ensinador cristão 18
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gtscipuladop e r ig o de o aluno ^ tornar-se mais dependente - do professor do que de Deu;
1 Rodízio
ISSN 1519-7182
I st TAno 5 - n° 18 - ensinador@cpad.com.br - R$ 4,90
Entrevista com Gilbert Beers,
pastor e educador norte-
americano com larga
experiência em currículos de ED
Pastor Eiiezer de Lira e Siiva trata das ameaças ao convívio familiar
Dinâmicas de grupo
•Subsídios para a
Família Crista •
Pastor Antonio Gilberto e as
formas para se adquirir
conhecimento
"Será que tenho as qualidades que um líder precisa?"
9 e d m té f'MS
t f t l M â X iW 1̂ 1
$0/1 da lê eu > w Vn lhe 9eu
Moisés e G id e ã o t iveram esta mesma dúvida.
Desperte o Líder que há em VocêGeorge BarnaSer um líder não é fácil. As expectativas geradas e as responsabilidades da função levam muitos líderes a questionarem suas qualidades, métodos e vocação.Através de 9 estratégias, este livro ajuda a aflorar o dom da liderança que há dentro de nós e descobrir o estilo pessoal de exercê-lo.
Formato: 14,5 x 22,5cm
Autor:George Barna é o fundador e presidente do B arn a R esearch Group nos EUA, uma empresa de pesquisa de marketing.Autor de mais de 30 livros de sucesso, também é preletor em conferências sobre liderança e ministério em todo o mundo.
N as livrarias evan g é licas ou pelo 0 3 0 0 - 7 8 9 - 7 1 7 2 CBO(custo da ligação R$ 0,30 por minuto + impostos) www. cpad. com. br
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Ano 5 - n° 18 - abr-maio-jun/2QC
S d it o n ú ll
CONHECER PARA NÃO ERRAR0 SEGUNDO TRIMESTRE DE 2004 JÁ CHEGOU... QUEM DIRIA, NÃO É MESMO? ISSO NOS F A l
LEMBRAR QUE O 4o CONGRESSO NACIONAL DE ESCOLA DOMINICAL ESTÁ PRÓXIMO! SIGNIFICA
DIZER QUE EM BREVE A QUALIDADE DO ENSINO MINISTRADO NAS EDS EM TODO PAÍS VAI
MELHORAR AINDA MAIS. NAS PÁGINAS 46 E 47 DESTA EDIÇÃO, VOCÊ PODERÁ CONFERIR
TODOS OS DETALHES DESTA PROGRAMAÇÃO INDISPENSÁVEL PARA O APERFEIÇOAMENTO DO
CORPO DOCENTE DAS IGREJAS.
AO LADO DE GABARITADOS PALESTRANTES NACIONAIS, ESTARÃO NO CONGRESSO OS EDUCADORES
NORTE-AMERICANOS MARLENELEFEVER E GILBERT BEERS, AMBOS COM LARGA EXPERIÊNCIA NA ÁREA
DE EDUCAÇÃO. A ENSINADOR CONVERSOU COM OS DOIS PARA QUEVOCÊPOSSA CONHECÊ-LOS UM
POUCO MAIS ANTES DO EVENTO. A PROFESSORA MARLENELEFEVER, QUE TEM PARTICIPADO DE VÁRIAS
CONFERÊNCIAS PROMOVIDAS PELA CASA, ESTÁ NA SEÇÃO EXEM PLO D E M ESTRE. JÁ, PASTOR GILBERT
BEERS, NA CONVERSA FRANCA. ESSAS ENTREVISTAS, CERTAMENTE, IRÃO EDIFICAR SUA VIDA.
ENQUANTO O CONGRESSO NÃO CHEGA, EXPLORE BEM A SUA ENSINADOR. OS ARTIGOS DESTE
TRIMESTRE VÃO INTERESSAR A TODOS- DESDE DISCIPULADORES ATÉ SUPERINTENDENTES. OS
TEMAS FORAM TRATADOS DE MANEIRA CLARA E PRÁTICA. NÃO PODEMOS DEIXAR DE DESTACAR,
AINDA, A SEÇÃO BOAS ID ÉIAS , COM SEIS DINÂMICAS DE GRUPO NA ÁREA DA FAMÍLIA -
EXCELENTE RECURSO PARA AS CLASSES DE JOVENS E ADULTOS. E O MELHOR: PODEM SER
APLICADAS NAS OUTRAS CLASSES. GUARDANDO-SE, É CLARO. AS DEVIDAS PROPORÇÕES.
QUE SUAS M as DE ABRIL, MAIO E JUNHO SEJAM COBERTAS PELA UNÇÃO DEDEUS, FAZENDO
COM QUE A ESCOLA DOMINICAL DA SUA IGREJA CRESÇA. UM POVO INSTRUÍDO NA PALAVRA
CONSTITUI-SE EM UMA IGREJA FORTE E ENRAIZADA. LEMBREMOS DO ALERTA DEIXADO POR JESUS:
i “ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O PODER DE DEUS", M T22.29.
Andréia D i M are
Presidente do Conselho AdministrativoJosé Wellington Costa Júnior
Gerente FinanceiroWalter Alves de Azevedo
Gerente de ProduçãoRuy Bergsten
Editor-chefeAntônio Pereira de Mesquita
Design & EditoraçãoRafael Paixão
FotosSolmar Garcia
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Bernardo, Renata Meirelles e Ricardo Silva
Atendimento para assinaturasFrancis Reni Hurtado e Sebastião Peçanha de Souza
Fones 21-2406.7416 e 2406-7418 assinaturas@ cpad.com .br
SAC - Serviço de atendimento ao consumidorAndréia Célia Dionísio Fone 0800-701.7373
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus.Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. O mesmo princípio vale para anúncios.
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Diretor»executivoRonaldo Rodrigues de Souza
Gerente de PublicaçõesClaudionor Corrêa de Andrade
Gerente de VendasCícero da Silva
EditoraAndréia Di Mare
Promotor de Vendas de PeriódicosAlian Viana de Aquino, Anselmo Mourão
e Alexander dos Santos Costa
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Número avulso:R$ 4,90 Assinatura anual: R$ 19,60 Vendas: 0300-789.7172
M tlS V R fc l
S c c m ã r U O '
06 "Estou com a classe de adolescentes! E agora?
14 Quando a estabilidade do lar é ameaçada
27 Ofício de ensinar
30 Rodízio de professores na ED
44 Sutil tendencia
48 A caminho do êxito
Seçoes
05 Espaço do Leitor
10 ED em Foco
11 Conversa Franca
17 Exemplo de Mestre
18 Antonio Gilberto
22 Reportagem
29 Sala de Leitura
33 Boas Idéias
46 Em evidencia
Lições Bíblicas [MM36 Subsídios para a Família Cristã *-■ Tfo
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sábado à noite nunca mais foram os mesmos.Luis Carlos Nascimento França Poremail (PA)
Assinante recomendaSou professora de ED na igreja onde congrego. Quando conheci a Ensinador Cristão não me contive e logo fiz a assinatura. Esta revista tem sido de grande valor espiritual na minha vida. Terei sempre prazer de indicá-la a outros professores. Eunice Maria de Lima Por email, Cachoeirinha (PE)
Antigo TestamentoParabéns pelo trabalho que vocês desenvolvem no Brasil e no mundo no que tange ao ensino da Bíblia. Aproveito para felicitar o pastor Esequias Soares pelo ótimo comentário do tema Visão panorâmica do Antigo Testamento, estudado nas classes de Jovens e Adultos do 2o trimestre de 2003.Fernando Souza dos Santos Por email (BA)
Divulgação no congressoParticipei do Io Congresso de Educação e Evangelização Infanto- juvenil e recebi um exemplar da Ensinador Cristão. A revista, de ótima qualidade, é um material indispensável a professores tanto de ED como de Educação Infantil.Rosinei A. R. Oliveira Por email (MG)
ReconhecimentoNão tenho palavras para expressar minha gratidão a Deus pela existência da Ensinador Cristão. A cada edição, sinto mais a presença de Deus. Parabéns à CPAD por editar um material tão edificante. Também parabenizo pelas revistas de ED da classe de Jovens e Adultos. Elas têm nos ajudado muito, em especial a orientação didática.José Valcélio de Souza MilIiã (CE)
Material de qualidadeEstou satisfeito pela qualidade material e didática da Ensinador Cristão. (...) As idéias propostas pela revista têm tomado as aulas mais dinâmicas e interessantes.Isaac dos Santos Evangelista Queimadas (BA)
Braço forteFaço menção aos subsídios contidos na Ensinador Cristão, que têm nos ajudado muito na compreensão das lições. As dinâmicas de grupo trazidas na seção Boas Idéias são como braços fortes para ensinarmos a igreja de forma didática e proveitosa. Espero que os irmãos continuem nos ajudando a servir o Mestre através de ensinos relevantes em nossa ED.Elói Pereira dos Santos Por email, Mairiporã (SP)
Sou leitora assídua da Ensinador Cristão. Como professora da ED, acho esta revista uma fonte inesgotável de conhecimento e estratégias para o desempenho das atividades e construção do saber.Maria da Luz Gomes e Silva Pirapeiims (MA)
Estudos reformuladosQuero felicitá-los pela obra que está sendo realizada de norte a sul do país através da Ensinador, não
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MAÇÃO EGRAL DO FE SS O R
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Comunique-se com a Ensinador CristãoP o r c a rta : Av. Brasil, 34.401, Bangu-21852-000, Rio de Janeiro/RJ
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Sutz- ofUttião- é úwfiotáaítte etá&!D ev id o às lim ita çõ e s d e es p a ç o , as ca r ta s serão selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos considerados m ais significativos. Serão publicadas as correspondências assinadas e que contenham nom e e endereço com pletos e legíveis. N o caso de uso de fax ou e-m ail, só serão publicadas as cartas que inform arem tam bém a cidade e o Estado onde o leitor reside.
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Alcançar o coração dos adolescentes significa entender
ecentem ente deparei- me com uma irmã reclamando que em sua igreja quase não havia
adolescentes. Tal fato se repete em inúmeras igrejas. Fiquei a pensar qual seria o motivo dessa ausência de adolescentes. É certo que trata-se de uma fase trabalhosa, que se
facilidade sedtizida pelos prazeres do mundo. M as, por outro lado, poucas são as igrejas com professores preparados para atuar com ado- lescentes. Muitos se negam a dar aula para esta faixa etária e os superintendentes de Escola Dominical, muitas vezes, precisam "laçar qualquer irmão" para assumir esta classe.
Será que não estamos negligenciando o Ide de Jesus quando não preparamos pessoas para a missão de trabalhar com adolescentes? Os que desejam lidar com esta faixa etária precisam estar convictos da
que estão tomando nas mãos.
Professor nota 10
"Ah, mas meu trabalho toma muito o meu tempo e quase não me resta oportunidade para me dedicar ao estudo da lição! Tenho tantas coisas para fazer em casa! Eu leio a lição toda para eles, mas adolescente não presta atenção em nada! Nunca tive oportunidade de fazer um curso, por isso minha aula não é tão boa quanto poderia ser se eu tivesse um curso" - desculpas e mais desculpas! E assim que costumamos fugir da nossa responsabilidade e maquiar nossas imperfeições.
Conheço muitos professores de ED que jamais entraram numa faculdade, mas são os
melhores professores que já vi. Há outros que exer
cem m uitas outras funções, mas sempre
acham tempo par, preparar uma boa
aula. Acho que a p alav ra-ch av e para este ma
d icad os, que, ao
entrarem em sala
de aula.
trazem muito mais do que* aquilo que está na revista.
Trazem experiência de vida, complementos e subsídios dou trinários, criatividade nas tarefas e amor, muito amor pelos.: alunos. —J
Se você almeja ser professor, antes de olhar para seus alunos, olhe para dentro de si mesmo e questione-se:
Sou um p ro fessor eficiente? Você consegue transmitir claramente a mensagem que quer passar para seus alunos?
E stou p rep arad o p a ra dar aula? Você conhece bem o assunto? Sabe como sair de situações embaraçosas sem traumatizar ninguém (principalmente a você mesmo), caso não saiba responder a uma pergunta? Seus problemas pessoais não estão atrapalhando sua aula? Está preparado espiritualmente para guerrear contra o inimigo?
Procuro in form ações a d ic ionais em outras fon tes que não seja apenas a rev ista de m estre? Seus alunos não querem alguém que lê a revista com eles! Eles querem alguém que traga algo mais.
Em minha classe tenho um d esafio : duas m eninas que sempre compram a revista de mestre, pois são filhas de pas
tores (uma delas é filha do superintendente da ED). Ja
mais pensei em proibi-las
de usar a revista de mestre. Isso significa que elas estão a procura de algo mais para suas vidas. E isso faz com que eu seja forçada a buscar outras fontes para enriquecer a aula.
Tenho a sim patia e a confiança de m eus a lu n os? Sua classe precisa admirá-lo como professor e ver em você a pessoa em quem pode confiar seus segredos se um dia precisar. Um professor é um misto de amigo- pai-psicólogo. Temos que ter um ombro amigo sempre disponível, uma palavra sábia para instruir, uma visão capaz de entender o que cada atitude representa nas "entrelinhas".
C onsigo m e a v a lia r co n stan te m ente a f im de id en tificar meus p ró p r io s erros e bu scar co rr ig i- lo s o m ais d ep ressa p o s s ív e l? Quantas vezes nos pegamos apontando o erro dos adolescentes e nos esquecemos de que também temos nossos próprios erros que precisam ser corrigidos! Se você fosse seu aluno, gostaria da sua aula?
M inha resp on sab ilid ad e com es ses alunos está além da sa la de aula? Não basta ser professor somente no domingo. O bom professor busca saber porque seu aluno não compareceu no culto à noite, se está bem no colégio e com a família, organiza passeios etc. Aquelas vidas são muito importantes e a dedicação deve ser integral. Além do mais, você não é chamado de professor apenas nas manhãs dominicais; isso pressupõe que o seu papel como professor é integral. Lembre-se, você é observa
do pelo olhar atento e crítico de seus alunos o tempo todo.
M as, e tem po para m e ded icar tan to assim ? E m inha v ida particu lar? É o que você pode estar se perguntando. O tempo que você estiver na igreja já é um bom começo! E, se seu problema é falta de tempo, a solução é simples: o mesmo Deus que te confiou esta tarefa, também é o dono do tempo. Ore! Ele vai te dar as oportunidades certas, na hora certa. Creia, oração funciona mesmo!
Características do adolescente
O potencial do adolescente é extrem am ente grande. Se você souber explorar esse potencial, terá um grupo aplicado, cheio de vida e vontade de fazer algo para Deus. Vejamos as principais características dos adolescentes:
São extrem am ente qu estio- nadores. Não basta dizer "isso não pode"; tem que se explicar o porquê de tudo, com respostas convincentes e imediatas. Do contrário, o adolescente pode até perder a confiança no professor. Não diga que eles precisam jejuar; mostre- lhes como jejuar, jejue com eles, jejue por eles. E se você não sabe responder algu-
1 BSi^' '■ f-
ma pergunta, não se envergonhe! Ninguém é
expert em Teologia. Só o próprio Deus. Seja sincero e diga "não sei, mas vou procurar saber para responder a v o cê". E procure mesmo! Seus alunos vão apreciar ter um professor sincero, com imperfeições como qualquer ser humano, mas que busca se superar, do que ter um p rofessor m etido a saber tudo, que na realidade pensa enganar a classe com respostas ambíguas e reticentes.
P ossu em tem p eram en to in s táv e l. Numa hora estão alegres e motivados e, de um momento para o outro, podem entrar em depressão. É preciso com preender cada momento do adolescente e saber conduzi-los. Além disso, é na fase da adolescência que nosso corpo sofre as mudanças mais radicais num curto espaço de tempo. Isso mexe com a cabeça deles. A
necessidade de aceitação
“Se você quer 1 conquistar o adolescente, tem que aprender a entrar no universo dele e respeitar seus limites”
aflora de forma devastadora, enquanto o corpo começa a mostrar sinais de mudanças que podem causar dor, medo, ansiedade, vergonha etc. Os sentimentos parecem surgir em doses extremas (sentimentos psicológicos, afetivos, sexuais etc).
N ão se contentam com au las m onótonas. O professor de adolescentes precisa trazer para os dias de hoje a aplicação do ensinamento. A maioria dos adolescentes não quer somente saber porque Moisés abriu o Mar Vermelho; eles querem que digamos o que isso tem a ver com o que ele está sentindo ou vivendo hoje.
Possuem uma linguagem própria. O professor precisa saber se comunicar no "dialeto" do adolescente -não me refiro a gírias, comuns entre eles, mas a uma linguagem própria para a idade deles. Por exemplo: não dá para aconselhar uma adolescente a esperar de Deus um "varão valoroso". Devemos aconselhá-la a esperar por um "garoto que seja temente a Deus, estudioso, bom filho e dedicado aos trabalhos da igreja porque, do contrário, ela vai se dar mal, sofrer muito na vida". Precisamos falar claramente, numa linguagem que nossos jovenzinhos entendam! Não queira usar palavras d ifíceis para impressioná-los. Isso surte o efeito
contrário . O a d o le sce n te
fica enjoado da aula enunca mais volta!
O universo do adolescente
Muitas vezes queremos que o adolescente saia do universo dele e venha para o nosso, assumindo uma postura de adulto. Precisam os com preender que vivemos em universos psicológicos diferentes. Se você quer conquistar o adolescente, tem que aprender a entrar no universo dele e respeitar seus limites.
Lembra como você ou algum am igo seu reclam ava que os adultos não os compreendiam? Isso é normal, são os diferentes universos p sicológicos. Hoje você entende bem mais os porquês da vida do que quando tinha 15 ou 17 anos. Na verdade, o adolescente quer ser compreendido, ouvido, am ado, mas nem sempre sabe expressar isso de uma forma eficiente.
Tenho um aluno muito falante, com um NA do tamanho do mundo (chamamos de NA a Necessidade de Aparecer). Todos nós (jovens ou adultos) temos NA. U ns p ossu em NA enorme, outros já conseguem controlá-lo. Mas nos adolescentes parece que o NA extrapola lim ites. Esse aluno era exatamente assim. Falava o tempo todo. Atrapalhava a aula. Criava inimizades porque se achava o melhor e o mais bonito e fazia questão de tentar provar isso aos colegas. Mas todo professor precisa ter um faro de psicólogo para identificar o que está "escrito" no comportamento de cada vida sob sua responsabilidade. Procurei saber mais a respeito dele e descobri que vinha para a igreja com um primo. Os pais
casa, a atenção era voltada para o irmão mais velho, trata
do como "o inteligente da família", enquanto este meu aluno era tratado como o "garoto-pro- blem a". Não era de se admirar que seu com portam ento fosse tão reprovável. Era assim que ele conseguia a atenção das pessoas.
Um dia, após o térm ino da aula, chamei e abracei esse alu no. D isse-lh e que o am ava e que ele era um dos mais in te ligentes da classe (e era mesmo), mas que o fato de ele falar o tempo todo atrapalhava muito a m inha aula e fazia com que tira s s e a a te n çã o de to d o s. "Você tem um grande potencia l" , disse-lhe, "e quero ajudá- lo a desenvolver esse potencial para Deus. Sei que esse é o seu jeito de ser e eu não quero fo rçar a m udá-lo con tra sua vontade. Mas se você puder, de vez em quando, dar uma trégua para essa professora que te ama m uito, vou me sentir reco m p en sa d a !" Era um apelo sincero. E o garoto com preendeu. E claro que ele continua falante, mas sinto que está se esforçando para controlar seu NA. Não posso querer que ele p e rm a n e ça m udo e n q u a n to dou aula. Então, passei a usar seu potencial pedindo-lhe sua opinião sobre vários assuntos relativos à lição . Quando ele opina de forma correta, não me privo de elogiá-lo. Quando fala besteiras, repreendo com carinho e peço opinião para outro aluno. Isso tem surtido efeito. Por se achar o melhor, ele vai
querer sempre ter a resposta certa e, para isso, terá que
estudar a Bíblia.
Para fazer com que sua aula seja mais atrativa, deixamos aqui algumas dicas:
• D inâmicas de grupo. Com as dinâmicas de grupo, o adolescente aprende na prática a m ensagem que você deseja passar.
» jograis e representações. Coloque os alunos para representar passagens bíblicas ou situações com as quais, através da representação, eles possam m ostrar as soluções para seus problemas.
• M aterial didático. Use e abuse de quadros, mapas, diagramas, reportagens de jornais, letras de músicas etc. Ex.: Para falar sobre namoro, iniciei minha aula distribuindo uma cópia de uma música do mundo que diz "já sei namorar, já sei beijar... não sou de ninguém ". Calma, não se espante! Minha intenção não era ensinar a música para eles! Peguei a letra na Internet e fiquei horrorizada com o que ela dizia. A música fala do namoro pervertido que ocorre com os adolescentes do mundo. Sei que meus alunos são constantemente submetidos às críticas do mundo e questionados a respeito de seus padrões morais por colegas no colégio ou na rua onde moram. Por isso, m inha intenção foi saber qual a opinião deles sobre o assunto. Procurei ouvir o que eles tinham a falar a respeito. A aula foi participativa, dinâmica e muito proveitosa! Descobri que alguns ali não sabiam defender sua opinião do ponto de vista bíblico. Mas, o melhor de tudo foi que, aqueles que sabiam, ensinaram aos demais. Saí da aula satisfeita com eles! Minha dedicação não estava sendo em vão.
• Traga um visitante para ajudar na aula. Alguém que possa dar um testem unho, contar algo interes-
e x p e riê n c ia de vid a. Gosto de convidar o pastor da minha igreja para ser "entrevistado". Monto um ambiente especial, com microfone de repórter e uma im itação de câmera (uma caixa de sapatos preparad a em forma de câmera de film agem), e os adolescentes ficam livres para perguntar o que quiserem sobre questões pessoais ou espirituais. Isso é bom para fazer com que haja uma aproximação m aior entre o pastor e suas ovelhas adolescentes.
Seja criativo. Tento sempre fazer alguma coisa diferente a cada domingo. Nem sempre consigo, mas tento! Na lição sobre nossa identidade com Cristo, por exemplo, copiei no computador uma carteira de identidade, troquei algumas palavras para torná-la uma "C arteira de Identidade do Céu" e distribuí para todos. Se não tivesse computador, usaria a máquina xerox ou desenharia uma a uma. O importante é saber usar aquilo que tenho nas mãos de forma criativa.
A m issão é para todos que desejam depender da graça e da m isericórdia de Deus. Descubra em você o amor por essas almas e não se preocupe. Deus te deu um ta len to . Q uanto você vai granjear?
Amazonas recebe pela | Conferência de Escola D
AAD em Manaus, liderada pelo pastor Jonatas Câmara, recepcionou a 6o Conferência de Escola Dominical, promovida pela CPAD. Estiveram presentes mais de 1,5 mil pessoas que freqüentaram um ciclo de palestras relacionadas ao ensino na Escola Dominical. "Deus agiu de forma gloriosa!", exulta pastor Jonatas ao avaliar o resultado dos quatro dias de conferência. "Foi uma experiência
inédita na Região Norte, e superou todas as nossas expectativas", afirma.
Sob o tema "Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento", Rm 12.2, o evento contou com a presença dos pastores Antonio Gilberto, Claudi- onor de Andrade, Eliezer Morais e Davi
Fotos: Silas Ramos
Ronaldo Rodrigues de Souza, díretor-executivo da CPAD, recepciona em plenário líderes assembleia- nos e palestrantes. Em primeiro plano, da esquerda para a direita, pastores Wellington Júnior, Jonatas Câmara, Orcival Xavier, Sebastião Andrade e João Kolenda Lemos
EH ♦ ♦
Nascimento. Os professores Albertina Malafaia, Helena de Figueiredo, Anita Oyaizu, Débora Ferreira e Marcos Tuler também fizeram parte do grupo de palestrantes da programação.
Participação efetiva
Muitos inscritos tiveram que vencer desafios para comparecerem à conferência. O coordenador local do evento, pastor Aurino Bandeira, reconhece que a Região Amazônica possui inúmeras dificuldades. "O povo da nossa região atravessa deficiência com meios de transportes, analfabetismo, dificuldades na área financeira, mas nada disso foi motivo para desanimarmos na organização local do evento. Recebe
mos irmãos que viajaram dias pelos rios da região. Alguns foram de canoa até um determinado local, para então entrar em uma embarcação maior que os levasse até Manaus", atesta. Pastor Aurino destaca que todo o esforço vale a pena no
Reino de Deus: "Muitos procuravam os prele- tores até nas horas de intervalo para esclarecer suas dúvidas".
Segundo a professora Helena de Figuei
redo, preletora na área dos primários e juniores, nem mesmo o calor de 40 graus desmotivou os conferencistas. "Tivemos a participação efetiva dos ouvintes. Questionavam, ansiavam pela troca de experiências. Foi oportuno para o grupo descobrir novas metodologias de aprendizado a partir das diferenças pedagógicas detectadas por essa troca de experiências", analisa, salientando ainda que "não podemos deixar de frisar a preocupação que os professores devem ter em aprofundar seus conhecimentos com um estudo sistemático da Palavra".
Pastor Davi Nascimento, que discorreu sobre a utilização de recursos audiovisuais no ensino cristão, sentiu a receptividade dos conferencistas ao apresentar alguns cartazes que confeccionou para a ministração de sua palestra. "Os professores ficaram feljzes de ver exemplos de recursos visuais. A utilização de cartazes, retroprojetor, datashow e outros equipamentos são fundamentais porque auxiliam no processo de ensino", declara.
Os desafios da pedagogia bíblica foi o assunto desenvolvido pelo pastor Eliezer Morais. "O grande desafio dos professores de Escola Dominical que utilizam a pedagogia bíblica é também utilizar a pedagogia do amor. Este sentimento ajuda a minimizar as dificuldades que possam surgir no processo de aprendizagem, além de gerar no professor a compreensão de que seu trabalho na igreja não é um favor dispensado ao pastor, mas um ministério concedido por Deus", enfatiza..
Pastor Wellington Júnior fala aos congressistas durante o evento
Por Andréia Di Mare com tradução de Carla Ribas
Na perspectiva do ensinoy
r
Gilbert Beers, educador norte-americano que virá
ao 4o Congresso Nacional de Escola Dominical,
fala do desenvolvimento de currículos para a ED e enfatiza a construção do caráter a partir da Bíblia
Em uma pequena fazenda de grãos em Illinois, nos Estados Unidos, pouco depois do período da Grande Depressão, crescia Gilbert Beers, um menino que anos mais tarde viria a ser um instrumento nas mãos
do Senhor para estabelecer referenciais no processo de ensino tia Palavra de Deus. Sua história, porém, causa-nos impacto. "Éra
mos muito pobres, assim como todos os fazendeiros daquela época. Durante dois anos, nossa família
morou dentro de um vagão de trem, atrás do nosso celeiro de vacas. Mas nossa fa
mília não faltava a uma Escola Dominical sequer, em uma pequena igreja de um vilarejo distante cerca de 8 km da nossa fazenda", recorda, afirmando que "foi lá que
aprendi a Bíblia, conheci sobre o Senhor e formei a compreensão
básica que me levou a aceitar Jesus quando adolescente".
Aos 16 anos de idade, Beers começou a dar aulas na ED para a classe mas-
culina de juniores e, ao longo dos anos, esteve a frente de classes de adultos. Contudo, seu envolvimento maior tem sido na produção de currículos para a Escola Dominical. Sua primeira oportunidade para desenvolver essa tarefa foi há 47 anos, quando assumiu o cargo de editor de Publicações sênior da Cook Communications Ministries. Com sua trajetória ministerial amadurecendo, Beers conquistou a presidência da Scriptnre Press M in istries e da Scripture Press Pnblications.
Ele desenvolveu, ainda, a filosofia educacional para Godprints, o currículo contemporâneo da Cook, de onde também foi consultor e conselheiro da diretoria. Simultaneamente a suas atividades, Beers sempre encontrou tempo para escrever livros - já são mais de 40 publicados na área de Educação Cristã. Entre suas obras está a Bíblia passo a passo para crianças - uma publicação da editora Chariot Victor Publishing em co-edição com a Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
Este ano, a igreja brasileira poderá aprender com a experiência de Beers. Ele será um dos preletores do 4o Congresso Nacional de ED, que acontecerá em julho. A Ensinador aproveita esta fase pré-congresso para apresentá-lo a você na Conversa Franca.
■ O que não pode faltar em um currículo infanto-juvenil de Escola Dominical?
O coração de qualquer currículo de Escola Dominical é a mudança que ele faz na vida do usuário fin a l. Um bom currículo deve ajudar o usuário a conhecer a Bíblia. A experiência do aprendizado precisa ser com alegria e deleite. Aceitamos as verdades da Palavra de Deus quando as vemos através das janelas da alegria, não quando elas são impostas a nós. O processo de aprendizagem também deve ser apropriado para a idade que se está trabalhando. Com
freqüência, esperamos que a criança veja algum atrativo na Bíblia do adulto, e isto simplesmente não acontece. O aprendizado bíblico precisa ser apropriado para cada nível de idade ou de maturidade.
■ Independente das divergências teológicas que há entre tradicionais e pentecostais, o que diferencia os currículos de ED disponíveis no mercado?
“Gosto de desafiar
os pais a passarem com seus filhos, no mínimo,
o mesmo tempo que passam à frente da
tevê”C urrículos de Escola D ominical
tais como o da Cook e da Scripture Press têm sido usados por inúmeras denominações e igrejas independentes. Esses grupos representam um vasto alcance de diferenças doutrinárias. Mas o principal, e o motivo para que tantos grupos divergentes utilizem um currículo, é que estes currículos são designados para o ensino bíblico, não para o ensino das diferenças entre as igrejas. Algumas publicadoras deno- minacionais possuem seu próprio currículo, ao qual adicionam material re
ferente às distinções teológicas relacionadas às suas perspectivas.
Exceto essas diferenças denominaci- onais ou doutrinárias, cada currículo é diferente do outro na form a como aborda o aprendizado bíblico. E como se alguém perguntasse: "Quais são as diferenças entre as várias marcas de automóvel?" A reposta é que todos eles possuem quatro rodas, um motor, um volante e assentos, mas cada marca possui características únicas que ditam a diferença de uma para outra.
■ Há crianças que freqüentam a ED, mas crescem, em seus lares, sob padrões de conduta que não condizem com a Palavra de Deus. Nesses casos, como controlar a influência que a família exerce no caráter da criança?
Precisamos enfrentar a realidade que, mesmo dentro de muitos lares cristãos, os pais falham quanto à qualidade do tempo passado com os filhos. Gosto de desafiar os pais a passarem com seus f i lhos, no mínimo, o mesmo tempo que passam à frente da tevê. Se cada pai f i zesse isso, uma mudança revolucionária ocorreria com as famílias.
I K idbuilders é um programa de literatura específica para alcançar crianças não-evangelizadas. Como as histórias da vida de Jesus sã*o trabalhadas para gerar transformação no caráter das crianças?
Kidbuilders é baseado em 50 valores bíblicos, as pedras fundam entais do caráter cristão. Cada um deles ê aprendido nas 50 histórias sobre a vida de Jesus usadas neste programa. Por exemplo, aprendemos sobre a honestidade na história de Zaqueu. Ele mentiu, trapaceou, roubou o seu povo e os enganou. Ele fo i um exemplo de pessoa desonesta. Então, ele encontrou Jesu s, e Jesu s mudou a sua vida. Zaqueu tornou-se uma pessoa honesta da cidade. A verdade aprendida é que Jesus pode transformar uma pessoa desonesta em honesta.
J
■ O senhor elaborou a B íb lia p a s so a p asso , recomendada para crianças a partir de quatro anos. O que motivou a idealização dessa Bíblia?
Desenvolvi a Bíblia passo a passo porque a maioria das pessoas, até mesmo cristãos adultos, não enxerga a Bíblia numa perspectiva histórica. Uma certa manhã, em uma classe de adultos da ED, o professor pediu aos alunos que listassem as pessoas da Bíblia em uma ordem histórica: Moisés, José, Davi etc. A maioria fracassou no teste.
Idealizamos uma forma de as crianças verem como a Bíblia fluiu no curso da história. Por exemplo, os relatos de Ester, Esdras e Neemias dispostos dentro da cronologia dos fatos.
■ Nas Bíblias infantis raramente estão inseridos todos os relatos da Palavra de Deus. Considerando sua experiência, ao se organizar uma obra para crianças, quais os critérios de seleção das histórias que irão integrar essa compilação?
Existem mais de 600 histórias na Bíblia. Quando selecionei as histórias para o livro de histórias bíblicas, considerei primeiro quais ensinavam os valores essenciais, aqueles que devem ser transmitidos à criança. Busquei relatos que se encaixavam no nível de idade que desejava alcançar. O relacionamento entre Davi e Bate-Seba, por exemplo, não é uma história para ser explorada em ensinos direcionados a uma criança em idade pré-escolar.
M Muitas crianças têm a tendência de aceitar Jesus sempre que escutam o convite no culto público. Tra- ta-se de uma reação natural da infância ou de algo que deve ser melhor trabalhado na ministração do ensino bíblico?
Muita coisa precede a decisão que uma pessoa toma de aceitar um convite durante um culto. Comigo, sendo um garoto de 16 anos, lutei por três meses com a dúvida de aceitar Jesus. Então, vejo que a questão é esta: o que estamos
fazendo para preparar o caminho para que a criança aceite Jesus; seja respondendo a um convite na igreja, seja ajoelhando-se ao lado da sua cama junto de seus pais? Precisamos ajudar a criança a aprender sobre como se tornar uma pessoa santa em Jesus Cristo, ajudá-la a compreender o significado da vida cristã e como viver como um verdadeiro f i lho de Deus. O momento da decisão genuína poderá ocorrer em qualquer estágio desse aprendizado.
■ Como falar da salvação para crianças especiais, fazendo com que elas tenham o pleno entendimento do Evangelho?
Há crianças especiais menos capazes e crianças especiais mais capazes. Todas as crianças acham difícil compreender o Evangelho quando muitos adultos tentam explicá-lo. Para evangelizar um adulto que tem uma "cesta" cheia de pecados acumulados é certo começar com o tópico sobre o pecado - ajudando-o a ver a si mesmo como pecador necessitado de arrependimento e, assim, trazê-lo
Fotos: Arquivo pessoal
a Jesus. Mas para uma criança pequena, embora de natureza pecaminosa, a questão do pecado não é tão óbvia. Gosto de conversar com uma criancinha sobre como tornar-se amiga de Jesu s , aprendendo a amá-lo e aceitá-lo porque Ele a ama também.
Podemos focalizar a “amizade eterna" de Jesus. Então, uma criança pergunta por que Jesus não pode nos levar para a sua casa como somos? E por que fazemos coisas ruins que são chamadas de pecado e que nos sujam por dentro? Então, explicamos que Jesus não pode levar coisas ou pessoas sujas para o seu Lar Perfeito, ou lá deixaria de ser o Céu. Assim, mostramos para a criança a necessidade de pedir que Jesus limpe os nossos corações e as nossas mentes quando o aceitamos.
H O senhor participou do I o Congresso Nacional de ED, promovido pela CPAD em 1998. Qual foi sua impressão da Educação Cristã brasileira?
Fiquei muito impressionado pela profundidade e amplitude do interesse e da preocupação com a excelência em Educação Cristã.
■ Passados cinco anos, o senhor volta ao Brasil para participar da quarta edição desse Congresso. Sua palestra C onstruindo o ca rá fer d as cr ian ça s será m inistrada em duas partes. Comente sobre sua trajetória ministerial envolvendo esse tema.
Durante os últimos 47 anos, desde o início do desenvolvimento de currículos para o estudo da Palavra de Deus, dediquei-m e à construção do caráter a partir da Bíblia. Elaborei um material em torno do tema com 40 valores ou traços característicos, que serviu como ponto central de um currículo. Com o passar dos anos, tenho escrito mais de 150 livros, a maioria para o público infantil. Muitos deles trabalham o desenvolvimento do caráter na criança, .-es®
/ í n t iy o -iPor Elíezer de Lira e Silva
Quando a es!
Para solidificar a convivência familiar é preciso reorganizar alguns pontos do cotidiano
A maior ameaça que uma família pode enfrentar é não ter Deus como seu centro, mesmo que o co
nheça. Satanás sempre tentou desviar o homem dos caminhos traçados pelo Senhor, e hoje usa meios cada vez mais sutis para desestruturar a família e, em decorrência, a igreja. Os pais devem estar atentos a tudo que possa am eaçar a m anutenção do bem-estar da família. Ao detectarem algo que comprometa o padrão de qualidade da vida familiar, devem, sem demora, restaurar esse padrão.
Deus deve ser reconhecido como Criador e Senhor, o único ser digno de todo o louvor, e isto deve ser praticado no lar. Nada deve tirar o lu
gar de Deus
em primeiro lugar em nossas vidas.No entanto, observamos um cer
to desequilíbrio em pais que negligenciam o cuidado com sua família por causa dos trabalhos na igreja. Lembremos do que disse o Senhor: "De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" De que adianta trabalhar por uma igreja inteira e perder sua própria família? Antes de ser um obreiro, o homem tornou-se sacerdote do seu próprio lar, assim que formou sua família.
A falta do culto doméstico
Em Deuteronômio 6.6-9, Moisés explica que a Lei deve ser, em todo tempo, ensinada no lar. Deus deVe
fazer parte
clusive, prepara os filhos para uma adoração de qualidade na igreja. É também uma forma de o homem desenvolver o seu sacerdócio, e o seu próprio ministério (caso o tenha). E o momento propício para que os filhos assimilem os conceitos básicos da vida cristã tanto para o presente quanto para o futuro. A Palavra explanada de forma sistemática no culto doméstico leva a criança à sabedoria (2Tm 3.15).
Os pais devem tornar-se dignos de honra. Queremos que nossos filhos vivam m uitos dias, felizes. Mais do que os pais, Deus quer. Para tanto, estes filhos devem honrar seus pais (Ex 20.12). Esta honra é devida mereçam os pais ou não, mas é muito mais nobre que estes pais façam por merecer a honra. Os primeiros
na vida da família, nem a própria família. Um marido deve amar a Deus mais que à sua esposa, uma esposa deve amar a Deus mais que ao seu marido. Assim fazendo, eles amar- se-ão com maior força e intensidade; o Senhor estará intermediando este amor. Deus espera que o coloquemos
de todos os m omentos da família. E obrigação dos pais apresentá-lo aos filhos sempre que possível. O culto dom éstico mantém a família agregada física, afetiva e espiritualmente. É um período de adoração familiar que, in
exemplos dos filhos são seus pais. As crianças percebem as atitudes de seus pais (muito mais do que as palavras) diante da vida, e inconscientemente, muitas vezes, duplicam essas atitudes em suas próprias vidas.
m SmiMzdQn.'
abilidade do
Não só como pais, mas como cristãos, deve-se ser exemplo para os filhos. Exemplo de amor, retidão, perdão, fidelidade, piedade, honestidade, abnegação, solidariedade. Pais que se mostram exemplos destas virtudes são facilmente honrados por seus filhos e verão a recompensa do Senhor em suas vidas.
Ausência no lar
Uma outra am eaça à fam ília m oderna é a falta de tempo dos pais para conviver com os filhos e u su fruir momentos agradáveis com sua fam ília. Esco n d e n d o -se a trá s da busca pela provisão, os pais m odernos esque cem -se da convivência familiar.
É necessário que os pais convivam com seus filhos para que possam lhes transm itir tanto os valores
Consumismo
A busca desenfreada pelo material ameaça não só a família como um todo, mas cada membro dela que incorrer neste erro. Na realidade, quando se busca as coisas de modo anômalo, peca-se de diversas formas: tira-se a pri- ^ v»- m a -zia de Deus na vida
mais dinheiro ou bens - de qualquer forma não são tratadas como próximos, conforme a Bíblia ensina); a convivência familiar, quando existe, é prejudicada.
O materialismo resulta de um desenvolvimento anormal do instinto aquisitivo do homem. Quando este não tem um conhecim ento sobre Deus nos padrões bíblicos, apega-se
a coisas de maneira que nunca vai se sentir satisfeito. Este
comportamento deforma o ser humano, le-
vando-o a ser uma pessoa
fria e ego- í s t a .
morais quanto os espirituais. Valores são passados através de vida em comum, de exemplo, de conversas ocasionais. A convivência dos pais com os filhos é imprescindível para uma vida familiar saudável.
(o deus agora é o dinheiro ou o que ele possa comprar); as pessoas já não são vistas como preciosas aos seus olhos, dignas de respeito (a não ser que sejam meios de se conseguir
sas sao personificadas e as pessoas são reduzidas a
coisas.Essa realidade é
praticada na sociedade em geral e, gradativamen-
te, perm eia a fam ília. Nesse ponto, os familiares já não são va
lorizados, as coisas e os projetos materiais assumem a prioridade na
m
“Ao detectarem
algo que comprometa o
padrão de qualidade da vida familiar,
os pais devem, sem demora,
restaurar esse padrão”
vida do homem. Como resultado, o espaço que deveria ser usado com a Palavra do Senhor bem como os referenciais advindos do caráter de Deus são trocados pelos valores materiais do mundo.
A Bíblia é clara ao declarar que a prioridade deve ser o desenvolvim ento do Reino de Deus (Mt 6.33), e esse Reino é constituído de vidas, não de coisas. É bom ressaltar que, quando o m a te ria l é gerenciado de forma correta, ou seja, no seu devido lugar na escala de v a lo re s , D eus to rn a -se um partícipe nessa administração. Assim, os bens constituem -se uma benção para a família e para o Reino de Deus.
Capitalismo
O capitalismo é um sistema econômico que provoca na comunidade a ele submetida uma falsa necessidade de se adquirir o supérfluo. Isso tem adquirido tanta força na sociedade a ponto de os próprios governos dos países capitalistas dependerem do ciclo produção-consu- mo para sobreviverem.
O cristão responsável deve criar e manter uma resistência ao consumo desenfreado. Desta maneira, ele terá garantia de não entrar em dificuldades decorrentes da má admi
nistração financeira. Quando Jesus diz em Mateus 6.32-33 que "vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça...", Ele está expressando um padrão de vida centrado em prioridades. Uma família conduzida por um sacerdote responsável nessa área tem grandes possibilidades de viver num clima de tranqüilidade e segurança social.
Liderança em desequilíbrio
Deus criou a família com uma estrutura bem definida. Paulo evoca essa estrutura quando fala da igreja. Cristo é a cabeça da igreja assim como o marido é a cabeça da mulher (Ef 5.23). Temos nesse particular duas coisas a destacar: o amor do marido pela esposa e a submissão desta esposa a seu marido.
A Bíblia é muito clara e não deixa espaço para exageros de ambas as partes. A esposa deve ser submissa a seu marido como ao Senhor. O marido, por sua vez, deve amá-la como Cristo amou a igreja, entregando-se a si mesmo por ela. E um amor sacrificia l. Amar a esposa mais que a própria vida. E tão fácil ser submissa a um marido assim!
Os desajustes nesta estrutura repercutem na família. Os filhos devem ter referência de liderança masculina no lar. Quando a esposa é autoritária e insubmissa, esta referência se perde, causando prejuízos, às vezes, irreparáveis, principalmente para os filhos homens.
Da mesma forma, pais excessivamente autoritários tolhem a liberdade de expressão dos filhos e da esposa, tornando-os pessoas sem iniciativa, que terão dificuldades em se relacionar com o mundo externo à família. Os filhos de um lar ditatorial dificilmente serão bem-sucedidos como líderes, considerando que esse modelo de formação pro
voca bloqueios nessa área. A estrutura mostrada na Bíblia representa o equilíbrio que deve reinar no lar.
Lar em reconstrução
O p on to de p a rtid a p ara a reestruturação da família, à luz da Bíblia, é o conhecim ento mútuo tridimensional (espiritual, afetivo e social) entre o marido e a esposa. Assim como Cristo conhece a igreja, o marido também deve conhecer sua esposa - respeitando as devidas proporções.
A cultura que nos é imposta tem levado os cônjuges a uma intensa vida profissional. Esse fator vem sacrificando a vida relacional e, conseqüentem ente, embaraçando esse conhecim ento indispensável no processo da reconstrução fam iliar.
Deus concedeu ao homem a responsabilidade de ser o mentor espiritual da sua mulher. Por isso, o conhecimento mútuo torna-se imprescindível. Isto só pode ser adquirido com dedicação, atenção, perícia, m aturidade, paciência e, acima de tudo, conhecim ento da P alavra de D eus. É im p o ssív el uma fam ília chegar a um padrão de excelência no relacionam ento se o casal deixa a desejar nessa área. Uma vez que o casal *esteja ajustado, pode montar um plano de reconstrução com base na Palavra de Deus e na oração, sem abrir mão da disposição para levá- lo a efeito.
Em meio a todos os desajustes familiares, até mesmo em meio ao caos, nada está perdido quando se deseja uma recuperação aos pés do Senhor. "Porque para Deus nada é im possível", Lc 1.37.
Elíezer de Lira e Silva é pastor na AD em Prado Velho, Curitiba (PR), e comentarista das Lições Bíblicas para Jovens e Adultos deste trimestre cujo tema é Família Cristã.
m
Sxem fiC o-de 'THeáfoe ; Por Andreia Di Mare com tradução de Carla Ribas
. ... .....
Cinco minutos comMarlene LeFever
Professora norte-americana analisa a globalização, relacionando o comportamento das crianças de hoje com o ensino bíblico
c o m o d e muita gente. Que sin-
tam-se pouco confortáveis, e isso os incentive a criar métodos de ensino.
m
estre em Educação Cristã, conferencista e autora dos livros Estilos de aprendizagem e Métodos
criativos de ensino (editados pela CPAD), Marlene LeFever é uma das preletoras internacionais de destaque no 4o Congresso Nacional de ED, a ser realizado entre 29 de julho e 1 de agosto, no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo. A seguir, você acompanha uma entrevista exclusiva que esta professora - um exemplo de mestre dos nossos tempos - concedeu à Ensinador Cristão.
Em termos culturais, o que podem os considerar universal na criança?
Essa é a primeira geração em que as crianças se parecem mais entre si do que com seus pais. Elas vêem os mesmos filmes, vêem os mesmos programas de televisão, ouvem as mesmas músicas, vestem a mesma roupa. Muitas delas têm a mesma atitude quanto à vida: "Eu vou viver para hoje, porque talvez não tenha o amanhã". Muitas têm os mesmos medos - da Aids, morte do planeta, balas perdidas, violência. A maioria delas, especialmente nas nações mais desenvolvidas, se preocupa com o desaparecimento da família - o pai vai embora, nada é estável.
A g loba lização pode d istanciar as crianças da cultura de seus países?
A globalização é muito óbvia, mas existe o fato de as pessoas estarem indo em outra direção. Algumas nações estão percebendo que se não trouxerem as suas crianças de volta para a sua cultura, as perderão. Elas ainda têm as crianças, mas estas serão membros da nação do mundo, não do Japão, não do Iraque, nem mesmo do Canadá, e assim por diante.
Então, o p ro fessor de ED tem de estar aten to p ara a qu estão da g lo ba lização?
Se eu estivesse ensinando alunos entre as idades de 9 e 25 anos, eu ouviria a música deles, veria os mesmos filmes que eles acham importantes, assistiria aos programas de televisão que eles assistem. Dessa forma, eu poderia fazer uma relação de tudo com o Jesus que eu ensino na Bíblia. Eu usaria a vida diária deles como lição. Muitas crianças, em muitos países, acham que a igreja é cercada por muros enormes, e o que acontece nela é completamente diferente do que acontece com o resto do m u n
do. É bem diferente o jeito que eles agem na igreja para o jeito que eles agem na escola e na rua.
Que contribu ição a irm ã espera que seus d o is liv ros la n ça d o s no B rasil traga p ara a E ducação Cristã em n osso país?
Espero que os professores leiam o Estilos de aprendizagem e mudem o jeito como ensinam. Nós temos perdido muitas crianças porque temos ensinado a elas de um jeito ou de outro. Estilos de aprendizagem não vai resolver tudo, mas vai começar a ganhar alguns de nossos filhos. As crianças não costumam deixar a igreja por causa do Diabo; elas deixam a igreja por causa dos cristãos, que não as amam, que ensinam a elas de uma forma que não entendem, que não tem nada relevante para dizer sobre o mundo delas.
Já o Métodos criativos de ensino se torna uma ferramenta para ensinar os diferentes tipos de aprendizado.Espero que esse livro in-
/4 n t< m àx
Conhecimento emRazão e capacidade sensorial são g |mecanismos básicos à aquisição do saber * 9
Vejamos os meios de aquisição do conhecimento, inclusive o bíblico e espiritual.
O m eio ou can a l da percepção
É a nossa percepção sensorial mediante os sentidos físicos, que captam as impressões, imagens e mensagens do mundo à nossa volta e transmitem aos centros de processamento da mente. A
Meios de aquisição do conhecimento
fetas da época, alienados do conhecimento de Deus, também fizeram o povo errar (Jr 50.6 e Mq 3.5). Esse assunto do conhecimento é realmente oportuno no momento, por tratar- se de um dos sinais precursores da volta do Senhor, como está predito em Daniel 12.4.
O conhecimento realmente meritório, sacrossanto e de valor e efeito benditos e inestimáveis é o conheci-
jn en to de Deus. "Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor", Jr 9.24. Já o homem natural, por não conhecer a Deus, esforça-se por conhecer ao máximo e com prioridade a si mesmo, como apregoava o famoso filósofo grego Sócrates: "Homem, conhece-te a ti mesmo". O conhecimento que nos é de fato prioritário e indispensável é o de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual deve ser precedido do nosso crescimento na graça divina (2Pd 3.18). Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2.3).
este artigo vamos tratar dos meios de aquisição do conhecimento em geral. Não é primeira
mente da sabedoria como tal que vamos tratar, mas do conhecimento. Ter alguém sabedoria, pres- supõe-se que ele tem conhecimento. Daí, até certo ponto, sabedoria é o emprego lógico, dosado e oportuno do
conhecimento adquirido, tanto o geral como o bíblico. Vemos nitidamente em
Romanos 11.33 que sabedoria e conhecimen
to são elementos distintos, mas interdependen
tes. O profeta Oséias falando da parte de Deus acerca
dos terríveis males que sobrevieram ao povo de Israel,
declara: "O meu povo foi destruído porque lhe faltou o
conhecimento". Maus pastores e falsos pro
geral, ,___mo adquin
percepção é um recurso básico e indispensável à obtenção de conhecimento. Esse conhecimento que nos chega através da percepção, tendo os sentidos físicos como canais de aprendizagem, costuma ser chamado de conhecimento empírico.
Aí está à nossa volta o mundo da imagem e das impressões mediante as cenas, gravuras, quadros, gráficos, experimentação, observação pela visão, ouvido, olfato, paladar, tato etc. Este meio de conhecimento é limitado devido a fragilidade dos nossos sentidos, cuja capacidade, em grande parte dos casos, é menor do que a maioria dos animais. Não era assim no princípio quando Deus criou o homem, mas o efeito deletério do pecado vem reduzindo desde a queda do homem, essa capacidade.
No campo da nossa percepção através dos sentidos e da empatia, a Criação é um imenso livro aberto, cujas "palavras" são os objetos, as pessoas, o espaço, os astros, campos, rios, bosques, animais, plantas, montanhas, dias, noites, fenômenos e leis da natureza etc. O crente precisa e deve sempre ser um atento observador da natureza. Recomendamos aqui que o leitor examine cuidadosamente Jó 12.7-11, Salmos 8.3 e 19.1-4, Provérbios 6.6 e Romanos 1.20. Esta última referência bíblica é de grande peso no contexto aqui enfocado.
Certos fatos, práticas, ocorrências e incidentes da vida humana também podem contribuir para reduzir a capacidade sensorial do ser humano, como doenças, enfermidades, atrofias, deformidades, abusos, vícios, excessos diversos, acidentes sofridos, idade, e
\ l
maus hábitos no emprego dos sentidos.
Alguns textos da Escritura nos ajudam a entender o valor da percepção através dos sentidos físicos na aquisição do conhecimento. Em João 20.29, Jesus dirigiu-se a Tomé, um dos seus discípulos, di- zendo-lhe, "Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!". Em 2 Samuel 5.24, Deus instruiu a Davi quando da guerra movida contra Israel pelos filisteus, dizendo-lhe, "Ouvindo tu um estrondo de marcha pelas copas da amoreiras, então te apressarás, porque o Senhor saiu, então, diante de ti, a ferir o arraial dos filisteus". Em Atos 2, a percepção dos discípulos quanto aos fenômenos pen- tecostais ocorridos no Dia de Pentecostes ficou registrada na Bíblia. "Um som
como de um vento veemente", v2. "E foram vistas por eles línguas repartidas como que de fogo", v3, e mais: "cada um os ouvia falar na sua própria língua", v6.
Como está a n o ssa percep-
m
ção fisiopsíquica do meio ambiente e de tudo mais à nossa volta através dos sentidos físicos?
O conhecim ento através da razão
A razão é a mais alta faculdade psicossocial do ser humano.É um atributo do nosso raciocínio; da nossa inteligência. A razão devidamente funcionando é o pensamento e a reflexão transformados em imagens e projetados na "tela" da mente. O uso devido e organizado da razão conduz ao discernimento e ao tirocínio. Os pensadores gregos são até hoje admirados, estudados e festejados por utilizarem o raciocínio filosófico ao máximo, enquanto hoje é comum os usuários lançarem mão de fontes documentais e de plágios, transcrevendo- os sem criatividade ou originalidade por parte deles ao apresentarem seus trabalhos no mundo das letras e das artes etc.
O uso ordenado da razão no estudo individual ou em grupo é fator primordial para o estudioso na aquisição do conhecimento. Além dos processos comuns e habituais de tal estudo, estão também a inquirição, a investigação, a entrevista, e pesquisa em geral propriamente dita, conforme a prática que o aluno tenha em metodologia científica.
Na Bíblia temos muitas idéias disso. Em Daniel 9.2, o profeta Daniel, que foi homem de estado em Babilônia e também muito culto, afirma, "Eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos." Lucas dá idêntico testemunho no tocante ao seu trabalho literário para relatar "por sua ordem" os fatos da vida de Cristo, ele (Lucas) informou-se "minuciosamente de tudo desde o princípio" (Lc 1.3).
Vemos que Lucas através da faculdade da razão e sob a inspiração divina aprofundou-se no exame minucioso dos fatos que ocorreram com Jesus e assim nos legou o Evangelho que leva o seu nome como escritor. O versículo 4 declara o objetivo cognitivo
de tudo isso: "Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado".
A colônia judaica da cidade de Beréia, no sul da Macedônia, ao receber de bom grado a Palavra de Deus ministrada por Paulo e Silas, fez um meticuloso uso da razão, pois examinaram "cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (At 17.11). Outro notável emprego da razão na aquisição do conhecimento é o que está narrado em Ester 6, a começar do primeiro versículo. O desfecho do drama, de que se ocupa o referido livro, que resultou no livramento dos judeus de morte certa foi a pesquisa racional ordenada pelo rei, "no livro das memórias das crônicas" do Império Medo-Persa.
Qual é o atual estado, a robustez, a pujança, a amplitude e a qualidade do nosso raciocínio? Dos elementos cognitivos da nossa mente?
O conhecim ento p ela intu ição
Intuição é o conhecimento direto das coisas sem prévia ajuda da razão, nem da percepção. A intuição procede da área psíquica do sentimento da pessoa; isto é, a pessoa "sente" psiquicamente.
A mulher é em geral mais intuitiva do que o homem, pelo fato de ser mais suscetível de sentir psiquicamente. O fenômeno dos sonhos, quando normais e naturais, pode estar relacionado à intuição.
“Há pessoas que deixam de aprender mais, inclusive sobre
aquilo que já sabem um pouco, por
acharem que sabem tudo”
A m ed iação humana
Da mediação humana vem o conhecim ento m ediativo. Aí está a aprendizagem obtida através dos mestres, dos cursos, dos livros, mas também o exemplo dos outros, motivando a aquisição do conhecimento. As vezes aprendemos mais com a pessoa do mestre do que com a sua aula formal. Na nossa aquisição de conhecimento mediativo é de maior importância a atenção do aluno para com o professor, e do mesmo tempo o interesse do aluno pelo assunto que o professor ensina.
Em 2 Timóteo 2.2 vemos algo do conhecimento mediativo. " E o que de mim, entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os o u tro s." Em Atos 18.26 temos um notável exemplo do que estamos a discorrer, quando um casal cristão na cidade de Éfeso, na Ásia Proconsular, levou consigo o celebrado e eloqüente mestre Apoio, de Alexandria, para lhe ensinar com minúcias o caminho do Senhor. Apoio certamente já conhecia o geral, mas agora chegara a vez de conhecer com precisão o referido assunto. Vemos aqui a humildade do grande Apoio. Há pessoas que deixam de aprender mais, inclusive sobre aquilo que já sabem um pouco, por acharem que sabem tudo. Pode ser pecado de presunção, de altivez, de arrogância. Neste particular, a humildade de espírito é uma bênção em nossa vida. O crente humilde de espírito aprende mais, e aprende mais rápido. O orgulho endurece o coração; a humildade abranda-o, o que facilita a gravação do ensino ministrado.
A com panhe, na próxim a ed ição , a segunda parte deste artigo na qual p asto r A ntonio G ilberto acrescenta m ais in form ações e traz a conclusão do assunto.
Aprendendo sempre mais para ensinar cada vez melhor
MAfilOSIÍIIIR
Teologia M anua
E d u c a ç ã o
CristãProfessord e fsco ia DorrÄ-f-ü
iVorcos tuíe?C!au<^C^or de Andrade
Bibliãmàõj i
Manual do Prof< de Escola DomiiMarcos Tu lerCom a finalidade de auxilii através de um estilo claro, leitor a assimilar os cortei didática. Fruto de uma exj tanto no magistério cristão livro é o professor que esc
232 páginas - Formato: 14 x
Um verdadeiro suporte para pastores, superintendentes, líderes o i
Nas livrarias evangéjicas ou pelo 0300-789
Estilos de Aprendizagem
MarieneD. LeFeverTodo educador cristão pode
beneficiar-se deste livro — tanto professores quanto
administradores, sejam novos na tarefa ou tenham anos de
experiência. Este livro compartilha informações básicas
sobre estilos de aprendizagem em termos de ação. De fácil
leitura, sem ser simpiste, o 'ivro está cheio de histórias, casos
reais e sugestões práticas
Métodos Criativos de EnsinoMar/ene D, LeFerzerCom idéias práticas e utilizáveis que tornarão o ensino criativo uma realidade em sala de aula, a autora esbanja a prática da criatividade dando oportunidade de usá-ja inúmeras vezes
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384 páginas / formato: 14,5 x 22;
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Professores veteranos somam competência com experiência e fazem da sabedoria uma aliada
nas classes de EDO tema envelhecimento ganhou crescente interesse da sociedade a partir de estatísticas que projetam um
período de 50 anos para que o número de idosos supere a marca do bilhão. No Brasil, de acordo com o último censo demográfico realizado em 2000, o número de habitantes aproximou-se da marca de 170 milhões. Nos anos 70, projetava-se que em 2000 a população brasileira ultrapassaria os 200 milhões
de habitantes. A diminuição da fecundidade, no entanto, reduziu o ritmo de crescimento populacional e provocou o envelhecimento dessa população. Como resultado, o Brasil deixou de ser um país predominantemente de jovens, passando a ser um país cuja pirâmide etária apresenta maior concentração de pessoas na faixa da meia idade.
Outro fator a ser considerado é o aumento do número dos mais idosos (acima de 80 anos), alterando a com
posição etária dentro do próprio grupo. Significa dizer que a população considerada idosa também está envelhecendo. Estudos recentes indicam que este segmento é o que mais cresce no Brasil, podendo chegar a quase 15% do contingente populacional em 2020.
Enquanto o assunto Envelhecimento Populacional tem sido amplamente discutido em conferências mundiais, nas igrejas a valorização dos idosos é uma realidade: idade avançada é reconhecida como a soma da experiência com o conhecimento. As Assembléias de Deus, por exemplo, aproveitam essa valiosa mão- de-obra em seus departam entos,
principalm ente na Escola Dominical, onde esses veteranos, com idade acima de77 anos, continuam a exercer o magistério cristão. Para eles, que esbanjam vitalidade nas classes, ensinar faz parte da aprendizagem, pois quem ensina, aprende. A maioria assumiu o ministério
na juventude como auxiliar da ED. Hoje, a idade não é empecilho - eles não pensam em parar. E por isso, participam de treinamentos, congressos e conferências de ED, buscando recursos que os aperfeiçoem mais.
Vigor e disposição
A valorização dos idosos pode ser conferida na AD em Belém (PA), liderada pelo pastor Samuel Câmara. Segundo o superintendente-geral da ED, pastor Raimundo Corrêa Costa Lima, a igreja conta com mais de 100 professores nesta faixa etária. E o caso de , Alfredo Gansez do Nascimento, 85 anos, que guarda experiências marcantes de sua vida cristã. "Sinto-me feliz por ter presenciado no decorrer do meu ministério almas aceitando a Cristo, curas divinas e batismos no Espírito Santo. Muitos dos meus alunos hoje são professores de ED e pastores. Esses resultados me motivam a continuar com a missão de educador cristão e não penso em parar", ressalta.
Outro professor de ED que faz questão de ser exemplo para a igreja é o pastor Carlos Padilha de Siqueira, líder da AD em Presidente Prudente (SP), I o vice-presidente da Convenção Fraternal e Interestadual do Belém (Confradesp) e presidente do
Sttàúuld&l'
em práticaConselho de Missões da CGADB. Aos78 anos, destes 50 ministrando aulas na Escola Dominical, ele conta que a ED foi a base de sua vida. "Até aos 12 anos acompanhava minha mãe à igreja. Depois, me afastei. O que aprendi na igreja foi o que me fez rejeitar os vícios. Retornei aos caminhos do Senhor com 18 anos, e assim que passei pelas águas comecei a dar aulas na classe de adultos e estou até hoje".
Pastor Padilha chama a atenção da liderança para a importância da ED e reivindica apoio do líder em relação à Escola. "Nos dias atuais temos lutado muito para manter a ED, porque nem todo membro é aluno. Mas se o pastor divulgar a ED nos cultos, fará da igreja uma grande Escola. O crescimento da Escola Do
gue o pasrminical está no incentivotor dá. Há algum tempo iniciamos uma classe de novos casais. Notamos a ausência de pessoas recém-ca- sadas e, então, começamos a visitá- las. O resultado foi excelente: a nova classe já conta com mais de 60 alunos matriculados", avalia.
Pastor José Pimentel de Carvalho, líder da AD em Curitiba, assegura que a liderança que mantém a assiduidade na ED garante o seu bom andamento. "Como líder da igreja,
não permito que nenhuma atividade atrapalhe o funcionamento da Escola. Tenho 87 anos, comecei na ED aos 15, como auxiliar, logo após a minha conversão", recorda.
Incentivador do currículo infantil, pastor Pim entel não perde a chance de divulgar o ensino bíblico. "Faço questão de ensinar na ED por entender que ela é uma das colunas que sustentam a igreja. A aproximação do aluno com o professor desperta o interesse pelas aulas. Na classe de ED, o aluno tem mais chance de aprender e questionar do que no culto. A Escola Dominical deixa o aluno mais receptivo ao aprendizado. E fundamental que os líderes priorizem a Escola e incentivem os seus membros a serem alunos dela, pois a ED é a maior e mais importante Escola do mundo", afirma.
Idade não atrapalha
Nem mesmo a idade impediu irmã Luiza Ivo da Silva, 77 anos, membro da AD em Recife, a cursar o ensino básico de Teologia aos 60 anos. "Há 58 anos sou professora de ED. Atualmente melhoramos muito, pois no passado não tínhamos as facilidades oferecidas hoje. Aprendíamos uns com os outros. Graças a Deus, hoje os professores têm mais recursos disponíveis", analisa. Na |— opinião dela, a idade avançada não prejudica o and a m e n to das aulas."Eu, por ex em p lo ,
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Com 77 anos de idade, professora Luiza Ivo (de pé) ministra a lição dominical na AD em Recife com o mesmo entusiasmo que há 58 anos, quando assumiu sua primeira classe de ED
quanto mais estudo, mais quero aprender. Para dar aulas, leio livros, pesquiso e principalmente leio a Palavra de Deus", revela.
Rita de Calda Silva, membro da AD em Recife e aluna da irmã Luiza Ivo, diz que é um privilégio ter a irmã Luiza como professora na ED. "Ela é dinâmica, integrada com o assunto, tem conhecimento na Palavra e muita experiência. A idade dela faz com que tenha muito a oferecer para o aluno", testemunha.
Os professores veteranos são unânimes ao concordarem que a faixa etária deles não prejudica o andamento das aulas. "Há pessoas que envelhecem cedo, se aposentam e não querem fazer nada na vida; há também pessoas mais jovens que não têm entusiasmo para fazer nada. O importante é que o espírito seja sempre novo", diz pastor Padilha.
Para esses incansáveis ensinadores, a idade, de fato, não serve de obstáculo. Irmã Judite Holder, membro da AD em Porto Velho (RO), encaixa-se neste perfil. Ela comemora seus 90 anos e se ale
gra por dedicar 64 deles na ED. "Dar aulas na ED é prazeroso e quem me sustenta é o Senhor. Vou parar somente quando Jesus mandar. Ainda sinto muita vontade de continuar desenvolvendo o mi-
_________ ______ r ara o qual fui chamada", atesta.
Para irmã Judite houve grande progresso na qualidade do ensino da ED e muitas opções surgiram para quem quer se aprimorar."Antes, dispúnhamos somente da Bíblia. Hoje temos ao nosso alcance uma variedade de material que nos auxilia, a começar pelas Lições Bíblicas e pelos cursos de aperfeiçoamento".
Sempre aluno
Escola Dominical também está entre as prioridades do presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus (CGADB) e líder da AD no Belenzinho (SP), pastor José Wel- lington Bezerra da Costa. Sua cooperação na ED não é somente como professor, mas também como aluno. "Ensino na ED desde 1956, e tanto ensino quanto aprendo. A ED é uma das opor
Na avaliação do pastor José Wellington, a experiência de vida dos professores é uma valiosa contribuição para o ensino bíblico
tunidades que o crente tem de aprender, de forma mais minuciosa, as doutrinas bíblicas. Na ED estamos mais perto do aluno e ele tem a chance de tirar suas dúvidas. O aproveitamento é maior", enfatiza. O líder da CGADB concorda que a experiência vivida pelos professores é uma valiosa contribuição para o ensino bíblico, mas recomenda que o professor atualize-se e busque reciclar seus conhecimentos bíblico e teológico. "Quem ensina, precisa acompanhar o desenvolvimento da vida para não ficar ultrapassado", aconselha.
Pastor José Wellington observa que a ED tem crescido não somente em nú
mero de matriculados, mas também em qualidade de ensino. "Atualmente temos o privilégio de servir à igreja uma variedade de revistas alcançando as diversas faixas etárias. São lições de conteúdo precioso, onde os comentaristas são usados por Deus com unção, abordando assuntos relevantes da vida do crente", analisa, acrescentando que "a
CPAD contribui de forma preciosa com a Escola Dominical. A Casa tem criado e inovado principalmente na área infantil, pois neste mundo terrível do pecado, as crianças precisam conhecer, na sua mais tenra idade, quem é Jesus. No que se refere à ED, a igreja tem um bom currículo"
Conselhos para os iniciantesNa opinião dos professores veteranos,
os irmãos que desejam abraçar o magistério cristão devem fazê-lo com amor, dedicação, alegria e disposição. “Deve-se considerar que o magistério cristão é antes de tudo uma vocação divina. Atarefa é árdua, porém gratificante", avisa professor Alfredo Gansez.
Pastor Carlos Padilha concorda que haja dificuldades peio caminho, por isso aconselha: “Perseverem porque o desânimo vem, e a nossa vida é cheia de ventos contrários. Não podemos desanimar por qualquer coisa. O professor de ED tem que ser perseverante. Há 58 anos sou professor de ED e nunca me cansei.
Nossas armas são o jejum e a oração para professores e obreiros, e o resultado é maravilhoso”.
Para a irmã Luiza Ivo, a perseverança também é fundamental. “Não parem, continuem avançando e se interessem pela ED”, diz, ressaltando que “para colher é preciso semear, e ninguém pode dar o que não tem”.
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p astor e educador norte-
a m e rican o co m iarga
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/ ín t iy a y_________________________________«■— |;Por Maria José Costa Lima
j n p i ■Oficio de
A busca pelo conhecimento precisa ser constante na vida do educador cristão
T ornar o aluno um discípulo de Cristo, com prometido com Deus e sua Palavra, é um dos m aio
res desafios do professor de Escola Dom inical. Como m inistros da Palavra, precisam os repensar algumas atitudes que, infelizm ente, ainda perm eiam nossa prática docente. É o caso do comodismo pedagógico, intelectual e espiritual acrescido de preconceitos contra recursos que, se utilizados com sabedoria e para o engrandecim ento do Reino, podem ser instrumentos de bênção.
Olhando para o nosso M estre por excelência, Jesus Cristo, poderemos aprender as lições do m agistério. Ao ensinar, Ele utilizava todos os recursos e métodos disponíveis da sua época. Usava objetos, parábolas, histórias, prele- ções, perguntas, discursos etc. Isto porque Jesus tinha como alvo o coração de seus alunos e a transformação de suas vidas.
C onscientes dessa verdade, o professor pergunta-se: "Que processo e ferram entas devo utilizar para atingir o coração das crianças, adolescentes, jovens e adultos? Até que ponto minhas aulas têm produzido crescimento efetivo no meu aluno?"
E sias q u estõ es devem fazer parte do cotidiano do professor, e
sabe ser. É aquele que reflete sua prática e olha sua form ação não como algo acabado e completo, mas em processo de crescimento. Nesse aspecto podemos aprender com o
produto.Mas, ainda há outros
qu estio n am en to s que devem ser fe itos pelo professor: "Com o objetivo de cumprir o desafio de levar o aluno a Cristo e edificá-lo na Palavra, tenho procurado me aperfeiçoar? Com tantos recu rso s d isp o n ív e is como revistas, jornais, vídeos, docum entários, palestras, cursos, internet tevê e experiências pesso ais, tenho motivado m eu alu no a ponto de plantar em seu coração o desejo de também ser um conhecedor da Palavra?"
Em um conceito moderno de Educação, o professor com petente é aquele q u e sabe c o - n h e -cer, sabe fazer e
suas respostas farão diferença em sala de aula. O obreiro de ED sabe que a ap ren d iz a g em a co n te ce quando há mudança de com portamento, logo a aprendizagem deve ser vista como processo, não como
m
“Aaprendizagem
deve ser vista como processo, não como produto”
profeta O séias, que orientava o povo a conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor (Os 6.3).
Limitar-se apenas ao que está na Lição Bíblica do mestre pode até ser mais cômodo, mas não é sinônimo de uma Educação plena. O que se espera do docente hoje é leitura, pesquisa e produção de conhecim ento. Quando observamos o que diz a Bíblia em Lucas 12.48 - a quem muito é dado também será muito exigido - , cabe a nós ter bem definido o grau de exigência que recairá sobre os que fazem a obra do Senhor.
Temos a tarefa de refletir sobre nossas aulas e de contextualizar os ensinamentos a fim de que produzam no cotidiano do aluno mudança de vida, conscientes de que a proposta da ED não é apenas form ar para a vida terrena, mas para a eternidade. Não é formar apenas "rep etid o res" de textos bíblicos, mas discípulos de Jesus, que tenham suas próprias experiências com Ele.
Comparo o trabalho do professor ao ofício de garim peiro. No preparo da aula, in icia-se o processo de garim pagem , de escavação do terreno do conhecim ento do tema em estudo. Se o assunto é oração, por exem plo, deve-se procurar livros, revistas, artigos, textos, experiências pessoais, todos relacionados à oração.
Munido do m aterial garim pado (nunca esquecendo de que o li- vro-texto é a Bíblia), o professor, ao chegar na sala de aula, fará um a a n á lise m u ito m aio r e abrangente sobre a necessidade de viverm os em oração, sendo capaz de inserir com entários sobre cada tópico do tema, tornando a aula mais rica e atrativa.
Habilidade sob a unção
Em certa ocasião, conversando com uma professora de ED, comentávamos sobre a formação do professor e as críticas que se tornaram comuns a um termo bastante utilizado nas escolas - reciclagem de professores. Se visto sob a perspectiva pedagógica, o conceito tem avançado e atu almente trabalha-se mais com títulos como capacitação, com petência e aperfeiçoam ento.
P orém , se co n sid e ra rm o s o sim b olism o fe ito por Jerem ias 18.1-6, essa concepção pode ser aplicada ao processo de mudança pelo qual passamos para nos tornar úteis nas mãos do Oleiro. Essa mudança, de acordo com Romanos 12.2, ocorre em conseqüência do não conformism o com este século, de uma busca pelo conhecimento da Palavra, que resultará em renovação da mente e intim idade com Deus.
Essa mesma Palavra que tem poder para gerar em nós relacionamento profundo com o Pai, tem a função de água, que lim pa, tira as im purezas, purifica e m odifica o ser por inteiro. Isto porque o processo de formação docente não é via de mão única, não é apenas m aterial e in telectual, mas tam bém e, principalm ente, espiritual. Assim sendo, a Palavra de Deus tem o poder de "reaproveitar" o ser humano, antes morto espiritualm ente, agora nascido de novo pela lavagem da Água da Vida.
Em nossas classes, chegarão a lu n o s a tra v essa n d o co n flito s em várias áreas - m aterial, em ocional, esp iritu al, enfim , necessitand o de algo que con fron te seu problem a. Nós, professores, ensinam os m elhor o aluno quando nós m esm o s, p o r m eio de constante pesquisa e prática da P alavra, som os ensinados pelo Senhor. Se esta é uma realidade em nossa vida, certam ente fará efeito prático na vida do nosso aluno. O exem plo continua sendo, ao longo da h istó ria , o m étodo m ais eficaz na vida de quem ensina.
Diante dos desafios, você pode estar pensando que tudo é teoria e que a prática é bem mais difícil. Hoje, entendem os que não existe prática sem teoria, nem teoria sem prática. No ensino cristão, no entanto, temos pelo menos duas forças geradoras na práxis do educador:
1) O Espírito Santo, sem o qual nossas forças e esforço nada valem e se tornam vãos;
2) A disposição do homem e da mulher em se hum ilhar diante de Deus, colocando-se a serviço do Reino.
D evem os entend er que todo nosso conhecim ento intelectual e habilidades pessoais são de extre- * ma im portância, porém sozinhos não form arem os d isc íp u lo s de Cristo, somente pela unção do Espírito Santo. No momento em que m inistram os a aula, a mensagem que Deus nos concedeu tem que estar queimando em nosso coração. É o que estam os ensinando com preparo, ungido pelo Espírito Santo, que realm ente causará impacto nas pessoas.
Maria José Costa Lima é pedagoga, bacharel em
Teologia, pós-graduada em M etodologia do Ensino Superior e vice-diretora do Instituto Bíblico da AD no Amazonas.
m Sivlòfuzdo-t-
.EntreA sp as"É preciso haver conscientização de que o novo discípulo
não é uma propriedade particular do discipulador,
nem um criado para suprir-lhe caprichos.
O discipulador deve resistir à tentação de vir a assenhorear-
se do seu discípulo quando este mostrar-se agradecido
através de gestos e palavras, porque o verdadeiro discípulo irá procurar servir de alguma maneira aquele que o instrui, como uma espécie de recom
pensa pelo trabalho de conduzi-lo ao conhecimento
do Senhor.O autoritarismo e a manipulação de pessoas não provém de
Deus. É, antes de qualquer coisa, uma tática satânica
usada para escravizar pessoas incautas".
Trecho do livro M anual do D iscipu lador C ristão (CPAD),
página 79.
"O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que
for perfeito será como o seu mestre"
Lucas 6.40
"O filho de pais divorciados pode ser uma criança desiludida. Ele talvez não compreenda o que está acontecendo em sua
família. O divórcio tem mais probabilidade de causar
confusão e transtorno do que solução para o problema: Aprender é geralmente a última coisa na mente da
criança cujos pais se divorciaram. Na classe, ela pode
passar grande parte do tempo tentando entender as suas
circunstâncias. (...) Ela talvez pense: Quem vai cuidar de
mim, se meus pais não conseguem sequer tomar
conta de si mesmos?"Trecho do iivro M ulheres
a ju dan do M ulheres (CPAD), página 282.
S a ía de
COMENTÁRIO BÍBLICO - SALMOSMYER PEARLMAN
Myer Pearlman é considerado um dos maiores teólogos pentecostais de todos os tempos. Suas obras ajudaram a equipar e a form ar o pensamento de obreiros do Movimento Pentecostal em todo o mundo. Entre os clássicos da literatura pentecostal advindos de sua lavra estão os comentários a livros do Novo e do Antigo Testamentos, como é o caso desta obra em especial, que analisa teológica e devocionahnente o livro de Salmos. Nela você encontrará uma abordagem ao coração da mensagem dos salmos escritos por Moisés, Davi, Asafe e outros. Enriquecedor para as classes juvenis, que este trimestre estudam os livros poéticos da Bíblia.
M i ! M í 1 ! S 1 . f
A BÍBLIA ILUSTRADA PARA OS PEQUENINOSKENNETH N. TAYLOR
Esta obra é um clássico da literatura evangélica para crianças. Lançada nos Estados Unidos em 1956, ela tem abençoado famílias em todo o mundo. Seu sucesso pode ser traduzido em parte pelos mlmeros: já são mais de 1,5 milhão de cópias vendidas em cerca de 70 línguas. Seu segredo está na forma como apresenta a Bíblia às crianças. Os textos são curtos e escritos em linguagem apropriada para serem lidos em voz alta. Acompanhando a qualidade da narrativa estão as ilustrações, que cativam o pequeno leitor. Imperdível!
BIBLIAIlustrada
JESUS CRISTO NOSSA GLÓRIASAMUEL NYSTRÒM
Missionário sueco, pregador e ensinador de destaque, o autor é considerado até hoje como um dos maiores nomes da história do pentecostalismo em nosso país. Neste clássico pentecostal brasileiro, pastor Nystrõm fala da restauração da imagem de Deus em nós através da obra de Cristo. Com base em 1 Coríntios 1.30-31, começa distinguindo as glórias ilusórias das eternas para apresentar em seguida as quatro faces dessa obra divina de restauração: sabedoria, justiça, santificação e redenção. Trata-se de um edificante estudo que enobrece a obra de Cristo e aumenta a nossa compreensão dela. Indicado para as classes juniores deste trimestre cujo tema de estudo é Quem é Jesus Cristo?
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s 4 n tiy &| Por Euclides Vaz Junior
Rodízio de prolConheça as vantagens deste sistema e veja como
implantá-lo nas classes de Jovens e Adultos
Nos últimos tempos, a igreja tem sofrido com a tendência de acom odação pela qual atravessa mui
tos de seus membros. A Escola Dominical deve contribuir de modo permanente para transformar essa membresia de "passivo auditório" em "equipes que fazem acontecer".
Perseguindo este objetivo ativa- dor dos membros do Corpo de Cristo, não podemos desperdiçar o imenso potencial que o Senhor coloca à nossa disposição. Se de um lado o Senhor ainda distribui dons, conforme 1 Coríntios 12.4-7, por outro lado precisamos estar dispostos a facilitar suas manifestações.
Com a proposta de rodízio de professores nas classes de ED, pretendemos derítonstrar uma estratégia viável para o surgimento e desenvolvimento de vocacionados na tarefa fundamental de ensinar, para
a informação e formação do povo de Deus.
Quanto vale um professor?
E indiscutível o valor que apenas um professor pode representar perante o grupo de alunos. O professor é essencial para o desenvolvimento de autênticos líderes. Para tanto há, no mínimo, três razões preponderantes:
A im portân cia de seus alunos. As pessoas para quem ele realiza suas tarefas são moldáveis. São vidas em construção, cujos fundamentos têm importância vital, uma vez que "se a raiz é santa, também os ramos o são", Rm 11.16.
O professor não deve ser mero distribuidor de informação, mas sim um canal para possibilitar o aperfeiçoamento de vidas.
A p osição que ocupa. Jesus escolheu seus discípulos (que se tornaram
professores) para que estivessem com Ele, antes que os mandasse a pregar. Este princípio de associar antes de comunicar permeou seu ministério. Jesus sempre se recolhia com seus discípulos em meio às incontáveis tarefas realizadas.
Os discípulos viram o Senhor em ação, ensinando, curando, debatendo, servindo. O professor deve ser aquele que faz melhor as coisas que ensina, ao mesmo tempo em que habilita seus alunos a que façam o mesmo. Jesus ensinava, demonstrava e avaliava o desempenho de seus discípulos.
A m arca que deixa. As marcas que o professor pode imprimir no ser do aluno adquirem certa permanência, seja ele autêntico ou falso, religioso ou não. Contudo, deve-se atentar para o fato de que o isolamento do professor em relação aos seus alunos não permitirá que ele seja observado
nos momentos informais. Desta
essores na EDA diversidade de experiências que
cada professor adquiriu ao longo de sua própria vida permite uma contex- tualização diferenciada do assunto pautado em cada lição. Tal variedade normalmente é apreciada pelos alunos e os estimula a buscar respostas para suas próprias vidas.
Equipe de rodízio
Ao escolher seu corpo docente, Jesus empregou alguns critérios de seleção, para os quais fazemos bem atentar:
O ração. Foram escolhidos com oração (Lc 6.12-13), e por esta razão os considerava dádivas do Pai (Jo 17.9).
A ED não é uma agência secular de Educação. Portanto, deve ter seu quadro de professores formado por clara indicação concedida pelo Espírito do Senhor aos responsáveis por sua administração. É im perativa a manutenção deste expediente, tendo em vista o alvo a que se propõe.
O professor precisa ser uma pessoa que vive sua fé e que reflete em sua personalidade o significado das verdades que a Escritura comunica com palavras.
C on v ivên cia . Eram indivíduos com características testadas através da convivência intensa e prolongada. Fica evidente que é mais fácil conhecer as pessoas em grupos pequenos, onde todos podem ser conhecidos e ninguém fica perdido. Os grw-
forma, o professor perde a oportunidade de causar impacto com seu bom testemunho - o que representaria um despertamento para a mudança de vida de seus alunos, fazendo-os entender que a vida cristã não é apenas a conformidade com uma série de regulamentos.
Um é bom, dois é melhor, três não é demais
Em seu trabalho, o professor deve criar um ambiente de aprendizagem no qual o aluno seja encorajado e tenha liberdade de elaborar perguntas relacionadas à vida. O professor eficiente equilibra seu ensino entre análise e ação, entre teoria abstrata e prática realista.
Os alunos não estão meramente interessados no que o professor sabe ou no modo como obteve o que aprendeu, mas também em quem ele é e que experiências vivenciou para alcançar a maturidade cristã.
Diante do exposto, o que afirmamos até aqui corrobora para a adoção de um sistema de rodízio de professores diante de nossas classes.
Para uma Educação Cristã adequada é necessário com preender que cada um de nós precisa de muitos professores, uma vez que todo crente está em constante crescimento tanto na graça quanto no conhecimento do Senhor. Somos parte do Corpo de Cristo e Dele recebemos contribuição individual e coletiva para o nosso aperfeiçoamento.
A possibilidade de utilização e exposição de um número maior de candidatos ao magistério, com talentos para serem lapidados e orientados, resultará na descoberta de novos valores com atributos adequados para esta tarefa.
p o s p e q u e
nos in ce n tivam a auto-revela-
ção, fazendo transparecer as virtudes e as fraque
zas individuais, além de indicar os graus de confiabilidade, dedicação e lealdade de cada candidato potencial ao magistério.
Precisamos conhecer bem o professor, ter acesso aos seus sentimentos, seus valores, suas atitudes e suas maneiras de reagir à vida. Precisamos estar com o professor fora do ambiente formal de ensino.
D iversidade. A seleção do primeiro grupo de discípulos de Jesus foi marcada pela diversidade de origem, interesses e personalidades, cujo espectro alcançava homens de convivência rural e urbana, progressistas e conservadores, politizados ou não, extrovertidos e introvertidos.
Como as principais preocupações da Educação Cristã e da igreja são a salvação e a transformação de vidas, a ED deverá valorizar o que é essencial, buscando os pontos comuns ao invés de fazer crescer o sentimento sobre as diferenças, que em último caso promoverá o partidarismo.
Será importante que o administrador da ED perceba o quanto a variedade pode oferecer ao ensino bíblico, sem contudo deixar de "guardar a unidade do Espírito, pelo vínculo da paz", Ef 4.3.
A deficiência do modelo anterior
Em nossa experiência pastoral, percebemos a relevância da ED como agência de evangelização e consolidação de novos filhos de Deus. Entretanto, percebemos que o modelo tradicional de professor titular e suplente na classe de Jovens e Adultos, sem m andato determ inado,
engessava o desenvolvimento da Escola, inibindo o surgimen
to de novos valores.A su b stitu içã o do p ro fesso r
sempre se dava de forma traumática, chegando a provocar, dependendo da situação, o afastamento do professor substituído. A situação era ainda mais crítica quando o novo professor não reunia as condições mínimas para a realização de sua tarefa, desmotivando os alunos matriculados e impedindo novas adesões.
Diante deste quadro, ocorreu-nos orientar a superintendência da Escola e começamos a buscar novos talentos para compartilhar o ensino das classes.
O novo modelo
Definimos um período de 70 minutos para a mi- nistração da aula, os quais são comp artilhad os em tempo semelhante de 35 minutos, por dois professores, previamente escalados, a cada domingo.
Tomamos o cuidado de sempre reservar o segundo período para o professor reconhecidamente mais experiente, como salvaguarda do primeiro. Assim, há oportunidade para as possíveis e necessárias correções de percurso em direção aos objetivos traçados para a pauta do dia.
Estabelecemos o alvo de constituir uma equipe suficiente para atender cada dom ingo do m ês, com agenda pré-definida pela superintendência, de modo que um professor somente ensinará 35 minutos por mês. Considerando que a ED tem duas classes de Jovens e Adultos e o mês tem quatro domingos, serão oito
“O professor eficiente
equilibra seu ensino entre
análise e ação, entre teoria
abstrata e prática realista”
professores titulares por classe, ao invés de apenas um como no modelo anterior. Outra vantagem é que cada um deles usufrui amplo período de pesquisa e preparação da aula.
Resultados do rodízio
Entre os resultados que podemos destacar com a adoção do rodízio de professores, estão os seguintes:
1) A diversidade de experiências, origens e personalidades características de cada um dos oito professores têm contribuído de maneira ampla aos interesses dos alunos. A freqüência e as adesões à ED aumentaram.
2) As ausências dos professores que antes criavam sérias d ificu ldades, hoje podem ser supridas com relativa facilidade pela administração da Escola.
3) A desperso- nalização do ensino vai adquirindo gra- dativamente uma nova cultura, onde o foco principal gira em torno da mensagem, e não do m ensageiro.
Compreende-se melhor que "nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento", ICo 3.7.
4) Irmãos percebendo a abertura de oportunidades, começaram a se interessar pelo estudo teológico, criando importante reserva de valores para serem utilizados no futuro perante outras classes.
E assim, por meio da ED, surge na igreja um verdadeiro "círculo virtuoso".
Pastor Euclides Vaz Junior é supervisor do Setor Nova Europa, na Assembléia de Deus em Campinas (SP).
Sci&úuzd&i''
'S o a â <1 d êia&Por Débora Ferreira
E a família, . _como vai?Aplicação de dinâmicas de grupo na ED fazem o aluno refletir e até superar conflitos familiares
RESTA 1No grupo familiar, alguns responsáveis assumem li
derança autoritária no lar. A comunicação é feita com poucas palavras, sem que se exponha com detalhes o motivo de respostas taxativas. Essa atitude gera sérios desajustes. O líder geralmente fica só; todos o abandonam veladamente no coração, não existindo diálogo nem amizade.
Objetivo: Reconhecer que o diálogo na família faz grande diferença no comportamento dos seus membros.
Material: Canetas e placas com as seguintes inscrições: SIM, NÃO, PODE, NÃO PODE, FAÇA, NÃO FAÇA, PERDÃO, MÁGOA, DESCULPE, NÃÕ QUERO.
Procedimento: Faça uma demonstração da liderança do lar, distribuindo placas para cada aluno. Em seguida, peça que escrevam duas situações da vida familiar em que a resposta seja aquela expressa na placa recebida.
Exemplos: Me ajude nas tarefas domésticas? Sim; Papai, posso sair com meus amigos? Não; Estou muito angustiada, você me magoou; Desculpe-me pelas palavras agressivas.
Quando todos tiverem apresentado suas placas, devem formar duplas. Então, cada um vai oferecer ao companheiro argumentos que promovam um diálogo na família para o fato escrito.' W - .
TERMÔMETRO DO AMORObjetivo: Refletir sobre os recursos sentimentais necessá
rios para que haja alegria e harmonia no lar.Material: Papel e caneta.Procedimento: Distribua papel e caneta para a classe. Ex
plique que um fato será narrado e cada aluno deverá avaliar e anotar o número de vezes que o realiza em seu cotidiano, considerando de uma a cinco vezes.
Fatos:A) Eu abraço muito meu esposo(a). Amo beijá-lo(a) e di
zer que ele(a) é maravilhoso(a),B) Eu brinco e abraço muito meus filhos. Amo beijá-los e
dizer que eles são maravilhosos.C) Sou calmo(a). Não me apresso. Posso passar horas com
meu esposo(a) e filhos, aproveitando a companhia deles.D) Sou enérgico(a) e estabeleço regras para minha esposa(o)
e filhos. As crianças sabem quando falo sério e quase sempre me obedecem.
E) Sou bem-humorado(a). Em geral, quando ajo com firmeza não me irrito. Nunca bato nos meus filhos.
F) Presto atenção para ver o quanto meu trabalho interfere na minha vida familiar é afetiva.
Quando todos tiverem anotado seus números, peça que façam a soma e entregue ao professor, sem identificação. O mestre irá misturar bem os papéis e distribui-los novamente para que cada aluno analise e escreva uma sugestão para aumentar o valor da soma recebida. Se a soma for satisfatória, escreverá uma frase felicitando o colega anônimo.
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VITA M IN A SObjetivo: Refletir sobre valores pessoais, possibilitan
do crescimento de valores morais e espirituais no lar.Material: Garrafa descartável (refrigerante de 2 litros,
por exemplo), papel cartão branco e lápis.Procedimento: Sabemos que as vitaminas são neces
sárias para o organismo. Elas são responsáveis pelo crescimento e bom desenvolvimento dos órgãos, mas outras vitaminas são de igual importância para a felicidade, alegria e bem-estar do corpo e da alma. Então, apresente à classe um vidro de remédio gigante bem bonito (faça com a garrafa: abra abaixo do gargalo e coloque os nomes das vitaminas escritas em papel cartão branco). Esse complexo vitamínico favorece o bom relacionamento no lar. Peça que cada aluno retire uma vitamina da garrafa e comente sobre o valor dela para a sua família.
VitaminasVitamina A: amor, vitamina B: bondade, vitamina C:
carinho, vitamina D: domínio próprio, vitamina E: esperança, vitamina F; felicidade, vitamina G: graça, vitamina H: humildade, vitamina J: justiça, vitamina L: lazer, vitamina M: misericórdia, vitamina N: nobreza (dignidade, generosidade), vitamina O: obediência, vitamina P: paciência, vitamina R: realizações, vitamina S: sorriso, vitamina T: tolerância, vitamina U: unção, vitamina V: verdade, vitamina Z: zelo.
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M INHAS MÃOZINHASMaterial: Folhas coloridas e uma branca, cola, tesoura e
lápis.Objetivo: Promover uma análise sobre os diversos perigos
que os filhos enfrentam no cotidiano.Procedimento: Entregue as folhas coloridas para os alunos
e peça que desenhem mãos coloridas, de acordo com o número de filhos. Feito isto, devem escrever o nome da criança, a necessidade dela e o tipo de perigo que está enfrentando no momento. Depois, essas mãos serão coladas numa grande mão branca, que simbolizará o cuidado e a proteção de Deus. Os filhos devem ser orientados a confiar no Senhor mesmo que os pais venham a falhar.
Antes de encerrar, peça que cada responsável apresente seu trabalho, fale sobre os perigos e a necessidade de socorro dos filhos.
Tipos de perigos: mídia, indústria alimentícia (consumismo), situação econômica do país, sentimentos como paixão e tristeza, doenças, violência, indústria eletrônica, guerras e conflitos diversos.
ALFINETESO bjetivo: Perceber a importância do amor na
vida do casal, pois mesmo havendo conflitos e dificuldades no relacionamento, esse sentimento é capaz de triunfar, superando todas as diferenças.
Material: Corações feitos de isopor com algulls alfinetes espetados.
Procedimento: Inicie a dinâmica falando que o amor não é só feito de palavras. Quem ama desperta o desejo de não decepcionar, a vontade de retribuir, a vontade de perdoar, de oferecer um bom conselho ou uma crítica construtiva na hora certa, de sofrer com o sofrimento do outro. O respeito ao sentimento do outro é a principal forma de demonstrar amor entre um casal.
A seguir, divida a turma em dupla e distribua corações feitos de isopor com os alfinetes espetados. Imediatamente, peça para unirem os corações sem que nenhum alfinete apareça.
Acabada a tarefa, cada dupla vai apresentar um só coração. Antes eram dois cheios de espinhos, agora estão unidos pelas diferenças e dificuldades. O amor é o agente gerador da compreensão diante das fraquezas, do perdão para as mágoas, do carinho na hora das queixas, da amizade no momento de dor e aflição. Para encerrar, as duplas irão falar qual o sentimento negativo que o amor (coração) escondeu.
S tU it te it la i ■"
CULTO DOMÉSTICOObjetivo: Estimular a realização de cultos familiares de forma
criativa e participativa.Material: 1° dia - cacho de uva; 2° dia - caixinha de fósforo; 3°
dia - um alvo e uma bolinha; 4U dia - barbante; 5o dia - pedrinhas e sapatos; 6o dia - borboleta num vidro; 7o dia - peneira.
Procedimento: Oriente seus alunos a realizarem um pequeno culto em casa durante a semana. Para desenvolvê-lo, cantem dois louvores de acordo com o tema escolhido, façam a dinâmica e encerrem com uma oração agradecendo a Deus pelo dia e apresentando as reais necessidades da família.Dinâmicas para cada dia da semana:
Domingo: Tema Vivendo em unidade (Jo 15). Utilize um belo cacho de uva para falar sobre a importância da união. Distribua as uvas e peça que comam e segurem o caroço. Faça uma aplicação, associando o caroço da fruta com as dificuldades do dia-a-dia.
Segunda-feira: Tema O abrigo seguro (SI 91). Reúna a família e.faça uma muralha de caixa de fósforo em torno do desenho de uma casinha. Antes, porém, peça que cada um escreva ou desenhe algo que o deixe tranqüilo no lar. Depois, coloque o papel dentro da caixinha, para então o muro ser construído. Termine dizendo que o lar se torna uma fortaleza quando todos colaboram com suas virtudes.
Terça-feira: Tema Acertando o alvo (F1 3.14). Faça a brincadeira do Tiro ao alvo, estabelecendo as distâncias de acordo com a idade de cada membro da família. Quando acabarem as tentativas, faça uma aplicação sobre errar o alvo e correr o risco de pecar. O pecado bloqueia o caminhar em direção à meta que Deus nos coloca através da Bíblia.
Quarta-feira: Tema Embaraços perigosos (Hb 12.1-2). Com um rolo de barbante, amarre um dos filhos com muitas voltas. Ele ficará deitado tentando se soltar. Após a encenação, faça a aplicação sobre as dificuldades e situações diárias que nos impedem de andar como um vencedor.
Quinta-feira: Tema Calçando os pés com a Palavra de Deus (SI 119.105). Distribua pedrinhas pequenas para serem colocadas dentro dos sapatos. Peça que calce-os e comecem a andar. É claro que haverá grandes dificuldades, mas se forem tiradas, todos andarão sem sofrimentos. A Palavra de Deus é para guiar os passos da família, eliminando os problemas.
Sexta-feira: Tema A liberdade (G15.13). Aprisionar uma borboleta num vidro. Durante a reunião, fale sobre a perda da liberdade, relacionando esse estado com a borboleta presa, que teve limitado o movimento de suas asas - que representa um importante meio de sobrevivência para ela. Depois, solte-a falando que a liberdade é uma conquista significativa, pois se a pessoa tem o coração alegre, feliz e cheio de amor é livre!
Sábado: Tema A Água que limpa 0o 15.3). Fale sobre a importância da leitura da Bíblia. A seguir, apresente uma peneira e peça que os familiares encham a peneira. As muitas tentativas serão em vão. Sendo assim, aplique a ilustração dizendo que a Bíblia simboliza a água e, a peneira, a propna pessoa. Raramente conseguiremos guardar todas as informações das Escrituras no coração, mas o hábito de sempre ler a Bíblia vai deixar o nosso coração bem limpo, tal como a peneira.
Por Alexandre Coelho
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Jovens e Adultos
ALUNO.cpad.com.br
Jovens e Aduitos2° trimestre de 2004
Lição 1
A família, obra-prima de DeusA família foi instituída por Deus como parte de seus pla
nos para a humanidade. Homem e mulher, criados por Deus e postos em um lugar de delícias, deram curso a mais graciosa forma de convivência: a familiar. A expressão "familiar" significa "íntima", e viver em família enseja não apenas amor e auxílio, mas também "o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre os membros da família e destes para com Deus." (E Deus fez a família, CPAD, pág. 30).
O homem como marido e pai. O primeiro ser humano criado por Deus teria a prioridade no tocante às tomadas de decisões da família, mas também igual cobrança por elas. O homem deveria amar sua esposa e cuidar para que o lar fosse sustentado. O pai deveria ser respeitado e honrado pelos filhos. Para quem pensa que os pais normalmente eram severos e inflexíveis, vemos nos Evangelhos os exemplos do pai do filho pródigo (Lc 15.11-32), que permitiu que um filho tomasse uma decisão errada, mas o recebeu com alegria quando retornou arrependido, e o pai do menino lunático (Mc 9.17-27), que recorreu a Jesus para que seu filho fosse curado, sendo este pai recompensado por confiar no Senhor. Uma das obrigações do pai, além do sustento da casa, era passar para os filhos suas convicções religiosas, valores sociais e uma profissão.
A mulher como esposa e mãe. Desde pequena, a mulher hebréia era treinada para ser uma boa esposa e mãe. De acordo com o pesquisador Willian L. Colemam, "por muito tempo a realização pessoal da mulher dependeu do seu sucesso no desempenho destas funções. Assim, ela aprendia a cozinhar, a costurar, a cuidar dos filhos e trabalhar nos campos, para que pudesse desempenhar seu papel de esposa da melhor forma possível". A mãe deveria ser honrada pelos filhos tanto quanto o era o pai. Caso a mulher não pudesse ter filhos, era tida por maldita, pois cria-se, naqueles tempos, independente de quaisquer circunstâncias, que Deus lhe fechara a madre.
Os filhos. Filhos sempre foram o sinal de que podemos passar para as futuras gerações o nosso legado. E sempre foram bênçãos dadas por Deus. Casais que não tinham filhos eram vistos com suspeitas de estarem sob maldição divina. Nos anos iniciais da vida, a criança ficava completamente aos cuidados da mãe. O menino, após crescer um pouco, passava a ser instruído pelo pai para que pudesse aprender uma profissão, ao passo que as meninas, supervisionadas pela mãe, aprendiam os afazeres do lar. Honrar os pais não era uma opção, mas um mandamento para os judeus, e o primeiro com a promessa de que Deus estenderia os dias do filho na Terra, caso este honrasse seus pais.*
A família e a igrejaFamília e igreja são partes integrantes do plano de
Deus para a humanidade. Somos chamados d e filhos, temos Deus por nosso Pai e devemos tratar uns aos outros por irmãos.
A família pode ser bastante beneficiada pela igreja, pois esta oferece àquela, à luz da Palavra de Deus, a forma correta de viver. Quem despreza a influência da igreja na vida da família despreza também os benefícios desta convivência planejada por Deus. Josué era um homem de oração, mas também de ação, e quando estava na Terra Prometida, disse ao povo que ele e sua casa serviriam ao Senhor. Quer dizer, devotariam suas atenções, fé e confiança no Deus que lhes tirara do Egito e lhes dera a tão sonhada terra. E intenção de Deus que todas as famílias sejam abençoadas.
De forma prática, a igreja pode abençoar a família:Orando por ela. O santuário onde nos reunimos para ado
rar a Deus foi chamado por Jesus de Casa de Oração. Os familiares não podem ser deixados de fora das súplicas do povo de Deus. Não é justo levar nossas famílias para orarem na igreja, e não inclui-las em nossas orações. Muitas mães e pais já viram a mão de Deus agindo por seus filhos através da oração na igreja local.
Aconselhando-a. Há famílias em nossas igrejas que se dedicam inteiramente à obra do Senhor, como a de Estéfanas (ICo 16.15) e Priscila e Áquila, que tinham, literalmente, uma igreja em sua casa (Rm 16.3-5). Da mesma forma que há ministérios trabalhando com evangelização, novos convertidos, crianças e jovens, deve haver na igreja um ministério específico para atuar com as famílias. O aconselhamento cristão para a família certamente demonstrará a importância que ela têm aos olhos do Senhor e da congregação, além de auxiliar os crentes acerca do padrão exigido por Deus para as relações familiares. Um conselho dito a seu tempo é muito bom (Pv 15.23). Se com bons conselhos aplacamos uma guerra, o que não pode ser feito se investirmos em nossas famílias?
Marcando reuniões específicas. Nas igrejas há reuniões para crianças, jovens, obreiros e até mesmo para pessoas que se afastaram dos caminhos do Senhor. Tais reuniões não representam sectarismo, mas uma forma de direcionar a mensagem do Evangelho para grupos específicos. A família pode ser beneficiada pela igreja com reuniões específicas, louvores e pregação direcionados às necessidades familiares como relacionamentos entre pais e filhos e entre o casal, sobre finanças e vida doméstica. Diversos assuntos podem ser tratados em um culto para famílias, mesmo que este não seja feito no santuário, e sim na casa de algum membro da congregação. •
Lição 3
Namoro, noivado e casamentoA constituição da família começa com o casamento.
Entretanto, para que haja o casamento, é importante que os nubentes se conheçam e tenham a convicção de que estão se casando debaixo da bênção de Deus. Antes do matrimônio há o namoro e o noivado, período em que o casal terá tempo de buscar a vontade de Deus para suas vidas.
Deve-se observar que Deus não tem por "método" o uso de profecias para indicar quem vai casar com quem. Ele nos dotou de sabedoria e bom senso não apenas para buscar a pessoa adequada com quem nos casaremos, mas também para sermos a pessoa adequada para casar.
O noivado nos tempos bíblicos. Diferente de nossos dias, os jovens normalmente não tinham a oportunidade de escolher com quem iriam se casar. Diz-nos Ralph Gower, pesquisador dos costumes antigos, que nas sociedades dos tempos bíblicos havia mais "vontade" do que o romance propriamente dito, mas que, de alguma forma, esse hábito costumava produzir um padrão de estabilidade no casamento. Aos nossos olhos, pode parecer que na prática dos "casamentos arranjados", os pais talvez não levassem em consideração os sentimentos dos filhos, mas nem sempre havia tal desconsideração (Gn 24.58), e o amor poderia acontecer algumas vezes antes do casamento (Gn 29.20).
"Uma vez feito o arranjo para o casamento, havia um noivado mais exigente do que os noivados da sociedade contemporânea. O homem, assim comprometido com uma mulher, embora não tivesse ainda casado, ficava isento do serviço militar (Dt 20.7). O compromisso do noivado só podia ser dissolvido por uma ação legal (na verdade, um divórcio) e a base para tal cancelamento era o adultério (veja Dt 22.24). O noivado durava cerca de 12 meses, durante os quais a casa era preparada pelo noivo e o enxoval preparado pela noiva. A família da noiva fazia os preparativos para a festa de casamento." (Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD, págs. 64-65).
O casamento. Com o casamento nascia realmente uma família, e a cerimônia poderia ser celebrada por sete dias ou mais. Era uma cerimônia não religiosa. Uma parte da cerimônia consistia em um cortejo no fim do dia, quandoo noivo saía de sua casa e se dirigia à casa dos pais da noiva, a fim de buscá-la. Nesse ponto, a noiva usava um véu, e de acordo com os costumes da época, em um determinado ponto do cortejo, o véu era retirado e posto no ombro do noivo, e a noiva fazia esta declaração: "O governo estará sobre os seus ombros". O cortejo deixava a casa da noiva e seguia para o novo lar onde o casal iria habitar, e a estrada por onde passariam era ilum inada por lamparinas a óleo, levadas pelos convidados. •
m
Lição 4 Lição 5
Os cônjuges e suas responsabilidades
Quando se fala das responsabilidades advindas do matrimônio, não podemos esquecer de que o casamento tem seus ônus, como também seus bônus. As responsabilidades podem ser encaradas como alvos a serem alcançados e mantidos por pessoas maduras e comprometidas com os planos de Deus para a família. Homem e mulher são responsáveis para que o casamento seja uma bênção.
O modelo de bom maridoAma sua esposa. O amor do marido não pode ser resumi
do a gestos públicos de afeição, mas também em demonstrações de respeito e honra no lar. Muito se fala em submissão feminina, e muito deve ser falado em o marido demonstrar o seu amor por sua esposa. Disse certo pastor que uma das melhores coisas que um pai pode fazer pelos filhos é amar a mãe deles.
Entrega-se por ela. O amor implica entrega. Cristo se entregou com amor pela Igreja. Infelizmente, muitos maridos cristãos não doam o máximo de si para demonstrar o quanto suas esposas são importantes. Essa entrega pode ser externada em pequenos atos, como lavar a louça nos fins de semana, auxiliar no cuidado com as crianças ou mesmo levá-la para jantar fora, mesmo que a data não seja comemorativa.
Ama a esposa como ama o seu próprio corpo. Só uma pessoa fora do perfeito juízo flagela o corpo, deixando de alimentá-lo ou sendo desleixado quanto à saúde. Quando estamos doentes, vamos ao médico para receber tratamento adequado. Quando temos fome, buscamos alimento. Quando sentimos frio, buscamos nos agasalhar, e quando cansados, procuramos repouso. Paulo deixa claro que os maridos não devem fazer menos do que isso por suas esposas, pois quem ama seu corpo ama a si mesmo. Se desejo andar bem vestido, o mesmo pode ser desejado para minha esposa. Se desejo estudar, viajar ou participar de outras atividades, devo estender de forma consciente as mesmas oportunidades à esposa. "É claro que, acima de tudo, a vida e a saúde da mulher, como de qualquer pessoa, dependem de Deus, o autor da vida. Porém, dependem também do trato do marido, especialmente assegurando à esposa um ambiente de paz, tranqüilidade e alegria... A vida e o vigor da mulher muito dependem do trato de seu marido através do conforto possível, da tranqüilidade, da alegria e da confiança que provêem da certeza de que é a única pessoa amada de seu esposo" (E Deus fez a Família, CPAD, págs. 105-106). •
0 principio da autoridade paterna
A autoridade dos pais prepara o futuro dos filhos. Um lar onde os pais não demonstram autoridade transmite aos filhos a idéia de que não há necessidade de autoridade no mundo. A realidade, porém, é diferente. Submetemo-nos à autoridade na escola, no trabalho, na igreja etc. Na família isto não é diferente. Filhos criados em um lar sem autoridade terão dificuldades para respeitar outras formas de poder estabelecido. No Antigo Testamento, Deus deixou claro que a autoridade dos pais deveria ser respeitada, e isso para o Senhor era tão sério que se o filho permanecesse rebelde após a correção, deveria ser apedrejado, "...e tirarás o mal do meio de ti, para que todo o Israel o ouça e tema", Dt 21 .21 .
A importância da presença paterna no lar. Há homens, e até obreiros, que pouca assistência dão ao lar, e ainda acham correto cobrar de suas esposas que seus filhos sejam educados, amem a Deus e saibam diferençar entre o que se deve ou não fazer. Essa atitude não apenas sobrecarrega os trabalhos da esposa, como demonstra uma grande falta de compreensão acerca da importância da presença paterna no lar. Se os homens desejam ser bem-sucedidos na vida familiar, precisam auxiliar suas famílias com a sua presença.
Jonathan Edwards, um pastor e escritor do século 18, foi professor universitário, filósofo e missionário entre índios, e ainda participou com sua esposa ativamente da educação de seus 11 filhos. Dentre seus descendentes masculinos, sabe- se que 300 deles foram professores de seminários, missionários e pastores; 120 foram professores em universidades; 120 tornaram-se promotores de Justiça; 60 foram escritores; 30 foram juizes; 14 presidiram universidades; três foram membros do congresso americano e um foi vice-presidente dos Estados Unidos. Isso porque Jonathan Edwards, apesar de suas inúmeras tarefas, fez da sua participação no lar uma prioridade de vida.
Quando a autoridade paterna não é exercida. É possível um pai ser um homem de Deus, respeitado pelo povo, que se esforce para agir sempre com justiça, e ainda assim ser uma pessoa sem autoridade no lar. Esse foi o caso do sacerdote Eli. Seus filhos foram sacerdotes também, mas não tiveram qualquer temor para com Deus, não respeitaram a honra com a qual foram investidos e eram imorais; roubavam a carne dos sacrifícios e se deitavam com outras mulheres. A Bíblia não diz onde estava o sacerdote durante o processo formativo do caráter de seus filhos, mas diz que Eli honrou mais a eles do que ao Senhor (ISm 2.29), e pagou um alto preço por isso. •
Hl SaâituuloK''
Lição 7 31 A criança e a família !
As crianças sempre foram observadas com carinho por Deus e tidas por bênçãos dadas pelo Senhor, aos pais, como herança (SI 127.3). Também eram vistas com raiva pelo Inimigo. Basta ver o ódio com que foram tratadas as crianças hebréias no Egito por ocasião do nascimento de Moisés (Ex1). Faraó, quando confrontado por Moisés, ainda no Egito, no tocante à libertação dos judeus, queria reter as crianças para que estas não fossem com seus pais servir ao Senhor (Ex 10.9-11). Somente após a praga das trevas, Faraó concordou em deixar as crianças irem com seus pais. Jeremias acusou o povo de Jerusalém de não apenas rejeitar a Deus e colocar ídolos na Casa do Senhor, mas também por sacrificar seus filhos a Moloque, "o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação" (Jr 32.33-35). Esses textos demonstram a seriedade com que a vida e a educação das crianças devem ser tratadas em casa e na igreja.
As crianças e Jesus. Em seu ministério terreno, Cristo tratou as crianças com carinho. Marcos 10.13-16 demonstra o quanto as crianças são importantes para Deus:
Foram trazidas para serem tocadas por Jesus. Se o toque de Jesus curava enfermos, certamente trazia carinho àquelas crianças.
Deus apoia os pais que trazem seus filhos a Ele. Jesus indignou-se com seus próprios discípulos porque estes repreendiam os pais que traziam crianças para serem tocadas. Na visão dos discípulos, o Mestre, que logo iria entrar triunfalmente em Jerusalém, não deveria ser "retido" por criancinhas, mas estas eram tão importantes para Jesus que Ele não apenas repreendeu os discípulos, como também tomou- as em seus braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou. Não podemos crer que um lar cristão será abençoado por completo se as crianças não forem tocadas por Jesus.
Instruindo a criança no caminho em que deve andar. Certos pais recomendam a seus filhos que vão à Escola Dominical, mas se os próprios pais não dão exemplo, estarão ensinando a criança "o" caminho, e não "no" caminho. Isso significa que ensinar "no caminho" exige que o pai ou a mãe esteja acompanhando a criança e servindo de exemplo para ela. E errado exigir de nossos filhos atitudes que nós mesmos
, não somos capazes de seguir.Os pais podem fazer com que seus filhos adorem ao Se
nhor no lar. Como as crianças gostam de ouvir histórias e por elas assimilam valores com facilidade. No culto doméstico os pais devem ministrar-lhes com uma literatura apropriada, com pouco texto, ilustrada e colorida. Dessa forma, as crianças aprenderão o valor da Bíblia e o amor a Deus, tomando a devoção pessoal uma necessidade desde a mais tenra idade. #
A família e a Terceira IdadeDevemos, como Igreja e família, motivar os crentes a
quem Deus permitiu chegar à Terceira Idade. Nessa fase, eles podem ser muito usados por Deus em diversos aspectos. Normalmente, quando se chega aos 65 anos de vida, as pessoas estão aposentadas ou em vias de fazê-lo. Muitos optam por continuar trabalhando para complementar suas rendas, ou mesmo dedicam-se a trabalhos na obra de Deus.
Uma das coisas mais comuns nesta faixa etária é o desejo de conversar com os mais novos. Normalmente, nestes diálogos, os mais velhos tendem a observar as coisas que acontecem hoje com muito saudosismo, expresso em frases do tipo: "No meu tempo não era assim!", ou "Na minha época as coisas eram diferentes!" Devemos ter paciência para que tais comentários não nos tomem refratários aos mais velhos, nem que desprezemos a sabedoria que eles acumularam com o passar dos anos, pois dela podemos desfrutar bastante. Pedro orienta aos jovens que sejam submissos aos anciãos (lPd 5.5).
De acordo com pastor Antonio Gilberto, "nessa idade, o homem e a mulher necessitam de apoio, simpatia, compreensão e paciência. E o início da velhice. São muito observadores. Se não tiverem o Espírito de Cristo e uma sólida for-
I mação, tenderão ao pessimismo, à crítica, à murmuração, a | ressentimentos, à maledicência, a maus hábitos." (Manual \ da Escola Dominical, CPAD, pág. 196).
Para quem pensa que Deus só escolhe os jovens para ; realizar seus planos, a Bíblia traz uma lista de pessoas com | idade avançada - para os nossos dias - que foram chamadas pelo Senhor para realizar grandes feitos.
Abraão. Tinha 75 anos quando foi chamado por Deus para dar origem a uma grande nação (Gn 12.4). Numa fase em que as pessoas desejam descansar, ele foi chamado a reconstruir sua vida e a de sua família crendo unicamente em Deus.
Moisés. O grande legislador de Israel tinha 80 anos quando foi convocado por Deus para ir ao Egito e libertar o povo de Israel da escravidão. Seu irmão Arão, que o acompanhou nessa chamada, tinha 83 anos (Ex 7.7).
Calebe. Companheiro de Josué, Calebe estava com 85 anos quando recebeu um pedaço de terra em Canaã onde moravam gigantes, e ainda tinha disposição para guerrear e se apropriar do que Deus lhe reservara (Js 14.10-13).
João. A tradição da Igreja diz que João foi o único apóstolo que morreu de forma natural, ou seja, de velhice. Este apóstolo não estava na flor da idade quando foi preso, por amor ao Senhor, e deportado para a Ilha de Patmos. Já era um ancião, mas a este Deus revelou o Apocalipse.
Tais exemplos nos mostram que mesmo quando o homem envelhece, ainda possui para Deus muito valor e pode ser
I um canal de bênçãos para muitas gerações (SI 92.12-15). •
Lição 8
O amor na famíliaO amor não é apenas um sentimento que une um ho
mem e uma mulher, ou cria laços entre familiares, mas também, segundo um escritor, é o "adesivo" que une duas partes porosas de forma que não entrem em atrito. Tudo o que for feito na família, desde as coisas mais triviais (como preparar uma refeição ou passar roupas) até as mais complexas (como a escolha de um local para morar ou um colégio para onde os filhos deverão ir) devem estar alicerçadas no amor.
No que concerne ao amor entre os cônjuges. A Bíblia não apenas nos dá os parâmetros corretos da relação matrimonial, como justifica seus próprios motivos. Paulo, orientado pelo Espírito Santo, escreve aos efésios que a mulher deve se sujeitar ao marido (diretriz: Ef 5.22) porque ele é o cabeça da mulher, da mesma forma que Cristo o é para a Igreja (justificativa: Ef 5.23). O marido deve amar sua mulher, demonstrar o amor que sente por ela, como Cristo amou a Igreja (diretriz: Ef 5.25-28), porque ninguém aborrece sua própria carne, mas a alimenta e por ela tem cuidado (justificativa: Ef 5.29). Para Deus, sempre há uma razão para cada mandamento. Quando fala aos filhos, Deus segue o mesmo padrão - sejam obedientes aos pais no Senhor (diretriz: Ef 6.1) porque isto é justo (justificativa: Ef 6.1).
No que concerne aos laços familiares como um todo. Um dos textos onde a existência do amor na família e a falta deste são melhor apresentados é o da parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32). Vemos nesta história relatada por Jesus:
Um pai sendo desprezado pelo filho mais novo. É sabido que uma herança só pode ser repartida com a morte do testa- dor. Nessa parábola, o pai não havia morrido, mas para o filho mais novo, sim. Foi um duro golpe para aquele pai ouvir de seu filho caçula aquelas palavras.
Um filho que se lembra do amor de seu pai. Após ter desperdiçado as finanças que seu pai adquirira com anos de trabalho árduo, e de querer se alimentar do mesmo que os porcos comiam, o filho rebelde almejou ver o seu pai, estar na companhia dele e gozar das prerrogativas daquela convivência. O moço percebeu o quanto valia a pena pertencer àquela família.
Um irmão perdido que se ressente quando outro perdido é encontrado. O filho mais velho estava igualmente perdido, mas dentro de casa. Jesus disse que o pai repartiu "por eles a fazenda", mostrando que o mais velho recebeu sua parte também. Ele poderia ter rejeitado a antecipação da herança, mas não o fez. E quando o mais novo retornou, o mais velho procurou censurar o pai por ter recebido uma pessoa tão irresponsável. A falta de amor faz com que desprezemos até os laços familiares, e ainda nos achemos justos diante de Deus.#
A família e os meios de comunicação
Os meios de comunicação têm a capacidade de formar opiniões nas esferas social, intelectual, financeira, sexual e educacional. Entretanto, de forma geral, as opiniões emitidas costumam ser adulteradas por interesses malignos e tendenciosos, e nem sempre aquilo que se vê ou ouve nos meios de comunicação representa a verdade do acontecido. Além disso, produtos são anunciados com a intenção de seduzir pessoas a adquiri-los, fortalecendo o consumis- mo. Esses fatores nos advertem a sermos prudentes quanto ao uso dos meios de comunicação e à interpretação de suas mensagens.
A tevê. Tem sido utilizada para exibir documentários, programas educativos, jornais e mesmo programas evan- gelísticos, mas também exibe filmes cheios de violência e novelas que motivam aos mais diversos pecados, como roubo, homossexualismo, adultério, desrespeito às autoridades e, em maior escala, incita ao ocultismo, à bruxaria, ao satanismo e ao espiritismo. Programas de pouca qualidade e de baixo custo muitas vezes entram em lares cristãos para contaminar a família e tomar o tempo que deveria ser dedicado ao culto doméstico, ao estudo da Bíblia e à oração.
O rádio. Tem sido um dos mais eficientes meios de evangelização, e isto ficou comprovado há anos, quando cristãos, baseados em países vizinhos aos Estados comunistas, enviavam a mensagem do Evangelho pelas ondas do rádio, alcançando milhões de pessoas que eram proibidas de possuir qualquer tipo de literatura cristã. Por usar uma linguagem que atinge os ouvintes sem que estes precisem ver alguma coisa, comerciais transmitidos pelo rádio por pessoas sem compromisso com Deus costumam ser objetivos, desprovidos de pureza e cheios de duplo sentido.
A internet. A Rede Mundial de Computadores, também chamada de internet, apesar de sua imensa utilização para fins de comércio, educação, pesquisa e busca de informações, vem sendo largamente utilizada para difundir corrupção, sexo desregrado, perversidades, pedofilia, bruxaria e ocultismo. Lares têm sido desfeitos, crianças corrompidas e mentiras de todo o tipo têm sido divulgadas pelos computadores ligados à internet, e muitas vezes essas coisas acontecem em nossos próprios lares. Aqueles que utilizam essa rede mundial precisam estar sempre vigilantes.
As comunicações são absolutamente necessárias à existência humana, mas se mal utilizadas serão uma praga para a família cristã e comprometerão a sua espiritualidade.#
Lição 9
Lição 10 Lição 11 3A ansiedade pelas coisas temporais
Certa vez, quando Jesus estava ministrando a uma multidão, um dos presentes solicitou que Jesus fosse juiz entre ele e seu irmão por causa de uma herança. Nesse momento, Jesus ensina ao povo acerca do perigo da avareza: "Acautelai- vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui", Lc 12.15. A ambição pelo dinheiro rompe até os laços familiares.
O ponto de vista de Deus no que tange a posse de riquezas é muito diferente daquele apresentado pela sociedade. Enquanto os homens medem o sucesso uns dos outros pelas posses que conquistaram, Jesus adverte que quem se preocupa em ajuntar tesouros na Terra não é rico aos olhos de Deus. Como ilustração, Cristo conta à audiência uma parábola, onde descreve um homem rico, que não cuidava de sua vida espiritual e que se ensoberbeceu diante do que tinha conquistado. Quando estava no auge de sua prosperidade financeira, Deus lhe chama de louco, e avisa que naquela noite pediriam a sua alma (Lc 12.13-21). No túmulo, nenhum dos bens daquele homem seria capaz de lhe trazer alegria.
Deus não deseja que fixemos nossos alvos no dinheiro e nas coisas que podemos adquirir, pois são passageiras. Um provérbio italiano diz que "ao término do jogo, o rei e o peão vão para a mesma caixa", mostrando que na morte não há ricos ou pobres.
A ansiedade pelas coisas temporais pode nos levar a diversos problemas, entre eles:
O consumismo. Deus tem compromisso de suprir nossas necessidades, não nossas vaidades. Porque devo ambicionar um carro caríssimo, se não possuo recursos para pagar os devidos impostos e a manutenção básica à utilização desse bem? Ter esse veículo me faz glorificar a Deus ou desonrá-lo? Há muitos crentes que não gozam de crédito junto ao mercado porque são inadimplentes; fazem compras e não conseguem saldar suas despesas, trazendo vergonha ao nome do Senhor.
Mau uso das finanças. Deus permite que trabalhemos e sejamos sustentados pelo nosso trabalho, desde que este seja honesto. Muitos crentes ganham um determinado valor por seu trabalho mensal, mas gastam o dobro porque não sabem gerir suas finanças. Se ganho 500 reais por mês, é ilógico gastar nesse mesmo período 750 reais. Aprendamos também a guardar um pouco do que ganhamos para poder realizar sonhos no futuro.
Dívidas. Compromissos não quitados transformam-se em dívidas. O cristão que usa corretamente seus recursos sabe fazer suas compras sem que seus compromissos se tomem dívidas, manchando sua reputação. •
0 divórcio à luz da BíbliaA dissolução do matrimônio passa por dois caminhos:
a morte (o caminho natural) e o divórcio (a forma humana). O alto número de divórcios demonstra uma falta de compreensão acerca dos votos do matrimônio e a seriedade deste.
O divórcio é detestável aos olhos de Deus (Ml 2.16) porque tem sua origem e conseqüências no pecado. Em última instância, Deus suporta o divórcio decorrente de infidelidade, pois traz uma imensa dor ao cônjuge traído, o que torna o casamento, para alguns, insustentável.
Atitudes para que o divórcio não aconteça. Sem querer esgotar o assunto e sem ser simplista, veja alguns princípios que serão úteis para qualquer casal:
Oração e bom senso. Antes de haver o casamento, orar é essencial para que os que desejam se casar, o façam debaixo da vontade de Deus. Há pessoas divorciadas hoje que se casaram conscientes de que sua união não teve a aprovação de Deus - como o caso de um crente que casa-se com uma pessoa não crente - , mas permaneceram rebeldes à voz do Senhor e hoje colhem os frutos de desprezar a Palavra de Deus. O bom senso também deve ser utilizado na escolha do cônjuge, pois Deus não obriga "fulana" a se casar com "beltrano", como se vê em certos meios ditos "proféticos". Se há problemas durante o namoro ou o noivado, tais problemas serão aumentados na convivência do casal, e o bom senso existe para que, não havendo o acerto das dificuldades, uma união com propensões ao fracasso não seja realizada.
Comunicação. Não é fácil fazer com que a comunicação do casal seja sempre perfeita, pois o pecado acaba afetando nossa maneira de falar e de ouvir. E preciso que os cônjuges aprendam como podem se comunicar melhor, para que haja real compreensão das necessidades de cada um.
E possível saber se seu sistema de comunicação está funcionando. Procure as seguintes características de comunicação em seu casamento:
1) Liberdade para se expressar. Você pode exprimir suas idéias de forma espontânea.
2) Sensação de ser compreendido. Você sabe que seu cônjuge e você estão se entendendo.
3) Ausência de brigas. As diferenças poderão ser resolvidas sem brigas e discussões.
4) Redução do nervosismo. Ressentim entos podem ser resolvidos pelo perdão e a tensão não ficará acumulada.
5) Sentimento de segurança de si próprio e na relação. Você pode confiar no seu cônjuge e ser sensível aos sentimentos dele. •
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A importância do culto doméstico
Lição 12
O culto doméstico é de enorme valor para a família, pois por meio desse momento diário, a família é fortalecida, inspirada e ensinada acerca das verdades espirituais, da vida cristã e da devoção a Deus.
"A experiência de numerosas famílias felizes e vitoriosas atesta o mérito do culto doméstico. Os que reconhecem o valor do ensino bíblico como oportunidade de encontro com Deus, consideram-no um motivo de prazer, e não uma obrigação enfadonha. Esta é a concepção correta:
Cultos diários, bênçãos diárias - Jesus ensinou seus discípulos a orar: 'o pão nosso de cada dia dá-nos hoje' (Mt6.11). Ninguém questiona sobre a necessidade de alimentação diária; por isso, o culto doméstico deve ser considerado a primeira oportunidade do dia para que a família reunida receba sua primeira refeição espiritual.
"Cabe à família marcar a hora para o culto doméstico... a Bíblia oferece uma boa sugestão: Deuteronômio 11.19 instrui: 'Ensinai-as a vossos filhos... deitando-te e levantando- te'. Então, pode ser pela manhã e à noite" (E Deus fez a família, CPAD, págs. 186 e 190).Por que devemos praticar o culto doméstico?
Por ser uma obra sagrada. E uma obra que envolve os pais e os filhos, contribuindo também para a comunhão destes. Quem não zela tanto física como espiritualmente por sua família não tem capacidade para cuidar bem da obra do Senhor (lTm 3.2-5).
Produz despertamento. Traz estímulos aos filhos para que estes sintam-se também inclinados às atividades cristãs. No culto doméstico, os filhos podem desenvolver talentos musicais, e mesmo a pregação. Muitos pastores foram vocacionados por Deus nesses cultos.
Proporciona melhores condições espirituais. O culto doméstico pode ser a base de uma educação cristã mais sólida e prática. Os pais, no culto doméstico, são os responsáveis pelo sacerdócio na família.
Produz a certeza de que Deus também está no lar. Há quem pense que Deus só pode ser achado no templo onde congregamos. Essa é uma visão deturpada, pois Deus também está presente no lar. Jesus disse que onde houvesse duas ou três pessoas reunidas em seu nome, ali Ele estaria. O culto em casa constitui-se no momento em que toda a família se reúne para estudar a Palavra e orar, sendo, portanto, uma oportunidade para que todos desfrutem da presença do Senhor e recebam sua força. Não apenas isso, mas também incute a necessidade de santidade no lar, pois Deus é. santo e preza pela santidade. •
Lição 13
E serás salvo, tu e a tua casaEsta declaração do apóstolo Paulo ao carcereiro em
Filipos (At 16.31) demonstra a vontade de Deus em salvar não apenas um representante de cada família, mas a família toda. Desde a chamada de Abraão, o plano divino é de abençoar "todas as famílias de terra" (Gn 12.3).
Devemos observar que a salvação é individual, e que um pai não pode ser salvo em lugar do filho, nem mesmo um filho pagar pelas culpas de seu pai.
A salvação é estendida a todos na família, desde que creiam no Senhor Jesus. Alguns exemplos das Escrituras demonstram claramente que a atitude de um dos membros da família pode salvar ou destruir uma família inteira. Acã causou a morte dos seus quando desobedeceu à ordem de Josué. Eli, por honrar mais seus filhos do que a Deus, morreu com eles.
Noé salvou a vida de sua família obedecendo a voz de Deus, construindo a arca que os livraria do dilúvio anunciado. José, como governador do Egito, pode preservar a vida de seu pai e irmãos numa época de grande fome. Raabe preservou em vida seus familiares por crer no Deus de Israel, ajudar os espias e colocar o fio escarlate na janela (nesta situação específica, se algum parente não estivesse em casa, morreria). Em todos esses casos, as vidas foram preservadas porque uma pessoa creu em Deus.
No tocante à salvação, a coisa não é tão simples, pois o arrependimento exigido é individual. "A alma que pecar, essa morrerá", Ez 18.20. Uma natureza pecaminosa e individualista exige um arrependimento individual. Pedro utilizara o verbo "arrepender-se" no plural (At 2.38; 3.19), pois a mensagem do Evangelho é para todos, mas a decisão tie segui-lo é individual.
Ganhando a família para Jesus. Deus deseja que sejamos bênção em nosso lar, a fim de que, se não por palavras, mas pelo exemplo possamos evangelizar os que ainda não foram salvos. Uma atitude pode convencer mais do que palavras, e na família, ser exemplo não é sempre uma tarefa fácil, pois no lar nossos parentes sabem se andamos realmente com Deus ou se nosso discurso é vazio. A forma como vivemos pode impedir ou aproximar nossos parentes de Deus. Um familiar ímpio observa o quanto Deus pode abençoá-lo por amor a nós, como o caso de Labão, que viu- se abençoado por Deus por causa de Jacó (Gn 30.27).
Nossa oração é primordial, não apenas para que os corações sejam quebrantados por Deus, mas também para que nos tornemos mensageiros em nossas próprias casas. É justo que oremos por nossos parentes, não apenas para que sejam salvos, mas abençoados e preservados por Deus.#
m S& U tiodar'Suas críticas e sugestões são muito importantes para a equipe de produção de Ensinador Cristão.
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O sucesso do líder cristão depende da comunhão com Deus
d a comunicação com os
Manual de Liderança CristãJu ven il dos Santos Pereira
O líder deve ter como objetivo maior a glorificação do nome de Deus, através do que é, do que faz e do que diz. No Manual de Liderança
Cristã você encontra características básicas de uni verdadeiro líder cristão, como deve ser sua vida e seus relacionamentos, exemplos de
personagens bíblicos que tinham o caráter de Deus em suas vidas, 7 perigos de fracassos que podem ocorrer em uma liderança e suges
tões básicas para se tornar um líder irrepreensível diante dos homens e de Deus.Todo líder precisa ter essa obra em suas mãos. 1
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Manual de
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A VIDA E OS
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Vanda Cristina Rocha Braga Barbosa
O perigo de o £ discipulado tornai
do professor
D esde os tempos bíblicos, quando os apóstolos iniciaram a obra de discipulado, podemos observar a ten
dência que tem o discípulo de colocar no discipulador a sua confiança e até mesmo a sua devoção. Em Atos 10.25- 26, verificamos que o apóstolo Pedro não se deixou levar pela vaidade nem permitiu que tal situação tivesse continuidade. Nos dias de hoje, porém, tal é a necessidade do ser humano de ter reconhecido o seu talento e o seu desenvolvimento ministerial que, a cada sinal ou prodígio apresentado pelo Espírito Santo, ao invés de ser este exaltado, o homem é quem recebe a fama. Inúmeras são as quedas oriundas de tais circunstâncias - cai o discípulo e também o discipulador.
O estudo da Psicologia na área cristã aponta tal situação e a denomina como Laços entre almas, referin- do-se a uma ligação emocional entre duas pessoas de forma não saudável, gerando reflexos espirituais. Esses laços começam com uma admiração, que logo é substituída por uma
“A facilidade de o discípulo se espelhar no
seu mestre vem da relação estreita entre
eles”
adoração, que se transforma em dependência, levando uma pessoa a depender da outra de maneira a colocá- la no lugar de Deus em todos os momentos de sua vida. Neste movimento, o discipulador pensa que está contribuindo para que o seu discípulo se aproxime mais de Deus, contudo não percebe que o está envolvendo em um caminho de idolatria.
A facilidade de o discípulo se espelhar no seu mestre vem da relação estreita entre eles. O aluno sabe que pode contar com o professor para ajudar-lhe neste período de mudança de vida. O discipulador quando está em contato direto com o seu discípulo, ao passar-lhe a experiência da vida cristã,
não tem idéia do que está passando na mente do seu aluno. Quão magnífica é a experiência relatada, quão magnífica será a admiração causada. Podemos perceber, então, o tamanho da responsabilidade do mestre ao transmitir as verdades divinas aos seus discípu
los. O que fazer sabendo que além de mestres por palavras, também o somos por atos?
Muitos são os cuidados que o mestre deve ter. O procedimento do discipulador somado ao conteúdo do ensino dominical podem fazer com que o discípulo se aproxime ou se distancie da presença de Deus.
Professor passa por provas?
Uma prática nem sempre admitida por mestres de discipulado (e até mesmo de outras classes de ED) é a de deixar transparecer naturalmente em sua pessoa a fraqueza que existe em todo e qualquer ser humano. Pode, às vezes, o mestre estar atravessando situações muito difíceis,* mas, por ocupar uma posição de liderança na igreja e se sentir com a responsabilidade de dar um bom testemunho, procura escondê-las e age como se estivesse tudo ótimo.
Tal atitude poderá criar na mente do discípulo uma imagem de perfeição cristã diferente da real e, consequentemente, quando este se encontrar passando por situações também difíceis, poderá se julgar indigno do socorro de Deus por se achar "em pecado" ou coisas do tipo. Muitas vezes, em casos como este, o discípulo se recolhe e não procura ajuda, podendo se afastar dos caminhos do Senhor, e isso de maneira irreversível.
d
luno da classe de -se mais dependente do que de Deus
O relato de 2 Coríntios 12.1-10 nos mostra que mesmo tendo em Deus as melhores experiências e os maiores privilégios, não estamos livres das provações e dificuldades da vida. "E, para que não me exaltasse (...), foi-me dado um espinho na carne...", v7. Só que nem sempre reconhecem os os propósitos de Deus quando somos atribulados. Sentimo-nos envergonhados e tentamos passar uma imagem diferente da realidade, o que também pode nos levar a um distanciamento do Senhor.
E necessário que o discipulador seja antes de tudo um verdadeiro discípulo de Jesus para, após ter experimentado o quanto deve padecer pelo nome do Senhor (2Tm 3.12), esteja pronto para form ar novos discípulos.
Deus espera de nós fidelidade e sinceridade também nos momentos difíceis da vida, mesmo quando temos a missão de discipular e dar um bom testemunho. Se discipulamos, para o Senhor o fazemos; e se maltrataram até o próprio Senhor, por que seria diferente conosco? É claro que isso não quer dizer que devemos andar cabisbaixos, somente demonstrando fraqueza, afinal Jesus disse: "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo", Jo 16.33.
Pontos positivos
Há também pontos positivos que permitem ao aluno um crescimento individual. Podemos verificar a autonomia que é proporcionada ao aluno em classe quando lhe é dada a oportunidade de se expressar através de testemunhos, exemplos de vida relativos ao tema da aula, e até mesmo no momento do Professor do dia. Neste momento, o aluno tem a oportunidade de, a partir de um tema indicado pelo professor, pesquisar em literatura pré-determinada ou não, elaborar sua tese e, em dia previamente marcado, expor suas conclusões.
O resultado dessa atividade é que o aluno descobre-se capaz de buscar a sua própria edificação, descobre-se capaz de, compartilhando suas conclusões, edificar a outros, deixando de depender do professor para esclarecer todos os questionamentos que venham a surgir no decorrer de sua vida. O professor, então, passa a ocupar o lugar de orientador no campo da formação cristã, sem ser confundido com algo do tipo "babá espiritual".
Entretanto, nem sempre o professor está disposto a dividir o seu encargo, a se despojar de si mesmo e, humildemente, se colocar na posição de "aluno por um dia", dividindo suas experiências como aluno e sendo também edificado. E necessário enquadrar-se linearmente como Igreja.
Ajustes necessários
Já temos sobre os nossos ombros uma boa parcela de responsabilidade, pois já existem discípulos dependentes em nossas classes. E então, o que fazer? Precisamos lembrar que estamos tratando com os filhos do Senhor, com almas nascidas de novo, e que por causa de um descuido, até mesmo de nossa parte, estão desenvolvendo uma dependência no alvo errado. *
A situação é delicada. Algo de espiritual tem de ser feito. Aqui não nos cabe, entretanto, citar exemplos de atitudes a serem tomadas, pois cada caso é um caso específico, e o Espírito Santo haverá de dar, na hora certa, a maneira ideal para o mestre agir. Clamemos a ajuda do Senhor e retenhamos aquilo que temos aprendido para aplicarmos em tempo oportuno. "Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo", Ec 8.5.
Vanda Cristina Rocha Braga Barbosa trabalha com evangelismo, ação social e discipulado.
O 4° Congresso Nacional de ED promete ser um marco na trajetória de aperfeiçoamento do corpo docente das igrejas
ACPAD traz ao Brasil pela segunda vez o pastor norte- americano Gilbert Beers, conhecido internacionalmente
por sua literatura e pela vasta experiência na área educacional. Ele estará participando do 4° Congresso Nacional de Escola Dominical que se realizará no Centro de Convenções do Anhembi/SP, de 29 de julho a 1 de agosto. De acordo com Ronaldo Rodrigues de Souza, di- retor-executivo da Casa, Gilbert Beers e Marlene LeFever (que também fará parte do corpo docente) estão entre os melhores preletores em nível mundial na área de Educação. "Eles estão ministrando em toda a América Latina, nos Estados Unidos, nos países da Ásia, na Europa. São pessoas com larga experiência na área de ensino, vocacionadas para este trabalho", atesta o diretor.
Gilbert Beers, além de pastor, é educador e autor de dezenas de livros e da Bíblia passo a passo para crianças, obra publicada pela editora Chariot Victor Publishing em co-edição com a CPAD. Beers vai explanar sobre a importância da Educação Cristã na área infantil, se encarregando de falar sobre o plano divino para a vida das crianças. Sua proposta tem o sentido de despertar os professores de ED quanto às maneiras corretas de encaminhar os pequeninos às verdades bíblicas, para que cresçam firmes na doutrina cristã e estejam capacitados a assumir uma possível liderança no futuro.
Revelações nacionais
Em âmbito nacional, também há novidades no rol de preletores. Pastor Wagner Gaby, diretor da Faculdade de Administração, Ciência, Educação e Letras (Facel), no Paraná, e a psicóloga e escritora Elaine Cruz, do Rio de Janeiro, são os novos valores no corpo de palestrantes. No caso do pastor Gaby, as discussões vão permear as teorias de aprendizagem e sua aplicabilidade na Educação Cristã, demonstrando a necessidade de unir a teoria à prática no processo de ensino. Já a psicóloga Elaine Cruz, que além de dar palestras em igrejas também lida diretamente com pacientes em seu consultório, abordará sobre as principais causas de conflitos em sala de aula, apresentando aos professores de ED qual deve ser a postura para evitar situações embaraçosas e relacionar-se bem com seus alunos.
Outros palestrantes do evento serão os pastores Antonio Gilberto, Claudi- onor de Andrade, Eliezer Morais, Davi Nascimento e os professores Marcos Tuler, Marlene LeFever e Anita Oyaizu.
Na área de workshops, o congresso contará com as professoras Albertina Malafaia, Helena de Figueiredo, Débora Ferreira e Anita Oyaizu. Os pastores Davi Nascimento e Eliezer Morais também estarão nessa frente de trabalho.
Para os interessados em alfabetização de jovens e adultos, a professora Léa
Teixeira conduzirá o tema através do projeto Ler é Viver.
Lília Paz e pastores Victorino Silva e Daniel Regis Cavalcanti entoarão louvores a Deus, abrilhantando o evento.
Participação de congressistas em plenário
A CPAD está preparando mais uma novidade para o 4o Congresso. Trata-se de um espaço aberto para os congressistas, que poderão explicar seus projetos pedagógicos de sucesso. O objetivo é promover a troca de experiências entre os professores de ED de todo o país.
Para ter direito a essa oportunidade é necessário ser superintendente de ED e ter adotado um projeto pedagógico cuja aplicação esteja dando resultados positivos à Escola. Projetos relacionados à organização e administração da ED também serão aceitos.
O projeto deve ser encaminhado, até o dia 30 de abril, ao setor de Educação Cristã da CPAD (Av. Brasil, 34.401 Bangu - Rio de Janeiro/RJ - Cep 21852- 000. Escreva do lado de fora do envelope: CPAD - Setor de Educação Cristã). O material deve estar impresso e, se possível, acompanhado de disquete. Os quatro melhores projetos serão escolhidos para serem apresentados.
Para esclarecimento de qualquer dúvida, basta entrar em contato com o setor de Educação Cristã através dos telefones 21-2406.7345 / 7363 ou pelo email escoladominical@cpad.com.br.
EL
Apos promover conferencias por todas as regiões do Brasil, como a realizada em Florianópolis (acima), a CPAD continua investindo na qualidade do ensino bíblico. Este ano, o 4o a
Congresso Nacional de ED, que acontecerá em São Paulo (foto), vem despertando grande interesse de superintendentes e professores
A inscrição pode ser feita em qualquer uma das filiais da CPAD no Brasil ou pelo site www.cpad.com.br (visite Eventos) ou pelos telefones 11- 6292.1677 (somente para residentes no Estado de São Paulo) e 21-2406.7323/ 7400 (para todas as outras regiões). Ao fazer contato, esteja com identidade e CPF à mão
Procure a caravana mais próxima de você | | |Várias grupos estão se organizando para participarem do congresso. Eles estão formando caravanas, e você pode fazer parte delas. Conheça, a seguir, os nomes dos líderes e os locais-base de algumas caravanas que até a data do fechamento
desta edição já estavam confirmadas. Se você se interessar em integrar-se a algum grupo, basta ligar para os telefones indicados.
Ady Lopes............................................................... 47-Antonio Onofre........................................................ 33-Cicero Barbosa....................................................... 98-Elías da Vitória Santos........................................... 79-Jair A lves.............1.................................................. 91-Jeferson Couto........................................................ 21-Joceli da Fonseca.................................................. 54-José Ribamar F. do Nascimento............................ 89-Lauro Roberto Silva Barreto.................................. 51-Lázaro Meireles....................................................... 71-Mòmca Fernandes.................................................. 84-Neemias - Ass. de Deus de Betim........................ 31-Pedro Farias de Lima............................................. 86-Rubenilso Amaral da S ilva..................................... 98-Samuel Couto........................ ................................. 71-Wilton Alves da Silva.............................................. 21-Jairo Souza.............................................................. 21-Elivan Messias dos Santos.................................... 71-Evaldo Cassuto...................................................... 27-Oriando de Carvalho.............................................. 27-Sebastião Fiorine F ilho.......................................... 19-Natanaeí Cotez........................................................44-
422.3221 ................................................Joinville, SC3331.4581/3341.2150...........................Manhuaçu, MG239.1050/ 239.0523...............................São Luis, MA261.1741 ................................................São Cristóvão, SE238.0271 ................................................Belém, PA2643.3002 ..............................................Teresópolis, RJ3042.0262 ..............................................Farroupilha, RS326.7779 ................................................Timom, MA475.4977 ................................................Canoas, RS376.3405 ................................................Salvador, BA217.8390 ............. ................................. Capim Macio, RN3594.2775 ..............................................Betim. MG220.3454................................................Teresina, PI222,4351 ................................................São Luís. MA480,6709 ................................................Salvador, BA2779.9133/ 2665.8631 ......................... . Queimados, RJ2796.2796..............................................Mesquita, RJ622.1133 ................................................Camaçari. BA3343.4717 ..............................................Cariacica, ES3372.2162 ..............................................Linhares, ES3268.3695 ..............................................Campinas, SP9958.8504 ................................... ..........Campo Mourão, PR
LocalA infra-estrutura do Centro de Con
venções Anhembi, em São Paulo, local escolhido para a realização do congresso, é outro fator que promete coroar as atividades. Conhecido por sediar os eventos de maior expressão da cidade, o Anhembi fica localizado próximo ao Terminal Rodoviário do Tietê, aos aeroportos e ao metrô.
A capital paulista é de fácil acesso para qualquer parte do país, além de apresentar alternativas em relação a transporte, hospedagem e alimentação ao gosto dos congressistas.
InscriçõesAs inscrições estão abertas até
o dia 22 de julho ou enquanto houver vagas. No caso de caravanas, o responsável deve ligar para o setor de E ven tos da CPAD (21- 2406.7323/ 7400), cadastrando-se como líder de caravana. Ele receberá o material de divulgação e fichas de inscrição especiais para caravanas, que deverão ser devolvidas devidamente preenchidas via fax ou email até 20 de julho.
O valor da inscrição aumenta à medida que se aproxima a data do evento e pode ser parcelado em cinco vezes. Inscrições feitas até 30 de maio valem R$ 120,00. Desta data até 29 de julho, os interessados deverão pagar R$ 150,00. No pacote dos congressistas estão incluídos pasta, apostila, caneta e duas refeições (almoço e lanche) para os dias 30 e 31.
Márcio Klauber Maia
caminhSe planejar a aula é fundamental para atingir os
Domingo pela manhã. Irmão Francisco é o professor da classe de jovens da Escola Dominical. Ele está ansioso
para chegar logo à igreja e ministrar a aula de hoje. Seu coração bate mais forte esta manhã porque conseguiu um excelente material e está aguardando o momento para utilizá-lo. Um irmão lhe indicou o endereço de um site notável na Internet, de onde extraiu vários artigos interessantes; outro lhe indicou um livro espetacular e o pastor lhe emprestou um comentário bíblico que será de muita utilidade. Será a melhor aula de sua vida, pensa.
A aula inicia e ele começa falando sobre um dos artigos, o que leva muito tempo. Tenta organizar o material no cavalete, mas percebe que a letra é muito pequena e não dá para visualizar bem. Os alunos estão interessados pelo assunto e começam a fazer perguntas, que acabam dando outro rumo à aula. Irmão Francisco lembra-se, então, de um capítulo do livro que tem um resumo interessante e pede que a irmã Maria faça a leitura, quando o superintendente toca a sineta avisando que faltam 10 minutos para o final da aula. Ele vai para casa triste, frustrado e com uma interrogação: como poderia organizar melhor todo o excelente material que tinha em mãos para dar uma boa aula, no tempo apropriado?
O que o professor vai ensinar?
Para falarmos sobre isto, algumas questões precisam ser analisadas. Sabemos que ensinar não é apenas "pas-
m
sar" um conteúdo, mas sim formar cidadãos conscientes, com capacidade de absorver, analisar e praticar o que está sendo ensinado. Cabe ao professor cri- ar um ambiente no qual o aluno seia. estimulado a discutir e compreender o assunto, compartilhar experiências, construindo o conhecimento em grupo, sob sua orientação. Além disto, tem que desafiar os alunos a uma mudança de vida, visando imprimir neles o caráter de Cristo, pela Palavra de Deus.
Quando vamos preparar a aula, tendo à mão a revista da ED e o material que coletamos durante a semana - livros, artigos, recortes de revistas, mapas, comentários bíblicos - , precisamos pensar em primeiro lugar sobre o quê pretendemos ensinar.
O tempo disponível para a aula é curto e precisa ser bem aproveitado. Não é possível ensinar tudo a respeito de qualquer que seja o assunto em apenas uma aula. Por isso, precisamos identificar qual a idéia principal que deve ser trabalhada, perguntando-se: "Que conteúdo mínimo o meu aluno precisa reter sobre o assunto?"
E importante identificarmos quais os conceitos que o aluno deve dominar no assunto a ser ministrado, que valores precisa reter e que foco deve ser dado durante a aula. Isto vai permitir que nos concentremos no que é essencial, além de termos a oportunidade de identificar a melhor abordagem de acordo com a faixa etária, a formação e as necessidades específicas do grupo com o qual vamos trabalhar. Precisamos levar em consideração também o que os alunos já sabem a respeito do tema, a quantidade de alunos na
vos da ED, acrescentar criatividade é decisivoclasse, as limitações físicas do local onde a aula será ministrada, o ambiente espiritual e socioeconômico do grupo etc. Desta forma, evitamos que a aula seja sem rumo e improdutiva.
O que o aluno vai aprender?
Podemos dar o próximo passo, perguntando: "O que os alunos vão aprender? Quais os objetivos específicos para os nossos alunos e como podemos avaliar se eles absorveram os valores ensinados?"
Precisamos determinar o que esperamos do nosso aluno e como podemos avaliar sua aprendizagem de forma específica, por meio de atividades que eles estarão aptos a realizar após a aula. Se o objetivo da aula é que os alunos conheçam melhor o Espírito Santo, podemos ter uma orientação clara sobre o que deve ser trabalhado estabelecendo o seguinte objetivo: após a aula, os alunos deverão citar quatro principais atributos do Espírito Santo e explicar, com suas próprias palavras, o que significa cada atributo. Assim, podemos direcionar a aula e identificar se houve o êxito almejado, projetando antecipadamente o que o aluno poderá realizar e como demonstrará o que aprendeu. Se o assunto da aula é uma visão panorâmica das epístolas paulinas, o nosso objetivo pode ser: após a aula, os alunos deverão citar cinco livros do Novo Testamento escritos pelo apóstolo Paulo e identificar no mapa os locais para os quais as cartas foram endereçadas.
Que atividades serão realizadas?
Definido o que vamos ensinar e o que o aluno deve aprender, temos uma direção traçada e sabemos o que queremos e onde desejamos chegar. Podemos nos concentrar agora nos aspectos práticos da aula - as atividades que o professor e os alunos irão realizar e quais os recursos necessários. E nesta fase que devemos decidir qual a melhor forma de apresentarmos o tema, escolhendo as atividades que serão aplicadas em classe. Estes métodos empregados na construção do aprendizado facilitam a compreensão e fixam os valores que precisam ser adquiridos pelos alunos.
Importante ressaltar que métodos e atividades são apenas meios para atingirmos um alvo. O produto final da nossa aula é a aprendizagem, e não a metodologia. Esta é apenas a ferramenta utilizada e o meio para se atingir*o fim. Devemos também ser cuidadosos no planejamento de atividades para os alunos, sabendo que eles irão absorver muito mais aquilo que fazem, do que apenas aquilo que vêem ou ouvem. É fundamental que planejemos maneiras de tornar a aula participativa. Isto vai aumentar o interesse dos alunos pela ED, fazendo com que se sintam importantes e necessários na classe, além de desenvolver o raciocínio e a intimidade com o assunto.
Precisamos, ainda, eleger os recursos ou materiais que serão utilizados no funcionamento dos métodos e execução das atividades. Tudo precisa ser planejado e providenciado com ante-
m
cedência para se evitar imprevistos e surpresas de última hora.
Idéias funcionais
Vejamos alguns exemplos de como podemos tornar a nossa aula mais criativa e producente.
Quando o assunto requer um volume maior de informações teóricas, podemos trabalhar fazendo a leitura de um resumo das informações principais. Isso, através de uma dinâmica de leitura, de recurso visual, ou assistindo a um filme ou documentário sobre o assunto. As informações depois poderão ser trabalhadas em grupo, utilizando- se métodos como o painel integrado, grupo de verbalização e observação ou, ainda, perguntas e respostas. Para tanto, não podemos esquecer de preparar o texto (pode ser um artigo encontrado na internet ou em uma revista), preparar e treinar antes a dinâmica a ser utilizada, confeccionar os recursos visuais (cartazes, álbum seriado, quadro de tiras ou pregas etc.). Se for utilizar um filme, além da fita de vídeo (que já deve estar no ponto certo), o professor deve providenciar o videocassete, a televisão e o local adequado. O material a ser trabalhado em grupo bem como as perguntas necessárias também devem ser providenciadas com antecedência.
Se o assunto é de ordem mais prática, podemos trabalhar com dramatizações, estudo de um caso, jogos simulados ou a utilização de ilustrações, parábolas etc., buscando explorar mais a participação individual com as experiências de cada um. Neste caso, precisamos ter combinado todos os detalhes com os alunos que vão apresentar a peça ou jogral, além de preparar o material da atividade que será empregada.
Quando o assunto é mais polêmico, podemos trazer convidados para um debate, um painel ou uma entrevista. E também utilizar o método júri simulado ou, ainda, discussão em classe. Para a aplicação destes métodos te
“O tempo disponível para a aula
é curto e precisa ser bem
aproveitado”
mos que fazer os convites antecipadamente, preparar a classe ao longo da semana com a distribuição de tarefas e pesquisas, a fim de que os alunos estejam devidamente preparados para discutir o assunto em questão.
Se a aula faz referência a cidades, rios, países ou outros lugares, podemos utilizar mapas. Eles podem ser trabalhados no retroprojetor ou através de colagens ou marcações com um pincel - para isto precisamos cobrir o mapa com um plástico para não danificá-lo. Outra sugestão é o uso de fotografias dos locais.
Se o assunto é mais doutrinário, então podemos utilizar dicionários, comentários e chaves bíblicas para os alunos consultarem o que for preciso. Cartazes e esquemas gráficos podem ajudar a condensar a informação e melhor apresentar os conceitos. Podemos envolver a turma através de um simpósio ou estudo bíblico indutivo. Nestes casos, os materiais necessários devem ser providenciados com antecedência.
Nossa responsabilidade.
Márcio Klauber Maia é pastor na AD em Candelária, Natal (RN).
Os segredos para uma boa aula são o planejamento e a criatividade. As coisas não acontecem por acaso e o aprendizado não se desenvolve sem que haja um trabalho prévio. O professor que apenas lê a lição no sábado à noite ou no domingo pela manhã não terá condições de exercer a plenitude do seu ministério, pois sequer planejou e preparou a sua aula com o empenho devido. Devemos lembrar do que a Bíblia nos adverte em Romanos 12.7: "Se é ensinar, haja dedicação ao ensino".
Pa r a n a v e g a r e m á g u a s p r o f u n d a s
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Este livro fornece uma visão panorâmica da Palavra de Deus para aqueles que desejam obter base para um estudo mais detalhado de um livro, passagem ou tema da Bíblia. Com o auxílio de introdução, resumo e sumário, o autor analisa cada livro das Sagradas Escrituras e torna-os mais claros ao leitor dos dias atuais. O livro inclui também 35 inapas e tabelas.
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Pr. José Wellington Costa Jun io r, SP
Presidente do Conselho Adm inis
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P r o f . Marlene LeFever, E U A Diretora de Relações Ministeriais d a David C . Cook Church Ministries.
Pr. Antonio Gilberto, R J Consultor D outrinário
P l e n á r ia s
• A linguagem bíblica c'omo recurso de ensino• Perspectivas reais da Educação Cristã no âmbito da Escola Dominical• O desafio da Educação Cristã diante da “Sociedade do Conhecimento”• Construindo o caráter das crianças na Escola Dominical.
S e m i n á r i o s
• Administração dinâmica: paradigma para uma Escola Dominical objetiva e eficiente• Andragogia: um novo sentido para a educação de adultos na igreja• Avaliando teorias contemporâneas de aprendizagem pela perspectiva bíblica• A eficácia da aprendizagem através de métodos criativos• Como superar os desafios de relacionamento professor/aluno• Pedagogia de projetos: uma nova proposta de aprendizagem para a Escola Dominical• A importância da participação dos pais na formação bíblico-cristã dos filhos
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