exercÍcio fiscal 2015 e · de julho – lei do orçamento geral do estado (oge), combinado com o...
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REPÚBLICA DE ANGOLA
CONTA GERAL DO ESTADO EXERCÍCIO FISCAL 2015 CGE
E
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |1
FORMA DE APRESENTAÇÃO DA CGE
Parte I
Relatório Descritivo
Parte II
Anexos:
1. Resumo dos Relatórios de Gestão dos Órgãos do Sistema Contabilístico do Estado
a. Órgãos de Soberania
b. Administração Central
c. Administração Local
d. Institutos Públicos
e. Serviços Públicos
f. Fundos Autónomos
2. Quadros das Demonstrações Financeiras
2.1 Balanço Orçamental
2.2 Balanço Financeiro
2.3 Balanço Patrimonial
2.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais
2.5 Balancete
2.6 Resumo Geral da Receita por Natureza
2.7 Resumo Geral da Receita por Fonte de Recurso
2.8 Resumo Geral da Despesa por Natureza
2.9 Resumo Geral da Despesa por Função
2.10 Resumo Geral da Despesa de Funcionamento por U.O
2.11 Resumo Geral da Despesa do PIP por Órgão de Governo
2.12 Resumo Geral da Despesa por Unidade Orçamental por O.D
2.13 Resumo Geral da Despesa por Natureza por Província
2.14 Resumo Geral da Despesa do Órgão Orçamental Por Categoria
2.15 Demonstrativo da Execução de Restos a Pagar
2.16 Resumo Geral da Despesa por Programa
3. Resumo Geral do Inventário de Bens
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |2
PARTE I ÍNDICE DOS ASSUNTOS
1. ........ INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 5 1.1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................................. 5
1.2. DEFINIÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 5
1.3. QUADRO LEGAL ................................................................................................................................................................................................. 6
2. ........ EVOLUÇÃO DA CGE DE 2011 A 2015 .................................................................................................................................................................. 6
3. ........ CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL ................................................................................................................................. 8 3.1. CONTEXTO INTERNACIONAL .............................................................................................................................................................................. 8
3.1.1. Economia Real ........................................................................................................................................................................................ 8
3.1.2. Comércio Internacional ........................................................................................................................................................................ 10
3.1.3. Inflação ................................................................................................................................................................................................. 11 3.2. CONTEXTO ECONÓMICO NACIONAL ................................................................................................................................................................ 12
3.2.1. Sector Real ............................................................................................................................................................................................ 14 3.2.2. Sector Externo ...................................................................................................................................................................................... 14
3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas ......................................................................................................................................................... 16
3.2.4. Endividamento Público em 2015........................................................................................................................................................... 19 3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro ................................................................................. 19
3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo ................................................................................................................................................ 19
3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro ................................................................................................ 20
3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito ....................................................................................................................... 20
3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB ............................................................................................................................ 22
3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas ........................................................................................................................................... 22 3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores ................................................................................ 23
3.2.5.1. Sector da Educação ......................................................................................................................................................................... 24
3.2.5.2. Sector do Ensino Superior ............................................................................................................................................................... 24 3.2.5.3. Sector da Saúde ............................................................................................................................................................................... 25
3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social....................................................................................................................................... 25
3.2.5.5. Sector Petrolífero ............................................................................................................................................................................ 26 3.2.5.6. Sector da Construção ...................................................................................................................................................................... 26
3.2.5.7. Sector da Indústria .......................................................................................................................................................................... 27
3.2.5.8. Sector dos Transportes .................................................................................................................................................................... 28 3.2.5.9. Sector da Energia e Águas .............................................................................................................................................................. 28
3.2.5.10. Sector do Ambiente ......................................................................................................................................................................... 29
3.2.5.11. Sector da Agricultura ...................................................................................................................................................................... 29 3.2.5.12. Sector das Pescas ............................................................................................................................................................................ 30
3.2.5.13. Sector da Cultura ............................................................................................................................................................................ 30
3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação ................................................................................................................................................... 31
3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação ............................................................................................................ 31
3.2.5.16. Sector do Comércio ......................................................................................................................................................................... 31
3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia ....................................................................................................................................................... 32 3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos ..................................................................................................................................................... 32
3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria .................................................................................................................. 33
3.2.5.20. Sector da Comunicação Social ........................................................................................................................................................ 33 3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos ............................................................................................................................................. 33
3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social ...................................................................................................................... 34
3.2.5.23. Sector da Administração do Território ............................................................................................................................................ 34 3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas ............................................................................................................................................................ 35
3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo ......................................................................................................................................................... 35
3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher ....................................................................................................................................... 36 3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública ....................................................................................................................................................... 36
3.3. BALANÇO ORÇAMENTAL, FINANCEIRO E PATRIMONIAL DE 2015 .................................................................................................................... 37
3.3.1. Introdução ............................................................................................................................................................................................ 37 3.3.2. Mutações Orçamentais por Órgãos do Governo ................................................................................................................................... 37
3.3.3. Balanço Orçamental ............................................................................................................................................................................. 38
3.3.3.1. Execução da Receita ....................................................................................................................................................................... 39
3.3.3.2. Execução da Despesa ...................................................................................................................................................................... 40
3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo ................................................................................................................................ 42
3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimentos Públicos ...................................................................................................... 44 3.3.3.5. Receita e Despesa por Província ..................................................................................................................................................... 45
3.3.3.5.1. Receita por Província ...................................................................................................................................................................... 45
3.3.3.5.2. Despesa por Província ..................................................................................................................................................................... 46 3.3.4. Balanço Financeiro .............................................................................................................................................................................. 48
3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro .................................................................................................................................................... 48 3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis .......................................................................... 49
3.3.5. Balanço Patrimonial ............................................................................................................................................................................. 51
3.3.5.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado ................................................................................................................. 53 3.3.5.2. Inventário Geral de Bens Públicos .................................................................................................................................................. 57
3.3.5.3. Restos a pagar ................................................................................................................................................................................. 58
3.3.6. Demonstração das Variações Patrimoniais .......................................................................................................................................... 58 3.3.7. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola ............................................................................................................................. 59
3.3.8. As Empresas do Sector Empresarial Público - ISEP ............................................................................................................................ 60
3.3.9. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro ......................................................................................... 62
3.3.10. Subsídios á Preço Transferidos para as Empresas. Subvenções aos Combustíveis .............................................................................. 63
3.3.11. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado ........................................................................................................................................... 64
4. ........ CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................................................................... 66 5. ........ GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................................................. 67
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |3
ÌNDICE DE TABELAS Quadro 1 - Quadro Legal......................................................................................................................................................................................................... 6
Quadro 2 - SIGFE em Números .............................................................................................................................................................................................. 7
Quadro 3 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais ........................................................................................................................................ 10
Quadro 4 - Quadro Macroeconómico .................................................................................................................................................................................... 14
Quadro 5 – Principais Produtos Importados .......................................................................................................................................................................... 15
Quadro 6 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2015 ............................................................................................................................................................. 18
Quadro 7 – Garantias Emitidas .............................................................................................................................................................................................. 22
Quadro 8 - Desempenho do sector da Educação .................................................................................................................................................................... 24
Quadro 9 - Desempenho do sector do Ensino Superior ......................................................................................................................................................... 25
Quadro 10 - Desempenho do sector da Saúde ....................................................................................................................................................................... 25
Quadro 11 - Desempenho do sector da Assistência Social .................................................................................................................................................... 26
Quadro 12 - Desempenho do sector Petrolífero ..................................................................................................................................................................... 26
Quadro 13 - Desempenho do sector da Construção ............................................................................................................................................................... 27
Quadro 14 - Desempenho do sector da Indústria ................................................................................................................................................................... 27
Quadro 15 - Desempenho do sector dos Transportes ............................................................................................................................................................. 28
Quadro 16 - Desempenho do sector da Energia e Águas ....................................................................................................................................................... 28
Quadro 17 - Desempenho do sector do Ambiente ................................................................................................................................................................. 29
Quadro 18 - Desempenho do sector da Agricultura ............................................................................................................................................................... 29
Quadro 19 - Desempenho do sector das Pescas ..................................................................................................................................................................... 30
Quadro 20 - Desempenho do sector da Cultura ..................................................................................................................................................................... 30
Quadro 21 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação ............................................................................................................................................ 31
Quadro 22 - Desempenho do sector das Telecomunicações .................................................................................................................................................. 31
Quadro 23 - Desempenho do sector do Comércio ................................................................................................................................................................. 32
Quadro 24 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia................................................................................................................................................ 32
Quadro 25 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos ............................................................................................................................................. 33
Quadro 26 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ........................................................................................................... 33
Quadro 27 - Desempenho do sector da Comunicação Social................................................................................................................................................. 33
Quadro 28 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos ...................................................................................................................................... 34
Quadro 29 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social .............................................................................................................. 34
Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Território.......................................................................................................................................... 35
Quadro 31 - Desempenho do sector da Geologia e Minas ..................................................................................................................................................... 35
Quadro 32 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo ................................................................................................................................................. 35
Quadro 33 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher ................................................................................................................................ 36
Quadro 34 - Número de efectivos da Função Pública ............................................................................................................................................................ 36
Quadro 35 – Mutações/Créditos Orçamentais em 2015......................................................................................................................................................... 37
Quadro 36 - Balanço Orçamental .......................................................................................................................................................................................... 38
Quadro 37 - Resultado Orçamental ....................................................................................................................................................................................... 38
Quadro 38 - Receitas Arrecadadas ........................................................................................................................................................................................ 39
Quadro 39 – Despesa Realizada ............................................................................................................................................................................................ 41
Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função .................................................................................................................................................................. 43
Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento ............................................................................................................................. 44
Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimentos Públicos ........................................................................................................................ 45
Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro ........................................................................................................................................................................ 48
Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro ........................................................................................................................................................ 48
Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas .................................................................................................................................... 49
Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas ........................................................................................................................................... 50
Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação .................................................................................................................................................. 50
Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial ....................................................................................................................................................................... 51
Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas ............................................................................................................................................................................ 51
Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva ............................................................................................................................................................................. 52
Quadro 51 – Doações Recebidas ........................................................................................................................................................................................... 53
Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social .......................................................................................................................................... 53
Quadro 53 – Fundos de Investimento - FSDEA .................................................................................................................................................................... 55
Quadro 54 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas ..................................................................................................................................... 57
Quadro 55 – Inventário Geral de Bens Públicos .................................................................................................................................................................... 58
Quadro 56 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante ....................................................................................................................................................................... 58
Quadro 57 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial .......................................................................................................................................... 59
Quadro 58 – Posição Patrimonial do Banco Central .............................................................................................................................................................. 59
Quadro 59 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP ....................................................................................................................................................... 61
Quadro 60 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP ..................................................................................................... 62
Quadro 61 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas .............................................................................................................................................. 62
Quadro 62 – Participações Directas do Estado no País .......................................................................................................................................................... 62
Quadro 63 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro .............................................................................................................................................. 62
Quadro 64 – Subvenções Operacionais para as Empresas ..................................................................................................................................................... 63
Quadro 65 – Subvenções aos Combustíveis .......................................................................................................................................................................... 63
Quadro 66 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas .............................................................................................................................. 65
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |4
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2015 ................................................................................................................................................... 7
Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2015 ............................................................................................................................................................ 9
Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolana e do Brent ....................................................................................................................................... 10
Ilustração 4 - Exportações Mundiais ..................................................................................................................................................................................... 11
Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais ............................................................................................................................................ 12
Ilustração 6 - Evolução do PIB Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero ............................................................................................ 13
Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio ..................................................................................................................... 13
Ilustração 8 – Principais Países de Procedência das Importações .......................................................................................................................................... 16
Ilustração 9 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro ................................................................................................................................................ 19
Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 20
Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 21
Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 21
Ilustração 13 - Estrutura da Receita Arrecadada .................................................................................................................................................................... 40
Ilustração 14 - Estrutura da Despesa Realizada ..................................................................................................................................................................... 42
Ilustração 15 – Estrutura da Despesa por Função .................................................................................................................................................................. 43
Ilustração 16 – Estrutura da Despesa Função – PIP ............................................................................................................................................................... 45
Ilustração 17 - Receita arrecadada por província ................................................................................................................................................................... 46
Ilustração 18 - Despesa executada por província ................................................................................................................................................................... 47
Ilustração 19 – Isenções Fiscais 2015 .................................................................................................................................................................................... 64
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |5
1. INTRODUÇÃO
1.1. Apresentação
01. A elaboração da presente Conta Geral do Estado (CGE) obedece às disposições da Lei n.º 15/10, de 14
de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE), combinado com o Decreto Executivo nº 28/11, de
24 de Abril – e demais normas complementares.
02. A CGE reveste-se de grande importância como acto de demonstração da aplicação dos recursos públicos
disponibilizados e evidenciar os resultados obtidos, em conformidade com a legislação e normas
aplicáveis.
03. O Ministério das Finanças, através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, sustentou o seu
trabalho nos dados constantes do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), que se
constitui na base para a elaboração da CGE e no relatório de gestão dos órgãos do sistema contabilístico
do Estado, dos Fundos Autónomos e do Instituto Nacional de Segurança Social.
04. O SIGFE apesar de ser executado desde Janeiro de 2004, numa plataforma informática de última
geração, permitiu a implementação do Sistema Contabilístico do Estado e a introdução da contabilidade
patrimonial, com base no método das partidas dobradas. Desta forma, foi possível obter, de forma
consistente, os relatórios da execução orçamental, financeira e patrimonial, bem como as demonstrações
financeiras exigidas na Lei do OGE, embora de maneira não abrangente, por ficarem excluídas as
situações patrimoniais passadas e cuja incorporação requer o seu inventário.
05. Hoje executam o orçamento directamente no SIGFE os Órgãos da Administração Central e Local do
Estado e as instituições com autonomia administrativa e financeira que recebem transferência do Estado.
1.2. Definição
06. A CGE é o conjunto de demonstrações financeiras, documentos de natureza contabilística, orçamental e
financeira, relatórios de desempenho da gestão, relatórios e pareceres de auditoria correspondentes aos
actos de gestão orçamental, financeira, patrimonial e operacional e a guarda de bens e valores públicos,
devendo ser apresentada aos órgãos de controlo externo, a cada exercício financeiro, nos prazos e
condições previstos nas normas e legislação pertinentes. A CGE compreende as contas de todos os
Órgãos da Administração Central e Local do Estado e dos Serviços, Institutos Públicos e Fundos
Autónomos, bem como da Segurança Social e dos Órgãos de Soberania.
07. A CGE é elaborada pelo Ministério das Finanças através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública,
enquanto Órgão Central do Sistema Contabilístico do Estado (SCE) com o suporte dos órgãos que
integram o referido sistema.
08. A Conta Geral do Estado de 2015, foi elaborada de acordo as recomendações do Tribunal de Contas,
referente aos Exercícios de 2011, 2012, 2013 e 2014, de acordo Projecto do Relatório e Parecer sobre a
Conta Geral do Estado 2014, enviado através do ofício 015/GPTC/16, de 1 de Março. Com isso, as
recomendações foram respondidas em conformidade, sendo algumas, resultado de diferenças de
conceitos, e apreciação técnica. Ainda assim, a melhoria na elaboração da CGE é um processo contínuo,
sendo, encontra-se em fase de melhoria: (i) procedimento de reconciliação bancária, (ii) apuramento dos
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |6
projectos estruturantes finalizados e incorporação nas contas do Activo definitivas; (iii) controlo da
execução da Receita e Despesa das UO´s no Exterior (Missões Diplomáticas); e (iv) o nível de registo
no SIGFE dos Institutos, Serviços e Fundos Autónomos.
1.3. Quadro Legal
09. Os diplomas legais que dão suporte à elaboração e apresentação da CGE, são os que constam na tabela
seguinte:
N/O DIPLOMA LEGAL DESCRIÇÃO DISPOSIÇÃO
1 Lei n.º 13/10, de 09 de Julho Aprova a Lei Orgânica e do Processo do
Tribunal de Contas
Artigo 6.º, alínea a), conjugado com o Artigo
7º
2 Lei n.º 13/12 de 18 de Abril Aprova o Regimento da Assembleia Nacional Artigos 244.º a 247.º
3 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho Lei do OGE
Artigo 58.º combinado com os nºs 2, 3 e 6 do
Artigo 63.º, bem como a alínea a) do Artigo
64.º
4 Lei n.º 23/14, de 31 de Dezembro Aprova o Orçamento Geral do Estado para o
ano 2015
5 Lei n.º 3/15, de 9 de Abril Lei que Aprova a Revisão do OGE 2015
6 Decreto Presidencial n.º 299/14 de 04
de Novembro
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das
Finanças Artigo 18.º , alínea p)
7 Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto
Estabelece as normas e procedimentos a
observar pelo Ministério das Finanças na
fiscalização orçamental, financeira,
patrimonial e operacional da Administração
do Estado e dos órgãos que dele dependem
(Decreto dos Ordenadores da Despesa)
Artigo 9.º
8 Decreto n.º 36/9, 12 de Agosto Aprova o Regulamento do Sistema
Contabilístico do Estado
9 Decreto Executivo n.º 28/11, de 24 de
Fevereiro
Aprova as instruções para elaboração da
Conta Geral do Estado
Quadro 1 - Quadro Legal
2. EVOLUÇÃO DA CGE DE 2011 A 2015
10. O presente capítulo, pretende fazer uma breve abordagem da evolução qualitativa, em termos da
apresentação quantitativa dos dados consolidados extraídos dos relatórios da execução orçamental,
financeira e patrimonial, bem como as demonstrações financeiras exigidas na Lei do Orçamento Geral
do Estado. Com isso, notamos que existe um crescimento em termos de utilização do SIGFE, como
veículo de gestão orçamental, financeira e patrimonial do Estado, o que também reflecte o esforço em
trazer de forma clara e transparente todas operações ligadas à execução do OGE de acordo com os
programas emanados pelo Executivo Angolano. Esta evolução, permitiu assim a melhoria sucessiva da
Conta Geral do Estado desde o Exercício de 2011 onde desde então foram incorporados:
Dados de Utilização do SIGFE, como plataforma de gestão do Estado, em sede do processo
constate de Transparência na Execução do OGE;
Informação sobre o desempenho do Comercio/Sector Externo, a nível das Importações e
Exportações, evidenciando o saldo da Conta Corrente e de Capital;
O desempenho do Programa Anual de Endividamento, detalhando o comportamento das
Emissões de Papeis (Obrigações e Títulos do Tesouro), a apresentação das Garantias Emitidas
para financiamento de Projectos agrícolas, e os desembolsos em Linhas de Crédito, o que
garantiu também a apresentação do Rácio de Sustentabilidade;
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |7
O balanço da implementação das acções e actividades dos diversos sectores, na magnitude de
Politicas Nacionais de Desenvolvimento, sendo no sector social, económico, defesa e segurança,
bem como serviços gerais;
As transações com a Sonangol EP e companhias petrolíferas, a título da Receita Declarada, no
processo de pagamento de Impostos, que reflecte directamente na Receita Arrecadada, em função
do Cost Oil/Recuperação de Custos;
A evolução do Fundo de Reservas, recursos domiciliados no Banco Central de Angola,
caracterizados como REPIB – Receita Estratégica para Infraestrutura de Base, e o Diferencial do
Preço do Petróleo;
Os Fundos da Administração Directa e Indirecta, com significância a nível de transações em
fluxos reais e capacidade de contribuição na Economia;
O resultado do processo de Inventariação Geral dos Bens Públicos, a nível Central, Local e no
Sector Empresarial; e
A posição patrimonial do Banco Central de Angola, e das Empresas do Sector Empresarial
Público, plano de privatizações, participações do Estado nas Empresas, o Subsídios Operacionais
e Subvenções aos Combustíveis, bem como as Despesas Fiscais (Beneficio Fiscais).
11. Pode ser observado no quadro 2, o crescimento dos utilizadores, de Unidades Orçamentais, Órgãos
dependentes do SIGFE de 2011 a 2015.
N/O COMPONENTES 2011 2012 2013 2014 2015 Crescim.%
2011-2015
1 Unidades Orçamentais 522 531 547 595 609 17%
2 Órgãos Dependentes 1.544 1.616 1.786 2.116 2.115 37%
3 Utilizadores 3.789 5.789 8.760 11.266 15.326 304%
4 Documentos 5.967.456 8.934.573 12.694.398 19.791.799 23.362.336 291%
5 Registos Contabilísticos 59.345.672 76.234.567 106.709.364 153.789.491 148.237.812 150%
Fonte: MINFIN
Quadro 2 - SIGFE em Números
12. Podemos observar na ilustração 1 que os utilizadores, os documentos gerados e os registos
contabilísticos do SIGFE de 2011 à 2015 aumentaram 304%, 291% e 150% respectivamente.
Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2015
17%
37%
304%291%
150%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
350%
Unidades
Orçamentais
Órgãos
Dependentes
Utilizadores Documentos Registos
Contabilísticos
2%
0%
36%
18%
-4%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Unidades
Orçamentais
Órgãos
Dependentes
Utilizadores Documentos Registos
Contabilísticos
Evolução SIGFE 2011-2015 Evolução SIGFE 2014-2015
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |8
3. CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL
3.1. Contexto Internacional
13. Em 2015, a económica mundial observou um desempenho moderado, ao registar um crescimento de
3,1%. O abrandamento da economia mundial foi fortemente influenciado pelo crescimento menor dos
mercados emergentes e em desenvolvimento, enquanto responsável por mais de 70 por cento do
crescimento, viram o seu crescimento reduzir de 4,6% em 2014 para 3,9% no ano de 2015. Quanto as
economias avançadas, observou-se uma ligeira recuperação, ao passarem de 1,8% em 2014 para 1,9%
em 2015.
14. O desempenho das economias emergentes e em vias de desenvolvimento, foi em grande medida,
resultado do contínuo abrandamento gradual e o reequilíbrio da actividade económica na China que
reduziu o investimento e de produção de manufacturas para priorizar o consumo e serviços, por outra,
observou-se a manutenção do impacto dos preços mais baixos para a energia e outras commodities, sobre
o desempenho da economia.
15. Os preços do petróleo em 2015 continuaram a observar o curso decrescente registado na segunda metade
do ano de 2014, reflectindo as expectativas de crescimento sustentado da produção nos países membro
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a continuação da produção petrolífera de
Xisto nos EUA. Os preços de outras commodities, especialmente metais, caíram também.
16. Quanto as economias avançadas, a flexibilização da política monetária na zona euro e no Japão decorreu
de forma ampla como o previsto, enquanto em Dezembro de 2015 a Reserva Federal dos EUA elevou a
taxa dos fundos federais a partir do limite inferior zero. No geral, o aumento gradual das taxas de juro
nos Estados Unidos, as preocupações sobre as perspectivas de crescimento de mercados emergentes,
contribuíra para a criação de condições financeiras externas mais apertadas, diminuição dos fluxos de
capital, e depreciações cambiais em muitas economias de mercados emergentes.
3.1.1. Economia Real
17. As projecções do FMI (WEO Outubro de 2015) apontavam para uma taxa de crescimento da economia
global de 3,1%, como consequência das estimativas de crescimento de 4,0% para as economias
emergentes e em desenvolvimento, enquanto as economias avançadas apontavam para um crescimento
de 2,0%.
18. As estimativas mais recentes do FMI (WEO de Abril 2016) para 2015, espelham a manutenção dos
níveis de crescimento efectivo de 3,1% para a economia global, publicadas nas projecções do WEO de
Outubro de 2015, no entanto, registou-se a revisão em baixo das estimativas de crescimento das
economias emergentes e em via de desenvolvimento, ao se fixarem em 3,9% e as economias avançadas
em 1,9%.
19. A manutenção da desaceleração do crescimento da economia mundial em 2015, deveu-se à frágil
recuperação da economia dos EUA e dos países da União Europeia, agravada pela manutenção da crise
fiscal instalada na Grécia e Espanha, das tenções geopolíticas na Ucrânia e nos países do Médio Oriente,
bem como da crise económica instalada na Rússia e no Brasil contribuíram para o aumento do clima de
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |9
incertezas relativamente aos mercados. Esse cenário pode ser mensurado com os dados mais recentes
divulgados pelas principais instituições multilaterais, em especial, o Fundo Monetário Internacional.
Fonte: FMI
Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2015
20. Nos mercados emergentes e em vias de desenvolvimento, o crescimento desacelerou ligeiramente,
passando de 4,0% em 2014 para 3,9% no ano de 2015. O comportamento das economias emergentes e
em vias de desenvolvimento, foi marcado, sobretudo, pelo crescimento negativo observado da economia
brasileira e da russa, do menor crescimento da economia sul-africana que apresentaram políticas
domésticas fracas, condições financeiras desfavoráveis e restrições a nível da oferta e dos investimentos.
Por outro lado, enquanto o abrandamento da economia Chinesa continua, por conta da restruturação que
tem sofrido, a India tem observado níveis de crescimento favoráveis.
21. Relativamente à actividade petrolífera mundial, o ano de 2015 foi marcado pela manutenção do curso
decrescente do preço do petróleo nos mercados internacionais, com início na segunda metade do ano de
2014 e resultante da fraca procura essencialmente por parte das economias emergentes e em vias de
desenvolvimento, pelo aumento da produção do petróleo de Xisto nos EUA e as incertezas relativamente
as reacções da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) quanto a redução ou não das
quotas de produção.
22. Com o aumento da oferta do crude, em consequência do aumento da produção do petróleo bruto, o preço
do petróleo bruto no mercado internacional manteve o ritmo de queda, conforme é possível verificar na
ilustração 3.
3,1
3,1
3
1,6
1,04
2,7
-3,8
6,7
6
7,5
-1,02
2,0
4,7
5
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Mundo EUA Zona Euro Japão Reino
Unido
Rússia China Índia Brazil Africa do
Sul
Nigeria
ECONOMIAS AVANÇADAS MERCADOS EMERGENTES E EM VIAS DE
DESENVOLVIMENTO
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |10
Fonte: MINFIN
Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolana e do Brent
23. A redução do preço do petróleo teve impacto negativamente sobre alguns países produtores e
profundamente dependentes das receitas das exportações petrolífera, como a Rússia, Venezuela, Irão, e
Angola que viram a sua posição fiscal agravada. Embora a Arábia Saudita e diversos países do Golfo
também sejam grandes exportadores de petróleo, o baixo custo de extracção do petróleo permitiu-lhes
manter as operações com margens de lucro considerável. No Entanto, impacto sobre o crescimento dos
países exportadores dos derivados do petróleo, o impacto foi positivo, sobretudo no resultado das
empresas e no consumo das famílias.
Indicadores Macroeconómicos Internacionais
Fonte: FMI
Quadro 3 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais
3.1.2. Comércio Internacional
24. Em 2015, a actividade de comércio a nível mundial, registou uma considerável queda, justificado pela
queda do volume das exportações de bens e serviços de 3,4% em 2014 para 2,8% em 2015. O volume
de exportações de bens e serviços nas economias avançadas reduziu de 3,5% em 2014 para 3,3 em 2015,
com maior destaque para os Estados Unidos que viram as suas exportações a caírem de 3,4% em 2014
para 1,1% em 2015. Quanto as importações também, observou-se uma redução a nível mundial, ao
N/O Descrição Taxa de crescimento do PIB (%)
Inflação (%)
Saldo da Conta
Corrente (%PIB))
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
1 MUNDO 3.3 3.4 3.1 3.3 2.9 2.9 - - -
2 Economias Avançadas 1.2 1.8 1.9 1.3 0.7 0.6 0.5 0.5 0.7
3 EUA 1.5 2.4 2.4 1.5 1.6 0.1 -2.3 -2.3 -2.7
4 Zona Euro -0.3 0.9 1.6 0.8 -0.2 0.2 1.9 2.4 2.9
5 Japão 1.4 -0.03 0.5 1.5 2.5 0.3 0.8 0.5 3.3
6 Reino Unido 2.2 2.9 2.2 2.6 1.5 0.1 -4.5 -5.1 -4.3
7 Economias Emergentes 4.9 4.6 3.9
5.0 4.7 4.7 0.6 0.5 -0.2
8 Rússia 1.3 0.7 -3.7 6.8 7.8 15.5 1.5 2.9 4.9
9 China 7.7 7.3 6.9 2.6 1.9 1.4 1.6 2.1 2.6
10 Índia 6.6 7.2 7.5 9.4 5.9 4.9 -1.7 -1.3 1.2
11 Brasil 3.0 0.1 -3.8 6.2 6.3 9.0 -3.0 -4.3 -3.3
12 África do Sul 2.2 1.5 1.3 5.7 6.1 4.5 -5.7 -5.4 -4.4
13 Nigéria 5.4 6.3 2.6 8.5 8.0 9.0 3.8 0.2 -2.4
“Começa a Queda
do Preço”
108,8 108,1 112,0103,4
98,688,0
63,0
50,9 57,065,8
56,548,4
49,5
39,2
107,1 106,2 110,098,2
93,2
84,5
58,9 50,2 51,1
61,953,9
45,7 46,5
35,9
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Janei
ro
Fev
erei
ro
Mar
ço
Abri
l
Mai
o
Jun
ho
Julh
o
Ago
sto
Set
embro
Outu
bro
Nov
emb
ro
Dez
embro
Janei
ro
Fev
erei
ro
Mar
ço
Abri
l
Mai
o
Jun
ho
Julh
o
Ago
sto
Set
embro
Outu
bro
Nov
emb
ro
Dez
embro
2014 2015
Brent Ramas Angolanas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |11
passar de 3,6% em 2014 para 2,9% em 2015, justificada pelo decréscimo acentuado do nível das
importações nas economias emergentes e em vias de desenvolvimento que passaram de 3,7% em 2014
para 0,5% em 2015.
25. Vários factores contribuíram para o enfraquecimento do comércio e da produção em 2015, a queda do
preço das commodities, a queda das importações na América Latina, o abrandamento das exportações
nos mercados asiáticos e incluindo o impacto persistente da recessão na Zona Euro.
Fonte: Organização Mundial do Comércio (OMC)
Ilustração 4 - Exportações Mundiais
26. No geral, o fraco desempenho do comércio mundial deveu-se a redução da actividade comercial
registada em mercados emergentes e em desenvolvimento, o que gerou a manutenção do desequilíbrio
das contas correntes a nível mundial.
3.1.3. Inflação
27. No que toca à inflação mundial em 2015, a baixa dos preços das commodities tais como o petróleo bruto
e os seus derivados, assim como os alimentos, contribuíram para a recente diminuição da variação do
índice de preços, posicionando-se em 4,6% para as economias emergentes de acordo com dados do FMI.
Nas economias avançadas, a inflação esteve abaixo das expectativas de inflação de longo prazo (1%),
fixando-se em 0,6%.
28. Comparativamente a 2014, a inflação na Zona Euro sofreu um ligeiro aumento passando de -0,17% para
os 0,2% em 2015, enquanto as economias emergentes e em desenvolvimento observaram a manutenção
da taxa de inflação a 4,7% de 2014 a 2015. Nas economias da África Sub-Sahariana, a taxa de inflação
registou uma subida considerável, justificada pela redução dos investimentos em infra-estruturas e a sua
consequência sobre oferta agregada
3,2
69 3
,60
1
2,9
1
3,5
05
3,3
77
2,7
51
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
2013 2014 2015
%
Volume das Importações de
Bens e Serviços
Volume das Exportações de
Bens e Serviços
Potencial (Volume das
Importações de Bens e
Serviços)
Potencial (Volume das
Exportações de Bens e
Serviços)
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |12
Fonte: FMI
Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais
29. Nos quatro anos que antecederam 2015, Angola conheceu uma fase de estabilidade macroeconómica.
De acordo com o FMI, as taxas de referência de depósitos (London InterBank Offered Rate – LIBOR),
de seis meses, em dólares norte-americano fixaram-se em 0,48% em 2015. Adicionalmente, de acordo
com a BBA (British Banker´s Association), as taxas de juro apresentaram um comportamento estável,
sendo que na Zona Euro e no Japão as taxas fixaram-se próximas de zero (0,1% em média).
3.2. Contexto Económico Nacional
30. No ano de 2015, a economia nacional foi marcada pela desaceleração do seu crescimento em cerca de
1,8%, em comparação ao crescimento de 4,8% do PIB global registada em 2014. Este desempenho
menos favorável é consequência da desaceleração de cerca de 6,7% no sector não petrolífero, ao passar
de um crescimento de 8,2%, em 2014, para cerca de 1,5%, em 2015. A desaceleração do sector não
petrolífero resultou do abrandamento generalizado dos níveis de produção, com destaque para a redução
da produção agrícola, da indústria transformadora e da energia, que cresceram 11%, 10,2% e 14,8%,
respectivamente, quando tinham crescido em 11,9%, 8,1% e 17,3%, em 2014.
31. Relativamente ao sector petrolífero, o desempenho foi positivo, ao registar um crescimento de cerca de
6,5%, contra os (-2,6) % de 2014. Os níveis de produção física do petróleo bruto registaram uma variação
positiva, em consequência da expansão da actividade petrolífera dos Blocos 31 operado pela BP, dos
Blocos 17 e 15 (juntos representaram cerca de 57% do total das exportações petrolíferas de Angola em
2015) e do Bloco 18 que suportaram os níveis de produção de 1,8 milhões de barris em 2015.
32. De acordo com dados disponíveis, no decorrer de 2015 os sectores que mais contribuíram na formação
do PIB-Não Petrolífero foram os das pescas e seus derivados e da construção, com taxas de 8,1%, 3,5%,
respectivamente. Os restantes sectores representam em média 1,1% do PIB.
3,32,9 2,8
1,3
0,7
0,6
5,04,6 4,6
6,1 6
,3
8,1
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
2013 2014 2015
Mundo Economias Avançadas Mercados Emergentes Sub-Saharan Africa
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |13
Fonte: MPDT
Ilustração 6 - Evolução do PIB
Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero
33. Nos quatro anos que antecederam o ano de 2015, Angola conheceu uma fase de estabilidade
macroeconómica, com a taxa de crescimento médio a rondar em torno dos 5,2% do PIB, inflação
reduzida e em ritmo decrescente e estabilidade cambial, interrompida pela queda acentuada do preço do
petróleo no princípio do segundo semestre de 2014 e o consequente alastramento ao longo de 2015,
impactando negativamente sobre a Produção nacional, via exportações petrolíferas e taxa de câmbio e
negativamente o desempenho do sector não petrolífero, a principal fonte de receitas do OGE.
Fonte: MPDT/BNA
Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio
34. De acordo com o Relatório de Fundamentação do OGE 2015, assente nas metas económico-sociais do
PND 2013-2017, o OGE Revisto 2015 foi elaborado com a previsão de um crescimento real do Produto
Interno Bruto (PIBpm) de 6,6%, um aumento de 1,8% em relação a 2014 (4,8%). No entanto, dados
preliminares de fecho do exercício económico apontam um crescimento menor para 2015 de 3,0%. De
um modo geral, o quadro macroeconómico que sustentou o OGE Revisto 2015 resume-se na tabela
seguinte:
Indicadores Macroeconómicos Nacionais
-- PIB global
4,8 3,0
-2,6
6,5
PIB - Sector não
petrolífero 8,2
1,5
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
2011 2012 2013 2014 2015
%
PIB - Sector
petrolifero
Agricultura
0,8%
Pescas e
derivados
8,1%
Diamantes e
outros
2,2%
Indústria
transformadora
-2,1%
Construção
3,5%
Energia
2,5%
Serviços
mercantis
2,2%
Outros
5%
60
5,9 6
33
,6
62
6,3
61
0,2
64
9,5
110,1 111,6 107,796,9
50
94 95,496,6 98,3
120,1
0
20
40
60
80
100
120
140
580
590
600
610
620
630
640
650
660
2011 2012 2013 2014 2015
Mil
hões
de
Bb
ls
Prod. Petróleo Bruto (milhões BBL)Preço Médio do Petróleo Bruto (US$/BBL)Taxa de Câmbio
104,5 106,3108,3 109,3 110,3
122,2125,8 125,8
135,3 135,3 135,3 135,3
72,40
50,59 51,12 50,7059,51 59,96 59,93
48,48 47,97 48,16 43,5042,00
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
OIl
Pri
ce U
$D
/T
axa d
e C
am
bio
U$D
/Ak
z
Taxa de Cambio Oil Price
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |14
Fonte: MPDT/BNA
Quadro 4 - Quadro Macroeconómico
3.2.1. Sector Real
35. De acordo com dados mais recentes de fecho do ano 2015, o sector não petrolífero registou um
crescimento de 1,5%, enquanto o petrolífero terá assinalado um crescimento de 6,5%. Nesta perspectiva,
estima-se que o PIB nominal tenha atingido KZ 12.320,8 mil milhões.
36. No período em análise o desempenho do sector não petrolífero foi determinado, pelo crescimento de
cerca de 8,1% da actividade pesqueira e seus derivados, da construção que registou um crescimento de
3,5% e da produção energética com cerca de 2,5%. O sector da Agricultura foi a que menos cresceu, ao
registar a taxa de 0,8%, enquanto a indústria transformadora cresceu a taxas negativa (-2,1).
37. O desempenho do sector petrolífero foi fortemente influenciado pelo aumento da produção física do
petróleo que passou de 610,2 milhões Bbls em 2014, para 649,2 milhões Bbls em 2015, não obstante o
declínio do preço do petróleo no mercado internacional ao longo período em análise, até se fixar à volta
dos US$ 39,2 em Dezembro. Neste período o PIB nominal petrolífero reduziu cerca de 33,0%, passando
de KZ 4.304,3 mil milhões em 2014, para KZ 2.884,4 mil milhões em 2015.
3.2.2. Sector Externo
38. A informação da Balança de Pagamentos reflecte o conjunto de transacções reais e financeiras realizadas
por Angola com o resto do mundo durante o ano de 2015.
39. A redução do preço médio do petróleo bruto e a consequente queda das receitas de exportação das ramas
angolanas reflectiu-se negativamente na posição externa da economia angolana. Assim, não obstante a
evolução positiva da Conta Financeira, o saldo global da Balança de Pagamentos revelou-se deficitário
em 2015, na ordem dos USD 3.069,2 milhões (contra os USD 4.417,2 milhões do período homólogo),
impulsionado essencialmente, pelo fraco desempenho da Conta Corrente.
40. A Conta Corrente apresentou um saldo deficitário de USD 8.748,11 Milhões, registando um
agravamento de 135,01% em relação a 2014, cujo saldo também foi deficitário na ordem dos USD
3.722,4 Milhões. Desta forma, o défice da Conta Corrente correspondeu a 8,38% do PIB, contra um
défice equivalente de 2,86% verificado em 2014.
N/O Indicadores de Base 2013 2014 2015
1 Inflação acumulada anual (%) 7,7 7,5 14,3
2 Produção de petróleo (milhões/Bbls) 626,3 610,2 649,5
3 Taxa de câmbio 96,6 98,3 120,1
4 Preço médio do petróleo (USD/Bbls) 107,7 96,9 50
5 Taxa de crescimento real do PIB (%) 6,8 4,8 3,0
6 Sector petrolífero (%) -0,9 -2,9 6,5
7 Sector não-petrolífero (%) 10,9 8,2 1,5
8 Saldo primário Não Petrolífero (% do PIB Não petrolífero)
-44,6 -16,9 -48,3
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |15
41. A Conta de Bens apresentou uma redução de 57,01% do seu saldo superavitário, tendo passado para os
USD 13.148,7 Milhões em 2015, contra os USD 30.583,1 Milhões em 2014, continuando assim a
desempenhar um papel importante nas contas externas de Angola, ainda que substancialmente inferior
ao ano precedente. Este comportamento é explicado, essencialmente, pela queda das receitas de
exportação em 43,9%, tendo as despesas de importação reduzido em 29,9%.
42. A evolução negativa das exportações em 2015 deveu-se sobretudo à redução das exportações de petróleo
(que representam 94,7% do total das exportações), associado exclusivamente à queda do preço médio
do petróleo bruto em cerca de 48%, já que o volume de exportações de petróleo aumentou em 6,9%. O
preço médio de petróleo das ramas angolanas caiu, passando de USD 96 por barril em 2014 para USD
50 em 2015, ao passo que o volume de exportações de petróleo aumentou, passando de 586,9 Milhões
de barris para 627,3 Milhões de barris, respectivamente. Por sua vez, as exportações de Diamantes e de
outros bens, que representam 3,2% e 2,1% do total das exportações, reduziram em 20,8% e 51,9% face
ao ano anterior, respectivamente.
43. As importações de bens registaram uma redução em termos absolutos de USD 8.535,2 Milhões,
correspondendo a uma queda de cerca de 29,9%, devido sobretudo ao decréscimo nas importações de
“Outros Bens” (-26,4%) representando 41,7% do total das importações, seguida das importações de
“Reactores nucleares, Caldeiras, Máquinas e Aparelhos e instrumentos mecânicos” (em -3,6%),
“Combustíveis, óleos e cereais minerais” (em -40,1%), “Obras de ferro fundido, ferro ou aço” (em -
20,1%) e “Máquinas, Aparelhos e Materiais eléctricos (em -36,1%). As importações de Alimentos e
Combustíveis, que representam 14,7% e 14,0% do total das importações de bens, por sua vez, registaram
reduções em termos absolutos de USD 1.069,73 Milhões e USD 1.959,49 Milhões, correspondendo a
quedas de cerca de 26,6% e 41,1%, face ao ano anterior, respectivamente.
Principais Produtos Importados
N/O DESCRIÇÃO 2014 2015 Var.%
Homóloga
1 Comb. Minerais/Óleos/Prod.da sua Destilação/ Cer.Minerais 2 552 1 529 -40% 2 React. Nucleares/Caldeiras/Máq./ Apar. E Instr. Mecânicos/ Partes 4 175 4 023 -4%
3 Veíc. Automóveis/Tractores /Out.Terrestres/Partes/Acessóres 3 410 1 074 -69%
4 Máq./Aparelhos/Mat.Eléct./ Partes, Apar.gravação/Repro Som/MA 2 239 1 432 -33% 5 Embarcações de Estrutura Flutuantes 58 162 77%
6 Obras de Ferro Fundido, Ferro e Aço 1 860 1 487 -20%
7 Carnes e Miudezas, Comestíveis 912 612 -33% 8 Obras de Ferro Fundido, Ferro e Aço 760 565 -26%
9 Bebidas, Lìquidos Alcoólicos e Vinagres 639 374 -41%
10 Plástico e suas Obras 593 451 -24%
11 Outros 11 388 8 344 27%
12 Total 28 587 20 052 -30%
Fonte: BNA
Quadro 5 – Principais Produtos Importados
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |16
Fonte: BNA
Ilustração 8 – Principais Países de Procedência das Importações
44. A Conta de Capital e Financeira apresentou um saldo excedentário de USD 5.678,9 Milhões,
correspondendo a 5,4% do PIB, contra um saldo deficitário em 2014 de USD 961,2 Milhões (-0,7% do
PIB), determinada fundamentalmente, pela conta financeira, já que a conta de capital tem apresentado
valores nulos desde 2013.
45. A evolução favorável da Conta Financeira deveu-se ao comportamento positivo registado no
investimento directo líquido e nos Outros Capitais (líquidos).
46. O investimento directo líquido apresentou um saldo positivo de USD 6.788,5 Milhões contra um défice
no ano anterior de USD 2.331,4 Milhões, devido essencialmente, à redução das saídas de investimento
directo para o estrangeiro em menos USD 10.472,2 Milhões face ao ano anterior (-55,5%). De realçar
que, este fluxo, de natureza essencialmente privada não financeira, relaciona-se com a execução de
projectos ligados maioritariamente ao sector petrolífero. As entradas de investimento directo estrangeiro
(IDE) alcançaram o valor total de USD 15.186,9 Milhões representado, contudo, uma redução de 8,2%
relativamente ao ano anterior, que foi de USD 16.543,1 Milhões. Os Outros Capitais (líquidos), por sua
vez, apresentaram um saldo deficitário de USD 5.176,8 Milhões representando, contudo, uma melhoria
de USD 635,3 Milhões (10,9%) relativamente ao ano anterior.
3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas
47. A posição das reservas brutas no final de 2015 foi de USD 24.550 milhões, 21,7% do Produto Interno
Bruto, contra os USD 28.173 milhões, 21,7% do Produto Interno Bruto no exercício de 2014. No entanto,
apesar disso, assiste-se a um aumento do rácio de cobertura das importações de 6,5 meses em 2014 para
os 8,0 meses de importações de bens e serviços em 2015. A redução das RIL em 2015 deveu-se
essencialmente, à redução dos Depósitos em moeda estrangeira do Governo e dos Bancos em 14,4% e
67,3%, situando-se nos USD 9.845 milhões e USD 974 milhões, respectivamente, tendo as Reservas do
BNA aumentado em cerca de 4% face ao ano anterior, fixando-se nos USD 13.883 milhões. Por sua vez,
as Obrigações de curto prazo reduziram em 70% para os USD 154 milhões, tendo tido por conseguinte
um contributo positivo na variação das RIL.
2.8
62
2.6
72
1.8
79
1.5
26
1.3
19
1.3
08
79
5
78
7
76
8
63
8
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
Mil
hõ
es
de U
SD
Exercício 2015
3.4
76
4.1
42
4.1
03
37
5
1.7
24
1.9
43
1.2
53
44
9 1.0
20
1.1
57
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
Mil
hõ
es
de U
SD
Exercício 2014
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |17
Quadro Macro Fiscal para 2015 (Valores em Mil Milhões de Kz)
N.º Descrição
2015
OGE
Revisto
2015
SIGFE
2015
Compromisso*
1 Receitas 2.692,6 2.620,4 3.366,7
1.1 Receitas correntes 2.691,6 2.619,4 3.365,7
1.1.1 Impostos 2.476,0 2.296,9 3.042,0
1.1.1.1 Petrolíferos 1.039,2 1.152,6 1.897,7
Dos quais: Direitos da concessionária 800,1 643,5 1.305,6
1.1.1.2 Não petrolíferos 1.436,8 1.144,3 1.144,3
1.1.1.2.1 Impostos sobre rendimentos, lucros e ganhos de capital 626,0 663,7 663,7
1.1.1.2.2 Impostos sobre folha de salários e força de trabalho 0,0 0,0 0,0
1.1.1.2.3 Impostos sobre propriedades 37,0 30,4 30,4
1.1.1.2.4 Impostos sobre bens e serviços 371,2 176,6 176,6
1.1.1.2.5 Impostos sobre transações e comércio internacional 260,3 130,5 130,5
1.1.1.2.6 Outros impostos 142,2 143,1 143,1
1.1.2 Contribuições sociais 127,5 150,7 150,7
1.1.3 Doações 0,0 0,0 1,2
1.1.4 Outras receitas 88,1 171,8 171,8
1.2 Receitas de capital 1,0 1,0 1,0
2 Despesas 3.499,1 3.473,7 3.773,7
2.1 Despesas correntes 2.862,3 2.887,5 3.037,5
2.1.1 Remuneração dos empregados 1.487,9 1.390,0 1.390,0
2.1.1.1 Vencimentos 1.408,7 1.313,2 1.313,2
2.1.1.2 Contribuições sociais 79,2 76,8 76,8
2.1.2 Bens e serviços 692,2 637,2 787,2
2.1.3 Juros 231,0 248,5 248,5
2.1.3.1 Externos 93,5 105,9 105,9
2.1.3.2 Internos 137,5 142,6 142,6
2.1.4 Transferências 451,2 611,9 611,9
2.1.4.1 Subsídios 154,3 278,5 278,5
Dos quais: Subsídios ao preço 103,5 224,4 224,4
2.1.4.2 Doações 0,0 3,8 3,8
2.1.4.3 Prestações sociais 184,8 283,2 283,2
2.1.4.4 Outras despesas 112,1 46,5 46,5
2.2 Despesas de capital 636,8 586,2 736,2
2.2.1 Aquisição de activos não financeiros 622,1 569,4 719,4
2.2.1.1 Activos fixos 622,1 568,9 718,9
2.2.1.2 Outros activos não financeiros 0,0 0,5 0,5
2.2.2 Outras 14,7 16,7 16,7
Saldo corrente sem doações -170,8 -268,2 327,0
Saldo corrente -170,8 -268,2 328,2
Saldo global sem doações -806,5 -853,3 -408,2
Saldo global (compromisso) -806,5 -853,3 -407,0
3 Restos a pagar e a receber 0,0 484,8 137,7
3.1 Internos 0,0 484,8 137,7
3.1.1 Activos 0,0 0,0 -347,1
3.1.1.1 Dívida fiscal 0,0 0,0 -347,1
3.1.1.1.1 Petrolífera 0,0 0,0 -347,1
3.1.1.1.2 Não Petrolífera 0,0 0,0 0,0
3.1.2 Passivos 0,0 484,8 484,8
3.1.2.1 Remunerações 0,0 0,0 0,0
3.1.2.2 Uso de bens e serviços 0,0 167,5 167,5
3.1.2.3 Juros 0,0 0,0 0,0
3.1.2.4 Transferências 0,0 68,1 68,1
3.1.2.4.1 Subsídios 0,0 50,2 50,2
Dos quais: Subsídios ao preço 0,0 48,3 48,3
3.1.2.4.2 Doações 0,0 0,0 0,0
3.1.2.4.3 Prestações sociais 0,0 12,5 12,5
3.1.2.4.4 Outras despesas 0,0 5,5 5,5
3.1.2.5 Despesas de capital 0,0 249,2 249,2
3.2 Externos 0,0 0,0 0,0
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |18
*Dados da Receita Petrolífera na óptica do compromisso/Receita Declarada
Fonte: MINFIN
Quadro 6 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2015
48. O Quadro Fiscal compreende todos os dispositivos, procedimentos, regras e instituições que sustentam
a condução da política fiscal da administração pública, sendo portanto, sinônimo de governança fiscal.
Nele é assegurada a sustentabilidade das finanças públicas e da divida publica.
49. Recentemente, o impacto fiscal decorrente da actual conjuntura económica aumentou o rácio da dívida,
intensificando assim a necessidade de consolidação fiscal. Nesta senda, para o exercício económico de
2015, um conjunto de medidas de política (fiscal, monetária e cambial) foram consideradas de formas a
fortalecer a governança fiscal.
50. Os resultados apurados apontam que, em termos gerais, para o exercício fiscal de 2015, a receita total
registou o montante de Kz 3.366,7 mil milhões, representando uma redução de cerca de 23,5% face ao
3.2.1 Juros 0,0 0,0 0,0
Saldo global (caixa) -806,5 -368,4 -269,3
4 Financiamento líquido 806,5 368,4 269,3
4.1 Financiamento interno (líquido) 93,7 160,1 28,8
4.1.1 Activos -279,9 -64,2 -579,6
4.1.1.1 Moeda e depósitos 0,0 -31,0 -484,0
4.1.1.1.1 Depósitos (líquido) 0,0 -31,0 -484,0
4.1.1.1.1.1 Bancos 0,0 -31,0 -484,0
4.1.1.4 Acções e outras participações -279,9 -33,2 -95,6
4.1.1.4.1 Aquisição -281,7 -33,6 -96,1
4.1.1.4.2 Venda 1,8 0,4 0,4
4.1.2 Passivos 373,5 224,3 608,4
4.1.2.1 Crédito líquido obtido 463,9 224,3 608,4
4.1.2.1.1 Desembolsos 1.654,1 786,5 1.378,6
4.1.2.1.1.1 Obrigações do Tesouro 1.410,1 786,5 929,5
4.1.2.1.1.2 Bilhetes do Tesouro 0,0 0,0 428,3
4.1.2.1.1.3 Outros 244,0 0,0 20,8
4.1.2.1.2 Amortizações -1.190,2 -562,2 -770,2
4.1.2.1.2.1 Obrigações do Tesouro -791,1 -504,9 -274,2
4.1.2.1.2.2 Bilhetes do Tesouro 0,0 0,0 -357,6
4.1.2.1.2.3 Outros -399,2 -57,3 -138,4
4.1.2.2 Acções e outras participações (só empresas públicas) 0,0 0,0 0,0
4.1.2.3 Reservas técnicas de seguro -90,3 0,0 0,0
4.1.2.4 Derivados financeiros 0,0 0,0 0,0
4.1.2.5 Outras contas a pagar 0,0 0,0 0,0
4.2 Financiamento externo (líquido) 712,9 208,4 240,5
4.2.1 Activos 0,0 0,0 0,0
4.2.2 Passivos 712,9 208,4 240,5
4.2.2.1 Empréstimos líquidos recebidos 712,9 208,4 240,5
4.2.2.1.1 Desembolsos 1.105,5 531,1 578,6
4.2.2.1.1.1 Empréstimos financeiros 0,0 531,1 0,0
4.2.2.1.1.2 Linhas de crédito 0,0 0,0 578,6
4.2.2.1.1.3 Projectos 1.105,5 0,0 0,0
4.2.2.1.2 Amortizações -392,6 -322,7 -338,1
N/O Memorando
1 Inflação ac. (%) 9,0 14,3 14,3
2 Taxa de câmbio média (Kz/US$) 112,5 120,1 120,1
3 Produção de petróleo bruto (milhões de barris) 669,8 649,5 649,5
4 Exportação de petróleo bruto (milhões de barris) 628,3 628,3 5 Preço do petróleo bruto (US$/barril) 40,0 50,0 50,0
6 Produto Interno Bruto (mil milhões de Kz) 11.534,9 12.320,8 12.320,8
7 PIB petrolífero 2.230,5 2.884,4 2.884,4 8 PIB não petrolífero 9.304,4 9.436,4 9.436,4
9 Taxa de Cresc. Produto Real (% chg) 6,6 3,0 4,8
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |19
2014. Relativamente as despesas, totalizou o montante de KZ 3.773,70, cerca de 31,5% abaixo do
executado em 2014. Da combinação receita despesas resultou no saldo fiscal deficitário de KZ 407,0
mil milhões, cerca de 3,3% do PIB.
3.2.4. Endividamento Público em 2015
3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro
51. A Dívida Interna Titulada compreende os Bilhetes do Tesouro (BT), as Obrigações do Tesouro em
Moeda Nacional (OT MN) e as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa (OT ME).
52. As emissões dos Bilhetes do Tesouro realizadas ao longo de 2015 totalizaram cerca de Kz 686 mil
milhões, distribuídos pelas maturidades de 63/91, 182 e 364 dias que corresponderam aos montantes de
Kz 323 mil milhões, kz 94 mil milhões e Kz 269 mil milhões, respectivamente. As Obrigações do
Tesouro MN, pode-se salientar que foi emitido um total de Kz 731 mil milhões, sendo o IIº trimestre
(com 34% do total) o que mais contribuiu para este desempenho. Atribui-se uma boa parte deste
resultado, à redução da procura pelos investidores por títulos mais longos, dada a maior incerteza do
cenário macroeconómico internacional e também doméstico.
53. Referente as emissões de Obrigações Tesouro ME, no mês de Dezembro, após consulta aos bancos
comerciais, procedeu-se, através de uma única operação, a emissão de um montante total de U$D 1,47
mil milhões (Kz 198 mil milhões), com maturidade de 7 anos e uma taxa de cupão de 5% a.a.,
proporcionando assim, para além de uma fonte doméstica de financiamento interno em moeda externa,
um rendimento aliciante para os depósitos em moeda externa nos bancos comerciais.
Ilustração 9 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo
54. Em 2015, ocorreram desembolsos de Contratos de Mútuo na ordem de Kz 21 mil milhões, cuja execução
é explicada essencialmente pelo nível de implementação de projectos abaixo do programado.
55. Entretanto, deve-se notar que os ajustes realizados no sistema financeiro para garantir maior equilíbrio
e minimizar a volatilidade do mercado cambial impulsionou os bancos a reduzir a capacidade de
financiar novas operações e em alguns casos de continuar o financiamento de projectos já iniciados.
216,80
197,34
92,44
178,99
-
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre
Kz
Mil
mil
hões
235,80 246,71
81,62
167,21
-
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre
Kz
Mil
mil
hões
Obrigações do Tesouro
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |20
3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro
56. O levantamento dos dados do serviço da dívida dos Bilhetes de Tesouro executado no período em
referência indica que foram efectuados pagamentos na ordem de Kz 632, mil milhões, cerca de 101,47%
do montante previsto Kz 623 mil milhões. Este ligeiro desvio é explicado pela subida das taxas de
remunerações destes títulos no final do ano.
57. O serviço da dívida das Obrigações do Tesouro cifrou-se em Kz 382 mil milhões, repartido em
Despesas com Capital na ordem dos Kz 274 mil milhões e de Juros de Kz 108 mil milhões. Quanto ao
volume previsto, foi programado um montante de Kz 365 mil milhões, representando um desvio de 4%
relativamente ao programado. Este ligeiro desvio é explicado pela volatilidade da taxa de câmbio que
afectou o serviço das OT indexada e em moeda externa.
Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito
58. No que concerne a análise dos desembolsos para o ano de 2015, registou-se uma execução de Kz 589
mil milhões (U$D 4,37 mil milhões) para os desembolsos efectivos, com destaque para o III Trimestre
do ano em referência, com um montante de Kz 349 mil milhões o que representou cerca de 59,34% dos
desembolsos do período. Quanto a distribuição por linha de crédito pode-se realçar as boas relações
com os parceiros como, República Popular da China, Israel e Japão, que representam do total
desembolsado 18%, 14% e 9%, respectivamente.
142,33
105,38
119,98
79,07
139,40
86,72
77,58 71,08
-
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre
Kz
Mil
mil
hões
Programado Executado
20,31
71,84 62,20
210,62
21,59
76,42 73,58
210,37
-
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre
Kz
Mil
mil
hões
Programado Executado
Obrigações do Tesouro
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |21
Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
59. No âmbito da distribuição dos desembolsos por Unidades Orçamentais, destaca-se o Ministério da
Energia e águas (18%), Ministério do Interior (7%), Ministério da Construção (6%), sendo o IV
Trimestre com maior nível de fluxo em Desembolsos, resultado o investimento em EUROBONDS.
Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
60. Relativamente ao serviço da Dívida Externa, as amortizações executadas até o mês de Dezembro
cifravam-se em, Kz 297 mil milhões, correspondente a cerca de 69% do projectado. Por outro lado, os
Juros pagos Kz 88 mil milhões e as Comissões Kz 10 mil milhões. Assim sendo, o serviço da Dívida
Externa executada no de 2015 foi de cerca de Kz 394 mil milhões, 64% do programado. Importa
sublinhar que o nível de serviço é função do nível dos desembolsos.
104,08
50,59
349,34
84,69
-
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre
Kz
Mil
mil
hões
República
Popular da
China
18%
Instituições
Multilaterais
42%
Israel
14%
Japão …
Inglaterra
8%
Outros
9%
Credores Externos
Ministério da
Energia e
Águas
18%
Ministério do
Interior
7%
Ministério da
Construção
6%
Ministério da
Industria
3%
Ministério da
Defesa
Nacional
3%
Outros
63%
• Contrato para a construção de uma Linha de Transmissão de 400 Kv, Soyo-Kapari e Substações
Iº Trimestre (Março)
AKZ 16,60 milhões • Contrato para a
construção das Linhas associadas ao projecto da Central Térmica do Ciclo Combinado do Soyo CMEC (1ª Fase)
IIº Trimestre (Abril)
AKZ 6,05milhões
• Apoio a Tesouraria. DPL
IIIº Trimestre (Setembro)
AKZ 46,98 milhões.
• Eurobonds
IVº Trimestre (Outubro)
AKZ 156,60milhões
Desembolsos por Unidade Orçamental Desembolsos por Projectos
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |22
3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB
61. O Stock de Dívida titulada a 31 de Dezembro de 2015 posicionou-se em cerca de Kz 3.075 mil
milhões, dos quais as Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional contribuíram com a maior fatia
correspondente a 86% em Kz 2.510 mil milhões, a seguir os Bilhetes do Tesouro com 14% Kz 428 mil
milhões.
62. O Stock da Dívida com Contratos Mútuos, encontra-se em 136 mil milhões, sendo 4% da equivalente
do total da Dívida Interna.
63. Igualmente o Stock da Dívida Pública Externa, no período em análise, é composto por 99% Kz 3.168
mil milhões, equivalente U$D 23,53 mil milhões de Dívida Externa Governamental e 1% Kz 39 mil
milhões, equivalente a USD 0,29 mil milhões de Dívida das empresas Públicas, totalizando uma Dívida
Externa Pública de Kz 3.208 mil milhões.
64. Sendo assim, a posição do Stock da Dívida Pública no Exercício de 2015, é de Kz 6.244 mil milhões,
onde Kz 3.075 milhões representa Dívida Interna e Kz 3.208 mil milhões referente a Dívida Externa.
65. A evolução do Stock da Dívida Governamental em função do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do
ano de 2015, evidenciando uma estratégia de endividamento conservadora e sustentável em função do
panorama financeiro internacional, e que resultou num Rácio Dívida Pública/PIB de 51% ao final de
Dezembro de 2015 bem como o comportamento semelhante na óptica da dívida Governamental e das
empresas públicas.
3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas
66. O processo de concessão de garantias controladas pela UGD segue os parâmetros definidos no Regime
Jurídico de Emissão da Dívida Pública Directa e Indirecta (Lei 1/14, de 06 de Fevereiro) e tem como
base uma análise criteriosa dos projectos e das entidades a serem avalizadas. É necessário lembrar que
deve-se considerar aquelas Garantias emitidas, e não aquelas programadas, mas que não foram
activadas.
Garantias Emitidas (Valores em Kwanzas/U$D)
N/O Solicitante Exercício Banco Financiador Valor Kz Valor U$D Statu do Processo
1 SODIAM 2012 BIC - 120.000.000 Garantia Emitida 2 Alassola 2013 BAI 6.590.000.000 Garantia Emitida
3 Marina Yetu 2013 BAI 10.857.540.683 Garantia Emitida
4 Hotel Miramar São Tomé 1984 BNA - 1.500.000 Garantia Emitida 5 Hotel Miramar São Tomé 1984 BNA - 1.500.000 Garantia Emitida
6 Ferrangol, EP 2014 BDA 978.400.000 Garantia Emitida
7 Ferrangol, EP 2014 BDA 978.400.000 Garantia Emitida 8 Batas Holding 2014 BPA - 10.000.000 Garantia Emitida
9 Crédito Agrícola 2015 BPC 1.718.560.000 Garantia Emitida
10 Crédito Agrícola 2015 BCI 1.374.848.000 Garantia Emitida 10 Crédito Agrícola 2015 BSOL 859.280.000 Garantia Emitida
11 Total 23.357.028.683 133.000.000
Fonte: MINFIN
Quadro 7 – Garantias Emitidas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |23
3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores
67. No sentido de melhor acompanhar o desempenho dos sectores via acções e actividades, abaixo
apresenta-se o balanço de implementações das acçoes e o desempenho económico dos Sectores, sendo
estes realizados na magnitude de Políticas Nacionais de Desenvolvimento, onde destacam-se:
Políticas da População, apoiada pelo Recenseamento Geral da População, permitindo adquirir
dados chaves para a definição das Politicas no geral;
Políticas de Apoio à Reintegração Socioeconómica dos Ex-Militares, no enquadramento dos
mesmos nas diversas actividades laborais, tais como Agricultura, Construção Civil, Serralharia,
Mecânica, Informática na Optica do Utilizador, Carpintaria, Electricidade, Costura e
Informática na Optica do Utilizador;
Política da Reforma Tributária e das Finanças Públicas, a criação da Administração Geral
Tributária, e a revisão e o ajustamento das diferentes classes de impostos, como o Imposto
Industrial e do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, bem como ajustados os Códigos do
Imposto de Selo, Regulamento do Imposto de Consumo e o Código do Imposto sobre a
Aplicação de Capitais;
Política de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de
Diversificação Económica, a execução o Programa Angola Investe, a instalação dos pólos
agroindustriais de Capanda, Cubal, Longa, Quizenga, Pedras Negras e Camabatela e a
construção do matadouro industrial em Camabatela (Cuanza Norte) e de 5 entrepostos
frigoríficos (Caxito, Dombe Grande, Namibe, Chibia e Dondo);
Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de Protecção Social, a
implementação dos Programas de Cuidados Primários de Saúde nos Municípios, da Água para
Todos e da Merenda Escolar, no âmbito do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento
Rural e Combate à Pobreza (PMIDRCP);
Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas, a prestação de serviço a
cidadãos e agentes económicos, na rede SIAC (2.280.764 cidadãos e agentes económicos, com
uma média de atendimento diária de 7.784 utentes) e a execução do Plano Nacional de Formação
de Quadros;
No âmbito da Política Integrada para a Juventude, a elaboração e entrada em execução do
Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude 2014-2017, a inauguração da Casa da
Juventude da Província do Cuanza Norte, a atribuição de 7.800 habitações sociais a jovens, no
quadro do programa dos 200 fogos habitacionais;
Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território, a construção das
infraestruturas integradas do Uíge, Negage, Menongue e Saurimo, do Projecto Nova Vida
(Luanda) – 2ª fase e das infraestruturas básicas das reservas fundiárias da Zona Sul de Benguela,
Mungo (Huambo), Chitato (Lunda Norte), Catapa (Uíge), Quissama (Luanda), Mabubas
(Bengo) e Missombo (Cuando Cubango), aprovação e execução dos Planos de Desenvolvimento
Provincial 2013-2017 de todas as províncias e a elaboração de 11 Planos de Requalificação
Urbana, 53 Planos Directores Municipais (em 15 províncias), 73 Planos de Urbanização e 6
Planos de Requalificação; e
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |24
Política de Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional, a
eleição de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas,
para o período 2015-2016, e a Presidência dos países dos Grandes Lagos.
68. Com isso, foi possivel extrair dados para a avaliação do desempenho de cada sector com base nos
objectivos, avaliação das metas e execução das medidas de política.
3.2.5.1. Sector da Educação
69. Em promover o desenvolvimento humano e educacional, com base numa educação e aprendizagem
ao longo da vida para todos e cada um dos angolanos, no Exercício de 2015 o sector da Educação
continuou a prestar maior atenção à Expansão do Ensino Pré-Escolar, ao Desenvolvimento do Ensino
Primário e Secundário, à Intensificação da Alfabetização de Adultos e ao Desenvolvimento e
Estruturação da Formação Técnico- Profissional de Professores.
Desempenho do sector da Educação
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Número de Alunos matriculados por Níveis de Ensino (Mil) (S) 7.202 7.988 7.203 8.539
2 Alfabetização (Mil) (S) 589.890 731 596 781
3 Ensino Especial (Mil) (S) 25.343 32 26 26
4 Iniciação (Mil) (S) 618.261 645 642 727
5 Ensino Primário (Mil) (S) 4.702 5.190 4.521 5.300
6 Ensino Secundário, 1º ciclo (Mil) (S) 775 940 844 1.083
7 Ensino secundário, 2º ciclo (Mil) (S) 491 450 574 622
8 Nº de Professores por Níveis de Ensino (Mil)* (S) ND 193 ND 185
9 Número de salas de aula (Mil) (S) ND 69 ND 82
10 Taxa Bruta de Escolarização (%) (S) ND ND ND 93
11 Iniciação (S) 96 100 97 110
12 Ensino Primário (S) 137 152 128 144
13 Ensino Secundário, 1º ciclo (S) 52 63 55 70
14 Ensino secundário, 2º ciclo (S) 38 26 43 46
15 Taxa de Aprovação (%)**(S) 75 78 77 ND
16 Taxa de Reprovação (%)** (S) 11 11 10 ND
17 Taxa de Abandono (%)**(S) 14 11 13 ND
18 Rácio aluno/sala de aula (S) 99 104 93 95
19 Rácio aluno/professor (S) 40 36 40 48
20 Construção de Magistérios Primários *** (S) 2 0 2 0
21 População em idade escolar (Mil) (S) 6.866 7.298 7.072 7.517
22 Iniciação (5 anos) (Mil) (S) 645 645 664 664
23 Ensino Primário (6-11 anos) (Mil) (S) 3.421 3.421 3.524 3.524
24 Ensino Secundário, 1º ciclo (12-14 anos) (Mil) (S) 1.495 1.495 1.540 1.540
25 Ensino secundário, 2º ciclo (15-17 anos) (Mil) (S) 1.304 1.736 1.343 1.788
Fonte: MPDT
Quadro 8 - Desempenho do sector da Educação
3.2.5.2. Sector do Ensino Superior
70. Em Estimular e desenvolver um ensino superior qualificado, o sector realizou as suas actividades no
sentido de garantir as condições para a melhoria do subsistema do ensino superior, dotando as
Instituições de Ensino Superior (IES) de instrumentos para implementar novos cursos no âmbito do
PNFQ.
Desempenho do sector do Ensino Superior
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de empregos directos (S) 13.889 7.583 14.950 14.538
2 Nº de docentes (S) 7.900 4.129 9.500 8.660
3 Não docentes (auxiliares e pessoal técnico de apoio) (S) 1.194 3.454 1.278 5.878
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |25
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
4 Taxa bruta de escolarização (S) 8 4 8 7
5 Nº de estudantes matriculados (S) 221.434 146.001 269.042 218.433
6 Nº de vagas no ensino superior (F) 34.530 87.319 41.871 111.290
7 Nº de docentes no ensino superior público (S) 4.436 3.049 4.569 3.715
8 Nº de candidatos inscritos pela 1ª vez no ensino superior público (F) 37.961 36.992 43.276 19.711
9 Nº de candidatos por vaga no ensino superior público (F) 5 2 4 5
10 Nº de novas bolsas de estudo interna (F) 7.000 7.200 8.000 8.000
11 Nº de novas bolsas de estudo externa (F) 1.200 827 1.200 899
Fonte: MPDT
Quadro 9 - Desempenho do sector do Ensino Superior
3.2.5.3. Sector da Saúde
71. O sector da Saúde tem por objectivo promover de forma sustentada o estado sanitário da população
angolana, assegurar a longevidade da população apoiando os grupos sociais mais desfavorecidos e
contribuir para o combate à pobreza, onde desenvolveu as suas actividades com vista a melhorar a
prestação de cuidados de saúde, de modo a assegurar a longevidade da população, apostando na
prevenção e na melhoria de prestação de cuidados de saúde, assim como a capacitação dos técnicos
de saúde.
Desempenho do sector da Saúde
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Taxa de morbilidade atribuída a malária (todas idades) em % (S) 18 7 17 29
2 Taxa de Incidência da Tuberculose (novos casos por 100 mil habitantes) (S) 29 18 20 22 3 Incidência da Tripanossomíase (novos casos notificados) (S) 90 61 75 77
4 Taxa de Prevalência do VIH/SIDA na População Adulta (em %) (S) 2 2 2 2
5 Partos Assistidos por Pessoal de Saúde Qualificado (%) (MICS de 2001, somente áreas acessíveis) (S) 57 ND 60 ND 6 Nº de Médicos por 10.000 Habitantes (S) 2 1 2 2
7 Crianças menores de 1 ano vacinadas (%) (S) 90 87 95 34
8 Relação de leitos hospitalares por habitante (%) (S) 12 11 13 11 9 Crianças com 1 ano de idade imunizadas de sarampo (S) 90 118 90 103
10 Mulheres grávidas que beneficiaram de Tratamento Intermitente e Preventivo da malária (TIP) (%) (S) 45 43 55 43
11 Mulheres grávidas que receberam mosquiteiros impregnados (%) (S) 65 1 75 36
12 Crianças menores de 5 anos que receberam mosquiteiros tratados (%) (S) 50 1 60 5
13 Crianças entre 0-4 anos de idade que estiveram doentes com febre e tomaram anti-palúdicos (%) (S) 45 30 50 8 14 Taxa de Cura da Tuberculose alcançada através da estratégia DOTS (%) (S) 60 ND 70 ND
15 Três ou mais consultas Pré-natal (%) (S) 75 83 80 44
16 Cobertura de vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses (%) (S) 85 93 90 37 17 Parto Institucional (%) (S) 45 54 50 60
18 Planeamento familiar (% de mulher em idade fértil) (S) 20 19 30 15
19 Taxa de mortalidade em menores de cinco anos (por 1.000 nados vivos) (S) 140 ND 130 ND 20 Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) (S) 85 ND 80 ND
21 Rácio da mortalidade materna (mortes maternas por 100.000 nascidos vivos) (S) 400 271 350 283
Fonte: MPDT
Quadro 10 - Desempenho do sector da Saúde
3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social
72. Em contribuir activamente para a redução da pobreza, através da assistência aos grupos mais
vulneráveis para a sua reintegração social e produtiva, as acções previstas centraram-se no (i) apoio
social às pessoas carenciadas e em situação de vulnerabilidade, às populações afectadas por
calamidades naturais (chuvas e seca), às crianças com leite e papa, às crianças e idosos em
instituições sob tutela do Executivo e às pessoas, na comunidade, com doenças crónicas, assim
como na atribuição de meios de locomoção e dispositivos de compensação; (ii) na geração de
trabalho e renda com atribuição de equipamentos e kits profissionais; (iii) na protecção e promoção
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |26
dos direitos das crianças, (iv) na formação e capacitação de quadros sociais, (v) na reintegração
socioprofissional dos ex-militares e (vi) na desminagem.
Desempenho do sector da Assistência Social
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de Famílias assistidas (F) 25.000 23.589 20.000 23.062
2 Nº de crianças assistidas nas instituições (F) 150.000 46.278 200.000 46.276
3 Nº de crianças protegidas/denúncias (F) 2.125 1.385 1.700 2.079
4 Nº de Idosos assistidos (F) 24.000 9.784 16.000 37.876
5 Nº de idosos nas instituições (F) 1.850 910 2.050 929
6 Nº de pessoas c/deficiência assistidas em meios de locomoção e ajudas técnicas (F) 22.000 12.773 25.000 3.185
7 Nº de vítimas de sinistros e calamidades assistidas (F) 125.000 670.794 100.000 366.764
8 Nº de (criança dos 0-2 anos), assistidas com leite e papas (F) 20.000 23.694 16.000 13.552
9 Nº de beneficiários assistidos com kits profissionais e equipamentos (F) 25.000 12.96 20.000 1.233
10 Nº de kits profissionais e equipamentos atribuídos (F) 15.000 6.213 10.000 798
11 Nº de oportunidades de ocupação criadas (F) 37.500 12.683 30.000 1.237
12 Nº de doentes assistidos (F) 26.500 21.151 21.200 1.406
13 Nº de ex- militares e deficientes de guerra reintegrados (F) 40.332 23.469 25.779 8.918
14 Verificação e desminagem de Vias rodoviárias e projectos de telecomunicações (km) (F) 5.000 828 5.000 1.239
15 Verif.. e desminagem de áreas de expan. das linhas de transp. de energia eléctrica de alta tensão 20.000 98.277 20.000 124.484
16 Verif. e Desminagem de Áreas Agrícolas, Fundiárias, Polos Industriais e agro-pecuários (Mil m²) (F) 50.000 22.963 55.000 28.984
17 Admissão e formação de técnicos de desminagem (F) 150 1.081 250 288
18 Admissão, capacitação e formação de trabalhadores sociais e funcionários (F) 4.750 1.570 3.800 2.468
Fonte: MPDT
Quadro 11 - Desempenho do sector da Assistência Social
3.2.5.5. Sector Petrolífero
73. Com o objectivo de assegurar a inserção estratégica de Angola no conjunto dos países produtores
de energia e desenvolver o cluster do petróleo e gás natural, contribuindo para financiar o
desenvolvimento da economia e sua diversificação, o sector continuou a desenvolver actividades
no sentido de alcançar os seus objectivos, nomeadamente: intensificar as actividades de prospecção,
pesquisa de petróleo bruto e gás natural; aumentar a capacidade de refinação de petróleo bruto;
desenvolver a Indústria do Gás Natural, assim como incrementar a inserção do empresariado
nacional no sector de petróleo e gás.
Desempenho do sector Petrolífero
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Produção de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 704 610 733 650 2 Produção média diária de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 2 2 2 2
3 Exportações de petróleo bruto (milhões de barris) (F) 619 587 624 628 4 Preço estimado de exportação de petróleo bruto (USD/bbl) (F) 93 96 92 50
5 Capacidade de armazenagem em terra (mil m3) (S) 1.290 358 1.526 358
6 Postos de abastecimento (novos) (F) 58 100 29 78
7 Venda de produtos refinados (mil TM) (F) 5.291 6.876 5.591 6.422
8 Investimentos (milhões USD) (F) 16.474 25.691 14.121 10.661
9 Força de trabalho (S) 87.880 115.423 96.668 110.000* Fonte: MPDT
Quadro 12 - Desempenho do sector Petrolífero
3.2.5.6. Sector da Construção
74. Para este sector o objectivo é contribuir para o esforço de construção nacional, promovendo a
reabilitação e a construção das infraestruturas adequadas às necessidades do processo de
desenvolvimento do País e continua a desenvolver acções centradas na construção e reabilitação de
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |27
infra-estruturas integradas, na expansão e recuperação de estradas e pontes, na construção de
edifícios administrativos e nas obras dos novos corredores rodoviários estruturantes.
Desempenho do sector da Construção
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Rede fundamental (km) (F) 3.500 1.336 3.500 400 2 Rede secundária (km) (F) 1.500 805 1.500 36
3 Rede terciária (km) (F) 15.000 864 15.000 1.244
4 Avaliação patrimonial (un) (F) 5.000 751 5.000 315
Edifícios Públicos e Monumentos
5 Reabilitação (un) (F) 15 13 17 1
6 Avaliação patrimonial (un) (F) 15 11 15 0
Infraestruturas Integradas
7 Projectos de execução (un) (F) 0 0 0 5
8 Construção (un) (F) 5 5 6 0 9 Infra-estruturas Aeroportuárias
10 Reabilitação (un)* (F) 2 2 3 1
Emprego
11 10 Emprego (un) (F) 32.800 4.413 33.700 1.968
Fonte: MPDT
Quadro 13 - Desempenho do sector da Construção
3.2.5.7. Sector da Indústria
75. Este sector tem o objectio de promover o desenvolvimento do sector, no contexto do cluster da
alimentação e da diversificação da economia nacional, em bases sustentáveis, contribuindo para a
geração de empregos, o aproveitamento de matérias-primas agrícolas e minerais, a distribuição
territorial das actividades, o equilíbrio da balança comercial e a economia de divisas.
Desempenho do sector da Indústria
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Óleo Alimentar (Klt) (F) 5.000 490 5.250 1.823 2 Leite Pasteurizado (Klt) (F) 2.700 3.339 4.200 2.659
3 Leite em Pó (Ton) (F) 3.100 5.564 3.250 9.668 4 Iogurtes (mil copos) (F) 2.500 4.225 2.600 7.826
5 Rações para Animais (Ton) (F) 20.085 22.391 25.085 51.029
6 Produção de Bebidas (Mil Hlt) (F) 18.506 20.137 19.096 21.257 7 Produção de Têxteis (F) 8.000 7.094 11.000 ND
8 Confecções (Unidades) (F) 48.620 541.783 110.620 371.659
9 Produção de Couro e Calçado (F) 3.500 ND 5.000 ND
10 Produção de Madeira (m3) (F) 21.000 6.118 22.950 6.958
11 Produção de Papel (Embal. Cartão) (Ton) (F) 4.500 2.197 6.100 5.386 12 Produção de Livros Escolares (Mil) (F) 64.000 37.332 72.500 16.394
13 Produção de Acetileno (Mm3) (F) 445 65 545 88
14 Produção de Oxigénio (Mm3) (F) 7.825 1.781 8.225 1.332
15 Gás Carbónico (Ton) (F) 15.305 2.475 15.755 1.918
16 Produção de Pesticidas-HIDROSIL (mil lts) (F) 5.940 ND 6.534 ND 17 Produção de Insecticidas (Ton) (F) 0 ND 0 ND
18 Produção de Tintas e Similares (Klt) (F) 7.790 8.611 8.300 13.363
19 Sabão (Ton) (F) 30.350 23.637 30.850 23.070
20 Detergentes Líquidos (Kl) (F) 11.525 20.144 12.025 16.018
21 Detergentes Sólidos (Ton) (F) 900 19.144 1.000 18.420
22 Produção de Explosivos (Ton) (F) 6.500 7.512 6.500 6.447 23 Cartuchos de Caça (Mil) (F) 230 ND 230 ND
24 Produção de Injectados (Ton) (F) 3.130 13.771 3.630 18.800
25 Produção de Vidros de Embalagem (Mil) (F) 250 196 300 212 26 Produção de Metais (ton) (F) 44.600 195.109 53.600 132.698
27 Produção de Maquinas e Equipamentos (tractores-
unidades) (F) 15.201 ND 16.721 ND
28 Emprego Gerado (nº de pessoas) (F) 111.002 5.457 70.210 6.339
29 Investimento Privado (Mil USD) (F) 7.167 1.239 4.551 619
Fonte: MPDT
Quadro 14 - Desempenho do sector da Indústria
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |28
3.2.5.8. Sector dos Transportes
76. Com o objectivo de Dotar o País de uma rede de transportes integrada e adequada aos objectivos de
desenvolvimento nacional e regional, facilitador do processo de desenvolvimento económico e
potenciador das políticas territorial e populacional, o sector dos transportes continuou a desenvolver
acções no sentido de aumentar o volume de carga transportada e manipulada, assim como o número
de passageiros transportados nos vários meios de transporte (rodoviário, aéreo, ferroviário,
marítimo/fluvial), que neste último caso, atingiu os cerca de 13.117 milhões de passageiros
(incluindo os autocarros públicos e privados nas carreiras urbanas, intermunicipais, interprovinciais
e táxis/colectivos, em Luanda).
Desempenho do sector dos Transportes
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº Passageiros Transportados (Rede Pública) (mil) (F) 52.750 16.627 55.368 13.117
2 Nº Carga Manipulada/ Transportada (Rede Pública) (Mil Ton) (F) 20.396 19.148 22.016 12.700
3 Emprego no sector (F) 17.377 16.707 18.420 16.029
4 Profissionais do sector de transportes treinados (F) 3.160 1.522 3.540 2.128
5 Novas escolas e centros de formação instaladas. (F) - 0 0 0
6 Cidades beneficiadas com expansão da rede de táxis. (F) - 2 0 0
Fonte: MPDT
Quadro 15 - Desempenho do sector dos Transportes
3.2.5.9. Sector da Energia e Águas
77. O objectivo do sector da Energia é aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia
eléctrica para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e
social do País e utilizar os recursos energéticos nacionais de forma racional e com protecção
ambiental. Já o sector das Águas, tem por objectivo promover, em bases sustentáveis, o
abastecimento de água potável à população e de água para uso no sector produtivo, bem como
serviços adequados de saneamento de águas residuais, que são fundamentais para a melhoria do
bem-estar das populações, bem como assegurar a oferta permanente de água e melhorar a qualidade
da sua prestação, garantindo o seu uso racional e sustentável.
Desempenho do sector da Energia e Águas
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Potência Total Instalada (MW) (S) 2.861 2.220 3.561 2.354
2 Produção de Electricidade (GWH) (F) 12.618 9.502 17.018 9.625
3 Energia Distribuída (GWH) (F) 10.725 7.971 14.465 8.383
4 Produção média de água potável nas sedes provinciais (m3/ dia)
(F) 1.294.066 636.343 1.488.176 585.851
5 Número de pontos de água existentes (S) 6.867 5.216 7.117 6.272
6 Número de chafarizes/Fontenários construídos (S) 5.900 5.927 7.820 6.901
7 Número de pequenos sistemas de água (S) 610 764 742 979
8 Número de furos de água abertos (S) 6.161 5.683 6.383 6.272
9 Número de cacimbas melhoradas (S) 706 ND 734 ND
10 Taxa de cobertura da população servida com água (%) (S) 62 60 65 65
Fonte: MPDT
Quadro 16 - Desempenho do sector da Energia e Águas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |29
3.2.5.10. Sector do Ambiente
78. Com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável, garantindo a preservação do meio
ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, este sector continuou a realizar as suas acções tendo em
vista a materialização das Políticas e Estratégias Nacionais e dos compromissos internacionais, tendo
sido executadas actividades e implementados projectos, como a construção e manutenção de
infraestruturas dos Parques Nacionais e Regionais, o combate a seca e a desertificação, acções no
domínio da biodiversidade e áreas de conservação, campanhas de educação, formação, sensibilização
e consciencialização ambiental.
Desempenho do sector do Ambiente
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de aldeias ecológicas (existentes) (F) 3 0 3 0
2 Nº Campanhas de educação, sensibilização e formação das populações (F) 3 1.243 2 165
3 Nº de Beneficiários de Educação, Sensibilização e Formação (F) 600 1.716.619 500 222.539
4 Nº de Estações de Tratamento de Resíduos com Tecnologias Ambientais (F) 6 1 6 0
5 Número de Projectos com Impacte Ambiental (aprovados) (F) ND 273 ND 196
6 Nº de Parques Nacionais e Transfronteiriços (existentes) (F) ND 12 ND 12
7 Nº de Reservas Naturais Integradas (existentes) (F) ND 2 ND 2
8 Nº de Áreas de Conservação Terrestre (existentes) (F) 12 14 13 14
9 Projectos de Eficiência Energética e Captação de Carbono (F) 15 11 5 0
10 Projecto de Combate à Seca e à Desertificação (F) ND 1 ND 1
Parques Naturais Regionais (existentes) (F) ND 1 ND 1
Fonte: MPDT
Quadro 17 - Desempenho do sector do Ambiente
3.2.5.11. Sector da Agricultura
79. Com o objectivo de promover o desenvolvimento integrado e sustentável do sector agrário, tomando
como referência o pleno aproveitamento do potencial dos recursos naturais produtivos e a
competitividade do sector, visando garantir a segurança alimentar e o abastecimento interno, bem como
realizar o aproveitamento das oportunidades relacionadas aos mercados regional e internacional, o sector
deu prosseguimento às acções centradas no fomento da actividade produtiva, desenvolvimento da
agricultura comercial, saúde pública, veterinária, desenvolvimento da fileira das carnes e leite,
construção e reabilitação dos perímetros irrigados.
Desempenho do sector da Agricultura
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Produção de Cereais (mil toneladas) (F) 2.602 1.820 2.873 2.016
2 Produção de Leguminosas (feijão, amendoim e soja) (mil toneladas) (F) 836 668 1.034 679
3 Produção de Raízes e tubérculos (mandioca, batata rena e batata doce)
(mil toneladas) (F) 26.865 10.239 30.622 10.328
4 Produção de frangos (toneladas) (F) 20.390 32.288 25.668 29.386
5 Produção de carne bovina (toneladas) (F) 14.169 27.019 16.861 23.745
6 Produção de carne caprina (toneladas) (F) 205.261 171.606 210.803 149.640
7 Produção de ovos (toneladas) (F) 7.948 7.871 8.169 25.064
8 Evolução da procura de Leite (Milhares de Litros/Ano) (F) 429.817 ND 63.367 ND
9 Volume da produção nacional de leite (toneladas) (F) 34.385 3.061 69.704 3.570
10 Efectivo pecuário leiteiro empresarial (F) 3.271 ND 7.234 ND
11 Procura interna de açúcar (Milhares de Ton/Ano) (F) 410.523 ND 421.607 ND
12 Volume de produção de açúcar (Ton/Ano) (F) 28.737 ND 67.457 ND
Fonte: MPDT
Quadro 18 - Desempenho do sector da Agricultura
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |30
3.2.5.12. Sector das Pescas
80. Com o objectivo de promover a competitividade e o desenvolvimento da pesca industrial e artesanal, de
modo sustentável, contribuindo para a promoção de emprego, com o objectivo de combater a fome e a
pobreza e garantir a segurança alimentar e nutricional, este sector das Pescas deu seguimento às acções
centradas no desenvolvimento da aquicultura; na melhoria da sustentabilidade da exploração dos
recursos pesqueiros; no apoio à pesca artesanal; no reforço do sistema de formação técnica e científica
do sector e melhoria da operacionalidade da frota pesqueira, no âmbito da estratégia do executivo para
o combate à fome e à pobreza.
Desempenho do sector das Pescas
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Volume total da Produção do Sector Pesqueiro (Tons) (F) 412.400 442.074 442.850 496.213
2 Industrial e Semi Industrial (Tons) (F) 280.000 304.165 290.000 318.149
3 Artesanal marítima (Tons) (F) 87.000 118.787 87.000 138.678
4 Artesanal continental (Tons) (F) 5.400 18.817 5.850 38.514
5 Aquicultura (Tons) (F) 40.000 305 60.000 872
6 Produção de peixe seco (Tons) (F) 35.000 25.200 40.000 57.024
7 Produção do sal (Tons) (F) 90.000 45.300 120.000 42.845
8 Produção de conservas (Tons) (F) 800 0 3.400 0
9 Emprego Gerado (Nº Pessoas) (F) 14.065 671 14.293 1.567
Fonte: MPDT Quadro 19 - Desempenho do sector das Pescas
3.2.5.13. Sector da Cultura
81. Com o objectivo da promoção do acesso de todos os cidadãos aos benefícios da cultura sem qualquer
tipo de discriminação, tomando em linha de conta as aspirações dos diferentes segmentos da população,
promovendo a liberdade de expressão e a mais ampla participação dos cidadãos na vida cultural do
País, o fortalecimento livre e harmonioso da sua personalidade e o respeito dos usos e costumes
favoráveis ao desenvolvimento, o que contribuirá para a consolidação da identidade nacional,
caracterizada pela diversidade cultural, o sector da Cultura realizou várias actividades que visaram
preservar, proteger e valorizar o património histórico material e imaterial, fomentar a indústria cultural
e divulgar a cultura
Desempenho do sector da Cultura
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de leitores e consulentes na Biblioteca Nacional (F) 73.965 44.082 92.456 50.284
2 Nº de leitores e consulentes no Arquivo Nacional de Angola (F) 2.000 369 2.700 719
3 Nº de alunos matriculados nas Escolas técnicas de artes (F) 816 0 1.036 244
4 Nº de visitantes à Museus (F) 66.294 48.068 68.283 59.085
5 Nº de participantes ao Carnaval (F) 372.000 900.000 374.000 1.020.000
6 Nº de peças de artesanato seladas para exportação (F) 16.296 7.970 16.785 4.334
7 Nº de documentários produzidos (F) 6 3 7 5
8 Nº de casas de cultura (F) 12 0 20 1
Fonte: MPDT Quadro 20 - Desempenho do sector da Cultura
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |31
3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação
82. Na promoção da requalificação, reabilitação e valorização dos centros urbanos e rurais, possibilitando a
fixação ordenada das populações, bem como a dinamização e interacção dos espaços, o sector do
Urbanismo e Habitação tive suas baterias viradas no ordenamento do território, urbanismo, geodesia e
cartografia, de Cadastramento e recadastramento do património habitacional do Estado, de Promoção
do programa de habitação social.
Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de províncias beneficiadas com instrumentos de ordenamento do território (S) 15 18 16 18
2 Nº de municípios beneficiados com instrumentos de ordenamento do território (S) 40 60 56 86
3 Nº de centros urbanos com projectos de requalificação urbanística executados ou em execução (F) 3 5 3 5
4 Nº de centros rurais com projectos de requalificação urbanística executados ou em execução (F) 7 6 3 6
5 Parcelas de terra cadastradas na Rede Geodésica Nacional (Km2) (F) 480 454 500 3.327
6 Nº de fogos habitacionais (F) 103.023 82.871 103.023 9.412
7 Desenvolvimento de novas centralidades (S) 2 19 2 19
8 Reservas fundiárias (hectares) (S) 152 0 165 0
9 Alienação do património habitacional do Estado (un) (F) 18.500 5.930 18.500 220
Fonte: MPDT
Quadro 21 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação
3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação
83. Com o objectivo de garantir a disponibilidade, com eficácia e a custos baixos, de todas as formas de
troca de informação entre os agentes económicos e a difusão das mais modernas tecnologias de
informação, foram desenvolvidas acções visando o fortalecimento da estrutura organizativa do Estado,
com destaque para a implementação do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que tem
como fim o desenvolvimento de uma estratégia que permita o país recuperar o atraso e avançar na
geração, difusão e criação de conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento socioeconómico
Desempenho do sector das Telecomunicações
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de Linhas Fixas Instaladas (S) 571.313 802.259 579.883 813.432 2 Nº de Linhas Fixas Ligadas (S) 328.094 281.327 354.342 286.178
3 Taxa de Teled. Fixa (%) (S) 2 1 2 1
4 Nº de Usuários da rede Móvel (mil) (S) 13.430 14.052 13.873 13.884 5 Taxa de Teled. Móvel (%) (S) 66 71 66 54
6 Subscritores Internet (mil) (S) 3.340 3.721 3.888 4.502
7 Taxa de Teled. Digital (%) (S) 16 19 19 18 8 Correspondências Manuseadas (Mil Und) (F) 31.115 23.765 32.349 1.731
9 Estações Postais Informatizadas (F) 12 0 15 1
10 Estações Postais com Sala de Internet (F) 12 1 15 1 11 Estações Postais Reabilitadas (F) 8 1 10 0
12 Estações Postais Construídas (F) 4 1 5 1 13 Estações Sísmicas (existentes) (F) 1 0 0 0
Fonte: MPDT Quadro 22 - Desempenho do sector das Telecomunicações
3.2.5.16. Sector do Comércio
84. O objectivo deste sector é promover e manter um conjunto de infraestruturas logísticas, de circuitos
comerciais e uma rede de distribuição que, possibilita a realização de excedentes de produção e o
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |32
abastecimento de todo o território com “inputs” produtivos e bens de consumo essenciais, contribuindo
activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do
território e a valorização da posição geo-estratégica, onde o sector desenvolveu as suas actividades e
acções nos domínios do comércio interno e externo, defesa do consumidor, formação e capacitação
institucional, inspecção, controlo de qualidade, segurança alimentar e combate à pobreza.
Desempenho do sector do Comércio
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Volume total da Produção do Sector Pesqueiro (Tons) (F) 412.400 442.074 442.850 496.213
2 Industrial e Semi Industrial (Tons) (F) 280.000 304.165 290.000 318.149
3 Artesanal marítima (Tons) (F) 87.000 118.787 87.000 138.678 4 Artesanal continental (Tons) (F) 5.400 18.817 5.850 38.514
5 Aquicultura (Tons) (F) 40.000 305 60.000 872
6 Produção de peixe seco (Tons) (F) 35.000 25.200 40.000 57.024 7 Produção do sal (Tons) (F) 90.000 45.300 120.000 42.845
8 Produção de conservas (Tons) (F) 800 0 3.400 0
9 Emprego Gerado (Nº Pessoas) (F) 14.065 671 14.293 1.567 Fonte: MPDT
Quadro 23 - Desempenho do sector do Comércio
3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia
85. Com o objectivo de promover o avanço científico e tecnológico do País e adaptar, criativamente, os
conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo e criar uma base nacional de inovação
de produtos e processos e o sector desenvolveu acções no sentido de promover o avanço científico e
tecnológico do país, adoptar os conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo, e criar
uma base nacional de inovação, produtos e processos.
Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Nº de Unidades de I&D (S) 41 26 41 26 2 Nº de Investigadores em Ciência e Tecnologia* (F) 26 259 36 259
3 Não Investigadores (Auxiliares e pessoal técnico de apoio da Ciência e Tecnologia /MESCT) (F) 41 884 41 884
4 Técnicos de Investigação em Formação Avançada** (F) 82 22 82 22 5 Nº de Pessoas Empregadas (S) 2.974 3.799 2.986 3.799
Fonte: MPDT
Quadro 24 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia
3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos
86. Este sector tem o objectivo promover a generalização da prática desportiva nas diferentes camadas da
população, em particular os jovens e as mulheres, dando especial atenção ao desporto na escola, e foram
desenvolvidas actividades que permitiram a execução do Programa de Desenvolvimento e Promoção
Desportiva, destacando-se a prospecção e detecção de novos talentos, com vista a valorização do
desporto como factor de unidade nacional, bem-estar, equidade e qualidade de vida dos cidadãos.
Desempenho do sector da Juventude e Desportos
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Federações (S) 24 26 25 26
2 Associações Provinciais (S) 105 176 108 211 3 Clubes (S) 815 927 815 1.274
4 Técnicos (S) 3.700 3.250 3.750 3.537
5 Árbitros (S) 1.657 2.300 1.660 3.607 6 Atletas (S) 58.257 71.800 65.560 133.544
7 N.º de praticantes desportistas (S) 55.659 2.380.000 58.079 2.565.269
8 N.º de técnicos desportivos formados (S) 5.060 5.058 5.080 5.058
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |33
9 N.º de treinadores formados 1.080 1.200 1.090 1.270 10 N.º de novos talentos descobertos (S) 1.313 2.000 1.500 2.056
11 N.º de animadores desportivos (S) 3.030 3.000 3.040 3.000
12 N.º de atletas inseridos na alta competição (S) 16.000 7.400 16.500 7.477 13 N.º de crianças inseridas na prática desportiva (S) 24.150 2.050.000 25.200 2.058.765
14 Nº de Atletas registados (S) 56.500 50.500 57.000 50.500
Fonte: MPDT
Quadro 25 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos
3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
87. Tendo o objectivo de promover a dignificação dos antigos combatentes veteranos da Pátria, em
reconhecimento à sua participação na luta de libertação nacional e na defesa da Pátria Sector
desenvolveu a sua actividade com o objectivo da melhoria das condições de vida dos Antigos
Combatentes, Veteranos da Pátria, Deficientes de Guerra e Familiares de Combatentes Tombados, bem
como a capacitação técnica dos seus quadros.
Desempenho do Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Recenseados Existentes (S) 175.000 159.798 180.000 159.394
2 Recenseados Deficientes (S) 24.000 24.168 22.000 24.154 3 Beneficiários de Pensão de Reforma (F) 175.000 159.171 180.000 159.394
4 Assistidos Recadastrados (F) 120.000 159.171 115.000 149.121
5 Assistidos Bancarizados (F) 155.000 134.438 160.000 139.057 Fonte: MPDT
Quadro 26 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
3.2.5.20. Sector da Comunicação Social
88. Com o objectivo de materializar uma política que garanta a veiculação de uma informação plural, isenta,
independente, responsável e que amplie as conquistas alcançadas no que concerne aos direitos e
garantias das liberdades de expressão, no quadro dos ditames do Estado democrático e de direito, o
sector centrou as suas as acções no reforço do sistema de comunicação social, na valorização e
mobilização dos recursos humanos e na valorização dos serviços públicos, destacando-se a expansão
da Rede de Difusão em todo Território Nacional.
Desempenho do Sector da Comunicação Social
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Expansão e cobertura do Sinal da Rádio (%) (S) 85 75 95 90
2 Expansão e cobertura do Sinal de Televisão (S) 70 70 80 72 3 Aumento da distribuição das publicações da Edições Novembro (dia) (F) 73.800 43.904 81.700 35.500
Fonte: MPDT Quadro 27 - Desempenho do sector da Comunicação Social
3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos
89. Com o objectivo de consolidar a reforma do sector da justiça, dando continuidade à política de
modernização e de informatização, assente nos princípios da desburocratização e simplificação de
procedimentos, bem como na proximidade dos serviços junto das comunidades, garantindo o acesso dos
cidadãos ao direito e à justiça, colocando o sistema de justiça ao serviço dos direitos humanos este sector
da justiça, no cumprimento dos objectivos plasmados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-
2017, desenvolveu um conjunto de actividades ligadas à promoção dos direitos humanos, à
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |34
massificação e simplificação do registo civil e à atribuição do bilhete de identidade, ao combate ao uso
de drogas e à elaboração de propostas de leis que viabilizam a organização e o funcionamento deste
sector. As acções e medidas de políticas executadas
Desempenho do Sector da Justiça e Direitos Humanos
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Número de BI´s (F) 2.569.212 1.632.114 2.169.462 1.543.888
2 Certificados de Registo Criminal (F) 380.608 837.347 396.702 647.489
3 Nº de Lojas de Registo e Notariado (F) 14 18 16 2 4 Nº Conservadores e Notários (F) 341 319 397 334
5 Nº de Oficiais de Registo e Notariado (F) 2.800 2.627 2.950 2.687
6 N.º de Técnicos Superiores de identificação (F) 90 472 89 0 7 N.º de Técnicos de Identificação (F) 217 629 217 443
8 N.º de Técnicos Superiores do Regime Geral (F) 28 66 18 0
9 Nº de técnicos do Regime Geral (F) 28 156 18 16 10 Nº Magistrados em função dos Tribunais e Órgãos de Polícia (F) 50 24 50 47
11 Nº Magistrados Municipais (F) 100 64 120 64
12 Nº Magistrados Provinciais (F) 70 299 80 326 Fonte: MPDT
Quadro 28 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos
3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social
90. O sector da Administração Publica tem como objectivo prosseguir o interesse público, qualificando e
fortalecendo o Estado; adaptar o papel do Estado à sua missão e capacidade de gestão; melhorar a
governação e promover a boa governação; prestar serviços adequados e de forma eficiente aos cidadãos
e aos agentes económicos, melhorando a sua receptividade e acolhimento; contribuir para o
desenvolvimento económico e social, sendo que continua a desenvolver actividades com vista à
melhoria da prestação dos serviços públicos e à divulgação e acompanhamento da implementação dos
Decretos Presidenciais nº 2/13 e 3/13, de 25 de Junho e 23 de Agosto, respectivamente.
91. Já o sector da Segurança Social tem como objectivo estabilizar uma nova gestão de risco social, em que
a intervenção do Estado visa assistir indivíduos, agregados familiares e comunidades a melhor gerir os
riscos a que estão expostos, bem como apoiar aqueles que se encontram em situação de extrema pobreza.
O Sistema de Protecção Social Obrigatório prosseguiu com o desenvolvimento de actividades no
sentido de aumentar o número de contribuintes da Segurança Social, e assegurar a assistência aos
segurados e pensionistas.
Desempenho do Sector da Administração Pública e Segurança Social
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Pessoal ao Serviço da Administração Pública – a Nível Central (S) 47.105 43.370 47.539 45.574 2 Segurados (S) 1.766.980 1.288.899 2.041.657 1.430.258
3 Pensionistas (S) 126.205 103.783 142.058 116.551
4 Contribuintes (S) 75.571 95.547 897.580 110.957 Fonte: MPDT
Quadro 29 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social
3.2.5.23. Sector da Administração do Território
92. Com objectivo de darantir uma eficaz prestação dos serviços no âmbito da Governação Local e melhoria
da gestão pública inclusiva em prol do desenvolvimento e redução da pobreza, no âmbito das suas
atribuições, e tendo em conta as medidas de políticas inseridas no Plano Nacional de Desenvolvimento
2013-2017, no que diz respeito ao ano de 2015, o Ministério da Administração do Território (MAT)
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |35
continuou a desenvolver acções com vista a fortalecer a capacitação Institucional Técnica e Humana
para uma governação local mais eficiente e efectiva.
Desempenho do Sector da Administração Território
NO Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Criação da carreira do funcionário da Administração Local e Autárquica (F) 3.450 0 3.500 0
2 Infra-estruturas Autárquicas (F) 70 0 69 0 3 Divisão Política Administrativa (Nível Provincial) (F) 0 0 1 0
4 Divisão Politica Administrativa (Nível Municipal) (F) 10 0 10 1
5 Recursos Humanos Capacitados a Nível Central (F) 400 132 400 74 6 Recursos humanos capacitados a nível Local (F) 260.000 20.923 260.000 1.647
7 Reforma da Administração do Estado a nível dos Municípios (F) 100 44 36 1
8 Implementação do Sistema Integrado de informação de gestão da Administração do território, em Municípios (F)
100 44 36 1
9 Autoridades tradicionais reagrupadas e reordenadas em zonas (F) 10.389 6.947 10.389 597
Fonte: MPDT
Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Território
3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas
93. Com o objectivo de promover o desenvolvimento do sector em bases sustentáveis, gerando empregos e
contribuindo para o desenvolvimento territorial, diversificação produtiva e expansão da economia, este
sector continuou a desenvolver as suas actividades direccionadas para os domínios do licenciamento e
cadastro mineiro, regulamentação da actividade geológico-mineira, capacitação dos recursos humanos
e formação profissional, inspecção e fiscalização mineira, negociação de contratos mineiros,
cooperação internacional, bem como acompanhar a evolução dos projectos públicos e privados, nos
domínios da prospecção e exploração mineira.
Desempenho do Sector da Geologia e Minas
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Produção Industrial de Diamantes (Mil Qlts) (F) 9.411 7.816 9.882 8.148
2 Produção Artesanal de Diamantes (Mil Qlts) (F) 525 935 543 871 3 Receitas Brutas da Produção Industrial (Milhões USD) (F) 1.150 976 1.207 944
4 Receitas Brutas da Produção Artesanal (Milhões USD) (F) 182 332 189 239
5 Produção de Rochas Ornamentais (m3) (F) 51.271 49.216 55.371 42.658 6 Exportação de Rochas Ornamentais (m3) (F) 30.762 26.981 33.223 28.315
7 Valores das Vendas de Rochas Ornamentais (Mil USD) (F) 6.136 7.550 6.626 8.521
Fonte: MPDT
Quadro 31 - Desempenho do sector da Geologia e Minas
3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo
94. O sector do Hotelaria e Turismo tem por objectivo promover o desenvolvimento sustentável do sector
hoteleiro e turístico, valorizando o património histórico e arquitectónico, os recursos naturais, culturais
e contribuindo para a geração de rendimento e emprego sector continuou a desenvolver as suas
actividades de acordo com o seu objectivo.
Desempenho do Sector da Hotelaria e Turismo
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Chegada de visitantes (F) 562.813 545.013 578.125 592.495 2 Número de quartos (novos) (F) 3.941 1.273 5.255 2.275
3 Nº de camas da rede hoteleira (novas) (F) 7.882 2.048 10.510 2.569
4 Nº de pessoas empregadas (F) 13.038 29.354 13.149 16.583
5 Nº de unidades hoteleiras (novas) (F) 359 355 363 537
Fonte: MPDT
Quadro 32 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |36
3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher
95. Com objectivo da criação de condições económicas, sociais, culturais e politicas para que a família possa
desempenhar a sua função nuclear na sociedade, como unidade social base, com respeito da sua
identidade, unidade, autonomia e valores tradicionais, a promoção dos direitos humanos das mulheres e
a igualdade de oportunidades e benefícios entre mulheres e homens em Angola, o sector garantiu a
participação em todas as reuniões, eventos, conferências, seminários, palestras, workshops realizados,
quer no interior, como no exterior do país.
Desempenho do Sector da Família e Promoção da Mulher
N/O Indicadores 2014 2015
Meta Real Meta Real
1 Recursos humanos qualificados (%) (S) 60 48 60 83
2 Centros de aconselhamento familiares de referência (S) 2 0 2 0
3 Casas de Abrigo (S) 1 0 1 0
4 Conselheiros familiares formados (F) 600 250 600 384
5 Formação profissional realizada (F) 1.200 432 1.200 392
6 Casos de violência e aconselhamento feitos (F) 10.000 8.322 10.000 6.420
7 Nº de mobilizadores e activistas em género formados (F) 500 102 500 538
8 Mobilizadores e activistas sociais formados (F) 1.200 1.162 1.200 289
9 Beneficiários de micro crédito (F) 20.000 9.462 20.000 147
10 Parteiras tradicionais capacitadas (F) 564 1.265 564 1.491
11 Kits de parteira tradicional distribuída (F) 564 1.759 564 948
12 Seminários sobre género e família realizados (F) 200 203 200 39
13 Palestras sobre género e família realizadas (F) 400 1.430 400 960
14 Nº de aldeias rurais requalificadas (S) 108 0 130 0
15 Nº de aldeias rurais integradas construídas (S) 5 0 10 0
16 Nº de habitações rurais requalificadas (F) 21.600 0 25.900 0
17 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Estruturação Produtiva (F) 27.900 8.636 41.850 635
18 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Desenvolvimento Comunitário (F) 108.300 6.099 130.000 484
19 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Apoio à Mulher Rural (F) 76.900 6.406 92.280 160
Fonte: MPDT
Quadro 33 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher
3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública
96. O número de efectivos da Função Publica até Dezembro de 2015, situou-se em 347.178. Vale lembrar
que pelo trabalho de recadastramento dos funcionários da função pública, que teve o seu início nos
meados do Exercício de 2015, irá apresentar o seu impacto significativo no Exercício de 2016.
Efectivos Civis na Função Pública N/O Órgãos do Governo 2015 2014 2013
1 Órgãos Soberania 5 234 1 146 965 2 Ministérios 58 159 43 039 41 580
3 Governos Provinciais 283 695 306 280 311 167
4 Outros Serviços e Entidades 90 3 502 3 401
5 Total Geral 347 178 353 967 357 113
Fonte: MINFIN
Quadro 34 - Número de efectivos da Função Pública
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |37
3.3. Balanço Orçamental, Financeiro e Patrimonial de 2015
3.3.1. Introdução
97. Nesta secção do documento apresentam-se os dados da execução Orçamental, financeira e patrimonial,
bem como a demonstração das variações patrimoniais do ano fiscal de 2015, conforme a composição
definida nos artigos 59.º a 62.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado.
98. Um conjunto de quadros demonstrativos presentes na Parte II auxilia a compreensão das informações
apresentadas ao longo desta secção.
99. De acordo com número 1 do artigo 58.º da Lei do OGE, a CGE compreende as contas de todos os órgãos
integrados no OGE. Assim, para além de incluir as contas das entidades com autonomia financeira, há
que se destacar na composição da CGE as demonstrações financeiras e os relatórios de execução do
Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), acompanhado do relatório de gestão do período a que
corresponde.
100. Importa referir, entretanto, que as Contas da Segurança Social têm a limitação de apenas integrarem os
demonstrativos da Receita e Despesa realizadas em 2015.
3.3.2. Mutações Orçamentais por Órgãos do Governo
101. Em função do Artigo 15, do Decreto Presidencial nº 1/15, de 2 de Janeiro, que Aprova o Orçamento
Geral do Estado, durante o exercício de 2015 diferentes Unidades Orçamentais solicitaram
contrapartidas, dentro dos seus limites e quadros orçamentais, tendo como propósito o ajustamento da
Despesa de acordo o crédito disponível, como apresentado no Quadro 35.
Mutações/Créditos Orçamentais (valores em milhões de Kz)
N/O Categoria da Despesa Valor Partic.%
1 Bens E Serviços 86.017 22%
2 Despesas De Capital 58.171 15%
3 Salário 224.790 57%
4 Transferência 26.721 7%
5 Total 395.699 100%
Fonte: MINFIN
Quadro 35 – Mutações/Créditos Orçamentais em 2015
102. Tais mutações orçamentais, tiveram como objectivo o suplemento para:
Continuidade dos Projectos de Investimento Públicos prioritários, no domínio dos Transportes,
Energia e Construção de Infraestruturas;
Pagamento e Manutenção dos Salários da Função Publica;
Compromisso para o Pagamento de Despesas ligadas a Dívida Interna e Externa.
Bens E
Serviços
86.017
Despesas De
Capital
58.171Salário
224.790
Transferência;
26.721
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |38
3.3.3. Balanço Orçamental
103. O Orçamento Geral do Estado revisto, estimou uma Receita de Kz 5.454.023 milhões e fixou a Despesa
em igual montante, que incluem, respectivamente, a Receita decorrente do endividamento
(Financiamentos Internos e Externos) e as Despesas com amortização da Dívida (Despesa de Capital
Financeiro), como representado no Balanço Orçamental no seu Quadro 36.
Balanço Orçamental (Valores em milhões de Kz)
N/O Receita Estimada Arrecadada Exec.% Despesa Autorizada Realizada Exec.%
2015 2015
1 Correntes 2.692.029 2.619.397 97% Correntes 3.287.731 2.887.548 88%
2 Tributárias 1.832.722 1.894.933 103% Pessoal e Contrib. Empreg. 1.491.358 1.381.014 93% 3 Patrimonial 816.678 670.163 82% Bens 215.646 151.159 70%
4 Serviços 23.064 54.028 234% Serviços 600.164 486.019 81%
5 Transferências Correntes 0 0 0% Juros da Dívida 258.479 248.469 96%
6 Rec. Correntes Diversas 18.889 9 0,0% Subsídios 350.281 278.477 80%
7 Indeminizações e Restituição 676 263 39% Transferências Correntes 371.803 342.410 92%
8 Capital 2.761.994 1.319.068 48% Capital 2.139.494 1.507.325 70%
9 Alienações 2.381 1.474 62% Investimentos 780.020 569.416 73%
10 Financiamentos 2.515.590 1.317.594 52% Transferências de Capital 33.747 12.500 37%
11 Reversão De Result. Ant. 244.023 0 0% Despesas de Capital Finan. 1.306.825 921.169 70%
12 Outras Desp. De Capital 18.902 4.240 22%
13 Total da Receita 5.454.023 3.938.464 72% Total da Despesa 5.427.225 4.394.873 81%
13 Saldo Orçamental Negativo 456.409 Reserva Orçamental 26.798 0
14 Totais 5.454.023 4.394.873 81% Totais 5.454.023 4.394.873 81%
Fonte: MINFIN
Quadro 36 - Balanço Orçamental
104. O Quadro 37, apresenta o Saldo Orçamental Global, apurado pelo Saldo Orçamental Fiscal. Assim, o
Saldo Fiscal para o Exercício de 2015, foi na ordem dos Kz 852.834 milhões negativos, sendo o
mesmo resultado das Receitas e Despesas Fiscais, retirando aquela Receita proveniente de Recursos
alheios, bem como aquelas Despesas para honrar o compromisso com as instituições (Interna e Externa)
credoras. Com isso, incluindo as Receitas de Financiamento e as Despesas com a Amortização da Dívida,
obtemos um Déficit, no valor de Kz 456.409 milhões, sendo o mesmo 3,7% negativos por percentagem
do PIB para o Exercício de 2015 em Kz 12.320 mil milhões, sendo o PIB Petrolífero em Kz 2.884 mil
milhões, e o PIB Não Petrolífero em Kz 9.436 mil milhões.
Apuramento do Saldo Orçamental Fiscal/Global (valores em milhões de Kz)
N/O Descrição Previsão Execução Var.%
2014 2015 2014 2015 Homologa 1 Apuramento Saldo Orçamental
2 Receitas Fiscais (Excluindo Receitas de Financiamento) 5.552.129 2.938.433 5.115.383 2.620.870 -49%
3 Despesas Fiscais (Excluindo Despesas de Capital Financeiro) 6.196.090 4.120.400 5.911.961 3.473.704 -41%
4 Saldo Fiscal Negativo -643.961 - 1.181.967
-796.578 -852.834 7%
5 Receitas de Financiamento (Títulos e Desembolsos) 1.706.256 2.515.590 1.467.531 1.317.594 -10%
6 Despesas de Capital Financeiro (Amortização da Dívida) 1.062.295 1.306.825 948.962 921.169 -3%
7 Reserva Orçamental 140 26.798
8 Saldo de Operações Financeira 643.961 1.181.967 518.569 396.425 -24%
9 Saldo Global Orçamental - - - 278.009 - 456.409 64%
Fonte: MINFIN
Quadro 37 - Resultado Orçamental
105. Devemos aqui frisar, que o Resultado Orçamental é apurado pela Receita Arrecadada na Óptica de
Caixa (Fluxo Real) e a Despesa Realizada na Óptica do Compromisso (Especialização do Exercício), o
que representa uma medida rigorosa, tendo em vista que pertence ao exercício financeiro a Receita nele
arrecadada, e porque o compromisso considera a Despesa realizada, independentemente do seu
pagamento, em alinhamento ao axioma das doutrinas e teorias relativas aos princípios contabilísticos
universalmente similares, propriamente o princípio da prudência.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |39
3.3.3.1. Execução da Receita
106. A Receita Arrecadada, na óptica de Caixa, incluindo a Receita do Instituto Nacional de Segurança
Social, que foi de Kz 3.938.465 milhões, correspondeu a 72% da Receita Estimada para o Exercício de
2015, com destaque para as Receitas Correntes arrecadadas, sobretudo pela Receita Fiscal não
Petrolífera, com um contributo de 33% em relação a Receita Total Arrecadada, o que reforça e incentiva
ainda mais o processo de potenciação da Receita Não Petrolífera, nas diferentes anatomias do sistema
Tributário.
Receitas Realizadas (Valores em milhões de Kz)
N/O RECEITAS Prevista Arrecadada
Taxa
Exec.%
Taxa
Exec.% Var.% Part.% Exec. %
2014 2015 2014 2015 2014 2015 Homóloga 2015 2014 2013
1 Correntes 4.859.618 2.692.029 4.423.859 2.619.397 91% 97% -41% 67% 91% 97%
2 Petrolíferas 3.313.093 1.039.221 2.993.103 1.152.914 90% 111% -61% 29% 90% 109%
3 Concessionária 2.504.606 800.108 1.986.266 643.488 79% 80% -68% 16% 79% 100% 4 Companhias 808.487 239.113 1.006.837 509.426 125% 213% -49% 13% 125% 133%
5 Diamantíferas 17.815 5.490 8.472 8.638 48% 157% 2% 0% 48% 77%
6 Outras Receit. Tributárias 991.504 1.501.731 1.248.068 1.307.110 126% 87% 5% 33% 126% 86% 7 Outras Receitas Correntes 371.875 18.062 87.360 0 23% 0,0% -100% 0% 23% 17%
8 Receitas das Contrib. Sociais 165.331 127.525 86.856 150.735 53% 118% 74% 4% 53% 167%
8 Capital 2.398.767 2.761.993 2.159.055 1.319.068 90% 48% -39% 33% 90% 84%
9 Alienações 1.643 2.380 912 1474 56% 62% 62% 0% 56% 100%
10 Financiamentos 1.706.257 2.515.589 1.467.531 1.317.594 86% 52% -10% 33% 86% 77%
11 Internos 670.404 1.410.077 723.366 786.483 108% 56% 9% 20% 108% 95% 12 Externos 1.035.853 1.105.512 744.165 531.111 72% 48% -29% 13% 72% 66%
13 Outras Receitas de Capital 690.867 244.024 690.612 100% 0% -100% 0% 100% 100%
14 Totais 7.258.385 5.454.022 6.582.914 3.938.465 91% 72% -40% 100% 91% 64%
Fonte: MINFIN
Quadro 38 - Receitas Arrecadadas
107. As Receitas Correntes Arrecadadas totalizaram Kz 2.619.397 milhões, correspondendo a uma
execução de 97% em relação a Receita Prevista, onde para o Exercício de 2015, já é notório o
crescimento da Receita do Sector Não Petrolífero, com uma execução de 87%, e uma contribuição sobre
a Receita Total em 33%.
108. Para as Receitas Correntes, podemos constatar que:
A redução da hegemonia da Receita Petrolífera, com um nível de arrecadação de 111%, como
resultado da contínua baixa do preço de referência internacional desta Commodity, que em sede
de Receita Petrolífera é caracterizada pelos impostos pagos pelas Companhias petrolíferas (i.e
imposto sobre rendimento do Petróleo) e pelos encargos pagos pela Sonangol concessionária á
título de Partilha de Produção de Petróleo nos diferentes blocos de operação;
Receita de Diamantes, executada em 157%, demonstrando um crescimento no rigor sobre os
impostos sobre a produção e rendimento de Diamantes, ainda que apresente uma participação
muito reduzida em relação a Receita global arrecadada, no que se refere a actividade de
exploração em alguns projectos já existentes e o surgimento das novas concessões, e o
afinamento conjunto que as empresas do grupo Endiama para o cumprimento ao rigor no
pagamento dos impostos devidos, pelos contribuintes Sociedade Mineira de Catoca; Sociedade
Mineira do Cuango; Sociedade Mineira do Chitotolo; Tecmad – Mining Services; Luo –
Sociedade Mineira; Somiluana – Sociedade Mineira; Jestar Diamonds; Uari – Sociedade
Mineira; Projecto Luo e Sociedade Mineira da Calonda;
Uma execução para Outras Receitas Tributárias em 87%, caracterizado pelas diferentes naturezas
de impostos (imposto sobre a importação e exportação, imposto industrial, imposto predial
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |40
urbano) e diferentes naturezas de Taxas, emolumentos consulares e aduaneiros, e as Receitas
Parafiscal; e
Receitas das Contribuições Socias, com 118% de execução, arrecadadas pelo INSS, sendo esta
representada pelos pagamentos das Contribuições Sociais dos empregados e das instituições
empregadoras, no momento do pagamento das remunerações.
109. As Receitas de Capital, no valor de Kz 1.319.068 milhões, registaram uma participação de 33% no
Total da Receita Arrecadada, com maior peso vindo da Receita de Financiamentos:
Execução de 56% em Receitas de Financiamento Interno, caracterizada pela Emissão de Papeis,
no sentido de acomodar Despesas, e/ou evitando assim desequilíbrios orçamentais;
Execução de 48% em Receitas de Financiamento Externo, e uma diminuição de 29% em relação
ao Exercício de 2014, pelos fluxos de Desembolsos em pagamento directos ao fornecedores de
serviços, bem como financiamento directos as contas do Tesouro; e
Receitas em Alienações de habitações, empresas e bens diversos, com uma execução de 62% em
relação a Receita Prevista, e apresentando um aumento em relação ao exercício fiscal de 2014
em 62%.
110. Sendo assim, abaixo é apresentada a estrutura gráfica para a execução da Receita:
Ilustração 13 - Estrutura da Receita Arrecadada
3.3.3.2. Execução da Despesa
111. A Despesa Realizada, sendo esta na óptica do Compromisso ou Especialização do Exercício,
incluindo a Despesa do Instituto Nacional de Segurança Social, foi de Kz 4.394.873 milhões,
correspondendo a 81% da Despesa Prevista, como se pode observar no Quadro 39. No Exercício fiscal
de 2015 a Despesa Realizada foi inferior em 36% em relação ao Exercício de 2014.
Concessionária
79%
Companhias
125%
Diamantíferas
48%
Outras Receit.
Tributárias
115%
Outras Receitas
Correntes
23%
Alienações
56%
Financiamento
Internos
108%
Financiamento
Externos
72%
Outras
Receitas de
Capital
100%
Execução da Receita 2015 Execução da Receita 2014
Concessionária
80%
Companhias
213%
Diamantíferas
157%
Outras Receit.
Tributárias
87%
Outras Receitas
Correntes
0%
Receitas das
Contribuições
Sociais
118%
Alienações
62%
Financiamento
Internos
56%
Financiamento
Externos
48%
Outras Receitas
de Capital
0%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |41
Despesas Realizadas (Valores em milhões de Kz)
N/O Natureza da Despesa Prevista Realizada
Exec.
% Var.% Part.% Exec. %
2014 2015 2014 2015 2015 Homologa 2015 2014 2013
1 Correntes 4.156.846 3.287.731 3.948.647 2.887.548 88% -27% 66% 95% 94%
2 Pessoal e Contrib.do Empregador 1.364.276 1.491.358 1.309.375 1.381.014 93% 5% 31% 96% 95%
3 Bens 432.130 215.646 383.675 151.159 70% -61% 3% 89% 86%
4 Serviços 1.083.782 600.164 987.645 486.019 81% -51% 11% 91% 93%
5 Juros da Dívida 149.495 258.479 147.161 248.469 96% 69% 6% 98% 86%
6 Subsídios e Outras Transferências 1.127.163 722.084 1.120.791 620.887 86% -45% 14% 99% 99%
7 Capital 3.101.399 2.139.494 2.912.276 1.507.325 70% -48% 34% 96% 89%
8 Investimentos 1.981.516 780.020 1.905.956 569.416 73% -70% 13% 96% 84%
9 Transferências de Capital 4.361 33.747 4.315 12.500 37% 100% 0% 99% 0%
10 Despesas de Capital Financeiro 1.062.295 1.306.825 948.962 921.169 70% -3% 21% 89% 99%
11 Outras Despesas De Capital 53.227 18.902 53.043 4.240 22% -92% 0% 100% 99%
12 Reserva Orçamental 140 26.798 0 0 0% 0% 0% 0% 0%
13 Totais 7.258.385 5.454.023 6.860.923 4.394.873 81% -36% 100% 95% 92%
Fonte: MINFIN
Quadro 39 – Despesa Realizada
112. As Despesas Correntes, no valor de Kz 2.887.548 milhões, foram executadas em cerca de 88% em
relação a Despesa Corrente Autorizada, e 27% abaixo em relação a Despesa Realizada no Exercício de
2014, onde notamos uma maior execução nas Despesa com Vencimentos, Juros da Dívida Interna e
Externa.
113. As Despesas Correntes, na estrutura do orçamental pelas diferentes naturezas constituem-se por:
Encargos com o pessoal civil e militar, e as contribuições do empregador, como IRT e sobre
INSS, com uma execução de 93%, e 5% superior ao ano de 2014, demonstrando a capacidade
do Estado em agregar cada vez mais capital humano nas instituições e redução do desemprego
involuntário;
Despesas com Bens, tais como bens hospitalares, alimentícios e para processamentos
tecnológicos de dados, com uma execução de 70%, 61% inferior em relação ao exercício 2014;
Despesas em Serviços, tais como estudos e consultoria, e ainda a Despesa indispensável de
fiscalização e supervisão da Sonangol Concessionária, com uma execução de 81%, inferior em
51% em relação ao ano de 2014;
O Juros da Dívida Interna e Externa, considerado como custo do financiamento via Bilhetes e
Obrigações do Tesouro, bem como o financiamento proveniente do Exterior, executado em 96%
em relação ao previsto, 69% superior em relação o exercício fiscal de 2014, demonstrando a
capacidade e o comprometimento do Estado em reembolsar os passivos contraídos; e
Subsídios a preços e operacionais sustentados no funcionamento contínuo das empresas públicas
e as transferências em sede das pensões de reforma e para instituições sem fins lucrativos, com
uma execução de 86%, e uma redução em 45% em relação ao Exercício de 2014, resultado do
processo de redução constante do Peso dos Subsídios a Preço no Despesa do Estado.
114. As Despesas de Capital cifraram-se em Kz 1.507.325 milhões, com um nível de execução de 70% e
uma participação de 34% no total das Despesas, sendo que o peso maior foi para as Despesas em
Investimentos com 73% e nas Despesas com a Amortização de Passivos em 70%.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |42
115. Portanto, as Despesas de Capital realizaram-se em :
Investimentos, albergando assim os projectos de investimento públicos, com ênfase em
construções de infra-estruturas e reabilitações de instalações, e outras aquisições de imóveis, que
para o exercício em análise realizou 73% em relação a autorizada, com uma redução em 70%,
em relação ao Exercício de 2014, ainda assim, abrangendo as infraestruturas em estradas,
aeroportos, e projectos de reconstrução, estendido a todo território nacional como: (i) Construção
auto-estrada Luanda-Soyo; (ii) Reabilitação das Ruas Secundárias e Terciárias de Luanda; (iii)
Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca e sistema de transporte associado; (iv)
Ciclo Combinado do Soyo e sistema de transporte associado; (v) Construção de Infra-estruturas
de Centralidades; e (vi) Construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda;
Despesas em Transferências de Capital, com uma taxa de execução de 37%, caracterizada pelo
reforço de recursos efectuados para o Fundo Rodoviário, a BODIVA, e o reforço a favor da
empresa SODEPAC na aquisição de imóvel; e.
As Despesas em Capital financeiro, ou seja, amortização de passivos financeiros como a Dívida
interna (i.e resgate de Bilhetes do Tesouro) e externa como amortização do capital para com as
instituições financeiras internacionais, com execução de 70% em relação a previsão, sendo
apenas 3% inferior ao Exercício de 2014.
116. Com isso, abaixo a ilustração gráfica 14, da execução da Despesa nas diferentes naturezas:
Ilustração 14 - Estrutura da Despesa Realizada
3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo
117. A Despesa por Função, apresenta o maior nível de agregação das diversas áreas de actuação no sector
público, sendo uma relação institucional dos órgãos do governo, representando a aplicação de recursos
no Sector Social, nas actividades de âmbito Económico, na esfera da Defesa e Segurança, e nos Serviços
Públicos Gerais, como apresentado no Quadro 40.
Pessoal e
Contrib.do
Empregador
93%
Bens
70%
Serviços
81%
Juros da Dívida
96%
Subsídios e
Outras
Transferências
86%
Investimentos
73%
Transferências
de Capital
37%
Despesas de
Capital
Financeiro
70%
Outras
Despesas De
Capital
22%
Reserva
Orçamental
0%
Pessoal e
Contrib.do
Empregador
95%
Bens
96%
Serviços
89%
Juros da
Dívida
91%
Subsídios e
Outras
Transferências
98%
Investimentos
96%
Transferências
de Capital
99%
Despesas de
Capital
Financeiro
89%
Outras
Despesas De
Capital
100%
Reserva
Orçamental;
0%
Execução da Despesa 2015Execução da Despesa 2014
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |43
Despesa por Função e Sub-Funcão (Valores em milhões de Kz)
N/O FUNCÕES DO GOVERNO Autorizada Realizada Exec.% Var.% Part.% Exec.%
2014 2015 2014 2015 2015 Homologa 2015 2014 2013
1 Sector Social 2.342.888 1.815.897 2.202.738 1.387.566 76% -37% 42% 94% 92%
2 Educação 458.971 476.508 405.103 420.349 88% 4% 13% 88% 88%
3 Saúde 319.348 269.149 276.185 193.199 72% -30% 6% 86% 91%
4 Protecção Social 869.298 674.800 858.822 543.988 81% -37% 16% 99% 98% 5 Habitação e Serviços Comunitários 571.688 316.836 551.885 174.518 55% -68% 5% 97% 81%
6 Recreação Cultura e Religião 81.683 47.502 73.673 34.170 72% -54% 1% 90% 85%
7 Proteção Ambiental 41.900 31.102 37.070 21.342 69% -42% 1% 88% 84%
8 Assuntos Económicos 1.415.439 574.674 1.378.698 466.757 81% -66% 14% 97% 87%
9 Agricultura, Sivicult, Pesca e Caça 60.916 39.404 50.657 30.671 78% -39% 1% 83% 81%
10 Combustíveis e Energia 289.053 187.873 287.180 182.015 97% -37% 5% 99% 89% 11 Industria Extractiva, construção 57.306 20.396 52.526 13.661 67% -74% 0% 92% 89%
12 Assuntos Econ Gerais, Com E Laborais 572.069 154.482 568.703 82.440 53% -86% 2% 99% 98%
13 Transportes 386.411 146.558 377.749 133.784 91% -65% 4% 98% 83% 14 Comunicações E Tecn Da Informação 37.741 24.412 31.072 22.868 94% -26% 1% 82% 77%
15 Outros Serviços Económicos 10.641 1.547 9.807 1.316 85% -87% 0% 92% 81%
16 Invest. E Desen. (I&D)Em Assunt.Econ. 1.302 2 1.004 2 100% -100% 0% 77% 98%
17 Defesa e Segurança 1.207.411 971.915 1.183.070 948.195 98% -20% 29% 98% 94%
18 Defesa Nacional 687.794 802.573 672.319 788.963 98% 17% 24% 98% 98%
19 Segurança e Ordem Pública 519.617 169.342 510.751 159.232 94% -69% 5% 98% 88%
20 Serviços Públicos Gerais 2.292.646 790.970 2.096.417 516.225 65% -75% 16% 91% 96%
21 Totais 7.258.385 4.153.456 6.860.923 3.318.743 80% -52% 100% 95% 92%
Fonte: MINFIN
Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função
118. Abaixo, na ilustração gráfica 15, da execução da Despesa por Função:
Ilustração 15 – Estrutura da Despesa por Função
119. A execução da Despesa por Função, apresentada no Quadro 40, retrata a execução para:
Despesas no Sector Social, com uma taxa de execução de 76% em relação a Despesa autorizada
por Lei, sendo 37% inferior em relação ao exercício fiscal e 2014, demonstrando o compromisso
em responder aos desafios no sector da educação desde o ensino primario, pós-graduação, bem
como na educação especial, numa perspectiva base para o desenvolvimento; aumentar os
serviços de saúde nos serviços hospitalares gerais e especializados; o atendimento nas questões
da família, desemprego, velhice e doença e incapacidade; o compromisso para com o crescimento
habitacional, abastecimento de água, saneamento básico e iluminação das vias públicas; os
serviços culturais, de comunidade, desportos e a promoção dos serviços religiosos; e gestão dos
residuos sólidos, redução da poluição, e os serviços de protecção ambiental;
Sector Social
81%
Assuntos
Económicos
81%
Defesa e
Segurança;
98%
Serviços
Públicos Gerais
65%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Sector Social
94%
Assuntos
Económicos
97%
Defesa e
Segurança
98%
Serviços Públicos
Gerais
91%
86%
88%
90%
92%
94%
96%
98%
100%
Sector Social
92%
Assuntos
Económicos
87%
Defesa e
Segurança
94%
Serviços Públicos
Gerais
96%
82%
84%
86%
88%
90%
92%
94%
96%
98%
Despesa por Função 2015 Despesa por Função 2014 Despesa por Função 2013
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |44
Assuntos Económicos, uma taxa de execução em 81%, em relação a Despesa autorizada, e em
66% inferior em relação a execução do ano de 2014, significando o contínuo atendimento nas
questões da agricultura como base para diversificação da economia, os transportes ferroviário,
fluvial e rodoviário; a indústria transformadora e extrativa como sector secundário do tecido
económico; o investimento em tecnologias de informação; e a actividade de comércio no geral;
Defesa e Segurança, apresentando a taxa de execução em 98%, sendo 20% inferior em relação
ao exercício fiscal de 2014, afirmando o empenho em manter a defesa militar, bem como a
redução da criminalidade por via da ordem pública, via serviços policiais, e pelos serviços de
justica, ou seja, os tribunais; e
Serviços Públicos Gerais, com taxa de execução de 65%, que em relação ao exercício fiscal de
2014 apresenta 75% abaixo, no sentido de executar as Despesas ligadas á ajudas económica
externas, as estruturas de funcionamento dos órgãos legislativos e relações exteriores, bem como
os Serviços para o atendimento da Dívida Pública no geral.
3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimentos Públicos
120. As Despesas por Função arroladas para os Programas de Investimentos Públicos, espelham de forma
númerica a execução financeira dos projectos em linha com a visão do executivo, e com o Plano Nacional
de Desenvolvimento 2013-2017, que para o exercício fiscal de 2015 realizaram-se em Kz 635.960
milhões.
121. É pertinente mencionar que as Despesas de Programa de Investimento é parte integrante na execução
da Despesa Fiscal anteriormente apresentada. Com isso, o Quadro 41 demonstra a taxa de execução
dos projectos de investimento públicos em relação à Despesa Fiscal autorizada.
Despesa PIP sobre as Despesas de Investimento (Valores em milhões de Kz)
N/O Descrição 2014 2015 Var. %
Homóloga
1 Despesa de Investimento Global Autorizada 5.911.961 3.553.022 -40%
2 Despesas PIP Realizada 1.382.597 635.960 -54%
3 Execução da Despesa PIP/Despesa Investimento 23% 18%
Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento
122. No Quadro 41, constatamos que boa parte da execução das Despesas Fiscal é resultado da execução
financeira conducente aos programas de investimentos públicos, onde para o exercício fiscal de 2015 a
execução dos Programas em relação a Despesa fiscal autorizada é de 18%, sendo o remanescente 82%
ao cuidado de outras Despesas Fiscais.
123. O Quadro 42, apresenta as Despesas de Investimentos Públicos distribuídas na forma funcional dos
sectores do governo.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |45
Despesas por Função dos Programas de Investimentos Públicos (Valores em milhões de Kz)
N/O FUNCÕES DO Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.%
GOVERNO 2014 2015 2014 2015 2015 2014 Homóloga 2015
1 Sector Social 1.265.462 389.975 594.578 219.100 56% 47% -63% 39%
2 Educação 124.771 21.373 49.801 13.666 64% 40% -73% 2% 3 Saúde 119.631 32.238 53.116 19.473 60% 44% -63% 3%
4 Protecção Social 19.175 7.254 8.271 6.294 87% 43% -24% 1%
5 Habitação e Serviços Comunitários 938.948 306.703 455.173 168.548 55% 48% -63% 30% 6 Recreação, Cultura e Religião 51.184 12.954 23.485 3.824 30% 46% -84% 1%
7 Protecção Ambiental 11.753 9.453 4.732 7.295 77% 40% 54% 1%
8 Sector Económico 1.289.359 346.576 632.764 318.364 92% 49% -50% 57%
9 Agricultura, Sivicult., Pescas e caça Ambiente 46.503 15.446 20.990 12.193 79% 45% -42% 2% 10 Combustíveis e Energia 400.486 164.361 199.201 161.081 98% 50% -19% 29%
11 Industria Extrac. Transf. E Construção 15.871 12.709 6.851 6.857 54% 43% 0% 1%
12 Assuntos Econ. Gerais, Com. E Laborais 70.832 18.230 32.526 13.831 76% 46% -57% 2% 13 Comunicação 44.189 12.548 20.788 12.281 98% 47% -41% 2%
14 Transportes 696.031 122.625 344.805 111.466 91% 50% -68% 20%
15 Invest. E Des. Em Assunt. Económicos 1.980 2 990 2 100% 50% -100% 0%
16 Outros Serviços Económicos 13.467 655 6.613 653 100% 49% -90% 0%
17 Defesa e Segurança 91.481 9.699 42.313 5.951 61% 46% -86% 1%
18 Defesa Nacional 42.950 3.165 19.385 2.769 87% 45% -86% 0% 19 Segurança e Ordem Pública 48.531 6.534 22.928 3.182 49% 47% -86% 1%
20 Serviços Públicos Gerais 233.794 17.767 112.942 13.228 74% 48% -88% 2%
21 Totais 2.880.096 764.017 1.382.597 556.643 73% 48% -60% 100%
Fonte: MINFIN
Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimentos Públicos
124. Os projectos do programa de investimento públicos inscritos no Orçamento Geral do Estado, são
executados em naturezas economicas da Despesa de construção, apetrechamento, , estudos para
construção, melhoramento e expansão de instalações, bem como reabilitação de instalações.
Ilustração 16 – Estrutura da Despesa Função – PIP
3.3.3.5. Receita e Despesa por Província
3.3.3.5.1. Receita por Província
125. A Ilustração a seguir demonstra a receita arrecadada em cada uma das 18 províncias de Angola.Os
valores da Receita apresentados por província, implicam que tenha sido prevista a sua arrecadação nessa
região por Unidades Orçamentais, pertencentes a essa mesma província.
126. Para uma análise mais perceptível da arrecadação da Receita a nível provincial, a informação por
província é apresentada através do mapa de Angola. Devemos destacar a Receita arrecadada na província
Sector Social
47%
Sector
Económico
49%
Defesa e
Segurança
46%
Serviços
Públicos
Gerais
48%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%Sector
Social
80%
Sector
Económico
81%
Defesa e
Segurança
80%
Serviços
Públicos
Gerais
85%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Despesa por Função PIP 2015 Despesa por Função PIP 2014 Despesa por Função PIP 2013
Sector
Social; 56%
Sector
Económico;
92%
Defesa e
Segurança;
61%
Serviços
Públicos
Gerais; 74%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |46
de Luanda, com um volume de Kz 2.294.119 milhões, atingindo 57% da totalidade da Receita arrecadada
por províncias.
Receita arrecadada por Província
Ilustração 17 - Receita arrecadada por província
3.3.3.5.2. Despesa por Província
127. Os valores da Despesa apresentados por província implicam, que tenha sido prevista a sua execução
nessa região por Unidades Orçamentais pertencentes a essa mesma província. Para uma análise mais
perceptível da execução da Despesa a nível provincial, a informação por província é apresentada através
do mapa de Angola.
128. A Ilustração seguinte demonstra a Despesa realizada em cada uma das 18 províncias de Angola.
129. Destaque para as províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Huíla que apresentaram um valor
realizado de Despesa superior a Kz 55.000 milhões.
130. Por outro lado, as províncias de Bengo, Cuanza Norte, Lunda Sul, Zaire, Namibe e Cunene
apresentaram os montantes de Despesa inferiores a Kz 30.000 milhões.
*Valores em milhões de Kwanzas
Cabinda
Zaire Uíge
Bengo
Luanda Cuanza
Norte Malange Lunda Norte
Lunda Sul Cuanza
Sul
Bié
Moxico Huambo Benguela
Namibe
Huíla
Cunene
Cuando Cubango
555
17.878
18.386
858
3.989 1.326 1.581
894
770
1.751
1.209
14.465
8.122
31.419 3.948
3.077
7.177
2.294.119
- 200
200 1.000
1.000 2.000
2.000 3.000
3.000 10.000
10.000
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |47
Despesa executada por Província
Ilustração 18 - Despesa executada por província
*Valores em milhões de Kwanzas
Cabinda
Zaire Uíge
Bengo
Luanda Cuanza
Norte Malange Lunda Norte
Lunda Sul
Cuanza
Sul
Bié
Moxico Huambo
Benguela
Namibe
Huíla
Cunene
Cuando Cubango
23.348
22.397
30.920
45.117
23.920 30.083
34.240
18.925
41.085
31.070
35.771
22.010
55.257
70.120 59.350
34.496
21.745
153.417
- 7.000
7.000 10.000
10.000 12.000
12.000 16.000
16.000 25.000
25.000
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |48
3.3.4. Balanço Financeiro
131. O Balanço Financeiro demonstra a Receita na óptica de Caixa e a Despesa na óptica do compromisso,
bem como os pagamentos e recebimentos de natureza extra-orçamental conjugado com os saldos em
espécie provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte.
132. Nesta demonstração são incluídas apenas as contas de natureza financeira, ou seja, aquelas que têm
como contrapartida contas de Receitas e Despesas orçamentais bem como as disponibilidades
financeiras (Bancos).
Resumo do Balanço Financeiro (Valores em milhões de Kz)
N/O Receitas 2015 2014 Var.%
Despesas 2015 2014 Var.%
Homóloga Homóloga
1 Orçamentais 3.938.465 6.551.035 -40% Orçamentais 4.394.874 6.860.923 -36%
2 Correntes 2.619.397 4.423.859 -41% Correntes 2.887.548 3.948.472 -27%
3 Capital 1.319.068 2.127.176 -38% Capital 1.507.326 2.912.451 -48%
4 Extra Orçamentais 9.022.059 10.144.023 -11% Extra Orçamentais 7.805.096 9.306.123 -18%
5 Activos a Realizar-Ex. Anter 0 726.079 -100% Activos a Realizar-Ex. Actual - - 0%
6 Passivos a Pagar – Ex. Actual 1.268.175 1.143.372 11% Passivos a Pagar – Ex. Ant. 1.143.371 539.015 112%
7 Interferências Activas 5.959.389 6.064.835 -2% Interferências Passivas 4.828.642 5.766.242 -16% 8 Mutações Activas 1.794.495 2.257.787 -21% Mutações Passivas 1.833.083 3.202.679 -43%
9 Disponibilidades – Ex. Ant. 2.919.434 2.513.337 16% Disponibilidades- Ex. Actual 3.679.988 2.986.181 26%
10 Em Moeda Nacional 1.723.036 399.094 332% Em Moeda Nacional 2.169.084 1.783.687 22% 11 Em Moeda Estrangeira 1.196.398 2.114.243 -43% Em Moeda Estrangeira 1.510.904 1.202.494 26%
12 Total 15.879.958 19.208.395 -17% Total 15.879.958 19.208.395 -17%
Fonte: MINFIN
Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro OBS: Verificar nota explicativa sobre Interferências Activas e Passivas, Mutações Activas e Passivas no Quadro 66
133. Convém aqui destacar que a expressão Extra-orçamental não se refere a pagamentos ou recebimentos
efectuados fora do OGE, mas sim às contas de Activo, Passivo e as Interferências e Mutações Activas e
Passivas de natureza financeira, portanto, não orçamentais. A forma de elaboração desse Balanço leva a
que no grupo Extra-Orçamental sejam considerados saldos das contas de Activos e Passivos Financeiros
do exercício anterior e actual com o fim de se estabelecer a variação entre eles (aumento ou redução).
134. Em síntese, o que o Balanço Financeiro procura ressaltar, é o resultado financeiro do exercício, ou seja,
o fluxo líquido da movimentação dos recursos financeiros do período (variação entre a disponibilidade
dos dois últimos exercícios), como se pode ver no Quadro 44, que evidencia o Resultado Financeiro
positivo em 2015, no valor de Kz 760.554 milhões, acumulado com o saldo proveniente do exercício
anterior.
3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro (Valores em milhões de Kz)
N/O Especificação Valor
2015
Valor
2014
Var.%
Homológa
1 Saldo das Disponibilidades Exerc. Anterior 2.919.434 2.513.337 16%
2 (+) Receitas Orçamentais (Corrente e Capital) 4.013.569 6.551.035 -40%
3 (-) Despesas Orçamentais (Corrente e Capital) 4.394.874 6.860.923 -36%
4 (+) Aumento dos Passivos 124.802 604.357 -79% 5 (+) Redução do Activo - 726.079 -100%
6 (+) Saldo das Interferências Activas 5.959.389 6.064.835 0%
7 (-) Saldo das Interferências Passivas 4.828.642 5.766.242 -15% 8 (+) Saldo das Mutações Activas 1.794.495 2.257.787 -17%
9 (-) Saldo das Mutações Passivas 1.833.083 3.202.679 -40%
10 (=) Saldo das Disponibilidades Exerc. Em Análise 3.679.988 2.919.465 27%
11 Superavit Financeiro 760.554 374.249 100%
Fonte: MINFIN
Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |49
3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis
135. Com relação a este capitulo, apresentamos as operações com a Sonangol Concessionária no Quadro
45, que para o Exercício de 2015 as exportações de petróleo atingiram um total de 643 milhões de barris,
7% acima em relação ao ano de 2014, tendo uma produção média de 1,7 milhões de barris dia,
igualmente 7% acima em relação ao Exercício anterior. O aumento em 7% na Produção diaria, bem
como nas exportações, foi insuficiente em termos de captação de Receita, uma vez que a variante preço
teve uma redução de 49%, já que o preço médio no Exercício de 2015 foi de U$D 53, significativamente
abaixo em relação aos U$D 102 no Exercício de 2014.
136. Ainda assim, a Receita Declarada (Óptica do Compromisso) atingiu o valor de USD 8 802 milhões
para o Exercício fiscal de 2015, 44% inferior quando comparado com o Exercício de 2014, o que
demonstra uma redução consideravel na arrecadação da Receita Fiscal Petrolifera para o Exercício em
analise, o que de certa forma exige um esforço no sentido de aumentar a qualidade da Despesa.
Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas (Valores em USD)
N/O Descrição da Operaç 2015 2014 Var.%
1 Exportação (Bbls) 643.507.416 599.465.706 7%
2 Produção diária 1.763.708 1.642.527 7%
3 Preço Médio 53 102 -49%
4 Receita Declarada – Sonangol
5 Concessionária Nacional 100% 8.802.582.346 15.658.299.647 -44%
6 Concessionária Nacional (93%) 8.190.108.998 19.167.223.793 -57%
8 Receita Declarada – Companhias
9 Total Companhias 4.213.779.455 9.737.401.937 -57%
10 Sonangol EP 448.457.777 1.257.677.136 -64%
11 Outras 3.765.321.678 8.479.724.801 -56%
Fonte: MINFIN Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas
137. No lado das Companhias Petroliferas, ainda no Quadro 45, assistimos também uma redução
significante, em 57% em relação ao periodo de 2014, sendo que para o exercício em análise a Receita
Declarada pelas demais Companhias Operadores foi na ordem dos U$D 4.213 milhões, e para o
Exercício de 2014 em U$D 9.737 milhões.
138. No que concerne às Companhias Petrolíferas, não se deve deixar de abordar sobre os Custos
Recuperáveis. Face a complexidade do sector, a indústria é rigorosa na classificação dos custos
associados às operações, pelo que usualmente, categoriza-os em função das fases do projecto de
investimento. A Lei n.º 13/04, de 24 de Dezembro, define o Petróleo para recuperação de custo (Cost
Oil) como sendo “ a parte do petróleo produzido e arrecadado das áreas de desenvolvimento necessário
para recuperar as despesas de Pesquisa, Desenvolvimento, Produção e Administração e Serviços. Na
prática, o petróleo para recuperação de custos (Cost Oil), característico nos Contractos de Partilha de
Produção (CPP), aglutina vários tipos de custos, designadamente, (i) custos de pesquisa, (ii) custos de
desenvolvimento, (iii) custos de produção e (iv) custos de administração e serviços. Afigura-se
necessário realçar que cada tipo de custo, obedece a metodologia própria de recuperação, conforme
estabelecido nas regras contratuais.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |50
Custos Recuperáveis das Companhias Petrolíferas (Valores em milhões de kz)
N/O Companhia Vendas
Custos
Recuperáveis
Petróleo
Lucro Imposto RP
1 Ajex - - - - 2 Ajoco 17.570 13.368 4.202 2.101
3 Ajoco91 - 8.227 - -
4 Angola Block 14 B. V. 46.166 25.838 10.379 5.190 5 Angola LNG - - - -
6 Angolan Consulting Resources 2.079 1.808 271 81
7 BP 450.667 297.847 142.740 71.370 8 BP Angola BV 123.277 84.323 35.413 17.706
9 BP Beta 32.770 22.415 9.414 4.707
10 Cabgoc 350.194 48.638 14.915 13.338 11 Chevron - - - -
12 China Sonangol International Limited 71.762 28.018 8.781 4.390
13 ENI 249.123 122.492 53.145 28.420 14 Esso 426.137 321.907 128.765 64.382
15 Force Petroleum 594 560 87 26
16 GALP Energia Overseas Block 14 B.V. 21.760 16.035 4.553 2.276
17 Ina-Naftaplin 2.617 2.883 906 453
18 KOTOIL S.A 1.171 - - -
19 Naftagas 2.892 2.883 906 453 20 PlusPetrol 1.625 1.466 248 124
21 POLIEDRO OIL CORPORATION S.A 1.223 - - -
22 Prodoil, SA 885 1.833 275 82 23 Somoil 9.237 3.469 2.014 604
24 Sonangol EP 261.626 - - 1.273
25 Sonangol P&P 243.107 140.327 97.508 29.252 26 SSI 248.787 157.031 80.933 40.467
27 Statoil 307.941 218.482 74.318 37.159
28 Statoil Dezassete AS 144.244 97.669 35.218 17.609 29 Statoil Quatro AS 7.401 6.298 1.102 551
30 Svenska - - - 8.454
31 Total 571.671 322.904 158.475 74.326 32 Total Exploration M'Bridge 74.274 44.792 25.897 10.978
33 Total LNG - - - -
34 Total 3.670.801 1.991.516 890.464 435.774
Fonte: MINFIN Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas
Custos Recuperáveis Por Blocos (Valores em milhões de Kz)
N/O Bloco Vendas Custos
Recuperáveis
Petróleo
Lucro Imposto RP
1 0 A Cabinda 434.307 - - 875
2 0 B Nemba 256.750 - - 9.697
3 01/85 - - - -
4 02/05 - - - -
5 02/85 - - - -
6 03/05 97.635 75.100 22.535 10.091
7 03/05A 5.563 3.273 2.291 1.008
8 03/80 - - - -
9 03/85 - - - -
10 03/91 - - - -
11 04/05 21.050 18.168 2.883 1.085
12 14 205.353 159.366 45.988 21.349
13 14 K/A-IMI 2.507 2.137 370 146
14 15 472.096 357.446 114.650 57.325
15 15/06 109.605 63.406 46.199 20.273
16 17 1.396.525 882.041 417.441 208.720
17 18 318.900 226.442 92.458 46.229
18 31 347.312 201.348 145.965 59.164
19 FS-FST - - - -
20 LNG - - - -
21 Zona Sul Terrestre Cabinda 3.199 2.789 410 173
22 Total 3.670.801 1.991.516 890.464 435.774
Fonte: MINFIN Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |51
3.3.5. Balanço Patrimonial
139. Esta demonstração financeira, Quadro 48, apresenta o Activo e o Passivo Líquido, as contas de Ordem
Activa e Passiva, sendo a única peça contabilística que representa uma posição estática “fotografia” de
todo o património, diferente das outras que têm uma característica dinâmica em função dos fluxos e
movimentação financeira do período.
Resumo do Balanço Patrimonial (Valores em milhões de Kz)
N/O ATIVO 2015 2014 Var.%
PASSIVO 2015 2014 Var. %
Homóloga Homóloga
1 Activo Circulante 4.906.112 3.070.739 60% Passivo Circulante 1.832.780 1.562.636 17%
2 Disponível 3.679.988 2.986.181 23% Depósitos Exigíveis 4.616 2.361 96%
3 Disponível no País 2.169.084 1.783.687 22% Obrigações em circulação 1.218.483 1.430.730 -15%
4 Moeda Nacional 804.085 461.023 74% Fornec.de Bens e Serviços 422.573 788.403 -46%
6 Moeda Estrangeira 1.364.999 1.202.494 0% Pessoal e Contrib. Empr. a
Recolher 7.861 4.134 90%
7 Disponível no Exterior 1.510.904 1.202.494 26% Dívida Púb. em Proc.de Pag. 95.965 68.201 41%
8 Moeda Estrangeira 1.510.904 1.202.494 26% Outras Obrigações A Pagar 22.369 -100%
9 Créditos a Receber 1.226.124 84.558 1350% Adiantamento Recebidos - - 0%
10 Valores Activos Pendentes - - 0% Operações de Crédito 692.084 547.623 26%
11 Realizável a Longo Prazo 891.240 324.361 175% Divida Interna 678.164 536.880 26%
12 Instituições e Agentes Devedores
324.362 324.361 0% Divida Externa 13.920 10.743 30%
13 Investimento de Longo Prazo 566.878 - 100% Subsídios e Transf.a Conceder 63.131 33.126 91%
14 Activo Permanente 9.213.256 9.334.505 -1% Outros Passivos Circulantes 124.950 21.551 480%
15 Investimento Financeiros 481.642 443.130 9% Dívidas de Exercício Anteriores 421.600 74.868 463%
16 Imobilizado 8.731.614 8.891.375 -2% Exigível a Longo Prazo 6.816.388 4.052.450 68%
17 Bens Móveis 1.694.358 1.688.011 0% Dívida Interna 2.655.147 1.732.102 53%
18 Bens Imóveis 7.020.063 7.162.256 -2% Dívida Externa 3.154.570 1.980.864 59%
19 Activos Intangíveis 17.193 17.193 Dívidas Venc. Super. a Um ano 439.793
20 Total do Activo 15.010.608 12.729.605 18% Outras Obrig. A Pagar A L. Prazo 566.878 339.484 67%
21 Outras Cont. de Ord. Activa 178.923 178.923 0% Património Líquido 6.361.440 7.114.519 -11%
22 Saldo Patrimonial 6.361.440 7.114.519 -11%
23 Total do Passivo 15.010.608 12.729.605 18%
24 Outras Contas de Ordem Passiva 178.923 178.923 0%
26 Total Geral 15.189.531 12.908.528 18% Total Geral 15.189.531 12.908.528 18%
Fonte: MINFIN
Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial
140. O Disponível de Kz 3.679.988 milhões é formado pelas disponibilidades existentes no País e no
Exterior.
141. O Disponível, apresentado como Activo no Balanço Patrimonial incorpora o valor respeitante aos
Fundos de Reserva, ou seja, a Receita Estratégica para as Infra-estruturas de Base e, a Receita resultante
do Diferencial do Preço do Petróleo, bem como os saldos resultantes dos Carregamentos de Petróleo, ao
título da Receita Dedicada ao serviço da Dívida Externa.
Saldo das Contas Dedicadas (Valores em Milhões de kz)
N/O Linha Crédito I T 2015 II T 2015 III T 2015 IV T 2015
1 Brasil 578 744 737 669
2 China 1.176 910 885 550
3 LR Finance 257 23 36 1
Fonte: MINFIN Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |52
Comportamento do Fundo de Reserva (Valores em milhões de USD)
N/O Descrição 2014 2014 2014 2014 2015 2015 2015 2015
IQ IIQ IIIQ IVQ IQ IIQ IIIQ IVQ
1 Fluxos/Flows
2 Compromisso 1.063 1.091 593 352 902 1.456 798 135
3 REPIB – Infraestrutura de Base 518 420 555 352 294 297 234 41
4 Diferencial de Preço de Petróleo 545 671 38 608 1.158 564 94
5 Fluxos de Caixa - 1.924 100 -1.560 -1.440 102 7 -514
6 REPIB - Infraestrutura - 1.924 - - -295 102 7 0
7 Entradas - - - - 144 102 7 0
8 Utilizações - 1.924 - - 439 - - - 9 Diferencial de Preço de Petróleo - - 100 -1.560 -1.145 - - -514
10 Diferença - 1.063 - 3.015 -493 -1.912 1.158 - - -
11 REPIB – Infraestrutura de Base -518 -2.344 -555 -352 -589 -195 -227 -41 12 Diferencial de Preço de Petróleo -545 -671 62 -1.560 -1.753 -1.158 -564 -608
13 Saldos /Stocks
14 Fluxos de Caixa 16.769 16.769 16.869 15.310 14.309 14.410 14.418 13.904
15 REPIB – Infraestrutura de Base 10.739 10.739 10.739 10.739 10.883 10.985 10.992 10.993
16 Saldo 5.284 3.360 3.360 3.360 3.065 3.167 3.174 3.175
17 Utilizações 5.455 7.379 7.379 7.379 7.818 7.818 7.818 7.818
18 Diferencial de Preço de Petróleo 6.030 6.030 6.130 4.571 3.426 3.426 3.426 2.911 Fonte: MINFIN
Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva
142. No exercício de 2015, as utilizações feitas com recurso à Receita Estratégica Petrolífera de Infra-
estrutura de Base (REPIB), continuaram a honrar compromissos inerentes ao Ciclo Combinado do Soyo,
no valor de USD 148 milhões, bem como Despesas ligadas à Constução do Novo Aeroporto de Luanda,
no valor de USD 291 milhões.
143. Com isso, com um saldo de abertura em USD 3.360 milhões, e utilizações no valor de USD 439
milhões, encerra o exercício com um saldo/stock de USD 3.175 milhões para o REPIB, uma vez que
obteve entradas de recursos no valor de USD 253 milhões, provientes da Receita Petrolífera.
144. Para o Diferencial do Preço de Petróleo, obtiveram-se entradas perfazendo o valor de USD 755 milhões
provenientes de regularizações do Exercício de 2014, que somando ao Saldo do Anterior de UDD 4.571
milhões, permitiu cumprir compromissos com o Serviço da Dívida, bem como transferências para contas
operadores para financiamento de Tesouraria.
145. É de notar, que a baixa entrada de recursos para o REPIB, bem como para ao Diferencial, é resultado
da baixa no preço do petróleo nas praças internacionais, já que os mesmos fundos, são alimentados em
função do comportamento desta Commodity.
146. O saldo dos Créditos em Circulação, no valor de Kz 1.226.124 milhões, acomoda a Dívida Fiscal do
sector Petrolífero, apurado após deduções dos pagamentos feitos pela Sonangol Concessionária, bem
como a Dívida Fiscal do sector Não Petrolífero resultado do novo processo de intervenção para a
captação da Receita Não Petrolífera.
147. A Dívida Fiscal não Petrolífera, irá ser regularizada em Exercícios futuros, de acordo com os
pagamentos por efectuar pelas Empresas devedoras, apurada pela Administração Geral Tributária, a
título do Imposto Industrial e Outros Tributos.
148. Os Investimentos de Natureza Financeira, são caracterizados pelo aumento de Participações do Estado
nas Empresas, bem como Aplicações Financeiras, sendo de Kz 481.642 milhões, tendo como exemplos
os Recursos transferidos para o Banco de Desenvolvimento de Angola, especificamente para alimentar
o FND, bem como a transferência de recursos para o Fundo Africano de Investimento.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |53
149. Convém referir que a rubrica Imobilizado do Balanço Patrimonial, não agrega o valor referente ao
inventário de bens das empresas do Sector Empresarial Público.
150. No exercício em questão, foram recebidas doações e distribuídas a alguns sectores do governo
(MINSA, MINARS e MED), na ordem dos Kz 1.120 milhões, em Bens Alimentares (farinhas de soja e
alimentos terapêuticos), e Bens não Alimentares, sendo estes em equipamentos hospitalares,
electrodomésticos, e carteiras e livros, no sentido de melhorar a qualidade do ensino nacional.
Doações Recebidas (Valores em Kwanzas)
N/O Doações 2015 I T 2015 II T 2015 III T 201 IV T 2015 Total
1 Ministério da Saúde 41.504.396 42.759.204 870.428.406 34.976.312 989.668.318
2 Ministério da Assist. e Reinserção Social 24.849.218 61.106.345 13.526.869 18.530.727 118.013.159
3 Ministério da Educação 9.980.288 - 3.289.367 - 13.269.655
13 Total Geral 76.333.902 103.865.549 887.244.642 53.507.039 1.120.951.132
Fonte: IPROCAC
Quadro 51 – Doações Recebidas
3.3.5.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado
151. É sabido que, constitui Fundo Autónomo o produto de Receitas especificadas que, por dispositivo
legal se vinculam à realização de determinados objectivos ou serviços de acordo com normas especiais
de aplicação. Tais Receitas, fazem-se através de dotação consignada na Lei do OGE ou em Créditos
Adicionais.
152. O Quadro 52, espelha de forma resumida, a origem e a aplicação de recursos que foram transferidos
pelo Ministério das Finanças, para o exercício económico de 2015, aos fundos de maior dimensão.
Fundos Autónomos e Caixas de Protecção Social (Valores em milhões de Kz)
N/O DESIGNAÇÃO Saldo Inicial Var. Var. Saldo Final
2015 Aumentativas Diminuitivas 2015
1 Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior 76.530 78.520 36.518 118.532
2 Fundo Soberano de Angola 481.420 133.924 53.340 562.004
3 Fundo de Garantia de Crédito 6.074 10.351 2.122 14.303 4 Caixa Social das Forças Armadas Angolanas 23.147 101.752 124.647 252
6 Fundo Nacional de Desenvolvimento 250.394 8.635 1.729 257.300
7 Fundo Activo de Capital de Risco Angolano 4.680 1.115 412 5.383 8 Fundo de Apoio para o Desenvolvimento Agrário 45 306 44 307
Total 842.290 334.603 218.812 958.081
Fonte: Fundos Autónomos e Caixa Social
Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social
Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior
153. A Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior, foi criada pelo decreto n º43/08, de 14 de Julho,
e tem como objectivo captar e gerir recursos, de forma a garantir o pagamento das prestações da
protecção social obrigatória dos funcionários do regime especial de carreiras do Ministério do Interior,
tais como a Polícia Nacional, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Serviços Penitenciários e Serviço
de Migração e Estrangeiros.
154. Para o exercício de 2015, a Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior arrecadou Receitas no
valor de Kz 78.520 milhões, distribuídos por Contribuições dos Trabalhadores e Entidade Empregadora;
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |54
Transferências provenientes do Tesouro Nacional (OGE); Descontos do Condomínio Acácias; Juros de
Aplicações em Rendas Fixas; Comparticipação de Funcionários na Aquisição de Bens Alimentares.
155. No lado das Despesas, a Caixa Social realizou o valor de Kz 36.518 milhões, referente a Despesas com
a Protecção Civil e com a Administração, Dedução do Imposto de Aplicação de Capitais, pagamento da
pensão de reforma, sobrevivência, subsídio por morte, subsídio de desmobilização dos ex-Minse, bem
como, o pagamento das despesas administrativas. Ainda, foram realizados investimentos no montante
de Kz 1.038 milhões, em projectos habitacionais para melhorias de condições dos efectivos do Ministério
do Interior. Estes investimentos foram suportados com recursos provenientes dos exercícios anteriores.
Com a Receita obtida, foi possível o início das obras das Direcções Provinciais da CPS/Minint a nível
de algumas províncias, estudos de mercado, de forma a identificar e melhorar a política de investimentos
do fundo de financiamento do sistema de protecção social, com a menor exposição de risco e capacitação
dos quadros do sector para atender a novos desafios.
Fundo Soberano de Angola
156. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA), é uma instituição pertencente ao Estado, que integra a
administração indireta do Executivo. A actividade do FSDEA, é regulada pelos (i) Decretos
Presidenciais 89/13, de 19 de Junho e, 135/15, de 12 de Junho, que define o Estatuto Orgânico, (ii)
Decreto Presidencial 107/13, de 28 de Julho, que desenvolve a Política de Investimento e (iii) Decreto
Presidencial 108/13, de 28 de Junho, que estipula os Regulamentos de Gestão.
157. Na aplicação dos seus activos, numa medida de rentabilização e não só, o Fundo Soberano de Angola
obteve Receitas no valor de Kz 133.924 milhões, que permitiu o pagamento de Despesas no valor de Kz
53.340 milhões, com Pessoal, Despesa básicas para o funcionamento da instituição, auditorias e
consultorias para Gestão de Projectos, permitindo a implementação da estratégia de investimento, a
diversificação da carteira de activos, incluindo formação do pessoal
158. O Fundo Soberano de Angola tem os seus activos maioritáriamente em Private Equity, 58%, sendo o
restante em Activos de Renda Fixa, Renda Variável, e um aumento em Hedge Funds, sendo as activos
finais em Fundos Globais e Dinheiro Disponível.
159. Além dos investimentos financeiros, o FSDEA apoia projectos de desenvolvimento dos quais
Hotelaria, infraestruturas, agricultura, mineração, madeira e saúde, que foram de forma estratégica
implementados em vários países da África Subsariana.
160. Com relação a Gestão de Risco, houve um reforço das posições de renda fixa com uma Yield alta em
detrimento das Yield baixa. O risco de preços das acções também permaneceu dentro do limite
estabelecido, no entanto, alguns derivativos usados na cobertura da carteira venceram, aumentando
ligeiramente o risco no final do Exercício.
Valor dos Fundos de Investimento - FSDEA (Valores em milhões de Kz)
N/O Investimentos Alternativos Em: Capital Valor Actual
Líquido
% Capital
Subscrito
% Valor Actual
Liquido Subscrito
1 Infraestrutura 171.173 146.382 40,0% 39,8%
2 Imobiliário 77.806 66.256 18,2% 18,0%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |55
N/O Investimentos Alternativos Em: Capital Valor Actual
Líquido
% Capital
Subscrito
% Valor Actual
Liquido Subscrito
3 Financiamento Mezanino 31.122 26.884 7,3% 7,3%
4 Saúde 38.903 33.737 9,1% 9,2% 5 Agricultura 35.013 30.456 8,2% 8,3%
6 Ramo Florestal 35.013 30.508 8,2% 8,3%
7 Ramo Mineiro 38.903 33.739 9,1% 9,2%
8 Total 427.933 367.962 100% 100%
Fonte: FSDEA
Quadro 53 – Fundos de Investimento - FSDEA
161. Para os Fundos de Investimentos temos:
Fundo de Infraestrutura:
o 2% em operacionalização; 16% em negociação, e 81% em selecção;
o 16% em Angola; 2% no Quénia e 81% em selecção.
Fundo Hoteleiro:
o 28% em Fase de negociação e 72% em fase de seleção;
o 15% em Angola; 13% na Nigéria e 72 em selecção.
Fundo de Garantia de Crédito
162. O Fundo de Garantia de Crédito, como pessoa colectiva dotada de personalidade Jurídica e autonomia
administrativa e financeira, competindo-lhe a defesa, promoção e desenvolvimento equilibrado do
Sistema Nacional de Garantias, tem como objectivo:
Garantir o cumprimento das obrigações assumidas pelos agentes económicos no âmbito do
mecanismo de Garantias Públicas;
Servir de Contra garantias às garantias prestadas pelas Sociedades de Garantia, destinadas a
assegurar o cumprimento das obrigações contraídas por Beneficiários;
Promover e realizar as acções necessárias para assegurar a solvabilidade das Sociedades de
Garantia de Crédito, bem como fixar, em função dos capitais próprios das sociedades, o montante
fixo em cada momento, do saldo vivo da carteira de garantias concedidas.
163. Com a emissão de garantias, para a implementação de projectos estratégicos no ramo da Agricultura,
Indústria Transformadora, Materiais de Construção e serviços de apoio ao Sector Produtivo, o Fundo de
Garantia de Crédito obteve Receitas no valor de Kz 10.351 milhões, permitindo com isso, o pagamento
de vencimentos e as Despesas inerentes aos vencimentos (INSS/IRT), pagamentos aos serviços de
auditoria e consultoria, seguros, alugueres e rendas, bem como o investimento em obras e reabilitação
de instalações.
Caixa Social das Forças Armadas Angolanas
164. A Caixa Social das Forças Armadas, continua com as suas actividades consignadas em:
Aprimorar a metodologia de cobrança das contribuições;
Continuar a trabalhar no processo de transformação da Caixa de Segurança em instituto público;
Implementar planos de introdução das tecnologias de informação e comunicação;
Contínua qualificação técnica dos recursos humanos;
Melhor controlo e a gestão dos beneficiários do Sistema Social; e
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |56
Modernizar o sistema de Segurança Social das Forças Armadas.
165. Para responder às demandas agregadas nas activadades acima arroladas, a Caixa Social das FAA,
obteve Receitas no valor de Kz 101.752 milhões, sendo estas provinientes do OGE, Juros de Aplicações
em Depósitos a Prazo, e Contribuições dos Militares, permitindo assim o pagamento de Despesas no
valor de Kz 124.647 milhões, com reforço ao saldo do Exercício Anterior, em vencimento com pessoal
civil e pensões, Despesas básicas para o funcionamento das instalações, e Outros serviços essenciais,
bem como obras de investimento.
Fundo Activo de Capital de Risco Angolano
166. O Fundo Activo de Capital de Risco Angolano, foi instituído através do Decreto Presidencial nº108/12,
de 7 de Junho. Durante o período em análise, o FACRA foi contactado por 92 entidades para recolha de
informação e recebeu 63 propostas de investimento, das quais 7 para o sector das TIC´s; 15 para o sector
Agrícola, 25 do sector Industrial e 15 ligadas ao sector dos Serviços, sendo os prioritários a Agriculutra
e Indústria.
167. As actividades do FACRA estiveram centradas na execução integral dos seus compromissos de
investimento e no acompanhamento a nível estratégico, financeiro e operacional dos projectos cuja a
assinatura do contrato de investimento e escritura pública estivessem executadas, designadamente,
pagamentos móveis, contact center e padaria industrial.
168. Pagamento Móveis, trata-se de um projecto consubstanciado na gestão de pagamentos à base de
telemóveis, com Receitas provenientes das comissões de cada transacção. O Contact Center está focado
na oferta de serviços alargados de call center inbound/outbound, como apoio ao cliente, telemarketing,
serviços especializados de cobrança e recuperação de crédito, retenção/fidelização de clientes, gestão de
redes sociais, SMS para campanhas promocionais e entre outros produtos. A Padaria Industrial, trata-
se do primeiro micro-investimento do FACRA, estando relacionado com a implementação de uma mini-
indústria, com a capacidade de 2000 pães/dia.
Fundo Nacional de Desenvolvimento
169. Como estipulado na Lei 9/06, de 29 de Setembro, o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND),
gerido pelo Banco de Desenvolvimento de Angola, foi criado para fomentar a actividade produtiva do
sector privado nacional, no âmbito dos programas de desenvolvimento do país. O Fundo Nacional de
Desenvolvimento é uma conta registada no Banco de Desenvolvimento de Angola, como depósito de
fundos do Tesouro Nacional, suplementares ao capital do Banco de Desenvolvimento de Angola.
170. No desenrolar das suas actividades, o FND obteve Receitas no valor de Kz 8.635 milhões, provenientes
do Tesouro Nacional e pela sua remuneração bruta. Isso permitiu ao longo do Exercício efectuar
Despesas no valor de Kz 1.729 milhões. No financiamento aos sectores productivos, o FND é testemunha
em criar Empregos, sendo Agricultura 6.694; Comércio e Serviços 1.561 e Indústria Transformadora
7.363, gerando um VAB Potencial por sectores até o período em análise de Kz 2 milhões.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |57
Instituto Nacional de Segurança Social
171. O Instituto Nacional de Segurança Social, é um instituto público dotado de personalidade jurídica e de
autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão sob a tutela do Ministério da
Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, com os seguintes objectivos:
Arrecadar directamente as contribuições que lhe são devidas;
Conceder prestações de Segurança Social; e
Gerir directamente os fundos de reserva constituído.
172. Em função do quadro de implementação do Plano de Gestão e Sustentabilidade da Segurança Social,
foi possível obter as estatísticas básicas de contribuintes, segurados e pensionistas, como apresentado no
Quadro 54.
Indicadores Sociais
N/O Descrição 2015 2014 2013 2012 2011 Var.%
2014-2015
Cresc.%
2011-2015
1 Contribuintes 110.957 95.547 79.285 45.273 37.016 16% 200% 2 Segurados 1.430.258 1.288.899 1.164.377 1.061.766 97.985 11% 1360%
3 Pensionistas 111.196 103.783 93.909 102.281 76.698 7% 45%
Fonte: INSS
Quadro 54 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas
173. Nota-se um aumento de 16% em comparação com o Exercício de 2014, sendo tal aumento, resultado
do incremento na constituição de pequenas empresas, significando a geração de emprego na economia,
e também pela actualização das empresas, que há muito deixaram de efectuar as suas contribuições. Com
isso, aumentou também o número de segurados em 11%, como processo convencional da Segurança
Social, nos direitos e obrigações que os mesmos têm como trabalhadores.
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário
174. O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário, instituição com dependência directa do Ministério da
Agricultura, criado por Decreto Executivo, conjunto nº2/86 de 20 de Janeiro, dos Ministério das Finanças
e da Agricultura, tem como objectivo garantir a cobertura financeira das acções viradas para o
desenvolvimento da produção alimentar camponesa, através da generalização das inovações técnicas e
culturais que permitem o aumento da produção e da produtividade.
175. Tem como origem das suas Receitas, doações em espécie recebidas de ajudas multilaterais e bilaterais
que não sejam objectos de acordos específicos e de recursos ordinários, provenientes do Orçamental
Geral do Estado, quando os recursos financeiros do FADA se demonstrem insuficientes, sendo essas
doações depositadas num prazo de 90 dias em conta bancária titulada pelo FADA.
3.3.5.2. Inventário Geral de Bens Públicos
176. Pelo trabalho de inventariação dos Bens Públicos no Exercício em análise, apurou-se um valor de Kz
4.548.971 milhões, para os Órgãos Centrais e Locais, sendo 15% acima em relação ao Exercício de
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |58
2014. Ainda, incorporando o Sector Empresarial Público, o Bens Públicos aumentaram para Kz
7.465.461 milhões, representando um aumento de 33%, quando comparado com o Exercício anterior.
177. Ainda que com o impacto das Amortizações no Exercício de 2015, na verdade reflecte o valor líquido
dos bens, o valor dos Bens Públicos aumentou, demonstrando avanços significativos no processo de
inventariação, e o compromisso das UO´s/OD´s em conformar os Activos do Estado com o seu valor
real.
Inventário Geral de Bens Públicos (Valores em milhões de Kz)
N/O Tipo de
Administração
Inventário Líquido Part.% Part.% Part.% Var. %
2015 2014 2013 2015 2014 2013 Homóloga
1 Central 1.064.495 724.439 657.819 14% 13% 11% 47%
2 Local 3.484.476 3.227.072 3.579.217 47% 58% 59% 8%
3 Sub - Total 4.548.971 3.951.511 4.237.036 61% 71% 70% 15% 4 Sector Empresarial 2.916.490 1.644.244 1.837.074 39% 29% 30% 77%
5 Total 7.465.461 5.595.755 6.074.110 100% 100% 100% 33%
Fonte: MINFIN
Quadro 55 – Inventário Geral de Bens Públicos
3.3.5.3. Restos a pagar
178. É considerado Restos a Pagar, toda a Despesa que incorreu ao processo convencional da Despesa, pela
emissão da nota de Cabimentação, permitindo assim a geração da Liquidação da Despesa suportado na
figura do Liquidador em função da entrega do bem pela prestação do serviço, e que não tenha sido
efectuado o pagamento da mesma Despesa no ano de competência, que para o Exercício de 2015, é de
Kz 491.786 milhões, dos quais aqueles com impacto de Tesouraria o valor de Kz 328.231 milhões, e
remanescente suportados com Financiamento Interno e Externo, sendo no global 2% inferior em relação
ao Exercício de 2014.
Restos a Pagar/Dívida Flutuante (Valores em milhões de Kz)
N/O Descrição de Restos a Pagar Valor 2015 Valor 2014 Var.%
Homóloga
1 Liquidação OS 65.989 249.706 -74%
2 Bens E Serviços 33.243 40.878 -19% 3 Outras Despesas De Capital 24.327 184.000 -87%
4 Outras Transferências 1.343 9.555 -86%
5 Pessoal 6.468 4.981 30% 6 Transferência Subsídio A Preço 608 10.292 -94%
7 Ordem De Saque Electrónica 425.797 254.273 67%
8 Bens E Serviços 130.458 119.544 9%
9 Outras Despesas De Capital 227.469 121.440 87%
10 Outras Transferências 16.643 0 100% 11 Pessoal 1.404 0 100%
12 Transferência Subsídio A Preço 47.648 0 100%
13 Juros - Dívida Interna 280 29 866% 14 Transferência Subsídios Operacionais 1.897 13.260 -86%
15 Total 491.786 503.979 -2%
Fonte: MINFIN
Quadro 56 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante
3.3.6. Demonstração das Variações Patrimoniais
179. A Demonstração das Variações Patrimoniais, evidencia as mutações verificadas no Património, bem
como apura o Resultado no Exercício, que para o Exercício de 2015, foi Kz 350.148 milhões positivos,
apurado pelo Resultado Orçamental, e as Mutações Patrimoniais Activas e Passivas.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |59
Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial (Valores em milhões de Kz)
N/O ESPECIFICAÇÃO 2015 2014 Var.%
Homóloga
1 (+)Receitas Orçamentais (Correntes e Capital) 3.938.465 6.551.035 -40%
2 (-) Despesas Orçamentais (Correntes e Capital) 4.394.874 6.916.092 -36%
3 Resultado Orçamental (Déficit) -456.409 -365.057 25%
4 (+) Mutações Patrimoniais Activas Orçamentais 2.999.436 3.671.569 -18%
5 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Orçamentais 2.754.972 4.711.140 -42%
6 (+) Interferências Activas Orçamentais 1.477.036 1.941.424 -24%
7 (-) Interferências Passivas Orçamentais 1.440.285 1.987.117 -28%
8 (+) Mutações Patrimoniais Activas Extra Orçamentais 13.286.317 4.336.447 206%
9 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Extra Orçamentais 13.854.972 4.885.203 184%
10 (+) Interferências Activas Extra Orçamentais 4.482.354 4.096.069 9%
11 (-) Interferências Passivas Extra Orçamentais 3.388.357 3.624.890 -7%
12 (=) Resultado Patrimonial do Exercício 350.148 -1.527.898 77%
Fonte: MINFIN
Quadro 57 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial
180. O Resultado Patrimonial apresentado, respeitante ao exercício de 2015, utiliza o resultado orçamental
no período em análise, sendo este negativo, em Kz 456.409 milhões, bem como as Mutações Activas e
Passivas, sendo estas apuradas a título de contas de resultado, que regista a emissão de papéis
(Obrigações do Tesouro) para efeitos de pagamento dos Atrasados, e a própria compensação da
diminuição das Receitas Fiscais em virtude da diminuição do preço do petróleo.
181. O Quadro 66, apresenta os conceitos das contas das Interferências Activas e Passivas e das Mutações
Patrimoniais Activas e Passivas. Cabe destacar neste contexto, que a utilização destas contas decorre da
obrigatoriedade de se registar contabilisticamente a execução do orçamento (conforme o que dispõe a
Lei do OGE). Este registo contabilístico, constitui-se no fundamento básico da contabilidade pública e,
caracteriza-se na principal diferença em relação aos fundamentos da contabilidade aplicada ao sector
empresarial, que não está sujeita a contabilização orçamental.
3.3.7. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola
182. A posição patrimonial do Banco Nacional de Angola está de acordo as orientações técnicas e os
princípios consagrados nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo
International Accounting Standards Board (IASB), sendo o seu Activo em Kz 4.074.424 milhões, e um
Passivo de Kz 3.452.173 milhões, como apresentado no Quadro 58.
Balanço Patrimonial do Banco Central (Valores em milhões de Kz)
N/O Activos 2015 2014 Var.%
Passivos 2015 2014 Var.%
Homologa Homologa
1 Ouro 85.106 72.232 18% Notas e Moedas em Circulação 519.588 477.975 9% 2 Activos sobre o Exterior 3.422.881 2.951.415 16% Reservas Bancárias 1.111.718 759.715 46%
3 Activos Internos 464.629 340.292 37% Mercado Monet. Interbancário 43.914 342.956 -87%
4 Activos Tangíveis e Intang 31.727 26.786 18% Conta Única do Tesouro 1.380.718 1.203.526 15% 5 Outros Activos 70.081 40.852 72% Outras Responsab. Bancárias 138 0 100%
6 - - 0% Fundo Monetário Internacional 103.081 159.107 -35%
7 - - 0% Outros Passivos 293.016 179.755 63% 8 - - 0% Total do Passivo 3.452.173 3.123.034 11%
9 - - 0% Capitais Próprios 622.251 308.542 102%
10 Total 4.074.424 3.431.576 19% Total 4.074.424 3.431.576 19%
Fonte: BNA
Quadro 58 – Posição Patrimonial do Banco Central
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |60
183. O Activo do Banco Nacional apresenta um valor de Kz 4.074.424 milhões, aumento de 19%
comparando com o Exercício de 2014:
Aumento dos Activos Internos em 37%, associado essencialmente ao aumento de Kz 98.318
milhões das operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações
de política monetária;
Investimento na construção e reabilitação do património do Banco, que se reflectiu num aumento
líquido de Kz 4.941 milhões, do Activos Intangíveis; e
Reconhecimento de Kz13.539 milhões em Outros Activos, referente aos valores monetários a
serem repatriados no âmbito do Acordo de Conversão Monetária com o Banco da Namíbia;
184. O Passivo apresenta um saldo de Kz 3.452.173 milhões, um aumento de 11% comparado com o
Exercício de 2014, em que:
Aumento de 46% das Reservas Bancárias, decorrente da publicação dos Instrutivos nº 03/2015
de 23 de Fevereiro e nº 16/2015 de 22 de Julho, que aumentaram a percentagem das reservas
obrigatórias em moeda nacional de 15% para 20% e de 20 para 25%, respectivamente, sobre os
activos elegíveis;
Diminuição de 87% do Mercado Monetário Interbancário, decorrente da diminuição das
operações ocasionais de absorção de liquidez das instituições de crédito;
Aumento de Kz177.192 milhões do saldo da Conta Única do Tesouro (CUT), explicada
essencialmente pelo efeito da actualização cambial das posições em moeda estrangeira, tendo
este efeito sido parcialmente compensado pela redução destas posições decorrente dos
pagamentos efectuados em nome do Tesouro;
Redução de 35% das responsabilidades para o Fundo Monetário Internacional (FMI), decorrente
da contínua amortização do empréstimo celebrado no Standby Arrangement.
185. Os Capitais Próprios do Banco Nacional de Angola, reportam um valor de Kz 622.251 milhões,
aumento 102% comparando com 2014, explicado por:
Aumento nas Reservas de Reavaliação Cambial em Kz 328.668 milhões,
Resultado do Exercício de 2015 de Kz 12.949 milhões, e
Compensação pela distribuição de dividendos ao Ministério das Finanças, referente ao resultado
do Exercício de 2014, no valor de Kz 8.737 milhões, e pela redução de Kz 19.151 milhões da
Reserva de Reavaliação de justo valor, justificada maioritariamente pela desvalorização da
cotação do ouro no Mercado.
3.3.8. As Empresas do Sector Empresa Público - ISEP
186. O Instituto para o Sector Empresarial Público cumpre com a missão de natureza técnica de:
Acompanhar e auxiliar a gestão das empresas públicas, com vista à realização de valor
acrescentado em máximas condições de eficiência;
Dar continuidade aos processos de privatizações e reprivatizações, redefinindo a política
subjacente a estes processos; e
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |61
Gerir e supervisionar a função accionista do Estado nas Empresas em que esse detém
participações.
187. As empresas que integram este sector, desempenham um papel importante na estratégia económica e
social do executivo, na medida em que são detentoras de capacidade administrativa, financeira e
patrimonial, e estão inseridas nos mais diversos sectores de actividade, destacando-se os sectores em que
o Estado detém reserva absoluta e relativa.
188. Para o Exercício de 2015, as empresas dos diversos sectores da nossa economia e actividade,
apresentaram os seus relatórios de gestão e contas, referente ao exercício em análise, permitindo assim
o processo anual de homologações de contas, a uma avaliação abrangente nos domínios da: (i)
governação pública, (ii) governação corporativa, (iii) estratégia, (iv) operações, (v) contabilidade e
prestação de contas, e (vi) a conformidade legal das respectivas empresas. Com isso, foi possível apurar
e avaliar a capacidade em termos de desempenho em todos os campos das respectivas empresas,
acompanhadas pelo ISEP, pelo “core business”, permitindo apurar a posição patrimonial nos sectores
de actuação, bem como o fluxo resumido da Demonstração dos Resultados.
Posição Patrimonial por Sector das Empresas Públicas (Valores em milhões de Kz)
N/O Sector Activo Passivo Capital Próprio
2015 2014 2015 2014 2015 2014
1 Finanças 1.893.822 1.711.558 1.648.168 1.509.741 245.654 201.816
1.1 Banca 1.768.805 1.591.391 1.585.634 1.450.117 183.171 141.274 1.2 Seguros 124.860 86.907 62.378 58.832 62.482 28.075
1.3 Finanças (Outros) 157 33.259 156 792 1 32.467
2 Petróleos 6.346.760 5.357.131 3.817.645 3.212.534 2.529.115 2.144.598 3 Economia 1.285.627 14.991 15.412 14.349 1.270.215 641
4 Agricultura 11.315 11.261 8.470 16.512 2.845 -5.251
5 Pescas 3.577 3.775 1.665 1.599 1.912 2.176 6 Comércio 7.958 7.384 7.264 5.926 694 1.458
7 Indústria 50.435 45.748 28.308 19.348 22.127 26.400
8 Geologia e Minas 65.801 51.369 34.139 16.714 31.662 34.655 9 Energia e Águas 593.994 910.654 275.150 508.260 318.844 402.394
10 Construção 731 2.794 1.496 3.299 -765 -505
11 Transportes 336.554 300.399 275.222 210.299 61.332 90.100 12 Defesa Nacional 8.784 21.973 8.286 13.184 498 8.789
13 Telecomunicações TI 155.109 162.106 157.195 156.031 -2.086 6.075
14 Comunicação Social 77.470 78.638 29.667 30.792 47.803 47.846 15 Conselho de Ministros 10.080 10.644 8.652 9.335 1.428 1.309
16 Gov. Prov. Luanda 21.614 22.243 24.683 28.001 -3.069 -5.759
17 Total 10.869.631 8.712.670 6.341.422 5.755.926 4.528.209 2.956.744
Fonte: ISEP
Quadro 59 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP
Resumo por Sector da Demonstração dos Resultados das Empresas do SEP (Valores em milhões de Kz)
N/O Sector Proveitos
Resultados
Operacionais RAI Resultados Líquidos
2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014
1 Finanças 77.469 62.809 -1.583 6.047 - 12.575 8.561 - 12.805 648
1.1 Banca 77.318 62.679 -2.531 4.350 - 13.406 7.034 - 13.644 - 938 1.2 Seguros - - 943 1.704 836 1.584 836 1.584
1.3 Finanças (Outros) 151 130 5 - 7 - 5 - 57 3 2
2 Petróleos 2.349.686 3.498.997 58.997 337.797 222 427 47.169 139.162 3 Economia 505 618 - 527 - 285 - 639 86 - 639 55
4 Agricultura 6.688 5.378 - - - 312 - 2.062 - 674 - 2.114
5 Pescas 6.608 4.870 177 294 55 60 38 42 6 Comércio 5.907 756 162 - 1.389 - 618 - 1.600 - 618 - 1.600
7 Indústria 47.011 47.550 10.556 11.458 5.668 11.384 4.177 8.771
8 Geologia e Minas 3.834 1.687 - 3.877 - 4.061 1.858 1.039 1.858 1.050 9 Energia e Águas 136.561 20.412 - 88.816 1.194 11.049 126 - 3.071 - 915
10 Construção 278 1.135 - 31 31 - 35 - 375 - 35 - 375
11 Transportes 138.309 140.342 - 10.420 1.809 - 58.946 - 12.192 - 61.684 - 16.160 12 Defesa Nacional 243 367 - 514 - 292 251 285 251 199
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |62
N/O Sector Proveitos
Resultados
Operacionais RAI Resultados Líquidos
2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014
13 Telecomunicações TI 21.410 23.605 - 4.111 - 3.890 - 9.597 - 9.580 - 9.596 - 9.579 14 Comunicação Social 26.905 29.055 - - - 1.749 - 3.887 - 1.276 - 3.256
15 Conselho de Ministros 2.621 3.309 268 925 169 807 118 565
16 Gov. Prov. Luanda 16.431 26.663 115 - 453 91 - 445 91 - 445
17 Total 2.840.466 3.867.553 - 39.604 349.185 - 65.108 - 7.366 - 36.696 116.048
Fonte: ISEP
Quadro 60 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP
189. Ainda assim, abaixo apresentamos os indicadores económicos das Empresas Públicas com maior
volume de negócio, o que permite assim, avaliar o desempenho financeiro, bem como a robustez
económica das respectivas Empresas.
Indicadores Económicos das Empresas SEP (Valores em milhões de Kz)
N/O Indicadores Financeiros PRODEL ZEE TAAG PORTO
LUANDA ENDIAMA TPA SONANGOL
ANGOLA
TELECOM
1 Activo 476.804 1.285.627 133.166 33.825 62.860 21.914 6.346.760 148.935
2 Passivo 167.791 15.412 181.275 10.738 28.343 11.008 3.817.645 154.221
3 Capital Próprio 309.013 1.270.215 -48.109 23.087 34.517 10.906 2.529.115 -5.286
4 Resultados Líquidos 231 -639 -60.091 2.404 3.682 -509 47.169 -9.475
5 Autonomia Financeira 65% 99% -36% 68% 55% 50% 39% -4%
6 Solvabilidade 184% 8241% 27% 215% 122% 99% 66% -3%
7 Liquidez Geral 38% 3% 12% 209% 32% 211% 88% 121%
8 Rotação Activo 5% 0,02% 56% N/D 0% 5% 36% 10%
9 ROE (Return On Equity) 0,1% -0,05% 125% 45% -14% -5% 2% 179%
10 ROA (Return On Assets) -2% -0,04% -10% 10% 11% -1% 1% -3%
Fonte: ISEP
Quadro 61 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas
3.3.9. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro
190. O Estado participa nas empresas do sector empresarial público de forma directa, nos diversos sectores
de actividade das respectivas empresas dentro do território angolano, bem como no estrangeiro, sendo
essas participações de forma maioritária ou mesmo de forma minoritária.
Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no País N/O Sector Empresa Localização Part.%
1 Agricultura ALDEIA NOVA WACO KUNGO,SA K. Sul 4%
2 Indústria
CUCA SARL Luanda 1% 3 EKA, SARL K. Norte 4%
4 Comércio FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LUANDA Luanda 33%
5 Hotelaria
HOTEL MOMBAKA Benguela 10% 6 HOTEL MUNDIAL Luanda 10%
7 Indústria
NGOLA, SA Huíla 1%
8 SIGA, SARL Luanda 0%
9 Mineiro SODIAM, SA Luanda 1%
10 Transportes STAR MOTORS ANGOLA, SARL Luanda 10% Fonte: ISEP
Quadro 62 – Participações Directas do Estado no País
Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no Estrangeiro N/O Designação da Sociedade Nº de Acções Detidas Preço Unitário Valor Moeda
1 Royal Dutch Shel 20219 21 428.038 EUROS
2 Abbot Laboratores 51200 45 2.299.392 USD 3 Anadarko Petroleum Corp. 2466 49 119.798 USD
4 BP, PLC 5606 31 175.244 USD
5 CSX Corporation 3600 26 93.384 USD 6 Chevron Texaco Corp. 2648 90 238.214 USD
7 The Dow Chemical Company 2416 51 124.376 USD
8 Exxcon Mobil Corp. 7286 78 567.944 USD
9 International Paper Company 2000 38 75.400 USD
10 Veritiv 38 36 1.378 USD
11 Praxair Inc. 3000 102 307.200 USD
Fonte: ISEP Quadro 63 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |63
3.3.10. Subsídios á Preço Transferidos para as Empresas. Subvenções aos Combustíveis
191. A Politica de Subsídios a preços é um instrumento de política económica importante, mas com carácter
provisório, não sendo um modo de financiamento permanente. Tem como objectivo fomentar o
desenvolvimento de um determinado sector, e promover a transferência de rendas em benefícios dos
produtores, para o interesse público. Com isso, foi apurado um valor em Subsídios na Ordem dos Kz
277.844 milhões, sendo que o Estado suportou via Tesouro Nacional, o valor de Kz 145.611 milhões.
Subsídios á Preço para as Empresas (Valores em milhões de kwanzas)
Fonte: MINFIN
Quadro 64 – Subvenções Operacionais para as Empresas
192. Em sede das subvenções, abaixo apresentam-se as subvenções da Sonangol aos combustíveis nos
respectivos produtos/derivados.
Subvenções aos Preços dos Combustíveis (Valores em milhões de kwanzas)
N/O Produto ITrimestre IITrimestre III Trimestre IV Trimestre Total
1 LPG 13.704 9.977 9.482 9.688 42.851
2 Gasolina 2.597 -159 0 0 2.438
3 Petróleo 771 508 482 787 2.547 4 Gasóleo 28.489 25.022 22.754 13.127 89.391
5 Gasolina (Pumangol) 5.860 2.160 0 0 8.020
6 Petróleo (Pumangol) 1.474 1.154 480 341 3.448 7 Gasóleo (Pumangol) 8.318 3.031 5.032 5.537 21.918
8 Gasóleo (Sonangalp) 0 0 0 549 549
9 Reajuste (Jan a Maio 2015) 4.302 1.579 5.881 10 Reajuste SNLL 0 0 0 8.429 8.429
11 Total 61.211 45.994 39.808 38.457 185.470
Fonte: Sonangol, EP Quadro 65 – Subvenções aos Combustíveis
SECTORES Produtos I T II T III T IV T Total
Derivados do Petróleo
Gasolina 8.682 2.001 - - 10.683
Gasóleo 37.889 33.918 28.201 23.455 123.463
Petróleo 2.300 1.132 920 769 5.121
Ajustamento SNLL - - - 4.825 4.825
LPG 14.078 10.815 9.623 10.221 44.737
Sub-Total 62.948 47.866 38.744 39.271 188.829
Energia Eléctrica
ENE 10.326 9.038 - - 19.364
EDEL 3.243 2.116 - - 5.359
ENDE - 6.951 18.267 22.101 47.320
Sub-Total 13.568 18.105 18.267 22.101 72.042
Águas
EPAL 1.238 1.315 1.282 1.347 5.182
EASB 452 466 445 440 1.803
EASL 379 430 385 357 1.552
Sub-Total 2.070 2.210 2.112 2.145 8.537
Transportes Rodoviários
Urbanos
TCUL 33 37 53 25 148
Macon 572 709 929 942 3.153
TURA 223 276 385 390 1.274
Angoaustral-T4 363 466 625 630 2.085
SGO 324 380 497 505 1.707 Sub-Total 1.516 1.869 2.489 2.493 8.367
Transportes Marítimos
(TMA)
Antares 10 11 5 5 31
Altair 12 9 4 3 27
CAT-Angola - - 0 3 4
Panguila - - 1 3 4
Macôco - - 0 2 2
Cacuaco - - - 1 1 Sub-Total 22 20 10 17 69
Total 80.125 70.071 61.622 66.027 277.844
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |64
193. No Quadro 65, é possível notar que para o exercício de 2015 houve um total de subvenções de Kz
185.470 milhões, distribuídos pelos diferentes produtos/derivados do petróleo. Ainda, verifica-se uma
queda considerável a partir dos IV Trimestre de 2015, resultado da estratégia de redução da Despesa
para subvencionar os combustíveis, e canalizar recursos para o atendimento de questões do âmbito
social, como a Educação, Saúde, e Protecção Social.
3.3.11. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado
194. O valor dos Benefícios Fiscais, foi estimado tendo em consideração as isenções concedidas pela extinta
ANIP, com base na lista de projectos e fonte da extinta Direcção Nacional de Impostos Para o Exercício
de 2015, as isenções fiscais foram de Kz 71 mil milhões, sendo Kz 203 mil milhões para Isenções
Aduaneiras
Ilustração 19 – Isenções Fiscais 2015
68,6
216
71,4
203
0
50
100
150
200
250
Isenções Fiscais Isenções Aduaneiras
Kz
Mil
Mil
hõ
es
2015
2015
2014
2014
56
10
63
5
66
6
0
10
20
30
40
50
60
70
Imposto Industrial IACapital
Kz
Mil
Mil
hõ
es
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |65
Quadro Explicativo das Contas de Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas
Quadro 66 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas
CONTA E FUNÇÃO NATUREZA CONCEITO
ORÇAMENTAL
Referem-se as operações de carácter financeiro que envolvem mais de
um Órgão Dependente, tais como as operações das linhas de crédito, nas
quais a despesa ou a receita orçamental está prevista num OD e a gestão
da respectiva dívida em outro OD. Entretanto, os valores se anulam
contabilisticamente em cada operação por serem iguais. Isso se dá em
função do SIGFE contabilizar simultaneamente os factos contabilísticos
em todas Unidades afectadas por tais facto.
EXTRA-ORÇAMENTAL
Esse grupo serve também para registar eventuais ajustes de saldos de
natureza financeira ainda não incorporados ao SIGFE e detectados ao
longo do exercício. Tais saldos não anulam entre si, por serem tratados
de forma individual ao nível de cada OD.
ORÇAMENTAL
Quando estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a
aquisição de bens de capital ou a amortização de obrigações previstas no
orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial positiva pelo
registo da incorporação dos componentes do activo ou pela baixa dos
passivos via extinção da obrigação. Assim é feito o registo contabilístico
no grupo das mutações activas para compensar o valor lançado como
despesa orçamental, sem afectar o resultado patrimonial do exercício
por uma despesa que é exclusivamente orçamental.
EXTRA-ORÇAMENTAL
Quando não estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a
incorporação de bens de capital ou a baixa das obrigações não previstas
no orçamento, tais como o recebimento de um bem como doação ou o
cancelamento de uma obrigação. Assim é feito o registo contabilístico
nesse grupo e por consequência afecta somente o resultado patrimonial
do exercício.
ORÇAMENTAL
Quando estão no contexto da execução orçamental da receita, por
exemplo, a alienação de bens de capital ou a contratação de obrigações
previstas no orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial
negativa pelo registo do abate dos componentes do activo ou pela
incorporação de passivos. Assim é feito o registo contabilístico no grupo
das mutações passivas para compensar o valor lançado como receita
orçamental sem afectar o resultado patrimonial do exercício, por uma
receita que exclusivamente orçamental.
EXTRA-ORÇAMENTAL
Quando não estão no contexto de execução orçamental, por exemplo, o
abate de bens de capital ou a incorporação de obrigações não previstas
no orçamento, tais como a concessão de um bem a título de doação ou a
recuperação de uma obrigação anteriormente cancelada. Assim é feito o
registo contabilístico nesse grupo e por consequência afecta somente o
resultado patrimonial do exercício.
INTERFERÊNCIAS ACTIVAS E
PASSIVAS
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
ACTIVAS (referem-se aos
reflexos dos registos
contabilísticos dos factos que
provocam variação positiva
nos activos e passivos e
podem ser de natureza
orçamental e extra-
orçamental ).
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
PASSIVAS(referem-se aos
reflexos dos registos
contabilísticos dos factos que
provocam variação negativa
nos activos e passivos e
podem ser de natureza
orçamental e extra-
orçamental)
1
2
3
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |66
4. CONCLUSÃO
195. A Conta Geral do Estado (CGE), é um instrumento relevante para mostrar de forma transparente os
fluxos orçamentais e financeiros e as variações patrimoniais ocorridas durante um exercício económico,
bem como a situação financeira e patrimonial do Estado no final de cada ano.
196. Com isso, para o Exercício 2015, caracterizado ainda pela diminuição da Receitas do sector Petrolífero,
o que de certa forma condiciona a execução e/ou cumprir com algumas metas estabelecidas, resumiu-se
no seguinte:
a) O aumento continuo da transparência, ao aumentar o numero de registos no SIGFE, como sendo
a plataforma da execução do OGE;
b) Stock da Dívida Pública fixado em 51% em relação ao Produto Interno Bruto, sendo 7 pontos
percentuais acima, em relação ao Exercício de 2014;
c) Deficit fiscal negativo na ordem dos Kz 852.834 milhões, apurado excluindo as Receitas de
Financiamento e Despesas com a Amortização de Passivos Financeiros;
d) Saldo Financeiro positivo no valor de Kz 760.553 milhões numa visão de fluxos reais, 61% acima
quando comparado com o Exercício de 2014;
e) Redução dos Restos a Pagar com incidência de tesouraria em 40% em relação ao Exercício de
2014; e
f) Resultado do Exercício Positivo no valor de Kz 350.148 milhões, o que afecta o Património
Líquido Acumulado, que para o Exercício de 2015 é de Kz 6.361.440 milhões, uma redução de
11% em relação ao Exercício de 2014.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |67
5. GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS
Activo Circulante - Disponibilidades de numerário, recursos a receber, antecipações de Despesa, bem como outros
bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte
Activo Patrimonial -Conjunto de valores e créditos que pertencem a uma entidade
Activo Permanente - Bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa
Activo Realizável a longo prazo - Direitos realizáveis normalmente após o término do exercício seguinte
Actividades Permanentes - Componente do Orçamento de Funcionamento referente à actividade básica dos órgãos
que integram a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela
Ajuste Orçamental - Designa alterações às dotações inicialmente inscritas no OGE
AGT - Autoridade Geral Tributária
ANIP - Agência Nacional de Investimento Privado
Balanço - Demonstrativo contabilístico que apresenta, num dado momento, a situação do património da entidade
pública
Balanço Financeiro - demonstrará a receita e a Despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos de
natureza extra-orçamental, conjugados com o saldo em espécie proveniente do exercício anterior e os que se
transferem para o exercício seguinte
Balanço Patrimonial - O balanço patrimonial é uma demonstração contabilística que tem por finalidade apresentar
a posição contabilística financeira e económica de uma entidade em determinada data, representando uma posição
estática (posição ou situação do património em determinada data)
Balanço Orçamental - é a demonstração contabilística pública que discrimina o saldo das contas de receitas e
Despesas orçamentais, comparando as parcelas previstas e fixadas com as executadas
Balancete - É um instrumento para verificar se os lançamentos contabilísticos realizados no período estão
correctos Este instrumento, embora de muita utilidade, não detectará toda amplitude de erros que
possam existir, nos lançamentos contabilísticos Bbl - Biliões de barris
BBA - British Banker´s Association
BNA - Banco Nacional de Angola
BDA - Banco de Desenvolvimento Angolano
BRICS - Grupo de países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
BODIVA - Bolsa de Valores e Derivados de Angola
Cabimentação – É o acto emanado pela autoridade competente que consiste em se deduzir do saldo de
determinada dotação do orçamento a parcela necessária a realização da Despesa aprovada e que assegura ao
fornecedor que o bem ou serviço é pago, desde que observadas as condições acordadas
Categoria Económica - Elemento agregador de naturezas de receita/Despesa com o mesmo objecto
Classificação Funcional - Classificação da Despesa de acordo com a área de acção governamental que ela permite
atingir
Classificação das Contas Públicas - Agrupamento das contas públicas segundo a extensão e compreensão dos
respectivos termos Extensão de um termo é o conjunto dos indivíduos ou objectos designados por ele;
compreensão desse mesmo termo é o conjunto das qualidades que ele significa, segundo a lógica formal Qualquer
sistema de classificação, independentemente do seu âmbito de actuação (receita ou Despesa), constitui
instrumento de planeamento, tomada de decisões, comunicação e controlo
CGE - Conta Geral do Estado
Défice orçamental/Défice - Considera-se défice orçamental quando o saldo orçamental é negativo, isto é, as
Despesas superam as receitas públicas
A
B
C
D
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |68
Despesa Cabimentada - Corresponde ao total da Despesa para o qual existe nota de cabimentação emitida Sendo
que por cabimentação da Despesa se deve entender o acto pelo qual autoridade competente deduz do saldo de
determinada dotação do orçamento a parcela necessária à realização da Despesa aprovada
Despesas Corrente - Classificam-se aqui as Despesas ligadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente
criados, bem como transferências com igual propósito. Enquadram-se aqui as Despesas de carácter operacional,
decorrentes das acções desenvolvidas pelo organismo no cumprimento de sua missão institucional, como por
exemplo, pagamento de pessoal e as contribuições do empregador, a aquisição de materiais de uso corrente (bens)
e a contratação de serviços para o funcionamento do organismo ou ainda as transferências a serem utilizadas, pelo
organismo destinatário, em Despesas desta natureza
Despesa de Capital - Despesas destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da
Dívida, à concessão de financiamentos ou constituição de reservas, bem como transferências efectuadas com igual
propósito
Despesa Liquidada - Corresponde ao total da Despesa para com o qual se procedeu já à verificação do direito do
credor, com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito
Demonstração da Variação Patrimonial - Evidenciará as alterações verificadas no património, resultantes ou
independentes da execução orçamental, e indicará o resultado patrimonial do exercício
DNOE - Direcção Nacional do Orçamento do Estado
DNT - Direcção Nacional do Tesouro
Execução Financeira – Utilização dos recursos financeiros visando atender à realização dos subprojectos e/ou
subactividades, atribuídos às unidades orçamentárias
Exercício Financeiro - Período que corresponde à execução orçamental e coincide com o ano civil
Execução Orçamental das Despesa - Utilização dos créditos consignados no Orçamento Geral do Estado e nos
créditos adicionais, visando à realização dos subprojectos / subactividades atribuídos às unidades orçamentárias
EUA - Estados Unidos de América
EP - Empresa Pública
Fonte de Recurso - A Fonte de recurso identifica quer a origem quer o destino das receitas A mesma classificação
quando utilizada para caracterizar as Despesas, visa identificar a origem dos recursos que suportam as mesmas
Função do Estado - Classifica as Despesas de acordo com a área da sociedade que a acção governamental pretende
atingir
FMI - Fundo Monetário Internacional
FEES - Comissões
FSDE - Fundo Soberano de Angola
FND - Fundo Nacional de Desenvolvimento
GERI – Gabinete de Estudos e Relações Internacionais
IPC - Índice de Preços do Consumidor
INSS - Instituto Nacional de Segurança Social
IRT - Imposto sobre o Rendimento de Trabalho
IAS/IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro
ISEP - Instituto para o Sector Empresarial Público
Kz - Kwanzas
E
F
G
I
K
L
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |69
Liquidação da Despesa – É a verificação do direito do credor, fase em que a Dívida é efectivamente assumida,
com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito
LIBOR - London InterBank Offered Rate
MINFIN - Ministério das Finanças
MINCO - Ministério do Comércio
MINSA - Ministério da Saúde
MINARS - Ministério da Assistência e Reinserção Social
MED - Ministério da Educação
MINCULT - Ministério da Cultura
MPDT - Ministério do Plano e Desenvolvimento Territorial
Natureza - Classificação da receita/Despesa de acordo com a natureza económica da mesma, identificando
claramente o objecto da receita/Despesa
Nota de Lançamento - Permite registar eventos contabilísticos não vinculados a documentos específicos (SIGFE)
ND - Não Disponível
Orçamento Ajustado - Créditos orçamentais que reflectem os ajustes efectuados ao Orçamento Inicial
Orçamento Aprovado/Inicial - Créditos iniciais aprovados pela Assembleia Nacional e instituídos pela Lei
Orçamental
Orçamento de Funcionamento - Componente do Orçamento referente à actividade básica dos órgãos que integram
a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela, bem como projectos e programas específicos que não se
enquadram no Programa de Investimentos Públicos (PIP)
Órgão Dependente (OD) - Unidade administrativa dos órgãos ou de serviços da Administração do Estado ou da
Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins lucrativos financiadas
maioritariamente pelos poderes públicos ou a segurança social, que constituem as unidades orçamentais
Órgão do Governo - São os departamentos ministeriais, governos provinciais, órgãos sectoriais e não sectoriais
através dos quais o Estado cumpre as atribuições definidas na Constituição
Órgãos de Soberania - São órgãos de soberania o Presidente da República, Assembleia Nacional e os Tribunais
A formação, a composição, a competência e o funcionamento dos órgãos de soberania são os definidos na
Constituição
Ordem de Saque - É um instrumento de pagamento de utilização exclusiva do Estado, que possibilita a realização
da fase de pagamento da Despesa pública
OGE - Orçamento Geral do Estado
OT - Obrigações do Tesouro
OD - Órgão Dependente
Passivo Circulante - Depósitos, restos a pagar, antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou em
circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte
Património Liquido - Capital autorizado, as reservas de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado
acumulado e não destinado Património Público - Conjunto de bens à disposição da colectividade
Programa de Investimentos Públicos (PIP) - Programa de investimento com vista à criação, reabilitação,
ampliação, manutenção ou renovação das capacidades de prestação de serviços e fornecimento de bens pela
administração pública directa ou pela administração pública indirecta do Estado Não se integram no conceito de
investimento público os gastos de natureza corrente aplicados à manutenção e reparações normais e cíclicas dos
empreendimentos
Programa Específico - Programa que traduz uma prioridade do governo, definido em âmbito e em tempo de
execução, mas que apesar de não constituir actividade básica da unidade orçamental não integra o Programa de
Investimentos Públicos
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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |70
Proposta Orçamental (N+1) - Valor da proposta de orçamento para o ano N+1, registada no SIGFE
PIB - Produto Interno Bruto
PAE - Plano Anual de Endividamento
Receita Ajustada - Previsão de receita que reflecte a revisão da receita inicialmente estimada
Ano fiscal (12 meses)
Receita de Capital - Refere-se às receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações
de crédito e da conversão em espécie de bens e de direitos
Receita Corrente - Refere-se às receitas que se renovam em todos os períodos financeiros designadamente,
receitas tributárias, patrimoniais, de serviços ou ainda transferências recebidas
Receita Inicial - Previsão de receita aprovada pela Assembleia Nacional
Restos a Pagar – As Despesas cabimentadas, liquidadas e não pagam até ao encerramento do exercício financeiro,
após devidamente reconhecidas pela autoridade competente
REP - Receita Estratégica Petrolífera
REPIB - Receita Estratégica Petrolífera de Infra-estrutura de Base
ROA (Return on Assets) – indicador da Rentabilidade dos Activos, em gerar retornos financeiros, e/ou procura a
efeciencia e capacidade de gestão dos Activos das Empresas em termos de produção de resultados financeiros
ROE (Retun in Equity) – indicador da Rentabilidade dos Capitais Próprios em gerar retornos financeiros, e/ou
apura a eficiência e capacidade de gestão de investimentos dos detentores de capital da empresa em termos de
produção de resultados financeiros
Saldo Corrente - Representa o valor da diferença entre a receita corrente e a Despesa corrente
Saldo de Capital - Representa o valor da diferença entre a receita de capital e a Despesa de capital
Saldo Orçamental - Representa o valor da diferença entre receitas do Estado e Despesas do Estado
Superavit orçamental - Considera-se superavit orçamental quando o saldo orçamental é positivo, isto é, quando
as receitas superam as Despesas públicas
SIGFE - Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado
SCE - Sistema Contabilístico do Estado
Taxa de Execução (Projecção Linear) - Indicador, em percentagem, do resultado da taxa de execução para o
presente exercício económico tomando por referência a projecção linear da Despesa Paga
Taxa de Execução Efectiva (Despesa Liquidada) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a
Despesa liquidada no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial
Taxa de Execução Efectiva (Despesa Paga) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a Despesa
paga no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial
Taxa de Execução Efectiva da Receita - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a receita
arrecadada no período em análise, para uma dada rúbrica de receita e a previsão inicial
Taxa de Execução Padrão - Indicador, em percentagem, que apresenta a taxa de execução esperada para o
período em análise tomando por hipótese uma execução linear
Ton – Toneladas
Unidade Orçamental (UO) - Órgão do Estado ou da Autarquia, ou o conjunto de órgãos, ou de serviços da
Administração do Estado ou da Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins
lucrativos financiadas Minoritariamente pelos poderes públicos e a segurança social a quem foram consignadas
dotações orçamentais próprias
UGD - Unidade de Gestão da Dívida, faz parte das Direcções do Ministério das Finanças
USD - Dólares dos Estados Unidos da América
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CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2015 |71
Variação Homóloga - Variação relativa (em valor percentual) do valor do ano em análise face ao valor em
idêntico período do ano anterior
VAB - Valor Acrescentado Bruto
WEO - Word Economic Outlook
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