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ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA
COOPERATIVA CENTRAL AURORA
ALIMENTOS, NA ÁREA
DE MANUTENÇÃO MECÂNICA
Fernando Zambeli
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA EMPRESA COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS NA
ÁREA DE MANUTENÇÃO MECÂNICA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Fernando Zambeli
Santa Maria, RS, Brasil2012
ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA EMPRESA COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS NA ÁREA
DE MANUTENÇÃO MECÂNICA
por
Fernando Zambeli
Estágio curricular apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia
Mecânica, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS),
como pré-requisito para a obtenção de grau de Engenheiro Mecânico.
Orientador: Prof. Sérgio Sebalhos Souza, Eng.
Santa Maria, RS, Brasil
2012
Universidade Federal de Santa MariaCentro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio Curricular Supervisionado
ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS NA ÁREA DE MANUTENÇÃO MECÂNICA
elaborado por
Fernando Zambeli
como requisito parcial para obtenção do grau deEngenheiro Mecânico
COMISSÃO EXAMINADORA:
__________________________________________________ Prof. Sérgio Sebalhos Souza, Eng. (Orientador)
__________________________________________________
__________________________________________________
Santa Maria, 02 de julho de 2012.
Agradecimentos
Para as pessoas que sempre foram meu porto seguro durante esta trajetória,
que nunca disseram um não para mim. Meus pais Ilzo e Neiva.
A minha irmã Patrícia, pela compreensão, amizade e companheirismo nos
momentos bons e ruins dessa trajetória.
Aos meus colegas de faculdade pela união e apoio.
Aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado, às vezes perto, às
vezes longe, mas que de certa forma apoiaram nessa realização.
A Cooperativa Central Aurora Alimentos, pela oportunidade de realizar o
estágio curricular.
Ao supervisor do estágio e aos colegas de empresa entre outros que nunca
mediram esforços para contribuir na realização das atividades e na formação
profissional.
RESUMO
Relatório de Estágio ObrigatórioCurso de Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Santa Maria
ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS NA ÁREA DE MANUTENÇÃO MECÂNICA
AUTOR: FERNANDO ZAMBELIORIENTADOR: Prof. SÉRGIO SEBALHOS SOUZA, Eng.Data e Local da Defesa: Santa Maria, 02 de julho de 2012.
Este relatório descreve as atividades realizadas pelo estagiário Fernando Zambeli,
acadêmico de engenharia mecânica, na empresa Cooperativa Central Aurora
Alimentos, em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, durante o período de
07/02/2012 até 29/06/2012. As atividades foram desenvolvidas junto ao
departamento de manutenção mecânica, sob a supervisão do Engenheiro Mecânico
Rodrigo Spillari, onde foram desenvolvidas atividades gerais para o conhecimento
do funcionamento do frigorífico e atividades específicas do setor de manutenção
mecânica, como a elaboração de layout, acompanhamentos e execução de
atividades, dimensionamentos, avaliações ente outros. Ao final do estágio pode-se
entender o fluxo de trabalho na empresa e verificar também importância do trabalho
em equipe.
Palavras-chave: Frigorífico; engenharia; manutenção;
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Marcas representadas pela Cooperativa Central Aurora Alimentos..........12
Figura 2 - Ganchos e refratários................................................................................16
Figura 3 - Soldagem ferro fundido.............................................................................16
Figura 4 - Rachadura na parede................................................................................17
Figura 5 - Rede de vapor saída das caldeiras...........................................................17
Figura 6 - Flambagem pelo STRAP...........................................................................19
Figura 7 - Terceira viga para ter um maior coeficiente de segurança........................19
Figura 8 - Desenho técnico da estrutura metálica.....................................................20
Figura 9 - Novo layout................................................................................................21
Figura 10 - Nova bancada de serviço........................................................................21
Figura 11 - Tubulação no setor miúdos internos.......................................................22
Figura 12 - Posição dos perfis...................................................................................23
Figura 13 - Momento fletor vigas longitudinais..........................................................23
Figura 14 - Tensão de cisalhamento nas vigas longitudinais....................................24
Figura 15 - Momento fletor vigas transversais...........................................................25
Figura 16 - Tensão de cisalhamento vigas tranversais..............................................25
Figura 17 - Embutideira Risco RS 2005V.................................................................26
Figura 18 - Layout da sala de soldagem...................................................................28
Figura 19 - Suporte para termometro........................................................................29
Figura 20 - Calha lavador..........................................................................................30
Figura 21 - Chapa 1...................................................................................................30
Figura 22 - Chapa 2 ……………………………………………………………………….30
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Especificações tubo aço Schuldle 80.......................................................18
Tabela 2 - Perfil selecionado ....................................................................................18
Tabela 3 - Perfil selecionado vigas longitudinais ......................................................24
Tabela 4 - Resultados obtidos para as vigas longitudinais .....................................24
Tabela 5 - Perfil selecionado vigas transversais .....................................................25
Tabela 6 - Resultados obtidos para vigas transversais ...........................................25
Tabela 7 - Dados para dimensionamento da tubulação ..........................................27
Tabela 8 - Planilha excel da empresa Bermo...........................................................29
Sumário
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................10
2. HISTÓRICO DA EMPRESA...............................................................................11
2.1 Perfil da Empresa........................................................................................12
2.2 Produtos.......................................................................................................13
3. ESTÁGIO...........................................................................................................14
3.1 Departamento de Manutenção.....................................................................14
3.1.1 Manutenção Corretiva...........................................................................15
3.1.2 Manutenção preventiva.........................................................................15
3.1.3 Manutenção preditiva............................................................................15
3.2 Atividades desenvolvidas no estágio...........................................................16
3.2.1 Sugestão melhoria refratários das caldeiras.........................................16
3.2.2 Sugestão de soldagem em ferro fundido...............................................17
3.2.3 Estrutura para suporte de redes de vapor.............................................18
3.2.4 Sugestão de melhoria no layout do setor de manutenção...................22
3.2.5 Melhoria da tubulação no setor miúdos internos...................................23
3.2.6 Dimensionamento de estrutura metálica para o setor do abate............24
3.2.7 Acompanhamento instalação Embutideira Risco..................................27
3.2.8 Dimensionamento da tubulação dos tanques de cozimento.................28
3.2.9 Sugestão de melhoria no layout da sala de soldagem..........................29
3.2.10 Suporte para termômetro...................................................................30
3.2.11 Dimensionamento lavador de carcaça...............................................31
3.3 Demais atividades........................................................................................32
4. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................34
5. ANEXOS............................................................................................................35
5.1 Cronograma das atividades.........................................................................35
10
1. INTRODUÇÃO
O estágio é um método de aprendizagem imprescindível a um profissional
que almeja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira. Está no
estágio a chance de assimilar a teoria e a prática, aprender as particularidades e
"macetes" da profissão e avaliar a realidade do dia-a-dia na área em que o
acadêmico escolheu para exercer sua profissão.
Com isto, o relatório tem como intuito descrever as atividades
desempenhadas pelo acadêmico de Engenharia Mecânica da UFSM (Universidade
Federal de Santa Maria), Fernando Zambeli, na empresa Cooperativa Central
Aurora Alimentos. O período em que foram realizadas as atividades foi de 07 de
fevereiro de 2012 até o dia 29 de junho de 2012.
Entre as atividades desenvolvidas neste período de estágio, destacam-se as
experiências adquiridas no setor de engenharia de manutenção e na área de
utilidades (frio e calor).
11
2. HISTÓRICO DA EMPRESA
Em meados do ano de 1969, na cidade de Chapecó, em uma assembleia
realizada com feito oficial de estabelecer uma sociedade cooperativa, onde dezoito
homens, os quais estavam representando oito cooperativas do Oeste catarinense,
se uniram para formar a Cooperativa Central Aurora Alimentos. A finalidade inicial
era somente melhorar as condições do produtor rural de suínos e obter espaço no
mercado.
Atualmente é um dos maiores conglomerados industriais do Brasil e sendo
referência mundial na tecnologia de processamento de carnes, conta com treze
cooperativas filiadas, mais de 70 mil associados e mais de 15 mil funcionários.
Sua atuação envolve o mercado de carnes suínas, de aves, de pizzas e de
laticínios, com uma ampla variedade de produtos. Gerida pelos princípios do
Cooperativismo, que se fundamentam no trabalho coletivo e na partilha dos
resultados.
Na unidade industrial da cidade de São Miguel do Oeste, onde foi realizado o
estágio, a Aurora foi fundada em 1º de setembro de 1981, quando adquiriu as
instalações do então Frigorífico Peperi S.A., dando início a uma longa história de
trabalho e fortalecimento. Hoje sendo a maior empresa em arrecadação e em
número de funcionários do município e que, atualmente, emprega em torno de 800
pessoas, distribuídos nas áreas de produção, manutenção e administração.
Como produção inicial, a empresa realizava o abate de suínos e o corte de
congelados. Seis anos depois, iniciaram o processo de industrialização de
embutidos. Hoje tem a capacidade de abate de aproximadamente 2.000 suínos por
dia e industrialização de 90 mil quilos de presuntos e apresuntados diariamente.
Além destes, a unidade local produz resfriados, congelados e salgados, que são
destinados para os mercados interno e externo. Usufruem dos produtos países
como Argentina, Uruguai, Honk Kong, África do Sul, entre outros.
12
2.1 Perfil da Empresa
A Aurora possui um forte compromisso com o consumidor e com todos
os que participam da cadeia produtiva, isso faz com que tenha um equilíbrio em
seus objetivos empresariais com compromisso social, valorizando o produtor rural e
garantindo força e qualidade à produção.
- Valores:
São Regras que constituem a postura, comportamento, padrões sociais
aceitos ou mantidos por indivíduo, classe, sociedade. Na Aurora, em todas as
atividades são priorizados os valores abaixo:
Ética - proceder com lealdade, confiança, honestidade, respeito e
transparência;
Qualidade - atender às expectativas do público relevante, através de
processos e pessoas qualificadas e comprometidas;
Confiança - conquistada através de relacionamentos duradouros, embasados
em boa comunicação, satisfação, credibilidade e comprometimento;
Cooperação - praticar os princípios do cooperativismo nas relações internas,
externas e com as Cooperativas Filiadas;
Sustentabilidade – promover o desenvolvimento econômico, buscando o bem
estar social e a preservação do meio-ambiente.
- Visão:
Sermos referência como cooperativa fornecedora de alimentos.
- Missão:
Valorizar a qualidade de vida no campo e na cidade, produzindo alimentos de
excelência.
- Política da qualidade:
Promover a satisfação dos clientes e o crescimento da Cooperativa Central
Aurora Alimentos, produzindo e comercializando alimentos de qualidade e seguros,
13
através da melhoria contínua dos processos, atendimento às legislações e da
capacitação dos funcionários.
- Objetivos da qualidade:
Clientes Satisfeitos;
Crescimento da Cooperativa Central Aurora Alimentos;
Melhoria Contínua;
Funcionários Capacitados;
Garantia de segurança alimentar e atendimento às legislações.
2.2 Produtos
A Cooperativa Central Aurora Alimentos tem uma ampla variedade de
produtos industrializados como lasanhas, pizzas, empanados, fatiados,
hambúrgueres, salame, salsichas, entre outros. Também possui cortes de suínos e
cortes de frango, além de produtos lácteos. São representados pelas marcas abaixo
na Figura 1.
Figura 1 - Marcas representadas pela Cooperativa Central Aurora Alimentos. Disponível em: www.auroraalimentos.com.br (adaptado).
14
3. ESTÁGIO
A realização do estágio foi baseada em um cronograma desenvolvido pelo
Eng. Rodrigo Spillari, responsável pelas atividades de estágio de Engenharia
Mecânica dentro da empresa, onde foram repassadas variadas atividades
corriqueiras de um frigorífico e de um departamento de manutenção industrial.
No início do estágio, mais especificamente no dia 7 de fevereiro de 2012, foi
apresentada a empresa, visitando os mais diversos setores, para desde já ir se
familiarizando com o ambiente de trabalho.
A primeira semana foi utilizada para ambientação com todo o departamento,
para conhecer os colaboradores, suas determinadas funções e atribuições no dia-a-
dia da empresa, também ambientando-se com os demais setores e a fábrica em um
todo.
No dia 17 de fevereiro foi realizada a integração para os novos funcionários,
uma atividade que também é de muita importância a qual os colaboradores são
apresentados as normas da empresa, conhecimentos dos setores entre outros.
3.1 Departamento de Manutenção
A manutenção industrial , como todos os setores das empresas, adquiriu
cada vez mais a sua função de manter o estado das máquinas e equipamentos e
prevenir falhas e quebras evitando:
Diminuição ou interrupção da produção;
Atrasos nas entregas;
Perdas financeiras;
Aumento de custos;
Defeitos de fabricação;
Insatisfação de clientes.
As competências exclusivas da área em linhas gerais são elaborar planos de
manutenção, fazer orçamentos de materiais, serviços e equipamentos, fiscalizar,
acompanhar e controlar serviços de manutenção industrial, interpretar e executar
projetos de instalação de equipamentos, conhecer e aplicar procedimentos e
15
normas de manutenção, programar, planejar e executar manutenção rotineiras e em
paradas previstas, avaliar e quantificar equipes para realização de serviços,
especificar e identificar materiais mecânicos.
Em termos operacionais a manutenção industrial é organizada em corretiva,
preventiva e preditiva.
3.1.1 Manutenção Corretiva
A Manutenção Corretiva é aquela de atendimento imediato á produção,
quando a máquina ou equipamento apresenta defeito ou falha. O procedimento
normal para uma solicitação de um serviço de emergência é a emissão de uma
Ordem de Serviço (OS), onde o solicitante, normalmente o responsável pela
produção, informa a falha ocorrida e a prioridade necessária no atendimento.
3.1.2 Manutenção preventiva
A Manutenção Preventiva tem como finalidade, a realização de tarefas que
prolonguem a vida de máquinas e equipamentos, prevenindo quebras e procurando
observar o equipamento com diversos métodos de medições e análise, que levem a
programação de manutenção corretiva, antes que o equipamento falhe. A
manutenção preventiva trabalha com inspeções periódicas, de maneira a prevenir
falhas e mesmo prolongando a vida de componentes que muitas vezes, por
recomendações de históricos anteriores, deveriam ser trocadas, mas que através
análises diversas, constata-se a sua integridade, ganhando uma sobrevida. Na
manutenção preventiva, normalmente, se inclui a lubrificação que tem caráter de
manutenção preditiva, mas que, através de acompanhamentos normalizados pela
manutenção preventiva, pode-se prolongar a vida do lubrificante, diminuindo custos.
3.1.3 Manutenção preditiva
É um tipo de ação preventiva baseada no conhecimento das condições de
cada um dos componentes das máquinas e equipamentos. Esses dados são obtidos
por meio de um acompanhamento do desgaste de peças vitais de conjuntos de
16
máquinas e de equipamentos. Testes periódicos são efetuados para determinar a
época adequada para substituições ou reparos de peças.
3.2 Atividades desenvolvidas no estágio
Os dias iniciais do estagiário na empresa foram utilizados para o
conhecimento e adaptação aos trabalhos feitos pelo departamento de manutenção.
Obviamente algumas coisas não ficavam claras de antemão, mas para
esclarecimento e explicações adicionais sempre houve a cooperação do pessoal do
setor, onde eles puderam passar vasto conhecimento a cerca do frigorífico
(equipamentos, processos, materiais).
Após estes dias iniciais, duas semanas foram utilizadas para o estagiário
fazer acompanhamento e execução de atividades no setor de manutenção e setores
de utilidades (frio e calor) e para devidas sugestões de melhorias se estas fossem
percebidas.
Com o exposto acima podemos ter noção de tarefas em geral realizadas
pelo estagiário, mas a partir de agora vamos trazer a tona algumas delas.
3.2.1 Sugestão melhoria refratários das caldeiras
Foi realizada uma sugestão de melhoria na manutenção das paredes com
refratários nas fornalhas das caldeiras, com o objetivo de ter uma maior resistência
e durabilidade.
Utilização de refratários vazados com sistema conhecido informalmente como
''pé de galinha'', onde além do procedimento normal é adicionado mais os pé de
galinhas (ganchos) que são soldados em uma tira de aço o qual também esta
soldado , assim havendo uma maior fixação.
A utilização dos ''pés de galinhas'' deve ser adotada conforme cada projeto,
onde seja levada em consideração as linhas e colunas de refratários que melhor
atendam as necessidades de cada fornalha.
Abaixo na Figura 2 um desenho realizado no programa SolidWorks para
melhor entendimento.
17
Figura 2 - Ganchos e refratários.
3.2.2 Sugestão de soldagem em ferro fundido
A solda deve ser feita alternadamente e por etapas com cordões retos e curtos
com comprimento máximo de 30 mm conforme a Figura 3. A máquina de soldagem
deve operar com baixa amperagem. O eletrodo deve ser de pequeno diâmetro e a
velocidade de soldagem deve ser alta para evitar o excesso de calor localizado.
Figura 3 - Soldagem ferro fundido.
A solda alternada com cordões curtos tem a finalidade de manter um baixo
aporte de calor na peça e diminuir ao máximo as tensões de soldagem e
consequentemente a deformação.
18
3.2.3 Estrutura para suporte de redes de vapor
O objetivo foi elaborar uma alternativa para suportar às cargas das redes de
vapor que saem das caldeiras e passam até a fábrica, para a eliminação da
sobrecarga que esta ocorrendo no atual ponto de fixação. Seguem as Figuras 4 e 5
da atual situação.
Figura 4 - Rachadura na parede.
Figura 5 - Rede de vapor saída das caldeiras.
19
Foi realizado um estudo das reações de apoio no local, calculado e
dimensionado um perfil adequado no catálogo da Gerdau.
Para base de cálculos considerando o tubo aço Schuldle 80 ( 4''), com as
seguintes especificações conforme a Tabela 1.
Tabela 1 - Especificações tubo aço Schuldle 80.
Diâmetro
interno
114
mm
Diâmetro
externo
97,2
mm
Espessura 8,56
mm
Peso 22
Kg/m
O perfil selecionado no catálogo do fabricantes é abaixo detalhado conforme a
Tabela 2.
Tabela 2 - Perfil selecionado.
Perfil U enrijecido
Dimensõe
s
150x60x20
mm
Peso 6,83 kg/m
Ix 5,82 cm
Iy 2,18 cm
Jx 295,19 cm⁴
Jy 41,53 cm⁴
Utilizando o programa STRAP ''Sctructural steel design'', utilizando-se das
reações previamente balizadas, para calcular a flambagem da estrutura com o
20
auxilio do mesmo onde o valor 100% representa o limite, assim não ocorrendo
flambagem nem rupturas na estrutura conforme melhor interpretado pela Figura 6
e com auxilio do SolidWorks nas Figuras 7 e 8 para elaborar o desenho técnico,
ainda foi colocado uma terceira viga para ter um maior coeficiente de segurança.
Figura 6 - Flambagem pelo STRAP.
21
Figura 7 - Terceira viga para ter um maior coeficiente de segurança.
Figura 8 - Desenho técnico da estrutura metálica.
22
3.2.4 Sugestão de melhoria no layout do setor de manutenção
Foi elaborado um novo layout com várias trocas no setor, onde possibilite um
melhor aproveitamento da área estando conforme Figura 9, também sendo
dimensionada uma nova bancada de trabalho que permite um melhor desempenho
dos técnicos, com um espaço melhor planejado e com maior facilidade para a
organização conforme Figura 10.
Figura 9 - Novo layout.
23
Figura 10 - Nova bancada de serviço.
3.2.5 Melhoria da tubulação no setor miúdos internos
Foi dimensionada uma nova distribuição da tubulação do setor miúdos
internos com o objetivo de um melhor aproveitamento do espaço e uma redução de
material ocupado como aparece na Figura 11, e com o finalidade de orçar um
isolamento para esta rede de tubo. Segue as medidas das tubulações
redimensionadas abaixo no desenho técnico.
24
Figura 11 - Tubulação no setor miúdos internos.
3.2.6 Dimensionamento de estrutura metálica para o setor do abate.
Com a finalidade de substituir a estrutura metálica atual no setor de abate, foi
feito o dimensionamento dos perfis a serem utilizados. Os cálculos foram feitos para
o perfil do tipo U enrijecido, sendo utilizados dois de sentidos opostos, conforme
Figura 12.
Cálculos para o perfil do tipo U enrijecido, sendo utilizados dois de sentidos
opostos conforme a figura abaixo.
25
Figura 12 - Posição dos perfis.
Os valores atribuídos para montagem das reações de apoio foram os
seguintes: porcos (130kg) a cada 80 cm; trilho (100kg por m) e para cada roda de
norea (100 kg).
Para os cálculos foram escolhidas as vigas com maior carregamento,e as
reações foram calculadas, sendo abaixo demonstradas algumas, sendo que a barra
com maior carregamento ficou desta forma distribuída, primeiramente para as vigas
longitudinais conforme Figuras 13 e 14.
Figura 13 - Momento fletor vigas longitudinais.
Figura 14 - Tensão de cisalhamento nas vigas longitudinais.
26
O perfil dimensionado é do tipo U enrijecido com as seguintes características
conforme a Tabela 3.
Tabela 3 - Perfil selecionado vigas longitudinais.
Dimensões 200x75x35 mm
Peso 8,98 kg/m
Espessura 3,04 mm
Distância entre os perfis 20 mm
Sendo assim calculados tensão de cisalhamento, tensão de flexão, flecha
máxima e coeficiente de segurança, os resultados apresentados estão na Tabela 4
abaixo.
Tabela 4 - Resultados obtidos para as vigas longitudinais.
Tensão de flexão máxima devido as cargas 49,169 MPa
Tensão de flexão devido ao peso da barra 1,873 MPa
Tensão de cisalhamento devido as cargas 1,668 MPa
Tensão de cisalhamento devido ao peso da barra 0,07024 MPa
Coeficiente de segurança 2,37
Flecha máxima 18,27 mm
Para as vigas transversais, sobrepostas as vigas longitudinais, para o cálculo
foi escolhida a viga com maior carregamento,cujas reações estão nas Figuras 15 e
16, o perfil para esta situação também foi dimensionado de perfil U duplo enrijecido,
o qual foi utilizado para os cálculos e esta estabelecido com as características na
Tabela 5.
27
Figura 15 - Momento fletor vigas transversais.
Figura 16 - Tensão de cisalhamento vigas tranversais.
Tabela 5 - Perfil selecionado vigas transversais.
Dimensões 100x50x17 mm
Espessura 3,04 mm
Peso 5,02 kg/m
Distância entre
perfis
20 mm
Os resultados obtidos para as devidas reações e perfil determinado foram
estabelecidos conforme a Tabela 6 .
Tabela 6 - Resultados obtidos para vigas transversais.
Tensão de flexão máxima devido as cargas 8,678 MPa
Tensão de flexão devido ao peso da barra Desprezível
Tensão de cisalhamento devido as cargas 0,434 MPa
Tensão de cisalhamento devido ao peso da barra 0,00723 MPa
28
Coeficiente de segurança 13
Flecha máxima Desprezível
3.2.7 Acompanhamento instalação Embutideira Risco
Uma das propostas do estágio era acompanhamento das obras de instalação
da embutideira, uma depiladeira e das alterações de layout, até o presente relatório
apenas foi realizado a instalação da Embutideira da marca Risco, fabricação
italiana, de modelo RS 2005V, especifica para o embutimento de presunto. A
instalação foi feita em um final de semana onde a produção apresenta-se parada,
pelos técnicos da Aurora e por um técnico da empresa representante da marca
Risco no Brasil. As grandes vantagens vistas no equipamento foram a produtividade
elevada, peso exato das porções, conservação da estrutura do presunto entre
outras. As suas principais características técnicas são a produção horária de
12.500 kg/h , pressão máxima de embutimento 15 bar, potência instalada 10 Kw. A
Figura 17 abaixo ilustra o equipamento.
Figura 17 - Embutideira Risco RS 2005V. Disponível em: www.risco.it .
3.2.8 Dimensionamento da tubulação dos tanques de cozimento
A idade da tubulação tem grandes influências no valor das perdas de carga,
devido ao aumento da rugosidade interna que se verifica com o correr do tempo em
consequência da corrosão e da formação de incrustações.
29
O aumento da rugosidade chega frequentemente a 10 vezes, dependendo do
material da tubulação e do fluido conduzido, assim aumentando do coeficiente de
atrito e as perdas de carga.
Com a finalidade de trocar a tubulação atual dos tanques de cozimento, foi
feito o dimensionamento dos diâmetros a serem empregados, seguem abaixo os
cálculos executados .
Cálculos
Utilizando-se dos valores já aferidos em outra medições conforme a Tabela 7.
Tabela 7 - Dados para dimensionamento da tubulação.
Tanques Litros/hora m³/
dia
Horas de uso diário
40 1064 22,34 20
Para esse cálculo, tendo-se a vazão e a velocidade econômica chega-se ao
diâmetro desejado, utilizando-se da equação V= Q/A = 4Q/πd².
Onde:
Q= Vazão do líquido.
A= Área da tubulação.
d= Diâmetro da tubulação.
D² = 0,31028 m³/s x 4 / π x 25 m/s .
D = 0,125 metros.
D = 125 mm aproximadamente 5''.
Dividindo-se em dois tubos de 2,5''.
Cálculo pelo dispositivo distribuído pelo representante da marca Bermo em
forma de planilha Excel, conforme abaixo na Tabela 8.
Tabela 8 -Planilha excel da empresa Bermo.
30
3.2.9 Sugestão de melhoria no layout da sala de soldagem
Foi organizado um novo layout, Figura 18, com algumas mudanças na sala,
onde permita um melhor aproveitamento da área, também sendo dimensionada uma
nova mesa de trabalho que permite um melhor desempenho dos técnicos, para que
haja mais trabalhos simultâneos, com um ambiente melhor planejado e com dois
exaustores para uma melhor circulação de ar, assim possibilitando ter uma maior
facilidade para a organização.
Figura 18 - Layout da sala de soldagem.
3.2.10 Suporte para termômetro
31
Foi elaborado juntamente com o laboratório de metrologia um suporte para
termopar, o qual mede a temperatura de peças de presunto, com isso deseja-se ter
um funcionamento com menor índice de quebras do equipamento e uma melhor
desempenho nas medições de temperatura. O equipamento foi desenhado pelo
estagiário, o material utilizado para o equipamento foi Nylon. O desenho técnico
esta representado na Figura 19.
Figura 19 - Suporte para termometro.
3.2.11 Dimensionamento lavador de carcaça
32
Foi elaborado pelo estagiário, na forma de desenho técnico,Figuras 20, 21 e
22, o dimensionamento da chaparia de um novo lavador de carcaças, para
substituição do atual, o qual esta muito desgastado e apresenta muitos respingos e
chuviscos, não conseguindo segurar os jatos de água. O material utilizado foi aço
inox.
Figura 20 - Calha lavador.
Figura 21 - Chapa 1.
Figura 22 - Chapa 2.
3.3 Demais atividades
33
Também conseguiu-se adquirir conhecimentos em diversas áreas como por
exemplo pneumática, hidráulica, lubrificação e elétrica entre outras. Com isso, tudo
despertou-me a curiosidade de ver de tudo um pouco, aprender, ensinar, se
indignar, entristecer e sorrir, tudo veio a contribuir com a formação profissional e
com isso moldar um perfil profissional.
Além destas atividades citadas anteriormente foram executadas diversas
outras, um frigorífico tem uma gama muito grande de atividades que despertaram e
intrigam a imaginação. E também vale ressaltar que diariamente apareciam
atividades extras, das mais simples como limpeza da oficina nas quartas-feiras e
como fazer força física carregando equipamentos, variando até as mais difíceis
como dimensionamento de estruturas metálicas. Também vale destacar o bom
conhecimento e experiência que adquiri sobre diversas máquinas como
embutideiras, nóreas, tambleres, digestores entre tantas outras.
CONCLUSÕES
34
A experiência do trabalho permitiu assimilar várias informações que foram
ensinados em teoria, desta forma foi possível distinguir aquilo que precisamos
aprender e nos aperfeiçoar. Torna-se mais fácil identificar deficiências e as falhas.
Dessa forma o estágio tornou-se o momento mais apropriado para extrair benefícios
dos erros e também auferir a qualidade do ensino que temos de acordo com as
dificuldades que enfrentamos.
Ao perto do término do estágio fica evidente que a empresa cumpriu com sua
palavra e deu condições para o bom desenvolvimento das atividades estabelecidas,
principalmente pelos colegas de trabalho.
4. BIBLIOGRAFIA
35
36
5. ANEXOS
5.1 Cronograma das atividades
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