ensino de ciências e cidadania ctsa. objetivos: – fortalecer a ideia da área de cnt; –...
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Ensino de Ciências e Cidadania
CTSA
Objetivos: – fortalecer a ideia da área de CNT;
– problematizar dificuldades; – buscar soluções; – desenvolvimento profissional.
VÍDEOVÍDEO
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
Mundoemtransformacao-FILME.avi
CTSA
A importância da Educação Científica na
Sociedade Atual
Cachapuz 2005
Que razões podemos avaliar sobre a
necessidade de uma educação científica
para todos os cidadãos?
“Num mundo repleto pelos produtos da indagação científica, a alfabetização científica converteu-se numa necessidade para todos: todos necessitamos utilizar a informação científica para realizar opções que nos deparam a cada dia; todos necessitamos ser capazes de participar em discussões públicas sobre assuntos importantes que se relacionam com a ciência e com a tecnologia; e todos merecemos compartilhar a emoção e a realização pessoal que pode produzir a compreensão do mundo natural”.
Jornal National Science Education Standards, previsto pelo National Research Council (Conselho Nacional de
Pesquisa 1996)
A.C. Prática utiliza os conhecimentos na vida diária com o fim de melhorar as condições de vida, o conhecimento de nós mesmos, etc;
A.C. Cívica para que todas as pessoas possam intervir socialmente com critério científico em decisões políticas;
A.C. Cultural relacionada com os níveis da natureza da ciência, com o significado da ciência e da tecnologia e a sua incidência na configuração social.
As Ciências da Natureza estão presentes na cultura e na vida em sociedade, na investigação dos materiais, das substâncias, das técnicas, da vida e do cosmo.
A ciência e as tecnologias na produção de conhecimentos, bens e serviços fazem da alfabetização científico-tecnológica uma condição de cidadania.
Na educação de base os jovens devem se preparar para se expressar com as linguagens da ciência, desenvolver visão de mundo científico e fazer uso prático de seus conhecimentos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional envolve as ciências ao demandar o domínio “das formas contemporâneas de linguagem” ou “dos princípios científico-tecnológicos que presidem a produção moderna”.
Esse desenvolvimento da cultura científica está mais explicitado nas Diretrizes Curriculares Nacionais e mais detalhado ainda na Matriz de Competências do Exame Nacional do Ensino Médio.
Atividades com participação ativa dos alunos, demandando consulta e cooperação com seus colegas, assim como tomada de posição.
Temáticas que dialoguem com o contexto da escola e com a realidade do aluno, antecedendo as que transcendem seu universo vivencial.
Linguagens e níveis de complexidade compatíveis com a maturidade esperável da faixa etária de cada série.
Observações que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais, mas envolvam percepções do mundo real, com a participação e o registro feito pelos alunos.
Utilização dos cadernos de alunos e de professor, compatível com lançar mão de diferentes livros didáticos, assim como de textos para-didáticos e vídeos.
Problema Hipótese de trabalho Desenho experimental Fase experimental Análise e interpretação dos dados Conclusão Novos problemas
H20. Laser
Informações nutricionais dos
alimentos
DNA
DESMATAMENTO AQUECIMENTO GLOBAL
Relação Ciência/Tecnologia/Sociedad
e
Situação Situação InternacionalInternacional
19501950
Guerra FriaGuerra Fria1970 1970 Guerra Guerra
tecnológicatecnológica
20002000
Globalização Globalização problemas problemas ambientaisambientais
Situação no Situação no BrasilBrasil
LeisLeis LDB 4024/61LDB 4024/61 LDB 5692/71LDB 5692/71 LDB 9394/96LDB 9394/96
Situação Situação educacionaleducacional
Escola Escola pública pública para elite para elite
Ampliação Ampliação da escola da escola pública para pública para o cidadãoo cidadão
Educação Educação para o para o cidadão cidadão trabalhador.trabalhador.
Ensino de Ensino de CiênciasCiências
Ciência Ciência NeutraNeutra
Ciência Ciência processoprocesso
Ciência Ciência Construção Construção socialsocial
FOTOSSÍNTESE
O objetivo central do ensino de CTS na educação básica é promover a educação científica e tecnológica dos cidadãos, auxiliando o aluno a construir conhecimentos, habilidades e valores necessários para tomar decisões responsáveis sobre questões de ciência e tecnologia na sociedade e atuar na solução de tais questões (Aikenhead, 1994; Santos & Mortimer, 2000; Santos & Schnetzler, 1997; Solomon, 1993; Teixeira, 2003; Yager, 1990).
Segundo Roberts (1991), currículos de ciências com ênfase em CTS são aqueles que tratam
das inter-relações entre explicação científica,
planejamento tecnológico, solução de problemas e
tomada de decisão sobre temas práticos de importância
social.
Assim, uma proposta curricular de CTS pode ser vista como uma integração entre educação científica, tecnológica e social (Figura 3), em que os conteúdos científicos e tecnológicos são estudados juntamente com a discussão de seus aspectos históricos, éticos, políticos e socioeconômicos (López e Cerezo, 1996).
Ensinar ciência significa, portanto, ensinar a ler sua linguagem, compreendendo sua estrutura sintática e discursiva, o significado de seu vocabulário, interpretando suas fórmulas, esquemas, gráficos, diagramas, tabelas etc. Além disso, Newton, Driver e Osborne (1999) consideram que o ensino de ciências deve ajudar o aluno a construir um argumento científico, o qual é diferente da argumentação do senso comum.
Como demonstram Osborne, Erduran e Monk (2001), a linguagem escolar geralmente é fundamentada mais em argumentos de autoridade do que em justificativas assentadas em valores científicos, e, dessa forma, o ensino de ciências deveria dar maior atenção ao desenvolvimento da argumentação científica.
Ocorre que a escola tradicionalmente não vem ensinando os alunos a fazer a leitura da linguagem científica e muito menos a fazer uso da argumentação científica.
O ensino de ciências tem-se limitado a um processo de memorização de vocábulos, de sistemas classificatórios e de fórmulas por meio de estratégias didáticas em que os estudantes aprendem os termos científicos, mas não são capazes de extrair o significado de sua linguagem.
Começamos por uma informação criticada por equipes de docentes implicados em um esforço de clarificação e por uma abundante literatura sobre a educação científica:
- A transmissão de uma visão descontextualizada, socialmente neutra que esquece dimensões essenciais da atividade científica e tecnológica, como o seu impacto no meio natural e social, ou os interesses e influências da sociedade no seu desenvolvimento (Hodson, 1994).
Ignora-se, porém, as complexas relações CTS, Ciência-Tecnologia-Sociedade, ou melhor CTSA, agregando o A de Ambiente para chamar a atenção sobre os graves problemas de degradação do meio que afetam a totalidade do planeta.
Este comportamento descontextualizado comporta, muito em particular, uma falta de clarificação das relações entre a ciência e a tecnologia.
As propostas de incorporação da dimensão CTSA têm o objetivo de promover a necessária contextualização da atividade científica, discutindo a relevância dos problemas abordados, estudando as suas aplicações e possíveis repercussões (pondo ênfase na tomada de decisões), mas afastando outros aspectos chaves do que supõe a tecnologia: a análise meios-fins, o desenho e a realização de protótipos (com a resolução de inúmeros problemas práticos), a utilização dos processos de produção, a análise risco-custo-benefício, a introdução de melhorias sugeridas pelo uso, ou seja, tudo o que supõe a realização prática e o manuseamento real dos produtos tecnológicos de que depende a nossa vida diária.
De fato, os referênciais mais frequentes das relações CTSA que incluem a maioria dos textos escolares de ciências reduzem-se à enumeração de algumas aplicações dos conhecimentos científicos (Solbes e Vilches, 1997), caindo assim numa exaltação simplista da ciência como fator absoluto de progresso.
A recuperação desses processos históricos e de relações Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA), sem deixar de lado os problemas que protagonizam um papel central no questionamento de dogmatismos e na defesa da liberdade de investigação e pensamento, pode contribuir para devolver à aprendizagem das ciências a vitalidade e relevância do próprio desenvolvimento científico.
Os debates sobre heliocentrismo, o
evolucionismo, a síntese orgânica, a origem da
vida,...constituem exemplos relevantes
(Cachapuz et al 2005).
A necessária renovação do ensino de Ciências – Acervo biblioteca do professor
A aprendizagem e o ensino de ciências – do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. Autores: Juan Ignacio Pozo e Miguel Ángel Gómes Crespo
Livro verde – EM em Rede – 2005 – Artigos de divulgação científica
↓↓↓ A área de CNT deve reler e pensar em como utilizar.
- Wilson Luiz Pereira dos Santos – Revista Brasileira de Educação - Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios.- Maura Ventura Chinelli et all - Epistemologia em sala de aula: a natureza da ciência e da atividade científica na prática profissional de professores de ciências.- Cachapuz, A. et al 2005 – Livro: A necessária renovação do Ensino de Ciências.- Luiz Carlos Meneses – Simpósio CNT 2011 - A presença das Ciências da Natureza na sociedade contemporânea.- Ensino de Ciências e Cidadania - Myriam Krasilchik - Faculdade de Educação/USP.
ATIVIDADES CTSA
1 - Nas situações de aprendizagem existem problemas que tenham foco na CTSA?
2 - Em caso positivo:a) Esses problemas são interessantes para os
alunos?b) As atividades propostas incentivam a reflexão e a
argumentação?c) As atividades propostas exigem do aluno apenas
consultas a textos ou a evocação da memória para serem resolvidas?
d) É possível fazer associações dos conhecimentos construídos com outras disciplinas ou com outras situações de aprendizagem?
3 - Em caso negativo, que modificações poderiam ser feitas nessas situações para que elas fiquem próximas do que discutimos em nosso encontro?
Conclusão Com relação aos Eixos do
Currículo: CTSA e Alfabetização científica.
Podemos concluir que:
CTSA → Há um equilíbrio. As CTSA estão inseridas de forma compartimentada entre os cadernos, mas está completa no currículo, ou seja, ao longo do currículo.
Alfabetização científica → O currículo e a sua metodologia favorecem a alfabetização científica. As concepções espontâneas dos alunos são um ponto de partida para que elaboremos uma metodologia de ensino compatível com essa realidade para promover a alfabetização científica em sala de aula, ou seja, a construção de conhecimentos pelos alunos.
Nas áreas de CNT não há foco em Educação Ambiental. Não encontramos proposta de mudança (atitudinal) nos problemas ambientais, mas, a sua identificação no currículo também depende de como eu a concebo.
A história da tecnologia também tem influência na forma de organização social e, assim como a ciência, tem implicações no ambiente. Creio que discutir essas relações entre ciência, tecnologia, sociedade e o ambiente contribui para o desenvolvimento da EA.
Rosimeire, Silvia, Prescila e Rafael, Professores Coordenadores do Núcleo
Pedagógico da Diretoria de Ensino–Região Bauru, agradecem aos professores de CNT
que participaram dos encontros de formação e que contribuíram com suas
práticas pedagógicas para o enriquecimento da formação profissional de todos os envolvidos, ampliando a visão de
integração de nossa área.
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