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EJA E A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAIS
Profa. Angela Maria dos
Santos- SEDUC
Pensamento Racial brasileiro
Mito da Democracia Racial
Teoria do branqueamento
Preconceito de Marca
AS DIMENSÕES DO PRECONCEITO RACIAL NO
BRASIL
MORALINTELECTUAL
ESTÉTICOCULTURAL
RELIGIOSO
As desigualdades entre negros e não negros na
Educação:
� Decreto n. 1331/1854 – estabelecia que as escolas publica do país não seriam admitidos escravos e a previsão de instrução para adultos negros só podiam da disponibilidade de professores;podiam da disponibilidade de professores;
� Decreto n. 7.031 –A/ 1878 – estabelecia que negros só podiam estudar no período noturno;
� As escolas de Instrução: instruir a população pobre, negra para atender o mercado como mão-de-obra.
Desigualdades Raciais no Brasil
� �o Brasil, os negros têm sempre menos
daquilo que se considera socialmente
desejável, e mais do que é considerado
indesejávelindesejável
� Assim, por exemplo, negros têm uma taxa de
analfabetismo maior - obviamente algo
indesejável; e quando se inserem no mercado de
trabalho têm menores chances de conseguirem um
posto de trabalho cujo vínculo empregatício seja
formalizado - o que é desejável (SALDANHA)
� Todavia, qualquer um que tenha se dedicado ao
estudo do problema via abordagens quantitativas
envolvendo uma perspectiva temporal, sabe que
tal tese não se sustenta
� Foram em especial os trabalhos de Nelson do
Valle Silva e de Carlos Hasenbalg que Valle Silva e de Carlos Hasenbalg que
contribuíram para sepultar definitivamente
qualquer pretensão neste sentido: mesmo ao se
comparar negros e brancos com situações
socioeconômicas semelhantes, as desigualdades
persistem, ainda que amenizadas
� Porém, as desigualdades entre negros e brancos
nem sempre foram vistas como sendo raciais
� Durante muito tempo, considerou-se que tais
desigualdades se deviam ao fato de que negros
estavam mais representados nas camadas mais
pobres, sendo portanto desigualdades de CLASSE,
e não raciais.
� Assim, o progresso e o desenvolvimento
econômico contribuiriam, ao longo do tempo, para
reverter tal situação
(SALDANHA)
� O fato de que os negros se encontram sempre em maior proporção à medida que consideramos os estratos progressivamente mais pobres tem uma implicação importante: SEJA QUAL FOR A LINHA DE POBREZA ADOTADA, SE SUA APROXIMAÇÃO FOR REALIZADA POR INSUFICIÊNCIA FOR REALIZADA POR INSUFICIÊNCIA DE RENDA, OS NEGROS SERÃO SOBRE-REPRESENTADOS ENTRE OS POBRES NO MATO GROSSO -assim como acontece ao considerarmos o Brasil inteiro, ou qualquer outra unidade da federação
Os economistas, ao se dedicarem ao
estudo dos diferenciais de rendimentos,
consideram que o salário das pessoas é
fruto de algumas características dos
trabalhadores e de suas ocupações,
como:
•O nível de qualificação (Educação);•O nível de qualificação (Educação);
•O setor da atividade econômica;
•O tipo da ocupação;
•A região em que se encontra o
trabalho;
•A idade e o sexo do trabalhador;
•Sua raça
� Suas conclusões foram as de que os negros
sofrem mais nas duas primeiras etapas:
• Na formação/qualificação é onde sofrem mais - o
que quer dizer que é na escola que se produz a maior
parte das desigualdades que se traduzirão em
diferenciais futuros de remuneração
• Ao entrar no mercado, negros tendem a ir
desempenhar as piores ocupações nos piores setores
da atividade econômica: aquelas que pagam menos,
que exigem menos qualificações, que têm vínculos
empregatícios menos seguros, e eventualmente as
que envolvem trabalhos perigosos para a saúde
As implicações futuras deste quadro são óbvias: a desigualdade entre negros e brancos no MT tende a se reproduzir, a despeito do aumento do nível global de escolarização, pois os brancos vão mais longe em suas trajetórias educacionais do que os negros.
O contexto histórico das demandas da diversidade:
Gênero, raça/etnia, orientação sexual, religião e classe social são algumas das variáveis que se
impõem contemporaneamente conformando novos sujeitos políticos que demandam ao novos sujeitos políticos que demandam ao
Estado e à sociedade por reconhecimento e políticas inclusivas.
Sueli Carneiro
1- lei 10.639/03
Orientações curriculares nacionais...
Por que a diversidade na EJA?
Para Gomes (2005), as políticas educacionais deve
contemplar a EJA, como garantia de atender de
forma igualitária e democrática a juventude e os
adultos, observando as questões étnico-raciais de adultos, observando as questões étnico-raciais de
gênero, geração, de sexualidade e outras.
Quando crianças e adultos são
educados em ambientes que
positivam a diversidade, não
odeiam raças, sexos, odeiam raças, sexos,
orientações sexuais ou
crenças religiosas diferentes
da sua.
A diversidade de conhecimentos no contexto escolar, em todos os níveis de ensino, fará bem ao Brasil. No país a educação tem treinado gerações inteiras para o racismo, o sexismo, a homofobia, para o racismo, o sexismo, a homofobia, a intolerância religiosa e outras formas correlatas de opressão(VILMA REIS)
� Na EJA como nas demais modalidade de ensino
a diversidade está presente, marcando o
contexto educacional dos/as alunos/ascontexto educacional dos/as alunos/as
Que relação esses fatos e legislação tem com as
desigualdades racias na EJA.
� Origem étnico-racial dos alunos/as da EJA;
� Origem sócio-economica;
� Trajetória escolar dos alunos da EJA;� Trajetória escolar dos alunos da EJA;
� As perspectiva dos alunos e o mundo do
trabalho;
�
Dialogando sobre as desigualdades raciais na Eja
� O contexto educacional da EJA deve ser
analisado pelos vies:
- desigualdade socio-ecomica;- desigualdade socio-ecomica;
- desigualdade etnico-racial
Currículo e Diversidade etnico-
racial na EJAracial na EJA
“Para garantir a permanência na escola de quem a
ela retorna; necessita, ainda,construir condições
de acompanhamento coletivo do processo de
envolvimento e aprendizagem dos estudantes, o
que pode ocorrer com reuniões pedagógicas
constantes, nas quais o projeto pedagógico é
discutido e reorganizado com o olhar de todos. O discutido e reorganizado com o olhar de todos. O
trabalho realizado a partir dessa concepção se
fundamenta inteiramente nos sujeitos envolvidos
nesse processo de ensino e aprendizagem coletivo,
tanto estudantes quanto educadores/as aprendem e
ensinam, respeitam e são respeitados em suas
diferenças.” (Orientações MEC/SECAD, 2007)
Os currículos escolares existem para preparar educandos para serem cidadãos ativos e críticos, na Educação de Jovens Adultos.
O QUE FAZER PARA INCLUIR DIVERSIDADE etnicorracial?etnicorracial?
Conteúdos curriculares
� Quais as necessidades sociais desta
comunidade escolar?
� Como as areas de conhecimento devem
organizar/trabalhar os conteúdos?organizar/trabalhar os conteúdos?
� Quais as exigências dos saberes científicos
e tecnológicos?
� Qual metodologia trabalhar?
� Como avaliar?
Orientações� Abordar as manifestações culturais tradicionais presentes na
comunidade e dialogar a memória desses sujeitos enquanto trabalhadores rurais, seus grupos, a herança musical das famílias dos(as) jovens;
� as visões de mundo que os fortalecem para o enfrentamento diário contra o racismo existente na sociedade em que se inserem; inserem;
� a posição que os(as) jovens gera em confronto com a modernidade;
� utilizar esse manancial cultural para as aulas: letras das músicas, os cantos, os ritmos etc.
� Buscar, organizar e sistematizar mecanismos que possam utilizar os movimentos culturais de rua dos(as) jovens – suas realizações com o corpo, com a música, com as artes plásticas, com a comunidade. (Orientações SECAD/MEC,2007)
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