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I 2
019
ENTREVISTA COM SIMONE SANCHODigital Marketing & CRM
Executive Latam da Sephora
apresenta insights do
mundo do varejo
PALAVRA DO EXECUTIVO Silvio Sousa, diretor
Comercial da Consinco,
fala sobre adaptação às
mudanças tecnológicas
INOVAÇÃO ASSERJ lança curso
inédito de extensão para
Gestão de Supermercados
com a PUC-Rio
ESPECIAL 2019TECNOLOGIAS QUE REVOLUCIONAM O VAREJO
2
REV SUPER NEGOCIOS.indd 1 23/07/19 14:56
3
4
EDITORIAL
Tudo na ASSERJ é feito com um objetivo: unir, servir e
representar o setor supermercadista. Nesse contexto,
surgiu o Conecta, primeiro evento de tecnologia para
o varejo do Rio de Janeiro. A edição de 2018 teve pa-
lestrantes internacionais da IBM, lançamentos exclu-
sivos, público qualificado e conteúdos diferenciados.
O resultado nós vemos em 2019: o evento cresceu! Se-
rão dois dias para apresentar as principais tendências
tecnológicas - e não somente para os supermercadis-
tas, mas para os setores de food service, moda, farmá-
cia e shoppings. Nesses quatro anos à frente da ges-
tão da ASSERJ, venho com muita paixão cumprindo
o propósito de um associativismo participativo, onde
conhecimento e inovação são nossos pilares.
Nesta edição da revista Super Negócios, você terá um
material riquíssimo, com insights e guias práticos para
implementar as novas tecnologias que revolucionam o
varejo em seu negócio, além de entrevistas exclusivas
com executivos do setor e formadores de opinião.
Embarque nessa viagem!
Fábio Queiróz - Presidente da ASSERJ
EXPEDIENTE
ANUNCIE AQUI!(21) 2584-6339comercial@asserj.com.br
Publicação bimestral da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro Av. das Américas, 2480 – bloco 3 - sala 240 a 244 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ (21) 2584-6339
ADMINISTRAÇÃO ASSERJ
GERENTE DE NEGÓCIO Raquel Castellar
EDITOR Tatiana Marzullo
REDAÇÃO Erika Torres Juliana Costa Larissa Haddock Lobo Maria Gabriela Monteiro Mariana Pupo
PREZADO LEITOR:
A revista Super Negócios tem um es-paço para você. Mande sugestões, co-mentários e dúvidas para redacao@asserj.com.br. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessa-riamente a opinião da revista.
DIGITAL Wanderson Awlis
COMERCIAL Elaine Duarte Greice Dau
ASSISTENTE Lucas Calixto
SUGESTÕES redacao@asserj.com.br
PRODUÇÃO EDITORIAL Agência A+
DESIGN E DIAGRAMAÇÃO Fabiano Klein
REVISÃO Kelli Gonçalves
PRODUÇÃO GRÁFICA Daniele Potengy
@asserjsupermercados /asserjsupermercadoswww.asserj.com.br
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MATÉRIASEntrevista com Simone Sancho 08
Digital Marketing & CRM Executive
Latam da Sephora apresenta insights
do mundo do varejo
Matéria de capa 16 Especial Conecta: tecnologias
que revolucionam o varejo
Gestão Estratégica de 24 Supermercados
ASSERJ e PUC-Rio lançam curso
de extensão inédito
SRE TRADE SHOW PREVIEW 26
O evento de lançamento da
32ª SRE TRADE SHOW é uma
oportunidade única para fazer
networking e negócios
Palavra do Executivo 30
Silvio Sousa, diretor Comercial da
Consinco, fala sobre a adaptação às
mudanças tecnológicas
Sua loja 56
Cinco ideias para acelerar o
crescimento do seu supermercado
Marketing & Cia 60
Saiba o que vai mudar para o varejo
com a Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais
Categorias e tendências 78
As novas lojas já estão entre nós
Eu amo supermercado 92
Entrevista com Fe Cortez:
fashionista carioca se tornou
uma das ativistas ambientais
mais reconhecidas do Brasil
ÍNDICE16
26
60 78MISSÃO
Promover o desenvolvimento dos leitores e
anunciantes, acrescentando-lhes valor através de
informação, serviços de qualidade e oportunidades de
negócio para fortalecer o varejo em geral, as marcas
associadas e fornecedores, superando a expectativa do
público com uma revista diferenciada.
I Por Erika Torres I
8
ENTREVISTA ESPECIAL
9
SIMONE SANCHO Palestrante do Conecta 2019 conversou com a Super Negócios e falou sobre os desafios do varejo
ENTREVISTA ESPECIAL
Com mais de 12 anos de experiência em marke-
ting, sete deles dedicados à estratégia de CRM,
ou seja, negócio com foco no cliente, Simone
Sancho, Digital Marketing & CRM Executive Manager
- LATAM da Sephora, é atualmente responsável pela trans-
formação digital e omnichannel da empresa. Ela atua na es-
tratégia de negócios digitais e vendas de comércio eletrôni-
co e supervisiona áreas como Trade Marketing, Mídia Paga,
Social Media, UX, CRM e insights de fidelização de clientes.
Nos últimos cinco anos, Sancho foi responsável pelo lan-
çamento do Programa de Fidelidade do Brasil (+1,5 mi-
lhões de clientes que impulsionam 80% das vendas), bem
como pela implantação de uma nova Área de Customer
Insights e Business Intelligence Practices no mercado
brasileiro. Há dois anos ela está focada no digital, parti-
cularmente na transformação digital e reconstrução do
site da Sephora e sua retomada em participação e resul-
tados da companhia, que hoje é mais de 1/3 das vendas
da rede no Brasil, crescendo dois dígitos.
Mas antes de integrar o time da Sephora, Simone teve
uma jornada como empreendedora, sendo cofundadora
da Netpoints, empresa nacional de fidelidade digital, ven-
dida em 2014, pioneira no lançamento de projetos de CRM
e Business Intelligence para promover e elevar o envolvi-
mento de clientes em negócios de varejo e digitais.
Em entrevista exclusiva para a revista Super Negócios, ela
falou sobre marketing, estratégias, resultados e a mudança
de comportamento dos consumidores, que vem transfor-
mando cada vez mais rápido a forma de venda no varejo.
Super Negócios – Existe alguma estratégia digital con-
siderada mais eficiente para o marketing digital?
Simone Sancho - Eu não diria que existe uma estratégia,
mas uma combinação de pilares. O primeiro seria traba-
lhar mídia digital full funil, desde o awareness até mídia
de performance. Precisamos sempre pensar na jornada,
especialmente porque no meu caso estou falando de be-
leza – um segmento que não é de primeira necessidade.
Então, precisamos pensar em como criar essa neces-
sidade ou em estar bem posicionado para quando ela
surgir. Isso é fundamental, entender esse caminho do
cliente como um todo e pontos que ajudam na definição
de uma compra.
O segundo pilar é pensar em uma agenda promocional
competitiva. O trabalho do trade digital é muito dife-
rente do trabalho de trade tradicional. No ambiente fí-
sico, a decisão do consumidor em ir em um competidor
envolve deslocamento e algumas outras barreiras. No
ambiente digital, tudo acontece de forma muito mais
rápida, a agenda de ofertas é crucial para converter o
consumidor. Temos que lembrar que o cliente está a um
clique de distância de um competidor e certamente fe-
chará a compra com aquele em que a oferta de valor ou
desconto for melhor. Logo, ter uma agenda agressiva de
trade impacta diretamente na conversão desse tráfego.
A experiência seria o terceiro pilar. E aqui eu não falo de
user experience, que é a experiência do consumidor ao
navegar no site. Eu falo de customer experience, que é a
experiência deste consumidor em qualquer touch point.
MARKETING DIGITAL E A IMPORTÂNCIA DELE PARA O NOVO CONSUMIDOR
10
ENTREVISTA ESPECIAL
Essa percepção é muito importante, porque o consu-
midor está em qualquer lugar hoje e em todos ao mes-
mo tempo.
O quarto pilar são sem dúvida as redes sociais. Não
é possível, hoje, falar de digital e não falar delas. Nós
precisamos criar a necessidade e esta necessidade
vem do estímulo que o consumidor recebe. E, atual-
mente, mais do que nunca, o ambiente social ajuda a
criar esta necessidade. Isso faz com que as redes se-
jam verdadeiras alavancas de vendas. Estamos falan-
do de um país que ocupa a segunda posição entre os
que mais acessam a internet. O brasileiro gasta, em
média, nove horas on-line e, destas, mais de três são
em redes sociais. Então, é impossível não considerá-
-las nesse contexto.
Por fim, eu citaria a rentabilização do cliente. Aqui, es-
tamos falando de construção de fidelidade, por meio de
CRM e relacionamento. Queremos que o cliente avance
nesse sentido, recompre e que esse processo gere uma
advocacia da marca. Para isso, precisamos tratar a ven-
da de forma cada vez mais personalizada.
Super Negócios – Falando em personalização, é clara a
vantagem de trabalhar com segmentação, mas há tam-
bém desvantagens? Quais são?
Simone Sancho - Há vantagens e desvantagens. A van-
tagem mais clara é referente ao uso de recursos. Se você
tem recursos limitados e consegue direcionar este in-
vestimento, certamente isso impacta positivamente no
seu ROI (Retorno sobre Investimento). A desvantagem
é que você não fala com todo mundo e, com isso, pode
perder oportunidades ótimas de se relacionar com no-
vos compradores. Cerca de 10% dos clientes do setor de
maquiagem são responsáveis por 80% das vendas. Se eu
fizer promoções direcionadas só para esse público que
gasta mais, o meu ROI tende a ser maior. Nesse caso, ao
invés de investir na base toda, é melhor personalizar.
Mas um cliente que gasta pouco, por exemplo, pode ter
potencial para mais. Se eu não trago novos compradores
para o meu site ou não estimulo os que gastam pouco, o
meu alcance torna-se limitado também.
Super Negócios – Como tornar os resultados em marke-
ting cada vez mais claros para que a decisão de investir
no setor esteja entre as prioridades?
Simone Sancho - Em primeiro lugar é entender que
tudo no digital é mensurável. O digital mensura tudo.
Em segundo lugar é explicar as coisas. O digital ainda
não é algo que todo mundo e todos os setores de uma
organização entendem. E isso acontece em todas as
companhias, há ainda um estranhamento em relação
aos termos e expressões utilizados. E isso gera uma dis-
tância. Então, é importante traduzir estes termos, acul-
turar as equipes para que todos possam compreender
estes resultados. O digital precisa trabalhar unindo da-
dos e explicação.
Super Negócios – Usabilidade é crucial na hora de ven-
der produtos pela internet. O que fazer para tornar a
jornada do consumidor mais prática?
Simone Sancho - O primeiro passo é eliminar atrito. É
importante reduzir os passos desta jornada. A maioria
das empresas organiza a jornada a partir de percepções
de quem a constrói. Precisamos que ela seja feita para
quem usa, não para quem faz. Um bom exemplo são as
adaptações aos nomes de produtos no site. Na hora de
procurar um perfume, ninguém digita “eau de toilette”
ou “eau de parfum”. As pessoas procuram por ocasiões,
por famílias olfativas. Então, precisamos criar jorna-
das mais simples, frictionless, que façam sentido para
o cliente. E como fazer isso? Conhecendo esse cliente,
olhando para ele e entendendo o que ele busca.
Super Negócios – Como você disse, é importante co-
nhecer o cliente, que estratégias/ferramentas podem
ser desenvolvidas para conhecer melhor o seu público?
Simone Sancho - Acredito que temos duas ferramentas
importantes. A primeira é o conhecimento da história
do cliente – e isso é muito difícil. Precisamos saber qual
é a trajetória dele com a gente, o que ele comprou, por
quais canais, se fez reclamações, se ele é um cliente ca-
sual ou heavy user. Tudo isso é a base para avaliarmos
o comportamento dele e, consequentemente, conhecer-
11
ENTREVISTA ESPECIAL
mos melhor nosso público. E a segunda seria conhecer
o cliente que nós não temos. Precisamos entender por
que aquele usuário navega no nosso site e não conclui
a compra, quais são os obstáculos no caminho e por
que ele não consome com a gente. É fato que trabalhar
clientes fidelizados tem retorno muito maior que aquisi-
ção de um novo. Aqui também vale a estratégia de gerar
desejo e criar necessidade, agora, na rede engajada.
Super Negócios – O consumidor mudou e consequente-
mente a forma de consumir também. Como você avalia
essa nova forma e como o varejo deve estar preparado
para isso?
Simone Sancho - Acho que o resumo é que o compor-
tamento de consumo mudou. As pessoas consomem de
forma muito diferente, o movimento de compra é muito
mais emocional e menos linear. A jornada de compra é
muito mais complexa e cheia de steps, aqui me refiro aos
passos até a decisão de compra. E, junto a isso, as redes
sociais tornaram-se verdadeiros veículos de comuni-
cação. Temos pessoas com milhões de seguidores hoje,
números de audiência muito expressivos, que por vezes
são maiores que mídias/veículos tradicionais. A decisão
de compra vem, cada vez mais, da influência e por isso é
importante conhecer este caminho. Hoje, 60% dos con-
sumidores comprando off-line pesquisaram no on-line
antes. E cada vez mais temos pessoas optando por fechar
a jornada on-line mesmo. Daí a emergência de aplicati-
vos como Rappi e Loggi, cujo serviço é justamente ir até o
espaço físico pelo consumidor. Ou seja, a tendência é que
a gente esteja cada vez mais digital. E precisamos pensar
na comunicabilidade do varejo dentro disso. Muitos con-
sumidores pesquisam off-line e compram on-line, ou vi-
ce-versa. Hoje o digital fortalece não só o on-line, mas o
off-line também. E no meio disso, temos as redes sociais
como ferramentas que impactam diretamente todas es-
tas decisões. Precisamos entender que o modelo mudou.
12
ENTREVISTA ESPECIAL
SOBRE A SEPHORA A SEPHORA NA AMÉRICA LATINAA Sephora é a maior e mais visionária rede de produ-
tos de beleza do mundo, que inspira seus clientes a
desfrutarem de um destino completo de beleza. Fun-
dada na França em 1970 e adquirida em 1997 pela
LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton - maior conglo-
merado internacional de artigos de luxo -, hoje a mar-
ca possui mais de 2600 lojas em 32 países. A Sephora é
reconhecida em todo o mundo por seus conceitos ex-
clusivos no varejo e experiência única de compra, que
estão presentes no design de suas lojas, na expertise de
seus consultores de vendas, na experiência interativa
de compra e, principalmente, na combinação incompa-
rável de mais de 200 marcas de prestígio que oferecem
uma vasta gama de produtos, incluindo cuidados para
o cabelo, pele, corpo, banho, fragrância e maquiagem,
bem como a linha Sephora Collection.
Desde 1998, a Sephora Américas vem transformando
a beleza. Hoje a divisão movimenta mais de 460 lojas
no continente americano, além de mais de 600 opera-
ções dentro de locações JCPenney e do principal site
de beleza do mundo, www.sephora.com. Em 2010,
expandiu-se pela América Latina, e abriu lojas no Mé-
xico. A primeira loja física no Brasil foi inaugurada
em 2012, no JK Iguatemi, em São Paulo. Hoje, possui
pontos de venda físicos em São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraná, Distrito Federal, Espírito Santo, Bahia, Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Per-
nambuco, totalizando 23 lojas e 15 pop up stores, e co-
bre todo o território nacional por meio da operação do
www.sephora.com.br.
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Não tem como: sem as informações estratégicas do ERP, nada vai funcionar bem. A Consinco conecta a retaguarda para além do PDV, com sistemas bem afinados para deixar o cliente satisfeito. Conheça, no site, as redes de varejo e atacarejo que escolheram a Consincopara crescer com produtividade.
São Paulo | Campinas | Ribeirão Preto Belo Horizonte | Porto Alegre | Recife | Fortaleza
marketing@consinco.com.br(11) 5549-4891www.consinco.com.br Fazer diferente para fazer diferença.
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PRICING
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-L01_Consinco_SN.indd 1 30/07/2019 17:03
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MATÉRIA DE CAPA I Por Juliana Costa I
A tecnologia está mudando o varejo. E nesse momen-
to de transição, é natural que as empresas tenham
dúvidas sobre quais ferramentas utilizar, como
caminhar rumo à transformação digital e quanto investir
em soluções que podem parecer futuristas demais.
Nesse contexto, nos dias 04 e 05 de setembro, a nova
edição do Conecta, primeiro evento de tecnologia para o
varejo do Rio de Janeiro, vai ajudar varejistas a entender
melhor o cenário da tecnologia, com a apresentação das
principais tendências para os segmentos de supermerca-
dos, farmácia, shopping center, moda e food service.
Promovido pela Associação de Supermercados do Esta-
do do Rio de Janeiro (ASSERJ) e Escala Eventos, o Co-
necta acontecerá na casa de eventos Vivo Rio.
O que o varejo pode esperar de novo? Mais tecnologias
para trazer experiências de compras cada vez mais per-
sonalizadas. Omnichannel, Big Data, inteligência ar-
tificial, machine learning e experiência de compra são
destaques para o setor. O Conecta apresenta como elas
podem ser aplicadas para o segmento on e off-line!
Em novo formato, nesta edição a programação foi ampliada
para três palcos simultâneos com palestras, painéis e cases
sobre os diferentes estágios do uso da tecnologia. Serão dois
dias de evento, com expectativa de receber duas mil pessoas.
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ESPECIAL
2019Tecnologias que revolucionam o varejo
MATÉRIA DE CAPA
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18
MATÉRIA DE CAPA
Pedro Salomão, fundador & CEO da Radio Ibiza Senso-
rial, autor e um dos maiores palestrantes do país, reali-
zando mais de 1.000 palestras pelo Brasil para mais de
100 mil pessoas. No Conecta, ele vai falar sobre com-
portamento do consumidor, liderança, importância do
ser humano, felicidade e carreira.
Simone Sancho, Digital Marketing & CRM Executive La-
tam da Sephora, é responsável pela estratégia de negócios
digitais e vendas de comércio eletrônico da maior empre-
sa de dermocosméticos do mundo, supervisionando áre-
as como Trade Marketing, Social Media, UX e gestão de
relacionamento com o cliente. Ela trará para o Conecta
muitos insights e inovações do mundo do varejo.
Ruy Shiozawa é presidente do Great Place to Work Brasil,
palestrante em vários países e colunista em diversas publi-
cações. Autor de 2 livros e com mais de 6 prêmios nacionais
e internacionais, ele terá um painel no Conecta sobre ne-
gócios, gestão, recursos humanos, tecnologia e muito mais.
Gustavo Coelho, é especialista em Google Ads para em-
presários. Com inúmeros cases de sucesso, ele vai falar
sobre o assunto e tudo que os profissionais da área pre-
cisam fazer para suas campanhas voarem!
CONECTA 2019: APRENDA COM OS MELHORES!
FOOD STAGE
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MATÉRIA DE CAPA
Thiago Falanga é Head of Mobile na Fulllab, responsá-
vel pelas áreas de Operação, Atendimento, Marketing
e Comercial; com 16 anos de mercado, atuou na área de
Supply Chain e em toda cadeia comercial na Whirlpool
SA, e na área de Advertising como Head of Industry na
Microsoft e AOL. Com mais de 16 anos de mercado, ele
estará presente no Food Stage falando sobre a autonomia
do cliente através do mobile, o poder de compra por meio
dos aplicativos no mundo do varejo e muito mais.
Ana Luiza e Pedro Vidal, da Seu Vidal Sanduicheria
Formado em administração, Pedro sempre teve o sonho
de criar um negócio próprio e hoje, fundador do Seu Vi-
dal Sanduicheria, sempre impulsiona a empresa a em-
barcar em novas experiências. Ana Luiza, que começou
ajudando o irmão e hoje sócio, Pedro, é a responsável pela
identidade visual, administração e gestão da marca. Eles
vão falar sobre a autonomia do cliente através do mobile.
COMO IMPLEMENTAR AS NOVAS TECNOLOGIAS DE ACORDO COM A REALIDADE DO SEU NEGÓCIO
Rafael Oliveira, gerente comercial da Concil, vai apre-
sentar o novo comportamento do consumidor e quais
meios de tecnologias vão ajudar na gestão e evolução
do seu negócio. Rafael já criou algumas metodologias
de palestras e cursos, utilizados no desenvolvimento de
canais de revenda.
Luiz Secco é sócio-fundador da Azov, com mais de 250
marcas no currículo, ele vai estar no Fashion Stage da
2ª Edição do Conecta falando sobre tudo que há de re-
levante em tecnologia para o varejo: o que é obrigatório
ter hoje, e o que será obrigatório amanhã.
Dr. Carlos Camargo, CEO da Brasil Telemedicina, vai
apresentar como sua empresa integrou médico e pa-
ciente através de um aplicativo, trazendo conforto e
comodidade, com atendimento personalizado 24h nos
365 dias no ano de médicos especializados, soluções
on-line e muito mais.
PHARMA STAGE
FASHION STAGE
VAREJO PHD: PHYSICAL, HUMAN E DIGITALPing-pong com Edmour Saiani
Edmour Saiani é a mente visionária por trás da Ponto
de Referência, a única empresa brasileira especializada
na construção da cultura de servir e implantar atendi-
mento como estratégia de marca. Com foco em inovação,
sua trajetória é marcada pelo desafio de ajudar empresas
como L’Oréal, Whirpool, Pão de Açúcar e Oi a olhar as
necessidades de cada consumidor com foco no cliente.
Ele vai trazer para o Conecta o que é Varejo PHD: Physical,
Human e Digital e como construir novas experiências
para clientes nesse cenário.
Super Negócios: Como será participar do Conecta Va-
rejo esse ano?
Edmour Saiani: É o momento mais importante para fa-
zer eventos que conversam sobre como construir o fu-
turo. Em um momento onde o Brasil está ‘estático’, é uma
20
MATÉRIA DE CAPA
Super Negócios: Como seguir esse caminho?
Edmour Saiani: Bom, os varejistas digitais puros não ga-
nham dinheiro, ou demoram. Existe uma ‘guerra’ estupen-
da no mercado. A Amazon, por exemplo, ganha dinheiro
com os web services (solução utilizada na integração de
sistemas e na comunicação entre aplicações diferentes),
como armazenagem de dados (35% de seu lucro). Imagina
o que é você ser um varejo normal e querer ser só digital?
Precisa querer ser os dois. E nesse período os varejistas se
esqueceram das pessoas. É mentira que não terão mais
empregos, o varejo precisa disso o tempo todo.
No entanto, as pessoas que estiverem no varejo terão que
ser muito boas. Em minha palestra vou falar sobre o que
tem que ser feito no digital, físico e no humano, para que
as pessoas construam negócios equilibrados nesse tripé.
iniciativa muito boa da ASSERJ, porque tira a agenda
negativa e cria uma agenda positiva, com possibilidades
de melhorar e sair da inércia em que todo mundo se põe
em uma situação como a atual. Fiquei muito honrado
pelo convite para participar do Conecta para falar sobre
construir. O Rio de Janeiro precisa disso!
Super Negócios: Fale sobre os conceitos do Varejo PHD:
Physical, Human e Digital?
Edmour Saiani: Todo mundo começou a achar que o va-
rejo era só digital e não é. O varejo precisa ter uma base
física, tanto que os varejistas digitais estão abrindo lojas
físicas, ou seja, não há possibilidades de o varejo ser uma
coisa ou outra e fazer sucesso. Para fazer sucesso o varejo
tem que ter os dois componentes: o físico e o digital.
“Em um momento onde o
Brasil está ‘estático’ é uma
iniciativa muito boa da
ASSERJ, porque cria uma
agenda positiva”
NEAR2 APRESENTA REALIDADE AUMENTADA www.near2.io
Lança plataforma de self mobile checkout chamada
PayN’Go para supermercadistas e varejistas otimizarem
suas vendas por meio do smartphone dos clientes.
Diferenciais: Realidade Aumentada; Marketing de Pro-
ximidade utilizando múltiplas tecnologias, como NFC,
Bluetooth, Wi-Fi, QRCode e Geolocalização; Plataforma
de fluxo inteligente com detecção facial usando câme-
ras, Wi-Fi e Bluetooth.
BIG DATA: ESQUEÇA O EXCEL!www.rdias.com.br
Utilizar a tecnologia de Big Data no varejo é o que a
R-Dias realiza há alguns anos. Os projetos de assessoria
realizados pelos especialistas nos últimos 24 anos já não
podiam ser realizados em Excel há muito tempo, os da-
dos cresceram muito.
A empresa apresenta a Business Analytics (B.A) que foi
pensada para o varejo. O Golyzer, um poderoso B.A., in-
tegra dados de diversas fontes e simplifica a visualização
das informações. A tecnologia oferece mais flexibilidade
para análise de dados e uma maior inteligência de gestão.
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR NO CONECTA!
21
MATÉRIA DE CAPA
A essa altura, você já entendeu sobre o impacto da tecno-
logia no nosso dia a dia. Talvez a maior dificuldade seja a
de entender “quando foi” que isso aconteceu, pois as mu-
danças vão acontecendo pouco a pouco, tomando conta do
modo de agir e consumir e, quando nos damos conta – já
foi! Já não sabemos mais como vivíamos sem celular, sem
internet, sem conexão.
É verdade que o tempo passa rápido, mas as revoluções di-
gitais que modificam toda a cadeia de negócios em que es-
tamos envolvidos têm sido cada vez mais rápidas e impla-
cáveis. Pense sobre quanto tempo levamos para viabilizar e
adotar celulares – agora pense sobre quanto tempo levamos
para adotar tecnologias como o Uber (que completa em 2019
somente 5 anos no Brasil!). Neste meio tempo, pense em
quanto já nos acostumamos com os inúmeros aplicativos de
entrega – desde iFoods a Rappis ou mesmo a todas as tecno-
logias de micromobilidade (patinetes, bicicletas e afins).
O fato é que, como consumidores, estamos cada vez mais
exigentes e curiosos. Segundo um estudo do Google, o
número de pesquisas que envolviam o termo “ideias de”
cresceu 55% em 2018 em relação ao ano anterior. Já o
número de pesquisas por “entregas no mesmo dia” cres-
ceu 120%. Assim, junto à curiosidade, soma-se a impaci-
ência. O novo perfil de consumidor, totalmente ligado à
tecnologia, quer tudo agora, para já, para ontem.
A TECNOLOGIA E UMA NOVA GERAÇÃO: DA CURIOSIDADE À IMPACIÊNCIAPor Grasiela Tesser*
COMO CONSUMIDORES, ESTAMOS CADA VEZ MAIS EXIGENTES E CURIOSOS!
A empresa apresenta o Fast Checkout sem investimen-
to em infraestrutura, voltado para todo o varejo, parti-
cularmente supermercados, home centers e farmácias.
O Look.as é o assistente de compras para os shoppers
terem uma melhor experiência de compras no varejo fí-
EXPERIÊNCIA DE COMPRA LOOK-APPwww.look.as
sico terminando com a redução expressiva das filas. Um
checkout 25 vezes mais rápido com a criação de um car-
rinho digital, montado no próprio celular do cliente, sem
aplicativo. Para usar é muito simples, basta entrar em
www.look.as no navegador do celular.
22
MATÉRIA DE CAPA
É olhando para esse cenário que percebemos o quanto
precisamos da tecnologia como aliada na transformação
dos negócios – especialmente do varejo – para atender a
uma demanda muito mais especializada. O consumidor
pesquisa digitalmente, a influência do digital no varejo fí-
sico cresce a passos largos e quem não estiver orientado
a esta realidade está mais próximo de fechar suas portas
do que revolucionar o mercado. É certo que o varejo físico
não vai morrer, mas o varejo chato (tradicional), este sim.
O varejo que não entender a grandiosidade dos dados que
gera e possui, que não utilizar todos os recursos disponí-
veis para entender o seu consumidor, encantar e fidelizar
(perceba: isso não significa que sem investimentos altíssi-
mos em tecnologia não se conseguem resultados. Significa
adaptar ferramentas – cada vez mais acessíveis – à reali-
dade do negócio e dela extrair o novo, o inovador para o
SEU negócio) – este varejo está em perigo.
O “New Retail”, ou “novo varejo” (termo criado pelo funda-
dor do Alibaba, Jack Ma), está aí para provar isso. As lojas
precisam se reinventar e aprender que já não há distinção
entre on e off-line, mas um ecossistema de varejo coexis-
A isso tudo, soma-se a revolução do mercado de trabalho, às
novas profissões que a tecnologia está criando e aquilo que
perderá relevância. As lojas autônomas, um capítulo à parte
que abordarei em novo artigo, que trarão conveniência ao
consumidor e flexibilidade ao varejista, mas que como toda
a novidade, geram uma série de desafios que precisam ser
entendidos e respondidos. Uma avalanche de mudanças
que, diferente de outras épocas, não nos afundam, mas nos
fazem subir. O desafio desse mundo conectado e digital é
não esquecer que, por trás da máquina, somos todos seres
humanos, com características e comportamentos difíceis de
igualar, por maior que seja avanço do “machine learning”.
Portanto, ainda que tenhamos transformado, impacien-
tes que estamos, nossa vida em frações de 15 segundos,
devemos lembrar que tecnologia pode e deve ser aliada,
mas sempre como meio, e não como fim. Afinal, aliada
sim, sem nos tornarmos alienados.
*Grasiela Tesser é técnica de delegações NRF há mais de 5 anos e
diretora da NL Informática e diretora de projetos e inovação da CIC.
“É certo que o varejo físico não vai
morrer, mas o varejo chato, este sim”
“As lojas precisam se reinventar e
aprender que já não há distinção
entre on e off-line, mas um
ecossistema de varejo coexistindo
em cada operação”
A INFLUÊNCIA DO DIGITAL NO VAREJO FÍSICO CRESCE A PASSOS LARGOS
O NOVO VAREJO
POR TRÁS DA MÁQUINA SOMOS SERES HUMANOS
tindo em cada operação. Faz sentido usar a tecnologia para
melhorar a experiência na loja física, usando a loja como
ponto de coleta de dados ou como pequenos centros de
distribuição – e aqui o supermercado tem papel especial,
pois desde a tradicional degustação à instalação de bares e
cozinhas com preparação de alimentos na hora mudaram
o sentido de “experiência” neste ramo; faz sentido utilizar
a tecnologia para entender a jornada de compra do cliente
no mundo digital, informação rica e muito mais precisa do
que a rede física consegue captar.
23
MATÉRIA DE CAPA
FOODTECHVocê já ouviu falar nesse termo? Foodtech é uma
expressão utilizada quando aplicamos a tecnologia à
maneira como produzimos, vendemos ou servimos
alimentos. No Brasil, o movimento ainda é novo,
mas existe bastante espaço para quem apresenta so-
luções viáveis e rápidas para se colocar em prática. É
aí que entram as Startups Foodtechs, que conside-
ram ainda mais as necessidades do consumidor e
do mercado focando em tópicos como Marketplace
de Food Service, Reciclagem e Desperdício, Comida
do Futuro, Varejo Inteligente, Alimentação Saudá-
vel e Vegada, entre outros.
CONHEÇA SETE INOVAÇÕES QUE SERÃO APRESENTADAS NO CONECTA!Você estará conectado a diversas tecnologias já
disponíveis que irão revolucionar o seu negócio!
Canudo Comestível - Sorbos - Além de proteger o meio
ambiente substituindo o plástico por canudos biodegra-
dáveis, o produto é 100% personalizável (cor, cheiro, sa-
bor e tamanho).
Zoox Smart Pass – hospitalidade e varejo - A startup
criou um sistema que registra e gera informações sobre
o comportamento das pessoas em espaços físicos a par-
tir de câmeras e uma conexão de wi-fi.
Impressora 3D de comida - Foodini é um eletrodomés-
tico para impressão de alimentos em 3D que permite
personalizar os alimentos (salgado ou doce). É possível
imprimir todos tipos de comida, a impressão 3D pode
ser aplicada nas áreas de saúde, entretenimento e per-
sonalização de pratos, entre outros.
Provador / Vitrine interativa - Permite experimentar
roupa sem ir ao provador. O cliente pode saber opções de
tamanhos, cores, combinações, podendo, inclusive, fazer
a compra pela vitrine. O programa filma as pessoas que
estiverem passando em frente à tela, e elas se veem auto-
maticamente com roupas por cima das que estão vestindo.
Indumed – Emergência médica para estabelecimento do
varejo - O AED Plus da ZOLL é o primeiro e único Desfibri-
lador Externo Automático (DEA) que fornece o Real CPR
Help para frequência e profundidade das compressões to-
rácicas. Ele guia o socorrista através da Cadeia de Sobrevi-
vência completa, ajudando todas as vítimas de parada car-
díaca súbita, não somente aqueles que precisam de choque.
Xrobô - A startup passou a desenvolver novas platafor-
mas de software para atendimento a redes de hotéis,
lojas, shoppings, restaurantes, bancos, hospitais e clíni-
cas, tornando-se especialista no fornecimento de robôs
de serviços (trabalha em projetos para os autômatos
Sanbot Max e Elf, NAO Robot, Snow e outros)
Drone para delivery - Entrega de remédios por drones já
é realidade no Brasil. Empresas varejistas e distribuidoras
de medicamentos, juntamente com laboratórios farma-
cêuticos resolveram investir em um modal de transporte
que vem revolucionando o mercado de logística brasileiro.
OMNISHOPPERSDe acordo com o estudo The Shopper Story, da Criteo,
79% dos consumidores brasileiros são omnishoppers*
e utilizam uma variedade de dispositivos, canais e
plataformas para navegar e comprar. O relatório re-
vela ainda que, quando comparados a compradores
que ainda não adotam um comportamento multica-
nal, os omnishoppers gastam em média 7% a mais no
ambiente on-line e 44% a mais no varejo tradicional.
*Novo padrão do consumidor brasileiro, que realiza compras
tanto no ambiente on-line quanto off-line.
+ TENDÊNCIAS 1.
2.
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7.
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CURSO DE EXTENSÃO
ASSERJ E PUC-RIO LANÇAM CURSO DE EXTENSÃO INÉDITO PARA GESTÃO ESTRATÉGICA DE SUPERMERCADOS
A Associação de Supermercados do Estado do Rio
de Janeiro (ASSERJ), por meio de sua Escola,
lança o curso de extensão inédito Gestão Estra-
tégica de Supermercados, em parceria com a Pontifí-
cia Universidade Católica (PUC-Rio). O curso é voltado
para profissionais atuantes no setor supermercadista,
como gerentes e chefes de setor de lojas de médio e
grande porte, redes, empresários, além de seus suces-
sores, mesmo aqueles que não possuam graduação. Os
alunos vão aprender as ferramentas mais modernas e
indispensáveis para uma gestão eficaz com professo-
res do mercado de varejo, além de fazer networking
profissional com professores e alunos atuantes em di-
versas empresas supermercadistas.
De acordo com Ângela Teixeira, coordenadora pedagó-
gica da Escola ASSERJ, o curso já era uma demanda an-
“O curso é voltado para
profissionais atuantes no
setor supermercadista, como
gerentes e chefes de setor,
empresários, além de seus
sucessores, mesmo aqueles
que não possuam graduação”
tiga. “Há muito tempo queríamos criar essa capa-
citação destinada aos gestores em todos os níveis.
A PUC-Rio foi muito receptiva para a parceria e
abraçaram a demanda. Definimos as disciplinas e
as ementas foram desenvolvidas pelos professo-
res da PUC e da Escola ASSERJ”, conta.
CURSO DE EXTENSÃO I Por Juliana Costa I
ASSERJ PARTICIPOU DE PAINEL GRATUITO SOBRE O FUTURO DOS SUPERMERCADOS PARA 2020
No curso Gestão Estratégica de Supermercados, os par-
ticipantes vão aprender os aspectos fundamentais que
envolvem a administração de um supermercado e os
conceitos para se tornar um gestor de sucesso. De acordo
com a ASSERJ, atualmente o Rio tem 2.094 empresas do
setor supermercadista totalizando cerca de 6 mil lojas.
“Temos um volume gigantesco de redes locais onde a for-
mação de gestão não é tão boa. Queremos fornecer aprendi-
zado para gerar valor agregado e como se diferenciar, afinal,
estamos presenciando o surgimento de novas tendências de
tecnologia e modelos de supermercados sustentáveis”, expli-
ca Jorge Duro, coordenador do curso da PUC-Rio.
Essa é a primeira parceria que a Escola ASSERJ faz com
uma instituição educacional de grande porte como a
PUC-Rio. O segmento de supermercados, apesar da sua
relevância na economia, ainda se encontra em estágio ini-
cial para formação de seus gestores comparado a outros
mercados. Preocupada com isso, a ASSERJ fomenta a ca-
pacitação de profissionais do setor com variados cursos.
Somente no ano passado, a Escola ASSERJ capacitou mais
de 2 mil pessoas nos mais diversos cursos para o setor.
Conheça mais sobre os cursos da Escola ASSERJ:
www.asserj.com.br/escola-asserj
Em agosto, a ASSERJ participou do painel gratuito “De-
safios na Gestão de Supermercados para 2020”, realizado
na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). O evento
abordou o futuro do setor supermercadista no Estado e
discutiu sobre novas perspectivas de mercado. Na ocasião
empresários do ramo de supermercados da cidade do Rio
de Janeiro trouxeram um panorama sobre essa temática.
Entre eles, destacamos o presidente da ASSERJ, Fábio Quei-
róz, advogado, pós-graduado em Direito Público e Privado
com MBA em Direito Empresarial. O executivo atuou por
14 anos no núcleo jurídico de uma rede de supermercado e
é VP da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Além de Fábio, esteve presente Paulo Drago, atual diretor
de operações das Casas Bahia e Ponto Frio (Via Varejo),
em Porto Alegre, com atuação na fusão entre Casas Bahia
e Ponto Frio, formado em Ciências Contábeis com MBA
em Gestão e Finanças Corporativas (FGV-RJ), MBA em
Gestão Estratégica (FGV-SP) e Especialização em Vare-
jo (FIA-SP). Também participou André Portes da Rocha,
CEO da Rede Multi Market de Supermercados, diretor de
Comunicação e Marketing da ASSERJ, membro do Co-
mitê Técnico da ABERJ - Mestre em gestão e estratégi-
ca pela UFRRJ, formado em administração de empresas
pela UVA com MBA Executivo em Gestão Empresarial
Estratégica pela USP e MBA em Marketing pela UFRRJ.
ASSOCIADOS DA ASSERJ TÊM 15% DE DESCONTO!
Curso Gestão Estratégica de Supermercados –
ASSERJ e PUC-RIO
Início das aulas: 04 de setembro
Duração: 6 meses (Carga horária 90 horas)
Aula semanal - todas as quartas das 14h às 17h
Endereço: Rua do Arroz, 90 – 4º andar – Gru-
pos 443 a 466 – Mercado São Sebastião – Penha
Mais informações:
(21) 2584-6339 | (21) 97956-1351
escola@asserj.com.br
I Por Juliana Costa I
SRE PREVIEW
A SRE PREVIEW CRESCEU!SRE TRADE SHOW Super Rio Expofood
A SRE Preview é o evento de lançamento da 32ª
SRE TRADE SHOW, uma oportunidade única
para fazer networking com líderes do setor de
varejo alimentício do Rio de Janeiro. “Proporcionamos
um evento exclusivo para um público altamente qualifi-
cado que só cresce a cada ano. Em 2019 serão 60 stands
e uma estimativa de público de três mil pessoas”, ressal-
ta Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.
A Associação de Supermercados do Estado do Rio de
Janeiro – ASSERJ – em parceria com a Escala Eventos,
investe sempre em inovações para a SRE Preview, que
ocorre em locais emblemáticos do Rio de Janeiro. A
edição passada foi realizada em 2018 no Maracanã, e
o palco foi montado nos gramados do maior estádio do
país. Em 2019, a SRE Preview acontecerá na Zona Sul
da cidade, aos pés do Cristo Redentor, no Jockey Club
Gávea, um lugar de prestígio e palco para vários eventos
importantes do Rio de Janeiro.
“Apresentamos a Preview em locais que diversificam
a rotina de nosso associado e expositores, fomentan-
do a economia, o turismo e o setor no Estado do Rio
de Janeiro, e sabemos que estamos no caminho certo.
Muitas marcas possuem lançamentos específicos para
o segundo semestre e fim de ano, por isso, a Preview é
uma oportunidade para aquecer o mercado e colocar
esses produtos em evidência”, completa Fábio Queiróz.
3 DE OUTUBROJockey Club Gávea14h às 19h
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SRE PREVIEW
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SRE PREVIEW
PÚBLICO ALTAMENTE QUALIFICADO
“Nossos visitantes são profissionais interes-
sados em um intercâmbio de conexões e co-
nhecimento, que buscam por networking
e lançamentos de novos produtos”, afirma
Bruna Leite, diretora da Escala Eventos. A
empresária ressalta que o evento cresceu em
2019. “Sim, o evento está maior. Ano passado a
expectativa era receber mil pessoas e tivemos
mais de duas mil, com 40 stands. Para esse ano
prevemos público de três mil pessoas e área
de exposição com 60 stands. Teremos novas
oportunidades para todos que não consegui-
ram vir no ano passado. Realmente foi um su-
cesso de público e esse ano será ainda maior.”
Keila Prates, superintentende da ASSERJ, res-
salta que “compradores dos nossos associados
possuem prioridade nas inscrições. Nosso obje-
tivo é proporcionar um evento que fomenta o
networking qualificado”, diz. A Preview é um
evento exclusivo para profissionais do setor, ou
seja, não haverá venda de ingressos.
5 MOTIVOS PARA PARTICIPAR
PÚBLICO
EXCLUSIVO
3 MIL VISITANTES EM APENAS UM DIA
OPORTUNIDADE DE EXPOR LANÇAMENTOS DO 2º SEMESTRE
STANDS PRONTOS
NETWORKING COM LÍDERES DO SETOR
GRANDES MARCAS
Casbri
Marquespan
Go Green
Impetus Facilities
Eletrofrio Refrigeração
Moxuara
(Entre outros)
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SRE PREVIEW
SRE CONFERENCE SOBRE A SRE TRADE SHOW 2020
FAÇA PARTE DO LANÇAMENTO DO MELHOR TRADE SHOW DA AMÉRICA LATINA
QUEM ESTEVE NO EVENTO EM 2018
Na Preview você se prepara para a SRE CONFERENCE
2020, expande o seu conhecimento e participa de
palestras exclusivas com os melhores profissionais
do setor.
A SRE Trade Show é a sua oportunidade anual para es-
tar em contato com os maiores players do segmento de
food service do Brasil. O evento é reconhecido como o
melhor Trade Show da América Latina apresentando,
há 32 anos, lançamentos, inovações e conteúdo para mi-
lhares de empresários e profissionais. Novas parcerias
são firmadas e relações são construídas com o intuito de
elevar a performance e níveis de conhecimento dos vi-
sitantes e expositores. O público será surpreendido com
uma nova proposta de evento, com diversas inovações.
Muitas novidades que serão lançadas em 2020 poderão
ser apreciadas em primeira mão na Preview.
INSCRIÇÕES JÁ ABERTAS PARA COMPRADORES ASSOCIADOS
COMPRADORES, INSCRIÇÕES NO SITE: PREVIEW.SUPERRIOEXPOFOOD.COM.BR
INSCRIÇÕES PARA
ASSOCIADOS ASSERJ E DEMAIS PROFISSIONAIS DO SETOR
A PARTIR DO DIA 09/09
acesse @superrioexpofood e saiba mais!
Apresente suas novidades para o fim do ano!
Quer ser expositor? Entre em contato
Email: comercial@superrio.com.br
60 EXPOSITORES
CONHECIMENTO
Primeira foto, de cima
para baixo: palestra com
Vicente Falconi.
Segunda e terceira
foto: painel sobre Trade
Marketing com players da
indústria como Ambev,
Forno de Minas e Bunge
I Por Juliana Costa I
PALAVRA DO EXECUTIVO
Estamos vivendo em um mundo em transformação
acelerada, em que nada é estável e as mudanças são
frequentemente questionadas. O que importa agora
é a capacidade de adaptação: se atualizar o tempo todo e
ser capaz de inovar para sobreviver. Hoje, não basta aten-
der às demandas atuais, mas, sim, captar as tendências
emergentes do mercado, oferecendo inovação em servi-
ços e produtos e apoiar os diferentes perfis de clientes no
desenvolvimento do seu negócio de forma mais eficaz.
Silvio Sousa é Administrador de Empresas com pós-gra-
duação em Gestão de Negócios. Atua há 37 anos com Tec-
nologia da Informação voltada ao atacado e varejo. Atuou
como diretor das áreas de produtos, serviços e, atualmen-
te, é diretor comercial e um dos principais acionistas da
Consinco S/A, empresa líder em sistemas de gestão para
redes supermercadistas e de atacarejo no Brasil.
Criatividade e inovação fazem parte do DNA da Consin-
co. O Grupo é líder no fornecimento de sistemas de gestão
corporativa para as maiores empresas de atacado e varejo
alimentar no Brasil. A companhia tem participação socie-
tária na empresa Mobne, que atua no varejo de vizinhan-
ça e investe em startups voltadas ao desenvolvimento de
soluções para o varejo, além de ser cofundadora do Sevna.
Com 29 anos de mercado, os sistemas da Consinco rodam
em 2.700 pontos de venda, operados por mais de 75 mil
usuários. A empresa utiliza modernos conceitos de inte-
ligência empresarial e oferece soluções inovadoras para o
aumento da eficiência e performance. A tecnologia Con-
sinco está presente em 37,5% dos maiores supermercadis-
tas e em 56% dos maiores atacadistas de autosserviço do
País, conforme os rankings da Associação Brasileira dos
Supermercados (ABRAS) e da Revista SA Varejo.
30
SILVIO SOUSA, DIRETOR COMERCIAL DA CONSINCO
PALAVRA DO EXECUTIVO
“Somos uma empresa adaptável a um
contexto dinâmico, que se propõe a uma renovação constante para fazer diferente e
fazer diferença para os nossos clientes”
Silvio Sousa
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32
PALAVRA DO EXECUTIVO
Super Negócios: Qual é o principal benefício da trans-
formação digital para o varejo? E quais os desafios para
o supermercadista?
Silvio Sousa: Passamos por um período de mudança de
hábitos do consumidor em função de fatores externos,
como falta de tempo, busca por mais segurança, fuga do
trânsito, etc. Ele tem optado cada vez mais pelas com-
pras pela internet. Outro fenômeno é a complementa-
ção dos canais - o cliente que vê o produto na internet
e busca na loja física, ou que vê o produto na loja física
e conclui a compra pela internet. Mesmo na loja física,
o consumidor busca formas diferentes de atendimen-
to, seja buscando informações sobre produtos em seu
smartphone, seja optando por autoatendimento em
uma estação de self-checkout. O desafio para o varejista
é transformar o seu negócio para atender esse público,
e a vantagem é estar em condições de conquistar o con-
sumidor que quer fazer uso desses novos canais e for-
mas de interagir com a loja. Toda mudança traz riscos
e oportunidades e vai se dar bem aquele que optar por
aproveitar as oportunidades!
Super Negócios: Quais são as principais tecnologias que
as empresas do varejo devem adotar para implementar
a transformação digital?
Silvio Sousa: O período de transição é difícil, pois exi-
ge maiores investimentos e os resultados aparecem, na
maioria dos casos, no médio e no longo prazo. A estra-
tégia deve prever o equilíbrio de investimento e a ex-
pectativa de retorno. Não se deve fazer investimentos
pesados que possam vir a comprometer a operação
atual, mas, também, alguns investimentos não podem
ser eternamente adiados, pois, quando se tornarem ne-
cessários, pode não haver tempo ou condições de reagir.
A aplicação de self-checkouts, por exemplo, é algo que
já pode ser implementada com resultados imediatos.
A venda por internet demanda maiores investimen-
tos com retorno mais lento. A chave está, portanto, em
equilibrar estas questões.
“Passamos por um período de mudança de hábitos do
consumidor. O desafio para o varejista é transformar o seu
negócio para atender esse público, e a vantagem é estar em condições de conquistar o consumidor que quer fazer
uso desses novos canais e formas de interagir com a loja.
Toda mudança traz riscos e oportunidades e vai se dar bem aquele que optar por aproveitar
as oportunidades!”
33
PALAVRA DO EXECUTIVO
Super Negócios: Você enxerga um cenário propício
para mudanças disruptivas e inovações necessárias no
varejo supermercadista, acompanhando os novos há-
bitos dos consumidores?
Silvio Sousa: Sim, pois os consumidores de hoje esperam por
mudanças e por inovação, mas é importante que as inova-
ções sejam implantadas com critério para que tenham con-
tinuidade e atinjam os objetivos do negócio. Fazer inovação
somente pela inovação custa caro e não gera resultados.
Super Negócios: Como identificar as tecnologias mais
adequadas e eficazes para diferentes tipos de operação?
Silvio Sousa: A melhor forma de escolher no que inves-
tir é questionar se aquilo faz sentido para o público que
se tem, ou para o público que se quer atingir. Se, para o
público que se busca, é, por exemplo, importante redu-
zir filas, já há bom indicador de que um investimento
em recursos que reduzam filas pode receber investi-
mentos em inovação.
Super Negócios: Nesse contexto, o que a Consinco ofe-
rece hoje? Comente as principais soluções e cases de su-
cesso, incluindo o pequeno e médio varejo.
Silvio Sousa: A Consinco é, por exemplo, a líder nacional
na implantação de tecnologia de self-checkout com mais
de 500 equipamentos em operação em todo o território
nacional. Há três anos optamos também por criar nosso
próprio sistema de e-commerce com objetivo de atender
nossos clientes que buscam adotar o comércio eletrônico
como estratégia de negócios. Temos investido muito em
ferramentas que contribuem para a melhoria da operação
e da logística. Recursos como o Sorter e o Picking by Voice
Não se deve fazer investimentos
pesados que possam vir a compro-
meter a operação atual, mas, tam-
bém, alguns investimentos não
podem ser eternamente adiados “Temos investido muito em ferramentas que contribuem
para a melhoria da operação e da logística. São várias tecnologias,
sempre com o objetivo de reduzir custos ou de aumentar a
receita para o varejo”
que permitem que a operação de centros de distribuição seja
automatizada, trazendo ganhos de produtividade e redução
de custos. São várias tecnologias, sempre com o objetivo de
reduzir custos ou de aumentar a receita para o varejo.
Super Negócios: Quais serão as novidades apresenta-
das no Conecta este ano?
Silvio Sousa: Apresentaremos as tecnologias que vêm
sendo trabalhadas pela Consinco nos últimos anos,
self-checkout, e-commerce, automação logística e sis-
temas de gestão para grandes redes e também para o
varejo de vizinhança.
2.700 ESTABELECIMENTOS
+ DE 75.000 USUÁRIOS EM TODO O PAÍS
+ DE R$ 108 BILHÕES EM FATURAMENTO (EM 2018)
CONSINCO EM NÚMEROS
DICA
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VAREJO NEWS I Por Maria Gabriela Monteiro I
REDE UNNO INAUGURA LOJA NO CATETE
A Rede Unno chegou ao Catete com uma
loja maior e muitas novidades! Com um
espaço de 500 metros quadrados, o super-
mercado terá uma nova padaria, rotisseria
e também postos de checkout de autoaten-
dimento. A Rede UNNO de Supermercados
une os mercados Bramil, Campeão, Cos-
tazul, Inter, Princesa, SuperPrix e Real, de
Niterói, com mais de 100 lojas espalhadas
por todo o Estado do Rio de Janeiro e mais
de 13 mil funcionários. A rede comemorou
seu 1º aniversário em junho deste ano.
UNIDADE RECÉM-INAUGURADA DO ROYAL EM BARRA MANSA É A MAIOR DA REGIÃO
A loja do Royal localizada em Jardim Boa Vista de Bar-
ra Mansa está cheia de novidades. O hipermercado traz
uma área de 3,7 mil metros quadrados, distribuídos em
restaurantes, cafeteria, lojas de diferentes segmentos,
farmácia e estacionamento para 300 carros. Além disso,
o hipermercado conta com pet shop, Espaço Kids para as
crianças se divertirem enquanto os pais fazem as com-
pras, sala de aula Gourmet para clientes, adega completa,
entre outras novidades. Hoje a empresa ocupa posição de
destaque na região Sul Fluminense do Rio, com a opera-
ção de 10 lojas, sendo cinco em Volta Redonda, duas em
Barra Mansa, duas em Resende e uma em Nova Iguaçu.
A rede reúne mais de 2000 colaboradores.
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Anuncio 41 x 27,5 Grupo Royal Supermercados BARRA MANSA.pdf 1 25/07/2019 18:18
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Anuncio 41 x 27,5 Grupo Royal Supermercados BARRA MANSA.pdf 1 25/07/2019 18:18
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AGENDA DO VAREJO
O primeiro evento de tecnologia para o varejo do Rio de Janeiro
acontecerá nos dias 4 e 5 de setembro, no Vivo Rio. Realizado pela
ASSERJ e Escala Eventos, o CONECTA apresentará soluções tecno-
lógicas para os setores de food service, supermercado, farmácias,
shoppings e moda. Serão dois dias para fechar negócios. Ouse se co-
nectar com o que há de mais inovador no mundo da tecnologia!
Inscrições no site: conectavarejo.com.br
@conectavarejo eventoconectavarejo
Esse não é mais um evento de negócios. Na SRE Trade Show Preview
você faz networking, lança produtos e expõe a sua marca! É a úl-
tima oportunidade do ano para estar com seus clientes. Você tam-
bém expande seus conhecimentos em palestras exclusivas com os
melhores profissionais do setor. Faça parte do lançamento do me-
lhor Trade Show da América Latina!
Evento exclusivo para o público do setor.
Abertura das inscrições: 9 de setembro
Local: Joquei Club - Gávea - RJ
04 E 05 DE SETEMBRO: CONECTA
03 DE OUTUBRO: SRE TRADE SHOW PREVIEW
Saiba mais em:
preview.superrioexpofood.com.br
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40
LANÇAMENTOS
Tapioca sem Glúten
A Kodilar traz para o mercado um
novo produto da linha Natural Life:
a Tapioca sem Glúten! A tapioca
também não contém lactose,
sódio e já vem peneirada. A linha
Natural Life Sem Glúten tem uma
variedade de produtos como:
temperos, açúcar mascavo, açúcar
de coco, entre outros.
www.kodilar.com.br
Hambúrguer do Futuro
Lançado pela foodtech Fazenda Futuro,
o Hambúrguer do Futuro é vegano e
feito com proteínas de ervilha, soja e
grão de bico. E ainda tem beterraba,
que foi inserida na receita para imitar
o sangue da carne tradicional. O
lançamento promete textura, sabor e
cheiro similar aos da carne bovina.
www.fazendafuturo.io
Itambé amplia catálogo de food service
A Itambé também ampliou seu catálogo
de food service e lançou dois novos SKUs:
Recreio de Chocolate Belga e Brigadeiro
de Chocolate Belga para confeitaria. Os
produtos são feitos com leite condensado
Itambé e chocolate belga e rendem 50
bombons ou 3 bolos de 1Kg (20g de recheio
no bombom ou 340g no bolo) e, ou, 50
brigadeiros (20g cada).
www.itambe.com.br
Tempero para Pipoca
A Sazón, marca de temperos da Ajinomoto do Brasil, amplia
seu portfólio com o tempero para Pipoca. A nova versão,
com sabor cebola e salsa, já chegou aos supermercados de
todo o país. A novidade é perfeita para deixar a pipoca feita
em casa com aquele gostinho de cinema!
www.sazon.com.br
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CONTATOS:COMERCIAL@GRANDMARCHE.COM.BR
(21) 99973-1389 / 99569-8338
V E N H A S E JUNTAR
COM A GENTE!> VOCÊ QUE É FORNECEDOR
> VOCÊ QUE É SUPERMESUPERMERCADISTA ESTAMOS PRONTOS PARA CONVERSAR!
VENHA CRESCERE SE JUNTAR COM
A GENTE.
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COLUNAS
Na verdade, precisamos falar sobre mais do que “dinheiro”.
Precisamos falar sobre “Educação Financeira”. Esse é um
assunto de Estado, de estadistas e de grandes homens
ou de grandes mulheres do setor privado. Temos hoje um
cenário econômico cada vez mais complexo e desafiador,
exigindo permanente treinamento e aperfeiçoamento por
parte dos bons, velhos e novos modelos de administração.
Um desses desafios é a Educação Financeira, não só nas
escolas, mas também nas empresas e, principalmente, nos
programas ou políticas de Recursos Humanos.
Não é exagero se falar em gestão de RH porque as empre-
sas precisam entender e aprender a detectar impactos ou
prejuízos (de produtividade e rentabilidade) relacionados
à falta de Educação Financeira. Trata-se de danos já em
níveis tão deletérios quanto os causados pelas drogas e
pelo álcool – durante o expediente, na repartição, no chão
de fábrica... Ainda são poucas as empresas que começam
a perceber também que a Educação Financeira tem pers-
pectiva e potencial para se tornar uma nova onda de cons-
cientização social e sustentabilidade econômica – exata-
mente como tivemos, há mais de duas décadas, a onda da
educação ambiental (hoje devidamente consolidada em
rotinas, operações e até balanços corporativos). E o fato é
que até essas poucas empresas vão precisar de muita ex-
pertise – ou seja, vão precisar de quem as ajude a cuidar de
seus funcionários ou colaborares.
Educação Financeira vai além de ler carnês, entender
faturas, conferir trocados, compreender boletos ou de-
senvolver cálculos. Não se trata apenas de fazer contas,
se trata de saber como lidar com o salário, por exemplo,
em harmonia com os orçamentos familiares ou domés-
ticos. Os desafios aqui são: conscientização e colabora-
ção entre as pessoas; equilíbrio entre consumo, consu-
mismo e sustentabilidade; e, acima de tudo, HÁBITO.
PRECISAMOS FALAR SOBRE ‘DINHEIRO’
Assim como é vital tomar banho, escovar os dentes, pen-
tear os cabelos, cortar as unhas, lavar as mãos, trabalhar,
almoçar, lanchar, jantar… também é essencial cuidar do
dinheiro – cuidar do dinheiro tem que fazer parte da nos-
sa “higiene financeira pessoal”. É como cuidar da saúde e
cuidar do futuro. Cuidar do futuro é fundamental porque
é lá que a gente vai passar o resto da nossa vida. Viver só o
presente deve ser uma coisa muito legal para quem mor-
re cedo, jovem e bonito. Mas não é uma coisa inteligente
para quem chegar aos 70, 80, 90, 100 anos de idade.
Claro que é importante aprender conceitos básicos, como
taxa de juros, índices de inflação, carga de impostos, possi-
bilidades de aplicações ou investimentos, bem como suas
rentabilidades e liquidez. Mas é fundamental praticar a eco-
nomia que se faz ao apagar a luz, fechar a torneira, reciclar
objetos, conservar brinquedos e não desperdiçar comida no
prato. O uso consciente de recursos domésticos, industriais
e naturais deve ser o primeiro dos nossos aprendizados ele-
mentares. Crianças (desde cedo) e adultos (desde sempre)
precisam aprender que gás, água, energia elétrica e infraes-
trutura de saneamento, por exemplo, têm custo; logo, têm
preço; logo, alguém tem que pagar… E dinheiro (embora
muitos pensem o contrário) não brota do chão, não dá em
árvore, não cai do céu. Isso é uma pena, não é?
“E o que o dinheiro tem a ver com os meus sonhos?”
O ser humano (você inclusive) é movido por sonhos.
São eles que trazem esperança e motivação para todos
nós. São os nossos sonhos que norteiam nossos dese-
jos e anseios para o futuro. É por meio dos sonhos que
visualizamos onde queremos chegar. Daí que sonhar
não custa nada, mas “realizar” custa.
Enfim, tudo se resume a sonhar com uma vida melhor e
tornar a vida melhor. Mas cabe às empresas não espe-
rarem que seus funcionários ou colaboradores apren-
dam isso sozinhos. Com a palavra, o RH, o CEO, o COO, o
CFO... Se precisar, pergunte-me “como”.
ALEX CAMPOS É palestrante, jornalista, colunista
de Economia da rádio JBFM (RJ),
sócio-diretor do portal ideiasideais.
com e autor do livro “Faça as Pazes
com o Dinheiro”.
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• Taxas competitivas para seu negócio
• Flexibilidade nos planos de recebimento, inclusive em D+1
• Oferece grátis os principais modelos de Pinpads do mercado
44
GESTÃO E RH I Por Juliana Costa I
EM PAUTA: DIVERSIDADE E INCLUSÃO NOS SUPERMERCADOSO que as organizações têm feito para combater a discriminação e promover a diversidade?
A luta pela construção de ambientes de trabalho
mais diversos é uma busca de equidade e de uma
representação mais fiel à realidade do nosso país.
O mercado já entendeu isso e também está se movendo
nessa direção. A Associação de Supermercados do Estado
do Rio de Janeiro – ASSERJ – vem atuando fortemente
em políticas de diversidade e inclusão para o mercado de
trabalho. Hoje os supermercados estão abertos a contra-
tar pessoas que há 10 anos não seriam absorvidas, é o que
aponta Bianca Glaciano, gerente de Pessoas e presidente
do Conselho de RH da ASSERJ. “A associação tem empla-
cado projetos de sucesso para a inserção de pessoas da ter-
ceira idade, jovens aprendiz, portadores de necessidades
especiais, transgêneros, entre outros”, conta a especialista.
Para isso, a ASSERJ tem realizado parcerias
com órgãos e instituições com uma sólida ex-
periência no segmento, em busca não só de
apoio para capacitação e conscientização, mas
também para avaliação de currículos. “O nos-
so grande objetivo em fazer essas parcerias é
o fato de entendermos que o trabalho valida
essas pessoas a serem cada vez mais sociá-
veis, a terem empoderamento nesse processo
com a sociedade. Muitos de nossos associados
prezam pela diversidade, que busca incluir
todo tipo de gênero, cor e etnia, pois todos são
igualmente dignos de respeito e reconheci-
mento”, destaca Bianca Glaciano.
45
GESTÃO E RH
A rede destaca a grande abrangência de sua política no
quesito diversidade e inclusão, o que faz do Prezunic um
local verdadeiramente diverso, com os mais diferentes
perfis de colaboradores, em relação à idade, gênero, et-
nia, orientação sexual ou nacionalidade, entre outros
aspectos. “Investir em inclusão e diversidade faz parte
do DNA do Prezunic. Além do aspecto social, valorizar
a presença de diferentes perfis na empresa é também
uma ação estratégica, que contribui para a melhora da
qualidade de nossos serviços e age positivamente em
nossos resultados. Temos muito orgulho de fazer parte
de uma companhia que, verdadeiramente, enxerga nas
pessoas seu maior patrimônio”, afirma Ana Behrens, ge-
rente de Recursos Humanos do Prezunic.
As mulheres já representam 56% de todo o quadro de
colaboradores do Prezunic e 50% dos cargos de lideran-
ça, o dobro da média nacional registrada pelo estudo
International Business Report – Women in Business 2019,
realizado pela Grant Thornton, divulgado recentemente.
Entre as práticas voltadas exclusivamente para o pú-
blico feminino está o Projeto Gestante, que inclui não
somente as colaboradoras mas também as esposas de
colaboradores que estejam grávidas, para um acompa-
nhamento da gestação. Uma enfermeira faz entrevista
para verificar o estado da futura mamãe, se tem feito
pré-natal e como o bebê vem se desenvolvendo. Uma
obstetra é colocada à disposição para tirar dúvidas. Há,
ainda, palestras informativas sobre os cuidados durante
a gestação. O programa é coordenado por uma ginecolo-
O Prezunic mantém o Programa Talentos Experientes,
que incentiva a contratação de pessoas com mais de
50 anos e proporciona a esse público oportunidades de
reinserção no mercado, por meio de processos internos
de capacitação e crescimento profissional. Colaborado-
res 50+ já representam 24% de todo o quadro.
José Jesus Viana, 67 anos, está há 17 no Prezunic, desde
a inauguração da rede. Contratado aos 50, atua como
gerenciador de laticínios, ele admira a Política de Inclu-
são e Diversidade da empresa e diz que não pensa em
parar de trabalhar tão cedo.
“Eu trabalho, principalmente, porque gosto. Aqui, temos
oportunidades de aprendizado e crescimento, e me sin-
to feliz em passar para os mais novos minha experiên-
cia”, afirma José, exibindo seu botton dourado, utilizado
pelos colaboradores com mais de 15 anos de casa.
POLÍTICA DE INCLUSÃO E DIVERSIDADE
6 INICIATIVAS DO PREZUNIC PARA VOCÊ SE ESPELHAR
MULHERES
PESSOAS COM MAIS DE 50
gista e possui um cronograma que aborda temas como:
saúde bucal, acompanhamento de todos os exames re-
alizados durante o pré-natal, nutrição no período da
gestação, tipos de parto, aleitamento e cuidados com o
recém-nascido. A empresa também não faz qualquer
distinção salarial, nem estabelece critérios de promoção
baseados no gênero.
A rede tem firmado parcerias com diversas instituições
que lidam com a causa, visando aumentar a quantidade
de candidatos com deficiência às vagas de trabalho dispo-
níveis. Uma das ações mais recentes foi a implementação
da entrevista de emprego na Língua Brasileira de Sinais
(Libras) para candidatos surdos, além de um curso inter-
no de Libras disponível para todos os colaboradores da
empresa. Desde dezembro, mais de 10 pessoas com defi-
ciência auditiva já foram contratadas dessa forma.
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCDS)
46
GESTÃO E RH I Por Juliana Costa I
A questão da diversidade de gênero é levada muito a
sério no Prezunic, que tem, entre seus colaboradores,
pessoas de diversas orientações sexuais, incluindo casais
homoafetivos, com direito a utilizar o benefício do plano
de saúde oferecido pela empresa. Entre os casos emble-
máticos está o de Soraya Freitas Souza. Ela, que já foi Luís
Gustavo, se orgulha de ver seu nome social estampado no
botton de seu uniforme e da promoção recebida um ano
e seis meses depois de entrar na companhia. De auxiliar
de operações, ela passou a gerenciadora de mercadorias.
A rede de supermercados tem, entre seus colaboradores,
um time de imigrantes vindos de diversos países da África e
América Latina. Um deles, o angolano Zekisola Bala, chegou
ao Brasil como refugiado, tendo conseguido seu primeiro
emprego formal no Prezunic, há quase 15 anos. Até hoje na
empresa, Bala começou como auxiliar de operações e foi pro-
movido a agente de prevenção de perdas. Referência para os
demais estrangeiros, atualmente ele é cidadão residente no
Brasil, onde chegou a constituir família. Suas visitas ao seu
país de origem acontecem anualmente, durante as férias.
O projeto viabiliza a implementação de políticas públi-
cas das pessoas com deficiência mental/psicossocial,
aptas para o trabalho, no mercado formal, através da
metodologia do Emprego Apoiado/Customizado, com
suporte técnico da equipe do PISTRAB, em cooperação
com empresas inclusivas. As profissionais da rede de
saúde mental do Rio de Janeiro, Damiana Ambrozio
Fernandes - psicóloga Caps Simão Bacamarte -, Mar-
garete Araújo - psicóloga, coordenadora de Integração
Psicossocial do Museu Bispo do Rosário Arte Contem-
porânea - e Rita Cristina de Paula das Neves - terapeuta
ocupacional Caps Simão Bacamarte -, conversaram com
a revista Super Negócios:
“Observamos que por muito tempo o processo de inclu-
são da pessoa com deficiência mental/psicossocial no
mercado de trabalho não era de fácil inserção uma vez
que na sociedade, em geral, as pessoas com deficiência
mental sofrem com o estigma da loucura.
Esta barreira atitudinal excludente contribui para não ad-
missão deste público. Observamos que os nossos usuários
do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Simão Baca-
PROJETO DE INCLUSÃO SOCIAL PELO TRABALHO DE USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL
PÚBLICO LGBTQI+
IMIGRANTES
CONHEÇA O PISTRAB
Alessandro da Silva, 36 anos, está há 11 no Prezunic.
Contratado na condição de Pessoa com Deficiência (PcD),
ele trabalha como auxiliar de operações e afirma se sentir
“em família” no ambiente de trabalho. “Esta é uma em-
presa onde os colaboradores respeitam um ao outro e se
ajudam. Me senti acolhido desde o primeiro dia, e espero
continuar aqui. Não me vejo trabalhando em outro lu-
gar”, afirma Alessandro, que tem mielomenincocele, uma
malformação congênita da coluna vertebral.
47
GESTÃO E RH
Um espaço com vários serviços voltados para pessoas
com deficiência. Assim é a Casa da Inclusão, instalada
em um casarão da Rua do Lavradio, na Lapa. No en-
dereço, interessados podem buscar vagas de emprego
através de uma agência do Sistema Nacional de Em-
pregos do Núcleo Estadual de Atendimento ao Defi-
ciente (SINE NEAD). A parceria estabelecida com o
Governo do Estado tem o objetivo de incluir as pessoas
com deficiência e reabilitados no mercado de trabalho.
Além do serviço de intermediação de mão de obra, o
espaço está se estruturando para oferecer cursos de
qualificação e profissionalização. O local também con-
ta, desde agosto, com a parceria da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil (OAB) para orientações jurídicas e
plantão quinzenal do INSS.
“A Casa da Inclusão é fundamental para a inserção da
pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Hoje,
o número de vagas de emprego ofertadas é maior que
a procura, e é por meio das ações oferecidas pela Casa,
como qualificação profissional, intermediação de vagas
de emprego, carteira de trabalho, orientação profissio-
nal, que vamos mudar essa realidade”, afirma Ana Asti,
subsecretária de Emprego e Renda.
A Casa da Inclusão abriu para atualização
cadastral e novos cadastros de Pessoas com
Deficiência com o objetivo de preencher
demandas em vagas de empregos que serão
disponibilizadas pela central de Macrocap-
tação Estratégica de Vagas da Casa da In-
clusão/ NEAD da SEDEERI/ Governo do
Estado do RJ, para o Circuito Dia D. Os in-
teressados devem enviar CV com cópia do
laudo médico para o e-mail:
casadainclusaodiad@gmail.com
DICAS DAS ESPECIALISTAS DO PISTRAB PARA AVANÇAR NESSE CENÁRIO
PARA REFLETIR: As especialistas entendem que não
existem fórmulas ou roteiros para proporcionar a melhor
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de traba-
lho, pois, cada indivíduo independente de ter deficiência
ou não é um indivíduo único no mundo.
Saiba mais em: www.pistrab.com.br
CASA DA INCLUSÃO
OPORTUNIDADE
marte, localizado no bairro de Santa Cruz, cidade do Rio
Janeiro/RJ, passaram por uma transformação psicossocial
singular a partir do momento em que foram contratados
por uma rede de supermercados. Aspectos relacionados ao
autocuidado, à autoestima, à autoconfiança ganham refle-
xos na autonomia do sujeito e na sua forma de se relacio-
nar com a família, resgatando sua dignidade e cidadania.
Foi possível também, a partir desta inclusão em redes de
supermercados, a redução de danos, a diminuição do iso-
lamento social e um maior poder contratual.”
Garantir o respeito da pessoa com deficiência men-
tal/psicossocial
Aproximar-se de tecnologia assistiva (emprego apoiado)
*Ferramentas para oferecer acessibilidade física, visual, auditiva e
digital a funcionários com vários tipos de deficiências. A tecnologia
assistiva pode melhorar a funcionalidade do profissional
Olhar para o candidato em suas potencialidades/di-
ferenças, no que ele tem a contribuir para a empresa
Fomentar uma cultura institucional voltada à inclu-
são da pessoa com deficiência no campo do trabalho
Desconstrução de barreiras atitudinais
Adaptar-se ao processo de inclusão como algo contí-
nuo e atento às necessidades do outro
Ver no diálogo um recurso potencializador da inte-
ração social
Possibilitar um ambiente acessível e inclusivo, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas
48
COLUNAS
Quem nunca ouviu que as pessoas entram nas empresas
pelo seu currículo e são desligadas pelo seu comporta-
mento? Tudo aquilo que a pessoa traz no currículo será
submetido a um novo contexto e a forma como lidará com
suas emoções é a grande responsável pelo seu sucesso.
Se o líder é aquele que se caracteriza por obter resulta-
dos, com as pessoas e da maneira certa, a sua inteligência
emocional será decisiva para cumprir esta função em meio
à turbulência e exigência de uma gestão exponencial.
Não é somente a turbulência econômica que explica por
que tantos líderes têm sido desligados de suas companhias.
Há casos em que a empresa recebe um líder com uma for-
mação e experiências admiráveis, mas imaturo emocional-
mente, com dificuldade de adaptabilidade ao negócio e à
cultura da empresa, sem habilidade para lidar com as de-
mais lideranças, pares e colegas. Se este líder não sabe con-
trolar os seus impulsos, aprender com os erros e amortecer
o stress, como irá engajar as pessoas para ajudá-lo a buscar
resultados, a dar ideias para diferenciar a empresa dos con-
correntes, a trazer incrementos e inovações?
Sabe-se hoje que a inteligência emocional da liderança
não só tem impacto nos resultados positivos da empre-
sa, mas também do índice de turnover e outras perdas.
Por isso, não é mais uma escolha do líder aprender so-
bre inteligência emocional e desenvolvê-la. Antes, era
um diferencial do líder, mas a velocidade das mudanças
a torna uma exigência. E o que é maravilhoso: ela pode
ser aprendida em qualquer idade.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS ORGANIZAÇÕES. CARACTERÍSTICAS PARA UMA LIDERANÇA EXPONENCIAL
NEUZA CHAVES
É Sênior Advisor da Falconi em
organizações públicas e privadas. Há
mais de 20 anos na Falconi, é Mestre em
Administração Profissional, Professional
Master Coach e possui MBA Executivo
em Gestão Empresarial.
Por que todo líder precisa se alfabetizar emocionalmente?
Há uma mistura de estilos de liderança contemplando
aqueles que vivenciaram mais o conservadorismo e a
estabilidade com aqueles cuja rota foi de imprevisibili-
dade, desemprego, aumento da violência, refugiados,
experiências com outras culturas, redes sociais e etc. É
a convivência do mundo analógico com o digital.
O mundo digital funciona como um zoom aproximando
aquilo que estava mais distante e, independente de qual
seja a sua geração, o líder precisa aprender a promover a
gestão exponencial. Somada à sua inteligência do negócio
deve aprender e praticar a inteligência emocional para pro-
mover um ambiente no qual as pessoas se sintam seguras
para dar ideias, trazer inovações, para errar em algumas
iniciativas, para se expressarem sem medo da hierarquia.
Nesse cenário exponencial, cai por terra a expectativa de
que o líder tenha todas as respostas. Ele faz perguntas e
adia o “sim” e o “não”, estimulando a curiosidade da sua
equipe e a quebra da dependência hierárquica. Aliás, a hie-
rarquia não pode ser rígida em ambientes exponenciais,
pois todos devem perceber que se busca é a ideia, a capa-
cidade de ajudar a convertê-la em uma solução que traga
resultados para a empresa e para as pessoas.
A liderança exponencial será viável se os gestores tive-
rem as mentes e os ouvidos abertos para ouvir antes
de julgar e saber usar a diversidade para formar equi-
pes fortes com as competências complementares. Ao
demonstrar as suas competências emocionais como
autoconhecimento, autocontrole, empatia, automo-
tivação e habilidades sociais, principalmente, o líder
saberá se relacionar com a equipe para ajudá-lo a lidar
com a pressão e ter agilidade para levar a empresa para
a vanguarda. As mudanças estão acontecendo de forma
muito rápida para que os líderes tenham todos os co-
nhecimentos necessários e no tempo.
49
50
PERDAS CORRESPONDEM A 2,05% DO FATURAMENTO DOS SUPERMERCADOS
Número do setor cresceu após dois anos de redução
O supermercado brasileiro voltou a registrar
aumento no índice de perdas. O setor de su-
permercados liderou as perdas em 2018, com
2,05% do faturamento, de acordo com dados divulga-
dos pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas
(Abrappe), que contou com a colaboração da Associa-
ção de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro
(ASSERJ). A média do varejo foi 1,38%. Na pesquisa
anterior, referente a 2017, o percentual do setor su-
permercadista foi 1,94%.
PREVENÇÃO DE PERDAS
“Os supermercadistas investiram em estoque
esperando uma recuperação da economia, que não aconteceu. Com isso,
registramos uma perda considerável com validade
vencida de produtos”
Keila Prates, Superintendente da ASSERJ
I Por Mariana Pupo I
51
A causa mais comum são as quebras operacionais, com
45% de representatividade. Logo após aparecem erros
no inventário com 16% e, depois, furtos externos com
11%. Erros administrativos e furtos internos correspon-
dem a 7% cada. Dentro das quebras operacionais, de-
terioração e perecibilidade representam 29% e validade
vencida, 25%. Produto danificado por funcionários che-
ga a 7%, assim como armazenamento inadequado.
Este número representa um aumento no percentual de
perdas, após duas quedas consecutivas em 2017 e 2016.
Desde que começou a ser mapeado, em 2015, o setor
supermercadista registrou 2,26% no mesmo ano, 1,97%
em 2016 e 1,94% em 2017.
Para Keila Prates, superintendente da ASSERJ e diretora
do Conselho da Abrappe, o crescimento das perdas em
supermercados aconteceu por conta de um aumento de
estoque. “Os supermercadistas investiram em estoque es-
perando uma recuperação da economia, que não aconte-
ceu. Com isso, registramos uma perda considerável com
validade vencida de produtos”, destacou.
Para esta segunda edição, em todo o país, 113 empresas
responderam, 13% a mais que o ano passado. No Rio,
apenas 14 redes participaram. Destas, 50% faturam até
R$ 400 milhões, 43% de R$ 400 milhões a R$ 3 bilhões
e 7% não responderam.
PERFIL DAS REDES
PREVENÇÃO DE PERDAS
45%16% 11% 7% 7% 6% 4%
Fraudes de Terceiros
InternosFurto
InternoFurto
Externo
Erros de
InventárioQuebras
OperacionaisErros
Administrativos
Fraudes de Terceiros
ExternoOutros
Cadastro de
Produtos Total
3% 2% 100%
Segundo Keila, os associados da ASSERJ ainda não
acompanham as perdas de forma detalhada como o le-
vantamento exige. “O nosso Estado representa apenas
11% dos respondentes.”
Para Carlos Eduardo dos Santos, presidente da Abrappe,
a baixa participação do Estado se deve, principalmente,
à baixa maturidade em boas práticas das redes de su-
permercados. “Sentimos falta de alguns mercados que já
atingiram o patamar ideal de boas práticas. O trabalho da
ASSERJ ajuda a estimular as empresas a se desenvolve-
rem e a participarem ativamente da pesquisa”, ressalta.
52
Em um mercado cada vez mais competitivo, a
redução das perdas e desperdícios é uma das
melhores formas do varejista garantir o aumen-
to da lucratividade do seu negócio. O inventário
é uma das etapas mais importantes na preven-
ção. Com ele, todos os produtos são quantifica-
dos e, além de ajudar a inibir comportamentos
inadequados e detectar as perdas não identifi-
cáveis, é uma ferramenta crucial para o planeja-
mento de compras. Sabendo exatamente o que e
quanto há no estoque, as encomendas passam a
ser realizadas na medida certa e no tempo exa-
to, reduzindo compras além do necessário.
Veja os indicadores na página ao lado
IMPORTÂNCIA DOS INVENTÁRIOS
As lojas foram os lugares onde mais ocorreram as
perdas operacionais. Foram 95,61% contra 4,39% das
perdas nos Centros de Distribuição. Os setores que
CAUSAS INTERNAS
Em contrapartida às perdas, o setor registrou, também,
um aumento de colaboradores dedicados à área de pre-
venção de perdas nos supermercados. Em 2017 eram
1,54 por loja. Já, em 2018, chegaram a 6,39 funcioná-
rios. Cada colaborador fica responsável por 372, 52 km²,
13,85 km² a menos que no ano passado.
“Este crescimento mostra a atenção que as redes estão
dando para a área de prevenção de perdas. Nos anos an-
teriores, notamos muitos profissionais de outros setores
atuando na função. Agora, as empresas estão criando
uma equipe própria e exclusiva, tamanha a importância
estratégica para os negócios das empresas”, destaca Keila.
O setor supermercadista possui 14 milhões de colabora-
dores, em todo Brasil, distribuídos em 5,29 milhões de
m² e 24 milhões de PDVs.
INVESTIMENTO EM PREVENÇÃO DE PERDAS
5,32% 4,19% 3,27% 3,20% 3,17% 1,81% 1,55% 1,39% 1,29% 1,28% 1,03%
FLV
Padaria e
Confeitaria
Peixaria (peixes,
resfriados e
congelados)
Demais perecíveis
(não mencio-
nados nas seções de perecíveis anteriores)
Carnes (bovinas, suínas,
resfriadas e congeladas)
Congelados (comidas prontas
congeladas, pizzas
congeladas, hambúr-
gueres congelados)
Higiene e Perfuraria
Bazar
Pet
Mercearia Seca
Limpeza Geral
PREVENÇÃO DE PERDAS
mais registram perdas foram FLV (5,32%) e padaria
e confeitaria (4,19%), seguidos da peixaria (3,27%) e
demais perecíveis com (3,0%).
53
Para Keila, o primeiro passo para combater as perdas é
a identificação. Depois que identificar, a equipe precisa
criar indicadores e criar um plano de ação. Mensalmen-
te, a rede precisa monitorar se as ações propostas estão
sendo efetivas.
No Rio de Janeiro, a ASSERJ promove, todo mês, o Con-
selho de Prevenção de Perdas, onde reúne as redes as-
sociadas para analisar os dados internos, fazendo um
comparativo entre as redes e promovendo a troca de
informações. “Buscamos entender o nosso cenário para
incentivar, ano a ano, a participação das nossas empre-
sas na pesquisa e conseguirmos produzir um recorte do
Estado”, reforça Keila.
INDICADORESFAZEM INVENTÁRIOS TOTAIS NAS LOJAS
INVENTÁRIOS ROTATIVOS*
INVENTÁRIOS ROTATIVOS
NOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
COMO EVITAR?
DAS EMPRESAS PARTICIPANTES DA PESQUISA, 45% AFIRMARAM REPORTAR O INVENTÁRIO À PRESIDÊNCIA.
45%
19%
5%
17%
7%7%
Presidência
Diretor Administrativo
Diretor Comercial
Diretor de Operações
Diretor Financeiro
Gerência de Outra Área
PREVENÇÃO DE PERDAS
ALÉM DISSO
ALÉM DISSO
*Destes, 90% fazem com a equipe própria, e 10% mista.
Fazem com a equipe interna61%Contratam uma equipe terceirizada29%Mista (colaboradores próprios e terceirizados)11%
Fazem com a equipe interna88%9% Mista (colaboradores próprios
e terceirizados)
Terceirizada3%
Trimestralmente31%Semestralmente31%
Mensalmente5%Bimestralmente5%
Anualmente28%
Trimestralmente32%Semestralmente29%Mensalmente10%
Bimestralmente3%Anualmente26%
Diariamente46%Semanalmente21%
Quinzenalmente5%Semestralmente5%Bimestralmente3%
Mensalmente21%
Quinzenalmente
Semestralmente
Trimestralmente
3%3%3%
Diariamente45%Não fazem18%
Semanalmente12%Mensalmente15%
54
BASTIDORES DO VAREJO
Em agosto, o presidente da Associação de
Supermercados do Estado do Rio de Janei-
ro (ASSERJ), Fábio Queiróz, participou da
cerimônia de assinatura do Decreto que re-
gulamenta o Serviço de Inspeção Municipal
de Produtos de Origem Animal do Rio de
Janeiro (SIM-RIO/POA). O evento, realiza-
do no Palácio da Cidade, sede da prefeitura
do Rio, reuniu representantes e produtores
de vários setores. “Hoje é um dia muito es-
pecial para o setor supermercadista e o co-
mércio como um todo. Agradeço aos asso-
ciados e técnicos que trabalham junto com
a ASSERJ para o crescimento e desenvol-
vimento econômico do município e Estado.
Esse é um legado que deixamos para o Rio
de Janeiro. O início de uma nova era em
parceria com os órgãos de fiscalização que
são cada vez mais importantes para garan-
tir a defesa do consumidor, mas também o
desenvolvimento da economia. Todos ga-
nham, principalmente o cliente, que terá
mais opções de compra. O decreto muda a
operacionalização dos supermercados”, dis-
se o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz.
VITÓRIA PARA O SETOR: DECRETO ‘SIM’ BENEFICIA SUPERMERCADISTAS E CONSUMIDORES
O SIM é um programa inovador na cidade que vai permitir maior
controle e melhor fiscalização de produtos de origem animal e vege-
tal, aumentando a segurança para a saúde do consumidor. A inicia-
tiva, regulamentada por decreto, institui a inspeção agropecuária no
município, com a criação do Registro de Estabelecimento de Produ-
ção Agropecuária (Repa).
55
SUA LOJA
CINCO IDEIAS PARA ACELERAR O CRESCIMENTO DO SEU SUPERMERCADO
A tecnologia está cada vez mais presente no va-
rejo brasileiro. Gradativamente, aumentam os
pontos de vendas high-tec e conectados. Com a
modernização e o uso de aplicativos e ferramentas digi-
tais, o consumidor melhora sua experiência de compra
e consegue redução dos preços com a otimização dos
custos operacionais. Por outro lado, os supermercados,
economizando com estes custos, conseguem investir,
por exemplo, em novas lojas e na ampliação de sua rede.
56
I Por Mariana Pupo I
57
SUA LOJA
No fim de 2018, a rede de supermercados Carrefour come-
çou a testar no Brasil o serviço Scan & Go, que permite que
usuários paguem as compras na loja física direto no app,
economizando o tempo das filas no caixa. O uso é simples:
o consumidor escaneia cada item colocado no carrinho e,
assim que pegar tudo o que precisa, é só utilizar o app para
fechar a compra, fazer o pagamento no cartão de crédito
e apresentar o comprovante na saída do mercado. O app
tem como principal objetivo otimizar o tempo gasto pe-
los clientes, proporcionando uma experiência melhor. A
empresa prevê que o uso do aplicativo deverá reduzir em
mais da metade o tempo gasto por seus clientes em com-
pras, principalmente entre aqueles que vão ao mercado
fazer compras pequenas. Saiba mais na página 78, em re-
portagem sobre Categorias e Tendências.
Inspirada no supermercado tailandês Rimping (mercado
da cidade de Chiangmai, na Tailândia), a Casa Santa Luiza,
em São Paulo, está usando folhas de bananeira para emba-
lar frutas, verduras e legumes. O estabelecimento buscou
um fornecedor para saber se a ideia seria viável, e após
receber uma amostra, rapidamente encomendou novas
folhas e passou a usá-las para embrulhar o produto. “Este
fornecedor foi muito receptivo com a ideia e prontamente
nos enviou uma amostra e, na mesma semana, efetuamos
a primeira compra”, disse a diretora da Casa Santa Luzia,
Ana Maria, ao site CicloVivo. O resultado só recebeu elo-
gios. “De imediato tivemos a aceitação do consumidor tor-
nando possível manter o produto em linha.” Por enquanto,
o supermercado brasileiro está usando o material para
embalar verduras, como alfaces, espinafre, escarola e um
trio de folhas (com alface crespa e roxa e rúcula), mas a
ideia é que a iniciativa se estenda para os demais produtos.
DIMINUA AS FILAS
EMBALAGENS SUSTENTÁVEIS PARA FLV
CONFIRA ALGUMAS FERRAMENTAS QUE VÃO TRANSFORMAR A EXPERIÊNCIA DE COMPRA DO SEU CONSUMIDOR E PODEM OTIMIZAR A OPERAÇÃO DA SUA LOJA.
58
SUA LOJA
Saiba mais: www.lojacobrirel.com.br
Com a nova lei das sacolas plásticas, as empresas estão
buscando alternativas para transformar a ida ao mer-
cado, tornando-a mais sustentável e prática. A Cobrirel,
por exemplo, criou um carrinho de compras dobrável,
feito com material reciclado e que ocupa pouco espaço
na hora de armazenar compras. Ele vem com três orga-
nizadores, também dobráveis, perfeitos para separar os
diferentes produtos e alimentos.
As bandejas que acomodam cada organizador são desli-
zantes, facilitando a colocação das compras, ou seja, o con-
sumidor nem precisa utilizar o carrinho do supermercado.
A PARTIR DE R$232,28
ALTERNATIVA ÀS SACOLAS PLÁSTICAS
Desde abril, o Walmart permite, nos Estados Unidos, que
os clientes façam compras por comando de voz por meio
do assistente virtual doméstico do Google. Os clientes da
rede podem adicionar itens diretamente aos carrinhos de
compras on-line dizendo “Hey Google, talk to Walmart
(Olá, Google, fale com o Walmart)”. A ideia é que, ao invés
de ir anotando na lista de papel os produtos que devem
ser comprados no supermercado, os usuários possam
utilizar comandos de voz pelo Google Assistente para
adicioná-los na lista virtual. Depois, eles podem utilizar
a lista para comprar on-line ou para usar o serviço de
“pick-up”. Nesse serviço, as compras são realizadas por
funcionários do próprio Walmart e apenas retiradas no
estacionamento pelos clientes. A ferramenta é chamada
de “Walmart Voice Order” e está disponível em todos os
dispositivos que aceitam o Google Assistente.
COMPRE COM UM ASSISTENTE DE VOZ
59
SUA LOJA
Para contratar: www.shelfpix.com.br
A comunicação entre a loja e o CDs sempre foi um desa-
fio até mesmo para especialistas. A tecnologia se mostra
uma ferramenta importante e, principalmente, útil para
mudar este cenário.
A Shelfpix é uma ferramenta de medição automática
de execução em gôndola por reconhecimento digital
de imagens. Por meio de um smartphone simples com
o app instalado, a equipe captura fotos ou vídeos das
gôndolas. Em uma única imagem, é possível reconhe-
cer, simultaneamente, dezenas de produtos expostos de
diferentes marcas. A ferramenta transfere as imagens
para os servidores e, na sequência, todos os dados são
processados por um algoritmo de inteligência artificial.
O sistema identifica características de cada produto e
os principais indicadores para tomada de decisões pas-
sam a ser analisados. Entre eles, espaço em gôndola;
presença ou ruptura de itens; sortimento; preço; posi-
cionamento da prateleira e aderência ao planograma. A
ferramenta também permite avaliar aspectos como pla-
nograma tático (numérico), planograma estratégico (vi-
sual), sortimento e auditoria de contratos de exposição.
AVALIE SUAS GÔNDOLAS E MEÇA SEUS INDICADORES
Redução de Custos
Com menos mão de obra será
possível aumentar exponencial-
mente o número de PDVs visita-
dos por dia;
Informação à mão e agilidade
nas tomadas de decisão
Conversão do trabalho manual ex-
terno em algo dinâmico e correto;
Desenvolvimento de relatórios
de Performance e Estratégia.
Cruzamento dos dados realtime
com outros sistemas integrados.
BENEFÍCIOS
1 2 3 4 5 6
Captura da imagem
da Gôndola
(Foto/Vídeo)
Transferência para
o servidor
Processamento
do algoritimo
Comparação com
padrões definidos
pela empresa
Relatórios gerenciais Disponibilização de
base de dados para
tratamento especial.
MARKETING & CIA I Por Maria Gabriela Monteiro I
DADOS PROTEGIDOS
A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
– foi sancionada no início de julho e a Revista Su-
per Negócios listou as principais mudanças para
você preparar a sua empresa.
A situação se repete em diversos estabelecimentos: o clien-
te leva o produto até o caixa, faz a compra e deixa uma certa
quantidade de dados importantes, como RG, CPF, e-mail e
número do celular. Para o negócio, esses – e outros dados –
são ouro: eles permitem que a empresa conheça melhor o
seu cliente e ofereça uma experiência personalizada, com o
envio de promoções assertivas, informações importantes e
a manutenção do contato com o cliente.
Saiba o que vai mudar para o varejo com a nova lei
60
MARKETING & CIA
61
62
MARKETING & CIA
Mas, com a nova Lei Geral de Proteção de Dados Pes-
soais, muitas coisas vão mudar: o motivo é que a Lei
13.853, sancionada em 09/07/2019 pelo Presidente da
República, Jair Bolsonaro, regula a coleta e utilização
de dados pessoais do consumidor. De forma geral, de
acordo com a Dra. Ana Paula Rosa, sócia-fundadora do
Escritório Rosa & Salomão Sociedade de Advogados e
Superintende Jurídica e Coordenadora do Conselho Ju-
rídico da ASSERJ, o objetivo da lei é:
Com a nova lei em vigor, as organizações terão até 2020
para ajustar seus sistemas e processos. Saiba como se
adequar às novas regras:
Nomeie um encarregado e defina uma equipe es-
pecializada na gestão e controle dos dados: esse
time ficará responsável por realizar um mapea-
mento de todas as atividades de cada área da em-
presa e de que forma esses setores da organização
coletam e tratam dados pessoais, tanto internos –
de colaboradores, fornecedores, ex-funcionários
– quanto externos, de clientes e consumidores;
Revise as políticas de segurança de dados: você
conhece todas as ameaças que podem invadir o
seu sistema de dados? Esse é o grande foco dessa
nova lei e qualquer “furo” em relação a essa prote-
ção pode resultar em multas e penalidades;
Revise os contratos: contratos estão cheios de
informações pessoais! Por isso, para consolidar a
nova Lei dentro de sua empresa, será importante
revisar os contratos utilizados. De acordo com as
novas regras, os termos devem deixar claro as fina-
lidades dos dados pessoais que estão sendo coleta-
dos, a duração em que serão tratados pela empresa,
uso compartilhado, identificação do controlador
e a atuação dos agentes de tratamento (por isso a
dica 1 é tão importante: um agente de tratamento
responderá pela coleta dos dados da organização);
“Regular a coleta e a utilização de dados pes-
soais, inclusive nos meios digitais, por pes-
soa natural ou por pessoa jurídica de direito
público ou privado, com o objetivo de prote-
ger os direitos fundamentais de liberdade e
de privacidade e o livre desenvolvimento da
personalidade da pessoa natural, garantin-
do o respeito à privacidade, autodetermina-
ção informativa, liberdade de expressão, de
informação, de comunicação e de opinião,
inviolabilidade da intimidade, da honra e
da imagem, desenvolvimento econômico e
tecnológico e inovação, livre iniciativa, livre
concorrência e defesa do consumidor; e os
direitos humanos, o livre desenvolvimento
da personalidade, a dignidade e o exercício
da cidadania pelas pessoas naturais”.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MUDANÇAS PARA O VAREJO?
1
2
3
63
MARKETING & CIA
Com consentimento sempre: as organizações pú-
blicas e privadas só poderão coletar dados pesso-
ais se tiverem o consentimento do titular. Ou seja,
a empresa deve solicitar a autorização do cliente
de maneira clara para que ele saiba os dados que
serão coletados e para quais fins serão utilizados.
Se houver mudança de finalidade ou repasse de
dados a terceiros, um novo consentimento deverá
ser solicitado. O usuário poderá, sempre que dese-
jar, revogar a sua autorização, assim como pedir
acesso, exclusão, portabilidade, complementação
ou correção dos dados.
Importante: Quando houver envolvimento de menores
de idade, os dados somente poderão ser tratados com o
consentimento dos pais ou responsáveis legais.
De acordo com a Dra. Ana Paula Rosa, a
Lei prevê sanções para quem não cumprir
as regras, que incluem advertência e mul-
tas que podem variar desde 2% do fatura-
mento do ano anterior até R$ 50 milhões,
passando por penalidades diárias. A novi-
dade ficou por conta do veto das sanções
punitivas com possibilidade de suspensão
parcial ou até mesmo a proibição total das
atividades relacionadas ao tratamento dos
dados, conforme previsão anteriormente
contida na Lei 13.709/18.
DICAS PRÁTICAS PARA IMPLEMENTAR NO SEU SUPERMERCADO:
ATENÇÃO! E QUAIS SÃO AS PUNIÇÕES PARA QUEM NÃO CUMPRIR COM AS DIRETRIZES DA NOVA LEI?
O advogado Dr. André Machado listou algumas dicas
práticas para os supermercadistas:
Um bom começo para os supermercados é subme-
ter os processos atuais à análise de parceiros jurí-
dicos e de TI, a fim de identificar os pontos mais
críticos a serem enfrentados;
É sempre bom ressaltar que o poder do indivíduo
sobre o uso dos seus dados pessoais aumentará e,
por isso, o cliente exigirá cada vez mais contrapar-
tidas para alimentar o banco de dados das empre-
sas. Por isso, uma dica é se valer da concessão de
benefícios como estímulo para que o consumidor
se cadastre e forneça seus dados a cada consumo.
Exemplos: Oferecer condições especiais de paga-
mento para o cliente que realizar o cadastro na
hora da compra ou experiências diferentes e rele-
vantes para os cadastrados.
1
2
4 “Outro ponto de atenção é o uso de imagens
coletadas nos corredores dos supermerca-
dos: se essas forem utilizadas para deter-
minar e avaliar padrões de consumo, elas
também dependerão de informação e con-
sentimento. Do contrário, seu uso e trata-
mento deverá ser restrito para fins de segu-
rança ou deverão ser mantidos anônimos”,
Dr. André Machado.
64
I Por Juliana Costa I
ASSERJ REALIZA PREMIAÇÃO INÉDITA DE VALORIZAÇÃO PARA SEUS ASSOCIADOS
Em 2019 a ASSERJ vai reconhecer as redes associa-
das mais participativas e engajadas com os bene-
fícios e serviços que a associação oferece, a fim de
proporcionar destaque e prestígio para seus associados.
Durante a reunião do Conselho Diretor da ASSERJ (ju-
nho), a associação realizou uma premiação inédita. “O in-
tuito é estimular e reconhecer os supermercadistas pelo
seu engajamento com o que oferecemos, reforçando o as-
sociativismo participativo, um dos pilares de nossa gestão”,
explica Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.
Na ocasião, a rede SuperPrix recebeu o selo OURO,
como associado mais participativo no primeiro semestre
de 2019. “Ficamos muito orgulhosos e honrados com o
prêmio, que é fruto do reconhecimento de nosso traba-
lho junto a ASSERJ. Acreditamos na força desta parce-
ria, para juntos encontrarmos soluções e melhorias para
o setor, que beneficiem tanto os supermercados quanto
“Ficamos muito orgulhosos e honrados
com o prêmio, que é fruto do reconhecimento de nosso trabalho junto a
ASSERJ. Acreditamos na força desta parceria, para
juntos encontrarmos soluções e melhorias
para o setor” Viviane Areal – Diretora do SuperPrix
INOVAÇÃO ASSERJ
65
CONHEÇA AS CATEGORIAS DA PREMIAÇÃO
os interesses da população e da nossa cidade”, celebra
Viviane Areal, diretora do SuperPrix (Rede Unno).
A premiação contabilizou as interações de cada associado
com os diferentes produtos e soluções que utilizaram no pe-
ríodo de janeiro a junho de 2019. Cada serviço ou produto
representa um ponto. O SuperPrix usufruiu dos benefícios
oferecidos, com isso conquistou o reconhecimento OURO.
Pérola: Usando 1 serviço da ASSERJ, o asso-
ciado ganha 1 ponto, que equivale a 7% dos
serviços oferecidos
Bronze: Usando 2 serviços da ASSERJ, o asso-
ciado ganha 2 pontos equivalentes a 14% dos
serviços oferecidos
Prata: Usando 5 serviços da ASSERJ, o asso-
ciado ganha 5 pontos equivalentes a 36% dos
serviços oferecidos
Ouro: Usando 10 serviços da ASSERJ, o asso-
ciado ganha 10 pontos equivalentes a 71% dos
serviços oferecidos - SuperPrix
Diamante: Usando 14 serviços da ASSERJ,
o associado ganha 14 pontos equivalentes a
100% dos serviços oferecidos
*Cerca de 400 associados ASSERJ concorrem à premiação.
“O trabalho da ASSERJ é muito importante para o setor
supermercadista do Rio de Janeiro, pois representa e
fortalece os interesses do setor, estimula a interação e uma
melhor comunicação entre os supermercadistas”
Viviane Areal – Diretora do SuperPrix
CONSELHOS ASSERJ
SERVIÇOS OFERECIDOS
DIRETOR
ALIMENTO SEGURO
JURÍDICO
PREVENÇÃO DE PERDAS
RH
COMUNICAÇÃO E MARKETING
2
1
14
5
10
“A novidade causou frisson entre os associados que es-
tiveram no Conselho Diretor, e para o próximo semes-
tre teremos novidades no ranking. Queremos, cada vez
mais, que vejam a ASSERJ sendo mais do que uma as-
sociação, tudo o que desenvolvemos estrategicamente
tem por objetivo qualificar o setor, elevar a excelência
dos serviços oferecidos para os clientes. A ASSERJ une,
representa e está a serviço de cada associado, seja ele
de pequeno, médio ou grande porte”, diz Fábio Queiróz.
A diretora do SuperPrix ressalta a importância da atua-
ção da ASSERJ, que em 2019 completa 50 anos de funda-
ção. “O trabalho da ASSERJ é muito importante para o se-
tor supermercadista do Rio de Janeiro, pois representa e
fortalece os interesses do segmento, estimula a interação
e uma melhor comunicação entre os supermercadistas,
promove ações que melhoram ainda mais o atendimen-
to à população, além de oferecer sempre aos associados
aperfeiçoamento através de palestras e consultorias, e de
outras atividades fundamentais para o nosso setor, que
beneficiam toda a sociedade”, finaliza Viviane.
INOVAÇÃO ASSERJ
66
ESCOLA ASSERJ
A Escola ASSERJ é atualmente uma das melhores
oportunidades de assegurar o alto nível de qualidade
e responsabilidade corporativa para profissionais de
diversas áreas do mercado. Além da possibilidade de
flexibilidade da grade, a Escola ASSERJ conta com faci-
litadores pós-graduados e especializados em assuntos
corporativos e disponibiliza aulas In Company ou de
forma presencial. Também oferece serviços de consul-
toria para todas as áreas de autosserviços.
CURSO DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Capacita profissionais para trabalharem em qualquer
área do ramo de alimentos. Esse treinamento é obri-
gatório pela resolução RDV 216 da Anvisa. Os alunos
aprendem os cuidados higiênicos e sanitários com os
alimentos para garantir a saúde do consumidor.
SAA – SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO ASSOCIADOAssociados podem fazer solicitações e tirar suas dúvidas
sobre diversos assuntos - Jurídico, Segurança do Alimento,
Prevenção de Perdas, RH, Comunicação, Financeiro, Con-
vênios, Escola ASSERJ, Feiras e Eventos - através do e-mail:
saa@asserj.com.br . As solicitações são analisadas e respon-
didas com respaldo e parecer técnicos em até 5 dias úteis!
SRE Trade Show, Conecta e outros
A ASSERJ tem sido protagonista em importantes con-
quistas para a sociedade, e fornece todo o subsídio para
seus associados se comunicarem com seus clientes e
público interno. Criação de campanhas publicitárias,
comunicados, webinar, assessoria de imprensa, entre
outros serviços estão inclusos em projetos especiais
Os maiores eventos do país que ditam tendências para o
setor, geram negócios e relacionamento são produzidos
pela ASSERJ anualmente. Os associados possuem bene-
fícios exclusivos, como inscrições antecipadas, creden-
ciamento único, espaço VIP, entre outros.
Novas Sacolas e Vacinação contra a gripe
VISITA DE ORIENTAÇÃO
A ASSERJ disponibiliza gratuitamente aos associados,
no seu estabelecimento, uma nutricionista para realizar
a Visita de Orientação – Às Normas de Segurança Ali-
mentar. O intuito é prevenir e orientar os associados em
autuações e multas dos órgãos fiscalizadores – Vigilân-
cia Sanitária, Procon e Ministério da Agricultura.
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
CAMPANHAS ESPECIAIS
PROJETO EXPRESSINHO PROCON
Área do setor de conciliação na sede da autarquia
(Centro RJ) que reúne diversos representantes de
empresas e organizações para procurar resolver, no
momento da reclamação, as queixas a elas associadas.
O projeto foi criado atendendo às necessidades dos
supermercadistas em uma prevenção de litígios, evi-
tando-se também a constituição de multas adminis-
trativas pelo Órgão, que muitas vezes poderiam ser
evitadas agindo-se quando o consumidor se apresen-
ta para formalizar uma reclamação.
AINDA NÃO FAZ PARTE DA ASSERJ?ENTRE EM CONTATO CONOSCO!(21) 2584-6339 E-mail: asserj@asserj.com.br
INOVAÇÃO ASSERJ
REVISTA SUPER NEGÓCIOS
Com publicação bimestral, a revista traz conteúdo e edi-
torias voltadas para o setor varejista em geral. A Super
Negócios apresenta notícias do setor, entrevistas com
líderes renomados e tendências sobre negócios e em-
presas. É a revista com mais anunciantes do mercado!
67
68
A IMPORTÂNCIA DE SE TER EMPREENDEDORES INTERNOS
Muito se fala em empreendedorismo nos dias
atuais e cada vez mais vemos pessoas largando
seus empregos para abrirem um negócio pró-
prio. No entanto, o conceito de empreendedorismo não
está associado somente ao fato de se abrir um negócio.
Empreender é transformar so-nhos e ideias em algo que gere valor, que resolva problemas e atenda a necessidades de pesso-as e empresas. O empreendedor, portanto, é todo aquele que re-aliza algo produtivo, sendo um indivíduo proativo e criativo que utiliza suas competências para gerar soluções para proble-mas que ele percebe.
COLUNAS
69
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS VOLTADO PARA O EMPREENDEDORISMO INTERNOEmpresas buscam cada vez mais desenvolver o es-
pírito empreendedor em seus colaboradores e dão
aos indivíduos com este perfil grandes oportunida-
des de crescimento profissional.
Vemos diversas histórias de sucesso de pessoas
que iniciaram suas vidas na base da empresa e
que alcançaram o topo das organizações por con-
ta de seus perfis empreendedores.
Porém, teríamos muito mais histórias para contar
se houvesse um investimento consistente em de-
senvolvimento de pessoas voltado para o empre-
endedorismo interno. Treinamentos só produzem
perfis empreendedores se trabalharem as compe-
tências comportamentais que motivam o indiví-
duo a buscar a concretização de suas ideias.
Este efeito não é fácil de ser produzido, uma vez que
a primeira coisa que a empresa deve procurar fazer
é estimular o colaborador a pensar e agir como se ele
fosse o dono do próprio negócio. E isto só fará sentido
se a empresa oferecer chances reais de crescimento
de carreira e de melhoria de qualidade de vida.
As pessoas não são motivadas apenas pelo dinheiro, mas
acima de tudo pelos objetivos que podem conquistar. É
uma relação de troca: realização pessoal versus compro-
metimento com os objetivos e metas da empresa.
EXPERIÊNCIA PRÓPRIANo começo de minha carreira passei em um processo de se-
leção para “management trainees” (estagiários em gerência)
do Citibank. O objetivo era formar gerentes em dois anos e
o banco investiu fortemente em treinamentos técnicos e em
um programa de mentoria no qual um executivo do banco
assumia o apadrinhamento do trainee. O mentor dava su-
porte em todas as questões comportamentais que os trainees
precisavam para orientar a sua carreira no banco.
William, um dos trainees, decidiu usar sua enorme criativi-
dade para sugerir um novo produto no programa de “Boas
Ideias”, no qual a ideia que era aceita pelo comitê de inovação
dava ao criador do novo produto um percentual da sua re-
ceita durante um ano.
Este jovem idealizou um novo investimento para o mercado
financeiro, o qual mais tarde viria a ser adotado pelo Banco
Central do Brasil e todas as demais instituições financeiras!
Não preciso dizer quanto dinheiro William ganhou (não foi
pouco) e em menos de 5 anos ele chegou ao cargo de “vice-pre-
sident” (diretor) do banco.
A pergunta é: quantos Williams potencialmente temos no
mercado e que se perdem por falta de incentivo ao empre-
endedorismo interno nas empresas?
PARA REFLETIRÉ hora de refletir como a sua empresa encara o empreende-
dorismo e a inovação, o que ela faz para descobrir estes talen-
tos e ajudá-los a se tornarem Williams da vida. Muitos deles
permanecem no ostracismo por falta de apoio. Certamente,
sem investimentos e dedicação de esforços para estimulá-los
nada acontecerá. Portanto, pensem em criar áreas dedicadas
ao empreendedorismo interno e à inovação, pois isto não será
mais um custo e sim um investimento com grande retorno.
MARCOS RABSTEIN
É Engenheiro de Sistemas (PUC-RJ 1981), Pós-Graduado em Marketing (UGF-RJ 2001). Acumula 16 anos de experiência
em TI e atua em Planejamento e Gestão Empresarial, com foco em Marketing e Recursos Humanos desde 1998, tendo
ocupado cargos executivos no Citibank, no Bozano Simonsen, na Tintas International e na Confederação Nacional
da Indústria (CNI). Coautor de 4 livros: “Ser mais com palestrantes campeões”, “Manual das Múltiplas Inteligências”,
“Consultoria Empresarial – os melhores consultores do Brasil apresentam casos práticos e seus benefícios após
trabalhos profissionais notáveis” e “Estratégias empresariais para micro e pequenas empresas”.
70
ASSERJ SUSTENTÁVEL I Por Erika Torres I
NOVAS SACOLAS, NOVOS HÁBITOS!
Ações repetidas com frequência, conscientemen-
te ou não, como comer um doce após o almoço
ou a forma como tomamos banho, são hábitos
aprendidos. Sejam bons ou ruins, são mantidos de for-
ma automática, sem pensarmos muito. Mas, sem esses
comportamentos seria impossível viver, pois são eles
que facilitam nosso dia a dia e deixam espaço para que
possamos aprender coisas novas.
ASSERJ lança o movimento
Desplastifique Já em
momento histórico para
o Rio de Janeiro
DESPLASTIFIQUE JÁ
Peça criada para a campanha
COLETIVA DE IMPRENSA
Realizada em 25/06 no AquaRio lançou com
exclusividade para mais de 20 veículos, entre emissoras
de TV, jornais e sites, o movimento Desplastifique Já.
71
ASSERJ SUSTENTÁVEL
Em seu livro The Power of Habit (O poder do hábito), o
jornalista americano Charles Duhigg, repórter do jornal
The New York Times, afirma que existe um jeito simples
e eficiente de mudar hábitos: substituir por outro.
E foi exatamente por entender a necessidade de mu-
dança que a Associação de Supermercados do Estado do
Rio de Janeiro (ASSERJ) lançou em 25 de junho, um dia
antes da implementação da Lei 8006/18, que determina
a proibição da distribuição das sacolas plásticas conven-
cionais, a campanha: Use sacolas retornáveis. Desplas-
tifique Já! Supermercados do Rio e você, juntos pela re-
dução das sacolas plásticas.
“Desde os anos 2000, o mundo já produziu a mesma
quantidade de plástico que em todos os anos anterio-
res somados. O primeiro plástico produzido ainda está
no meio ambiente e, quanto a isso, não há muito o que
fazer. Mas podemos mudar daqui para a frente. Mu-
dar nosso comportamento para consumir o mínimo de
plástico possível. E se precisamos de um novo compor-
tamento, talvez a gente precise usar novas palavras e
práticas”, afirma Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.
O movimento Desplastifique Já foi desenvolvido com o
objetivo de fazer os consumidores repensarem sobre o
uso indiscriminado das sacolas, orientar sobre o impac-
to do produto no meio ambiente, buscando a mudança
de hábitos para um consumo mais consciente e incen-
tivando o uso de sacolas retornáveis. A campanha foi
veiculada em TV aberta, com comerciais de 30, 15 e 10
segundos, nas rádios do Estado, mobiliário urbano em
estações de metrô, busdoor (em parceria com a Itabus),
redes sociais e dentro dos próprios supermercados.
Um time de influenciadores também participou da ação.
Caso da ativista ambiental Fe Cortez (@fecortez), que faz
vlogs, webséries e artigos para o seu site Menos 1 Lixo.
No Instagram (com mais de 50 mil seguidores) ela lançou
o desafio #desplastifiqueja e convidou todos para ficarem
sem sacolas plásticas por 30 dias. Várias influenciadoras
aceitaram, como foi o caso da Ana Paula (@rotina.mae.
casa), que convocou seus seguidores. O desafio foi repli-
cado por várias pessoas, inclusive em Recife.
Outro parceiro da campanha foi o AquaRio Porto Ma-
ravilha, o maior Aquário Marinho da América do Sul,
que garantiu desconto de 60% no ingresso, até o dia 20
de julho, para quem fizesse compras acima de R$ 30 nos
supermercados participantes, sem o uso de sacola plás-
tica. Sabendo que os funcionários da frente de caixa são
muito importantes para a mudança de comportamento
do consumidor, eles também foram beneficiados com o
desconto apenas apresentando o crachá da empresa na
bilheteria. Cerca de 800 pessoas garantiram o desconto
em menos de um mês.
PARCERIA COM O AquaRio E BENEFÍCIO PARA CONSUMIDORES
A campanha foi um sucesso e veio para apoiar a lei que
passou a permitir a cobrança das novas sacolas. Com
isso, foi possível uma redução, em um mês, de quase
40% (39,2%) na distribuição de sacolas plásticas nos su-
permercados associados. O levantamento foi feito pela
ASSERJ junto aos associados que passaram a cobrar o
preço de custo pelas novas sacolas e aderiram ao movi-
mento “Desplastifique Já!”.
72
ASSERJ SUSTENTÁVEL
Estima-se que, por ano, cerca de 4 bilhões de sacolas
plásticas eram distribuídas. Com base nisso, mais de 300
milhões de sacolas plásticas eram entregues por mês no
Rio de Janeiro. Com a aplicação da Lei, esse número caiu
para pouco mais de 200 milhões de sacolas/mês. “Com
a adequação da Lei, a expectativa é que teremos uma
redução de cerca de 3 bilhões de sacolas plásticas ao ano
no Estado”, diz Fábio Queiroz, presidente da ASSERJ.
O Rio de Janeiro é o primeiro Estado do país a banir a
distribuição das sacolas plásticas nos estabelecimentos
comerciais. Em 2011, a cidade de Belo Horizonte imple-
mentou uma lei municipal com a proibição das sacolas
também. A cidade de São Paulo já tinha a lei municipal
nº 15.374/2011, que entrou em vigor em 2015.
A ASSERJ já esperava que o carioca fosse abraçar a cau-
sa, que tem o principal objetivo de proteger o meio am-
biente e futuras gerações. Toda mudança de compor-
tamento é um processo demorado, por isso, a redução
de quase 40%, em apenas um mês, foi considerada um
avanço. “Percebemos que muitos consumidores já che-
garam preparados com suas sacolas retornáveis logo no
primeiro dia da lei, e essa foi uma surpresa muito posi-
tiva. O trabalho de conscientização prévio que foi feito
pelos supermercados associados apoiados pela ASSERJ
foi fundamental nesse sentido”, conta Fábio Queiróz.
As novas sacolas são ofertadas a preço de custo mais
impostos, ficando muitas vezes em torno de R$ 0,07
centavos. A intenção é fazer com que as pessoas as reu-
tilizem. “O importante é que o consumidor não compre
as sacolas, mas sim adote a sua bolsa do supermercado.
Assim como temos a bolsa de viagem, da praia e da aca-
demia, queremos estimular a população a ter também a
sua bolsa do supermercado”, explica Fábio.
ASSERJ JÁ ESPERAVA QUE O CARIOCA FOSSE ABRAÇAR A CAUSA
Os supermercados associados à ASSERJ também apoia-
ram a causa. Caso da Rede SuperPrix que realizou um
workshop de reciclagem de sacolas plásticas para 20
pessoas. Elas aprenderam a reaproveitar os saquinhos
ao invés de jogar no lixo. “Os sacos plásticos represen-
tam um custo que não pode ser mensurado quando
jogados nos rios, bueiros, ou mesmo no mar, matando
peixes, tartarugas. Reforçando a campanha com inicia-
tivas especiais (cursos, palestras) estamos fortalecendo
a corrente de consumidores conscientes”, conta Cynthia
Vale, gerente de Marketing da rede SuperPrix.
O Terê Frutas, outro associado da ASSERJ, teve a ideia
de receber os clientes com um café da manhã e disponi-
bilizou um espaço especial para os clientes tirarem dú-
vidas sobre as mudanças.
DESPLASTIFIQUE JÁ
Peça criada para a campanha
73
ASSERJ SUSTENTÁVEL
Desde 26/06/2019 os supermercados disponibilizam as
novas sacolas, produzidas com mais de 51% de fontes
renováveis, por até o preço de custo, não havendo lucro
para os lojistas. Já a Lei 8.472, publicada no dia 15/7/2019,
os determina que os estabelecimentos comerciais do Es-
tado do Rio de Janeiro deverão reduzir, progressivamen-
te, o número de sacolas plásticas disponibilizadas ao con-
sumidor, sendo: na proporção de 40% no primeiro ano
de vigência da Lei e 10% nos anos subsequentes até o 4º
ano. A norma revoga também a Lei 1.299, de 28 de abril
de 1988, que determinava a entrega de embalagens para
acondicionamento de produtos adquiridos pelos consu-
midores, nas compras acima de 03 kg (três quilos).
O não cumprimento de qualquer das regras impostas
na nova Lei das sacolas plásticas sujeitará ao infrator
as penalidades previstas na Lei de Política Estadual de
Educação Ambiental, bem como na aplicação de multa
pecuniária em valor a ser estimado de 100 a 10.0000
UFIR’S (correspondente para o exercício de 2019: de R$
342,11 a 34.211,00). A Lei ainda estabelece que super-
mercados de pequeno porte (com faturamento de até R$
3,6 milhões/ano) terão até o dia 26 de dezembro para
retirar as sacolas convencionais das lojas.
Ainda, conforme exigência estabelecida na nor-
ma publicada no dia 15/07/2019, nos primeiros
06 (seis) meses do cumprimento da lei, ou seja,
de 26/06/2019 até o dia 26/12/2019, os estabe-
lecimentos supermercadistas, sujeitos a tal obri-
gação, deverão conceder 100% de desconto nas
primeiras 02 (duas) sacolas, cabendo, a partir da
terceira embalagem (as novas sacolas plásticas,
entendidas como reutilizáveis e recicláveis) ser
distribuída mediante a cobrança máxima do
preço de custo, neste incluídos os impostos.
Mas, como toda mudança precisa de tempo e engajamen-
to, separamos algumas dicas sobre como diminuir o uso
de sacolas plásticas no dia a dia.
“O povo brasileiro é muito criativo e está se
conscientizando da necessidade de mudar
algumas práticas habituais que fazem mal.
Acreditamos que daqui a algum tempo o
uso de sacolas plásticas de forma indiscrimi-
nada será considerado algo inadmissível”,
finaliza Fábio Queiróz.
Use sacolas retornáveis;
Opte por marmitas e embalagens de vi-
dro para guardar os mantimentos.
Rejeite copos e talheres descartáveis;
Opte por produtos a granel;
Prefira produtos com poucas embalagens;
Tenha sempre com você um canudo
de alumínio;
ENTENDA A LEI
O QUE MUDA COM A LEI 8.473?
DICAS PARA COLOCAR EM PRÁTICA
SAIBA MAIS NO SITE: ASSERJ.COM.BR/DESPLASTIFIQUEJA
Assista ao Webinar exclusivo da ASSERJ para mais in-
formações em nosso Youtube: TV ASSERJ e tire
todas as suas dúvidas no site www.novassacolas.com.br
74
75
76
77
I Por Juliana Costa I
AS NOVAS LOJAS JÁ ESTÃO ENTRE NÓS
Há poucos meses a rede de supermercados norte-
-americana Walmart mostrou sua visão para o
futuro do varejo. Isso foi feito por meio do lança-
mento de sua primeira loja inteligente.
O “laboratório”, que conta com mais de 30 mil itens, fica em
Levittown, no Estado de Nova York. Para Mike Hanrahan,
CEO do Intelligent Retail Lab (IRL), a tecnologia mu-
dará a forma como o Walmart faz negócios. “Quan-
do você combina dados com os mais de 50 anos de
expertise da nossa empresa, é possível criar experi-
ências realmente poderosas para os nossos clientes”,
afirmou ao site Techcrunch.
Recentemente, em parceria com grupo Carrefour, a
Zaitt inaugurou o primeiro mercado 100% autônomo da
América Latina em São Paulo. “A transformação digital
é um dos nossos pilares e nosso objetivo é tornar a com-
panhia referência em omnicanalidade. A parceria com
a Zaitt tem total sincronia com o que queremos porque
o cliente está no centro da experiência de compra. Por
meio do aplicativo desenvolvido por eles, dotado de um
sistema de pagamento que dispensa a necessidade de
caixas e filas, é o cliente que guia a sua própria jornada
dentro do mercado, adicionando os produtos ao carri-
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
nho virtual e realizando a compra – tudo pelo app”, ex-
plica Paula Cardoso, CEO do Carrefour E-Business.
O Grupo Pão de Açúcar não ficou de fora e anunciou em
meados de junho uma parceria estratégica com a Mi-
crosoft para dar continuidade e acelerar o processo de
transformação digital. Por meio de uma plataforma de
dados centralizada, a parceria visa trabalhar o conceito
de clientes e lojas conectados, com o desenvolvimento e
aplicação de iniciativas digitais que têm o intuito de dar
um passo a mais na relação entre os consumidores e os
ambientes onde realizam suas compras.
“A loja phygital é uma resposta à crescente demanda dos
consumidores por uma experiência de compra mais ágil
e intuitiva, resultado da transformação digital em cur-
so na sociedade e do avanço do e-commerce. A loja usa
tecnologia para oferecer uma experiência inovadora aos
clientes, amparada nos “is” – imediatismo e interativi-
dade. Com o rompimento das barreiras entre o mundo
on-line e off-line, os clientes esperam que suas expe-
riências em loja sejam tão personalizadas e dinâmicas
quanto no ambiente digital e essa é a nossa proposta”,
explica Antonio Salvador, diretor de Transformação Di-
gital e E-commerce do GPA.
78
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
79
80
CONHEÇA OS TRÊS MODELOS DE LOJAS
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
1. MODELO WALMART - INTELLIGENT RETAIL LAB (IRL)www.intelligentretaillab.com
Diferenciais para o consumidor e funcionário:
notifica produtos em falta nas prateleiras,
avisa aos clientes sobre caixas disponíveis,
monitora a quantidade de carrinhos na loja
e até avalia se alimentos in natura estão
estragados – tudo isso com a tecnologia das
câmeras com inteligência artificial.
Diversos tipos de tecnologia:
inteligência artificial e câmeras de rastreio.
Essa tecnologia deverá produzir cerca de
1,6 TERABYTE de dados por segundo.
A loja teve que instalar em seu espaço
seu próprio data center.
O Walmart preparou um espaço de
orientação dentro do IRL. São totens
informativos, criados para ajudar
clientes a entender as funcionalida-
des da nova loja de forma didática.
FIQUE LIGADO!
500 MIL M²
81
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
2. MODELO ZAITT E CARREFOURRua João Cachoeira, 382, Itaim Bibi – São Paulo (SP)
RFID (RADIO FREQUENCY IDENTIFICATION)
Paula Cardoso, CEO do Carrefour E-Business, destaca
que a parceria com a Zaitt é um grande aprendizado
e aponta novas tendências de consumo, facilitando os
clientes em seus diferentes momentos de compra.
Trata-se de um sistema de identificação de produtos
automático por meio de sinais de rádio. Com ele não é
necessário o escaneamento produto por produto – eli-
minando qualquer atrito no processo de compra – sendo
todos eles identificados na última etapa antes da saída
do mercado. Com os produtos em mãos, para sair do
mercado o cliente escolhe, assim como na entrada, en-
tre o reconhecimento facial e a leitura do QR Code para
se abrir a primeira porta. Quando essa porta se fecha,
o cliente fica entre duas portas de vidro, momento no
qual a radiofrequência entra em ação e identifica todos
os itens presentes. Com a leitura finalizada, ele só con-
firma a compra total em uma tela que fica à sua frente e
pronto, a segunda porta é liberada e o valor total é debi-
tado automaticamente do cartão de crédito cadastrado.
Food Service
Snacks
Bebidas
Produtos de limpeza
Higiene pessoal
Orgânicos
Produtos frescos e prontos para consumo.
Câmeras com sensores monitoram
cada ação e reconhecem quem está no
mercado em tempo real.
O cliente está no centro da conversa,
começando pela abertura e fechamen-
to da compra sendo feitas por ele mes-
mo de duas formas após baixar o apli-
cativo do mercado e fazer o cadastro:
pela leitura via aplicativo do reconheci-
mento facial ou do QR Code no totem,
ambos disponíveis ao lado da entrada.
FIQUE LIGADO!
A LOJA É FOCADA EM
82
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
+ INOVAÇÕES DO GRUPO CARREFOUR
COMPETÊNCIA DE DADOS
Apoia na organização dos algoritmos e automatização
da escala que uma operação como o Grupo Carrefour
demanda, permitindo assim uma tomada de decisão
mais rápida. “Um exemplo é a parceria com a Propz, que
nos dá uma capacidade de realizar mais de 1.000 tes-
tes por mês e escalar aqueles que tiverem sucesso. Estes
testes são focados em personalização e reconhecimento
do perfil do cliente”, conta Paula Cardoso, CEO do Car-
refour E-Business.
PAGAMENTOS DIGITAIS
O Scan&GO, com piloto em duas lojas e alto nível de acei-
tação, permite ao cliente, por meio de um app, escanear
o código de barras dos produtos e realizar o pagamento
no próprio app, sem passar pelo checkout. A Carteira
Digital Cartão Carrefour, com aceitação dentro e fora
das lojas Carrefour, já está em soft launch para um grupo
controlado. “Por meio do Banco Carrefour, vamos atu-
ar em uma plataforma abrangente de pagamentos, com
potencial para todas as unidades de negócios da compa-
nhia”, finaliza a CEO do Carrefour E-Business.
CONTEÚDOS E SERVIÇOS
Adquirido em 2018, o CyberCook fornece conteúdos
com receita com aproveitamento de alimentos, análise
nutricional e busca refinada. “Com essa inteligência, por
exemplo, teremos a Receita da Semana, que integra todo
o ecossistema Carrefour, em que atuamos desde o estu-
do do perfil dos clientes que receberão esta comunica-
ção, negociamos com os fornecedores a melhor oferta,
abastemos e preparamos as lojas para comercializar os
itens da receita.”
COMPETÊNCIA DE LAST MILE
A entrega é parte crucial da jornada do cliente. O
E-commerce Alimentar está diversificando cada vez
mais as opções de entrega. Atualmente, 60% delas são
na casa dos clientes, 34% são por meio de entrega rápi-
da e 6% são via drive nas lojas, com o Retire de Carro.
“Além da parceria do Rappi nos ajudar a abrir esse mer-
cado, desenvolvemos nossas capacidades de criar solu-
ções de last mile. Quanto mais avançamos nessa priori-
dade, mais adaptamos nossas operações e sortimento
para atender ao perfil dos clientes de cada região. É uma
troca de informações muito rica e necessária para evo-
lução do nosso ecossistema”, diz Paula Cardoso.
SCAN&GO
Com piloto em duas lojas,
permite ao cliente, por
meio de um app, escanear o
código de barras e realizar o
pagamento no próprio app
83
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
3. MODELO GPA E MICROSOFT
A rede acredita que o futuro do varejo está baseado na
integração entre todos os canais para que o consumidor
tenha reforçado o seu poder de escolha. A loja, que de-
verá ser aberta ao público ainda este ano sob a marca
Minuto Pão de Açúcar, uma das bandeiras de vizinhan-
ça do GPA, receberá sensores capazes de interagir com
as plataformas digitais (aplicativos para celular e e-com-
merce) e com tecnologias embutidas, como lockers, re-
conhecimento facial, self-checkout, entre outras.
11% BUSCAM
informações mais detalhadas sobre produtos.
10% UTILIZAM os aplicativos para agendar a passagem no
caixa, evitando filas.
12% APROVEITAM o momento para resgatar prêmios.
Lockers: o cliente poderá antecipar suas compras
via aplicativo e retirar na loja sem filas ou espera.
Ao chegar à loja, basta se dirigir ao armário e di-
gitar um número de liberação, ambos informados
previamente via app.
Pre-Scanning: colaboradores da loja ficam equipados
com um leitor móvel e abordam clientes para realizar o
pré-escaneamento das compras de forma fácil e rápida
enquanto aguardam a vez na fila. Caso o cliente aceite,
o operador inicia o registro dos itens, retirando e colo-
cando as compras novamente no carrinho. Ao fim da
ação, o operador entrega um QR Code para o cliente e
o direciona para a seção de autoatendimento ou o che-
ckout que estiver com menor demanda no momento,
otimizando o tempo de compra e reduzindo o momen-
to de espera especialmente em horários de pico.
Shop and Go: o cliente pode realizar suas compras nor-
malmente em loja física e solicitar que todos os produ-
tos sejam entregues no domicílio em até quatro horas.
Reconhecimento facial: já fará a leitura de todas as
informações disponibilizadas, como CPF e pergun-
tas normalmente realizadas no momento em que se
inicia o processo de pagamento. Neste caso, o clien-
te, além de identificar seu cadastro, poderá passar
suas compras nestes pontos, espalhados pela loja, e
pagar diretamente pelo cartão ou via aplicativo, eli-
minando a necessidade de passar pelos caixas.
FIQUE LIGADO!
+ DE 9 MILHÕES de pessoas têm acesso aos aplicativos
do grupo.
Aumento de vendas identificadas (aquelas
que o cliente digita o CPF para ter acesso aos
descontos): de 76% para 85% no Pão de Açú-
car e de 47% para 60% no Extra.
77% DOS CLIENTES
do GPA utilizam o aparelho celular enquan-
to estão nas lojas da companhia. Destes,
67% usam os apps Pão de Açúcar Mais e
Clube Extra para checar e ativar as ofertas
personalizadas disponíveis na funcionalida-
de “Meu Desconto”.
“A transformação digital é um dos principais pilares do
GPA, uma vez que o consumidor brasileiro tem utiliza-
do todas as tecnologias ao seu alcance para obter o má-
ximo de vantagem em suas compras. Diante do cenário
cada vez mais tecnológico e multicanal em que nos en-
contramos, a tendência é que a transformação digital
se torne mais frequente e natural. Por isso, nós temos
trabalhado para atender previamente esta demanda
que está se consolidando, ao oferecermos ferramentas
que facilitam e aprimoram ainda mais a experiência de
compra dos nossos clientes”, complementa Salvador.
84
+ INOVAÇÕES DO GPAMODALIDADES DE PAGAMENTOO “Self-checkout” já está em operação em algumas lo-
jas das bandeiras Compre Bem e Pão de Açúcar, em São
Paulo. O modelo permite ao cliente passar suas compras
e realizar o pagamento de forma simples e rápida em
um caixa automático e equipado.
MODALIDADES DE ENTREGA
O e-commerce, tanto no www.paodeacucar.com quanto
no www.clubeextra.com.br, também disponibiliza algu-
mas modalidades que são específicas para as variadas ne-
cessidades e momentos de compra. O cliente pode com-
prar e receber no dia seguinte ou optar pelo Express, que
realiza a entrega em até quatro horas, ou, ainda, comprar
pelo site e retirar na loja de sua preferência.
OFERTAS PERSONALIZADAS
Diante desse universo de dados e diferentes perfis de
consumidores, outra oportunidade capturada foi o in-
cremento das vendas de ofertas personalizadas nas
categorias que antes não tinham tanta participação. O
principal exemplo desse crescimento são os combustí-
veis: a participação de vendas de ofertas personaliza-
das aumentou mais de 30 vezes por conta das ativações
realizadas por meio dos aplicativos. Ainda, padaria, ro-
tisserie, hortifrúti e perfumaria mais do que dobraram
a sua participação. Além dos itens que passaram a ter
mais destaque, o canal e-commerce alimentar também
apresentou um incremento significativo: as compras
originárias das ofertas personalizadas aumentaram em
mais de três vezes. Adicionalmente, a importância da
personalização também começa a se destacar regional-
mente. No Nordeste, por exemplo, a participação dos
aplicativos nas vendas dobrou entre 2017 e 2018.
CATEGORIAS E TENDÊNCIAS
FOODTECHS
Recentemente, o GPA formalizou parceria com foodtechs
– startups que aplicam tecnologia à maneira de pro-
duzir, vender ou servir alimentos – oferecendo condi-
ções especiais para que elas comercializem seus pro-
dutos nas redes varejistas. Hoje, mais de 200 produtos
dessas empresas podem ser encontrados nas gôndolas
do Pão de Açúcar e do Extra, como, por exemplo: foo-
dtechs Juice Lab, que comercializa sucos 100% frutas,
sem conservantes, sem corantes e sem açúcar; Or-
ganique, que produz chás e energéticos orgânicos;
Flow, que trabalha com snacks superfoods veganos e
orgânicos; B.eat, que faz snacks saudáveis e naturais;
Moti-Moti, mochi recheado com sorvete; Helpie, com
congelados sem conservantes, e +Mu, que produz ali-
mento em pó hiperproteico.
85
O Costazul está com mais uma novidade em suas lojas. Agora, além das facilidades do Cartão Costazul,
todos os dias têm ofertas imbatíveis em uma seção. São os Dias Temáticos para todo mundo sair de carrinho cheio.
Confira a programação e aproveite essa oportunidade.
Costazul Supermercados. É bom ter você aqui todos os dias!
86
m clima de felicidade e
descontração, associados,
fornecedores, amigos e
colaboradores comemoraram no
dia 07 de julho de 2019 na Casa de
Festas Ribalta, na Barra da Tijuca,
10 anos de muito sucesso.
Nossa Rede cresce a cada ano
em volume de produtos vendidos,
cresce � sicamente e se diferencia,
graças ao esforço compartilhado
de todos os associados, diretores,
colaboradores e, em especial, aos
parceiros e fornecedores, revelou a
CEO da Rede Angela Amoedo.
Números expressivos consagram
a Rede que pelo 5º ano consecutivo
alcança o 1º lugar entre as redes associativas do Brasil.
A Rede Supermarket conta hoje
com 110 lojas, 115.750m² de área
de venda, 1.490 de check out e
16.180 funcionários diretos, fora os
indiretos, distribuídos em todo Rio
de Janeiro.
De acordo com a Diretoria, “temos
muito o que comemorar, a� nal são
4,6 bilhões de faturamento anual,
com crescimento ano a cada ano”.
Mas não é só isso, neste
momento crucial para empresários,
com a economia do país sob forte
turbulência, a Rede consegue ter
uma forte representatividade no
setor Supermercadista no Estado
do Rio de Janeiro gerando cada vez
mais empregos.
Com um amplo programa de
reformas e expansão, investe na
melhoria e qualidade das lojas
existentes, além de inaugurar novas
lojas de alto padrão.
No aniversário deste ano, a Rede
fará esforços ainda maiores com
seus fornecedores, buscando o
que há de melhor. Serão 52 dias de
super ofertas sendo anunciadas nos
principais veículos de comunicação
do Rio de janeiro, ofertando para
seus clientes o que é de maior
importância: “PREÇO”.
10 ANOS DA REDE 10 ANOS DA REDE
MATERIA 10 ANOS SUPERMARKET - REVISTA SUPER NEGOCIO2.indd 1 19/07/2019 17:23:47
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ACONTECEU I Por Juliana Costa I
ASSERJ PARTICIPA DO CONGRESSO EMPREENDEDORISMO AGRÍCOLA EM ZONAS DE BAIXA DENSIDADE
No mês de julho, a AJAP – Associação dos Jovens
Agricultores de Portugal realizou o congresso
“Empreendedorismo Agrícola em Zonas de Bai-
xa Densidade”, na cidade de Peso da Régua, no Museu
do Douro. A ASSERJ, representada pela Superintenden-
te Keila Prates, participou pela primeira vez do evento,
que tem por objetivo desenvolver uma análise crítica da
evolução dos projetos agrícolas que emergem do espírito
empreendedor dos jovens empresários.
Evento foi organizado pela AJAP - Associação dos Jovens
Agricultores de Portugal.
“Entendemos, AJAP e ASSERJ,
que a nossa função enquanto
associações é fomentar,
intermediar e representar os
interesses dos nossos associados”
Keila Prates – Superintendente da ASSERJ
89
ACONTECEU
Para a AJAP, os Territórios de Baixa Densidade têm de
privilegiar estratégias de desenvolvimento que estimulem
um maior compromisso da economia com o território, que
vise a criação e fixação de emprego, que reforce a atrativi-
dade e competitividade territorial rural, que estimule a va-
lorização econômica dos recursos endógenos, incluindo a
geração e manutenção de bem-estar, a promoção da capa-
cidade de iniciativa e incentivo à criatividade e inovação.
TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE
“O movimento da AJAP é devido a uma baixa na den-
sidade demográfica da região, cuja população está en-
velhecida, e os jovens têm cada vez mais saído para
grandes regiões centrais e possuem pouco interesse em
trabalhos agrícolas”, diz Keila Prates.
Na ocasião, a Superintendente participou da Mesa Re-
donda | Mais Empreendedorismo, Mais Agricultura,
Mais Coesão, com o Professor Doutor Arlindo Cunha, o
Diretor-Geral da Agência de Desenvolvimento do Vale
do Zambeze – Moçambique, Dr. Roberto Mito, o Profes-
sor Doutor Filipe Sampaio Rodrigues e Firmino Cordei-
ro, Diretor-Geral da AJAP.
“Foi motivo de muito orgulho representar o Estado do
Rio, que me acolheu com tanto carinho, e o meu país
na terra que consideramos nossa terra-mãe. Ter nosso
Estado visto como alvo potencial para alavancar os ne-
gócios de Portugal em nosso país é de fato muito gratifi-
cante”, diz Keila Prates.
A Superintendente abriu o painel reforçando a crença
de que, quando pessoas boas se reúnem para a realiza-
ção de um grande propósito, o sucesso da parceria é só
uma questão de tempo. “Entendemos, AJAP e ASSERJ,
que a nossa função enquanto associações é fomentar,
intermediar e representar os interesses dos nossos as-
sociados. No caso das duas entidades são interesses
complementares, em que podemos levar soluções para
nossos associados, e em contrapartida realizar grandes
negócios que vão beneficiar os dois países.”
A herança cultural de Portugal foi um dos destaques do con-
gresso, bem como as oportunidades de negócios que podem
ser gerados e, principalmente, como a Super Rio Expofood,
cuja AJAP é expositora, pode potencializar essa parceria.
“O evento tratou-se de um fórum de caráter internacional,
pelo que fez todo o sentido que a AJAP tivesse a preocupa-
ção de, para além do quadro europeu, convidar dois países
marcantes na nossa história, e com os quais Portugal sem-
pre teve, e mantém, grandes afinidades e ligações econômi-
cas, sociais e culturais. Nesse sentido, a AJAP fez questão
que a ASSERJ marcasse presença, com a qual mantém em
vigor uma parceria, e que embora não sendo diretamente
produtora de bens alimentares, reúne no seu seio os gran-
des mercadistas, supermercados e as suas cadeias de lojas
em todo o Estado do Rio de Janeiro e alguns Estados limítro-
fes”, diz Firmino Cordeiro, Director-Geral da AJAP.
90
IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS
POR ATÉ 5 HORASOS MOSQUITOSOS INSETOS
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92
EU AMO SUPERMERCADO I Por Juliana Costa I
“Acredito que os supermercados têm enorme
potencial para serem plataformas de educação
ambiental”
Fe Cortez estudou moda, administração e marke-
ting. Trabalhou no ramo por mais de dez anos e
chegou a ter sua própria agência de conteúdo, até
um documentário mudar o rumo da sua carreira e todo
seu estilo de vida. O longa “Trashed” fala, entre outras
questões ambientais, sobre a ilha de lixo flutuante for-
mada no oceano Pacífico.
A partir daí, Fe se perguntou como poderia gerar menos
lixo e começou abolindo os copinhos descartáveis da sua
rotina. Em um ano utilizando um copo retrátil de metal,
ela economizou 1618 copos descartáveis. A experiência
foi documentada e divulgada na plataforma de educação
ambiental “Menos 1 Lixo”, criada por ela com o objetivo
de conscientizar as pessoas de que não existe “jogar fora”.
ENTREVISTA COM FE CORTEZ
Fashionista carioca se tornou
uma das ativistas ambientais
mais reconhecidas do Brasil
93
EU AMO SUPERMERCADO
O próximo passo era oferecer alternativas para ge-
rar menos lixo. Inspirada na experiência com os copos
descartáveis e na repercussão do ato, Fe criou o copo
Menos 1 Lixo, em parceria com uma agência de design
sustentável. Feito de silicone livre de componentes
que prejudicam a saúde, o copo reutilizável se tornou
símbolo do movimento e é, principalmente, um agen-
te transformador de comportamento. A partir dele, os
usuários começam a se dar conta de todos os pequenos e
desnecessários lixos que podem evitar, como sacolinhas
plásticas e canudos.
Por falar em canudos, Fe Cortez foi mobilizadora da
campanha #PareDeChupar, contra os canudos plás-
ticos. Artistas e influenciadores aderiram à causa,
que teve mais de 1500 compartilhamentos nas redes
sociais. O resultado? A cidade do Rio de Janeiro foi a
primeira do Brasil a proibir canudos plásticos em esta-
belecimentos comerciais!
Suas ações e seu poder de engajamento chamaram a
atenção de organizações internacionais. Atualmente, Fe
Cortez é Defensora da ONU Meio Ambiente pela campa-
nha Mares Limpos e Conselheira do Greenpeace Brasil.
Seu diferencial é tornar a sustentabilidade um assunto
acessível e interessante. Por meio do seu conteúdo infor-
mativo, Fe consegue gerar identificação e engajar o pú-
blico. O desafio #UmLookPorUmaSemana e a websérie
“Armário Cápsula” são outros exemplos de empreitadas
bem-sucedidas, em que ela ainda articulou o ativismo
ambiental com sua história na indústria da moda.
MOVIMENTO MENOS 1 LIXO
ATIVISMO INTERNACIONAL
“Seu sucesso comercial é uma maneira de provar aos
empresários que apostar em sustentabilidade é um
investimento não só econômico como também rentável”
Além de ativista, influenciadora e produtora de con-
teúdo, Fe se diferencia como uma mulher de negó-
cios. O Menos 1 Lixo teve um crescimento de 75% nas
vendas, no primeiro semestre de 2019. O seu sucesso
comercial é uma maneira de provar aos empresários
que apostar em sustentabilidade é um investimento
não só econômico como também rentável.
Super Negócios: Como é a sua relação com os supermer-
cados na sua cidade?
Fe Cortez: Os supermercados me atendem apenas na
compra dos itens que não são vendidos nas feiras ou a
granel, como vinagre, azeite, vinho e queijo. Eu costu-
mo ir de bicicleta ao supermercado, então faço peque-
nas compras e de itens pontuais que preciso ter em casa.
Dou prioridade para alimentos orgânicos e estes eu
acho com mais facilidade em feiras especializadas ou no
sistema delivery, que recebo sem embalagens de plásti-
co. Também compro muito a granel e é uma opção que
os supermercados ainda não oferecem, infelizmente.
Super Negócios: Gostaria de ver iniciativas sustentá-
veis adotadas por supermercados estrangeiros, ameri-
canos no Brasil?
Fe Cortez: Adoraria que os supermercados brasileiros
fossem como o Rainbow de São Francisco, nos Estados
Unidos. Lá é possível encontrar uma variedade de itens
a granel e eles vendem potes para isso, mas os clientes
também podem ir com seus próprios. Muito interessante!
Outra seção que amo é uma só de chás, que se você não ti-
ver o seu próprio saquinho eles oferecem sacos de papel.
As sacolas são todas verdadeiramente biodegradáveis,
mas eles têm também uma política de menos embalagem.
“Vivemos no mesmo planeta e grande parte do lixo que
produzimos ao longo das nossas vidas continua por
aqui, poluindo mares e rios”, diz Fe Cortez.
94
EU AMO SUPERMERCADO
Super Negócios: Avaliando a reação do público, en-
gajamento e aceitação ao movimento. Qual dica você
daria para as pessoas que ainda não aceitaram a mu-
dança com a lei?
Fe Cortez: A receptividade do público foi muito grande e
as pessoas querem abolir as sacolas plásticas. A grande
questão delas, hoje, é o resíduo em suas casas. A gen-
te não tem uma campanha de educação ambiental da
Comlurb e não tem coleta seletiva em vários lugares.
“Foi muito bom participar do ‘Desplastifique Já’ porque é
como se tivessem pego o mote da minha vida, a do ‘Menos 1 Lixo’ e transformado numa campanha, que é realmente
para desplastificar a vida para além das sacolinhas”
Além disso, o Rainbow tem uma seleção enorme de
alimentos orgânicos que não são embalados em sacos
plásticos. Lá a legislação é diferente e acredito que os
supermercados têm força para adotar medidas, junto à
indústria, para diminuir as embalagens. E isso aconte-
ceu em lugares que já implementaram a tarifa do lixo. Eu
acredito que supermercados brasileiros poderiam fazer
um projeto a médio prazo. No entanto, a curto prazo, po-
deriam vender as sacolas por um valor mais alto. E tam-
bém aconselho ter outras alternativas de ecobags para os
clientes comprarem; seria ótimo!
Super Negócios: Quais outras práticas você considera
importante para as lojas?
Fe Cortez: Também sugiro ter um mix maior de ali-
mentos orgânicos em embalagens sustentáveis, como
vidro, e, claro, implementar o sistema a granel. Acho
que essas atitudes já seriam um passo importante e
alerto que já estou vendo alguns mercados oferecendo
esse tipo de serviço para os alimentos secos. Outra pos-
tura positiva seria começar projetos pilotos (junto com
a indústria) para a venda de produtos como leites em
vidro retornável. Existem muitas ideias e caminhos
para percorrer e os supermercados ainda estão bem
longe no quesito sustentabilidade. Também recomen-
do comprar de produtores locais e o investimento em
mix de alimentos mais saudáveis, porque isso tudo tem
a ver com sustentabilidade.
Super Negócios: Como foi participar do movimento
‘Desplastifique Já’?
Fe Cortez: O ‘Desplastifique Já’ me entusiasmou bastan-
te porque está muito alinhado com os assuntos que eu
acredito e também porque temos alternativas na mu-
dança dos pequenos hábitos do cotidiano para construir
uma nova cultura de menos resíduo, consumo cons-
ciente e empoderamento dos consumidores e cidadãos.
Foi muito bom participar do ‘Desplastifique Já’ porque
é como se tivessem pego o mote da minha vida, a do
‘Menos 1 Lixo’ e transformado numa campanha, que é
realmente para desplastificar a vida para além das saco-
linhas, que é um grande primeiro passo.
95
EU AMO SUPERMERCADO
A população tem pouquíssima orientação vinda das ins-
tituições! Por exemplo, incentivar e explicar às pesso-
as que na coleta seletiva não é necessário botar o lixo
dentro de um saquinho plástico. Também não temos
orientação sobre os saquinhos de casa que podem ser
substituídos por um único saco. E isso faria com que as
pessoas vissem essa mudança de mindset para quem
ainda é muito apegado à sacola. No Menos 1 Lixo, a gen-
te dá muitas alternativas para abolir a sacolinha de lixo.
Existem ótimas opções, como as sacolas compostáveis,
jornal velho, composteira etc. Mas preciso ressaltar que
a maior resistência, por incrível que pareça, não é em
relação a como carregar as compras para casa e sim a
como descartar o lixo em casa.
Super Negócios: Já fez, ou tem interesse, em fazer proje-
tos com alguma rede de supermercado?
Fe Cortez: Recentemente, eu participei da campanha
da ASSERJ, mas até agora não fizemos um projeto de
inovação com uma rede de supermercados. Eu tenho
muito interesse nessa parceria porque acredito que os
supermercados têm enorme potencial para serem pla-
taformas de educação ambiental. É neste tipo de estabe-
lecimento que as pessoas vão recorrentemente comprar
os seus alimentos. E essa força de ter contato com mi-
lhões de pessoas é muito importante para transformar
uma cultura / comportamento. Existem tantas coisas
que poderiam ser feitas!
Para atender demandas de empresas e indústrias que
querem iniciar essa transição para práticas mais res-
ponsáveis, nós criamos uma área de inovação no Menos
1 Lixo, em parceria com a Iônica, empresa de inovação
para sustentabilidade. Nossa metodologia é certificada
e tem o objetivo de apoiar as empresas a iniciarem sua
transição para práticas mais sustentáveis, em processos,
produção, na prestação dos seus serviços e também na
relação com seus públicos. Está sendo muito gratificante
dar as mãos às indústrias e empresas que querem fazer
esta transformação. Ainda é tudo muito novo, mas já te-
mos as ferramentas e bons exemplos, basta irmos juntos
e descobrir estes novos caminhos.
DICAS DA FE CORTEZ PARA DESPLASTIFICAR O SEU DIA A DIA:
Recuse todo e qualquer tipo de
sacolinhas plásticas.
Faça compostagem: processo
de decomposição de matéria or-
gânica (principalmente restos
de frutas, verduras e legumes).
O resultado desse processo é o
adubo, que é usado para a ferti-
lização do solo.
Coleta Domiciliar: assinatura
de um serviço que recolhe o lixo
orgânico diretamente em sua
casa para compostagem.
www.cicloorganico.com.br
Diga não aos copos descartá-
veis! Escolha um utensílio que
você possa ter SEMPRE com
você. No meu caso é o copo re-
trátil do Menos 1 Lixo, mas pode
ser uma caneca, um squeeze,
um copo, aquilo que funcionar
ou couber no seu orçamento.
Reduza o uso do plástico filme
usando potes com tampa, pratos
no lugar do plástico filme ou os
ecológicos de cera de abelha e
carnaúba.
Utilize jornal como saco de lixo.
Aprenda a fazer a dobra em
www.bit.ly/2MGjoma
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C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
ALIMENTO EM FOCO I Por Maria Gabriela Monteiro I
LACTOSE: COMO ALERTAR ALÉRGICOS OU INTOLERANTES NA ROTULAGEM DOS ALIMENTOS?
Prazo para a adequação dos
mercados de médio e grande
porte finaliza neste ano
A lactose é o principal açúcar presente no leite de
mamíferos e, por isso, está em muitos alimen-
tos consumidos pela população brasileira, como
manteiga, queijo, chocolate, requeijão, entre outros
produtos. Quando é ingerida, a lactose é processada
pela enzima lactase e transformada em glicose e galac-
tose. Mas, por que algumas pessoas apresentam intole-
rância a esse açúcar?
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ALIMENTO EM FOCO
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100
ALIMENTO EM FOCO
ATENÇÃO! COMO DEVE FICAR O RÓTULO DOS ALIMENTOS COM LACTOSE
Após o desmame, naturalmente o corpo reduz a ativida-
de da lactase. O problema está quando o intestino del-
gado não produz a enzima o suficiente para realizar a
digestão do alimento. Assim, os sintomas aparecem: in-
chaço abdominal, cólica, diarreia, gases, náuseas, cresci-
mento lento ou perda de peso são alguns deles.
Quando o assunto é a rotulagem dos alimentos que
contêm lactose, novas regras foram publicadas em
2017 pela Anvisa: são elas a RDC 135/2017 (que inclui
os alimentos para dietas com restrição de lactose no
regulamento de alimentos para fins especiais) e a RDC
136/2017 (que define como as informações de lactose
devem ser colocadas no rótulo, independentemente do
tipo de produto. E um alerta: o prazo para adequação
dos mercados de médio e grande porte de acordo com a
nova lei finaliza em 2019.
A nutricionista da ASSERJ, Bianca Costa, orienta sobre
as informações que não podem faltar nos produtos co-
mercializados que contenham lactose: “De acordo com
a lei, os fabricantes são obrigados a informar a presen-
Zero Lactose, Isento de Lactose, 0% Lactose, Sem Lacto-
se ou Não Contém Lactose
Baixo Teor de Lactose ou Baixo em Lactose
Contém Lactose
Abaixo de 100 mg/100g ou ml
De 100mg até 1g/100g ou ml
Igual ou acima de 100mg/100g ou ml
“De acordo com a lei, os fabricantes são obrigados a
informar a presença de lactose nos alimentos”
Bianca Costa – Nutricionista da ASSERJ
ça de lactose nos alimentos. Isso vale para aqueles com
mais de 100 miligramas (mg) de lactose para cada 100
gramas ou mililitros do produto. Ou seja, qualquer ali-
mento que contenha lactose em quantidade acima de
0,1% deverá apresentar a informação ‘Contém lactose’
em seu rótulo”, informa a especialista.
A especialista destaca ainda que, para evitar penalida-
des, o supermercadista deve ficar atento aos rótulos na
hora de comprar os produtos. “É importante dizer que,
de acordo com a legislação, os fornecedores também de-
vem identificar a presença da lactose na exposição dos
produtos”, completa Bianca.
QUANTIDADE DE LACTOSE NO ALIMENTO FRASE NO RÓTULO
101
ALIMENTO EM FOCO
COMO AS INFORMAÇÕES DEVEM CONSTAR NO RÓTULO
#VOCÊSABIA?
Os alimentos da categoria “Contém lacto-
se” devem trazer a informação seguindo as
orientações abaixo:
Os restaurantes, bares e afins precisam informar sobre
a presença de glúten, lactose e seus derivados em ali-
mentos preparados e servidos em seus cardápios!
A Lei nº 6159, de 04 de maio de 2017, obriga os estabele-
cimentos que preparam e servem alimentos a informar
quanto à presença de glúten, lactose e seus derivados
nos alimentos servidos. O descumprimento da Lei pode
sujeitar o estabelecimento às seguintes penalidades: ad-
vertência, multa, suspensão da atividade e cassação do
alvará. Os supermercados devem ficar atentos para in-
cluir essas informações em seus restaurantes.
• Ser escrito em caixa alta e em negrito.
• A impressão deve ser em contraste com
o fundo da caixa.
• A altura mínima deve ser de 2mm e não
pode ser menor que a letra utilizada na
lista de ingredientes.
• A declaração deve ficar em um local da
embalagem que não seja encoberto, que
seja removível pela abertura do lacre ou
de difícil visualização, como área de se-
lagem e de torção.
102
COLUNAS JURIDIQUÊS
Considerada um marco do consumidor moderno, a LGPD
– LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS –, nº
13.853, sancionada no dia 09/07/2019 pelo Presidente
Jair Bolsonaro, estabelece condições diferenciadas para
entes públicos e privados nas tratativas de informações
e condições para acesso aos dados cadastrais dos consu-
midores, definindo quais são os direitos das pessoas em
relação aos seus dados, quem pode tratar essas informa-
ções e em quais condições, bem como definindo a estru-
tura institucional e poderes de fiscalização, por parte da
Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD.
Essa Lei dispõe sobre o tratamento de dados pesso-
ais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou
por pessoa jurídica de direito público ou privado, com
o objetivo de proteger os direitos fundamentais de li-
berdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da
personalidade da pessoa natural, garantindo o respeito
à privacidade, a autodeterminação informativa, a liber-
dade de expressão, de informação, de comunicação e
de opinião, a inviolabilidade da intimidade, da honra e da
imagem, o desenvolvimento econômico e tecnológico
e a inovação, livre iniciativa, a livre concorrência e a de-
fesa do consumidor; e os direitos humanos, o livre de-
senvolvimento da personalidade, a dignidade e o exer-
cício da cidadania pelas pessoas naturais.
O QUE MUDA COM A LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS?
ANA PAULA ROSA
É Superintendente Jurídica
e Coordenadora do Conselho
Jurídico da ASSERJ. Sócia-
fundadora do Escritório Rosa &
Salomão Advogados.
A publicação da lei de referência foi amplamente co-
memorada pelo setor econômico da área de TI, em ra-
zão dos vetos da norma que criou a ANPD, conforme
aquela que dizia respeito à revisão de decisões auto-
matizadas. Tema amplamente questionado pelas enti-
dades da Sociedade Civil.
Ponto controverso do veto presidencial que, também,
tem sido amplamente questionado pelas agências re-
gulatórias de proteção ao consumidor, diz respeito à
derrubada das punições que poderiam ser aplicadas
pela ANPD caso um determinado ente responsável pelo
tratamento de dados violasse prerrogativa da Lei, que
sujeitaria, desde a interrupção parcial do funcionamen-
to do banco de dados (por seis meses, prorrogável por
igual período) à proibição parcial e total de atividades
relacionadas ao tratamento de dados.
Para os profissionais da área jurídica, é inegável o avanço
no que diz respeito à proteção dos direitos fundamen-
tais e proteção de dados pessoais dos indivíduos. Toda-
via, o titular de dados que se sentir impactado por algo-
ritmos, em decorrência de eventual sistema de revisão
automatizada que lhes sujeite a processos discrimina-
tórios ou prejuízos comprovadamente ocasionados pela
automatização, em razão da impossibilidade de revisão
por um ser humano, deverá recorrer à justiça para fazer
valer o direito de auditar as informações da forma mais
justa e compatível com a situação, garantindo a prática
da transparência e proteção de dados.
*Dra. Ana Paula Rosa, sócia-fundadora do Escritório Rosa &
Salomão Sociedade de Advogados e Superintende Jurídica e
Coordenadora do Conselho Jurídico da Associação de Super-
mercados do Estado do Rio de Janeiro – ASSERJ.
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