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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
AQUECIMENTO GLOBAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UMA PRÁTICA EDUCATIVA TRANSFORMADORA
CÉLIA MARIA GOMES DE OLIVEIRA
ORIENTADOR:
PROFESSOR CELSO SANCHEZ
SALVADOR JULHO / 2008
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
AQUECIMENTO GLOBAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UMA PRÁTICA EDUCATIVA TRANSFORMADORA
CÉLIA MARIA GOMES DE OLIVEIRA
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Educação Ambiental.
SALVADOR JULHO / 2008
A Deus, pela força para caminhar, A Miracy e por estar bem perto a me ajudar nos momentos de minhas necessidades.
A Neuza por estar tão perto de mim. A Roque e sobrinhos pela compreensão.
Às colegas e amigas pela força. Ao professor Celso Sánchez pela orientação.
“Ai de nós educadores se deixarmos
de sonhar Sonhos possíveis”.
(Paulo Freire)
RESUMO
A educação ambiental é um consenso que começa na escola, dando um passo muito importante nesse processo de transformação e resgate de valores como os do cuidado e do zelo com o meio ambiente. A educação ambiental em seu sentido mais amplo se constitui um elemento promotor de mudanças de comportamentos visando à formação de uma nova conscientização ambiental. Este trabalho através de aspecto teórico aborda como a educação ambiental é fundamental para que a sociedade tenha percepção ambiental e transforme a consciência do homem e da sociedade na busca pela melhor qualidade de vida e de como os alunos de uma rede pública de ensino aprendem a responsabilidade no seu dia-a-dia no lidar com o meio ambiente. Consiste na análise e descrição coletadas através de questionamento e observação das atividades desempenhadas pelos alunos da 7ª e 8ª série do Colégio Estadual Assis Chateaubriand, situada no Bairro de São Caetano, Salvador-BA, relacionado ao tema Aquecimento global e Educação Ambiental: uma prática educativa transformadora.
Palavra-Chave: Educação Ambiental, Aquecimento Global, Meio Ambiente,
Lixo.
METODOLOGIA
Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Assis Chateaubriand,
situada no Bairro de São Caetano, Salvador-BA, onde a amostra da população
da pesquisa abrange as 2 (duas) turmas da 7ª Série e 6 (seis) turmas da 8ª
série.
No primeiro momento, usou-se alguns recursos audiovisuais para a
aula expositiva como Dvd; aparelho de som; retroprojetor; gravuras; revistas e
jornais no sentido de esclarecer e fazer com que os alunos refletissem sobre os
problemas atuais do meio ambiente.
No segundo momento para a coleta de dados adotou como instrumento
de pesquisa um questionário semi-estruturado com 10 (dez) perguntas sobre o
tema a ser investigado, aplicado aos alunos da turma da 7ª e 8ª série com
respostas coletivas sintetizada em grupos de 5 participantes, a partir das aulas
expositivas.
No terceiro momento foi feita a discussão e análise das respostas e
avaliação da exposição dos trabalhos realizado pelos alunos no tocante ao
tema.
A pesquisa é de natureza descritiva uma vez que a sua finalidade
consiste na análise e descrição coletadas através de questionário e observação
das atividades desempenhadas pelos alunos, como também utilização de
fontes bibliográficas, periódicos, CD’s e pesquisa em Internet.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 7
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO O QUE É? ....................................... 9
CAPÍTULO II - TERRA NOSSO LAR.............................................. 12
CAPÍTULO III - MEIO AMBIENTE......................................................... 15
3.1 Educação Ambiental: Causa Urgente.............................................. 16
3.2 Finalidade............................................................................................................................. 19
3.3 Política Nacional de Educação Ambiental................................. 20
3.4 Lei n. 9.795, de 27 de Abril de 1999..................................................... 21
3.5 Responsabilidade do Homem .................................................................. 23
3.5.1 Aquecimento Global.................................................................................................... 24
3.5.2 Conseqüências do Aquecimento Global ................................................. 25
3.5.3 Efeito Estufa........................................................................................................................ 26
3.5.4 Ecossistema....................................................................................................................... 28
3.5.5 Queimadas........................................................................................................................... 29
3.5.6 Poluição do Ar.................................................................................................................. 31
3.5.7 Poluição das Águas..................................................................................................... 32
3.5.8 Lixo............................................................................................................................................. 34
3.5.9 Atitudes Que Fazem Diferença........................................................................... 37
3.6 Discussão do Resultado.................................................................................. 41
3.6.1 Culminância dos Trabalhos.................................................................................. 45
CONCLUSÃO....................................................................................................................... 48
BIBLIOGRAFIAS................................................................................................................... 49
APÊNDICE
7
INTRODUÇÃO
A questão ambiental vivenciados atualmente requer que a sociedade
examine e repense as bases de sustentação do planeta. A educação ambiental
não questiona apenas a degradação ambiental, mas a degradação social,
avaliando quais são suas verdadeiras causas.
Segundo Jacobi (2004) a educação deve se orientar de forma decisiva
para formar as gerações atuais não somente para aceitar a incerteza e o futuro,
mas para gerar um pensamento complexo e aberto às indeterminações, às
mudanças, à diversidade, à possibilidade de construir e reconstruir num
processo contínuo de novas leituras e interpretações, configurando novas
possibilidades de ação.
O objetivo da educação ambiental é desenvolver nas pessoas a
consciência dos problemas ambientais e estimulá-las a tentar buscar soluções.
Não é um processo fácil e nem rápido, já que nem todas as pessoas têm
consciência de que elas mesmas podem estar prejudicando o ambiente (como
por exemplo: jogar lixo nas ruas) e, muitas vezes, não vêem motivos para se
preocupar. No entanto, com um pouco de boa vontade, tanto dos educadores
como da população, a educação ambiental pode trazer bons resultados.
Este trabalho que tem como tema: Educação Ambiental constitui em
um forte aliado para promover o entendimento de que é necessário mudar o
padrão das relações com o meio ambiente, procurando responder a questão:
de que forma podemos melhorar a qualidade de vida e o meio ambiente em
que vivemos?
O tema proposto justifica-se pelo fator de que a escola é mediadora de
conhecimentos, de consciência crítica e promotora de ações de cidadania,
onde a educação ambiental estabelece propostas pedagógicas orientadas na
8conscientização, mudança de comportamento, capacidade de avaliação e
participação dos educandos.
Assim sendo, esta monografia tem por objetivo desenvolver nos alunos
a consciência dos problemas ambientais e estimulá-los a buscar soluções para
os problemas do aquecimento global e do meio ambiente, sendo parte
integrante como agente de transformação do mundo em que vive, estimulando-
os a produzir sua própria versão no que diz respeito ao cuidado com o
ambiente incentivando-os a buscar na prática solução destes problemas
adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básico da qualidade de
vida.
No primeiro capítulo conceitua o que é a educação através dos tempos
e do espaço e os seus objetivos, mostrando a sua importância no
comportamento humano.
No segundo capítulo aborda sobre a terra e estabelece princípios que
dão corpo ao cuidado essencial com a Terra
No terceiro capítulo trata do meio ambiente e de como a educação
ambiental é fundamental para que a sociedade tenha percepção ambiental e
transforme a consciência do homem na busca pela melhor qualidade de vida.
Descreve a Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a
Educação Ambiental, e institui a política nacional de educação ambiental.
Aborda também sobre o aquecimento global e as suas conseqüências
a poluição da água e do ar, o lixo, a responsabilidade do homem e as atitudes
que fazem diferença e a discussão do trabalho feito em sala de aula nas 2
(duas) turmas da 7ª Série e 6 (seis) turmas da 8ª série, desenvolvido no
Colégio Estadual Assis Chateaubriand, situada no Bairro de São Caetano,
Salvador-BA,
9
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO O QUE É?
A educação tem, a princípio, como finalidade, promover mudanças desejáveis e relativamente permanentes nos indivíduos, e que estas venham a favorecer o desenvolvimento integral do homem e da sociedade. (FORQUIN,1995)
O vocábulo educação se origina do latim “educatione (m), “educatio”
(onis), com a significação restrito de “ato de criar”, adicionando, para formação
do espírito, instrução, educação, o vocábulo latino educatio’onis liga-se ao
verbo educare, relacionando com ducere que significa criar, tirar para fora.
Assim, educar seria, no seu significado etimológico mais exato, o ato de tirar
para a luz do dia, isto é, o ato de valorizar todas as qualidades latentes do ser
humano.
Com base na formação etimológica da palavra, vários conceitos sobre
a educação foram formulados através dos tempos e do espaço, em
fundamentações filosóficas e sob influencia sócio-cultural:
“A educação é objetivo, meio e fim, tanto para o indivíduo como para a sociedade que tende a se perpetuar pelas aquisições culturais” (Platão) “Educação é a influência intencional e sistemática sobre o ser juvenil, com o propósito de formá-lo e desenvolve-lo”.( Luzuriaga) “A educação tem por finalidade preparar o ser humano para os respectivos deveres da existência” (Pestalozzi) “A educação é um processo pelo qual uma pessoa ou grupos de pessoas adquirem conhecimento gerais, científicos, artísticos, técnicos ou especializados com objetivo de desenvolver suas aptidões ou capacidades” (Enciclopédia Barsa) “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas, sobre aqueles que ainda não estão amadurecidos para a vida social” (Durkheim) “Educação, processo de formação das faculdades intelectuais, morais e físicas de um ser humano” (Coutinho e Ribeiro)
10Para Machado (2008), educação refere-se ao trabalho que se
desenvolve no contexto das unidades educacionais que conhecemos mais
popularmente como escolas.
Paulo Freire, o educador mais conceituado e respeitado de nosso país
dizia que a escola deveria ensinar os alunos a “ler o mundo”. Imaginava que
para isso seria necessário respeitar o contexto cultural e familiar dos
estudantes, dando a eles a oportunidade de participar do processo de ensino-
aprendizagem, tendo voz ativa e vislumbrando realidades de ensino nos
conteúdos trabalhados que tivessem relação direta com o mundo em que
estavam inseridos.
Viana (1960, p.24), aborda que, para definir educação é necessário
considerar o objetivo da educação, o indivíduo, o agente educador e o meio
ambiente.
Sob o ponto de vista didático, Viana (1960, p.27) sistematiza quatro
objetivos da educação:
1. Assegurar a existência material e espiritual do indivíduo.
2. Assegurar o progresso físico, intelectual, moral e social do indivíduo,
de harmonia com as suas aptidões e capacidades.
3. Assegurar, por intermédio de indivíduos perfeitamente formados, a
existência da sociedade.
4. Assegurar, por meio de cidadãos e profissionais condignos, o
progresso da sociedade.
Como descrito no artigo 1° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9394, de 20/12/1996): “A educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisas, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”.
11
Tornar o indivíduo capaz de agir em conformidade com sua natureza
racional, moral e social é o fim ultimo da atividade educativa.
12
CAPÍTULO II
TERRA NOSSO LAR
“Cuidado todo especial merece nosso planeta. Temos unicamente ele para viver e morar. É um sistema de sistemas e superorganismo de complexo equilíbrio, urdido em milhões e milhões de anos. Por causa do assalto predador do processo industrialista dos últimos século esse equilíbrio está prestes a romper-se em cadeia. [...} O agravamento deste quadro com a mundialização do acelerado processo produtivo faz aumentar a ameaça e, consequentemente, a necessidade de um cuidado especial com o futura da terra”. (BOFF, 2000)
No início o homem era dominado pela natureza. Com suas forças
incontroladas, ela limitava os espaços da liberdade do homem primitivo. O
homem tinha medo das forças naturais, criou mitos e invocava deuses para
dominá-las. Levou alguns milhares de anos para se atingir uma primeira
situação de equilíbrio entre o homem e a natureza.
Poucos séculos, porém, bastaram para o homem invertesse a situação
inicial. Da condição de dominado pela natureza, passa à condição de
dominador. Dispondo já de novas formas de energia: a vapor, elétrica, nuclear,
o homem começa a perigosa escalada da exploração da terra, na suposição
ingênua de que os recursos dela eram praticamente inesgotáveis.
Foram necessárias apenas algumas décadas, para que se chegasse à
situação atual: o domínio da natureza se transforma em risco de destruição da
natureza. O homem tem hoje o poder sinistro de destruir o lar que Deus
preparara para cada um de nós.
Acreditava-se que a terra é que provia e mantinha a vida. Ao homem,
cabia tirar proveito dela. Agora, descobre-se que a verdade é o contrário. Na
verdade são os seres humanos que provêem e mantêm a vida na Terra, é
como se toda a natureza e o homem estivessem envolvidos na obra da
Criação.
13 Conforme a Carta da Terra criada pela UNESCO:
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
Não podemos esquecer que a terra é nossa casa. Ela nos dá abrigo e
alimento. Por isso, se quisermos uma vida melhor, temos que aprender a
cuidar bem do planeta e deixá-lo para a próxima geração do jeito que o
encontramos. Mantê-la viva e saudável é nossa responsabilidade.
Na visão de Boff (2000), para cuidar do planeta precisamos todos
passar por uma alfabetização ecológica e rever nossos hábitos de consumo.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Fundo
Mundial para a Natureza e a União Internacional para a Conservação da
Natureza elaboraram uma estratégia minuciosa para o futuro da vida sob o
título: “Cuidando do Planeta Terra”. Aí estabelecem nove princípios que dão
corpo ao cuidado essencial com a Terra:
1. Construir uma sociedade sustentável.
2. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos.
3. Melhorar a qualidade da vida humana.
4. Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra
5. Permanecer nos limites da capacidade de suporte do planeta terra.
6. Modificar atitudes e práticas pessoais.
7. Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio meio ambiente.
8. Gerar uma estrutura nacional para integrar desenvolvimento e conservação
9. Constituir uma aliança global
14
O ser humano é apenas mais um Ser Vivo dentro deste universo que é
o planeta terra. No entanto, o homem não valoriza a terra como um habitat
onde sua existência humana está condicionada ao tratamento que dá ao meio
ambiente.
A falta de cuidado com o planeta também está relacionado ao imaginar
que a sua passagem por um período breve em relação a existência do
universo, e desta maneira vive num extremo egoísmo, isto é, vive pensando em
si próprio, no máximo estendendo a seus familiares, querendo aproveitar-se de
tudo sem a mínima seriedade com o planeta, e não dando conta que tudo que
vive hoje em termos de clima, de escassez de água, de prejuízos da fauna,
flora, de algumas catástrofes naturais são conseqüências de pessoas que
pensaram e pensam assim, ou seja, a humanidade sofre pela falta de
responsabilidades dos que nos antecederam.
Como descrito por Boff (2000, p. 77), a terra não gera apenas a nós
seres humanos. Produz a miríade de microorganismos que compõem 90% de
toda a rede de vida, produz insetos que constituem a biomassa mais
importante da biodiversidade. Produz as águas, a capa verde com a infinita
diversidade de plantas, flores e frutos. Produz a diversidade incontável de
animais, nossos companheiros dentro da unidade sagrada da vida, porque em
todos estão presentes os 20 aminoácidos que entram na composição da vida.
Para todos produz as condições de subsistência, de evolução e de
alimentação, no solo, no subsolo, nas águas e no ar.
15
CAPÍTULO III
MEIO AMBIENTE
Segundo o site da Wikpédia – enciclopédia livre (2008), meio ambiente
é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres vivos e
as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem clima,
iluminação, pressão, teor de oxigênio, condições de alimentação, modo de vida
em sociedade e para o homem, educação, companhia, etc.
A vida e a saúde dos seres vivos do planeta dependem essencialmente
do meio ambiente, do ar que os envolve, da água, do solo e dos seres com
quem se relacionam harmonicamente. A ciência que estuda como os seres
vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem é a Ecologia,
palavra formada por oikos, que em grego quer dizer casa ou ambiente, e
logos, que significa estudo.
Ainda conforme o site da Wikpédia (2008), em biologia, sobretudo na
ecologia, o meio ambiente inclui todos os fatores que afetam diretamente o
metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie, incluindo
a luz, o ar, a água, o solo - chamados fatores abióticos - e os seres vivos que
coabitam no mesmo biótopo.
Os fatores ambientais sem vida, tais como temperatura e luz do Sol,
formam o meio ambiente abiótico. E os seres vivos ou os que recentemente
deixaram de viver, tais como as algas e os alimentos, constituem o meio
ambiente biótico. Tanto o meio ambiente abiótico quanto o biótico atuam um
sobre o outro para formar o meio ambiente total de seres vivos e sem vida.
Cada espécie ou população de seres vivos dependem de condições
gerais mínimas de sobrevivência, representada por elementos da natureza:
alimento, temperatura ambiente, luz, água, pressão atmosférica, pH,
salinidade, oxigênio, bióxido de carbono.
16
Somente sabendo o quanto dependemos do ambiente em que vivemos
e, ao mesmo tempo, como o influenciamos é que podemos batalhar com afinco
contra a poluição e a destruição da natureza. A agressão ao meio ambiente é
uma ameaça à vida de todas as espécies, principalmente a do ser humano.
3.1 Educação Ambiental: Causa Urgente
A atual geração tem assistido a um intenso progresso tecnológico que provoca graves conseqüências para a vida do planeta. Nos últimos anos, a preocupação com a degradação e exaustão dos recursos naturais deixa de ser tema apenas do movimento ambientalista e passa a ser prioridade para diferentes atores sociais. Esta mudança está fortemente evidente nos grandes debates que têm acontecido nos mais variados cenários do mundo. (LEÃO e SILVA, 1999)
A relação do homem com a natureza era fundamentalmente de
sobrevivência. Com o decorrer do tempo, o homem foi adquirindo
conhecimentos e começou a explorar mais a natureza, o que foi conseqüência
da urbanização e da industrialização ocorridas. A partir daí diversos problemas
ambientais foram surgindo: como a intensa poluição do ar, os solos erodidos e
a formação de desertos. Hoje em dia, cada vez mais problemas vêm
aparecendo.
No dizer de Boff (2000), a necessidade de uma educação ambiental é
clara. Economia e meio-ambiente devem coexistir, sem que um prejudique o
outro. O homem deve viver em harmonia com a natureza, e não às suas
custas.
A Educação Ambiental deve empenhar-se em valores que conduzam a
uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que
habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio
antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos
naturais e de várias espécies.
17 Conforme pesquisa ISER/SDS/MMA (2005), a falta de informação
ambiental é apontada como um dos três maiores problemas ambientais no
Brasil.
Na opinião de 1.141 dos 1.337 delegados participantes da “II
Conferência Nacional de Meio Ambiente”, em fevereiro de 2005, os três
principais problemas ambientais brasileiros são o desmatamento (28%),
seguido de recursos hídricos/Água (13%) e falta de informação sobre Meio
Ambiente e Educação Ambiental (11%).
De acordo com Diretrizes Curriculares de Educação Ambiental - DCEA
(2006), a educação ambiental é uma das principais ferramentas a incentivar a
reflexão sobre a complexidade dessa questão:
“É uma modalidade do processo educativo voltada para a participação de seus atores, educando e educadores, na construção de um novo paradigma a ser incorporado, trazendo toda uma discussão sobre as questões ambientais e se necessárias transformações éticas, de valores, comportamentos e atitudes diante de uma nova realidade a ser construída. [...]. não se trata apenas de ensinar sobre o meio ambiente, mas de educar para e com o meio ambiente, na busca de compreensão e de uma conseqüente ação ante os grandes problemas das relações do homem com o planeta.”
Muitos autores definem como objetivo da Educação Ambiental aspectos tais como: • Sensibilização ambiental – Processo de “chamamento”, de olhar
numa direção antes distante do campo de motivação. É um dos primeiros
momentos do processo educativo que insere o educando num mundo que se
quer ver (re)descoberto, ou simplesmente notado. Muitos programas,
equivocadamente consideram este momento como completo e alavancador de
novas condutas.
• Compreensão ambiental – Processo que estabelece a divulgação
com informações específicas sobre o ecossistema e seus elementos
constituintes, suas características, funcionamento e relações biofísicas.
18
• Responsabilidade ambiental – Processo de reflexão no sentido de
colocar-se como membro constituinte do ecossistema e protagonista da
transformação, modificação, organização, manutenção, preservação do
ecossistema, seja em nível de micro ou macroabrangência.
• Competência ambiental – Envolve processos educativos que visem
à construção de capacidades de avaliar e agir de forma proativa no ambiente.
• Cidadania ambiental – Envolve ações de efetiva participação e de
mobilização, com outras pessoas, na busca de soluções aos problemas da
relação pessoa/ambiente, ou na prevenção de possíveis riscos ambientais a
partir de comportamentos ecologicamente desequilibrados.
A escola neste contexto é o espaço onde o aluno dará seqüência ao
seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa
um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova, uma vez que
comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no
cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos
responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada
do mundo, no tempo e no espaço, a escola deve oferecer meios efetivos para
que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua
conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres
vivos e o ambiente. É essencial que cada aluno desenvolva as suas
potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais
construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente
justa, em um ambiente saudável.
Com conteúdos ambientais permeando as disciplinas do currículo e
contextualizados com a realidade da comunidade, a escola auxilia o aluno a
19perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que
vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática
e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da
dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas
disciplinas e das atividades escolares.
Nesta perspectiva, a Educação ambiental tem como princípios objetivos a formação de sujeitos criativos, críticos, ativos, autônomos e éticos, tendo a interdisciplinaridade como ponto de partida. (DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2006)
A Educação Ambiental é aceita, cada vez mais, como sinônimo de
educação para o desenvolvimento sustentável ou de educação para a
sustentabilidade e, por esse motivo, é imprescindível a inserção de um projeto
de Educação Ambiental no currículo escolar de maneira interdisciplinar em
todas as práticas cotidianas da escola buscando a formação de uma sociedade
consciente em face de um desenvolvimento sustentável. Propor mudanças
profundas no relacionamento do ser humano com o meio ambiente é mais do
que nunca uma lição de sobrevivência.
3.2 Finalidade
Conforme o site do IBAMA, as finalidades da educação ambiental são:
• Ajudar a fazer compreender, claramente, a existência e a
importância da interdependência econômica, social, política e
ecológica, nas zonas urbanas e rurais;
• Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os
conhecimentos, o sentido dos valores, as habilidades, o interesse
ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio
ambiente;
• Induzir novas formas de conduta a respeito do meio ambiente nos
indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto.
20
Ainda conforme Diretrizes Curriculares de Educação Ambiental (2006),
as finalidades da educação ambiental devem adaptar-se à realidade
sociocultural, econômica e ecológica da cada sociedade e de cada região, e
particularmente aos objetivos do seu desenvolvimento.
3.3 Política Nacional de Educação Ambiental
O Departamento de Educação Ambiental foi instituído no Ministério do
Meio Ambiente - MMA em 1999, para desenvolver ações a partir das diretrizes
definidas pela Lei n° 9.795/99, que estabelece a Política Nacional de Educação
Ambiental.
A regulamentação da Lei n° 9.795/99 define que a coordenação da
Política Nacional de Educação ficará a cargo de um Órgão Gestor dirigido
pelos Ministros de Estado do Meio Ambiente e da Educação.
De acordo com a Portaria n° 268 de 26/06/2003, o Departamento de
Educação Ambiental representa o MMA junto ao Órgão Gestor.
A missão do Departamento é estimular a ampliação e o
aprofundamento da educação ambiental em todos os municípios e setores do
país, contribuindo para a construção de territórios sustentáveis e pessoas
atuantes e felizes.
Conforme portal do Ministério da Educação (2008) A Política Nacional
de Educação Ambiental é uma proposta programática de promoção da
educação ambiental em todos os setores da sociedade. Diferente de outras
Leis, não estabelece regras ou sanções, mas estabelece responsabilidades e
obrigações.
21Ao definir responsabilidades e inserir na pauta dos diversos setores da
sociedade, a Política Nacional de Educação Ambiental institucionaliza a
educação ambiental, legaliza seus princípios, a transforma em objeto de
políticas públicas, além de fornecer à sociedade um instrumento de cobrança
para a promoção da educação ambiental.
Finalmente, a Política de Educação Ambiental legaliza a
obrigatoriedade de trabalhar o tema ambiental de forma transversal, conforme
foi proposto pelos Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais.
3.4 Lei n. 9.795, de 27 de Abril de 1999
No Brasil, a Constituição de 1988, capítulo VI, art. 255, parágrafo 1º
contempla a educação ambiental desta forma: "Cabe ao Poder Público
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente".
Como descrito no site da Presidência da República a Lei n°. 9.795, de
27 de abril de 1999, no Capítulo I, dispõe sobre a educação ambiental:
Art. 1º - Entendem-se por educação ambiental os processos por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2º - A educação ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal.
Art. 3º - Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm
direito à educação ambiental, incumbindo:
22I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição
Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental,
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento
da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de
maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
SISNAMA, promover ações de educação ambiental integradas aos programas
de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e
permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à
melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre
as repercussões do processo produtivo no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à
formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual
e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas
ambientais.
Art. 4º - São princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural sob o
enfoque da sustentabilidade;
III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva
da inter, multi e transdiplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas
sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
23VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais e globais,
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade
individual e cultural.
Art. 5º - São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio
ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos
ecológicos, psicológicos, legais. políticos, sociais, econômicos, científicos,
culturais e éticos;
II - a garantia de democratização das informações ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a
defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da
cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em
níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade
ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade,
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a
tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e
solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
3.5 Responsabilidade do Homem
A responsabilidade do homem pelo destino do planeta nunca esteve tão evidente, desde que mais de 2 mil cientistas alertaram para o perigo do aquecimento global. Ninguém mais pode ficar indiferente (A TARDE, 2007)
Na opinião de Costa (2006), os problemas ambientais são pautas de
inúmeros congressos, palestras e encontros por todo mundo. Porém, a grande
24maioria da população ainda não está realmente conscientizada das suas
causas e conseqüências, e da necessidade de soluções emergenciais.
Conforme Sangari (2007), o quadro ambiental de hoje seria outro, caso
a educação científica, em geral, e a educação ambiental (ou a educação para o
desenvolvimento sustentável), em particular, tivessem recebido a devida
atenção mais cedo.
Desmatamento em larga escala e emissão excessiva de gases,
sobretudo pela queima de combustíveis fósseis, são os grandes vilões dessa
tragédia ambiental. As mudanças climáticas comprometerão o futuro de todos
os habitantes do planeta.
A responsabilidade não é só política e empresarial, mas também a
postura de cada habitante da Terra diante do fenômeno é a chave para salvar o
Planeta, nossas vidas e as futuras gerações.
3.5.1 Aquecimento Global
Relatório feito por cientistas de todo o mundo não deixa mais margem à dúvida de que as emissões de gás carbônico estão relacionadas ao aquecimento global. Em todo o mundo, proliferam propostas e ações para tentar se reverter esse processo. Entre as ações já em andamento, está a negociação de créditos nas bolsas de mercado de carbono, um mercado que cresce rapidamente em vários países, inclusive o Brasil. (Revista Senac, 2007)
No site da Wikpédia, vamos encontrar o seguinte esclarecimento do
que seja equecimento global: A locução aquecimento global refere-se ao
aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da
Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da
sua continuação durante o corrente século.
De acordo com muitos relatórios o mundo está mais quente, no
entanto, grande parte da população está preocupada com as mudanças
25climáticas da terra, mas poucas se dizem dispostas a fazer algo significativo
para mudar seu estilo de vida como forma de ajudar a evitar os possíveis
efeitos.
3.5.2 Conseqüências do Aquecimento Global
Conforme o site Sua Pesquisa.com (2008) as conseqüências
provenientes do aquecimento global são:
• Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no
mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao
aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer,
futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
• Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura
provoca a morte de várias espécies animais e vegetais,
desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento
que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais
(Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as
regiões desérticas do planeta Terra;
• Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura
faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos,
potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
• Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com
as ondas de calor.
Andrade (2007) afirma que o alerta dos pesquisadores sobre a relação
entre o aumento da temperatura global não é de hoje. Mas só recentemente
com a publicação dos três últimos relatórios do IPCC (Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas), o mundo parece ter acordado.
26
No Brasil, as perspectivas não são menos preocupantes. Segundo um estudo coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgado no início de janeiro 2007, o Brasil sofrerá sérias mudanças climáticas nos próximos 50 anos, se não forem tomadas medidas de preservação do meio ambiente, como a redução dos índices de desmatamento e de liberação de gases causadores do efeito estufa. (SENAC E EDUCAÇÂO AMBIENTAL, 2007)
3.5.3 Efeito Estufa
O site Wikipedia (2008) conceitua como um processo que ocorre
quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é
absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como
conseqüência disso, o calor fica retido, não sendo liberado ao espaço. O efeito
estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a
vida como a conhecemos não poderia existir.
Como descrito no site Jardim das flores (2008), O efeito estufa funciona
da seguinte maneira: a Terra recebe energia emitida pelo sol na forma de
radiação. Parte dessa radiação é refletida pela atmosfera e volta para o
espaço. Da energia restante, que atravessa a atmosfera, parte é absorvida pela
Terra e parte é refletida na forma de radiação infravermelha.
Essa radiação atravessa novamente a atmosfera rumo ao espaço,
porém, parte desta radiação é bloqueada e refletida para a terra novamente,
principalmente pelas moléculas dos gases que possuem esta propriedade
física de refletir a radiação infravermelha. São os chamados Gases Estufa.
Quanto maior a concentração deles na atmosfera, maior será a quantidade de
radiação infravermelha que fica retida no planeta.
O efeito estufa, conforme o site da Wikipedia (2008), embora seja
prejudicial em excesso, é na verdade vital para a vida na Terra, pois é ele que
mantém as condições ideais para a manutenção da vida, com temperaturas
mais amenas e adequadas. Porém, o excesso dos gases responsáveis pelo
Efeito Estufa, ao qual desencadeia um fenômeno conhecido como
27Aquecimento Global, que é o grande vilão conforme descrito na revista Senac e
Educação Ambiental (2007, p.27):
• dióxido de carbono (CO2) ou gás carbônico, proveniente da
queima de combustíveis fósseis (basicamente petróleo, carvão e
gás natural) usados em veículos em movimento, na indústria, nas
termoelétricas (que geram energia elétrica com gás natural) e em
sistemas de aquecimento, além das queimadas. Cerca de 200
milhões de toneladas de carbono, segundo o Centro Brasileiro para
o Desenvolvimento Industrial (Cebeds), são despejadas
anualmente na atmosfera.
Antes da Revolução Industrial, que começou no século XIX, havia 280
partes por milhão de carbono na atmosfera. Hoje, são 370 partes por milhão.
As plantas são armazenadoras naturais de carbono, pois usam o CO2 na
fotossíntese para crescer e acabam estocando grandes quantidades da
molécula de carbono em seus tecidos. Quando a vegetação é cortada ou
queimada, esse gás eventualmente retorna para a atmosfera, junto com outros
gases guardados no solo que ela recobria.
• metano (CH4), gerado na agricultura, pecuária e em aterros
sanitários. Um dado curioso: parte do metano jogado na atmosfera
é gerada pelo gado bovino. Todo boi ou vaca emite CH4
naturalmente pela respiração. Já nas plantações de arroz alagado,
o metano é liberado por microorganismos na ausência do oxigênio.
• óxido nitroso (N2O), gerado por veículos em movimento e pelos
fertilizantes, que decompõem o nitrogênio do solo e liberam óxido
nitroso. Já o plantio direto evita esse processo.
• hidrofluorocarbonos, perfluorocarbonos e hexafluoretos de
enxofre, resultado de processos industriais.
28
Para diminuir as emissões dos gases provenientes de queima do
carvão e do petróleo, principais responsáveis pelo aquecimento global,
governos de todo o planeta assinaram em 1997 o "Protocolo de Kyoto". O
acordo obrigaria os países industrializados a diminuir entre 2008 a 2012..
Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não
aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial
do país.
3.5.4 Ecossistema
Cada pessoa precisa descobrir-se como parte do ecossistema [...] seja em seu aspecto de natureza, seja em sua dimensão de cultura. Precisa conhecer os irmãos e irmãs que compartem da mesma atmosfera, da mesma paisagem, do mesmo solo, dos mesmos mananciais, das mesmas fontes de nutrientes; precisa conhecer os tipos de plantas, animais e microorganismos que convivem naquele nicho ecológico comum; precisa conhecer a história daquelas paisagens, visitar aqueles rios e montanhas, freqüentar aquelas cascatas e cavernas; precisa conhecer a história das populações que aí viveram sua saga e construíram seu habitat. [...] (BOFF, 2000)
Ecossistema é uma comunidade natural auto-regulada de organismos
vivos (componentes bióticos que interagem tanto entre si quanto com o meio
não-vivo (abiótico) que os circunda. São modelos simplificados do mundo real,
mas estudando-os, podemos obter uma idéia melhor de como, por exemplo,
florestas, lagos e campos realmente funcionam como complexos grupos de
espécies interrelacionadas.
O Centro de Recursos Ambientais – CRA explicita que a quantidade de
energia que entra em um ecossistema é medida através do aumento de peso
da vegetação numa área específica em um determinado período. Isto é
chamado de produtividade primária dessa vegetação. A quantidade de material
presente em um ecossistema em um dado período por unidade de área de solo
é chamada de biomassa. Este termo pode ser tanto para plantas como para
animais.
29 No site só biologia (2008) define ecossistema como um conjunto dos
relacionamentos que a fauna, flora, microorganismos e o ambiente composto
pelos elementos solo, água e atmosfera mantém entre si. Ou seja, todos os
elementos que compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio e
harmonia e estão ligados entre si. A alteração de um único elemento causa
modificações em todo o sistema podendo ocorrer a perda do equilíbrio
existente. Se por exemplo, uma grande área com mata nativa de determinada
região for substituída pelo cultivo de um único tipo de vegetal, pode-se
comprometer a cadeia alimentar dos animais que se alimentam de plantas,
bem como daqueles que se alimentam destes animais.
3.5.5 Queimadas
Conforme Artaxo (2007), as queimadas que destroem a Floresta
Amazônica são grandes fontes de gases de efeito estufa para a atmosfera.
“O pior uso que podemos dar a floresta é queimá-la, porque estaremos transformando toda essa riqueza em gases de efeito estufa que poluem a atmosfera de nosso planeta”.
A prática de queimadas, que provocam os incêndios florestais, é muito
utilizada no meio rural; seu uso constante causa a destruição da cobertura
vegetal, o empobrecimento do solo e a diminuição das águas dos rios, lagos e
córregos, além da extinção de animais que habitam a região.
O CRA alega que as queimadas reduzem o nível dos lençóis d’água
subterrâneos. É que, na terra sem vegetação, água se evapora e escorre
rápido, antes de alimentar as nascentes e penetrar no solo. A falta de água
leva a morte aos campos e problemas às cidades.
A terra queimada e/ou incendiada perde a vida microbiológica, que é
responsável pela produção de ‘húmus’, além de minhocas e algumas bactérias
que fixam o nitrogênio nas raízes de algumas plantas. Quanto mais se queima
30uma superfície, mais adubo a terra irá necessitar para manter seu nível de
fertilidade.
Estudos comparativos já provaram que as terras que são afetadas por
incêndios têm menor quantidade de elementos para alimentar as plantas do
que as terras cobertas de florestas.
Os campos “limpos pelo fogo” perdem grande parte da matéria
orgânica em decomposição, o que diminui sua fertilidade. Estes campos então
são “lavados” pelas águas da chuva e carregam toda a terra boa da superfície,
abrindo valetas no solo, resultando em erosão.
Quando as queimadas expõem o solo à intensa ação do sol, do vento e
da chuva, a erosão é maior. Quanto mais inclinado for o terreno, maior a força
destruidora da enxurrada de águas de chuva e também maiores a perdas de
terra fértil.
A terra fértil levada pelas águas é depositada no leito dos rios,
reduzindo sua capacidade de vazão. O resultado disso são as enchentes que
destoem plantações, colheitas, estradas, benfeitorias e causam outras
calamidades.
Conforme a lei 4.771/65, Art. 27 do Código florestal, o uso do fogo é
proibido. Mas, caso necessite usa-lo, deve-se consultar previamente os órgãos
responsável pela área. Aqueles que o usarem, causando danos podem ser
punidos com multa e até com prisão.
Os incêndios podem ocorrer por:
Negligência – fogueiras mal apagadas de acampamento e pescadores,
pontas de cigarro.
31 Incendiários – pessoas doentes (piromaníacas) que sentam satisfação
em provocar incêndios na natureza ou que colocam fogo propositadamente por
vingança ou maldade.
Agricultores – fazem queimadas para fins de preparo do solo ou
reforma de pastagem e não se preocupam em fazer aceiros e montar
vigilância. Em época crítica de seca, o fogo fica incontrolável, passando para
propriedade vizinhas e causando grandes prejuízos para todos.
3.5.6 Poluição do Ar
O ar está poluído quando contém elementos estranhos à sua composição natural: oxigênio, nitrogênio, gases nobres e vapor d'água e até dióxido de carbono. As formas mais comuns de poluição do ar são pelo monóxido de carbono, dióxidos de carbono (em excesso) e de enxofre, óxidos de nitrogênio e por partículas diversas (poeiras). (GIL PORTUGAL, 2008)
A importância do ar para o ser humano é por demais conhecida, sob o
aspecto da necessidade de oxigênio para o metabolismo. O ar é uma mistura
de vários gases, vapor de água e partículas sólidas.
Esta mesma atmosfera tem sofrido modificações ao longo do tempo,
desde a formação do planeta, produtos químicos estranhos à composição do ar
vem se concentrando cada vez mais na atmosfera. Todo ser vivo pode
sobreviver alguns dias sem água e sem alimento, mas não resistiria mais
alguns minutos sem respirar. Em quase toda parte onde há vida existe ar.
Cientistas conseguiram contar cerca de 3 mil tipos de poluentes no ar
das cidades, alguns dele muito perigoso como é o caso do monóxido de
carbono que sai dos escapamentos dos veículos. Ao ser aspirado em
determinadas quantidades, pode causar a morte por asfixia.
A mortalidade provocada pela poluição do ar é difícil de ser estimada,
mas, certamente, centenas de milhares de pessoas no mundo, morrem a cada
ano, vítima de alguma doença em que o ar poluído tem um papel determinante.
32
3.5.7 Poluição das Águas
Em nossos subsolos circulam, constantemente, grandes quantidades de águas que não percebemos. Algumas delas afloram, como no caso das chamadas minas, e outras são buscadas através de baldes ou bombas, após a construção de poços que as atinjam no subsolo. Em todas elas há um fato comum: nos seus caminhos pelos meandros dos subsolos, elas podem se purificar ou se contaminar. (GIL PORTUGAL, 2008)
Segundo o Dicionário Aurélio, a água é um líquido incolor, inodoro,
insípido e essencial à vida; a parte líquida do globo terrestre, formado por dois
gases: o hidrogênio (H) e o oxigênio (O), com sua fórmula H2O, este líquido é
fundamental à vida do homem uma vez que, 70% do nosso organismo é
composto de água.
Durante milhões de anos, a natureza estabeleceu um ciclo hidrográfico
perfeito no qual a água salgada dos oceanos, através da evaporação,
transforma-se em água doce e cai em forma de chuva sobre os continentes,
abastecendo lençóis freáticos, lagos rios, sendo conduzida por estes de volta
ao mar. Com a degradação do meio ambiente os níveis de renovação natural
da água vem caindo perigosamente.
Além de uma queda quantitativa no volume de água doce, está ocorrendo uma piora significativa na qualidade da água disponível, por causa dos elementos índice de poluição nos lagos, rios e lençóis freáticos, contaminados por esgoto doméstico, agrotóxicos, metais pesados e resíduos industriais (Rubens Born)
A água é uma substância indispensável à vida, sendo um dos principais
componentes dos seres vivos e do meio ambiente em que vivemos.
Em termo de quantidade, a água representa o constituinte inorgânico:
• Obrigatório de toda célula viva. O corpo humano tem em média 65%
de água, alguns animais aquáticos chegam a ser formados de 98%
e 90% do peso dos vegetais;
33
• Mais abundante na biosfera, cobrindo cerca de 70% da superfície
terrestre e integrando a nossa atmosfera. Devido a isto, vista do
espaço, a Terra é predominantemente azul, sendo considerada o
planeta água.
• Enquanto o homem zela pelo seu bem estar, a natureza está
recebendo uma sobrecarga de milhares de substâncias sintéticas,
muitas das quais resistentes à deterioração, isto é, não
biodegradáveis.
Como descrito na cartilha do CRA, a falta de cuidado do ser humano
com seus recursos hídricos (poluição desperdício, mau uso da água e do solo,
aliados ao desmatamento|) já está ameaçando definitivamente a vida sobre a
terra e, a continuar como vem acontecendo, a humanidade correrá o risco,
cada vez mais próximo, de sofrer graves crises de escassez de água em
quantidade e qualidade.
Além da contaminação de águas superficiais dos córregos, dos
pequenos e grandes rios, a água do subsolo está ameaçada pela poluição.
Não podemos proteger a água sem cuidar das matas ciliares, das nascentes dos rios, e das florestas que os abrigam e os fazem crescer. Temos sede, muita sede de transformação. (SÁNCHEZ, 2008)
Os mares saturados de poluentes orgânicos e químicos, encerram seus
limites de “auto purificação”, desenvolvendo novas formas de vida como as
algas gigantes que aumentam os danos às águas marinhas e prejudicam a
navegação.
O sistema aquático sofre interferências danosas pelo “represamento
das águas correntes” resultando nas alterações do ecossistema, a curto e
longo prazo. Interfere também consideravelmente na vida aquática e vegetação
34ribeirinha o aquecimento excessivo da água. Nos pequenos rios o aquecimento
é gerado pelo despejo da indústria. Usinas elétricas também geram elevação
térmica.
Com o aquecimento diminui a solubilidade do oxigênio, aumenta a
toxidez das substâncias químicas. A vegetação normal é substituída por algas
verdes e sucessivamente azuis. Segue-se a morte dos peixes pela escassez
de oxigênio.
A poluição e/ou contaminação das águas podem causar danos à saúde
e a flora e fauna, a exemplo de:
• Doenças de transmissão hídrica – gastroenterites, leptospirose,
poliomielite, verminose, esquistossomose, etc.;
• Intoxicação, lesões reversíveis e irreversíveis;
• Efeitos mutagênico, teratogênicos e carcinogênicos;
• Bioacumulação de cadeia alimentar;
A poluição das águas vem se tornando um problema crítico, tendo
como origem: o lançamento de dejetos de produtos químicos pelas indústrias;
descartes de despejos pelas cidades; disposição de lixo; fertilizantes e
defensivos agrícolas utilizados na agricultura; atividades minerais e vazamento
acidentais de materiais prejudiciais à qualidade das águas, aliados ao
desmatamento de nascentes e mata ciliares, provocando erosão e
conseqüente assoreamento de corpos hídricos.
3.5.8 Lixo
Lixo é todo e qualquer resíduo proveniente das atividades humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas. Comumente, é
35definido como aquilo que ninguém quer. Porém, precisamos reciclar este conceito, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. (SILVA, 2008)
Conforme pesquisas, a quantidade de lixo produzida diariamente por
um brasileiro é estimada em aproximadamente 5 Kg, fruto do homem e do seu
consumo desenfreado de matérias primas ou industrializadas que, sem uma
destinação final adequada, agridem profundamente o meio ambiente e degrada
a própria natureza humana.
Todo indivíduo tem a responsabilidade de acondicionar
adequadamente o lixo, sendo que os governos municipal, estadual e federal
tem o dever de estabelecer um sistema para a coleta, transporte, tratamento e
disposição final capaz de atender às questões sanitárias, de estéticas e
econômicas.
Os maiores impactos do lixo no meio ambiente e na vida das pessoas,
quando disposto em lugares inadequados são a contaminação humana a
proliferação de vetores e doenças e a poluição das águas, do ar e do solo.
O lixo representa, hoje, uma grande ameaça à vida no Planeta por
duas razões fundamentais: a sua quantidade e seus perigos tóxicos. Em toda
parte do mundo, a mídia incentiva as pessoas a adquirirem vários produtos e a
substituírem os mais antigos por outros, mais modernos, provocando a
insensatez do uso indiscriminado dos recursos naturais. Este fato tem levado
ao grande volume de lixo produzido no mundo, cujo aumento foi três vezes
maior que o populacional, nos últimos 30 anos (Menezes et. al., 2005)
Segundo A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais, cada brasileiro joga fora, em média, por ano: 90 latas de
bebida; 107 frascos de vidro; 70 latas de alimento; 45 quilos de plástico,
volume de papel equivalente a duas árvores e 10 vezes seu peso em materiais
orgânicos.
36Emblemático da época de consumo atual, o lixo é tema privilegiado
para a educação ambiental. Seguindo sua trajetória, desde o recurso natural
inicial até o bem de consumo e seu descarte, compreendem-se os vários
passos pelos quais passa a matéria, em sua transformação pela ação humana.
A coleta seletiva de materiais recicláveis nas escolas é um caminho
para educar e mudar comportamentos. Caminho oportuno, considerando a
situação crítica de limpeza urbana e de disposição final do lixo, comum a
cidades de pequeno, médio e grande porte.
Conforme Blanco (2007). na última década, quando os problemas
relacionados ao lixo passaram a ser discutidos com mais freqüência, a
reciclagem despontou com a principal alternativa para diminuir as toneladas de
resíduos gerados diariamente em todo mundo.
As vantagens da reciclagem é a diminuição do consumo de matérias-
primas virgens (muitas delas não são renováveis e têm a exploração
dispendiosa) contribui para diminuir a poluição do solo, água, ar; melhora a
limpeza da cidade e a qualidade de vida da população; e prolonga a vida útil
dos aterros sanitários.
Andrade (2008) diz que contribuir para reciclagem de lixo é tão simples
como trocar de roupa, basta começar separando os recicláveis dos não-
recicláveis. O que é reciclável:
Papel: caixa de papelão, jornal, revista, fotocópia, envelopes, papéis,
embalagens longa-vida, cartões, papel de fax, folha de caderno, aparas de
papel, papel vegetal, papel-toalha, guardanapo. Ainda não recicláveis: Papel de
sanitário, papel carbono, fotografias, fitas adesivas, estêncil, bitucas de cigarro
Plástico: embalagens de refrigerantes, limpeza, alimentos, biscoitos,
produtos de higiene (xampus, desodorantes, cremes, etc.), copos, canos e
37tubos, sacos e tetra Pak (embalagens de papel, plásticos e metal). Ainda não
recicláveis: Ebonites (cabos de panelas, tomadas)
Metal: latas de alumínio (cerveja e refrigerantes), sucata de reformas,
lata de folha de flandre (lata de óleo de cobre, alumínio, bronze, ferro, chumbo
ou zinco, carros e tubos). Ainda não recicláveis: Clipes, grampos, esponja de
aço.
Vidro: garrafas de bebidas, frascos de molhos, condimentos, remédios,
perfume e limpeza, ampolas de remédios, pode de alimentos. Ainda não
recicláveis: Espelhos, vidros de janela, lâmpadas incandescentes e
fluorescentes, cristais, utensílio de vidro temperado, vidros de automóveis,
tubos e válvulas de TV, cerâmica, porcelana, pirex e marinex.
Reciclar é uma excelente manobra para driblar a destinação final
inadequada dos detritos, mais segundo Blanco (2007) há uma maneira ainda
mais sensata de se encarar o problema; ao invés de reaproveitar o lixo, melhor
mesmo é evitar o máximo produzi-lo.
3.5.9 Atitudes Que Fazem Diferença
Conforme Funke e Mascarenhas (2007), mudar hábitos cotidianos
contribui para a redução do ritmo do aquecimento global. O maior desafio do
movimento ecológico hoje não é somente estimular as pessoas a abandonar
hábitos que agridam o meio ambiente, mas, em encontrar atitudes que venha
fazer a diferença.
Conforme descrito no site da Revista Educação Ambiental em Ação
[online] n. 20, existem algumas atitudes que podemos tomar em benefício do
ambiente para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade:
a) Água
38. Consuma o justo. Evite gasto desnecessário.
. Repare imediatamente os vazamentos: 10 gotas de água por minuto
desperdiçam 2 mil litros de água por ano.
Banheiro
. Não jogue no vaso sanitário cotonetes, papéis, pontas de cigarro,
compressas, ob ou preservativos: utilize a lata do lixo.
. Gel, xampu e detergentes são contaminadores. Usá-los
moderadamente e se possível optar por produtos ecológicos.
. Prefira ducha à imersão (banheira). Economiza 7mil litros p/ ano.
. Mantenha a ducha aberta só o tempo indispensável, fechando-a
enquanto se ensaboa.
. Não deixe a torneira aberta enquanto escovar os dentes ou barbear.
Cozinha
. Não lave os alimentos com a torneira aberta, utiliza um recipiente.
Ao terminar, esta água pode ser aproveitada para regar as plantas.
. Utilize a máquina de lavar louças na sua capacidade máxima.
. Não despeje óleo usado na pia ou vaso sanitário, ele flutuará sobre
a água e é muito difícil de eliminar.
Lavanderia
. Utilize a máquina de lavar somente quando estiver cheia totalmente.
. Reutilize totalmente ou parte da água da máquina: para limpar pisos
ou calçadas, por exemplo.
Jardim
. O melhor momento para regar é à tardinha, menor evaporação.
. Utilizar água não potável para regar jardins e calçadas; de
cozimento de alimentos para regar as plantas.
. Prefira plantas nativas, que requerem menos cuidados e menos
água, além de preservarem o ecossistema.
39. Não esquecer de plantar a sua árvore, ao menos uma vez na vida.
b) Lixo
. Mais da metade da produção industrial é reciclável. Por que não
RECICLAR e economizar?
. Não jogue nenhum tipo de lixo no mar, rios e lagos.
. Recuperar caixas de papelão e embalagens de papel contribui para
que diminua o corte árvores, responsáveis pela captação do gás
metano e da purificação do ar.
. Reutilizar 100k de papel salva a vida de, pelo menos, 7 árvores.
. Selecionar o lixo que produzir. Consulte Prefeitura ou Condomínio,
sobre a possibilidade de um Sistema Seletivo do Lixo.
. Use sempre vasilhas retornáveis.
. Escolha sempre que puder vasilhame de vidro no lugar de plástico,
'tetra pack' e alumínio.
. Não esbanje guardanapos, lencinhos, papel higiênico ou outros.
. Existem cooperativas e empresas que absorvem estes materiais
recicláveis como: jornais, livros velhos, garrafas, metais,etc.
Lei dos 3 erres
. o RECICLAR - (transformar em novas propostas de utilização).
. o REDUZIR - (o consumo desnecessário e irresponsável).
. o REUTILIZAR - os bens.
c) Alimentação
. Diminua o consumo de carnes vermelhas. A criação bovina
contribui para o aquecimento global.
. Não consuma enlatados (como o atum, por exemplo, em via de
extinção). Produzi-los consome muitos recursos e energia.
. Evite alimentos - transgênicos - (OMG Organismo Manipulado
Geneticamente), sua produção contamina os Ecossistemas,
deteriorando o meio-ambiente.
40. Não consuma animais exóticos, como tartaruga, jacaré, etc.
. Consuma mais frutas, verduras e legumes do que carnes.
. Nunca compre pescados pequenos para consumir.
. Se possível, consuma alimentos ecológicos (sem pesticidas, sem
inseticidas, etc.)
d) Energia
. Não consuma em excesso, diminua o seu consumo diário.
. Use água quente somente se necessário e o necessário; acenda o
aquecedor somente 2 h p/dia, graduando-o entre 50 e 60ºC.
. Se puder, use banho com água fria, que é mais saudável.
. Evite o ferro, o aquecedor e a máquina de lavar em excesso, pois
gastam muita energia, esgotando os recursos naturais.
. O petróleo, o carvão e o gás, utilizados para atender a demanda
energética, são combustíveis geradores de gases, como o 'dióxido
de carbono', e aumentam temperatura global.
. Melhor cozinhar com gás do que com energia elétrica.
. Desligue a TV, rádio, luzes, computador (tela) se não estiver
usando.
. No local de trabalho, apague as luzes de zonas pouco utilizadas.
. Utilize lâmpadas de baixo consumo de energia.
. Modere o consumo de latas de alumínio.
. Não compre ou use produtos de PVC em nada, contamina
muitíssimo e não é reciclável.
e) Transporte
. Diminua o uso do veículo particular, faça-o de forma eficiente.
. Não viaje só, organize traslados em grupos ou em transporte
coletivo.
. Calibre satisfatoriamente os pneus, economizará gasolina e o motor
não a queimará desnecessariamente.
41. Revise a emissão de gases do seu veículo.
. Não acelere quando o veículo não estiver em movimento.
. Reduza o uso do ar-condicionado, pois ele reduz a potência e eleva
o consumo de gasolina.
. Diminua a velocidade: nunca ultrapasse 110 km/h. Acima dessa
velocidade há um excessivo consumo de combustível.
. Nunca sobrecarregue o veículo: mais peso, maior consumo de
combustível.
. Comece a utilizar a bicicleta na medida do possível.
f) Papel
. Reduza o consumo de papel.
. Use habitualmente papel reciclado utilizando os dois lados.
. Fomente o uso de produtos feitos a partir de papel reciclado.
. Faça somente as fotocópias imprescindíveis.
. Reutilize as embalagens, caixas, etc.
. Rejeite produtos descartáveis (de um só uso).
g) Educação
. Eduque os jovens e a todos a quem conheça com relação à
natureza.
Medidas simples podem ser incorporadas ao dia-a-dia da vida de cada
um, bastando que cada um deixe de ser observador para ser atuante.
3.6 Discussão do Resultado
Com o resultado da pesquisa, passamos para a análise do questionário
em sala de aula desenvolvido no Colégio Estadual Assis Chateaubriand,
situada no Bairro de São Caetano, Salvador-BA, onde a amostra da população
da pesquisa abrange as 2 (duas) turmas da 7ª Série e 6 (seis) turmas da 8ª
série.
42
Na primeira pergunta: Você colabora com o aquecimento global?
Foi unânime a resposta de que todos colaboram, citando inclusive ação diária
em casa, na escola e na comunidade.
Esta afirmativa vem a coincidir com o pensamento do pesquisador
Carlos Nobre do IPCC, quando diz: “A nova geração tem aprender a viver bem,
com qualidade, mas sem consumismo, sem exagero do consumo, sem
desperdiço de recursos naturais. Este é um valor cultural, então temos que sair
dos valores do consumismo e passarmos para os valores de sustentabilidade,
ou seja, diminuir nosso impacto sobre os recursos naturais e o meio ambiente”.
Na segunda pergunta: Você se sente responsável pelo aquecimento
global? Justifique. Assim com a primeira pergunta, a segunda mostra como
os alunos estão conscientes das mudanças necessárias para ajudar o planeta
e o meio ambiente. Consideram-se responsáveis e citam atitudes que
colaboram a exemplo de: fechar torneiras, apagar as luzes, reciclagem, etc.
A citação tirada da CARTA DA TERRA, diz muito bem que chegou o
momento de mudarmos: “A escolha é nossa: formar uma aliança global para
cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da
diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos
valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as
necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será
primariamente voltado a ser mais, não a ter mais.”
Na terceira pergunta: É possível mudar os problemas ambientais
mudando alguns hábitos? Quais? De acordo com as respostas analisadas,
chegou-se a conclusão de que eles consideram o lixo o grande vilão do
problema ambiental, chegando a 60% das respostas e que a mudança de
hábitos depende da conscientização de cada um ou cada uma. Em segundo
lugar o desperdício da água alcançando 25%, em terceiro lugar o corte árvores
43e queimadas com 10% das respostas e em quarto lugar com 5% os rios sendo
poluídos.
“Uma das metas básicas da educação ambiental é conseguir que as pessoas e as comunidades compreendam o caráter complexo do ambiente natural e artificial, resultante da inter-relação de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais e adquirir o conhecimento, os valores, as atitudes e aptidões práticas que permitam participar, de forma responsável e eficaz, no trabalho de prever e de resolver problemas ambientais e de uma gestão qualitativamente apropriada ao meio ambiente” (UNESCO, 1999).
Na quarta pergunta: Quais sugestões você daria para melhorar o
aquecimento global? De acordo com a pergunta anterior, as sugestões
continuam igualando sempre. Os mesmos acham que seria cuidando do lixo
através da reciclagem, trabalhando em cima do desperdiço da água;
trabalhando em cima das queimadas evitando cortes de árvores e cuidando
dos nossos rios, evitando jogar dejetos, garrafas pet, vidros e madeiras. Vale
salientar que alguns observam que tem consciência de programas e
discussões relacionados ao meio ambiente citando documentos como a
“Agenda 21” e o Movimento Greenpeace.
Na quinta pergunta: Ao lançar embalagens plásticas, latas,
vasilhames e metais no meio ambiente, o que podemos observar? Ao
analisar esta pergunta, foi observado que a opinião geral foi de que além de
poluir o ambiente há demora da decomposição destes materiais, mostrando ter
conhecimento de que não devem utilizar certos tipos de embalagens e nem
jogar no meio ambiente.
Na análise da sexta pergunta: Que tipos de embalagens seriam
ideais para contribuir para a melhoria da qualidade de vida? Observou-se
que todos afirmaram que seriam embalagens que pudessem ser reciclados e
reutilizáveis.
Na sétima pergunta: Alguns hábitos rotineiros como: torneiras
gotejando, lâmpadas acesas, e não reciclagem do lixo contribui para o
44aquecimento global? Justifique sua resposta. A maioria respondeu que o
gasto com energia elétrica diminuiria caso se desligasse as lâmpadas, ainda foi
citada a troca de lâmpadas para o medo econômico. Citou também a
importância do cuidado com a água que é necessária por causa da escassez.
A reciclagem com o lixo é necessária para o bem do próprio planeta. Deixaria
de utilizar matéria prima e com isso contribuiria para os efeitos não serem
determinados para o ambiente.
Na oitava pergunta: No mundo globalizado o consumo de produtos
descartáveis vem aumentando progressivamente. Ex.: o copo descartável
(você utilizando 2 copos por dia ao final do ano você terá utilizado 2.400
copos). O que você pensa sobre isso, e qual seria a atitude correta? Eles
responderam que a atitude ideal seria não usar copo descartável, mas caso a
necessidade seja inevitável, que o uso seja de forma consciente e sem
necessidade de trocar de copo o tempo todo. Vale ressaltar que mesmo não
sendo citado, os alunos falaram da seringa, onde o material pudesse ser
reaproveitado.
Na nona pergunta: Qual o destino dado a esses materiais: pilhas de
rádio, baterias de celular, remédios vencidos, cartuchos de impressoras?
Uma pergunta interessante onde a maioria cita que destino provável destes
materiais é ser jogado no lixo para contribuir e contaminar o meio ambiente,
destruir o planeta e aumentar o aquecimento global. Observa-se que mesmo
sabendo que não deve ser jogado no lixo doméstico e sim dar o destino
apropriado como eles citam em suas respostas, nenhum deles age de forma
correta.
Na décima pergunta: Com o crescimento do transporte individual, o
uso de combustível aumenta e consequentemente a poluição é bem
maior. Que sugestão você daria para amenizar esta questão? Copilou as
seguintes sugestões apresentadas: Pesquisa de combustíveis não poluentes
como o etanol, biodiesel; diminuir os carros particulares; rodízios como já
45existem em algumas cidades; fazer escala para o uso de carros; uso da
bicicleta; o uso de transporte coletivo; andar e exercitar.
Não há dúvidas quanto aos benefícios que o etanol pode trazer ao meio ambiente, seja como "biocombustível", seja como insumo para vários setores produtivos. Tenho certeza que esta tecnologia pode ser uma alavanca para o desenvolvimento nacional. (SÁNCHEZ, 2008)
3.6.1 Culminância dos Trabalhos
No dia 26 de maio de 2008 foi apresentado a conclusão dos trabalhos,
que foram surpreendentes e emocionantes, na culminância foi feito com
antecedência o convite aos professores das outras séries, solicitando que seus
alunos se reunissem na área de recreação para participar das apresentações
das atividades:
A turma da 8ªA apresentou uma maquete com todos os problemas da
cidade grande com rios poluídos, queimadas, casas residenciais, vias de
trânsitos com sinaleiras, faixas de pedestre e carros. Durante a confecção da
Maquete, os alunos reuniram-se e fizeram à marcação de forma estratégica
como se fossem arquitetos, observando todos os problemas de uma cidade,
onde passava um rio por todo o trajeto como também uma ponte que unia os
quatro pontos da cidade. Durante a trajetória do rio, mostrava as diversas
formas de poluição como fábricas despejando os seus dejetos. Mostrava
também casas sem saneamento básico e as vegetações onde sinalizava as
diversas formas de queimadas. Na apresentação da maquete a equipe foi
explicando com clareza conforme exposição da aluna Renata Reis da 8ª série
que diz:
“Na verdade o que pensar para o nosso futuro?” – É difícil ter uma
resposta. Com tantos desastres é complicado. As pessoas normalmente se
perguntam: será que chegaremos aos 60 anos? – Eu me pergunto se chegarei
aos 40. Tenho apenas 16, mais já vejo que não vou viver tão bem assim.
46Muito se fala sobre aquecimento global, mas cadê as ações? Saber o
que é, já sabemos, mais não adianta. Todos nós somos responsáveis pelo
aquecimento global, todos mesmo sem distinção de cor, tamanho, religião ou
classe social. Se antigamente se poluía menos, causou o que vemos hoje,
imagine o resultado da nossa poluição que é hoje mais intensa.
As placas de respeito à natureza já nem se vê mais, talvez se existisse
uma punição melhoraria muito.
As queimadas nas nossas matas são na grande maioria causadas por
acidentes de pessoas que passam de carro e jogam pontas de cigarro, sem
contar que as pessoas sabem, mas acha que não vai acontecer.
Então é basicamente isso, vamos cuidar de nosso planeta, tentar poluir
menos e ter mais consciência ambiental.”
A turma da 8ªB e 8ªD produziu 02 (dois) DVD’s, onde cada turma
mostrou criatividade dentro do tema sugerido, dando ênfase poluição do ar. Os
alunos demonstraram grande entusiasmo e tiveram vários momentos
envolvidos na gravação onde cada turma tentou desenvolver de forma diferente
o conteúdo. A 8ª B também realizou um desfile de roupa com material reciclado
mostrando a importância da reutilização em seu design. É importante ressaltar
que as roupas foram criadas pelas jovens e toda narração foi feita com
características próprias de uma comentadora de desfile;
Foi gratificante observar que os jovens conseguiram realizar suas
atividades mesmo com todas as dificuldades do material de apoio a exemplo
de: filmadora e computador para a produção de seus trabalhos.
A turma da 8ªC realizou uma coreografia com a música “Planeta água”
de autoria de Guilherme Arantes, enfocando o problema ambiental; e também a
confecção do jornal “Aquecy set : aquecimento global e trânsito” com artigos
em destaque sobre o trânsito e meio ambiente que teve toda a característica de
um jornal informativo com matérias criadas e pesquisadas pelos alunos, onde a
criatividade predominou.
47
A turma da 7ªD apresentou através de paródia da música Nitrutus da
banda Reagge Power que tem como título: “É preciso se concentrar”
mostrando como ajudar o meio ambiente.
Acredito que houve um aprendizado e uma capacidade de
entendimento e de mudança de comportamento e respeito à cidadania
conforme relato dos próprios alunos, dessa forma, creio que os objetivos foram
alcançados.
48
CONCLUSÃO
“Toda ordem social é criada por nós. O agir ou não agir de cada um, contribui para a formação e consolidação da ordem em que vivemos” (José Bernardo Toro A. - Sociólogo colombiano)
Para Telles (2002), deve-se ter clara a idéia de que não podemos
achar que apenas a Educação Ambiental será responsável por interromper o
processo de degradação ambiental pelo qual passa o nosso planeta, porém
certamente ela é um dos melhores instrumentos que possuímos atualmente
para colocar em prática as mudanças de comportamento, que irão contribuir
para a preservação do meio ambiente e manter a qualidade de vida.
Conforme o item 10 dos Dez Mandamentos do Amigo do Planeta, não
adianta ficar só estudando e conhecendo mais sobre a natureza. É preciso
combinar estudo e reflexão com ação. Agir sozinho, procurar políticos ou a
imprensa, já é uma ajuda para denunciar ou protestar contra os abusos,
poluições, depredações, como também agir em grupo. Quando há união,
somos mais fortes e capazes de encontrar soluções para enfrentar os
problemas ambientais.
A educação acontece como parte da ação humana de transformar a
natureza em cultura, atribuindo-lhe sentidos, trazendo-a para o campo da
compreensão e da experiência humana de estar no mundo e participar da vida.
É importante que, passo a passo, a temática ambiental se torne
prioridade em todos os níveis de ensino, para que o homem mantenha uma
relação equilibrada com seu ambiente, e tomem decisões adequadas visando o
crescimento cultural, à qualidade de vida e ao equilíbrio ambiental.
49
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51 PORTUGAL, Gil. Lixo urbano/doméstico. Disponível em: http://www.gpca.com.br/gil/art31.htm Acesso em 25 maio 2008. PORTUGAL, Gil. A água nossa de cada dia. Disponível em: http://www.gpca.com.br/gil/art31.htm Acesso em 25 maio 2008. SALVADOR. Prefeitura Municipal da Educação e Cultura. Diretrizes curriculares de educação ambiental para as escolas da rede municipal de ensino de Salvador. Salvador: SMEC, 2006. SÁNCHEZ, Celso. Brasil à álcool!!! Disponível em: http://www.celsosanchez.blogspot.com/ Acesso em: 05 jun. 2008. _______. Dia da água – economize suas lágrimas! Disponível em: http://www.celsosanchez.blogspot.com/ Acesso em: 05 jun. 2008. SANGARI, Bem. Sinal dos tempos. Disponível em: <http://www.linhadireta.com.br/> Acesso em: 22 dez. 2007. SANTANA, Olga Aguilar; FIGEIREDO NETO, Aníbal F. de ; MOZENA, Érika. Ciências naturais: 8ª série. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 336p.(Manual do professor) SUPERINTERESSANTE. São Paulo, n.247, 15 dez. 2007. VIANA, Mario Gonçalves. Pedagogia geral. 4.ed. Porto: Livraria Figueirinhas, 1960. SILVA, Delfina Sampaio de Oliveira. Lixões do Brasil. Revista Educação Ambiental em Ação n. 20, maio, 2007. [online] Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=472&class=25. Acesso em: 05 maio 2008. TELLES, M de Q.... et. al. Vivências integradas com o meio ambiente. São Paulo: Sá Editora, 2002. TERMOS utilizados na Ecologia. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/Ecologia3.php Acesso em 25 maio, 2008. UNESCO. Educação para um futuro sustentável: uma visão transdisciplinar para ações compartilhadas. Brasília: Editora Ibama, 1999.
52
APÊNDICE 1
53COLEGIO ESTADUAL ASSIS CHATEAUBRIAND DISCIPLINA: CIÊNCIAS PROFESSORA..................................................................................... DATA....... / ........... / ...... ALUNO.................................................................................................. TURMA............................
QUESTIONÁRIO
1. Você colabora com o aquecimento global? ______________________________________________________________________
2. Você se sente responsável pelo aquecimento global? Justifique. ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3. É possível mudar os problemas ambiente mudando alguns hábitos? Quais? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4. Quais sugestões você daria para melhorar o aquecimento global?P ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5. Ao lançar embalagens plásticas, latas, vasilhames e metais no meio ambiente, o que podemos observar? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
6. Que tipos de embalagens seriam ideais para contribuir para a melhoria da qualidade de vida? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
7. Alguns hábitos rotineiros como: torneiras gotejando, lâmpadas acesas, a não reciclagem do lixo, contribui para o aquecimento global? Justifique sua resposta. ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
548. No mundo globalizado o consumo de produtos descartáveis vem aumentando progressivamente. Ex.: o copo descartável (você utilizando 2 copos por dia ao final do ano você terá utilizado 2.400 copos). O que você pensa sobre isso, e qual seria a atitude correta? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
9. Qual o destino dado a esses materiais: pilhas de rádio, bateria de celular, remédios vencidos, cartuchos de impressoras? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
10. Com o crescimento do transporte individual, o uso de combustível aumenta e conseqüentemente a poluição é bem maior. Que sugestão você daria para amenizar questão? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
55
APÊNDICE 2
56CULMINÂNCIA
APRESENTAÇÃO DA MAQUETE
57CULMINÂNCIA
DESFILE DE ACESSÓRIOS COM MATERIAL RECICLÁVEL
58CULMINÂNCIA
DESFILE DE ROUPAS E ACESSÓRIOS COM MATERIAL RECICLÁVEL
59CULMINÂNCIA
APRESENTAÇÃO DE PARÓDIA E POESIA
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