escola estadual jesus divino operÁrio ensino … · pontos positivos e negativos de nossa escola,...
Post on 27-Nov-2018
218 Views
Preview:
TRANSCRIPT
ESCOLA ESTADUAL JESUS DIVINO OPERÁRIO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PONTA GROSSA
2010
SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................página 01
Identificação do Estabelecimento ...................................................................página 03
Organização da Entidade Escolar ...................................................................página 04
Histórico ........................................................................................................ .página 05
Objetivos Gerais .............................................................................................página 06
Marco Situacional ...........................................................................................página 08
Marco Conceitual ............................................................................................página 12
Marco Operacional ..........................................................................................página 19
Bibliografia ......................................................................................................página 27
1
APRESENTAÇÃO
O presente texto pretende mostrar a identidade da Escola Estadual Jesus Divino
Operário – Ensino Fundamental, pois a mesma é fruto das experiências educacionais, de
discussões e debates realizados por todos os envolvidos com a educação, professores,
pedagogos, funcionários, pais, alunos e representantes da comunidade.
Na busca de um maior comprometimento de todos da escola com a educação, este
texto do Projeto Político Pedagógico foi redigido procurando mostrar em linhas gerais o
trabalho desenvolvido na escola, bem como definir ações educativas que consolidem o
desenvolvimento do trabalho pedagógico dentro de uma gestão democrática.
É na construção do Projeto Político Pedagógico que pretendemos compreender os
pontos positivos e negativos de nossa escola, para que realmente possamos refletir e intervir
positivamente na melhoria do processo ensino-aprendizagem, estabelecendo prioridades
traçando metas e operacionalizando ações.
Acreditamos que uma boa escola é aquela em que os alunos aprendem coisas
essenciais para a sua vida, como ler e escrever, resolver problemas matemáticos,
compreender o mundo em que vivem, conviver com os colegas, respeitar regras e trabalhar
em grupo. Para atingirmos esta almejada escola, nós nos propusemos a refletir e traçar os
caminhos através do presente projeto.
O Projeto Político Pedagógico, além de buscar compreender a própria escola e de
refletir sobre as ações pedagógicas desenvolvidas nela, vem cumprir a exigência da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), que diz:
Artigo 12 – Os estabelecimentos de ensino respeitando as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I – Elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Artigo 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:
I – Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino.
2
Artigo 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola.
II – Participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Portanto a L.D.B. fixa regras relativas a gestão democrática e a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, porém cede as escolas uma autonomia pedagógica, que nós,
através do presente trabalho, pretendemos atingir.
3
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Estabelecimento de Ensino: Escola Estadual Jesus Divino Operário – Ensino Fundamental
Código: 00106
Município: Ponta Grossa
Código: 2010
Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização de Funcionamento do Estabelecimento: Decreto nº 1925 D.O.E.
09/06/1976
Ato de Reconhecimento (Renovação do Estabelecimento): Resolução n° 5.966/2006
D.O.E. 31/01/2007.
Distância do Estabelecimento ao NRE: 04 KM
Local: Praça Frei Elias Zulian nº 216 – Oficinas
4
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série
Número de Turmas: 24
Número de Alunos: 834
Número de Professores: 42
Número de Pedagogos: 04
Número de Funcionários - Agente Educacional I :07
Número de Funcionários – Agente Educacional II: 06
Número de Salas de Aula: 12
Número de turnos: 02/ matutino e vespertino.
Número de Alunos com Necessidades Especiais: 02
Ambientes Pedagógicos:
0l Sala de Recursos, 01 Sala de Vídeo, 01 Sala de Apoio Pedagógico, 01 Biblioteca com
Computador, 01 Auditório de 280 lugares com TV e Vídeo, 01 Sala de Materiais Didáticos
e 05 DVDs, 04 rádios, 13 TVS Pendrave, 01 Sala de Informática com 5 ilhas com
4computadores cada uma.
Em nossa escola à organização do tempo escolar é seriado, de 5ª a 8ª série.
A organização curricular é através do sistema de disciplinas, que contemplam os
conteúdos das diversas áreas de conhecimentos.
A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 estabelece para o
ensino fundamental que os currículos devem ter uma base nacional comum e uma parte
diversificada.
A base nacional comum é composta pelas disciplinas de: Língua Portuguesa,
Matemática, História, Geografia, Artes, Educação Física e Ciências. A parte diversificada é
composta pela disciplina de LEM. Inglês, e trabalhada de 5ª a 8ª série.
Na disciplina de História, nas 5ª e 6ª séries, além dos conteúdos básicos são
trabalhados os conteúdos de História do Paraná, na disciplina de Geografia, nas 7ª e 8ª
séries, além dos conteúdos básicos são incluídos os conteúdos de Geografia do Paraná. É
5
abordado também nas disciplinas de História e Geografia, a influência em nossa cultura da
etnia Afro-descendente e também das várias outras etnias que formam o povo brasileiro.
O Ensino Religioso é contemplado nas 5ª e 6ª séries.
HISTÓRICO
A Escola Estadual Jesus Divino Operário – Ensino Fundamental, tem como
fundador, Frei Elias Zulian, que era capelão e assistente social da Rede Viação Paraná
Santa Catarina. Após alguns anos de trabalho na comunidade, constatou a urgente
necessidade de instalação de um curso primário para os filhos dos ferroviários e iniciou a
construção do prédio onde atualmente encontra-se a Escola Jesus Divino Operário. A
escola foi inaugurada em 1957, como Escola Isolada da Vila Ferroviária e em 1958, através
do decreto nº 16768 de 23/05 passou a categoria de Grupo Escolar Jesus Divino Operário.
Em 1976, passou a denominar-se Escola Jesus Divino Operário com o decreto de
autorização de funcionamento nº 1925 de 09/06/76.
Em 1982, com a cessação das atividades do Ginásio Pax, escola anexa à Escola
Jesus Divino Operário, houve a implantação de 5ª a 8ª séries em uma única etapa, através
da resolução nº 579/84, publicada no Diário Oficial nº 1738 de 21/02/84, sendo reconhecida
como Escola Estadual Jesus Divino Operário – Ensino de 1º Grau.
Em 1998, passou a chamar-se Escola Estadual Jesus Divino Operário – Ensino
Fundamental, conforme Deliberação nº 003/98 do Conselho Estadual de Educação,
publicada em D.O.E. do dia 16 de julho de 1998 e da Resolução nº 3120/98 da Secretaria
de Estado da Educação publicada em D.O.E. do dia 11 de setembro de 1998.
Em 1º de outubro de 2001, ocorreu o desmembramento do ensino de 1º a 4º série do
Ensino Fundamental, que passou a ser mantido pela Secretaria Municipal de Educação, mas
continuará no mesmo prédio, em espaço compartilhado até abril do ano letivo de 2006.
A partir dia 07 de abril do ano de 2006, já com prédio próprio, começou a funcionar
a Escola Municipal Frei Elias Zulian, deixando então de ser compartilhado o nosso prédio
com o município.
A Escola Estadual Jesus Divino Operário é instalada em prédio alugado pelo
Governo do Estado do Paraná, pertencente à Mitra Diocesana de Ponta Grossa.
6
OBJETIVOS GERAIS
O texto da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional no seu artigo 2º
estabelece que:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais
de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A L.D.B. no seu artigo 2º caracteriza a educação como função da família e do
estado, incluindo a sociedade como responsável pela educação, portanto, a escola pública
sendo uma entidade representativa do estado é a principal responsável pela educação,
devendo proporcionar condições de ingresso e permanência do aluno na escola. Deve
buscar alternativas de ensino que realmente promovam a aprendizagem aos alunos,
garantindo-lhes o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e elaborando um
currículo que realmente atenda as necessidades dos educandos.
As três expressões, que se referem ao pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho devem ser
realmente a preocupação maior do ensino regular, pois é aí que reside todo o esforço da
escola para proporcionar ao educando seu desenvolvimento como ser humano,
instrumentando-o para o trabalho, que é o meio de sobrevivência da sociedade política
organizada.
*
A L.D.B. no seu artigo 32 diz:
O ensino fundamental, com duração mínima de nove anos é obrigatório e gratuito
na escola pública, e tem por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio, da leitura da escrita e do cálculo;
II – A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
7
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A escola tem um papel de extraordinária importância como agente de socialização,
intermediando o processo entre família e sociedade.
Desta forma, objetivamos na escola:
- Oportunizar situações em que o aluno possa exercer a cidadania, procurando desenvolver
dentro de diferentes ações e atividades escolares os valores de respeito, justiça, verdade,
solidariedade, democracia... Procurando o desenvolvimento integral do educando nos seus
múltiplos aspectos: físico, intelectual, escolar, social, emocional, moral para tornar-se um
cidadão ajustado e capaz de transformar o meio em que vive.
- Proporcionar práticas pedagógicas que levem os educandos a questionar a realidade
política-social de forma crítica e construtiva, possibilitando-os a interpretar as diferenças de
nossa sociedade e a posicionar-se como agente transformador da realidade.
- Adequar o conhecimento as reais necessidades do aluno, de forma que os conteúdos
atuem como um meio para o desenvolvimento de habilidades, formação de atitudes e
valores e na compreensão do ambiente natural e social, tornando-o apto a compreender e
enfrentar diferentes situações.
• Capacitar o aluno na busca de informações, para usá-las no seu cotidiano.
• Conhecer e valorizar a pluralidade sócio cultural brasileira, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseadas em diferenças culturais de classe social, de crença, de
sexo, de etnia ou de outras características individuais ou sociais.
8
MARCO SITUACIONAL
Caracterização da Comunidade
Nossa Escola situada no Bairro de Oficinas, atende alunos das imediações e das
Vilas mais próximas; Jardim Europa, Vila Cipa, Vila Rica, Vila Guaíra, e também os
Núcleos Habitacionais; Santa Maria, Santa Marta e Ouro Verde.
Nossa clientela escolar é heterogênea compondo-se de famílias de uma renda sócio-
econômica de classe média e baixa e também algumas em situação de pobreza, sendo
algumas delas assistidas pelos projetos sociais do Governo Federal, temos também 57
alunos que são assistidos pela Casa do Menor Irmãos Cavanis.
A clientela escolar é composta por famílias onde pai e mãe trabalham. As profissões
exercidas pelos pais são variadas: mecânico, comerciante, pedreiro, pintor, industriários e
motoristas. Um grande número de mães trabalham como diaristas e empregadas
domésticas, sendo muitas ainda, trabalhadoras do lar.
Constatamos em nossa realidade escolar que muitos alunos são de famílias
desestruturadas em sua composição, pois muitos são filhos de pais separados, morando com
pai ou com a mãe, avós ou tias.
Algumas famílias se apresentam desestruturadas também em sua formação, pois
falta o respeito, o diálogo, o afeto e a acolhida, desestruturando assim a sociedade, pois a
família e a base para uma sociedade equilibrada. A necessidade das mães trabalharem fora
de casa devido às dificuldades financeiras, restando muito pouco tempo para os filhos
também colabora com a desestruturação da família e abandono dos filhos.
Os alunos vindos destas famílias apresentam muitos problemas na escola:
dificuldades em cumprirem regras e normas, dificuldades de relacionamento com colegas e
professores e dificuldades de aprendizagem.
Diante disso precisamos priorizar o resgate destes alunos, interagindo com eles com
afeto e firmeza, de modo a proporcionar limites claros e bem definidos, valores e atitudes
críticas diante das situações, para que construam positivamente o seu futuro e o futuro da
sociedade em que vivem.
É preocupação da escola não somente aprendizagem de conhecimentos,
desenvolvimentos e habilidades específicas, mas também a compreensão dos direitos e
deveres da pessoa humana e do cidadão. Portanto todos os profissionais da escola são
9
comprometidos com a formação geral dos educandos, colaborando com o desenvolvimento
integral dos mesmos.
Os professores cumprem seu papel de mediador entre alunos e conhecimento,
procurando conhecer a realidade escolar e buscando soluções aos problemas apresentados.
São comprometidos com a educação, dominando a sua área de atuação e participando dos
projetos desenvolvidos na escola, colaborando com os colegas nas diversas atividades
sempre que necessário.
Os funcionários- Agente Educacional I e II de nossa escola são colaboradores nas
mais variadas situações dentro da escola. Os seus trabalhos muitas vezes são camuflados
pelo cotidiano escolar, mas são fundamentais ao bom funcionamento da escola, pois
proporcionam aos professores e alunos um ambiente limpo, acolhedor e organizado,
colaborando de forma positiva ao processo ensino-aprendizagem. Em muitas decisões
tomadas na escola é imprescindível a participação dos funcionários, pois possuem uma
visão de fora, conhecem a comunidade escolar, o que facilita e auxilia a interação entre
alunos e professores. São fundamentais também na educação e na formação de nossos
alunos, dando bons exemplos, corrigindo e orientando sempre que necessário.
Temos na escola, uma grande tarefa a ser cumprida no ensino fundamental, pois a
escola é uma agencia socializadora do conhecimento, devendo democratizar a educação,
romper com práticas burocráticas autoritárias e contribuir para construção de novas
relações sociais, efetivando a aprendizagem para todos os alunos.
Em nossa escola, analisando os índices de reprovação e evasão, dos últimos anos
verificamos que existe uma diminuição ano a ano. Mas, mesmo assim se faz necessário
minimizarmos esse quadro.
As causas sócios econômicas, o desinteresse e falta de motivação aos
estudos e a baixa frequência, apresentados por alguns alunos, são fatores que contribuem
para o fracasso escolar.
O incentivo e apoio da equipe técnico pedagógica ao professor na utilização de
metodologias variadas, e no desenvolvimento de dinâmicas de sala de aula, com a
utilização de conteúdos contextualizados é fundamental para despertar interesses dos alunos
aos estudos, e colaborar com a melhoria da aprendizagem, rompendo com o processo de
retenção de alunos.
10
O desinteresse às atividades e tarefas escolares leva o aluno a apatia e/ou
indisciplina em sala de aula, gerando baixo rendimento escolar, mas muitas vezes também,
a autoestima baixa e o autoconceito negativo que o aluno faz de seu desempenho em
relação a outros colegas, faz com que ele tenha mais dificuldades, tenha insegurança e
desacredite de si próprio, perdendo muitas vezes o estímulo para os estudos.
Alguns pais e familiares contribuem para a insegurança dos alunos, os colegas de
classe também colaboram quando zombam das dificuldades do colega. Portanto os
professores são orientados pela equipe pedagógica para buscar um bom relacionamento
entre os alunos e também, dosar as dificuldades de conteúdo, respeitar o ritmo de cada
aluno, saber usar o elogio, enfim trabalhar procurando melhorar o autoconceito, e promover
o respeito entre eles.
A equipe pedagógica procura colaborar com o rendimento escolar dos alunos,
auxiliando professor/aluno nas dificuldades de sala de aula orientando na utilização de
metodologias de ensino, trabalhando dinâmicas de grupos com as turmas mais
problemáticas.
Aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e de relacionamento é
sempre feito um trabalho de acompanhamento pela equipe pedagógica com a colaboração
de professores e familiares.
Em relação à evasão escolar a equipe pedagógica faz um acompanhamento da
frequência escolar, sempre auxiliados pelos alunos representantes de turmas, professores, e
sempre levando o conhecimento das faltas aos pais e familiares.
Constatamos que os alunos de 5ª série apresentam uma defasagem de aprendizagem
em relação à leitura/escrita e cálculos matemáticos. Na busca de suprir estas deficiências de
aprendizagem temos as salas de apoio, e acompanhamento destes alunos pelos professores
das respectivas disciplinas e da equipe pedagógica. As dificuldades de leitura e
interpretação de textos dos alunos de 5ª séries quando não levam à retenção na série, muitas
vezes acompanham o aluno nas outras séries. Desta forma, a escola através das diferentes
disciplinas, procura enfatizar a leitura, produção interpretação de textos variados através de
projetos e ações pedagógicas que privilegiam a leitura/interpretação.
Para dar atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais,
contamos com uma Sala de Recursos, com professor especialista em Educação Especial.
11
O mundo atual apresenta um avanço tecnológico muito rápido, com uma imensa
diversidade de informações. O aluno através dos meios de comunicação, informática e
demais recursos audiovisuais está sujeito a todo tipo de informação e a escola não pode
ignorar isto.
O professor precisa criar oportunidades em sala de aula, para aproveitar as
informações da mídia escrita e/ou televisionada e trabalhar seus conteúdos de forma
contextualizada, abrindo espaços em suas aulas para análise e discussão, procurando enfim
desenvolver no aluno a criticidade e aprendizagens mais significativas.
Nas 7ªs e 8ªs séries em nossa escola organizamos grupos de estudos de alunos, que
funcionam como apoio e ajuda aos colegas, que apresentam maior dificuldade na
aprendizagem. Estes alunos por terem uma facilidade de se comunicarem e de melhor
compreenderem os erros e falhas de cálculos dos colegas, conseguem auxiliá-los a vencer
os desafios e aprenderem os conteúdos.
Os alunos portadores de necessidades especiais são participantes das turmas e os
nossos professores procuram adaptar e diversificar os métodos de ensino e dar atendimento
individualizado a eles. Alguns desses alunos são atendidos na hora atividade do Professor e
também são auxiliados e orientados pela equipe pedagógica.
A nossa escola em sua estrutura não está preparada para receber alunos cadeirantes,
porém estamos conscientes de que temos um grupo heterogêneo de educandos e que os
professores, funcionários e equipe técnico pedagógica, procuram respeitar e valorizar as
diversidades culturais, pois encontramos alunos de diferentes religiões, culturas, trajetórias
de vida e saberes diversos. Esta diversidade de educandos implica práticas pedagógicas
diferenciadas, bem como exigem dos professores habilidades em desenvolver atitudes
positivas com a turma na valorização das diferenças individuais.
A equipe pedagógica e professores realizam também um trabalho com a família,
onde buscam incentivar os pais a acompanharem e se interessarem pelas atividades
escolares dos filhos, buscando não somente aprendizagem, mas também uma troca de
experiências e de diálogos para a valorização destes alunos, independente do que
conseguem construir no domínio intelectual.
12
MARCO CONCEITUAL
A vida do homem necessita ser guiada pela cidadania, que será construída num
espaço natural social e histórico, num processo contínuo de integração do sujeito com a
natureza, a sociedade e a prática, onde buscará condições de produzir e de trabalhar para a
conservação de sua própria existência material.
O homem é visto como alguém em permanente transformação e é construído a
partir das possibilidades conquistadas pela humanidade. Um ser que tem características
forjadas pelo tempo, pela sociedade e pelas relações sociais.
Portanto, o homem precisa, não somente compreender a si mesmo, mas conhecer as
condições históricas que o cercam para superar as armadilhas ideológicas e atuar de forma
crítica e transformadora sobre o mundo, e é a escola um dos instrumentos para a formação
desse homem crítico e consciente.
Neste contexto, queremos então, que o homem:
• seja sujeito de seu próprio processo de desenvolvimento;
• domine sua cultura e esteja aberto aos valores de outras culturas;
• seja crítico, questionador, ousado, criativo, comprometido com a
democracia;
• vise a transformação social, por um mundo democrático, justo,
solidário e fraterno;
• seja capaz de viver em comunidade;
• seja capaz de viver e conviver com os avanços tecnológicos,
humanizando-os em favor da sociedade;
• esteja consciente de suas limitações.
Enfim, desejamos a formação de um homem crítico, consciente e comprometido
com sua história, sujeito atuante e com condições de modificar o contexto onde vive.
No atual contexto em que estamos inseridos precisamos refletir sobre a importância
do papel da educação no processo de socialização do ser humano, pois o homem é projeto
do cultural, e é onde vai explorar as potencialidades e as virtualidades para se preparar a
participar da vida do grupo.
13
Desta forma, propomos construir uma sociedade que esteja fundamentada na
dignidade da pessoa humana, reconhecendo todos como sujeitos de seu processo histórico,
e de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento social. Uma sociedade em que a
prática da democracia e a participação coletiva seja uma realidade , e onde haja educação
para todos, cultura, lazer e boas oportunidades de trabalho, proporcionando ao nosso aluno
atuar de forma consciente diante dos problemas sociais.
Almejamos, encontrar uma sociedade que acredite e valorize o ser humano, que seja
justa e solidária, democrática e culta, onde:
• as pessoas busquem trabalhar voltadas para uma ação coletiva e integrada,
com vistas a um objetivo comum;
• a cidadania seja assumida por todos na organização da sociedade;
• possa se oferecer a todos, sem distinção, iguais oportunidades de ascensão
social, com ênfase nas qualidades individuais de cada um;
• sejam ofertadas oportunidades de preparar as jovens gerações para o
desempenho das funções essenciais à sua sobrevivência e à continuidade do
processo social.
• o poder público esteja não somente a serviço de uma minoria, mas de todos
os cidadãos.
Na sociedade brasileira, muitas foram às mudanças sócio econômicas e culturais
ocorridas. Inserida neste contexto, a escola teve que reformular funções, redefinir seu papel,
criar novos serviços. Assim, gradativamente, acabou por assumir a responsabilidade pelo
desenvolvimento integral do educando, em seus múltiplos aspectos: físico, intelectual,
escolar, social, emocional, moral, vocacional, profissional, enfim, os aspectos em relação
aos quais a criança e o adolescente se desenvolvem, enquanto nela permanecem.
A escola precisa organizar-se de forma a propiciar aquisição de instrumentos que
possibilitem o acesso ao saber elaborado, sistematizado e integrado, devendo considerar os
conhecimentos anteriores à vida escolar e em construção, identificando-os e integrando-os
ao trabalho escolar, de forma que as aprendizagens realizadas em qualquer ambiente, tempo
ou situação, signifiquem ampliação do quadro de referência de cada aluno, articulando
senso comum e conhecimento socialmente reconhecido e valorizado.
14
Assim, a escola, através do professor, assume na aprendizagem um papel
desafiador, estimulando o aluno a novas descobertas e a construção de conhecimentos.
Portanto, ofertar um ensino de qualidade, refletir constantemente sobre sua prática
pedagógica, trabalhar pela construção de uma escola digna e igualitária, são compromissos
assumidos por todos nós, educadores.
A escola no contexto social tem a missão de resgatar os valores humanos e éticos,
procurando colaborar com a formação do cidadão crítico e consciente.
Os valores éticos são essenciais na formação da consciência de cada pessoa. É a
ética que define critérios de ação, afim de transformar e desenvolver um mundo melhor.
Atualmente na sociedade é perceptível uma crise de valores éticos, que se afirmam nas
ideologias e interesses de certos grupos sociais, colocando em dúvida o valor da
consciência e da verdade.
Desta forma, é tarefa primordial da educação, garantir ao aluno os princípios e
valores éticos, que trabalhados no indivíduo, definem suas ações e promovem a
transformação do seu meio social. Valores éticos como respeito, verdade e justiça,
promovem no homem através da educação, a integridade e perfeição de sua própria
existência. Os valores éticos são construídos na escola a partir do diálogo e das interações
entre as pessoas da escola. A melhor maneira de ensinar esses valores, é fazer com que os
educandos compartilhem as reflexões e as vivências. Mais do que o discurso, é a prática, o
exemplo, a convivência e a reflexão em situações reais, que farão com que os educandos
desenvolvam atitudes coerentes com os valores que queremos que aprendam.
Por isso o convívio escolar é importante na formação ética dos educandos, e é
instrumento da tarefa educativa da escola. Daí a necessidade dos profissionais da educação
rever o ambiente escolar e as relações que estabelecem entre si e com os alunos, buscando a
construção de ambientes mais democráticos.
A escola como instituição que deve procurar a socialização do saber, da ciência, da
técnica e das artes produzidas socialmente, deve estar comprometida politicamente e ser
capaz de interpretar as carências reveladas pela sociedade, direcionando essas necessidades
em função de responder às demandas sociais.
Este é o nosso grande desafio, de criar condições para que os educandos recebam a
melhor educação possível para a vida.
15
Cabe a escola, buscar criativamente, num trabalho integrado entre direção,
secretaria, técnicos, professores, alunos, pais e comunidade, práticas que levem a uma real
aprendizagem.
A possibilidade de uma ação administrativa na perspectiva de construção coletiva
exige a participação de toda a comunidade escolar nas decisões do processo educativo, o
que resultará na democratização das relações que se desenvolvem na escola, contribuindo
para o aperfeiçoamento administrativo/pedagógico.
Sabemos que para desenvolver a criticidade, é necessário apresentarmos ao aluno,
uma escola atraente. Para que isso ocorra, se faz necessário uma mudança de paradigmas.
Assim todos nós envolvidos com a educação, devemos estar conscientes de que a
aprendizagem só ocorre quando existe mudança de comportamento. O professor portanto,
deve ter como meta despertar no aluno, o interesse em aprender, mostrando a utilidade e a
praticidade do conteúdo trabalhado, sempre que isso for possível, bem como visualizar e
criar situações em que o educando realize troca de experiências com seus colegas, discuta e
a partir daí, forme sua opinião.
A partir de um desafio, de uma situação problema, o professor dará oportunidade ao
aluno de desenvolver o conhecimento, através da experiência, partindo do concreto para o
abstrato, sabendo que o conhecimento é construído a partir da interação do sujeito com o
objeto.
Assim, o projeto pedagógico se assenta na busca do conhecimento, sendo adequado
às reais necessidades dos alunos, e transformando em competências necessárias à inserção
no mundo da prática social e do trabalho para exercício da cidadania.
Nesta perspectiva, os conteúdos atuam como um meio para o desenvolvimento de
habilidades, formação de atitudes e valores e na compreensão do ambiente natural e social
do sistema político da sociedade, atendendo os princípios expressos na L.D.B., garantindo
ao aluno o direito de:
• Aprender a fazer – desenvolver capacidades que o torne apto para enfrentar
diferentes situações.
• Aprender a conhecer e a conviver – desenvolver a responsabilidade, e a
solidariedade nas relações pessoais, aprimorando valores e atitudes. Capacitar o
aluno na busca de informações, para usar no seu cotidiano.
16
• Aprender a ser – construir sua identidade pessoal, conquistando a autonomia,
e a responsabilidade por suas opiniões e atitudes.
A organização curricular é fundamentada num currículo vivo, real, refletindo o
mundo imediato, mas também preparando para a vida futura, para o exercício da cidadania
e do trabalho. Por isso, devemos eleger conteúdos que tenham relevância social e sejam
significativos para o desenvolvimento de capacidades afetivas, cognitivas, motoras, éticas
de interação e inserção social.
O trabalho didático será desenvolvido através de resolução de problemas, projetos,
pesquisas, propondo desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos e
buscar informações em várias fontes para equacionar seus problemas com espontaneidade e
criatividade.
De acordo com o educador Colombiano Bernardo Toro, com base nos mesmos
critérios usados pelo Ministério da Educação, devem ser desenvolvidas no Ensino
Fundamental, um conjunto de competências imprescindíveis a qualquer cidadão:
• dominar a leitura, a escrita e as diversas linguagens utilizadas pelo homem;
• ter a capacidade de fazer cálculos e resolver problemas;
• ter a capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações;
• ter a capacidade de compreender e atuar em seu entorno social;
• receber criticamente os meios de comunicação;
• ter a capacidade para localizar e usar melhor a informação acumulada;
• planejar, trabalhar e decidir em grupo.
A avaliação deve ser contínua, e está intimamente ligada à proposta pedagógica,
como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Ocorre durante todo o processo
e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas
de trabalho.
Apresenta as dimensões de diagnóstica, continua e formativa. Como diagnóstica,
instrumentaliza o professor para por em prática seu planejamento de forma adequada às
características de seus alunos.
A avaliação diagnóstica é fundamental e todas as disciplinas para determinar a
presença ou ausência de conhecimentos e habilidades dos alunos e também para servir de
embasamento na reestruturação do trabalho do professor em sala de aula.
17
A avaliação formativa informa ao professor e ao aluno o resultado da aprendizagem,
durante o desenvolvimento das atividades escolares, localizando as deficiências na
organização do ensino-aprendizagem.
A avaliação somativa classifica o aluno ao final do bimestre, segundo os níveis do
aproveitamento ou rendimento escolar, valorizando todas as atividades que o aluno realizou
no decorrer do bimestre.
Neste aspecto, é importante salientar que o professor deve se apresentar como
organizador da aprendizagem de seus alunos, devendo a avaliação realizada verificar o
crescimento dos alunos e quais conteúdos devem ser retomados pelo professor. O professor
deve trabalhar com o objetivo de formar alunos críticos, criativos com iniciativa,
responsáveis por suas ações.
A avaliação deve oportunizar ao professor avaliar a si próprio, ao aluno e ainda ao
processo ensino-aprendizagem.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre
sua prática, sobre a aprendizagem dos alunos, sobre a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo ensino-aprendizagem individual ou em grupo. Para o aluno, é o
instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidade para
reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a Escola, possibilita definir
prioridades e analisar ações educacionais como um todo.
A avaliação educacional, nesse estabelecimento escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
• investigativa ou diagnóstica: possibilita o professore obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
• contínua: permite a observação permanente do processe ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
• abrangente: contempla amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
18
• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo escola, bem como do trabalho pedagógico
da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da
carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, sendo
avaliados presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem.
19
MARCO OPERACIONAL
A escola pública tem como função social formar o cidadão, isto é, construir
conhecimentos, atitudes e valores que tornem o educando solidário, crítico, ético e
participativo.
É indispensável socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado, como
patrimônio universal da humanidade, fazendo com que este saber seja criticamente
apropriado pelos estudantes, que possuem o saber popular, da comunidade a que
pertencem. A interligação e a apropriação desses saberes pelos alunos e pela comunidade
local representam um elemento decisivo para o processo de democratização da sociedade.
Desta forma a escola não somente irá contribuir para a democratização da
sociedade, como também será um espaço privilegiado para o exercício de uma democracia
participativa e de uma cidadania consciente e comprometida com toda a sociedade e
principalmente com a maioria socialmente excluída.
É fundamental a contribuição da escola para a democratização da sociedade, neste
sentido o exercício da democracia exige a gestão democrática da escola.
A escola procurando desenvolver princípios da democracia no seu cotidiano abre
espaços de discussões, decisão e encaminhamentos das demandas educacionais e propõe a
participação da comunidade escolar nas reuniões de pais, da APMF e do Conselho Escolar.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, é um órgão associativo, constituído
pelos pais ou responsáveis dos alunos, por membros do corpo docente e por funcionários e
tem como finalidade principal à integração Escola/Família/Comunidade, bem como a
promoção de atividades que gerem algum benefício educacional, social, desportivo ou
cultural para os alunos e suas famílias.
As reuniões da APMF são sempre avisadas com antecedência, e se desenvolve num
clima de bastante companheirismo e amizade. O trabalho mais expressivo da APMF é na
festa junina da escola, onde conseguimos uma boa participação dos pais nos trabalhos, para
a concretização da festa.
A APMF também participa de trabalhos extraclasse, acompanhando os alunos nas
saídas de campo. Nas comemorações do aniversário da escola, também temos uma
expressiva participação da APMF tanto no planejamento da festa como na sua realização.
20
O Conselho Escolar é uma das formas de favorecer o processo de democratização
na escola, garantindo espaços de atuação coletiva. O Conselho Escolar tem como atribuição
deliberar sobre questões político pedagógicas, administrativas, financeiras no âmbito da
escola. Representam um lugar de participação e decisão, um espaço de discussão,
negociação e encaminhamentos das demandas educacionais, possibilitando a participação
social e promovendo a gestão democrática.
Participam do Conselho Escolar diretor, professores, funcionários, alunos, pais e
representantes da comunidade, que compartilham decisões e procuram orientar, opinar e
decidir sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola e buscar meios para
solucionar problemas administrativos e pedagógicos decidindo também sobre os
investimentos prioritários.
É muito importante a participação do Conselho Escolar e da APMF na decisão
sobre o uso das verbas do Fundo Rotativo e do Fundo Nacional do Desenvolvimento da
Educação.
As linhas gerais do trabalho pedagógico na escola são traçadas em conjunto pela
equipe pedagógica e professores, através das reuniões pedagógicas onde são discutidos e
estabelecidos os procedimentos metodológicos e a normatização da escola, buscando
sempre a construção de valores e princípios democráticos na formação dos educandos.
A gestão democrática da escola se efetiva com a divisão de responsabilidades e na
colaboração mútua entre professor e aluno para que o trabalho se desenvolva. Através dos
alunos representantes de turmas, professor conselheiro e também grupos de estudos de
alunos, há uma interação no processo de aprendizagem.
Os grupos de estudos de alunos, que atuam no reforço escolar é uma das alternativas
que encontramos para enfrentarmos o problema da repetência, já que muitos alunos
apresentam uma defasagem de aprendizagem, que dificilmente pode ser sanada em sala de
aula, apesar dos esforços dos professores.
Na atual perspectiva, o aluno, é o centro de todas as atividades escolares, e para ele
devem convergir todas as ações, portanto as atividades curriculares e extra curriculares
planejadas objetivam não somente à busca do saber sistematizado, mas também o
desenvolvimento da capacidade de interação e inserção social.
21
Destacamos na escola a importância da biblioteca escolar, com um acervo
disponível em horário integral para pesquisas e estudos dos alunos, com empréstimos de
livros, e muitas vezes frequentada por ex-alunos e pessoas da comunidade.
Os trabalhos em grupos orientados por professores, muitas vezes se realizam na
biblioteca, com consulta bibliográfica e agendamento prévio e orientação da bibliotecária.
Muitas atividades extraclasses são desenvolvidas no currículo e são consideradas
reforço e enriquecimento dos conteúdos das disciplinas desenvolvidas em sala de aula. Para
estas atividades extra classes contamos sempre com a participação e apoio da APMF, não
somente com o auxilio financeiro como também a participação de pais nos passeios e saídas
de campo.
Os projetos e trabalhos pedagógicos desenvolvidos na escola, como: projeto de
leitura, de orientação sexual, Semana do Meio Ambiente, jornal escolar, apresentações
culturais, artísticas e/ou cívicas, Parabéns Minha Escola, aula de campo, festa junina,
exposições artísticas, concurso de poesia e redação, participação no projeto Cidadão do
Futuro, construção de painéis cívicos, visitação aos pontos turísticos da cidade de Curitiba e
de outras cidades históricas do Paraná, são enriquecimentos do trabalho das disciplinas
desenvolvidas em sala de aula e também reforço do currículo oportunizando o exercício da
cidadania.
É desenvolvido também na escola, um projeto de Geografia, onde as 7ªs e 8ªs séries
fazem visitas ao Observatório Astronômico, Vila Velha, Cavernas Olho d'Água e Canyon
Guartelá.
O projeto “Discutindo a Sexualidade na Escola” é trabalhado pelos professores de
ciência, português e equipe pedagógica, com o objetivo de proporcionar aos alunos
informações cientificas sobre sexualidade, e de discutir as informações que são transmitidas
pela mídia, criando espaço para reflexões sobre valores e preconceito que envolve a questão
sexualidade.
No projeto de sexualidade abordamos a prevenção da gravidez na adolescência, e ao
uso indevido de drogas, através de dinâmicas de grupo para auxiliar os alunos a refletirem,
valorizarem a vida.
22
Na primeira semana de outubro realizamos na escola a “Semana do Meio
Ambiente”, onde estudamos as questões ambientais que inteirem na qualidade de vida das
pessoas, tanto local quanto globalmente, procurando propor soluções para esses problemas.
Durante esta semana os professores de todas as disciplinas, com a participação de
todas as turmas da escola, irão estudar temas referentes às questões ambientais, farão
pesquisas de campo, discutirão soluções e ações que devem ser desenvolvidas pelas
comunidades.
A culminância do projeto é com a apresentação dos trabalhos e das sugestões de
ações que devem ser desenvolvidas pela comunidade.
O projeto “Parabéns, minha escola!” tem o objetivo de desenvolver atividades
alusivas à comemoração do aniversário da escola ( maio), onde participam todas as turmas
de alunos professores de todas as disciplinas, e a APMF, resgatando a história da escola,
através de apresentações artísticas e musicais, e homenagens a pessoas que trabalharam na
escola.
Ao término do ano letivo fazemos um passeio ao Recanto Monteiro, num dia
especial de confraternização e de lazer, entre todos os alunos da escola, professores,
funcionários e direção.
Na busca de implantar mudanças necessárias na escola para que todos os alunos
aprendam, que é o objetivo principal da escola, não contamos apenas com o trabalho dos
grupos de estudos, mas também com o Apoio Escolar, nas 5ª séries, nas áreas de Português
e Matemática que funcionam em contra turno. Procuramos desta forma eliminar a
defasagem de aprendizagem e evitar a repetência. Temos também uma sala de recursos,
onde a professora é especialista em educação especial e trabalha com alunos com
dificuldades educacionais especial de 5ªs e 6ªs séries, no contra turno. É intenção da escola
abrir a Sala de Recursos para as 7ªs e 8ªs séries , visto que muitos alunos precisam ser
melhor trabalhados na superação de suas dificuldades.
A equipe pedagógica desenvolve um trabalho com os professores, discutindo e
levantando as questões que levam os alunos a retenção na série e buscando metodologias e
estratégias de ensino para romper com este processo, pois isto é desestimulante não só para
os alunos como para os professores.
23
A hora atividade dos professores e as reuniões pedagógicas são espaços em que nos
propomos a buscar soluções para esse problema.
É preocupação de todos da escola a frequência dos alunos às aulas, por isso, as
pedagogas auxiliadas pelos professores e alunos representantes de turma, fazem um
acompanhamento aos alunos que são faltosos. Orientam e solicitam a presença dos pais na
escola, com objetivo de alertá-los do compromisso da família com a frequência dos filhos à
aula. Quando necessário, é feito encaminhamentos ao Conselho Tutelar, pois a falta às
aulas é também uma das causas da repetência e do abandono a escola.
Com o objetivo de diminuir a retenção escolar e buscar a melhoria na qualidade do
ensino/aprendizagem, bem como um melhor atendimento às atividades escolares dos alunos
em sala de aula, foi decidido em reuniões com professores, com a APMF e Conselho
Escolar que nossas turmas terão no máximo 35 alunos, porém isto não conseguimos fazer
acontecer, devido à pressão do próprio sistema escolar e a política Estadual através da
SEED.
A avaliação da aprendizagem também pode colaborar com o fracasso escolar,
portanto todos os procedimentos pedagógicos, inclusive a avaliação é uma preocupação da
escola, para que a mesma não colabore com a retenção dos alunos e consequentemente com
a não democratização do ensino.
Reuniões periódicas com os professores e equipe pedagógica são realizadas com
objetivo de analisar e discutir a sistemática de avaliação, buscando alternativas para a
recuperação dos alunos que não atingem a média escolar, para isto utilizamos o espaço hora
atividade.
As avaliações são registradas em boletim escolar, na forma de notas. A periocidade
das avaliações é bimestral.
Durante o bimestre, o professor deverá fazer no mínimo duas avaliações escritas
com o valor total de 7,0 pontos.
Sempre que o aluno não atingir 60% do valor da avaliação, professor retoma os
conteúdos, trabalhando novamente os aspectos mais significativos e após realiza uma
avaliação paralela, com o mesmo valor da avaliação realizada anteriormente. Considerando
para a média final do aluno apenas a avaliação em que ele obteve a maior nota.
24
O professor também avalia seus alunos através de atividades variadas, com o valor
somatório de 3,0 pontos, dando sempre oportunidade de refazer as atividades aos alunos
que não atingiram a pontuação almejada.
Nossa escola realiza várias reuniões com os pais, principalmente no início do ano
letivo, com a participação da APMF e Conselho Escolar para informar sobre a estrutura e
funcionamento da escola sobre o Regimento Escolar e sobre o sistema de avaliação.
Sempre nessas reuniões alertamos aos pais, sobre a necessidade de horário de estudos dos
filhos em casa, para uma melhoria do rendimento escolar e para criarem o hábito de estudar
sozinhos. Alertamos também aos pais o uso do uniforme diariamente, até mesmo em contra
turno como medida de organização da escola e de segurança para os próprios alunos.
A equipe pedagógica desenvolve um trabalho de orientação aos alunos de como se
organizar em casa para criarem o hábito de estudar diariamente. Pois, os professores são
unânimes em afirmar que alunos que estudam em casa têm um rendimento satisfatório.
Em nossa escola procuramos fazer do Conselho de Classe não somente um espaço
de análise do rendimento escolar dos alunos, mas uma reflexão da ação pedagógica e uma
busca de soluções aos problemas e dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Também fazemos um pré-conselho com as turmas, onde o professor conselheiro
e/ou a equipe pedagógica dialogam com os alunos para sondar as dificuldades de
aprendizagem, de relacionamento e de indisciplina.
Utilizamos uma ficha de Conselho de Classe, que consideramos um pré-conselho,
onde o professor faz uma análise das dificuldades do aluno. Comenta sobre o planejamento
e metodologias utilizadas nas aulas, e relaciona os alunos que apresentaram dificuldades de
aprendizagem, para posterior encaminhamentos.
Depois de preenchidas as fichas pelos professores é que realizamos o Conselho de
Classe com o conjunto de professores da escola onde se propõe ações pedagógicas e
encaminhamentos para minimizar as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Bimestralmente, após o Conselho de Classe realizamos reuniões com os pais e
professores, para entrega de boletins, e para análise dos resultados do ensino aprendizagem,
oportunizando a família fazer colocações e dar sugestões para a melhoria do ensino.
Os pais teem livre acesso à escola, através da equipe pedagógica e direção, que
permite a aproximação com os professores sempre que necessário, para conversarem sobre
25
os problemas de seus filhos ou tomarem conhecimento dos avanços e dificuldades dos
mesmos na escola.
A demanda atual da sociedade exige do professor uma constante atualização e busca
de novos conhecimentos, para melhorar o seu desempenho profissional e para capacitá-lo a
formar alunos para viverem numa sociedade em constante transformação.
As mudanças exigidas pela L.D.B., em consonância com a demanda atual da
sociedade, do mundo e do trabalho como consequência das grandes transformações
tecnológicas que vem ocorrendo de forma acelerada, exige um “novo professor”.Outras
competências e outros conhecimentos, são necessários para formar alunos com capacidade
de pensar crítica e criativamente, que sejam aptas para obter informações e interpretá-las
adequadamente.
No sentido de zelar pela aprendizagem dos alunos, as competências que
caracterizam o professor são:
• Considerar os conhecimentos construídos pelos alunos fora da escola, de forma
que as aprendizagens realizadas em qualquer situação signifiquem ampliação
do quadro de referência do aluno.
• Considerar os conhecimentos a serem construídos como produção cultural
socialmente significada que devem ser recursos a serem mobilizados, em
situações concretas da prática social.
• Identificar e explicitar as competências a serem construídas pelos alunos.
• Considerar, explicitar e explorar as relações interdisciplinares.
• Trabalhar regularmente por problemas.
• Contextualizar os conhecimentos, os problemas e as atividades.
• Criar e utilizar vários meios de ensino.
• Desenvolver uma avaliação formativa e permanente durante o trabalho.
A L.D.B. afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos
profissionais da educação assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e
períodos reservados a estudos, planejamentos, incluído na carga horária de trabalho.
Um dos locais para a formação continuada é a escola, realizada inclusive em horário
de trabalho, envolvendo, além do dia a dia com orientações pertinentes, a hora atividade de
cada profissional.
26
A formação permanente tem como objetivo, através da reflexão individual ou
conjunta, o aperfeiçoamento da prática educativa e o desenvolvimento profissional.
No entanto, essa condição privilegiada só será eficaz se o professor for o
protagonista da sua formação, a partir da consciência das suas reais e concretas
necessidades para exercer seu papel de gestor do ensino e da aprendizagem dos alunos. A
prática pedagógica é ponto de partida e o próprio objeto da capacitação, pois as ações de
formação precisam sempre partir de uma reflexão, de uma tematização da prática do
professor.
Considerando as necessidades dos profissionais, que nela atuam, a Escola fará:
• Grupos de estudos
• Professores de uma mesma área ou disciplina se reúnem para discutir, analisar
projetos, conteúdos, atividades, no sentido de avaliar e redimensionar a prática
pedagógica.
• Seleção e elaboração de materiais didáticos, discussão sobre sua importância e
formas de utilização dos mesmos.
• Palestras visando o enriquecimento pedagógico dos professores.
• Orientações individuais da pratica pedagógica pela Equipe Pedagógica da
Escola.
A Secretaria de Educação do Estado do Paraná oferece oportunidades de formação
aos professores da rede pública, através da participação nas capacitações descentralizadas, e
semanas pedagógicas, que acontecem nas escolas sob coordenação das equipes pedagógicas
da própria escola. Também são ofertados pela SEED cursos por áreas durante o ano letivo,
oportunizando aos professores um aprimoramento pedagógico.
27
BIBLIOGRAFIA
- ALVES, João L. Ética e o futuro da democracia. Lisboa: Colibri, 1994
- DALLAN, M, GMELLET, V, MELLO. G. Proposta pedagógica e autonomia da Escola.
Secretaria de Educação do Paraná. Set. 2000.
- Estudos Temáticos para o PEE: Secretário de Estado da Educação, julho 2007.
- Parâmetros Curriculares Nacionais;
Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretária de Educação. Brasília;
MEC/SEF, 1997.
- PARENTE, Marta. Descentralização e autonomia na escola. Revista gestão em rede nº 22,
p. 12-16 Agosto 2000.
- PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública. São Paulo 3ª ed. Editora
Ática; 2002.
- SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica.. 9ª ed.
S. Paulo: Cortez 1989.
- SEVERINO, Antonio J. Filosofia da Educação; Construindo a cidadania. São Paulo; FDT,
1994.
- SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a
nova L.D.B. Pioneira, 1997.
VEIGA, Ilma Passos. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político pedagógico.
top related