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RPPN BICO DO JAVAÉSRPPN BICO DO JAVAÉSRPPN BICO DO JAVAÉSRPPN BICO DO JAVAÉS FAZENDA DOIS RIOSFAZENDA DOIS RIOSFAZENDA DOIS RIOSFAZENDA DOIS RIOS
Lagoa da Confusão Lagoa da Confusão Lagoa da Confusão Lagoa da Confusão –––– TOTOTOTO
Dezembro de Dezembro de Dezembro de Dezembro de 2016201620162016
Diagnóstico de Flora e Fauna
Coordenação Geral:
Déborah Rodello (Bióloga)
Equipe técnica:
Biól. Daniela Rodello - Mastofauna
Biól. Deborah Rodello - Avifauna e Mastofauna (médios e grandes mamíferos)
Biol. Ms. Daniella Mota - Herpetofauna
Eng. Florestal Elaine Aparecida Kroetz - Inventário florestal
Biól. Hugo Buratti Neto - Mastofauna (quiropterofauna)
Biól. Leandro Alves da Silva - Herpetofauna
Biól. Dr. Luciano Lajovic - Ictiofauna
Biól. Ms. Lucélia Araújo Guimarães - Botânica (Fitossociologia)
Biól. Rosileia Silva Ribeiro - Entomofauna e Mastofauna (peq. mamíferos)
Equipe auxiliar:
Aldo Almeida Frank Eduardo Okareaxoawa Tapirapé
Estevam Rodello Neto Tainan Rezende Reindel
Consultoria especializada
4Elementos Engenharia do Meio Ambiente (Mapas e georreferenciamento)
Queiroz e Jackson Advogados (Suporte jurídico)
Execução administrativa/financeira:
Fazenda Dois Rios Ltda.
Suporte técnico/logístico:
Fazenda Dois Rios Ltda
Colaboradores:
ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
NATURATINS - Instituto Natureza do Tocantins
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES GERAIS DA RPPN BICO DO JAVAÉS......................................................................... 8
1.1 FICHA RESUMO........................................................................................................................ 9
1.2 ACESSO .................................................................................................................................. 10
1.3 HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DA RPPN BICO DO JAVAÉS ............................................................. 10
2 DIAGNÓSTICO DA RPPN BICO DO JAVAÉS ..................................................................................... 12
2.1 FLORA .................................................................................................................................... 12
2.1.1 Formação e Estágio Sucessional .................................................................................... 12
2.1.2 Especificidades .............................................................................................................. 13
2.1.3 Vegetação ...................................................................................................................... 16
2.2 FAUNA ................................................................................................................................... 17
2.3 RELEVO .................................................................................................................................. 23
2.4 ESPELEOLOGIA (CAVIDADES NATURAIS) ............................................................................... 24
2.5 CLIMA .................................................................................................................................... 25
2.6 RECURSOS HÍDRICOS ............................................................................................................. 26
2.7 ASPECTOS CULTURAIS OU HISTÓRICOS (PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL) ................ 32
2.8 INFRAESTRUTURA EXISTENTE NA RPPN BICO DO JAVAÉS .................................................... 33
2.9 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS ................................................................................................ 37
2.10 AMEAÇAS OU IMPACTOS NA RPPN ....................................................................................... 39
2.11 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA RPPN BICO DO JAVAÉS .................................................... 43
2.11.1 Pesquisa científica ......................................................................................................... 43
2.11.2 Educação ambiental ...................................................................................................... 43
2.11.3 Visitação ........................................................................................................................ 44
2.11.4 Recuperação de área degradada ................................................................................... 47
2.12 RECURSOS HUMANOS ........................................................................................................... 48
2.13 PARCERIAS ............................................................................................................................. 50
2.14 PUBLICAÇÕES ........................................................................................................................ 51
2.15 ÁREA DA PROPRIEDADE ........................................................................................................ 52
2.15.1 Reserva legal e áreas de preservação permanente ...................................................... 52
2.15.2 Atividades desenvolvidas na propriedade (Área fora da RPPN). .................................. 52
2.15.3 Forma de utilização do imóvel onde se encontra a RPPN. ............................................ 53
2.15.4 Infraestrutura existente na propriedade. ..................................................................... 53
2.15.5 Funcionários que trabalham na propriedade................................................................ 53
2.15.6 Informações adicionais sobre a propriedade. ............................................................... 54
2.16 ÁREA DE ENTORNO ............................................................................................................... 54
2.16.1 A RPPN faz limite com: .................................................................................................. 54
2.16.2 A RPPN é próxima à zona urbana: ................................................................................. 55
2.16.3 Principais atividades econômicas que são desenvolvidas no município onde a RPPN
está localizada: .............................................................................................................................. 55
2.17 ÁREAS DE CONECTIVIDADE ................................................................................................... 55
3 PLANEJAMENTO ............................................................................................................................ 56
3.1 OBJETIVOS DE MANEJO DA RPPN ......................................................................................... 56
3.2 ZONEAMENTO ....................................................................................................................... 57
3.2.1 Critérios utilizados – Zona de Proteção......................................................................... 59
3.2.2 Critérios utilizados – Zona silvestre .................................... Erro! Indicador não definido.
3.2.3 Critérios utilizados – Zona de transição ............................. Erro! Indicador não definido.
3.3 ADMINISTRAÇÃO E RECEPÇÃO .............................................................................................. 62
3.4 NORMAS GERAIS DA RPPN BICO DO JAVAÉS ........................................................................ 62
4 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 65
5 ANEXOS ......................................................................................................................................... 67
ANEXO I. VEGETAÇÃO – Lista de espécies da flora registradas (dados primários) e de ocorrências
prováveis (dados secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa
da Confusão, Estado do Tocantins. ................................................................................................... 67
ANEXO II. MASTOFAUNA – Lista de espécies registradas (dados primários) e de ocorrências
prováveis (dados secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa
da Confusão, Estado do Tocantins. ................................................................................................... 75
ANEXO III. AVIFAUNA – espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão,
Estado do Tocantins. ......................................................................................................................... 79
ANEXO IV. HERPETOFAUNA – espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis
(dados secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da
Confusão, Estado do Tocantins. ........................................................................................................ 94
ANEXO V. ICTIOFAUNA – espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão,
Estado do Tocantins. ......................................................................................................................... 98
ANEXO VI. ENTOMOFAUNA – Famílias de insetos registradas (dados primários) e de ocorrências
prováveis (dados secundários) na RPPN Bicodo Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa
da Confusão, Estado do Tocantins. ................................................................................................. 103
ANEXO VII. ENTOMOFAUNA – Gêneros de formigas registradas (dados primários) e de ocorrências
prováveis (dados secundários) na RPPN Bicodo Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa
da Confusão, Estado do Tocantins. ................................................................................................. 109
ANEXO VIII. Mapa de Zoneamento da RPPN Bico do Javaés .......................................................... 111
ANEXO IX. Documento pertinente ao plano de manejo da RPPN Bico do Javaés – Parâmetros
referentes à qualidade da água: Fitoplânctons registrados (dados primários) e de ocorrências
prováveis (dados secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa
da Confusão, Estado do Tocantins. ................................................................................................. 112
ANEXO X. Documento pertinente ao plano de manejo da RPPN Bico do Javaés – Qualidade da
água: parâmetros físicos, químicos e biológico (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bicodo Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão,
Estado do Tocantins. ....................................................................................................................... 119
ANEXO XI. Fotos da RPPN Bico do Javaés ....................................................................................... 121
ANEXO XII. Outros mapas pertinentes ao plano de manejo da RPPN Bico do Javaés .................... 132
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Dados mensais de precipitação (mm) na região. Os dados Históricos* representam uma
média de chuvas do período entre 1961 e 1990 e do período de 1999 a 2010, captados pela Estação
Climatológica do Campus de Gurupi-TO. .............................................................................................. 26
Figura 2. Ambientes da RPPN Bico do Javaés registrados durante o inventário de flora-fauna. A-C)
Detalhes da vegetação e da borda de lago na reserva particular; D) detalhe da borda de um ambiente
de drenagem sazonal (sangra); E) borda de área campestre (varjão) com vegetação típica e
predominante de palmeirase gramíneas; F) Borda de área de campo sujo com cerradão; G) Interior
de uma ipuca. ...................................................................................................................................... 121
Figura 3. Espécies de mamíferos registrados durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés.
A) Cerdocyon thous; B) Myrmecophaga tridactyla; C) Didelphis marsupialis; D) vestígios de Silvilagus
brasiliensis; E) Trachops cirrhosus; F) Glossopha soricina; G) Carollia perspicillata; H) Tonatia bidens.;I)
Dasyprocta azarae; J) Blastocerus dichotomus; K) Pegadas de Speothos venaticus; L) Pegadas de
Leopardus pardallis; M) Tayassu pecari; N) Pegadas de Myrmecophaga tridactyla; O) Pegada de
Tapirus terrestres; P) Eira barbara. ..................................................................................................... 123
Figura 4. Espécies de aves registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Sittasomus griseicapillus, B) Celeus flavus, C) Picumnus albosquamatus, D) Tolmomyias flaviventris, E)
Myiarchus swainsoni, F) Euscarthmus meloryphus, G) Cyclarhis gujanensis, H) Cranioleuca vulpina, I)
Taraba major, J) Claravis pretiosa, K) Zonotrichia capensis, L) Ramphastos toco, M) Laterallus viridis,
N) Penelope superciliaris, O) Tringa solitária, P) Tyrannus savana. .................................................... 126
Figura 5. Espécies de anfíbios registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés.
Rhinella mirandaribeiroi, B) R. schneideri, C) Dendropsophus cruzi, D) D. melanargyreus, E) D.
minutus, F) D. nanus, G) Hypsiboas raniceps, H) Phyllomedusa azurea, I) Scinax sp. 1 (gr. ruber), J)
Scinax sp. 2 (gr. ruber), K) Trachycephalus typhonius, L) Leptodactylus chaquensis, M) L. fuscus, N) L.
mystaceus, O) L. sp. (gr. melanonotus), P) L. pustulatus, Q) Physalaemus cuvieri, R) P. nattereri, S)
Pseudopaludicola ternetzi, T) Elachistocleis cf. piauiensis, U) Pipa pipa. ........................................... 128
Figura 6. Espécies de répteis registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Caiman crocodilus, B) Chelus fimbriata, C) Chelonoidis carbonarius, D) Norops chrysolepis, E)
Micrablepharus atticolus, F) Micrablepharus maximiliani, G) Kentropyx calcarata, H) Boa constrictor,
I) Corallus hortulanus, J) Eunectes murinus, K) Spilotes pullatus, L) Erythrolamprus poecilogyrus, M)
Helicops angulatus, N) Leptodeira annulata, O) Oxyrhopus trigeminus, P) Sibynomorphus mikanii, Q)
Xenodon merremii, R) Bothrops moojeni. ........................................................................................... 129
Figura 7. Espécies de répteis registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Crenicichla strigata, B) Tetragonopterus argenteus, C) Potamotrygon motoro, D) Hypoclinemus
mentalis, E) Myleus schomburgkii, F) Cichla monoculus, G) Colomesus asellus, H) Osteoglossum
bicirrhosum, I) Boulengerella lateristriga, J) Heros efasciatus, K) Leporinus affinis. .......................... 130
Figura 8. Exemplares de insetos registrados durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Fulgoridae; B) Nymphalidae; C) Vespidae; D) Pompilidae; E) Micropezidae; F) Ropalomeridae; G)
Apidae: abelha sem ferrão - meliponínea; H) Paraponera: formiga predadora. ................................ 131
Figura 9. Mapa de localização geográfica da RPPN Bico do Javaés .................................................... 132
Figura 10. Croqui de acesso à RPPN Bico do Javaés ........................................................................... 133
Figura 11. Mapa da bacia Hidrográfica onde está localizada a RPPN Bico do Javaés ......................... 134
Figura 12. Mapa percentual da RPPN Bico do Javaés em relação à área total da propriedade Fazenda
Dois Rios Ltda. ..................................................................................................................................... 135
Figura 13. Mapa percentual de áreas ARL e APP dentro da RPPN Bico do Javaés. ............................ 136
Figura 14. Mapa percentual de áreas da RPPN Bico do Javaés correspondentes da Reserva Legal. . 137
Figura 15. Mapa com a localização de lagos e lagoas dentro da RPPN Bico do Javaés. ..................... 138
Figura 16. Mapa geológico da RPPN Bico do Javaés ........................................................................... 139
Figura 17. Mapa da geomorfologia da RPPN Bico do Javaés .............................................................. 140
Figura 18. Mapa da vegetação da RPPN Bico do Javaés ..................................................................... 141
Figura 19. Mapa de regionalização climática da RPPN Bico do Javaés ............................................... 142
Figura 20. Mapa da localização do PARNA (Parque Nacional do Araguaia) e de área indígena (Aldeia
Boto Velho) em relação à RPPN Bico do Javaés. ................................................................................. 143
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
8
1 INFORMAÇÕES GERAIS DA RPPN BICO DO JAVAÉS
Conforme determinações da Lei nº. 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, em seu Art. 21, e do Decreto nº. 5.746, de 05
de abril de 2006, que regulamenta a categoria de unidade de conservação de uso sustentável –
Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, e considerando as proposições apresentadas no
Processo ICMBio/MMA nº. 02070.004197/2010-38, através da Portaria n° 99 de 02 de dezembro
de 2011, foi criada a RPPN Bico do Javáes. A Reserva é de propriedade da empresa Fazenda Dois
Rios Ltda., constituindo-se parte integrante do imóvel denominado Fazenda Dois Rios, registrado
sob a matrícula nº. 34, R-11, livro 2-A, folhas 34, em 10 de março de 2005, no Registro de Imóveis
da Comarca de Cristalândia-TO, localizada no município de Lagoa da Confusão, Estado do
Tocantins, na região do Médio Araguaia, leste da Ilha do Bananal e sudeste do Tocantins.
A empresa desenvolve atividades de agricultura irrigada para a produção de arroz, entre os
meses de novembro e abril, e sub-irrigada para a produção de soja no período de junho a
setembro. Em complementação à agricultura são desenvolvidas as atividades de armazenamento
e secagem dos grãos produzidos no projeto.
A RPPN Bico do Javáes possui uma extensa área contínua de 2.760,72 ha (dois mil,
setecentos e sessenta hectares e setenta e dois ares), e está inserida em uma região estratégica da
Fazenda Dois Rios, do ponto de vista da conservação dos recursos naturais, e também do
Zoneamento Ecológico do Parque Nacional do Araguaia (PARNA), já que o mesmo está situado à
margem esquerda do rio Javaés, nas fronteiras da Ilha do Bananal, limite oeste da RPPN. Além do
PARNA, próximo à RPPN encontra-se a Reserva Indígena Iny-Webohona, composta por três
aldeias: Horotoro (Boto Velho), Waotunã e Txuodé, que sobrepõem 67,85% da área do Parque
Nacional do Araguaia, e que abrange 44,9% do município de Lagoa da Confusão e 55,1% do
município de Pium. Das 3 aldeias, a aldeia Boto Velho encontra-se mais próxima dos limites da
RPPN, à porção noroeste da Fazenda Dois Rios, entre os meridianos de Longitude 49°57’27’’W e
Latitude 10°34’12’’S, e ao local de confluência dos rios Formoso e Javaés, que posteriormente
desembocam no rio Araguaia.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
9
Assim, levando em conta todos os atributos e influências relacionadas à existência da RPPN
Bico do Javaés para a preservação dos recursos naturais, com benefícios diretos e indiretos à
região e ao país, a manutenção destes recursos também se faz importante para a permanência das
civilizações indígenas sob a influência de sua localização, como para a manutenção de uma zona
de amortecimento entre Área de Uso Alternativo da propriedade e o PARNA, e a Aldeia Boto
Velho. A RPPN Bico do Javaés é mais uma das áreas de proteção da propriedade que contam com,
áreas de Reserva Legal (ARL), Área de Preservação Permanente (APP), corredores ecológicos,
ipucas e sangradouros, que propiciam ambos o fluxo de animais e propágulos vegetais. Além do
mais, a localização da ARL e da APP do rio Javaés, em conjunto, formam uma Zona de
amortecimento (Zona Tampão) de mais de 1000 metros de largura a partir da APP e de 6.000
metros (ponto extremo), do limite norte ao sul da RPPN.
1.1 FICHA RESUMO
FICHA RESUMO
Nome da RPPN Bico do Javaés
Proprietário/representante legal Alexander Ziarescki Alves Ferreira
Nome do imóvel Fazenda Dois Rios
Portaria de criação Nº. 99 de 02 de dezembro de 2011
Município(s) que abrange(m) a RPPN Lagoa da Confusão UF Tocantins
Área da propriedade (ha) 29.739,4346 Área da RPPN (ha) 2.760,7226
Endereço completo para
correspondência
Av. Vitorino Panta, 2423 – Centro, Lagoa da Confusão-TO, Cep.:
77.493-000
Telefone (63) 3364-1876 (63) 9973-8361
Site/Blog E-mail derodello@gmail.com
Ponto de localização (coordenada
geográfica) 10° 39' 0.05" sul e longitude 49° 57' 36.11" oeste
Bioma que predomina na RPPN Cerrado
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1- o subsolo faz parte dos limites da RPPN, por dar suporte à
manutenção dos ecossistemas protegidos na área;
2 - O espaço aéreo não integra os limites da RPPN.
Atividade(s) desenvolvida(s) ou implementada(s) na RPPN: Proteção e monitoramento
(X) Proteção/Conservação ( )
Educação ( ) Pesquisa ( ) Visitação
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
10
Ambiental Científica
( ) Recuperação de Áreas ( ) Outros:
_______________________________________________________
1.2 ACESSO
A Fazenda Dois Rios está à aproximadamente 38 km da área urbana do município de Lagoa
da Confusão, e a RPPN está à aproximadamente 30 km da sede operacional do empreendimento,
perfazendo cerca de 68 km da cidade à Reserva.
O acesso à propriedade é realizado a partir da Avenida Vitorino Panta, centro da cidade de
Lagoa da Confusão, percorrendo por aproximadamente 5 Km até a rotatória em sentido ao
município de Dueré. Partindo da rotatória, através da TO 255, no sentido Fazenda Barreira da
Cruz, percorre-se por aproximadamente 30 km, e nesse ponto com entrada à esquerda percorre-
se cerca de 3 km até a ponte que atravessa o rio Formoso dando acesso à Fazenda Dois Rios. A
partir da ponte realiza-se o transcurso por aproximadamente 5 km até a sede operacional do
empreendimento, à direita, e saindo deste ponto percorre-se um trecho de aproximadamente 30
km por estradas no interior da propriedade até a área de localização da RPPN Bico do Javaés.
1.3 HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DA RPPN BICO DO JAVAÉS
A Fazenda Dois Rios onde está inserida a RPPN Bico do Javaés situa-se na porção centro-
leste da microrregião do Médio-Araguaia entre os paralelos 10° e 11° de latitude sul e os
meridianos 49° e 50°, abrangendo uma superfície total de 29.739,3536 hectares, que se estendem
da porção sul com limites de linha seca com a Fazenda Campo Guapo e Fazenda Retiro; e ao norte
limitando-se na confluência dos rios Formoso (margem esquerda) e Javaés (margem direita), os
quais a limitam na porção oeste (rio Javaés) e leste (rio Formoso). Está a cerca de 228 km da
capital Palmas, via Paraíso do Tocantins.
Desde a década de 1962, em toda a região a pecuária era a atividade principal, tendo em
vista o modelo sócio-econômico do Estado de Goiás, anterior à formação do atual Tocantins, onde
o modelo produtor da época era o de pecuária extensiva. Este modelo resistiu na referida
propriedade, até o ano de 2004, quando a mesma foi adquirida pelos atuais proprietários
passando a se chamar Fazenda Dois Rios, constituindo a empresa Fazenda Dois Rios Ltda.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
11
Seguindo o modelo socioeconômico atual, os novos proprietários passaram a estruturar o
empreendimento para a agricultura de arroz irrigado por lâmina d’água e de soja por sub-
irrigação, transformando o que, no passado era uma vasta área de criação de gado em um projeto
hidroagrícola.
Após os trâmites legais e aprovação dos Estudos de viabilidade Ambiental e do Estudo de
Impacto Ambiental – EIA com respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) em 2006, bem
como a apresentação de documentos com o georreferenciamento e distinções do uso do solo,
com as delimitações de Reservas Legais (ARL), Áreas de Preservação Permanente (APP), e
Corredores biológicos/ecológicos, o empreendimento obteve todas as licenças e autorizações
ambientais que o credenciavam como apto para executar os trabalhos de remodelagem da
propriedade para a agricultura. Na ocasião da regularização ambiental ficou definida uma área de
aproximadamente 9.000 hectares como Área de Uso Alternativo do solo, dos quais, durante a sua
supressão seriam mantidas as APP’s (matas de galeria), a faixa dos Corredores ecológicos e as
ipucas. Entre o ano de 2006 e 2007 o empreendimento obteve Autorização de Exploração Florestal
para toda a área de uso alternativo, e a partir daí iniciou a implantação e sistematização do
projeto agrícola.
Quando da elaboração do EIA/RIMA, conforme legislação ambiental foi apresentado o
diagnóstico com a identificação dos possíveis impactos gerados pela referida atividade às áreas de
influência direta e indireta do empreendimento. Baseado no diagnóstico ambiental foram
estabelecidas as ações de compensação, mitigação e potencialização dos impactos negativos e
positivos respectivamente. Assim, no âmbito dos impactos previstos e do nível de influência
estimado para a implantação de um projeto agrícola de grande porte, visando garantir o equilíbrio
ecológico entre as comunidades silvestres ali existentes a partir da proteção e/ou preservação da
fauna e flora local e regional, foi elaborado dentre outros, o Programa Básico Ambiental (PBA) do
meio biótico, onde foi proposta, entre outras ações de compensação inerentes ao
empreendimento, a criação de 2 RPPNs, uma com área de 1.000 hectares e outra com 1.760,7123
hectares, o que representa um total de 9,28% da área total da propriedade. Após diálogos entre os
órgãos ambientais interessados, a citar IBAMA, ICMBio, os proprietários, gerentes, e a gestão
ambiental do empreendimento chegou-se ao consenso de que seria mais viável quanto à gestão,
proteção e manejo da Reserva, a criação apenas de uma RPPN com área equivalente a soma das 2
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
12
Reservas propostas inicialmente. Dessa forma, foi elaborado o projeto de criação de uma única
RPPN em uma área contigua de 2.760,72 hectares atendendo todos os requisitos previstos na
legislação.
A escolha da área, e sua localização, foi realizada considerando principalmente os seus
atributos ecológicos e o nível de conservação. Considerou-se também o acesso restritivo à área,
devido à distância e sua natureza selvagem (parcialmente alagada durante aproximadamente 6
meses do ano), como características positivas no que tange à sua proteção. É um ambiente
excepcionalmente, em condições naturais primitivas, riquíssimo em recursos hídricos, além de
possuir um belo aspecto paisagístico com a representação de várias fitofisionomias do cerrado.
Além destas qualidades, o local escolhido garantiria menor influência da atividade agrícola sobre a
área do Parque Nacional do Araguaia e naturalmente à comunidade indígena, pois a área
compreendida pela RPPN proporciona um distanciamento de aproximadamente 6 km (até o ponto
extremo) da área agrícola do empreendimento, o que forma uma espécie de “zona de
amortecimento” entre as áreas, bem como uma zona de refúgio e de promoção de intercâmbio
gênico entre a fauna e flora regional.
Também devido à sua localização, o nome atribuído à RPPN não poderia ser outro, afinal,
“Bico do Javaés” faz uma analogia ao desenho que se forma no mapa da propriedade, exatamente
no perímetro delimitado pelo rio Javaés (jusante) onde aparentemente se forma um bico.
2 DIAGNÓSTICO DA RPPN BICO DO JAVAÉS
2.1 FLORA
2.1.1 Formação e Estágio Sucessional
Formação Estágios Sucessionais
Bioma Estágio
Primário
Secundária (Estágios) Em
Recuperação Inicial Intermediário Avançado
( ) Floresta Amazônica ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) Mata Atlântica ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( X )Cerrado ( X ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) Caatinga ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) Pantanal ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
13
( ) Campos Sulinos ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) Outros ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Observação:
A comunidade vegetal na RPPN Bico do Javaés, resultante de levantamento fitossociológico por parcelas
amostrais múltiplas contíguas (dados primários), caracterizou-se significativamente diversa na unidade
amostral de 1,10 hectares (37 espécies), com a maioria dos espécimes apresentando porte baixo e
pequeno diâmetro e, poucos espécimes com destaque em altura e diâmetro, refletindo características
típicas das florestais do Cerrado. Além de dados locais, a caracterização da flora dispõe de dados coletados
em inventários realizados na propriedade (dados secundários: monitoramento sazonal da flora e fauna
silvestres na propriedade Fazenda Dois Rios).
2.1.2 Especificidades
Especificidades Principais Características
( X ) Mata Ciliar ou de
Galeria
Vegetação com características de Cerradão com a ocorrência de espécies de
Cerrado em transição com mata ciliar. No geral, a mata ciliar do rio Formoso
e Javaés, compartilham a maioria das espécies, mas mesmo tratando-se de
mata ciliar de rios similares e com influência mútua, ambas possuem suas
peculiaridades. Na mata ciliar do rio Formoso predomina um ecótipo típico
de Floresta de Terra Firme, também influenciado por uma drenagem com
predomínio de espécies de mata ciliar, com destaque para Copaifera
langsdorffii (pau d’óleo), Tabebuia serratifolia (ipê amarelo), e Genipa
americanaa (genipapo). Verifica-se na área, também, a presença conspícua
de vegetação de Cerradão, representada por espécies como Hymenaea
courbaril (jatobá da mata), Physocallimma scaberrimum (cega machado) e
Sclerolobium paniculatum (carvoeiro).
Já a mata ciliar do rio Javaés, paralela à que margeia a Ilha do Bananal,
possui vegetação de porte irregular, e fisionomia característica de Cerrado
típico, seguindo em toda a sua extensão em constante transição com
espécies de várzea. A vegetação que margeia o rio Javaés é basicamente um
mosaico de formações de cerrado moderadamente alteradas por fogo e
pastagem, com formação de capoeiras resultantes de regeneração
secundária. As alterações provocadas pelo fogo devem-se à proximidade
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
14
com o rio Javaés livremente trafegável e a Ilha do Bananal, ambos
frequentados por pescadores e caçadores, tornando a região vulnerável
anualmente a esse fenômeno durante a estiagem. Neste ambiente as
palmeiras Astrocaryum sp. e Bactris sp. são encontradas em grande número,
formando agrupamentos em meio às demais espécies. Outra espécie muito
frequente é a Vochysia pyramidalis (canjirana) característica de mata de
galeria inundável e não-inundável e que germina em ambiente com sombra
parcial. Nota-se a agregação de indivíduos jovens de algumas espécies
(principalmente de Tabebuia serratifolia e Tabebuia caraiba) próximos aos
indivíduos das espécies citadas acima. É evidente a presença de gramíneas
nativas, como o capim Imperata brasiliensis (capim sapé) que ocorre em
meio à vegetação que margeia o rio, indo até as áreas abertas, e espécies
naturalizadas como a Brachiaria humidicola (capim quicuio) presentes em
forma de fragmentos descontínuos, restritos às áreas abertas, sem
vegetação arbórea, onde antigamente foram cultivadas pastagens para a
pecuária.
As matas de galeria por sua vez são registradas em áreas florestadas com
dossel médio e alto (cerradões), distribuídas por toda a área margeando
formações hídricas como lagos, lagoas e ipucas existentes na região.
( ) Mata Nebular
( ) Mata de Encosta
( ) Campos rupestres
( ) Campos de altitudes
( X ) Brejos e alagados Corresponde aos ambientes úmidos ou alagadiços, geralmente formados
nas cabeceiras de rios, ou em locais onde o solo apresenta uma constante
saturação d’água, formando verdadeiros pântanos. Ocorrem quase sempre
em solos rasos, mas aparecem também em encostas de morros e
afloramento rochoso. A paisagem constitui-se de palmeiras, e um estrato
graminoso contínuo e perene. Existem certos lugares onde o afloramento
do lençol freático é intenso, formando pequenas lagoas.
Na RPPN predominam as formações de varjão (campo sujo e limpo úmido)
onde estão inseridas as Ipucas e “sangradouros”. Estima-se que cerca de
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
15
90% da área da RPPN fica alagada durante o período das chuvas, mantendo-
se assim durante aproximadamente 6 meses.
Os alagados apresentam vegetação de cerrado, permeados por trechos de
mata ciliar (margem do rio Formoso e Javaés). A área é influenciada por
alagamento sazonal que forma as várzeas ou varjão. Possui estrutura
fitofisionômica, com predomínio de Tabebuia caraiba (caraiba) no estrato
arbóreo. Além da Tabebuia caraiba, ocorre alta densidade das espécies
Bauhinia sp.(pata de vaca), da palmeira Astrocaryum sp. (tucum), Curatella
americana (lixeira), Byrsonima sericeae (murici), indivíduos jovens de
Rourea induta (botica inteira), Ouratea cf. hexaperma (vassoura de bruxa)
ePsidium mirsynoides (araçá). As últimas cinco espécies citadas são típicas
de cerrado stricto sensu, mostrando relação florística dessa vegetação com
o Cerrado. Verifica-se maior riqueza de espécies no estrato herbáceo-
arbustivo, do que no estrato arbóreo.
( ) Espécies Exóticas
( ) Espécies Invasoras
( ) Espécies que sofrem
pressão de extração e coleta
( X ) Espécies em risco de
extinção, raras ou
endêmicas
Dentre as espécies, até o momento inventariadas, duas estão citadas com
status de vulnerável (VU), Apuleia leiocarpa (garapa) e Hymenolobium
excelsum (Angelim da mata), conforme a última “Lista Nacional Oficial de
Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção pelo Ministério do Meio Ambiente
– MMA”.
( X ) Outros Na RPPN ocorre um número significativo de Ipucas, caracterizada
principalmente por fragmentos florestais alagados sazonalmente, e que
naturalmente, predominam em dois ambientes dominantes na área: o
cerrado Campo sujo e Campo limpo (varjão). São fragmentos que ocupam
extensas planícies, predominantemente inundadas pelas cheias dos rios que
drenam a depressão do Araguaia (Brasil, 1981), e estão totalmente
adaptados a essas condições. Suas formações possuem características
fitofisionomicas semelhantes às dos ambientes florestais inundáveis da
Amazônia, e constituem uma das mais interessantes e peculiares paisagens
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
16
da Depressão do Médio Araguaia, (MARTINS et al., 2002).
Do ponto de vista ecológico, as ipucas são florestas de natureza aluvial, sob
um regime climático estacional de cinco a seis meses secos. São elementos
importantes na drenagem regional da planície, uma vez que nos períodos
das cheias estabelecem a ligação entre os vários rios, córregos e lagoas. Sua
manutenção e sobrevivência dependem integralmente da conservação da
matriz vegetacional regional.
Observação:
2.1.3 Vegetação
Principais características e Importância
No geral, a concentração do estrato médio da vegetação é bastante significativa e, representada por
espécies de 3 a 9 metros de altura (ex.: Curatela americana: sambaíba; Byrsonima spicata: murici; Couepia
grandiflora: oiti de ema; Psidium spp: araçás; etc) e, com menor agrupamento, espécies emergentes se
destacam em um dossel de ou acima de 18 metros de altura (ex.: Cabralea canjerana: canjerana; Apuleia
leiocarpa: garapa; Calophyllum brasiliensis: landi; Guarea guidonea: carrapeta; etc) e, dentre estas espécies
de grande porte e, de expressiva importância para a estrutura vegetacional da comunidade, a canjerana
destaca-se significativamente em abundância na área geral da RPPN. Como também, a densidade absoluta
dos espécimes (6.730 plantas por hectare) inventariados é muito relevante do comumente registrado em
áreas de cerrados stricto sensu e, a baixa frequência espacial da maioria das espécies locais, indica o alto
grau de heterogeneidade ou diversidade da flora nesta unidade de conservação. No mais, a área geral da
RPPN apresenta peculiares habitats vegetacionais característicos de planícies fluvio-lacustre, com
significativa vegetação associada e permeando grandes lagoas, ou de áreas florestadas dispersas com
dossel médio e alto (cerradões) margeando áreas denominadas de “sangra” (áreas de drenagem no
período chuvoso) e ou associadas aos cursos de rios (matas ciliares típicas) com heterogêneos subbosques
e de grande diversidade de plantas herbáceas, lianas e epífitas; como também, ocorrem extensas áreas
campestres típicas do cerrado, destacando-se principalmente os campos sujos nas áreas mais altas e, de
varjões nas áreas mais baixas e suscetíveis como áreas de drenagens dos grandes rios (Javaés e Formoso)
que delimitam a área RPPN Bico do Javaés.
Com destaque, é apresentada breve caracterização da vegetação da área geral da propriedade Fazenda
Dois Rios, registrada em monitoramento da flora (dados secundário), que independente das peculiaridades
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
17
de algumas plantas ou formações florestais intrínseca de algumas fitofisionomias, uma grande similaridade
de flora entre estas e a RPPN pode ser verificada e, ou associada às fitofisionomias destas. Outrossim, no
monitoramento foram inventariadas plantas por um tempo maior e também por observação e, não
somente espécies e espécimes contidos na amostra do levantamento fitossociológico, como o estrito e
efetuado na RPPN Bico do Javaés. Assim, a formação vegetal geral para a área, característica do cerrado,
está constituída pelo estrato arbóreo e o subbosque formado por uma diversidade de gramíneas, ervas e
espécies arbustivas, que conforme os subtipos das fitofisionomias do cerrado (campo sujo úmido, e campo
sujo com murundus), a comunidade vegetal e a estrutura dos estratos são delimitadas ou condicionadas,
como também, nestas áreas campestres ocorrem diversas formações singulares, as Ipucas (fragmentos
florestais naturais) onde ocorre uma peculiar vegetação associada ou limitada pelas inundações sazonais;
destacam-se ainda na área, heterogêneas e típicas Matas ciliares e Matas de Galeria com dossel expressivo
e contínuo de espécies emergentes, como também, ocorrem formações extensas de cerradão (áreas de
transição) com as matas ciliares que margeiam o rio Formoso e o rio Javáes, destacando-se nos subbosques
e no solo destas formações de matas, uma alta diversidade de plantas de pequeno e médio porte e, muitas
são ervas, lianas e epífitas, singulares em estruturas vegetais e hábitos de vida, propiciando complexidades
na identificação (indeterminadas) de muitas espécies. Dentre as espécies, até o momento inventariadas,
duas estão citadas com status de vulnerável (VU), Apuleia leiocarpa (garapa) e Hymenolobium excelsum
(Angelim da mata), conforme a última “Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção
pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA”.
O inventariado da flora indica diversidade de espécies e heterogeneidade espacial das comunidades ou
formações vegetais, reforçando o potencial para a identificação de espécies e a importância da
conservação da flora local, garantindo assim, as peculiaridades ou similaridades florísticas dos conjuntos e
subconjuntos fitofisionômicos, essenciais como ambientes de estabelecimento e ou de transição vegetal,
favorecidos através da reprodução, germinação e ou dispersão intrínseca da vegetação local e, ainda,
através da dispersão (específica ou generalista) pela fauna associada e dependente da vegetação para o
forrageamento e para a manutenção de suas populações na área, continuamente e ou através de picos
sazonais, determinados pela produção vegetal sazonal e pela a área de vida ou capacidade de locomoção
da fauna entre as fitofisionomias. Deste modo, a conservação da RPPN Bico do Javaés promove a
manutenção e heterogeneidade de e entre as fitofisionomias e, atua como um importante e heterogêneo
corredor vegetal, fundamentais para a diversidade da flora e da fauna local.
2.2 FAUNA
Principais características e Importância
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
18
Os registros das espécies são originários de dados primários (inventário faunístico na área da RPPN) e,
dados secundários: lista de espécies da fauna ocorrentes na propriedade Fazenda Dois Rios, decorrentes de
um monitoramento da fauna silvestre (2010 a 2014 semestralmente), expressivo em diversidade e em
verificação da constância sazonal destes em diversas fitofisionomias. Deste modo é consistente considerar a
ocorrência das espécies deste monitoramento dentro da RPPN Bico do Javaés, principalmente, pela
localização muito próxima destas áreas e, por estas, pertencerem ao mesmo bioma e espacialmente à
mesma propriedade.
A fauna registrada para a área da propriedade Fazenda Dois Rios (dados secundários) e a RPPN Bico do
Javaés (dados primários), no geral, está composta de espécies relativamente frequentes em levantamentos
da fauna silvestre, principalmente nos biomas Cerrado e Amazônia; contudo é expressiva a riqueza
assinalada e, relevante o número de espécies de interesses conservacionistas ocorrendo na área, como as
espécies endêmicas (nos biomas citados), as espécies migratórias sazonais do hemisfério norte e, as
espécies citadas com status de ameaça e, ainda, número significativo de espécies cinegéticas que ocorrem
na área. E, especificamente quanto à significativa riqueza e composição faunística, estão registradas até o
momento, 330 espécies de aves, 43 espécies de mamíferos de médio e grande porte, 21 espécies de
mamíferos de pequeno porte não voador, 05 espécies de quirópteros, 31 espécies de anfíbios, 50 espécies
de répteis, 95 espécies de peixes, 160 famílias de insetos e 46 gêneros de formigas e, dentre estas
ocorrências, 29 taxa são registros novos, amostrados especificamente no inventário primário da RPPN,
indicando para a área, o potencial ainda significativo, de incremento da fauna silvestre.
A mastofauna inventariada (mamíferos de médio e grande porte, mamíferos de pequeno porte não
voadores e quirópteros) é diversa e expressiva para a área, com 66 espécies inventariadas até o momento
e, dentre estas, 13 espécies de mamíferos de médio e grande porte (Myrmecophaga tridactyla, Priodontes
maximus, Tapirus terrestris, Blastocerus dichotomus, Tayassu pecari, Chrysocyon brachyurus, Lycalopex
vetulus, Speothos venaticus, Leopardus wiedii, Panthera onca, Puma yagouaroundi, Puma concolor e
Pteronura brasiliensis) estão citadas como vulneráveis (VU) de acordo com a última “Lista Oficial de
Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA” e, quanto ao registro
de espécie endêmica registrada, Lycalopex vetulus é endêmica do Cerrado enquanto que Sapajus apella é
um primata de ocorrência na porção centro-oriental da Amazônia e em florestas de transição com este
bioma. No geral, as espécies caracterizam-se de mamíferos frequentes em inventários e, com grande
capacidade de distribuição em diversos biomas, principalmente o Cerrado e Amazônia e, destacam-se em
mobilidade nas e entre fitofisionomias, como os carnívoros (onças, jaguatirica, gatos do mato, lobo-guará,
cachorro do mato, cachorro-vinagre, jaritataca, papa mel, etc), os herbívoros e ou frugívoros (anta, cervos,
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
19
veados, caititu, queixada, quati, mão-pelada, etc) que se destacam principalmente, em áreas com maior
ocorrência de florestas e ou de heterogeneidade vegetacional, com disponibilidade de recursos alimentares
para a manutenção destes grupos de mamíferos. No geral, as espécies de mamíferos silvestres na área,
ocorrem de acordo com suas preferências ecológicas ao tipo de habitat, assim os primatas (macacos e
bugio) e os marsupiais (gambás: como Didelphis marsupialis (distribuição ampla no bioma Amazônia), cuícas
e catitas) são registrados em fitofisionomias heterogêneas com dossel alto e contínuo, como as matas
ciliares e matas inundáveis e, nos extratos médios e subbosques destas áreas, ocorrem as guildas
(nectarívoras, frugívoros, carnívoros e onívoros) de morcegos filostomídeos e embalonurídeos (cinco
espécies registradas na RPPN), pequenos e médios roedores (ratos arborícolas, ratos d’água e ratos do
mato, pacas, cutias, ouriço, etc) e os tamanduás; enquanto que, nas áreas campestres naturais são
registrados principalmente tatus, preás, ratos do chão (como Calomys tocantinsi – citado como
aparentemente endêmico do Cerrado) e o tapeti esporadicamente, como também, os mamíferos onívoros e
ou generalistas aos ambientes de floresta e campo (ex.: cachorro do mato, lobo guará, tamanduás, papa
mel, quati e, etc). Outros mamíferos, como a capivara (roedor de grande distribuição e locomoção) e a
ariranha, são frequentes em fitofisionomias com diversidade de coleções de água e, de áreas para o
forrageamento destes, essencialmente herbívoro e carnívoro, respectivamente. Neste grupo da fauna,
ocorrem muitas espécies cinegéticas – interesses diversos (ex.: capivaras, veados, antas, pacas, tatus,
porcos do mato, felídeos, marsupiais, etc). Dentre os grupos da mastofauna, apenas os pequenos
mamíferos não voadores e os quirópteros não registraram espécies com status de ameaça e, a baixa riqueza
de morcegos para área, resulta principalmente do número de dados de espécies para a área,
exclusivamente do inventário da RPPN.
Quanto à avifauna da área, está representada pelas guildas frugívoras, insetívoras, onívoras, granívoras,
carnívoras, piscívoras, nectarívoras, necrófagas e folívora. Destacando-se as espécies florestais e
características de fitofisionomias maduras com dossel alto e ou contínuo (ex.: mutuns, jacu, jacupemba,
tucanos, arapaçus, falcões, águias, araras, pica-paus, surucuás, martim-pescador, arirambas, beija-flores,
etc), as espécies de áreas campestres naturais (ex.: ema, seriema, gaviões, inambus, perdizes, jaós, rolinha-
vaqueira, etc) e, principalmente, as espécies aquáticas e ou associadas à ambientes com coleções de água
(ex.: patos, irerês, anhuma, tuiuiús, maguari, cabeça-seca, garças, socós, arapapás, tapicurus, colhereiros,
carão, saracuras, sanãs, picaparras, frango d’água, pernilongos, narcejas, maçaricos, jaçanãs, etc),
ocorrendo também, espécies comuns em ambientes florestados e em áreas abertas naturais e ou matrizes
de agrossistemas. E, o registro significativo de espécies endêmicas da Amazônia (Crypturellus cinereus,
Bucco tamatia, Pteroglossus inscriptus, Campephilus rubricollis, Sakesphorus luctuosus, Hypocnemoides
maculicauda, Nasica longirostris, Xiphorhynchus guttatus, Todirostrum maculatum, Knipolegus
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
20
poecilocercus, Attila cinnamomeus) e do Cerrado (Penelope ochrogaster, Cercomacra ferdinandi,
Alipiopsitta xanthops, Melanopareia torquata, Paroaria baeri, Antilophia galeata, Cyanocorax cristatellus,
Saltatricula atricollis) indicam para a área, e a avifauna características de transição entre estes biomas.
Dentre a expressiva riqueza de aves (330 espécies) registradas para a área, duas espécies (Cercomacra
ferdinandi e Penelope ochrogaster) estão citadas como vulneráveis (VU) conforme a última “Lista Oficial de
Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA” e, cinco espécies são
migratórias do hemisfério norte (Pandion haliaetus; Tringa solitária; Tringa flavipes; Coccyzus americanus e
Vireo olivaceus) de acordo com a última atualização da “Lista de Aves do Brasil do Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos - CBRO”. Na área, a ocorrência expressiva de espécies cinegéticas (ex.: tinamídeos,
anatídeos, cracídeos, columbídeos, psitacídeos, passeriformes, etc) sugere que, nesta ainda há condições
ambientais e de conservação favoráveis para a ocorrência destas espécies.
Em relação à herpetofauna, a diversidade de espécies também é expressiva para a área, resultante
principalmente, da característica transicional entre os biomas Cerrado e Amazônia. Dentre as espécies
assinaladas, ocorrem 14 espécies endêmicas do Cerrado, das quais 10 são anfíbios (Rhinella mirandaribeiroi,
Dendropsophus cruzi, Dendropsophus rubicundulus, Phyllomedusa azurea, Pseudis tocantins, Adenomera
saci, Leptodactylus pustulatus, Physalaemus nattereri, Pseudopaludicola ternetzi, Chiasmocleis
albopunctata), uma espécie de lagarto (Micrablepharus atticolus) e três são serpentes (Bothrops moojeni,
Chironius quadricarinatuse Epicrates crassus); enquanto que, cinco espécies estão associadas ao bioma
Amazônia (Chelus fimbriata: matá-matá; Pipapipa: sapo-pipa; o lagarto Kentropyx calcarata: calango-verde;
Helicops angulatus: cobra-d’água e Oxyrhopus petolarius: falsa-coral). Algumas espécies classificam-se
como cinegéticas, por motivos diversos (ex: jacarés, rãs, jabuti, teiús, cobras, etc). Nenhuma das espécies
está citada com status de ameaça, conforme a última “Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de
Extinção pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA”, contudo, muitas destas espécies não foram avaliadas
ou são consideradas como deficientes de dados. Deste modo, o real status de conservação de todas as
espécies da herpetofauna registrada para a área, pode estar subestimado, tal qual a diversidade, visto que é
significativa a ocorrência de espécies crípticas deste grupo de fauna, como também, há complexidade
taxonômica em nível de espécie para alguns grupos da herpetofauna, principalmente que ocorrem na
região. No geral, a relevante riqueza de espécies da herpetofauna assinalada para a área, com
características transicionais e de localização em uma região com extensos agroecossistemas, indicam a
necessidade de continuidade de amostragens para este grupo, promovendo dados consistentes para
subsidiarem, tanto medidas de conservação na RPPN, como registrar espécies ainda não registradas,
ameaçadas ou pouco conhecidas.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
21
Para a ictiofauna, a diversidade é significativa na propriedade e na RPPN, com uma constância sazonal de
peixes onívoros (ex.: piau-flamengo, pacu-redondo, piabas, branquinha, acará-tinga, etc), carnívoros (ex.:
baiacu, arraia-de-fogo, piranhas, acará-açú, etc), ictiófagos (ex.: cachorra grande, bicuda, apapá-dorada,
etc), detritívoros (ex.: papaterra, jaraqui, linguado, mandis, etc), invertívoros (ex.: piabas, João-duro, etc) e
herbívoros (ex.: piau-açu, pacus, etc) e, a distribuição das espécies verificadas em diferentes ambientes da
área (rios, lagos e áreas de drenagens sazonais) demonstra equilíbrio da comunidade íctia, caracterizada
pelo relevante número de espécies e uma baixa dominância destas, refletindo as condições favoráveis dos
habitats aquáticos naturais para a manutenção da ictiofauna local. Uma característica marcante para a
comunidade íctia é o regime significativo das cheias dos grandes rios na região e o extravasamento destes
nos extensos varjões e ambientes de sangra (fragmentos naturais de drenagem), favorecendo a ocorrência
de guildas de peixes onívoros, principalmente pela maior capacidade destes de se adaptarem às ações e os
efeitos das inundações peculiares da área, fundamentais para assegurar sazonalmente a ecologia trófica da
comunidade de peixes na área. Dentre as espécies registradas, nenhuma está citada com status de ameaça,
conforme a última “Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção pelo Ministério do Meio
Ambiente – MMA” e, o número relevante de espécies de alto apelo cinegético (ex.: pacus, peixes anuais,
pirarucu, tucunarés, cachorra, aruanã, etc) nos ambientes aquáticos da propriedade Fazenda Dois Rios e na
área da RPPN Bico do Javaés, reforça a qualidade e a conservação destes habitats, essenciais para a
manutenção da ictiofauna local.
Quanto à entomofauna inventariada, a riqueza de famílias e de gêneros de formigas foi expressiva,
assinalando taxa comuns e abundantes em inventários em fitofisionomias do Cerrado e Amazônia,
principalmente, refletindo características frequentemente assinaladas para estes artrópodes, como a
ocorrência comum de famílias de insetos e de gêneros de formigas altamente abundante sem inventários
em diversas fitofisionomias na região tropical (ex.: Formicidae, Vespidae, Braconidae, Scarabaeidae,
Tabanidae, Isoptera, Gryllidae, etc; formigas: Pheidole, Solenopsis, Camponotus, Ectatomma, Pachycondyla,
etc) e, outros taxa de rara amostragem (ex.: Mymarommatidae, Tanaostigmatidae, Eucnemidae,
Pipunculidae, Zorotypidae, etc; formigas: Prionopelta, Platythyrea, Centromyrmex, etc). Particularmente, os
dados secundários da entomofauna inventariada para a Fazenda Dois Rios contribuiu com a maior riqueza
de insetos, pois o período amostral foi superior ao inventário primário na RPPN Bico do Javaés, no entanto
neste último inventário é significativa, a partir das características morfológicas, a amostragem de espécimes
distintos do amostrado anteriormente para a área, indicando o potencial contínuo para a área em registrar
uma entomofauna local diversificada e singular (registrou-se 13 novas famílias de insetos na reserva).
Quanto à composição trófica assinalada, a entomofauna está representada, principalmente, por insetos
predadores onívoros e especializados, de parasitóides generalistas e especializados, de polinizadores
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
22
essenciais e, de fitófagos generalistas e especialistas, entre outros hábitos ou associações tróficas, eficientes
e primordiais para a estruturação e manutenção da vegetação e da fauna local. No geral, a entomofauna
inventariada compõe-se, principalmente, de insetos edáficos (solo e serapilheira) e, arborícolas ou do
extrato médio do subbosque e, com rara amostragem de insetos especialistas do subsolo. Nenhuma família
de inseto ou de gênero de formiga consta com status de ameaça, segundo a última “Lista Oficial de Espécies
da Fauna Ameaçadas de Extinção pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA”, contudo é plausível o registro
de espécies com diferentes categorias de ameaça para a área, visto a significativa diversidade morfológica
dos insetos inventariados. Outro potencial verificado, especificamente para a RPPN, foi o registro visual (e
alguns espécimes coletados) de diversas abelhas meliponíneos sem ferrão, polinizadores essenciais da flora
silvestre, indicando para a reserva condições favoráveis para a nidificação e conservação destas abelhas,
cada vez menos comum o registro em habitats de florestas ou campos silvestres e, de rara ocorrência em
matrizes de agrossistemas. O inventário de famílias de insetos e de gêneros de formigas para a área permite
inferências futuras (como dados secundários) para a reserva quanto à riqueza e composição destes,
complementando possíveis inventários e ou monitoramento na RPPN Bico do Javaés ou outras áreas da
Fazenda Dois Rios.
Os grupos de fauna inventariados para a RPPN Bico do Javaés caracterizou-se em uma expressiva e singular
diversidade, reforçou o caráter de área de transição Cerrado e Amazônia para um grande número de
espécies inventariadas, assinalou a ocorrência de 15 espécies ameaçadas (aves e mamíferos de médio e
grande porte), 23 espécies endêmicas do Cerrado (canídeo, aves, anfíbios, lagarto e serpentes) e 11
espécies endêmicas da Amazônia (aves) e outras cinco espécies associadas ao bioma Amazônia (anfíbios e
répteis), como também, cinco espécies migratórias do hemisfério norte (aves), a ocorrência de espécies de
peixes temporários, raros em diversos ambientes típicos e subordinados às inundações sazonais e, registros
relevantes de espécies cinegéticas para todos os grupos de fauna inventariados. Destaca-se, essencialmente
na reserva, a evidente riqueza de abelhas nativas sem ferrão indicando variedade da flora e qualidade
ambiental adequadas para a ocorrência e conservação deste grupo, essencial na polinização e manutenção
de diversas plantas silvestres e, é abundante o acesso de morcegos nas e entre as fitofisionomias,
importante para a dispersão de sementes, também potencializada por outras distintas espécies da fauna
inventariada. Deste modo, esta diversa fauna é de fundamental importância para a estruturação e
manutenção das fitofisionomias locais e, a reserva é essencial para a preservação deste fluxo e interações
ecológicas da fauna local. Assim, estabelecido os limites espaciais e os manejos típicos para a reserva, serão
garantidos subsídios legais e ambientais importantes para a manutenção e ou como refúgios sazonais para
a fauna, tanto para a fauna residente da Fazenda Dois Rios e, principalmente da RPPN, quanto de outras
áreas adjacentes à estas, caracterizando a reserva em um potencial corredor ecológico ou biológico para a
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
23
fauna silvestre.
2.3 RELEVO
Tipos
(Predominante)
Principais Características
( ) Planaltos
( ) Montanhas
( X ) Depressões Depressão do Araguaia - MAMEDE et al. (1981) conceitua esta unidade como uma vasta
superfície rebaixada, mais conservada a oeste do rio Araguaia, o que pode ser atribuído
aos remanescentes de superfícies pediplanadas (como no médio interflúvio entre os
rios Dueré e Urubu), constituída por relevo suavemente dissecado, prevalecendo o
domínio de formas suavemente convexizadas e a forte presença de interflúvios
tabulares.
A Depressão do Araguaia encontra-se quase exclusivamente representada pelos
metassedimentos do Grupo Tocantins, representados por filitos, clorita-xistos e
metarcóseos, registrando-se as implicações estruturais na orientação dos cursos d’água.
( X ) Planícies Planície do Bananal: corresponde à ampla faixa deposicional, relacionada ao rio
Araguaia e seu braço menor, denominado rio Javaés. Conforme BRASIL (1981a), a
denominação Planície do Bananal decorre da combinação de diversos elementos
geomofológicos, destacando-se: dominância de superfície muito plana, tanto no interior
da Ilha do Bananal, como em seus limítrofes, ocorrência de sedimentação recente,
através de inundações periódicas; existência de drenagem anastomática, marcas de
paleodrenagem, canais abandonados e lagoas circulares; e grande expressividade da
Ilha do Bananal dentro da unidade. Corresponde à extensão de terrenos quaternários,
contornados pela unidade geomorfológica denominada Depressão do Araguaia.
A planície apresenta dois tipos de feições geomorfológicas distintas: aquelas modeladas
pelos depósitos aluvionares ao longo dos vales, caracterizadas por diques marginais,
ilhas e lagos de meandros, alguns dos quais obturados pela deposição atual; e as
modeladas nos depósitos aluvionares subatuais, que se encontram nos interflúvios,
caracterizadas por lagoas temporárias e/ou permanentes e drenagem indecisa,
constituindo uma área periodicamente inundável. Enquanto as primeiras encontram-se
vinculadas ao sistema atual do Araguaia e tributários, as segundas representam áreas
( ) Outros
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
24
interfluviais baixas, periodicamente inundáveis. No período das chuvas, a inundação
favorecida pelas condições pedológicas e topográficas (a segunda faixa encontra-se
mais baixa que as faixas laterais dos rios Araguaia e Javaés, com diferença altimétrica
variando de 5 a 10 metros) responde por coalescência de inundações com calhas
fluviais. Como as águas dos baixos interflúvios e dos rios crescem juntas, ocorre certo
bloqueio entre uma e outra, permitindo que o material grosseiro se deposite junto às
calhas aluviais e que o material em suspensão seja, parcialmente, carregado para a
jusante ou extravase lateralmente (MAMEDE et al., 1981)
Observação:
A planície do Araguaia apresenta aspectos característicos, como topografia plana e baixa altitude, nível do
lençol freático superficial elevado, predominância de Plintossolos e Gleissolos, ambos com impedimento de
drenagem e periodicidade de inundação. Atuando em conjunto e por um período prolongado de estiagem,
essas particularidades proporcionam ao ambiente o desenvolvimento de formas biológicas próprias, em
nível microclimático (BRASIL, 1994). Por tratar-se de uma área inteiramente dependente da inundação, a
forma de relevo atua como elemento fundamental no processo seletivo e na fixação da vegetação. Para
grande número de plantas, quanto maior for o encharcamento do solo, mais impróprio torna-se o
ambiente, ocorrendo, dessa forma, uma substituição de indivíduos arbóreos por elementos herbáceos, que
se propagam de pontos mais altos (melhor drenagem) para áreas mais baixas (pior drenagem).
2.4 ESPELEOLOGIA (CAVIDADES NATURAIS)
Tipo de Cavidade Nome
(opcional)
Principais
características
Ponto de Coordenada
Geográfica (localização)
( ) Caverna
( ) Gruta
( ) Lapa
( ) Furna
( ) Toca
( ) Abrigo sobre Rochas
( ) Abismo
( ) Outros
( X ) Não possui nenhum tipo de
cavidade
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
25
Observação:
2.5 CLIMA
Para melhor compreensão sobre as características hídricas da RPPN é importante conhecer
o regime das chuvas (Figura abaixo), responsável pela manutenção dos ciclos biológicos na região
totalmente adaptados à sazonalidade climática.
A precipitação média anual da referida região é de 1.750 mm, concentrada entre os meses
de outubro a abril. A temperatura média é de 24 ºC, e a da umidade relativa do ar permanece em
torno de 80 a 85% ao longo do ano (BRASIL, 1994).
A atuação do gradiente climático – chuva e seca –torna sazonal a deposição e a
mineralização da matéria orgânica, elemento fundamental na ciclagem dos nutrientes dos
ecossistemas de planície (BRASIL, 1994).
A região de localização da RPPN, por estar inserida no bioma cerrado é marcada por duas
estações climáticas bem definidas, uma seca outra chuvosa. As espécies viventes desse bioma no
decorrer da história evolutiva foram se adaptando a sazonalidade da região para garantirem a
sobrevivência e diversidade. Estas adaptações ocorreram a nível morfológico e fenológico das
espécies vegetais, reprodutivo e alimentar por parte dos animais (MALHEIROS, 2016)
Dessa forma, os animais do cerrado mantém uma interdependência com relação à flora e,
portanto, evoluíram e se adaptaram aos aspectos da sazonalidade, que influencia em toda a
dinâmica da vida no bioma, desde os aspectos alimentares, reprodutivos e de abrigos.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
26
Figura 1. Dados mensais de precipitação (mm) na região. Os dados Históricos* representam uma média de chuvas do período entre 1961 e 1990 e do período de 1999 a 2010, captados pela Estação Climatológica do Campus de Gurupi-TO.
Fonte: http://tempoagora.uol.com.br/previsaodotempo.html/brasil/climatologia/Gurupi-TO/ (Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi).
2.6 RECURSOS HÍDRICOS
Recursos hídricos Nome (opcional) Principais Características
( X ) Rio\córrego Rio Javaés e rio
Formoso
Localmente os principais cursos d’água que drenam
a área são o rio Javaés e o rio Formoso. Estes corpos
hídricos apresentam largura (entre 100 e 350
metros) e profundidades (até 7 metros)
consideradas elevadas, sofrendo grandes variações
dos níveis de água entre os períodos de cheia e
estiagem. A rede de drenagem de modo geral
apresenta padrão dedrítico, com características de
anostomosados em vários afluentes importantes e
sub-afluentes, registrando-se grande quantidade de
lagos e estruturas de paleodrenagem.
Os rios Javaés e o Formoso apresentam
predominantemente um sistema de drenagem
meandrante, onde se observam meandros e canais
abandonados, além de diques marginais.
O Javáes é o principal rio da área de influência da
RPPN, tendo como principal afluente o rio Formoso,
o qual constitui o limite leste da propriedade e
desemboca no rio Javaés ao norte, tornando a
propriedade uma espécie de mesopotâmia, com o
rio Javaés constituindo o limite oeste da área,
paralelamente com a Ilha do Bananal.
O rio Formoso é o de maior destaque na região,
sendo afluente de primeira ordem da margem
direita do rio Javaés, recebendo a maioria dos rios e
drenagens da porção leste da região. O Formoso se
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
27
enquadra na classificação de Regime Tropical Típico,
apresentando o período de enchentes entre os
meses de novembro a março (verão chuvoso) e o
período de vazantes entre os meses de abril a
outubro (inverno seco). Sua vazão média é da
ordem de 97,0 m³/s.
As características físicas e químicas da água
(monitoradas semestralmente pela Fazenda Dois
Rios), verificadas na montante e jusante destes rios,
indicam parâmetros de qualidade ótima e ou entre
os limites mínimos e máximos (turbidez, sólidos
totais, pH, demanda bioquímica de oxigênio,
oxigênio dissolvido, classe de nitrogênios,
ortofosfato, classe de metais, cloretos e sulfato)
preconizados pelo CONAMA 327/2005 para águas
doces de Classe II. A ressalva para alguns valores
sazonais acima dos estabelecidos (ortofosfato,
manganês, ferro, alumínio e turbidez) referem-se
principalmente, ao período de chuvas (aumento do
carreamento de sedimentos das margens ciliares e
de nutrientes do solo) e às características de
planície do Araguaia com extensas áreas inundáveis
(varjões, Ipucas e sangradouros) ocorrentes na
região, que promovem solos saturados e mais
ácidos, com grandes atividades químicas e de
percolação destes através das áreas de drenagens e
até os leitos de rios e lagos, disponibilizando
maiores concentrações, principalmente de alumínio,
ferro (por ferrólise), manganês e, de fosfato
(ortofosfato), que não caracterizam grau de
poluição aos ambientes hídricos, mas refletem as
peculiaridades físico-químicas comuns e naturais
dos solos nesta planície do Médio Araguaia.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
28
Corroborando esta característica ambiental, as
baixas ou mínimas concentrações de nitrogênios
(amônia, nitrito e nitrato) e a significativa
disponibilidade de oxigênio nas águas de superfície
analisadas, indicam a qualidade dos rios e lagos na
área, não caracterizando poluição e ou toxidade das
águas para os organismos aquáticos e, ainda, a baixa
concentração sazonal destes nitrogênios nos rios e
lagos, em relação à atividade econômica
predominante da área (agricultura irrigada) reforça
que há equilíbrio na percolação de fertilizantes
através das áreas de drenagens e os ambientes
lênticos e lóticos da propriedade Fazenda Dois Rios
e, especificamente na RPPN Bico do Javaés.
Parâmetros verificados para a qualidade de água
doce em ambientes lótico e lênticos (detalhamento
em anexo).
( ) Riacho\Igarapé
( ) Nascentes\Olho D’Água
( X ) Lago Foram registrados aproximadamente 7 lagos
perenes de tamanho expressivo na RPPN, com
medidas que variam entre 660 e 1000 metros de
comprimento e 20 e 50 metros de largura, com
profundidade entre 3 e 5 metros. Dois destes lagos
se ligam diretamente aos rios, um ao Formoso e
outro ao Javaés, regionalmente conhecidos como
lagos ‘boca franca”. Também existem lagos menores
de ciclo intermitente e outros corpos hídricos
efêmeros que se formam constantemente nestas
áreas. As ipucas também constituem corpos hídricos
da RPPN com calhas e alagamentos em seu interior
similares às pequenas lagoas da propriedade.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
29
Quanto à verificação da qualidade da água em
ambiente lótico (lago/lagoa/ipuca), seguiu os
mesmos parâmetros analisados e, como o discutido
para os rios Javaés e Formoso (detalhe em anexo).
( ) Lagoa natural Na RPPN também há formações de grandes lagoas
com extravasamento de água a partir de sua calha,
podendo atingir um comprimento que varia entre
480 e 670, e largura entre 70 e 140 metros.
Quanto, a verificação da qualidade da água em
ambiente lótico (lago/lagoa/ipuca), seguiu os
mesmos parâmetros analisados e, como o discutido
para os rios Javaés e Formoso (detalhe em anexo).
( ) Lagoa artificial
( ) Cachoeira
( ) Banhado
( ) Açude
( ) Represa
( X ) Bacia hidrográfica Bacia Hidrográfica
Tocantins/Araguaia
e Sub-Bacias do rio
Javaés e Formoso.
A hidrografia da região pertence à Bacia
Tocantins/Araguaia, e a Fazenda Dois Rios (e a
RPPN) enquadra-se nas Sub-Bacias A3 – Rio Javaés e
A4 – Rio Formoso, que tem os rios Javaés (braço
menor do Araguaia) e o Formoso como os principais
rios. A referida Bacia localiza-se quase que
integralmente entre os paralelos 2° e 18º S e os
meridianos de longitude oeste 46° e 56°. Sua área
de drenagem é de 757.000 km², representando
8,8% do território nacional, com áreas distribuídas
nos Estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Pará
e Maranhão, além do Distrito Federal. Está limitada,
ao sul, pelo Planalto Central, à oeste, pelo Xingu, à
leste, pela Serra Geral de Goiás e, ao norte, por sua
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
30
foz na Baía de Marajó.
( X ) Aquíferos subterrâneos As águas subterrâneas estão relacionadas à
Província Hidrogeológica Centro-Oeste, Sub-
Província Ilha do Bananal e, particularmente, ao
Sistema de Aquíferos Aluviões Antigos, onde os
aquíferos são caracterizados em Aluviões antigos e
rochas fraturadas.
( ) Outros
Observação:
Parâmetros físicos, químicos e biológicos da água foram analisados de acordo com a metodologia proposta
no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater - APHA (2005). A amostragem foi
realizada em vários corpos hídricos superficiais (sítios), na área de abrangência da Fazenda Dois Rios, sendo
estes, rio Formoso, rio Javaés (montante e jusante), ipuca, um lago e uma lagoa, contribuindo para dados
primários (lago e jusantes dos rios) e secundários (demais sítios). Estas informações são importantes para a
caracterização da qualidade dos recursos hídricos da propriedade e a dinâmica ecológica da área, refletindo
especialmente na importância da RPPN para toda a região.
A estrutura da comunidade fitoplanctônica nos pontos amostrais dos corpos hídricos da área de
abrangência da Fazenda Dois Rios e da RPPN Bico do Javaés foi avaliada qualitativamente, através da
observação do número de espécies encontradas (composição/espécies descritoras e riqueza) e
quantitativamente pela densidade (número de indivíduos por mililitro), abundância relativa, índice de
diversidade de Shannon- Wiener e índice de equitabilidade.
A ficoflórula dos pontos amostrais caracterizou-se por apresentar ao longo de 4 anos de monitoramento
(dados secundários e primários), 88 gêneros com 192 espécies, distribuídas em Bacillariophyta
(Bacillaryophyceae, Coscinodiscophyceae e Fragillariophyceae), Chlorophyceae, Chrysophyceae,
Cryptophyceae, Cyanobacteria, Dinophyceae, Euglenophyceae, Xanthophyceae, Oedogoniophyceae e
Zygnemaphyceae
Em análise qualitativa da comunidade fitoplanctônica, Chlorophyceae foi o grupo mais especioso.
Apresentou 65 táxons representados quase que exclusivamente por espécies da ordem Chlorococcales que
são cosmopolitas e frequentes em ambientes ricos em nutrientes (REYNOLDS, 1997; REYNOLDS et al., 2002)
Euglenophyceae também é significativa na composição da ficoflórula da área amostrada. Representa o
segundo grupo em número de espécies (33). Estas espécies alimentam-se fagotroficamente, possuindo a
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
31
habilidade de degradar a matéria orgânica, absorver diretamente a amônia e contribuir na assimilação do
carbono orgânico. Euglenophyceae são indicadoras da qualidade da água em processos de eutrofização, e
na autodepuração de sistemas aquáticos.
A desmídias (Zygnemaphyceae) foram o terceiro grupo mais especioso (31) composto principalmente por
espécies metafíticas como Staurastrum, Cosmarium e Closterium, muito comuns em águas doces tropicais,
principalmente nas bacias amazônicas, sempre apresentando uma grande diversidade (NOGUEIRA, 1999).
Bacillaryophyta (formada pelas classes Coscinodiscophyceae, Bacillariophyceae e Fragillariophyceae)
também foi importante constituinte da ficoflórula na área de abrangência da Fazenda Dois Rios, onde
apresentou 30 espécies. As diatomáceas são consideradas abundantes no plâncton de rios e reservatórios
brasileiros (BORGES et al., 2003; RODRIGUES et al., 2005; TRAIN e RODRIGUES, 2004; TRAIN et al., 2005) e
são principalmente favorecidas em ambientes com mistura vertical devido a sua elevada taxa de
sedimentação (REYNOLDS et al., 2002).
A presença de Cyanobacteria (15 espécies) pode estar associada à maior estabilidade da coluna d’água e
consequente aumento de nutrientes, fatores que podem influenciar no estabelecimento deste grupo.
A riqueza foi bastante significativa durante o período de monitoramento da área, demonstrando alta
diversidade da comunidade fitoplanctônica nos pontos analisados.
A densidade da comunidade fitoplanctônica foi mais representativa no lago amostrado, à montante e
jusante do rio Formoso, com resultados acima de 3400 ind.ml-1. O ponto à jusante do rio Javaés foi o ponto
amostral com maior densidade (4503 ind.ml-1). É importante lembrar que foi observado durante o período
de monitoramento que as mudanças sazonais interferem nos valores de densidade da comunidade
fitoplanctônica sendo que no período de chuvas foi verificado valores inferiores aos valores observados na
estiagem.
A abundância relativa demonstra percentualmente o quanto cada táxon é representativo dentro da
amostra. Bacillariophyta foi o grupo representativo da comunidade fitoplanctônica em todos os pontos
amostrais, apresentando dominância (valores acima de 50%). Destaca-se que a ocorrência de
Bacillariophyceae é comum em sistemas com maior velocidade de fluxo da água, uma vez que a alta
turbulência promove a liberação desses táxons epipélicos ou epifíticos dos substratos onde ficam aderidos
ou associados.
Cholorophyta é um grupo comum em ambientes de águas interiores e costumam descrever a comunidade
fitoplanctônica dos corpos hídricos. Cyanobacteria, Zygnemaphycea, Euglenophyceae, Chrysophyceae,
Cryptophyceae e Dinophyceae também foram contribuintes significativos da ficoflórula local, porém,
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
32
apresentaram menores densidades que os demais grupos.
O índice de equitabilidade reflete o grau de organização da comunidade, e a variação percentual de seus
componentes, e o distanciamento dessa comunidade de outra, com espécies equitativamente
representadas. Nos pontos avaliados, a equitabilidade, oscilou de 0,37 a 0,61. Valores para esse índice
também indicam alterações na comunidade fitoplanctônica frente aos influxos ambientais e mudanças
sazonais.
A diversidade específica foi estimada segundo o Índice de Shannon-Wiener, a partir dos dados de
densidade específica. O índice de Shannon-Wiener expressa a ação recíproca da riqueza e da equitabilidade
sobre a diversidade (HENRY, 1999). Os valores do índice de diversidade específica aplicada à densidade do
fitoplâncton oscilaram entre 1,75 bits.ind-1 a 2,95 bits.ind-1.
Os valores reduzidos de diversidade e equitabilidade dos pontos refletem a dominância de Bacillaryophyta
no sistema, representadas por Aulacoseira spp. As bacilariofíceas e clorofíceas têm sido registradas como
as mais importantes qualitativamente em rios e reservatórios (RODRIGUES et al., 2005; TRAIN et al., 2005;
TRAIN e RODRIGUES, 2004). Entre as espécies meroplanctônicas, destacaram-se principalmente as
diatomáceas cêntricas, como espécies de Aulacoseira.
De modo geral, as condições dos recursos hídricos na área de influência da Fazenda Dois Rios e
consequentemente da RPPN Bico do Javaés apresentam boas condições. E aqui, como em outros
exemplares ambientais da Fazenda Dois Rios, a sazonalidade parece regular os valores quantitativos da
comunidade fitoplanctônica, onde se observa maiores valores no final da seca.
2.7 ASPECTOS CULTURAIS OU HISTÓRICOS (PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL)
Atributos Nome
(opcional)
Principais
características
Ponto de Coordenada
Geográfica (localização)
( ) Ruínas históricas
( ) Muros históricos
( ) Igreja
( ) Cemitério
( ) Práticas místicas e religiosas e ou
trasmanifestações culturais
( ) Inscrições rupestres
( ) Abrigos sob rochas
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
33
( ) Casas subterrâneas
( ) Urnas de sepultamento
( ) Sítios arqueológicos
( ) Outros
Observação: Não se aplica.
2.8 INFRAESTRUTURA EXISTENTE NA RPPN BICO DO JAVAÉS
Infraestrutura Existe na RPPN Qdade Estado de
Conservação Principais características
Aceiro
( X ) Sim
( ) Não
( ) Não se aplica
( X ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Anualmente, ao final do
período chuvoso e final da
estiagem é construído um
aceiro no limite norte da
RPPN que faz fronteira
com a propriedade. É
formado com um trator de
esteira para a retirada
total da vegetação. O
aceiro é praticamente uma
estrada, com largura de 3 a
4 metros que circunda
todo o perímetro (sul) da
RPPN. No aceiro nenhuma
vegetação é suprimida na
RPPN, pois existe uma
faixa de segurança de 100
metros entre a RPPN e a
propriedade. Assim, o
aceiro é formado entre a
faixa de proteção (100 m
de largura) e a área de uso
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
34
do empreendimento.
Alojamento para
pesquisadores
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Alojamento para
visitantes
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Área de
acampamento
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Auditório
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Instalação
sanitária
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Casa do
proprietário
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Casa do caseiro
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Camping
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Centro de
visitantes
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Cerca
( X ) Sim
( ) Não
( ) Não se aplica
( X ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Foi instalada cerca apenas
no limite sul da RPPN
(entre a faixa de proteção
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
35
de 100 metros e a RPPN);
no perímetro margeando
os rios Javaés e Formoso
não há cercas pois estas
impediriam o tráfego de
animais silvestres que
transitam entre a Ilha do
Bananal e a propriedade
durante toda a sua
existência.
Estrada
( X ) Sim
( ) Não
( ) Não se aplica
( X ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Atualmente existe uma
estrada vicinal no interior
da propriedade que dá
acesso a área da RPPN mas
a mesma não adentra a
reserva.
Guarita
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Hotel / Pousada
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Lanchonete /
Cafeteria
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Loja de souvenir /
Conveniência
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Mirante
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
36
Museu
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Passarela
suspensa
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Ponte
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Portaria
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Restaurante
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Sinalização
indicativa ou
informativa
( X ) Sim
( ) Não
( ) Não se aplica
( X ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Sinalização informando
sobre a existência da RPPN
e proibição de entrada
sem autorização; placas
proibindo pesca, caça e
deposição de lixo (margens
dos rios Javáes e Formoso).
Sinalização
interpretativa
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Sede
administrativa
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Torre de
observação
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
37
Trilhas
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Outros
( ) Sim
( X) Não
( ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Possui
infraestrutura na
RPPN
( ) Sim
( X ) Não
( ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Observação:
2.9 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Equipamentos ou serviços Existe na RPPN Qdade Estado de
Conservação
Principais
características
Sistemas de radio comunicação ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Sistema telefônico ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Rede de esgoto ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Equipamento de primeiros
socorros
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Equipamento de proteção
(fiscalização)
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
38
Equipamento de combate ao fogo ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Equipamento para apoio a
pesquisa
( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Veiculo Terrestre ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Veiculo Aquático ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Veiculo Aéreo ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Tirolesa ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Teleférico ( ) Sim
( ) Não
( X ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Sem equipamento e serviços
disponíveis na RPPN
( X ) Sim
( ) Não
( ) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Outros
( ) Sim
( ) Não
(.X.) Não se aplica
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Observações:
Atualmente não há equipamentos e serviços disponíveis.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
39
2.10 AMEAÇAS OU IMPACTOS NA RPPN
Nº AMEAÇAS OU
IMPACTOS
PRESENÇA OU
OCORRÊNCIA
GRAU DE
INTERFERÊNCIA
ATIVIDADES DE PROTEÇÃO
IMPLANTADAS
1
Presença ou
acesso de
Animais na RPPN
( ) Domésticos/Estimação
( X ) Invasores/Exóticos
( ) Criação (bovinos,
caprinos, equinos, ovinos,
etc.)
( ) Nenhuma presença ou
ocorrência
( ) Outros
( ) Alta
( X ) Média
( ) Baixa
( ) Isolamento /
Cercamento da RPPN
( ) Sinalização alertando
sobre danos causado por
animais domésticos ou
estimação na RPPN
(X) Retirada de animais de
criação na área da RPPN
( ) Nenhuma atividade
implantada
(X) Outros
2 Áreas
degradadas
( ) Erosão (laminar, sulcos
ou voçorocas) dentro da
RPPN
( ) Erosão (laminar, sulcos
ou voçorocas) no entorno
da RPPN, dentro da
propriedade, que
prejudique de alguma
forma a integridade
ambiental da reserva.
( ) Áreas degradadas
dentro da RPPN
( X ) Nenhuma ocorrência
( ) Outros
( ) Alta
( ) Média
( ) Baixa
( ) Recuperação da área
afetada pela erosão.
( ) Recuperação da área
afetada pela erosão no
entorno da RPPN, dentro
da propriedade.
( ) Recuperação da área
degradada, que não seja
erosão.
( ) Nenhuma atividade
implantada
( ) Outros
3 Acesso indevido
de terceiros
( X ) Caça, apanha ou
captura da fauna
( X ) Pesca
( X ) Alta
( ) Média
( X ) Sinalização contra
entrada de terceiros não
autorizados na RPPN
( X ) Sinalização contra
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
40
( X ) Extração de vegetais
( ) Retirada de vegetação
( ) Deposito de lixo no
interior da RPPN
( X ) Acesso ou circulação
indevida de terceiros,
pessoas estranhas ou não
autorizadas pelo
proprietário da RPPN
( ) Invasão (grilagem /
assentamento)
( ) Nenhuma presença ou
ocorrência
( ) Outros
( ) Baixa caça, pesca, retirada de
vegetais
( ) Vigilância na área da
RPPN
( ) Ronda periódicas na
RPPN
( ) Nenhuma atividade
implantada
(X) Outros
4 Ocorrência de
Fogo
( X ) Ocorrência de fogo
iniciado no interior da
RPPN nos últimos 2 anos,
provocado pelo homem ou
por causas naturais
( ) Ocorrência de fogo
iniciado na vizinhança ou
entorno imediato da RPPN
nos últimos 2 anos,
provocado pelo homem ou
por causas naturais.
( ) Nenhuma ocorrência
( ) Outros
( X ) Alta
( ) Média
( ) Baixa
( X ) Abertura e
manutenção de aceiro
( X ) Formação de brigadas
de combate ao fogo
( ) Sinalização contra o
fogo
( ) Campanha de
conscientização contra o
fogo
( ) Nenhuma atividade
implantada
(X) Outros
5
Superpopulações
de espécies
dominantes ou
presença de
espécies com
potencial invasor
( ) Ocorrência de espécies
vegetais exóticas
regenerando-se
espontaneamente.
( X ) Ocorrência de espécies
animais exóticos
( ) Alta
( X ) Média
( ) Baixa
( ) Controle ou
erradicação de espécies da
flora (superpopulações,
dominantes e invasoras)
( ) Controle ou
erradicação de espécies da
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
41
reproduzindo-se
espontaneamente.
( ) Ocorrência de espécies
nativas da flora ou fauna
que ocorram em grande
quantidade formando
superpopulações, ou seja,
espécies que estejam
dominando
(superdominantes) a área
ao ponto de prejudicarem
as demais espécies.
( ) Nenhuma presença ou
ocorrência
( ) Outros
fauna (superpopulações,
dominantes e invasoras)
( ) Controle das
superpopulações das
espécies dominantes.
( ) Controle ou
erradicação das espécies
exóticas invasoras
(X) Nenhuma atividade
implantada
( ) Outros
6
Ameaças externa
que prejudique
de alguma forma
a integridade
ambiental da
reserva.
( ) Centras Hidrelétricas
( ) Rede de transmissão
elétrica
( ) Estradas no interior da
RPPN
( ) Estradas ou rodovias no
entorno da RPPN
( ) Gasoduto
( ) Mineração/Garimpo
( ) Lixo no entorno da
RPPN
( ) Poluição dos cursos
d´água
( ) Nenhuma ocorrência
( X ) Outros
( ) Alta
( ) Média
( ) Baixa
( ) Nenhuma atividade
implantada
( ) Outros
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
42
Observações:
Os animais que podem ameaçar a área da RPPN são de origem exótica, por tratar-se de bubalinos
introduzidos na região há dezenas de anos e, bovinos pertencentes à comunidade indígena vizinha a área,
que atravessa o rio Javaés (sazonalmente seco) com destino à RPPN. Outras ameaças externas sobre a
RPPN são as hidrovias do rio Javaés e Formoso margeando a propriedade que promove fácil acesso à área.
No mais, ao mesmo tempo em que a localização da RPPN favorece algumas medidas de conservação dos
recursos naturais, por se tratar de área selvagem e inexplorada, sem vias de acesso terrestre ao seu
interior, essa localização também facilita algumas interferências externas e de difícil controle, tais como a
caça, a pesca, o fogo, o corte de espécies arbóreas, etc. Hidrovias são vias públicas, não há barreiras para a
trafegabilidade e, o livre acesso de pessoas à área através dos rios Formoso e Javaés, trafegável o ano
todo, é uma das maiores ameaças à RPPN porque esta desencadeia as demais. O pescador acampa nas
margens e praias, faz fogueira, que pode provocar queimadas. O caçador também poderá causar
queimadas acidentais ou intencionais. Estes também deixam o lixo, armadilhas montadas.
A RPPN possui 02 lagos que sazonalmente se ligam aos rios, são os chamados popularmente de lagos
“boca franca”. Essa característica também facilita o acesso ao interior da RPPN, pois o lago se torna uma
via através de embarcações pequenas. Além das ações antrópicas há também fatores naturais, como o
fogo (causado por raios), extraordinariamente, muito comum na região. Tal ocorrência pôde ser
testemunhada pela equipe de biólogos que estavam fazendo o inventário da fauna e flora da RPPN,
quando na formação de um temporal caiu um raio nas proximidades, que imediatamente provocou um
incêndio e, rapidamente se alastrou pela propriedade. Nesse caso, particularmente, é sabido que o fogo
está associado à sazonalidade do cerrado, ocorrendo de forma natural no inicio do período chuvoso.
Apesar de devastar áreas imensas, naturalmente este fenômeno desempenha um papel ecológico
importante, influenciando na rebrota das gramíneas, principalmente do capim flexa (Tristachya
leiostachya) e do sapé (Imperata brasiliensis) muito comuns na área– que servem de alimento aos animais
herbívoros – este também estimula a floração de herbáceas e a exsudação de plantas, que geram resinas
ricas em carboidratos (MALHEIROS, 2016). O fogo é um fator que acentua o oligotrofismo no solo,
influenciando na propagação e conservação das paisagens abertas de cerrado. As cinzas irão servir
também de alimentos para mamíferos herbívoros e onívoros. Influência na manutenção das características
fisionômicas dos ambientes abertos de cerrado e, este deve ser considerado no planejamento das
unidades de preservação em áreas de cerrado, para manutenção da biodiversidade (FRANÇA et al, 2007).
Deste modo, mesmo com algumas medidas implantadas (aceiros, cercas onde é necessário, placas de
avisos distintos e formação de brigada de combate ao fogo), a recuperação e proteção na área quanto às
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
43
ameaças citadas, consistem principalmente, na prevalência continuada da recuperação e manutenção
espontânea e efetiva da flora e fauna local, assistindo até o momento, com uma baixa a moderada
intervenção na reserva de atividades ou implementos de proteção. Malheiros (2016) cita que, a
intervenção humana no meio ambiente ocorre de forma sistemática e contínua não permitindo a
recuperação espontânea por parte da natureza; deste modo, os fragmentos vegetacionais existentes na
reserva e a fauna associada a estes, desempenham diversas funções ecológicas, entre tantas, a de
recuperação e manutenção às catástrofes naturais.
2.11 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA RPPN BICO DO JAVAÉS
2.11.1 Pesquisa científica
Nº Título da Pesquisa Objetivo da Pesquisa A pesquisa interfere na gestão da RPPN
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
Observação:
Atualmente não há previsão ou projetos voltados para pesquisa científica na área da RPPN.
2.11.2 Educação ambiental
Atividades Periodicidade Público Alvo
Existem
parceiros
envolvidos
Número de
participantes
por ano
( ) Atividades de
educação ambiental em
escolas e universidades
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) sim
( ) não
( ) Palestras e reuniões
sobre educação
ambiental
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) sim
( ) não
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
44
( ) Oficinas e cursos
sobre educação
ambiental
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) sim
( ) não
( ) Elaboração
e distribuição de
material sobre educação
ambiental
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) sim
( ) não
Outros
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) sim
( ) não
( X ) Não realizo nenhuma atividade de educação ambiental na RPPN
Observação:
Ainda não há estrutura na RPPN para realização de atividades de Educação Ambiental.
2.11.3 Visitação
Atividades Periodicidade Público Alvo
Número de
visitantes
por ano
Principais
Características
( ) Caminhada de
até ½ dia (com até 5
km de percurso)
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Caminhada de 1
dia (com mais 5 km
de percurso ida e
volta)
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
45
( ) Flutuação /
Snorkeling
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Caminhada com
pernoite
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Camping ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Mergulho ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Ratfing / Tirolesa ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Banho de piscina ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Banho rio ou
cachoeira
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Canoagem ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
46
durante o ano inteiro ( ) 3º Idade
( ) Boiacross ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Descida de
cachoeira -
cachoeirismo
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Visita a caverna ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Travessia em
caverna
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Visita a atributos
culturais ou
históricos
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Escalada / Rapel ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Visita educativa /
Escola
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
47
( ) Observação de
aves
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( ) Acampamento ( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
Outros
( ) Atividade realizada
esporadicamente
( ) Atividade realizada
durante o ano inteiro
( ) Crianças
( ) Jovens
( ) Adultos
( ) 3º Idade
( X ) Não realizo nenhuma atividade de visitação na RPPN
Observação:
O local ainda não dispõe de estrutura à visitação pois atualmente trata-se de área totalmente selvagem e
inacessível.
2.11.4 Recuperação de área degradada
Localização Origem da
degradação
Forma de
Recuperação Período da ocorrência
Tamanho
aproximado da
área degradada
Coordenada
geográfica:
( ) Ação
provocada pelo
homem
( ) Ação
provocada por
fenômenos
naturais
( ) Natural
( ) Induzida
( ) Antes da criação da
RPPN
( ) Após a criação da
RPPN
Coordenada
geográfica:
( ) Provocada
pelo homem
( ) Ação
provocada por
fenômenos
naturais
( ) Natural
( ) Induzida
( ) Antes da criação da
RPPN
( ) Após a criação da
RPPN
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
48
Coordenada
geográfica:
( ) Provocada
pelo homem
( ) Ação
provocada por
fenômenos
naturais
( ) Natural
( ) Induzida
( ) Antes da criação da
RPPN
( ) Após a criação da
RPPN
( X ) Na RPPN não existe área degradada
Observação:
2.12 RECURSOS HUMANOS
Funcionários Quantidade de
Funcionários
Pessoal
capacitado Periodicidade
(X) Brigadista (X) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
(X) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Caseiro ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Corpo Técnico
(especialistas)
( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
49
( ) Gerente ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Guarda Parque ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Guia ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Pessoal Administrativo ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Recepcionista ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
50
( ) Vigilante ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( ) Voluntários ( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
Outros
( ) sim
( ) não
( ) Trabalha menos de um ano na
reserva
( ) Trabalha mais de um ano na reserva
( ) Trabalha desde a criação da reserva
( ) Esporadicamente
( X ) A RPPN não possui funcionário
Observações:
Atualmente a empresa dispõe de gestor ambiental que possui a função também de gerir a RPPN e as
possíveis atividades que futuramente forem desenvolvidas na reserva.
Em relação ao pessoal capacitado para controle do fogo, a empresa possui uma equipe treinada
(funcionários) para executar qualquer demanda em toda área da propriedade incluindo a RPPN.
2.13 PARCERIAS
Nome da Instituição Tema Tipo do Apoio
Descrição da forma do
apoio
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
51
( ) Educação Ambiental
( ) Proteção /
Fiscalização
( ) Pesquisa científica
( ) Visitação
( ) Outros
( ) Financeiro
( ) Técnico
( ) Educação Ambiental
( ) Proteção /
Fiscalização
( ) Pesquisa científica
( ) Visitação
( ) Outros
( ) Financeiro
( ) Técnico
( ) Educação Ambiental
( ) Proteção /
Fiscalização
( ) Pesquisa científica
( ) Visitação
( ) Outros
( ) Financeiro
( ) Técnico
( X ) Não possui nenhuma parceria
Observação:
2.14 PUBLICAÇÕES
Tipo De acordo com cada publicação, informe: Título, Autor(es), Editora, Nome
do Periódico, Nome da mídia, Blog ou site.
( ) Livro
( ) Artigo
( ) Folder / Folheto
( ) Matéria Jornalística
( ) Matéria em Revista
( ) Cartaz
( ) Painel
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
52
( ) Publicação em blog ou
site
( ) Outros
( X ) Não existe nenhuma publicação referente a RPPN
Observações:
2.15 ÁREA DA PROPRIEDADE
2.15.1 Reserva legal e áreas de preservação permanente
A área da RPPN é a área total do imóvel, se não qual a porcentagem da área
remanescente da propriedade.
( ) sim
( X ) não 9,28%__
A reserva legal da propriedade sobrepõe a área da RPPN, se sim qual a
porcentagem.
( X ) sim _17,98%
( ) não
As áreas de preservação permanentes (APP) da propriedade sobrepõe a área
da RPPN, se sim qual a porcentagem.
( X ) sim 14%
( ) não
Observação: Mapa em anexo
2.15.2 Atividades desenvolvidas na propriedade (Área fora da RPPN).
Atividades desenvolvidas na propriedade
( ) Agricultura familiar
( X ) Agricultura para produção de alimentos (Agronegócios)
( ) Pecuária familiar
( ) Pecuária de corte
( ) Pecuária Leiteira
( ) Turismo Rural
( ) Outros
( ) Não desenvolve nenhuma atividades produtiva no imóvel
Observação:
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
53
2.15.3 Forma de utilização do imóvel onde se encontra a RPPN.
( ) Moradia
( ) Laser
( X ) Trabalho
( ) Outros
( ) Somente para preservar
Observação:
A propriedade atualmente é utilizada apenas para a produção agrícola de grãos.
2.15.4 Infraestrutura existente na propriedade.
Infraestrutura
( X ) Casa dos proprietários
( X ) Casa do caseiro
( ) Hotel / Pousada
( ) Centro de visitantes
( X ) Estacionamento
( ) Museu
( ) Camping
( X ) Galpão
( X ) Estradas
( X ) Portaria
( X ) Lanchonete / Refeitório
( ) Redário / Churrasqueira
( ) Piscina
( ) Área para laser
( X ) Outros
( ) A propriedade não possui nenhuma
infraestrutura
Observação:
Toda a infraestrutura existente na propriedade é voltada para a atividade produtiva desenvolvida na
empresa e foram todas instaladas na sede operacional do empreendimento.
2.15.5 Funcionários que trabalham na propriedade.
Pessoal Reside na Propriedade Quantidade de
Funcionários
( X ) Administrador ( ) sim ou ( X ) não 01
( X ) Pessoal administrativo ( ) sim ou ( X ) não 08
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
54
( X ) Pessoal que trabalha diretamente na agricultura/pecuária ( X ) sim ou ( ) não 51
( X ) Vigilante ou segurança ( X ) sim ou ( ) não 02
( X ) Caseiro ( X ) sim ou ( ) não 01
( ) Outros ( ) sim ou ( ) não
( ) Os proprietários trabalham na propriedade
Observação:
2.15.6 Informações adicionais sobre a propriedade.
Descrição
A propriedade executa Programas Ambientais voltados para o monitoramento da fauna e flora, bem como,
o monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, além de manter suas áreas especiais
(reservas legais, áreas de preservação permanente, ipucas e corredores ecológicos) preservadas. Tais
atividades beneficiam direta e indiretamente a RPPN.
2.16 ÁREA DE ENTORNO
2.16.1 A RPPN faz limite com:
Limites:
( ) A RPPN faz limite com a própria propriedade
( X ) A RPPN faz limite somente numa parte da propriedade
( ) Zona urbana
( X ) Outras áreas protegidas
( ) Zona rural de outras propriedades
( X ) Rio ou córrego
( ) Outros
Observação:
A RPPN faz limite com a propriedade ao sul e no entorno é limitada pelo rio Javaés e rio Formoso. Também
faz limites com áreas protegidas porque está na área de abrangência do PARNA e da terra indígena Iny-
Webohonã.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
55
2.16.2 A RPPN é próxima à zona urbana:
( ) sim ( X ) não
Distância da sede do município (km): 68 Km
Observação:
2.16.3 Principais atividades econômicas que são desenvolvidas no município onde a RPPN está
localizada:
Atividades
( X ) Agricultura
( X ) Pecuária
( ) Florestais
( X ) Minerais
( X ) Industriais
( X ) Pesqueiras
( X ) Crescimento urbano (loteamentos)
( X ) Infraestrutura (rodovias, ferrovias, barragens)
( ) Outros
Observação:
2.17 ÁREAS DE CONECTIVIDADE
A RPPN faz limite com outras áreas de Reserva Legal ou Área de
Preservação Permanente (APP). ( X ) sim ( ) não
A RPPN está localizada próxima a alguma unidade de conservação ( X ) sim ( ) não
Se sim, responda:
( ) Faz limite com RPPN
( ) Localizada num raio de 1 km da RPPN
( ) Localizada num raio de 5 km da RPPN
(X) Localizada num raio de 10 km da RPPN
( ) Não tenho conhecimento
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
56
Se alguma unidade de conservação está localizada dentro de um raio de 10 km, descreve o nome dessas
unidades:
Parque Nacional do Araguaia – PARNA
3 PLANEJAMENTO
3.1 OBJETIVOS DE MANEJO DA RPPN
( X ) Proteção
Conservação ( ) Educação Ambiental ( ) Pesquisa Científica
( ) Recuperação de
Áreas
( ) Visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais
( ) Outros: _____________________________________________________________________
Observação:
A Fazenda Dois Rios efetivou-se, com relevância, para a implantação da agricultura, baseada e
caracterizada na peculiaridade da produção de grãos em matrizes hidroagrícolas. Conforme comprovada
complexidade fitofisionômica ou florística da área e o registro significativo de manutenção sazonal de uma
diversificada fauna, medidas de conservação vigentes à manutenção destes recursos nativos foram
planejadas, monitoradas e asseguradas nas Áreas de Proteção Permanentes (APP), Áreas de Reservas
Legais (ARL), nos fragmentos de florestas naturais inundáveis, através de corredores ecológicos e da
permeabilidade ativa da fauna silvestre na matriz agrícola (sem a pressão da caça). Deste modo, com o
objetivo de potencializar e assegurar a conservação da peculiar vegetação e rica fauna silvestre local, a
criação da RPPN Bico do Javaés justifica-se como inclusão de mais uma zona de proteção ambiental, mas
ressaltada pela garantia de perpetuidade legal assistida para estas reservas. Assim, o objetivo específico
para a criação da RPPN Bico do Javaés é o Zoneamento de Proteção, para assegurar a conservação de
habitats fitofisionômicos peculiares e típicos da região, e potencializar áreas de vida para a fauna local e ou
sazonal entre áreas adjacentes da propriedade, de regiões próximas à reserva e, ainda, de espécies
migratórias de outros hemisférios registradas na área. Ressalta-se, contudo que, a diversidade biológica
registrada e indicada para a RPPN, muitas de espécies endêmicas, de status de vulnerável ou de pressão
sinergéticas, suscita o desejo de assegurar futuramente que, havendo solicitações (acadêmicas e ou de
pesquisadores autônomos ou outros) para a pesquisa científica ou para registrar espécies da flora e fauna
local, estas possam ser analisadas e permitidas, pautadas na regulamentação do acesso sustentável e do
mínimo impacto à flora e fauna em uma RPPN, e respaldadas na legislação de autorização e realizações de
pesquisas pelos órgãos oficiais competentes à demanda.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
57
3.2 ZONEAMENTO
O zoneamento de uma Unidade de Conservação tem o objetivo de proporcionar o
ordenamento por meio de sua organização espacial, definindo o grau de interferência permitido
para as diferentes áreas da unidade. É definido pela Lei 9.985/2000.
Na definição do zoneamento da RPPN Bico do Javaés foram considerados critérios como:
representatividade, grau de conservação da vegetação e demais recursos naturais, suscetibilidade
ambiental, acesso, e principalmente as condições primitivas da região.
Zona Porcentagem em relação à área da RPPN
( X ) Proteção 100% (área dentro dos limites da RPPN)
( ) Silvestre
( ) Transição
( ) Administração (área à parte da RPPN)
Obs. A redação atual do plano de manejo incide em destinar toda a área da reserva, exclusivamente à proteção, não havendo outras zonas em seu interior. Também não há na RPPN local específico ou exclusivo para visitação (Zona de visitação) e por tratar-se de área 100% preservada não há Zona de recuperação.
Em seguida está ilustrado no mapa da RPPN os limites da zona de proteção da reserva, e
posteriormente as normas que devem presidir o uso da referida zona e o manejo dos recursos
naturais envolvidos, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias e permitidas para sua
gestão.
®
Mapa de Zoneamento
®
615500
615500
88
19
50
0
88
19
50
0
Projeto desenvolvido a partir da base dedados geográficos da SEPLAN – TO.
Coordenadas UTM Fuso 22 S.
Dados Técnicos
0 610 1.220 1.830 2.440305Meters
1:50.729
Convenções Cartográficas
Zona de Proteção (Área: 2760,7227 ha )
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
59
3.2.1 Critérios utilizados – Zona de Proteção
Definição:
Área da RPPN onde o objetivo principal é manter integralmente intactas as áreas naturais dentro dos seus
limites físicos. A zona contém todos os exemplares biológicos do bioma, e nesta serão permitidas
principalmente as atividades de proteção, fiscalização e pesquisa científica.
Critérios:
Foi considerado a diversidade biológica das áreas naturais, e o interesse exclusivo na conservação e
manutenção de amostras do meio biótico e abiótico da região.
Por esta importância, a zona de proteção deverá apresentar somente atividades que promovam seu
monitoramento, pesquisas, proteção e fiscalização, devendo estas seguirem algumas normas de uso.
Descrição e localização:
Esta zona abrange integralmente a área da RPPN Bico do Javaés, em toda a extensão dos 2.760,72
hectares.
Objetivos:
• O objetivo principal é manter a natureza intacta da RPPN nas condições primitivas;
• Garantir a existência e manutenção de um exemplar do bioma Cerrado, relativamente extenso em
área, com toda a sua heterogeneidade e diversidade biológica, voltadas para o desenvolvimento de
atividades científicas, educativas e de monitoramento de forma compatível com os objetivos de
manejo;
• Proteger a fauna terrestre e aquática em toda a sua diversidade (biodiversidade) e níveis tróficos;
• Proteger os recursos hídricos e geomorfológicos, bem como todos os elementos abióticos que
compõem a natureza da região;
• Garantir a conservação e à manutenção da vida e dos ecossistemas do entorno e região, os
benefícios e os conhecimentos diversos que se estenderão às gerações atuais e futuras.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
60
Infraestrutura implantada: Infraestrutura permitida:
Estrada de acesso;
Equipamentos e instrumentos voltados à
pesquisa/monitoramento;
Placas de sinalização/ orientação; Trilhas de fiscalização;
Monitoramento por DRONES; Torre de observação;
Aceiros (quando necessário)
*A gestão ambiental da RPPN realizará o monitoramento da área através de imagens (fotografias e filmagens) registradas através de equipamento aéreo (Drones).
Normas gerais de uso:
De maneira geral são pautadas na regulamentação do acesso sustentável e do mínimo impacto aos
recursos naturais disponíveis, respaldadas na legislação ambiental, de autorização de acesso, e realizações
de pesquisas pelas instituições competentes. As orientações secundárias seguem as recomendações
contidas na Resolução CONAMA nº. 347/2004.
Como norma geral, é proibido o acesso à UC sem autorização por escrito; é proibido fumar, caçar, pescar,
extrair produtos florestais, minerais, e, ou explorar qualquer outro tipo de recurso natural desta zona, bem
como a entrada, permanência e, ou criação de animais domésticos, e a introdução de quaisquer espécies
exóticas da flora ou fauna.
� Uso restrito, permitido apenas para fins de fiscalização, proteção, pesquisas científicas, educação e
interpretação ambiental, mediante autorização prévia dos gestores da RPPN por escrito, e de
autorizações ambientais específicas;
� Será permitido pesquisas científicas e a observação de animais, estudos, monitoramento, proteção,
fiscalização e visitação de instituições relacionadas, credenciadas e autorizadas, obrigatoriamente
acompanhadas por um representante da UC;
� A solicitação para pesquisas científicas e demais interesses deverá ser requerida ao corpo gestor da
RPPN mediante ofício assinado por representante da Instituição interessada, com síntese do
projeto de pesquisa ou similar em anexo;
� O acesso à pesquisa científica será permitido desde que demonstrada sua natureza e/ou
excepcionalidades científicas, não afetando a estrutura e a dinâmica das espécies, populações e
comunidades biológicas, bem como a estrutura geomorfológica, o monitoramento e fiscalização;
� A coleta de plantas e propágulos, e a captura e coleta de animais em pesquisa, somente com
autorização dos órgãos ambientais competentes, e dependerá de projeto de pesquisa aprovado
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
61
pela gestão da UC, vinculada a não existência de alternativa locacional para a retirada das mesmas;
� Não haverá visitação pública enquanto toda a área for restrita a proteção, mas em casos
excepcionais de interesse público comprovado, o número de visitantes não deverá ultrapassar a 20
pessoas por visita;
� A infraestrutura permitida limita-se às trilhas utilizadas para a fiscalização e pesquisa; Sempre que
necessário poderão ser implantadas novas trilhas, desde que atendam às condições de segurança,
aliadas ao baixo impacto ambiental e a constatação de sua efetiva necessidade;
� Todas as trilhas necessárias ao acesso e proteção desta zona serão criadas mediante autorização e
acompanhamento do gestor da UC;
� A manutenção das trilhas e de equipamentos de pesquisa e combate a incêndios deverá ser
realizada de forma a provocar a mínima descaracterização ambiental e paisagística. Quando da
retirada de algum equipamento de pesquisa o ambiente deverá ser restaurado à sua condição
original;
� Serão permitidas as ações necessárias ao resgate, combate a incêndios e para garantir a proteção
da RPPN;
� O acesso terrestre deverá ocorrer apenas través da via principal no interior da propriedade, e das
trilhas existentes para os fins permitidos e autorizados;
� Quando necessário, o acesso poderá ser permitido via embarcação pelas hidrovias dos rios Javaés e
Formoso;
� A sinalização admitida é aquela indispensável à proteção dos recursos da RPPN e à segurança,
proteção e informação ao visitante, e deverá estar localizada somente no local onde o seu limite se
sobrepõe aos limites da RPPN;
� Todo o lixo gerado por pessoas autorizadas ao acesso, bem como funcionários do empreendimento
deverá ser retirado da UC e depositado em local adequado;
� As atividades humanas permitidas são aquelas de educação e interpretação ambiental, fiscalização,
proteção e pesquisa científica e deverão ser organizadas através de agendamento prévio com o
gestor da unidade;
� É proibido a ingresso e a permanência na UC de pessoas não autorizadas, e de pessoas portando
quaisquer tipos de armas, materiais ou instrumentos destinados ao corte, caça, pesca ou similares;
� As atividades permitidas não deverão comprometer a integridade dos recursos naturais, devendo
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
62
ocorrer de maneira a não conflitarem com os objetivos de manejo desta zona;
� É permitido o desenvolvimento de atividades interpretativas e de educação ambiental,
especialmente para facilitar a apreciação do conhecimento da RPPN;
� Poderão ser implantadas pequenas estruturas de apoio à proteção e fiscalização, de baixa
interferência ambiental, além de torres de observação, cercas e divisas e controle de acesso, se
necessário;
� É permitido o tráfego de veículos apenas pelas estradas de acesso, e através das trilhas o tráfego
deverá ser à pé, cavalos e bicicletas.
3.3 ADMINISTRAÇÃO E RECEPÇÃO
A administração da RPPN e recepção de pessoal que tenha interesse em acessar a área da
Reserva, está localizada na sede administrativa do empreendimento. O corpo gestor da UC deverá
ser contatado neste local. Os funcionários selecionados para quaisquer demandas oriundas da
RPPN também encontram-se sediados neste local e poderão ser acionados quando necessário.
Para a gestão da RPPN, neste local estão disponíveis informações e mapas da área da UC,
veículos, funcionários, alojamentos, caso necessário, refeitório, internet, telefone, rádios de
comunicação, salas para reuniões.
O corpo gestor da RPPN conta ainda com um ponto de apoio localizado na sede social do
empreendimento.
3.4 NORMAS GERAIS DA RPPN BICO DO JAVAÉS
As normas seguintes são válidas para a gestão e manejo da área da RPPN, e servem para nortear a
prática das atividades na área interna da UC:
� A entrada de pessoas, veículos e equipamentos estão condicionados à autorização dos
gestores da RPPN;
� Será proibida a permanência na RPPN fora do horário autorizado, com exceção dos
funcionários e pessoas autorizadas pela administração da mesma;
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
63
� O gestor da RPPN deverá ser contatado na sede administrativa do empreendimento nos
dias úteis da semana;
� Os funcionários, pesquisadores deverão tomar conhecimento das normas e conduta, e
receber instruções específicas quanto aos procedimentos de proteção e segurança da
RPPN;
� Todos os trabalhos e pesquisas realizadas na RPPN deverão ser encaminhados para a
gestão da UC no formato de uma cópia impressa e 1 digital;
� Os produtos das pesquisas científicas, relatórios e publicações deverão ter uma versão em
português, devendo ser remetida uma cópia para o acervo da RPPN;
� São proibidas a captura e coleta de espécimes da fauna e flora, em toda a reserva,
ressalvadas aquelas com finalidades científicas (comprovadas), desde que devidamente
autorizadas pelos órgãos ambientais e a gestão da RPPN;
� Todos os exemplares de fauna e flora coletados na UC, devem ser depositados em
instituições de pesquisa credenciadas, mediante licença ambiental e conforme legislação
vigente que regulamenta a pesquisa científica em Unidades de Conservação;
� Os fiscais e monitores deverão ser treinados e habilitados a enfrentar situações de risco;
� Todo servidor da UC, no exercício de suas atividades, deverá estar usando EPIs quando
necessários, estar identificados, e portando radiocomunicador;
� Atividades de terceiros no interior da RPPN, contratados por pesquisadores, deverão ser
cadastradas e autorizadas pelos gestores;
� É proibido o ingresso de pessoas na RPPN portando armas, fogos de artifício, materiais e
instrumentos destinados à caça, pesca, atividades esportivas ou quaisquer outras
atividades prejudiciais à fauna e flora locais;
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
64
� A fiscalização da RPPN deverá ser permanente e sistemática em toda a zona;
� É proibido o uso de fogo, salvo em condições de controle do mesmo, sendo estritamente
proibido quando puder colocar em risco a integridade dos recursos naturais da RPPN;
� Poderá ser autorizado a venda de produtos artesanais relacionados à imagem da RPPN, e
assuntos de interesses ambiental e cultural destinado a esse fim;
� A soltura e introdução de espécies nativas da fauna e flora, somente serão permitidas
quando autorizadas pelos gestores da UC e órgãos ambientais, desde que orientadas por
projetos específicos, acompanhamento e responsabilidade dos proponentes;
� É proibida a permanência e entrada de animais domésticos no interior da UC, salvo em
caso de utilização de cavalos para acessar a área;
� Não é permitido fumar no interior da RPPN e entorno;
� É vedada a produção de ruídos artificiais que incomodem os visitantes e a fauna local, salvo
quando provocados por veículos/equipamentos necessários ao manejo;
� O custeio de projetos para a realização das atividades de interesse das instituições de
pesquisa, entre outras, nos limites da RPPN será de responsabilidade exclusiva de seus
requerentes.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
65
4 BIBLIOGRAFIA
BORGES, P. A. F. et al. Spatial variation of phytoplankton and other abiotic variables in the Pirapó
River - PR (Brazil) in august 1999: Preliminary study. Acta Scientiarum. 25 (1), 1-8. 2003.
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Conservação da Natureza. Plano de Manejo: Parque Nacional do Araguaia. Brasília. 1981. 103p.
BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Secretaria Geral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SC. 22.
Tocantins: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro:
1981a. 524p.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Plano de Ação Emergencial para o Parque do
Araguaia. Brasília. 1994. p56.
FRANÇA, Helena; NETO, Mário Barroso Ramos; SETZER, Alberto. O Fogo no Parque Nacional das
Emas. Brasília: MMA, 2007, 140 p.
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MALHEIROS, R. Revista Brasileira de Climatologia, 1980-055x. 2016.
MALHEIROS, Roberto. A Rodovia e os Corredores da Fauna do Cerrado, Goiânia: ED.UGC, 2004,
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Produção Mineral – Projeto RADAMBRASIL. Rio de Janeiro: Folha Tocantins SC 22, p197-235. 1981.
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paisagem de fragmentos florestais “Ipucas” no município de Lagoa da Confusão, Tocantins. SIF. R.
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REYNOLDS, C. S. Vegetation process in the pelagic: A model for ecosystem theory. Oldendorf.
Ecology Institute. 1997.
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Biocenoses em reservatórios: Padrões espaciais e temporais (Eds Rodrigues, L. et al.), pp. 57-72,
RIMA, São Carlos, 2005.
SILVA, Mirna Carla Amorim et al. Caracterização e compartimentação das paisagens no contato
Planalto/Planície do Pantanal do Negro e entorno/MS. In: RODRIGUES, Silvio Carlos; MERCANTE,
Mercedes Abid (ORG). Paisagens do Pantanal e do Cerrado: fragilidades e potencialidades.
Uberlândia: EDUFU, 2011, v.1, pg 179 a 214.
TRAIN, S. et al. Distribuição Espacial e Temporal do Fitoplâncton em Três Reservatórios da Bacia do
Rio Paraná. In: Biocenoses em reservatórios: Padrões espaciais e temporais (Eds Rodrigues, L. et al.
), pp. 73-85, RIMA, São Carlos, 2005.
TRAIN, S., Rodrigues, L. C. Phytoplanktonic Assemblages. In: The Upper Paraná River and its
floodplain: Physical aspects, ecology and conservation (Eds Thomaz, S. M., Agostinho, A. A., Hahn,
N. S.), pp. 103-124. Backhuys, Leiden, 2004.
_____________________________
FAZENDA DOIS RIOS LTDA.
Déborah Rodello
Bióloga – Gestora Ambiental
CRbio 057370/04-D
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
67
5 ANEXOS
ANEXO I. VEGETAÇÃO – Lista de espécies da flora registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis
(dados secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado
do Tocantins.
Nº Nome comum Família/Espécie Dados
ACHARIACEAE
1 Sapucainha; fruta-de-cutia; cacau-branco Carpotroche brasiliensis P
ANNONACEAE
2 Araticum; marolinho Annona coriacea P
3 Atinha; condurú-branco Oxandra reticulata P
4 Embira; pindaíba Xylopia cf. frutescens S
5 Pindaíba-preta Xylopia sericea S
APOCYNACEAE
6 Alamanda Allamanda cf. cathartica S
7 Guatambu-do-campo; peroba-do-campo; pereiro Aspidosperma macrocarpon P
8 Sucuúba Himatanthus sucumba S
ARECACEAE
9 Tucum... Astrocaryum sp. S
10 Inajá Attalea sp. S
11 Tucum... Bactris sp. S
ASTERACEAE
12
Vernonia sp. S
BIGNONIACEAE
13 Ipê-amarelo ou Pau d’arco Handroanthus serratifolius S
14 Ipê-branco Tabebuia alba P
15 ipê-amarelo; pau d'arco Tabebuia aurea P
16 Ipê-amarelo-do-cerrado; caraiba Tabebuia caraiba S
BOMBACACEAE
17 Paineira Ceiba sp. S
18 Barriguda Chorisia sp. S
BROMELIACEAE
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
68
19 Ananás Ananas sp. S
BURSERACEAE
20 Amburana Commiphora leptophloeos S
21 Almecegueira; almécega Protium cf. heptaphyllum S
22
Protium sp. S
23 Amescla-aroeira; breu sucuruba Trattinickia rhoifolia P
CALOPHYLLACEAE
24 Landi; landim; casca-d'anta; jacareúba Calophyllum brasiliense S/P
CARYOCARACEAE
25 Pequi; pequizeiro Caryocar brasiliensis S
26 Piquiá; piquiarana Caryocar cf. glabrum S
CELASTRACEAE
27
Salacia sp. S
28
Indeterminada (Celastraceae 1) S
29
Indeterminada (Celastraceae 2) S
CECROPIACEAE
30 Embaúba Cecropiapachystachya S
CHRYSOBALANACEAE
31 Pateiro Couepia uiti S
32 Oití-de-ema; oiti-de-cerrado; couepiá Couepia grandiflora P
33 Bosta-de-rato Hirtella gracilipes S
34 Pimenteira Licania cf. parvifolia S
35 Fainha-seca Licania gardneri S
36
Licania sp. S
COMBRETACEAE
37 Tarumarana Buchenavia tomentosa P
38 Remela de macaco Combretum lanceolatum S
39 Cuiarana Terminalia cf. amazonia S
40 Cuiarana Terminalia cf. guianensis S
41
Terminalia sp. 1 S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
69
42 Mirindiba Terminalia sp. 2 S
CONNARACEAE
43 Botica-inteira; pau-de-brinco Rourea induta S
COSTACEAE
44 Cana-de-macaco; cana-do-brejo Costus arabicus S
CYPERACEAE
45 Tiririca Scleria sp. S/P
DILLENIACEAE
46 Lixeira, Sambaíba Curatela americana P/S
47 Lixeirinha; cipó-de-fogo Davilla sp. S
EBENACEAE
48 Mucuíba; caqui-do-cerrado; olho-de-boi Diospyros hispida P
ELAEOCARPACEAE
49 Laranjeira-do-mato Sloanea guianensis S
ERYTHROXYLACEAE
50 Catuaba-roxa Erythroxylum cf. vacciniifolium S
51 Fruta-de-tucano; cabelo-de-negro Erythroxylum cf. campestre S
EUPHORBIACEAE
52
Croton sp. S
53 Sangra-d’água Croton cf. urucurana S
54 Canudeiro Mabea sp. S
55 Canudeiro Mabea cf inodorum S
56 Canudeiro-preto; taquari Mabea fistulifera P
HUMIRIACEAE
57
Indeterminada (Humiriaceae 1) S
58
Indeterminada (Humiriaceae 2) S
HYPERICACEAE
59 Lacre Vismia macrophylla S
LAMIACEAE
60 Tarumã; azeitona-brava; copiúba Vitex montevidensis P
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
70
LEGUMINOSAE/ FABACEAE
61 Orelha-de-onça Abarema obovata S
62 Espinheira Acacia polyphyla S
63 Amburana; amburana-de-cheiro; angelim Amburana cearensis P
64 Mata-barata; Angelim-do-cerrado Andira cuyabensis S/P
65 Angelin Andira ormosioides S
66 Angelin Andira sp. S
67 Garapa; grapiá; amarelinho Apuleia leiocarpa P
68 Pata-de-vaca; miroró; unha-de-boi Bauhinia forficata P
69 Pata-de-vaca Bauhinia rufa S
70 Cipó-escada Bauhinia sp. S
71 Pata-de-vaca Bauhinia sp1 S
72 Pata-de-vaca Bauhinia sp2 S
73 Sucupira-preta; sucupira-do-cerrado Bowdichia virgilioides S
74 Caneleiro, Canela-de-velho; fava-do-campo Cenostigma macrophyllum S
75 Araribá Centrolobium sp. S
76 Pau d’óleo Copaifera langsdorffii S
77
Desmodium sp. S
78 Baru; cumbaru; cumaru Dipteryx alata S
79 Jatobá-mirim Hymenaea courbaril S
80 Angelim-da-mata Hymenolobium excelsum S
81 Ingazeiro Inga cf. edulis S
82 Inga-branco; ingá-do-cerrado; ingá-mirim Inga laurina P
83 Ingá Inga sp. S
84 Ingá-cipo; ingá-da praia; ingá-de-metro Inga edulis P
85 Peroba Leptolobium elegans S
86 Jacarandá Machaerium sp. S
87 Pau-jacaré Piptadenia communis S
88 Farinha-seca Pithecellobium sp. S
89 Sete-cascas; algarobo; ávore-da-chuva; alfarobo Samanea sp. S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
71
90 Carvoeiro Sclerolobium paniculatum S
91
Senna sp. S
92 Agelim-do-cerraddo Vatairea macrocarpa P
93 Falso-ingá Zygia inaequalis S
94 Indeterminada (Mimosoideae 1) S
95
Indeterminada (Cesalpinioideae 1) P
96
Indeterminada (Cesalpinioideae 2) P
97
Indeterminada (Cesalpinioideae 3) P
LECYTHIDACEAE
98 Jequitibá Cariniana rubra S
LYTHRACEAE
99 Pau-rosa Physocalymma scaberrimum S
MALPIGHIACEAE
100 Cipó... (liana) Banisteriopsis sp. S
101 Murici Byrsonima cf. sericea S
102 Murici-da-capoeira; murici-pitanga Byrsonima chrysophylla S
103 Murici-arbóreo; murici-da-praia Byrsonima sericea S
104 Murici Byrsonima sp1 S
105 Murici; murici-vermelho; pau-de-curtume Byrsonima spicata P
106
Heteropterys sp. S
107 Tingui; timbó... Mascagnia sp S
MALVACEAE
108
Melochia sp. S
109
Indeterminada (Malvaceae 1) S
MELASTOMATACEAE
110 Folha-de-fogo Clidemia sp. S
111
Miconia sp. S
112 Quaresmeira Rhynchanthera cf. secundiflora S
MELIACEAE
113 Canjerana; cedro-canjerana; canjarana Cabralea canjerana P
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
72
114 Carrrapeta; jitó; canjerana-miúda; itaubarana; Guarea guidonia P
MORACEAE
115
Indeterminada (Moraceae 1) S
116 Figueira Ficus sp. S
117 Amora-brava; taiúva; moreira Maclura tinctoria S
MYRTACEAE
118 Goiaba-brava Myrcia sp. S
119 Viuvinha Chomelia obtusa S
120 Azeitona-brava Eugenia egensis P
121
Eugenia sp. S
122
Eugeniopsis canaefolia P
123 Araçá Psidium mirsynoides S
124 Araçá Psidium sp. S
125 Araçá Psidium spp. P
NYCTAGINACEAE
126
Indeterminada (Nyctaginaceae 1) S
OCHNACEAE
127 Vassoura-de-bruxa Ouratea cf. hexaperma S
ONAGRACEAE
128 Brinco-de-princesa Ludwigia sp. S
OPILIACEAE
129 Pau-marfim Agonandra brasiliensis P
ORCHIDACEAE
130 Orquídea catléia Cattleya araguaensis S
131 Orquídea epidendro Epidendrum strobiliferum S
132 Orquídea Notylia sp. S
133 Orquídea Oncidium sp. S
134 Orquídea Polystachya sp. S
135 Orquídea chuva-de-ouro Trichocentrum cf. cebolleta S
POLIGONACEAE
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
73
136
Coccoloba sp. S
137 Pajeú; pau-formiga Triplaris gardneriana P
RUBIACEAE
138 Marmelada... Alibertia sp. S
139 Jenipapo; jenipapeiro; jenipá Genipa americana S
140
Indeterminada (Rubiaceae 1) S
141
Indeterminada (Rubiaceae 2) S
142 Fruta-de-sanhaço; Juruvarana; Carne-de-vaca Psychotria carthagenensis S
143
Psychotria sp. S
144
Psychotria sp1 S
145
Psychotria sp2 S
146 Guamarú; Jenipapo-bravo; jenipapinho-do-campo Tocoyena formosa P
SALICACEAE
147
Casearia sp. S
SAPINDACEAE
148 Maria-preta Diatenopteryx sorbifolia P
149
Indeterminada (Sapindaceae 1) S
150 Liana (tipo cipó-timbó) Serjania sp. S
151 Pitomba; olho-de-boi; pitomba-da-mata Talisia esculenta P
SAPOTACEAE
152
Pouteria sp. S
153 Abiurana; abiu-do-cerrado; guapeva; grão-de-galo Pouteria torta P
SIMAROUBACEAE
154 Marupá Simarouba sp. S
VOCHYSIACEAE
155 Cambará Vochysia divergens S
156 Pau d'água; gomeira; pau-de-goma Vochysia thyrsoidea P
157 Gomeira-de-macaco Vochysia pyramidalis S
TAXA INDETERMINADOS
158
Indeterminada 1 S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
74
159
Indeterminada 2 S
160
Indeterminada 3 S
161 Indeterminada 4 S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em
diversas fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
75
ANEXO II. MASTOFAUNA – Lista de espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis
(dados secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado
do Tocantins.
Nº Nome comum ORDEM/ Família/ Espécie Dados
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
1 Gambá, sarué Didelphis albiventris S
2 Gambá, mucura Didelphis marsupialis P/S
3 Cuíca Gracilinanus agilis S
4 Catita, guaiquica Marmosa murina S
5 Catita, cuíca de rabo curto Monodelphis domestica S
6 Cuíca de quatro olhos Philander opossum S
CINGULATA
Dasypodidae
7 Tatu, tatu-galinha Dasypus novemcinctus S
8 Tatu, tatu-mulita, tatuí Dasypus septemcinctus S
9 Tatu Dasypus sp P/S
10 Tatu-peludo, tatu-peba Euphractus sexcinctus S
11 Tatu-canastra Priodontes maximus S
PILOSA
Myrmecophagidae
12 Tamanduá-bandeira Myrmecophaga tridactyla P/S
13 Tamanduá-de-colete, tamanduá-mirim Tamandua tetradactyla S
PRIMATES
Aotidae
14 Macaco-da-noite Aotus azarae S
Atelidae
15 Barbado, bugio Alouatta caraya P/S
Callitrichidae
16 Sagui, mico-estrela Callithrix penicillata S
Cebidae
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
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17 Macaco-prego Sapajus apella S
18 Macaco Sapajus sp P/S
LAGOMORPHA
Leporidae
19 Coelho, tapeti Sylvilagus brasiliensis P/S
CHIROPTERA
Emballonuridae
20 Morcego Rhynchonycteris naso P
Phyllostomidae
21 Morcego-frugívoro-de-cauda-curta Carollia perspicillata P
22 Morcego-beija-flor Glossophaga soricina P
23 Morcego Tonatia bidens P
24 Morcego Trachops cirrhosus P
CARNIVORA
Canidae
25 Cachorro-do-mato, graxaim, raposa Cerdocyon thous P/S
26 Lobo-guará, guará Chrysocyon brachyurus S
27 Raposinha Lycalopex vetulus S
28 Cachorro do mato vinagre; pitoco Speothos venaticus P
Felidae
29 Jaguatirica Leopardus pardalis P/S
30 Gato-maracajá, maracajá Leopardus wiedii S
31 Jaguatirica/gato Leopardus sp P/S
32 Onça-pintada Panthera onca S
33 Jaguarundi, gato-mourisco Puma yagouaroundi S
34 Onça parda; suçuarana Puma concolor P/S
Mustelidae
35 Irara, papa-mel Eira barbara P/S
36 Furão Galictis sp. S
37 Ariranha Pteronura brasiliensis P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
77
Mephitidae
38 Jaritataca; cangambá; zorrilho Conepatus sp P
Procyonidae
39 Quati Nasua nasua P/S
40 Guaxinim, mão-pelada Procyon cancrivorus P/S
PERISSODACTYLA
Tapiriidae
41 Anta Tapirus terrestris P/S
ARTIODACTYLA
Cervidae
42 Cervo-do-Pantanal Blastocerus dichotomus P/S
43 Veado-mateiro Mazama americana P/S
44 Veado-catingueiro Mazama gouazoubira S
45 Veado Mazama sp S
Tayassuidae
46 Cateto, caititu Pecari tajacu P/S
47 Queixada, porco-do-mato Tayassu pecari P/S
48 Porco-do-mato Tayassu sp P/S
RODENTIA
Cricetidae
49 Rato do chão Akodon cursor S
50 Rato do chão Calomys tocantinsi S
51 Rato do chão Calomys sp S
52 Rato do chão Cerradomys sp S
53 Rato d’água Holochilus sciureus S
54 Rato d’água Holochilus sp S
55 Rato do mato Hylaeamys megacephalus S
56 Rato do mato Necromys lasiurus S
57 Rato do mato Necromys sp S
58 Rato da árvore Oecomys bicolor S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
78
59 Rato da árvore Oecomys sp S
60 Rato do mato Oligoryzomys sp S
Muridae
61 Ratazana Rattus rattus S
Caviidae
62 Preá Cavia aperea S
63 Capivara Hydrochoerus hydrochaeris P/S
Cuniculidae
64 Paca Cuniculus paca P/S
Dasyproctidae
65 Cutia Dasyprocta azarae P/S
66 Cutia Dasyprocta leporina S
67 Cutia Dasyprocta sp P/S
Erethizontidae
68 Ouriço, porco espinho Coendou prehensilis S
Echimyidae
69 Rato de espinho Proechimys roberti S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em diversas fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
79
ANEXO III. AVIFAUNA – espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado do
Tocantins.
Nº Nome comum TAXA Dados
RHEIFORMES
Rheidae
1 ema Rhea americana P/S
TINAMIFORMES
Tinamidae
2 inhambu-preto Crypturellus cinereus P/S
3 tururim Crypturellus soui P/S
4 jaó Crypturellus undulatus P/S
5 inhambu-chororó Crypturellus parvirostris P/S
6 perdiz Rhynchotus rufescens P/S
ANSERIFORMES
Anhimidae
7 anhuma Anhima cornuta P/S
Anatidae
8 irerê Dendrocygna viduata P/S
9 asa-branca Dendrocygna autumnalis P/S
10 pato-corredor Neochen jubata S
11 pato-do-mato Cairina moschata P/S
12 pé-vermelho Amazonetta brasiliensis S
GALLIFORMES
Cracidae
13 jacupemba Penelope superciliaris P/S
14 jacu-de-barriga-castanha Penelope ochrogaster S
15 mutum-de-penacho Crax fasciolata P/S
PODICIPEDIFORMES
Podicipedidae
16 mergulhão-pequeno Tachybaptus dominicus S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
80
CICONIIFORMES
Ciconiidae
17 maguari Ciconia maguari S
18 tuiuiú Jabiru mycteria S
19 cabeça-seca Mycteria americana S
SULIFORME
Phalacrocoracidae
20 biguá Phalacrocorax brasilianus P/S
Anhingidae
21 biguatinga Anhinga anhinga P/S
PELECANIFORMES
Ardeidae
22 socó-boi Tigrisoma lineatum P/S
23 garça-da-mata Agamia agami P/S
24 arapapá Cochlearius cochlearius S
25 socó-boi-baio Botaurus pinnatus S
26 savacu Nycticorax nycticorax S
27 socozinho Butorides striata S
28 garça-vaqueira Bubulcus ibis S
29 garça-moura Ardea cocoi P/S
30 garça-branca-grande Ardea alba P/S
31 maria-faceira Syrigma sibilatrix S
32 garça-real Pilherodius pileatus P/S
33 garça-branca-pequena Egretta thula P/S
34 garça-azul Egretta caerulea S
Threskiornithidae
35 coró-coró Mesembrinibis cayennensis P/S
36 tapicuru-de-cara-pelada Phimosus infuscatus P/S
37 curicaca Theristicus caudatus P/S
38 colhereiro Platalea ajaja S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
81
CATHARTIFORMES
Cathartidae
39 urubu-de-cabeça-vermelha Cathartes aura P/S
40 urubu-de-cabeça-amarela Cathartes burrovianus P/S
41 urubu-de-cabeça-preta Coragyps atratus P/S
42 urubu-rei Sarcoramphus papa S
ACCIPITRIFORMES
Pandionidae
43 águia-pescadora Pandion haliaetus P/S
Accipitridae
44 caracoleiro Chondrohierax uncinatus S
45 gavião-tesoura Elanoides forficatus S
46 gaviãozinho Gampsonyx swainsonii S
47 gavião-do-banhado Circus buffoni S
48 gavião-miudinho Accipiter superciliosus S
49 sovi Ictinia plumbea S
50 gavião-belo Busarellus nigricollis S
51 gavião-caramujeiro Rostrhamus sociabilis P/S
52 gavião-pernilongo Geranospiza caerulescens S
53 gavião-caboclo Heterospizias meridionalis P/S
54 gavião-preto Urubitinga urubitinga S
55 gavião-carijó Rupornis magnirostris P/S
56 gavião-asa-de-telha Parabuteo unicinctus S
57 gavião-de-rabo-branco Geranoaetus albicaudatus S
58 gavião-de-cauda-curta Buteo brachyurus S
59 gavião-pega-macaco Spizaetus tyrannus S
EURYPYGIFORMES
Eurypygidae
60 pavãozinho-do-pará Eurypyga helias P/S
GRUIFORMES
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
82
Aramidae
61 carão Aramus guarauna P/S
Rallidae
62 saracuruçu Aramides ypecaha P/S
63 saracura-três-potes Aramides cajaneus S
64 saracura-lisa Amaurolimnas concolor S
65 sanã-castanha Laterallus viridis P/S
66 frango-d'água-comum Gallinula galeata S
67 frango-d'água-azul Porphyrio martinicus S
Heliornithidae
68 picaparra Heliornis fulica P/S
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
69 batuíra-de-esporão Vanellus cayanus P/S
70 quero-quero Vanellus chilensis P/S
Recurvirostridae
71 pernilongo-de-costas-brancas Himantopus melanurus S
Scolopacidae
72 narceja Gallinago paraguaiae S
73 maçarico-solitário Tringa solitaria P/S
74 maçarico-de-perna-amarela Tringa flavipes S
75 maçarico Tringa sp S
Jacanidae
76 jaçanã Jacana jacana P/S
Sternidae
77 trinta-réis-anão Sternula superciliaris P/S
78 trinta-réis-grande Phaetusa simplex S
Rynchopidae
79 talha-mar Rynchops niger S
COLUMBIFORMES
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
83
Columbidae
80 rolinha-de-asa-canela Columbina minuta P/S
81 rolinha-roxa Columbina talpacoti P/S
82 fogo-apagou Columbina squammata P/S
83 pararu-azul Claravis pretiosa P/S
84 rolinha-vaqueira Uropelia campestris P/S
85 pomba-trocal Patagioenas speciosa S
86 pombão Patagioenas picazuro P/S
87 pomba-galega Patagioenas cayennensis P/S
88 juriti-pupu Leptotila verreauxi P/S
89 juriti-gemedeira Leptotila rufaxilla P/S
OPISTHOCOMIFORMES
Opisthocomidae
90 cigana Opisthocomus hoazin P/S
CUCULIFORMES
Cuculidae
91 chincoã-pequeno Coccycua minuta P/S
92 papa-lagarta-cinzento Micrococcyx cinereus S
93 alma-de-gato Piaya cayana P/S
94 papa-lagarta-acanelado Coccyzus melacoryphus P
95 papa-lagarta-de-asa-vermelha Coccyzus americanus S
96 anu-coroca Crotophaga major P/S
97 anu-preto Crotophaga ani P/S
98 anu-branco Guira guira P/S
99 saci Tapera naevia P/S
100 peixe-frito-pavonino Dromococcyx pavoninus S
STRIGIFORMES
Tytonidae
101 coruja-da-igreja Tyto furcata P/S
Strigidae
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
84
102 corujinha-do-mato Megascops choliba S
103 jacurutu Bubo virginianus P/S
104 caburé Glaucidium brasilianum P/S
105 coruja-buraqueira Athene cunicularia P/S
106 coruja-orelhuda Asio clamator P/S
NYCTIBIIFORMES
Nyctibiidae
107 mãe-da-lua-gigante Nyctibius grandis S
108 mãe-da-lua Nyctibius griseus S
CAPRIMULGIFORMES
Caprimulgidae
109 tuju Lurocalis semitorquatus S
110 bacurau-de-cauda-barrada Hydropsalis leucopyga S
111 bacurau-de-lajeado Hydropsalis nigrescens S
112 bacurau Hydropsalis albicollis P/S
113 bacurau-chintã Hydropsalis parvula S
114 bacurau-de-asa-fina Chordeiles acutipennis P/S
APODIFORMES
Apodidae
115 andorinhão-do-temporal Chaetura meridionalis S
116 andorinhão-do-buriti Tachornis squamata S
117 andorinhão-estofador Panyptila cayennensis S
Trochilidae
118 balança-rabo-de-bico-torto Glaucis hirsutus P/S
119 rabo-branco-rubro Phaethornis ruber P/S
120 rabo-branco-acanelado Phaethornis pretrei S
121 beija-flor-tesoura Eupetomena macroura P/S
122 beija-flor-de-veste-preta Anthracothorax nigricollis S
123 beija-flor-tesoura-verde Thalurania furcata S
124 beija-flor-roxo Hylocharis cyanus P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
85
125 beija-flor-de-bico-curvo Polytmus guainumbi P/S
126 beija-flor-de-banda-branca Amazilia versicolor S
127 beija-flor-de-garganta-verde Amazilia fimbriata P/S
128 bico-reto-cinzento Heliomaster longirostris S
TROGONIFORMES
Trogonidae
129 surucuá-de-cauda-preta Trogon melanurus S
130 surucuá-grande-de-barriga-amarela Trogon viridis P/S
131 surucuá-variado Trogon surrucura S
132 surucuá-de-barriga-vermelha Trogon curucui P/S
CORACIIFORMES
Alcedinidae
133 martim-pescador-grande Megaceryle torquata P/S
134 martim-pescador-verde Chloroceryle amazona P/S
135 martinho Chloroceryle aenea P/S
136 martim-pescador-pequeno Chloroceryle americana P/S
137 martim-pescador-da-mata Chloroceryle inda P/S
Momotidae
138 udu-de-coroa-azul Momotus momota P/S
GALBULIFORMES
Galbulidae
139 ariramba-preta Brachygalba lugubris S
140 ariramba-de-cauda-ruiva Galbula ruficauda P/S
Bucconidae
141 macuru-pintado Notharchus tectus S
142 rapazinho-carijó Bucco tamatia S
143 joão-bobo Nystalus chacuru P/S
144 rapazinho-dos-velhos Nystalus maculatus P/S
145 chora-chuva-preto Monasa nigrifrons P/S
146 urubuzinho Chelidoptera tenebrosa P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
86
PICIFORMES
Ramphastidae
147 tucanuçu Ramphastos toco P/S
148 tucano-de-bico-preto Ramphastos vitellinus P/S
149 araçari-miudinho-de-bico-riscado Pteroglossus inscriptus P/S
150 araçari-de-bico-branco Pteroglossus aracari P/S
Picidae
151 pica-pau-anão-escamado Picumnus albosquamatus P/S
152 pica-pau-branco Melanerpes candidus S
153 benedito-de-testa-vermelha Melanerpes cruentatus P/S
154 picapauzinho-anão Veniliornis passerinus P/S
155 pica-pau-dourado-escuro Piculus chrysochloros S
156 pica-pau-verde-barrado Colaptes melanochloros P/S
157 pica-pau-do-campo Colaptes campestris S
158 pica-pau-ocráceo Celeus ochraceus P/S
159 pica-pau-de-cabeça-amarela Celeus flavescens P/S
160 pica-pau-amarelo Celeus flavus P/S
161 pica-pau-de-coleira Celeus torquatus S
162 pica-pau-de-banda-branca Dryocopus lineatus P/S
163 pica-pau-de-barriga-vermelha Campephilus rubricollis S
164 pica-pau-de-topete-vermelho Campephilus melanoleucos P/S
CARIAMIFORMES
Cariamidae
165 seriema Cariama cristata P/S
FALCONIFORMES
Falconidae
166 caracará Caracara plancus P/S
167 carrapateiro Milvago chimachima P/S
168 acauã Herpetotheres cachinnans P/S
169 quiriquiri Falco sparverius P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
87
170 cauré Falco rufigularis S
171 falcão-de-coleira Falco femoralis P/S
PSITTACIFORMES
Psittacidae
172 arara-canindé Ara ararauna S
173 maracanã-verdadeira Primolius maracana S
174 maracanã-de-colar Primolius auricollis P/S
175 maracanã-pequena Diopsittaca nobilis P/S
176 periquitão-maracanã Psittacara leucophthalmus S
177 periquito-rei Eupsittula aurea P/S
178 periquito-de-encontro-amarelo Brotogeris chiriri P/S
179 papagaio-galego Alipiopsitta xanthops S
180 maitaca-de-cabeça-azul Pionus menstruus S
181 curica Amazona amazonica P/S
182 papagaio-verdadeiro Amazona aestiva P/S
PASSERIFORMES
Thamnophilidae
183 choquinha-de-flanco-branco Myrmotherula axillaris S
184 papa-formiga-pardo Formicivora grisea S
185 papa-formiga-vermelho Formicivora rufa P
186 choquinha-lisa Dysithamnus mentalis S
187 chorozinho-de-chapéu-preto Herpsilochmus atricapillus S
188 choca-d'água Sakesphorus luctuosus P/S
189 choca-barrada Thamnophilus doliatus S
190 choca-do-planalto Thamnophilus pelzelni S
191 choró-boi Taraba major P/S
192 solta-asa Hypocnemoides maculicauda P/S
193 chororó-de-goiás Cercomacra ferdinandi S
194 rendadinho Willisornis poecilinotus S
Melanopareiidae
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
88
195 tapaculo-de-colarinho Melanopareia torquata S
Dendrocolaptidae
196 arapaçu-pardo Dendrocincla fuliginosa S
197 arapaçu-verde Sittasomus griseicapillus P/S
198 arapaçu-riscado Xiphorhynchus obsoletus S
199 arapaçu-de-garganta-amarela Xiphorhynchus guttatus S
200 arapaçu-de-bico-branco Dendroplex picus P/S
201 arapaçu-de-cerrado Lepidocolaptes angustirostris P/S
202 arapaçu-de-bico-comprido Nasica longirostris P/S
Xenopidae
203 bico-virado-carijó Xenops rutilans S
Furnariidae
204 casaca-de-couro-da-lama Furnarius figulus S
205 casaca-de-couro-amarelo Furnarius leucopus S
206 joão-de-barro Furnarius rufus S
207 graveteiro Phacellodomus ruber S
208 curutié Certhiaxis cinnamomeus S
209 uí-pi Synallaxis albescens S
210 arredio-do-rio Cranioleuca vulpina P/S
Pipridae
211 uirapuru-laranja Pipra fasciicauda P/S
212 rendeira Manacus manacus S
213 soldadinho Antilophia galeata S
Tityridae
214 anambé-branco-de-bochecha-parda Tityra inquisitor S
215 anambé-branco-de-rabo-preto Tityra cayana P/S
216 caneleiro-preto Pachyramphus polychopterus S
217 tijerila Xenopsaris albinucha S
Cotingidae
218 anambé-una Querula purpurata S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
89
Platyrinchidae
219 patinho Platyrinchus mystaceus S
Rhynchocyclidae
220 cabeçudo Leptopogon amaurocephalus S
221 bico-chato-amarelo Tolmomyias flaviventris P/S
222 ferreirinho-estriado Todirostrum maculatum S
223 ferreirinho-relógio Todirostrum cinereum S
224 ferreirinho-de-testa-parda Poecilotriccus fumifrons S
225 ferreirinho-de-cara-parda Poecilotriccus latirostris S
226 sebinho-rajado-amarelo Hemitriccus striaticollis P/S
Tyrannidae
227 amarelinho Inezia subflava S
228 barulhento Euscarthmus meloryphus P
229 risadinha Camptostoma obsoletum P/S
230 guaracava-de-barriga-amarela Elaenia flavogaster P/S
231 guaracava-grande Elaenia spectabilis S
232 guaracava-do-rio Elaenia pelzelni S
233 guaracava-de-topete-uniforme Elaenia cristata S
234 chibum Elaenia chiriquensis P/S
235 guaravaca Elaenia sp S
236 suiriri-cinzento Suiriri suiriri S
237 suiriri-da-chapada Suiriri islerorum P/S
238 maria-pechim Myiopagis gaimardii P/S
239 guaracava-de-crista-alaranjada Myiopagis viridicata S
240 bagageiro Phaeomyias murina S
241 tinguaçu-ferrugem Attila cinnamomeus S
242 bem-te-vi-pirata Legatus leucophaius P/S
243 irré Myiarchus swainsoni P/S
244 maria-cavaleira Myiarchus ferox P/S
245 bico-chato-de-rabo-vermelho Ramphotrigon ruficauda S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
90
246 bem-te-vi Pitangus sulphuratus P/S
247 bentevizinho-do-brejo Philohydor lictor P/S
248 bem-te-vi-rajado Myiodynastes maculatus P/S
249 neinei Megarynchus pitangua S
250 bentevizinho-de-asa-ferrugínea Myiozetetes cayanensis P/S
251 bentevizinho-de-penacho-vermelho Myiozetetes similis S
252 suiriri-de-garganta-branca Tyrannus albogularis P/S
253 suiriri Tyrannus melancholicus P/S
254 tesourinha Tyrannus savana P/S
255 peitica Empidonomus varius S
256 peitica-de-chapéu-preto Griseotyrannus aurantioatrocristatus P/S
257 lavadeira-de-cara-branca Fluvicola albiventer S
258 freirinha Arundinicola leucocephala S
259 guaracavuçu Cnemotriccus fuscatus P/S
260 enferrujado Lathrotriccus euleri S
261 pretinho-do-igapó Knipolegus poecilocercus S
262 primavera Xolmis cinereus S
263 noivinha-branca Xolmis velatus S
Vireonidae
264 pitiguari Cyclarhis gujanensis P/S
265 juruviara-boreal Vireo olivaceus S
Corvidae
266 gralha-do-campo Cyanocorax cristatellus S
Hirundinidae
267 andorinha-serradora Stelgidopteryx ruficollis S
268 andorinha-do-campo Progne tapera S
269 andorinha-doméstica-grande Progne chalybea S
270 andorinha-do-rio Tachycineta albiventer P/S
Troglodytidae
271 corruíra Troglodytes musculus S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
91
272 garrinchão-pai-avô Pheugopedius genibarbis P/S
273 garrinchão-de-barriga-vermelha Cantorchilus leucotis P/S
Donacobiidae
274 japacanim Donacobius atricapilla P/S
Polioptilidae
275 balança-rabo-de-máscara Polioptila dumicola P/S
Turdidae
276 sabiá-barranco Turdus leucomelas P/S
277 sabiá-poca Turdus amaurochalinus S
Mimidae
278 sabiá-do-campo Mimus saturninus S
Motacillidae
279 caminheiro-zumbidor Anthus lutescens S
Passerellidae
280 tico-tico Zonotrichia capensis P/S
281 tico-tico-do-campo Ammodramus humeralis P/S
282 tico-tico-de-bico-preto Arremon taciturnus S
Parulidae
283 canário-do-mato Myiothlypis flaveola S
Icteridae
284 japu Psarocolius decumanus P/S
285 iraúna-de-bico-branco Procacicus solitarius S
286 guaxe Cacicus haemorrhous S
287 xexéu Cacicus cela P/S
288 inhapim Icterus cayanensis S
289 corrupião Icterus jamacaii P/S
290 joão-pinto Icterus croconotus S
291 graúna Gnorimopsar chopi S
292 garibaldi Chrysomus ruficapillus S
293 iraúna-grande Molothrus oryzivorus S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
92
294 vira-bosta Molothrus bonariensis S
295 polícia-inglesa-do-norte Sturnella militaris S
296 polícia-inglesa-do-sul Sturnella superciliaris S
Thraupidae
297 cambacica Coereba flaveola P/S
298 bico-de-pimenta Saltatricula atricollis P/S
299 tempera-viola Saltator maximus P/S
300 sabiá-gongá Saltator coerulescens S
301 trinca-ferro-verdadeiro Saltator similis S
302 tiê-caburé Compsothraupis loricata P/S
303 saíra-de-chapéu-preto Nemosia pileata P/S
304 saí-canário Thlypopsis sordida S
305 pipira-preta Tachyphonus rufus P/S
306 pipira-vermelha Ramphocelus carbo P/S
307 tico-tico-rei-cinza Lanio pileatus P
308 pipira-da-taoca Lanio penicillatus S
309 sanhaçu-cinzento Tangara sayaca P/S
310 sanhaçu-do-coqueiro Tangara palmarum S
311 saíra-amarela Tangara cayana P/S
312 cigarra-do-campo Neothraupis fasciata S
313 sanhaçu-de-coleira Schistochlamys melanopis S
314 cardeal-do-araguaia Paroaria baeri S
315 saí-azul Dacnis cayana S
316 saíra-beija-flor Cyanerpes cyaneus S
317 saíra-de-papo-preto Hemithraupis guira P/S
318 figuinha-de-rabo-castanho Conirostrum speciosum S
319 canário-da-terra-verdadeiro Sicalis flaveola S
320 tiziu Volatinia jacarina P/S
321 coleiro-do-brejo Sporophila collaris P/S
322 bigodinho Sporophila lineola S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
93
323 baiano Sporophila nigricollis P/S
324 coleirinho Sporophila caerulescens S
325 caboclinho Sporophila bouvreuil P/S
326 curió Sporophila angolensis P/S
Cardinalidae
327 azulão-da-amazônia Cyanoloxia rothschildii S
Fringillidae
328 fim-fim Euphonia chlorotica S
329 gaturamo-verdadeiro Euphonia violacea P/S
Passeridae
330 pardal Passer domesticus S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em
diversas fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
94
ANEXO IV. HERPETOFAUNA – espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado do
Tocantins.
Nº NOME COMUM ORDEM / Família / Espécie DADOS
ANFÍBIOS
Bufonidae
1 sapo Rhinella mirandaribeiroi* P
2 sapo-cururu Rhinella schneideri P/S
Hylidae
3 perereca Dendropsophus cruzi* S
4 perereca Dendropsophus melanargyreus P
5 perereca Dendropsophus minutus S
6 perereca Dendropsophus nanus P
7 perereca Dendropsophus rubicundulus* S
8 perereca Hypsiboas albopunctatus S
9 perereca Hypsiboas raniceps P/S
10 perereca Phyllomedusa azurea * S
11 perereca Pseudis tocantins* S
12 perereca Scinax fuscomarginatus S
13 perereca Scinax fuscovarius S
14 perereca Scinax sp.1 (gr. ruber) P
15 perereca Scinax sp.2 (gr. ruber) P
16 perereca Trachycephalus typhonius P/S
Leptodactylidae
17 rã Adenomera saci* S
18 rã-manteiga Leptodactylus chaquensis P/S
19 rã-assobiadeira Leptodactylus fuscus P/S
20 rã-pimenta Leptodactylus labyrinthicus S
21 rã Leptodactylus mystaceus P/S
22 rã Leptodactylus sp. (gr. melanonotus) P/S
23 rã Leptodactylus pustulatus* S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
95
24 rã-cachorro Physalaemus centralis P/S
25 rã Physalaemus cuvieri P/S
26 rãzinha Physalaemus nattereri* S
27 rã Pseudopaludicola ternetzi* S
Microhylidae
28 molinho Chiasmocleis albopunctata* S
29 sapinho Elachistocleis cesarii P/S
30 sapinho Elachistocleis cf. piauiensis P
Pipidae
31 sapo-pipa Pipa pipa S
RÉPTEIS
Alligatoridae
32 jacaré-tinga Caiman crocodilus P/S
33 jacaré-açu Melanosuchus niger S
Amphisbaenidae
34 cobra-de-duas-cabeças Amphisbaena vermicularis S
Chelidae
35 matá-matá Chelus fimbriata S
Podocnemidae
36 cágado Phrynops geoffroanus S
37 cágado Podocnemis expansa S
Testudinidae
39 jabuti Chelonoidis carbonarius S
Dactyloidae
40 lagarto-preguiça Norops brasiliensis S
41 lagarto-preguiça Norops chrysolepis S
Gekkonidae
42 lagartixa-doméstica-tropical Hemidactylus mabouia S
Gymnophthalmidae
43 lagarto-do-rabo-vermelho Cercosaura schreibersii S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
96
44 lagarto-do-rabo-azul Micrablepharus atticolus* S
45 lagarto-do-rabo-azul Micrablepharus maximiliani P/S
Iguanidae
46 iguana Iguana iguana S
Mabuyidae
47 lagarto-liso Copeoglossum nigropunctatum S
48 lagarto-liso Notomabuya frenata S
Teiidae
48 calango-verde Ameiva ameiva P/S
50 calango-verde Kentropyx calcarata P/S
51 teiú Tupinambis teguixin S
Tropduridae
52 labigó Tropidurus oreadicus S
Boidae
53 jibóia Boa constrictor S
54 cobra-cachorro Corallus hortulanus S
55 jibóia-arco-íris-do-cerrado Epicrates crassus* S
56 sucuri Eunectes murinus S
Colubridae
57 cobra-cipó Chironius quadricarinatus* S
58 cobra-cipó Leptophis ahaetulla S
59 jararacuçu do brejo Mastigodryas bifossatus S
60 caninana Spilotes pullatus S
61 cobrinha Tantilla melanocephala S
Dipsadidae
62 cobrinha Apostolepis sp. S
63 cobra-cipó Erythrolamprus almadensis S
64 cobra-cipó Erythrolamprus poecilogyrus S
65 cobra-cipó Erythrolamprus reginae S
66 cobra-d'água Helicops angulatus P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
97
67 cobra-d'água Hydrodynastes gigas S
68 jararaquinha Leptodeira annulata S
69 cobra-cipó Lygophis meridionalis S
70 falsa-coral Oxyrhopus petolarius P/S
71 falsa-coral Oxyrhopus trigeminus S
72 cobra-cipó Philodryas olfersii P/S
73 nariguda Phimophis guerini S
74 falsa-coral Pseudoboa coronata S
75 muçurana Pseudoboa nigra S
76 cobrinha-rabo-de-osso Psomophis joberti S
77 dormideira Sibynomorphus mikanii S
78 cobra-corredeira Thamnodynastes hypoconia S
79 falsa-jararaca Xenodon merremii S
Viperidae
80 jararaca Bothrops moojeni* S
81 cascavel Crotalus durissus S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em
diversas fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
98
ANEXO V. ICTIOFAUNA – espécies registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado do
Tocantins.
Nº Nome comum ORDENS/Famílias/Espécies DADOS
CHARACIFORMES
Acestrorhynchidae
1 cachorrinho; ueua Acestrorhynchus microlepis S
Anostomidae
2 araçu Laemolyta taeniata P/S
3 piau flamengo Leporinus affinis S
4 piau flamengo Leporinus fasciatus P
5 piau três pintas Leporinus friderici S/P
6 piau-açu Leporinus trifasciatus S/P
7 piau vara Schizodon vittatus S/P
Characidae
8 piaba Aphyocharax dentatus S/P
9 piaba Astianax sp. S/P
10 piquirantã Brycon opscaudomaculatus S
11 matrinxã; beradeira Brycon sp. S/P
12 piquirantã Bryconops caudomaculatus S/P
13 piaba Bryconops sp. S
14 arari rabo vermelho Chalceus macrolepidotus S/P
15 miguelito Exodon paradoxus S
16 piaba Knodus sp. S
17 piaba Knodus sp. S/P
18 pacu-redondo Metynnis hypsauchen S/P
19 pacu Myleus rubripinnis S
20 pacu-cadete; pacu-ferrada Myleus schomburgkii S/P
21 pacu Myleus setiger S
22 pacu-manteiga Mylossoma duriventre S
23 piranha vermelha Pygocentrus nattereri S/P
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
99
24 cacunda Roeboides thurni S
25 piranha branca Serrasalmus eigenmanni S/P
26 piranha chipita Serrasalmus gibbus S/P
27 pirambeba; piranha roxa Serrasalmus maculatus S/P
28 piranha preta Serrasalmus rhombeus S/P
29 piaba Tetragonopterus argenteus S/P
30 piaba Tetragonopterus chalceus S/P
31 matupiri Thayeria boehlkei S
32 voador Triportheus trifurcatus S/P
Chilodontidae
33 joão-duro Caenotropus labyrinthicus S/P
Ctenoluciidae
34 bicuda Boulengerella cuvieri S/P
35 bicuda Boulengerella lateristriga S/P
Curimatidae
36 branquinha Curimata acutirostris S/P
37 branquinha Curimata inornata S/P
38 branquinha Curimata vittata S
39 branquinha-miúda Cyphocharax gouldingi S/P
Cynodontidae
40 cachorra grande Hydrolycus armatus S/P
41 cachorra larga Hydrolycus tatauaia S/P
42 cachorra ripa Rhaphiodon vulpinus S
Erythrinidae
43 jeju Hoplerythrinus unitaeniatus S
44 traira Hoplias malabaricus S
Hemiodontidae
45 ubarana Anodus elongatus S
46 ubarana Argonectes robertsi S
47 voador Hemiodus gracilis S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
100
48 voador Hemiodus microlepis S/P
Prochilodontidae
49 papa terra Prochilodus nigricans S/P
50 jaraqui Semaprochilodus brama S/P
CLUPEIFORMES
Engraulididae
51 sardinha gato Lycengraulis batesii S/P
Pristigasteridae
52 apapá-dorada Pellona castelnaeana S/P
CYPRINODONTIFORMES
Poecilidae
53 barrigudinho Pamphorichthys araguaiensis S/P
Rivulidae
54 peixe anual Pituna sp S
55 peixe anual Pituna compacta S
56 peixe anual Rivulus sp. S
57 peixe anual Simpsonichthys costai S
GYMNOTIFORMES
Gymnotidae
58 poraquê Electrophorus electricus S
OSTEOGLOSSIFORME
Osteoglossidae
59 aruanã Osteoglossum bicirrhosum S
Arapaimatidae
60 pirarucu Arapaima gigas S
PERCIFORMES
Cichlidae
61 acará Acoronia nassa S
62 acará Apistogramma sp. S
63 acará-açu Astronotus ocellatus S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
101
64 acarazinho Biotodoma cupido S/P
65 tucunaré Cichla monoculus S/P
66 tucunaré Cichla sp. S
67 tucunaré Cichlamon oculus S/P
68 acará cascudo Cichlasoma amazonarum S
69 peixe-sabão Crenicichla strigata S
70 acará-tinga Geophagus proximus S/P
71 acará piranga Heros efasciatus S
72 acará Mesonauta festivus S/P
73 acará bicudo Santanoperca acuticeps S
74 acará beré Santanoperca jurupari S/P
Sciaenidae
75 curbinata Pachypops fourcroi S
PLEURONECTIFORMES
Achiridae
76 soia; linguado Hypoclinemus mentalis S
RAJIFORMES
Potamotrygonidae
77 arraia de fogo Potamotrygon motoro S/P
SILURIFORMES
Doradidae
78 boca de flor; peixe botinho Hassar wilderi S
79 butuado, cui-cui Oxydoras niger S
80 bacu-rico Platydoras armatus S
Heptateridae
81 mandi jundiá Pimelodella cristata S/P
82 mandi listrado Pimelodella sp. S
Callichthyidae
83 cascudinho Aspidoras sp. S/P
Loricaridae
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
102
84 cascudo Glyptoperichthys joselimaianus P
85 acari-nariz redondo Hemiodontichthys acipenserinus S
86 cascudo Hypostomus emarginatus S
87 cascudo Hypostomus plecostomus S/P
88 cascudo Hypostomus sp. S
89 cascudo Hypostomus sp.2 S
90 jotoxi Loricaria cataphracta S
91 cascudo Loricarichthys nudirostris S
92 cascudo Squaliforma emarginata S/P
Pimelodidae
93 mandi ferro Pimelo dusblochii S/P
Trichomycteridae
94 candirú Trichomycterus sp. S
TETRAODONTIFORMES
Tetraodontidae
95 baiacu Colomesus asellus S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em diversas
fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
103
ANEXO VI. ENTOMOFAUNA – Famílias de insetos registradas (dados primários) e de ocorrências prováveis
(dados secundários) na RPPN Bicodo Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado
do Tocantins.
Nº Nome comum ORDEM / Família DADOS
HYMENOPTERA
1 abelhas nativas pequenas Andrenidae S
2 abelhas nativas Anthophoridae S
3 vespas parasitóides Aphelinidae P/S
4 abelhas - Apis e meliponíneos Apidae P/S
5 vespas parasitóides Bethylidae S
6 vespas parasitóides Braconidae P/S
7 vespas parasitóides Ceraphronidae P/S
8 vespas parasitóides Chalcididae P/S
9 vespas parasitóides Chrysididae P
10 vespas solitárias Crabronidae P/S
11 vespas parasitóides Diapriidae S
12 vespas parasitóides Dryinidae P/S
13 vespas parasitóides Encyrtidae P/S
14 vespas parasitóides Eucharitidae S
15 vespas parasitóides Eucoilidae S
16 vespas parasitóides Eulophidae S
17 vespas parasitóides Eupelmidae P/S
18 vespas parasitóides Evaniidae P
19 formigas Formicidae P/S
20 abelhas nativas pequenas Halictidae P/S
21 vespas parasitóides Ichneumonidae P/S
22 vespas parasitóides Mutillidae S
23 vespas parasitóides Mymaridae P/S
24 vespas parasitóides Mymarommatidae S
25 vespas solitárias Nyssonidae S
26 vespas solitárias Pemphredonidae S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
104
27 vespas parasitóides Platygastridae P/S
29 vespas caçadoras, cavalo-do-cão Pompilidae S
29 vespas parasitóides Pteromalidae P/S
30 vespas parasitóides Scelionidae P/S
31 vespas parasitóides Sclerogibbidae S
32 vespas parasitóides Scoliidae S
33 vespas parasitóides Signiphoridae S
34 vespas solitárias Sphecidae S
35 vespas parasitóides Tanaostigmatidae S
36 vespas parasitóides Tiphiidae P/S
37 vespas parasitóides Torymidae S
38 vespas parasitóides Trichogrammatidae S
39 vespas, cabas, maribondos Vespidae P/S
COLEOPTERA
40 besouros Anobiidae S
41 besouros Anthicidae S
42 besouros Aphodiidae S
43 besouros Bostrichidae S
44 besouros Bothrideridae P
45 besouros, caruncho Bruchidae S
46 besouros, broca da madeira Buprestidae S
47 besouros Carabidae P/S
48 besouros, serra-paus, serradores Cerambycidae P/S
49 besouros das culturas, vaquinhas Chrysomelidae P/S
50 besouros Cleridae S
51 besouros Corylophidae S
52 besouros, bicudo Curculionidae P/S
53 besouros Dryopidae S
54 besouros Dytiscidae S
55 besouros, vaga-lumes Elateridae S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
105
56 besouros Endomychidae S
57 besouros Erotylidae S
58 besouros Eucnemidae S
59 besouros Histeridae S
60 besouros Hybosoridae S
61 besouros Lathriidae S
62 besouros Leiodidae S
63 besouros Limnichidae S
64 besouros Meloidae S
65 besouros Melolonthidae S
66 besouros Nitidulidae P/S
67 besouros Phengodidae P
68 besouros Ptiliidae S
69 besouros Rutelidae S
70 besouros Scaphidiidae S
71 besouros, rola-bostas, hércules Scarabaeidae P/S
72 besouros Scirtidae S
73 besouros Silvanidae P/S
74 besouros, potó Staphylinidae P/S
75 besouros, tenébrios Tenebrionidae P/S
HEMIPTERA
76 cigarrinhas Acanaloniidae S
77 cigarrinhas Achilidae S
78 cigarrinhas Aethalionidae S
79 percevejos Anthocoridae S
80 pulgões, afídeos Aphididae S
81 baratas d'água Belostomatidae S
82 cigarrinhas Cicadellidae P/S
83 cigarras Cicadidae P/S
84 cigarrinhas Cixiidae S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
106
85 percevejos Coreidae S
86 percevejos Corimelaenidae S
87 percevejos, maria-fedida Coriscidae S
88 percevejos Corizidae S
89 percevejos Cydnidae S
90 cigarrinhas Delphacidae S
91 cigarrinhas Derbidae S
92 escama, piolho-de-São-José Diaspididae S
93 cigarrinhas Dictyopharidae S
94 percevejos Enicocephalidae S
95 cigarrinhas Fulgoridae P/S
96 percevejos Gelastocoridae S
97 percevejos Hebridae S
98 percevejos Lygaeidae S
99 cigarrinhas Membracidae S
100 percevejos Mesoveliidae S
101 percevejos Miridae S
102 percevejos, maria-fedida Pentatomidae S
103 percevejos Ploiariidae S
104 psílideos Psyllidae S
105 percevejos Pyrrhocoridae S
106 percevejos Reduviidae P/S
107 percevejos Scutelleridae S
108 percevejos Tingidae S
DIPTERA
109 moscas, mosquitões Asilidae P/S
110 moscas, mosquitos Bombyliidae S
111 moscas varejeiras Calliphoridae S
112 moscas, mosquitos Conopidae S
113 pernilongos, carapanãs Culicidae P
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
107
114 moscas, mosquitos Dolichopodidae S
115 mosquinhas-da-fruta/vinagre Drosophilidae S
116 moscas, mosquitos Micropezidae P/S
117 moscas comuns Muscidae S
118 moscas, mosquitos Phoridae P/S
119 moscas, mosquitos Pipunculidae P
120 moscas Ropalomeridae P
121 moscas comuns Sarcophagidae S
122 moscas-soldados Stratiomyidae P
123 moscas e mosquitos Syrphidae P/S
124 mutucas Tabanidae P/S
125 moscas Tachinidae P/S
126 mosca-das-frutas Tephritidae S
127 moscas, mosquitos Therevidae S
128 melgas, mosquitões Tipulidae P/S
ORTHOPTERA
129 gafanhotos Acrididae P/S
130 grilos Gryllacrididae P/S
131 paquinas Gryllotalpidae S
132 grilos Gryllidae P/S
133 gafanhotos Tetrigidae P/S
134 esperanças Tettigoniidae P/S
135 grilos Tridactylidae P/S
LEPIDOPTERA
136 mariposas Erebidae P
137 micro mariposas Gelechiidae S
138 borboletas Hesperiidae P/S
139 mariposas Noctuidae S
140 borboletas Nymphalidae P
141 borboletas, jardineira Pieridae S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
108
142 mariposas Pyralidae S
143 mariposas Sphingidae S
ISOPTERA
144 cupins, térmitas Rhinotermitidae S
145 cupins, térmitas Termitidae P/S
THYSANOPTERA
146 trips, lacerdinha Phloeotripidae S
147 trips, lacerdinha Thripidae S
NEUROPTERA
148 neurópteros Ascalaphidae S
149 lixeiro Chrysopidae S
150 neurópteros Hemerobiidae S
151 formigas-leão Myrmeleontidae S
PHASMIDA
152 bicho-pau, taquarinha Phasmatidae S
MANTODEA
153 louva-a-deus,cavalinho-de-deus Mantidae S
ODONATA
154 libélula, lavadeira, zigue-zague Coenagrionidae P
155 libélula, lavadeira, zigue-zague Corduliidae S
156 libélula, lavadeira, zigue-zague Libellulidae P
DERMAPTERA
157 lacrainhas, tesourinhas Labiidae S
PSOCOPTERA
158 psócidos Pseudocaeciliidae S
BLATTARIA
159 baratas Blattidae P/S
ZORAPTERA
160 zorápteros Zorotypidae P
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em
diversas fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
109
ANEXO VII. ENTOMOFAUNA – Gêneros de formigas registradas (dados primários) e de ocorrências
prováveis (dados secundários) na RPPN Bicodo Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da
Confusão, Estado do Tocantins.
Nº Nome comum FAMILIA/ Subfamília / gênero DADOS
FORMICIDAE
Myrmicinae
1 formigas quém-quém Acromyrmex P/S
2 formiga Apterostigma S
3 saúvas Atta S
4 formiga Cardiocondyla S
5 formiga Carebara S
6 formigas planadoras/f. tartarugas Cephalotes P/S
7 formiga-acrobática Crematogaster P/S
8 formiga Cyphomyrmex P/S
9 formiga Daceton S
10 formiga Kalathomyrmex S
11 formiga Megalomyrmex S
12 formiga-do-faraó Monomorium S
13 formiga Mycocepurus S
14 formiga Nesomyrmex S
15 formiga-cabeçuda, pixixica Pheidole P/S
16 formiga Pogonomyrmex P/S
17 formiga Rogeria P/S
18 formiga Sericomyrmex S
19 formiga-lava-pés, pixixica Solenopsis P/S
20 formiga Strumigenys P/S
21 formiga Trachymyrmex S
22 pixixica, pequena formiga de fogo Wasmannia P/S
23 formiga Xenomyrmex S
Pseudomyrmecinae
24 formiga-de-novato Pseudomyrmex P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
110
Formicinae
25 formiga Brachymyrmex P/S
26 formiga carpinteira e/ou tecelãs Camponotus P/S
27 formiga Gigantiops S
28 formiga Myrmelachista S
29 formiga louca Paratrechina P/S
Ponerinae
30 formiga Centromyrmex S
31 formiga Hypoponera S
32 formiga Leptogenys S
33 formiga Odontomachus P/S
34 formiga-de-ferrão, formigões Pachycondyla P/S
35 formiga Platythyrea S
Ectatomminae
36 formiga Ectatomma P/S
37 formiga Gnamptogenys P/S
Dolichoderinae
38 formiga da embaúba Azteca S
39 formiga Dolichoderus S
40 formiga Dorymyrmex P/S
41 formiga-argentina* Linepithema P/S
42 formiga fantasma Tapinoma S
Dorylinae
43 formigas correições/nômades Labidus P/S
44 formigas correições/nômades Neivamyrmex S
Paraponerinae
45 tocandira, tucandeiras, formigões, Paraponera P/S
Amblyoponinae
46 formiga Prionopelta S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e Secundário (S) referente a monitoramento em
diversas fitofisionomias na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
111
ANEXO VIII. Mapa de Zoneamento ecológico-econômico da RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
112
ANEXO IX. Documento pertinente ao plano de manejo da RPPN Bico do Javaés – Parâmetros referentes à
qualidade da água: Fitoplânctons registrados (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados
secundários) na RPPN Bico do Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado do
Tocantins.
Nº TAXA Dados
BACILLARIOPHYTA
1 Aulacoseira granulata P/S
2 Aulacoseira itálica P/S
3 Aulacoseira pseudogranulata P/S
4 Aulacoseira sp. P/S
5 Cyclotella meneghiniana P/S
6 Discostella stelligera P/S
7 Encyonema sp.1 P/S
8 Eunotia flexuosa P/S
9 Eunotia sp1 P/S
10 Eunotia sp2 P/S
11 Fragillaria capuccina S
12 Fragillaria sp.1 P/S
13 Frustulia sp.1 S
14 Gomphonema gracile S
15 Gomphonema parvulum S
16 Gyrosigma sp.1 S
17 Melosira sp. P/S
18 Navicula sp.1 P/S
19 Nitzschia sp.1 P/S
20 Placoneis sp.1 S
21 Planothidium sp. P/S
22 Pinnularia sp.1 P/S
23 Surirella sp.1 P/S
24 Surirella sp.2 S
25 Surirella sp.3 S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
113
26 Tabellaria sp.1 P/S
27 Tabellaria sp.2 P/S
28 Ulnaria ulna P/S
29 Urosolenia eriensis P/S
CYANOBACTERIA
30 Aphanocapsa cf. delicatissima P/S
31 Aphanocapsa sp.1 P/S
32 Aphanothece sp.1 P
33 Dolichosmpermum sp.1 P
34 Epigloeosphaera sp. P/S
35 Lemmermaniella sp. P/S
36 Limnothrix sp. P
37 Merismopedia glauca P/S
38 Merismopedia tenuissima P/S
39 Microcystis aeruginosa P/S
40 Phormidium sp.1 P
41 Planktolyngbya circuncreta P/S
42 Planktolyngbya limnetica P/S
43 Plankthotrix isothrix P/S
44 Pseudoanabaena cf. catenata P
CHLOROPHYCEAE
45 Actinastrum hantzschii P/S
46 Acutodesmus javanensis P/S
47 Botryococcus braunii S
48 Chlamydomonas sp. P/S
49 Chlorella sp. S
50 Closteriopsis sp. S
51 Coccomyxa lacustris S
52 Coelastrum cruciatum P
53 Coelastrum indicum P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
114
54 Coelastrum microporum P/S
55 Coelastrum reticulatum P/S
56 Coelastrum sp. P/S
57 Coenochloris sp. S
58 Coenocystis cf. assimétrica S
59 Coenocystis sp. S
60 Crucigenia tetrapedia S
61 Crucigenia sp. S
62 Crucigeniella sp. s
63 Desmodesmus armatus P/S
64 Desmodesmus communis P/S
65 Desmodesmus maximus P/S
66 Desmodesmus opoliensis S
67 Desmodesmus perforatus P/S
68 Dictyosphaerium ehrenbergianum P/S
69 Dictyosphaerium pulchellum P/S
70 Dictyosphaerium tetrachotomum P/S
71 Dimorphococcus lunatus P
72 Echinosphaeridium nordstedtii P/S
73 Eudorina elegans P/S
74 Eutetramorus planctonicus P/S
75 Eutetramorus sp. S
76 Golenkinia radiata P/S
77 Golenkinia sp. S
78 Kirchneriella irregularis S
79 Micractinium pusillum P/S
80 Monoraphidium arcuatum P/S
81 Monoraphidium irregulare S
82 Monoraphidium komarkovae P/S
83 Monoraphidium sp. P
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
115
84 Oocystis borgei P/S
85 Oocystis lacustris P/S
86 Oocystis sp.1 S
87 Pandorina morum S
88 Pediastrum argentiniense P/S
89 Pediastrum boryanum S
90 Pediastrum duplex P/S
91 Pediastrum simplex Var simplex S
92 Pediastrum simplex Var. biwaense P/S
93 Pediastrum privum S
94 Pediastrum sp S
95 Phytelios viridis P/S
96 Planktosphaeria gelatinosa P/S
97 Radiococcus planctonicus P/S
98 Scenedesmus acuminatus P
99 Scenedesmus bicaudatus P/S
100 Scenedesmus ellipticus S
101 Scenedesmus indicus S
102 Scenedesmus sp.1 S
103 Tetraedron minimum P
104 Tetraedron sp.1 S
105 Tetrastrum sp. P/S
106 Treubaria setigera P
107 Treubaria sp. S
108 Westella botryoides S
109 Estádio palmelóide de Volvocales P/S
CHRYSOPHYCEAE
110 Dinobryon divergens S
111 Dinobryon sertularia S
112 Dinobryon sp. P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
116
113 Mallomonas sp. 1 P/S
114 Synura sp. P/S
CRYPTOPHYCEAE
115 Cryptomonas marsonii S
116 Cryptomonas cf. pirenoidifera P/S
EUGLENOPHYCEAE
117 Euglena acus var. acus P/S
118 Euglena caudata S
119 Euglena limnophila S
120 Euglena sp. P/S
121 Lepocinclis caudata S
222 Lepocinclis ovum S
123 Lepocinclis pseudovum S
124 Lepocinclis salina S
125 Lepocinclis sp.1 P/S
126 Phacus curvicauda P/S
127 Phacus longicauda P/S
128 Phacus longicauda var. tortus S
129 Phacus pleuronectes P/S
130 Phacus suecicus P/S
131 Phacus sp.1 P/S
132 Phacus sp.2 S
133 Strombomonas chodatii S
134 Strombomonas fluviatilis P/S
135 Strombomonas urceolata P
136 Strombomonas verrucosa P/S
137 Strombomonas rotunda S
138 Strombomonas sp.1 S
139 Strombomonas sp.2 S
140 Trachelomonas hispida P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
117
141 Trachelomonas híspida var. duplex S
142 Trachelomonas minuscula P/S
143 Trachelomonas oblonga S
144 Trachelomonas superba P/S
145 Trachelomonas volvocina P/S
146 Trachelomonas volvocinopsis S
147 Trachelomonas sp.1 P/S
148 Trachelomonas sp.2 S
149 Estádio palmelóide de euglenaceae P
ZYGNEMAPHYCEAE
150 Closterium juncidum Ralfs var. elongatum P/S
151 Cosmarium contractum P/S
152 Cosmarium comissurale P
153 Cosmarium cf. lagoense P/S
154 Cosmarium moniliforme P/S
155 Cosmarium obsoletum P
156 Cosmarium pseudoconatum S
157 Cosmarium reniforme P/S
158 Cosmarium sp.1 P
159 Euastrum binale S
160 Micrasterias furcata P
161 Micrasterias sp.1 P
162 Onychonema sp. S
163 Staurastrum forficulatum P/S
164 Staurastrum iversenii P/S
165 Staurastrum leptocladum var. cornutum S
166 Staurastrum margaritaceum P/S
167 Staurastrum quadrinotatum P/S
168 Staurastrum rotula S
169 Staurastrum sebaldi P/S
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
118
171 Staurastrum setigerum P/S
172 Staurastrum sp.1 P/S
173 Staurastrum sp.2 S
174 Staurastrum tetracerum var. tetracerum P/S
175 Staurastrum tetracerum var. tortum P/S
176 Staurastrum trifidum P/S
177 Staurastrum volans P/S
178 Staurodesmus convergens P
179 Staurodesmus cuspidatus P
180 Teilingia granulata P
181 Xanthidium sp.1 S
DINOPHYCEAE
182 Gloechidinium sp. S
183 Peridinium cf. volzii P/S
184 Peridiunium umbonatum P
185 Peridinium sp.1 P/S
186 Peridinium sp.2 P
OEDOGONIOPHYCEAE
187 Oedogonium sp. 1 P
XANTOPHYCEAE
188 Centritractus belenophorus P/S
189 Centritractus elipsoideus S
190 Isthmochloron gracile S
191 Tetraedriella sp.1 P/S
192 Tetraedriella sp.2 S
Dados: Primário (P) referente a inventário na RPPN e, Secundário (S) referente a monitoramento de
qualidade da água em diversos ambientes aquáticos (ipuca, lagos, lagoas, canal de abastecimento,
montante e jusante dos rios Javaés e Formoso) na propriedade Fazenda Dois Rios.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
119
ANEXO X. Documento pertinente ao plano de manejo da RPPN Bico do Javaés – Qualidade da água:
parâmetros físicos, químicos e biológico (dados primários) e de ocorrências prováveis (dados secundários)
na RPPN Bicodo Javaés, da Fazenda Dois Rios, município de Lagoa da Confusão, Estado do Tocantins.
PARÂMETROS
(para água Classe II)
Amostragens em período de seca
CONAMA nº
357/2005
Pontos amostrais
Limites
preconizados
P01 P02 P03 P04 P05
para água Classe
II
Turbidez (NTU) 1,33 17,00 20,1 24,5 18,20 100 NTU
Sólidos Totais
Dissolvidos (PPM) 11,36 23,50 26,30 17,20 24,70 500PPM
Demanda Bioquímica
de Oxigênio (mg/L) 3,19 3,71 3,11 3,84 3,67 5,00 mg/L
pH (Escala) 7,42 7,62 7,53 7,37 7,08 6,0 - 9,0
Nitrogênio:
Amônia (mg/L) 0,35 0,16 0,23 0,15 0,09 3,7 mg/L
Nitrito (mg/L) <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 1,0 mg/L
Nitrato (mg/L) <0,30 <0,30 <0,30 <0,30 <0,30 10,0 mg/L
Ortofosfato (mg/L) 0,15 <0,02 <0,02 0,38 0,01
0,05mg/L
(lêntico) e
0,1 mg/L (lótico)
Metais:
Ferro (mg/L) <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,3mg/L
Zinco (mg/L) 0,02 0,05 0,01 0,07 0,02 0,18 mg/L
Alumínio (mg/L) 0,018 0,010 0,009 0,013 0,031 0,1 mg/L
Manganês (mg/L) 0,60 0,50 0,80 0,30 1,30 0,1 mg/L
Cloretos (mg/L) 11,00 11,35 10,83 10,11 9,28 250,0 mg/L
Sulfato (mg/L) 3,00 2,00 2,00 1,00 7,20 250,0 mg/L
Sólidos Totais
Sedimentáveis (mg/L/h) 0,4 0,1 <0,1 <0,1 0,1
Coliformes Totais >2419,6 >2419,6 >2419,6 >2419,6 >2419,6 1.000 NMP/100
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
120
(NMP/100 mL) mL
Escherichia coli
(NMP/100 mL) 30,9 14,8 16,1 16 15,8
PARÂMETROS (para água Classe
II)
Amostragens em período de chuva
CONAMA nº
357/2005
Limites
preconizados
P01 P02 P03 P04 P05
para água Classe
II
Turbidez (NTU) 38,40 25,80 173,00 18,00 15,40 100 NTU
Sólidos Totais Dissolvidos (PPM) 8,00 18,00 22,00 17,00 14,00 500PPM
Demanda Bioquímica de
Oxigênio (mg/L) 4,68 4,36 4,27 4,20 4,11 5,00 mg/L
pH (Escala) 6,40 6,80 6,20 6,90 6,90 6,0 - 9,0
Oxigênio dissolvido (mg/L) 6,10 5,98 5,77 6,30 6,64 5,00 mg/L
Nitrogênio:
Amônia (mg/L) 0,16 0,14 1,27 0,13 0,12 3,7 mg/L
Nitrito (mg/L) 0,003 <0,002 0,02 <0,002 <0,002 1,0 mg/L
Nitrato (mg/L) <0,30 <0,30 7,70 0,80 <0,30 10,0 mg/L
Ortofosfato (mg/L) <0,02 <0,02 0,11 <0,02 <0,02
0,05mg/L
(lentico) e
0,1 mg/L (lótico)
Metais:
Ferro (mg/L) 0,18 0,08 1,61 0,08 0,05 0,3mg/L
Zinco (mg/L) 0,03 <0,01 <0,01 0,02 0,01 0,18 mg/L
Alumínio (mg/L) 0,02 0,03 0,11 0,02 0,03 0,1 mg/L
Manganês (mg/L) <0,20 <0,20 1,80 <0,20 <0,20 0,1 mg/L
Cloretos (mg/L) 7,68 6,27 8,46 6,74 8,15 250,0 mg/L
Sulfato (mg/L) <2,00 <2,00 15,00 <2,00 <2,00 250,0 mg/L
Pontos amostrais: P01= lago; P02= montante rio Javaés; P03= montante rio Formoso; P04= jusante rio
Javaés; P05= jusante rio Formoso.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
121
ANEXO XI. Fotos da RPPN Bico do Javaés
Figura 2. Ambientes da RPPN Bico do Javaés registrados durante o inventário de flora-fauna. A-C) Detalhes
da vegetação e da borda de lago na reserva particular; D) detalhe da borda de um ambiente de drenagem
sazonal (sangra); E) borda de área campestre (varjão) com vegetação típica e predominante de palmeirase
gramíneas; F) Borda de área de campo sujo com cerradão; G) Interior de uma ipuca.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
122
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
123
Figura 3. Espécies de mamíferos registrados durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Cerdocyon thous; B) Myrmecophaga tridactyla; C) Didelphis marsupialis; D) vestígios de Silvilagus
brasiliensis; E) Trachops cirrhosus; F) Glossopha soricina; G) Carollia perspicillata; H) Tonatia bidens.;I)
Dasyprocta azarae; J) Blastocerus dichotomus; K) Pegadas de Speothos venaticus; L) Pegadas de Leopardus
pardallis; M) Tayassu pecari; N) Pegadas de Myrmecophaga tridactyla; O) Pegada de Tapirus terrestres; P)
Eira barbara.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
124
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
125
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
126
Figura 4. Espécies de aves registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A) Sittasomus
griseicapillus, B) Celeus flavus, C) Picumnus albosquamatus, D) Tolmomyias flaviventris, E) Myiarchus
swainsoni, F) Euscarthmus meloryphus, G) Cyclarhis gujanensis, H) Cranioleuca vulpina, I) Taraba major, J)
Claravis pretiosa, K) Zonotrichia capensis, L) Ramphastos toco, M) Laterallus viridis, N) Penelope
superciliaris, O) Tringa solitária, P) Tyrannus savana.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
127
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
128
Figura 5. Espécies de anfíbios registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. Rhinella
mirandaribeiroi, B) R. schneideri, C) Dendropsophus cruzi, D) D. melanargyreus, E) D. minutus, F) D. nanus,
G) Hypsiboas raniceps, H) Phyllomedusa azurea, I) Scinax sp. 1 (gr. ruber), J) Scinax sp. 2 (gr. ruber), K)
Trachycephalus typhonius, L) Leptodactylus chaquensis, M) L. fuscus, N) L. mystaceus, O) L. sp. (gr.
melanonotus), P) L. pustulatus, Q) Physalaemus cuvieri, R) P. nattereri, S) Pseudopaludicola ternetzi, T)
Elachistocleis cf. piauiensis, U) Pipa pipa.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
129
Figura 6. Espécies de répteis registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A) Caiman
crocodilus, B) Chelus fimbriata, C) Chelonoidis carbonarius, D) Norops chrysolepis, E) Micrablepharus
atticolus, F) Micrablepharus maximiliani, G) Kentropyx calcarata, H) Boa constrictor, I) Corallus hortulanus,
J) Eunectes murinus, K) Spilotes pullatus, L) Erythrolamprus poecilogyrus, M) Helicops angulatus, N)
Leptodeira annulata, O) Oxyrhopus trigeminus, P) Sibynomorphus mikanii, Q) Xenodon merremii, R)
Bothrops moojeni.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
130
Figura 7. Espécies de répteis registradas durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Crenicichla strigata, B) Tetragonopterus argenteus, C) Potamotrygon motoro, D) Hypoclinemus mentalis, E)
Myleus schomburgkii, F) Cichla monoculus, G) Colomesus asellus, H) Osteoglossum bicirrhosum, I)
Boulengerella lateristriga, J) Heros efasciatus, K) Leporinus affinis.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
131
Figura 8. Exemplares de insetos registrados durante o inventário de fauna da RPPN Bico do Javaés. A)
Fulgoridae; B) Nymphalidae; C) Vespidae; D) Pompilidae; E) Micropezidae; F) Ropalomeridae; G) Apidae:
abelha sem ferrão - meliponínea; H) Paraponera: formiga predadora.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
132
ANEXO XII. Outros mapas pertinentes ao plano de manejo da RPPN Bico do Javaés
Figura 9. Mapa de localização geográfica da RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
133
Figura 10. Croqui de acesso à RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
134
Figura 11. Mapa da bacia Hidrográfica onde está localizada a RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
135
Figura 12. Mapa percentual da RPPN Bico do Javaés em relação à área total da propriedade Fazenda Dois Rios Ltda.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
136
Figura 13. Mapa percentual de áreas ARL e APP dentro da RPPN Bico do Javaés.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
137
Figura 14. Mapa percentual de áreas da RPPN Bico do Javaés correspondentes da Reserva Legal.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
138
Figura 15. Mapa com a localização de lagos e lagoas dentro da RPPN Bico do Javaés.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
139
Figura 16. Mapa geológico da RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
140
Figura 17. Mapa da geomorfologia da RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
141
Figura 18. Mapa da vegetação da RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
142
Figura 19. Mapa de regionalização climática da RPPN Bico do Javaés
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
143
Figura 20. Mapa da localização do PARNA (Parque Nacional do Araguaia) e de área indígena
(Aldeia Boto Velho) em relação à RPPN Bico do Javaés.
Plano de Manejo - RPPN Bico do Javaés
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