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N° 7.948 http://www.al.pb.leg.br João Pessoa - Terça-feira, 23 de Junho de 2020CADERNO LEGISLATIVO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Estado da Paraíba
MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
1° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO GENIVAL MATIAS
2° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO MANOEL LUDGÉRIO
3° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO INÁCIO FALCÃO
4° VICE-PRESIDENTE DEPUTADA CAMILA TOSCANO
1° SECRETÁRIO DEPUTADO NABOR WANDERLEY
2° SECRETÁRIO DEPUTADO BOSCO CARNEIRO
3° SECRETÁRIO DEPUTADO EDMILSON SOARES
4° SECRETÁRIO DEPUTADO WALLBER VIRGOLINO
1° SUPLENTE DEPUTADO MOACIR RODRIGUES
2° SUPLENTE DEPUTADO GALEGO SOUZA
3° SUPLENTE DEPUTADA DRA. PAULA
4° SUPLENTE DEPUTADO CAIO ROBERTO
DEPUTADO ADRIANO GALDINOPRESIDENTE
COMISSÕES PERMANENTESCOMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO
TITULARES SUPLENTES
1. Dep. Pollyanna Dutra - Presidente 1. Dep. Jeová Campos
2. Dep. Ricardo Barbosa - Vice-Presidente 2. Dep. Lindolfo Pires
3. Dep. Dr. Taciano Diniz 3. Dep. Caio Roberto
4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep. Dr. Érico
5. Dep. Edmilson Soares 5. Dep. Manoel Ludgério
6. Dep. Camila Toscano 6. Dep. Del. Wallber Virgolino
7. Dep. Tovar Correia Lima 7. Dep. Cabo Gilberto
COMISSÃO DE ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, TRIBUTAÇÃO E TRANSPARÊNCIA1. Dep. Wilson Filho - Presidente 1. Dep. Branco Mendes2. Dep. Ricardo Barbosa 2. Dep. Doda de Tião3. Dep. Tião Gomes 3. Dep. Júnior Araújo4. Dep. Taciano Diniz 4. Dep. Dr. Érico5. Dep. Eduardo Carneiro 5. Dep. Raniery Paulino6. Dep. João Henrique 6. Dep. Anderson Monteiro7. Dep. Lindolfo Pires 7. Dep. Edmilson Soares
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS1. Dep. Estela Bezerra - Presidente 1. Dep. Pollyanna Dutra
2. Dep. Chió - Vice-Presidente 2. Dep. Cida Ramos
3. Dep. Anderson Monteiro 3. Dep. Camila Toscano
4. Dep. Del. Wallber Virgolino 4. Dep.
5. Dep. Dr. Érico 5. Dep.
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO, TURISMO E MEIO AMBIENTE1. Dep. Moacir Rodrigues - Presidente 1. Dep. 2. Dep. Chió - Vice-Presidente 2. Dep. Wilson Filho3. Dep. Jeová Campos 3. Dep. Estela Bezarra4. Dep. Galego Sousa 4. Dep. Anderson Monteiro5. Dep. Júnior Araújo 5. Dep.
COMISSÃO DE ADMINISTRAÇÃO, SERVIÇO PÚBLICO E SEGURANÇA1. Dep. Buba Germano - Presidente 1. Dep.
2. Dep. Cabo Gilberto - Vice-Presidente 2. Dep. João Henrique
3. Dep. Doda de Tião 3. Dep.
4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep. Caio Roberto
5. Dep. Del. Wallber Virgolino 5. Dep. Eduardo Carneiro
COMISSÃO DE SAÚDE, SANEAMENTO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL1. Dep. Dr. Érico - Presidente 1. Dep. Lindolfo Pires
2. Dep. Anderson Monteiro 2. Dep. Tovar Correia Lima
3. Dep. Buba Germano 3. Dep.
4. Dep. Wilson Filho 4. Dep.
5. Dep. Dra. Jane Panta 5. Dep. Raniery Paulino
CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTARTITULARES SUPLENTES
1. Dep. Tião Gomes - Presidente 1. Dep. Ricardo Barbosa
2. Dep. Edmilson Soares - Vice-Presidente 2. Dep. Doda de Tião
3. Dep. Buba Germano 3. Dep. Cida Ramos
4. Dep. 4. Dep. Taciano Diniz
5. Dep. Felipe Leitão 5. Dep. Dr. Érico
6. Dep. Camila Toscano 6. Dep. Anderson Monteiro
7. Dep. Galego Souza 7. Dep. João Henrique
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS1. Dep. Edmilson Soares - Presidente 1. Dep.
2. Dep. Cida Ramos - Vice-Presidente 2. Dep. Inácio Falcão
3. Dep. Cabo Gilberto 3. Dep. Galego Souza
4. Dep. Del. Wallber Virgolino 4. Dep. Moacir Rodrigues
5. Dep. Tião Gomes 5. Dep.
COMISSÃO DE DIREITOS DA MULHER1. Dep. Camila Toscano - Presidente 1. Dep.
2. Dep. Dra. jane Panta 2. Dep. Moacir Rodrigues
3. Dep. Estela Bezerra 3. Dep. Inácio Falcão
4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep.
5. Dep. Pollyanna Dutra 5. Dep. Manoel Ludgério
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO CIDADÃ1. Dep. Buba Germano 1. Dep. Lindolfo Pires
2. Dep. Branco Mendes 2. Dep. Doda de Tião
3. Dep. Raniery Paulino 3. Dep.
4. Dep. Anderson Monteiro 4. Dep.
5. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Tião Gomes
COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA1. Dep. Cida Ramos - Presidente 1. Dep. Inácio Falcão
2. Dep. Raniery Paulino - Vice-Presidente 2. Dep. Tovar Correia Lima
3. Dep. Ricardo Barbosa 3. Dep. Manoel Ludgério
4. Dep. Genival Matias 4. Dep.
5. Dep. Anderson Monteiro 5. Dep.
COMISSÃO DE INCENTIVO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DE NEGÓCIOS1. Dep. Eduardo Carneiro - Presidente 1. Dep. Tovar Correia Lima
2. Dep. Pollyanna Dutra - Vice-Presidente 2. Dep. Edmilson Soares
3. Dep. Wilson Filho 3. Dep. Chió
4. Dep. Camila Toscano 4. Dep. Anderson Monteiro
5. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Taciano Diniz
DIÁRIO DO PODER LEGISL ATIVO
DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Terça-Feira, 23 de Junho de 20202
SECRETARIA LEGISLATIVA
ATO DO PRESIDENTE
COMISSÃO ESPECIAL
PARECER
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Casa de Epitácio Pessoa”
ATO DO PRESIDENTE Nº 29/2020
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA PARAÍBA, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 86, §1º da Resolução nº 1.578/2012 (Regimento Interno da Casa),
R E S O L V E CONVOCAR 18ª Sessão Extraordinária, da 2ª Sessão Legislativa, da 19ª Legislatura, a ser realizada no dia 25 de junho de 2020, às 10:00h, por sistema eletrônico de Vídeo Conferência , destinada a discussão e votação das proposituras constantes na Pauta da Ordem do Dia, disponibilizada no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo – SAPL.
Gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, “Casa de Epitácio Pessoa”, João Pessoa, 23 de junho de 2020.
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
PROJETO DE LEI Nº 1.689/2020
Ementa: “Dispõe sobre a Política Emergencial para Enfrentamento ao COVID-19 nos territórios indígenas no Estado da Paraíba, assegurando a garantia de direitos sociais, bem como com medidas específicas de vigilância sanitária e epidemiológica para prevenção do contágio e da disseminação”. - Parecer pela APROVAÇÃO da matéria na forma do SUBSTITUTIVO aprovado na CCJR.
– O projeto de lei cria uma série de medidas que visam assegurar as condições de dignidade das populações indígenas residentes em território paraibano, durante o período de enfrentamento à disseminação do COVID-19; - Trata-se a matéria basicamente da formulação de políticas públicas, sendo esta uma atividade prioritariamente atribuída ao Poder Legislativo, com vistas a direcionar a atuação do Estado; - Discute-se a apreciação da matéria na forma de um SUBSTITUTIVO à propositura originária, visando conferir-lhe caráter mais abrangente.
AUTOR (A): DEP. CAMILA TOSCANO
RELATOR(A) ESPECIAL: DEP. ESTELA BEZERRA
PARECER RELATOR ESPECIAL
I – RELATÓRIO
Recebo para análise e parecer o Projeto de Lei nº 1.689/2020, de autoria da ilustre Deputada Camila Toscano, que visa instituir a
Política Emergencial para Enfrentamento ao COVID-19 nos territórios
indígenas no Estado da Paraíba.
Segundo o texto da propositura, a matéria visa assegurar
os direitos sociais dos Povos Indígenas no Estado da Paraíba, bem como o
acesso aos insumos necessários à manutenção das condições de saúde para
prevenção do contagio e disseminação do coronavírus.
A Política será desempenhada a partir de diretrizes
estabelecidas, onde sua gestão e execução serão realizadas de maneira
pública e descentralizada, por meio conjugação de esforços entre os
municípios e a plena participação dos povos indígenas, por meio de suas
entidades representativas.
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
A matéria foi aprovada no âmbito da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação na forma de um SUBSTITUTIVO à propositura
originária. Tendo sido incluída na ordem do dia da presente sessão ordinária,
para deliberação conclusiva pelo Plenário da Casa, por maioria simples.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório.
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
II – VOTO DO RELATOR
II.I – Da justificativa apresentada:
A Deputada subscritora da matéria justifica sua propositura
afirmando que a modo de vida peculiar dos povos indígenas, cujas habitações
frequentemente possuem aglomerações, e também tendo em vista suas
precárias condições sanitárias, torna muito mais difícil a efetivação dos
protocolos de saúde. Fazendo assim com que essas populações sejam mais
vulneráveis à contaminação pelo novo coronavírus.
Neste contexto fático, aponta a nobre colega parlamentar
que diante do aumento no índice de casos confirmados, faz-se necessário a
adoção de políticas públicas específicas para os povos indígenas. Posto que,
além de tais razões alegadas, o agravamento dos casos demanda atendimento
hospitalar especializado, o que torna a antecipação das referidas medidas
ainda mais imprescindível. Sendo estas, em apertada síntese, as razões
apresentadas para a apreciação da matéria por esta Casa Legislativa.
II.II – Dos aspectos jurídicos e meritórios:
Dando início, registre-se que coube à Comissão de
Constituição, Justiça e Redação resolver pela admissibilidade da propositura,
quanto aos aspectos de constitucionalidade, juridicidade, legalidade,
regimentalidade, técnica legislativa e redação, nos termos do art. 31, I, do
Regimento Interno dessa Casa.
No tocante aos pressupostos de natureza constitucional da
proposta, reitere-se não haver óbices no ordenamento jurídico que inviabilizem
sua admissibilidade. ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
No Título VIII do texto constitucional pátrio, referente à
“Ordem Social”, o constituinte originário reservou um capítulo específico para a
proteção dos povos indígenas. Vejamos o dispositivo do art.231 caput do texto
constitucional, bem como seu parágrafo 1º:
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
Da mesma maneira o legislador estadual, em norma de
reprodução obrigatória, também cumpriu com a missão de alçar a proteção dos
povos indígenas à condição de norma de status constitucional. Destacamos
aqui os dispositivos do art.250 caput, bem como seu parágrafo único, além do
art.251, todos da Constituição Paraibana:
Art. 250. O Estado cooperará com a União, na competência a esta atribuída, na proteção dos bens dos índios, no reconhecimento de seus direitos originários sobre as terras de posse imemorial, onde se acham permanentemente localizados. Parágrafo único. O Estado dará aos índios de seu território, quando solicitado por suas comunidades e organizações, e sem interferir em seus hábitos, crenças e costumes, assistência técnica, creditícia, isenção de tributos estaduais e meios de sobrevivência e de preservação física e cultural. Art. 251. O Estado respeitará e fará respeitar, em seu território, bens materiais, crenças, tradições e todas as garantias conferidas aos índios na Constituição Federal.
Assim, pela leitura interpretativa dos dispositivos
constitucionais supra elencados, entendemos que o parlamentar estadual
possui, respeitadas as limitações frente à competência legislativa privativa da
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
União, certa liberdade para a discussão de matérias que se proponham à
promoção da dignidade indígena.
Sobretudo nas atuais circunstâncias de saúde
nacionalmente vivenciadas a partir da decretação da calamidade pública em
face da pandemia do novo coronavírus. Fazendo com que a criação de
diretrizes específicas às peculiaridades das comunidades indígenas, voltadas à
efetivação de medidas sanitárias e epidemiológicas adotadas na prevenção da
contaminação, mostrem-se como urgentes.
Além disso, é preciso se levar em consideração o
entendimento dos tribunais superiores acerca da formulação de políticas
públicas por iniciativa parlamentar.
Partilhamos da tese de que se trata de atividade
prioritariamente atribuída ao Legislativo. O legislador, portanto, poderá criar
programas, políticas e campanhas para racionalizar a atuação governamental e
garantir a realização de direitos constitucionalmente assegurados.
Entre outras razões por entendermos que uma
interpretação ampliativa da reserva de iniciativa do Executivo, no âmbito
estadual, pode gerar o esvaziamento da atividade legislativa autônoma.
Citamos um trecho do entendimento do STF:
Não procede a alegação de que qualquer projeto de lei que crie despesa só poderá ser proposto pelo chefe do Executivo. As hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão previstas, em numerus clausus, no art. 61 da Constituição do Brasil – matérias relativas ao funcionamento da administração pública, notadamente no que se refere a servidores e órgãos do Poder Executivo. Precedentes.
[ADI 3.394, rel. min. Eros Grau, j. 2-4-2007, P, DJE de 15-8-2008.]
Ademais, entendemos não restar dúvidas de que o projeto
de lei também é extremamente meritório. Principalmente pelo fato de o
Terça-Feira, 23 de Junho de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 3
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
União, certa liberdade para a discussão de matérias que se proponham à
promoção da dignidade indígena.
Sobretudo nas atuais circunstâncias de saúde
nacionalmente vivenciadas a partir da decretação da calamidade pública em
face da pandemia do novo coronavírus. Fazendo com que a criação de
diretrizes específicas às peculiaridades das comunidades indígenas, voltadas à
efetivação de medidas sanitárias e epidemiológicas adotadas na prevenção da
contaminação, mostrem-se como urgentes.
Além disso, é preciso se levar em consideração o
entendimento dos tribunais superiores acerca da formulação de políticas
públicas por iniciativa parlamentar.
Partilhamos da tese de que se trata de atividade
prioritariamente atribuída ao Legislativo. O legislador, portanto, poderá criar
programas, políticas e campanhas para racionalizar a atuação governamental e
garantir a realização de direitos constitucionalmente assegurados.
Entre outras razões por entendermos que uma
interpretação ampliativa da reserva de iniciativa do Executivo, no âmbito
estadual, pode gerar o esvaziamento da atividade legislativa autônoma.
Citamos um trecho do entendimento do STF:
Não procede a alegação de que qualquer projeto de lei que crie despesa só poderá ser proposto pelo chefe do Executivo. As hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão previstas, em numerus clausus, no art. 61 da Constituição do Brasil – matérias relativas ao funcionamento da administração pública, notadamente no que se refere a servidores e órgãos do Poder Executivo. Precedentes.
[ADI 3.394, rel. min. Eros Grau, j. 2-4-2007, P, DJE de 15-8-2008.]
Ademais, entendemos não restar dúvidas de que o projeto
de lei também é extremamente meritório. Principalmente pelo fato de o
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
fundamento valorativo da propositura ser claramente a proteção e a promoção
da dignidade das comunidades indígenas residentes no território paraibano.
Quanto à juridicidade e à regimentalidade, entendemos não
encontrados quaisquer vícios impeditivos à tramitação da proposta. Já no que
tange à técnica legislativa, a proposta se encontra em consonância ao que
dispõe a Lei Complementar nº 95/98, que trata da elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis.
Vale também destacarmos que a matéria em questão não é
de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo Estadual, por não se
encontrar prevista no taxativo rol do §1º do artigo 63 da Constituição
Paraibana.
II.III – Do Substitutivo aprovado pela CCJR:
Buscando conferir caráter mais abrangente ao conteúdo
normativo carregado na presente matéria, discutiu-se necessidade de aprová-la
nos termos de uma emenda de natureza substitutiva incidente em alguns de
seus dispositivos, visando alterá-los substancialmente.
Tal instrumento, previsto no art. 118, parágrafo 4º do
Regimento Interno, foi utilizado com vistas à inclusão dos povos quilombolas
entre o público-alvo da referida política assistencial. Entre outras razões,
considerando a íntima relação existente entre a cultura e os modos de
subsistência destes e os demais povos indígenas objeto da propositura em
seus termos originários.
III - CONCLUSÃO:
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Diante do exposto, feitas as considerações de natureza
jurídica e meritória, esta relatoria opina pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 1.689/2020, na forma do SUBSTITUTIVO aprovado pela CCJR.
É como voto.
Plenário Virtual, 18 de junho de 2020.
RELATOR(A) ESPECIAL
1
PROJETO DE LEI N° 1.724/2020
Determina que os hospitais da rede privada divulguem para órgão de saúde estadual a ocupação dos leitos de enfermaria e UTI em período de emergência sanitária ou calamidade pública. PARECER PELA APROVAÇÃO DA MATÉRIA.
PARECER PELA APROVAÇÃO DA MATÉRIA. Buscando garantir o direito de informação aos órgãos de saúde pública estadual da taxa de ocupação de leitos hospitalares na rede privada, durante períodos de emergência sanitária e calamidade pública, a matéria demonstra seu claro viés protetor da saúde pública em âmbito estadual, uma vez que tal informação é de fundamental importância para a elaboração de estratégias públicas e logística em períodos de crise de saúde pública. AUTOR: Dep. Estela Bezerra RELATOR(A) ESPECIAL: Dep. Tião Gomes
Parecer do Relator Especial
I - RELATÓRIO
Recebo, na qualidade de relator especial, para exame e parecer, nos termos dos
arts. 231 e seguintes, da Resolução n° 1.578/2012 (Regimento Interno da Casa), o
Projeto de Lei nº 1.724//2020, da lavra da Excelentíssima Deputada Estela Bezerra,
o qual “Determina que os hospitais da rede privada divulguem para órgão de saúde
estadual a ocupação dos leitos de enfermaria e UTI em período de emergência sanitária
ou calamidade pública.”
A matéria foi objeto de discussão e votação na Comissão de Constituição e
Justiça, tendo recebido parecer pela constitucionalidade.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório.
1
PROJETO DE LEI N° 1.724/2020
Determina que os hospitais da rede privada divulguem para órgão de saúde estadual a ocupação dos leitos de enfermaria e UTI em período de emergência sanitária ou calamidade pública. PARECER PELA APROVAÇÃO DA MATÉRIA.
PARECER PELA APROVAÇÃO DA MATÉRIA. Buscando garantir o direito de informação aos órgãos de saúde pública estadual da taxa de ocupação de leitos hospitalares na rede privada, durante períodos de emergência sanitária e calamidade pública, a matéria demonstra seu claro viés protetor da saúde pública em âmbito estadual, uma vez que tal informação é de fundamental importância para a elaboração de estratégias públicas e logística em períodos de crise de saúde pública. AUTOR: Dep. Estela Bezerra RELATOR(A) ESPECIAL: Dep. Tião Gomes
Parecer do Relator Especial
I - RELATÓRIO
Recebo, na qualidade de relator especial, para exame e parecer, nos termos dos
arts. 231 e seguintes, da Resolução n° 1.578/2012 (Regimento Interno da Casa), o
Projeto de Lei nº 1.724//2020, da lavra da Excelentíssima Deputada Estela Bezerra,
o qual “Determina que os hospitais da rede privada divulguem para órgão de saúde
estadual a ocupação dos leitos de enfermaria e UTI em período de emergência sanitária
ou calamidade pública.”
A matéria foi objeto de discussão e votação na Comissão de Constituição e
Justiça, tendo recebido parecer pela constitucionalidade.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório.
2
II - VOTO DO RELATOR ESPECIAL
De acordo com o Projeto ora discutido, nos termos do seu art. 1º, os
hospitais privados ficam obrigados a divulgar a taxa de ocupação de seus leitos de
enfermaria e UTI para o órgão estadual de saúde competente, durante período de
emergência sanitária ou de estado de calamidade pública na Paraíba.
Em seu art. 2°, o projeto de lei traz a possibilidade de aplicação de multa
pelo descumprimento da determinação.
Já o art. 3º estabelece que a periodicidade em que a obrigação deve ser
cumprida, bem como o valor da multa a ser aplicada por descumprimento, ficarão a
cargo do órgão de saúde pública estadual, de acordo com a necessidade e conveniência
de cada situação.
O art. 4º prevê que a Secretaria de Saúde deverá dar ampla divulgação, em
seus meios oficiais, da informação de taxa de ocupação fornecida pelo sistema de saúde
privada.
Por fim, estabelece a entrada em vigor da lei na data de sua publicação.
Em sua justificativa, a Deputada que apresentou o Projeto esclarece que
“Estamos vivendo um período de excepcionalidade que acentua ainda mais as mazelas
sociais em que estamos inseridos. Assim, nos últimos dias, o sinal de alerta para saúde
paraibana foi aceso, estando nosso sistema público próximo a ocupação máxima dos
leitos de UTIs. (...)
Continua a nobre Deputada em sua justificativa: “Pensando nisso,
apresentamos a presente proposição obrigando os hospitais privados a divulgar a taxa
de ocupação dos seus leitos de enfermaria e UTI não só durante o período da covid-19,
mas em todos os casos de emergência sanitária e calamidade pública, para que assim
o Governo Estadual esteja sempre munido de todas as informações necessárias de rede
de saúde da Paraíba em períodos críticos.”
Inicialmente, cumpre destacar que não há óbice que prejudique a sua tramitação.
Diante de uma detalhada análise do Projeto de Lei nº 1.724/2020 e com fundamento na
3
justificativa trazida pelo autor, bem como pela elevada relevância social do tema,
vislumbra-se que a propositura preenche os requisitos constitucionais contidos na
Constituição Federal e Estadual, motivo pelo qual fora aprovado por unanimidade na
Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Superada a questão da competência para legislar sobre o assunto, cabe salientar
que, no mérito, a matéria é por demais relevante. Buscando garantir o direito de
informação aos órgãos de saúde pública estadual da taxa de ocupação de leitos
hospitalares na rede privada, durante períodos de emergência sanitária e
calamidade pública, a matéria demonstra seu claro viés protetor da saúde pública
em âmbito estadual.
Neste contexto, a instituição da referida garantia representa, como seu
fundamento valorativo, um importante instrumento legal capaz de conferir maior
proteção ao sistema de saúde do Estado da Paraíba, uma vez que tal informação é
de fundamental importância para a elaboração de estratégias públicas e logística
em períodos de crise de saúde pública.
Portanto, resta claro que o parcelamento pretendido pelo presente projeto de lei é
medida justa e necessária que atende ao interesse público de preservar o sistema de saúde
pública do Estado da Paraíba.
III- CONCLUSÃO:
Nestas condições, opino pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n° 1.724/2020.
É como voto.
Plenário José Mariz, em 17 de junho de 2020.
DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Terça-Feira, 23 de Junho de 20204
1
PROJETO DE LEI N° 1.743/2020
Estabelece vedação à administração pública direta e indireta do estado da Paraíba de celebrar contratos, parcerias ou convênios com empresas privadas, nas situações em que especifica, em decorrência de guerra, calamidade pública, pandemia ou outra grave circunstância de comoção social. PARECER PELA APROVAÇÃO DA MATÉRIA.
PARECER PELA APROVAÇÃO DA MATÉRIA. Resta claro que a vedação pretendida pelo presente projeto de lei está em plena harmonia com o princípio constitucional da moralidade administrativa, bem como atende ao interesse público local de garantir apenas a participação de pessoas idôneas em contratações públicas estaduais. AUTOR: Dep. Cida Ramos RELATOR(A) ESPECIAL: Dep. Tião Gomes
Parecer do Relator Especial
I - RELATÓRIO
Recebo, na qualidade de relator especial, para exame e parecer, nos termos dos
arts. 231 e seguintes, da Resolução n° 1.578/2012 (Regimento Interno da Casa), o
Projeto de Lei n° 1.743/2020, de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Cida
Ramos, o qual “Estabelece vedação à administração pública direta e indireta do estado
da Paraíba de celebrar contratos, parcerias ou convênios com empresas privadas, nas
situações em que especifica, em decorrência de guerra, calamidade pública, pandemia
ou outra grave circunstância de comoção social”
A matéria foi objeto de discussão e votação na Comissão de Constituição e
Justiça, tendo recebido parecer pela constitucionalidade.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório.
2
II - VOTO DO RELATOR ESPECIAL
De acordo com o Projeto ora discutido, nos termos do seu art. 1º, fica
vedado aos órgãos da administração pública direta e indireta, do Estado da
Paraíba, celebrarem ou renovarem contratos, parcerias ou convênios, pelo prazo
mínimo de 10 anos, com empresas que tenham interrompido, onerado ou alterado
o objeto da licitação, contrato ou convênio, para reduzir a qualidade ou quantidade
do fornecimento de bens ou a prestação de serviços, sem prévia autorização
legislativa, durante períodos em que vigore decreto de Estado de Emergência,
Calamidade Pública, ou em períodos de guerra, pandemia ou outra grave circunstância
de comoção social, no Estado da Paraíba.
Continua, em seu § 1°, estendendo a vedação do art. 1º às empresas
vencedoras de licitação que desistirem da convocação, visando auferirem vantagens
econômicas em decorrência das situações previstas neste projeto de lei.
Já o § 2º estabelece que o repasse de qualquer valor destinado a empresas
que descumprirem o edital de licitação ou as regras contratuais durante a vigência do
Estado de Emergência ou de Calamidade Pública fica vedado até o fim do processo
administrativo de apuração da infração.Por fim, em seu art. 2º, estabelece a entrada em
vigor da lei na data de sua publicação.
Em sua justificativa, a Deputada que apresentou o Projeto esclarece que
“Infelizmente, em períodos como o que estamos enfrentando, devido a pandemia do
covid-19, existem pessoas e empresas que se utilizam das dificuldades inerentes de uma
situação calamitosa, para se beneficiar dos recursos públicos.”
Continua a nobre Deputada em sua justificativa: “Dessa forma, visando
proteger a administração pública estadual, é que propusemos o referido projeto, a fim
de punir aqueles que aufiram vantagens econômicas em face das situações como as
vivenciadas em uma pandemia, impossibilitando que os mesmos contratem com o
Estado, por um período de 10 (dez) anos.”
Inicialmente, cumpre destacar que não há óbice que prejudique a sua tramitação.
Diante de uma detalhada análise do Projeto de Lei nº 1.743/2020 e com fundamento na
justificativa trazida pela autora, bem como pela elevada relevância social do tema,
3
vislumbra-se que a propositura preenche os requisitos constitucionais contidos na
Constituição Federal e Estadual, motivo pelo qual fora aprovado por unanimidade na
Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Neste sentido, resta claro que a vedação pretendida pelo presente projeto de lei
está em plena harmonia com o princípio constitucional da moralidade administrativa,
bem como atende ao interesse público local de garantir apenas a participação de pessoas
idôneas em contratações públicas estaduais.
Superada a questão da competência para legislar sobre o assunto, cabe salientar
que no mérito, a matéria é por demais relevante, uma vez que pretende punir
eventuais fornecedores de bens e serviços que, aproveitando-se da situação de
emergência pública pela pandemia do covid-19, tentem auferir vantagens
indevidas, reduzindo a qualidade ou a quantidade do objeto contratado com a
administração pública .
A realidade social e econômica na qual nos encontramos, agravada por estarmos
em crise sanitária decorrente da pandemia do COVID-19, propugna pela punição mais
severa para aqueles que pretendem aproveitar-se da situação para lesar os cofres
públicos, com absoluto descompromisso com o princípio constitucional da moralidade
administrativa.
Portanto, penso que a punição mais severa para os casos especificados no
presente projeto de lei é medida justa e necessária para a proteção da Administração
Pública em geral, estando a proposta legislativa revestida de interesse público.
III- CONCLUSÃO:
Nestas condições, opino pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n° 1.743/2020.
É como voto.
Plenário José Mariz, em 17 de junho de 2020.
3
vislumbra-se que a propositura preenche os requisitos constitucionais contidos na
Constituição Federal e Estadual, motivo pelo qual fora aprovado por unanimidade na
Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Neste sentido, resta claro que a vedação pretendida pelo presente projeto de lei
está em plena harmonia com o princípio constitucional da moralidade administrativa,
bem como atende ao interesse público local de garantir apenas a participação de pessoas
idôneas em contratações públicas estaduais.
Superada a questão da competência para legislar sobre o assunto, cabe salientar
que no mérito, a matéria é por demais relevante, uma vez que pretende punir
eventuais fornecedores de bens e serviços que, aproveitando-se da situação de
emergência pública pela pandemia do covid-19, tentem auferir vantagens
indevidas, reduzindo a qualidade ou a quantidade do objeto contratado com a
administração pública .
A realidade social e econômica na qual nos encontramos, agravada por estarmos
em crise sanitária decorrente da pandemia do COVID-19, propugna pela punição mais
severa para aqueles que pretendem aproveitar-se da situação para lesar os cofres
públicos, com absoluto descompromisso com o princípio constitucional da moralidade
administrativa.
Portanto, penso que a punição mais severa para os casos especificados no
presente projeto de lei é medida justa e necessária para a proteção da Administração
Pública em geral, estando a proposta legislativa revestida de interesse público.
III- CONCLUSÃO:
Nestas condições, opino pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n° 1.743/2020.
É como voto.
Plenário José Mariz, em 17 de junho de 2020.
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
PROJETO DE LEI N° 1.756/2020
DISPONDO SOBRE A INSTITUIÇÃO DO PROGRAMA DE AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA TRABALHADORES DO SETOR CULTURAL E PARA ESPAÇOS CULTURAIS NO ESTADO DA PARAÍBA DURANTE O PERÍODO DE CALAMIDADE PÚBLICA DECORRENTE DO CORONAVÍRUS (COVID-19) , E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. PARECER PELA APROVAÇÃO NOS TERMOS DA EMENDA APROVADA NA CCJ E DAS EMENDAS APRESENTADAS EM PLENÁRIO.
A proposição, através da concessão de auxílio financeiro aos administrados do setor da
cultura em situação de vulnerabilidade durante a pandemia, atende ao determinado pelo
art. 215 da Constituição Federal, que prevê que o Estado garantirá a todos o pleno
exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e
incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. Ainda, por ser matéria
que valoriza a cultura, atende o disposto Política Estadual de Cultura, Lei nº 10.325/2014, sendo a matéria oportuna e conveniente.
AUTORIA: Dep. Jeová Campos RELATOR ESPECIAL: Dep. Jutay Meneses
P A R E C E R N°_________/2020 I - RELATÓRIO Esta Relatoria Especial recebe, para análise de mérito e parecer, o Projeto de Lei n° 1.756/2020, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Jeová
Campos, no qual se propõe medidas de proteção ao segmento cultural no Estado da
Paraíba.
O relator do parecer vencedor na CCJ pela constiticionalidade apresentou, no prazo regimental, emenda modificativa ao texto do projeto, que foi aprovada no âmbito da Comissão.
Os Deputados Adriano Galdino e Chió apresentaram, no prazo regimental
cabível, emendas modificativas e aditivas à proposição.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental. ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
É o relatório.
II - VOTO DO RELATOR
A proposta legislativa em análise, de autoria do Excelentíssimo Senhor
Deputado Jeová Campos, é extremamente interessante, pois institui auxílio
emergencial financeiro durante a pandemia a espaços culturais e administrados que
trabalham no setor cultural, garantindo a proteção destas pessoas, tão afetadas pelo
recuo econômico causado pela calamidade sanitária.
Conforme o parágrafo 1º do artigo 157 do Regimento Interno, para a
proposição submetida a regime especial que não conte com os pareceres das
comissões, será designada, pelo Presidente da Assembleia Legislativa, Relator
Especial, para, na mesma sessão, apresentar parecer escrito ou oral. Como a
matéria não foi submetida a nenhuma análise, restou a esta relatoria especial
averiguar seu mérito e adequação orçamentária.
No prazo regimental, o Deputado Adriano Galdino apresentou três emendas modificativas limitando o auxílio à pessoa física e jurídica a um valor com
responsabilidade fiscal e alterando a ementa da Lei para denominá-la como Lei
Zabé da Loca, grande figura da cultura nordestina, bem como emenda aditiva
acrescentando requisitos legais que visam encaminhar o benefício apenas para
aqueles profissionais da cultura que realmente estejam em situação precária, valorizando a iniciativa, que acolho, pois atendem o interesse público e iluminam o
projeto de responsabilidade na gestão fiscal.
Ainda no prazo regimental, o Deputado Chió apresentou emenda modificativa para incluir os circos como espaço de cultura sujeitos ao recebimento
do auxílio, o que entendo válido, pois também são manifestação cultural, devendo a emenda ser acolhida, pois atende o interesse público.
Acerca do mérito da proposta, entendemos que a medida é extremamente
benéfica a proteção o segmento cultural paraibano. A proposição trata da concessão
de auxílio financeiro aos profissionais da cultura em situação de vulnerabilidade
Terça-Feira, 23 de Junho de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 5
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
É o relatório.
II - VOTO DO RELATOR
A proposta legislativa em análise, de autoria do Excelentíssimo Senhor
Deputado Jeová Campos, é extremamente interessante, pois institui auxílio
emergencial financeiro durante a pandemia a espaços culturais e administrados que
trabalham no setor cultural, garantindo a proteção destas pessoas, tão afetadas pelo
recuo econômico causado pela calamidade sanitária.
Conforme o parágrafo 1º do artigo 157 do Regimento Interno, para a
proposição submetida a regime especial que não conte com os pareceres das
comissões, será designada, pelo Presidente da Assembleia Legislativa, Relator
Especial, para, na mesma sessão, apresentar parecer escrito ou oral. Como a
matéria não foi submetida a nenhuma análise, restou a esta relatoria especial
averiguar seu mérito e adequação orçamentária.
No prazo regimental, o Deputado Adriano Galdino apresentou três emendas modificativas limitando o auxílio à pessoa física e jurídica a um valor com
responsabilidade fiscal e alterando a ementa da Lei para denominá-la como Lei
Zabé da Loca, grande figura da cultura nordestina, bem como emenda aditiva
acrescentando requisitos legais que visam encaminhar o benefício apenas para
aqueles profissionais da cultura que realmente estejam em situação precária, valorizando a iniciativa, que acolho, pois atendem o interesse público e iluminam o
projeto de responsabilidade na gestão fiscal.
Ainda no prazo regimental, o Deputado Chió apresentou emenda modificativa para incluir os circos como espaço de cultura sujeitos ao recebimento
do auxílio, o que entendo válido, pois também são manifestação cultural, devendo a emenda ser acolhida, pois atende o interesse público.
Acerca do mérito da proposta, entendemos que a medida é extremamente
benéfica a proteção o segmento cultural paraibano. A proposição trata da concessão
de auxílio financeiro aos profissionais da cultura em situação de vulnerabilidade
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
decorrente da pandemia, sendo matéria relacionada ao fomento do setor cultural na Paraiba, sendo medida muito importante para a proteção da população.
Conforme o artigo 215, da Constituição Federal, o “Estado garantirá a todos o
pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e
apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”. É
importante ressaltar, ainda, que o Estado da Paraíba, através da Lei Estadual nº
10.325, de 11 de junho de 2014, instituiu a Política Estadual de Cultura, onde se
definiu o “Sistema de Fomento e Financiamento à Cultura – SEFFIC”. Assim,
entendemos que a tramitação desta proposição deve ser admitida, pois segue linha
dos princípios e objetivos da Política Estadual de Cultura, sendo oportuna e conveniente para interesse público a medida proposta neste projeto de lei.
É importante salientar, também, que é da competência comum material do Estado, conforme artigo 23, inciso V, da Constituição Federal, proporcionar à
população os meios de acesso à cultura, o que entendemos, com a proteção dos
profissionais e espaços de cultura paraibanos, estar sendo feito nesta proposição,
pois sem apoio aos profissionais da cultura o acesso a esta será prejudicado.
Por fim, sobre a adequação orçamentária da proposta, tendo em vista a
EMENDA aprovada na CCJ, que determina que o custeio deste auxílio correrá por
conta das dotações orçamentárias consignadas ao Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba, ao Fundo de Incentivo à Cultura
Augusto dos Anjos e à Secretaria de Estado da Cultura acrescidas, se necessário,
de créditos adicionais, faz-se necessário avaliar a situação financeiras destas
unidades orçamentárias.
Conforme o site da transparência do Governo do Estado
(http://transparencia.pb.gov.br/despesas/despesas/despesa-orcamentaria), com
informações atualizadas até 15/06/2020, o Fundo de Incentivo a Cultura Augusto
dos Anjos possui crédito orçamentario anual fixado em R$4.010.727,00 para 2020, mas ainda não utilizou nenhum recurso. O Fundo de Combate e Erradicação da
Pobreza no Estado da Paraíba possui crédito orçamentario anual fixado em R$999.000,00 para 2020, tendo já utilizado R$202.898,14 e a Secretaria de Estado
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
da Cultura possui crédito orçamentario anual fixado em R$4.939.846,00 para 2020,
tendo já utilizado R$1.024.009,00, o que nos leva a entender que, em uma análise inicial, as três unidades orçamentárias juntas possuem um crédito orçamentário não utilizado de R$8.722.665,86 que, tirando suas despesas permanentes, e
acrescido da autorização legal para a abertura de crédito adicional, poderá servir parcialmente para o custeio do auxílio que aqui se cria.
Ademais, com o acolhimento das emendas apresentadas pelo Deputado Adriano Galdino, os custos com o programa serão reduzidos, facilitando sua
execução pelo Poder Executivo.
Nestas condições, opino, seguramente, pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n° 1.756/2020, nos exatos termos da EMENDAS MODIFICATIVA aprovada na
Comissão de Justiça, bem como das EMENDAS MODIFICATIVAS E ADITIVA
apresentadas em plenário, e pugno por sua regular tramitação.
É o voto. Sala das Comissões, em 18/06/2020.
Relator Especial
PROJETO DE LEI Nº 1.848/2020
Suspende a cobrança de matrículas nas
universidades e faculdades particulares, em
funcionamento no Estado da Paraíba,
enquanto não houver o término do primeiro
semestre letivo das aulas de 2020.
Exara-se parecer pela APROVAÇÃO do
Projeto.
APROVAÇAO. No que diz respeito à análise do mérito, a proposta protege o estudante, ora consumidor, dos abusos ou métodos coercitivos desleais, por parte das faculdades e universidades particulares que operam no Estado da Paraíba.
AUTOR (A): DEP. TIÃO GOMES
RELATOR (A) ESPECIAL: DEP. BOSCO CARNEIRO
PARECER DO RELATOR ESPECIAL
I - RELATÓRIO
Esta Relatoria Especial recebe para análise e parecer de mérito o Projeto
de Lei nº 1.848/2020, de autoria do Deputado Tião Gomes, o qual “Suspende a
cobrança de matrículas nas universidades e faculdades particulares, em
funcionamento no Estado da Paraíba, enquanto não houver o término do primeiro
semestre letivo das aulas de 2020”.
A matéria foi objeto de discussão e votação na reunião da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação realizada virtualmente no dia 08 de junho do
corrente ano. Na ocasião, o Dep. Dr. Taciano Diniz relatou a matéria, proferindo
parecer pela Constitucionalidade da proposta, que foi aprovada por maioria, com
abstenção do Dep. Del. Wallber Virgolino.
PROJETO DE LEI Nº 1.848/2020
Suspende a cobrança de matrículas nas
universidades e faculdades particulares, em
funcionamento no Estado da Paraíba,
enquanto não houver o término do primeiro
semestre letivo das aulas de 2020.
Exara-se parecer pela APROVAÇÃO do
Projeto.
APROVAÇAO. No que diz respeito à análise do mérito, a proposta protege o estudante, ora consumidor, dos abusos ou métodos coercitivos desleais, por parte das faculdades e universidades particulares que operam no Estado da Paraíba.
AUTOR (A): DEP. TIÃO GOMES
RELATOR (A) ESPECIAL: DEP. BOSCO CARNEIRO
PARECER DO RELATOR ESPECIAL
I - RELATÓRIO
Esta Relatoria Especial recebe para análise e parecer de mérito o Projeto
de Lei nº 1.848/2020, de autoria do Deputado Tião Gomes, o qual “Suspende a
cobrança de matrículas nas universidades e faculdades particulares, em
funcionamento no Estado da Paraíba, enquanto não houver o término do primeiro
semestre letivo das aulas de 2020”.
A matéria foi objeto de discussão e votação na reunião da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação realizada virtualmente no dia 08 de junho do
corrente ano. Na ocasião, o Dep. Dr. Taciano Diniz relatou a matéria, proferindo
parecer pela Constitucionalidade da proposta, que foi aprovada por maioria, com
abstenção do Dep. Del. Wallber Virgolino.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório.
II – VOTO DO RELATOR A proposição em análise busca suspender a cobrança de matrículas nas
universidades e faculdades particulares na Paraíba, enquanto não houver o término
das aulas do primeiro semestre do ano letivo de 2020.
Na justificativa de sua proposta, o autor ressalta a importância da medida
pretendida, visto que devido a pandemia algumas universidades e faculdades até
tentaram continuar as aulas do primeiro semestre por meio de plataformas online
para que os estudantes não sofressem a descontinuidade das aulas e ameaçasse o
seu semestre.
Entretanto, relata o parlamentar autor que recebeu muitas reclamações de
pais e alunos informando que aulas online, que deveriam ser de duas horas ou mais,
estavam sendo reduzidas para 30 ou 60 minutos. Isto quando ofereciam, pois,
muitas matérias nem aulas online disponibilizaram.
Nesse sentido, apresentou a presente proposta que suspende a cobrança de
matrículas, nas universidades e faculdades particulares na Paraíba, enquanto não
houver o término das aulas do primeiro semestre letivo de 2020.
Conforme o parágrafo 1º do artigo 157 do Regimento Interno, para a
proposição submetida a regime especial que não conte com os pareceres das
comissões, será designada, pelo Presidente da Assembleia Legislativa, Relator
Especial, para, na mesma sessão, apresentar parecer escrito ou oral. Como a
matéria foi submetida apenas a análise de constitucionalidade na CCJR, restou a
esta relatoria especial averiguar seu mérito.
Sob a ótica do mérito da propositura, entendo que o Projeto é por demais
válido e merece aprovação por este Colegiado, pelas razões que abaixo exponho.
Estamos vivendo tempos extraordinários, em que uma epidemia de grande
alcance tem afrontado as relações de consumo da sociedade paraibana, bem como
de todo o mundo.
Sem aulas, devido a pandemia do COVID-19, todas as universidades
públicas e privadas na Paraíba e no Brasil suspenderam suas atividades para evitar
a transmissão do vírus entre os estudantes, professores e suas famílias. Sem dúvidas, essa
tomada de decisão evitou que milhares de pessoas fossem contaminadas ou até mortas
pelo coronavírus.
Diante dessa suspensão, algumas universidades e faculdades estão tentando
continuar as aulas do primeiro semestre remotamente, por meio de plataformas online
para que os estudantes não sofram ainda mais com a descontinuidade das aulas.
Nesse sentido, não se mostra razoável a exigência, por parte das universidades e
faculdades particulares de compelirem os estudantes a pagarem a matrícula do segundo
semestre, sem a conclusão do primeiro semestre letivo de 2020.
Nessa esteira o estudante também é considerado consumidor, notadamente quando
realiza matrícula em instituição privada de ensino, por meio de um contrato assinado por
ambas as partes, e como tal tem seus direitos assegurado pelo Código de Defesa do
Consumidor. Assim, é selada a prestação de um serviço educacional em troca da
contraprestação de um valor financeiro para manter os gastos da instituição de ensino.
Assim, entendo que a proposta protege o estudante, ora consumidor, dos abusos
ou métodos coercitivos desleais, por parte das faculdades e universidades particulares que
operam no Estado da Paraíba.
Logo, diante de todo o exposto, posiciono-me favoravelmente à propositura,
proferindo parecer pela APROVAÇÃO do PLO 1.848/2020.
É como voto.
Plenário José Mariz, em 18 de junho de 2020.
Relator(a) Especial
DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Terça-Feira, 23 de Junho de 20206
1
PROJETO DE LEI N° 1.871/2020
Dispondo sobre a proibição de acender fogueiras em
espaços urbanos no âmbito do Estado da Paraíba
enquanto perdurar a pandemia da Covid-19 causada pelo
novo Coronavírus, e dá outras providências. Exara-se
parecer pela APROVAÇÃO da matéria.
AUTOR(A): Dep. ADRIANO GALDINO RELATOR(A): Dep. BOSCO CARNEIRO
PARECER DO RELATOR ESPECIAL
I – RELATÓRIO Esta Relatoria recebe para exame e parecer o Projeto de Lei nº 1.871/2020,
de autoria do Deputado Adriano Galdino, o qual “Dispondo sobre a proibição de
acender fogueiras em espaços urbanos no âmbito do Estado da Paraíba enquanto
perdurar a pandemia da Covid-19 causada pelo novo Coronavírus, e dá outras
providências.”
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório
2
II - VOTO DO RELATOR A proposição em análise tem por objetivo proibir que os cidadãos açendam
fogueiras em espaços urbanos, enquanto perdurar a pandemia da Covid-19, sob
pena de multa a ser aplicada pelo Poder Público.
O autor justificou de forma válida o projeto. Segue, a título de esclarecimento,
parte de sua justificativa em que aborda a finalidade da proposição: “A propositura em epígrafe trata-se de uma medida excepcional, que vai ao encontro
do posicionamento do Ministério Público da Paraíba, que expediu, recentemente,
recomendação à Prefeitura de Campina Grande para que proíba as fogueiras e fogos
juninos. Na recomendação, o Órgão Ministerial lembra que de acordo com o artigo 196 da
Constituição Federal, “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, destacando, ainda,
que a Organização Mundial de Saúde declarou situação de pandemia de covid-19, causada
pelo novo coronavírus “afeta a capacidade pulmonar dos acometidos e pode evoluir para
uma síndrome aguda respiratória grave”.
Desta forma, considerando a aproximação dos festejos juninos, faz-se necessário
buscar medidas que visem evitar acidentes causados por fogos, complicações respiratórias
provocadas pela fumaça em pessoas com asma ou com outros problemas de saúde e as
tradicionais aglomerações do período junino, para fins de preservar ao máximo os leitos de
hospitais das redes públicas e privadas.”
De início, feito esse breve resumo do conteúdo do Projeto, efetivamente cabe
a esta Relatoria analisar os aspectos “constitucional, legal, jurídico, regimental e de
técnica legislativa”, além do mérito da proposição.
Pois bem, conforme o artigo 24, inciso XII, da Constituição Federal, é de
competência legislativa concorrente dos entes federativos tratar sobre proteção da
saúde, o que entendemos ser o fundamento desta proposição. Com base em uma
rápida leitura, depreende-se que não há confronto a comando constitucionalmente
estabelecido.
Quanto à iniciativa, observa-se que a matéria saúde pública não está entre as
competências privativas do Chefe do Executivo, não violando o art. 63, §1º, II, da
CE.
No mais, o projeto considera que no mês de junho a população paraibana tem
a tradição de acender fogueiras, todavia, a fumaça agrava problemas de natureza
respiratória. Assim, como estamos vivendo a pandemia de uma doença cujo
3
contágio ocorre pelas vias respiratórias e compromete exatamente os pulmãos, é
razoável que se elimine qualquer fator externo que leve a população a adoecer e ter
que procurar hospitais ou agrave o quadro clínico de pessoas que já estão com a
Covid-19.
Neste contexto, o Ministério Público da Paraíba e algumas Prefeituras do
Estado já recomendaram à população não acender fogueiras e soltar fogos de
artifício, pois além de impactar a saúde respiratória, podem causar acidentes, como
queimaduras, demandando atendimento médico e podendo, inclusive, sobrecarregar
o sistema de saúde que já enfrenta a alta demanda dos pacientes com Covid-19.
Nestas condições, opino pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n° 1.871/2020.
É como voto.
João Pessoa, em 18 de junho de 2020.
1
PROJETO DE LEI N° 1.903/2020
Altera o quadro dos cargos efetivos da carreira do Ministério Público da Paraíba, previsto na Lei nº 11.189/2018, e dá outras providências. Exara-se parecer pela APROVAÇÃO da matéria.
Parecer pela aprovação – Não há óbice que prejudique a sua tramitação. Analisando a propositura deflagrada pelo Ministério Público Paraibano verifica-se, num primeiro momento, que as regras referentes à iniciativa de projeto de lei foram devidamente cumpridas, uma vez que cabe ao Procurador Geral enviar à Assembleia projetos cujas iniciativas sejam do MPPB. Inclusive, o MPPB chega a encaminhar, conjuntamente com o PLO 1.903/20, a previsão de impacto orçamentário e financeiro da proposição. Nesse sentido, o Parquet Estadual apresenta justificativa válida para as alterações, uma vez que na análise dos impactos financeiros ressalta, através dos dados apresentados, que a proposição irá gerar uma economia a curto e longo prazo para o Ministério Público da Paraíba.
AUTOR(A): Ministério Público do Estado da Paraíba - MPPB
RELATOR(A) ESPECIAL: Dep. João Bosco Carneiro Júnior
PARECER DO RELATOR ESPECIAL
I - RELATÓRIO
Recebo, nos termos do arts. 231 e seguintes, da Resolução n° 1.578/2012
(Regimento Interno da Casa), o Projeto de Lei nº 1.903/2020, de autoria do
Ministério Público do Estado da Paraíba - MPPB, o qual “Altera o quadro dos
cargos efetivos da carreira do Ministério Público da Paraíba, previsto na Lei nº
11.189/2018, e dá outras providências”.
Instrução processual em termos.
Tramitação na forma regimental.
É o relatório.
2
II - VOTO DO RELATOR
A proposição em análise eleva à 2ª entrância as Promotorias de Justiça de Água
Branca e São José de Piranhas. Bem como, extingue da estrutura do Ministério Público
da Paraíba:
I – as Promotorias de Justiça de Conceição e Princesa Isabel, o 2º cargo de
Promotor de Justiça, símbolo MP-2;
II – com a vacância, as Promotorias de Justiça de Cruz do Espírito Santo,
Lucena e Mari, e o cargo de Promotor de Justiça que as compõe, símbolo MP-1;
III – na Promotoria de Justiça de Queimadas, com a vacância, um cargo de
Promotor de Justiça, símbolo MP-2, reclassificando-se os demais, numericamente, de
forma decrescente;
IV – A Promotoria de Justiça de Pilar.
Bem como, ficam reclassificados, nas Promotorias de Justiça de Conceição e
Princesa Isabel, os cargos de 1º Promotor de Justiça em Promotor de Justiça. Fica
transformado, com mudança de sede, o cargo de Promotor de Justiça de Pilar, símbolo
MP-2, em 3º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça de Itabaiana, com mesmo
símbolo.
O MPPB justificou de forma válida o projeto. Segue, a título de esclarecimento,
a sua justificativa em que esclarece a finalidade da proposição:
“Pelo comando do art. 247 da Lei Complementar nº 97/2010 (Lei Orgânica do
Ministério Público da Paraíba), a definição e a alteração do quadro dos cargos
efetivos da carreira do Ministério Público se dá por lei ordinária. Atualmente, essa
definição consta da Lei Estadual nº 11.189/2018.
Ocorre que o Tribunal de Justiça da Paraíba, modificando a sua estrutura na
1ª instância, desinstalou Comarcas e Varas e elevou Comarcas de 1ª para a 2ª
entrância, gerando repercussões diretas no quadro de cargos do Ministério Público.
Este projeto de lei visa, portanto, alterar o atual quadro da carreira,
adequando a Instituição Ministerial a esse novo cenário do Poder Judiciário.
Terça-Feira, 23 de Junho de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 7
3
De maneira objetiva, no artigo 1º, propõe-se a elevação das Promotorias de
Justiça de Água Branca e de São José de Piranhas para a 2ª entrância, medida essa já
adotada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Com isso, haverá maior possibilidade
de provimento dos cargos únicos de Promotor de Justiça dessas localidades.
No artigo 2º deste anteprojeto, por sua vez, indica-se a extinção de
Promotorias de Justiça e de cargos de Promotor de Justiça em localidades em que
não há mais Comarcas ou em que houve redução de Varas.
Nesse contexto, propõe-se a extinção dos cargos de 2º Promotor de Justiça em
Conceição e Princesa Isabel, tendo em vista que o Tribunal de Justiça desinstalou
Varas nessas localidades e manteve apenas uma. A redução de um cargo de Promotor
de Justiça nesses locais deixa equiparado o número de membros do Ministério
Público com o de magistrados. Por outro lado, para adequar a denominação do cargo
restante em cada unidade, o art. 3º faz a sua devida reclassificação.
Consta, também no projeto, a extinção, com a vacância, das Promotorias de
Justiça de Cruz do Espírito Santo, Lucena e Mari e dos respectivos cargos de
Promotor de Justiça. Como é sabido, o Poder Judiciário desinstalou essas Comarcas,
não sendo mais viável a permanência de Promotorias de Justiça nessas localidades.
Propõe-se, ainda, a extinção, com a vacância, de um cargo de Promotor de
Justiça em Queimadas, com renumeração dos demais. Tal medida se faz necessária
para equiparar o número de membros do Ministério Público daquela unidade com o
de Varas da Comarca de mesma denominação. Com efeito, a Comarca de Queimadas
conta com duas Varas, enquanto que o Ministério Público, com três Promotores de
Justiça. Tal distinção havia pelo fato de a Promotoria de Queimadas dar suporte na
Comarca de Aroeiras, atuação não mais existente atualmente, tendo em vista a
desinstalação desta última Comarca e sua agregação à de Umbuzeiro, que já conta
com Promotor de Justiça. A redução, portanto, desse cargo em Queimadas, gera a
adequação com o Poder Judiciário.
No inciso IV, o art. 2º traz a extinção da Promotoria de Justiça de Pilar. Esta
proposição tem por finalidade adequar o Ministério Público à mudança produzida
4
pelo Tribunal de Justiça ao desinstalar a Comarca de Pilar e agregá-la à Comarca de
Itabaiana, com a criação nesta última da 3ª Vara. Já o cargo de Promotor de Justiça
de Pilar, nos termos do art. 4º do projeto, seria transformado em 3º Promotor de
Justiça de Itabaiana, suprindo, com mais um membro, o aumento do volume de
serviço desta última.
Por sua vez, o artigo 5º estabelece que a Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Por fim, é essencial ressaltar que a alteração no quadro dos cargos da carreira
do Ministério Público da Paraíba proposta por este projeto gera economia, a curto,
médio e longo prazo, para a Instituição. Com efeito, o valor pago a mais de uma
entrância para outra, produzido pela elevação de duas Promotorias de Justiça (Água
Branca e São José de Piranhas), que somente ocorrerá quando do provimento dos
cargos, é inferior ao que será economizado de imediato pelo não pagamento de verba
de substituição, em razão da extinção de cargos em Conceição e Princesa Isabel.
Ademais, o não provimento futuro destes dois últimos e as demais extinções com a
vacância propostas gerarão economia ainda maior, a médio e longo prazo. Para
melhor demonstração da redução de gasto decorrente do presente projeto, segue, em
anexo, documento produzido pela Diretoria Financeira da Instituição Ministerial,
com a análise dos dados.”
Inicialmente, cumpre destacar que não há óbice que prejudique a sua
tramitação. Analisando a propositura deflagrada pelo Ministério Público Paraibano
verifica-se, num primeiro momento, que as regras referentes à iniciativa de projeto de
lei foram devidamente cumpridas, uma vez que cabe ao Procurador Geral enviar à
Assembleia projetos cujas iniciativas sejam do MPPB.
Demais aspectos de constitucionalidade e juridicidade também estão cumpridos
por este projeto, uma vez que o mesmo não veicula matéria estranha à competência do
MPPB, não se imiscui no âmbito legislativo federal e prevê, de forma adequada, a
origem orçamentária das despesas que serão criadas com a aprovação deste Projeto.
5
Inclusive, o MPPB chega a encaminhar conjuntamente com o PLO 1.903/20, a
previsão de impacto orçamentário e financeiro da proposição. Nesse sentido, o Parquet
estadual, apresenta justificativa válida para as alterações, uma vez que na análise dos
impactos financeiros ressalta que as elevações de entrância das Promotorias de Água
Branca e São José de Piranhas não terão aumento de despesas de imediato, pois estão
com seus cargos vagos e são supridos por substituição cumulativa, estas não sofrem
alterações com a elevação de entrância. Neste contexto, a economia de curto prazo
será de R$ 6.400,93/mês e R$ 76.811,16/ano, no longo prazo o Ministério Público
economizará R$ 220.803,30/mês e 2.991.100,42/ano. Além disso, ao considerar a
elevação de entrância como impacto imediato, o Projeto de Lei irá gerar uma
economia no mês, com efeitos no curto prazo, de 2.496,37 e em 12 meses o valor será
de 23.918,22. No longo prazo, a economia poderá chegar, considerando a vacância e
extinção dos cargos propostos, ao valor anual de 2.938.207,48. Neste contexto,
conclui-se que os efeitos financeiros do Projeto de Lei irão gerar uma economia a
curto e longo prazo para o Ministério Público da Paraíba.
Do ponto de vista meritório, no mesmo sentido, o Projeto é de extrema solidez.
O projeto em discussão busca racionalizar e otimizar a distribuição de cargos do
MPPB, de forma que tão relevante instituição esteja à disposição, de forma adequada,
de toda a população do Estado da Paraíba.
A Procuradoria Geral de Justiça elaborou sólidos trabalhos de pesquisa, para
alcançar os termos da proposta apresentada. É de louvar a preocupação do MPPB em
criar cargos onde isso é necessário, extinguir outros onde os mesmos são redundantes
ou pouco práticos, distribuindo de forma equânime a carga de trabalho que pesa sobre
os ombros dos membros do Parquet Estadual.
Também contribui para a aprovação deste projeto o fato de o mesmo
demonstrar uma preocupação em organizar os cargos da carreira de uma forma clara,
transparente e uniforme. Assim sendo, verificando a adequação à Constituição e o
elevado grau de mérito desta louvável propositura, não vejo como me posicionar de
forma contrária a ela.
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Quanto à técnica legislativa, por sua vez, a proposição se mostra em
consonância ao que determina a Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998,
que dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis.
CONCLUSÃO:
Nestas condições, opino pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n°
1.903/2020.
É como voto.
João Pessoa, em 18 de junho de 2020
Relator(a) Especial
DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Terça-Feira, 23 de Junho de 20208
E X P E D I E N T E
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBAPraça João Pessoa s/n - Centro - João Pessoa PB
CEP 58013-900
GUILHERME BENÍCIO DE CASTRO NETOSECRETÁRIO LEGISLATIVO
FRANCISCO DE ASSIS ARAÚJODIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ACOMPANHAMENTO
E CONTROLE DO PROCESSO LEGISLATIVO
MARIA DE LOURDES MEDEIROS DE OLIVEIRADIRETORA DA DIVISÃO
DE PUBLICAÇÕES OFICIAIS
FRANCISCO DE SOUZA NETODIAGRAMADOR
EVERALDO FERNANDES DE OLIVEIRAEDITOR
01. PROJETOS DE LEI ORDINÁRIA Nºs:
231/2019 – DA DEP. CAMILA TOSCANO – Proíbe a entrada e permanência de pessoas alheias ao quadro de funcionários nas instituições de ensino do estado da Paraíba e dá outras providências.Relator: Dep. Anderson Monteiro
2. 453/2019 – DO DEP. RANIERY PAULINO- Altera a Lei nº 11.100, de 06 de abril de 2018, que cria o Programa de Educação Integral.Relator: Dep. Chió.
3. 640/2019 – DO DEP. CABO GILBERTO SILVA- Determina que a Secretaria de Educação do estado da Paraíba promova busca ativa dos alunos que estejam tendentes a abandonar as escolas no meio do ano letivo ou para o preenchimento de vagas na rede estadual de ensino.Relator: Dep. Chió.
4. 651/2019 – DO DEP. DEL. WALLBER VIRGOLINO - Dispõe sobre a obrigatoriedade da exibição de vídeos ou áudios publicitários educativos nas sessões de cinema, nos eventos culturais e esportivos de qualquer natureza realizados no estado da Paraíba, nos termos que indica.Relator: Dep. Anderson Monteiro.
5. 679/2019 – DO DEP. WALLBER VIRGOLINO - Altera parágrafo único do artigo 16 da Lei nº 7.694, de 22 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o Programa Mestre Canhoto e adota outras providências.Relator: Dep. Dr. Érico
6. 684/2019 – DA DEP. CAMILA TOSCANO - Inclui no calendário oficial de eventos do estado da Paraíba o “Círcuito Junino do Brejo” e adota outras providências. Relator: Dep. Anderson Monteiro.
7. 685/2019 – DA DEP. CAMILA TOSCANO - Inclui no calendário oficial de eventos do estado da Paraíba o “Projeto Arraiá do Interior” e adota outras providências. Relator: Dep. Chió.
8. 693/2019 – DO DEP. ANDERSON MONTEIRO - Estabelece normas gerais sobre segurança escolar no âmbito do estado da Paraíba e dá outras providências.Relator: Dep. Dr. Érico.
9. 720/2019 – DO DEP. RICARDO BARBOSA - Dispõe sobre a proteção integral aos direitos do estudante atleta.Relator: Dep. Anderson Monteiro.
10. 728/2019 – DO DEP. BUBA GERMANO - Institui murais/painéis para uso da arte do grafite em logradouros públicos como praças, parques, viadutos, muros de escolas públicas, pertencentes ao patrimônio do estado da Paraíba e dá outras providências. Relator: Dep. Dr. Érico
11. 745/2019 – DA DEP. CIDA RAMOS - Dispõe sobre a obrigatoriedade da
adoção de legenda nos filmes, nacionais e estrangeiros, exibidos no estado da paraíba, e dá outras providências.Relator: Dep. Dr. Érico
12. 762/2019 – DA DEP. CAMILA TOSCANO - Cria o vale-esporte no estado da Paraíba e dá outras providências.Relator: Dep. Chió
13. 777/2019 – DO DEP. RICARDO BARBOSA - Dispõe sobre a proibição de constrangimento ao livre exercício docente nas salas de aula dos estabelecimentos do sistema estadual de ensino.Relator: Dep. Anderson Monteiro
14. 791/2019 – DO DEP. TOVAR CORREIA LIMA - Dispõe sobre a concessão de benefício fiscal do ICMS para fomentar atividades de caráter desportivo no âmbito do estado da Paraíba e dá outras providências. Relator: Dep. Dr. Erico
15. 804/2019 – DO DEP. RICARDO BARBOSA – Institui o calendário oficial do estado da Paraíba no mês de dezembro o evento “Dezembro Faixa Preta” e dá outras providências.Relator: Dep. Chió
16. 830/2019 – DO DEP. TOVAR CORREIA LIMA – Institui a “Campanha Aluno Consciente” da rede estadual de ensino.Relator: Dep. Chió
17. 840/2019 – DA DEP. ESTELA BEZERRA – Reconhece a obra de Antônio Barros e Cecéu como patrimônio cultural imaterial do estado da Paraíba. EM APENSO O PL n° 972/19.Relator: De. Anderson Monteiro
18. 848/2019 – DO DEP. RICARDO BARBOSA - Institui a política estadual de incentivo ao voluntariado.Relator: Dr. Erico
19. 854/2019 – DO DEP. CHIÓ – Reconhece o “Troféu Gonzagão” como patrimônio cultural e imaterial do estado da Paraíba.Relator: Dr. Erico
20. PLO 878/2019 – DO DEP. RICARDO BARBOSA – Dispõe sobre a proibição de exposição de crianças e adolescentes no âmbito escolar a danças que aludam a sexualização precoce e inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate à erotização infantil nas escolas do estado da Paraíba. EM APENSO OS PL’s nº’s 920/2019 e 944/2019.Relator: Chió
Sala das Comissões, 23 de junho de 2020.
ESTADO DA PARAÍBA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Casa de Epitácio Pessoa
2ª Sessão Legislativa - 19ª Legislatura
SECRETARIA LEGISLATIVA DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA ÀS COMISSÕES
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS
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2ª Sessão Legislativa - 19ª Legislatura
SECRETARIA LEGISLATIVA DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA ÀS COMISSÕES
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS Pauta da 2ª Reunião Extraordinária
Local: Videoconferência Data: 25/06/2020 (Quinta-feira) Horário: 15:00
MEMBROS TITULARES PARTIDO Dep. Estela Bezerra
(Presidente) PSB
Dep. Chió (Vice-Presidente) REDE Dep. Anderson Monteiro PSC
Dep. Dr. Érico PPS
MEMBROS SUPLENTES PARTIDO Dep. Pollyanna Dutra PSB
Dep. Cida Ramos PSB Dep. Camila Toscano PSDB
Dep. Dep.
Secretário Legislativo: Guilherme Benício de Castro (Tel: 3214-4586) Diretora do Departamento: Marta Carolina Soares (Tel: 3214-4501) I – Discussão e votação da Ata II – Expediente III – Ordem do Dia/Pauta
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS
PAUTA
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