego do País está
em 7,1%, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua,
divulgada mês passado pelo IBGE. O índice é
menor em relação ao mesmo período de 2013,
quando o desemprego medido pela pesquisa
havia sido de 8%. No entanto, é maior que o
apurado no quarto trimestre do ano passado,
cuja taxa ficou em 6,2%. Pela Pesquisa Mensal
de Emprego (PME), a desocupação acumulada
no trimestre ficou em 5%, o melhor resultado
trimestral desde o início da série. (Ag. Globo)
Ovo lume de em-
préstimos para
aquisição e cons-
trução de imóveis
alcançou R$ 53,1 bilhões no
primeiro semestre deste
ano, segundo a Associação
Brasileira das Entidades de
Crédito Imobiliário e Poupan-
ça (Abecip) , volume 7%
maior que o registrado no
mesmo intervalo de 2013. O
desempenho do semestre fi-
cou abaixo da projeção da
entidade para este ano, de
avanço de 15%, para R$ 126
bilhões. "Mantemos a nossa
expectativa de crescimento
de 15% para este ano. O cré-
dito é multiplicador do PIB
(Produto Interno Bruto). É na-
tural que com o PIB crescen-
do menos, cerca de 1%, o cré-
dito imobiliário tenha um
crescimento mais modera-
do, mais tímido", avaliou Oc-
tavio de Lazari Junior, presi-
dente da Abecip,
Em junho, o crédito imobi-
liário somou R$ 9 bilhões, ci-
fra 7% menor em relação a
maio, conforme a entidade.
Na comparação com junho
de 2013, quando a indústria
registrou o maior volume
mensal em 20 anos, de R$
11,2 bilhões, foi identificada
redução de 19%.
Foram financiadas 42,4
mil unidades em junho, re-
cuo de 8% ante maio e de
20% em um ano. No primei-
ro semestre, foram 256,1
mil imóveis, volume 4,6%
superior ao mesmo período
de 2013.
A poupança cont inua
com captação líquida posi-
tiva em junho, de acordo
com a associação, de R$
2,54 bilhões. No semestre,
ficou em R$ 8,3 bilhões.
I n a d i mp l ê n c i a – A inadim-
plência no crédito imobiliário
está 'absolutamente contro-
lada', de acordo Lazari Junior.
Ao final de junho, o índice de
calotes, considerando atra-
sos acima de 90 dias, ficou
em 1,8%, 0,1 ponto porcen-
tual acima do visto ao final de
2013. "O brasileiro é muito
consciente para comprar
imóvel e dá bastante entra-
da. Isso explica por que a ina-
dimplência no Brasil é tão pe-
quena" destacou.
Juros – A possibilidade de
aumento das taxas de juros
no crédito imobiliário e o
possível repasse de uma Se-
lic maior ficou para trás, se-
gundo Lazari Junior. "Havia
uma preocupação de que,
com a Selic saindo de 7% pa-
ra 11%, poderia ocorrer um
repique na taxa. Em um ce-
nário de estresse, estimei
que a taxa no crédito imobi-
liário aumentaria 0,5 ponto
porcentual ao ano. Em al-
guns bancos nem isso au-
mentou", disse.
A lu gu el – O valor dos con-
tratos de aluguel residencial
em junho na cidade de São
Paulo subiu 1% em relação a
maio, conforme pesquisa do
Sindicato da Habitação do
Estado de São Paulo (Secovi-
SP). No acumulado dos últi-
mos 12 meses, de julho de
2013 a junho de 2014, o au-
mento médio foi de 7,6%,
acima da inflação medida
pelo Índice Geral de Preços -
Mercado (IGP-M) no mesmo
período, de 6,2%.
O maior acréscimo no va-
lor de contratos de imóveis
foi no tipo de um quarto, com
alta de 1,9% em junho, ao
passo as moradias de dois
quartos tiveram alta de 0,7%
e as de 3 dormitórios, de
0,2%. (Agências)
Divulgação/Abecip
Lazari Junior,da Abecip:inadimplênciano setor estásob controle; obrasileiro éconscientepara comprarimóvel.
Consumidor sente, FGV capta.
Amediana da inflação es-
perada pelos consumi-
dores nos próximos 12 me-
ses atingiu 7,2% em julho,
informou a Fundação Getu-
lio Vargas (FGV), que divul-
gou o Indicador de Expecta-
tivas Inflacionárias dos
Consumidores. O resultado
representa uma desacele-
ração em relação a junho,
quando as famílias aponta-
vam, em média, alta de
7,4% nos preços "A queda
do indicador reflete a redu-
ção observada nos itens de
alimentação. Contudo, es-
pera-se uma continuidade
da expectativa de inflação
em patamares elevados no
curto prazo", diz a institui-
ção em nota.
Segundo a FGV, as mu-
danças ocorridas nos últi-
mos meses foram influen-
ciadas pelas previsões dos
consumidores de classes
de renda mais baixas. Na
classe 1 (até R$ 2,1 mil
mensais), a projeção re-
cuou de 7,9% em junho pa-
ra 7,6% em julho, sempre
considerando o período de
12 meses à frente.
Na classe de renda 2 (R$
2,1 mil a R$ 4,8 mil men-
sais), as expectativas saí-
ram de 7,7% para 7,3% na
passagem do mês. No mes-
mo período, os consumido-
res com maior poder aquisi-
tivo mantiveram suas ex-
pectativas para a inflação
estáveis em um patamar
menos elevado, mas ainda
entre 7,0% e 7,1%. (EC)
16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
VIDA NADA FÁCIL PEBOLIM
ABrahma, marca da AmBev e patrocinadora
da Copa do Mundo 2014, reforça sua
ligação com o esporte e lança a Brahma Store.
Loja virtual onde a empresa passa a oferecer
oito itens visando conquistar os fãs do futebol e
da cerveja. Uma das atrações é a Arena
Brahma, mesa de pebolim inspirada nos
estádios brasileiros, contendo ainda placar
eletrônico, luzes de LED nas linhas do gramado e
compartimentos para latinhas. Já o Sound Cooler, que
gela a cerveja e ainda avisa, por som, quando ela está
começando a esquentar, promete facilitar a vida dos
bebedores assim como o Smart Bar que garante a
temperatura ideal da bebida e pode ser conectado ao
smartphone. Tudo para faturar um pouquinho mais.
VIGOR AZUL
AVigor acaba de lançar nova embalagem para
a sua linha de queijos Faixa Azul, assinada
pela Oficina Design UP!, com a intenção de
agregar maior valor ao produto. As embalagens
são mais clean e ressaltam os campeões de venda
focados no mercado de maior renda: Parmesão
corte fatia, Parmesão corte cilíndrico, Parmesão
forma, Parmesão ralado tradicional, Parmesão
ralado grosso e Parmesão ralado light.EMBALAGEM agrega valor a item tradicional
Envi
e in
form
açõ
es p
ara
esta
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mai
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nco
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vist
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SELFIES
ASamsung Brasil lança a câmera NXMini
que promete fazer a alegria daqueles que
postam seus closes nas redes sociais, os
selfies. O aparelho tem uma tela flip, que
desacopla do corpo da máquina e pode ser
virada para facilitar a
visualização da
imagem. Para
disparar, basta olhar
por três segundos
para a lente da
câmera e piscar:
está pronta a
selfie. Para os que
adoram se ver e
serem vistos, um
prato cheio!
HUMOR ácido pode dar prêmio
LIMÕES
Mascotes de Pepsi Twist, os limões estão
de volta na publicidade da marca. Com a
promoção “Fala Limão”, assinada pela Rapp
Brasil, com desdobramento na mídia online, a
empresa vai estimular a interação com o
consumidor, que vai postar uma foto e uma
frase com tom humorístico, emprestando
personalidade aos limões. As três imagens
com mais votos a cada semana ganharão
bichos de pelúcia dos famosos personagens.
Para participar, basta se cadastrar no site da
marca (w w w. p e p s i . c o m . b r ).
TECNOLOGIA a favor da vaidade
Celular da Amazonjá está à venda
Primeiro smartphone da empresa tem preço similar ao iPhone e Galaxy S5
Div
ulga
ção
Recursos como efeitosem 3D e scanners deobjeto são armas do
"Fire", smarthphone daAmazon, para
conquistar usuários.
Onovo smartphone
da Amazon.com, o
"Fire", tem "recur-
sos" – como efeitos
em 3D e scanners de objetos –
que podem não ser o bastante
para atrair usuários dos iPho-
nes, da Apple, e do Galaxy S5,
da Samsung, que têm preços
similares, disseram analistas.
Entre os recursos de seu pri-
meiro smartphone, a Amazon
tem a "Perspectiva Dinâmi-
ca", quatro câmeras que ras-
treiam o rosto de um usuário e
simulam um efeito 3D na tela.
O telefone também conta
com um scanner chamado de
"Firefly", que permite que
usuários apontem o telefone
para um objeto e sejam dire-
cionados para a loja online da
Amazon para comprá-lo.
Estes recursos, no entanto,
não conseguiram impressio-
nar quem analisou o celular,
que será vendido nos Estados
Unidos a partir de hoje.
Geoffrey Fowler, do Wall
Street Journal, disse que o "Fi-
re" não consegue entregar re-
cursos importantes que usuá-
rios querem em um smartpho-
ne – longa vida de bateria e a
disponibilidade de aplicativos
populares, como o YouTube e o
Google Maps, do Google.
"O sucesso e o potencial do
Fire Phone dependem do Fire-
fly e do Perspectiva Dinâmica –
tecnologias legais e que de-
pendem de que desenvolve-
dores descubram maneiras
melhores de usá-las", disse
David Pierce, do The Verge.
"Por enquanto, (as tecnolo-
gias) só resolvem um proble-
ma que ninguém tem".
Li nh as – Com a habilitação
de 255,08 mil novas linhas de
telefonia móvel em junho, o
Brasil chegou à metade deste
ano com 275,71 milhões de
números ativos. Isso significa
que, para cada 100 brasilei-
ros, existem 136,06 acessos
móveis.
Segundo balanço divulgado
ontem, pela Agência Nacional
de Telecomunicações (Ana-
tel), no fim do mês passado, a
modalidade pré-paga era res-
ponsável por 76,99% do servi-
ço, com 212,27 milhões de li-
nhas. Já os 23,01% restantes
correspondiam às 63,44 mi-
lhões de assinaturas pós-pa-
gas.
Do total de linhas habilita-
das no País, 128,49 milhões
possibilitam o acesso à banda
larga, sendo que a quarta ge-
ração de internet móvel (4G) –
por meio da frequência de 2,5
gigahertz (Ghz) – já está dispo-
nível em 3,27 milhões de dis-
positivos.
Os dados mostram que a Vi-
vo continuou líder de mercado
no País em junho, tendo inclu-
sive ampliado sua fatia do se-
tor em relação a maio, passan-
do de 28,75% para 28,78%
das linhas habilitadas.
Já a TIM, segunda colocada
nesse ranking, apresentou re-
dução no "market share" de
27,03% para 26,91% no mes-
mo período. Na sequência,
aparecem Claro (24,95%), Oi
( 1 8 , 5 3 % ) , A l g a r / C T B C
(0,40%) e Nextel (0,37%).
(Agências)
Lojas Extra podem virar Pão de Açúcar
OGrupo Pão de Açúcar está analisan-
do a transformação de alguns super-
mercados da rede Extra em unida-
des da bandeira Pão de Açúcar, dentro do
plano de explorar melhor seus diferentes
formatos para elevar vendas.
Em teleconferência com analistas ontem, o
presidente-executivo da companhia, Ronal-
do Iabrudi, afirmou que a investida poderá ser
feita ainda este ano, e que segue a ascensão
de poder aquisitivo observada em algumas
regiões. A bandeira Pão de Açúcar é voltada
para um público de classe mais alta.
Questionado sobre a possibilidade de
transformar hipermercados em unidades
da rede de atacarejo Assaí – que vêm regis-
trando crescimento expressivo de receita –,
Iabrudi afirmou que, para o formato, a aná-
lise é sobre a possibilidade de diminuir os es-
paços destinados às lojas, implementando
galerias junto aos estabelecimentos.
"(Com o plano) conseguimos otimizar o
ativo e conseguimos levar fluxo de clien-
tes", afirmou.
Segundo Iabrudi, o GPA deverá entregar
sua meta de abertura de lojas e expansão de
metros quadrados com "pouco menos" de
R$ 2 bilhões no ano, cifra divulgada ante-
riormente como o investimento previsto pa-
ra 2014.
Empregados – O grupo encerrou junho com
3 mil funcionários a menos que no primeiro tri-
mestre, em um estratégia de aumento de pro-
dutividade e que ocorreu com a decisão da
companhia de acabar com operação de lojas
24 horas, além de sazonalidade.
O diretor financeiro da companhia, Chris-
tophe Hidalgo, disse que a empresa está em
"exercício contínuo de ganhos de produtivi-
dade", citando especialmente áreas admi-
nistrativas e de serviços de suporte conhe-
cidas como "back office" e os centros de dis-
t r i b u i ç ã o.
Em junho, o Brasil registrou a pior abertu-
ra de vagas formais de trabalho para o mês
desde 1998, em resultado que fez o governo
federal reduzir de maneira expressiva a pre-
visão de geração de empregos neste ano.
Maior empregador privado do país, o GPA
informou em resultado divulgado na véspe-
ra que fechou o segundo trimestre com 154
mil funcionários, ante 157 mil no fim de mar-
ço deste ano, números que incluem a Via Va-
rejo. (Reuters)
CERVEJA com inovaçãoe comodidade
Orap, o hiphop, o spirit, o funk e
os MCs ostentação são, hoje, o
maior pesadelo das gigantes do
mundo do luxo e das agências de publi-
cidade que as atendem. Um rapper na
frente de uma BMW, uma Ferrari ou um
Camaro (se for amarelo, então...), cer-
cado de “po pozud as” e daquelas que
ostentam “air-bags duplos” e bolsas
Louis Vuitton, extravagantes colares
Tiffany´s, derramando o espumante da
viúva, a Clicquot, ou do Dom Perignon
em partes íntimas ou exibindo barras
de ouro ou notas de reais ou dólares,
deixam as marcas e seus executivos de
cabelo em pé. É que, se durante déca-
das, venderam um padrão de compor-
tamento que pudesse ser aspiracional,
com belas paisagens, modelos com-
portados (daqueles que faziam a ale-
gria das famílias tradicionais), a classe
C, D e E chegou no pedaço, enriqueceu,
comprou os produtos de marca e os exi-
be. O conceito de beleza e paisagens
são outros.
Não é bem esse o marketing gratuito
que as marcas desejavam, mas é certa-
mente o doce sabor da vingança daque-
les que foram criados ouvindo falar que
isso ou aquilo era chic. Agora, podem
comprar e abusam da exibição, des-
montam o chic que existe por trás des-
ses produtos, aquele valor intangível.
Não é só a turma da música que rola
na periferia e nos alto-falantes dos car-
ros que está deixando marcas e execu-
tivos de publicidade focados no mer-
cado de luxo, perdidos. O que não fal-
tam são blogs de “c ox i n h a s ” e “empa-
das” . Exibem os produtos e nem
precisam pagar por eles: as marcas os
doam para um mailing que assessores
e caçadores de tendência consideram
relevantes acreditando que se trata de
bela estratégia de
marketing de rela-
c ionamento. O
drama é que, as-
s im, essas vão
ac el era dam en te
perdendo valor,
mas para a lgu-
mas agências tan-
to melhor ver uma
bolsa Louis-Vuiton nas mãos de uma
celebridade frívola de ocasião do que
na de Valeska Popozuda. Beijinho no
ombro das despeitadas: Valeska ven-
de mais que Tassia Naves e impõe mais
respeito e tem mais conteúdo, mas
conteúdo nos novos tempos é o que
menos importa. Mais tais discrepân-
cias revelam que o mundo das marcas
de luxo se apresenta num nível bem
mais baixo, para lá de baixo. A nova
realidade monetária sobretudo dos
países emergentes mostra apenas
que exposições como a que ocupa a
Faap, exibindo joias do Catar, como as
usadas pela princesa Diana, perderam
o sentido, não deixam mais ninguém
de queixo caído, nem o pessoa da os-
tentação nem o que gostava de osten-
tar, talvez apenas as blogueiras de
ocasião se seduzam. As agências tam-
bém se perdem nesse riscado. E dan-
çam, dançam. A vida para as marcas
de luxo não anda nada fácil.
E se as agências já enfrentam dificul-
dades com as marcas de luxo, também
têm grande desafio em relação ao co-
mércio. Pesquisa Ibope/Conecta divul-
gada no pós-Copa mostra que o jovem
internauta brasileiro possui, em média,
perfil em sete redes sociais.
Até aí, tudo bem, mas a informação
de que banners irritam 43% dos inter-
nautas preocupa, ainda que, ao mes-
mo tempo, 49% prestem atenção e
44% concordem que essas peças, por
vezes, têm informações interessantes
sobre promoções. O complicador é
que a publicidade ainda não sabe co-
mo dar o pulo do gato. De promoção
em promoção, o consumidor ganha, o
comércio e a indústria perdem e a ga-
linha enche o papo. E o gato e a gata os-
tentam, na moral!
Fotos: Divulgação
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17
Odebrecht TransPort S.A.CNPJ/MF nº 12.251.483/0001-86 – NIRE 35.300.381.548
Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaRealizada em 31 de maio de 2014
Data, hora e local: Realizada no dia 31 de maio de 2014 às 11:00 horas, na sede da Companhia,localizada na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 8º andar, Parte A, Butantã, Cidade de São Paulo, Estadode São Paulo, CEP 05501-050. Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Adriano Sa de SeixasMaia, Secretário. Convocação: Dispensada a convocação, na forma doArtigo 124, §4º da Lei nº 6.404,de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.s”), tendo em vista o comparecimentode acionistas representando a totalidade do capital social. Presença: Acionistas representando 100%(cem por cento) do capital social, conforme assinaturas no respectivo Livro de Registro de Presençade Acionistas. Ordem do dia: Dispensada a leitura pela unanimidade dos acionistas presentes.Deliberações: Os acionistas presentes tomaram, por unanimidade, as seguintes deliberações, sem,quaisquer emendas ou ressalvas: 1) autorizada a lavratura da ata desta assembleia em forma desumário, nos termos do Artigo 130, §1º da Lei das S.A.s; 2) ratificada e aprovada a nomeação econtratação, da empresa Guimarães e Sieiro Consultoria e Serviços Contábeis, inscrita no ConselhoRegional de Contabilidade sob o nº CRC - BA 004903/0-5 SP, CNPJ (MF) sob o nº 07.533.214/0001-72,sediada na Avenida Tancredo Neves, nº 939, Edifício Esplanada Tower - sala 907 - Caminho dasÁrvores, Salvador - BA, (“Guimarães e Sieiro”), tendo sido também ratificada a dispensa da presençade qualquer representante da referida empresa; sem prejuízo dos trabalhos, em face da inexistênciade quaisquer dúvidas em relação ao Laudo de Avaliação mencionado no item 3 abaixo, previamenteenviado à análise dos acionistas, tendo esta empresa procedido à avaliação, pelo critério de valorcontábil, da parcela do acervo líquido cindido na cisão parcial do patrimônio líquido da OdebrechtTransPort Participações S.A., sociedade por ações de capital fechado, com sede na cidade de SãoPaulo, Estado de São Paulo, Rua Lemos Monteiro, nº 120,8º andar, Parte B, Butantã, CEP 05501-050,inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.143.462/0001-11 (“OTPP”), a ser incorporada pela Companhia,conforme especificado no Protocolo e Justificação mencionado no item 4 abaixo (“Parcela Cindida”),com a elaboração do respectivo laudo de avaliação patrimonial da Parcela Cindida, nos termos doArtigo 229, §3º da Lei das S.A.s; 3) aprovado, após examinado e discutido, sem qualquer ressalva, o“Laudo de Avaliação de Acervo Líquido Contábil para Efeito de Cisão Parcial com Versão da ParcelaCindida para a Odebrecht TransPort S.A.”, elaborado pela Guimarães e Sieiro, o qual foi rubricado peloSecretário e arquivado na sede da Companhia, e cujas cópias, após rubricadas pelo Secretário, ficamfazendo parte integrante da presente ata, anexado ao Protocolo e Justificação mencionado no item 4abaixo (“Laudo de Avaliação”); 4) aprovados os termos e as condições do “Protocolo e Justificaçãopara Cisão Parcial da Odebrecht TransPort Participações S.A. seguida de Incorporação da ParcelaCindida pela Odebrecht TransPort S.A.” (“Protocolo e Justificação”), bem como seus anexos, firmadopela administração da Companhia e da OTPP, em 31 de maio de 2014, contendo a finalidade, asbases e demais condições, dentre outros, relacionadas à cisão parcial do patrimônio da OTPP, o qualfoi rubricado pelo Secretário e arquivado na sede da Companhia, e cuja cópia, após rubricada peloSecretário, fica fazendo parte integrante da presente ata como Anexo 1; 5) aprovada a incorporação,pela Companhia, da Parcela Cindida da OTPP, nos termos e condições estabelecidos no Protocoloe Justificação aprovado no item 4 acima, sem qualquer aumento ou modificação na composição docapital social da Companhia, tendo em vista que o valor líquido da Parcela Cindida, incorporada pelaCompanhia, no montante de R$ 103.500.000,00 (cento e três milhões e quinhentos mil reais) descritanos termos do Protocolo de Justificação, será integralmente incorporada ao patrimônio da Companhiamediante reclassificações entre contas do ativo, ficando os Diretores da Companhia autorizados apraticarem todos os atos necessários à incorporação da Parcela Cindida da OTPP, dando, destaforma, continuidade à etapa final de uma ampla reorganização societária envolvendo as holdings daOrganização Odebrecht, conforme ata de cisão da OTPP e ata de incorporação de parcela cindida daOTPP pela sua acionista Odebrecht TransPort S.A. ocorrida em 30 de junho de 2013, ata de cisão daOTPP e ata de incorporação de parcela cindida da OTPP pela sua acionista Odebrecht TransPort S.A.ocorrida em 30 de novembro de 2013, ata de redução de capital da OTPP ocorrida em 28 de dezembrode 2013 e ata de aumento de capital da OTPP ocorrida em 15 de janeiro de 2014; 6) consignado quecom a incorporação da Parcela Cindida pela Companhia, esta última sucederá a OTPP em relação atodos os seus direitos e obrigações relacionados, incluindo-se, sem limitação, os bens, direitos, haveres,obrigações, responsabilidades, valores e elementos contidos na escrituração societária e nos registrosde disposições da lei tributária, relativos à Parcela Cindida, independentemente de qualquer soluçãode continuidade e quaisquer outras formalidades, nos termos do Artigo 229, § 1º da Lei das S.A.s; e7) aprovada a celebração pela Companhia de todos os instrumentos que venham a ser necessáriosa fim de formalizar a sucessão consignada no item 6 acima. Encerramento, lavratura, aprovação eassinatura da ata: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assembleia, lavrando-se a presente ataque, após lida e aprovada, foi assinada pelos acionistas presentes, pelo Presidente e pelo Secretário,tendo os acionistas presentes autorizado a extração das certidões necessárias pelo Secretário daassembleia. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014.Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; AdrianoSa de Seixas Maia, Secretário. Acionistas: Odebrecht S.A., Fundo de Investimento do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS e BNDES Participações S.A. - BNDESPAR. Certifico e doufé que essa ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014. AdrianoSa de Seixas Maia, Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº270.244/14-1, em 14/07/2014. Flávia Regina Britto, Secretária-Geral em Exercício.
Odebrecht TransPort Participações S.A.CNPJ/MF nº 10.143.462/0001-11 – NIRE 35.300.358.091
Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaRealizada em 31 de maio de 2014
Data, hora e local – Realizada no dia 31 de maio de 2014 às 10:00 horas, na sede da Companhia,localizada na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 8º andar, Parte B, Butantã, Cidade de São Paulo, Estadode São Paulo, CEP 05501-050. Mesa – Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Adriano Sa de SeixasMaia, Secretário. Convocação: Dispensada a convocação, na forma doArtigo 124, §4º da Lei nº 6.404,de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.s”), tendo em vista o comparecimentode acionista representando a totalidade do capital social. Presença – Acionista representando 100%(cem por cento) do capital social, conforme assinaturas no respectivo Livro de Registro de Presença deAcionistas. Ordem do dia – Dispensada a leitura pelo acionista presente, representante de 100% (cempor cento) do capital social. Deliberações – O acionista presente tomou as seguintes deliberações,sem quaisquer emendas ou ressalvas: 1) autorizada a lavratura da ata desta assembleia em formade sumário, nos termos do Artigo 130, §1º da Lei das S.A.s; 2) ratificada e aprovada à nomeaçãoe contratação, realizada previamente pela administração da Companhia, da empresa Guimarães eSieiro Consultoria e Serviços Contábeis, inscrita no Conselho Regional de Contabilidade sob o nº CRC- BA 004903/0-5 SP, CNPJ (MF) sob o nº 07.533.214/0001-72, sediada na Avenida Tancredo Neves,nº 939, Edifício Esplanada Tower - Sala 907 - Caminho das Árvores, Salvador - BA, (“Guimarães eSieiro”), representada pelo seu sócio-diretor, Sr. Hélio Rodrigues Guimarães, brasileiro, casado,contador, portador da Cédula de Identidade RG nº 00.279.755-09 SSP/BA, inscrito no CPF (MF) sob onº 004.637.015/34 e no Conselho Regional de Contabilidade sob nº CRC - BA 004810/0-7 SP, o qualesclareceu que a Guimarães e Sieiro, por já ter sido contratada previamente, já vinha analisando aevolução das contas patrimoniais da Odebrecht TransPort Participações S.A. e, portanto, estava emcondições de apresentar o Laudo de Avaliação mencionado no item 3, o qual, nos termos do Artigo229, § 3º da Lei das S.A.s e alterações posteriores, apresenta o resultado da avaliação, pelo critériode valor contábil, da parcela do acervo líquido a ser cindido do patrimônio líquido da Companhia eincorporado pela Odebrecht TransPort S.A., sociedade anônima, com sede na Cidade de São Paulo,Estado de São Paulo, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050,inscrita no CNPJ/MF sob o nº 12.251.483/0001-86 (“OTP” ou “Incorporadora”), na data-base de 30de abril de 2014 (“Data Base”); 3) aprovado após examinado e discutido o: “Laudo de Avaliação deAcervo Líquido Contábil para Efeito de Cisão Parcial com Versão da Parcela Cindida para a OdebrechtTransPort S.A..” elaborado pela Guimarães e Sieiro, o qual foi rubricado pelo Secretário e arquivadona sede da Companhia, e cuja cópia, após rubricada pelo Secretário, fica fazendo parte integranteda presente ata, anexada ao Protocolo e Justificação mencionado no item 4 abaixo (“Laudo deAvaliação”); 4) aprovados os termos e as condições do “Protocolo e Justificação para Cisão Parcial daOdebrecht TransPort Participações S.A. seguida de Incorporação da Parcela Cindida pela OdebrechtTransPort S.A..” (“Protocolo e Justificação”), bem como seus anexos, firmado pela administração daCompanhia e da OTP, em 31 de maio de 2014, contendo a finalidade, as bases e demais condições,dentre outros, relacionadas à cisão parcial do patrimônio da Companhia, seguida de incorporação daParcela Cindida pela OTP, o qual foi rubricado pelo Secretário e arquivado na sede da Companhia, ecuja cópia, após rubricada pelo Secretário, fica fazendo parte integrante da presente ata como Anexo1; 5) aprovada a cisão parcial do patrimônio da Companhia, seguida de incorporação da parcela cindidapela Incorporadora, nos termos e condições estabelecidos no Protocolo e Justificação, aprovado noitem 4 acima, ficando a administração desta Companhia desde já autorizada a praticar todos os atoscomplementares e/ou decorrentes da cisão parcial ora aprovada, com amplos e gerais poderes paraproceder a todos os registros, transcrições, averbações ou comunicações que se fizerem necessáriosem decorrência da operação aprovada, dando, desta forma, continuidade à etapa final de uma amplareorganização societária envolvendo as holdings da Organização Odebrecht, conforme ata de cisãoda Companhia e ata de incorporação de parcela cindida da Companhia pela sua acionista OdebrechtTransPort S.A. ocorrida em 30 de junho de 2013, ata de cisão da Companhia e ata de incorporaçãode parcela cindida da Companhia pela sua acionista Odebrecht TransPort S.A. ocorrida em 30 denovembro de 2013, ata de redução de capital da Companhia ocorrida em 28 de dezembro de 2013e ata de aumento de capital da Companhia ocorrida em 15 de janeiro de 2014; e 6) aprovada, emdecorrência da cisão parcial aprovada no item 5 acima, a redução do capital social da Companhia emR$ 103.500.000,00 (cento e três milhões e quinhentos mil reais), tal como especificado no Protocoloe Justificação, passando assim o capital social de R$ 651.008.429,13 (seiscentos e cinquenta eum milhões, oito mil, quatrocentos e vinte e nove reais e treze centavos) para R$ 547.508.429,13(quinhentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e oito mil, quatrocentos e vinte e nove reais etreze centavos), com o cancelamento de 103.500.000 (cento e três milhões e quinhentas mil) açõesordinárias, integralmente detidas pela única acionista OTP. Em consequência, o caput do Artigo 4ºdo Estatuto Social da Companhia foi alterado, passando a vigorar com a seguinte nova redação:“Artigo 4º – O Capital Social é de R$ 547.508.429,13 (quinhentos e quarenta e sete milhões,quinhentos e oito mil, quatrocentos e vinte e nove reais e treze centavos), dividido em 547.508.428(quinhentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e oito mil e quatrocentas e vinte e oito) açõesordinárias nominativas, e sem valor nominal”. Encerramento, lavratura, aprovação e assinaturada ata: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assembleia, lavrando-se a presente ata que,após lida e aprovada, foi assinada pelo acionista presente, pelo Presidente e pelo Secretário, tendosido autorizado pelo acionista presente a extração das certidões necessárias pelo Secretário daassembleia. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014.Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; AdrianoSa de Seixas Maia, Secretário. Acionista: Odebrecht TransPort S.A. Certifico e dou fé que essa ata écópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo/SP, 31 de maio de 2014. Adriano Sa de Seixas Maia,Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 270.243/14-8,em 14.07.2014. Flávia Regina Britto, Secretária-Geral em Exercício.
CIA SÃO GERALDO DE VIAÇÃO - CNPJ nº 19.315.118/0001-37 - NIRE - 3530032417-0 - ATA DE ASSEMBLEIAGERAL ORDINÁRIA - Aos 02 (dois) dias do mês de julho de 2014, as 9:00 (nove) horas, na sede social localizada na RuaTerceiro Sargento João Soares de Faria, nº 450, bairro Parque Novo mundo, na cidade de São Paulo, estado de São Paulo,reuniram-se os acionistas da Cia São Geraldo de Viação, sob a presidência do Sr. Luiz Carlos Gontijo que convidou o Sr.Abílio Gontijo Junior para secretariar aos trabalhos. Verificada a presença da totalidade dos acionistas, foi aberta e decla-rada regular a assembleia independentemente de prévia convocação, na forma do § 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404/76;Assim, após debates e discussões e analisados os documentos pertinentes, deliberaram, por unanimidade: (i) Aprovadasas demonstrações financeiras relativamente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, publicadas no jornais DiárioOficial do Estado de São Paulo, pag. 17 e 18 e Jornal Diário do Comércio, pag. 19 ambos do dia 01 de julho de 2014,conforme cópias em anexo, demonstrações essas que os acionistas declaram ter pleno conhecimento. (ii) O resultado doexercício será mantido em conta especifica do Patrimônio Liquido. Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outramanifestação, lavrou-se a presente ata em forma sumária que, lida, foi aprovada por todos os acionistas sem restrições.Assinando (aa) Acionistas e diretores: Abílio Pinto Gontijo, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado em BeloHorizonte/MG, na Alameda do Ipê Amarelo, nº 1330 Bairro São Luiz, CEP: 31275-090 portador da CI. MG-215.353 SSP/MG e CPF/MF-129.772.686-34; Abílio Gontijo Junior, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado em BeloHorizonte/MG, na Alameda dos Coqueiros, nº 510 Bairro São Luiz, CEP: 31270-820, portador da CI. MG-374.249 SSP/MG e CPF/MF-129.772.686-34; Luiz Carlos Gontijo, brasileiro, divorciado, economista, residente e domiciliado em BeloHorizonte/MG, na Rua São Paulo, nº 2.344 Apto 1201 Bairro Lourdes, CEP: 30170-132, portador da CI. M-1.073.353SSP/MG e CPF/MF-434.427.146-72; Marco Antonio Boaventura Gontijo, brasileiro, casado, empresário, residente e do-miciliado em Nova Lima/MG, na Alameda do Morro, nº 85 AX Torre 02 Bairro Vale do Sereno, CEP: 34000-000, portadorda CI. M-1.078.435 SSP/MG e CPF/MF-523.095.686-00, Júlio César Gontijo, brasileiro, separado, empresário, residentee domiciliado em Belo Horizonte/MG, na Rua São Paulo, nº 2.145 Apto 1.701 Bairro Lourdes, CEP: 30140-082, portadorda CI. M.343.455 SSP/MG e CPF/MF-255.639.806-00 e Gontijo Participações S/A, empresa de direito privado, localizadaem Belo Horizonte/MG, na Rua Professor José Vieira de Mendonça, nº 475 Bairro Engenho Nogueira, CEP: 31310-260,representada neste ato pelo Sr.Abílio Pinto Gontijo, já qualificado. Certificamos que a presente ata confere com a original,lavrada no livro de atas das Assembleias Gerais e que os documentos ficam arquivados na sociedade. São Paulo/SP, 02 dejulho de 2.014. Luiz Carlos Gontijo - Diretor e Presidente da AGE, Abílio Gontijo Junior - Diretor e Secretario da AGE Vistodo advogado: Márcia Braga de Oliveira Bicalho-OAB/MG 84.506. JUCESP nº 274.366/14-9 em 16/07/2014.
MARQUESA S.A.CNPJ/MF nº 46.886.040/0001-83 - NIRE 35.300.036.093
Edital de Convocação para Assembleia Geral ExtraordináriaFicam os Srs. Diretores e Acionistas convocados a comparecerem na sede social da Cia, sito aRua Quinto Cavani, 101 B, Setor Industrial, Itapeva/SP, no dia 29 de Julho de 2014 às 08:00. Ordemdo dia: i) Aprovação da alienação das ações detidas na Duquesa S.A., mediante a celebração doContrato de Compra e Venda de Ações; ii) outros assuntos de interesse. Itapeva/SP, 23.07.2014.Jorge Francisco Henriques - Diretor Presidente (24, 25 e 26.07.14)
Blau Farmacêutica S.A.CNPJ nº 58.430.828/0001-60 - NIRE 35.300.416.406
Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas desta Companhia, em sua sede social, localizada no Município deCotia,Estado de São Paulo,na Rodovia RaposoTavares,Km 30,5,nº 2.833,Unidade I,Prédio 100,Bairro Barro Branco,CEP 06705-030,os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404/76, quais sejam: a) relatório da administração sobre os negócios sociais e os principaisfatos administrativos do exercício findo; b) cópia das demonstrações financeiras; e c) proposta da Diretoria sobre a destinação do lucro líquidorelativo ao exercício social encerrado em 31/12/2013.
Cotia, 24 de julho de 2014. A Diretoria
WORKTEN CONSULTORIA TÉCNICA E INFORMÁTICA LTDA. CNPJ nº 01.282.183/0001-48, por seus sócios declara extinta a sociedade em 06.06.2014, conforme distrato social.
PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP
CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 17/14A PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, pela Presidência da Comissão Permanente de Licitações e com base na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, torna público aos interessados, que se acha aberta: Concorrência Pública nº 17/14 - reforma da E.M.E.F. Agostinho da Silva, localizada na Rua Otavio Rodrigues de Souza, 350 - Pq. Paduan, com vencimento às 08h30 do dia 27/08/2014. O Edital completo encontra-se disponível no De-partamento de Compras, no horário das 08h às 12h e das 14h às 18h, podendo ser adquirido mediante recibo original de depósito do Banco Santander, Agência 0056 - Conta-corrente nº 45000273-2, no valor de R$ 52,00 (cinquenta e dois reais) cada edital ou gratuitamente no site desta Prefeitura www.taubate.sp.gov.br.
P.M.T., aos 24/07/2014. Márcia Ferreira dos Santos – Presidente C.P.L.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 108/2014
A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº. 108/14, referente à “Aquisição de 03 rolos compactadores monocilíndricos manuais, não tripulados equipados, com suporte para transporte, motor a gasolina de 04 tempos, indicado para compactação de brita e asfalto”, com encerramento dia 11/08/2014, às 8h e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 24 de julho de 2014.
PREGÃO Nº 137/2014A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 137/14, referente à “Contratação de empresa especializada na realização de exames de eletroencefalograma sem sono induzido e com sono induzido pelo período de 12 (doze) meses”, com encerramento dia 11/08/2014, às 14h e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 24 de julho de 2014.
PREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 223/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº 223/14, referente à “Aquisição de fórmula infantil para alimentação escolar, conforme Termo de Referência”, com encerramento dia 07/08/2014, às 8h e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 24 de julho de 2014.
AVISO DE EDITAL - TOMADA DE PREÇOS Nº 015/2014ÓRGÃO: Prefeitura Municipal de Registro - EDITAL: Tomada de Preços nº 015/2014 - OBJETO: REFERENTE A CON-TRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAR OS SERVIÇOS CONFORME SEGUE: - 1 - CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE ACADEMIA AO AR LIVRE EM PRAÇA PÚBLICA, NA RUA “S”, BAIRRO NOSSO TETO, NO MUNICÍPIO DE REGISTRO/SP, PAGOS ATRAVÉS DE RECURSOS PRÓPRIOS. SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E OBRAS. 2 – CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE ESPAÇO PARA PRÁTICAS ESPORTIVAS NA PRAÇA DO JARDIM BRASIL, NO MUNICÍPIO DE REGISTRO/SP, PAGOS ATRAVÉS DO CONTRATO DE REPASSE Nº 0301255-46/2009/MINISTÉRIO DO ESPORTE/CAIXA. SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E OBRAS. – DATA PARA CADASTRO(para empresas não cadastradas): até o terceiro dia anterior a data do recebimento das propostas - ENTREGA DOS ENVELOPES nº 01 (Documentação) e 02-(Proposta de Preços): até as 09 horas do dia 15/08/2014. ABERTURA DOS ENVELOPES nº 01-Habilitação e 02-Proposta às 09 horas e 30 minutos do dia 15/08/2014. FORMALIZAÇÃO DE CON-SULTAS: Pelo telefone (13) 3828-1000 r. 1032 ou Tel/Fax (13) 3821-2565 ou pelo e-mail licitacao2@registro.sp.gov.br. O Edital completo poderá ser obtido pelos interessados na Seção Técnica de Compras, Material e licitações, de segunda a sexta-feira, no horário de 08:30 às 17:00 horas, pelo endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Registrowww.registro.sp.gov.br, campo “Licitações” link “Editais”. PREFEITURA MUNICIPAL DE REGISTRO, em 24 de julho de 2014. DÉBORA GOETZ - SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO
SALDO ANTERIOR DE DÉFICITS ACUMULADOS + (20.029,97)DÉFICIT LÍQUIDO DO PERÍODO-BASE + (31.499,74)SOMA DOS RECURSOS (51.629,71)TRANSFERÊNCIA PARA PATRIMÔNIO SOCIAL + (20.029,97)SOMA DAS APLICAÇÕES (31.499,74)SUPERÁVITS OU DÉFICITS ACUMULADOS 31.499,74
Ç ( )
Superávit Acumulado TotalSaldo em 31 de dezembro de 2011 425.862 425.862Déficit do Exercício -20.030 -20.030Ajuste de Exercícios Anteriores 43.869 43.869Transferência para Patrimônio Social -29.170 -29.170Saldo em 31 de dezembro de 2012 420.531 420.531Déficit do Exercício -31.500 -31.500Ajuste de Exercícios Anteriores 267 267Saldo em 31 de dezembro de 2013 389.299 389.299
1. CONTEXTO OPERACIONAL: A Casa de Apoio Brenda Lee é constituída sob forma de “Associação Civil de Direito Privado”, sem fins econômicos, tendo como obje-tivo principal dar apoio, solidariedade, orientação, abrigo e cuidados às pessoas vivendo com HIV/AIDS. 2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: As demonstra-ções contábeis foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, que levam em consideração as Normas Brasileiras de Contabilidade – ITG 2002 específica para entidades sem finalidades de lucros e a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pe-quenas e Médias Empresas, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade para preparação de suas demonstrações financeiras – CPC PME (IFRS para SME do IASB): a. Disponibilidade: Caixa e equivalentes incluem caixa, saldos em conta movimento e aplicações financeiras resgatáveis no prazo de 90 dias a contar da data do balanço, classificados na categoria de ativos financeiros com contraparti-da no resultado. Esses investimentos são avaliados ao custo, acrescidos de juros até a data do balanço, e marcados a mercado, sendo o ganho ou a perda registrado no resultado do exercício. Conforme nota explicativa 3 (três). b. Imobilizado: Os
bens do ativo imobilizado estão registrados pelo valor do custo, deduzido das res-pectivas depreciações calculadas pelo método linear, considerando-se o período de vida útil econômica dos respectivos bens. c. Demais Obrigações: Demonstra-das pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos até a data do balanço. d. Regime Contábil: O regime contábil adotado pela Entidade é o competência. e. Classificação das Receitas: As receitas da Entidade foram classificadas em: doações diversas, alu-guéis, rendimentos com aplicações financeiras, juros s/aplicações financeiras e estorno de tarifa bancária. f. Aplicação dos Recursos: Os recursos da Entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, de conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas e investimentos patrimoniais.g. Gratuidades: Os serviços oferecidos pela Entidade são em sua totalidade gra-tuitos, por isso a mesma não possui contas especificas de gratuidades oferecidas.3. DISPONIBILIDADES 2013 2012Caixa 3.690 4.898Banco 50 27.785Aplicação Financeira 37.351 38.988Total 41.091 71.6714. CRÉDITOS 2013 2012INSS a Recuperar - 847Imóveis Vendidos 25.000 55.000Adiantamento de Férias - 991Total 25.000 56.8385. IMOBILIZADO 2013 2012a) Composição: Tx. Anual Custo Deprec. Valor Valor Deprec. Corrig. Acum. Residual ResidualImobilizadoTerrenos - 245.000 - 245.000 245.000Máquinas e Equiptos. - 75 - 75 75Instalações - 2.200 - 2.200 2.200Equip. de informática - 2 - 2 2Imóveis Edificados 4% 172.255 (95.173) 77.082 83.962Móveis e Utensílios 10% 11.797 (10.533) 1.264 1.933Veículos 20% 22.183 (22.183) - -Total Imobilizado 453.512 (127.889) 325.623 333.172Os Bens que compõem os grupos de Máquinas e Equipamentos, Instalações e Equipamentos de Informática foram adquiridos como doações.b) Movimentação: 2013 2012Saldo no Início do Exercício 453.512 453.512Aquisições - -Baixas - -Saldo ao Final do Exercício 453.512 453.5126. ADIANTAMENTOS 2013 2012PMSP – Programa Municipal DST/AIDS - 38.509Total - 38.509Constituem-se em valores (vinculados) recebidos de órgãos públicos. 7. REMU-NERAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: a) Remuneração da Administração: O estatuto social da Entidade possui previsão de não remuneração dos membros do Con-selho. Dessa forma, a Entidade não concede nenhum tipo de remuneração, van-tagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes foram atribuídas pelos respectivos atos constitutivos. 8. PATRIMÔNIO SOCIAL: a) Patrimônio Social: É composto, substancialmente, pelo patrimônio social e pelos superávits/déficits apurados anualmente. Em caso de extinção ou desqualificação da Organização Social, seu patrimônio, legados ou doações, assim como eventuais excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, serão destinados integralmente ao patrimônio de outra Organização Social, qualificada no âmbito do Estado de São Paulo na mesma área de atuação, escolhida em Assembleia Geral e a patrimônio do Estado, na proporção dos recursos e bens por estes alocados, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 846/98 e no Decreto Estadual nº 43.493/98.9. RENÚNCIA FISCAL: a) Renúncia Fiscal: Imunidade: Nos termos do artigo 150
VI, “C” da Constituição Federal, a Casa de Apoio Brenda Lee goza de imunidade de imposto sobre sua renda (IRPJ), patrimônio e serviços, conforme artigo 14 do Código Tributário Nacional. Isenção: A Entidade é isenta da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) conforme o inciso 1 do artigo 15 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. As receitas próprias da entidade são isentas da Con-tribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) conforme artigo 14 X da medida provisória Nº 2158-35, de 24 ade agosto de 2001. Em relação à Contribuição Social para Programa de Integração Social (PIS), a entidade esta sujeita ao recolhimento da contribuição calculada sobre a folha de salários a alí-quota de 1%, conforme disposto no artigo 13 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
São Paulo, 31 de dezembro de 2013.Maria Luiza Augusto Martins - Presidente
Israel Antonio Cintra Corrêa - Contador - CRC.: 1SP160.023/O-3
ATIVO 2013 2012 CIRCULANTE 66.091,20 128.507,74 DISPONIBILIDADES 41.091,20 71.670,09*BENS NUMERÁRIOS 3.689,91 4.897,61CAIXA ADMINISTRATIVO 40,50 99,17CAIXA - ESTACIONAMENTO 3.625,43 4.774,46CAIXA - BANCO DO BRASIL 23,98 23,98*BANCOS/CONTA MOVIMENTO 49,98 27.784,95SANTANDER (0143-13-003310-1) BRENDA 23,38 27.748,95BANCO DO BRASIL (23711-6) - BRENDA 26,60 36,00*APLICAÇÃO FINANCEIRA 37.351,31 38.987,53APLIC.FIN.B.B. NC FIC (100399-2)-BRENDA 464,68 618,75APLIC.FIN.B.B.R CDB (00023711-6)-BRENDA 0,00 28.911,12APLIC. BB CP (23711-6) BRENDA 0,00 9.457,66APLIC.FINANC.SANTANDER - BRENDA 36.886,63 0,00CRÉDITOS 25.000,00 56.837,65*TRIBUTOS A RECUPERAR 0,00 846,51I.N.S.S.A RECUPERAR 0,00 846,51*OUTROS CRÉDITOS 25.000,00 55.991,14IMÓVEIS VENDIDOS 25.000,00 55.000,00ADIANTAMENTO DE FÉRIAS 0,00 991,14NÃO CIRCULANTE 326.173,26 333.722,34IMOBILIZADO 325.623,26 333.172,34*BENS MÓVEIS 14.074,03 14.074,03MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 74,80 74,80MÓVEIS E UTENSÍLIOS 11.797,23 11.797,23EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA 2,00 2,00INSTALAÇÕES 2.200,00 2.200,00*IMÓVEIS EDIFICADOS 172.255,00 172.255,00RUA MAJOR DIOGO, 779 - BELA VISTA/SP 172.255,00 172.255,00*TERRENOS 245.000,00 245.000,00RUA MAJOR DIOGO, 800 - BELA VISTA/SP 245.000,00 245.000,00*VEÍCULOS 22.182,47 22.182,47VEÍCULOS 22.182,47 22.182,47*(-) DEPREC./AMORTIZAÇÃO/EXAUSTÃO (10.532,99) (9.863,87)(-) DEPREC.MÓVEIS E UTENSÍLIOS (10.532,99) (9.863,87)*(-) DEPRECIAÇÃO DE IMÓVEIS (95.172,78) (88.292,82)(-) DEPR.R.MAJOR DIOGO,779-B.VISTA/SP (95.172,78) (88.292,82)*(-) DEPRECIAÇÃO DE VEICULOS (22.182,47) (22.182,47)(-) DEPRECIAÇÃO DE VEICULOS (22.182,47) (22.182,47)INTANGÍVEL 550,00 550,00*INTANGÍVEL 550,00 550,00MARCAS E PATENTES 550,00 550,00TOTAL DO ATIVO 392.264,46 462.230,08
PASSIVO 2013 2012CIRCULANTE 2.965,64 41.698,61OBRIGAÇÕES DE CURTO PRAZO 2.965,64 41.698,61*TRIBUTOS A RECOLHER 21,60 18,08PIS S/FOLHA DE PAGTO 21,60 18,08*SALÁRIOS/ENC.SOCIAIS A PAGAR/RECOLHER 2.442,04 2.462,13I.N.S.S.A RECOLHER 386,64 104,86FGTS A DEPOSITAR 86,40 144,64FÉRIAS A PAGAR 1.969,00 2.212,63*OBRIGAÇÕES DIVERSAS 502,00 709,50SERVIÇOS PRESTADOS - PJ 502,00 709,50*ADIANTAMENTOS DIVERSOS 0,00 38.508,90PMSP - PROGRAMA MUNICIPAL DST/AIDS 0,00 38.508,90PATRIMÔNIO LÍQUIDO 389.298,82 420.531,47PATRIMÔNIO LÍQUIDO 389.298,82 420.531,47PATRIMÔNIO SOCIAL 389.298,82 440.561,44PATRIMÔNIO SOCIAL 389.298,82 440.561,44*DÉFICIT OU SUPERÁVIT ACUMULADO 0,00 (20.029,97)(-) DÉFICIT DO EXERCÍCIO 0,00 (20.029,97)TOTAL DO PASSIVO: 392.264,46 462.230,08
2013 2012RECEITA BRUTA OPERACIONAL DOAÇÕES 25.555,37 32.328,68RECEITA BRUTA OPERACIONAL Total: 25.555,37 32.328,68RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 25.555,37 32.328,68Superávit Operacional Bruto 25.555,37 32.328,68(-) DESPESAS OPERACIONAIS Gerais e Administrativas SALÁRIO (13.510,13) (3.285,81) I.N.S.S. (4.642,07) (3.490,20) FGTS (1.811,07) (1.582,93) PIS S/FOLHA DE PAGAMENTO (172,30) (205,87) ABONO PECUNIÁRIO (444,44) (0,00) 13º SALÁRIO (1.282,00) (1.538,67) FÉRIAS (1.722,59) (2.034,85) VALE TRANSPORTE (120,00) (744,00) MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS (3.147,00) (50,00)DESPESAS MÉDICAS (0,00) (30,00) CART.DE REG.DE IMÓVEIS/TABELIÃO DE NOTAS (305,95) (180,34) MATERIAL DE ESCRITÓRIO (573,85) (1.852,53) HIGIENE E LIMPEZA (62,73) (147,99) COPA, COZINHA E REFEITÓRIO (280,15) (641,37) CONDUÇÕES (1.798,20) (3.263,49) SERVIÇOS PRESTADOS - PJ (6.526,20) (6.153,50) COMBUSTÍVEL/LUBRIFICANTE (90,00) (40,02) MANUTENÇÃO E REPAROS (5.249,97) (3,431,74)VESTUÁRIO / UNIFORMES (0,00) (152,60)PRODUTOS DIVERSOS (0,00) (25,00) LANCHES E REFEIÇÕES (613,94) (901,29) ASSINATURAS/PUBLICAÇÕES (5.468,40) (4.305,00) TELEFONE (3.740,64) (396,62) ÁGUA E ESGOTO (1.936,52) (9.086,14) ENERGIA ELÉTRICA (2.802,63) (371,78) DEPRECIAÇÕES/AMORTIZAÇÕES (7.549,08) (7.549,08) SERVIÇOS PRESTADOS DIVERSOS (23.174,53) (23.426,67) CORREIOS E MALOTES (83,96) (344,25) CONSUMO DE GÁS (914,17) (542,75) SEGUROS (110,38) (0,00) LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS (65,86) (0,00)DESPESAS DIVERSAS (0,00) (189,50) CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (282,14) (307,02) T.F.E. (115,00) (108,66) I.R.R.F.S/APLIC.FINANCEIRA (16,86) (3,89) I.O.F. (1,39) (5,80) TAXAS DIVERSAS (502,28) (449,70) Gerais e Administrativas Total: (89.116,43) (76.839,06)(-) DESPESAS OPERACIONAIS Total: (89.116,43) (76.839,06)(-) DESPESAS/RECEITAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS (-) Despesas financeiras DESPESAS BANCÁRIAS (910,60) (1.036,80)MULTAS (0,00) (4,80) JUROS (8,75) (5,86) (-) Despesas financeiras Total: (919,35) (1.047,46) Receitas financeiras RENDIMENTO DE APLIC.FINANCEIRA 480,67 966,60JUROS S/APLIC.FINANCEIRA 0,00 355,21ESTORNO DE TARIFA BANCÁRIA 0,00 206,06 Receitas financeiras Total: 480,67 1.527,87(-) DESPESAS/RECEITAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Total: (438,68) 480,41(+/-) OUTRAS DESP/REC.OPERACIONAIS Receitas diversas ALUGUEL 32.500,00 24.000,00 Receitas diversas Total: 32.500,00 24.000,00(+/-) OUTRAS DESP/REC.OPERACIONAIS Total: 32.500,00 24.000,00Défcit Operacional (31.499,74) (20.029,97)Défcit Antes do IR., CSL e Participações (31.499,74) (20.029,97)Défcit Líquido antes das Participações (31.499,74) (20.029,97)Défcit Líquido do Exercício (31.499,74) (20.029,97)
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: Pregão Eletrônico Nº 59/00030/13/05OBJETO: Prestação de serviços de vigilância eletrônica com instalação, locação, manutenção e operação de sistemas de alarme de intrusão; circuito fechado de TV (CFTV); gravação local e remota, monitoramento remoto dos alarmes e das imagens quando de um evento, a serem implantados em Escolas Estaduais e sedes de Diretorias de Ensino localizadas na Capital, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, conforme detalhamento constante do Anexo II - Projeto Básico - Especificações Técnicas, parte integrante deste Edital. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Prestação de serviços de vigilância eletrônica com instalação, locação, manutenção e operação de sistemas de alarme de intrusão; circuito fechado de TV (CFTV); gravação local e remota, monitoramento remoto dos alarmes e das imagens quando de um evento, a serem implantados em Escolas Estaduais e sedes de Diretorias de Ensino localizadas na Capital, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, conforme detalhamento constante do Anexo II - Projeto Básico - Especificações Técnicas, parte integrante deste Edital. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 25/07/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 07/08/2014, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 25/07/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.
RGB RESTAURANTES LTDA - CNPJ/MF: 62.505.847/0001-85 - CISÃO PARCIALCom seu registro na JUCESP sob n° 35.204.610.10-8 em sessão de 19/08/1969 - comunica a cisão parcial com trans-ferência de parte do seu capital no valor de R$ 270.787,00 (duzentos e setenta mil, setecentos e oitenta e sete reais) com a empresa Galetos Restaurantes Ltda. no papel de CINDIDA tal ato foi registrado em 21/05/2014 sob n° 197.724/14-0.
GALETOS RESTAURANTES LTDA - CNPJ/MF: 47.682.133/0001-59 - CISÃO PARCIALCom seu registro na JUCESP sob n° 35.205.259.47-1 em sessão de 23/03/1976 - comunica a cisão parcial resultando no aumento do seu capital em R$ 270.787,00 (duzentos e setenta mil, setecentos e oitenta e sete reais) com a empresa RGB Restaurantes Ltda. no papel de Incorporadora tal ato foi registrado em 21/05/2014 sob n° 197.724/14-0.
CONDOMÍNIO EDIFÍCIO DOM STEPHANO“EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA”
Por este edital, ficam convocados os senhores condôminos do EDIFÍCIO DOM STEPHANO, situa-do na Rua Santa Virginia, nº 356 – Parque São Jorge – Tatuapé – São Paulo/SP, CEP 03084-000,para ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, à realizar-se no dia 31 de julho do corrente ano,no Hall de entrada, às 20h00 (vinte horas) em primeira convocação, com o quorum de 2/3 da totali-dade das frações ideais do edifício e, às 20h30 ( vinte horas e trinta minutos) em segunda chama-da, com qualquer número de presentes, com a seguinte ordem do dia: 1 - Deliberação acerca daresponsabilização da ADB Administração de Condomínios na Assembléia que elegeu a CHAPA 1no dia 24/06/2014, em transgressão a convenção condominial e edital; 2 - DELIBERAÇÃO ACER-CA DA INVALIDADE DA ASSEMBLÉIA REALIZADA, EFEITOS JURÍDICOS E SUAS CONSE-QUÊNCIAS; 3 – VOTAÇÃO PARA O AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS EDESTITUÍÇÃO DA SÍNDICA; 4 - APRESENTAÇÃO DAS CHAPAS CONCORRENTES E MEM-BROS DA COMISSÃO GESTORA (SÍNDICO , CONSELHO DIRETIVO E FISCAL); 5 – VOTAÇÃODAS CHAPAS CONCORRENTES A COMISSÃO GESTORA; 6 - ASSUNTOS GERAIS. Os condô-minos que se fizerem representar por procuração, deverão apresentá-la com firma reconhecida noinício dos trabalhos, deixando a mesma com o secretário, para arquivo, após aprovação do fiscalda(s) chapa(s) concorrente(s). Nos termos da convenção, podem votar apenas os condôminos qui-tes com as obrigações condominiais (art. 1.336, I /CCB) e apenas um condômino poderá se fazerrepresentado por outro, salvo tratar-se de mandatário profissional com poderes inerentes ao exer-cício da profissão, desde que a assinatura do condômino seja reconhecida em cartório, apresenta-das ao fiscal da chapa adversa. São Paulo, 25 de julho de 2014. Comissão Especial de Condômi-nos, com fundamento no art. 1355 do CCB.
AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 05/2014, PROCESSO: 473/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para reforma com ampliação de área e aplicação de sistema deenergia renovável no CESAP, Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 11/08/2014, entrega dosenvelopes às 09h00 e sessão às 9h30, LOCAL DA LICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal,na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegrano Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horário comercial.Informações: (11) 4693-8014. ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.
AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 06/2014, PROCESSO: 476/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para reforma com ampliação de área e aplicação de sistema deenergia renovável na UBS Jd. Dulce, Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 11/08/2014,entrega dos envelopes às 09h00 e sessão às 14h00, LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do PaçoMunicipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtidona íntegra no Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horáriocomercial. Informações: (11) 4693-8014. ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.
AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 09/2014, PROCESSO: 538/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para execução de obra para instalações de prédio público paraatividades de fomento ao turismo na Estrada Municipal Argemiro de Souza Melo s/n, bairro Luiz Carlos,Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 12/08/2014, entrega dos envelopes às 09h00 e sessãoàs 14h00, LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca,35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegra no Paço Municipal, na Praça Cel.Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horário comercial. Informações: (11) 4693-8014.ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.
AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Tomada de Preços 08/2014, PROCESSO: 537/2014, OBJETORESUMIDO: Contratação de empresa para execução de obra da Casa de Brincar, localizada na esquinada Estrada Municipal Argemiro de Souza Melo x Rua Sebastião de Souza, bairro Luiz Carlos,Guararema/SP, DATA E HORA DA LICITAÇÃO: 12/08/2014, entrega dos envelopes às 09h00 e sessãoàs 9h30, LOCAL DA LICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca,35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegra no Paço Municipal, na Praça Cel.Brasílio Fonseca, 35, centro, Guararema/SP, em horário comercial. Informações: (11) 4693-8014.ADRIANO DE TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.
Beleza.Com Comércio de Produtos de Beleza e Serviços de Cabeleireiros S.A.CNPJ/MF nº 11.724.258/0001-57
Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Em milhares de Reais)Balanços Patrimoniais
Ativo 2013 2012Caixa e equivalentes de caixa 1.447 7.344Contas a receber 5.511 4.081Impostos a recuperar 275 113Estoques 6.911 5.414Outros créditos 144 193
Total do ativo circulante 14.288 17.145Imobilizado 668 792Ativo intangível 1.675 829
Total do ativo não circulante 2.343 1.621Total do ativo 16.631 18.766Passivo 2013 2012Fornecedores 6.404 4.773Empréstimos 1.242 1.911Obrigações trabalhistas 823 649Impostos e contribuições a recolher 49 46Outras contas a pagar 412 482
Total do passivo circulante 8.930 7.861Empréstimos 3.500 2.110
Total do passivo não circulante 3.500 2.110Patrimônio líquido 4.201 8.795Capital social 18.207 18.207AFAC 1.166 –Prejuízos acumulados (15.172) (9.412)
Total do passivo e patrimônio líquido 16.631 18.766
Demonstrações de Resultados 2013 2012Receita 48.163 32.597Custo dos produtos vendidos (33.884) (24.215)Lucro bruto 14.279 8.382Receitas e despesas operacionaisDespesas administrativas e gerais (11.091) (9.841)Despesas de vendas (8.055) (6.684)Outras (despesas) receitas operacionais (680) 119
Resultado antes das rec. (despesas) financeiras (5.547) (8.024)Receitas financeiras 506 592Despesas financeiras (719) (776)
(Despesas) financeiras líquidas (213) (184)Resultado antes dos impostos (5.760) (8.208)Resultado do exercício (5.760) (8.208)Demonstrações de Resultados Abrangentes 2013 2012Resultado do exercício (5.760) (8.208)Resultado abrangente total (5.760) (8.208)
Demonstrações das Mutações do Patrimônio LíquidoCapital Prej.social AFAC acum. Total
Saldos em 1º de janeiro de 2012 8.207 – (1.204) 7.003Aumento de capital social 10.000 – – 10.000Resultado do exercício – – (8.208) (8.208)Saldos em 31 de dezembro de 2012 18.207 – (9.412) 8.795Adiantamento p/ futuro aum. de capital – 1.166 – 1.166Resultado do exercício – – (5.760) (5.760)Saldos em 31 de dezembro de 2013 18.207 1.166 (15.172) 4.201Alexandre Ramos Serodio – Presidente
José da Luz da Silva Junior – Diretor FinanceiroLucas Spehar Filho – Contador – CRC 1SP 166.188/O-0
As Notas Explicativas junto com o Parecer dos Auditores Independentesencontram-se a disposição dos senhores acionistas na sede social
Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método IndiretoFluxos de caixa das atividades operacionais 2013 2012Resultado do exercício (5.760) (8.208)
Ajustes para:Depreciação e amortização 362 273(Reversão) de provisão p/ crédito de liquidação duvidosa (1.082) –Baixas de títulos de clientes 3.229 –Encargos financeiros sobre empréstimos 505 593
(2.746) (7.342)Variações nos ativos e passivos(Aum.) dimin. dos ativos: Contas a receber de clientes (3.577) 15
Estoques (1.497) (106)Impostos a recuperar (162) (2.851)Outros créditos 49 (52)
Aum.(dimin.) dos passivos: Fornecedores 1.631 1.992Obrigações trabalhistas 174 396Impostos e contrib. a recolher 3 (192)Outras contas a pagar (70) 147Juros pagos (566) (488)
Fluxo de caixa liq. usado nas atividades operacionais (6.761) (8.481)Fluxos de caixa das atividades de investimentosAquisição de ativo imobilizado (32) (402)Aquisição de ativo intangível (1.052) (782)
Fluxo de caixa usado nas atividades de investimento (1.084) (1.184)Fluxos de caixa das atividades de financiamentosIngressos de empréstimos 3.052 7.873Pagamentos de empréstimos (2.270) (5.839)Adiantamento para futuro aumento de capital 1.166 –Integralização de capital – 10.000
Caixa proveniente das atividades de financiamento 1.948 12.034(Redução) aumento do caixa e equivalentes de caixa (5.897) 2.369
Demonstração do aumento do caixa e equival. de caixaNo início do exercício 7.344 4.975No fim do exercício 1.447 7.344
(Redução) aumento do caixa e equivalentes de caixa (5.897) 2.369
Inversora Brasileira Aeronáutica S.A.CNPJ nº 61.358.065/0001-06
EDITAL DE CONVOCAÇÃO - 3ª ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAFicam convocados os senhores acionistas da INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A., a comparecerem àAssembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 10 de setembro de 2014, às 11h (1ª CONVOCAÇÃO)e, às 16h (2ª CONVOCAÇÃO), na sede social, sita à Av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini nº 801, 4º Andar, São Paulo/SP, a fim de deliberarem sobre: a) Diminuição de Ações Subscritas; b) Subscrição de novos Acionistas; c) Exclusão de acionistas, por ter endereço incerto e ignorado; d) Adequação ao Novo Código Civil de 2002;e) Atualização dos dados cadastrais junto a JUCESP e todos os órgãos pertinentes; f) Atualização monetária do capital social subscrito; g) Eleição de nova diretoria; h) Alteração de endereço; i) Alteração do estatuto social;j) Aprovação e alteração de outros atos complementares de interesse da sociedade. São Paulo, 24/07/2014.
(25, 29 e 30/07/2014)Nepal Empreendimentos Imobiliários Ltda. - CNPJ/MF 08.975.671/0001-80 - NIRE 35.221.488.927
Reunião dos Sócios - Edital de ConvocaçãoCyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, representada por seus diretores, na qualidade desócia da Nepal Empreendimentos Imobiliários Ltda., vêm, nos termos do Contrato Social em vigor, convocar os sócios paraa Reunião de Sócios a realizar-se no dia 04/08/2014, às 10hs, na sede social, na Cidade de São Paulo/SP, na R. ProfessorManoelito de Ornellas, nº 303, 7º and., parte, para deliberar a seguinte ordem do dia: (i) aumento do capital social;(ii) redução do capital social; e (iii) aprovação da 6ª Alteração e Consolidação do Contrato Social. SP, 23/07/2014.Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentos e Participações - Eric Alexandre Alencar e Cássio Mantelmacher.
18 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
Detido banqueiro portuguêsRicardo Espírito Santo Salgado foi levado ao Tribunal Central de Instrução Criminal devido a investigação sobre lavagem de dinheiro e sonegação de impostos
Ricardo Espírito Santo
Salgado, 70 anos,
patriarca da podero-
sa família portugue-
sa e ex-chefe do Banco Espíri-
to Santo, foi detido ontem em
Lisboa por autoridades judi-
ciárias e levado perante a um
juiz do Tribunal Central de Ins-
trução Criminal. Sua detenção
agrava os problemas enfren-
tados pela família, que luta pa-
ra salvar seu império de negó-
cios após a descoberta de irre-
gularidades em uma de suas
holdings.
Em comunicado, a Procura-
doria-Geral da República in-
formou que a detenção de Sal-
gado está relacionada a uma
investigação antiga sobre la-
vagem de dinheiro e sonega-
ção de impostos. Não foram
dados mais detalhes sobre a
audiência. Nenhum membro
da família Espírito Santo e do
banco estava disponível para
comentários.
Salgado é testemunha vo-
luntária na investigação e dis-
se em janeiro de 2013 que
sempre pagou seus impostos
e não era um suspeito. Na épo-
ca, a Procuradoria confirmou
que ele não era suspeito de ne-
nhum crime.
Paralelamente, Carlos Ta-
vares, diretor da Comissão
do Mercado de Valores Mobi-
liários (CMVM), órgão regula-
dor do mercado de Portugal,
disse que o órgão investigou
o Grupo Espírito Santo em di-
versas ocasiões nos últimos
seis anos e encontrou sinais
de possíveis atividades ile-
gais sobre as quais alertou
p ro c u r a d o re s .
José Manuel Ribeiro/Reuters
Salgado: testemunha voluntária na investigação do grupo.
Falando em um comitê par-
lamentar, Tavares citou "si-
nais de abuso de informações
privilegiadas e possível crime
de abuso de confiança".
O Ministério Público disse
na semana passada que tem
diversas investigações em
andamento sobre a situação
em torno do império Espírito
S a n t o.
Ontem, o grupo produziu
outra má notícia: o Espírito
Santo Financial Group SA
(ESFG), que controla 20% do
Banco Espírito Santo (BES),
pediu concordata em Luxem-
burgo. É a terceira empresa do
grupo a pedir proteção dos
c re d o re s .
Em comunicado, o ESFG
afirma que "pediu aos tribu-
nais de Luxemburgo por admi-
nistração controlada, depois
de a companhia concluir que é
incapaz de cumprir suas obri-
gações sob seu programa de
commercial paperse as obriga-
ções associadas às dívidas da
própria companhia".
As negociações com ações
do ESFG estão suspensas des-
de 10 de julho, quando o grupo
disse que estava avaliando o
impacto das dificuldades da
Espírito Santo International
SA (ESI), que controla 49% do
grupo. A ESI pediu concordata
na semana passada e sua
principal unidade, a Rioforte
Investments, fez o mesmo
nesta semana.
O ESFG disse que sua ex-
posição às entidades do gru-
po, incluindo a ESI e a Riofor-
te, totaliza 2,35 bilhões de
euros (US$ 3,16 bilhões).
(Agências)
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19
CONTEXTO OPERACIONAL - A companhia, constituída no ano de 1999,com sede na Cidade de São Paulo – SP tem como atividade preponde-rante a consultoria e gestão em sistemas elétricos e térmicos, a comer-cialização de energia elétrica e a aquisição, construção e operação deusinas de geração de energia.APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - a) Auto-
SERVICE ENERGY GESTÃO DE ENERGIA S/A.CNPJ: 03.358.698/0001-00BALANÇO PATRIMONIAL
A DIRETORIA Ramon Antonio C. de Andrade - Contador - CRC 1SP 124.348/O-2
rização das demonstrações contábeis - As demonstrações contábeisinerentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 estão sendoapresentadas em Reais sem centavos, foram autorizadas pelo Conselhode Administração da Companhia no dia 28 de abril de 2014. b) Declara-ção de conformidade - As demonstrações contábeis individuais, indica-das como “controladora” e consolidadas para o exercício findo em 31 de
dezembro de 2013, foram preparadas de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil que compreendem as normas da Comissão de ValoresMobiliários (CVM) e os pronunciamentos, interpretações e orientações doComitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Especificamente as demons-trações contábeis consolidadas estão preparadas em conformidade com asnormas internacionais de relatórios financeiros (Internacional Financial Re-porting Standard – IFRS), emitidas pelo Internacional Accounting StandardBoard – IASB. AS politicas contábeis da Companhia foram consistentementeaplicadas em relação aos exercícios anteriores. As demonstrações contábeisforam preparadas no curso normal dos negócios e na continuidade de suas ati-vidades. As demonstrações contábeis CONSOLIDADAS foram preparadas emconformidade com as normas internacionais de contabilidade (InternacionalFinancial Reporting Standard – IFRS), emitidas pelo “Internacional AccountingStandard Board – IASB” e as interpretações do Comitê de Interpretações dasNormas Internacionais de Contabilidade “International Financial Reporting In-terpretations Committee – IFRIC” e também de acordo com as práticas contá-beis adotadas no Brasil. As demonstrações contábeis na íntegra, devidamenteacompanhadas do relatório dos auditores independentes, emitido pela Confi-dor Auditores Associados, encontram-se à disposição na sede da Companhia.
CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012
ATIVOCIRCULANTECaixa e equivalentes......... 219.955 213.022 538.370 262.499Duplicatas a receber ......... 681.429 152.290 681.429 152.290Impostos a recuperar ........ 464.589 9.870 466.009 31.770Outros créditos.................. 36.557 16.901 203.848 204.598Adiantamento afornecedores ................... 181.381 248.900 208.648 248.900
Créditos com empresasligadas ............................. 1.447.225 4.925.992 0 0
Créditos com sócios.......... 443.236 0 443.236 0Valores a receber venda deinvestimentos .................. 1.249.408 1.989.260 1.249.408 1.989.260
Total do circulante .......... 4.723.780 7.556.235 3.790.948 2.889.317
NÃO CIRCULANTECréditos com empresasligadas ............................. 1.927.138 12.219.165 433.446 415.177
Créditos com sócios.......... 0 262.815 0 262.815Outros créditos.................. 34.458 27.860 85.695 29.692
1.961.596 12.509.840 519.141 707.684Investimentos .................... 25.840.995 6.472.318 7.640.659 49.850Imobilizado líquido ............ 382.669 10.073.240 34.563.821 43.596.935Intangível líquido ............... 26.701 7.689 1.088.232 1.109.446
26.250.365 16.553.247 43.292.712 44.756.231Total do não circulante ... 28.211.961 29.063.087 43.811.853 45.463.915
Total do ATIVO ................. 32.935.741 36.619.322 47.602.801 48.353.232
CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012
PASSIVO ePATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTEEmprést. e financiam....... 4.371.889 6.443.887 6.195.747 7.068.826Fornecedores.................. 320.044 212.304 484.807 203.994Obrig. sociais e fiscais .... 616.063 984.554 951.029 1.168.719Adiant. de clientes........... 57.158 44.644 57.158 44.645Outras exigibilidades....... 32.796 403.039 150.717 708.130Total do circulante ........... 5.397.950 8.088.428 7.839.458 9.194.314NÃO CIRCULANTEEmprést. e financiam....... 7.149.140 5.240.643 19.352.352 16.652.694Obrig. empresas ligadas 0 4.674.833 0 3.871.481Obrig. c/sócios e terc....... 3.134.547 1.359.839 3.134.547 1.359.839Impostos parcelados....... 884.820 0 884.820 0Outras obrigações........... 0 1.026.285 0 1.026.285Receita de exerc. futuros 1.207.163 1.207.163 1.207.163 1.207.163Total do não circulante .... 12.375.670 13.508.763 24.578.882 24.117.462PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social................... 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000Reserva legal .................. 643.134 600.727 643.134 600.727Reservas de lucros ......... 533.415 901.572 533.415 901.572
6.176.549 6.502.299 6.176.549 6.502.299Depósito p/ aum. de cap. 8.985.572 8.519.832 8.985.572 8.519.832Participação dos nãocontroladores ................ 0 0 22.340 19.325
Total do patrim. líquido . 15.162.121 15.022.131 15.184.461 15.041.456Total do PASSIVO ePATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.935.741 36.619.322 47.602.801 48.353.232
As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis
CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012
RECEITA OPER. LIQ........ 12.438.734 11.360.113 17.565.873 16.740.033(-) Custo dos produtosvendidos .......................... (6.939.604) (4.878.757) (9.336.244) (8.552.609)
LUCRO BRUTO ................ 5.499.130 6.481.356 8.229.629 8.187.424Gerais e administrativas.... (3.405.573) (3.188.038) (3.992.449) (3.530.002)OUTRAS REC./DESP.OPERACIONAIS
Result. de equiv. patrim..... 1.184.272 284.615 181 957.572Preço de venda de invest.. 0 13.554.666 0 13.554.666Custo de invest. vendido 0 (12.044.993) 0 (12.044.993)Outras receitas edespesas operacionais... 104 0 104 0
1.184.376 1.794.288 285 2.467.245RESULTADO DAS ATIV.OPERACIONAIS............. 3.277.933 5.087.606 4.237.465 7.124.667
Receitas financeiras.......... 114.415 784.461 119.270 799.397Despesas financeiras........ (2.544.199) (5.103.699) (4.098.981) (7.023.051)RESULTADO ANTESDOS IMPOSTOS ............ 848.149 768.368 257.754 901.013
( + ) IR e contr. social ........ 0 (1.886.569) (125.738 (2.021.455)( - ) Partic. dos administ..... 0 0 0 0Result. líq. do exercício ..... 848.149 (1.118.201) 132.016 (1.120.442)Ajuste exercício anteriorcontroladas...................... 717.342 0
Partic. dos não control....... (1.209) 2.241= Particip. acionistascontroladores .................. 848.149 (1.118.201)
Quantidade de ações docapital social.................... 50.000 50.000
Result. líq. por ação em R$ 16,96 (22,36)
CONTROLADORA CONSOLIDADO2013 2012 2013 2012
Lucro líquido do exercício......... 848.149 (1.118.201) 132.016 (1.120.442)Ajuste de exercício anterior -controladora ............................... (718.989) 0 0 0
Ajuste de exercício anterior -controlada................................... 0 0 717.342 0
Resultado abrangente ............... 129.160 (1.118.201) 849.358 (1.120.442)As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis
Reservas de Lucros
CapitalReserva
LegalLucros aRealizar
Ajustede Aval.Patrim.
Lucrosacumul.
Depósitosp/aum. docap. social
Outrosresultados
abrangentesTotal
Controladora
Participaçãode não
Controladores TotalSaldos em 01/01/2012 ..... 5.000.000 600.727 11.557.430 0 0 0 0 17.158.157 51.927 17.210.084Resultado do exercício...... 0 0 (1.118.201) 0 0 0 0 (1.118.201) 0 (1.118.201)Depósito para futuroaumento de capital.......... 0 0 0 0 0 8.519.832 0 8.519.832 0 8.519.832
Dividendos distribuídos..... 0 0 (9.537.657) 0 0 0 0 (9.537.657) 0 (9.537.657)Partic. dos não control. ..... 0 0 0 0 0 0 0 0 (32.602) (32.602)Saldos em 31/12/2012 ..... 5.000.000 600.727 901.572 0 0 8.519.832 0 15.022.131 19.325 15.041.456Resultado líq. do exercíciofindo em 31/12/2013 ....... 0 0 0 0 848.149 0 0 848.149 0 848.149
Transf. para lucros acumul. 0 0 848.149 0 (848.149) 0 0 0 0 0Dividendos distribuídos..... 0 0 (454.910) 0 0 0 0 (454.910) 0 (454.910)Formação de reserva legal 0 42.407 (42.407) 0 0 0 0 0 0Depósito para futuroaumento de capital.......... 0 0 0 0 0 465.740 0 465.740 465.740
Partic. dos não control. ..... 0 0 0 0 0 0 0 0 3.015 3.015Outros result. abrangentes:Ajuste de exerc. anterior ... 0 0 (718.989) 0 0 0 0 (718.989) 0 (718.989)Saldos em 31/12/2013 ..... 5.000.000 643.134 533.415 0 0 8.985.572 0 15.162.121 22.340 15.184.461
As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis
PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP
PREGÃO Nº 249/14A Prefeitura Municipal de Taubaté comunica que face a impugnação da empresa Gabriel Paixão Fernandes Serviço e Sinalização - EPP, no pregão presencial 249/14, Registro de Preços para eventual Contratação de empresa especializada na prestação de serviço de sinalização viária horizontal com fornecimento de material, fi ca adiado para o dia 11.08.14 às 14h30, e que novo edital estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br. Sob nº 249-A/14 a partir do dia 30.07.14. PMT., aos 24.07.14. Jose Bernardo Ortiz Monteiro Junior - Prefeito Municipal
SÃO PAULO TRANSPORTE S/ACNPJ nº 60.498.417/0001-58
Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordináriaFicam convocados os Srs. Acionistas, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará em 07/08/2014, com início às 11 (onze) horas, em sua sede social, nesta Capital, naRua Boa Vista, 236, 7º andar, a fim de tomarem conhecimento e deliberarem sobre os seguintes assuntos: 1. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: 1.1 Alteração na composição do Conselho de Administração da Empresa; 1.2 Outros assuntos de interesse social.
São Paulo, 23/07/2014. Jilmar Tatto - Presidente do Conselho de Administração
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que onde se lê“Proesplan Engenharia S/S Ltda. - EPP” leia - se “NDBombas Comércio e Serviços Ltda.– EPP” e RERRATIFA que a licitante ND Bombas Comércio e Serviços Ltda. - EPP quefoi classificadae considerada vencedora daTomadadePreçosnº 03/2014 - Processo nº2.590/2014-SAAE, destinadaàcontrataçãodeempresadeengenharia paraexecuçãodeserviços de montagem hidromecânica e obras gerais da estação elevatória de esgoto doparque São Bento, nestemunicípio, pelo tipomenor preço global. Comunica ainda, que oprazopara interposiçãode recursoéde05 (cinco) diasúteis, contadosapartir dapresentedata. Comissão Especial de Licitações - Jovelina Rodrigues Bueno (Presidente).
VIX ONE Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda.CNPJ/MF nº 08.091.808/0001-33 - NIRE - 35.220.726.441
Reunião dos Sócios Quotistas - Edital de ConvocaçãoCyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, na condição de sócia quotista da VIX ONEEmpreendimentos Imobiliários SPE Ltda., (“Sociedade”), vem, pela presente, nos termos do ContratoSocial em vigor, convocar as demais sócias quotistas da Sociedade, para a Reunião de Sócios Quotistas, arealizar-se no dia 04/08/2014, às 10hs, na sede social da Sociedade, na Cidade de São Paulo/SP, na Av. EngenheiroRoberto Zuccolo, nº 555, 1º andar, sala 1.001, parte, Vila Leopoldina, CEP 05307-190, para deliberar sobre aseguinte ordem do dia: i) com fundamento no disposto do item II do art. 1.0 82 do Código Civil, deliberar acercada proposta de redução do capital da Sociedade em R$ 10.500.000,00, considerados excessivos em relação aoobjeto, com o cancelamento de 10.500.000 quotas, com valor nominal de R$1,00 cada uma, sendo 6.825.000quotas de propriedade da sócia Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, 525.000quotas de propriedade da sóciaMorar Construtora e Incorporadora Ltda., e 3.150.000 quotas de propriedadeda sócia Incortel Incorporações e Construções Ltda., as quais receberão, na proporção das respectivasparticipações, o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotas canceladas.Passando o capital social de R$ 17.145.799,00 para R$ 6.645.799,00; e ii) autorizar os administradores daSociedade a assinar e firmar todos os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão daredução de capital, assim como a publicar a ata deliberando a redução do capital, contendo um resumo dasdeliberações aprovadas, para os fins prescritos no art. 1.084 e seus parágrafos do Código Civil, bem como os sóciospromover a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital social. São Paulo, 23/07/2014. CyrelaBrazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações - Eric Alexandre Alencar e Cassio Mantelmacher
20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
Arvedi Metalfer do Brasil S.A. – CNPJ/MF nº 13.091.683/0001-81Demonstrações Financeiras (Em milhares de reais)
Ativo 2013 2012Circulante 48.941 21.759Disponibilidades 4.896 8.629Clientes 7.212 433Estoques 15.168 7.966Tributos a Recuperar 19.785 4.512Instrum. Financeiros Derivativos 235 –Outros ativos 1.645 219Não circulante 219.985 112.525Instrum. Financeiros Derivativos 509 –Tributos a Recuperar 5.975 1.240Irpj e Csll diferidos 16.657 –Imobilizado 189.225 111.233Intangível 7.619 52Total do Ativo 268.926 134.284
Passivo e patrimônio líquido 2013 2012Circulante 94.662 50.116Empréstimos e financiamentos 49.219 30.923Fornecedores 44.300 18.576Obrig. Tributarias e Trabalhistas 1019 479Instrum. Financeiros Derivativos – 64Outras contas a pagar 124 74Não circulante 83.482 20.908Empréstimos e financiamentos 81.085 20.639Instrum. Financeiros Derivativos – 269Provisão para contingências 2.397 –Patrimônio líquido 90.782 63.260Capital social 123.117 77.032Prejuízos acumulados (32.335) (13.772)Total do Passivo 268.926 134.284
Resultado Operacional Líquido do Exercício (18.562) (9.411)Depreciação 5.230 226Instrumentos Financeiros Derivativos (1.077) 333Provisões e contingencias 2.701 4.624Resultado Operac. Líquido do Exerc. Ajustado (11.708) (4.228)Das Atividades OperacionaisRecebimentos de Clientes e outros (8.117) (433)Pagamentos a Fornecedores 21.440 10.768Estoques (7.202) (7.966)Obrigações Tributarias e Trabalhistas (19.468) (5.338)Outras Contas a Pagar 1.128 2.714Juros Pagos (3.454) (199)Disp. geradas p/ Atividades Operacionais (15.673) (454)Das Atividades de InvestimentosAdições de ativo imobilizado (90.789) (69.108)Disp. geradas p/ Atividades de Investimentos (90.789) (69.108)Das Atividades de FinanciamentosNovos Empréstimos 96.772 27.197Integralização de Capital 17.665 42.697Disp.geradas p/ Atividades de Financiamento 114.437 69.894Aumento/Diminuição nas Disponibilidades (3.733) (3.896)Disponibilidades – no início do período 8.629 12.525Disponibilidades – no final do período 4.896 8.629
2013 2012Receita operacional líquida 21.774 456Custo dos produtos vendidos (31.796) (2.527)Prejuízo bruto (10.022) (2.071)Despesas operacionaisDespesas administrativas (8.768) (3.585)Despesas comerciais (4.480) (14)
2013 2012Despesas financeiras (13.284) (9.306)Receitas Financeiras 711 5.573O. receitas (desp.) oper., líquidas 624 (8)
(35.219) (9.411)IRPJ e CSLL 16.657 –Prejuízo do exercício (18.562) (9.411)
Pedro Roberto Pícolo – Diretor Financeiro
As Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis aceitas e embasadas pelas Leis nº 6.404/76, nº 11.638/07 e nº 11.941/09, atendendo as normas tributárias pertinentes.Notas Explicativas na integra e o Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras, encontram-se a disposição na sede da Empresa.
Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2013 e 2012
Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração do Fluxo de Caixa 2013 2012
Silvia Regina Ferreira do Nascimento – Contadora CRC 1SP 239.409/O-9
AVISO DE PREGÃO PRESENCIALnº. 001/2014Proc. 1408/2014
O SAAE São Carlos torna público, aos interessados, que encontra-se aberta alicitação na modalidade Pregão Presencial, que tem por objeto a aquisição deconjuntos geradores e dosadores de solução oxidante a base de hipoclorito desódio, peróxido de hidrogênio e outros agentes bactericidas a partir da dissociaçãoeletrolítica do cloreto de sódio, no próprio local de utilização, com operação contínua(24 horas), e sistema de fluoretação através de saturação, conforme edital. Ocredenciamento dos participantes e consecutiva abertura da sessão pública terá inícioàs 14h do dia 08/08/14, na sede do SAAE, sita à Av. Getúlio Vargas, 1500 Jd. SãoPaulo - São Carlos/SP. O edital na íntegra estará à disposição dos interessados no sitewww.saaesaocarlos.com.br, opção licitações, a partir das 11h do dia 25/07/14, e nasededoSAAE, emdias úteis, das 8h30minàs11h30minedas13h30minàs16h30min.
São Carlos, 24 de julho de 2014Gilmar Xavier Marques - Pregoeiro
SERVIÇO AUTÔNOMODE ÁGUA E ESGOTO
PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 122/2014–PREGÃOPRESENCIALNº 104/2014
OBJETO:- Registro de preços para contratação deempresa para prestação de serviços de recauchutagem,para suprir a demanda dos veículos que compõem afrota desta Prefeitura de Birigui, pelo período de 12(doze) meses. Data da Abertura - 07/08/2014, às 08:00horas. Melhores informações poderão ser obtidos juntoa Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº 28,Centro, ou pelos telefones (018) 3643.6126. O Editalpoderá ser lido naquela Seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal. Birigui, 24/07/2014.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SOROCABA, nos termos do artigo
8º, inciso VI do Decreto nº. 5.450 de 31 de maio de 2005, por sua Autoridade Competente,
declara Homologada esta Tomada de Preços nº 02/2014 - Processo Administrativo nº
1.971/2014, destinado a contratação de empresa de engenharia para elaboração de
projeto de adequação da canalização do córrego Supiriri. Sorocaba, 24 de julho de 2014
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de julho de 2014, naComarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Requerente: Euston Automação, Segurança e Sistemas Prediais Ltda. Requerido: G4S Engenharia e Sistema S/A - Av. Eliseu de Almeida, 1.454 - Térreo - Bu-tantã - 1ª Vara de Falências
Requerente: Talk Telecom Comércio de Equipa-mentos de Informática e Serviços Empresa-riais Ltda. - Requerido: Modus Serviços de Informática Ltda. - Av. Pavão, 955 Conj. 34 - Indianópolis - 2ª Vara de Falências
Reqte: Manetoni Distribuidora de Produtos Siderúrgicos, Importação e Exportação Ltda. - Requerido: Tec Mecanic Mecânica de Precisão Ltda. Rua Olivia Guedes Pen-teado, 1.252 - Socorro - 1ª Vara de Falências
Requerente: Fernando Antonio das Neves Transportes ME - Requerido: Enterpa Engenharia Ltda. - Rua Cecília Maria, 83 - Vila Progresso (Zona Norte) - 1ª Vara de Falências
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba, por seu Diretor Geral
comunica aos interessados, que foi cancelado o Pregão Eletrônico nº 53/2014,
destinado à aquisição de lixadeira, desempenadeira e desengrossadeira,
pelos motivos constantes dos autos do Processo Administrativo nº 2.576/2014-
SAAE. Sorocaba, 24 de julho de 2014. Janaína Soler Cavalcanti - Pregoeira.
ONDE O DESEMPREGO É ILEGALParaíso gelado de Longyearbyen, na Noruega,
é conquistado com mão de ferro: quem não tem emprego não pode morar na cidade; é deportado,assim como os sem-teto. A criminalidade é zero.
Andrew HigginsThe New York Times
Como governador do
território mais ao
norte da Noruega,
Odd Olsen Ingero co-
manda uma força de seguran-
ça com apenas seis policiais e
uma única cela de detenção. E
mesmo isso é um exagero:
ninguém ficou preso aqui, na
capital de Svalbard, desde o
último verão. E naquela oca-
sião, foram apenas dois dias.
Não é apenas a falta de gen-
te – menos de 3 mil estão ofi-
cialmente registrados como
moradores –, ou o fato de que
crimes comuns em outras par-
tes, como roubo de carros, são
um negócio exótico e arrisca-
do num lugar onde não há es-
tradas para fugir da cidade.
A chave para o status de
Svalbard como a coisa mais
próxima a uma sociedade sem
crimes na Europa, segundo o
governador, é que o desem-
prego é efetivamente ilegal.
"Quem não tem emprego não
pode morar aqui", declarou In-
gero, apontando que os de-
sempregados são rapidamen-
te deportados. Os aposenta-
dos também devem sair, a
menos que possam provar
que possuem meios suficien-
tes para se sustentar.
Mesmo governada pela No-
ruega, país que se orgulha de
oferecer apoio estatal quase
vitalício para seus cidadãos
necessitados, Svalbard, num
arquipélago de ilhas no Ártico,
adota um modelo mais próxi-
mo da visão de Ayn Rand do
que a norma escandinava de
generosa proteção social.
Até mesmo o prefeito so-
cialista de Longyearbyen,
Christin Kristoffersen, um
membro do Partido Trabalhis-
ta, quer que a cidade –b a t i z a-
da em homenagem ao indus-
trialista americano John Mun-
ro Longyear, que a fundou em
1906 – permaneça fora do al-
cance de todos que não esti-
verem fisicamente capazes e
exercendo uma atividade re-
munerada.
CONVENIÊNCIAS
"Este é um tipo muito espe-
cial de lugar", disse o prefeito,
cuja cidade possui todas as
conveniências de uma área
urbana moderna, incluindo
aeroporto, internet de alta ve-
locidade e até um restaurante
sofisticado, mas enfrenta uma
luta grande para sobreviver
contra os elementos que não
possui lugar para desempre-
gados ou enfermos.
Os sem-teto, como os de-
sempregados, são banidos.
Todos os moradores precisam
ter um endereço fixo, regra
que garante que ninguém
morra congelado numa terra
mais próxima do Polo Norte do
que da capital norueguesa,
Oslo, e onde a neve invade
grande parte do verão.
O governo financia uma es-
cola e um hospital, além da ad-
ministração do governador, e
também subsidia o maior em-
pregador de Svalbard, uma
empresa estatal de carvão
que vem operando no verme-
lho. Mas não há o consenso ni-
velador e esquerdista que, se-
gundo críticos conservadores,
transformou o trabalho quase
numa opção de estilo de vida
no resto do país. Os impostos
são muito menores do que em
outros lugares do país.
"Não existe sistema de
bem-estar social em Sval-
bard", explicou Ingero. "Se vo-
cê não consegue se sustentar
com trabalho, então não pode
ficar aqui".
O resultado, acrescentou
ele, "é uma sociedade muito
tranquila e cumpridora das
leis". Ele não defende o méto-
do de Svalbard como uma so-
lução para o crime em outros
locais, mas acha que isso mos-
tra uma ligação clara entre de-
semprego e criminalidade. Ao
mesmo tempo, a abordagem
derruba uma visão mantida
por muitos partidos populistas
na Europa, inclusive na Norue-
ga, de que a imigração tem
grande culpa pelo aumento
dos crimes.
ESTRANGEIROS
Svalbard não possui restri-
ções a estrangeiros que quei-
ram se mudar para cá, desde
que tenham emprego. Sob um
tratado internacional de 1920
que concedeu soberania à No-
ruega, seu território é aberto a
todos os habitantes das mais
de 40 nações que assinaram o
pacto. Uma população que
costumava ser homogenea-
mente branca hoje inclui tai-
landeses, chineses e outros
estrangeiros. Quase um terço
de todos os moradores são es-
trangeiros, incluindo cente-
nas de ucranianos trabalhan-
do numa concessão de mine-
ração pertencente à Rússia.
"A demografia aqui é bas-
tante única", declarou Ingero,
que passou grande parte de
sua vida combatendo o crime
como policial sênior, e hoje
preside um local tão calmo
que os residentes costumam
deixar as chaves de seus car-
ros na ignição, e quase nunca
trancam suas casas.
Segundo Mark Sabbatini,
americano que edita "o jornal
alternativo mais ao norte do
mundo", uma publicação se-
manal em inglês chamada
"Icepeople", ele sempre deixa
seu computador sobre a mesa
num café, e nunca se preocu-
pa com a possibilidade de rou-
bo. "Não existe crime", garan-
tiu ele.
Isso não é inteiramente ver-
dade. De acordo com estatísti-
cas oficiais, no ano passado
Svalbard foi tomada por uma
dramática onda de crimes,
com casos reportados de vio-
lência aumentando 800 %.
Mas isso se deveu principal-
mente a algumas brigas de
bar, que elevaram o número
de casos violentos investiga-
dos pela polícia – de apenas
um, em 2012, a nove em
2013.
O incidente mais grave do
ano passado envolveu um mi-
neiro ucraniano embriagado
preso por esfaqueamento em
Barentsburg, um assenta-
mento de mineração russo
perto da costa. Levado a Lon-
gyearbyen, ele passou dois
dias na cela do governador es-
perando por seu julgamento.
No total, a polícia lida com
cerca de 100 casos por ano, a
maioria envolvendo peque-
nas infrações como direção
perigosa em motos para neve
e furtos em lojas. Ainda não
houve crimes graves reporta-
dos neste ano, embora as au-
Fotos: Kyrre Lien/The New York Timestoridades estejam preocupa-
das com o fato de que alguns
cientistas, durante pesquisas,
deixaram lixo espalhado pela
f l o re s t a .
Svalbard já apareceu num
filme de James Bond, "007 –
Um Novo Dia para Morrer", e
na trilogia "Fronteiras do Uni-
verso" de Philip Pullman, mas
é tão desprovida da real vila-
nia humana que ursos polares
assumiram o papel de princi-
pais encrenqueiros. Trata-se
de um terreno estéril para o
"noir nórdico", gênero escan-
dinavo de romances policiais.
URSOS
Eirik Palm, editor do jornal
local em norueguês, chamado
"Svalbardposten", disse não
se lembrar quando publicou
alguma notícia sobre crimes.
"Acho que uma vez alguém
roubou bebidas de um bar",
afirmou ele, folheando edi-
ções passadas de seu jornal.
"Mas temos outras histórias,
como pessoas caindo em ge-
leiras ou sendo atacadas por
ursos polares".
A posse de armas é genera-
lizada, não porque queiram
expulsar um ladrão, mas por-
que os ursos polares apresen-
tam um perigo real. A polícia
exige que qualquer um saindo
dos limites municipais de Lon-
gyearbyen leve uma arma e
saiba como usá-la.
Outro tópico recente, além
de uma avaria num cabo sub-
marino que deixou Svalbard
sem telefone e internet por al-
gumas horas, é o preço exorbi-
tante de alimentos frescos. O
"Svalbardposten", por exem-
plo, descobriu o que classifi-
cou como o leite de maior valor
do mundo.
Embora bebidas alcoólicas
e cigarros sejam relativamen-
te baratos, sem muitos dos im-
postos cobrados no restante
da Noruega, uma embalagem
de um litro de leite, numa loja
local, pode custar o equivalen-
te a quase US$ 7.
Sabbatini disse não se preo-
cupar muito com ursos, e me-
nos ainda com ladrões e assal-
tantes. "Eu era um repórter
policial em Los Angeles", con-
tou ele. "Não posso dizer que
gostava".
Mas reconhece que viver
num local tão remoto, banha-
do numa escuridão quase
completa durante metade do
ano, traz seus próprios proble-
mas. "Se você quer morar
aqui, existe alguma coisa le-
vemente distorcida em você",
afirmou ele.
Jovens se divertem em Longyearbyen,cidade que possui todas as
conveniências de uma área urbanamoderna.
Cidade pacata: anualmente, polícia lida com 100 pequenas infrações. Mas a posse de armas é generalizada. Inimigos: ursos polares.
sexta-feira, 25 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 21
Nº 523
RENT A CAR P REMIUM
Alugue sua'estrela'
A Mercedes-Benz criou sua locadora. São 8 modelos,como o SL 63 AMG, esportivo conversível, com diárias de R$ 3 mil.
O C 180 Turbo Sport é o mais barato: R$ 500. Tem van também.
CHICOLELIS
Fotos: divulgação
Quando alguém passa com um Merce-
des-Benz é difícil não sentir uma
vontade imensa de estar ali, atrás
daquele volante marcado com a "es-
trela" levando aquela máquina pelos caminhos
que se desejar. Se for um daqueles modelos
AMG (versão esportiva da marca), que com um
belo "ronco" fazem de 0 a 100 km/h em menos
de 5 segundos, o desejo aumenta. Mas os pre-
ços dos modelos da marca alemã, variando de
R$ 122.900 a US$ 321 mil, acabam por derru-
bar os sonhos de muitos. Só que, a partir de
agora, com a Mercedes-Benz Rent, pelo menos
por um dia os valores caem para R$ 500, alu-
gando um sedan C 180 Turbo Sport. Se o desejo
é maior, ou inclui um SUV, também se pode es-
colher entre dois modelos, blindados, o GLK
220 CDI Sport, que custa R$ 220.500 e é aluga-
do por CR$ 1.400; ou o ML 359 BlueTec Sport,
vendido a R$ 333.500 e alugado por R$ 2.500.
Se o sonho for um dos modelos AMG, com
preços em dólares, o valor do aluguel diário so-
be para R$ 2.800 para a versão C 63 AMG Coupé
Black Series, com motor de 487 cv, que estava
a venda por US$ 267.900; e R$ 3 mil para o SL
63, conversível, com 525 cv, que custa US$
321.500. Entre os modelos disponíveis para
aluguel a alemã disponibiliza também o sedan
E 250 Turbo Advantage (blindado), que custa
R$ 251.500 e de aluguel, R$ 1.500.
O sistema da Mercedes-Benz funciona como
uma locadora normal, com obrigações por parte
do locatário e também permite aluguel por perío-
dos prolongados. Além, disso é possível alugar os
automóveis com motorista, bilingue ou não.
VAN TAMBÉM - A alemã também colocou na
sua locadora a Sprinter, sua van com capacida-
de para 9 ou 15 passageiros, com aluguel a par-
tir de R$ 500. Neste caso, a CNH do motorista
tem que permitir o uso deste modelo, sendo
exigida a categoria D. Detalhes da locadora da
Mercedes no site w w w. m b r e n t . c o m . b r
Está chegando o Sentra 2015O modelo, cujas vendas cresceram 116% no 1º semestre, virá em agosto.
Colocado entre os
s e d a n s m é d i o s
mais vendidos no
Brasil, o Sentra chega à li-
nha 2015 com algumas
mudanças no seu acaba-
mento. Em sua sétima ge-
ração – terceira aqui – o
carro oferece bancos em
couro na versão SV e op-
ção sem teto solar na S,
uma reivindicação dos
consumidores do modelo.
Completo, o carro tem,
desde a versão de entra-
da, a 2.0S, a ignição por
botão, com chave presen-
cial (aquela que você não
precisa usar para dar a
partida ou abrir as portas),
rodas de liga leve aro 16,
17 na versão top, coman-
do de som (rádio CD Player
com MP3, função RDS e 4
alto-falantes) no volante,
Bluetooth e lanternas tra-
seiras em LED.
O motor, 2.0 L 16V, que
é utilizado somente no
modelo vendido no País,
com 20kgfm, tem 140 cv.
O câmbio, CVT de última
geração, vem nas ver-
sões SV e SL. Nas demais,
câmbio manual de seis
velocidades.
A linha 2015 chegará à
rede Nissan em agosto
próximo, com preços en-
tre R$ 64.090 (versão S) e
R$ 75.990 (SL com teto so-
lar). A intermediária, SV,
custa R$ 70.390 e a SL sem
teto, R$ 74.690.
OPINIÃO
Assim que a icônica HarleyDavidson lançou a sua pri-meira motocicleta elétrica
o debate sobre os veículos elétri-cos voltou. A novidade tem um de-sempenho impressionante, faz dezero a 100 km/h em apenas quatrosegundos e tem uma velocidadefinal de 160 km/h. A limitação éque as suas baterias têm carga pa-ra o veículo andar apenas 90 km nomodo econômico ou até menos,48 km, no esportivo.
E bateria tem sido a grande limi-tação dos veículos elétricos. Se vocêadiciona muitas baterias, o veículofica pesado e caro. Quando econo-miza, o alcance é pequeno demais. Eo pior é que o tempo de recarga émuito grande, ou seja, chega a pas-sar de três horas.
Buscando alternativas aos moto-res a combustão, a indústria auto-motiva desenvolveu veículos híbri-dos, que possuem motor ajustadopara trabalhar no seu ponto ótimo,carregando o pack de bateriasquando estas estão ficando descar-regadas. Não é uma solução nova,pois há anos a indústria de locomo-tivas trabalha com este conceito.
Quem tornou esta solução de en-genharia mais popular foi a Toyotacom o Prius, o carro híbrido mais po-pular do mundo. O Prius tem umaperformance impressionante, já queconsegue fazer 26 km com um litro. Adiferença é maior na cidade, porqueo motor elétrico não consome quan-do o veículo está parado, ao contrá-rio do motor a combustão.
O problema com os híbridos é
que custam em média 30% a maisdo que os veículos a combustão. E arazão para isso é que possuem doismotores, o elétrico e o motor a com-bustão, além do pack de baterias. Is-so os faz também muito mais pesa-dos. As baterias são outro proble-ma; depois de alguns ciclos de car-ga, perdem a sua capacidade dearmazenamento e precisam sersubstituídas. Além de caras, são umrisco ecológico, pois possuem me-tais pesados. Alguns ecologistasacham que o dano ambiental doshíbridos e elétricos chega a ser maisgrave, por conta do lixo tóxico, doque os veículos a combustão.
Ao mesmo tempo, a indústria demotores a combustão continuaevoluindo. Os sistemas mais moder-nos de injeção eletrônica conse-guem fazer o veículo zerar o consu-mo quando utilizando o freio domotor, inclusive carregando a bate-ria e abastecendo todo o sistemaelétrico do veículo (ar-condiciona-do, rádio, faróis, computador debordo e outros). A tecnologia stopand go é outra que promete aproxi-mar o desempenho dos motores aexplosão dos híbridos e elétricos.Um circuito especial desliga o mo-tor quando o veículo está parado nosemáforo, por exemplo. Ao pisar noacelerador o veículo liga automati-camente. Com essas novas tecnolo-gias não é incomum encontrar veí-culos que fazem tranquilamente 16km com um litro, ainda abaixo doToyota Prius, mas uma grande evo-lução comparada há uma década,quando um veículo que fazia mais
do que 10 km com um litro era con-siderado um grande desempenho.
Alguns países, como a Noruega,chegam ao extremo de disponibili-zar gratuitamente energia elétricaatravés de tomadas na rua para osusuários de veículos elétricos recar-regarem os seus veículos. Mas esteluxo só é possível porque esses paí-ses possuem energia abundante ebarata, o que não é a realidade namaior parte dos que pagam caro ouaté importam a sua energia.
No final, a tendência é positiva;híbridos, elétricos e veículos movi-dos com motores a explosão, todosestão ficando cada vez mais eficien-tes e poluindo menos. Ainda assim,gostaríamos de ver um esforçomaior dos governos incentivandoos motores mais eficientes. Isto po-deria facilmente ser atingido dandoincentivos fiscais aos veículos con-forme a eficiência do motor. Veícu-los pouco eficientes pagariam taxasmaiores, veículos muito eficientesteriam desconto. Isto incentivaria asindústrias a desenvolverem alterna-tivas cada vez mais eficientes, por-que traria vantagem competitivaaos seus produtos.
Acredito plenamente que o com-portamento dos motoristas temuma parcela importante nesta equa-ção e que no monitoramento e naajuda para tirarem o melhor proveitodos veículos que dirigem, sejam elesquais forem, está chave em aprimo-rar o rendimento da sua frota.
Alexandre Fagundes,Gerente da MiX Telematics
O seu próximo carro vai ser elétrico?GLK 220
Fotos: divulgação
E 250 Avantgarde
SL 63 AMG
22 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 25 de julho de 2014
RAIO X
MONTEVIDÉU REDESCOBERTARepleta de histórias, a capital do Uruguai vive fase de transformação e ganha novos hotéis.
Rejane Tamoto
Um lugar para explo-
rar sem pressa, apro-
veitando cada deta-
lhe, cor e sabor. As-
sim é Montevidéu, a capital do
Uruguai. A lei do mínimo esfor-
ço está presente até na hora de
conversar, já que não é difícil
encontrar um uruguaio que,
acostumado a atender turis-
tas, fale um bom português.
E, para isso, não faltam histó-
rias na cida-
de , sempre
ac ompa nha-
das de boa co-
mida e bebi-
da. Pois é com
o charme de
cada uma de-
las que a Mon-
tev idéu en-
canta o turis-
ta. Apesar de
uma lei recen-
te ter legaliza-
do a comer-
cialização da
maconha pa-
ra os cidadãos
do país, pou-
co se vê gente fumando nas
ruas. Dependendo do bairro, o
que se vê mesmo é o desenvol-
vimento imobiliário, com no-
vos prédios sendo erguidos.
“Em abril foi inaugurado, na
Ciudad Vieja (centro velho), o
hotel El Aka Design. Em Poci-
tos, há também um hotel no-
vo, o Gema”, conta a guia tu-
rística Joseline Rodriguez, que
fala bem o português. A profu-
são de novos hotéis também
ocorre em Punta Carretas,
bairro que, apesar dessa me-
tamorfose, mantém o charme
residencial. Foi lá que a rede
Accor inaugurou um hotel
boutique Mercure em abril. O
hóspede pode ficar em um
quarto em frente à rambla (a
orla do Rio da Prata) e ter uma
vista de tirar o fôlego, ou optar
pela outra face, de onde se po-
de observar o bairro e o shop-
ping Punta Carretas, o mais fa-
moso da cidade que, por sinal,
guarda uma história e tanto.
Como centro de compras, ele
existe desde 1994, mas desde
1910 era um presídio que, du-
rante a ditadura uruguaia, foi
ocupado por presos políticos,
entre eles o atual presidente
do Uruguai, José Mujica, na
época líder dos Tupamaros.
A história diz que Mujica parti-
cipou de duas fugas, em 1971
e 1972. No final da década o
presídio foi desativado e hoje
funciona co-
mo um shop-
ping eferves-
cente.
No ba i r ro
também há
boas opções
de restauran-
te. Uma delas
é o La Perdiz,
que tem at-
mosfera so-
fisticada, me-
sas disputa-
das mesmo
na baixa tem-
porada e car-
dápio variado
de massas ,
frutos do mar e carnes. Outro,
um pouco mais descontraído e
inspirado na obra do escritor
norte-americano Ernest He-
mingway, é o El Viejo y El Mar
(O Velho e o Mar), que fica na
rambla e em frente ao Rio da
Prata, de onde se tem uma vis-
ta privilegiada do pôr-do-sol.
Mas o restaurante que mais
surpreende é o Café Tabaré,
por reunir o passado e o pre-
sente de forma singular e em
todos os sentidos: na arquite-
tura, na decoração e no menu,
que também inclui sushi. Sua
história começou em 1919,
quando a ideia era ter um es-
paço para um armazém e, as-
sim, atender famílias em bus-
ca de mantimentos e outro,
com um bar propriamente di-
to. Nessa parte mais animada,
até Carlos Gardel já deu uma
canjinha. A divisão persiste
Fotos: Bruno Agostini/Agência O Globo
Á esq., o Teatro Solis iluminado, cartão-postal da Ciudad Vieja; acima, a orla do Rio da Prata com vista para a parte antiga.Rejane Tamoto Rejane Tamoto
Rejane Tamoto
Prato servido no Café Tabaré,cuja história remete a 1919.
Acima, à esq.,entrada doMercadoAgrícola,
reaberto noano passado
após reforma;acima, à dir,Shopping
Punta Carretas,que funcionaem um antigopresídio; ao
lado, adecoração
contemporâneado novo Hotel
Mercure.
Divulgação
Como o Uruguai é um país pequeno e aconchegante, viajar para as cidades
vizinhas da capital é sempre convidativo. Fora dos roteiros mais badalados,
como Punta del Leste e Colônia do Sacramento, há um pequeno balneário a
100 quilômetros de Montevidéu, tranquilo e de temática mística. Trata-se de Piriá-
polis. O nome vem de seu fundador, Francisco Piria, um alquimista e empresário
argentino que se mudou para lá em 1880. Místico, ergueu um hotel em estilo eu-
ropeu na região em 1930, o Argentino Hotel (www.argentinohotel.com.uy/), sen -
sação de uma época na qual o Uruguai era considerado a pequena Suíça da América
Latina. Ligado ao feng shui e ao reiki, Piria envolveu o balneário em uma atmosfera
mística, pois construiu estátuas nos pontos que considerava que tinham as melho -
res energias. No alto do Morro de Santo Antônio, a 130 metros do nível do rio, muitos
visitantes param para fazer ver a estátua do santo. No caminho há também uma
estátua de Stella Maris, a Nossa Senhora dos Pescadores, em cima da pedra fun-
damental da cidade. Em Piriápolis, o visitante também conhece o Pão de Açúcar de-
les, com 423 metros de altura. Quer mais história? É só visitar. (RT)
até hoje, na qual a parte do ar-
mazém é dedicada para quem
quer jantar tranquilamente.
Punta Carretas é um bairro
gostoso sim, mas ainda é preci-
so sair de lá para ouvir mais his-
tórias no Uruguai. É só pegar o
Boulevard General Artigas,
avenida arterial utilizada para
cruzar rumo aos principais
pontos da cidade. Sempre vale
a pena passar pelos monu-
mentos, como o Parlamento e o
Estádio Centenário. Uma dica
interessante para uma manhã
tranquila, antes de deixar Mon-
tevidéu, é ir para o bairro Goes,
onde foi reaberto no ano passa-
do o centenário Mercado Agrí-
cola, após uma reforma. Ele
tem uma estrutura parecida
com o Mercado do Porto, no
centro velho, mas é menos es-
fumaçado por não ter restau-
rantes especializados no prato
típico local, a parrillada, ou
churrasco uruguaio. Por lá há
pequenas praças de alimenta-
ção e uma variedade de ali-
mentos e bebidas. É onde o
uruguaio compra os itens de
sua despensa e o turista enche
a sacola de guloseimas, como o
alfajor, uma infinidade de azei-
tes e o vinho local, da uva Tan-
nat, a um preço competitivo.
COMO CHEGARDe São Paulo, voo direto ida-e- volta pelaTA M(www.tam.com.br), a partir de R$ 857(2h30
de viagem). Na Gol (www.voegol.com.br), a
partir de R$ 1.033. Os preços incluem taxas e
são referentes a agosto.
ONDE DORMIRO novo Mercure Punta Carretas( w w w. m e rc u re . c o m / g b / h o t e l - 9 5 1 3 - m e rc u re -
montevideo-punta-carretas/index.shtml) tem
diárias a partir de R$ 208 por casal. Para
reservas feitas até o fim de julho, o hotel
oferece três noites pelo valor de duas,
somente nos fins de semana, até 1º/9. Outros
hotéis boutique recém-abertos, AK Design
(akhotelmontevideo. com.uy/pt/) e Gema
(www.gemaluxurysuites hotel.com.uy).
ONDE COMERCafé Tabaré: J. Zorrilla de San Martín,
Punta Carretas, tel.: (598) 2712-3242,
w w w. b a r t a b a re . c o m .
El Viejo y el Mar: Rambla Gandhi, 400,
Punta Carretas, tel. (598) 2710-5704.
La Perdiz: Guipúzcoa, 350, Punta Carretas,
tel. (598) 2711-8963,
w w w. re s t a u r a n t l a p e rd i z . c o m .
PA S S E I O SA LB Tour (www.lbtour.com.uy) promove
diversos passeios. Procure por Joseline
Rodriguez, simpática guia que fala português.
Fotos: Rejane Tamoto
Alto do morro em Piriápolis, onde ficaa estátua de Santo Antônio.Argentino Hotel, de estilo europeu, inaugurado em 1930.
O balneário místico e tranquilo
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