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Photc^raphicts, vistas instantâneas, desenhos é caricature®.
^v,„./ _éh—<4h JL ' ....wL-JL JSL~-ju. 1 jl jííl.Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL
Redactor-gerente. PR. CÂNDIDO MENDES-Redactor-ohefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA-^ Direotor-technico, GASPAR DE SOUZA
Anuo III--S". $6 DOMINGO, 5 DE JANEIRO Kiimcro : 3oo róis¦MM
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jgjí.Peçam somente FRANZISKANER BRÃU ou CERVEJA PILSENER, ainda,.« e sempre a melhor cerveja «38
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2 - N. 86 REVISTA DA SEMANA 5 de Janeirro de 1902
CHRONICA*tSS/VSV^\S^*
junho escrevi a primeira chro-nica para a Revista da Semana ei
desde entio, regularmente, pontual-mente, palestro todos os domingos comos leitores e principalmente com as lei-toras deste semanário. Não creio quedeste Convívio espiritual tenham ellas eelles extrahido grande proveiLo, mas,enfim, parece-me que não se aborrece-ram e que, mais de uma vez, a nota felizdo bom humor os fez sorrir. Tantobasta. A missão do chronista é essamesma: dar, de quando em quando, re-pasto á abelha da fantasia, distrahiralguma enxaqueca impertinente, des-fazer as rugas precoces, de longe emlonge, de raspão, obrigar a pensar. Achronica é o vermouth da leitura, aQuinquina Dubonnet da, hora que todosconsagramos ás belías cousas do espi-rito. Deve ser simultaneamente leve eexcitante. Não lhe cumpre doutrinar nemresolver problemas: quando muito no-tal-os, provocando para elles a curiosi-dade. A chronica é uma espécie deagenda de estados d'almà, o aponta-mento rápido, febril, de impressões fu-gitiyas. Não é um gênero de primeiranecessidade mas quem a ella se habituousente-lhe a falta. As mulheres, em geral,apreciam-na como um desses pequeninosnadas que para ellas constituem todoo encanto da vida.
Não tem sido fácil, nesta formosae dourada Sebastianopolis,a missão dochronista. Os assumptos que elle maispreza, faltam e aos sabbados, quandovae percorrer o seu livro de notas paradelle destacar a mais interessante pelassuas qualidades affectivas ou brilhantes,só encontra diante de si a guela escan-carada de um vasto necrotério de ai-mas em decomposição, o negro horrordas perversões moraes multiplicando-sefartamente em um meio social que viroucalda gorda de micróbios. Quanto tra-balho para descobrir o lirio activo,a flor-zinha creada na simplicidade sylvestre,a graça ingênua e innocente,o aítruismosem contra-partida interesseira, a ami-sade sem reservas egoístas, o pa-triotismo sem miradas vesgas para o thesouro !...Se por acaso algumas llores apparecem, logo asdestinam ao dr. chefe de policia e a chronica ficaassim privada da sua mais saborosa e mais sadianutrição.
E reparem que não foi só aqui que esta deso-lação esthetica e ethica se accentuou. Vejam aEuropa... vejam os Estados-Unidos.. .lembrem-seda China... pensem no Transvaal! Por toda aparte esse negregado mil novecentos eum fez dassuas; em toda a parte foi bárbaro e estúpido,boçal e selvagem. Como que presa de uma fúriaatávica, mas atávica a mergulhar nas fontes histo-
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ricas do vandalismo, o sujeitinho ma-tou, roubou, prostituiu, mercadejouhonras e patrimônios moraes que pa-reciam definitivamente inatacáveis, aque philosophos e pensadores attribuiama consistência e a dureza do granito.Para primeiro anno de século novorpara panno de amostra deste vigésimo^século que se annunciava maravilhoso,,pode limpar a mão á parede, esse ne-gregado desmancha-prazeres e nefando-jettatore. 4Mas que cabeça a minha, santoDeus! Lá me esquecia... Não, positiva-mente não rasgo o que já fiz, porquea Revista vae entrar na machina... Nãoé que de todo me ia passando o nossoSantos Dumont e a sua aeronave diri-givel!... E não basta elle, por si só,,para fazer desculpar as muitas maldadesdesse Falstaff-Cartouche que acaba desumir-se nos abysmos do tempo?!...
Jacques Boiihomme.
OS THE ATROS6'
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Continuação damão
EPIPIIAN1A (ADORAÇÃO DOS REIS MAGOS).renrotfucção em nhotogravura do Missal Pontificai illuminando apelo conego da Sé de Vizeu, Estevam Gonçalves Netto.
IVA PRAIA DO FLAMENGO-— Então, essa ponte não se acaba mais ?
Não é ponte, filhinha, é passadiço...Ah ! E* por isso que não passa disso.
om a entrada do anno novo (o qualdesejamos íeliz aos leitores desta
secção) sahimos um poucochinho dairritante pasmaceira em que estavam os-nossos theatros; não toi lá grande cousapara que se diga, mas emfim... podiaser peior.
Tivemos quarta feira, no Lucinda, .a estrèa da companhia organizada edirigida pela elegante actriz CiniraPolônio, que com a mais louvável boavontade conseguiu reunir em torno d&si um elenco de artistas, senão todos,pelo menos na maior parte bem apro-veitaveis. A peça do debiit íoi o vaadevilleem 3 actos, de Grenet Dancourt e Geor-ges Bertal, traducção de A. Azevedo eAzeredo Coutinho, O Príncipe da Biü-cjaria.
A peça agraciou francamente, tantopelo espirito como pelo excellente des-empenho que lhe é dado pela troupeCinira.
Que a arrojada actriz seja feliz noseu emprehendimento, que continuea dar peças como O Príncipe da Bal-gana e tão bem representadas, é o que
devem desejar todos quantos se interessam pelotheatro.
Revolvendo continuadamente o seu velho massempre applaudido repertório, continua a compa-nhia Dias Braga a trabalhar no Recreio; por ahi,como novidade, só a próxima representação doQuo Vadisl.
Um grupo de artistas lyricos, entre os quaesRosina Bellegrandi, sob a direcção de Sante Athos,levou á scena, no Apollo, as operas CavalleriaRusticana, Ernani e Rigoletlo, desempenhadas sabe-Deus de que maneira.
Orchestra diminuta, coros mais que fracos,.
EllaElle-
IDYLLIO AMBULANTE
As provas da minha affeiçâo são esmagadoras.Está-se vendo, está-se vendo.
BELLEZAS SOGIAES— Olha, espera um pouco. Depois da missa'
por alma do commendador aproveita a occasião e-convida os conhecidos presentes para o nosso-saráo de anno bom.
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5 de Janeiro de 1902
scenarios e vestuários deficientes,com taes elementos, além da faltade artistas competentes, é uma ousa-dia imperdoável, é quasi burlar o pu-blico que freqüenta theatros, pre-tender representar operas da quàli-dade da Ernani eRigoletlo.
A Ca vai ler ia, emfim, não exigemuita ensccnação, mas as outrasduas, francamente,por maior que sejaa noa vontade do sr. Sante Athos,de forma alguma podem ser repre-sentadas convenientemente.
Também o publico assim o com-prehende...Uma nota triste : fechou suasportas o Moulin Rouge. Falta de con-currencia? quem sabe? Em verdade,fazem muita falta, á noite, aquellasluzes todas e aquelle moinho a ventotodo ilkiminado, ahi, no largo doRocio.
O Cassino Nacional vae de bema melhor com seus espectaculos va-riados; sua Iroupe é excellente. Outro-tanto acontece com a Guarda Velhae o High-Life, cuja concurrencia écada vez mais animadora.
Está a chegar a S. Paulo a com-panhia de operetas Tomba, que trazum bellissimo elenco, no qual figu-ram artistas mais que regulares,alguns nossos conhecidos, outrosnão; naquelles figura o Lambiase, oindefectível e sympathico Lambiase,o regente-comico.
O repertório é magnífico ; entreas peças conhecidas traz algumasnovidades, precedidas de muitafama.
E...até domingo.
______ p-
GONTO PAÍ^A BEBÊ
REVISTA DA SEMANA ¦N. 86
CBETB $3]K. PPLPV^P§POLICIA CAIPORA !
Mamãesinha! Vou dormir jápara accordar cedinho. Quando des-pertar hei de encontrar, como noanno passado, muitos brinquedosque o Menino Deus me trará denoite...
E a loura criança, de grandesolhos azues, alma cheia de esperan-ças, como estrellas de luz suave em.um céo sem nuvens e illuminado,encaminhou-se para o seu pequeno leito de linhoalvissimo.
Reclinou a fronte em um travesseiro de rendascaras e adormeceu placidamente.
No dia seguinte, a madrugada rosea mal des-pontara no horizonte, a criancinha erguera-se doleito, soffrega por encontrar os brinquedos queJesus recém-nascido lhe teria trazido.
Mas, relanceando os olhos pelo quarto não viusequer uma boneca...
Que ingratidão a do Menino Deus! Ella dor-mira crente de que, quando despertasse,encontra-ria os brinquedos ambicionados. E elle não vieradurante a noite!... Que ingratidão!
Chorando, correu ao quarto de sua mamanpara perguntar-lhe o motivo por que o pequeninoJesus a tratara assim tão mal. Qual não foi o seu
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AYE-MA$IA!w\^v^\/w/\.
4=1 pós o jantar fomos percorrer aJ £? montanha; de braços dados,saboreando o ultimo gole de licor esatisfeitos por nos vermos juntos ou-tra vez e felizes como out^ora.
Eu fumava e ella, em finos lan-ces de espirito, contava-me anecdo-tas e episódios da sua viagem aoBrasil...
Algumas passadas mais, eis-nosno cimo da escarpada, dominandocom o olhar toda a cidade lá nofundo, muilo ao longe, de casariasbrancas, quieta e poeirenta.
Era a hora do crepúsculo, quan-do a saudade nos afflige o coração,ao rithmo metallico do canto da ei-garra.
Seguíamos deslumbrados pelapujança da natureza, a fallar coisasbonitas, coisas do céo.
Nessa oceasino estremeceu-se-nos docemente a alma de christâos,ao vibrar nostálgico do sino de umaermida:
— Soava a Ave-Maria lOs lavradores que passavam de
enxada ao hombro, suarentos e si-lenciosos, descobriam-se respeitosa-mente e contrictos á primeira bada-lada do pregoeiro da fé.
E nós — unidos pelo coração ede joelhos deante de nossas própriasconsciências — erguíamos uma preceao bom Deus por nos vermos juntosoutra vez e felizes como outr'ora.
Castor do Arvoredo.
0 CRIADOR DA ARMADA INGLEZArwvvwwN*I
espanto quando o querido papá, vindo ao seu en-contro, estreitando-a nos braços, cobrindo-a debeijos, lhe annunciou que o Santo Bambino lhemandara um irmãosinho, louro como ella, de olhosazues como os seus, rosado, pequenino...— Oh! que bello! que bello!
E, aproximando-se do leito daparturiente, numaalegria extraordinária, vergou-se sobre o corpinhodo irmão recém-nascido, que dormitava entre fa-chás custosas, beijando-ò, beijando-o muito ...
VA, JHa.Y.
geral
rovavelmente nenhum homem,durante a sua carreira adminis-
trativa, lidou nunca com tantos mi-lliões como sir William Henri White,creador da armada ingleza e que foiagora aposentado, depois de terdesempenhado, durante dezeseis an-nos, o considerado cargo de director
navaes do Almirantado
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Em uma casa de jogo:Empresta-me vinte mil reis.Impossível. Se me pedisses cincoPois bem, venham....tampouco t'os poderia dar.
das construcçõesbritannico.
Quando, no principio de 1885, foi nomeado paraaquelle logar, o parlamento approvou o plano delord Nortnbrook, para se reorganisar toda a ar-mada; ia abrir-se a era dos grandes couraçadosde aço; e logo no primeiro anno da sua adminis-traça o j sir White collocava no estaleiro 70 novosnavios de guerra.
Sete annos depois tinha dotado a marinhaingleza com 131 couraçados, cruzadores, torpe-deiras, avisos, etc, que haviam custado 700 mi-lhões.
Aposentou-se agora, depois de ter feito cons-truir, em dezeseis annos, 319 navios de todas asclasses, que custaram dous milhares e 40) milhõesde francos.
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ESTADO DA BAHIA -- Palácio do governo. MINAS GERAES - Fabrica de tecidos na cidade de Alvinopohs.
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4 •— N. REVISTA DA SEMANA
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5.de Janeiro de 1902
AMOR ASTRAL<%Tw^%^W%rt
Fraulein Olga, a cíe olhos azues e cábeílosflavos, era ciaquella época a senhorita mais
bella e mais exquisita da antiqüissima cidadebranca de Kcenigswinter.
Ninguém, no emtanto, a comprchendia na sua•estranha loucura, amoldada a um viver anormal ebohomío, que dir-se-ia não era vida esim devaneio.
Viera .para álli da aldeiasila de Weiskirchenquando menina.
% Diziam as lendas, que a bocca pequena dagente da terra formar a em torno do seu mysterio,que foram uns amores precoces que obrigaramhenr Schcenfelder a trazel-a para o valle das setemontanhas.
[ E, de facto, foramuns ímpetos muito precipi-tesí de paixão temerária por um pequerrucho de 12annos, apenas um armo mais velhinho do que ella,qufe fizeram com que o pae, um homem de severosco$tumes indefectíveis e de uma independência edefuma pacatez enfermiças, que nunca alterara
.sequer um ponto nos seus carunchosos hábitossedentários —se lançasse estrada em fora, com abagagem ás costas, com ella, a boa ama e bpequeno pudel, o cãosito de estima —rumo deWjiiskirchen, logar para elle por demais ruidosoe Éqtcommodo.
£;Sehcenfelder naquelle dia não pudera tersoèego. Largara o tear, abandonara tudo e foracopando as longas barbas brancas que lhe còntor-na^ãm o pescoço, numa volta sob a lisura doqueixo escanhoado e rubro —sentar-se a um cantodo jardim, num banco de ferro, em maguada con-centraçâo, quedo» abatido, penserôso...
Chamou-a depois.
g^am^a-mihfTi.. ^.--«..-r. an - r.. ....¦ .. . ^.-....¦¦¦^.g^^j ~-. .,.<».^-...^ ¦,,.¦. | mamimmtijm ijimi.iiiimiii j J
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Porque íaliara a sua Olga de amor aopequeno Hans? Elle bem a escutara; não podiaella lançar mão de desculpas de qualidadenenhuma. Pois que? Olga jà queria tão.cedo ras-tejar pelo pó das aspliyxiahtes iilusões humanas?Onde aprenderá semelhante cousa que devera sermcomprehendida para a sua alma novíssima?Ouem a iniciara nesses segredos que são o sacri-(leio bárbaro pelo qual tem de passar os corações,,quando em pleno florir da primavera dos annos?
E o velho ganhava intensidade de brilho a ,cada expressão, tal se nas suas pupillas naquellemomento estivessem representadas Iodas as victo-rias guerreiras dos seus antepassados, varões,heròes, cujos retratos pendiam das paredes do seu.aposento principal, decorando-as de um veneravelaspecto primitivo.
A filha., a principio eabisbaixa, sublinhandoem prece a inflexão subl.ilissiina de sua voz har-moniosa e suave^ depois mudando cie tora nuns "Ímpetos decisivos de nevrótica, como se a engas-gasse a ullueiriação, respondeu-lhe:
Papá : Uma fada, que parecia Nossa Se-nhora de tão linda que éra, me fallou que Hansé a estrella que guiou os Magos para o presepe de:Bethlem. Amo Hans pelo muito amor que tenhoáquella estrella, que Mama me dizia ser de todosos astros, o da.predilecção do Senhor.
O velho suppol-a toldada da razão e bem queo estava a infeliz, Por ..isso resolveu e partiram.
Agora éra de: vêr, frõdas as? tardes, aquellafigurinha esgalgada e transparente de tysica, ca- ,níínhando pelo braço da tia Einma, trajada como seu alvo vestidinho talar sem teceduras e semenfeites, a fazer excursões pelas rumas desoladasda abbadia deHeisternach. E quando a noite vinha •desdobrando pelos horisoutes os seus, alizaresnegros, ella soltava-se dos braços dá velha criada^,,deixava-a attonita e medrosa, e deitava a correr,desvairada, numa anciedade offègante, pelos laby- .rinthicos escombros, a gritar, a gritar com as ul-timas energias dos seus pulmões doentes :
Eu hei de casar com a estrella que indicou,aos Magos as portas de Betlilem! A estrella é aalma de Hans que se evolou para o Infinito. E'ratão formoso o meu noivo ! Eil-or-r-e.apontavacomo dedo hirto para o Firmamento constellado,—eil-o que está sorrindo para mim, eil-o'que meacena, que me. attrae para si, que me desejaiOnero ascender os espaços, quero ouvil-o e amal-0muito. Tem notas mais deliciosas que as de umstradivarius as suas phrases! Tem mais perfumesdo que as brizas os seus cabellos 1.,. Hoje mesmoestarei comtigo, Hans !
^ E sobrevínham-lhe os accéssos de exacerbação'mental, j>s mais terríveis. Depois, eram garga- ¦lhadas, muitas é muito demoradas que accorclavama mudez Vümular das priscas muralhas cár- ,comidas. . \
. . . Quando Olga morreu, por uma... lua nova ;de dezembro1, em vésperas do Natal, resa a tradicçâo,que ,é o que resta delia em Koenigswinter,appareceu no. céo um cometa deslumbrante epor esse tempo, que era de muito romantismo ede muita crença, todas as crianças da cidade
tiveram visões magnifi-cas de amoraveis epi-thalamios fantásticos,
. que contaram ás suasmães que as ouviram e"commen taram ad mira-das, porquanto nuncahaviam sabido de lábiosinnocentes tanta cousa 'singular!
Agenor Carvoliva*
AS NOSSAS GRAVURASActunlidade l»rasilei«
ra. — O Siu Gustavo. Mas-sow, presidente da Com-panhia Typographica dpBrasil desde a fundaçãcTHàCompanhia, que foi sue-cessòra da casa Láemmert& C, assaz conhecida nes-Ia praça, foi alvo de. me-recida homenagem porter feito annos no dia 2do corrente, Industrial in-feíligente e activo, é umdos "Mecenas dos homensde lettras brasileiros.
Nascido em 1848, naAllemanha, está no Brasildesde 1856 e é um dos es-trangeiros que mais setêm "esforçado
pelo pro-gresso deste paiz*
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COUSAS DA ELEIÇÃOVou até ao barbeiro.Gomo? Já não te barbeias em casa?Que queres? Cahi na asneira de emprestar as navalhas a um eleitor...
Todas as cartas dirigidasa esta redacç&o serão prom-ptamente respoDdidas pelasecçSo Correspondência.doJor*nal do Brasil.
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5 de;Janeiro de 1902 REVISTA DA SEMANA N, 86
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,¦ . r^ .," ol!ninv-A cnrAú prnarnecido^ de valencianas. 5 — Mimoso roupão de musselina azul com ramagens brancas; pa acuar-de fuMáo toda preguiada. 3- ¦ »-J^ ^^^SS^X^plM e de pande eBeito. 6-Veslfdo de noiva, de setim lavrado &™« ^^^.^taX'
nho« Xn èTutta ePdeco "da
sobre uma pala de musselina de seda preguiada e cercada de uma applicaçao de re^,da, que mn^ «J"o
Do-lado"esquerdo um c/ioa de musselina de seda com flores de laranjeira. As mangas guarnecidas com uma appiicaçaode flores de laranjeira-20 metros de setim lavrado.
com costura e dous quartilados até a barra do vestiafilo preso por um diadema
-V-SgtfijAdmtir.
6 - N. 86 REVISTA DA SEMANA 5 de Janeiro de 1902
OS PÁSSAROS MIGRADORES
Vi do jornal francez Le Mçiiin o seguinte artigo :-"-j? « De onde vêm os pássaros quando nos ene-gam, para onde vão quando nos deixam e comoviajam? t
As espécies sedentárias são pouco numerosas.E destas muitas enxameam longe de sua habitaçHo.
E1 um acaso e uma festa para os caçadoresda bacia do Garonna, e sobretudo da margem es-querda do rio, o encontro de um bando de perdi-zes cinzentas.
Vê-se, pelos seus modos, que passeiam, voando,quando despistadas a enormes distancias. Perde-seo tempo se se corre em busca. Não se encontrammais. De outro lado bandos de perdizes vermelhasaventuram-se até o Loire; e também é uma boafortuna, mas rara, atirar neste pássaro no seu vôo,cujo ruidò lembra o trovão. Localisaram-se pertode Saumure, onde povoaram os logares bem guar-dados.
Nestas épocas sorprendem-se bandos de par-daes, nas circumvisinhanças de Paris, que desap-parecem muito antes da vinda dos primeiros frios.São os jovens parisienses que seus pães enviam ácolheita e a conheceram paizes novos.
Quando se abatem sobre um campo de trigoou centeio, pilham-no completamente.
, Depois o começo do outomno, voltam á suacidade natal.
Tem-se observado, depois de chegarem, reu-nem-se em estridentes conciliabulos, nas arvoresdos jardins públicos, antes de espalharem-se pelosdiversos quarteirões, que exploraram no correr doinverno.
O velho com mandante X..., que tem, d'entreos pardaes do Luxemburgo, algumas centenas depensionistas familiares, vos dirá, que nlo lhes vêmcomer nas mãos, são outros tantos passarinhos no-vos, vindos dos campos, ainda selvagens, comoque aldeãos.
A colônia de pombos selvagens, que se estabe-leceu, desde tempos immemoriaes, em Paris, ahivive, em todas as estações, ao lado do homem, semo temer e vindo comer os pedaços de pno que selhes dá nas janellas ou nos balcões, provocando aadmiração aos meridionaes e dos habitantes deSud»Oeste. ,
Estes pombos, de collar branco, são uma caçamigradora, viajando em bandos numerosos.
Pelo nome de « palombas », são objecto de ca-çadas muito interessantes nas florestas das Lan-des, dos Altos e Baixos Pyrinêos.
Estes pombos de Bagnére, de Bigorre, de Lour-des tornaram-se seculares.
Quando um gavião abate-se sobre eíles, preci-pitam-se em debandada por baixo das arvores, empleno vôo, correndo razos com o chão, através dafolhagem, como cegos, afim de evitarem o inimigo.
E' este o facto que provocou a idéa desta caçatãò singular.
Fez-se uma longa álea no bosque primitivo,
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Barytono FRANCISCO JORGE
com 200 metros de largura, na entrada, mas indose estreitando á proporção que se approxima daoutra extremidade, de modo a formar um angulo.
No vértice, entre os dous carvalhos que o for-
A CABEÇA MUMIFICADA DE UM INCA
mí:-\ _aA TRÊS QUARTOS
i
Menina GLORIA ULLES, cançonetistade café-concerto.
DE PERFIL
i.s guerreiros Incas, extremamente bellicosos,costumavam dependurar nas sellas as cabe-
ças dos inimigos vencidos; mas antes de fazel-opreparavam esses tropheus de modo a tornal-osmenos pesados e conserval-os indefinidamente.
As cabeças eram, pois, submettidas, logo apósa decapitação, a uma serie de operações come-çando por suppnmir-lhes os ossos do craneo e mer-guinando o resto em certos líquidos expostos áacçao do calor. Dahi resultava uma cabeça redu-zida a proporções pequenisssimas, embora con-servando os traços geraes do rosto primitivo, ecuja matéria dura e cornea podia conservar-se semnenhuma alteração nova.
A nossa gravura representa um desses notáveisspecimens: altura, do vértice do craneo á base dopescoço, 12 centímetros; diâmetro da cabeça 27centímetros ; comprimento dos cabellos, 90 centi-metros; antigüidade, impossível de determinar.
mam, ha uma rede, e sobre esta um logar, onde ocaçador, envolto na folhagem, se colloca.
Quando se approxima um bando desses pom-bos, o caçador arremessa ao ar um gavião de páu.
Ao vel-o o bando inteiro se precipita para de-baixo das folhas dos carvalhos, em fila, que repre-sentam os lados do angulo e vão prender-se nasmalhas da rede; o caçador do alto deixa cahir arede completamente, envolvendo, em suas dobras,os pombos.
A melhor caçada de que tenho ouvido fallarfoiuma na qual, de uma vez, colheram-se trinta e seiscasaes destes pássaros.
Estes pombos selvagens têm o seu quartel deinverno nos óasis da Aírica occidental; voltam emmarço para a Europa e vão fazer os ninhos nasflorestas do norte da Noruega e Lithuania.
A zona de emigração não é extensa. Encon-tram-se poucos em França e muitos na Hespanha.
Não se caçam geralmente senão no sudoeste,com a rede, em dous ou três logares, de passagem,como acabei de descrever, e com espingardas nasflorestas ou chamariz, conseguindo que se appro-ximem deste e então atira-se.
Todos os nossos pássaros emigradores vãopara a África.
O sr. Brazza viu nuvens de rolas no Congo.Abbadie observou na Abyssinia, durante o in-
verno, todas as nossas espécies: o tordo, a cordo-niz, o estorninho, etc.
Berard viu na Chaldèa innumeraveis andori-nhas em janeiro.
Os planaltos luxuriantes de Kardoíao parecemser uma das estações de predilecção da maior partedos pássaros de certa ordem, que animam os nos-sos campos, nas bellas estações.
Citaram-me, entre outras, o rouxinol e aindaoutras espécies.
Alguns dos nossos cantores passam o invernoem Marrocos, onde são mudos.
O melro é muito raro nessa região. Não pa-rece que se aventure além do Mediterrâneo.Sem duvida, teme a água.
Além disso, encontra-se, durante o inverno, nosul e no sudoeste.
Os lyonezes pretendem que os seus papaíigosemigram apenas para as Florestas Negras e para oBeaujolais.
Como, pássaros de vôo tão curto, de azas tãodelicadas,procedem para atravessar o Mediterrâneo?
Não temos o segredo deste « tour de force ».Sabemos, porém, que realizam essa travessia ánoite e contra o vento.
Na Argélia, próximo ao mar, certas tardes, asarvores acham-se cobertas de pássaros pequenose grandes, até rolinhas. Esperam, em observação.Se éo vento do sul que sopra ou de leste, ou aindade oeste, encontra-se lá todo o bando no dia se-guinte, e parece até mais numeroso.
Se o vento é do norte, toda essa passara dadesapparece.
O queé facto é que para elles é um brinquedo
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Actrizinha ELISABETH POLLABeneficiada no Apollo, a 20 do mez findo.
5 de Janeiro de 1902 REVISTA DA SEMANA
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a travessia do Mediterrâneo, em sua maior lar-gura.
Sei de pessoas que affirmam ter encontradonas pennas e nas pernas desses pássaros, pelomenos em muitas das espécies de que falíamos,grãos de terra, trazidos no dia anterior das pia-nicies do norte da África, da Algeria, Tunis,Marrocos, ec. >>
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1 cabo Benevenuto era a praça mais correcta eestimada no 37° batalhão, estacionado em
Santa Catharina.Severo cumpridor de seusdeveres, disciplinado,
obediente e respeitador, obtinha de seus comman-dantes tudo que queria.
De coração extremamente sensivel, tudo quelhe vinha ás mãos em metal sonante, todo o seumagro soldo desapparecia na pratica de obras decaridade, que as fazia muitas e muitas, sempre quese lhe deparasse ensejo.
Era pianista, o bom Benevenuto, mas pianistafrio, inimitável, nos desapertos de quartel, nuncadeu uma rala, e entre os camaradas era tido comoexemplar, como mestre na arte de livrar de umgancho, de umr^Tspé^se e era por isto que o tinhamna conta de incapaz de faltar aos seus deveres.
Conta-se que uma oceasião, servia elle no2o delinha, no Ceará, estando em um batuque esqueceu-se da hora da revista de recolher e logo, logoforgicou um plano para furtar-se ao gancho por 8dias, pena que o commandante, velho soldado ris-pido e intratável, fatalmente lhe havia de arrumarnos costados.
Chamou á falia um seu sobrinho, robusto lata-gão que lhe obedecia cegamente, e lhe impoz sub-metter-se á sua vontade.
Dahi a momentos, a lua batia de chapa sobreas areias da praia do Mucuripe, quando gritos deangustia partiram das ondas e passado poucotempo surgia na praia, sobraçando um vulto, ocabo Benevenuto, encharcado, quasi sem forças.
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ÍVova vassoura jtiata-moscas
PKQUKKAS IftVENÇÕKSAs mos-
cas,asves-p a s, osmosquitossão insup-porta veisno tempodasfruetasou duranteos fortescalores,
f: masdesap-parecemcom o em-prego cieuma vas-soura deíi-os de açotempera-do.
Approxima-se a vassoura a certa distancia efustiga-se com ella os insectos, mas não muitoforte. Dizem que o resultado é infallivel.
. Correu logo a noticia de que o bravo soldadohavia salvo o seu sobrinho, que cahira ao mar.
Chegou o cabo ao quartel, depois da revista, éverdade, mas no dia seguinte teve uma ordem dodia elogiosa, e dispensa do serviço por 8 dias, pelaacção altamente humanitária que praticara, comrisco da própria vida.
Eram deste quilate todas os desapertos donos-so heróe.
Chegara o Natal e o Benevenuto não podéra,por falta de verba, armar o lindo presepe que nasua modesta casa sempre fazia em homenagem aonascimento do Menino Deus, nem melhorar a boiacom umas rabanadas.
Sempre pianista, empenhou o seu sabre, numagiota, por uns miseros vinte mil reis e pouclefazer o rico presepe que a sua inabalável fé lheimpunha todos os annos.
Fel-o, porém, com tanta infelicidade, a des-
peito da intenção, que o seu commandante decompanhia v.eiu a ter conhecimento do plano.
Desde logo, este official procurou um meio devingar-se e o cabo Benevenuto outro de escapardo embrulho.
No dia seguinte, pela manhã, o corneta depiquete deu signal de formatura da 4a companhia,que era ã do pianista.
Todas as secções, em poucos momentos, en-travam no alinhamento, levadas pelos respectivosinferiores.
Quando a companhia se achava em linha,prompta, a soldadesca toda sorprendida, semsaber de que se tratava, inclusive o Benevenuto, ádireita da primeira fila, o capitão, depois de terassumido o commando, tossiu, compoz grave-mente a physionomia e, abatendo a espada emcontinência à força, proferiu estas palavras:Soldados! No empenho de experimentar opulso e o valor dos meus commandados, queroque cruze o seu ferro commigo aquelle que pela suacorrecç;\o e destreza é reputado como a melhorpraça da minha companhia.
Um estremecimento de sorpresa correu portoda a linha.
Toda á soldadesca entreolhou-se.O capitão prosoguiu, em tom de commando:
Ordeno-te, pois, 32, que dês um* passo áfrente, fora de fôrma, e venhas esgrimir commigo lEm guarda !
O interpellado, o 32, o cabo Benevenuto, to-mado de susto, comprehendendo tudo hesitou,avançou' um passo e, dobrando o joelho em terra,persignou-se dizendo em tom lamurioso :
Que! eu, um misero soldado, cruzar aarma com o meu capitão? Não ! Meu bom S. Jorge,patrono dos guerreiros, para que eunlocommettatal indisciplina, transformae a minha espada empáo !
E desembainhou um pedaço de madeira, compunho de folha, cabisbaixo!
Toda a companhia, inclusive o official, soltouuma gargalhada.
E o pianista foi perdoado, tendo, graças aoseu plano, cumprido o dever religioso de armarsempre o seu presepe. Oiram.
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Escola de aprendizes marinheiros de Pernambuco, em formatura pela festa de 15 de novembro de 1901.
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GUSTAVO AIASSOVYindustrial e presidente éa Companhia
do BrasilypograpJnca
DESTRUIÇÃO DOS MOSQUITOSMm uma das ultimas sessões da Academia de Me--^i? dicinade Paris leu o dr. Blanehard um extenso
relatório sobre os mosquitos, seus inconvenientesg os meios de destruil-os.
Eis, em resumo, o que aconsellia o sábio me-dico:Destruição dos larvas e nymphas que-viveiúnagua.Destruição dos insectós adultos que invadem
as habitações, preservando os moradores das pi-caxias.r—Àttenuar, nos limites do possível, o effeito
pernicioso destas piradas.Uma serie de substancias tem sido empregadano sentido dedeslruir as larvas; jrias, Iodas ellas,mais ou menos tóxicas, de modo que todos os se-res que vivem nagua esterilizada morrem.
E' um inconveniente.0 melhor processo é o americano, que consisteem espalhar kerozene na superfície da a «uai esteliquido estende-se em delgada camada e forma en-Ire a água e a afmosphera umapelliculaque as lar-vas e nymphas encontram forçosamente quandosobem á superfície para elTectuáras I rocas gazosaslEste liquido è eminentemente tóxico para estesinsectós; uma gotta oleosa obtura o orifício dasvias respiratórias e determina immediata asphvxia.Basta uma pequena quantidade para destruira totalidade das larvas e nymphas, mesmo que se-
jam excessivamente numerosas; um centímetrocúbico por metro quadrado, mas é preferível em-pregar maior dose. para atlenuar a evaporação do
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. Do comiriántláníe e officialidacle do corpo; <de Infante,ria de Marinha recebemos o rvuião de com-
, primcntos; acim --, que agradecemos,
kerozene.. .Osi\ pratica, determinada a superfície,basta derramar uma quantidade de liquido eguala 5 ou 10 centímetros cúbicos por metro quadrado.
No tempo dos mosquitos deve-se renovar estaoperação de 15 em 15 dias.
Não se vá pensar que isto è uma utopia;Fcrmi conseguiu, por este meio, íazerdesapparecertodos os mosquitos da cidade de Ásinara, aonoroeste da Sardenha.
0 melhor meio e o mais efficáz de destruir osinsectós adultos é o de prodtiziryapores de formole queimar tintura de pyrelliro, tendo o cuidado dedeixar uma j anel Ia aberta e fechal-a depois dealgum tempo de combustão.
Uma mistura de 5 gramnias de formol docommercio com 10 gramnias de álcool a 90u. e 1.0grammas de água,
"pincelada sobre as papulas, è
o melhor meio de tratar as-picadas dos insectós,sobretudo na face; nas outras parles dov corpo
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LOPKS RODRIGUESüirector da Escola de Beltas Ai-les da Bahia
uma embrocação de tintura de iodo será muitoútil.
Convém antes de tudo eliminar todas as águasestagnadas e, Ioda vez que for possível, substituirestas ultimas por águas correntes ; será uma boamedida para a prophvlaxia geral.
Quando houver necessidade de as conservar,devem-se destruir todos os mosquitos, como in-clicamos.
A mistura de kerozene e alcatrão dá ainda re*sultados mais satisfactorios.
As águas de cisternas, destinadas aos usosdomésticos, serão cobertas e quando, por acaso,contenham larvas, pode-se empregar o óleo com-mum, em vez do kerozene.
Como é sabido hoje, fora de contestação, queestes insectós são agentes transmissores de grandenumero de moléstias, todos eomprehenderão . autilidade destas noções, procurando, tanto quantopossível, pôr-se ao abrigo dos males de que po-derão ser accommettidos por esta, recentementeconhecida, via de transmissão.
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Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas
EMANASEdição semanal tarada do JORNAL DO BRASIL
HediofcW^MWto. PB. CAHDIDO MEHOES - Rachotor-chefe, PB. FERHASDO MTO DE ALMEIDA - Dlrector-teohnioo, GASRAR Dl SOUZA
Anno in i H. 86 DOMINGO, 5 DE JANEIRO Numero: 3oo r£is
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OS ÍDOLOSXII
O BEZERRO DE OURO
Os exploradores c o padre, curvados, á luzvermelha da lanterna, prescrutavam um suspiro,um movimento das palpebras.lníoIizmente,estavainbem mortos todos aquelles de quem interrogavam ocoração ou os lábios. ;}, l
Derrubado sobre uma porção de inimigos, dosquaes grande parte eahiraa seus golpes, um moço9corntudo, aceusava a vida pelos sóbresaltos de seupeito, rasgado por uma ferida mais medonha doque profunda... O sangue que corria de uma feridada testa lançara-lhe sobre o rosto uma sombriamascara de sangue coagulado. Ainda respirava,mas quem poderia assegurar que supportaria otransporte para fora do parque ? .
Um segundo ferido, lançando profundo ge-mido, chamou também a attenção dos exploradores.Esse, ainda teve força para levantar-se, e as suasprimeiras palavras foram estas:
-- Ainda desta vez deram ordem de retiradaCobardes! Incapazes! Malditos S
Era o coronel, a quem voltavam as queixas.Levantou -se sobre o cotoveílo esquerdo, tentoulevantar q outro braço, e murmurou:.—-Tenho ò hombro quebrado !Um dos exploradores amarrou o lenço em tira-eollo, e disse ao velho soldado:-— Pode ter-se em pé ?Penso que sim, respondeu o coronel.Senhores, acerescentou o padre que aca bava
de levantar o outro ferido o que levava nos braços,como uma mãe feria a seu filho, eu me encarregodeste.. .vamos embora; se nos ior possível voltarvoltaremos, quaado estes homens estiveremfora de perigo.
O menos forte dos exploradores tomou a lan-terna e marchou na frente; o outro ia sustentandoo coronel; vinha por ultimo o padre, carregandoo ferido, de quem os dous braços cabiam paratraz, ao passo que o corpo, posto em equilíbrionos hombros, parecia o de uma pessoa privadade vida.
Ninguém faltava. Apenas um suspiro do feridoi usa rugido surdo do coronel, romperam o silenciomortal;
De tempos em tempos os salvadores de homensparavam, tomavam fôlego e depois continuavamde livvo a sua jornada.
A Providencia acudia-íhes, pois um carro ro-dava iui caminho que passava em baixo. Chama-ram-no e obtiveram resposta ; este carro pertenciaá ambulância do Theatro Italiano que estacionavaa pequena distancia, e que os recebeu a todoscinco.
Os exploradores pareciam tão pallidos comoseus companheiros e a frasqueira d'agua que lhesestenderam, conseguiu mal reanimal-os.Para onde conduzirei estes feridos. Senhor
padre ? perguntou o chefe de serviço.~ Rua da Chausseé d'Antm, n. 15, respondeuo padre.
Podiam ser 10 horas da noite, quando o carroque conduzia os feridos parou diante da casaindicada pelo ecclesiastico.rom o ruido que elíe fez, a porta principalab se, diversos homens correram para o carro,ampararam os feridos com os maiores cuidados,
— Meu pae pediu-me uma idéa para desenho,como hei ae eu satisfazer esse pedido ?Como hei de dar-lhe uma idéa se tenho só-mente tdéas fixas I.,
e ajudaram a transportados para os vastos apo-sen tos das lojas.Uma moca vestida de preto, trazendo umaventai branco e o laço da Cruz Vermelha, adian-tou-se, pallida, anciosa:~~ Voltas do campo de batalha, meu irmão?— Sim, respondeu o padreè trago dous feridos,um velho que tem o braço quebrado e um moço á
quem o sangue e as teridãs encobrem o rosto.Em ura minuto a moça deu ordem para quese collocassom os feridos sobre uma cama, pro-curou esponjas das mais finas, a água mais tepi-da, as ligaduras mais suaves e approximou-se doleito em que o mais moço fora depositado.Não se ouvia mais a sua respiração; parecia
que o coração cessara de bater.A enfermeira lavou suavemente a ferida datesta, separou os cabellos, tirou os coágulos desangue...ia epider-me exangue reappareceu pordebaixo da medonha crosta; jas palpebras aindaestavam cerradas, [mas era já possível reconhecero rosto |do moribundo, e de repente, parando na
sua diligencia, com a mão tremulados ofHo$: ides-garrados, a moça recuou; exclamando: |;',\~r Sulpicio! Salpício! E' Benedicto, njeu wiyLque me trouxeste quasi morto! m Unüà.
/^<iV**<V\A/**^^*^N«VVW">^«^^^S^>.i»WV,^^VA/V*W«»iV**VVV^
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RECREAÇÕES—t-^lxNTVb
As soluções dos problemas do nosso numero pas?sado são as seguintes:
Da pergunta enigmática, Poreiuncula ; da charadanovíssima, Postemão; e da charada telegraphica, Por-phiro.Crichaná, Carmelita, Antero, Glorinha, Guanabara,Ananke, Màritana, Rose Provins, Mariac, Carioca, Ma-pegui e dr. Lanceta solveram todos esses problemas ;Nhasinha, Guimanunes, Trindade e Comiguenove osdous primeiros ; Victor Ferrer, John Buli e Dagmar osdous últimos.
Para hoje apresentamos:CHARADA EM ANAGRAMMA (EnCÜSOllVri)
(Ao C. Leal)5 — Responde a isto, meu moço,
Sem te mostrar mui confuso :Este homem tem um ossoEm fôrma de parafuso.
enigma (Yayá)VENUS A A A
CHARADA BISADA (fíolinha)3 — Flor mimosa,
E's das graças,RI
2 — A formosa,Tu me enlaeas,
TORMQUETESOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 70
O sicut erai,PROBLEMA N. 71.
Em que se parece um actor com um pyrilampo ?ArcMmedes JuoSor.
XADREZPROBLEMA N. 99—J. H. Blackbürne. (Londres.)
Pretas (9)
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A' SOCIEDADE PROTECTORA DOS ANIMAES "~~ ||
— Horror !,..— Que belle- 9BSumpto para um quadro ! Nem de propósito 1 Mãos á obra 1.
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REVISTA DA SEMAi\A-Edição semanal illustradá do JORNAL DO BRASILPROBLEMA N. 100-K. Traxler (PragA.)
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Brancas (8) — Mate em 3 lances*^^*S/^^^^*í
Solução do problema n. 95 (Engerth)1-B 7 T D, R 3 ou 5 B-2-C 7 B etc1- ...... R 5 R-2-D 4 D x etc1- T XI G 5 C-2-D X T x etc1- T X C 7 C-2-D 4 D x etc1—...., outra—2-C 3 B x etc.
Solução do problema n. 96. (Dr. Golã)1-T 3 D, R XT-2-C2Bx etc1- ., C XT-2-C6 Bx etc1— R 4 B —2 — C 6 Tx etc1-......... P 6 B—2—B 6 C x etc.
S/V/W/S^W
Resolvidos pelos srs. Theo, Silvano, Vedo, Anto,Mlle B. E, Dr. CL, Lafs, Dr. B. C. R, (Palmyra) Alipiode Oliveira, Salvio, Jofemo, Ghèquinho e Caissano.
ERRATA
Do poblema n. 98 de Blackburne, publicado na sec-ção passada, deve ser eliminado o Cavaileiro preto.
Partida n. 30 — Giuóco Piano.Brancas (Schlechter) Pretas (Lasker)
1 P 4 P 4 R2G3BR C3BD3 B 4 B 4 B4P3B C3BR
P 4 P X PP XP B5CxG 3 CXP
Roque B Í*CP 5 G 4 T
10 P XB CXB11 D 4 P4BR12 DXPC? T 1 B R13 B 5 CXB14 G X D 3 B15 T 1 R R 1 D16 D XD TXD17 T 2 P 3 T R18 T D 1 P 3 B19 T8Rx R2B20 C 7 T 2 B21 T 8 P 4 C22' T 8 B 7 C23 Abandonam. —
CORRESPONDÊNCIA
Theo. — Agradecemos a remessa do seu problema,que será publicado no próximo numero.
A apresentação de um trabalho de tão eximio enxa-arista, não só é motivo de júbilo para a nossa columnacomo dará muito realce ao torneio desta secção.Anto. —Com muito pezar lhecommunicamos que o
seu problema continua a apresentar solução, com a jo-gada: l — G 4 D x. desc, R 4D-2-D 7 C x, R4B— 3 — C 6 R mate; accrescendo a circumstanCia que olance textual não resolve o problema na hypothese de:R4D-2-D7 Cx, R4 B, pois se3-P 4 D, P X Pen passant e não ha mate. E' preciso portanto removeresses dous pontos negativos, o que não nos parecemuito difficil.
Relativamente aos males na segunda jogada, emproblemas de três lances, a que se refere a sua carta,está geralmente estabelecido, que não constitue issogrande defeito, quando o mérito do problema é cara-cterisado por interessantes combinações em sua prin-cipal, ou principaes variantes ; comtudo, não deixa deser um senão, e como tal, só deve subsistir, quando detodo o autor do problema não pode conjural-o. Os se-etários da escola allemã admittem constantementeessas imperfeições, com a justificativa de que as pretas.são obrigadas a fazer sempre a melhor defeza.
Uma vez corrigido inteiramente, o seu problemaserá incluido no torneiro desta seccão.Um amador (Campos.) — Para principiantes, o melhor
compêndio do jogo de xadrez, é o Tratado Elementardo Conde de Basterot, c para estudos mais adiantadosas obras de E. Freeborough: Aberturas e Fins de Par-tidos. Recommendamos-lhe também a leitura do Annua-no do Jornal do Brasil, próximo a sahir á luz, o qualtratará desse assumpto.
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