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01 (2015) Rádio e ulna são ossos que compõem o esqueleto apendicular e fazem parte:

Ⓐ do membro pélvico. Ⓑ do membro torácico. Ⓒ da coluna cervical. Ⓓ da coluna torácica. Ⓔdo coxal.

DICA DO AUTOR: É de fundamental importância para o estudo anatômico utilização dos livros básicos de anatomia comparativa dos animais domésticos, além de atlas para a complemen-tação e melhor visualização e fixação do conteúdo. Alternativa A: INCORRETA. O membro pélvico é composto pelo fêmur, tíbia e fíbula, tarso, me-tatarso e falanges proximal, média e distal. 1,2 Alternativa B: CORRETA. O membro torácico consiste de quatro segmentos principais, o cín-gulo escapular, composto por escápula, coracóide (nos mamíferos é somente um processo coracóide da escápula) e escápula (aves) úmero, rádio e ulna, carpo e metacarpos e falanges proximal, média e distal. 1,2 Alternativa C: INCORRETA. A coluna cervical é constituída por sete vértebras cervicais, as duas primeiras bastante modificadas, o atlas e o axis, para permitir o livre movimento da cabeça e as cinco restantes mais típicas. 2 Alternativa D: INCORRETA. A coluna torácica é composta pelas vértebras torácicas que se ar-ticulam com as costelas. Todas as vértebras torácicas compartilham características comuns como: corpos curtos com extremidades achatadas; facetas costais, em ambas as extremi-dades, para as cabeças das costelas e nos processos transversos para as tuberosidades das costelas; processos transversos curtos e grossos; arcos firmemente ajustados; processos espinhosos muito proeminentes; e processos articulares baixos. 2 Alternativa E: INCORRETA. Os ossos que compõem o coxal são três: íleo, púbis e ísquio

02 (2015) Fêmeas equinas apresentam normalmente falta de um grupo dentário. Este grupo é:

Ⓐ os molares superiores. Ⓑ os incisivos superiores. Ⓒ os pré-molares. Ⓓ os incisivos inferiores. Ⓔ os caninos.

DICA DO AUTOR: Recomenda-se o estudo das fórmulas dentárias das espécies animais do-mésticas nos livros de anatomia comparada - Sisson, Grossman; Getty (1986) e Dyce; Sack; Wensing (2010). Alternativa A: INCORRETA. As éguas possuem todos os molares sem exceção em relação ao sexo. Tomando por base somente meio plano da arcada dentária, as fêmeas possuem três molares superiores e três molares inferiores. Alternativa B: INCORRETA. Equinos, em geral, apresentam incisivos superiores, diferentemente dos bovinos, caprinos e ovinos que não os apresenta, sendo substituído por uma estrutura com funcionalidade semelhante, o coxim dentário (pulvino dentário).1,2 Alternativa C: INCORRETA. Os equinos apresentam quatro pré-molares, porém apresenta uma particularidade em relação ao 1º pré-molar, na arcada superior (maxilar) este sendo vestigial de menor tamanho que os demais podendo ou não, irromper. Este na arcada inferior (man-dibular) não está presente. 1,2 Alternativa D: INCORRETA. Os equinos apresentam os incisivos inferiores, assim como as de-mais espécies de animais domésticos. 1,2

Alternativa E: CORRETA. O dente canino está normalmente ausente ou é rudimentar nas éguas. A presença dos caninos vestigiais não é rara nas éguas, especialmente na arcada den-tária inferior, são muito pequenos e normalmente não irrompem. Está ligado ao fato de que existiam os caninos em ambos os sexos nos ancestrais eocenos e miocenos dos equinos

03 (2011) Nas cadelas a placenta é do tipo:

Ⓐ difusa e hemocorial. Ⓑ zonária e hemocorial. Ⓒ discoide e hemocorial. Ⓓ zonária e endoteliocorial. Ⓔdiscoide e endoteliocorial.

DICA DO AUTOR: Para melhor facilidade de compreensão das diferenças anatômicas ocorridas na placenta dos animais domésticos, ressalta-se que o tecido fetal continua inalterado dentre as espécies, havendo mudanças somente na parte materna com a presença ou não dos seus componentes (barreiras). Alternativa A: INCORRETA. As porcas apresentam placenta difusa, com o córion frondoso dis-tribuído totalmente na superfície coriônica, porém quanto ao número de camadas apresenta a barreira fetal e materna sendo do tipo epiteliocorial, na qual o epitélio coriônico fica em contato com o epitélio uterino intacto, semelhante morfologia placentária ocorre nos equi-nos. 3,4 Alternativa B: INCORRETA. As cadelas quanto à estrutura da superfície corioalantóide e suas interações com o endométrio é classificada como zonária, porém não são do tipo hemoco-rial quanto ao número de camadas, pois o córion não está em contato direto com o sangue materno. 3,4Alternativas C e E: INCORRETAS. Roedores e primatas apresentam placenta com localização discóide e contato quase direto do trofoblasto com sangue materno sendo, portanto, hemo-corial. 3,4 Alternativa D: CORRETA. A placenta da cadela quanto à estrutura da superfície corioalantóide e suas interações com o endométrio é do tipo zonária localizando-se circundando a região mediana e quanto ao número de camadas teciduais é categorizada como endoteliocorial, no qual o epitélio coriônico fica em contato com o endotélio dos capilares maternos

04 (2015) Comparando a digestão de animais carnívoros e herbívoros, pode-se afirmar que: Ⓐ O sistema digestório de animais carnívoros é mais complexo que o de herbívoros, pois lipídios e proteínas são de difícil digestão. Ⓑ Os carnívoros possuem bactérias que ajudam na digestão de celulose. Ⓒ Os herbívoros possuem uma estrutura chamada abomaso, local onde se localizam as bac-térias capazes de fermentar a celulose. Ⓓ O intestino dos herbívoros é proporcionalmente maior, pois os vegetais são difíceis de digerir.

DICA DO AUTOR: Recomenda-se o estudo comparativo de todo trato digestório e glândulas anexas a este, entre animais herbívoros, onívoros e carnívoros. Alternativa D: CORRETA. A morfologia do sistema digestório dos animais domésticas é um reflexo da sua dieta. Bovinos, caprinos e ovinos possuem estômago pluricavitário (poligás-trico) composto, estes são rúmen (aglandular), retículo (aglandular), omaso (aglandular) e abomaso (glandular - estômago com glândulas na camada mucosa que produzem enzimas proteolíticas), nos quais ocorre extensa fermentação microbiana da dieta vegetal em região

especializada do trato proximal à digestão gástrica (fermentação pré-gástrica) o intestino del-gado destas espécies possui semelhanças com os equinos, e intestino grosso com ceco bem desenvolvido e cólon ascendente extenso em forma espiral bidimensional. Animais herbívo-ros não ruminantes, como os equinos, possuem estômago composto (glandular e aglandular) unicavitário (monogástrico), nestes, a fermentação microbiana tem lugar no trato digestivo distal (fermentação microbiana pós-gástrica) compensatoriamente o intestino desses animais possui uma complexidade maior contendo câmaras fermentativas como o ceco e cólon onde há a proliferação da microbiota intestinal capaz de digerir a celulose disponibilizando glicose para absorção e nutrição do animal. Diferentemente dos herbívoros a dieta dos carnívoros é constituída somente por proteína, portanto possuem digestão principalmente enzimática e digestão microbiana mínima. Assim, desde a boca ao estômago simples unicavitário há a liberação de enzimas proteolíticas. No duodeno há uma estrutura denominada papila duo-denal maior na qual desemboca o ducto pancreático liberando suco pancreático contendo tripsina (protease) e o ducto colédoco, suco biliar que promove a emulsificação dos lipídeos contidos na dieta. O ceco destes animais é reduzido de tamanho e possui pouca fermentação ou nenhuma, uma vez que a alimentação destes animais não contém celulose. O cólon e reto possui função principal de absorção de água e são de forma simplificada

05 (2014) Um animal silvestre que pode ser reservatório do vírus da febre aftosa é:

Ⓐ o quati. Ⓑ a irara. Ⓒ a lontra. Ⓓ o veado. Ⓔ a zebra.

DICA DO AUTOR: A Febre Aftosa é uma enfermidade infectocontagiosa aguda com potencial de transmissibilidade extremamente alto entre os animais susceptíveis. Afeta os animais de casco partido (biungulados), tanto de espécies domésticas como silvestres. Caracteriza-se por febre e formação de vesículas, erosões e úlceras na mucosa oral, epitélio da língua, nasal e mamário e na região coronária dos cascos e espaços digitais. A doença é causada por um vírus da família Picornaviridae e do gênero Aphthovirus.39,40 Alternativa D: CORRETA. Os reservatórios naturais do vírus são os animais biungulados domés-ticos e selvagens. Os elefantes, o javali, muitas espécies de roedores e ruminantes selvagens, dentre eles o veado, podem servir de reservatório do vírus da febre aftosa para animais domésticos susceptíveis a doença (bovinos, zebus, búfalos domésticos, yaks, ovinos, caprinos e suínos).41, 42 Alternativas A, B, C e E: INCORRETAS. Não correspondem a animais importantes como reserva-tórios silvestres do vírus da febre aftosa

06 (2014) Se o serviço oficial foi notificado da existência de um foco de doenças vesiculares, o veterinário, ao se deslocar para atender à notificação do foco, estabeleceu que o material que deveria colher para os exames de confirmação de febre aftosa é:

Ⓐ Epitélio das aftas, linfa (líquido contido nas aftas) e sangue. Ⓑ Apenas sangue. Ⓒ Sangue, biopsia de linfanodos e tonsilas. Ⓓ Sangue e material estomacal. Ⓔ Sangue, líquido da faringe e esôfago e conteúdo intestinal.

DICA DO AUTOR: Os materiais de eleição para diagnóstico de febre aftosa são os fragmentos

de epitélio das aftas e a linfa (líquido vesicular) provenientes de lesões linguais, bucais, podais ou de úbere. Sempre que for possível, as amostras devem ser obtidas de vesículas frescas ainda não destacadas. O epitélio que recobre as vesículas será extraído com tesoura, pinça ou pano previamente esterilizados. Convém obter linfa de vesículas fechadas, o que pode ser conseguido com uma seringa esterilizada. Se as aftas já estão abertas e desgarradas, recorre--se ao epitélio das bordas das erosões. No caso de a notificação do foco ser tardia, podem-se encontrar animais com lesões cicatrizadas e, nesses casos, pode-se recorrer à coleta de ma-terial esofágico-faríngeo (LEF) na tentativa de isolar o vírus. As amostras poderão ser com-plementadas com a pesquisa de anticorpos em soro sanguíneo, utilizada para demonstrar ausência de infecção, determinar a prevalência em estudos soroepidemiológicos e avaliar a resposta humoral após vacinação.39,40,45

07 (2015) Segundo as normas de trânsito animal, para a movimentação de bovinos não desti-nados ao abate, dentro de um município onde a vacinação contra a febre aftosa é obrigatória e que tenham recebido uma única dose de vacinação contra essa doença, deve-se respeitar o cumprimento, após essa vacinação, do seguinte prazo:

Ⓐ quinze dias. Ⓑ sete dias. Ⓒ dez dias. Ⓓ cinco dias.

DICA DO AUTOR: Toda movimentação de animal susceptível à febre aftosa deve ser acompa-nhada da Guia de Trânsito Animal (GTA) e de outros documentos estabelecidos pelo serviço veterinário oficial, de acordo com as normas em vigor. A emissão de GTA para movimentação de bovinos e bubalinos oriundos de Unidade da Federação ou região onde a vacinação con-tra a febre aftosa é obrigatória deve respeitar o cumprimento do prazo de quinze dias para animais com uma única vacinação contra a febre aftosaResposta: A

08 (2015) De acordo com o art. 5º da Instrução Normativa nº 44, de 2 de outubro de 2007, do MAPA, o desenvolvimento e a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da febre aftosa envolve diversas ações, EXCETO:

Ⓐ Realização de treinamentos e simulações para execução dos planos de ação. Ⓑ Coleta de material para diagnóstico laboratorial, acompanhada de avaliação clínica e epi-demiológica. Ⓒ Elaboração de atos e disciplinamento de procedimentos prevendo a participação de ou-tros setores governamentais e privados para pronta reação. Ⓓ Notificação imediata dos casos suspeitos de doença vesicular e pronta reação nos casos confirmados.

O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como objeti-vos a erradicação da febre aftosa em todo o Território Nacional e a sustentação dessa condi-ção sanitária por meio da implantação e implementação de um sistema de vigilância sanitária apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial e na participação da comunidade. Seus objetivos encontram-se inseridos no Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa, que busca a eliminação da doença em toda a América do Sul.43,44O desenvolvimento e a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da febre aftosa envolve as seguintes ações:I. manutenção de estrutura administrativa apropriada para os casos de emergência veteriná-

ria, que deverá fazer parte do plano de contingência; II. notificação imediata de casos suspei-tos de doença vesicular e pronta reação nos casos confirmados; III. elaboração de plano de ação para atendimento e investigação epidemiológica dos casos confirmados de doença vesi-cular e dos focos de febre aftosa; IV. realização de treinamentos e simulações para execução dos planos de ação; V. desenvolvimento de capacidade operacional adequada, destacando os laboratórios de diagnóstico; VI. elaboração de atos e disciplinamento de procedimentos pre-vendo a participação de outros setores governamentais e privados para pronta reação; e VII. desenvolvimento de capacidade para aplicação de todos os recursos necessários para conter a propagação da doença, incluindo pessoal, equipamento, recursos financeiros e medidas governamentais que amenizem os impactos econômicos e sociais decorrentes.43 Resposta:Ⓑ

09 (2014) Sobre o manejo e bem-estar nas criações de aves poedeiras, é correto afirmar:

Ⓐ para galinhas alojadas em piso, a apanha deve ser feita pelos pés, mantendo a galinha sempre em posição vertical, com a cabeça para baixo. Ⓑ quando houver necessidade de pegar uma galinha da gaiola, devem-se unir ambas as per-nas junto a seu corpo, segurando as asas, para evitar qualquer injúria à ave. Ⓒ a apanha pelas asas, cauda, pés e pescoço é permitida, segundo os conceitos de bem-es-tar animal. Ⓓ as galinhas que apresentem alguma doença que cause sofrimento devem ser submetidas à eutanásia pela câmara de gás, por funcionário treinado

Alternativas A e C: INCORRETAS. Não é permitida a apanha das aves pelos pés, asas e pescoço devido às lesões e sofrimentos que possam causar. Além de não considerar o bem-estar das aves, a apanha dessa forma leva a lesões na carcaça que pode causar a recusa quando da seleção para processamento. Aves com menos de 1,8kg podem, excepcionalmente, ser apa-nhadas pelas pernas, desde que o número máximo em cada mão não seja maior que três18. Alternativa B: CORRETA. Dentre os métodos de apanha utilizada e mais recomendada no Brasil está método de apanha pelo dorso, contendo os pés e segurando as aves pelas asas, que além de evitar lesões musculares e ósseas nos frangos, também auxilia na contenção das asas, o que previne lesões em decorrência de movimentos bruscos10. Alternativa D: INCORRETA. Aves que apresentem fraturas ou lesões que comprometem seu bem-estar, não deve sofrer a pendura ou qualquer tipo de morte química. É aceitável o des-locamento manual do pescoço desde que as aves não apresentem mais de 3kg e que seja realizado por um funcionário treinado para o abate emergencial18. O uso de câmara de gás com atmosfera controlada (dióxido de carbono ou mistura de dióxido de carbono e gases do ar) é permitido apenas para insensibilização visando manter os animais em inconsciência até a sangria

10 (2012) “Por tudo isso, o enfermeiro deve criar metodologias que conduzam à prestação de cuidados com qualidade”. Se esse trecho fosse modificado, em qual alternativa as normas da regência verbal estariam atendidas?

Ⓐ Por tudo isso, o enfermeiro deve criar metodologias as quais se baseie seu trabalho. Ⓑ Por tudo isso, o enfermeiro deve criar metodologias às quais esteja submetido seu traba-lho. Ⓒ Por tudo isso, o enfermeiro deve criar metodologias nas quais dependa seu trabalho. Ⓓ Por tudo isso, o enfermeiro deve criar metodologias das quais apoiem seu trabalho. Ⓔ Por tudo isso, o enfermeiro deve criar metodologias cuja as quais valorize seu trabalho.

DICA DO AUTOR: Mais uma questão em que está sendo verificado o conhecimento do candi-dato do uso da preposição antecedendo o pronome relativo. Sigamos os mesmos procedi-mentos descritos na questão anterior: primeiro, vamos identificar o verbo da oração subordi-nada e, depois, vamos pensar sobre a preposição que deve acompanhá-loResposta: B

|ED|| 01. A introdução da propaganda e educação na técnica rotineira de ação da Saúde Pública brasileira é atribuída à reforma :

A) Osvaldo Cruz.B) Carlos Chagas.C) Barros Barreto.D) Almeida Machado.E) N.R.A.

Resposta:(B) Marco importante da evolução da saúde pública brasileira foi a refor-ma Carlos Chagas que, reorganizando os serviços de saúde pública pelo Decreto Legislativo Nº 3.987, de 2 de janeiro de 1920, criou o Depar-tamento Nacional de Saúde Pública. Na administração, Carlos Chagas ocorreu a introdução da propaganda e educação sanitária na técnica rotineira de ação, ao contrário do critério puramente fiscal e policial até então utilizado.Ref.: Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária. p.31.

|ED|| 02. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, da receita de impostos da União o Governo Federal deverá dispor para o Setor Educação:

A) 3%.B) 5%.C) 12%.D) 18%.E) 25%.

Resposta:(D) A Constituição Federal de 1988, consoante Artigo 212 da Seção I – da Educação Capítulo III do Título VII, determina que 18% da receita

SAÚDEPÚBLICA

116 Marcelo GurGel carlos da silva

resultante de impostos da União sejam destinados ao Setor Educação. Para os municípios brasileiros, a alocação de recursos para a educação, conforme estipula a Constituição retromencionada, deverá comprome-ter 25% de suas arrecadações tributárias.Ref.: Brasil. Constituição Federal.

|ED|| 03. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, das arrecadações tri-butárias municipais, o município deverá dispor para o Setor Educação:

A) 5%.B) 12%.C) 18%.D) 25%.E) 30%.

Resposta:(D) A Constituição Federal de 1988, conforme o Artigo 212 da Seção I – da Educação – Capítulo III do Título VII, dispõe que para os municípios brasileiros, a alocação de recursos para a educação, deverá fixar 25% de suas arrecadações tributárias.Ref.: Brasil. Constituição Federal.

|ED|| 04. Nos indicadores sociais e econômicos relacionados com a saúde, a OMS, em sua proposta de indicadores para acompanhar os progressos de “Saúde Para Todos no Ano 2000”, recomendava na área de educação:A) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a uni-

versidade.B) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a escola

secundária.C) o índice de alfabetismo de adultos.D) o número de técnicos por 1.000 habitantes.E) a taxa de repetência no primeiro ano escolar.

Resposta:(C) Nos progressos para a “Saúde Para Todos”, provavelmente, se farão sentir profundamente dois fatores sociais que, em geral, não se conside-ram como partes integrantes do Setor Saúde: a educação e a moradia. Um possível indicador da contribuição da educação à saúde é o índice de alfabetismo, comumente definido como percentagem da população de 15 ou mais anos que sabe ler e escrever em qualquer idioma; outros possíveis indicadores educacionais são: número (%) de alunos de 5 a 19 anos matriculados nas escolas, número de alunos por professor e gastos por aluno.Ref.: OMS. Saúde para todos no ano 2000. p.19, 26.

CAP. 4 • EdUcaÇÃo Em saÚdE 117

|ED|| 05. A área de educação está representada no Indicador de Qualidade Mate-rial da Vida (IQMV) por:

A) percentagem de população de 5 a 19 anos matriculadas nas escolas.B) nº de técnicos por 1.000 habitantes.C) percentagem de alfabetismo da população adulta.D) taxa de repetência no primeiro ano escolar.E) nº de alunos que chegam à universidade entre os que ingressaram na

escola primária.

Resposta:(C) A procura de um indicador ideal que traduzisse por um valor nu-mérico o “nível de vida” ou, em menor abrangência, o nível de saúde de uma população sempre foi uma meta de estudiosos da área da saúde e da economia. Grant propôs o uso de um indicador que reúne de forma combinada os valores da mortalidade infantil, da esperança de vida à idade de um ano e da taxa de alfabetismo; é conhecido por Indicador de Qualidade Material de Vida (IQMV) e tem recebido ampla aceitação em vários organismos internacionais.Ref.: Laurenti. In: Gonçalves. p.93-7.

|ED|| 06. Segundo Morris, dentre os diferentes usos da Epidemiologia incluem--se:

I. identificação de grupos mais vulneráveis.II. ajuda a completar o quadro clínico.III. identificação de novas síndromes.IV. identificação dos fatores etiológicos.Desses usos, estão mais vinculados à educação médicaA) somente III e IV. B) somente II e III.C) somente II, III e IV.D) somente I, III e IV.E) todos (I a IV).

Resposta:(C) Classicamente, Morris distinguiu sete usos importantes da Epide-miologia; desses usos, três estavam mais vinculados à Educação Médica, a saber: 1. ajuda a completar o quadro clínico; 2. identificação de novas síndromes; 3. identificação dos fatores etiológicos. A identificação de grupos mais vulneráveis relaciona-se mais ao planejamento em saúde.Ref.: Armijo. Epidemiología. p.37-40.

1 - FUNÇÃO DA PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos que marcam pausas e tentam também transcrever ritmo e melodia da língua.

1. Fundamentalmente, servem para marcar pausas sintáticas:a. Ponto (pausa longa)b. Vírgula (pausa curta)c. Ponto-e-vírgula (pausa intermediária)

▍Observação: O ponto determina final de período e/ou de parágrafo. Vírgula e ponto-e-vírgula não de-terminam final de período.

2. Possuem a função essencial de marcar a melodia e entoação:a. dois-pontosb. ponto de interrogaçãoc. ponto de exclamaçãod. reticênciase. aspasf. parênteses

g. travessões

▍Observação: Uma vírgula pode mudar tudo...Voz do pessimista: “Não vou passar no concurso!”Voz do otimista: “Não, vou passar no concurso!”

Observe, a seguir, uma situação em que podem ser aceitas duas pontuações diferentes. A mudança gera-rá uma interpretação completamente diferente e produzirá uma nova sintaxe no período."Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria se rastejando à sua procura.""Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria se rastejando à sua procura."Observe a pontuação: no 1º período, a vírgula colocada demonstra que o sujeito da forma verbal “tem” é o termo “o homem”, enquanto o sujeito da forma verbal “andaria” é “a mulher”. No 2º período, a vírgula colocada demonstra que “a mulher” é sujeito da forma verbal “tem”, enquanto o “o homem” é sujeito da forma verbal “andaria”.

Leia atentamente o pequeno texto abaixo:“Sentenciou o rei:- O júri condenou. Eu não, absolvo.Escreveu o distraído escrivão:

Português

216 ▕ Pontuação

- O júri condenou, eu não absolvo.”Percebe-se uma total mudança de sentido com a retirada da vírgula após o vocábulo “não”. A mensagem, após a mudança, transmite o oposto do que havia transmitido inicialmente.

(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA FEDERAL DO MARANHÃO - EBSERH) Considere os períodos abaixo.

I. A pessoa que não é preconceituosa, não discrimina ninguém.II. É necessário meu amigo, ter consciência deste problema.III. João, meu colega de classe, está internado.

A pontuação está correta somente em:

Ⓐ I.Ⓑ II.Ⓒ III.Ⓓ I e III.Ⓔ II e III.

Análise das alternativas

Pontuação é um assunto presente nas provas, entretanto o sinal de pontuação mais cobrado é a vírgula. Vamos nos lembrar de que a vírgula é uma pausa de caráter sintático: muitos atrelam a vírgula ao ato de respirar – algo completamente fora da regra gramatical. Atenção para as vírgulas que isolam aposto, adjun-to adverbial deslocado e termos intercalados.Assertiva I: INCORRETA. A vírgula utilizada no período está incorreta, pois, ao usá-la, o sujeito está sendo sepa-rado do predicado. Nesse caso, deveria haver duas vírgulas, isolando a oração adjetiva explicativa –“que não é preconceituosa” -, ou deveria ser retirada a vírgula que foi utilizada após “preconceituosa”. Resumin-do: usam-se duas vírgulas ou usa-se nenhuma.Assertiva II: INCORRETA. O termo “meu amigo” deveria estar entre vírgulas, por se tratar de um vocativo. Lem-bre-se de que o vocativo é um termo isolado, que indica chamamento, apelo. Exemplo: “É necessário, meu amigo, ter consciência deste problema”Assertiva III: CORRETA. O termo “meu colega de classe” está corretamente isolado por vírgulas, pois se trata de um aposto explicativo.▍Resposta: Ⓒ

2 - REGRAS PRÁTICAS DE PONTUAÇÃO

Não se usa pontuação:• Entre sujeito e predicado;• Entre verbo e complementos verbais (objetos);• Entre nomes e complementos nominais;• Nas locuções verbais, separando verbo auxiliar e principal;• Entre o substantivo e o adjunto adnominal.

Conclusão:• Não se usa pontuação entre termos que estiverem em sua ordem direta:

Sujeito + Verbo Complemento + Verbal + Adjunto Adverbial

217▏Paula Barbosa

▍Observação: Em termos intercalados ou explicativos, as vírgulas podem ser substituídas por travessões ou parênteses, sem alteração de ordem sintática ou de ordem semântica.Observe a oração intercalada:A vida, disse o homem sentado à mesa, é bela!A vida – disse o homem sentado à mesa – é bela!A vida (disse o homem sentado à mesa) é bela!Observe o termo explicativo:Aqueles políticos, frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais, não se preocupam com os interesses do povo.Aqueles políticos - frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais - não se preocupam com os interesses do povo.Aqueles políticos (frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais) não se preocupam com os interesses do povo.

(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - EBSERH) No período “O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano”, o uso das vírgulas justifica-se para:

Ⓐ marcar a intercalação do adjunto adverbial. Ⓑ marcar a inversão do adjunto adverbial. Ⓒ marcar a elipse do verbo.Ⓓ isolar o aposto. Ⓔ marcar uma enumeração.

Análise das alternativas

O conhecimento sintático que o candidato trouxer será fundamental para facilitar a resolução dessa ques-tão. Perceba que, embora o assunto seja pontuação, sem conhecer a sintaxe e os termos da oração, prin-cipalmente a localização desses, ficará muito complicado alcançar um gabarito com segurança. O adjunto adverbial é o termo que mais possibilidades possui de ocupar vários espaços na sentença.Alternativa A: CORRETA. O adjunto adverbial está deslocado porque a posição que ele deve ocupar é no final da sentença. Observe que ele está quebrando a linearidade sintática do período. Desse modo, percebe-se claramente que o adjunto adverbial está intercalado no período.Alternativa B: INCORRETA. O período apresenta uma inversão, mas não é uma inversão do adjunto adverbial. A inversão é do período. Como a posição original do adjunto adverbial é no final da sentença e ele está posicionado no meio do período, fica claro que a vírgula é de deslocamento. Logicamente, as alternativas “a” e “b” foram criadas para confundir o raciocínio do candidato.Alternativa C: INCORRETA. Não há, no período, elipse da forma verbal. Todos os termos estão explícitos; não há termos implícitos na sentença.Alternativa D: INCORRETA. O aposto é um termo que explica o substantivo antecedente. Observe que, no perío-do apresentado, não há aposto presente.Alternativa E: INCORRETA. Não há enumeração no período apresentado. Quando há enumeração, estamos diante de aposto enumerativo.

Colocando a teoria em prática...

Observe com atenção o período a seguir:O fato de as pessoas não demonstrarem muito interesse pelo sofrimento alheio é um sinal de que a

sociedade está cada vez mais fria e egoísta.

218 ▕ Pontuação

É fundamental observar a estrutura sintática da sentença acima.Sujeito: O fato de as pessoas não demonstrarem muito interesse pelo sofrimento alheioVerbo de ligação: éPredicativo do sujeito: um sinal de que a sociedade está cada vez mais fria e egoístaA maioria dos alunos sentirá a necessidade de usar uma vírgula após o termo “alheio”, mas cometeria um

erro bastante valorizado, inclusive em provas de concurso: separaria o sujeito do verbo.

(PREFEEITURA DE ARMAÇÃO DE BÚZIOS/RJ - FUNCAB) Assinale a opção cuja reescrita do trecho “Abandonou-o por negócios urgentes, voltou à leitura quando regressava de trem à fazenda; deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens” mantém o seu sentido original e a pontuação correta.

Ⓐ Abandonou-o. Por negócios urgentes, voltou à leitura, quando regressava de trem à fazenda: deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓑ Abandonou-o por negócios urgentes. Voltou à leitura, quando regressava de trem à fazenda. Deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓒ Abandonou-o por negócios urgentes. Voltou à leitura quando regressava de trem. À fazenda, deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓓ Abandonou-o por negócios urgentes: voltou, à leitura, quando regressava de trem à fazenda, deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓔ Abandonou-o por negócios urgentes: voltou à leitura. Quando regressava de trem à fazenda deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.

Análise das alternativas

A mudança de pontuação pode gerar tanto uma infração à norma gramatical, como também pode manter a obediência à norma, entretanto modificar completamente o sentido da sentença original. É fundamental ficar atento às duas situações, principalmente porque o enunciado pode estar trazendo alguma dessas especificidades.Alternativa A: INCORRETA. Observe que, ao colocar um ponto de segmento após “abandonou-o”, muda-se com-pletamente o sentido original de que alguém o abandonou por negócios e passa-se a ter a ideia de que esse alguém “voltou à leitura” por causa dos negócios, o que foge completamente ao sentido original da sentença. Alternativa B: CORRETA. O conteúdo semântico está mantido através da substituição do ponto e vírgula por um ponto de segmento. Além disso, todo o restante da estrutura mantém tanto a correção gramatical quanto o sentido original do período.Alternativa C: INCORRETA. Com a colocação de um ponto de continuidade entre os termos “trem” e “à fazenda”, altera-se o sentido original da sentença. Inicialmente o sujeito voltou “de trem” para a fazenda; após a nova pontuação, a sentença transmite a ideia de que “na fazenda” o sujeito “deixava-se interessar lentamente pela trama”. Alternativa D: INCORRETA. A ausência de pontos de continuação deixa a redação confusa e não mantém a ideia transmitida inicialmente. Observe, inclusive que, ao fazer determinada alteração, a própria leitura impossi-bilita o entendimento do texto.Alternativa E: INCORRETA. A mudança da pontuação compromete a sequência dos fatos. Observe que inicial-mente, o sujeito “voltou à leitura, quando regressava da fazenda”. Após a mudança da pontuação, a ideia expressa é de que ele “deixa-se interessar pela trama, quando volta da fazenda”.

▍Observação: Muitos aprendem que o uso da vírgula está atrelado a uma pausa para respirar. Saliente-se que a vírgula é justificada por uma pausa sintática. Respirar ou não é um procedimento desvinculado da colocação do sinal de pontuação. Cabe, portanto, construir um bom conhecimento sintático para saber usar os sinais de pontuação.

História5Matheus Buente

01. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a eco-nomia açucareira no período colonial, em particular na segunda metade do século XVIII, analise as afirmativas abaixo e, a se-guir, assinale alternativa.

I. Nas áreas do Nordeste e Rio de Janeiro é possível identificar uma situação de recuperação, marcado pelo surgimen-to de um novo mercado consumidor nas regiões mineradoras, a partir do "renascimento agrícola".

II. A política pombalina marca o referido contexto, uma vez que proporcionou a instalação de refinarias em Portugal e a criação das companhias de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

III. Em paralelo ao contexto da economia açucareira na América Portuguesa, as colônias francesas vivenciaram um aumento da produção de açúcar, era decorrência da queda do produto nas Antilhas.

Ⓐ Somente I está correta Ⓑ Somente II está correta Ⓒ Somente III está correta Ⓓ Somente I e II estão corretas Ⓔ Somente II e III estão corretas

Grau de Dificuldade

Assertiva I: CORRETA. No século XVIII, a eco-nomia açucareira já enfrentava forte con-corrência do açúcar produzido no Caribe, o que causou uma crise no Nordeste e Rio de Janeiro. Com a mudança do polo eco-nômico para a região das Minas Gerais, foi necessário um empenho econômico para abastecer as cidades mineiras que começaram a crescer e dispunham todos os seus recursos para a extração mineral, dessa maneira Rio e Nordeste tiveram o seu "renascimento agrícola", agora com uma produção voltada para o abasteci-mento do mercado interno.Assertiva II: CORRETA. As medidas de Pom-bal visavam aumentar o controle político, econômico e administrativo da metrópole

128 129Matheus BuenteHistória

sobre o Brasil. Objetivavam também au-mentar a exploração dos recursos eco-nômicos, principalmente de ouro, para transformar Portugal numa potente na-ção europeia. Logo, refinar o açúcar em Portugal era um fator para cumprir seu objetivo, assim como a criação de com-panhias de comércio nas novas províncias do Grão-Pará e Maranhão a fim de viabili-zá-las financeiramente.Assertiva III: INCORRETA. As Antilhas se tor-naram em pouco tempo grandes concor-rentes da América Portuguesa na produ-ção e venda do açúcar durante o século XVIII. Logo, não é correto associar uma queda do produto justamente no período em que ele rompeu com a predominância portuguesa.Resposta: Ⓓ

02. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a Re-gência Una e a eleição de Feijó, assinale a alternativa correta.

Ⓐ O contexto que antecede a eleição de Feijó como regente único está marcado pela divisão política em dois grupos: os progressistas, que apoiavam a Ato Adicio-nal de 1834 e aqueles que se opunham a ele, os regressistas.

Ⓑ O Ato adicional que viria a orientar as ações políticas da Regência Una tinha como proposta a centralização do poder em mãos de um regente único, ao passo que buscava a mesma unidade centraliza-dora para as províncias através do com-bate à autonomia local.

Ⓒ Com a eleição de Feijó, as Assembleias Legislativas que possuíam caráter apenas

consultivo cederam espaço aos Conselhos Provinciais, agora com amplos poderes de legislação nas áreas civil e militar.

Ⓓ A vitaliciedade do Senado foi extinta, promovendo o declínio dos restauradores e a resposta aos anseios dos exaltados.

Ⓔ A vitória de Feijó representou a vitória do regressistas e a estabilidade entre as principais forças políticas.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: CORRETA. Com o Ato Adicional de 1834, a organização do Estado Imperial durante a menoridade de Pedro de Alcân-tara passaria a ser administrada por uma Regência Una, cujas eleições ocorreriam a cada quatro anos. Os Progressistas de fato eram a favor da Regência e anos mais tarde seriam a base do Partido Liberal. Já os Regressistas se opunham ao Ato Adi-cional e mais tarde formariam o Partido Conservador, grandes apoiadores da Mo-narquia.Alternativa B: INCORRETA. Apesar de cen-tralizar o poder em um único regente, no aspecto político, a regência de Feijó ficou marcada pela autonomia conseguida pe-las províncias.Alternativa C: INCORRETA. Na realidade eram os Conselhos que possuíam caráter con-sultivo e com a eleição de Feijó, esses Con-selhos perderam espaço para as Assem-bleias que gozavam de amplos poderes.Alternativa D: INCORRETA. Quando a Re-gência Trina foi transformada em Regên-cia Una eleita por voto direto e com um mandato temporário a cumprir. Foi criado o Município Neutro na cidade do Rio de Janeiro e a manutenção da vitaliciedade do Senado, algo que era muito importante

para a estabilidade política do período e para demonstrar um tom descentralizador por parte do novo modelo de regência.Alternativa E: INCORRETA. Os regressistas eram contra a eleição de Feijó e inclusive opunham a regência Una, principalmen-te considerarem os posicionamentos do Padre muito progressistas e/ou liberais, como por exemplo a proposta dele de acabar com o celibato do clero.

03. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) O processo de constituição do Estado nacional bra-sileiro estendeu-se pelo século XIX, após ter sido iniciado pelo imperador D. Pedro I. Sobre o referido processo analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. O Brasil assinou o Tratado de Paz e Aliança com Portugal que, entre ou-tros fatores, obrigava D. Pedro I a ce-der o título honorário de Imperador do Brasil a D. João VI e a não aceitar com qualquer outra colônia portuguesa.

II. Foi adotada uma política livre-cambis-ta que, apesar da tentativa de fomen-tar a indústria nacional, fracassou em função dos baixos preços dos produ-tos britânicos.

III. A Constituição outorgada em 1824, classificou, para fins eleitorais, os ci-dadãos em: cidadãos passivos – não alcançavam renda suficiente para ter direitos políticos; cidadãos ativos vo-tantes – os que possuíam renda sufi-ciente para votar; cidadãos ativos elei-tores elegíveis – os que tinham renda suficiente para ser eleito.

IV. A Confederação do Equador foi um momento crítico daquele período e se caracterizou pela liderança das elites de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Bahia, atingidos pela crise dos produtos típicos da região como o açúcar e o algodão.

Ⓐ Somente I e II estão corretas. Ⓑ Somente II e IV estão corretas. Ⓒ Somente I, II e III estão corretas. Ⓓ Somente I, III e IV estão corretas. Ⓔ Somente II, III e IV estão corretas.

Grau de Dificuldade

Assertiva I: CORRETA. Após o emblemático Grito do Ipiranga, Dom Pedro I teria de to-mar diversas ações que pudessem assegu-rar a autonomia política da nação brasilei-ra, entre elas, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o reconhecimento lusitano. Segundo esse acordo, o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois milhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além disso, Dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de im-perador do Brasil. Essa última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em reunificar os dois países em uma só coroa.Assertiva II: CORRETA. Em 1828, Dom Pedro I estabeleceu uma política livre-cambista ao estender a taxa alfandegária de 15%, anteriormente exclusiva aos ingleses, a todas as demais nações do mundo. Por fim, essa medida se instituiu como um novo obstáculo para a modernização da nossa economia. Uma vez que os produtos

130 131Matheus BuenteHistória

ingleses continuam com melhores preços e que dificultava a produção interna.Assertiva III: CORRETA. A constituição de 1824 tinha como principal característica eleitoral o voto censitário, que era uma regulação sobre quais brasileiros pode-riam ou não votar e se candidatar aos cargos públicos de acordo com sua ren-da, gerando assim uma categorização de cidadãos no que diz respeito aos direitos eleitorais.Assertiva IV: INCORRETA. A Confederação do Equador não contou com a participação da Bahia, além disso o grande objetivo do movimento era a emancipação da região Nordeste e sua consequente independên-cia de Portugal, deixando essa questão econômica sobre o açúcar e o algodão em segundo plano.Resposta: Ⓒ

04. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Sobre as re-lações entre colonos e jesuítas, no que diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em segui-da, assinale a alternativa correta.

I. O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os inte-resses da Coroa e nem com os dos je-suítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a oposição dos inacianos.

II. As relações contrárias aos padres je-suítas por parte dos colonos acen-tuou-se pelo fato de os lusos acredi-tarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.

III. Os jesuítas foram expulsos da Capita-nia de São Vicente porque os colonos os denunciaram por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.

Ⓐ somente I está correta Ⓑ somente II está correta Ⓒ somente III está correta Ⓓ somente I e II estão corretas Ⓔ somente II e III estão corretas

Grau de Dificuldade

DICA DO AUTOR: Ordem Inaciana é referência a Companhia de Jesus, ordem religiosa a qual pertenciam os Jesuítas.Assertiva I: CORRETA. De maneira prática não havia nenhuma oposição por parte da Coroa ou dos Jesuítas a escravização dos índios, porém a insistência no cativeiro começou a "atrapalhar" os ideais de con-versão religiosa dos inacianos. Assertiva II: CORRETA. As atividades eco-nômicas coloniais principalmente na produção da cana de açúcar na Bahia se firmaram fortemente através da escravi-zação dos povos nativos (indígenas). E os Jesuítas tinham como prioridade na rela-ção com os indígenas a catequese e não o trabalho.Assertiva III: INCORRETA. Os jesuítas não tinham como ideal a prática de mão de obra indígena.Resposta: Ⓓ

05. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Sobre a transição do trabalho escravo para o livre na região Centro-Oeste do Brasil, é corre-to afirmar:

Ⓐ as relações de trabalho advindas da mão de obra livre eram baseadas no sis-tema capitalista de assalariamento.

Ⓑ o sul de Goiás, por ter sido ocupado por pequenos trabalhadores livres, teve suas relações de trabalho marcadas pelo re¬gime de colonato e de parcerias.

Ⓒ o trabalho livre foi implantado para acompanhar o avanço da agricultura de alimentos, da agropecuária e, sobretudo, da pecuária extensiva voltada para o mer-cado interno.

Ⓓ o declínio do número de escravos no Centro-Oeste decorreu do tráfico inter-provincial, uma vez que boa parte dos cativos dessa região foi levada para as la-vouras de café do Sudeste.

Ⓔ a ocupação decorrente do avanço da pecuária nessa região, implementada por migrações de mineiros e paulistas, nas primeiras décadas do séc. XIX mudou as relações de trabalho, ao voltar-se para o mercado de exportação de carnes.

Grau de Dificuldade

DICA DO AUTOR: Quando se fala do trabalho e da ocupação da região Centro-Oeste é muito comum usarem o termo COLONATO, porém esse termo representa um anacro-nismo, uma vez que o termo foi cunhado para designar trabalhadores do interior Italiano que iriam ocupar terras até então "desocupados", contudo, no caso brasi-leiro, essa é a única semelhança. O Cen-tro-Oeste era pouco ocupado e pessoas foram incentivas a ir para lá, porém com uma estrutura material e uma relação com a terra muito próprias e diferentes da italiana. Como por exemplo: os italia-

nos tinham posse perpétua da terra, já os brasileiros ocupavam terras do governo.Alternativa A: INCORRETA. A relação de tra-balho com mão de obra livre teve seu mo-delo capitalista de assalariamento pos-terior ao século XIX, sendo consolidado apenas no governo Vargas.Alternativa B: INCORRETA. O sistema de par-cerias foi utilizado muito pouco, tendo em vista os elevados juros cobrados sobre as dívidas dos colonos para o tratamento da terra, bem como da produção agrícola que era pouco valorizada.Alternativa C: CORRETA. Realmente houve o uso do trabalho livre para acompanhar a demanda da economia interna crescente no Brasil.Alternativa D: INCORRETA. Como existia um mercado interno crescente e latente no Centro-Oeste, existiam dificuldades com mão de obra, gerando demanda por tra-balhadores. E essa mão de obra foi encon-trada nos trabalhadores livres que chega-vam, portanto não houve debandada de mão de obra escravizada, uma vez que a economia do Centro-Oeste se desenvol-veu com baixa presença de escravos.Alternativa E: INCORRETA. De forma geral a dinâmica econômica ainda se voltava para o mercado interno.

06. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Analise as afirmativas sobre a economia brasileira do século XIX e, em seguida, assinale a opção correta.

I. O desinteresse do sudeste cafeeiro pela escravidão foi uma forte motiva-

Geografia6Thor Fascio

I. GEOGRAFIA FÍSICA: CLIMATOLOGIA – CLIMAS DO BRASIL

01. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Em relação às massas de ar no Brasil, assinale a alter-nativa correta.

Ⓐ A massa Equatorial Atlântica origina--se no Oceano Atlântico setentrional e influencia diretamente o clima na região Sul do país.

Ⓑ A massa Equatorial Continental origi-na-se na porção norte do país e influen-cia diretamente o clima seco no Nordeste Brasileiro.

Ⓒ A massa Polar Atlântica tem atuação apenas na região Sul do país.

Ⓓ A massa Tropical Continental forma-se na depressão do Chaco e é responsável pelas chuvas frontais na região Nordeste.

Ⓔ A massa Tropical Atlântica influencia diretamente o clima na faixa leste do país.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. A massa Equato-rial Atlântica, quente e úmida, tem forte atuação nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo responsável pelas chuvas de verão nessas regiões. Atua ainda em boa parte da região Centro-oeste e norte da região Sudeste. Ela não atua na região Sul do Brasil.Alternativa B: INCORRETA. Por ter altos ín-dices de umidade, a massa Equatorial Continental, formada sobre a Amazônia, intensifica as chuvas nas regiões Centro--oeste e no sertão nordestino nos meses de novembro a março.Alternativa C: INCORRETA. A massa Polar Atlântica, originada no extremo sul da América do Sul, ganha força no inver-no com o deslocamento da zona de alta pressão para o norte, estacionando nas proximidades do Uruguai. Atua na região Sul, fazendo cair muito as temperaturas. É responsável pela formação de geadas em áreas da região Sul e do interior do Esta-do de São Paulo. Desloca-se em direção ao sul da Amazônia, provocando a queda nas temperaturas, num fenômeno conhe-

142 143Thor FascioGeografia

cido como “friagem” e é responsável pe-las chuvas frontais no litoral do Sudeste e Nordeste.Alternativa D: INCORRETA. A massa Tropical Continental, quente e seca, dificulta a for-mação de nuvens nas áreas onde atua, intensificando a aridez, em áreas da re-gião Centro-oeste, e na porção oeste das regiões Sul e Sudeste.Alternativa E: CORRETA. A massa Tropical Atlântica, formada no Atlântico Sul, é quen-te e úmida. Ela amplia os índices de plu-viosidade atuando no litoral das regiões Sudeste e Nordeste o ano todo. No verão, intensifica as chuvas no interior da região Sudeste e parte da região Centro-oeste. No inverno, ao encontrar-se com a massa Po-lar Atlântica, intensifica as chuvas frontais no litoral do Sudeste e do Nordeste.

02. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Os meses mais chuvosos ou de maior índice pluvio-métrico ocorrem no outono e no inverno, quando se dá o avanço da mPA (Massa Polar Atlântica) e o encontro desta com a mTa (Massa Tropical Atlântica), provocan-do as chuvas frontais. Essas chuvas são, muitas vezes, intensas e que provocam grandes transtornos nas cidades onde ocorrem.

A associação correta entre o tipo climáti-co brasileiro correspondente às caracte-rísticas descritas e o exemplo de cidade onde ele ocorre está na opção:

Ⓐ Clima equatorial úmido – Belém. Ⓒ Clima tropical de altitude – São Paulo. Ⓒ Clima subtropical úmido – Curitiba.

Ⓓ Clima litorâneo úmido – Maceió. Ⓔ Clima tropical típico – Cuiabá.

Grau de Dificuldade

DICA DO AUTOR: apesar da questão apre-sentar uma baixa complexidade de reso-lução, ela exige do candidato o conhe-cimento prévio de características bem específicas de climatologia, o que sugere uma fixação maior do assunto.Alternativa A: INCORRETA. O clima equato-rial úmido é caracterizado por altos índi-ces pluviométricos com chuvas intensas em boa parte do ano. Apresenta umida-de relativa do ar muito elevada, em torno dos 80%; médias térmicas anuais acima dos 25°C, com a menor amplitude térmi-ca anual. Alternativa B: INCORRETA. O clima tropical de altitude caracteriza-se pela sazonali-dade das chuvas, alternando uma estação úmida (Verão) e uma estação seca (Inver-no). As médias térmicas ficam em torno de 16°C e os índices pluviométricos próximos aos 1200 mm.Alternativa C: INCORRETA. O clima subtro-pical úmido tem sua ocorrência nas mé-dias latitudes, atuando, principalmente, na região sul do Brasil. Apresenta índice pluviométrico por volta dos 1500 mm, com chuvas bem distribuídas durante o ano. Tem média térmica em torno dos 15°C e apresenta a maior amplitude tér-mica anual dentre os climas brasileiros. Também é o único a apresentar as quatro estações bem definidas.Alternativa D: CORRETA. O clima litorâneo úmido ou tropical úmido tem o segundo maior índice pluviométrico entre os climas brasileiros, por volta de 2000 mm anuais,

além dos verões chuvosos, característi-cas da tropicalidade. As chuvas aparecem com intensidade no inverno e outono, graças a ação das frentes frias oriundas da atuação da massa polar atlântica. Alternativa E: INCORRETA. O clima tropical típico é o de maior abrangência no ter-ritório brasileiro. Observa-se claramente duas estações, alternando verões quen-tes e úmidos com invernos frios e secos. Tem média térmica anual na casa dos 22°C e índices pluviométricos em torno de 1800 mm.

II. GEOGRAFIA FÍSICA: GEOMORFOLOGIA – FORMAS DE

RELEVO NO BRASIL

03. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Em relação às planícies brasileiras, pode-se afirmar:

Ⓐ Correspondem a 59% do território, sendo que os planaltos, ocupam os 41% restantes.

Ⓑ São formadas por estruturas geológi-cas antigas do período terciário e quater-nário (cenozoico).

Ⓒ Ocupam extensões menores que os planaltos, apesar da sua grande expres-são na Amazônia.

Ⓓ Equivalem em área aos planaltos, pois as áreas classificadas como depressões, fazem parte do conjunto de planícies.

Ⓔ São consideradas superfícies nas quais predominam o processo de desgaste, e consequentemente, são as áreas mais baixas do território.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. O Brasil tem parte de seu território, cerca de 60%, formado por planaltos que se distribuem por duas grandes áreas: o Planalto das Guianas, na região Norte, e o Planalto Brasileiro, co-brindo a maior parte do Brasil, em des-taque para o Centro-oeste. O território apresenta ainda formação de planaltos na região Nordeste, destaque para o Planalto de Borborema, além de várias formações sedimentares conhecidas como mesões e chapadas.Alternativa B: INCORRETA. A formação do relevo brasileiro é muito antiga, algumas estruturas remontam ao período pré--cambriano, como os escudos cristalinos e aos períodos paleozoico e mesozoico, como as bacias sedimentares. A maior parte dos terrenos onde se localizam as planícies de fato, remontam ao período cenozoico sendo, portanto, muito mais recentes.Alternativa C: CORRETA. Pela classificação de relevo proposta pelo professor Jurandyr Ross, boa parte das planícies observadas pelo critério da altitude foi reclassifica-da como depressão relativa, diminuindo muito sua incidência no território brasi-leiro. Entre as terras em torno dos rios, denominadas de planícies típicas, o des-taque fica para planície amazônica.Alternativa D: INCORRETA. As áreas de for-mação de planícies são menores que as de formação de planaltos. Planícies e depressões são classificados separada-mente, por causa dos diferentes fatores de formação. Enquanto na formação das planícies predominam os fatores de sedi-mentação, nas depressões predominam a denudação de sedimentos.

144 145Thor FascioGeografia

Alternativa E: INCORRETA. Com base na nova classificação do relevo brasileiro proposta pelo professor Jurandyr Ross, as planícies são terras baixas onde pre-dominam os fatores de sedimentação. As áreas que são classificadas a partir da predominância dos processos de desgas-te são os planaltos.

04. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Leia o texto abaixo.

Estão no território brasileiro perto de 16% das reservas florestais mundiais, que possuem, como sumidouros, grande importância no ci-clo do carbono. Todavia, tal fato, que poderia ser uma condição favorável, constituindo-se numa grande desvantagem, à medida que a comunidade internacional não crê que o governo brasileiro possa deter as queimadas vinculadas ao desmatamento da Amazônia.

Baseando-se no texto e em seus conheci-mentos sobre a Amazônia Legal, pode-se afirmar que a (o) (s):

Ⓐ desmatamento tem proporcionado à introdução em larga escala da produção agroecológica de alimentos.

Ⓑ queimadas ajudam na abertura de no-vas áreas para a implantação de sistemas de produção sustentável.

Ⓒ mineração, por meio de empresas multinacionais, tem ajudado a melhorar a imagem do Brasil perante grupos interna-cionais de defesa do meio ambiente.

Ⓓ madeiereiras ilegais são quase inexis-tentes na atualidade e a exploração da

(TAVARES, C. A. In VITTE, Carlos Antonio; GUERRA, Teixeira J. A., (org.) Reflexões sobre a geografia física no Brasil. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2004. (pág 144).).

madeira acontece em áreas de manejo florestal.

Ⓔ forte demanda por recursos naturais no Brasil e no exterior, a visão de desen-volvimento em curto prazo, associada ao rápido enriquecimento, tem norteado po-líticas predatórias.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. A Amazônia legal vem se consolidando como a última fron-teira agrícola brasileira atraindo o avanço dos sistemas agrícolas mecanizados, vol-tados para a produção de commodities para a exportação, o plantation. Esta ex-pansão é responsável, em grande parte, pelo aumento dos índices de desmata-mento da região.Alternativa B: INCORRETA. A queimada ou coivara é geralmente usada para a limpe-za do terreno e está presente nas técnicas mais rudimentares de plantio itineran-te que coexistem com o agronegócio na Amazônia. Os sistemas de produção sus-tentável condenam o uso da queimada, pois seu uso indiscriminado e de forma constante acaba exaurindo o solo, per-dendo-se aquela área agricultável. Alternativa C: INCORRETA. A legislação bra-sileira determina regras de diminuição do impacto ambiental causado pela ativida-de mineradora. Questões ligadas a falta de fiscalização e mesmo o descaso das empresas com relação a legislação fazem com que os danos ambientais sejam agra-vados, contribuindo para a imagem nega-tiva do Brasil perante organismos interna-cionais de defesa do meio-ambiente.Alternativa D: INCORRETA. Apesar de uma significativa parcela de madeira extraída da Amazônia ser de áreas reflorestadas, a

maior parte de madeira negociada a par-tir da extração dessa região é de origem irregular. A situação se agrava com o cres-cimento da atividade de grilagem (apro-priação ilegal de terras) por conta da va-lorização econômica da região.Alternativa E: CORRETA. Sendo a maior re-serva de recursos naturais do Brasil e uma das maiores do mundo, a exploração da região amazônica carece de uma legis-lação específica, fiscalização eficiente e proteção ambiental para evitar a degra-dação da floresta. Com a modernização do campo brasileiro e a expansão de práticas de exploração predatórias a situação se agrava, chegando a níveis alarmantes de desmatamento e degradação ambiental.

III. GEOGRAFIA HUMANA: FONTES DE ENERGIA – FONTES DE ENERGIA NO

BRASIL

05. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a pro-dução de energia no Brasil, analise as afir-mativas e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. A concentração de hidroelétricas na região Centro-oeste ocorreu pela forte demanda da fronteira agrícola.

II. O esgotamento de possibilidades de construção de grande hidroelétricas na região Sudeste levou a uma mudan-ça para modelos menores.

III. As termoelétricas hoje existentes funcionam com matrizes energéticas como o carvão e gás natural.

IV. Os chamados biocombustíveis têm sua matriz em programas anteriores como o Proálcool, criado em 1975.

Ⓐ Somente II está correta. Ⓑ Somente IV está correta. Ⓒ Somente I e IV estão corretas. Ⓓ Somente II, III e IV estão corretas. Ⓔ Todas estão corretas.

Grau de Dificuldade

Assertiva I: INCORRETA. As hidrelétricas brasileiras são concentradas na região Sudeste e a maior de todas, Itaipu, fica na região Sul. A região Centro-oeste tem um elevado potencial hidrelétrico, porém pouco utilizado por causa da irregulari-dade das cheias de suas principais bacias hidrográficas.Assertiva II: CORRETA. Para aumentar a efi-ciência da captação do potencial hidrelé-trico, o governo brasileiro, a partir da dé-cada de 1980, passou a adotar a utilização de turbinas verticais o que possibilitou a construção de usinas de menor porte em maior número ao invés de usinas de gran-de porte. O uso de 92% do potencial hi-drelétrico das bacias do Sudeste associa-do ao alto custo das usinas, foram cruciais para a adoção deste modelo.Assertiva III: CORRETA. Cerca de 25% da ge-ração de energia do brasil são oriundos de usinas termelétricas. Na região sudeste, as termelétricas são movidas a gás natu-ral, proveniente do gasoduto Bolívia-Bra-sil, Gasbol. Na região Sul, as termelétricas são movidas a carvão mineral das jazidas existentes na região. Na região Norte, as termelétricas são movidas a derivados de petróleo e não estão conectadas ao siste-ma elétrico nacional.Assertiva IV: CORRETA. O Brasil foi o pri-meiro país do mundo a introduzir na sua matriz energética com eficiência um bio-combustível. Pressionado pela crise do

146 147Thor FascioGeografia

petróleo de 1973, já que na época o Brasil tinha uma forte dependência de petróleo importado, foi criado o Nacional do Ál-cool (Proálcool), onde linhas de crédito e incentivos fiscais foram criados para esti-mular a mudança do combustível de auto-móveis da gasolina para o álcool.Resposta: Ⓓ

06. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Além de ser um recurso renovável, a água é uma das poucas fontes utilizadas para a pro-dução de energia que não contribui para aquecimento global – um dos problemas ambientais mais discutidos na atualidade (ALMEIDA; RIGOLIN, 2013, p. 711). Contudo, as hidrelétricas, inclusive as brasileiras, apresentam uma série de desvantagens, entre elas:

Ⓐ salinizam os solos com as grandes concentrações de sais que se acumulam nos reservatórios em regiões semiáridas, como no lago de Sobradinho.

Ⓑ promovem a liberação de gás butano em grande quantidade com a decompo-sição da vegetação nas áreas de floresta inundada, como no caso de Balbina.

Ⓒ alteram os regimes dos rios, que pas-sam a ser de regime lacustre, segundo a abertura ou fechamento das comporta das usinas, como no caso dos que com-põem o sistema de Furnas.

Ⓓ inviabilizam a navegação fluvial ao re-presarem e criarem desníveis, necessários à geração de energia, em rios de planícies, como no caso de Araguaia.

Ⓔ inundam cidades e eliminam heranças históricas, como no caso das cidades de

Remanso, Casa Nova, Sento Sé e Pilão Ar-cado no estado da Bahia.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. A salinização é consequência do desequilíbrio entre pre-cipitação e evaporação da água sobre o solo. É um fenômeno observado em ativi-dades agrícolas onde o projeto de irriga-ção não leva em conta o índice de aridez, fazendo com que a terra seja molhada com uma quantidade menor de água do que o necessário. A evaporação decor-rente da exposição do solo ao sol intenso leva ao depósito de resíduos salinos dei-xados pelo processo.Alternativa B: INCORRETA. O processo de construção de hidrelétricas alaga exten-sas áreas de fauna e flora. Essas áreas passam a emitir o gás metano graças a decomposição da matéria orgânica reti-da abaixo da linha da água. Vale ressaltar que o metano provoca 21 vezes mais im-pacto na atmosfera sobre o aquecimento global do que o gás carbônico.Alternativa C: INCORRETA. Não há alteração no regime dos rios que, no caso brasilei-ro, são de regime pluvial (exceção para a bacia amazônica de regime misto). O re-presamento causa alargamento do curso do rio à jusante (abaixo) e aumento do as-soreamento à montante (acima).Alternativa D: INCORRETA. A navegação em rios de planalto é viabilizada a partir da instalação de eclusas que transpõem os desníveis presentes no curso. Muitas des-sas eclusas são instaladas nas barragens das usinas hidrelétricas, como é o caso da eclusa instalada nas imediações da usina

hidrelétrica de Tucuruí, na bacia dos rios Tocantins-Araguaia.Alternativa E: CORRETA. As áreas alagadas pela construção das hidrelétricas geram uma série de transtornos para as popula-ções ribeirinhas como o seu deslocamen-to, a destruição de sítios históricos como os pertencentes à Canudos e cidades cen-tenárias, como as citadas pela alternativa, inundadas em 1974 pela formação do lago artificial de Sobradinho, afetando mais de 70 mil moradores da região.

07. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Em relação às fontes de energia no Brasil podemos afirmar:

Ⓐ As regiões Sudeste e Sul juntas parti-cipam com quase 75% da produção e 30% do consumo total de energia elétrica.

Ⓑ O petróleo, devido à opção pelo trans-porte rodoviário, transformou-se em in-sumo energético fundamental para a economia.

Ⓒ O programa nuclear, para atender às necessidades de ampliação da base in-dustrial, instalou suas usinas em diferen-tes pontos do território.

Ⓓ O aproveitamento dos nossos rios de planalto é de aproximadamente 92%, onde se conclui que o Brasil deve buscar outras fontes energéticas, como as nu-cleares e as alternativas.

Ⓔ O carvão mineral é uma importante fonte de energia, sendo que as principais vantagens das jazidas brasileiras são os baixos custos de produção, porém tais recursos são insuficientes para atender a demanda interna.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. O consumo total de energia elétrica das regiões Sul e Su-deste do Brasil correspondem a cerca de 70% da geração total de eletricidade do país. São responsáveis por parte significa-tiva da geração, onde somente Itaipu na bacia do rio Paraná corresponde a cerca de 20% da geração de eletricidade.Alternativa B: CORRETA. Com a implemen-tação do projeto desenvolvimentista no Brasil a partir do governo de Juscelino Kubitscheck, é feita a “opção rodoviária” com vultosas quantias investidas na aber-tura de estradas e na atração de empresas automobilísticas multinacionais. A partir deste momento o petróleo torna-se insu-mo fundamental para o país, ampliando a demanda e tornando o país dependente da importação do produto, condição ape-nas superada em 2006.Alternativa C: INCORRETA. O programa nu-clear brasileiro, criado em 1975, com a as-sinatura de um acordo estratégico com a Alemanha Ocidental, previa a instalação de oito usinas termonucleares das quais apenas duas entraram em operação, am-bas em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.Alternativa D: INCORRETA. O aproveitamento das bacias hidrelétricas brasileiras está aquém do seu potencial. Estima-se que a capacidade instalada represente menos de 60% do potencial hidrelétrico total. A bacia do rio Paraná é a de maior utilização tendo 92% de utilização do seu potencial. A bacia hidrográfica com menor utilização, cerca de 40%, é a bacia do rio Amazonas.Alternativa E: INCORRETA. As jazidas de car-vão mineral no Brasil ficam concentradas

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