execução do “projeto de desenvolvimento de capacidades na ... · o projeto jaíba encontra-se...
Post on 10-Nov-2018
213 Views
Preview:
TRANSCRIPT
TERMO DE REFERÊNCIA (TOR)
Execução do “Projeto de Desenvolvimento de Capacidades na Pós-Colheita e Práticas de
Marketing na Região do Jaíba”
Este documento define o objetivo e os resultados a serem atingidos pelo “Projeto de
Desenvolvimento de Capacidades na Pós-Colheita e Práticas de Marketing na Região do
Jaíba” (doravante, simplesmente “Projeto”), além do escopo e conteúdo do serviço
(doravante, simplesmente “Serviço”) que será prestado pela empresa consultora
contratada (doravante, simplesmente “Consultoria”).
I. ANTECEDENTES
A região do Jaíba no norte do estado de Minas Gerais está situada entre o Rio São
Francisco e o Rio Verde Grande que atravessam o Cerrado; a região vem atraindo muita
atenção desde a década de 1950 pela magnitude do seu potencial de produção agrícola a
ser explorado por meio do desenvolvimento da agricultura irrigada. Após uma serie de
pesquisas, o Projeto de Irrigação Jaíba, composto por 4 estágios, foi planejado (a área a ser
definida para irrigação era de aproximadamente 230 mil hectares).
1. INFORMAÇÕES GERAIS
Por vários anos, instituições públicas têm investido no Projeto Jaíba, mas com o foco
principal no desenvolvimento da oferta (infra-estrutura para irrigações, rodovias, tecnologia
agronômica, práticas comercias e outros) ou para o desenvolvimento dos canais de
comercialização voltados para o mercado interno.
1.1. PROJETO JAÍBA
O Projeto Jaíba encontra-se localizado no extremo norte do Estado de Minas Gerais, nos
municípios de Jaíba e Matias Cardoso (Figura 2). Esta é uma região conhecida por sua
produção agrícola.
Figura 1 – O Estado de Minas Gerais e a região do Jaíba
Fonte: EMATER/MG – Central JAI
O projeto Jaíba abrabge uma área de, aproximadamente, 96.000 ha e a
infra-estrutura de irrigação possui, atualmente, um alcance de 58% da área total, tornando
o projeto Jaíba, o principal projeto de irrigação da América Latina. A área irrigada fica entre
os rios São Francisco (onde um desvio foi feito com o intuito de abastecer o canal) e Verde
Grande. O rio São Francisco é um dos mais importantes do Brasil, e a sua conexão com os
canais de irrigação representa uma fonte permanente de fornecimento de água para os
produtores.
Esta área irrigada foi implementada durante a década de 1950, com o estágio inicial
do planejamento coincidindo com a ocupação da área. Um estudo conduzido pelo Bureau
of Reclamation of the United States, identificou um grande potencial para agricultura
irrigada na região.
Na verdade, o projeto Jaíba é um dos mais importantes empreendimentos agrícolas
do Brasil, já que estabelece novas fronteiras para o agronegócio na Região Norte do
estado de Minas Gerais. Além disso, confirma a capacidade da agricultura irrigada em
impulsionar o crescimento em regiões semi-áridas.
Devido à grande importância do projeto para o desenvolvimento da região Norte de
Minas Gerais, na década de 1970, o Governo Federal Brasileiro obteve um financiamento
junto ao Banco Mundial para construir a estrutura de irrigação na área. Na década de 1980,
o projeto iniciou suas atividades com a instalação das primeiras famílias. A segundo
estágio (Projeto de Irrigação Jaíba II) foi implementada entre 1991 e 2006 com o
financiamento do empréstimo japonês ODA, com o qual aproximadamente 19 mil hectares
tornaram-se irrigáveis. Foi ainda durante este período que o setor privado foi associado ao
projeto. Após a conclusão da construção da infra-estrutura de irrigação, o setor privado foi
convidado a gerenciar o desenvolvimento futuro do projeto, através de uma organização
sem fins lucrativos, denominada Distrito de Irrigação de Jaíba.
É possível identificar claramente três benefícios principais do projeto Jaíba:
Benefícios Econômicos: O projeto propicia uma relevância econômica especial,
já que se está localizado na região Norte de Minas Gerais, uma das regiões mais
pobres do país. Estima-se que o projeto Jaíba é responsável pela geração de
15.000 empregos anuais na região.
Benefícios Sociais: A renda das famílias está relacionada diretamente à
produção. O orojeto Jaíba detém núcleos de moradia e serviços, unidades de
saúde, centrais de tratamento de água, além da infra-estrutura social necessária.
Além disto, aproximadamente três mil crianças recebem educação gratuita,
financiada pelo Sistema Educacional de Jaíba.
Figura 2 – Mapa do Índice de Desenvolvimento Humano nas cidades localizadas no estado de
Minas Gerais.
Source: PNUD: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
As cidades localizadas na região Norte do Estado de Minas Gerais apresentam
os IDHs mais baixos do Estado e encontram-se tão vulneráveis quanto às
cidades do Norte e Nordeste do Brasil.
Benefícios Ambientais: apesar das plantações, o lema do projeto
Jaíba é o cuidado com o meio-ambiente. O projeto possui inúmeras ações que
visam à redução dos impactos ambientais. Além disto, o Consórcio de Pesquisa
e Desenvolvimento coordenado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de
Minas Gerais (EPAMIG) prioriza projetos destinados a adaptação das
plantações para as condições da região e desenvolvimento de novas
variedades, além da produção de gêneros alimentícios orgânicos assim como
gerenciamento integrado das pragas. Jaíba superou os requisitos legais,
investindo mais de US$ 11 milhões de dólares em ações e trabalhos do
interesse ambiental.
1.1.1. Importância Econômica Atual
Atualmente, o projeto Jaíba é o segundo maior fornecedor de produtos agrícolas
para a Ceasa-MG (segundo maior centro de distribuição atacadista de frutas e vegetais do
país) localizado em Contagem na região metropolitana de Belo Horizonte.
O projeto Jaíba vem alterando as opções de emprego na região, proporcionando
impactos econômicos positivos. De acordo com o censo realizado em 2000, essa
tendência teve início a partir dos primeiros assentamentos realizados em 1988.
1.1.2. Localização e Principais Distancias
O projeto Jaíba está localizado no extremo norte do Estado, conforme a Figura 3. A
distância entre Jaíba e a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, é de 614 km, sendo
conectadas por uma estrada de pista simples. Ao norte, o mesmo tipo de rodovia de pista
única liga esta região ao Estado da Bahia e também ao porto mais próximo, o Porto de
Salvador, conforme Figura 4. Atualmente a maioria das exportações da região é realizada
através do Porto de Salvador. As distâncias rodoviárias até as principais cidades da região
estão demonstradas na Tabela 1.
Figura 3 – Distancia entre Jaíba(A) e AITN(B)/ Jaíba(A) e Salvador(B)
Fonte: Google Maps
Conforme mostrado na Figura 3, podemos perceber a ausência de rodovias ligando
a cidade de Matias Cardoso às rodovias ao norte, o que representa custos extras, já que
os transportadores têm de acrescentar mais de 200 km a sua trajetória, na direção de
Janaúba ao sul, para que assim possam retomar a direção norte.
605 km
1300 km
Tabela 1 – Acesso rodoviário a Região do Jaíba e as distancias entre as principais cidades
ROTAS PAVIMENTAÇÃO DISTÂNCIA
Jaíba / Aeroporto Internacional Tancredo
NevesAsfalto 605 km
Belo Horizonte / Montes Claros Asfalto 410 km
Montes Claros / Janaúba Asfalto 132 km
Janaúba / Jaíba Asfalto 72 km
Jaíba / Mocambinho Asfalto 50 km
Jaíba / Brasília Asfalto 950 km
Jaíba / Salvador Asfalto 1.300 km
Jaíba / Belo Horizonte Asfalto 613 km
Fonte: Distrito de Irrigação do Jaíba
No que diz respeito às conexões aéreas, o campo de pouso mais próximo da região
é o Aeroporto de Mocambinho [latitude. 15º 05’ 34’’ SUL- longitude. 43º 58’ 44’’ OESTE],
com uma pista de 1.650 m, porém sem vôos comerciais regulares. Montes Claros,
localizada a 250 km do projeto Jaíba, hospeda o aeroporto mais próximo com vôos
comerciais diários para Belo Horizonte. Montes Claros é em uma das cidades mais
importantes do Estado, com 340 mil habitantes.
Figura 4 – Aeroporto de Montes Claros
Figura 5 – Principais portos e aeroportos do Estado de Minas
Gerais
1.1.3. Localização e Operação
O projeto foi concebido para implementação em quatro estágios. Compreende duas
estações de bombeamento e 30 km de canais de irrigação para captação de água com
três níveis até o leito do rio São Francisco.
Estágio 1 cobre uma área de 41.600 ha. Irrigação alcança 59% de toda a área.
Estágio 2 cobre uma área de aproximadamente 34.700 ha. Esta área será dividida
em quatro subdivisões, para acomodar pequenos e médios empresários com propriedades
de 10, 25, 64 e 90 ha. A estrutura de irrigação possui alcance de 54% da área total.
Estágios 3 e 4 ainda serão implementados. Estágio 3 cobre 17.400 ha e incorpora
as áreas da Toca da Onça, Nova Cachoeirinha entre outras. Estágio 4 irá cobrir 13.600 ha
de terra, incorporando as áreas do Rio Verde, Linha Seca dentre outras.
Tabela 2 – Esquema com os 4 estágios do projeto Jaíba
Estágio I(já existente)
Estágio II(já existente)
Área bruta total: 41.611 ha
Área irrigada: 24.669 ha
Implementado por: CODEVASF com apoio da
RURALMINAS.
Instituição de Fomento: Banco Mundial
Terrenos:
- 17.500 ha (175 km²)
- 1.826 propriedades de assentados – 5,0 ha
(0,05 km²)
- 325 propriedades de empresas – 20 to 50
ha (até 0,5 km²)
Área bruta total: 34.772 ha
Área irrigada: 19.276 ha
Implementado por: Governo do Estado de Minas
Gerais através da RURALMINAS.
Instituição de Fomento: Banco Japonês para
Cooperação Internacional
Terrenos:
- 16.300 ha (163 km²)
- Propriedades de Empresas – 15 to 90 ha (up
to 0,9 km²)
- 1 fazenda – 3.000 ha (30 km²)
- 1 aeroporto (pista com 1.500m)
- 2 destilarias de álcool
- 1 usina de biodiesel
- 1 indústria de suco de fruta
Estágio III(em construção)
Estágio IV(em construção)
Área Bruta Total: 17.400 ha
Área Estimada de Irrigação: 12.200 ha
Implementação: Aberta a Parcerias Público-Privadas
Área Bruta Total: 13.629 ha
Área Estimada de irrigação: 9.734 ha
Implementação: Aberta a Parcerias Público-Privadas.
Fonte: Ruralminas/ Governo de Minas
Figura 6 – projeto Jaíba: situação e localização
Fonte: Distrito de Irrigação do Jaíba
Tabela 3 – Infra-estrutura de irrigação e de uso comum existentes
30 km de canais principais de captação e distribuição de água conectados a 164
km de canais capilares.
Estações de bombeamento, canais e rodovias projetadas para atender aos
quatro estágios do projeto.
Mais de 1.000 km de rodovias principais, estradas de serviços, estradas de
operação e manutenção e estradas de conexão.
Mais de 100 km de estradas pavimentadas ligando a área do projeto a rodovias
estaduais e federais.
Sistema de energia elétrica compreendendo 13 subestações e redes de energia
de alta voltagem controladas pela CEMIG.
Fonte: Ruralminas/ Governo de Minas
1.1.4. Produção
A região de Jaíba caracteriza-se pelo clima quente durante o ano inteiro que, aliado
à disponibilidade de água o ano todo, por conta da irrigação, possibilita o cultivo e colheita
de produtos agrícolas em qualquer época do ano. Além disso, as frutas tropicais de Jaíba,
os principais produtos da região, são altamente valorizadas por causa de sua excelente
qualidade.
Quando todos os estágios forem finalizados, o potencial total de produção do
projeto será de 1.7 milhões de toneladas de frutas, vegetais, sementes e grãos gerando
cerca de 146 mil empregos diretos e indiretos.
Atualmente, um total de 1,800 produtores trabalham na região do Jaíba, e a
produção vem aumentando anualmente. Mais de 300 produtores de banana ocupam uma
área superior a 2,000 ha, e são responsáveis por 30 mil toneladas produzidas por ano.
Mais de 50 tipos de frutas e vegetais são produzidos na região do Jaíba. Vegetais
como cenouras, cebolas, beterrabas, tomates contabilizam receita de US$10 milhões.
Frutas começam a serem exportadas (principalmente Limões Taiti, mangas e bananas).
Ano passado mais de 709 toneladas de limão foram exportadas, com uma receita de
US$ 612,3 mil.
A tabela abaixo mostra o número de produtores, quantidade de produtos e área de
produção.
Tabela 4 – Produtos e Informações sobre a região do Jaíba
Produto Informações
Banana
Mais de 300 produtores
30000 toneladas por ano
Área superior a 2000 ha
Limão Taiti
Mais de 270 produtores
4000 toneladas por ano
Área de 462 ha
Manga
110 produtores
Área de 333 ha
570 toneladas por ano
Feijão 496 produtores
Área de 988 ha
Arroz 394 produtores
Algodão 88 produtores
Milho 610 produtores
Outros produtos do projeto Jaíba são abacaxi, açaí, coco, figo, mamão, maracujá,
pimenta, uva, alho, batata doce, berinjela, brócolis, cebola, repolho e tomate. De fato, a
região do Jaíba tem o potencial de produzir quase todo o tipo de produtos agrícolas
tropicais. Com apenas 12% de sua área irrigada total sendo cultivada, a produção é de 170
mil toneladas de alimentos anualmente.
No entanto, até março de 2011, a área cultivada com agricultura irrigada era de 9.846
hectares de um total de 16.276 hectares de área irrigável (excluindo 3.000 ha. do Distrito K)
na área destinada ao segundo estágio, o que significa que apenas cerca de 60% da área
irrigável foi utilizada para agricultura irrigada. Além disto, o Distrito C2 da área destinada ao
estágio 1, onde o empréstimo de ODA japonês financiou o crédito para os colonos, somente
31% da área irrigável foi de fato irrigada. O motivo para a reduzida taxa do uso de irrigação
foi atribuído a, entre outros motivos, a falta de incentivos para que os produtores agrícolas
expandissem a área de cultivo irrigado por causa dos custos elevados do transporte de
produtos, devido à sua localização no interior e a ausência de marketing estratégico, e de
pesquisas de mercado interno e externo, o que finalmente leva os produtores a vender a
produção a intermediários por valores muito baixos.
O presente Projeto propõe a melhoraria da utilização de terras irrigáveis e assim,
desenvolver plenamente o seu potencial de produção agrícola na região do Jaíba.
II. DESCRIÇÂO DO PROJETO
1. Objetivo geral
Desenvolvimento da agricultura irrigada na região de Jaíba.
2. Objetivo do Projeto
Fortalecimento da competitividade dos pequenos e médios produtores na região de Jaíba.
3. Resultados Esperados
(1) Melhoria nas capacidades de Marketing das associações/cooperativas de produtores na
região de Jaíba.
(2) Desenvolvimento de capacidades dos produtores agrícolas na região de Jaíba para a
prática de controle de qualidade pós-colheita dos seus produtos.
4. Atividades a serem desenvolvidas
(1) Atividades relacionadas à capacidade de marketing:
(1)-1. Projetar e implementar mecanismos para coletar eficientemente informações dos
principais mercados atacadistas (como as CEASAs em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte e Brasília) e dos principais mercados de exportação na América do Norte, Ásia e
Europa
(1)-2. Projetar e implementar um mecanismo de coleta de informações de oferta, tais como
condições da safra, previsões de colheita e estoques existentes nas fazendas dos
produtores agrícolas na região do Jaíba
(1)-3. Pesquisa de canais de comercialização, tais como: venda direta da produção para
indústria local para os produtos não destinados à venda por atacado e/ou exportação.
(1)-4. Identificar produtos-alvo para cada mercado.
(1)-5. Estabelecer banco de dados para gerenciar e analisar informações de demanda (tais
como informações de mercado) e da oferta.
(1)-6. Analisar a demanda de qualidade dos produtos para os respectivos mercados e
compradores, e elaborar normas de classificação.
(1)-7. Padronizar e oferecer treinamentos em análise das informações de demanda/oferta
assim como processos para decisões de comercialização.
(1)-8. Formular plano de marketing para médio e longo prazo (incluindo um plano de criação
de marca) para os produtos agrícolas na região de Jaíba.
(2) Atividades relacionadas às práticas de Pós-colheita:
(2)-1. Formular processos da pós-colheita como coleta, lavagem, classificação, embalagem,
armazenamento, transporte e entrega dos produtos agrícolas e elaborar manuais de
processos operacionais.
(2)-2. Definir especificações, adquirir e instalar equipamentos requeridos como máquina de
classificação e embalagem de frutas.
(2)-3. Realizar treinamentos específicos para cada etapa do processo de pós-colheita de
acordo com os manuais operacionais e normas de classificação.
(2)-4. Projetar o processo de pós-colheita, elaborar manuais operacionais e executar
treinamentos dirigidos para produtos destinados à exportação.
(2)-5. Formular modelo de gestão e de negócio para a operação da Public Packing House
(2)-6. Capacitar em gestão a(s) cooperativa(s) envolvida(s) no Projeto.
5. Período de Execução
De 23 de janeiro de 2012 a 19 de dezembro de 2014
O Projeto será composto por 2 (duas) etapas principais ;
1º etapa: Planejamento/Preparação (primeiros 6 meses)
2º etapa: Execução (aproximadamente 29 meses)
6. Local de Atuação: Região do Jaíba, Estado de Minas Gerais
7. Instituição Executora: Central Exporta Minas - Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico do Estado de Minas Gerais
III. ESCOPO E CONTEÚDO DO SERVIÇO A SER PRESTADO PELA CONSULTORIA
1. Escopo do Serviço
A Consultoria deverá executar as Atividades com o objetivo de obter os Resultados
Esperados e atingir o Objetivo do Projeto, como mencionados acima no item “I”.
2. Conteúdo do Serviço
(1) Composição do serviço
O serviço será composto por 5 (cinco) fases e o contrato de serviço será renovado a cada
Fase. (Fases 1 e 2 correspondem a 1º etapa, e Fases 3, 4, e 5 correspondem a 2º etapa do
Projeto)
Fase 1: de janeiro de 2012 a março de 2012
Fase 2: de abril de 2012 a julho de 2012
Fase 3: de agosto de 2012 a março de 2013
Fase 4: de abril de 2013 a março de 2014
Fase 5: de abril de 2014 a dezembro de 2014
(2) Conteúdo de cada Fase do Serviço
a. Fase 1
- Coletar e analisar informações existentes referentes à agricultura da Região do Jaíba e do
projeto Jaíba
- Estudar a “linha de base” e coletar os dados referentes aos Indicadores Objetivamente
Verificáveis do Matriz de Desenho do Projeto (ver Anexo 1)
- Pesquisar canais de comercialização, tais como: venda direta da produção para indústria
local para os produtos não destinados à venda por atacado e/ou exportação.
- Pesquisar as cooperativas/associações-modelo da comercialização de produtos agrícolas
no Brasil
- Prospectar potenciais parceiros institucionais para a coleta de informações primárias
(Embrapa, MAPA, INPE, CONAB, CEASA, etc)
b. Fase 2
- Determinar os valores-alvo (xx%) para os Indicadores Objetivamente Verificáveis
juntamente com a JICA e instituições participantes do Governo do Estado de Minas Gerais
- Identificar os mercados-alvo (mercados atacadistas locais e de exportação) do Projeto
- Identificar produtos-alvo do Projeto, após estabelecer uma estratégia comercial para o
mercado local e internacional.
- Projetar mecanismos eficientes de coleta de informações dos mercados-alvo.
- Realizar visitas técnicas a centros de inteligência existentes com o intuito de reproduzir e
adaptar as melhores metodologias e ferramentas de analise de mercado.
- Projetar um mecanismo de coleta de informações sobre oferta, tais como condições da
safra, previsões de colheita e estoques existentes nas fazendas dos produtores agrícolas
da região do Jaíba.
- Elaborar o plano de execução para a 2ª etapa (Execução) do Projeto
- Formular modelo de Centro de Inteligência para produtores no Jaíba, que disponibilize
serviço de apoio à comercialização com informação de mercado, estatísticas de produção,
cadastro de compradores, regras comerciais e acompanhamento da competitividade do
produto nos maiores mercados.
- Formular modelo de gestão para a operação da Public Packing House em Jaíba, levando
em consideração as particularidades da região e dos atores envolvidos no processo.
c. Fase 3
- Organizar visitas técnicas do Projeto em cooperativas/associações-modelo já atuantes.
- Estabelecer banco de dados para gerenciar e analisar informações de demanda (tais
como informações de mercado) e da oferta e avaliar os softwares disponíveis no mercado
para o gerenciamento destas informações. .
- Analisar a demanda de qualidade dos produtos para os respectivos mercados-alvo, e
elaborar normas de classificação.
-Implementar mecanismos eficientes de coleta de informações dos mercados-alvo
-Implementar um Centro de Inteligência com mecanismo de coleta de informações de oferta
dos produtores agrícolas na região do Jaíba
-Formular processos de pós-colheita como coleta, lavagem, classificação, embalagem,
armazenamento, transporte e entrega dos produtos-alvo do Projeto, e elaborar manuais
de processos operacionais, considerando para este estágio, o estudo das melhores
práticas de pós-colheita utilizados nos maiores centros produtores do mundo.
-Formular o processo de pós-colheita e elaborar manuais operacionais para produtos
destinados à exportação. Incluir procedimentos e planos alternativos em caso de
emergência ou mau funcionamento do maquinário.
-Definir e elaborar os documentos de especificações dos equipamentos requeridos como a
máquina de classificação e embalagem de frutas e câmara frigorífica, levando em
consideração as necessidades identificadas nas etapas anteriores do Projeto.
-Pesquisar as certificações para o processo de pós-colheita aplicáveis aos produtos-alvo do
Projeto
-Dar suporte ao estabelecimento e fortalecimento do Centro de Inteligência para produtores
no Jaíba
-Dar suporte ao estabelecimento e fortalecimento do operador da Public Packing House
d. Fase 4
-Padronizar e oferecer treinamentos em análise das informações de demanda/oferta assim
como processos de decisões de comercialização. Além da padronização da coleta de
informações, a análise deverá estar baseada numa metodologia que seja coerente com a
capacidade produtiva, demanda de mercado e estratégia definida pela organização.
-Avaliar e melhorar os mecanismos implementados para coletar eficientemente
informações dos mercados-alvo
-Avaliar e melhorar o mecanismo implementado de coleta de informações sobre oferta dos
produtores agrícolas na região do Jaíba
-Realizar treinamentos específicos para cada etapa do processo de pós-colheita de acordo
com os manuais operacionais e normas de classificação
-Apoiar as certificações para processos de pós-colheita
-Executar treinamentos de processos de pós-colheita específicos para produtos destinados
à exportação
-Capacitar o Centro de Inteligência para produtores no Jaíba
-Capacitar o operador de Public Packing House
e. Fase 5
- Oferecer treinamentos em análise das informações de demanda/oferta assim como
processos de decisões de comercialização
- Avaliar e melhorar os mecanismos adotados para coletar eficientemente informações dos
mercados-alvo
- Avaliar e melhorar os mecanismos adotados de coleta de informações de oferta dos
produtores agrícolas na região do Jaíba
- Apoiar as certificações para o processo de pós-colheita
- Formular plano de marketing para médio e longo prazo (incluindo um plano de criação de
marca do Jaíba) para os produtos agrícolas na região de Jaíba, o qual deverá ser incluído
a criação de uma identidade visual da região que esteja baseada na estratégia de
mercado para o posicionamento dos seus produtos.
- Realizar treinamentos específicos para cada etapa do processo de pós-colheita de acordo
com os manuais operacionais e normas de classificação
- Executar treinamentos sobre o processo de pós-colheita para produtos para exportação
- Capacitar o Centro de Inteligência para produtores no Jaíba
- Capacitar o operador da Public Packing House
- Coletar os dados referentes aos Indicadores Objetivamente Verificáveis do Matriz de
Desenho do Projeto (ver Anexo 1) para avaliar os efeitos do Projeto
- Apoiar a execução da avaliação final do Projeto, fornecendo dados e informações
necessárias disponíveis do Projeto.
3. Documentos a serem entregues à JICA
Durante a execução do Projeto, a Consultoria deverá produzir e entregar os seguintes
documentos em arquivo eletrônico (4 copias em português e inglês) e impressos (4 cópias
em potuguês, e 1 cópia em inglês) à JICA Brasil e instituições relacionadas do Estado de
Minas Gerais.
(1) Fase 1
- Plano de trabalho da Fase 1, entregue até 27 de janeiro de 2012
- Relatório final da Fase 1, entregue até 23 de março de 2012
(2) Fase 2
- Plano de trabalho da Fase 2, entregue em abril de 2012
- Relatório final da Fase 2, entregue em julho de 2012
(3) Fase 3
- Plano de trabalho da Fase 3, entregue em agosto de 2012
- Relatório final da Fase 3, entregue em março de 2013
(4) Fase 4
- Plano do trabalho da Fase 4, entregue em abril de 2013
- Relatório de monitoramento da Fase 4, entregue em setembro de 2013
- Relatório final da Fase 4, entregue em março de 2014
(5) Fase 5
- Plano do trabalho da Fase 5, entregue em abril de 2014
- Relatório final do Projeto, entregue em dezembro de 2014
4. Notas a serem consideradas para prestação de Serviço
- Os equipamentos requeridos para execução do Projeto serão adquiridos pelo Escritório da
JICA Brasil.
- A Consultoria deverá consultar e coordenar juntamente com a JICA e instituições
relacionadas do Estado de Minas Gerais a execução das atividades do Projeto.
- O contrato de cada Fase do serviço será assinado após a confirmação do cumprimento
satisfatório do contrato da Fase anterior.
5. Profissionais requeridos e a carga de trabalhos prevista para a prestação do Serviço
(1) Profissionais requeridos
- Coordenador geral
-Controle de qualidade pós-colheita (Engenheiro Agrônomo)
-Marketing agrícola (Administração, Agronomia, etc)
-Inteligência Comercial (Administração, Economista, etc.)
-Logística (Engenharia, Administração, etc)
-Controle fitossanitário e certificação
-Gestão de empresas e cooperativismo
-Engenharia mecânica
-Tecnologia da Informação
(2) A carga de trabalhos prevista
- Para o Projeto total: 72,0 homem-mês
- Para Fase 1: 11,5 homem-mês
Anexo1
Matriz de Desenho do Projeto1. Nome do Projeto: Projeto para Desenvolvimento de Capacidade para Práticas Pós-Colheita e de Marketing na Região de Jaíba
2. Local do Projeto: Região de Jaíba, Minas Gerais
3. Duração: de 23 de janeiro de 2012 a 19 dezembro de 2014 (cerca de 3 anos)
4. Beneficiários alvo: Produtores agrícolas na região de Jaíba
5. Área alvo: Região de Jaíba, Minas Gerais
Resumo da Narrativa Indicadores ObjetivamenteVerificáveis
Meios de Verificação Premissasimportantes
Meta GeralAgricultura irrigada maisdesenvolvida na região doJaíba
1) Área total cultivada comirrigação, bem comoaumento na produçãoagrícola total da região deJaíba em y XX%comparadacom aquela do início doProjeto
1) Relatórios e registrosdo Distrito de Irrigação deJaíba (DIJ)e da COPASA(Companhia deSaneamento do Estadode Minas Gerais)
Não hádiminuiçãosignificativa naprodução devidoa doenças epragas.
Propósito do ProjetoCompetitividade dos pequenose médios produtores na regiãode Jaíba é fortalecida.
1) Aumento do volume devendas (base em peso)dos produtos alvo nosmercados mais importantes(i.e. São Paulo, Rio deJaneiro, Belo Horizonte eBrasília) em xx%
2) Participação no Mercadodos produtos alvo de Jaíbaaumenta em xx% nosprincipais mercados
3) Exportação dos produtosdas cooperativas e/ouassociações envolvidas noProjeto aumenta em xx %(baseado em valor).
1) Registros dasassociações/cooperativas
2) Relatórios e dados doProjeto para os mercadosnacionais
3) MDIC (Sistema ALICE)e Alfândega Federal paraos mercadosinternacionais
Demandas paraos produtos alvonão diminuemsignificativamentenos mercadosinternacional enacional
Competitividadena exportaçãodos produtos deJaíba não diminuidevido àvalorizaçãosignificativa damoeda brasileira,o “Real”.
Produto1:A capacidade de Marketing dasassociações/cooperativas deprodutores na região de Jaíba émelhorada.
1) Mais de xx% (base empeso) dos produtosagrícolas (para o mercadonacional) das cooperativase/ou associaçõesenvolvidas no Projeto écomercializada semintermediários.
1) Registros dasassociações/cooperativas
Produto 2:Os produtores agrícolas daregião de Jaíba desenvolvem acapacidade para a prática decontrole de qualidadepós-colheita dos seus produtos.
1) xx% dos produtos (baseem peso) das cooperativase/ou associaçõesenvolvidas no Projeto éclassificada de acordo comas normas.
2) Diminuição nopercentual de produtos fora do padrão após oprocesso de seleção eembalagem para xx% (aser definido para cadaproduto alvo do Projeto).
1) Registros dasassociações/cooperativas
2) Pesquisa poramostragem
As associações/cooperativasparticipantes doProjeto não vão àfalência.
Atividades1-1. Projetar e implementar
mecanismos para coletareficientemente informaçõesdos principais mercadosatacadistas (como asCEASAs em São Paulo, Riode Janeiro, Belo Horizonte eBrasília) e dos principaismercados de exportação naAmérica do Norte, Ásia eEuropa
1-2. Projetar e implementar ummecanismo de coleta deinformações de oferta, taiscomo condições da safra,previsões de colheita eestoques existentes nasfazendas dos produtoresagrícolas na região do Jaíba
1-3. Pesquisa de canais decomercialização, tais como:venda direta da produçãopara indústria local para osprodutos não destinados àvenda por atacado e/ouexportação.
1-4. Identificar produtos-alvopara cada mercado.
1-5. Estabelecer banco dedados para gerenciar eanalisar informações dedemanda (tais comoinformações de mercado) eda oferta.
1-6. Analisar a demanda dequalidade dos produtospara os respectivosmercados e compradores, eelaborar normas declassificação.
1-7. Padronizar e oferecertreinamentos em análisedas informações dedemanda/oferta assim comoprocessos para decisões decomercialização.
1-8. Formular plano demarketing para médio elongo prazo (incluindo umplano de criação de marca)para os produtos agrícolasna região de Jaíba.
2-1. Formular processos dapós-colheita como coleta,lavagem, classificação,embalagem,armazenamento, transportee entrega dos produtosagrícolas e elaborarmanuais de processosoperacionais.
2-2. Definir especificações,adquirir e instalarequipamentos requeridos
Insumos<por Minas Gerais>(1) Pessoal de contrapartida(2) Despesas de viagem do pessoal de contrapartida(3) Mapas e dados necessários que pertençam ao
governo do Estado de Minas Gerais(4) Espaço adequado para instalação de dos
equipamentos fornecidos pela JICA(5)Espaço de escritório adequado, com as instalações
necessárias para o Projeto
<pela parte japonesa>(1) Especialistas:
- Coordenador geral-Controle de qualidade pós-colheita-Marketing agrícola-Inteligência Comercial-Logística-Controle fitossanitário e certificação-Gestão de empresas e cooperativismo-Engenharia mecânica-Engenharia de sistemas
(2) Treinamento no Japão: até 10 participantes
(3) Maquinário e EquipamentosEquipamento de classificação e embalagemCâmara frigoríficaComputadores e programas para gestão de dados
Pré-Condições
Produtosagrícolas emJaíba estejaminteressados emparticipar nasatividades doprojeto.
como máquina declassificação e embalagemde frutas.
2-3. Realizar treinamentosespecíficos para cada etapado processo de pós-colheitade acordo com os manuaisoperacionais e normas declassificação.
2-4. Projetar o processo depós-colheita, elaborarmanuais operacionais eexecutar treinamentosdirigidos para produtosdestinados à exportação.
2-5. Formular modelo de gestãoe de negócio para aoperação da Public PackingHouse
2-6. Capacitar em gestão a(s)cooperativa(s) envolvida(s)no Projeto.
Observação:1. Nesse PDM, “produtos” referem-se aos produtos alvo do Projeto a serem definidos na etapa
preparatória do Projeto2. Os valores alvo (xx%) para os indicadores serão determinados durante a etapa preparatória do
Projeto
top related