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Nº 08/2012
editorial
Pedro Queiroz
Diretor-geral da FIPA
O 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, organizadopela FIPA, deixou mais uma vez uma marca de sucesso. A participaçãode oradores de elevada reputação e com provas dadas, quer no setorquer na sociedade em geral, permitiu elevar o patamar de reflexão ediscussão. Um marco importante deste evento foi a apresentação dotrabalho desenvolvido entre a FIPA e a Deloitte sob o tema "Ambição2020 - Na rota do crescimento". O resultado final deste desafio foi asistematização dos principais indicadores do setor, os desafios decompetitividade do país, as expetativas dos líderes da indústria,empresários e gestores, assim como elencar um conjunto de princípiosorientadores para uma possível Ambição 2020, que de alguma formapossa mobilizar os vários agentes, agregando vontades e contribuindopara a convergência da agenda e políticas nacionais do setor. Tendopor base um inquérito realizado pela Deloitte aos líderes de umaamostra de empresas, que no seu conjunto representamaproximadamente 40% do total do volume de negócios da indústriaagroalimentar, o cenário é positivo - cerca de 75% dos inquiridos temexpetativas favoráveis ou muito favoráveis relativamente ao futuro daindústria em Portugal. Na sua totalidade acreditam vir a crescer, sendoque as empresas de origem nacional apostam sobretudo na captaçãode novos clientes noutros mercados, enquanto as de origeminternacional estão mais focadas no mercado doméstico. Tendo comohorizonte 2020, duas em cada três empresas, têm como expetativaque mais de 25% do seu volume de negócio seja assegurado no exteriore 15% esperam mesmo que o mercado externo venha a representarmais de 50% da sua faturação. Na perspetiva das empresas, entre umtotal de 21 dimensões, em média, as que são consideradas como maiscríticas para o seu desenvolvimento passam pelo foco no Consumidor,Contexto Fiscal (carga fiscal e previsibilidade), relação com a GrandeDistribuição, Inovação e Segurança Alimentar. Para o futuro, os lideresentrevistados, destacam a necessidade de reforçar o esforço einvestimento na evolução do Contexto Fiscal (carga fiscal eprevisibilidade), apoio à Exportação e Internacionalização, Estabilidadenas Politicas Definidas pelo(s) governo(s) do país, Foco no Consumidore Contexto Legal (funcionamento e previsibilidade). Este foi mais umdesafio ganho pela Indústria Alimentar e que muito orgulha a FIPA!
ESPECIAL
5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Aimentar
1. Editorial
2. Intervenção do Presidente da FIPA
3. Resumo das intervenções dos oradores
4. Agradecimento aos patrocinadores
Nº 12/2014
O Presidente da Direção da FIPA, Jorge Tomás Henriques, abriu o
5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, com uma
intervenção onde salientou a importância deste setor para a
economia nacional e os aspetos mais positivos da sua atividade.
Na expectativa da adoção de uma nova visão política que permita
eliminar os constrangimentos que se colocam à atividade industrial,
apontou os principais problemas que o setor enfrenta.
�Bem-vindos ao 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar,
organizado pela FIPA. Competitividade e crescimento, este é o nosso
tema, esta é a nossa ambição! A indústria alimentar e das bebidas assume
hoje o incontornável estatuto de maior setor industrial do país. O seu
Volume de Negócios atinge os 14 600 Milhões de euros e os postos de
trabalho diretos ascendem a 104 000. O nível de exportações têm crescido
de forma sustentável esperando-se que no final deste ano que atinja um
novo valor record, ultrapassando os 4.250 Milhões de euros registado
no final de 2013. Fruto da parceria estabelecida com a Deloitte, à qual
desde já agradeço todo o empenho e determinação, teremos hoje a
oportunidade de ter uma radiografia detalhada deste setor e as
perspetivas dos seus mais destacados empresários e gestores num
testemunho direto e genuíno, deixando também o meu mais profundo
agradecimento a todos os que responderam positivamente a este desafio.
Este Congresso visa debater e encontrar caminhos para dar resposta a
três grandes pilares: o crescimento da economia, o foco no consumidor
e o crescimento sustentável. Estas são três variáveis que consideramos
serem conciliáveis e que irão mais uma vez diferenciar a indústria alimentar
e das bebidas.
Entendemos que a maior prioridade do nosso país é a da inversão do
ciclo de recessão em que caímos, com as duras consequências, que todos
conhecemos, para os cidadãos e para as empresas. A indústria alimentar
e das bebidas não foi exceção. Uma inimaginável retração do mercado
interno, ameaçou deitar por terra anos e anos de trabalho e investimento,
levando muitos empresários e gestores a enfrentar cenários que nem a
experiência prática nem os cenários académicos mais pessimistas tinham
traçado. No entanto, apesar das dificuldades, este setor tem-se recusado
sempre a baixar os braços. Houve empresas que arriscaram e investiram,
tentaram melhorar a qualificação dos seus recursos humanos como forma
de adaptar os postos de trabalho e reter competências, mas acima de
tudo, muitas perceberam que o mercado é global e que teriam que olhar
para o exterior como forma, diria mesmo a única forma, de crescer!
Queremos traçar uma perspetiva otimista, pois Portugal tem dado
demasiada atenção aos profetas da desgraça. Mas não podemos deixar
de lançar alguns avisos à navegação. Continuamos a viver um ambiente
de escassez de financiamento aos projetos de investimento.
Este é um problema que continua à espera de resolução e que está a
amputar a dinâmica de crescimento. Vivemos na iminência de um período
prolongado de inflação substancialmente abaixo da meta ou de deflação
e, embora o BCE tenha recentemente afastado este último cenário,
receamos que se esteja a entrar numa espiral de decréscimo generalizado
dos preços de bens e serviços que, ao contrário do que pode parecer
numa primeira análise, terá um efeito negativo na economia e irá ameaçar
a retoma e o ajustamento em curso, facto que teria um impacto ampliado
em Portugal. Assistimos a uma permanente ameaça velada de mais e
mais impostos, que nascem sob o auspício do seu impacto na saúde ou
no ambiente mas que visam apenas o engordar da receita fiscal. Mais do
que a carga fiscal, já por si estranguladora das empresas e cidadãos, teme-
-se esta permanente incerteza que afasta grande parte do potencial
investimento. A elevada taxa de IVA em várias categorias de produtos
alimentares, com enorme diferencial face à vizinha Espanha, bem como
a taxa de 23% aplicada ao setor da restauração, retira competitividade
às nossas empresa e, infelizmente, veio confirmar o cenário de retração
do consumo que a FIPA, por antecipação, traçou ao Governo. Num OGE-
2015 em que é anunciado que não haverá aumento de impostos, existem
setores agroindustriais, como é o caso do setor cervejeiro, que vê ser-lhe
aumentado o seu imposto especial de consumo (IEC) em 3%, um valor
bem acima da inflação. Este aumento vem penalizar um setor fortemente
exportador (exportou em 2013 quase 40% da sua produção), que já
contribui direta e indiretamente com quase 1000 milhões de euros em
receitas fiscais por ano para o Estado, pois possui uma cadeia de valor
FIPAnotícias | 2
Especial 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar
Intervenção do Presidente da FIPA
sediada em Portugal e uma relação muito direta com a empregabilidade
do canal HORECA. É legítimo esperar que o Governo possa ainda alterar
na especialidade este aumento fiscal e, no mínimo, faça como o Governo
espanhol que já anunciou que pelo 9º ano consecutivo, irá manter no
próximo OGE o IEC da cerveja �congelado� para promover o crescimento
da economia. Por outro lado, a economia dos bens transacionáveis não
pode continuar a pagar a economia dos bens não transacionáveis.
Mas como disse, queremos ser positivos, queremos olhar para o futuro
com confiança. Acreditamos que podemos evoluir no sentido do reforço
da cadeia de valor. Torna-se hoje imperativo continuar um trabalho já
iniciado de aproximação e diálogo entre os vários elos. Com a recente
adequação do quadro legal das práticas individuais restritivas do comércio
às novas realidades, cumpre-nos continuar o trabalho conjunto iniciado
com os nossos parceiros. É com particular agrado que anuncio que a
FIPA está a contribuir ativamente, no seio da CIP, para que seja alcançado,
a nível nacional, um código de boas-práticas eficaz, consistente e que
possa ser subscrito por todas as partes interessadas. Acreditamos na
internacionalização do setor e estamos a trabalhar nesse sentido.
Recordo que a FIPA apresentou ao Ministério da Agricultura e do Mar
uma visão que espelha a realidade das empresas e as sinergias público-
privadas que têm de ser criadas para que Portugal se afirme cada vez
mais no mercado global da alimentação e bebidas. Temos tido um papel
ativo e estamos empenhados na concertação de esforços. É necessário
trabalhar no sentido da valorização dos produtos produzidos em Portugal
e das marcas nacionais com real capacidade exportadora, porque sem
marcas fortes Portugal não conseguirá atingir as metas a que se propõe.
Acreditamos no potencial de inovação das empresas do setor. Temos
trabalhado com o Governo para o estabelecimento de uma estratégia
consistente e estamos empenhados em contribuir para a consolidação
de um cluster económico devidamente abrangente e de dimensão
nacional, no âmbito do novo processo de reconhecimento. Este é um
desafio que não pode deixar de contar com a FIPA.
Minhas Senhoras e meus Senhores,
A Federação da Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, foi criada em
1987, um ano após a adesão de Portugal à então CEE, constituindo-se
como verdadeira parceira na adaptação da indústria nacional a novas
exigências. A verdade é que 27 anos depois temos uma indústria moderna
e dinâmica, ao melhor nível do que podemos ver por esse mundo fora.
Mas temos, ao mesmo tempo, cada vez mais desafios. Ao primeiro ciclo
de adaptação à realidade europeia, seguiram-se os temas da segurança
alimentar, hoje consolidados, da alimentação, nutrição e estilos de vida,
da sustentabilidade, da resposta à crise económica e financeira, da
exploração dos mercados externos, da investigação e inovação, do
reequilíbrio das relações na cadeia de valor, entre outros. A FIPA tem
estado sempre na primeira linha de atuação! Criámos novos modelos de
gestão interna e temos vindo a crescer em número de associados e, mais
importante ainda, na representatividade que abrange hoje largamente
o setor. Soubemos estabelecer parcerias com entidades públicas,
associações profissionais, ONGs, e mundo associativo, sempre que
entendemos ser positivo para a nossa indústria. Profissionalizamos a
nossa estrutura numa perspetiva de solidez para o futuro. Assumimos
dar voz à indústria nacional a nível europeu, quer participando como
membro de pleno direito e ao mais alto nível na Confederação Europeia
da Indústria Agroalimentar (FoodDrinkEurope), quer nos consórcios de
investigação e desenvolvimento. A FIPA afirma-se assim hoje como a
principal interlocutora do setor agroalimentar. Temos vindo a acrescentar
valor à nossa indústria nas mais variadas vertentes. O nosso foco é
promover um ambiente de competitividade que sirva as nossas empresas
e consequentemente a economia nacional. Hoje o discurso político e
institucional deixou de se limitar ao �agro� e inclui já, de forma natural,
o �alimentar�. Este passo deve-se ao papel da FIPA e das empresas do
setor mas também se deve muito ao trabalho desenvolvido pela Senhora
Ministra da Agricultura e do Mar e a sua equipa durante esta legislatura.
Não posso terminar sem dirigir uma palavra de apreço ao Dr. António
Lobo Xavier ao Dr. Hélder Muteia, representante da FAO em Portugal,
pela forma imediata com que deram resposta positiva ao nosso desafio.
Ainda um agradecimento especial a todos os oradores convidados, ao
moderador, aos patrocinadores deste Congresso, aos nossos associados
e aos participantes em geral, pois só assim nos é possível prosseguir com
a tradição deste encontro de verdadeira dimensão nacional. Desejo que
o Congresso supere as melhores expectativas!
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Especial 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar
Intervenção do Presidente da FIPA (cont.)
Sessão de Abertura
A Sessão de Abertura foi marcada pelos discursos do Presidente da FIPA
Jorge Tomás Henriques, do Presidente da CIP, António Saraiva, e do
Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. António
Saraiva relatou alguns dos fatores que, no seu entender, estão a travar
o crescimento em Portugal e que só políticas públicas podem resolver,
a política fiscal: a carga fiscal reduz confiança dos consumidores e reduz
competitividade das empresas; e o Financiamento da economia: Estado
tem de liquidar dívidas às empresas, facilitar acesso ao crédito (sobretudo
PME), promover taxas de juro mais baixas, fomentar recapitalização das
empresas. Para o orador é necessário criar estabilidade e, para isso existe
uma estratégia, mas o rumo tem de ser estável e não pode ser imprevisível.
No mesmo painel José Diogo Albuquerque escolheu falar das exportações
do setor agroalimentar, um indicador que nos deixa otimistas para o
objetivo da autossuficiência em valor em 2020. Ainda segundo o Secretário
de Estado da Agricultura o Governo está a trabalhar para fazer chegar os
fundos estruturais às empresas, para simplificar processos e para privilegiar
aqueles que trabalham em conjunto.
Key-note Speaker
António Lobo Xavier referiu na sua intervenção a importância dos clusters.
Segundo este orador as empresas do setor agroalimentar estão a perceber
a riqueza das relações que estabelecem em toda a sua cadeia de valor,
do envolvimento dos diversos stakeholders de diferentes áreas e da forma
como cada um pode trazer valor ao conjunto. Agora urge saber aquilo
que se pede a cada interveniente no ambiente dos negócios: as soluções
em Portugal passam necessariamente pela UE; e é fundamental haver
estabilidade e previsibilidade na política macroeconómica e nas políticas
setoriais. Não se pode dar estabilidade, por um lado, e, por outro, manter
a incerteza através da �criatividade fiscal�. Na sua intervenção António
Lobo Xavier referiu-se ainda ao associativismo empresarial que deve ser
mais racional e participativo.
Ambição 2020 � Na Rota do Crescimento
Nuno Netto, partner da Deloitte abordou os principais indicadores da
Indústria Agroalimentar portuguesa, como a sua contribuição para a
economia, os desafios da competitividade do país e as expectativas dos
líderes da indústria empresários e gestores. Considerando todo este
contexto, na perspectiva da Deloitte, as expectativas futuras para a
indústria são positivas, no entanto, são vários os desafios que enfrenta
e são várias as iniciativas que deve realizar. Por fim, foi apresentado um
conjunto de princípios orientadores para uma possível Ambição 2020,
que de alguma forma possa mobilizar os agentes da Indústria, agregando
vontades e contribuindo para a convergência da agenda e políticas
nacionais do setor.
Especial IV Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar
Intervenção do Presidente da FIPA (cont.)Especial 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar
Resumo das intervenções dos oradores
FIPAnotícias | 4
O futuro dos Sistemas Alimentares
O Representante da FAO em Portugal, Hélder Muteia, falou da importância
dos sistemas alimentares e das relações complexas que estes sistemas
implicam e que têm de ser pensadas em conjunto. Na sua intervenção
explicou ainda que a indústria agroalimentar é fundamental na procura
de alimentos, nas matérias-primas e na eficiência de recursos. Para este
orador a tendência que o setor agroalimentar enfrenta passa quer pela
pressão da sustentabilidade e quer pela dos consumidores que são cada
vez mais quem dita as regras.
1º debate � Responder aos desafios da economia
O Diretor-geral da COTEC, Daniel Bessa afirmou durante a discussão que
concorda com investimentos que promovam o consumo, mas devem
ser dirigidos a empresas que tenham, de facto, valor acrescentado. Sobre
quem deve fazer essas escolhas o orador é perentório: a política e o
Estado. O CEO da Unicer, João Abecasis falou sobre os horizontes da
empresa que representa: os mercados externos e adiantou que em 2020,
mais de metade da produção será exportada. O CEO da Unilever, António
Casanova concentrou a sua intervenção no papel da inovação e no facto
desta ser fundamental tanto nas marcas premium como nas marcas mais
económicas. O presidente da SOVENA, António Simões exaltou o facto
de terem passado dos 10 milhões de consumidores para 60 milhões o
que acabou por dar à empresa a hipótese de pensar a outro nível, fazer
outras escolhas e tomar outras decisões.
2º debate � Responder aos desafios dos consumidores
O Diretor Executivo da GS1 Portugal, João Castro Guimarães falou sobre
o trabalho que estão a desenvolver a pensar na facilidade de acesso e
centrado no consumidor, tendo sempre como base a informação dos
retalhistas e fabricantes. O orador adiantou ainda que os consumidores
terão cada vez mais informações sobre o que compram. Quanto a
retalhistas e fornecedores, estes também terão acesso a informações
sobre produtos em todo o mundo. O Diretor-geral da Nestlé Portugal,
Jacques Reber centrou a sua intervenção na importância da inovação,
aliás o empresário acredita que só através deste atributo é possível crescer
em Portugal. Na empresa a inovação é feita de forma global, no entanto
afirma que é necessário manter a capacidade de inovação a nível local.
O Diretor de Marketing Estratégico da Sumol+Compal, Miguel Garcia
falou de tendências, e inovação afirmando que o mercado se destruturou
e atualmente os consumidores estão à procura de novas aspirações
através das marcas. Para o orador nestes momentos, o mais difícil e
importante é percebermos o que é apenas passageiro e o que é estrutural
e atuar através da inovação. O compromisso com os consumidores é
renovado exatamente através da inovação. A Diretora de Marketing e
Comunicação da McDonald�s Portugal, Inês Lima também centrou a sua
intervenção no termo inovação. A McDonald�s Portugal tem inovado
através da introdução de elementos portugueses nos seus produtos e
mais próximo do imaginário e hábitos dos portugueses.
Especial 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar
Resumo das intervenções dos oradores (cont.)
FIPAnotícias | 5
3º debate� Responder aos desafios da sustentabilidade
A Presidente do Conselho de Administração da Raporal, Cristina Sousa
chamou a atenção dos convidados para o extremo rigor e cuidado que
existe numa exploração pecuária. Referiu que a maioria dos consumidores,
por exemplo não tem noção dos cuidados de higiene que existem numa
simples operação numa exploração deste tipo. O representante da Fileira
do Pescado Manuel Tarré, falou da inesgotabilidade dos recursos
marítimos e de um progressivo aumento do consumo de peixe, aumento
esse que tem sido proporcional à informação dada aos consumidores,
isto é, quanto mais informado está o consumidor sobre os benefícios do
pescado mais este produto é consumido. O Administrador delegado da
Cerealis Rui Amorim de Sousa, focou a sua intervenção no facto da
sustentabilidade e da competitividade estarem intimamente relacionadas.
Para o empresário a sustentabilidade tem sido sempre uma preocupação
das empresas, porque disso está dependente o seu futuro. Lembrou
ainda que os preços da energia têm ditado o fim de muitas indústrias.
O Diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Central de Cervejas,
Nuno Pinto Magalhães explicou que para a empresa que representa a
sustentabilidade passa inequivocamente pela inovação e que esta
representa 15% da faturação da empresa.
Conclusões e Encerramento
O V Congresso da FIPA foi encerrado pelo seu presidente, Jorge Tomás
Henriques e pelo Secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo
Mathias. O representante do governo falou sobre o caminho sólido de
recuperação económica e de crescimento que Portugal já está a percorrer
e que assenta em três motores fundamentais: exportações, consumo e
investimento. Neste contexto, Leonardo Mathias explicou o contributo
da Indústria Agroalimentar, os pontos fortes do setor e os desafios para
o futuro. A sua intervenção terminou referindo que o Governo está
empenhado na ajuda à internacionalização das empresas portuguesas.
Especial 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar
Resumo das intervenções dos oradores (cont.)
FIPAnotícias | 6
Agradecimento aos
patrocinadoresA Direção da FIPA agradece a entusiasta adesão de várias empresas do setor
como patrocinadoras do 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar.
Apesar dos momentos adversos que estamos a atravessar, foi possível manter
o nível de apoios registado em edições anteriores e só assim foi possível realizar
o Congresso com a projeção merecida e com autossuficiência financeira.
Recebemos já algumas notas de reconhecimento do retorno obtido. A todos
aqueles que tornaram possível esta iniciativa, o nosso bem-haja!
No Congresso lançámos a:
Daremos novidades em breve!
agenda
Ficha Técnica:
FIPAnotícias | 7
FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agro-AlimentaresRua da Junqueira, 39 - Edifício Rosa - 1.º Piso1300-307 LisboaTelef: (351)217 938 679 | Fax: (351)217 938 537E-mail: info@fipa.pt | www.fipa.pt
Director: Pedro Queiroz
Redacção: Catarina Dias Margarida Bento
Formação �Rotulagem dos Géneros Alimentícios�
Data: 19 de novembro de 2014
Local: Lisboa
Organização: FIPA
Telefone: 217 938 679
Website: www.fipa.pt
E-mail: formacao@fipa.pt
PortugalAgro
Data: 20 a 23 de novembro de 2014
Local: Lisboa
Organização: FIL
Telefone: 218 921 543
Website: portugalagro.fil.pt
E-mail: sandra.tereso@aip.pt
Formação �Alegações nutricionais e de saúde�
Data: 26 de novembro de 2014
Local: Lisboa
Organização: FIPA
Telefone: 217 938 679
Website: www.fipa.pt
E-mail: formacao@fipa.pt
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