eng. constantino
Post on 07-Jan-2017
241 Views
Preview:
TRANSCRIPT
1º CONGRESSO DE ENGENHEIROS DE
LÍNGUA PORTUGUESA
“A ENGENHARIA COMO FACTOR DECISIVO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO”
I Congresso de Engenheiros de Língua PortuguesaA Engenharia como Fator Decisivono Processo de Desenvolvimento
18 de Outubro de 2012Centro Cultural de Belém, Lisboa – Portugal
REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
CONSTANTINO CORREIA
Guiné-Bissau
E-mail: correia.constantino@gmail.comTel. (+245) 661 93 42 – 590 11 88
A Realidade e Perspectivas da Fileira Florestal
na Guiné-Bissau
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
GUINÉ-BISSAU
SENEGAL
AS REGIÕES ADMINISTRATIVAS
“A Realidade e Perspectivas da Fileira Florestal na Guiné-Bissau”
“…A CONSERVAÇÃO DEPENDE DO DESENVOLVIMENTO”
“…SE BEM QUE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO É IMPOSSÍVEL SEM A
CONSERVAÇÃO”
“A ENGENHARIA COMO FACTOR DECISIVO NO
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO”
REALIDADES• Inexistência de uma Politica/Estratégia para o Sector
Florestal. • Grande deficiência de quadros especializados• Debandada do Técnicos Florestais• Inventário Florestal – 1985• Inexistência de um Plano de Repovoamento florestal• Êxodo rural elevado/ Cultura de planalto/
Desflorestação• Monocultura do Caju/ (Consequência do
Ajustamento Estrutural - FMI (anos 80/90)) /Desflorestação
210.000 a 220.000 ha – 6,7 a 7,4 de área cultivável
• Desestruturação do Sector Florestal• Militarização do Corpo do Guarda Florestal• Exploração Concentrada em apenas 3 espécies
� Pau-de-sangue (Pterocarpus erinaceus) � Pau-de-conta (Afzelia africana) � Bissilão (Khaya senegalensis),
REALIDADES• A sobreexploração nas regiões de Bafatá
e Oio. • Queimada / Fogo ferramenta de desmatação
• Longo período de exploração – 9 meses
• Elevados número de cortes clandestinos (madeireiros tradicionais)- Estrangeiros
• 60% de uma árvore é deixada na floresta/ Troncos com 60 de dap são deixados no mato.
• Cortam e deixam troncos na floresta anos
• 95 % da População usa lenha e carvão com fonte da energia doméstica/Meio Urbano
• 100% no Meio Rural
• Pterocarpus erinaceus- lenha /Bissau
REALIDADES• Uso de Mangal para a fumagem de peixe• Derrubam árvores para colher frutas
silvestres/extrativismo• Aumento da População - Aumento da pressão
sobre as florestas• As Florestas não é ouvida nas concessões de
grandes propriedades agrícolas • Licença de serração/ Industria com parecer
Vinculativo das Florestas• Pressão e especulação fundiária muito elevada• Diminuição significativa na área de floresta
densa • Aumento de áreas de savanas • Queimada / Agricultura itinerante• Sector Florestal 5 a 6 % do PIB
REALIDADES /Zonas Climáticas • Zona I: A noroeste, com clima guineense marítimo,
pluviosidade inferior a 2000 mm, densidade da populaçãoelevada, a perda da cobertura vegetal e pressão fundiáriaimportante. Alto grau de degradação do meio.
� Zona II: A leste, clima guineense interior a sudano-guineense, pluviometria na ordem de 1.200 mm em média,densidade populacional média, cobertura florestalimportante mais clara e degradada, culturas itinerantes,degradação do meio, médio a elevado.
• Zona III: A sudoeste, clima guineense marítimo, pluviosidadesuperior a 2.500 mm, fraca densidade populacional,cobertura florestal importante, celeiro de arroz do país,fraca degradação do meio mas com elevado riscocomparativo.
• Zona IV: A sudoeste, arquipélago dos Bijagós, Bolama e SãoJoão, fraca densidade populacional, pluviosidade superior a2000 mm características ecológicas semelhantes à Zona III,degradação do meio fraca a médio e riscos elevados.
• (Banco Mundial, 2006), diz que,“Nenhum país do mundodependente de um só produtoagrícola como a Guiné-Bissaudepende da produção da castanhade caju”.
• Essa enorme dependência do paísnum único produto, tambémrepresenta um enorme risco paraa sua estabilidade económica esocial”.
AS REGIÕES ADMINISTRATIVAS
Zonas Climáticas
• Zona 0 -Capital - Sector Autónomo de Bissau,
• Zona I – Norte – Reg. de Biombo, Oio e Cacheu
• Zona II - Leste - Regiões de Bafatá e Gabú
• Zona III - Sul - Regiões de Quinara e Tombali,
• Zona IV - Regiões Bolama/Bijagós,
ZONAS CLIMÁTICAS
� Ausência de uma definição clara dos objectivos para o desenvolvimento do sector agrícola (Carta Política Agraria, 1996/2002). não tem metas quantitativas e qualitativas a atingir;
� A agricultura não desempenhou o papel do sector motriz do desenvolvimento do país, isto é a agricultura guineense não dinamizou os outros sectores (industrias e serviços);
� Basear-se a política de exportação apenas num produto agrícola (mancarra, depois algodão e agora castanha de cajú) o que, devido as flutuações bruscas de preço e de mercado, se torna um factor de instabilidade da economia
� Uma preferência para os mercados mais longínquos (Europa e Asia)
• Num volume de 3.480 m3 de madeira exportado, principalmente sob forma de troncos brutos: (2009-2010)
� Khaya senegalenses 350 m3, � Afzelia africana 300 m3
� Pterocarpus erinaceus 2.830 m3
(81,3%)
� Serrações clandestinas à moto-serra quese encontram espalhados por toda afloresta nacional/Com fortesconivências/cumplicidades a todos osníveis.
� Pterocarpus erinaceus principal espécie usada para lenha na cidade Bissau - maior mercado
Principais serrações na Guiné-Bissau
Localização(Região)
Empresa Funcionalidade Capacidade
Teórica/por dia
Bafatá
- Manuel Brandão Bambadinca
- SOCOTRAM Gambiel- Guimadeiras Contuboel- Maudo Sano Bafatá- EMAT Mansaina Bafatá
Funcional
FuncionalFuncionalNão FuncionalNão Funcional
15 m3
20 m3
20 m3
5 m3
10 m3
Gabu
- Benício Silva- Mafankoa West Africa- STM Canjufa
FuncionalFuncionalNão Funcional
15 m3
___20 m3
Oio
- CUP Bissorã- Setram Mansaba- Gamamoudou- Agencia Nantcho
FuncionalFuncionalFuncionalFuncional
15 m3
10 m3
__________
Quinara FOLBI Buba Funcional 10 m3
Fonte: Adama, Março de 2010
EXPORTAÇÕES POR ESPÉCIE
VOLUME DE MADEIRA EXPORTADO
PERÍODO (ANO)
TIPO (TRONCO/M. SERRADA)
ESPÉCIEVOLUME
(m3)
EMPRESA FOLBI
Março 2009 Tronco Pterocarpus 63
Abril 2009 Tronco Pterocarpus 100
Maio 2009 Tronco Pterocarpus 200
Janeiro 2010 Tronco Pterocarpus 220
EMPRESA WEST AFRICANA
Fevereiro 2009 Tronco Pterocarpus 77,5
Abril 2009 Tronco Pterocarpus 244
Maio 2009 Tronco Pterocarpus 304
Julho 2009 Tronco Pterocarpus 100
Dezembro 2009 Tronco Pterocarpus 390
Janeiro 2010 Tronco Pterocarpus 600
Fevereiro 2010 Tronco Pterocarpus 200
VOLUME DE MADEIRA EXPORTADO
PERÍODO (ANO)
TIPO (TRONCO/M. SERRADA)
ESPÉCIEVOLUME
(m3)
EMPRESA BENÍCIO
Outubro 2009 Tronco Pterocarpus 300
Dezembro 2009 M. Serrada Khaya 150
Dezembro 2009 M. Serrada Pterocarpus 50
Dezembro 2010 M. Serrada Afzelia 100
EMPRESA SETRAM
Julho 2009 Tronco Khaya 200
Julho 2009 Tronco Afzelia 200
Julho 2009 Tronco Pterocarpus 494,5
Dezembro 2009 Tronco Pterocarpus 95,9
Cereals, 19%
Other, 11%
Horticulture,
5%Cashew, 33%
Fruits, 20%
Livestock,
12%
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Cereal Other Horticulture
Cashew Fruits Livestock
Fonte: DENARP II, 2011
Estrutura e Evolução das produções do Sector Agrário, 2000-2008
PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DA CASTANHA DE CAJU DE 2002 a 2012
Ano Produção
(ton)Exportação
(ton)
2002 98.100 72.800
2003 105.000 75.000
2004 108.300 93.200
2005 115.000 96.100
2006 120.202 92.300
2007 125.070 105.415
2008 130.000 109.618
2009 140.000 130.000
2010 135.000 124.000
2011 190.000 174.000
2012
ÁREAS PROTEGIDAS
• Com o intuito de diminuir a pressão sobre asflorestas, e conservar alguns ecossistemas, oiniciou-se dos ano 90, tem vindo a promoveruma política de gestão racional doecossistema mais ameaçados, através de:
� Criação de uma rede das Áreas Protegidas;
� Conservação da Zona Costeira;
� Promoção Gestão das Florestas Comunitárias;
� Estabelecimento de quotas de exploração por essências;
� Etc.
ÁREA PROTEGIDA Área (há)
% da Área
do País
Superfície Actual da Rede Nacional de Áreas Protegidas 537.002 14,87
Áreas Protegidas Costeiras 274.767 7,61
Complexo das Áreas Terrestres do Interior Continental de Dulombi-Boé-Tchétché
319.000 8,83
Extensão Futura da Rede Nacional das Áreas Protegidas 856.002 23,70
AS ÁREAS PROTEGIDAS DA GUINÉ-BISSAU Hectare(ha)
% do País
A Superfície Actual da Rede Nacional de Áreas Protegidas 537.002 14,87
I
Complexo Marinho Insular da Reserva de Biosfera de Arquipélago Bolama-Bijagós (RBABB)
262.235 7,26
Parque Nacional das ilhas de Orango (PNO) 158.235 4,38
Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão (PNMJVP) 49.500 1,37
Área Marinha Protegida Comunitária das ilhas de Formosa, Nago e Chediã (AMPC UROK)
54.500 1,51
Áreas Protegidas Costeiras 274.767 7,61
Parque Natural dos Tarrafes/Mangal do Rio Cacheu (PNTC) 80.000 2,21
Parque Natural das Lagoas de Cufada (PNLC) 89.000 2,46
Parque Nacional das Florestas de Cantanhez (PNC) 105.767 2,93
B Extensão Futura da Rede Nacional das Áreas Protegidas 856.002 23,70
II
Complexo das Áreas Terrestres do Interior Continental de Dulombi-Boé-Tchétché
319.000 8,83
Parque Nacional Dulombi 98.951 2,74
Parque Nacional de Boé 95.280 2,64
Corredor de Fauna de Tchétché 33.604 0,93
Corredor de Fauna de Cuntabane-Quebo 55.003 1,52
Corredor de Fauna de Salifo 36.162 1,00
SISTEMA NACIONAL DE ÁREAS PROTEGIDAS
PERSPECTIVAS/SAÍDAS
PERSPECTIVAS/SAÍDAS
• Zonagem Agro-Ecológica • Repovoamento e Ordenamento florestal• Aplicação de Leis e Regulamento Florestais • Gestão Integrada do Território da Tabanca • Vulgarização da Floresta Comunitária • Reforçar a Fiscalização /Eficiente • Estabelecimento de quotas de exploração por
essências florestais;• Criação de unidades mais de conservação• Diversificação de Culturas e do Mercado • Ecoturismo• Etc.
Pirâmide etária da Guiné-Bissau-2009
MUITO OBRIGADO
top related