estudo experimental das alteraÇÕes morfolÓgicas do intestino grosso em...
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i
MARIA CRISTINA COSTA RESCK
ESTUDO EXPERIMENTAL DAS ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DO INTESTINO GROSSO EM RATOS
SUBMETIDOS À OPERAÇÃO DE DERIVAÇÃO
JEJUNOILEAL.
CAMPINAS
2010
iii
MARIA CRISTINA COSTA RESCK
ESTUDO EXPERIMENTAL DAS ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DO INTESTINO GROSSO EM RATOS
SUBMETIDOS À OPERAÇÃO DE DERIVAÇÃO
JEJUNOILEAL.
Tese de Doutorado apresentada à Pós-Graduação da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual
de Campinas, para obtenção do Título de Doutor em
Ciências Médicas, Área de Cirurgia
ORIENTADOR- Prof. Dr. Nelson Adami Andreollo
CAMPINAS
2010
iv
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP
Bibliotecário: Sandra Lúcia Pereira – CRB-8ª / 6044
Título em inglês : Experimental study of the morphological changes of the large intestine in rats submitted to jejunoileal bypass operation
Keywords: Nitrite
Vitamin C
Jejunoileal bypass
Large intestine
Mitosis
Titulação: Doutor em Cirurgia Área de concentração: Cirurgia
Banca examinadora: Prof. Dr. Nelson Adami Andreollo Prof. Dr. Cláudio Saddy Rodrigues Coy Prof. Dr. Elinton Adami Chaim Prof. Dr. Antônio Juliano Breyner Prof. Dr. Adelino Moreira de Carvalho
Data da defesa: 12-02-2010
Resck, Maria Cristina Costa
R311e Estudo experimental das alterações morfológicas do intestino
grosso em ratos submetidos à operação de derivação jejunoileal /
Maria Cristina Costa. Campinas, SP : [s.n.], 2009.
Orientador : Nelson Adami Andreolo, Norair Salviano dos Reis
Tese ( Doutorado ) Universidade Estadual de Campinas. Faculdade
de Ciências Médicas.
1. Nitritos. 2. Vitamina C. 3. Derivação jejuno-ileal. 4.
Intestino grosso. 5. Mitose. I. Andreollo, Nelson Adami. II. Reis,
Norair Salviano dos. III. Universidade Estadual de Campinas.
Faculdade de Ciências Médicas. IV. Título.
v
vi
...Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse amor, seria como um bronze, que soa, ou como um símbolo, que tine.
Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de todas as ciências,
ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se eu não tivesse amor, eu nada seria.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que eu entregasse o meu corpo às chamas, se eu não tivesse amor, isso nada me adiantaria.
O amor é paciente O amor é prestativo
Não é invejoso, não se ostenta, Não se enche de orgulho. Nada faz de incoveniente,
Não procura o seu próprio interesse, Não se irrita, não guarda rancor, Não se alegra com as injustiças, Mas regozija-se com a verdade,
Tudo desculpa, tudo crê, Tudo suporta.
O amor jamais passará... Quanto às profecias, desaparecerão... Quanto às línguas, cessarão.
Quanto à ciência, também desaparecerá. Pois nosso conhecimento é limitado. E limitada é nossa profecia. Mas quando vier a perfeição, o que é limitado, desaparecerá...
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança.
Depois me tornei homem. fiz desaparecer o que era próprio de menino. Agora vemos um espelho de maneira confusa, mas depois, conhecerei como sou
conhecido. Agora, portanto, permanecem a fé, esperança, o amor. estas três coisas.
...A maior delas, porém, é o amor...
São Paulo aos Coríntios.
vii
DEDICATÓRIA
Aos meus pais,
JOSÉ RESCK JÚNIOR e MARTHA MARIA COSTA RESCK,
Àqueles que meio a correria do dia-dia tiveram que ceder um minuto de atenção, cederam
ouvidos atentos, palavras de incentivo e de esperança, que iluminaram meu caminho e
nortearam a minha existência.
Desprenderam um sorriso gentil, pequena e grande gentileza de quem está preso nas
armadilhas da ira...
O silêncio frente à ignorância disfarçada de ciência.
A tolerância com quem perdeu o equilíbrio
Um olhar de ternura para quem pena na amargura...
Sem as atitudes aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez consegui
realizar...
Um abraço afetuoso nos momentos em que a dor nos visita a alma...
Um olhar compassivo, quando extraviamos do caminho reto.
Um incentivo sincero de alguém que um dia me ensinou a andar, me alimentou e mostrou-
me a importância de unir as minhas mãos para orar e agradecer...
Que essas mesmas mãos que me acariciaram hoje acariciam e orientam minhas filhas,
suas netas...
Que desejam me ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável...
Todas essas atitudes que embelezam a vida, e que se um dia alguém me disser que esses
pequenos gestos são como gotas d’água no oceano, responderei como Madre Tereza de
Calcutá, que sem essa gota o oceano seria menor.
viii
DEDICATÓRIA
Às minhas filhas RAFAELLA e ISABELLA,
É a flor que enche de perfume a minha alma.
Mas como flor, afinal, precisa de cuidados...
Feita de ilusões, fantasias e sonhos, é frágil e
por isso devemos cultivá-las...
Cuidarei com amor, carinho e dedicação destas
sementes que plantei, vejo crescer e quero vê-
las florir... colorir o mundo, enchê-lo de
perfumes e essências vitais a sobrevivência
humana.
ix
“O amor é quando a gente mora um no outro”.
Mário Quintana
x
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Ao Professor Dr. NELSON ADAMI ANDREOLLO, titular da
Universidade Estadual de Campinas, meu orientador, meu mestre, que com
paciência, coragem e tolerância muito me ajudou nos momentos difíceis desta
caminhada. Seus conhecimentos me deram meios para viver e sua sabedoria
razões para viver. Minha eterna gratidão.
Ao Professor Dr. NORAIR SALVIANO DOS REIS, professor da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, meu co-orientador, meu amigo, que
permitiu que meus sonhos se concretizassem abrindo as portas da Unicamp,
me incentivando sempre à busca pelo conhecimento. Seus exemplos e sua
sabedoria para sempre os levarei...
xi
AGRADECIMENTOS
À UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS- UNICAMP, minha
segunda casa, pela acolhida, pela amizade e compreensão de todos, pelas
portas abertas. Sem esse apoio nada seria possível.
À UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO - UNIFENAS,
minha primeira casa. Casa onde me graduei, onde aprendi os primeiros
preceitos da difícil arte de ensinar e da ciência. Casa onde dedico meu trabalho
atual, onde através de minha jornada, de minhas buscas passo tudo aquilo que
aprendi ao longo do tempo. Casa que me permitiu estar hoje aqui e de onde
retornarei na certeza de um dever cumprido.
À MARINA RACHEL DE ARAÚJO, bióloga e grande amiga. A quem
jamais é capaz de dizer não e que sempre tem uma palavra amiga e um lápis
na gaveta. A quem jamais nos deixa vir embora sem uma boa risada e uma
linda paisagem. Á você querida amiga minha eterna amizade e gratidão.
A todos os funcionários da Unicamp, MARIA MADALENA DE ABREU
RODRIGUES pelos cuidados com nossos experimentos; a ROSANA
MORANDIN pelos bons conselhos; a NILZA ALZIRA BATISTA, bióloga
e amiga, pela arte de servir e nos receber em seu núcleo de pesquisa; a
PAULA, secretária da pós-graduação, pela atenção e disposição em nos servir
e orientar; a VERA pela sua gentileza e sempre pronta a nos atender e acolher
afetuosamente.
Ao LABORATÓRIO de BIOMATERIAIS em ORTOPEDIA LABIMO
DO NÚCLEO DE MEDICINA e CIRURGIA EXPERIMENTAL da FCM
xii
da UNICAMP, sob orientação do Prof. Dr. William Dias Belangero que
prestativamente nos permitiu a utilização de seu laboratório e microscópio
para fotografar parte do material do experimento.
Aos funcionários do Laboratório de Anatomia Patológica Experimental do
NMCE da UNICAMP, que sob orientação do Prof. Dr. Konradin Metze,
primorosamente prepararam e confeccionaram o material para estudo
histológico.
Aos funcionários do Departamento de Câmara de Pesquisa - Estatística da
Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, pelo apoio e analise estatística.
Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas da
UNICAMP, pela valiosa ajuda.
Ao Professor Dr. VINÍCIUS VIGNOLI, pelos conhecimentos, gentileza e
paciência dispensados na revisão do português deste trabalho.
Ao Professor Dr. DENISMAR ALVES NOGUEIRA, professor do
Departamento de Ciências Exatas da UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALFENAS – UNIFAL, pelos conhecimentos e pacienciosa contribuição no
estudo e confecção dos resultados estatísticos.
A Professora e amiga WALKÍRIA ALVES SOARES, professora da
disciplina Patologia e Bases Celulares dos cursos de Biomedicina e Nutrição-
UNIFENAS, que carinhosamente e com muito profissionalismo contribui para
leitura das lâminas e comentários precisos.
xiii
A Professora ALESSANDRA CRISTINA PUPIM SILVÉRIO, professora
da disciplina de Bioquímica para os cursos de Medicina, Farmácia e
Biomedicina pela gentileza e contribuição com material de estudos utilizados
na confecção das aulas.
Aos meus amigos e companheiros de viagens, Professora TAÌS MARIA
PINHEIRO SOARES, THIAGO PIRES ANACLETO, RODOLFO
MALAGÒ e JOSÉ CLÁUDIO, que durante anos dividimos sonhos, medos,
boas risadas e principalmente fortalecemos o respeito mútuo e nossa amizade.
Ao Prof. Dr. VENILTON JOSÉ SIQUEIRA, professor das disciplinas
Diagnóstico por Imagem; Anestesiologia Veterinária e Técnica Cirúrgica da
Faculdade de Medicina Veterinária da UNIFENAS, pela amizade, pela
contribuição através de seus conhecimentos e por ter permitido a realização da
técnica operatória e anestesia dos animais de experimentação no Bloco
Cirúrgico da Faculdade de Medicina Veterinária sob sua coordenação,
fundamentais para a realização deste trabalho. Meus sinceros agradecimentos.
Aos meus tios e primos, MIRINHO, RITA, MARCELO, KARINA E
LUCAS, pela afetuosa acolhida em sua residência nos meus momentos de
pernoite em Campinas, pelo carinho e amizade a mim dispensados.
Aos meus tios e primos, JOSÉ AMÉLIO, MAGDA, TATIANA E
MARCOS, que carinhosamente cederam sua casa, seus ouvidos, suas
opiniões e compartilharam os momentos de confecção e preparação de meus
trabalhos durante minha vida acadêmica e minha vida particular.
Ao Coordenador do Curso de Medicina Veterinária da UNIFENAS, Professor
MSc. PAULO AFONSO DA SILVEIRA FERREIRA e a Coordenadora do
xiv
Curso de Medicina da UNIFENAS Professora MSc. HELENA ALVES
SOARES CHINI, pela compreensão quando tive que me afastar de minhas
atividades.
AO VALDEMIR DOMICIANO REIS, funcionário do Laboratório de
Anatomia Veterinária da UNIFENAS, grande amigo e companheiro de
trabalho, pela dedicação, pelo carinho e amizade dispensados nos momentos
de confecção deste trabalho e apoio incondicional nas limpezas e tratamentos
com os animais. Meu eterno agradecimento.
A minha secretária e amiga BRANCA, que carinhosamente abriu mão de suas
férias para contribuir na confecção e estudo deste trabalho.
Aos alunos FELIPE, WANIRA, FERNANDO, JAIRO e PRISCILA
amigos indispensáveis e contribuintes imprescindíveis para a realização deste
trabalho.
Aos Professores da FACULDADE DE MEDICINA E MEDICINA
VETERINÁRIA da UNIFENAS, pela compreensão nas horas de ausência,
pela torcida, amizade e carinho.
Aos acadêmicos do Curso de MEDICINA E MEDICINA VETERINÁRIA
da UNIFENAS, razão pela qual nos dedicamos.
xv
“Só se vê com o coração.
O essencial é invisível aos olhos.”
Exupéry.
xvi
SUMÁRIO
PÁG.
RESUMO xxvii
ABSTRACT xxxiii
1. INTRODUÇÃO 01
1.1. Conceitos Gerais 02
1.2. A Vitamina C 06
1.3. Histórico 07
1.4. Mecanismo de Ação 10
1.5. O Nitrito de Sódio 15
1.6. Histórico 17
2. OBJETIVOS 23
3. MATERIAL E MÉTODOS 25
3.1. Animais 26
3.2. Acondicionamento 26
3.3. Manipulação 27
3.4. Drogas Utilizadas 27
3.5. Materiais Utilizados no Transcorrer do Experimento 28
3.6. Materiais Utilizados para a Eutanásia e Exerese da Peça Anatômica 29
3.7. Materiais Utilizados na Análise Macroscópica 29
3.8. Materiais Utilizados na Análise Microscópica 29
3.9. Grupos de Animais 30
3.10. Preparo da Solução 31
xvii
3.10.1. Cálculo da Concentração de Nitrito de Sódio 31
3.10.2. Cálculo da Concentração de Vitamina C 32
3.11. Controle de Administração das Soluções 32
3.12. Tempo de Observação e Estudo dos Animais 32
3.13. Anestesia e Procedimento Cirúrgico 33
3.14. Procedimentos Realizados nos Animais 33
3.15. Derivação Jejunoileal 34
3.16. Cuidados Pós-operatórios 41
3.17. Controle de Ingestão das Soluções 41
3.18. Coleta das Peças Cirúrgicas 42
3.19. Análise Macroscópica 44
3.20. Análise Microscópica 44
3.21. Análise Estatística 45
4. RESULTADOS 47
4.1. Peso dos animais 48
4.2. Análise Microscópica 51
5. DISCUSSÃO 73
6. CONCLUSÃO 87
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 89
8. APÊNDICES 111
8.1. Composição da ração dos animais 112
8.2. Análise Estatística 114
xviii
LISTA DE ABREVIATURAS
AA Ácido Ascórbico
ANOVA Análise de variância
cm centímetro
C Grupo controle
CV Coeficiente de Variação
DBA dibutilamina
DEN dietilnitrosamina
DNA Ácido desoxi-ribonucleico
& e
et al e colaboradores
F teste de Snedecor
FDA Food and Drug Administration
FV Fatores de Variação
GL Grau de Liberdade
g/L grama por litro
GVB Gastroplastas vertical com bandagem
h hora
HE Hematoxilina Eosina
IARC International Agency for Research on Cancer
IFSO International Federation for the Surgery of
Obesity
xix
IM Índice de mitoses
IMC Índice de Massa Corpórea
Kg Kilograma
L/min litro por minuto
µg micrograma
m2
metro quadrado
mg miligrama
mg/Kg miligrama por kilograma
mg/L miligrama por litro
mg/m2
miligrama por metro quadrado
mL mililitro
n número
NaNO2 Nitrito de Sódio
NaNO3 Nitrato de sódio
NMCE Núcleo de Medicina e Cirurgia
Experimental
N-N=O grupo funcional dos compostos
nitrosados
NO2 Dióxido de azoto/ Óxido nítrico
NS nitrito de sódio
N2O Óxido nitroso
O2 Oxigênio
p nível de significância estatística
xx
% porcento
pH logarítimo do inverso da concentração de
íons hidrogênio
ppm partes por milhão
QM Quadrado Médio
S1 Ceco
S2 Colon ascendente
S3 Colon transverso
S4 Colon descendente
S5 Reto
SPF Specif Pathogen Free
SQ Soma dos Quadrados
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
VP Variação de Peso
v% volume porcento
xxi
LISTA DE TABELAS
PÁG.
Tabela 1. Grupo controle 30
Tabela 2. Grupo experimental sham 30
Tabela 3. Grupo operado 31
Tabela 4. Mostra a variação de peso (em gramas) dos animais no grupo controle 48
Tabela 5. Mostra a variação de peso (em gramas) dos animais no grupo sham 48
Tabela 6. Mostra a variação de peso (em gramas) dos animais no grupo operado 49
Tabela 7. Análise de variância 49
Tabela 8. Teste Tukey para FV TRATAMENTO 50
Tabela 9. Teste Tukey para FV GRUPO 50
Tabela 10. Valores médios do índice de mitoses e dos tratamentos dentro dos
segmentos juntamente com resultado do teste Tukey (5%) no grupo controle 52
Tabela 11. Valores médios do índice de mitoses e dos tratamentos dentro dos
segmentos juntamente com resultado do teste Tukey (5%) no grupo operado 57
Tabela 12. Valores médios do índice de mitoses e dos tratamentos dentro dos
segmentos juntamente com resultado do teste Tukey (5%) no grupo sham 62
Tabela 13a. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S1. 66
Tabela 13b. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S2. 66
Tabela 13c. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S3. 67
Tabela 13d. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S4. 67
Tabela 13e. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S5. 68
xxii
LISTA DE FIGURAS
PÁG.
Figura 1. Fórmula química do Ácido Ascórbico 09
Figura 2. Fórmula química do Ácido Desidroascórbico 10
Figura3. Esquema da derivação jejunoileal látero-lateral
mostrando o segmento do jejuno proximal 3cm do ligamento de
Treitz ao íleo terminal, distante 2cm da válvula ileocecal. 35
Figura 4. Esquema da anastomose jejunoileal látero-lateral do
segmento proximal do jejuno com o segmento terminal do íleo
2cm distante da válvula ileocecal. 35
Figura 5. Mostra a anatomia da cavidade normal do animal, com visão
panorâmica após incisão na linha mediana ventral. 36
Figura 6. Mostra a exposição do ceco para localização do íleo terminal e
jejuno proximal para a anastomose. 37
Figura 7. Mostra identificação do ligamento de Treitz para aproximação
do segmento proximal do jejuno com o íleo terminal. 38
Figura 8. Mostra a exposição da luz do segmento do jejuno proximal e
íleo terminal para a anastomose látero-lateral. 39
Figura 9. Mostra a anastomose jejunoileal látero-lateral em plano contínuo 40
Figura 10. Segmento anatômico removido do animal 6 do grupo
operado, mostrando os segmentos do intestino grosso estudados
( S1, S2, S3, S4 e S5). 43
Figura 11. Segmento anatômico removido e aberto em toda sua
xxiii
extensão do animal 8 do grupo operado, mostrando os segmentos
estudado do intestino grosso ( S1, S2, S3, S4 e S5). 43
Figura 12. Aspecto histológico do animal 5 do grupo controle nitrito
associado a vitamina C, mostrando algumas figuras de mitoses no
segmento S3. ( HE=1000x) 53
Figura 13. Aspecto histológico do animal 1 do grupo controle
tratado somente com vitamina C, mostrando a figura de mitose
do segmento S2. (HE=1000x) 54
Figura 14. Aspecto histológico do animal 1 do grupo controle
tratado somente com nitrito, mostrando figura de mitose no
segmento S3.(HE=1000x) 55
Figura 15. Aspecto histológico do animal 1 do grupo operado
tratado com vitamina C, mostrando um maior número de figura
de mitoses no segmento S2. (HE=1000x) 58
Figura 16. Aspecto histológico do animal 9 do grupo operado
tratado somente com nitrito, mostrando um baixo índice de mitose
e destruição da mucosa no segmento S1. (HE=1000x) 59
Figura 17. Aspecto histológico do animal 10 do grupo operado
tratado com nitrito associado à vitamina C, mostrando um baixo
índice de mitose e mucosa hemorrágica com poucas criptas
no segmento S5.(HE=1000x) 60
Figura 18. Aspecto histológico do animal 4 do grupo sham tratado
com nitrito associado à vitamina C, mostrando o número de figura
de mitoses no segmento S3. (HE=1000x) 63
Figura 19. Aspecto histológico do animal 2 do grupo sham
xxiv
tratado com nitrito, mostrando o número de figuras de mitoses
do segmento S1. (HE=1000x) 64
Figura 20. Aspecto histológico do animal 2 do grupo sham
tratado com vitamina C, mostrando o número de figuras de mitoses
no segmento S1. (HE=1000x) 65
xxv
LISTA DE QUADROS
PÁG.
Quadro 1. Grupo controle 51
Quadro 2. Grupo operado 56
Quadro 3. Grupo sham 61
Quadro 4. Grupo tratado com nitrito associado à vitamina C 69
Quadro 5. Grupo tratado com nitrito 70
Quadro 6. Grupo tratado com vitamina C 71
xxvii
RESUMO
xxix
As gastroplastias e as derivações intestinais revolucionaram o tratamento da obesidade
mórbida, pela sua viabilidade e resposta sustentada. Porém, estudos experimentais, sugerem
após as derivações jejunoileais um aumento do risco de câncer de cólon devido ao aumento
do tamanho e da proliferação das criptas intestinais. Evidências sugerem os possíveis
efeitos antioxidantes na prevenção da carcinogênese que demonstram sua capacidade de
neutralizar ou eliminar os radicais livres. O ácido ascórbico participa do processo de
oxirredução das células, como também é importante na biossíntese de catecolaminas. Os
compostos de nitrito e nitrato são sais empregados como conservantes de alimentos, que
neste contexto do aumento de população mundial e escassez de alimentos, será cada vez
mais empregado. Estes sais têm ação danosa ao organismo em situações específicas, como
demonstram vários experimentos.
O objetivo dessa pesquisa foi analisar as alterações histopatológicas caracterizadas pelo
índice de mitoses produzidas no intestino grosso de ratos Wistar submetidos à derivação
jejunoileal após administração continuada de vitamina C e nitrito de sódio, em diferentes
grupos. Oitenta ratos machos Wistar pesando entre 450-550g foram divididos em doze
grupos, com vinte animais controles não operados (5 animais ingeriram somente água, 5
animais ingeriram somente vitamina C, 5 animais ingeriram somente nitrito de sódio e 5
animais ingeriram vitamina C+nitrito de sódio). Sessenta animais foram anestesiados e
submetidos à laparotomia mediana com exposição das alças intestinais. Em vinte animais
apenas manipulação intestinal foi realizada, este servindo como sham. Nos restantes (grupo
denominado operado), o intestino foi seccionado a 3cm da junção duodeno-jejunal, e a
derivação jejunoileal foi realizada através da anastomose látero-lateral no íleo terminal a
2cm da válvula íleo-cecal. Os animais foram acondicionados em gaiolas com cinco animais
cada de acordo com a droga que receberam. Após 180 dias de observação, os animais eram
pesados semanalmente, e para análise foram divididos em segmentos (S1, S2, S3, S4 e S5)
correspondentes ao ceco, colon ascendente, transverso, descendente e reto. No grupo
controle, observando os segmentos em comparação ao tratamento (p< .0001) e comparando
a média entre todos os segmentos (p=0,0323) indica que o nitrito+vitamina C obtiveram o
menor índice de mitoses em relação aos outros tratamentos. No grupo operado os
segmentos S1 e S2 houve diferença estatística com o tratamento vitamina C, o qual
apresentou um maior índice de mitose e melhor preservação do epitélio. No grupo sham
xxxi
houve diferença apenas entre tratamento (p< .0001), não havendo diferença entre
segmentos (p=0,0849) e nem interação entre segmento e tratamento (p=0.7135). A
principal diferença estatística ficou apenas no grupo nitrito+vitamina C entre a média dos
segmentos.
Concluem que, comparando todos os segmentos colônicos avaliados dos vários grupos
estudados, foi observado que os animais que receberam nitrito de sódio associado à
vitamina C apresentaram menor índice de mitoses. Além disso, foi verificado que a
vitamina C não apresentou um efeito inibidor, estatisticamente significativo, na preservação
da mucosa e no índice de mitoses.
xxxiii
ABSTRACT
xxxv
Gastroplasty and intestinal bypass revolutionized the treatment of morbid obesity, the
viability and sustained response. However, experimental studies suggest following the
jejunoileal bypass increased risk of colon cancer due to the increased size and proliferation
of intestinal crypts. Evidence suggests the possible effects of antioxidants in the prevention
of carcinogenesis that demonstrate their ability to neutralize or eliminate free radicals. The
ascorbic acid redox process of the cells, it is also important in the biosynthesis of
catecholamines. The compounds of nitrite and nitrate salts are used as food preservatives,
which in this context of increasing world population and food shortages, will be
increasingly employed. These salts have a harmful action to the body in specific situations,
as demonstrated by several experiments.
The aim of this study was to evaluate the histopathological changes characterized by the
index of mitosis produced in the intestine of rats subjected to jejunum-ileum bypass after
continuous administration of vitamin C and sodium nitrite in different groups. Eighty male
Wistar rats weighing 450-550g were divided into twelve groups, with twenty non-operated
control animals (5 animals ingested only water, only 5 animals ate vitamin C, only 5
animals ingested sodium nitrite and 5 animals ate vitamin C + nitrite sodium). Sixty
animals were anesthetized and underwent laparotomy with exposure of the bowel. In
twenty animals only intestinal manipulation was performed, this serving as a sham. In the
other (called the operated group), the intestine was cut to 3 cm from the duodenum-jejunal
junction, and jejunum-ileum bypass was performed through the side-to-side anastomosis in
the ileum 2 cm from the ileocecal valve. The animals were placed in cages with five
animals each according to the drug they received. After 180 days of observation, the
animals were weighed weekly, and for analysis were divided into segments (S1, S2, S3, S4
and S5) corresponding to the cecum, ascending colon, transverse, descending and rectum. In
the control group, noting the segments in comparison to treatment (p <.0001) and
comparing the average of all segments (p = 0.0323) indicates that nitrite + vitamin C
obtained the lowest rate of mitosis in relation to other treatments. In the group operated the
segments S1 and S2 was no statistical difference in treatment vitamin C, which showed a
higher rate of mitosis and better preservation of the epithelium. In the sham group only
showed a difference between treatment (p <.0001), with no difference between segments
xxxvii
(p = 0.0849) nor interaction between segment and treatment (p = 0.7135). The main
difference was statistically only for the nitrite + vitamin C between the average of the
segments.
They conclude that, comparing all colonic segments evaluated the various groups, it was
observed that the animals that received sodium nitrite plus vitamin C had a lower rate of
mitosis. Furthermore, it was found that vitamin C did not show an inhibitory effect was
statistically significant to the preservation of the mucosa and the index of mitosis.
1
INTRODUÇÃO
2
1.INTRODUÇÃO
1.1. CONCEITOS GERAIS
A obesidade é vista atualmente como um dos problemas de saúde pública mais
preocupante, devido ao seu crescente aumento e as graves conseqüências que pode
acarretar. Trata-se de um fenômeno multifatorial que envolve componentes genéticos,
comportamentais, psicológicos, sociais, metabólicos e endócrinos (BJÖRNTORP, 2003).
Os estudos epidemiológicos em populações latino-americanas têm revelado
dados preocupantes nesse sentido. Entre as camadas mais pobres da população, à medida
que se consegue erradicar a miséria, a obesidade desponta como um problema mais
freqüente e mais grave que a desnutrição. È o fenômeno denominado de transição
nutricional (DUALIB et al.,2008).
Entre as complicações médicas associadas com a obesidade podemos citar as
doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, esteatoses
hepática, calculose de vesícula biliar, osteoartrite e diversos tipos de câncer constatados
pelo Committee on Diet and Health, National Research Council em 1989. É provável que
200.000 pessoas morram anualmente em decorrência destas complicações na América
Latina.
A análise dos nossos antepassados revela que, como a qualidade da dieta
tornou-se reforçada, simultaneamente com o desenvolvimento do cérebro, houve também
uma diminuição em tratos gastrointestinais. A dieta moderna tornou-se naturalmente
hipercalórica, pobre em fibra e extremamente fácil de ser absorvida.
A maneira mais objetiva para classificar a obesidade é o Índice de Massa
Corpórea (IMC). A faixa de peso de IMC considerada normal varia de 19 a 24,9 Kg/m2.
Pessoas com IMC de 25 a 30 são consideradas acima do peso (sobrepeso), enquanto
aquelas entre 30 e 40 já são classificadas como obesas. Finalmente, pessoas com IMC
3
acima de 40 são portadoras de obesidade mórbida. Os pacientes com obesidade mórbida
devem ser encarados como portadores de uma doença que ameaça a vida, reduz a qualidade
de vida e auto-estima e que requerem abordagens eficientes para promover uma redução do
peso. Esses pacientes são candidatos à cirurgia bariátrica (BJÖRNTORP, 2003).
As cirurgias bariátricas podem ser didaticamente divididas em procedimentos
que: 1) limitam a capacidade gástrica (as chamadas cirurgias restritivas); 2) interferem na
digestão (os procedimentos mal-absortivos); e 3) uma combinação de ambos as técnicas.
São consideradas uma opção para o controle da obesidade mórbida em longo prazo
(PORIES & JOSEPH, 2003). Nos anos de 2002 e 2003, 146.301 operações para obesidade
foram realizadas em 31 nações pertencentes à Federação Internacional para a Cirurgia da
Obesidade, ou grupos nacionais, mais a Suécia. Destas operações, 69,96% ofereceu algum
componente mal-absortivo aos pacientes (BUCHWALD & WILLIAMS, 2004).
O controle da obesidade através do procedimento cirúrgico é feito por um
mecanismo de restrição e/ou má-absorção dos alimentos ingeridos. De acordo com o
Conselho Latino-Americano de Obesidade são reconhecidas três técnicas cirúrgicas:
gastroplastias vertical com bandagem (GVB), banda gástrica ajustável e gastroplastia com
derivação gastrojejunal.
MASON, em 1982 foi quem introduziu a técnica cirúrgica de gastroplastia
vertical com bandagem. È uma operação restritiva, simples, rápida, com baixos índices de
complicações e mortalidade. O procedimento consiste no fechamento de uma porção do
estômago através de uma sutura, resultando em uma diminuição importante do reservatório
gástrico. Um anel de contenção é colocado no orifício de saída, tornando o esvaziamento
desta pequena câmara mais lento. Contudo, este procedimento apresenta alta incidência de
recidiva da obesidade após 10 anos de seguimento, motivo pela qual ela vem sendo
abandonada mundialmente.
A banda gástrica ajustável é uma técnica laparoscópica relativamente recente.
Consiste na aplicação de uma banda regulável na porção alta do estômago, de modo a criar
uma pequena câmara justa-esofágica. O orifício de passagem desta câmara é regulável
através de um mecanismo percutâneo de insuflação. A técnica vem obtendo resultados
4
aceitáveis na Europa e foi recentemente aprovada pelo FDA (Food and Drug
Administration), nos Estados Unidos. Ainda não há um número significativo de estudos
de seguimento a médio e longo prazo para que avaliem sua eficácia.
Nos últimos anos vem predominando a tendência de associar a redução do
reservatório gástrico (volume variando de 20 a 50 ml) e a restrição ao seu esvaziamento
pelo anel de contenção (orifício menor que 1,5cm) a um pequeno prejuízo na digestão
através de uma derivação gástrica-jejunal em Y de Roux. A técnica mais utilizada foi
proposta por FOBI e CAPELLA, porém separadamente, nos Estados Unidos. Com este
procedimento a ingestão de carboidratos simples pode ocasionar a chamada síndrome de
“dumping” (náuseas, vômitos, rubor, dor epigástrica, sintomas de hipoglicemia). Esta
síndrome desempenha importante papel na manutenção da perda de peso, porém tende a ser
tempo-limitada. É uma operação segura, com baixa morbidade e que mantém perdas
médias de 35% a 40% do peso inicial em longo prazo.
Outras modalidades cirúrgicas vêm sendo também realizadas e são
reconhecidas pela IFSO (International Federation for the Surgery of Obesity). A primeira
delas é a operação proposta por NICOLA SCOPINARO e uma variação sua, o “Duodenal
Switch”. Ambas são derivações bilio-pancreáticas e são operações mal-absortivas, onde a
restrição volumétrica não representa papel preponderante. Há descrições de diminuições de
episódios de compulsão alimentar. A perda ponderal e a manutenção associada à técnica
são similares à GVB com Y de Roux. Os objetivos principais das operações bariátricas são
o da redução das comorbidades e melhora da qualidade de vida e não apenas a redução
ponderal.
A redução cirúrgica na área absortiva intestinal produz hiperplasia
compensatória do intestino remanescente, a qual é proporcional à extensão do segmento
removido. Os fenômenos de adaptação intestinal a esta resposta têm sido em sua maioria
estudada no intestino de ratos, mas deve ocorrer também no homem (BRISTOL et
al.,1984). Procedimentos mal absortivos permitem que quantidades maior de secreção
biliopancreática, que normalmente seria reabsorvida pelo intestino delgado, atinja o
intestino grosso (SYLVAN et al.,1992).
5
Os ácidos biliares são considerados como co-fatores na carcinogênese dos
cólons. Outro efeito importante deles é a indução da proliferação celular, a qual
desempenha papel conhecido no fenômeno carcinogenético (KOZONI et al., 2002).
BRISTOL et al.,1984 submeteram ratos Sprague-Dawley à derivação
jejunoileal de 85% e a análise da profundidade das criptas revelou que no terço médio dos
cólons a profundidade delas era de 33% maior após a derivação. No terço distal as criptas
foram 25% mais profundas e após a derivação observaram que as células criptais no terço
médio do intestino grosso dobraram e no terço distal triplicaram. Quanto à adaptação do
intestino grosso observaram que os animais submetidos à derivação tiveram um aumento de
17% quanto ao tamanho e 29% quanto ao peso, além de um aumento maciço de 86% do
ceco. Os autores concluíram que os dados demonstram aumento sustentável e substancial
na taxa de proliferação celular e adaptação do intestino grosso após a derivação jejunoileal.
Estes achados podem influenciar diretamente a prática cirúrgica
contemporânea. Tendo como dados a hiperplasia colônica decorrente deste conjunto de
procedimentos, um grande número de pacientes jovens e de meia-idade pode estar em risco
de desenvolvimento de câncer do intestino grosso. O adenocarcinoma colorretal é a
segunda causa morte por câncer nos países ocidentais (MCFARLAND et al.,1987) e uma
das neoplasias malignas mais diagnosticadas nos Estados Unidos de acordo com Centers
for Diseases Control and Prevention, 2006 et al.. Epidemiologicamente o estudo em
modelos animais sugerem após as derivações jejunoileais um aumento do risco de câncer
de cólon, devido ao aumento da inibição da apoptose, hiperproliferação das células criptais
resultando na hiperplasia de criptas (De VOGEL et al.,2008).
Numerosos estudos epidemiológicos recentes demonstram que o modo de vida
associado a esses fatores ambientais parecem ter grande influência no aparecimento de
neoplasias na população geral. A incidência de câncer é mais baixa entre indivíduos com
baixo consumo de gordura e grande ingesta de fibras, frutas e vegetais. Porém, as condições
atuais de vida, principalmente nos grandes centros metropolitanos com má qualidade de
alimentação, etilismo, tabagismo, poluição, radiação e outros, levam ao que é conhecido
por stress oxidativo, onde ocorre um aumento da produção de radicais livres, sem um
correspondente aumento dos antioxidantes.
6
Evidências sugerem os possíveis efeitos antioxidantes na prevenção da
carcinogênese baseados em pesquisas experimentais que demonstram sua capacidade de
neutralizar ou eliminar os radicais livres; estudos epidemiológicos demonstram que as
diferenças geográficas da incidência de determinados tumores podem ter relação com o
consumo de antioxidantes; e ainda estudos de grupos individualizados têm sugerido relação
inversa entre consumo de antioxidantes e risco de câncer.
1.2. A VITAMINA C
A vitamina C também denominada de ácido ascórbico (AA) é hidrossolúvel e
termolábil. Os seres humanos e outros primatas, bem como o cobaio, são os únicos
mamíferos incapazes de sintetizar o AA. Neles, a deficiência, geneticamente determinada,
da gulonolactona oxidase impede a síntese do ácido L-ascórbico a partir da glicose.
A vitamina C encontra-se na natureza sob duas formas: reduzida ou oxidada
(ácido deidroascórbico); ambas igualmente ativas, porém a forma oxidada está muito
menos difundida nas substâncias naturais. A transformação do AA em ácido
deidroascórbico ocorre normalmente no interior do organismo e é reversível, permitindo
que uma de suas substâncias possa sempre ser transformada na outra.
As vitaminas são nutrientes orgânicos necessários em pequenas quantidades na
dieta dos seres humanos e de muitos animais para crescimento e função adequados, sendo
precursores essenciais de várias destas coenzimas. São chamadas de micronutrientes, pois,
contrariamente aos macronutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras, são
encontradas na dieta em miligramas ou microgramas, tornando possível numerosas
transformações e reações, resultando no que se conhece por metabolismo (LEHNINGER,
1988). Pode-se desse modo, definir que as vitaminas são um grupo de substâncias orgânicas
com diversas composições químicas que devem ser obtidas do meio ambiente em
quantidades muito pequenas e que o homem é incapaz de sintetizar e cuja deficiência levará
ao aparecimento de doenças.
7
Essa capacidade de transformação funciona como um sistema oxirredutor capaz
de transportar hidrogênio nos processos de respiração, no nível celular. O ácido ascórbico
participa dos processos celulares de oxirredução, como também é importante na biossíntese
das catecolaminas. Por sua ação redutora do íon ferro para o estado ferroso, aumenta sua
absorção no intestino. Previne o escorbuto, é importante na defesa do organismo contra
infecções e fundamental na integridade das paredes dos vasos sanguíneos. È essencial para
a formação de fibras colágenas existentes em praticamente todos os tecidos do corpo
humano (derme, cartilagem e osso).
O ácido ascórbico é prontamente absorvido pelo intestino, sendo que esta
absorção ocorre de forma praticamente completa. Está presente no citoplasma e distribui-se
de maneira onipresente nas células do corpo. A dose recomendada para manutenção de
nível de saturação da vitamina C no organismo é de cerca de 100mg por dia. Em situações
diversas, tais como infecções, gravidez e amamentação, e em tabagistas, doses ainda mais
elevadas são necessárias.
1.3. HISTÓRICO
Relatos encontrados em papiros antigos demonstram que desde 1515 A.C. os
egípcios tinham conhecimento do escorbuto. Gregos e romanos tiveram suas forças
militares dizimadas pela doença (SHARMAN, 1974). No final da Idade Média, o escorbuto
tornou-se epidêmico no norte e centro da Europa (CARPENTER,1986).
Entretanto, foi no século XVIII, com as grandes e longas viagens marítimas,
que a importância da vitamina C ficou evidente devido ao aumento significativo desta
afecção. Os marinheiros que permaneciam a bordo por longos períodos, morriam de
escorbuto (LIND, 1953).
Desencadeada pela deficiência de vitamina C no organismo, essa doença
caracteriza-se por manifestações hemorrágicas (petéquias, equimoses, sangramento das
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gengivas), edema nas articulações, fadiga, lassidão, tonteiras, anorexia, alterações cutâneas,
infecção e morte (CRANDON,1940).
JAMES LIND, médico escocês da Marinha Britânica, foi o primeiro a
correlacionar a alta morbidade e mortalidade dos marinheiros ingleses com a deficiência da
vitamina C. Em 1747 documentou a ingestão de sucos cítricos no tratamento do escorbuto,
realizando o primeiro estudo controlado de que se tem notícia na Medicina. Comparou
grupos de tratamento e comprovou que o grupo que recebeu duas laranjas e um limão ao
dia melhorou drasticamente da doença em uma semana. Os resultados de sua experiência
foram publicados em 1753. Em 1795 tornou-se obrigatória, na Marinha Britânica, a
ingestão diária de sumos de frutas cítricas.
Em 1911, o bioquímico polonês CASIMIR FUNK utilizou pela primeira vez o
termo vitamina C para se referir a certas substâncias alimentares imprescindíveis à saúde.
FUNK foi o descobridor da niacinamida, o fator antiberibéri, e criou a expressão vital Amin
(amina vital), que deu origem à palavra vitamina. Em 1919, DRUMMOND propôs chamar
o fator antiescorbútico de “C”(SHARMAN,1974).
Em 1928, o cientista húngaro ALBERT von SZENT-GYORGYI (1893-1986)
descobriu e isolou o fator antiescorbuto em vários alimentos, denominando-o vitamina C
(SZENT-GYORGYI,1928). Pouco depois WAUGH e KING identificaram o mesmo agente
antiescorbútico de SZENT no sumo de limão (WAUGH,1932). HIRST e HAWORTH, em
1933, anunciaram a estrutura da vitamina C e sugeriram, em conjunto com SZENT-
GYORGYI, a mudança do nome para ácido ascórbico, por inferência a suas propriedades
antiescorbúticas (SCHARMAN,1974). No mesmo ano de 1933, REICHSTEIN e
colaboradores publicam as sínteses do ácido D-ascórbico e do ácido L-ascórbico, que ainda
hoje formam a base da produção industrial da vitamina C. Conseguiram comprovar que o
ácido L-ascórbico sintetizado possui a mesma atividade biológica da substância natural. Em
1937, HAWORTH (Química) e SZENT-GYORGYI (Medicina) são agraciados com o
Prêmio Nobel por seus trabalhos com vitamina C (CARPENTER, 1986).
Foram, entretanto as pesquisas do químico americano LINUS PAULING
(1901-1994), também ganhador do Prêmio Nobel, que popularizaram a vitamina C.
9
PAULING recomendava mega doses da vitamina para o combate de resfriados, gripes e
outras viroses, bem como na prevenção do câncer e outras doenças degenerativas
(PAULING,1970).
O ácido ascórbico é um composto de seis carbonos, estruturalmente relacionado
à glicose e outras hexoses. Sofre oxidação reversível no corpo em ácido deidroascórbico,
composto que possui a atividade integral da vitamina C (Figura 1 e Figura 2).
Ácido ascórbico C6H8O6
Figura 1: Fórmula química da vitamina C.
Ácido ascórbico
10
Figura 2: Estrutura química do ácido ascórbico
1.4. MECANISMO DE AÇÃO
A vitamina C participa como co-fator de uma grande variedade de reações
químicas fundamentais para a manutenção da saúde. Além de fazer parte da síntese e do
metabolismo de neurotransmissores, a vitamina C está envolvida na produção de
corticosteróides e aldosterona, absorção e utilização do ferro e biossíntese de carnitina.
O ácido ascórbico é considerado o mais importante e potente antioxidante
nutricional hidrossolúvel. No plasma, a vitamina C pode doar elétrons para várias espécies
reativas, retornando ao seu estado reduzido, eliminando-as antes que reajam com as
membranas e lipoproteínas biológicas. Estudos em animais e humanos demonstram que a
deficiência do ácido ascórbico induzida pela dieta levou a lesão miocárdica por peroxidação
lipídica. Sendo esse dano prevenido pela suplementação de ácido ascórbico. A vitamina C
também possui habilidade em restabelecer a atividade antioxidante do beta-caroteno e do
alfa-tocoferol. O ácido ascórbico pode reagir com peróxido de hidrogênio, o radical
hidroxila, radical peroxila e radical superóxido neutralizando sua reatividade.
O ácido ascórbico distribui-se amplamente em todos os tecidos do organismo.
Alguns tecidos, como a glândula supra-renal, a hipófise e a retina, são ricos em ácido
ascórbico (1 a 2mg/g); outros como o fígado, os pulmões, o pâncreas e os leucócitos têm
Ácido desidroascórbico
11
teores médios (0,1 a 1 mg/g). Ainda outros, como os rins, os músculos e os eritrócitos, têm
pequenos teores de ácido ascórbico. As reservas corporais totais variam no homem de
aproximadamente zero a 3000mg, um estoque de 3000mg só pode ser mantido com
elevados níveis de ingestão, ou seja, maiores que 1g/dia (GUILLAND & LEQUEU,1995).
Segundo FRANCO,1992, as mais altas concentrações encontram-se no córtex supra-renal e
na hipófise e em menor teor nos músculos e tecido adiposo.
O papel do ácido ascórbico no metabolismo do tecido conjuntivo tem sido
reconhecido há muito tempo, mas, sobretudo a partir do século XVI, quando o escorbuto
começou a ser prevenido com sumo de frutas cítricas, isso ficou mais evidente. Depois, o
ácido ascórbico foi tido como co-fator essencial na hidroxilação da prolina e da lisina,
aminoácidos necessários para estrutura e função do colágeno (ENGLARD, 1986). Estudos
conduzidos com cultura de fibroblastos de pele humana demonstraram que o ácido
ascórbico estimularia a síntese de colágeno preferencialmente sem afetar a síntese de
proteínas não colágenas. Esse efeito se deve à transcrição genética (TAJIMA, 1996).
Estudos recentes têm demonstrado que a ingesta de vitamina C em frutas e
vegetais é inversamente relacionada aos índices de câncer de estômago, esôfago, cavidade
oral e pâncreas. Podendo influenciar, de modo menos marcante, o colo uterino, o reto, a
mama e o pulmão (BLOCK, 1991 e 1992). O mecanismo pelo qual a vitamina pode atuar
como inibidor sobre a carcinogênese é controverso.
Diversos estudos epidemiológicos foram realizados procurando relacionar
câncer e consumo de vitamina C, seja na dieta normal ou como suplementação alimentar.
Assim, o COMMITTEE ON DIET, NUTRITION AND CANCER, NATIONAL ACADEMY
OF SCIENCES, apresentou, em 1982, relato de que a vitamina C inibiria a formação de
alguns carcinógenos e que o consumo de alimentos ricos em vitaminas C estaria associado
com a diminuição do risco de câncer de esôfago e estômago.
No Irã, COOK-MASSAFARI et al. (1979), observaram relação inversa entre
câncer de esôfago, consumo de frutas frescas, vegetais e o padrão sócio-econômico. As
mudanças de incidência e mortalidade do câncer de estômago entre indivíduos do nordeste
europeu e Japão, quando comparadas com seus descendentes americanos, sugerem a
12
predominância ambiental sobre a genética na carcinogênese. O aumento da incidência do
câncer gástrico está associado ao consumo de arroz, vegetais em conserva, peixe seco e
salgado e negativamente associado ao consumo de vitamina C, o que reforça a teoria da
nitrosação como origem do câncer gástrico.
CAMERON & PAULING, em 1976, estudaram dois grupos de doentes
terminais de câncer utilizando a vitamina C para tratamento de um deles. O grupo que
recebeu o ácido ascórbico aumentou em 4,2 vezes o tempo de sobrevida em comparação ao
outro grupo. Outro estudo similar realizado na Mayo Clinic não encontrou diferenças
significativas de sobrevida para os dois grupos (CREAGAN et al.,1979).
A relação entre carcinogênese e vitamina C também tem sido estudada em
animais de experimentação através da indução de câncer como uso de substâncias
químicas. SHAH & BHATTACHARYA (1982), através da injeção de benzopireno em
ratos para indução de sarcomas, observaram que no grupo que receberam ácido ascórbico
2,5% diluídos na água a formação de tumores apareceu em apenas cinco ratos, enquanto no
outro grupo, que recebeu apenas a injeção de benzopireno, todos os ratos morreram devido
ao crescimento rápido dos tumores. A incidência de tumores de cólon e rim induzidos pela
dimetilhidrazina foi mais baixa nos ratos que receberam ácido ascórbico previamente
(REDDY et al.,1982).
A vitamina C também está associada à capacidade de inibir a formação de
nitrosamina. SANDER & BUERKLE, em 1969, demonstraram que uma reação química in
vivo, entre aminas secundárias da alimentação e nitrito resultaria na formação de
nitrosaminas. Os nitritos reagem com as aminas secundárias e amidas no estômago
formando as nitrosaminas, através de uma reação química denominada de nitrosação.
Embora as nitrosaminas podem ser adquiridas por via exógena no homem através da
alimentação, cosméticos, agrotóxicos e produtos químicos, a maior parte das nitrosaminas
provém da reação de nitrosação que se dá via endógena. As aminas e amidas são
abundantes na alimentação, enquanto os nitritos são usados como aditivos e conservantes
em alguns alimentos. São também oriundos devido à ação de bactérias na saliva, estômago,
intestino e urina.
13
MIRVISH et al.,em 1972 demonstrou em modelos animais a capacidade do
ácido ascórbico de bloquear a formação de nitrosaminas, sendo que esta ação resultaria da
reação direta com os nitritos através da reação de oxidação da vitamina C em
desidroascorbato que compete com as aminas e amidas pelo nitrito , com a vantagem de
apresentar uma reação mais rápida que o agente nitrosante. A desvantagem é que sendo
hidrossolúvel não poderia atuar em meio lipídico. Posteriormente, OSHIMA & BARTSCH,
1981, demonstraram in vivo através de voluntários que o ácido ascórbico poderia inibir a
produção de nitrosoprolina.
Além do nitrito e nitrato da dieta, duas outras fontes de agentes nitrosantes
endógenos são o óxido de nitrogênio da atmosfera e o óxido nítrico produzido
endogenamente pelas células. O óxido nítrico é muito lábil e rapidamente reage com o
oxigênio, resultando em dióxido de nitrogênio (NO2). Em seguida, a reação com aminas
secundárias resulta na formação de nitrosaminas (TANNENBAUM, 1979,
TANNENBAUM & YOUNG, 1980; TANNENBAUM et al.,1991).
Estudos em humanos e animais demonstraram que a nitrosação endógena
ocorre com maior intensidade no estômago. Os diversos tipos de células como macrófagos,
neutrófilos, células do endotélio e do cérebro, e as bactérias, através da utilização do óxido
nítrico, também possuem condições de reação de nitrosação. Todas essas células utilizam
nitrogênio a partir da arginina para a produção de óxido nítrico (TANNENBAUM et
al.,1991). Por sua capacidade de reagir quimicamente com agentes nitrosantes, o ácido
ascórbico inibe a reação de nitrosação.
MEDEIROS et al., 2003, estudaram o efeito das vitaminas A e C em
anastomoses intestinais de ratos tratados com corticosteróides e observaram que o grupo
tratado com metilprednisolona exerceu um efeito deletério sobre a cicatrização de
anastomoses intestinais enquanto o grupo de ratos associadas as vitaminas A e C,
contribuíram para reverter esse efeito. O ácido ascórbico tem funções biológicas e
metabólicas no que diz respeito ao seu papel na biossíntese do tecido conjuntivo. A
vitamina C participa na hidroxilação da prolina e da lisina, reação indispensável para que
ocorra a maturação do colágeno e consequentemente a resistência das feridas à tensão
(BARNES,1970). Dessa maneira, o uso de vitaminas em quantidades maiores do que a
14
dose necessária para as necessidades diárias, não só atua na biossíntese de colágeno, como
também para a regulação de outras condições fisiológicas durante o processo de
cicatrização das feridas.
Algumas pesquisas vêm sendo desenvolvidas com o uso do ácido ascórbico
para averiguar seu efeito neuroprotetor em humanos e animais de experimentação com
diabetes e em algumas doenças. COTTER et al., 1995, observaram que o ácido ascórbico, a
vitamina E o beta-caroteno teve um efeito neuroprotetor e a associação do ácido ascórbico
com a vitamina E aumentou positivamente a prevenção da disfunção nervosa. Na
população com Diabete Mellitus, observou-se através das concentrações teciduais de ácido
ascórbico uma inibição da hiperglicemia, com uma reabsorção renal (CUNNINGHAM,
1998). Trabalhos recentes, executados no Departamento de Morfofisiologia de Ciências da
Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil inferiou que, depois de períodos longos
se Diabetes Mellitus (DM), os neurônios mesentéricos morreram, como demonstrado pela
redução do seu número e também por modificações no tamanho de suas células em vários
segmentos intestinais (ROMANO et al., 1996; HERNANDES et al., 2000; FREGONESI et
al., 2001; FURLAN et al., 2002; ZANONI et al., 2003).
HIGA et al., 2007, observaram a ação do ácido ascórbico no pré-tratamento em
modelo experimental de isquemia-reperfusão intestinal em estudo morfométrico, onde o
ácido ascórbico teve um efeito protetor na lesão morfológica dos ratos pré-tratados.
Observou-se que o ácido ascórbico apesar de hidrossolúvel, causou uma redução
significativa no infarto hemorrágico dos vilos intestinais da borda antimesentérica do
intestino delgado após a isquemia seguida por reperfusão, bem como redução da necrose
dos vilos em ambas as bordas após a isquemia. As lesões presentes no intestino delgado
foram mais proeminentes na borda antimesentérica.
Estudos recentes mostraram diversas funções do ácido ascórbico, além daquelas
já descritas nos processos de cicatrização de feridas. Atuando como antioxidante, esse ácido
é capaz de captar o oxigênio livre decorrente do metabolismo celular, impedindo sua
ligação com radicais livres, fenômeno que causaria dano celular (ARANTES,1999;
BARBUL,1988; DEL-RIO, 1996). É provável que o ácido ascórbico também esteja
envolvido na manutenção da integridade intracelular com presença da integridade capilar,
15
nas respostas imunológicas, reações alérgicas e aumento da absorção de ferro não-hémico
(BARBUL, 1988, TYLOR et al., 1974).
1.5. O NITRITO DE SÓDIO
Os compostos N-nitrosos definem-se quimicamente por apresentar o grupo
funcional N-N=O em comum, resultantes da interação com as aminas, formando as
nitrosaminas, com as amidas, formando as nitrosamidas. As nitrosaminas são substâncias
estáveis, podendo com freqüência, ser encontradas na natureza, principalmente nos
alimentos. Já as nitrosamidas são compostos extremamente instáveis, dependentes
principalmente do pH. Sofrem redução em pH acima de 2 e praticamente não existem em
pH acima de 7. Isto explica a dificuldade para encontrá-las na natureza em condições
normais (HOTCHKISS, 1987).
Os nitratos estão presentes naturalmente em solos, lençóis de água, forragens,
silagens, colheitas enfileiradas, ervas daninhas, tecidos animais e excrementos. Esta
ambiquidade se deve à participação de nitratos no ciclo de nitrogênio: nitrogênio
atmosférico leva a fixação microbiana como nitrato em solos que acarreta incorporação à
proteína vegetal e desgaste metabólico tecidual vegetal e animal e degradação em nitrato,
uréia, ou amônia em conversão microbiana em nitrato, nitrito, ou amônia na liberação de
nitrogênio na atmosfera.
Os sais de nitrito e nitrato, tanto de sódio como de potássio, são produtos
utilizados há séculos como conservantes de todos os tipos de carnes.
Na realidade, os nitritos são o princípio ativo, entretanto os nitratos são
utilizados também amplamente porque, quando reduzidos quimicamente ou biologicamente
por enzimas microbianas transformam-se em nitritos. Portanto, os nitratos podem ser
utilizados em fertilizantes e evita fermentação de alguns alimentos lácteos e na salga de
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alguns alimentos, servindo como um reservatório fornecedor de nitritos em produtos
estocados ou fermentados durante longo tempo.
Assim, são três as principais funções do nitrito:
a) Quando adicionados às carnes chamadas vermelhas, promovem nas mesmas,
cor vermelho rutilante, dando, portanto a impressão de estarem muito frescas;
b) Atuam como antioxidante, impedindo de ficarem rançosas quando estocadas
durante longo tempo, como no caso de carnes enlatadas;
c) Inibem efetivamente a toxicidade do Clostridium botulinum.
Algumas regiões do globo terrestre são sabidamente fontes muito ricas destes
sais, é o caso do Chile, Colômbia e regiões da China e Irã (HOWSON et al., 1986;
HOTCHKISS, 1987).
A redução bioquímica de nitratos leva rapidamente à formação dos nitritos.
Esta redução é facilmente realizada por enzimas bacterianas e pode também ser feita no
interior do estômago, desde que haja meio propício, ou seja, hipocloridria (ANDREOLLO,
1994). As bactérias mais frequentemente envolvidas neste processo são Escherichia coli,
Klebsiela, Clostridium spp., Bacterioides fragilis, Lactobacillus spp., micrococos e
Staphylococcus aureus,além de outras (CLARK et al., 1973; HILL et al., 1973;
MUSCROFT et al., 1981; WATT et al., 1984a; REED, 1986).
Vale lembrar que no estômago de indivíduos normais a quantidade de bactérias
presentes é bem pequena, pois não sobrevivem no suco gástrico com pH baixo (CLARK et
al., 1985).
A saliva contém as maiores concentrações de nitrito e nitrato no homem, assim
como a maioria dos mamíferos, à exceção do rato. A redução de nitrato e nitrito ocorre no
interior das glândulas salivares. A concentração de nitrito na saliva dos humanos pode
chegar a 6 a 10 mg de nitrito/litro e de nitrato a 15 a 35 mg/litro, valores estes que estão na
dependência da quantidade diária ingerida. Além disso, no suco gástrico também pode ser
encontrado nitrito em níveis de cerca de 0,12µg/litro, sendo que esta concentração eleva-se
17
à medida que o pH gástrico torna-se mais alcalino, ou seja, hipoclorídrico ou aclorídrico
(MIRVISH, 1983).
Os compostos N-nitrosos produzem tumores em mais de 40 espécies de animais
com especificidade celular e orgânica e desde a descoberta da ação carcinogênica de uma
das mais conhecidas nitrosaminas, a nitrosodimetilamina, por MAGEE et al. Em 1956,
cerca de 200 nitrosaminas já foram identificadas como carcinogênicas em experimentos
com animais, incluindo os mamíferos (entre eles os macacos), répteis, pássaros, anfíbios e
peixes. Sem dúvida, todas as espécies testadas mostraram vários graus de suscetibilidade e
é muito pouco improvável que o homem seja uma exceção (CAZOTES et al., 1981;
SCHWEINSBERG & BURKLE, 1985; REED, 1986).
Os compostos N-nitrosos mostram notável grau de especificidade orgânica a
qual varia de acordo com suas estruturas químicas e tumores têm sido induzidos na maioria
dos órgãos de roedores e outros animais pela administração de diferentes tipos destes
compostos sob as mais variáveis condições experimentais.
1.6. HISTÓRICO
Os compostos N-nitrosos receberam pouca atenção até o final da década de 60.
A nitrosodimetilamina começou a ser usada na década de 30 como solvente industrial, por
ser solúvel tanto em hexano quanto em água, além de possuir propriedades anticorrosivas.
Logo sua toxicidade em humanos foi reconhecida, através da intoxicação de dois
pesquisadores apresentando sintomas severos de insuficiência hepática. Um deles faleceu
sete semanas após a exposição, por necrose hepática. Baseando-se neste fato, FREUND, em
1937, confirmou a hepatoxicidade da droga. Utilizando-se ratos e cães, demonstrou o seu
potencial de provocar necrose quando expunha os animais à droga em forma de vapor. Uma
investigação mais completa sobre esses efeitos nocivos foi apresentada por BARNES &
MAGEE, em 1954. Em 1979, HARRIS et al., foram os primeiros a demonstrar a
capacidade da nitrosodimetilamina de causar alquilação do DNA.
18
A primeira suspeita de que os alimentos pudessem ser contaminados com
compostos N-nitrosos ocorreu a partir de um acidente ocorrido na Noruega, no final da
década de 50, quando animais domésticos alimentados com peixe conservado por nitrito
morreram de problemas hepáticos (ENDER et al., 1964). Partindo da observação deste
acontecimento, ENDER et al., em 1967 comprovam os efeitos deletérios da presença dos
compostos N-nitrosos na alimentação, chamando a atenção para os riscos de adicioná-los
como conservantes. O primeiro relato de substância nitrosada na comida humana foi
relatada por HERMAN (1961), demonstrando a presença de nitroso-metilamino-
benzaldeído em cogumelos. A partir daí, o número de estudos demonstrando a presença e
os efeitos nocivos dos compostos nitrosados na alimentação humana têm sido cada vez
maiores. DEVIK em 1967 comprova que reações químicas entre carboidratos e
aminoácidos induzidas por calor, formam pigmentos marrons e resultam no aparecimento
de compostos N-nitrosos. Isto criou muita apreensão, pois imputava ao processo de
cozinhar, uma prática extremamente comum, a capacidade de originar compostos
nitrosados. Foram esses fatos, e o aparecimento das primeiras publicações relacionando as
nitrosaminas ao câncer, especialmente de esôfago e estômago, que estimularam a
International Agency for Research on Cancer (IARC) a criar encontros para discussão e
padronização de maneiras para a adequada quantificação das nitrosaminas nos alimentos e
para o estudo de sua importância na carcinogênese (BOGOVSKI et al., 1972).
Além daqueles encontrados na alimentação, o ser humano está exposto aos
compostos N-nitrosos de uma grande variedade de fontes. Basicamente elas podem ser
divididas em exógenas e endógenas. O primeiro grupo inclui tabaco, cosméticos, drogas,
pesticidas, produtos químicos como solventes e tintas, borrachas, plásticos e
eletrodomésticos. A contaminação exógena também costuma ocorrer frequentemente como
exposição ocupacional. O aparecimento endógeno das nitrosaminas resulta da reação in
vivo de agentes nitrosantes e aminas ou amidas ingeridas, ou ainda de seus precursores na
reação de nitrosação (PREUSSMANN & EISENBRAND, 1984).
O desenvolvimento de modelos experimentais para carcinogênese é muito
importante por permitir o estudo morfodinâmico e etiopatogênico do câncer. Poucos
19
autores têm se preocupado em verificar experimentalmente a carcinogenicidade de nitritos
e nitratos.
MATSUKURA et al., 1978 sugeriram que possivelmente a administração de
nitrito de sódio a ratos poderia resultar no aparecimento de tumores no trato digestivo,
tendo encontrado após algum tempo de observação a presença de tumores gástricos.
Entretanto, em 1969, SANDER & BUERKLE registraram a presença de tumores hepáticos
e esofágicos em ratos que receberam N-metil-benzilamina ou aminas junto com nitrito de
sódio.
NEWBERNE & SHANK (1973) administraram nitritos e aminas a ratos
Sprague-Dawley e num dos grupos alimentados com uma dieta de 1000 ppm de nitrito de
sódio e 1000 ppm de aminas 156 dos 159 ratos desenvolveram carcinoma hepatocelular e
25% destes apresentaram juntamente angiosarcomas hepáticos. Outro grupo, deste mesmo
estudo, recebeu uma dose menor de 50 ppm e a mesma dosagem de aminas (100 ppm) e
desenvolveram carcinomas de células hepáticas em 4 dos 120 animais.
LIJINSKY et al. (1978), observaram altas concentrações de nitrosaminas
encontradas para rações de animais com carne de peixe. Em um estudo com 30 ratos
Sprague-Dawley que receberam aminopirina + nitrito (1g/L) em um ano de tratamento
todos morreram, sendo 29 com hemangiosarcoma endotelial do fígado.
INAI et al. (1979) tentam demonstrar possível carcinogenicidade de nitritos
administrados na água em ratos durante 109 semanas em doses de 0,5%, 0,25% e 0,125%.
Durante o período de estudo observaram a presença de tumores benignos e malignos em
vários locais, entretanto não houve diferença significativa entre o número de tumores no
grupo tratado e o não tratado.
WEISBURGER et al. (1980), administraram em 12 ratos WISTAR uma
mistura de nitritos com extratos protéicos homogeinizados de um peixe denominado
Sanma, muito consumido no Japão em regiões de elevado risco de câncer gástrico.
Verificaram que a referida mistura foi mutagênica á Salmonella typhimurium, e após 6
meses de observação , foi capaz de induzir o aparecimento de adenomas e adenocarcinomas
20
no estômago de 8 ratos tratados. No mesmo período nenhum tipo de tumor gástrico foi
diagnosticado nos animais do grupo controle. Estes autores relatam que é muito raro o
aparecimento de tumores espontâneos em ratos WISTAR e concluem que os tumores
gástricos foram decorrentes do tratamento realizado nos animais.
MIRVISH et al. (1980) administraram nitritos a ratos WISTAR durante 95
semanas e verificaram a ocorrência de câncer gástrico em 18% dos animais, tratados com
3g/litro de água ingerida, sendo a dose total de 63g/Kg. No grupo controle, apenas 2%
tiveram esses tumores. Além disso, também administraram separadamente a outro grupo, a
N-Nitroso-L-prolina, que é um ácido nitrosamínico o qual reage com nitritos e forma
composto N-nitroso, e não registraram o aparecimento de nenhum câncer gástrico a 37
animais tratados com o produto. Concluem que os nitritos foram carcinogênicos ao
estômago desses animais.
MAEKAWA et al. (1982) administraram por 56 semanas nitritos e nitratos,
tanto na água ingerida, como na dieta a 240 ratos, nas concentrações de 2,5% e 5%. Após a
necropsia, constataram o aparecimento de carcinomas em vários órgãos. Além disso, em
outro grupo realizaram dosagens de compostos N-nitrosos no estômago dos mesmos e
constataram a presença desta substância apenas no grupo que receberam nitritos e nitratos,
não sendo registrados compostos N-nitrosos nos animais do grupo controle. Entretanto, na
análise final da pesquisa observaram que não houve diferença significativa entre o número
de tumores entre o grupo de animais tratados e grupo controle.
Fatos demonstraram inequivocamente que os compostos N-nitrosos são
formados no corpo humano, mesmo após a ingestão de níveis de seus precursores
considerados normais (FRASER et al., 1980; PREUSSMANN, 1988). Esses compostos N-
nitrosos são hoje considerados um grupo de substâncias orgânicas resultantes da interação
entre os nitritos e aminas, formando as nitrosaminas, entre os nitritos e as amidas, formando
as nitrosamidas e os nitritos e as uréias, formando as nitrosuréias. Esta nitrosação pode se
dar nos alimentos, in vitro e in vivo e tem sido constantemente relacionado ao
desenvolvimento de câncer (DUCKREY et al. , 1967; FOOD and COSMETICS
TOXICOLOGY, 1968; LANCET, 1968; LIJINSKY & EPSTEIN, 1970).
21
Resumindo, os nitratos dos alimentos e da água potável, quando ingeridos são
transformados em nitritos por bactérias presentes. Os nitritos que também podem ser
provenientes da saliva combinam-se com aminas secundárias presentes nos alimentos e
originam compostos n-nitrosos. Esta nitrosação endógena tem sido demonstrada no homem
com atividade sobre o organismo.
Portanto, conclui-se que os nitritos e os nitratos possuem muitas propriedades
carcinógenas sobre todo o sistema gastrointestinal.
23
OBJETIVOS
24
2. OBJETIVOS
Os objetivos do presente trabalho, de natureza experimental, foram analisar as
alterações histopatológicas caracterizadas pelo índice de mitoses produzidas na mucosa do
intestino grosso de ratos Wistar submetidos à operação de derivação jejunoileal, após
administração continuada de nitrito de sódio e vitamina C, em diferentes grupos.
25
MATERIAL E MÉTODOS
26
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. ANIMAIS
O experimento foi realizado no Bloco Cirúrgico da Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade José do Rosário Vellano, e recebeu aprovação do Comitê de
Ética em Cirurgia Experimental Animal do Instituto de Biologia da Unicamp, sob protocolo
número 1694-1.
Foram utilizados 80 ratos da raça Wistar (Rattus norvegicus albinus, Rodentia
Mammalia), todos machos, com cinco meses de idade e peso variando de 450 a 550g,
fornecido pelo Centro de Bioterismo da UNICAMP (CEMIB).
Os animais foram criados no próprio CEMIB, em condições especiais, sendo, portanto
considerados saudáveis e livres de doenças específicas (SPF- Specific Pathogen Free).
3.2. ACONDICIONAMENTO
Os animais foram divididos em grupos de 12 e subgrupos de quatro, sendo cada um
destes acondicionado em gaiolas de poliuretano medindo 33 cm de largura, 40 cm de
comprimento e 18 cm de altura, forrada com cama de 5-10cm de serragem de madeira clara
autoclavada e com tampa de grade metálica. Eram mantidos em temperatura ambiente, com
ciclo de luz diurno e fluxo de ar contínuo, recebendo alimentação ração e água ad libitum,
além da administração de vitamina C e nitrito por 180 dias, permanecendo sempre na
mesma gaiola até o final do experimento.
27
3.3. MANIPULAÇÃO
A manipulação das gaiolas foi sempre realizada pelo mesmo técnico de
laboratório, treinado especialmente para esta função. Para a higienização das gaiolas,
realizadas duas vezes por semana, o mesmo utilizava calçados, avental e luvas próprias.
3.4. DROGAS UTILIZADAS
Vitamina C – Cevita ®
Laboratório: Teuto Brasileiro S/A
Frascos contendo 20mL
Fórmula química: C6H8O6
Nitrito de Sódio P.A.
Laboratório: LABSYNTH Produtos para Laboratórios Ltda.
Frasco contendo: 500g
Fórmula química: NaNO2
Peso Molecular: 69,00
28
Sulfato de Vincristina
Laboratório: Eli Lilly do Brasil
Frasco contendo: 10mL
Nome comercial: Oncovin®
Fórmula Química: C46H56N4O10 H2SO4
Peso Molecular: 923,04
3.5. MATERIAIS UTILIZADOS NO TRANSCORRER DO EXPERIMENTO
As gaiolas encontravam-se em prateleiras metálicas e os materiais usados para
alimentação e pesagem dos animais foram:
Bebedouro plástico com capacidade para 500mL
Ração específica para roedores (Purina Nutrientes Ltda)
Água potável e filtrada da rede de abastecimento da UNIFENAS
Balança comum com capacidade para 2Kg
Para limpeza e conservação do biotério e das gaiolas foram usados:
Hipoclorito de sódio e quartenário de amônia para desinfecção;Sabão em pó neutro.
29
3.6. MATERIAIS UTILIZADOS PARA A EUTANÁSIA E EXERESE
DA PEÇA ANATÔMICA
Os animais foram sacrificados por sobrecarga anestésica de Tiopental sódico
(Thionenbutal®-) e colocados em uma prancha de madeira, sendo necessários os seguintes
materiais:
Pinça anatômica; pinça dente-de-rato; cabo de bisturi n.4; lâmina de bisturi n. 22;
tesoura reta fina-fina; tesoura reta romba-romba; prancha com fixadores elásticos para
colocação dos animais; gaze e algodão; sacos de lixo; placa de Petri.
3.7. MATERIAIS UTILIZADOS NA ANÁLISE MACROSCÓPICA
Os materiais utilizados na análise macroscópica foram:
Placa de cortiça para fixação do segmento; campo azul; etiquetas para identificação;
câmara digital Olympus D-425 4.0 megapixel.
3.8. MATERIAIS UTILIZADOS NA ANÁLISE MICROSCÓPICA
Na análise microscópica os materiais utilizados foram:
Navalha de secção Leica 858, para secção das peças; grades histológicas para
acondicionamento das peças; processador automático histotécnico (autotécnico-Ultra III);
auto inclusor Leica EG 1160; blocos de parafina paraplastic; micrótomo (American Optical
CO); lâminas e lamínulas; material para coloração com Hematoxilina e Eosina (HE);
microscópio óptico convencional; formol; álcool; xilol; etiquetas para identificação; caixas
30
para colocação de lâminas. Para contagem das mitoses foi utilizado o Microscópio Óptico
Leica modelo DMLB500 com programa Leica Qwin para captura e análise de imagem.
3.9. GRUPOS DE ANIMAIS
Os animais foram colocados em gaiolas com cinco ratos em cada, sendo divididos
em 12 grupos, de acordo com a droga que receberam e o tempo de observação.
I 5 somente água
II 5 vitamina C
III 5 nitrito de sódio
IV 5 nitrito + vitamina C
I 5 somente água
II 5 vitamina C
III 5 nitrito de sódio
IV 5 nitrito + vitamina C
Animais Droga
Grupo Controle
Tabela 1. Grupo Controle
Animais Droga
Tabela 2. Grupo Experimental Sham
Grupo Experimental (SHAM)
31
I 10 somente água
II 10 vitamina C
III 10 nitrito de sódio
IV 10 nitrito + vitamina C
3.10. PREPARO DA SOLUÇÃO
3.10.1. Cálculo da concentração de nitrito de sódio:
O nitrito de sódio era pesado em uma balança digital e colocado em uma capela de
vidro sob forma de papelotes de papel alumínio para evitar a umidade e deixados dentro de
uma caixa para evitar o efeito da luz direta sobre os papelotes. Todo o material era
preparado utilizando-se de luvas, máscara e óculos de proteção, pois é um produto
carcinógeno volátil, tóxico, podendo ser absorvido por inalação ou contato direto com a
pele.
A dose é de 200mg/animal/dia diluídos em 40 ml de água, média de consumo diário
de ingestão de água.
Grupo Operado
Animais Droga
Tabela 3. Grupo Operado
32
3.10.2. Cálculo da concentração de vitamina C:
A quantidade de vitamina C utilizada é o mesmo valor correspondente ao nitrito que
através do valor obtido de 200mg/animal/dia foi diluído em 40 ml de água.
3.11. CONTROLE DE ADMINISTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES
O controle da ingestão das soluções e controle do volume ingerido em cada gaiola
foi a cada três dias, pelo técnico do Biotério, devidamente treinado e orientado. Esse
volume foi anotado em livro de controle, e após o período de observação foi calculado o
volume total ingerido pelo animal. Após cada medição o frasco da gaiola era novamente
completado com a solução correspondente, até a sua capacidade máxima.
O volume ingerido por animal no período de estudo foi calculado dividindo o
volume total de soluções consumido em cada gaiola, pelo número de animais da mesma. O
cálculo dos volumes diários era dividido pelo volume total ingerido por animal pelo
número de dias de estudo.
3.12. TEMPO DE OBSERVAÇÃO E ESTUDO DOS ANIMAIS
O tempo de observação e estudo dos animas até a obtenção das peças foi de 180dias
(seis meses). Após cada período de trinta dias de observação, cada animal era repesado para
controle de variação do peso e volume total de solução ingerida.
33
3.13. ANESTESIA E PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
A anestesia utilizada foi inalatória e os animais foram, cada um a seu tempo,
desnitrogenados por um período de 5 minutos com a mistura oxigênio/óxido nitroso em um
fluxo volumétrico de gás fresco de 0,8 l/min. Ato contínuo, receberam mascara facial,
adaptada à um sistema Mapleson modificado em circuito semi-fechado, respirando O2, N2O
e halothano a 4 volume % (4v%). Após os efeitos máximos da indução anestésica, foram
colocados em decúbito dorsal, para a intervenção operatória. A manutenção do estado
anestésico foi feita com a mistura O2, N2O e halothano a 2 volume % (2v%), sob fluxo
diluente de 0,4 l/min.
3.14. PROCEDIMENTOS REALIZADOS NOS ANIMAIS
Os procedimentos cirúrgicos seguiram a técnica respeitando á anatomia animal
(ROWETT, 1957; WAYNFORTH, 1980).
Conforme padronização, os procedimentos nos animais operados foram:
a) Os animais foram pesados e acondicionados em gaiolas próprias, contendo no
máximo 5 animais em cada uma e devidamente identificados. O tempo de jejum foi
de 12h aproximadamente.
b) Os animais foram operados no período mais quente do dia, tentando manter-se o
mesmo horário do ato operatório evitando-se a quedas bruscas de temperatura
corpórea devido seu metabolismo.
c) Anestesia inalatória foi mantida com a mistura O2, N2O e halothano a 2
volume%(2v%), sob fluxo diluente de 0,4 l/min.
d) Colocação e decúbito dorsal sobre a prancha de cirurgia e imobilização dos quatro
membros.
e) Tricotomia dos pelos abdominais
34
f) Assepsia abdominal com solução de iodo-povidine.
g) Colocação de campo fenestrado
h) Abertura mediana da cavidade abdominal, numa extensão aproximada de 3cm a
partir do apêndice xifóide
i) Colocação de afastador auto-estático pediátrico para exposição da cavidade
3.15. DERIVAÇÃO JEJUNOILEAL
1. Identificação do segmento proximal do jejuno e logo a seguir a localização da
junção ileocecal.
2. Aproximadamente a 3cm do ligamento de Treitz a parede do jejuno é transfixada à
parede do íleo a 2cm da junção ileocecal.
3. Anastomose jejunoileal látero-lateral em plano único com fio tipo vicril 6-0 com
sutura contínua, tomando-se o cuidado de atingir somente o plano seroso e
muscular, preservando a mucosa, principalmente, de necroses.
4. Anteriormente à anastomose é feita a ileotomia, sendo este segmento suturado e
livre na cavidade abdominal.
5. Revisão e limpeza da cavidade e fechamento da parede abdominal utilizando sutura
contínua de fio polipropileno 4-0 e em seguida fechamento da pele com pontos
intradérmicos com este mesmo fio.
A anastomose jejunoileal látero-lateral realizada seguiu o modelo proposto por BRISTOL
et al. (1984), conforme Figura 3 e Figura 4 abaixo.
35
Figura 3 – Esquema da derivação jejunoileal látero-lateral mostrando o segmento do jejuno proximal 3cm do
ligamento de Treitz ao íleo terminal, distante 2cm da válvula ileocecal.
Figura 4- Esquema da anastomose jejunoileal látero-lateral do segmento proximal do jejuno com o segmento
terminal do íleo 2cm distante da válvula ileocecal.
36
Figura 5 – Mostra a anatomia da cavidade normal do animal, com visão panorâmica após incisão na linha
mediana ventral.
37
Figura 6. Mostra a exposição do ceco para localização do íleo terminal e jejuno proximal para a anastomose.
38
Figura 7. Mostra identificação do ligamento de Treitz para aproximação do segmento proximal do jejuno
com o íleo terminal.
Jejuno proximal
39
Figura 8. Mostra a exposição da luz do segmento do jejuno proximal e íleo terminal para a anastomose
látero-lateral.
40
Figura 9. Mostra a anastomose jejunoileal látero-lateral em plano contínuo.
41
3.16. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Os animais após a operação de derivação jejunoileal receberam cloridrato de
fentanila (Fentanil®) na dosagem de 0,04mg/100g via subcutânea como analgésico, e a
enrofloxacina (Baytril®) na dosagem de 1ml/rato via intramuscular como antibiótico em
dosagem única. Os mesmos eram acondicionados em estufas térmicas por um período de
2h, até total restabelecimento da anestesia. Após retorno para as gaiolas receberam soro
glicosado suplementado com complexo vitamínico por dois dias consecutivos para
restabelecimento do ato operatório. Semanalmente foram pesados, e após 48h receberam
água “ad libitum” e realimentados, gradativamente, com ração normal (Purina Nutrientes
Ltda).
Após 72h passaram a receber as soluções preconizadas para cada grupo, ou seja,
água filtrada, água com solução de nitrito de sódio, água com vitamina C e água com
solução de nitrito de sódio e vitamina C, até o fim do experimento, conforme protocolo
estabelecido. Os grupos Controle e Sham também receberam água diluída nas mesmas
condições já citadas anteriormente, por 180 dias.
3.17. CONTROLE DE INGESTÃO DAS SOLUÇÕES
O controle da ingestão de soluções e coleta do volume ingerido em cada gaiola foi
feito a cada três dias pelo Técnico de Laboratório do biotério da UNIFENAS, devidamente
treinado e orientado. Os volumes ingeridos foram devidamente anotados em uma planilha
apropriada, calculando-se o volume ingerido pelos animais. O volume individual foi obtido
dividindo-se o volume total ingerido pelo número de animais por gaiola. Os animais que
receberam apenas água sem a vitamina C e o nitrito, também foi respeitado este
procedimento. E desta forma obteve-se a média de ingestão da vitamina C, do nitrito e da
vitamina C com o nitrito de sódio/ por rato/por dia, até o fim do experimento.
42
3.18. COLETA DAS PEÇAS CIRÚRGICAS
Ao término do período de observação e estudo, cada animal foi repesado para
obtenção de seu peso final. Após esse procedimento os animais receberam uma injeção
intra-peritoneal de Sulfato de Vincristina na dosagem de 4mg m² em dose única para
paralisação da divisão mitótica. Em seguida, foram sacrificados através do aprofundamento
da anestesia, na mesma hora do dia para evitar variações diurnas na cinética intestinal. Em
seguida foram colocados em decúbito dorsal e fixação das patas por meio de elástico, onde
se procedeu a laparotomia mediana com liberação das alças intestinais do mesentério. O
intestino grosso foi preparado através da irrigação de sua luz com solução fisiológica para
remoção de resíduos fecais, seguido de sua colocação em uma prancha de cortiça para sua
fixação, em sua posição anatômica, de solução de formalina a 10% por 24h.
As peças para avaliação histológica se constituíram de amostras seccionadas
transversalmente de segmentos do intestino grosso: ceco (em seu terço médio), colon
ascendente (a três centímetros da junção com o ceco), colon transverso (a três centímetros
da flexura direita), colon descendente (a três centímetros da flexura esquerda) e reto (a três
centímetros da margem externa do ânus).
Foi determinada uma nomenclatura para cada segmento seccionado do intestino
grosso: ceco (S1), colon ascendente (S2), colon transverso (S3), colon descendente (S4) e
reto (S5). Figura 10 e 11.
43
Figura 10. Segmento anatômico removido do animal 6 do grupo operado, mostrando os segmentos do
intestino grosso estudados ( S1, S2, S3, S4 e S5).
Figura 11. Segmento anatômico removido e aberto em toda sua extensão do animal 8 do grupo operado,
mostrando os segmentos estudados do intestino grosso ( S1, S2, S3, S4 e S5).
44
3.19. ANÁLISE MACROSCÓPICA
As peças foram analisadas externa e internamente. Ao abrir a cavidade fazia-se um
inventário da anastomose, do jejuno seccionado na cavidade, do intestino grosso, fígado e
possível formação de massas tumorais e divertículos.
3.20. ANÁLISE MICROSCÓPICA
Todas as peças anatômicas foram fotografadas previamente. O material foi fixado
em formalina a 10% durante 24 horas, e submetido a processamento histológico no
Laboratório de Anatomia Patológica do NMCE.
Após a fixação e formalina tamponada a 10%, os espécimes foram desidratados em
baterias de álcool e xilol. Após a diafanização, foram incluídos e parafinados, cortados em
micrótomo com espessura de 5 mm cada e corados pela hematoxilina-eosina (HE).
Para contagem das mitoses foi utilizado o Microscópio Óptico Leica modelo
DMLB500 com programa Leica Qwin para captura e análise de imagem disponível no
Laboratório de Biomateriais em Ortopedia LABIMO do Núcleo de Medicina e Cirurgia
Experimental da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, observadas através da
objetiva de imersão, obedecendo sempre o mesmo padrão de contagem para todas as
lâminas. Para análise das lâminas foi estabelecido que a contagem seria sempre da esquerda
para a direita e de baixo para cima dividida em vinte campos de observação. Quanto menor
o índice de mitose maior destruição da mucosa; quanto maior o índice de mitose maior a
recuperação da mucosa. Os resultados foram discriminados em gráficos e tabelas.
45
3.21. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para comparar o índice de mitoses, levando em consideração os fatores grupo,
tratamento e segmento, foi utilizada a Análise de Variância (ANOVA) para medidas
repetidas. Devido à grande variabilidade no índice de mitoses foi aplicada a transformação
por postos (ranks), CONOVER, 1971. As comparações múltiplas foram realizadas pelo
teste de Tukey e teste de perfil por contrastes.
Apresentação gráfica por meio de médias e desvios padrão para visibilizar o
comportamento da medida nos segmentos nos grupos e tratamentos.
O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%.
47
RESULTADOS
48
4. RESULTADOS
4.1. PESO DOS ANIMAIS
Foram calculados média, desvio padrão, valores mínimo e máximo e mediana do
peso dos ratos estudados, conforme tabela 4 a seguir:
Tabela 4 – Mostra a variação de peso (em gramas) dos animais no grupo Controle
Grupo de n Média dos Desvio Peso Mediana Peso
ratos
pesos padrão mínimo
máximo
C1 5 119,2 22,99 105 110 160
C2 5 113,0 11,04 100 110 128
C3 5 101,0 12,54 79 105 110
C4 5 107,0 12,54 95 105 120
Tabela 5 - Mostra a variação de peso (em gramas) dos animais no grupo Sham
Grupo de n Média dos Desvio Peso Mediana Peso
ratos
pesos padrão mínimo
máximo
sham1 5 307,4 34,04 198 287 300
sham2 5 299,0 30,08 275 290 350
sham3 5 298,8 54,88 255 285 390
sham4 5 270,4 42,13 198 287 300
s
1
49
Tabela 6 - Mostra a variação de peso (em gramas) dos animais no grupo Operado
Grupo de n Média dos Desvio Peso Mediana Peso
ratos
pesos padrão mínimo
máximo
operado 1 10 26,5 29,93 -10 15,0 70
operado 2 10 -8,5 37,19 -110 7,5 12
operado 3 10 -7,0 73,34 -180 15,0 90
operado 4 10 -32,5 60,15 -190 -15,0 20
Variável analisada: VP (Variação do Peso)
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
Tabela 7. Análise de Variância
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc TRAT 3 17564.500000 5854.833333 3.003 0.0364 *
GRUPO 2 1197888.675000 598944.337500 307.175 0.0000 **
TRAT*GRUPO 6 4918.125000 819.687500 0.420 0.8630 erro 68 132589.500000 1949.845588
Total corrigido 79 1352960.800000
CV (%) = 44,92
Média Geral: 98.3000000 Número de observações: 80
FV = Fatores de Variação; GL = Grau de Liberdade; SQ = Soma dos Quadrados; QM = Quadrado Médio.
De acordo com a análise de variância e segundo o teste F, pode-se afirmar que
existe diferenças significantes entre os tratamentos (p=0,0364) e entre os grupos estudados
(p<0,01). Apenas a interação não apresentou resultados significativos. Para estudar as
médias e identificar qual ou quais tratamentos foram destaques, utilizou-se o teste de Tukey
a 5% de significância.
50
Tabela 8. Teste Tukey para a FV TRAT
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
DMS: 36.786971289304 NMS: 0.05
Média harmônica do número de repetições (r): 20
Erro padrão: 9.87381787414396
Tratamentos Médias Resultados do teste
nit + vit C 78.100000 a1
nit 96.450000 a1 a2
vit C 98.750000 a1 a2
água 119.900000
a2
Para a comparação das médias, segundo o teste de Tukey (5%), pode-se afirmar
que os tratamentos água, vitamina C e nitrito apresentaram resultados significativamente
iguais e superiores para a variação de peso, sendo o nitrito+vitamina C, nitrito e a vitamina
C iguais e de variação de peso inferiores.
Tabela 9. Teste Tukey para a FV GRUPO
Teste Tukey para a FV GRUPO
DMS: 30.5514779919647 NMS: 0.05
Média harmônica do número de repetições (r): 24
Erro padrão: 9.01352129727725
Tratamentos Médias Resultados do teste
operado - 5.375000 a1
controle 110.050000
a2 sham 293.900000
a3
51
Para a comparação das médias, segundo o teste de Tukey (5%), pode-se afirmar que
o grupo sham apresentou a maior variação de peso, seguido do grupo controle e o grupo de
pior ganho foi o operado, sendo este negativo em relação ao peso inicial dos animais.
4.2. ANÁLISE MICROSCÓPICA
Demonstração gráfica por meio de médias e desvios padrão para visualizar o índice
de mitoses, levando em consideração o comportamento da medida nos segmentos, nos
grupos e tratamento.
Quadro 1- Grupo Controle
52
Tabela 10 - Valores médios do índice de mitoses e dos tratamentos dentro dos segmentos juntamente com
resultado do teste Tukey (5%) no grupo controle.
MÉDIAS1
Tratamento S1 S2 S3 S4 S5
nitrito 192,00A 210,80A 221,30A 211,50A 270,40A
vitamina C 187,50A 176,90A 145,10B 206,50A 192,10B
nit + vit C 27,40B 53,80B 60,70C 55,70B 44,20C
1. Médias seguidas de mesma letra nas colunas.
Observando os segmentos em comparação ao tratamento (p<.0001) e
comparando a média entre todos os segmentos (p=0.0323) indica que o nitrito vitamina C
obtiveram o menor índice de mitose em comparação aos tratamentos nitrito e vitamina C.
Houve interação entre os tratamentos e segmentos (p=0.0096), onde nos segmentos S1, S2 e
S4 o tratamento com nitrito + vitamina C apresentou-se estatisticamente diferente em
relação aos tratamentos nitrito e vitamina C. Já nos segmentos S3 e S5 todos os tratamentos
foram estatisticamente diferentes entre si. (Ver Tabela 10 no Apêndice 2)
53
Figura 12. Aspecto histológico do animal 5 do grupo controle nitrito+vitamina C, mostrando figura de
mitose no segmento S3. ( HE 1000x)
54
Figura 13. Aspecto histológico do animal 1 do grupo controle vitamina C, mostrando figura de mitose no
segmento S2.(HE 1000x).
55
Figura 14. Aspecto histológico do animal 1 do grupo controle nitrito, mostrando figura de mitose no
segmento S3. (HE 1000x)
56
Quadro 2- Grupo
Operado
57
Tabela 11. Valores médios dos tratamentos dentro dos segmentos juntamente com o resultado do Teste
Tukey (5%).
Medias1
Tratamento S1 S2 S3 S4 S5
nitrito 224,15A 243,65A 142,45A 164,00A 218,15A
vitamina C 53,35B 110,55B 161,60A 136,85A 153,55A
nit + vit C 9,95B 99,80B 113,65A 90,15A 132,75A
1. Médias seguidas de mesmas letras nas colunas
No grupo operado houve interação entre segmento e tratamento (p<. 0001).
Comparando-se as médias entre os tratamentos (p=0.0003) e entre os segmentos (p<.0001),
os segmentos S1 e S2 houve diferença estatística com o tratamento vit C, onde apresentou-
se um maior índice de mitose, com conseqüente melhor preservação da mucosa. Nos
segmentos S3, S4 e S5 não houve diferença estatística entre os tratamentos. (Ver Tabela 11
no Apêndice 2)
58
Figura 15. Aspecto histológico do animal 1 do grupo operado com vitamina C, mostrando um número
maior de figuras de mitoses preservação do tecido no segmento S2. (HE 1000x)
59
Figura 16. Aspecto histológico do animal 9 do grupo operado com nitrito, mostrando um baixo índice de
mitose e destruição da mucosa no segmento S1.(HE 1000x)
Mitoses
60
Figura 17. Aspecto histológico do animal 10 do grupo operado com nitrito+ vitamina C, mostrando um baixo
índice de mitose e mucosa hemorrágica com poucas criptas no segmento S5. (HE 1000x)
61
Quadro 3- Grupo Sham
62
Tabela 12. Valores médios dos tratamentos dentro dos segmentos juntamente com o resultado do Teste
Tukey (5%).
Tratamento Média dos segmentos
nitrito 220,30A
vitamina C 202,24A
nit + vit C 109,64B
No grupo sham houve uma diferença apenas entre tratamentos (p<.0001), não
havendo diferença entre segmentos (p=0.0849) e nem interação entre segmento e
tratamento (p=0.7135). A principal diferença estatística ficou apenas no grupo nitrito + vit
C entre a média dos segmentos, mas não entre os segmentos estatisticamente, ou seja, entre
os segmentos os tratamentos apresentaram-se equivalentes. (Ver Tabela 12 no Apêndice 2)
63
Figura 18. Aspecto histológico do animal 4 do grupo Sham com nitrito + vitamina C, mostrando o número
de figuras de mitoses no segmento S3. (HE 1000x)
64
Figura 19. Aspecto histológico do animal 2 do grupo Sham com nitrito, mostrando o número de figuras de
mitoses no segmento S1. ( HE 1000x)
65
Figura 20. Aspecto histológico do animal 2 do grupo Sham com vitamina C, mostrando o número de
figuras de mitoses no segmento S1. (HE 1000x)
66
Tabela 13a. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S1.
S1 Tratamento
Nit + Vit C Nitrito Vitamina C
Controle 0,78b 6,94a 7,18a
Sham 3,32a 9,62a 7,64a
Operado 0,15c 1,98b 11,66a
No segmento S1 houve diferença quanto ao grupo, quanto ao tratamento e
interação entre tratamento e o grupo, sendo o tratamento com nitrito + vitamina C
estatisticamente diferente entre os grupos controle, sham e operado, já o tratamento com
nitrito foi estatisticamente igual nos grupos controle e sham e estatisticamente diferente no
grupo operado. O tratamento com a vitamina C apresentou-se estatisticamente igual nos
grupos controle, sham e operado. (Ver Tabela 13a no Apêndice 2)
Tabela 13b. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S2.
S2
Nit + Vit C Nitrito Vitamina C Controle 1,90a 8,86ab 6,44b
Sham 5,30a 9,06a 7,62ab
Operado 3,74a 4,30b 12,67a
No segmento S2 houve interação entre o tratamento e o grupo , e diferença
quanto ao tratamento,onde o tratamento com nitrito + vitamina C foi estatisticamente igual
entre os grupos controle, sham e operado; o tratamento com o nitrito foi estatisticamente
igual entre os grupos controle e sham e estatisticamente igual entre os grupos controle e
operado. No tratamento com a vitamina C os grupos controle e sham apresentaram-se
67
estatisticamente iguais quanto ao IM e os grupos sham e operado foram estatisticamente
diferentes do grupo controle. (Ver Tabela 13b no Apêndice 2)
Tabela 13c. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S3.
S3
Nit + Vit C Nitrito Vitamina C Média
Controle 2,20 8,86 5,48 A 5,51
Sham 3,28 6,82 7,68 A 5,92
Operado 4,06 5,92 5,40 A 5,12
Médias 18,475B 41,525A 31,5A
No segmento S3 não houve diferença entre os grupo e os tratamento, apenas o
tratamento com nitrito + vitamina C apresentou-se estatisticamente diferente quanto as
médias dos grupos tratados com nitrito e com a vitamina C. (Ver Tabela 13c no Apêndice)
Tabela 13d. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S4.
S4
Nit + Vit C Nitrito Vitamina C Média
Controle 2,04 7,82 8,00 A 5,95
Sham 4,22 10,58 12,22 AB 9,00
Operado 3,41 5,38 6,01 B 4,93
Médias 17,5B 35,475A 38,525A
No segmento S4 houve diferença entre os grupos e entre os tratamentos, tendo
como diferença estatística apenas o tratamento com nitrito + vitamina C e na comparação
entre grupos a diferença estatística ficou entre os grupos controle e operado. (Ver Tabela
13d no Apêndice)
68
Tabela 13e. Referente aos grupos e tratamentos no segmento S5.
S5
Nit + Vit C Nitrito Vitamina C
Controle 1,52a 13,64a 7,32a
Sham 4,66a 9,00ab 9,18a
Operado 6,76a 5,33b 8,49a
No segmento S5 houve diferença entre tratamento e interação entre grupo e
tratamento. O tratamento com a vitamina C e nitrito + vitamina C apresentaram-se
estatisticamente iguais entre os grupos controle, sham e operado. O tratamento com nitrito
apresentou-se igual entre os grupos controle e sham e estatisticamente diferente do grupo
operado e os grupos sham e operado foram estatisticamente diferentes do grupo controle.
(Ver Tabela 13e no Apêndice 2)
69
Apresentação gráfica separada por tratamento:
Quadro 4 - Índice de mitoses no grupo tratado com Nitrito + Vitamina C
70
Quadro 5 – Índice de mitoses no grupo tratado com Nitrito
71
Quadro 6- Índice de mitoses no grupo tratado com vitamina C
73
DISCUSSÃO
74
5. DISCUSSÃO
A pesquisa experimental analisa o problema, constrói suas hipóteses e trabalha
manipulando os possíveis fatores e as variáveis que se referem ao fenômeno observado. A
manipulação na quantidade e qualidade das variáveis proporciona o estudo da relação entre
causas e efeitos de um determinado fenômeno, podendo-se controlar e avaliar os resultados
dessas relações. Assim, na pesquisa é necessário conhecimento técnico adequado e alto
rigor ético do pesquisador na experimentação animal. O pesquisador deve conhecer muito
bem a etiologia e biologia da espécie utilizada, ter consciência da importância de seu
trabalho, de suas conclusões e seus limites, podendo beneficiar ou prejudicar centenas de
milhares de pessoas.
A obesidade é atualmente um dos mais graves problemas de saúde pública. A
prevalência da obesidade tem crescido acentuadamente nas últimas décadas, tanto nos
países desenvolvidos como nos em desenvolvimento. Estes dados a levaram à condição de
epidemia global, de acordo com World Health Organization, 1997. Sua prevalência vem
crescendo acentuadamente nas ultimas décadas e os custos com suas complicações atingem
cifras de bilhões de dólares (PÓVOA, 1998). Na prática clínica, na maior parte dos estudos
e na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) utiliza-se o Índice de Massa
Corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso corporal, em quilogramas, pelo quadrado da
altura, em metros quadrados.
O controle da obesidade através do procedimento cirúrgico é feito por um
mecanismo de restrição e ou disabsorção dos alimentos ingeridos. Segundo o Consenso
Latino Americano de Obesidade (1999) são reconhecidas três técnicas cirúrgicas:
gastroplastia vertical com bandagem (GVB), Lap Band e gastroplastia com derivação
gastro-jejunal (COUTINHO,1999).
Duas modalidades cirúrgicas vêm sendo muito utilizadas e são reconhecidas pela
IFSO (International Federation for the Surgery of Obesity). A operação proposta por Nicola
Scopinaro e uma variação sua, o “duodenal swicth” (MARCEAU et al., 2000). Ambas são
75
derivações bilio-pancreáticas e são cirurgias disabsortivas, onde a restrição volumétrica não
representa papel preponderante. Há descrições de diminuição de episódios de compulsão
alimentar (Adami et al, 1996). Todas as técnicas, atualmente, podem ser realizadas por via
vídeo-laparoscópica.
A maior parte das operações atualmente realizadas para o tratamento da
obesidade possui algum componente disabsortivo (BUCHWALD & WILLIAMS, 2004).
Em razão de não estar bem definida os efeitos da disabsorção prolongada sobre o intestino
grosso, foi idealizada esta pesquisa que pretende contribuir no estudo das alterações da
mucosa colônica por meio do índice de mitoses após a derivação jejunoileal em ratos.
A derivação jejunoileal é uma cirurgia disabsortiva e já foi empregada e
avaliada em humanos (SYLVAN et al., 1992). Entretanto, atualmente não é uma operação
utilizada no tratamento de obesos mórbidos, servindo apenas como modelo a estudos
experimentais visando à avaliação das modificações metabólicas e histopatológicas
intestinais decorrentes da derivação de todo o conteúdo gastroduodenal ao íleo terminal.
Alguns estudos já utilizaram o rato como modelo animal para esse
procedimento (SCUDAMORE et al., 1983, BRISTOL et al.,1984). Estes autores estudaram
as neoplasias resultantes dos efeitos de várias operações realizadas no intestino delgado de
ratos (secção, ressecção ou derivações) induzidas com o carcinógeno 1,2-dimetilhidrazina
(um precursor do azoximetano) durante 6 semanas. Após este tempo os animais foram
sacrificados e registrados a distribuição, tamanho e incidência de tumores no intestino
delgado e grosso. O intestino grosso dos animais submetidos á redução da área absortiva
apresentaram mais tumores (82%) que o grupo controle (56% em média).
A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é uma das 13
principais vitaminas que fazem parte de um grupo de substâncias químicas complexas
indispensáveis para o funcionamento adequado dos órgãos e sistemas. É uma das vitaminas
hidrossolúveis, o que significa que o organismo usa o que necessita e elimina o excesso. É
encontrada em alimentos como frutas cítricas, tomates, morangos, pimentão-doce e
brócolis. A dosagem recomendada para a maioria das pessoas com idade superior a 15 anos
é 60mg/dia. Entre as pessoas que necessitam de maiores quantidades de vitamina C estão as
76
mulheres grávidas (70mg), as lactantes (90-95mg) e os fumantes (pelo menos 100mg).
Como a vitamina C não pode ser armazenada no organismo, é importante fazer sua
reposição, ingerindo as quantidades diárias recomendadas (HORNIG,1981;
SCHECTMAN,1993).
O Conselho de Alimentos e Nutrição da Academia Nacional de Ciências (The
Food and Nutrition Board of the National Academy of Sciences) está revendo as atuais
recomendações de ingestão de vitamina C. Especialistas dos Institutos Nacionais de Saúde
(National Institutes of Health) sugerem o aumento das atuais necessidades diárias
recomendadas de vitamina C de 60mg para 100-200mg por dia (J Am Med Assoc, 1999).
Eles enfatizam que, sempre que possível, a vitamina C deve ser obtida de frutas e vegetais,
e que as pessoas podem ingerir a quantidade recomendada comendo cinco porções de frutas
e vegetais por dia.
Recentemente os cientistas têm feito descobertas que os levam a acreditar que
muitas doenças têm início ao nível da célula, devido a um processo conhecido por oxidação
celular. É este processo que danifica a célula, causando alteração no DNA. A oxidação
celular é causada por milhões de moléculas que o nosso corpo contém e que se chamam
radicais livres. Radicais livres são moléculas que perderam um elétron. Uma molécula pode
ser formada por um ou mais átomos, ou os átomos que as compõem têm um número par de
elétrons a orbitar o núcleo. Mas, por vezes isso não acontece, e existem moléculas às quais
falta um elétron, ou seja, têm um número ímpar de elétrons a orbitar o núcleo do átomo. A
estas moléculas dá-se o nome de radicais livres, e são elas as responsáveis pelo processo de
oxidação celular.
Os radicais livres se caracterizam por sua alta capacidade de reagir
quimicamente, seqüestrando elétrons de moléculas adjacentes. Podem surgir como
resultado do metabolismo, ou até podem ser criados de propósito, pelas células do sistema
imunitário, para neutralizar vírus e bactérias. Os alvos preferidos dos radicais livres são os
ácidos graxos insaturados, encontrados na dupla camada de lipídios das membranas
celulares e são vitais para o funcionamento da célula. Quando ocorre a reação dos radicais
livres com estes ácidos graxos insaturados, ocorre também uma alteração na membrana, o
que vai consequentemente alterar todo sistema da célula. Isto caracteriza a peroxidação
77
lipídica. Esta se inicia quando um radical livre escapa do sistema de segurança, formado
pelas enzimas antioxidantes, e ataca a primeira cadeia de dupla ligação que encontrar na
membrana celular, ao nível dos ácidos graxos. Imediatamente começa a atacar a cadeia de
fosfolipídios vizinhos, continuando assim por diante, em um número indeterminado. Como
conseqüência haverá uma grande alteração da estrutura da membrana celular, provocando
alterações na capacidade seletiva das mesmas, favorecendo a entrada e a saída
indiscriminada de metabólitos do seu interior. Todo este mecanismo provoca lise celular ou
um possível atrofiamento celular. O organismo dispõe de sistemas para impedir estas
reações nocivas, que são os antioxidantes naturais, como as enzimas glutationa, catalase e
superóxido dismutase. Existem também outros antioxidantes naturais, não enzimáticos.
Porém, os radicais livres que escaparem deste controle endógeno irão causar algum tipo de
lesão. A reação de neutralização dos radicais livres não ocorre por atuação direta da
substância antioxidante, e sim do elétron energético que ela carrega.
Os radicais livres podem assim atuar de duas formas na carcinogênese de
órgãos e tecidos, causando lesão direta da célula ou então rompendo a parede celular para
que os carcinógenos como as nitrosaminas, possam entrar na célula e danificarem o DNA.
A lesão oxidativa do DNA, isoladamente ou facilitando a atuação de
carcinógenos, parece ter papel importante no desenvolvimento de tumores (CARNEY et
al.,1991; FRAGA et al., 1991). Estudos da excreção urinária de DNA adducts
demonstraram que cada célula sofre 100.000 tentativas de lesão oxidativa do DNA por dia
(CATHCART et al., 1984). Estas lesões podem ser efetivamente corrigidas pelos sistemas
reparadores de DNA, porém pode haver deficiência nesta reparação, resultando em lesão
genética. FRAGA et al., 1991, demonstraram em ratos que com o processo de
envelhecimento estes danos celulares do DNA se duplicam de intensidade. A lesão
oxidativa ao DNA pode também ser quantificada por estudos de esperma, onde já foi
comprovada a capacidade da vitamina C de proteger o DNA de lesão oxidativa (FRAGA et
al., 1991).
As evidências de que os radicais livres possam estar envolvidos na
carcinogênese são muito consistentes, provocando lesões de lipídios, proteínas, membranas
e do próprio DNA. Estes radicais podem resultar de fontes externas, como hidrocarbonetos
78
aromáticos, poluição do ar, tabagismo, aminas heterocíclicas da comida e do cigarro,
radiação e herbicidas, ou de fontes internas, como ativação de neutrófilos, atuação de
prostaglandinas, redução de quinonas e etc. Sem uma contínua atividade dos sistemas
varredores e reparadores do DNA, a sobrevivência dos seres vivos seria impossível
(KINSLER e TAFFE, 1986; PRYOR, 1987).
Os radicais livres são produzidos intensamente em pacientes com câncer. Ao
mesmo tempo, nesses pacientes os níveis de antioxidantes enzimáticos estão
substancialmente baixos, predispondo à ocorrência de lesões. Para impedir que um radical
livre de oxigênio atinja uma situação de desequilíbrio iônico antes que gere algum efeito
indesejável, torna-se necessário que a ele seja fornecido um elétron para se ligar. A
vitamina C como antioxidante atuaria fornecendo elétrons para a neutralização dos radicais
livres (PAULING, 1970).
O nitrito de sódio, com sua fórmula química NaNO2, é usado como um fixador
de cor e conservante em carnes e peixes. Quando puro, é um pó cristalino branco a
levemente amarelado. É muito solúvel em água e é higroscópico. É lentamente oxidado
pelo oxigênio do ar a nitrato de sódio (NaNO3), o que causa sua cor amarela, por liberação
de dióxido de azoto (NO2). O composto é um forte agente redutor.
Como um aditivo alimentar, ele serve a um duplo propósito na indústria de
alimentos já que tanto altera a cor dos peixes e carnes preservadas e também previne o
crescimento do Clostridium botulinum, a bactéria que causa o botulismo. Na União
Européia ele pode ser usado somente como um mistura com sal (cloreto de sódio) contendo
no máximo 0,6% de nitrito de sódio (LARSSON, 2006)
Enquanto esta substância previne o crescimento de bactérias, pode ser tóxica
para mamíferos. (LD50 em ratos é 180mg/kg). Por esta razão, nitrito de sódio vendido como
um aditivo alimentar é colorido de rosa brilhante para evitar possíveis enganos. É
conhecido entre cozinheiros e fabricantes de embutidos como “sal rosa”. Vários perigos de
seu uso como aditivo alimentar têm sido sugeridos e pesquisados por cientistas. O principal
deles é a formação das substâncias carcinogênicas denominadas nitrosaminas, pela reação
do nitrito de sódio na presença de calor em um ambiente ácido (ANDREOLLO, 1994).
79
Recentes estudos têm encontrado uma ligação entre alto consumo de carne
processada e câncer de cólon, possivelmente devido a conservantes tais como nitrito de
sódio (LARSSON, 2006), o que motivou nesta pesquisa a estudar a sua administração por
longo período (180 dias) em ratos Wistar submetidos a derivações jejunoileais para analisar
possíveis alterações morfológicas da mucosa do intestino grosso.
O nitrito de sódio em Medicina e Medicina Veterinária tem sido usado como
um vasodilatador, como um broncodilatador, um relaxante intestinal ou um laxativo, e um
antídoto para envenenamento por cianetos. Pesquisas em andamento investigam sua
aplicabilidade em tratamento de anemia falciforme, ataques cardíacos, aneurisma cerebral,
e hipertensão pulmonar em crianças (KHAMSI, 2006). É também usado na fabricação de
compostos nitrosos, e outros compostos orgânicos; na indústria de tingimento e impressão
de têxteis e clareamento de fibras; em fotografia; como reagente laboratorial e um inibidor
de corrosão; em revestimento de metais para fosfatização e remoção de estanhamento; e na
manufatura de produtos de borracha.
O íon nitrato que existe naturalmente em muitos produtos, principalmente em
vegetais, afetando principalmente crianças e ruminantes, pode transformar-se em nitrito,
especialmente por ação bacteriana. Devido a estes problemas, estes dois íons não podem
exceder limites prefixados. Assim, a Organização Mundial de Saúde estabelece
provisoriamente os limites e 500mg/Kg para o nitrato nas carnes enlatadas e curadas e de
200mg/Kg em queijos sendo o valor para o nitrito de 200mg/Kg em carnes enlatadas e
curadas. Para as águas potáveis o limite máximo admitido é de 50mg/L para o nitrato e
0,1mg/L para o teor de nitritos. No entanto, o valor recomendado para o teor de nitratos em
água consumida por grávidas e lactentes não deverá exceder 10mg/L.
Os compostos n-nitrosos promovem o desenvolvimento de carcinomas
mediante mutação celular, comportam-se como agentes alquilantes e reagem com proteínas
e ácidos nucléicos do DNA celular, além de promoverem modificações nas estruturas das
bases púricas e pirimídicas. Desta forma causam profunda alteração tanto no núcleo como
nas demais estruturas celulares (LIJINSKY, 1999; JAKSZYN & GONZALES 2006).
80
O tempo de acompanhamento da injúria ao tecido é fundamental nas alterações
celulares, por isso foi desenvolvida esta pesquisa com os ratos Wistar, durante 25,7
semanas, equivalente a 771 semanas de vida humana (1:30) segundo SIMMS (1967),
PECKHAM (1980) e KLEE et al. 1990, referem que 2,5 anos de vida do animal equivale a
75 anos do ser humano. Portanto em equivalência aproximada, o período de 25,7 semanas
no animal corresponde a 14,7 anos de seguimento do ser humano.
Este estudo experimental teve por objetivo analisar as alterações
histopatológicas caracterizadas pelo índice de mitoses no intestino grosso após a derivação
jejunoileal, e estudar a influência da vitamina C, do nitrito de sódio e da associação da
vitamina C com o nitrito de sódio por longo tempo, em doses que são utilizadas como
terapêuticas e como conservantes de alimentos. Foi observado que os animais não operados
apresentaram-se com maior ganho de peso e que houve uma interação entre grupos,
tratamento e segmento com variações entre os índices de mitoses.
Na associação entre a cirurgia que promove uma reação compensatória do
intestino grosso com os tratamentos vitamina C, nitrito e vitamina C + nitrito, foi observado
que houve interação entre segmento e tratamento (p<,0001). Comparando-se as médias
entre os tratamentos (p=0.0003) e entre os segmentos (p<,0001), nos segmentos S1e S2
houve diferença estatística com o tratamento da vitamina C, onde apresentou-se com o
maior índice de mitoses, com conseqüente melhor preservação da mucosa. Nos demais
segmentos não houve diferença estatística entre os tratamentos.
No grupo Sham houve diferença apenas entre tratamentos (p<.0001), não
havendo diferença entre segmentos e nem interação entre segmento e tratamento. A
principal diferença estatística ficou apenas no grupo tratado com nitrito + vitamina C entre
as médias dos segmentos, mas não entre os segmentos estatisticamente, ou seja, entre os
segmentos os tratamentos apresentaram-se equivalentes.
No grupo controle, os segmentos em comparação ao tratamento e comparando a
média entre todos os segmentos indica que o grupo tratado com nitrito + vitamina C
obtiveram o menor índice de mitose, apresentando uma mucosa com arquitetura
preservada, células destruídas e criptas com aspectos degenerados. Houve interação entre
81
os tratamentos e segmentos (p=0.0096), onde nos segmentos S1, S2 e S4 o tratamento com
nitrito + vitamina C apresentou-se estatisticamente diferente em relação aos tratamentos
nitrito e vitamina C. Já nos segmentos S3 e S5 todos os tratamentos foram estatisticamente
diferentes entre si.
Na revisão de literatura, numerosos estudos experimentais bem conduzidos,
CHAIB et al., 1983; BRISTOL et al., 1984; TAMAMES et al., 1990 já evidenciaram
hipertrofia das vilosidades e da mucosa das alças em circuito ativo e atrofia das alças
exclusas nas quais se observa proliferação bacteriana acentuada. TEIXEIRA et al., 2006
após estudo morfométrico da mucosa do intestinal de ratos Wistar, sacrificados 10 semanas
após a derivação observaram em sua avaliação ponderal que os animais apresentaram
redução significativa do peso na primeira semana , o qual foi recuperado a partir do 14 dia
e mantido até o final do estudo, e o volume das criptas dos três segmentos colônicos do
ceco, colon direito e colon esquerdo não diferiu significativamente entre os grupos.
TAMAMES et al., 1990 através do estudo da reação compensatória do colon
ascendente após a derivação jejunoileal em 115 ratas Wistar observaram um pequeno
aumento da parede intestinal desde os primeiros dias do intestino grosso em relação ao
intestino delgado, um aumento significativo da parede muscular e da mucosa. Não
observaram diferenças estatísticas significativas quanto ao índice de mitoses da célula
criptal. Todos os estudos realizados a nível intestinal demonstraram um aumento do índice
mitótico que, junto com o dado ultraestrutural observado, de um maior número de células
em vias de necrobioses, parecem apoiar-se na idéia de uma maior renovação celular
(MARTINEZ et al., 1983 & MARTINEZ et al., 1984).
MOKHTAR et al.,1988 realizaram um estudo em camundongos sobre o efeito
protetor da vitamina C e do soja sobre a carcinogênese induzida por dois compostos
nitrosados, a dibutilamina (DBA) e o nitrito de sódico (NS). Após 12 meses de observação
demonstraram aparecimento de hepatoma em 27% dos animais e de papiloma de bexiga em
40% nos grupos que receberam DBA+NS. Os grupos que ingeriram essas drogas
juntamente com ácido ascórbico e soja, não desenvolveram nenhum tumor.
82
KESLLER et al., 1992, estudaram a capacidade da vitamina C de inibir a
formação de tumor de fígado, utilizando DEN na dosagem de 6,4mg/Kg/dia e vitamina C
na dose de 43mg/animal/dia por 135 dias, em ratos Wistar e observaram que o grupo que
recebeu somente DEN, ocorreu formação de carcinoma de fígado em 89,7% dos casos; no
grupo que recebeu DEN e vitamina C alternados, ocorreu a formação e tumores de fígado
em 67% dos animais; e no grupo que recebeu DEN e vitamina C conjuntamente, ocorreu
formação de tumores em 55,2% dos casos.
RAMOS, 1998 estudou o efeito inibidor da vitamina C na carcinogênese
esofágica experimental induzida pela dietilnitrosamina (DEN) em ratos Wistar e verificou
que os animais do grupo controle, que receberam apenas água (grupo I) ou apenas vitamina
C (grupo II), não foram encontrados tumores nos 180 dias de observação, o grupo que
recebeu a DEN de modo isolado (grupo III) efetivamente induziu ao aparecimento da maior
quantidade de tumores, em comparação aos outros grupos. Na administração da vitamina C
e DEN em períodos alternados (grupo IV), apesar de menor ocorrência de tumores, não
houve diferença estatisticamente significativa em comparação ao grupo III. A vitamina C
apresentou efeito inibidor, estatisticamente significativo, do aparecimento de tumores de
esôfago induzidos experimentalmente pela DEN, quando estas drogas foram administradas
conjuntamente.
Com a evolução dos estudos demonstrando a importância dos radicais livres,
quer diretamente na carcinogênese, quer na facilitação do processo, substâncias de
potencial redutor, como a vitamina C, passaram a ser muito estudadas. Seus efeitos
antioxidantes são importantes na cicatrização de feridas, essencial na síntese de colágeno,
atuando como co-fator para as enzimas lisil e propil hidroxilases, e estimulando a
transcrição dos genes de colágeno. É um suplemento seguro e efetivo de armazenamento
nos tecidos, melhorando a fotoproteção e aumentando as defesas antioxidantes, assim como
observaram AZULAY,et al.,2003 com sua revisão de estudo sobre o histórico da vitamina
C e seus efeitos no metabolismo do tecido conjuntivo, no processo de cicatrização, sua
atividade antioxidante e mecanismo de ação.
PETROIANU et al., 2001 estudaram o efeito do ácido ascórbico sobre os
processos cicatriciais anastomóticos e compararam a resistência cicatricial de anastomoses
83
e de segmentos íntegros jejunais de ratos Wistar submetidos à administração de 100mg/Kg
de vitamina C via oral. Avaliaram-se as pressões de ruptura anastomótica e do segmento
íntegro jejunal nos 3 , 5 , 7 , 21 e 28 dias pós-operatório. A vitamina C aumentou a
resistência das anastomoses jejunais dos ratos, tanto no pós-operatório imediato, quanto no
tardio. Além disso, a resistência final dos segmentos jejunais íntegros dos ratos submetidos
à administração de vitamina C foi significativamente maior no grupo controle.
Estudo experimental realizado com o propósito de verificar a possibilidade da
vitamina A e C reverterem os efeitos deletéricos do corticosteróide na cicatrização de
anastomoses do intestino delgado de 50 ratos Wistar, pesando 247±22g, divididos
aleatoriamente em cinco grupos de dez animais. MEDEIROS et al., 2003 demonstraram
que a metilprednisolona exerce um efeito deletérico sobre a cicatrização de anastomoses
intestinais em ratos e as vitaminas A e C, quando usadas associadas, contribuíram para
reverter esse efeito.
De toda a literatura revisada mostra que a resposta adaptativa do intestino
grosso segue parâmetros macroscópicos, microscópicos e ultraestruturalmente semelhantes
descritos no intestino residual. Não obstante, as diferenças observadas em nosso estudo
experimental podem ser descritos através da contagem do índice de mitoses do intestino
grosso, após a injeção do sulfato de vincristina em todos os animais dos grupos controle,
sham e operados, e posterior correlação do número de mitoses com a capacidade celular da
mucosa do segmento. O sulfato de vincristina é o sal de um alcalóide obtido de uma planta
florescente comum, a pervinca (Vinca rósea Linn), que tem sido relacionado à inibição da
formação de microtúbulos no fuso mitótico, resultando na parada da divisão celular durante
a metáfase. A dosagem de vincristina foi baseada na publicação de PEREZ et al., 2005
(4mg m2), intraperitoneal 3h antes do sacrifício.
Em nosso estudo a concentração de nitrito utilizada baseou-se na Organização
Mundial de Saúde e os Ministérios da Saúde que permitem um limite máximo de 200 p.p.m
e sua diluição na água não sofre nenhuma alteração devido à presença do cloro, sendo
rapidamente oxidados pelo mesmo, MEYER, 1994. Na análise estatística podemos
observar que o grupo operado apresentou o menor índice de mitoses e nos segmentos S1 o
84
grupo operado foi diferente dos grupos sham e controle; no S2 o grupo operado foi
semelhante ao sham e controle foi semelhante ao sham; no S3 e S4 não houve diferença
estatística entre grupos apenas na média do índice de mitoses, sendo no S4 o grupo controle
foi semelhante ao sham e este foi semelhante ao grupo operado; e no S5 o grupo operado foi
semelhante ao grupo sham que foi semelhante ao grupo controle.
No grupo tratado com vitamina C foi observdo um maior índice de mitoses nos
segmentos S1 e S2 do grupo operado. No segmento S1 não houve diferença estatística entre
os grupos, no S2 houve diferença estatística entre os grupos; no segmento S3 não houve
interferência do tratamento em relação ao segmento e a média de mitoses foi equivalente
entre todos os grupos; no segmento S4 assim como S3 não houve interferência do
tratamento e a média do índice de mitoses no grupo controle foi semelhante ao sham e este
foi semelhante ao grupo operado; e no S5 houve equivalência entre os grupos.
No grupo tratado com nitrito associado a vitamina C foi o grupo que apresentou
o menor índice de mitoses. No segmento S1 houve uma diferença estatística entre todos os
grupos; os segmentos S2 e S5 os tratamentos foram equivalentes entre os grupos, os
segmentos S3 e S4 não sofreram interferência quanto ao tratamento somente quanto à média
do índice de mitoses, sendo o S3 a média do índice de mitoses equivalente em todos os
grupos e no S4 o grupo controle foi semelhante ao sham e este foi semelhante ao grupo
operado.
A cirurgia bariátrica é o método mais eficaz no tratamento da obesidade
mórbida e controle de peso em longo prazo. As cirurgias antiobesidade podem ser
procedimentos que limitam a capacidade gástrica, ou que interferem na digestão ou, ainda,
uma combinação de ambas as técnicas. A questão que deve ser analisada pelos cirurgiões
que estão realizando estes procedimentos, é que as anastomoses jejunojejunais ou
jejunoileais, associadas ou não a gastroplastias, estão cada vez mais distantes do estômago,
no sentido de diminuir a absorção alimentar. Este fato obrigatoriamente faz com que tanto
alimentos não digeridos na sua totalidade, como a própria secreção biliopancreática atinjam
mais rapidamente o intestino grosso, o qual, por sua vez certamente sofrerá agressões na
sua mucosa por conservantes, como nitritos e nitratos e inúmeros medicamentos. Este foi
outro objetivo particularizado e associado a essa pesquisa, realizando simplesmente o
85
bypass jejunoileal que necessita ainda ser mais explorado como modelo experimental,
tendo estes preceitos em mente.
Dada as mudanças ambientais e alimentares torna-se cada vez mais necessário o
estudo das possíveis alterações fisiológicas, morfológicas e a evolução das novas propostas
cirúrgicas. SANTORO et al., 2006 apresentam uma nova técnica para tratamento cirúrgico
da obesidade baseada na fisiologia e na evolução, onde o procedimento cria um trato
gastrintestinal proporcionalmente reduzido, mas com suas funções digestivas intactas.
ADAMI et al., 2008 através do estudo da diversão biliopancreática (BPD) alerta para o
aumento do risco de câncer coloretal causado através da possível ação carcinogênica dos
alimentos mal-absorvidos e ácidos biliares na mucosa colônica.
Considerando que as técnicas atuais empregadas em cirurgias bariátricas são
muito recentes, alertamos que outras doenças e problemas tardios poderão surgir no
estômago excluso, nos segmentos jejunais exclusos, no intestino grosso e reto, sendo
importantes avaliações periódicas destas porções do trato digestório.
Embora tenha sido descrita há muitos anos, não encontramos na literatura
consultada nenhuma publicação de trabalhos experimentais empregando esta cirurgia com o
uso da vitamina C e do nitrito e da associação de ambos com análise morfológica através da
contagem do índice de mitose na mucosa intestinal do ceco e colon. Propomos que estudos
das novas técnicas associadas à imunohistoquímica e dosagens hormonais sejam realizados
para possibilidade de escolha de tratamento da obesidade e das doenças metabólicas.
Portanto, os resultados da presente pesquisa permitem concluir que a vitamina
C associada ao nitrito de sódio não teve efeito inibidor quanto lesão tecidual e nem no
índice de mitoses.
Tendo em vista os motivos acima discutidos, muitas pesquisas clínicas e
experimentais têm sido realizadas com o objetivo de associar as cirurgias bariátricas à
ocorrência de carcinogênese dos segmentos anteriores e posteriores às cirurgias. E torna-se
ainda necessário a realização de muitas pesquisas clínicas e experimentais para elucidação
dos fatores aceleradores e inibidores das possíveis complicações cirúrgicas.
86
Finalmente, sugerimos que novos estudos devem ser feitos, porém com maior
atenção aos pacientes na tentativa de reduzir suas comorbidades e conscientização dos
hábitos alimentares que privilegiem o uso de alimentos sem estes conservantes.
87
CONCLUSÕES
88
6. CONCLUSÕES
A análise dos resultados da presente pesquisa permitiram obter as
seguintes conclusões:
6.1. Comparando todos os segmentos colônicos avaliados dos vários
grupos estudados, foi observado que os animais que receberam nitrito de sódio associado à
vitamina C apresentaram menor índice de mitoses;
6.2 No grupo operado houve interação entre o segmento colônico e o
tratamento, e comparando as médias de mitoses entre os tratamentos e entre os segmentos
foi observado que nos segmentos S1 e S2 houve diferença estatística com a vitamina C,
apresentando maior índice de mitoses, com consequente melhor preservação do epitélio.
Nos segmentos S3, S4 e S5 não houve diferença estatística entre os tratamentos;
6.3 No grupo sham houve diferença entre os tratamentos, não havendo
diferença entre os segmentos colônicos e nem interação entre segmentos e tratamentos.
Neste grupo, a principal diferença entre a média de mitoses do segmento foi observada no
grupo tratado com nitrito de sódio associado à vitamina C, ou seja, entre os segmentos os
tratamentos apresentam-se equivalentes
6.4 No grupo controle houve interação entre os segmentos e os
tratamentos, sendo que nos segmentos S1, S2 e S4 o tratamento com nitrito de sódio
associado à vitamina C apresentou-se estatisticamente diferente. E nos segmentos S3 e S5
todos os tratamentos foram estatisticamente diferentes
6.5 Na análise final foi verificado que a vitamina C não apresentou um
efeito inibidor, estatisticamente significativo, na preservação da mucosa e no índice de
mitoses.
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PROGRAMA COMPUTACIONAL
Microcal Origer, Versão 5.0. Microcal Software Inc., 1991 – 1997, Northampton, MA,
USA.
SAS System for Windows (Statistical Analysis System). Versão 9.13 Service Pack 3 SAS
Institute Inc. 2002 – 2003. Cary. N.C. USA
111
APÊNDICE
112
APÊNDICE 1 Composição da ração dos animais:
NuvilabR CR-1 autoclavável -20Kg
Composição:
Milho integral moído, farelo de soja, farelo de trigo, carbonato de cálcio, fosfato bicálcico, cloreto de sódio,
premix vitamínico mineral, aminoácidos.
Umidade máxima – 12% proteína bruta – (mín.) 22% extrato etéreo – (min.) 4.0%
Níveis de garantia
Matéria mineral – (Máx) 10% matéria fibrosa – (Max) 8%
Cálcio – (Max) 1,4% fósforo – (min) 0,6%
ENRIQUECIMENTO POR KILO DO PRODUTO
Vitaminas
Vit. A – 25.200 UI Vit. D3 – 2100 UI Vit. C – 60mg.
Vit. K3 – 12,5mg Vit B1 – 14,4mg Vit. B2 – 11mg
Vit. B6 – 12mg Vit. B12 – 60mg Niacina – 60,0 mg
Ácido pantotênico – 112,0 mg Ácido fólico – 6mg
Biotina – 0,26 mg colina – 1100mg
113
Microelemento minerais
ferro – 50mg manganês – 50mg zinco – 60mg
cobre – 10mg iodo – 2mg selênio – 0,05mg
cobalto – 1,5mg
Aminoácidos e Aditivos
Lisina – 100mg DL metionina – 300mg antioxidante – 100mg
114
APÊNDICE 2
Análise Estatística
Objetivos:
Descrever e comparar o índice de mitoses entre grupos (controle,
operado e sham), tratamentos (vitC, nitrito e vitC+nitrito) e segmentos
(S1-S5).
Metodologi
a
Estatística:
Análise descritiva com apresentação de tabelas de freqüências para
variáveis categóricas e medidas de posição e dispersão para variáveis
contínuas.
Para comparar o índice de mitoses, levando em consideração os fatores
grupo, tratamento e segmento, foi utilizada a Análise de Variância
(ANOVA) para medidas repetidas. Devido a grande variabilidade no índice
de mitoses foi aplicada a transformação por postos (ranks). As
comparações múltiplas foram realizadas pelo teste de Tukey e teste de
perfil por contrastes.
Apresentação gráfica por meio de médias e desvios padrão para
visualizar o comportamento da medida nos segmentos nos grupos e
tratamentos.
O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%.
Resultados:
Quadro 1 – Análise descritiva geral para as variáveis do estudo. Frequência
Grupo Frequência Percentagem Acumulada
_______________________________________________
controle 15 25.00 15
operado 30 50.00 45
sham 15 25.00 60
Frequência
Tratamento Frequência Percentagem Acumulada
_________________________________________________
nit+vitC 20 33.33 20
nitrito 20 33.33 40
vitC 20 33.33 60
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
60
60
60
60
60
5.26
6.72
5.42
6.21
7.21
5.09
4.89
3.05
4.29
4.42
0.00
0.10
0.30
0.00
0.80
4.30
6.10
5.30
6.05
6.65
20.00
20.60
17.70
20.80
18.60
115
Quadro 2 – Análise descritiva separando por grupo.
Controle
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
15 15 15 15 15
4.97 5.73 5.51 5.95 7.49
3.37 3.61 3.24 3.26 5.71
0.40 1.30 0.80 1.80 0.80
6.50 6.00 5.40 6.60 8.20
11.00 12.00 11.10 12.20 18.30
Operado
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
30 30 30 30 30
4.60 6.90 5.13 4.93 6.86
6.28 6.15 2.17 3.48 4.30
0.00 0.10 0.30 0.00 1.30
2.05 5.85 5.40 4.35 6.65
20.00 20.60 8.00 12.00 18.60
Sham
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
15 15 15 15 15
6.86 7.33 5.93 9.01 7.61
3.49 2.76 4.30 5.48 3.32
2.60 4.00 2.60 2.90 3.70
5.40 6.80 3.40 7.60 6.00
12.50 12.70 17.70 20.80 13.40
Quadro 3 – Análise descritiva separando por tratamento.
Nit+vitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
20 20 20 20 20
1.10 3.67 3.40 3.27 4.93
1.38 2.70 2.36 2.57 4.53
0.00 0.10 0.30 0.00 0.80
0.50 3.45 3.15 2.60 3.15
4.00 9.10 8.00 9.40 18.60
Nitrito
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
20 20 20 20 20
5.13 6.63 6.88 7.29 8.33
3.67 4.14 2.31 4.69 5.16
0.30 0.90 3.00 0.00 1.30
4.25 7.00 7.00 7.30 8.60
12.50 12.00 11.10 20.80 18.30
VitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
20 20 20 20 20
9.54 9.85 5.99 8.06 8.37
5.25 5.44 3.34 3.84 2.32
4.60 4.90 2.60 4.00 4.80
7.10 7.00 5.35 7.15 8.25
20.00 20.60 17.70 17.80 12.40
116
Quadro 4 – Análise descritiva separando por grupo e tratamento.
Controle
Nit+vitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
5 5 5 5 5
0.78 1.90 2.20 2.04 1.52
0.29 0.71 1.66 0.21 0.79
0.40 1.30 0.80 1.80 0.80
0.80 1.50 1.30 2.00 1.20
1.10 2.90 4.10 2.30 2.60
Nitrito
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
5 5 5 5 5
6.94 8.86 8.86 7.82 13.64
0.36 3.68 2.51 1.00 4.14
6.50 4.70 6.00 6.60 10.00
6.90 10.90 10.00 8.00 11.00
7.50 12.00 11.10 8.90 18.30
VitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
5 5 5 5 5
7.18 6.44 5.48 8.00 7.32
2.58 0.67 0.28 2.71 2.15
4.60 6.00 5.20 5.40 4.80
7.00 6.30 5.40 7.20 8.20
11.00 7.60 5.90 12.20 9.90
Operado
Nit+vitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
10 10 10 10 10
0.15 3.74 4.06 3.41 6.76
0.25 3.37 3.03 3.42 5.70
0.00 0.10 0.30 0.00 1.90
0.05 3.40 4.15 2.80 4.65
0.80 9.10 8.00 9.40 18.60
Nitrito
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
10 10 10 10 10
1.98 4.30 5.92 5.38 5.33
0.98 4.05 1.86 4.52 4.15
0.30 0.90 3.00 0.00 1.30
2.05 2.65 6.70 5.80 3.65
3.40 10.10 8.00 12.00 11.40
VitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
10 10 10 10 10
11.66 12.67 5.40 6.01 8.49
6.41 6.22 0.71 1.67 2.07
5.00 6.70 4.30 4.00 6.00
9.25 11.00 5.60 6.50 8.45
20.00 20.60 6.20 8.00 11.50
Sham
Nit+vitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
5 5 5 5 5
3.32 5.30 3.28 4.22 4.66
0.58 1.17 0.46 1.40 0.90
2.60 4.00 2.80 2.90 3.70
3.20 5.00 3.20 4.00 4.60
4.00 6.80 4.00 6.20 6.00
117
Nitrito
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
5 5 5 5 5
9.62 9.06 6.82 10.58 9.00
2.76 1.95 2.01 5.85 3.48
5.10 6.90 3.40 6.50 5.40
10.30 9.60 7.40 8.00 7.20
12.50 10.90 8.70 20.80 13.40
VitC
Variável N Média Desvio Padrão Mínimo Mediana Máximo
s1
s2
s3
s4
s5
5 5 5 5 5
7.64 7.62 7.68 12.22 9.18
2.96 3.54 6.85 4.93 3.02
5.00 4.90 2.60 5.00 5.90
7.20 5.40 3.10 13.30 10.60
12.40 12.70 17.70 17.80 12.40
Quadro 5 – Resultados da ANOVA para medidas repetidas com transformação por postos, na
comparação do índice de mitoses entre grupos, tratamentos e segmentos.
Análise geral:
Efeito
do
Grupo
Efeito
do
Trat.
Interação
Grupo*Trat
Efeito do
Seg.
Interação
Seg.*Grupo
Interação
Seg.*Trat.
Interação
Seg.*Grupo*Trat.
p-valor 0.0152 <.0001 0.0002 0.0002 0.0366 0.0049 0.0018
Como a interação SEG*GRUPO*TRAT resultou significativa é preciso estudá-la fazendo os desdobramentos dos
fatores.
Fixando grupo e comparando os tratamentos e segmentos.
Grupo controle:
Comparação
entre
Tratamentos
Comparação
entre
Segmentos
Interação
Segmento*Tratamento
p-valor <.0001 0.0323 0.0096
Fixando o tratamento e comparando os segmentos (teste de perfil por contrastes):
nit+vitC
Comparação entre
Segmentos p-valor=0.0142
S1 x S2 S1 X S3 S1 X S4 S1 X S5 S2 X S3
0.0029 0.0924 <.0001 0.0427 0.5762
S2 X S4 S2 X S5 S3 X S4 S3 X S5 S4 X S5
0.6777 0.0092 0.7612 0.1637 0.1216
118
nitrito
Comparação entre
Segmentos p-valor=0.0260
S1 x S2 S1 X S3 S1 X S4 S1 X S5 S2 X S3
0.6613 0.3377 0.2498 0.0041 0.4745
S2 X S4 S2 X S5 S3 X S4 S3 X S5 S4 X S5
0.9797 0.0984 0.4887 0.0287 0.0001
VitC
Comparação entre
Segmentos p-valor=0.1430
Fixando o segmento e comparando os tratamentos (teste de Tukey nos postos):
S1 S2
Grupo Média N Tratamento
A 192.00 5 nitrito
A 187.50 5 vitC
B 27.40 5 nit+vitC
Grupo Média N Tratamento
A 210.80 5 nitrito
A 176.90 5 vitC
B 53.80 5 nit+vitC
S3 S4
Grupo Média N Tratamento
A 221.30 5 nitrito
B 145.10 5 vitC
C 60.70 5 nit+vitC
Grupo Média N Tratamento
A 211.50 5 nitrito
A 206.50 5 vitC
B 55.70 5 nit+vitC
S5
Grupo Média N Tratamento
A 270.40 5 nitrito
B 192.10 5 vitC
C 44.20 5 nit+vitC
119
Grupo operado:
Comparação
entre
Tratamentos
Comparação
entre
Segmentos
Interação
Segmento*Tratamento
0.0003 <.0001 <.0001
Fixando o tratamento e comparando os segmentos (teste de perfil por contrastes):
nit+vitC
Comparação entre
Segmentos <.0001
S1 x S2 S1 X S3 S1 X S4 S1 X S5 S2 X S3
0.0067 0.0022 0.0134 0.0014 0.5261
S2 X S4 S2 X S5 S3 X S4 S3 X S5 S4 X S5
0.0055 0.0474 0.3364 0.0058 0.0358
nitrito
Comparação entre
Segmentos 0.0061
S1 x S2 S1 X S3 S1 X S4 S1 X S5 S2 X S3
0.0525 <.0001 0.0323 0.0108 0.0818
S2 X S4 S2 X S5 S3 X S4 S3 X S5 S4 X S5
0.5724 0.0464 0.2874 0.1899 0.9145
VitC
Comparação entre
Segmentos 0.0003
S1 x S2 S1 X S3 S1 X S4 S1 X S5 S2 X S3
0.0227 0.0187 0.1481 0.6824 0.0017
S2 X S4 S2 X S5 S3 X S4 S3 X S5 S4 X S5
120
0.0353 0.0090 0.0613 0.0032 0.0804
Fixando o segmento e comparando os tratamentos (teste de Tukey nos postos):
S1 S2
Grupo Média N Tratamento
A 224.15 10 vitC
B 55.35 10 nitrito
B 9.95 10 nit+vitC
Grupo Média N Tratamento
A 243.65 10 vitC
B 110.55 10 nitrito
B 99.80 10 nit+vitC
S3 S4
Grupo Média N Tratamento
A 161.60 10 nitrito
A 142.45 10 vitC
A 113.65 10 nit+vitC
Grupo Média N Tratamento
A 164.00 10 vitC
A 136.85 10 nitrito
A 90.15 10 nit+vitC
S5
Grupo Média N Tratamento
A 218.15 10 vitC
A 153.55 10 nit+vitC
A 132.75 10 nitrito
Grupo sham:
Comparação
entre
Tratamentos
Comparação
entre
Segmentos
Interação
Segmento*Tratamento
<.0001 0.0849 0.7135
Comparação entre os tratamentos na média dos segmentos (teste Tukey nos postos):
Grupos Médias dos
Segmentos N Tratamento
A
A
B
220.30
202.24
109.64
5
5
5
nitrito
vitC
nit+vitC
121
Quadro 6 – Fixando segmento e comparando grupos e tratamentos.
S1
Comparação
Grupo
Comparação
Tratamento
Interação
Grupo*Tratamento
p-valor <.0001 <.0001 <.0001
Fixando grupo e comparando tratamentos:
Controle Operado Sham
Comparação
Tratamento
<.0001 <.0001 0.0013
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos tratamentos:
Controle Operado Sham
Grupo Média N Tratamento
A 43.40 5 nitrito
A 42.30 5 vitC
B 13.90 5 nit+vit
Grupo Média N Tratamento
A 47.50 10 vitC
B 20.20 10 nitrito
C 5.90 10 nit+vit
Grupo Média N Tratamento
A 48.70 5 nitrito
A 43.60 5 vitC
B 26.90 5 nit+vit
Fixando tratamento e comparando grupos:
Nit+vitC Nitrito VitC
Comparação
Grupo
<.0001 <.0001 0.6043
122
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos grupos:
Nit+vitC Nitrito
Comp.grupo Dif.média IC 95%
sham - cont 13.00 7.768; 18.232 ***
sham - oper 21.00 16.469; 25.531 ***
cont - sham -13.00 -18.232; -7.768 ***
cont - oper 8.00 3.469; 12.531 ***
oper - sham -21.00 -25.531; -16.469 ***
oper - cont -8.00 -12.531; -3.469 ***
Comp.grupo Dif.média IC 95%
sham - cont 5.30 -3.929; 14.529
sham - oper 28.50 20.507; 36.493 ***
cont – sham -5.30 -14.529; 3.929
cont - oper 23.20 15.207; 31.193 ***
oper - sham -28.50 -36.493; -20.507 ***
oper - cont -23.20 -31.193; -15.207 ***
S2
Comparação
Grupo
Comparação
Tratamento
Interação
Grupo*Tratamento
S2 0.2493 <.0001 0.0022
Separando por grupo
Controle Operado Sham
Comparação
Tratamento
0.0015 0.0003 0.0356
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos tratamentos:
Controle Operado Sham
Grupo Média N Tratamento
A 40.900 5 nitrito
A 33.200 5 vitC
B 11.100 5 nit+vit
Grupo Média N Tratamento
A 47.850 10 vitC
B 20.850 10 nitrito
B 18.500 10 nit+vit
Grupo Média N Tratamento
A 44.600 5 nitrito
B A 36.000 5 vitC
B 25.800 5 nit+vit
Separando por tratamento
Nit+vitC Nitrito VitC
Comparação
Grupo
0.1824 0.0247 0.0425
123
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos grupos nos tratamentos nitrito e VitC:
Nitrito VitC*
Comp.grupo Dif.média IC 95%
sham - cont 3.70 -22.580; 29.980
sham - oper 23.75 0.991; 46.509 ***
cont - sham -3.70 -29.980; 22.580
cont - oper 20.05 -2.709; 42.809
oper - sham -23.75 -46.509; -0.991 ***
oper - cont -20.05 -42.809; 2.709
Comp.grupo Dif.média IC 93%
oper – sham 11.85 -2.331; 26.031
oper - cont 14.65 0.469; 28.831 ***
sham - oper -11.85 -26.031; 2.331
sham - cont 2.80 -13.575; 19.175
cont - oper -14.65 -28.831; -0.469 ***
cont - sham -2.80 -19.175; 13.575
S3
Comparação
Grupo
Comparação
Tratamento
Interação
Grupo*Tratamento
S3 0.9373 <.0001 0.1993
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos tratamentos:
Grupos Médias N Tratamento
A
A
B
41.525
31.500
18.475
20
20
20
nitrito
vitC
nit+vitC
S4
Comparação
Grupo
Comparação
Tratamento
Interação
Grupo*Tratamento
S4 0.0112 <.0001 0.2333
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos tratamentos:
Grupos Médias N Tratamento
A
A
B
38.525
35.475
17.500
20
20
20
vitC
nitrito
nit+vit
124
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos grupos:
Comp. grupo Dif. média IC 95%
sham - controle
sham - operado
controle - sham
controle - operado
operado - sham
operado - controle
8.167
13.717
-8.167
5.550
-13.717
-5.550
-4.061 20.394
3.127 24.306 ***
-20.394 4.061
-5.039 16.139
-24.306 -3.127 ***
-16.139 5.039
S5
Comparação
Grupo
Comparação
Tratamento
Interação
Grupo*Tratamento
S5 0.5962 0.0008 0.0013
Separando por grupo
Controle Operado Sham
Comparação
Tratamento
<.0001 0.1824 0.0334
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos tratamentos nos grupos controle e sham:
Controle Sham*
Grupo Média N Tratamento
A 50.600 5 nitrito
B 31.700 5 vitC
C 5.300 5 nit+vit
Grupo Média N Tratamento
A 40.300 5 nitrito
A 40.200 5 vitC
B 20.700 5 nit+vit
125
Separando por tratamento
Nit+vitC Nitrito VitC
Comparação
Grupo
0.0649 0.0178 0.4054
Teste de Tukey nos ranks para a comparação dos grupos no tratamento nitrito:
Comp.grupo Dif.média IC 95%
cont - sham 10.300 -15.567; 36.167
cont - oper 26.850 4.448; 49.252 ***
sham - cont -10.300 -36.167; 15.567
sham - oper 16.550 -5.852; 38.952
oper - cont -26.850 -49.252; -4.448 ***
oper - sham -16.550 -38.952; 5.852
Quadro 7 – Apresentação gráfica (valor médio e desvio padrão em cada segmento, grupo e
tratamento).
Grupo Controle
1 2 3 4 5
-1
0
1
2
3
4
Nit
rito
+ V
itC
Segmentos
1 2 3 4 5
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Nit
rito
Segmentos
126
1 2 3 4 5
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11V
itam
ina C
Segmentos
1 2 3 4 5
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Nitrito + VitC
Nitrito
Vitamina C
Segmentos
Grupo Operado
1 2 3 4 5
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
Nit
rito
+ V
itC
Segmentos
1 2 3 4 5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Nit
rito
Segmentos
1 2 3 4 5
0
5
10
15
20
Vit
am
ina C
Segmentos
1 2 3 4 5
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Nitrito + VitC
Nitrito
Vitamina C
Segmentos
127
Grupo Sham
1 2 3 4 5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
Nit
rito
+ V
itC
Segmentos
1 2 3 4 5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Nit
rito
Segmentos
1 2 3 4 5
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Vit
am
ina
C
Segmentos
1 2 3 4 5
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Nitrito + VitC
Nitrito
Vitamina C
Segmentos
Separado por tratamentos
128
1 2 3 4 5
-5
0
5
10
15
20
Controle
Operado
Sham
Nit
rito
+ V
itC
Segmentos
1 2 3 4 5
-5
0
5
10
15
20
Controle
Operado
Sham
Nit
rito
Segmentos
1 2 3 4 5
-5
0
5
10
15
20
Controle
Operado
Sham
Vita
min
a C
Segmentos
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