embalagens de produtos hortifrutÍcolas … · em 1985, iniciou-se o declínio do sistema e as...
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EMBALAGENS DE PRODUTOS
HORTIFRUTÍCOLAS “IN NATURA”:
DESCRIÇÃO DE UM MODELO
LOGÍSTICO REVERSO NAS CENTRAIS
DE ABASTECIMENTO (CEASAS)
Rosani de Castro (UNESP)
rosani@feb.unesp.br
Plinio Silvio Julioti (UNESP)
psilvio@gmail.com
As Centrais de Abastecimento (CEASAs) foram desenhadas sob a ótica
da organização e da regulação do mercado fornecedor de alimentos
básicos, visando o abastecimento dos grandes centros com volumes e
sem diferenciação de produtos. O mercado de hortifrutícolas carece
de embalagens paletizáveis, modulares (adequadas para diferentes
produtos), limpas e baratas. Se retornáveis, com garantia de retorno,
desinfecção, de disponibilidade e quando vazias, não entrem em
comercialização. Este artigo tem como objetivo descrever e analisar o
modelo de logística reversa de embalagens de produtos hortifrutícolas
“ïn natura” nas CEASAs, através de uma pesquisa qualitativa, focando
a análise, inicialmente, nas interpretações dos dados obtidos no estudo
de caso da CEASA de Uberlândia (MG).
Palavras-chaves: reciclagem, logística reversa, meio-ambiente
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão.
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
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Seção 1.01
1. Introdução
O setor distribuidor de hortifrutícolas é composto por empresas atacadistas e pelas CEASAs -
Centrais de Abastecimento, que são empresas estatais ou de capital misto destinadas a
promover, desenvolver, regular, dinamizar e organizar a comercialização de produtos em uma
região, na qual esta esteja inserida.
Para as pequenas empresas, as CESASs ainda são as grandes responsáveis pela distribuição
dos legumes em geral. Para as frutas a situação não é muito diferente, pois a CEASA continua
sendo a grande fornecedora, tanto de frutas nacionais como de importadas. No caso do
produto hortifrutícola, já há uma parcela significativa de supermercados comprando da
CEASA e diretamente do produtor.
Segundo Mourão (2007), as CEASAs foram criadas pelo Governo Federal em 1972, e foram
desenhadas sob a ótica da organização e da regulação do mercado fornecedor de alimentos
básicos, visando o abastecimento dos grandes centros com volumes e com uniformidade de
produtos, com o objetivo de sanar problemas de estrangulamento no sistema de
comercialização, problema este, advindo da década de 60.
A comercialização de hortifrutícolas ficou concentrada nas CEASAs das principais capitais
brasileiras até a década de 1980, e à medida que as cidades do interior começaram a crescer,
os governos estaduais tiveram que investir também na criação de entrepostos nessas regiões.
Em 1985, iniciou-se o declínio do Sistema e as discussões sobre a privatização das empresas,
as CEASAs passaram a fazer parte da lista de privatizáveis e o setor hortifrutícola deixou de
receber do Governo Federal a atenção e o reconhecimento de sua importância. Diante desse
panorama, cada estado ou município passou a conduzir sua CEASA como melhor lhe
aprouvesse, e assim, perdendo-se assim, a idéia do sistema existente até então.
As CEASAS ainda tentam sobreviver desempenhando a mesma função e com basicamente a
mesma infra-estrutura para as quais foram criadas na década de 1970. No entanto, a cada ano,
verifica-se nas CEASAs, grande fragilidade do produtor na comercialização, inexistência de
um elo atuante coordenador da cadeia e, pela melhoria das embalagens destes produtos,
causando grandes perdas de alimentos.
Segundo Cunha (2008), o atual sistema das CEASAS movimenta cerca de 14 milhões de
toneladas de produtos hortigranjeiros e a movimentação financeira supera a casa dos US$ 10
bilhões anuais, considerando-se os produtos e serviços que comercializados. Supera o valor da
soma das vendas das duas principais redes varejistas do mercado brasileiro: o Pão de Açúcar
e o Carrefour.
A necessidade da existência e da adoção de padrões de qualidade, bem como da melhoria de
embalagens na cadeia de produtos hortifrutícolas frescos, sempre se fez presente. Com o
intuito de sanar as deficiências do processo, entidades públicas e privadas se articularam ao
longo dos anos conforme segue:
Portaria no.
127 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAA) de 04 de outubro
de 1991, normatizou as dimensões e as matérias-primas das embalagens utilizadas pelo
mercado, entretanto, não foi sufuciente por não levar em conta as necessidades do produto,
e por impedir que o setor acompanhasse as inovações do mercado, uma vez que, o material
e as medidas das embalagens eram padronizadas.
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Reuniões realizadas no Ministério da Agricultura e Abastecimento com técnicos e
representantes de todos os elos da cadeia de produção, apresentaram ao Ministro da
Agricultura uma nova proposta de normatização da embalagem, no início do 2o. semestre
de 2.000. A proposta era estabelecer normas gerais e dividir as categorias de embalagens
em retornáveis (com obrigatoriedade de desinfecção) e descartáveis (incentivando a
reciclágem, ou a incinerabilidade limpa).
Em 12 de novembro de 2002, foi instituída pelo Instituto Nacional de Metrologia
(INMETRO), pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Secretaria
de Apoio Rural e Cooperativismo (SARC), a Instrução Normativa nº.09, regulamentando o
acondicionamento, o manuseio dos produtos hortifrutícolas“in natura” em embalagens
próprias para a comercialização, visando a proteção, conservação e integridade dos
mesmos. Seu principal foi a exigência de que as embalagens retornáveis devem ser íntegras
e higienizadas, sem, no entanto, especificar o material das mesmas.
O Decreto 5.940 de 25 de outubro de 2006, do Governo Federal, instituiu a separação dos
resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal
direta e indireta na fonte geradora e a sua destinação às associações e cooperativas dos
catadores de materiais recicláveis.
O Decreto 6.268 do governo federal de 22.11.07, regulamentou a Lei n. 9.972 de 25 de
maio de 2000, que instituiu a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos econômicos. Uma das grandes mudanças neste Decreto, foi a responsabilização
dos atacadistas e varejistas pela reciclagem das embalagens descartáveis e pela
higienização das embalagens retornáveis.
Atualmente, os produtos comercializados nas CEASAs, não obedecem às normas
estabelecidas, um problema já muito antigo antigo. A criação de um sistema nacional de
caixas ainda é um projeto embrionário, e começa a ser discutido entre vários representantes de
entrepostos de alimento do Brasil. Algumas CEASAs estão adiantadas em relação à
implantação do Banco de Caixas, seguindo o modelo do projeto desenvolvido pelos técnicos
da CEAGESP-Comapnhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.
A CEASA de Uberlândia (MG) é uma dessas centrais de abastecimento que utiliza esse
modelo de banco de caixas, onde os produtores de hortigranjeiros e os compradores dos
produtos adquirem créditos que lhes garantem as condições de retirada das embalagens na
central de distribuição. O modelo propõe a adoção de caixas plásticas em substituição às de
madeira e inclui também, uma central de higienização que funciona nas proximidades da
central de abastecimento, onde são descontaminadas cerca de 25 mil caixas de plástico por
dia, dentro das normas de proteção ambiental e segurança.
Este trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de modelo logístico reverso das
embalagens hortifrutícolas, de forma a melhorar o aspecto sanitário e ambiental, otimizando
os recursos logísticos do sistema.
2. Revisão da Bibliografia
2.1. Logística Empresarial e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
Segundo Gomes & Ribeiro (2004), logística é o processo que gerencia estrategicamente a
aquisição, a movimentação e o armazenamento de materiais, de peças e de produtos
acabados, sua organização e dos seus canais de distribuição de modo a poder maximizar a
lucratividade da empresa e o atendimento e satisfação dos clientes a baixo custo.
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Para Ballou (2006), a logística é o processo de planejamento, de implantação e de controle
do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, dos serviços e das informações, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências do cliente.
Apesar de ter sua origem há muitos anos atrás, na área militar, e ter seus primeiros registros
por volta do ano de 1800, nos escritos do engenheiro francês Julie Dupuit, ela somente teve
verdadeira ênfase no Brasil por volta de 1990, após a abertura de mercados.
Normalmente uma empresa não possui o controle do fluxo produtivo no canal todo, desde a
aquisição de matéria-prima até a entrega ao cliente. Dois canais de distribuição física distintos
existem nesse processo: o canal de suprimento físico que é o hiato de tempo e espaço entre as
fontes de material até o processamento do mesmo, e o canal de distribuição física que se
refere ao hiato de tempo e espaço entre os pontos de processamento da empresa e seus
clientes. Todas estas atividades estão integradas na logística empresarial, e o gerenciamento
desta, é conhecido como Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain
Management (SCM).
Conforme Christopher (1997), o conceito de SCM é entendido como a gestão e a coordenação
dos fluxos de informações e de materiais entre a fonte e os usuários, como um sistema de
forma integrada.
Wanke et al. (2003), definem SCM como uma tarefa mais complexa que a gerência logística
dos fluxos de produtos, de serviços e de informações relacionadas entre o ponto de origem e o
ponto de consumo, ou seja, a estratégia logística é necessária no gerenciamento da cadeia de
suprimentos, mas esta além da gerência logística, visa uma maior integração das atividades
das organizações, além do estabelecimento de relacionamentos confiáveis e duradouros com
os clientes e os fornecedores. Entretanto, o SCM não termina com a simples entrega do
produto ao consumidor final, também se preocupa com o fluxo reverso desses bens, uma vez
que as organizações hoje atuam num mercado global, onde as exigências dos fornecedores e
dos clientes quanto às questões ambientais se multiplicam, tornando-se um fator de peso nas
negociações.
2.2. Logística Reversa
O avanço da tecnologia gerou um aumento do nível de descartabilidade dos produtos em
geral, acelerando a obsolescência dos mesmos. Como conseqüência, há um desequilíbrio entre
as quantidades de resíduos descartadas e as reaproveitadas, tornando o lixo urbano um dos
mais graves problemas da atualidade. Isso se dá porque muitas vezes não existem canais de
distribuição reversos devidamente estruturados e organizados nas empresas
Stock (1998:20 apud LEITE, 2003), comenta que a logística reversa refere-se ao papel da
logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição e reuso de
materiais, disposição de resíduos, reforma e reparação de manufatura.
A logística reversa de pós-venda é a área de atuação que se ocupa do equacionamento e
operacionalização do fluxo físico e das informações de bens de pós venda, sem uso, ou com
pouco uso, os quais, por diferentes motivos, retornam aos elos da distribuição direta com o
objetivo de agregar valor a um produto, que é devolvido por razões comerciais diversas, tais
como: erros no processamento de pedidos, garantia pelo fabricante, defeitos, avarias no
transporte, entre outros motivos. LEITE (2003).
Leite (2003) define ainda, que os bens de pós-consumo são os produtos em fim de vida útil,
ou usados com possibilidade de reutilização, como é o caso das embalagens de hortifrutícolas.
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O objetivo estratégico destes produtos é agregar ao proprietário de origem, valor de um
produto constituído de bens inservíveis, ou que ainda, possuam condições de utilização, após
descarte, terem atingido o fim da vida útil. Esses produtos de pós-cosumo poderão se originar
de bens duráveis ou descartáveis, além de fluir por canais reversos de reuso, desmanche,
reciclagem e até destinação final.
Como pode se observar na Figura 1, a logística reversa se utiliza das mesmas atividades da
logística direta.
Fonte: Adaptado de Rogers &Tibben-Lembke (1999)
Figura 1 – Gerenciamento da SCM direta e reversa
Para Bowersox e Closs (2001), as necessidades da logística reversa também se originam das
legislações que proíbem o descarte indiscriminado de resíduos no meio ambiente incentivando
a reciclagem. O aspecto mais importante da logística reversa é a necessidade de um máximo
controle, quando existe uma possível responsabilidade por danos à saúde humana.
2.3. Ciclo de Vida de Embalagens
De acordo com Bjöörn (1990 apud BRAMKLEV et al., 2001), o custo da embalagem situa-se
entre 5 e 10% dos custos logísticos de um produto, para Lancioni e Chandran (1990 apud
BRAMKLEV et al., 2001), estes mesmo custos representam cerca de 8%, podendo oscilar
entre 15 e 20% dos custos logísticos em operações de exportação.
Packforsk (2000 apud BRAMKLEV et al., 2001), descreve que a embalagem logística tem o
objetivo de desenvolver embalagens e sistemas de embalagens para suportar os objetivos
logísticos de forma a criar o benefício de produtos em termos de tempo, e de espaço, a fim de
estabelecer a amizade com cliente.
Segundo a Associação Brasileira de Embalagem – ABRE (2006), a abordagem de ciclo de
vida (ACV), é usada para identificar os aspectos e impactos ambientais que ocorrem durante o
ciclo de vida completo da embalagem (desde a extração da matéria-prima, fabricação, uso e
seu descarte), auxiliando assim na definição das diretrizes do projeto de melhorias ambientais.
Para Kotler (2000), a ACV de um produto é dividida em quatro estágios: Introdução,
Crescimento, Maturidade e Declínio (Figura 2).
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Introdução é um período de baixo crescimento em vendas, uma vez que o produto esta sendo
introduzido no mercado. Não existem lucros neste estágio, devido às pesadas despesas com a
introdução do produto. O Crescimento é um período de rápida aceitação no mercado e de
melhoria substancial dos lucros. A Maturidade é um período de baixa no crescimento de
vendas, pois, o produto já conquistou a aceitação da maioria dos compradores potenciais, e os
lucros se estabilizam ou declinam, devido à competição acirrada. O Declínio é o período em
que as vendas mostram uma queda vertiginosa e os lucros desaparecem.
Figura 2 - Ciclo de vida do produto
Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matéria-prima,
de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também
outros custos que estão relacionados ao gerenciamento do seu fluxo reverso como um todo.
É importante considerar todos os estágios do ciclo de vida da embalagem, bem como
conhecer como estas podem afetar o meio ambiente nestes diferentes estágios. Deve-se
garantir que qualquer melhoria efetuada num determinado estágio do processo fabril ou na
estrutura da embalagem não venha, mesmo que involuntariamente, gerar impacto ambiental
em outros estágios.
Conforme CETEA/CEMPRE (2002), em sistemas retornáveis para alimentos e bebidas é
necessário higienizar as embalagens primarias e secundarias entre os ciclos de uso, por razões
de segurança alimentar. Dessa forma, devem ser considerados o gasto energético e o consumo
de água para lavagem das embalagens entre os ciclos de uso. Por meio da ACV, é possível
prolongar a vida da embalagem e do produto, proporcionando formas de reutilização e
aproveitamento, reduzindo a necessidade de extração de novos recursos naturais.
3. Classificação das Embalagens
Segundo a ABRE (2006), a embalagem descartável pode ter uma estrutura menos robusta,
requerendo menos matéria-prima em sua composição e energia para o seu processamento, o
que implica em ganho ambiental. Por ser descartada após o consumo do produto, esta
embalagem deve prever formas de desmontagem e reciclagem ou reaproveitamento das
matérias-primas utilizadas em sua estrutura.
Leite (2003) enfatiza que as embalagens descartadas pela sociedade apresentam uma
considerável negativa „Visibilidade ecológica‟ em alguns centros urbanos, devido ao grande
crescimento de sua utilização, sendo muitas vezes dispostas impropriamente, gerando
poluição mas, oferecendo ao mesmo tempo, importantes oportunidades econômicas.
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Para ABRE (2006), a embalagem retornável é aquela que retornará à indústria para reenvase
do produto. Esta deverá passar pelas etapas de transporte da logística reversa e pelo processo
de lavagem e esterilização. A sua estrutura e tecnologia, de abertura e fechamento, deverão
prever o reacondicionamento de produtos em escala industrial.
Embalagem reutilizável é a embalagem que poderá ser reaproveitada pelo consumidor para
o acondicionamento de outros produtos, devendo possuir estrutura adequada para
proporcionar a sua reutilização, com segurança.
Em síntese, a embalagem ideal é aquela que melhor atende a proposta do produto que nela
esta acondicionado. Para isto deve ser estudado o seu posicionamento em todas as etapas:
produção, distribuição, comercialização, consumo e destinação final. O importante é justificar
a decisão e tê-la embasada na proposta real de vida do produto.
4. Tipos de Embalagens Hortifrutícolas
Existem no mercado de hortifrutícolas vários tipos de embalagens de diferentes materiais e
modelos, sendo os principais: madeira, papelão ondulado e plástico.
4.1 Caixas de Madeira
Silva (2006) salienta que este tipo de embalagem é amplamente difundida utilizando a
madeira na sua confecção. As principais vantagens dessas embalagens são: baixo preço e
elevada resistência, além de proporcionarem ampla e generalizada reutilização, chegando a
cinco o número de reutilizações. Como desvantagens: não permitem a unitização da carga,
são pesadas, sujas, de má aparência, além de machucar o produto, acarretando perdas e
contaminações. Cabe ressaltar ainda, que a madeira como matéria prima das caixas, consiste
na absorção da água dos produtos hortifrutícolas lavados e, sem secagem adequada, chega a
representar 37% do peso da embalagem, aumentando os riscos para a saúde do operador do
ponto de vista ergonômico. A figura 3 apresenta as embalagens mais tradicionais como: a
caixa M, a caixa K, o torito e o engradado.
Fonte: Silva (2006)
Figura 3 - Caixas de madeira
4.2 Caixas de Papelão
Silva (2006), descreve que os varejistas são quase sempre o ponto final do grande volume de
embalagens de papelão, fator este que facilita a coleta e revalorização destas embalagens. Nas
CEASAs essas embalagens são largamente usadas no acondicionamento de frutas, produtos
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com valoração maior, que permitem os custos relativamente altos da unidade de caixa.
Permitem a unitização da carga, são auto-expositivas, diminuem significativamente o
manuseio do produto e possibilitam também a utilização do marketing visual. Apresentam
como desvantagem além do custo, a necessidade do controle do teor de água remanescente da
lavagem das frutas para manter a sua estrutura íntegra.
4.3 Caixas Plásticas
Além de oferecerem maior durabilidade, resistência e permitirem a paletização, as caixas
plásticas também contribuem para reduzir o desperdício de hortifrutícolas por terem um
melhor acabamento, sem apresentar arestas que podem machucar o produto e por permitirem
fácil lavagem, higienização e não absorverem água, dificultando a proliferação de
microorganismos. As caixas de plástico, apesar de serem mais caras, trazem benefícios a
longo prazo pela possibilidade de reutilização, seu custo de aquisição vai sendo amortizado ao
longo da vida útil, sendo uma opção muito vantajosa na maioria das situações (SILVA, 2006).
Fonte: Silva (2006)
Figura 4 - Caixas plásticas
A Tabela 1 apresenta de forma resumida as características dos principais tipos de caixas
existentes no mercado.
CAIXAS DE MADEIRA CAIXAS DE PAPELÃO CAIXAS PLÁSTICAS
Não paletizáveis
(geralmente) Paletizáveis (geralmente) Paletizáveis (geralmente)
Grandes e pesadas para
empilhamento
Resistentes e com
tamanhos adequados
Relativamente leves e
resistentes
Maior mão de obra para
manuseio
Baixo número de Mão de
obra
Baixo número de Mão de
obra
Descartáveis Descartáveis Reutilizáveis
Ocupam muito espaço
(packing house)
Ocupam pouco espaço
(montadas na hora)
(packing house)
Ocupam espaço
(packing house)
Elevado nível de perdas
do produto Perda zero (descartáveis)
Baixo nível de perdas do
produto
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Média ventilação Baixa ventilação Alta ventilação
Alto custo Alto custo Baixo custo (por
operação)
Baixo custo de retorno
(descartáveis)
Baixo custo de retorno
(descartáveis)
Alto custo de retorno
(reutilizáveis)
Difícil Higienização Higiênicas (descartáveis) Fácil Higienização
Fonte: Silva (2006)
Tabela 1 - Características dos tipos de caixas
5. Central de Embalagens
A proposta da Central de Embalagens teve um forte apoio no projeto de planejamento
estratégico, do CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP.A Central de
Embalagens aluga a embalagem plástica através de um contrato mínimo de 24 meses,
armazena, higieniza e repara as caixas vazias, sua viabilização teve um grande sucesso no
mercado varejista. Grandes redes como o Pão de Açúcar, o Sé, o Carrefour, o Wall-Mart
exigem dos seus fornecedores a utilização das caixas plásticas da Central de Embalagens.
Para uma maior garantia, exigem do fornecedor a apresentação do contrato de aluguel do
número de caixas necessárias no fluxo adequado de caixas. Esse número chega a até cinco
vezes o volume de cada entrega.
Gutierrez (2000), justifica que esse sistema de caixas possui ainda muitos problemas:
a) A caixa não pode ser adquirida só alugada, mesmo que o comprador da caixa tenha
produção de apenas alguns dias no ano, ele continua tendo que pagar o aluguel de 24
meses;
b) O locatário das caixas fica responsável pela administração do retorno das caixas; o que
pode onerar o mesmo em situações de perda ou, quebra das caixas;
c) As caixas não estão sendo higienizadas, conforme foi proposto no projeto. Onde o aluguel
da caixa garantiria todas as desinfecções necessárias, a CE cobra pela desinfecção. Caso
as desinfecções não sejam efetuadas, haverá mais um agravante: a caixa plástica dura
mais, permitindo que os meandros microscópicos do plástico acumulem mais sujeira. O
que se tem percebido no mercado hortifrutícola é a substituição gradativa da caixa de
madeira pela de plástico.
d) O custo do aluguel da caixa é muito alto, com aproximadamente seis meses de aluguel, é
possível adquirir uma boa caixa nova;
e) Algumas grandes redes estão realocando a caixa e repassando para o fornecedor com uma
boa margem de lucro;
f) Excessiva demora na retirada da caixa vazia do grande varejo;
g) O volume elevado de caixas alugadas exigido pelo varejo, até cinco vezes o volume de
cada entrega: Tal operação serve de “pulmão” para as grandes redes;
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h) As dificuldades e o custo da administração das embalagens são encargos do fornecedor. A
maioria do produto embalado em caixas plásticas, chega ao mercado em caixas
reutilizáveis, sendo repassadas pelo atacadista antes de ser entregue ao varejo. O manuseio
desnecessário aumenta as perdas e diminui a vida de prateleira do produto.
O mercado hortifrutícola carece de embalagens paletizáveis, modulares, adequadas para
diferentes produtos, limpas e baratas. Se retornáveis, com garantia de retorno e desinfecção,
com disponibilidade garantida. Quando vazias, não devem entrar na área de comercialização.
Surgiu face à necessidade de aprimoramento da CE surgiu o projeto do Banco de Caixas (BC)
da CEAGESP.
O projeto do BC teve início na CEASA-Campinas, que por problemas internos, ainda não está
operando. Os parâmetros da idéia inicial são:
O vale-caixa e o depósito de caixas são os alicerces do BC que é o responsável pela venda
e pela garantia do Vale-Caixa;
O sistema oferece uma variedade de caixas paletizáveis e modulares de diferentes
tamanhos. A caixa deverá permitir a sua identificação individual através de um código de
barras ou de alguma tecnologia de tipo RFID (Radio-Frequency Identification), medida
esta, que surge como idéia futura;
Qualquer pessoa que adquirir um vale-caixa torna-se proprietário de uma caixa, podendo
retirar ou negociar a caixa no momento que lhe aprouver, pois o vale caixa não tem data de
vencimento;
O BC é responsável, 24 horas por dia, pela disponibilidade, manutenção e higienização
adequada de caixas vazias. Na prática, quem adquiri um vale-caixa é dono de uma caixa
virtual, com garantia de disponibilidade;
O vale-caixa é utilizado como moeda no BC. Cada um dos usuários na retirada de uma
caixa, precisa entregar um vale-caixa e na entrega de uma caixa receberá um vale-caixa;
Deverá ser possível a recompra do vale-caixa com um lastro-caixa e o vale-caixa só poderá
ser emitido na primeira venda da caixa;
O BC não precisa possuir um espaço dentro da CEASA, a área necessária é muito grande.
O depósito de caixas ficará responsável pelo abastecimento e entrega de embalagem para
os permissionários que precisarem de caixa para o repasse do produto ou reembalamento.
A caixa vazia, dentro da CEASA, será sempre armazenada no Depósito de Caixas. Poderão
ser admitidos no sistema mais de uma empresa, porém a entrada da caixa vazia dentro da
CEASA só será permitida se destinadas, ou oriundas do BC;
A formação de um pool de caixas vazias livrará o produtor ou o permissionário da
necessidade de estoque de caixas em virtude da demora de retorno da caixa. Hoje o número
de dias para o retorno da caixa varia de 5 a 8 dias, o que significa um estoque 5 a 8 vezes
maior que o número de caixas colocados à venda. O BC pode reduzir esse número para 2:
uma caixa cheia no mercado e uma caixa sendo embalada na roça. A entrega da caixa cheia
no mercado dará direito ao vale caixa e a retirada da caixa vazia;
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O Vale-Caixa deverá se responsabilizar por um sistema que garanta e fiscalize a
higienização das caixas e que incentive a utilização do BC. É aconselhável que as
empresas financiem a compra parcelada da embalagem.
A Figura 5 demonstra o fluxo logístico do BC.
Fonte: CQH-CEAGESP
Figura 5 - Fluxo do Banco de Caixas
6. Estudo de Caso: a Experiência do CEASA-Uberlândia
Silva Filho (2008), Assistente técnico do CEASA-Uberlândia, enfatiza que o conceito de
Banco de Caixas (BC) é diferente da Central de Embalagens (CE).
A CE é a proprietária das caixas e trabalha com a locação das mesmas por períodos de 30
dias, ou mais. A CE higieniza as caixas caso essas sejam encaminhadas para esse fim no
período de locação, já o BC administra a troca das embalagens, higieniza e armazena as
caixas que não estão em uso no momento. Tanto os clientes (qualquer comprador), quanto os
produtores e comerciantes estabelecidos na Ceasa, possuem suas próprias caixas (50% de
cada lado) e, utilizam a seguinte logística:
O cliente (comprador) descarrega suas caixas no BC, antes de sua entrada para o mercado;
Ao depositar as caixas no BC, recebe o número correspondente de caixas em um cartão
vale-caixa;
Ao acessar o mercado efetua suas compras e para cada caixa de produto adquirido, entrega
ao vendedor um vale-caixa. Enquanto isso as caixas serão higienizadas no BC;
Ao final de comercialização o vendedor de posse dos vales-caixas dirigem-se ao BC e os
troca por caixas higienizadas;
Chama-se banco, por possuir esse "lastro", ou seja, para cada vale circulante no mercado é
necessário haver uma caixa correspondente no banco;
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As unidades de vales existente são 1, 2, 5, 10 e, 50.
A Tabela 2 indica a padronização das medidas disponíveis.
400 x 600 x 240 mm
401 x 600 x 180 mm
LOGIKAIXA 400 x 600 x 240 mm
401 x 600 x 310 mm
402 x 600 x 380 mm
Fonte: CEASA-Minas
Tabela 2 - Padronização das caixas
O processo já funciona com sucesso há quatro anos no mercado de Uberlândia. Foi
implantado para atender a Instrução Normativa Conjunta da ANVISA-AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA(2002). As caixas são padronizadas na cor e no
tamanho, não possuem marca do proprietário, pois eles possuem vales-caixas.
Na época da implantação não foram realizados estudos sobre as perdas com as embalagens de
madeira, portanto não houve possibilidade de comparações com o processo atual. Na verdade,
os agentes do CEASA-Uberlândia estão satisfeitos com o novo sistema.
O processo pode e precisa ser melhorado, com a introdução de práticas corretas: rotulagem,
modernização das caixas, permitindo assim, a nacionalização do processo, sem perder de vista
o fato de que a ANVISA (2002), não proíbe o uso de outras embalagens, apenas proíbe o
retorno de embalagens de madeira e de papelão, exigindo a higienização das retornáveis,
aconselhando que as mesmas sejam paletizáveis.
Oliveira (2008), gerente da empresa que opera o (BC), relata que o sistema opera com a
seguinte eficiência:
Rendimento da Máquina de Higienização
600 caixas/h (3 estágios)
1.100 caixas/h (4 estágios)
2.200 caixas/h(4 estágios - Pista dupla)
Manutenção Mínima / Custo Baixo (GLP) / Vida Útil Prolongada
7. Considerações Finais
Os resultados observados no presente trabalho permitem concluir que a substituição das
caixas de madeira (maioria nas CEASAs do país) pelas caixas plásticas é fundamental sob o
aspecto sanitário, ambiental, como ainda, pela otimização dos recursos logísticos. A
implantação de novos modelos depende do custo e do perfil da plantação.
As embalagens de plástico são as mais caras, porém trazem benefícios a longo prazo. Com
isso, as caixas plásticas começaram a ganhar espaço, porque podem ser higienizadas
(exigência da legislação) e, são mais resistentes. Além disso, os supermercados têm dado
preferência a elas, porque reduzem o desperdício de alimentos.
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Quanto às caixas de papelão, as mesmas são eficientes quando utilizadas uma única vez,
cabendo observar as necessidades e características de cada produto. Importante salientar que
as caixas de papelão, assim como as de madeira, após o descarte, devem passar por processo
de reciclagem ou incineração limpos, evitando-se a formação de grandes depósitos de rejeitos.
Tal medida raramente ocorre.
A solução para modernizar as embalagens nas CEASAs seria a criação do banco de caixas. O
sistema tem sido usado em unidades regionais em Minas Gerais e São Paulo, com sucesso,
mas especialistas ainda estudam uma maneira de implantar o processo em grandes centros de
distribuição de alimentos in natura, interligando o serviço em vários Estados.
Na CEASA-Uberlândia, todos os produtores usam somente caixas plásticas, e os resultados
esperados e em grande parte alcançados, com o novo modelo são: padronização das
embalagens; modernização do sistema de comercialização; maior eficiência no processo;
diminuição da perda de alimentos na pós-colheita; garantia de qualidade e higiene dos
alimentos comercializados na CEASA; atendimento as normas estabelecidas pelo Ministério
da Agricultura - ANVISA (2002); redução significativa no roubo de caixas no mercado;
redução no custo de estoque e de embalagens vazias; maior organização e limpeza da
CEASA; diminuição em longo prazo, do custo com embalagens por parte de produtores e
atacadistas.
O modelo proporcionou ainda, a higienização efetiva, controle, estoque, segurança e
satisfação dos agentes envolvidos mas, pode ainda, ser melhorado com a introdução de
medidas efetivas na pratica da lei, como por exemplo, a devida rotulagem.
O presente trabalho sugere um estudo futuro mais aprofundado do modelo apresentado, de
forma que o mesmo gere subsídios para a adequação do modelo junto às demais CEASAs,
propondo melhorias, levando em consideração as características próprias de cada unidade.
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