exposiÇÃo de artes no paulicÉia - 6º ano

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EXPOSIÇÃO DE ARTES NO PAULICÉIA - 6º ANO

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• Paul Cézanne (1839--1906 )

• É na sua Provença natal que Paul Cézanne passa a juventude feliz e despreocupada, com seu grande amigo Emite Zola, e toma as primeiras aulas de desenho e pintura aos dezesseis anos. Após realizar estudos clássicos e jurídicos, Cézanne convence seu pai banqueiro a sustentá-lo em sua vocação de pintor. Ele parte para Paris em 1861, onde já o espera Zola, e lança-se no estudo mais aprofundado do desenho.Durante esse período, chamado de romântico, o jovem Cézanne pinta telas sombrias, violentas e geralmente provocadoras, já muito distantes do estilo oficial da época, e que explicam facilmente seu fracasso na escola de Belas-Artes. Na Academia Suíça, que ele freqüenta, Cézanne tem um encontro fundamental com o pintor impressionista Camille Pissarro, que continuará a ser seu mestre e uma espécie de pai por toda sua vida.

Paul CÈZANNE

• “Existe uma lógica de cores, é apenas a ela, e não à do cérebro, que o pintor deve obedecer."Paul Cézanne

• Alguns anos mais tarde, em 1872, Cézanne instala-se perto dele em Pontoise, próximo a Paris, para pintar no campo. Abre-se então seu período impressionista (1872-1877), onde se vê a sua paleta clarear ao contato com os apaixonados pela luz que são Renoir e Monet. Depois de ter sido rejeitado pelo Salão Oficial e ter apresentado uma tela no "Salão dos Recusados", Cézanne participa da primeira exposição dos impressionistas, em 1874, depois da de 1877, antes de se afastar deles para prosseguir em suas próprias pesquisas. Com base nas descobertas dos impressionistas sobre a cor e a luz (a divisão dos tons), Cézanne vai então dar surgimento a uma concepção da pintura radicalmente nova, restituindo a realidade - personagens, naturezas-mortas, paisagens - de maneira quase abstrata. Dando a impressão de penetrar a estrutura íntima das coisas, a pintura de Cézanne as reconstrói sob formas geométricas justapondo "toques nítidos e quadrados", conforme a expressão do pintor Signac, e sobrepondo os planos para dar profundidade. Revolucionário, ele abandona a convenção do ponto de vista único e apresenta a realidade sob ângulos diferentes, uma descoberta da qual nascerá o cubismo

O desenho e a cor tornam-se indissociáveis, com esta última passando então a expressar os volumes (período "construtivista",

1878-1887). A grandeza do pintor expressa-se através das naturezas-mortas - suas maçãs, suas laranjas

• As paisagens provençais, o mar, as árvores, a montanha Sainte-Victoire - que ele pintará mais de sessenta vezes - o golfo de Marselha, porque "Cézanne não pinta senão o que vê." Poucos de seus contemporâneos saberão medir a decisiva novidade da pintura de Cézanne, amplamente criticada até o final de sua vida. Se, como Van Gogh, Cézanne jamais viverá de sua pintura, ele terá todavia a sorte de estar livre de qualquer preocupação material graças a uma herança paterna recebida em 1886, e de poder dedicar-se inteiramente a sua arte. Compradas pelo célebre doutor Gachet, que já colecionava os Renoirs e os Van Goghs, suas telas serão adquiridas, a partir dos anos 1890, pelo comerclante de obras de arte Ambroise Vollard. Mas é em 1904, dois anos antes de sua morte, que Cézanne conhece seu verdadeiro triunfo, no Salão de Outono, e que sua reputação começa a atravessar as fronteiras. Durante os últimos anos de sua vida (1888-1906), Cézanne, em plena maturidade, reencontra uma paleta mais colorida, que gravita em torno dos verdes, dos azuis e dos ocres. Ele produz obras importantes e líricas como as Grandes Banhistas, nas quais pretende-se ver uma espécie de testamento, que ele pintou a partir da imaginação porque era pudico demais para convocar modelos a seu ateliê. Autor de mais de 900 quadros e 400 aquarelas, Cézanne permanecerá na histórIa da arte como uma figura solitária e original, cuja obra marca o ponto de partida da aventura da pintura do século XX. "

• natureza morta

• a casa do enforcado

Monte Santa Vitória

Paul Cezanne, Mont Sainte-Victoire, 1904-1906

• mont de S.Victoire

• Mulher com cafeteira

• Natureza-morta com maçãs e laranjas

• Cézanne: Maçãs, peras e uvas, c. 1879.

• Pirâmide de crânios

Através da experiência impressionista chega à conclusão de que a pintura é produto de uma reconstrução da natureza feita através

de um raciocínio lógico.

• Straw vase /1895

• Nature Morte aux Fruits e au Pot de Gingembre

• Paul Cézanne. Maçãs verdes, c. 1873. Óleo. Museu d’Orsay, Paris, França.

• Hotense Fiquet in a Striped Skirt/ Cézanne (1877-78)

• Até morrer, Cézanne buscou a harmonia da arte com a natureza, ao expressar a essência do que via através do uso da cor e de formas básicas, que davam sustentação ao que queria transmitir. A natureza da Provença, suas belas montanhas, exerceu enorme influência sobre ele. Desprezava as leis tradicionais da perspectiva e buscava pintar o mesmo objeto de diversos pontos. Desejoso de ser fiel à natureza, de salvaguardar a emoção que o tomava por inteiro, ele inventa uma construção em profundidade, justapondo cores frias e quentes, as primeiras levando nosso olhar para longe e as segundas, ao contrário, se aproximando do espectador.

• A série de telas que chamou de “Os Banhistas” é um monumento à originalidade de sua arte. Cézanne caminhava para a abstração total. Começou a série em 1875 e prosseguiu com o mesmo tema até 1906. Nelas Cézanne integra as figuras humanas à paisagem, um tema clássico que realiza de modo inovador, rejuvenescendo as tradições.

• as grandes banhistas

• Numa de suas últimas cartas, escreveu comovido: “jurei morrer pintando em vez de mergulhar na senilidade degradante que ameaça os velhos”. E foi o que aconteceu. Pintou até o fim. Cézanne morreu aos 67 anos, no dia 23 de outubro de 1906, em casa, na sua Aix-en-Provence.

• Deixou um grande número de cartas; algumas fazem parte do acervo do Courtauld Institute of Art, em Londres. Não há um Museu Paul Cézanne, é verdade. Mas a grande maioria de seus quadros pertence ao acervo dos mais importantes museus do mundo.

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