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Europa
Capítulo 6 – 8ª série
Sumário
• A crise europeia como crise do Estado de Bem
Estar Social (Wellfare State)
• O mito Europa como unidade territorial
homogênea e o Projeto da União Europeia.
• Economia Europeia:
• Agricultura Europeia – o PAC como política de
subsídios.
• Indústria e comercio europeu.
• Os movimentos populacionais europeus: o retorno
da xenofobia como reação à crise.
O Estado de Bem Estar Social
• Após a crise de 1929 (já estudada por nós ano
passado e também em História), verificou-se a
necessidade de criação de um sistema de proteção
social, de modo que sustentasse a economia em
novos períodos de crise.
• Esse sistema ficou conhecido como Estado de Bem
Estar Social e foi proposto com base nas ideias do
economista J. M. Keynes e também como fruto da
pressão dos sindicatos, partidos de esquerda e
movimentos organizados em defesa dos
trabalhadores.
•
O Estado de Bem Estar Social
• Essa forma de governar consiste em:
• Intervenção forte do governo na economia, mesmo
sendo o Modo Capitalista de Produção.
• Oferta de saúde e educação gratuita e de
qualidade.
• Previdência social ampla.
• Seguro desemprego
• Direito a férias remuneradas, 13º salário, horas-
extras, salário-doença, licença maternidade.
• Jornada de trabalho e direitos dos trabalhadores
definidos e respeitados.
O Estado de Bem Estar Social
• Consequências desse sistema:
• O bem estar da população foi alcançado, com
elevação dos níveis de IDH desses países.
• Aumento da carga tributária (impostos), de modo a
sustentar esse sistema. Isso ocorreu
principalmente taxando as grandes fortunas, o que
provocou o “êxodo” de milionários para países com
menos tributos.
• Aumento da expectativa e grau de exigência da
população em relação ao Estado: eles passaram a
exigir ótimos serviços públicos, rebelando-se
contra qualquer retirada de direitos.
O Estado de Bem Estar Social
• Com a crise financeira, e as consequências do
Regime Demográfico Moderno (já estudado), os
governos passaram a ter sua dívida pública ampliada,
atingindo um ponto em que políticas neoliberais
foram adotadas.
• Com isso, muitos conflitos internos surgiram, contra
os cortes no orçamento do governo, em especial, nos
gastos sociais.
Orçamento Federal
• Quanto e como serão gastos os impostos
• Funcionalismo público e despesas do governo
• Investimentos em infraestrutura (energia,
estradas, pontes etc.)
• Pagamento de Juros da Dívida (o governo, quando
faz empréstimos, precisa pagar juros)
• Direitos Sociais (saúde, educação, moradia,
transporte público etc.)
Modo Capitalista
de Produção –
Democracia
Representativa
Moderna
Estado de Bem-estar Social x
Liberalismo – Concepções Políticas
Estado de Bem Estar
SocialNeoliberalismo
Preocupação
com os direitos
sociais
Intervenção do
Estado na
Economia
Grande carga
tributária.
Possui
empresas
estatais
Preocupação
com a acumulação
de riquezas
Mercado
organiza a
economia
Pouca cobrança
de impostos.
Privatizações.
Política à
Esquerda
Política à
Direita
Clima e vegetação européia (pag.124)
Atividade
• Em trios, relacione o mapa da página 121 com os
mapas de clima e vegetação apresentados.
Relação entre Clima e produção agrícola
na Europa
• Europa mediterrânea: vitivinicultura (cultivo de uvas
para fabricação de vinhos), oliveiras (azeite), cítricos
(limão, maçã), pecuária em pequenas propriedades.
• Europa central e oriental: clima temperado
(continental e mediterrâneo): produção agrícola
irrigada (cereais, batata, beterraba) e pecuária em
pequenas propriedades familiares;
• Nordeste europeu: campos e pastagens, com terras
irrigadas e cultivadas (cereais, batata, beterraba).
O PAC: os subsídios à Agricultura
• Para beneficiar a agricultura europeia, pouco
competitiva em relação a muitos países em
desenvolvimento (como Brasil), foi criado o PAC
(política agrícola comum).
• Nela, os produtores recebem uma compensação
financeira para reduzir o preço dos produtos.
• Desse modo, os ganhos do produtor são garantidos,
eles continuam no campo e conseguem igualar o
preço dos produtos que vêm de fora.
• Esse tipo de subsídio (compensação) é irregular para
a OMC (Organização Mundial de Comércio), pois vai
contra as “regras” da livre concorrência no
capitalismo.
Relevo e hidrografia da Europa• Cadeias de Montanhas Meridionais: Pirineus
(França/Espanha), Alpes (França, Suíça, Itália),
Bálcãs (Grécia, Croácia), Cárpatos (Leste europeu),
Apeninos (Itália), Cáucaso (Rússia).. A maior parte
dessas cadeias de Montanhas tem sua origem ligada
a dobramentos recentes.
• Ao Norte destaca-se os Alpes Escandinavos e a
Nordeste os Montes Urais (que marca a divisa entre
Europa e Ásia).
• Os rios europeus desempenharam um papel
importante na ocupação do território (fundação de
aldeias e cidades) e também na instalação de
indústrias. Os principais rios: Tamisa, Sena, Danúbio,
Reno e Volga ( o maior da Europa).
Pesca (Aquicultura)
• A pesca tem grande importância na cultura europeia.
• Hoje a pesca de pequeno porte é muito prejudicada
pelas grandes empresas. A União Europeia definiu
regras para a prática da pesca em seus mares,
beneficiando as grandes empresas pesqueiras
europeias em detrimento das pequenas empresas.
Esse fato contribuiu para a não adesão da Noruega à
U.E.
Indústria europeia
• A Europa foi o berço da Revolução Industrial
• Esta provocou a formação de inúmeras metrópoles e
polos industriais (concentrações de indústrias, onde
há a presença de fontes de energia, matérias primas,
meios de transporte) como: Vale do Ruhr (Alemanha),
Flandres (Bélgica), norte da França, norte da Itália,
Eixo Turim – Milão – Veneza, o entorno do porto de
Roterdã (Holanda), Liverpool, Manchester,
Birmingham e Londres, no Reino Unido; Barcelona
(Espanha).
Produção Industrial Européia
Indústria europeia
• A indústria europeia passa por uma grande crise,
pois, na transição do Fordismo para a Acumulação
Flexível (Toyotismo), ou seja, entre a 2ª Rev. Industrial
(Automóveis, Eletricidade, Motor à Explosão) para a
3ª Rev. Industrial (Chips, Eletrônica, Informática,
Biotecnologia) ela perdeu espaço para a indústria de
Estados Unidos e Japão (séc. XX) e para China e
Tigres Asiáticos (Coréia, Taiwan, Cingapura etc.) no
século XXI.
• Em termos de tecnologia de ponta, destacam-se as
indústria farmacêutica e química.
Atividade
• Em trios e consultando o atlas, identifique as
principais cadeias de montanhas da Europa.
Pesquise sua formação.
O mito da União Europeia como
unidade espacial homogênea
• A U.E. teve como objetivo a formação de um bloco
econômico, de modo que este proporcionasse um
crescimento econômico para a região.
• Para isso, além de ampliar o comércio entre os países
membros, reduzindo o comércio com países de fora
do bloco, estimulou-se políticas econômicas comuns.
• Essas políticas, aliadas a Leis comuns,
proporcionaria o desenvolvimento de todos os países
da U.E. como um todo.
O mito da União Europeia como
unidade espacial homogênea
• Por isso, a ideia de que a U.E. tornaria o espaço
europeu homogêneo, ou seja: um conjunto de países
com leis comuns e sem grandes diferenças quando
ao desenvolvimento econômico.
• Contudo, não foi o que ocorreu. Conforme o texto que
lemos (Revista Superinteressante) previa, a União
Europeia ampliou ainda mais a diferença entre países
mais desenvolvidos (Centro do Capitalismo Europeu),
como Alemanha, França e Inglaterra, em detrimento
de países menos desenvolvidos, como o Leste
Europeu, Portugal, Irlanda e Grécia (Periferia do
Capitalismo Europeu).
União Européia e Desenvolvimento
desigual
União Européia e Desenvolvimento
desigual
A população europeia e as migrações
• A Europa teve grande influência, durante sua história,
de diversos movimentos migratórios
• Antiguidade: diáspora judaica – diversos judeus
deixaram o Oriente Médio em direção à Europa.
• Idade Média: a conquista moura (árabes) levou
muitos povos dessa etnia até a península Ibérica e
Bálcãs (antiga Iugoslávia, próximo a Grécia e
Turquia)
• Idade Moderna – período mercantilista: muitos
europeus deixaram a Europa para tentar fazer
fortuna nas colônias da América e Ásia.
A população europeia e as migrações
• Período entre Guerras: milhões de europeus
deixaram a Europa rumo à América, Ásia e Oceania,
fugindo da Guerra e da Pobreza.
• Pós Segunda Guerra Mundial: africanos, asiáticos,
sul-americanos, árabes e turcos tentam a vida na
Europa, principalmente vindos de ex-colônias.
• Final do Séc.XX e início do XXI: intenso movimento
migratório entre países membros da União Europeia:
dos países da Periferia Europeia para os países
centrais.
A xenofobia: reação à crise e às
migrações• Com a crise europeia, que parece não ter fim, o
crescente desemprego e redução do Estado de Bem
Estar Social trazem à população um medo do futuro.
• Surge uma reação conservadora em relação às
migrações: parte da população “nativa” europeia
atribui aos imigrantes a culpa pelos problemas.
• Movimentos neonazistas, skinheads, anti-imigração
iniciam protestos e atentados contra imigrantes
europeus.
• Muitos governos adotam medidas contra imigrantes
e políticas que visam a “limpeza étnica” do pais.
• OBS.: AS IMAGENS QUE VOCÊ VERÁ TEM COMO OBJETIVO O REPÚDIO À
XENOFOBIA E A QUALQUER FORMA DE PRECONCEITO OU NAZIFASCISMO
Manifestações do Neonazismo na Europa (nas fotos abaixo e à direita, Paolo Di
Cannio e a torcida da Lazio, assumidamente nazifascista).
Manifestação Neonazista no Brasil.
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