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FEDERATIVA DO BRAS·IL
olARIO DO CONGRESSO NACIONAL'SEÇÃO I..
ANO XXVIII - N9 146 CAPITAL FEDERAL QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 1973
CÂMARA DOS DEPUTADOS.----------------SUMARIO--------------~__:
1 - 154." SESSÃO DA 3." SESSÃO LEGISLATIVA DA 7."LEGISLA'l'URA EM 21 DE NOVEMBRO DE 1973 (EX·TRAORDINARIA MATUTINA)
I - Abertura da SessãoII - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III - Leitura do Expediente
PROJETOS A IMPRIMIRProjeto de Decreto Legislativo n.O 132-A, de 1973 (Da Co
missão de Relações Exteriores) - Mensagem n.o 344173 Aprova o texto do Convênio entre a República Federativa doBrasil e ,« Banco Interamericano de DesenvolvImento sobrePrivilégios e Imunidades do Banco, assinado em Brasília, a 21de janeiro de 1972; tendo parecer, da Comissão de Constitui~ãoe Justi~a, pela constitucionalidade e juridicidade. pendente deparecer da Comissão de Economia, Indústria e comércio.
Projeto de Lei n.o 1. 676-A, de 1973 (Do Senado Federal)- Fixa os valores de vencimentos dos cargos dos Grupos-outrasAtividades de Nivel Superior e Artesanato, do Quadro Permanente do Senado Federal, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justi~a, pela constitucionalidade, juridicidade c boa técnica legislativa: e. das Comissõesde Serviço Público e de FInanças, pela aprovação.
Projeto de Lei n. o 1.680-A. de 1973 (Do Poder Executivo) Mensagem n.? 415/73 - Fixa os valores de vencimentos doscargos dos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário, servi~os Auxlllares, Seryi~os de Transporte Oficial e portaria, Artesanato,Outras Atividades de Nível Superior e Outras Atividades deNível Médio do Quadro Permanente da Secretaria do TribunalFederal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal, e dáoutras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituíção e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e boatécnica legislativa; e, das Comissões de Serviço Público e deFinanças, pela aprovação.
Projeto de Lei n.o 1.681-A, de 1973 (Do Poder Executivo) Mensagem n. O 416173 - Fixa os valores dos níveis dc vencimentos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores do Quadre>Permanente da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos e
do Conselho da Justiça Federal, e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; da Comissão de Serviço Público, pela aprovação, com emenda' e da Co-missão de Finanças, pela aprovação. ' ,
Mensagem n.o 429, de 1973 (Do Poder Executivo) - Submete à consideração do Congresso Nacional, nos termos do artigo72, § 7.0 , da Constituição Federal, a execução do ato que concedeu reforma ao segundo Sargento João Lino Pereira do Minis-tério da Marinha. '
Projeto de Lei n.O 1.687, de 1973 (Do Poder Executivo) _Mensagem n.O 428/73 - Altera o Decreto-lei n. O 610 de 4 dejunho de 1969, que criou os Quadros Complementares de Oficiaisda Marinha.
Projeto de Lei n. O 1.688. de 1973 (Do Poder Executivo) _Mensagem n.O 430/73 - Dispõe sobre a utilização e a exploraçãodos aeroportos, das facilidades à navegação aérea e dá outrasprovidências.
Projeto de Lei n.o 1.689, de 1973 (Do Poder Executivo) Mensagem n,o 431/73 - Dispõe sobre o Fundo Aeroviário e dáoutras providências.Comunicações das Lideranças
DELSON SCARANO - Extensão da previdência social aotrabalhador rural.
ATHIJ1: eOURY - Ameaça de despejo do Instituto Históricoe Geográfico São Vicenté, São Pauio.
ORENSY RODRIGUES - Problemas da economia rural brasileira.
WALTER SILVA - O VIII Congresso Brasileiro de Agronomia e a reforma agrária no Brasil.
2 - l\-IESA (Relação dos membros)3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relação
dos membros) .
4 - COMISSõES (Relação dos membros das Comissões Per.manentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
ATA DA 154.Cl SESSÃO~M 21 DE NOVEMBRO DE 1973
Extraordinária Matutina n.o 13PRESIDENCIA DO SR.: FERNANDO GAMA,
2.o-VICE-PRESIDENTE
1- AS 10:00 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:
Flávio MareílioAderbal JuremaFernando GaroaDayl de Almeida
Petrônio FigueiredoJosé Carlos FonsecaDii:f CheremVinicius CansançãoTeotônio NetoJoão CasteloJarmund Nasser
AcreJoaquim Macêdo - ARENA: Nosser AI..
meída - ARENA; Ruy Lino ~ MDB.
AmazonasJoel Ferreira - :MOB; Leopoldo Peres
ARENA; Raimundo Parente - ARENA.
ParáAmérica Brasil - ARENA: Edison Bonna
- ARENA; Júlio Viveiros - MDB.Maranhão
Freitas Dlnlz - MDB; Henrique de LaRocque - ARENA.
PiauíCorreia Lima - ARENA; Milton Brandão
_ ARENA; Pinheiro Mac11ad<L- ARENA.
CearáEdilson Melo Távora - ARENA; Furtado
Leite - ARENA; Hildebrando Guimarães
• > 'LI §'~~ ~~ \~ t
9130 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Novembro de 1973
grantes do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, do Quadro Permanente daSecretaria do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal, estruturado nos termos da Lei n.o 5.645, de 10de dezembro de 1970, correspondem os seguintes vencimentos:
Art. 2.° As diárias de que trata a Lein.O 4.019, de 20 de dezembro de 1961, erespectivas absorções, as gratificações denível universitário e de representação, referentes aos cargos que integram o Grupoa que se refere esta Lei, são absorvidas, emcada caso, pelos vencimentos fixados noartigo anterior.
Parágrafo iínico. A partir da vigênciados atos individuais que incluirem osocupantes dos cargos reclassífícados outransformados, nos cargos que integram oGrupo de que trata a presente Lei, cessará,para os mesmos ocupantes o pagamentodas vantagens especificadas neste artigo,bem como de outras que, a qualquer título,venham percebendo, ressalvados apenas osalário-família e a gratificação adicionalpor tempo de serviço.
Art. 3.° Poderá o Tribunal Federal deRecursos, na implantação do novo plano declassificação de cargos, transformar, emcargos em comissão, funções gratifieadase encargos de gabinete a que sejam inerentes atribuições de direção, chefia ou assessoramento.
Art. 4.° Os vencimentos fixados 110 artigo 1.0 vigorarão a partir da vigência dosatos de inclusão de cargos no novo Grupo.
Art. 5.° O exercício dos cargos em comissão do Grupo de que trata esta Lei éincompatível com a percepção de gratificação por serviços extraordinários e de representação de gabinete.
Art. 6.° Ficam criados, no Quadro, da.Secretaria do Tribunal Federal ele Recursos, no Grupo-Direção e AssessoramentoSuperiores e na Categoria AssessoramentoSuperior, 13 (treze) cargos em comissão' deAssessor Judiciário, Código TFR-DAS-102.1.
Parágrafo único. Fica condicionado oprovimento dos cargos de que trata esteartigo à existência de recursos orçamentários próprios.
Art. 7.° Os cargos em comissão de Secretário do Tribunal, Diretor da Representação, Diretor da Subsecretaria e Auditor,ressalvados os que estejam ocupados portitulares em comissão, somente serão providos. em cada caso, após a vacância doscargos efetivos de Vice-Diretor-Geral, PJ-O,Subsecretário, PJ-O, Diretor de Serviço,PJ-l e Auditor, PJ-3, respectivamente, doatual Quadro da Secretaria, os quais serãoextintos e suprimidos quando vagarem.
Parágrafo único. A gratificação de representação, as diárias de que trata a Lein.O 4.019, de 20 de dezembro de 1961, erespectivas absorções, e outras vantagensque, a qualquer título, estiverem sendo percebidas pelos ocupantes efetivos a que serefere este artigo, serão absorvidas pelosvencimentos fixados nesta Lei.
Art. 8.° A gratificação adicional portempo de serviço dos ocupantes dos cargosefetivos a que se refere o artigo anteriorserá calculada na forma do disposto no ar-
'- ARENA; Januário Feitosa - ARENA; ;ronas Carlos - AREN1\.; Josias Gomes ARENA (SE); Leão Sampaio - ARENA;Manoel Rodrigues - ARENA; Ozlrís Pontes - MDB; Parsífal Barroso - ARENA.
Rio Grande do NorteGrlmaldí Ribeiro - ARENA; Pedro Lu
eena-MDB.Paraíba
Marcondes Gadelha - MDB; WilsonBraga - ARENA.
Pernambuco
Aíron Rios - ARENA; Carlos Alberto Oltveíra - ARENA; Gonzaga Vasconcelos ARENA; Joaquim Coutinho - ARENA; Magalhães Melo - ARENA; Marco Maciel ARENA; Marcos Freire - MDB.
Alagoas
José Alves - ARENA.Sergipe'
Eraldo Lemos - ARENA; Passos Pôrto.1- ARENA; Raimundo Diniz - ARENA.
Babia
Djalma Bessa - ARENA; Fernando Magalhães - ARENA; Hanequím Dantas ARENA; Ivo Braga - ARENA; João Alves_ ARENA; Lomanto Júnior - ARENA; Manoel Novaes - ARENA; Odulfo Domíngues_ ARENA; Prisco Viana - ARENA; Rogério Rêgo -' ARENA; Ruy Bacelar - ARENA; Vasco Neto - ARENA; Wilson Falcão-ARENA.
Espírito Santo
Argilano Dario - MDB; 15lcio Alvares ARENA; Parente Frota - ARENA.
Rio de Janeiro
Alair Ferreira - ARENA; Daso Coimbra- ARENA Hamilton Xavier - MDB; Joséda Silva Barros - ARENA; José Haddad ARENA; José sally - ARENA; Luiz Braz- ARENA; Mareio Paes - ARENA; MoacirChiesse - ARENA; Osmar Leitão - ARENA; Peixoto Filho - MDB; Rozcndo deBouza - ARENA; Walter Silva - MDB.
GuanabaraAlcir Pimenta - MDB; Bezerra de Norões
- MDB; Célio Borja ~ ARENA; EurípedesCardoso de Menezes - ARENA; Florim Coutinho - MDB; Léo Simões - MDB; Lísàneas Maciel - MDB; Nina Ribeiro - ARENA; Osnellí Martinelli - ARENA; ReynaldoSantana - MDB; Rubem Medina - MDB.
Minas Gerais
Altair Chagas ~ ARENA; Aureliano Cha-• ves - ARENA; Bias Fortes - ARENA; Car
los Cotta - MDB; Delson Scarano - ARENA; Elias Carmo - ARENA; Fábio Fonsêca- MDB; Fernando Fagundes Netto - ARENA; Francelino Pereira - ARENA; GeraldoFreire - ARENA; Homero Santos - ARENA; Hugo Aguir - ARENA; Jairo Magalhães - ARENA; João Guido - ARENA;Jorge Vargas - ARENA; Manoel de Almeida - ARENA; Manoel Taveira - ARENA;Nogueira de Rezende - ARENA; ozananCoêlho - ARENA; Padre Nobre - MDB;Sinval Boav8ntura - ARENA; TancredoNeves - MDB.
São PauloAdalberto Camargo - MDB; Adhemar de
Barros Filho - ARENA; Aldo Lupa - ARENA; Alfeu Gasparíni - ARENA; AmaralFur'lan - ARENA; Arthur Fonsêca - ARENA; Athiê Coury -MDB; Cardoso de Almeida - ARENA; Chaves Amarante - ARENA; Dias Menezes - MDB; Diogo Nomura- ARENA Francisco Amaral- MDB; Freitas Nobre - MDB: Ildélio Martins - ARENA; José Camargo - MDB; Mário Telles- ARENA; Mauricio Toledo - ARENA; Pa-
checo Chaves - MDB; Paulo Alberto ARENA; Roberto Gebara - ARENA; Ruydalmeida Barbosa - ARENA; Silvio Lopes- ARENA; Sylvio Venturolli - ARENA.
GoiásAnapolino de Faria - MDB; Ary Valadão
- ARENA; Brasílio Caiado - ARENA; Fernando Cunha - MDB; Henrinque Fanstone - ARENA; José Freire - MDB; JuarezBernardes - MDB; RezeIWc MonteiroARENA; Siqueira Campos - ARENA.
Mato GrossoEmanuel Pinheiro - ARENA; Marcilio
Lima - ARENA.Paraná
Agostinho Rodrigues - ARENA; AlípioCarvalho - ARENA; Antônio Anníbellí MDB; Ary de Lima - ARENA; Arthur Santos - ARENA; ítalo Conti - ARENA; LuizLosso - ARENA (SE); Mário Stamm ARENA; Olivir Gabardo - MDB; RobertoGalvani - ARENA; Túlio Vargas - ARENA.
Santa CatarinaAbel Ávila - ARENA; Adhemar Ghisi
ARENA; Cesar Nascimento - MDB; JaisonBarreto - MDB; João Linhares - ARENA;Pedro Colin - ARENA; Wílmar Dallanhol- ARENA.
Rio Grande do SulAldo Fagundes - MDB; Antônio Bresolin
- MDB; Célio Marques Fernandes - ARENA; Getúlio Dias - MDB; Helbert dos San.tos - ARENA; Lauro Rodrigues - MDB;Sinval Guazzelli - ARENA.
AmapáAntônio Pontes - MDB.
RondôniaJerônimo Santana - MDB.
RoraimaSilvio Botelho - ARENA.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- A lista de presença acusa o comparecimento de 174 Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura da atada sessão anterior.li - O SR. JOSÉ CARLOS FONSECA,
S.o-Secretário, servindo como 2.0-Secret á rio,procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Passa-se à leitura do expediente.
Não há expediente a ser lido.
PROJETO DE LEIN.o 1.681-A, de 1973
(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 416/73Fixa os valores dos níveis de venci
mentos do Grupo-Direção c Assessoramento Superiores, do Quadro Permanente da Secretaria do Tribunal Federal deRecursos e do Conselho da .JustiçaFederal, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Oonstí;tuição e Justiça, pela constitueíonalldade, juridicidade e boa técnica legislativa; da Co~issão de Serviço PtíbJico.pela aprovaçao, com emenda; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação.
(PROJETO DE LEI N.o 1.681, DE 1973, AQUE SE REFEREM OS PARECERES).
Càngresso Nacional decreta:Art. 1.0 Aos niveis de classificação dos
cargos de provimento em comissão, ínte-
Níveis
TFR-DAS-4TFR-DAS-3TFR-DAS-2TFR-DAS-l
Vencimentos MensaisCr$
7.500,007.100,006.600,006.100,00
Novembro de 19'13 D1ARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 9131..tigo 10 da Lei n.O 4.345, de 26 de junho de1964.
Art. 9.° As despesas decorrentes da aplicação desta Lei, serão atendidas pelos recursos orçamentários próprios do TribunalFederal de Recursos, bem como por outrosrecursos a esse fim destinados, na formada legislação pertinente.
Art. 10. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação.
Art. 11. Revogam-se as disposições emcontrário.
Brasília, em de de 1973.
LEGISLAÇAO CITADA
LEI N.o 4.019DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961
Oompíementa o artigo 6.° da EmendaConstitucional n,v 3, e dá outras providências.
O Presidente da República:Faço saber que o Congresso Nacional de
creta e eu sanciono a seguinte Lei;Art. 1.0 Aos membros do Supremo Tribu
nal Federal, do Tri1:.unal Federal de Recursos, do Tribunal de Contas da União, ao
rProcurador, aos Auditores e aos Procurador zes-Adjuntos do Tribunal de Contas da, União é atribuída, pelo efetivo exercício emBrasília, uma diária correspondente atél/20 (um vinte avos) de seus vencimentos.
,Art. 2.° Aos funcionários públicos federais e autárquicos, pelo efetivo exercicíoem Brasília, é concedida uma diária na basede até 1/30 (um e trinta avos) dos respectivos vencimentos.
Parágrafo único. O COnsultor-Geral daRepública, o Procurador-Geral da República, o 1.0 Subprocurador da República, osProcuradores da República lotados em Brasília, bem como os Consultores-Jurídicos eos demais membros do Serviço Jurídico daUnião que exerçam na atual Capital daRepública, em caráter permanente, as funções do seu cargo, também perceberão umadiária na base de até 1/30 (um trinta avos)de seus vencimentos.
Art. 3.° No Cálculo da remuneracão dosProcuradores da República, Iotados emBrasília, observar-se-á um limite -de 95%(noventa e cinco por cento) sobre o vencimento do Procurador-Geral da República,previsto no parágrafo único do art. 5,0 daLei n.O 3.414, de 20 de junho de 1958, excluídas do referido cálculo as diárias e agratificação mensal de represtntaçâo deque trata esta lei.
'Art. 4.° As diárias referidas nos artigosanteriores irão sendo gradual e obrigatoriamente absorvidas, na razão de 30% (trintapor cento), dos aumentos ou reajustamentosdos atuais vencimentos dos beneficiadospor esta lei.
§ 1.0 Os funcionários públicos federais eautárquicos, que venham a ser transferidospara Brasília na vigência desta lei, não poderão, em qualquer hipótese, perceber diárias superiores à parcela ainda não absorvida, no momento, das diárias já concedidasaos funcionários de igual nível de vencimentos.
§ 2.° A soma mensal das diárias mencionadas nos artigos anteriores não poderá,em qualquer caso, ser inferior ao total dasvantagens concedidas mensalmente, até esta data, aos servidores beneficiados por esta lei, e em cujo gozo se encontrem.
'( Art. 5.° Somente na proporção em quelforem sendo absorvidas, as diárias eonce,didas por esta lei serão incorporadas aos.proventos da inatividade.
Art. 6.° Para efeito do cálculo das diárias a que se referem os arts. 1.0 e 2.°, osvencimentos são os fixados pela Lei n. O
3.414, de 20 de junho de 1958, acrescidosdos abonos de que tratam o art. 2.° letra n,da Lei n,v 3.531, de 1959, e art. 93 da Lei n.o3.780, de 12 de julho de 1960, e os arts. 6.0 e7.° da Lei n.O 3.826, de 23 de novembro ele1960, excluídas as gratificações Ou acrésci-mos. .
Art. 7.° 'Suspender-se-á o pagamento dadiária ao beneficiado pela presente lei quese afastar temporariamente, mesmo licenciado, do exercleío de suas funções em Brasíüa, salvo nas hipóteses previstas nos itensI, II e III do art 88 da Lei IÍ,o 1.711, de 28de outubro de 1952.
Art. 8.° Perderá igualmente direito aopagamento da diária o beneficiado pelapresente lei que for removido ou passar ater exercicio fora de Brasília.
Art. 9.° Os Ministros do Superior Tribunal Militar e do Tribunal Superior do Trabalho, desde que as referidas Cortes setransfiram para Brasílía, e a partir da instalação de seus trabalhos na nova Capitalda República, perceberão as diárias referidas no art. 1.° da presente lei.
Parágrafo único. Por igual os Procuradores-Gerais da Justiça Militar e da Justiçado Trabalho e os demais representantes doMinistério Público das referidas Justicasque, por força de lei devam servir junto 'àsrespectivas Procuradorias-Gerais, perceberão as diárias referidas no art. 2.° desta lei.
Art. 10. Aos Membros do Tribunal deJustiça e da Justiça de la. Instância do Distrito Federal e ao Juíz-Presídente da Juntade Conciliação e Julgamento de Brasílía fica assegurada a percepção da diária preVista no artigo 1.0 desta lei.
Parágrafo único. Por igual fica assegurada ao Procurador-Geral da Justica e demais Membros do Ministério Público do Distrito Federal,.a percepção da diária prevista no art. 2.0 da presente lei.
Art. 11. As disposíções, efeitos e beneficios previstos nos artigos anteriores não seestenderão:
a) aos inativos (Lei n,O 2.622, de 18 deoutubro de 1955);
b) aos Marechais (Lei n.O 1.488, de 20 dedezembro de 1951);
e) aos Membros do Conselho Nacional deEconomia (Lei n.o 2.696, de 14 de dezembrode 1955), enquanto não passarem a ter efetivo exereíeto em Brasília;
d) aos Magistrados, Membros do Ministério Público, Procuradores da Fazenda Nacional e Procuradores de Autarquias quenão estejam em efetivo exercício na atualCapital da República;
e) aos Juízes e Procuradores do TribunalMarítimo ou a outros quaisquer servidoresequiparados, para efeitos de vencimentos,a Membros do Poder Judiciário ou do Ministério Público, quer da União, quer daJustiça do Distrito Federal, salvo se estiverem em efetivo exercíeío em Brasília.
Art. 12. A gratificação mensal de representação devida aos Presidentes dos órgãosdo Poder Judiciário e aos Membros do Ministério Público, em efetivo exercício emBrasília, será:
I) Presidente do Supremo Tribunal Federal Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros);
rn Procurador-Geral da República Cr$40.000,00 (quarenta mil cruzeiros);
!IIJ Presidente do Tribunal Federal deRecursOll, do TI1o_ ~..c'pntas da. TJwáoA
do Tribunal Superior Eleitoral, 1.0 Subpro.curador da República, Procurador-Geral doTribunal de Contas da União e Presidentedo Tribunal do Distrito Federal e Procurador-Geral da mesma Justiça, Cr$ 20.000,00<vinte mil cruzeiros);
IV) Presidente do Tribunal do Júri doDistrito Federal, Cr$ 6.000,00 (seis mil cruzeiros).
Parágrafo único. Os Presidentes do Superior Tribunal Militar e do Tribunal Superior do Trabalho o Procurador-Geral daJustiça do Trabalho e Procurador-Geral daJustiça Militar terão direito à gratificaçãomensal de representação, no valor de Cr$20.000,00 (vinte mil cruzeiros) desde que asreferidas Cortes se transfiram para Brasíliae a partir da efetiva instalação de seustrabalhos na Capital da República.
Art. 13. Vetado.Art. 14. Aos Membros do Tribunal Su
perior Eleitoral escolhidos dentre os juristas, quando exerçam função pública, seráassegurada a percepção de diárias, sob omesmo critério adotado relativamente aosMagistrados integrantes desse Tribunal.
Parágrafo único. Quando a escolha recair em jurista que não exerça função pública, ser-lhe-á atríbuído diária igual à.mais elevada que vier a receber, nos termosdesta lei, o Membro do Tribunal que exercer função pública.
Art. 15. É o Poder Executivo autorizadoa abrir ao Ministério da Justiça e NegóciosInteriores o crédito especial até o limite deCr$ 250.000.000,00 (duzentos e cinqüentamilhões de cruzeiros) para atender, no corrente exercício, às despesas decorrentes desta lei.
Art. 16. Ficam aprovadas as diárias eajudas de custo concedidas até esta data,a qualquer titulo, aos beneficiados pelapresente lei, em razão da transferência daCapital da União para o Planalto Centraldo Pais.
Art. 17. A presente lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.
Brasília, em 20 de dezembro de 1961; 140.0da Independência e 73.0 da República.JOÃO GOULART - Tancredo Neves - Alfredo Nasser - Angelo Nolasco - João deSegadas Viana - San Tiago Dantas - Walther Moreira SaIles - Virgílio Távora Armando Monteiro - Antonio de OliveiraBrito - A. Franco Montaro -. Clóvis M.Travassos - Souto Maior - Ulysses Guimarães - Gabriel de R. Passos.
LEI NP 4.345DE 26 DE JUNHO DE 1964
Institui novos valores de vencimentos para os servidores públicos civis doPoder Executivo e dá outras providên-cias. "
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Art. 10. A gratificação adicional a quese refere o artigo 146 da Lei n.v 1. 711, de28 de outubro de 1952, passará a ser concedida, na base de 5% (cinco por cento), porqüinqüênio de efetivo exercícío, até 7 (sete),qüinqüênios.
§ I." A gratificação qüinqüenal será calculada sôbre o vencimento do cargo efetivo estabelecido nesta Lei, bem como sôbreo valor do vencimento que tenha ou venhaa ter o funcionário beneficiado pelo que estabelece a Lei n.o 1. 741, de 22 de novembrode 1952, ou pelo que dispõe o art. 7.° da Lein. O 2,188, de 3 de março de 1954.
§ 2.0 O tempo de. serviço píÍblico prestado anteriormente a esta Lei será compujado para efeito de aplicação deste artigo.
9132 Quinta-feira 22 DIAnlO DO CONGRESSO NACIONAL (S"êÇio D. .Novembro de 19'13
não dando direito, entretanto, à percepçãode atrasados.
§ 3.° O período de serviço público, apurado na forma da legislação vigente, queexceder ao qüinqüênio ou qüinqüênios devidos, será considerado para integralizaçãode novo qüinqüênio.
§ 4.° O direito à gratificação instituídaneste artigo começa no dia imediato àqueleem que o servidor completar o qüinqüênio,observado o disposto no parágrafo segundodêste artigo.
§ 5.0 Sôbre a gratificação de tempo deserviço, de que trata êste artigo, não poderão incidir quaisquer vantagens pecuniárias..............................................
LEI N.o 5.645DE 10 DE DEZEMBRO DE 1970
Estabelece diretrizes para a classificação de cargos do Serviço Civil daUnião e das autarquias federais, e dáoutras providências.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1.0 A classificação de cargos do Servíeo Civil da União e das autarquias federais obedecerá às diretrizes estabelecidasna presente lei.
Art. 2.° Os cargos serão classificados como de provimento em comissão e de. provimento efetivo, enquadrando-se, bàsícamente, nos seguintes Grupos:
De Provimento em ComissãoI - Direção e Assessoramento Superiores.
De Provimento EfetivoII - Pesquisa Científica e TecnológicalU - DiplomaciaIV - MagistérioV - Policia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fiscali-
zaçãoVII - ArtesanatoVIII - Serviços AuxiliaresIX - Outras atividades de nível superiorX - outras atividades de nivel médio.
Art. 3.° Segundo a correlação e afinida-de, a natureza dos trabalhos ou o nível deconhecimentos aplicados, cada Grupo,abrangendo várias atividades, compreenderá:1- Direcão e Assessoramento Superiores:
os cargos de direção e assessoramento superiores da administração cujo provimentodeva ser regido pelo critério da confiança,segundo Iôr estabelecido em regulamento.
I! - Pesquisa Científica e Tecnológica:0,9 cargos com atribuições, exclusivas oucomprovadamente principais, de pesquisacientífica, pura ou aplicada, para cujo provimento se exija diploma de curso superior de ensino ou habilitação legal equivalente e não estejam abrangidos pela legíslação do Magistério Superior.
III - Diplomacia: os cargos que se destinam a representação diplomática.
IV - Magistério: os cargos com atividades de magistério de todos os níveis de ensino.
V - Polícia Federal: os cargos com atribuições de natureza policial.
VI - Tributação, Arrecadação e Fiscalização: os cargos com atividades de tnbu-
taçáo, arrecadação e fiscalização tributosfederais.
VII - Artesanato: os cargos de atividades de natureza permanente, principais ouauxiliares, relacionadas com os serviços deartífice em suas várias modalidades.
VIII - Serviços Auxiliares: os cargos deatividades administrativas em geral, quando não de nível superior.
IX - outras atividades de nível superior:os demais cargos para cujo provimento seexija diploma de curso superior de ensinoou habilitação legal equivalente.
X - Outras atividades de nivelmédio: osdemais cargos para cujo provimento se exija diploma ou certificado de conclusão decurso de grau médio ou habilitação equivalente.
Parágrafo único. As atividades relacionadas com transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, limpeza e outras assemelhadas serão, de preferência, objeto de execução indireta, mediante contrato, de acordo com o artigo !C, § 7.0, do Decreto-lei número 200, de 25 de fevereiro de1967.
Art. 4.° Outros Grupos, com características próprias, diferenciados dos relacionados no artigo anterior, poderão ser estabeiecidos ou desmembrados daqueles, se o justificarem as necessidades da Administraçáo,mediante ato do Poder Executivo.
Art. 5.0 Cada Grupo terá sua própriaescala de nível, a ser aprovada pelo Poder Executivo, atendendo, primordialmente, aos seguintes fatôres:
I - Importância da atividade para o desenvolvimento nacional.
II - Complexidade e responsabilidade dasatribuições exercidas; e
III - Qualificações requeridas para o desempenho das atribuições.
Parágrafo único. Não haverá correspondência entre os níveis dos diversos Grupos,para nenhum efeito.
Art. 6.° A ascensão f! a progressão funcionais obedecerão a critérios seletivos, • serem estabelecidos pelo Poder Executivo, associados a um sistema de treinamento cqualificação destinado a assegurar a permanente atualização e elevação do nível deeficíência do funcionalismo.
Art. 7.° O Poder Executivo elaborará eexpedirá o novo Plano de Classificação deCargos, total ou parcialmente, mediante deerêto, observadas as disposições desta lei.
Art. 8.0 A implantação do Plano será feita por órgãos, atendida uma escala de prioridade na qual se levará em conta preponderantemente:
I - a implantação prévia da reforma administrativa, com base no Decreto-lei número 200, de 25 de fevereiro de 1967;
II - o estudo quantitativo e qualitativoda lotação dos órgãos, tendo em vista a nova estrutura e atribuições decorrentes daprovidência mencionada no ítem anterior;e
UI - a existência de recursos orçamentários para fazer face às respectivas despesas.
Art. 9.° A transposição ou transformação dos cargos, em decorrência da sistemática prevista nesta lei, processar-se-á gradativamente considerando-se as necessidades e conveniências da Administração e,quando ocupados, segundo critêrios seletivosa serem estabelecidos para os cargos integrantes de cada Grupo, inclusive através detreinamento intensivo e obrigatório.
'S.
Art. 10. O órgão central do Sistema dePessoal expedirá as normas e instruçõesnecessárias e coordenará a execução do novo Plano, a ser proposta pelos Ministérios,órgãos integrantes da Presidência da República e autarquias, dentro das respectivasjurisdições, para aprovação mediante de ...ereto.
§ 1.0 O órgão central do Sistema dePessoal promoverá as medidas necessáriaspara que o plano seja mantido permanentemente atualizado.
§ 2.0 Para a correta e uniforme implantação do Plano, o órgão central do ststema de Pessoal promoverá gradativa e obrigatoriamente o treínamento de todos osservidores que participarem da tarefa, segundo programàs a serem estabelecidos comque êsse objetivo.
Art. 11. Para assegurar a uniformidadede orientação dos trabalhos de colaboraçãoe execução do Plano de Classificação deCargos, haverá, em cada Ministério, órgãointegrante da Presidência da República ouautarquia, uma Equipe Técnica de alto nível, sob a presidência do dirigente do órgãode pessoal respectivo, com a incumbênciade:
I - determinar quais OS Grupos ou respectivos cargos a serem abrangidos pelaescala de prioridade a que se refere o artigo 8.0 desta lei;
Ir - orientar e supervisionar os levantamentos, bem como realizar os estudos e análises indispensáveis à inclusão dos cargosno nõvo Plano; e
III - manter com o órgão central doSistema de Pessoal os contactos necessáriospara correta elaboração e implantação doPlano.
Parágrafo único. Os membros das Equipes de que trata êste arbígo serão designados pelos Ministros de Estado, dirigentes deórgãos integrantes da Presidência da República ou de autarquia, devendo a escolharecair em servidores que, pela sua autoridade administrativa e capacidade técnica,estejam em condições de exprimir os objetivos do Ministério, do órgão integrante daPresidência da República ou da autarquia.
Art. 12. O nôvo Plano de Classificaçãode Cargos a ser instituido em aberto deacôrdo com as diretrizes expressas nestalei, estabelecerá, par cada Ministério, ór-
_gão integrante da Presidência da República ou autarquia, um número de cargos inferior, em relação a cada grupo, aos atualmente existentes.
Parágrafo único. A não observância dada norma contida neste artigo somente será permitida:
a) mediante redução equivalente em outro grupo, de modo a não haver aumentode despesas; ou
b) em casos excepcionais, devidamentejustificados perante o órgão central do Sistema de Pessoal, se inviável a providênciaindicada na alínea anterior.
Art. 13. Observado o disposto na SeçãoVIII da Constituição e em particular, no seuartigo 97, as formas de provlmento de cargos, no Plane de Classificação decorrentedesta lei, serão estabelecidas e disciplinadas mediante normas regulamentares especificas, não se lhes aplicando as disposições, a respeito, contidas no Estatuto dosFuncionários Públicos Civis da União.
Art. 14. O atual Plano do Classificaçãode Cargos do Serviço Civil do Poder Executivo, a que se refere a Lei número 3.780, de12 de julho de 1960 e legislação posterior, é
considerado extinto, observadas as disposições desta lei.
~ove~bro de 1973 DtARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se(lão J)'
Parágrafo único. A medida que tôr sendo implantado o nôvo Plano, os cargos remanescentes de cada categoria, classificados conforme o sistema de que trata êsteartigo, passarão a integrar Quadros Suplementares e, sem prejuizo das promoções eacesso que couberem, serão suprimidos,quando vagarem.
Art. 15. Para efeito do disposto no Artigo 108, § 1.0, da Constituição, as diretrizesestabelecidas nesta lei, inclusive o dispostono artigo 14 e seu parágrafo único, se aplicarão à classificação dos cargos dos PoderLegislativo, do .fode. Judiciário, do Tribunais de Contas da União e do Distrito Federal, bem como à clasatücacâo dos cargosdos Territórios e do Distrito Federal.
Art. 16. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
-, Brasília, 10 de dezembro de 1970; 149.0 daIndependência e 82.0 da República. - EMíLIO G. MÉDICI - A1fredo Buzaid - Adalberto de Barros Nunes - Orlando Geisel _Mário Gibson Barboza - Antônio DelfimNetto - Mário David Andreazza - L. F.Cirne Lima - Jarbas G. Passarinho _ Júlio Barata - ~Iárcio de Souza e Mello F. Rocha Lagôa - Marcus Vinicius Prattui de Moraes - Antônio Dias Leite Júníor- João Paulo dos Reis Vel1oso- José CostaCavalcanti - Hygi.no C. Corsetti.
MENSAGEM N.O 416
DE 1973, DO PODER EXECUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
"Nos termos do artigo 51 da Constituiçãotenho_ a honra de submeter à elevada deli~beração de Vossas Excelências, acompanhado de Mensagem do Senhor Ministro-Presidente do Tribunal Federal de Recursos oanexo projeto de lei que "fixa os valoresdgs níveís de vencimentos do Grupo-Dire!f~0 e Assessoramento Superiores - do Quadro Permanente da Secretaria do TribunalF,ederal de Recursos e do Conselho da JustIça Federal, e dá outras providências".
,Brasília, em 19 de novembro de 1973. _Emílio G. Médici.
MENSAGEM N.o 1.173, DE 13 DE NOVÉM-BRO DE 1973, DO TRIBUNAL FEDERAL
'DE RECURSOS.
,A Sua Excelência o Excelentíssimo Senhor,General-de-Exército Emílio GarrastazuMédici
·-Dlgníssímo Presidente da República"Excelentissimo Senhor Presidente da Re
pública
· Tenho a honra de encaminhar à elevadaapreciação de Vossa Excelência, em conformidade com o disposto no artigo 115, inciso11, da Constituição, o projeto de lei que fixaos valores dos níveis de vencimentos doGrupo-Direção e Assessoramento Superiores,do Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal de Recursos e do Conselhoda Justiça Federal.
·Na elaboração do projeto, previamenteexammado pelo Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DA8P), foram xígorosamente observadas as diretrizes de quetrata a Lei n.o 5.645, de 10 de dezembro de1970, e atendidas as exigências da paridadede vencimentos nos órgãos dos Três Poderesda União, em cumprimento aos artigos 98e 108, § 1.°, da Constituição e da Lei Complementar n.O 10, de 6 de maio de 1971.
Os cargos de Assessor Judiciário, de cujacriação se cogita no artigo 6.0 do projeto,em número de 13 (treze), correspondem areal necessidade desta Corte, que assim po-
derá dispor, com certa flexibilidade, paraeste tipo de auxílio aos órgãos de direção.
O projeto cuja conversão em lei ora sepretende, tem em Vista a implantação, noâmbito do Tribunal Federal de Recursos edo Conselho da Justiça Federal, do novoPlano de Classificação de Cargos instituídopela Lei n.O 5.645/70, de acordo com a escala de prioridade referida em seu artigo 8.0 ,
caput.
O custeio do projeto deverá ser atendidopelos recursos a esse fim destinados, sendoabsorvidas, pelos novos valores de vencimentos, todas as vantagens e retribuiçõespercebidas, a qualquer titulo, pelos ocupantes dos cargos a serem transformados outranspostos, ressalvados, apenas, o saláriofamília e a gratificação adicional por tempode serviço.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de meu maiselevado apreço. - Ministro Márcio Bibeiro,Presidente.
or. n. o 567-SAP/73.Em 19 de novembro de 1973
A Sua Excelência o senno».Deputado Dayl de AlmeidaM.M. Primeiro-Secretário da C.âmara dosDeputadosBrasília-DF.
Excelentissimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentissimo Senhor Presidente da República, acompanhada de Mensagem do Senhor Ministro-Presidente do Tribunal Federal de Recursos,relativa a projeto de lei que "fixa os valores dos niveis de vencimentos do GrupoDireção e Assessoramento Superiores - doQuadro Permanente da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho daJustiça Federal, e dá outras providências".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para os Assuntosdo Gabinete Civil.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
I e II - Relatório e Voto do Relator
Com fundamento no art. 115, inciso II,da Emenda Constitucional n.o 1, de 17 deoutubro de 1969, o Poder Executivo encamínhou à apreciação do Congresso o presente projeta de lei que visa fixar os valores dos níveis de vencimentos do GrupoDireção e Assessoramento Superiores dasSecretarias do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal.
De acordo com a exposição de motivosconstante de expediente enviado ao Presidente da República foram observadas asdíretrizes de que trata a Lei n.o 5.645, de10 de dezembro de 1970, dentro dos critériosde paridade de vencimento estabelecidos naConstituição (artigos 98 e 108) e na LeiComplementar n.> 10 de 6 de maio de 1971.
Na proposição são criados 13 cargos, deacordo com a real necessidade daquela Corte e está estabelecido que "o custeio do projeto deverá ser atendido pelos recursos aesse fim destinados, sendo absorvidas, pelos novos valores de vencimentos, todas asvantagens e retribuições percebidas, a qualquer título, pelos ocupantes dos cargos aserem transformados ou transportas".
O mérito do projeto será examinado pelas Comissões de Serviço Público e de FInanças.
Não existem objeções quanto aos asneetos constitucional, jurídico e de técnica le..gislativa.
Pela constitucionalidade e juridicidade ê'o nosso parecer.
Sala da Comissão, em 21 de novembrode 1973. - Luiz Braz, Relator.
lU - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em21-11-73, opinou, unanimemente pela constitucionalidade, [urldícldade e técnica legislativa do Projeto n.? 1.681/73, nos termosdo parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Ferreira do Amaral - Vice-Presidente noexercíclo da Presidência, Luiz Braz - Relator, Alceu Co1lares, Alfeu Gasparínl, Arlindo Kunzler, Célio Borja, Cláudio Leite,11:1cio Alvares, Hamilton Xavier, Hildebrando Guimarães, Jairo Magalhães, José Sal1y,Lisâneas Maciel, Osnelli Martinelli e Ruydalmeída Barbosa.
Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presidente, no exercício da Presidência. - Luiz Braz,Relator.
PARECER DA COMISSÃODE SERVIÇO PÚBLICO
I - RelatórioEmbora seja, espectücamente. um proje
to que objetiva fixar os valores dos níveisde vencimentos, é um projeto que cria cargos, conforme se depreende do art. 6.°, oque não é, aliás, de boa técnica Ieglslatíva--
Mas não é a primeira vez que assim procede o DASP.
Neste projeta, são criados no TribunalFederal de Recursos, 13 cargos em Comissão de Assessor Judiciário.
As dístorções são de tal ordem que o problema dos aposentados vem sendo tratadocom a maior displicência ou Insegurancapelos redatores dos projetos que são encaminhados pelo Executivo ao Congresso.
A Comissão de Serviço Público tem procurado corrigir as ~iversas proposituras 011melhorar sua redação, porém as emendassão quase sempre rejeitadas em plenárioem razão da interferência daquele órgãodisciplinador do serviço público que, assim,de uma maneira quase geral. sobrepõe-seaos organismos técnicos das duas Casas doCongresso.
É certo que, algum tempo depois, o próprio DASP reconhece o erro ou a falha dapropositura anterior, como já o fez, através de proj eto que concede gratificação aosservidores de assessoramento e direcão intermediárias, quando havia esquecido essesservidores na ocasião em que contemplouos cargos de direção e assessoramento.
Outro exemplo é o relativo aos aposentados, omitidos de todos os projetos encaminhados ao Congresso, com a recusa dasemendas que a Comissão de servíço Público vinha, seguidamente propondo, a fim deimpedir a consumação da injustiça.
Nos últimos projetos, no entanto, asemendas que vinham sendo apresentadase recusadas, passaram a integrar as proposituras, como ocorreu com o projeto relativo aos servidores da Secretaria do Supremo Tribunal Federal e como ocorre comum outro projeta que hoje esta Comissãoexamina - o de n.o 1. 680/73 - no qualo texto insere o artigo 6.0 e parágrafos,exatamente sobre a situação dos inativos.
9134 Quinta.feira 22
Assim, propomos que no presente sejaacrescentado um artigo com os respectivosparágrafos que é cópia de projeto da mesma natureza que ora examinamos, assimredigido:
"Art. Os inativos farão jus à re-visão de proventos com base nos valores de vencimentos fixados no Plano deRetribuição para os cargos correspondentes àqueles em que se tenham aposentado, de acordo com o disposto noartigo 10 do Decreto-lei n.? 1.256, de26 de janeiro de 1973.
§ 1.0 Para efeito da disposta. nesteartigo, será considerada o cargo quetenha servido de base de cálculo paraos proventos à data da aposentadoria,incidindo a revisão somente sobre aparte do provento correspondente aovencimento básico, aplicando-se as normas contidas nas artigos 2.0 , 3.0 e 4.0desta lei.
§ 2.0 O vencimento que servirá debase à revisão do provento será o fixado para a classe da Categoria Funcional para a qual tiver sido transpostoo cargo de denominação e símboloiguais ou equivalentes aos daqueles emque se aposentou o funcionário.
§ 3.0 O reajustamento previsto neste artigo será devido a partir da publicação do ato de transposição de cargospara a Categoria Funcional respectiva.
Vale a pena, no entanto, observar quemesmo esse artigo não resolve a situaçãode todos os aposentados possibilitando interpretações equívocas como se verifica dasseguintes observações que tomamos emprestadas ao articulista de Ultima Hora, daGuanabara.
Um dos aspectos mais importantesda argumentação apresentada no memorial enviado ao Presidente da República pelo funcionalismo inativo, através do Centro dos Aposentados Federais, é a que se baseia em diversosartigos da Constituição de 17 de outubro de 1969, em relação ao regime [urídíco dos servidores e a organizaçãodo planejamento da atribuição de vencimentos. Enquanto o DASP declaraque a situação dos inativos é regula,mentada apenas pelo Decreto-lei n.o1.256, de 26 de janeiro de 1973, os aposentados argumentam que a execuçãodas determinações do Decreto, tambémem relação aOS vencimentos, cabe aoDASP.
De acordo com a terceira base de argumentação:
"Art. 10. Os servidores aposentadosque satisfaçam as condições estabelecidas, para transposição de cargos, nodecreto de estruturação do Grupo respectivo, previsto na Lei número 5.645,de 10 de dezembro de 1970, farão jusà revisão de proventos, com base nosvalores de vencimento fixados no correspondente Plano de Retribuição. Parágrafo 1.0 - Para efeito do dispostoneste artigo, será considerado o cargoefetivo ocupado pelo funcionário à data da aposentadoria, incidindo a revisão somente sobre a parte do proventocorrespondente ao vencimento básico".
O memorial alega que essa "matériaé de aplicação prática sujeita a dúvidas de interpretação, dos textos legaisque a disciplinam, pela dificuldade deuma perfeita equiparação, por vezes,entre as atribuições de alguns cargos,antes ocupados, respectivamente, porservidores ora já aposentados e, daqui
DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
por diante modificados ou transformados, pelo novo plano de classificação,no que diz respeito à discriminaçãonormativo-funcional ou de atribuiçõesprópria de cada um deles".
"Prevendo tais dificuldades, sabiamente o legislador, no artigo 11 do Decreto-lei em' causa, consequentemcnte,condicionou a aplicação mediata dasrecomendações do referido artigo 10 aum prévio processo de análise hermenêutica dos textos que o integram, emcorrelação, harmônica e lógica, com asdisposições de outras leis, também vigentes, que dizem respeito aos termosjurídico-administrativos em questão,quando assim se expressou:
"Art. 11. O órgão Central de PessoalCivil, da Administração Federal, elaborará as tabelas de valores, símbolos,vencimentos e gratificações, resultantes da aplicação deste Decreto-lei, bemcomo firmará a orientação normativaque se fizer necessária à sua execução."
II - Voto do RelatorCom essas observações e tendo em vista
a urgência com que a propositura deva serapreciada, sob pena de não alcançar o presente período legislativo, e mesmo, a impossibilidade de outras correções pelos motivoa expostos, oferecemos parecer favorállel.
Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Freitas Nobre, Relator.
lU - Parecer da Comissão
A Comissão de Serviço Público, em reunião extraordinária, realizada em 20 de novembro de 1973, aprovou, por unanimidade,o parecer do Relator, Senhor DeputadoFreitas Nobre, favorável ao Projeto número 1.681/73, com Emenda. Compareceramos Senhores Deputados Bezerra de Norões- Vice-Presidente, no exercício da Presidência, Freitas Nobre - Relator Agostinho Rodrigues, Elias Carmo, Lauro Rodrigues, Grimaldi Ribeiro, Getúlio Dias, JoséFreire, Paulo Ferraz, Hugo Aguiar, MarcosFreire e Magalhães Melo.
Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Bezerra de Norões, Vic~ ':'_esl r1L'nte,
no exercício da Presidência. - Freitas Nobre, Relator.
Emenda adotada pela Comissão
Acrescente-se um artigo e respectivos pa-rágrafos:
Art. . .• - Os inativos farão jus à revisão de proventos com base nos valores de vencimentos fixados no Planode Retribuição para os cargos correspondentes àqueles em que se tenhamaposentado, de acordo com o dispostono artigo 10 do Decreto-lei n.? 1.256,de 26 de janeiro de 1973.
§ 1.0 - Para efeito do disposto nesteartigo, será considerado o cargo quetenha servido de base de cálculo paraos proventos à data da aposentadoria,incidindo a revisão somente sobre aparte do provento correspondente aovencimento básico, aplicando-se as noz,mas contidas nos artigos 2.0, 3.0 e 4.0
desta lei. .
§ 2.0 - O vencimento que servirá debase à revisão do provento será o fixado para a classe da Categoria Funcional para qual tiver sido transpostoo cargo de denominacão e símboloiguais ou equivalentes aos daqueles emque se aposentou o funcionário.§ 3.0 - O reajustamento previsto nesteartigo será devido a partir da publicação do ato de transposição de cargospara a Categoria Funcional respectiva.
Novembro de 1973
Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Bezerra de Norões, Vice-Presidenteem exercício da Presidência. - Freitas No':bre, Relator.
PARECER DA COMISSãO DE FINANÇASI - Relatório
Através da Mensagem n.o 416/73 o Senhor Presidente da República encafninhouà consideração do Congresso Nacional nostermos do art. 51 da Lei Maior o pre~enteprojeto de ]:1,i que "fixa os valorés dos níveisde vencimentos do Grupo - Direção e Assessoramento Superiores do Quadro Per,manente da Secretaria do Tribunal Federalde Recursos e do Conselho de Justiça Fe-deral". .
Esclarece a Exposição de Motivos do Senhor Ministro Márcio Ribeiro Presidentedo Tribunal Federal de Recursos, que
"na elaboração do projeto, previamenteexaminados pelo Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) foram rigorosamente observadas as' diretrizes de que trata a Lei n.o 5.645,de 10 de dezembro de 1970, e atendidasas exigências da paridade de vencimentes nos órgãos dos três Poderes daUnião, em cumprimento aos artigos 98e 108, S 1.0 , da Constituicão e da LeiComplementar n.O io, de fi de maio de1971.........................................O projeto cuja conversão em lei ora sepretende, tem em vista a implantaçãono âmbito do Tribunal Federal de Re~cursos e do Conselho da Justiça Federal, do novo Plano de Classificacãode Cargos instituído pela Lei n.o •..••5.645/70, de acordo com a escala deprioridade referida em seu artigo 8.0caput. '
Nos termos do disposto no artigo 28, § 7.°,d? ,,:igente Regím~ntQ Interno, este órgãotéeníco deve manítestar.se sobre o méritoda proposição.
O projeto visa, primordialmente' a atender. à disposição constitucional quanto àparidade de vencimentos, disciplinada especialmente pela Lei n.o 5.645, de 10 dedezembro de 1970.
O custeio do projeto deverá ser atendidopelos recursos orçamentários próprios doTribunal Federal de Recursos bem comopor outros recursos a esse fim destinadosna forma da legislação pertinente. Serã~absorvidas, pelos novos valores de vencimentos, todas as vantagens e retríbuícõcspercebidas, a qualquer título, pelos ocupantes dos cargos a serem transformados outranspostos, ressalvados, apenas, o saláriofamília e a gratificação adicional por tempo de serviço.
A proposição em exame está conforme asdiret~izes. governamentaís no que dizemrespeíto a açao do Governo na administração de recursos humanos. Além disso, nãodestoa com o princípio de igualdade dossistemas de classificação e níveis de vencimentos dos funcionários cívís dos três Poderes da União.
II - Voto do RelatorFace às razões expostas, manífesto-me
favoravelmente às disposições do Projetode lei n.o 1.681, de 1973.
Sala das Reuniões, em 20 de novembrode 1973. - Norberto Scbmidt, Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua 5.a reu
nião extraordínárla do dia 20 de novembrode 1973, aprovou, por unanimidade, o Projeto n.O 1.681/73, do Poder Executivo, nostermos do parecer favorável do Relator,Deputado Norberto Schmidt.
Quinta.feira 22 9135DJARJO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)'Novembro de 1973~==""""""""""""'==""""""""============_!lO!lII!:::!""""""'_========-
Ir - Grupo-Artesanato
Art. 2.° Aos servidores do Quadro Permanente do Senado Federal, incluídos nosGrupos de que trata esta lei, aplicam-se asdisposições dos arts. 2.° e seus parágrafose 3.° e seu parágrafo único da Lei número5.903, de 9 de julho de 1973, estendendo-seaos inativos o preceituado no art. 4.° eseus parágrafos da mesma lei.
Art. 3.° Os vencimentos, fixados no artigo 1.0 desta lei, vigorarão a partir da data de publicação dos Atos de transposiçãode cargos para as Categorias funcionaiscorrespondentes.
Art. 4.° À medida em que forem sendoimplantados os Grupos a que se refere estalei e os criados e estruturados na forma da,Lei n.? 5,645, de 10 de dezembro de 1970,serão extintos os empregos regidos pela te-
Estiveram presentes os Senhores Deputados Jorge Vargas, Presidente; Ivo Bragae Ozires Pontes, Vice-Presidentes; HarrySauer, Arthur santos, Athíê Jorge Coury,Homero Santos, Norberto Schmidt, IldélioMartins, Tourinho Dantas, César Nascimento, Jairo Brum, Joel Ferreira, CarlosAlberto de Oliveira, João Castelo e OzanamCoelho.
Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Jorge Vargas, Presidente. - Norberto Schmidt, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 1.676-A, de 1973
(Do Senado Federal)Fixa os valores de vencimentos dos
cargos dos Grupos-Outras Atividades deNível Superior e Artesanato, do QuadroPermanente do Senado Federal, e dáoutras providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicídade eboa técnica legislativa; e, das Comissõesde Servíço Público e de Fínanças, pelaaprovação.
<PROJETO DE LEI N.o 1.676, DE 1973, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)
O Congresso Nacíonal decreta:
Art. 1.° Aos níveis de classificação doscargos de provimento efetivo, integrantesdos Grupos-Outras Atividades de Nível Superior e Artesanato, do Quadro Permanentedo Senado Federal, a que se refere a Lei n.?5.645, de 10 de dezembro de 1970, correspondem os seguintes vencimentos:
I - Grupo-Outras Atividades de NívelSuperior
Níveis
SF-NS-7SF-NS-6SF-NS-5SF-NS-4SF-NS-3SF-NS-2SF-NS-l
Níveis
SF-ART-5SF-ART-4
. SF-ART-3SF-ART-2SF-ART-l
Vencimentos Mensais(Cr$)
5.300,00.4.700,004.400,003.900,003.700,003.300,003.000,00
Vencimentos Mensais(Cr$)
2.000,001. 500,001.200,00
800,00500,00
gislação trabalhista a que sejam inerentestais atividades, mediante supressão, quandovagarem, ou transformação em cargos integrantes dos referidos Grupos, de acordocom os critérios estabelecidOS pelo PoderExecutivo.
Art. 5.° Observado o disposto nos artigos 8.°, inciso lII, e 12 da Lei n,o 5.645, de10 de dezembro de 1970, as despesas decorrentes da aplicação desta lei serão atendidas pelos recursos orçamentários própriosdo Senado Federal, bem assim por outrosrecursos a esse fim destinados, na forma dalegislação pertinente.
Art. 6.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 7.° Revogam-se as disposições emcontrário,
Senado Federal, em 12 de novembro de1973. -Antônio Carlos Konder Reis, 1.0 Vice-Presidente, no exercício da Presidência.
SINOPSE
PROJETO DE LEI DO SENADON.o 118, DE 1973
Fixa os valores de vencimentos doscargos dos Grupos-Outras Atividades deNível Superior e Artesanato, do QuadroPermanente do Senado Federal, e dáoutras providências.
Apresentado pela Comissão Diretora.
Lido no expediente da sessão de 22-10-73.Publicado no DCN de 23-10-73 (Seção Ir).Distribuído às Comissões de Constituicão eJustica e de Financas. Em 8-11-73 r; lidoe aprovado o Requertrnento n.? 245, de1973, de autoria do Senhor Senador VirgílioTávora, solicitando urgência especial parao Projeto. Em seguida, são lidos os seguintes Pareceres:
Parecer n.o 641, de 1973, da ComissãoConstituição e Justiça, relatado pelo 81'.Senador Carlos Lindenberg, pela Constitucionalidade e [urtdicídade do Projeto.(DCN de 9-11-73, Seção In.
Parecer n,? 642, de 1973, da Comissão deFinanças, relatado pelo Sr, Senador WilsonGoncalves, oferecendo a Emenda n.o l-CF.(DCN de 9-11-73, Seção Ir). Nesta mesmadata, é aprovado o Projeto, com a Emendan,o l-CF. À Comissão de redação, para redação final.
Ainda nesta data, é lido o seguinte Parecer:
Parecer n,v 643, de 1973, da Comissão deRedação, relatado pelo SI', Senador WilsonGoncalves, oferecendo a redação final.(DCN de 9-11-73, Seção lI) , Colocada emdiscussão a redacâo final, é a mesma aprovada. (DCN de 9-11-73, Seção In.
À Câmara dos Deputados com Ofício n.?379, de 12-11-1973.N.o 379
Em 12 de novembro de 1973
A Sua Excelência o Senhor Deputado Daylde Almeida.Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados.
Senhor Primeiro-Secretário,Tenho a honra de encaminhar a Vossa
Bxcelêneia, a fim de ser submeticlo à revisãoda Câmara dos Deputados, nos termos doart. 58. da Constituição Federal, o projetode lei do Senado n.? 118, de 1973. constantedo autógrafo junto, que "fixa os valores devencimentos dos cargos dos Grupos-OutrasAtividades de Nível Superior e Artesanato,do Quadro Permanente do Senado Fedel'al,e dá outras providências"...
Aproveito a oportunidade para renovar a.Vossa Excelência os protestos de minha.elevada estima e mais distinta consideração. - Ruy Santos.
PARECER DA COMISS.ií.ODE CONSTITUIÇ.ií.O E JUSTIÇA
I e II - Relatório e Voto do RelatorO Projeto n,o 1.676173, do Senado Fe
deral, recebeu parecer favorável das Comissões Técnicas do Senado e vem ao exame de Câmara dos Deputados.
Seu mérito pertence às Comissões de Serviço Público e Finanças.
No que compete a esta Comissão de Constituição e Justiça examinar - constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa- concluimos pela aprovação.
Sala da Comissão, 13 de novembro de1973. - Altair Chagas, Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em21-11-73, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto n.O 1.676173, nos termosdo parecer do Relator~
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Ferreira do Amaral - Vice-Presidente noexercício da Presidência, Altair Chagas _Relator, Alceu Collares, Antônio Mariz,Élcio Alvares, Hamilton Xavier, João Linhares, José Sal1y, Luiz Braz, LisãneasMaciel, Osnelli Martinelli, RuydalmeidaBarbosa e Túlio Vargas.
Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presidente, no exercício da Presidência - AltairChagas, Relator.
PARECER DA COMISS.ií.ODE SERVIÇO PÚBLICO
I - Relatório
Fixa a proposição, originária do SenadoFederal, os vencimentos dos níveis de elassífícacâo de cargos de provimento efetivo,integrantes dos Grupos "Outras Atividadesde Nível Superior e Artesanato", referidosna Lei n. O 5.645, de 10 de dezembro de1970, os quais vigorarão "a partir da datade publicação dos atos de transposição decargos para as Categorias runcíonaís correspondentes".
Prescreve, ainda, a extinção dos empregosregidos pela Consolidação das Leis do Trabalho a que sejam inerentes as atividadesdos Grupos previstos no projeto e os criados e estruturados na forma da Lei número 5.645, de 10 de dezembro de 1970, à medida em que forem sendo implantados, "mediante supressão, quando se vagarem, outransformação em cargos integrantes dosreferidos Grupos, de acordo com os critériosestabelecidos pelo Poder Executivo".
Determina, finalmente. que o atendimento dos encargos financeiros decorrentes dosvencimentos fixados se faça com recursos"orçamentários próprios do Senado Federal,bem assim por outros recursos a esse rímdestinados, na forma da legislação pertinente,
Recebeu a projetada' disciplinação legal,.no Senado Federal, pareceres favoráveis daComissão de Constituição e Justiça (n.v 641,de 1973) e da Comissão de Financas (n.?642, de 1973. com emenda), sendo 'sua redação final (Parecer n,O 643. de 1973) aprovada a 9 de novembro de 1973 e vindo aesta Câmara através do Oí'ícío n. O 379, de19 de novembro fluente.
J!; O relatório.
9136 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973
II - Grupo-Serviços Auxiliares
IV - Geupo-Artesanato
------------------
IH - Grupo-Serviços de Transporte Oficial e Portaria.
VencimentosMensais
Cr$
2.300,002.100.00"1.900,001.700,001.400.001.000,00
600,00,---------
Níveis
Níveis
TFR-NS-7TFR-NS-6TFR-NS-5TFR-NS-4TFR-NS-3TFR-NS-2TFR-NS-1
TFR-NM-7TFR-NM-6TFR-NM-5TFR-NM-4TFR-NM-3TF'R-NM-2TFR-NM-l
VI - Grupo-Outras Atividades de NivelMédio
V - Grupo-Outras Atividades de NívelSuperior
-------------_.- --
Art. 2.0 As diárias de que trata a Lei !li.o
4 019. de 20 de dezembro de 1961, e respectivas absorções, bem como a gratificação denível universitário, referentes aos cargosque integram os Grupos de que trata estaLei. ficarão absorvidas, em cada caso, pelosvencimentos fixados no artigo anterior. "
§ 1.0 A partir da vigência dos atos detransformação ou transposição de cargospara as Categorias Funcionais do novo sistema, cessará, para os respectivos ocupanteso pagamento das vantagens especificadasneste artigo.
§ 2.0 Aplica-se o disposto neste artigoaos funcionários do Quadro de Pessoal daSecretaria do Tribunal Federal de Recursos,à medida que os respectivos cargos foremtransformados ou transpostos para Categorias Funcionais integrantes dos demaisGrupos estruturados ou criados na forma daLei n.O 5.645, de 10 de dezembro de 1970.
Art. 3.0 A gratificação adicional portempo de serviço dos funcionários do Quadro Permanente da Secretaria do TribunalFederal de Recursos, que forem incluídosnos Grupos de que trata esta Lei e nosdemais estruturados ou criados na formada Lei n.° 5.645, de 10 de dezembro de 1970,será calculada de acordo com o dispostono artigo 10 da Lei 11.0 4.345, de 26 de junho de 1964.
Art. 4.° Aos atuais funcionários que, emdecorrência desta Lei, passarem a perceber, mensalmente.iretríbulção total interiorà que vinham auferindo de acordo com alegislação anterior, será assegurada a diferença, como vantagem pessoal, nominalmente identificável, na forma do dispostono artigo 4.0 e respectivos parágrafos daLei Complementar n.o 10, de 6 de maio de1971.
Art. 5.° As funções integrantes do Grupo-Direção e Assistência Intermediária, necessárias aos serviços da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos, serão criadaspelo Tribunal, na forma do artigo 5.° daLei Complementar n.? 10, de 6 de maio de1971, adotados os princípios de classificação e níveis de valores vigorantes no PoderExecutivo.
Art. 6.° Os inativos farão jus à revisãode proventos com base nos valores de vencimentos fixados no Plano de Retribuicãopara os cargos correspondentes àqueles em
VencimentosMensais
Cr$------------5.300,004.700,004.400,003.900.00 '3.700,003.300,003.000,00
----------
2.300,001.900,001. 500.001.000.00
900.00600,00
5.200.004.600,003.900.002.800,002.400.002.000,001. 500,001.300,00
2.000,001.500,001.200,00
300,00500,00
VencimentosR-Iensais
o-s
VencimentosMensais
Cr$
VencimentosMensais
Cr$~--------
1.200,001.000,00
900,00700.00500,00
VencimentosMensais
c-s-----------Níveis
TFR-ART-5TFR-ART-4TFR-ART-3TFR-ART-2TFR-ART-1
Níveis
Níveis
Níveis
TFR-AJ-STFR-AJ-7TFR-AJ-6TFR-AJ-5TFR-AJ-4TFR-AJ-3TFR-AJ-2TFR-AJ-l
TFR-SA-6 .TFR-SA-5 ......•.........TFR-SA-4 ........•......•TFR-SA··3 '" .TFR-SA-2 .TFR-SA-1 .
TFR-TP-5 .TFR-TP-4 " , .TFR-TP-3 .TFR-TP-2 .TFR-TP-1 .
PROJETO DE LEIN.o 1.680-A, de 1973
(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 415/73
Fixa os valores de ;encimelltos dóscargos dos Grupos-Atividades de ApoioJudiciário, Serviço Auxiliares, Serviço deTransporte Oficial e Podaria, Artesanato, Outras Atividades de Nível Superim' e Outras Atividades de Nível Médiodo Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal lle Recursos e do Consenio ua .rusttca Feaeral, e dã outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstttuelonalídade, juridicidade e boatécnica legislativa; e, das Comissões deServiço Público e de Finanças, pelaaprovação.
(PROJETO DE LEI N.o 1 6S0. DE 1973. AQUE SE REFEREM OS PARECERES).
O Congresso Nacional decreta:Art. 1..0 Aos níveis de classificacão dos
cargos integrantes dos Grupos a que se refere esta Lei, do Quadro Permanente daSecretaria do Tribunal Federal de Recursos,criados e estruturados com fundamento naLei n. O 5.645. de 10 de dezembro de 1970.correspondern os seguintes vencimentos:
I - Grupo-Atividades de AI10io Judiciário
11 - Voto do Relator
Prescreve o § 1.0 do art. 103 da Lei Com-plementar n.? 10, de 6 de maio de 1971:
"Art. 103 .§ 1.0 Aplicam-se, no que couber, aosfuncionários do Poder Legislativo e doPoder Judiciário da União e dos Estados, e aos das Câmaras Municipais. ossistemas de classífícacâo e níveis devencimentos do reanectívo Poder Executivo."
Outra não é a finalidade da proposicãoque, por isso mesmo. corresponde aos interesses da administração de Pessoal do Senado Federal.
Votamos, conseqüentemente, pela aprovação do Projeto de Lei n.o 1. 676, de 1973.
Sala da Comissão, 19 de novembro de1973. - Bezerra de Norões, Relator.
lU - Parecer da Comissão
A Comissão de Serviço Público, em reunião extraordinária, realizada em 20 denovembro de 1973, aprovou. por unanimidade, o parecer do Relator, Senhor Deputado Bezerra de Norões, favorável ao Projeto n. O 1.676/73. Compareceram os Semhores Deputados Freitas Nobre - Presidente. Bezerra de Norões - Relator, Agostinho Rodrigues, Elias Carmo, Lauro Rodrigues, Grímaldi Ribeiro, Getúlio Dias, JoséFreire, Paulo Ferraz. Hugo Aguiar, MarcosFreire e Magalhães Melo.
Sala da Comissão. em 20 de novembro de1973. - Freitas Nobre, Presidente - Bezerrade Norões, Relator.
PARECER DA COMISSÃO DE FINANÇAS
I - Relatório
O Projeto de Lei n.O 1.676/73, ora submetido à nossa apreciação é oriundo doSenado Federal e fixa os valores de vencimentos dos cargos dos Grupos-Outras Atividades de Nivel Superior e Artesanato, doQuadro Permanente daquela Casa e dáoutras providências.
Anima-se a proposição no artigo 2.0 daLei Complementar n.O 10. de 6 de maio dc1971, que preceitua caber aos órgãos dosPoderes Legislativo e _Judiciário a elaboração dos projetos de classificação de cargosde sua administração, além dos planos deretribuição dos correspondentes Grupos, eestá de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Lei n.o 5.645. de 10 de dezembrode 1972. para a classificação de cargos doServiço Civil da União.
11 - Voto do Relator
Isto posto somos pela aprovação.
Sala da Comissão, em 13 de novembrode 1973. - Tourinho Dantas, Relator.
lU - Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua 4.a reunião extraordinária do dia 13 de novembrode 1973, aprovou, por unanimidade, o Pro3eto n. o 1.676, de 1973, do Senado Federal,nos termos do parecer favorável do Relator, Deputado Tourinho Dantas.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Jorge Vargas - presidente, Ivo Braga e Ozires Pontes - Vice-Presidentes. Tourinho Dantas. Harry Sauer, Homero Santos,João Castelo, ozonan Coelho, Manoel 'I'a;veira, César Nascimento, Victor Issler, AldoLupo, Athiê Coury, Norberto Schmidt, Carlos Alberto de Oliveira.
Sala da Comissão, em 13 de novembro de1973. - Jorge Val'gas, Presidente - Tourinho Dantas, Relator.
Novembro de 1973 DIARIO DO VONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 22 9137..que se tenham aposentado, de acordo como disposto no artigo 10 do Decreto-lei n. o1.256, de 26 de janeiro de 1973.
§ 1.0 Para o efeito do disposto neste artigo, será considerado o cargo que tenhaservido de base de cálculo para os proventos à data da aposentadoria, incidindo arevisão somente sobre a parte do proventocorrespondente ao vencimento básico, aplicando-se as normas contidas nos artigos2.°, 3.0 e 4.°, desta Lei.
§ 2.0 O vencimento que servirá de baseà revisão do provento será o fixado para aclasse da Categoria Funcional para a qualtiver sido transposto o cargo de dencrulnação e símbolo iguais ou equivalentes aosdaqueles em que se aposentou o funcionário.
§ 3.0 O reajustamento previsto neste artigo será devido a partir da publicação doato de transposição de cargos para a Categoria Funcional respectiva.
Art. 7.° Na implantação do Plano deClassificação de Cargos, poderá o TribunalFederal de Recursos, mediante ato da Presidência, transformar, em cargos, empregos, integrantes da Tabela de Pessoal Temporário da Secretaria, regidos pela legislação trabalhista, a qual será consideradaem extinção.
Parágrafo único. Poderão, igualmente,concorrer à transposição ou transformaçãodos respectivos cargos efetivos, no QuadroPermanente da Secretaria do Tribunal Federal de Recursos os funcionários de outrosórgãos da Administração 'Pública que seencontrem prestando serviços, na qualidade de requisitados, à referida Secretaria,desde que sejam concorrentes dos Gruposde que trata esta Lei, caso haja concordância do órgão de origem.
Art. 8.° Os vencimentos fixados no artigo 1.0 desta Lei vigorarão a partir da datados atos de inclusão de cargos no novo sistema, a que se refere o parágrafo 1.0 doartigo 2.°
Art. 9.° Observado o disposto nos artigos 8.°, item UI, e 12 da Lei n,? 5.645, de10 de dezembro de 1970, as despesas decor-
, rentes da aplicação desta Lei serão atendi-das pelos recursos orçamentários própriosdo Tribunal Federal de Recursos, bem assim'por outras dotações a esse fim destinadas,na forma da legislação pertinente.
Art. 10. Esta Lei enteará em vigor nadata de sua publicação.
.Art, 11. Revogam-se as disposições emcontrário.
Brasília, em de de 1973.
LEGI8LA.ÇÃO OITADA
LEI N.o 4.019.DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961
Oomplementa o artigo 6.0 da Emenda Constitucional n.? 3, e dá outrasprovidências.
O Presidente da Repú.blica:
. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1.0 Aos membros do Supremo TrIbunal Federal, do Tribunal Federal de Recursos, do Tribunal de Contas da União, aoProcurador, aos Auditores e aos Procuradores-Adjuntos do Tribunal de Contas daUnião é atribuída, pelo efetivo exercício emBrasi'lia, uma diária correspondente até..J./20 (um vinte avos) de seus vencimen~Q.Ii,"
Art. 2.° Aos funcionários públicos federais e autárquicos, pelo efetivo exercícioem Brasília é concedida uma diária na base de até 1/30 (um trinta avos) dos respectivos vencimentos.
parágrafo único. O Consultor-Geral daRepública, o Procurador-Geral da República. o 1.0 Subprocurador da República, osProcuradores da República lotados em Brasília, bem como os Consultores-Jurídicos eos demais membros do Serviço Jurídico daUnião que exerçam na atual Capital daRepública, em caráter permanente, as funções do seu cargo, também perceberão umadiária de até 1130 (um trinta avos) de seusvencimentos.
Art. 3.° No cálculo da remuneração dosProcuradores da República, lotados em Brasília, observar-se-á um limite de 95% (noventa e cinco por cento) sobre o vencimento do Procurador-Geral da República, previsto no parágrafo único do art. 5.0 da Lein.o 3.414, de 20 de junho de 1958, excluídas do referido cálculo as diárias e a gratificação mensal de representação de quetrata esta lei.
Art. 4.° As diárias referidas nos artigosanteriores irão sendo gradual e obrigatoriamente absorvidas, na razão de 30% (trinta por centol dos aumentos ou reajustamentos dos atuais vencimentos dos beneficiados por esta lei.
§ 1.0 Os funcionários públicos federais eautárquicos, que venham a ser transferidospara Brasília na vigência desta lei, não poderão, em qualquer hipótese, perceber diárias superiores à parcela ainda não absorvida, no momento, das diárias já concedidas aos funcionários de igual nível de vencimentos.
§ 2.° A soma mensal das diárias mencionadas nos artigos anteriores não poderá, em qualquer caso, ser inferior ao totaldas vantagens concedidas mensalmente, atéesta data, aos servidores beneficiados poresta lei, e em cujo gozo se encontrem.
Art. 5,° Somente na proporção em queforem sendo absorvidas, as diárias concedidas por esta lei serão incorporadas aosproventos da inatividade.
Art. 6.0 Para efeito do cálculo das diárias a que se referem os arts. 1.0 e 2.0 , osvencimentos são os fixados pela lei n.v 3.414,de 20 de junho de 1958, acrescidos dos abonos de que tratam o art. 2.° letra n, da Lein.v 3.531, de 1959, e art. 93 da Lei n.? 3.780,de 12 de julho de 1960, e os arts. 6.0 e 7.°da Lei n.v 3.826, de 23 de novembro de1960, excluídas as gratificações ou acréscimos.
Art. 7.0 Suspender-se-á o pagamento dadiária ao beneficiado pela presente lei quese afastar temporariamente, mesmo licenciado, do exercício de suas funções em Brasília, salvo nas hipóteses previstas nos itensI, Ir e III do art. 88 da Lei n,v 1.711, de28 de outubro de 1952.
Art. 8.0 Perderá igualmente direito aopagamento da diária o beneficiado pelapresente lei que for removido ou passar ater exercício fora de Brasília.
Art. 9.° Os Ministros do Superior Tribunal Militar e do Tribunal Superior do Trabalho, desde que as referidas cortes setransfiram para Brasília, e a partir da instalação de seus trabalhos na nova Capitalda República, perceberão as diárias referidas no art. 1.0 da presente lei.
Parágrafo único. Por igualas Procuradores Gerais da Justica Militar e da Justiça do }:'raball1o e os'demais representan-
tes do Ministério Público das referidas Justiças que, por força de lei devam servirjunto às respectivas Procuradorias-Gerais,perceberão as diárias referidas no art. 2.0desta lei.
Art. 10. Aos Membros do Tribunal deJustiça e da Justiça de La Instância doDistrito Federal e ao Juiz Presidente daJunta de Conciliação e Julgamento de Brasília fica assegurada a percepção da diáriaprevista no artigo 1.0 desta lei.
Parágrafo único. Por igual fica assegurada ao Procurador-Geral da Justica e demais Membros do Ministério Público doDistrito Federal, a percepção da diária prevista no art. 2.° da presente lei.
Art. 11 As dísposícões, efeitos e beneficios previstos nos artigos anteriores não seestenderão:
a) aos inativos (Lei 2.622, de 18 de outubro de 19551;
b) aos Marechais (Lei 1.488. de 20 dedezembro de 1951);
c) aos Membros do Conselho Nacionalde Economia (Lei n. O 2.696, de 14 de dezembro de 1955), enquanto não passarem ater efetivo exercício em Brasiiia;
d) aos Magistrados, Membros do Ministério Público, Procuradores da Fazenda Nacional e Procuradores de Autarquias quenão estejam em efetivo exercício na atualCapital da República;
e) aos Juízes e Procuradores do TribunalMarítimo ou a outros quaisquer servidoresequiparados. para efeitos de vencimentos. aMembros do Poder Judlciário ou do Ministério Público, quer da União, quer da Justiça do Distrito Federal, salvo se estiveremem efetivo exercício em Brasília.
Art. 12. A gratificação mensal de representação devida aos Presidentes dos órgãosdo Poder Judiciário e aos Membros do Ministério Público. em efetivo exercício emBrasília será:
1) Presidente do Supremo Tribunal Federal, Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros);
II) Procurador Geral da República Cr$40.000,00 (quarenta mil cruzeiros);
UI) Presidente do Tribunal Federal deRecursos, do Tribunal de Contas da União,do Tribunal Superior Eleitoral, 1.0 SubProcurador da República, Procurador Geraldo Tribunal de Contas da União e Presidente do Tribunal do Distrito Federal eProcurador Geral da mesma Justica, Cr$20,000,00 (vinte mil cruzeiros); .
IV) Presidente do Tribunal do Júri doDistrito Federal, Cr$ 6 000,00 (seis mil cruzeiros>.
Parágrafo único. Os Presidentes do Superior Tribunal Militar e do Tribunal Superior do Trabalho o Procurador Geral daJustica do Trabalho e Procurador Geralda Jústiça Militar terão direito à gratificação mensal de representação, no valor deCr$ 20.000.00 (vinte mil cruzeiros) desdeque as referidas Cortes se transfiram paraBrasília e a partir da efetiva instalação deseus trabalhos na Capital da República.
Art. 13. Vetado.Art. 14. Aos Membros do Tribunal Supe
rior Eleitoral escolhidos dentre os juristas,quando exerçam função pública. será assegurada a percepção de diárias. sob o mesmo critério adotado relativamente aos Magistrados integrantes desse Tribunal.
Parágrafo único. Quando a escolha recair em jurista que não exerça função pública, ser-lhe-á atribuído diária igual 8 '11'1iselevada que vier a receber, nos termos des-
,19138 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRJ!:SSO NACIONAL <Seção I) Novembro de 197~
1;1;1
ta lei, o Membro do Tribunal que exercer(função pública.
Art. 15. J!: o Poder Executivo autorizadoa abrir ao Ministério da Justiça e NegoclOsInteriores o crédito especial até o limite deCr$ 250.000.000,00 (duzentos e cinqüentamilhões de cruzeiros) para atender. no corrente exercício, às despesas decorrentesdesta lei.
Art. 16. Ficam aprovadas as diárias eajudas de custo concedidas até esta data,R qualqeur título, aos benencíadoa pelapresente lei, em razão da transreréneía daCapital da União para o Planalto Centraldo País.
Art. 17. A presente lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.
Brasília em 20 de dezembro de 1961; 140.0da Indep~ndência e 73.0 da República. J'OAO GOULART - Tancredo Neves - Alfredo Nasser - Angelo Nolasco - João deSegadas Viana - San Tialfo .I?antasWalther Moreira SaUes - VIrglho Tavora_ Armando Monteiro - Antonio de Oliveira Brito - A. Franco Montoro - ClovisM. Travassos - Souto Maior - UlyssesGuimarães - Gabriel de R. Passos.
LEI N.o 4.345DE 26 DE JUNHO DE 1964
Institui novos valores de vencimentospara os servillores,públicos civi~ ~o ~oder Executivo e da outras provídênetas,
( , ..Art. 10. A gratificação adicional a que
se refere o artigo 146 da Lei n.o 1.711, de 28de outubro de 1952. passará a ser concedida na base de 5% rcinco por cento), porqüinqüênio de efetivo exercício, até 7 (sete)qüinqüênios.
§ 1.0 A gratificação qüinqüenal será calculada sobre o vencimento do cargo efetivoest.abelecido nesta Lei, bem como sobre ovalor do vencimento que tenha ou venha ater o funcionário beneficiado pelo que estabelece a Lei n.O 1. 741, de 22 de novembrode 1952, ou pelo que dispõe o art. 7.0 daLei n.o 2.188, de 3 de março de 1954.
§ 2.0 O tempo de serviço público prestado anteriormente a esta Lei será computado para efeito de apltcaeâo deste artigo,não dando direito, entretanto, à percepçãode atrasados.
§ 3.0 O período de serviço público, apurado na forma da legislação vigente, queexceder ao qüinqüênio ou qüinqüênios devidos, será considerado para integralizaçãode novo qüínqüênto.
§ 4.° O direito !;. gratificação instituídaneste artigo começa no dia imediato àqueleem que o servidor completar o qüinqüênio,observado o disposto no parágrafo segundodeste artigo.
§ 5.° Sobre a gratificação de tempo deserviço, de que trata este artigo, não poderão incidir quaisquer vantagens pecuniárias.C!. .!. ••
LEI N.o 5.645DE 10 DE DEZEMBRO DE 1970
Estabelece diretrizes para a classificação de cargos do Serviço Civil da Uniãoe das autarquias federais, e dá outras providências.
O Presidente da República
Faço 'saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1.0 A classificação de cargos do Serviço Civil da União e das autarquias rederais obedecerá às diretrizes estabelecidas napresente lei.
Art. 2.° Os cargos serão classificados como de provimento, em Comissões de provimento efetivo, enquadrando-se, basícamente, nos seguintes Grupos:
De Provimento em Comissão:I - Direção e Assessoramento Superiores.
De Provimento Efetivo:Ir - Pesquisa Científica e Tecnológica
IrI - Diplomacia
IV - MagistérioV - Polícia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fisca-
lizaçãoVII - ArtesanatoVIII - Serviços AuxiliaresIX - Outras atividades de nível superiorX - Outras atividades de nível médio.Art. 3.° Segundo a correlação e afinida-
de, a natureza dos trabalhos ou o nível deconhecimentos aplicados, cada Grupo,abrangendo várias atividades, compreenderá:
I - Direção e Assessoramento Superiores: os cargos de direção e assessoranlentosuperiores da administração cujo provimento deva ser regido pelo critério da confiança, segundo for estabelecido em regulamento.
U - Pesquisa Científica e Tecnológica:os cargos com atribuições, exclusivas oucomprovadamente principais, de pesquisacientífica, pura ou aplicada, para cujo provimento se exija diploma de curso superiorde ensino ou habilitação legal equivalentee não estejam abrangidos pela legislaçãodo Magistério Superior.
III - Diplomacia: os cargos que se destinam a representação diplomática.
IV - Magistério: os cargos com atividades de magistério de todos os níveis deensino.
V - Polícia Federa: os cargos com atributções de natureza policial.
VI - Tributação, Arrecadação e Fiscali~
zação: os cargos com atividades de tributação, arrecadação e fiscalização de tributos federais.
VII - Artesanato: os cargos de atividades de natureza permanente, principais ouauxiliares, relacionadas com os serviços deartífice em suas várias modalidades.
VIII - Serviços Auxiliares: os cargos deatividades administrativas em geral, quando não de nível superior.
IX - Outras atividades de nível superior: os demais cargos para cujo provimento se exij a diploma de curso superior deensino ou habilitação legal equivalente.
X - Outras atividades de nível médio:os demais cargos para cujo provimento seexija diploma ou certificado de conclusãode curso de grau médio ou habilitação equivalente.
Parágrafo único. As atividades relacionadas com transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, lempeza e outra assemelhadas serão, de preferência, objeto de execução indireta, mediante contrato, de acordo com o artigo 10, § 7.°, doDecreto-lei número 200, de 25 de fevereirode 1967.
Art. 4.° Outros Grupos, com características próprias, diferenciadas dos relacionados no artigo anterior, poderão ser estabelecidos ou desmenmbrados daqueles, se ojustificarem as necessidades da Administração, mediante ato do Poder Executivo-
Art. 5.° Cada Grupo terá sua própria escada de nível, a ser aprovada pelo PoderExecutivo, atendendo, primordialmente, aosseguintes fatores:
, I - importância da atividade para o desenvolvimento nacional.
II - Complexidade e responsabilidadedas atribuições exercidas; e
III - Qualificações requeridas para o desempenho das atribuições.
Parágrafo único. Não haverá correspondência entre os níveis dos diversos Grupos,para nenhum efeito.
Art. 6.° A ascensão e a progressão funcionais obedecerão a critérios seletivos, aserem estabelecidos pelo Poder Executivo,>associados a um sistema de treinamento equalificação destinado a assegurar a permanente atualização e elevação do nível deeficiência do funcionalismo.
Art. 7.° O Poder Executivo elaborará oexpedirá o novo Plano de Classificação deCargos, total ou parcialmente, mediantedecreto, observadas as disposições desta lei.
Art.8.0 A implantação do Plano seráfeita por órgãos, atendida uma escala deprioridade na qual se levará em conta preponderantemente:
I - a implantação prévia da reforma administrativa, com base no Decreto-lei número 200 de 25 de fevereiro de 1967.
II - o estudo quantitativo e qualitativoda lotação dos órgãos, tendo em vista anova estrutura e atribuições decorrentes daprovidência mencionada no item anterior; e
IH - a existência de recursos orçamentários para fazer face às respectivas despesas.
Art. 9.° A transposição ou transformação dos cargos, em decorrência da sistemática prevista nesta lei, processar-se-á gradativamente considerando-se as necessidade e conveniências da Administração e,quando ocupados, segundo critérios seletivos a serem estabelecidos para os cargosintegrantes de cada Grupo, inclusive através de treinamento intensivo e obrigatório.
Art. 10. O órgão central do Sistema dePessoal expedirá as normas e instruções necessárias e coordenará a execução do novoPlano, a ser proposta pelos Ministérios, órgãos integrantes da Presidência da República e autarquias, dentro das respectivasjurisdições, para aprovação mediante decreto.
S 1.0 O órgão central do Sistema de Pessoal promoverá as medidas necessárias para que o plano seja mantido permanentemente atualizado.
§ 2.° Para a correta e uniforme implantação do Plano, o órgão central do Sistemade Pessoal promoverá gradativa e obrigatoriamente o treinamento de todos os servidores que participarem da tarefa, segundo programas a serem estabelecidos comesse objetivo.
Art. 11.° Para assegurar a uniformidadede orientação dos trabalhos de elaboraçãoe execução do Plano de Classificação deCargos, haverá, em cada Ministério, órgãointegrante da Presidência da República ouautarquia, uma Equipe Técnica de alto nível, sob a presidência do dirigente do órgãode pessoal respectivo, com a incumbênciade:
I - determinar quais os Grupos ou respectivos cargos a serem abrangidos pelaescala de prioridade a que se refere o artigo 8.° desta lei;
II - orientar e supervisionar os levantamentos, bem corno realizar os estudos !'
Novembro de 1973 BURlO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 9139
análises indispensáveis à inclusão dos cargos no novo Plano; e
lI! - manter com o órgão central doSistema de Pessoal os contactos necessários para correta elaboração e implantaçãodo Plano.
Parágrafo único. Os membros das Equipesde que trata este artigo serão designadospelos Ministros de Estado, dirigentes de órgãos integrantes da Presidência da República ou de autarquia, devendo a escolharecair em servidores que, pela sua autoridade administrativa e capacidade técnica,estejam em condições de exprimir os objetivos do Ministério, do órgão integranteda Presidência da República ou da autarquia.
Art. 12. O novo Plano de Classificacãode Cargos a ser instituído em aberto' deacordo com as diretrizes expr essas nestalei, estabelecerá, para cada Ministério órgão integrante da Presidência da Repúblicaou autarquia, um número de cargos inferior, em relação a cada grupo, aos atualmente existentes.
Parágrafo único. A não observância danorma contida neste artigo somente serápermitida:
a) mediante redução equivalente em ououtro grupo, de modo a não haver aumento de despesas; ou
b) em casos excepcionais, devidamentejustificados perante o órgão central do Sistema de Pessoal, se inviável a providênciaindicada na alínea anterior.
Art. 13. Observado o disposto na SeçãoVIII da Constituição e em particular noseu artigo 97, as formas de provimentb decargos, no Plano de Classificação decorrentes desta lei, serão estabelecidas e disciplinadas mediante normas regulamentares específicas, não se lhes aplicando as disposições, a respeito, contidas no Estatuto dosFuncionários Públicos Civis da União.
Art. 14. O atual Plano de Classificaçãode Cargos do Serviço Civil do Poder Executivo, a que se refere a Lei número 3.700de 12 de julho de 1960 e legislação poste~rior, é considerado extinto, observadas asdisposições desta lei.
Parágrafo único. A medida que fôr sendo implantado o nôvo Plano, os cargos remanescentes de cada categoria, classificados conforme o sistema de que trata esteartigo, passarão a integrar Quadros Suplementares e, sem prejuízo das promoções eacesso que couberem, serão suprimidos,quando vagarem.
Art. 15. Para efeito do disposto no Artigo 108, § 1.0, da Constituição, as diretrizesestabelecidas nesta lei, inclusive o dispostono artigo 14 e seu parágrafo único, se aplicarão à classificação dos cargos do PoderLegislativo, do Poder Judiciário, dos Tribunais de Contas da União e do Distrito Federal, bem como à classificação dos cargosdos Territórios e do Distrito Federal.
Art. 16. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dls
'posições em contrário.
Brasília, 10 de dezembro de 1970; 140.° daIndependência e 82.° da República. EMÍLIO G. MÉDICI - Alfl'edo Buzaid Adalberto de Barros Nunes - Orlando Geisel - Mário Gibson Barboza - AntônioDelfim Netto - Mário David Andreazza L. F. Cirne Lima - Jarbas G. Passarinho Júlio Barata - Márcio de Souza e Mello F. Rocha Lagôa - Marcus Vinicius Pratinide Moraes - Antônio Dias Leite Júnior João Paulo dos Reis Velloso - José CostaCavalcanti - Hygino C. Corsetti.
LEI COMPLEMENTAR N.o 10DE 6 DE MAIO DE 1971
Fixa normas para o cumprimento dodisposto nos artígos 98 e 108, § 1.°, daConstituição.
O Presidente da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional de
creta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
Art. 1.0 Aos cargos integrantes dos Quadros de Pessoal dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União aplicam-se,no que couber, os sistemas de classificaçãoe niveis de vencimentos vigorantes no serviço civil do Poder Executivo.
Art. 2.° No prazo de 60 (sessenta) diasa contar ,9-a ,publicação do ato que aprova~a aplicação, no Poder Executivo da sistemática estabelecida pela Lei n.6 5.645, de10 de dezembro de 1970, em relação a cadaGrupo de Categorias Funcionais, os órgãosdos Poderes Legislativo e Judiciário elaborarão projetos de classificação das correspondentes categorias.
§ 1.0 Os órgãos a que alude este artigo,em igual prazo, a contar da publicação dosatos que aprovarem os respectivos planosespecíficos de retrlbulcão decorrentes damesma normalegal, elaborarão também osplanos, de retribuição dos correspondentesGrupos.
§ 2.° A classificação dos cargos referidosneste artigo, sem paradigmas no serviçocivil do Poder-Executivo, será precedida delevantamento de suas atribuições para adequada avaliação e conseqüente fixacão deseus vencimentos, respeitado o sistema deretribuição vigorante no Poder Executivo.
§ 3.° Independerá do levantamento a quealude o § 2.°, a classificação dos cargos dedenominação igual à dos cargos do PoderExecutivo que tenham o mesmo grau deresponsabilidade e exijam a mesma formação profissional.
Art. 3.° Os vencimentos dos cargos emcomissão do Poder Legislativo e do PoderJudiciário não poderão ser superiores aospagos pelo Poder Executivo, para cargos deatribuições iguais ou assemelhadas,
Art. 4.° Em decorrência da aplicaçãodesta lei complementar, nenhum servidorsofrerá redução do que, legalmente perceber à data da vigência desta lei. '
§ 1.0 Aos atuais funcionários é assegurada, a título de vantagem pessoal, nominalmente identificável, a diferenea entre ovencimento dos cargos efetivos de que sãotitulares e o vencimento que resultar da nova classificação.
§ 2.° Sobre a diferença a que se refereo § 1.0 não incidirão reajustamentos superveníentes, nem se estabeleccrá, e, em virtude dela, discriminação nessas concessões.
§ 3.0 A diferença de vencimentos referida neste artigo incorpora-se aos proventos da aposentadoria e da disponibilidade.
Art. 5.° As funções gratificadas necessárias aos serviços dos órgãos dos Poderes Le~
gislativo e Judiciário serão criadas nos respectivos regulamentos ou regimentos, respeitados os princípios de classificação vigorantes no Poder Executivo.
Art. 6.° Aplicam-se aos funcionários dosTribunais de Contas da União e do DistritoFederal as disposições desta lei complementar.
Art. 7.0 Esta Lei Complementar entraem vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 6 de maio de 1971' 150.° da In.depen.dência e 83.0 da Repúbliéa. - EMíLIOG. MEDICI - Alfredo Buzaid.
11 - DECRETOS-LEISDECRETO-LEI N.o 1.256
DE 26 DE JANEIRO DE 1973Reajusta os vencimentos e salários
dos servidores do Poder Executivo e dá.outras providências. '
~ P.r~sid(mte da República, no uso daatrlbuíçâo que lhe confere o artigo 55 itemI1I, da Constituição, decreta: '
Art.1.° Ficam majorados em 15% (quinze por cento) os atuais valores de vencimentos,. salár~o, provento e pensão do pessoal, atIVO e InatIVO, e dos pensionistas, agu~ se referem o artigo 1.0 e seu parágrafoumco, e o art. 6.0 do Decreto-lei n.O 1.202,de 17 de janeiro de 1972, com as ressalvasneles previstas, bem como o atual valor dosoldo de que trata o artigo 148 da Lein.o 5.787, de 27 de junho de 1972. '
Parágrafo único. Aplica-se o dispostoneste artigo ao pessoal a que alude o Decreto-lei n.o 1.213, de 6 de abril de 1972.
Art. 2.0 As retribuições dos servidores aque sc refere o artigo 2.°, do Decreto-lein.> 1.202, de 17 de janeiro de 1972 continuarão a ser reajustadas de acord~ como critério estabelecido no mesmo dispositivoe respectivos parágrafos.
Parágrafo único. As propostas de reajustamento de que trata este artigo bem como a fixação de valores de sálários ouquaisquer outras retribuições, nos órgãos daAdministração Federal direta, Autarquias eTerritórios Federais, serão submetidas aaprovação do Presidente da República porintermédio do órgão Central do Sistema dePessoal Civil da Administracão Federal ficando revogadas quaisquer "disposicões 'queatribuam àquelas entidades competênciapara a prática desses atos.
Art. 3.0 Os cargos em comissão as funções gratificadas e as gratificações pela representaçâo de gabinete, dos órgãos da Administração Federal direta, Autarquias eTerritórios Federais, terão os respectivosvalores, decorrentes da aplicacão do Decreto-lei n.O 1.202, de 17 de janeiro de 1972reajustados em 15% (quinze por cento) res~salvado o disposto no artigo 9.° deste Decreto-lei.
Art.'4.o As gratificações destinadas a retribuir o exercício em regime de tempo integraI e dedicação exclusiva e o servíco extraordinário, ficam majoradas em" 15%(quinze por cento).
Art. 5.° O salário-família será pago naimportância de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros)mensais, por dependente. '
Art. 6.0 O limite máximo de retribuicãomensal previsto no artigo 5.°, do Decretolei n.o 1.202, de 17 de janeiro de 1972, passa a ser de Cr$ 5,992,ÚO (cinco mil, novecentos e noventa e dois cruzeiros), sendo deCr$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos cruzeiros) mensais para os ocupantes dos cargosincluídos no sistema de classificação instituído pela Lei n.o 5.645, de 10 de dezembrode 1970.
Parágrafo único. Ficam excluídas doslimites estabelecidos neste artigo as seguín-.tes vantagens:
a) salário-família;b) gratificação adicional por tempo de
serviço;c) gratificação pela participação em órgão
de deliberação coletiva;d) díárias, ajuda de custo e demais in.
deníaações previstas em lei;
'148 Quinta-feira 22 DURTO DO CONGRESSO NACIONAL (S~io D Novembro de 1973
e) as constantes do artigo 152 da LeiD.O 5.787, de 27 de junho de 1972.
Art. 7.0 Nos cálculos decorrentes da aplicação deste Decreto-lei serão desprezadasas frações de cruzeiro, inclusive em relaçãoàs gratificações e vantagens calculadas combase no vencimento, assim como nos descontos que sobre este incidirem.
Art. 8.0 O reajustamento de que trata este Decreto-lei será concedido sem reducãode diferenças de vencimento e de vantagenslegalmente asseguradas e sujeitas a absorção progressiva.
Art. 9.0 Os valores de vencimento fixados pelas Leis números 5.843, 5.845 e 5.846,de 6 de dezembro de 1972, para os cargosintegrantes dos Grupos-Direção e Assessoramento Superiores (DAS-I00), ServiçosAuxiliares (SA-800) e Diplomacia (D-300),respectivamente, não se alterarão em decorrência do reajustamento concedido poreste Decreto-lei.
Parágrafo único. A gratificação de representação fixada para os cargos de Procurador-Geral da República e de ConsultorGeral da República, pelo artigo 12, da LeiD.O 5.843, de 6 de dezembro de 1972, passaa ser de Cr$ 2.160,00 (dois mil, cento e sessenta cruzeiros) mensais.
Art. 10. Os servidores aposentados quesatisfaçam as condições estabelecidas paratransposição de cargos no decreto de estruturação do Grupo respectivo, previsto na Lein,o 5.645, de 10 de dezembro de 1970, farãojus a revisão de proventos com base nos valores de vencimento fixados no correspondente Plano de Retribuição.
§ 1.0 Para efeito do disposto neste artigo, será considerado o cargo efetivo ocupado pelo funcionário a data da aposentadoria, incidindo a revisão somente sobre aparte do provento correspondente ao vencimento básico.
§ 2.0 O vencimento que servirá de base àrevisão do provento será o fixado para aclasse da Categoria Funcional para a qualtiver sido transposto cargo de denominaçãoe nível iguais aos daquele em que se aposentou o funcionário.
§ 3.0 O reajustamento previsto neste artigo será devido a partir da publicação dodecreto de transposição de cargos para aCategoria funcional respectiva, no Ministério, órgão integrante da Presidência da República ou Autarquia Federal a que pertencia o funcionário ao aposentar-se.
§ 4.° A importância correspondente aoreajustamento dos proventos de aposentadoria decorrente da aplicação do dispostono artigo 1.0 deste Decreto-lei será absorvida, em cada caso, pelos valores resultantes da majoração prevista neste artigo.
Art. 11. O órgão Central do Sistema dePessoal Civil da Administração Federal elaborará as tabelas de valores dos níveis, símbolos, vencimentos e gratificações resultantes da aplicação deste Decreto-lei, bem como firmará a orientação normativa que sefizer necessária à sua execução.
Art. 12. O reajustamento concedido poreste Decreto-lei vigorará a partir de 1.0 demarço de 1973 e a despesa decorrente seráatendida com recursos orçamentários, inclusive na forma prevista no artigo 6.°,item I, da Lei n.O 5.847, de 6 de dezembrode 1972, que estima a Receita e fixa a Despesa da União para o exercício financeirode 1973.
Art. 13. Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 14. Revogam-se as disposições emcontrário.
Brasília, 26 de janeiro de 1973; 152.° daIndependência e 85,° da República. - EMí-
LIO G. l\IÉDICI - Alfredo Buzaid - Adalberto de Barros Nunes - Orlando Geisel Mál'Ío Gibson Barboza - Antônio DelfimNetto - Mário David Andreazza - L.F. Cirne Lima - Jarbas G. Passarinho - JúlioBarata - .T. Araripe Macêdo - Mário Lcmos - Marcus Vinicius Pratini de Moraes- Antônio Dias Leite Júnior - João Paulodos Reis VelIoso - .Tosé Costa Cavalcanti Hygino C. Corsetti.
MENSAGEM N.o 415DE 1973, DO PODER EXECUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Mensagem do Senhor Ministro-Presidente do Tribunal Federal de Recursos, oanexo projeto de lei que "fixa os valores devencimentos dos cargos dos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário, Serviços Auxiliares,Serviços de Transporte Oficial e Portaria,Artesanato, Outras Atividades de Nível Superior e Outras Atividades de Nivel Médiodo Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal de Recursos e do Conselhoda Justiça Federal, e dá outras providências".
Brasilía, em 19 de novembro de 1973. Emílio G. Médici.:MENSAGEM N.o 2, DE 13 DE NOVEMBRO
DE 1973, DO TRIBUNAL FEDERAL DERECURSOS.
A Sua Excelência o Excelentissimo SenhorGeneral-de-Exército Emílio GarrastazuMédici.
Dígníssímo Presidente da República
Excelentissimo Senhor Presidente da Repúbliça
Tenho a honra de encaminhar à elevadaapreciação de Vossa Excelência, em conformidade com o disposto no artigo 115, incison, da Constituição, o projeto de lei quefixa os valores dos níveis de vencimentosdos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário,Serviços Auxiliares, Transporte Oficial ePortaria, Artesanato, Outras Atividades deNivel Superior e Outras Atividades de Nivel Médio, do Quadro Permanente do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho daJUstiça Federal, e dá outras providências.
Na elaboração do projeto, previamenteexaminado pelo Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), foram rigorosamente observadas as diretrizes de que trata a Lei n.o 5.645, de 10 de dezembro de1970, e atendidas as exigências da paridadede vencimentos dos órgãos dos três Poderesda União, em cumprimento aos artigos 98 e108, § 1.0 da Constituição e da Lei Complementar n.O 10, de 6 de maio de 1971.
O projeto, cuja conversão em lei ora sepretende, tem em vista a implantação, noâmbito do Tribunal Federal de Recursos edo Conselho da Justiça Federal, do novoPlano de Classificação de Cargos instituidopela Lei n.O 5.645/70, de acordo com a escala de prioridades referida em seu artigo8.0, eaput,
O custeio do projeto deverá ser atendidopelos recursos a esse fim destinados, sendoabsorvidas, pelos novos valores de vencimentos, todas as vantagens e retribuiçõespercebidas, a qualquer título, pelos ocupantes dos cargos a serem transformados outranspostos, ressalvados, apenas, o saláriofamília e a gratificação adicional por tempo de serviço, e, ainda, a vantagem pessoala que por ventura façam jus, de acordo como artigo 4.0, da Lei Complementar n.O 10171.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de meu maiselevado apreço. - Márcio Ribeiro, MinistroPresidente.
Of. n.O 566-SAP/73.Em 19 de novembro de 1973.
A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaMD. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputadosBrasília - DF.
Excelentissimo Senhor Primeiro-Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentissimo Senhor Presidente da República, acompanhada de Mensagem do Senhor Ministro-Presidente do Tribunal Federal de Recursos,relativa a projeto de lei que "fixa os valoresde vencimentos dos cargos dos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário. Serviços Auxiliares, Serviços de Transporte Oficial e Portaria, Artesanato, Outras Atividades de N;ivel Superior e Outras Atividades de Ni1(;elMédio do Quadro Permanente da Secretª,~'ia
do Tribunal Federal de Recursos e do Co'iJ,selho da Justiça Federal, e dá outras proví-,dêncías". .
Aproveito a oportunidade para renovar' aVossa Excelência protestos de elevada estima e eonslderaeão. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraórdinário para os Assuntosdo Gabinete Civil.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I e Il - Relatório e Voto do Relator
Com fundamento no artigo 51 da LeiMaior o Excelentíssimo Senhor Presidenteda República submete à apreciação do Con'gresso, acompanhado de Exposição de MG.tívos do Ministro' Presidente do TribunalFederal de Recursos. o presente projeto-delei que cuida dos vencimentos dos ~gos dos Grupos-Atvidades de Apoio J~dl
cíário e de outros serviços daquele Tl'lbu-nal, .'1
O projeto foi previamente examinado pelo DASP, tendo em vista as exigências .daparidade previstas na Constituição (Ar.tigos 98 e 108, § 1.0 ) e na Lei Oomplemenjar'n.o 10, de 6 de maio de 1971.
Prevê o projeto que as vantagens e retflbuíeões percebidas, a qualquer titulo, perusocupantes dos cargos a serem transformados ou transpostos serão absorvidos pll,~(Jos
novos valores de vencimento.
Disciplina, também, a proposição os vencimentos das Atividades de Nível Médio e deNível Superior da Secretaria daquela C(Íf~e do Conselho de Justiça Federa!. "'
Em suma a proposição está de acordocom a orientação do Poder Executivo na-taxação dos vencimentos dos servidores civis da União.
O mérito do projeto será axamínado pelas Comissões de Serviço Público e de Finanças.
A esta Comissão cabe o exame dos aspectos constitucional, jurídico e de técnica legislativa e sob esses ângulos nada temos aobjetar.
Pela constitucionalidade e [urtdíeídade éo nosso parecer.
Sala da Comissão, em 21 de novembrode 1973. - Luiz Braz, Relator.
lU - Parecer da Comisão
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma liA", realizada em
Novembro de 1973 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' Quinta-feira 22 914:1
21-11-73, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnicalegislativa do Projeto n," 1.680/73, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Ferreira do Amaral - Vice-Presidente noexercícío da Presidência, Luiz Braz - Relator, Alceu Collares, Alfeu Gasparini, Hildebrando Guimarães, Arlindo Kunzler,Cláudio Leite, Élcio Alvares, Hamilton Xavier. Jairo Magalhães, JO'>é Bally, LisâneasMaciel, Osnelli Martinelli, Ruydalmeída.Barbosa e Ubaldo Barém.
Sala da Comissão, em 21 de novembrode 1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presidente, no exercício da Presidência - LuizBraz, Relator.
PARECER DA COMI88AoDE SERVIÇO PúBLICO
I - RelatórioA Comissão de Serviço Público tem DTO
curado corrigir as diversas proposituL«~ oumelhorar sua redação, porém as emendassão 'quase sempre rejeitadas em plenárioem razão da interferência do órgão dísctI>l1nador do serviço público que, assim, deuma maneira quase geral, sobrepõe-se aosorganismos técnicos das duas Casas do Congresso.
É certo que, algum tempo depois, o próprio DASP reconhece o erro ou a falha dapropositura anterior, como já o fez, atravésde projeto que concede gratificação aosservidores de assessoramento e direção intermediárias, quando havia esquecido esses servidores na ocasião em que contemplou os cargos de direção e assessoramento.: Outro exemplo é o relativo aos aposentados, omitidos de quase todos os projetos encaminhados ao Congresso, com a recusa dasemendas que a Comissão de Servçio Públicovinha, seguidamente propondo, a fim de impedir a consumação da injustiça.
Nos últimos projetos, no entanto, asemendas que vinham sendo apresentadase recusadas, passaram a integrar as proposituras, como ocorreu com o projeto relativo aos servidores da Secretaria do Supremo Tribunal Federal e como ocorre com o
.projeto que hoje esta Comissão examina o de n.o 1.680, de 1973, no qual o texto in-sere o artigo 6.° e parágrafos, exatamente
.sobre a situação dos inativos.
E nos rejubílamos com esse reconheci'. mento, embora tardio, ao direito dos apo
sentados.
Vale a pena, no entanto, observar quemesmo esse artigo não resolve a situaçãode todos os aposentados possibilitando interpretações equivocas como se verifica dasseguintes observações que tomamos ernpres
.tadas ao articulista de Ultma Hora, da Gua,nabara, de 19 do corrente:
Um dos.aspectos mais importantes daargumentação apresentada no memorial enviado ao presidente da República pelo funcionalismo inativo, atravésdo centro dos Aposentados Federais, éa que se baseia em diversos artigos daConstituição de 17 de outubro de 1969,em relacâo ao regime juridico dos servidores ê a organização do planejamento da atribuição de vencimentos. Enquanto o DASP declara que a situaçãodos inativos é regulamentada apenaspelo Decreto-lei n.o 1.256, de 26 de janeiro de 73, os aposentados argumentamque a execução das determinações doDecreto, também em relação aos venelmentos, cabe ao DASP.
De acordo com a terceira base de argumentação :
"Art. 10. Os servidores aposentadosque satisfaçam as condições estabelecidas, para transposição de cargos, nodecreto de estruturaeão do Grupo respectivo previsto na Lei número 5.645,de 10 de dezembro de 197D. farão jus àrevisão dos proventos, com 'base nos valores de vencimentos fixados no correspondente Plano de Retribuição. Parágrafo 1.° - Para efeito do disposto neste artigo, será considerado o cargo efetivo ocupado pelo funcionário à data riaaposentadoria, incidindo a revisão somente sobre a parte do provento correspondente ao vencimento básico."
O memorial alega que essa "matériaé de aplicação prática sujeita a dúvidas de interpretação, dos textos legaisque a disciplinam, pela dificuldade deuma perfeita equiparação, por vezes,entre as atribuições de alguns cargos,antes ocupados, respectivamente, porservidores ora já aposentados e, daquipor diante modificados ou transformados, pelo novo plano de classificação, noque diz respeito à discriminação normativo-funcional ou de atribuições próprias de cada um deles."Prevendo tais dificuldades, sabiamenteo legislador no artigo 11 do Decreto-leiem causa, conseqüentemente, condicionou a aplicação medíata das recomendações do referido artigo 10 a um prévio processo de análises hermenêuticados textos que o integram, em correlação, harmônica e lógica, com as disposições de outras leis, também vigentes,que dizem respeito aos termos juridicoadministrativos em questão, quando Msim se expressou:
"Art. 11. O órgão central de PessoalCiv~l da Administração Federal, elaborara as tabelas de valores, símbolos,vencimentos e gratificações, resultantesda aplicação deste Decreto-lei, bem como firmará a orientação normativa quese fizer necessária à sua execução."
11 - Voto do Relator
Com essas observacões e tendo em vista aurgência com que a propositura deva serapreciada, sob pena de não alcançar o presente período legislativo, e mesmo, a impossibilidade de correções pelos motivosexpostos, oferecemos parecer favorável.
Sala da Oomíssão, 20 de novembro de1973. - Freitas Nobre, Relator.
III - Parecer da Oomlssâo jA Comissão de Serviço Público, em reu
nião extraordinária, realizada em 2D denovembro de 1973, aprovou, por unanimidade, o parecer do Relator, Senhor Deputado Freitas Nobre, favorável ao Projeto n.o1.680/73. Compareceram os Senhores Deputados Bezerra de Norões - Vice-Presidenteno exercícío da Presidência, Freitas Nobre- Relator, Agostinho Rodrigues, Elias Carmo, Lauro Rodrigues, Grímaldí Ribeiro, Getúlio Dias, José Freire, Paulo Ferraz, HugoAguiar, Marcos Freire e Magalhães Melo.
Sala da Comissão, em 20 de novembrode 1973. - Bezerra de Norões, Vice-Presi~
dente no exercício da Presidência. - FreitasNo.~~~! Relator.
PARECER DACOMISSAO DE FINANÇAS
I e II - Relatório e Voto do Relator
O projeto de lei ora sujeito à nossa apreciação, acompanha Mensagem n.o 415/73,visando "fixar os valores de vencimentosdos Grupos-,Mividades de Apolo Judlciá-
rio, Serviços Auxiliares, Serviços de Tran&~porte Oficial e Portaria, Artesanato, OutrasAtividades de Nível Médio do Quadro Permansnte. da Secretaria do Tribunal Federalde Recursos e do Conselho de Justiça Federal e dá outras providências".
Na sua Exposição de Motivos, o Exm. OSr.Ministro Marco Ribeiro, Presidente do Tribunal de Recursos, esclarece que o anteprojeto foi examinado previamente pelo DASP,observadas as diretrizes da Lei n.O 5.645,de 10 de dezembro de 1970 e atendidas asexigências de paridade de vencimentos entre os órgãos vinculados aos Três Poderesda União em cumprimento ao que prescrevem os artigos 98 e 108, parágrafo 1.0 daConstituição e da Lei Complementar n.O 1(),de 6 de maio de 1971.
A proposição em tela tem em mira a implantação no âmbito do Tribunal de Recursos e do Conselho de Justiça Federal, donovo Plano de Classificação de cargos ínstttuído pela Lei n.o 5.645/70.
O custeio das despesas com o projeto es;'tão apontadas no seu artigo 9°.
Assim, somos pela aprovação do mesmo.J!: o nosso parecer.
Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Tourinho Dantas, Relator.
IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Financas, em sua 5.11 reunião extraordinária do dia 20 de novembrode 1973, aprovou, por unanimidade, o Projeto n.O 1.680, de 1973, do Poder Executivo,nos termos do parecer favorável do Relator,Deputado Tourinho Dantas.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Jorge Vargas, presidente: Ivo Braga.e Ozires Pontes, Vice-Presidentes; HarrySauer, Arthur Santos, Athiê COUJ,'y, Homero Santos. Norberto Schmidt, Ildélio Martins, Tourinho Dantas, César NascimentoJairo Brum, Joel Ferreira, Carlos Alberto deOliveira. João Castelo, Ozanan Coelho.
Sala da Comissão, em 20 de novembro de1973. - Jorge Vargas, Presidente. - Tourinho Dantas, Relator.
PROJETO DF. DECRETO LEGISLATIVON.o 132-A, de 1973
(Da Comissão de Relações Exteriores)
MENSAGEM N.o 344/73
Aprova o texto do Convênio entre a.República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolvímente sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco, assinado em Brasília, a 21de janeiro de 1972; tendo parecer, daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridiciaadc.Pendente de parecer da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio.
(PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 132, DE 1973, A QUE SE REFERE OPARECER.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do con
vênio entre a República Federativa do Brasíl e o Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre Privilégios e Imunidades doBanco, assinado em Brasília, a 21 de janeiro de 1972.
Art. 2.° .Este Decreto Legislativo entraráem vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 7 de novembro de 1973. - Manoel Taveil'a, Vice-Presidente, no exercícioda Presidência. - Pedro Colin, Relator.
IH2 Quinta-feira. 22 DI.ARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção D'... (4.
Novembro de 19'73,
PARECER DA COMISSãODE RELAÇõES EXTERIORES
I e II - Relatório e Voto do Relator1. Pela Mensagem n.O 344 deste ano, o
Poder Executivo submete ao Congresso Nacional texto de convênio entre a RepúblicaFederativa do Brasil e o Banco Interamerícano de Desenvolvimento, sobre privilégios e imunidades do Banco assinado em21 de janeiro de 1972.
2. Ocorre lembrar que o '""Banco Interamericano de Desenvolvimento é um organismo internacional criado para promoverou contribuir para o desenvolvimento econômico e social da América Latina.
Nessas condições, o Governo Brasileiroconcede:
I - Privilégios e imunidades aos funcionários e técnicos do Banco. de nacionalidade não brasileira;
II - Compromisso em facilitar o ingresso no país. de funcionários e técnicos doBanco e seus familiares;
lI! - privilégios e imunidades em relação a processos judiciais e administrativos,e facilidades de repatriação, com ressalva;
IV - Isenções de tributos sobre rendimentos, sobre bens de sua bagagem pessoal;
V _ Reconhecimento dos privilégios eimunidades concedidos aos. represen~a~tesde organismos mternecíoneís e de assístên-cia técnica.
3. Dois precedentes ocorrem .citar-se noque tange a ímunídades, incl,uslve ~e ~atureza fiscal. a organismos fmanc.elros. aConvenção sobre o Fundo Monetario Internacional (Dee, n.o 21.177 de 27-5.46, DO24-6-46) e a Convenção sobre o ~IRD(BanCO Internacional de Reconstruçao eDesenvolvimento) objeto de igual ato.
Além disso, o Banco Interamericano deDesenvolvimento foi criado por ato internacional de que o nosso país participoucomo Membro-fundador, e objetiva acelerar o progresso da América Latina, .comoinstituição internacional de cunho nnancetro.
4. Afora as considerações acima, ~evese acentuar que a medida proposta fOI negociada conforme informação do nosso Ministério' de Relações Exteriores, em igualteor entre o Banco de caráter geral e decon~enso unânime entre os Governos.
S. A faculdade de denúncia, com avísoprévio é naturalmente assegurada entre aspartes: mediante nottrícação escrita, e vigorará a partir de seis mes~~ a ~ontar dadata do recebimento da notíüeação de denúncia. (Artigo VIII do Oonvênío.)
6. Face a manifestação favorável do Ministério das Relações Exteriores, aos antecedentes invocados e ao principio da conduta analógica dos demais Governos interessados, somos pela aprovaç~o.d? Convênio pelos seus fundamentos [urídlcos e noint~resse das relações entre nosso pais e oBanco.
SC, BSB, 07 de novembro de 1973.:Pedro Colin, Relator.
111 - Parecer da Comissão
A Comissão de Relações Exteriores, emreunião ordinária, do dia 7 de novembrodo corrente ano, aprovou por unanímidade,o parecer do Relator, Deputado Pedro Colin favorável ao objeto da Mensagem n.O344/73 que "submete à consideração doCongresso Nacional o texto do Convênioentre a República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolvimentosobre Privilégios e Imunidades do Banco,
assinado em Brasília, a 21 de janeiro de1972", na forma de Projeto de Decreto Legislativo, anexo.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Manoel Taveira, Vice-Presidente, noexercício da Presidência, Brigido Tinoco,Vice-Presidente, Diogo Nomura, Pedro Colin, Ulysses Guimarães, Passos Pôrto, JoséCarlos Leprovost, Padre Nobre. Josias Gomes, Rogério Rêgo, Teotônio Neto, Reynaldo Sant'Ana, Bías Fortes, Pinheiro Machado. Adhemar Ghísl, Fl'ancisco Studart, José Camargo, João Menezes, Célio MarquesFernandes, Cláudio Leite, Américo de Souza,Lins e Silva, Joaquim Coutinho. e HermesMacedo.
Brasília. 7 de novembro de 1973. - Manoel Taveira, Vice-Presidente. no exercícíoda Presidência. - Pedro Colin, Relator.
MENSAGEMn» 344, de 1973
(Do Poder Executivo)Submete à consideração do Congres
so Nacional o texto do Convênio entrea República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolvimento sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco, assinado em Brasília, a 21de janeiro de 1972.
(às Comissões de Relações Exteriores,de Constituição e Justiça e de Economia. Indústria e Oomércío.)
Excelentissimo Senhores membros doCongresso Nacional:
Em conformidade com o disposto no art.44. item I. da Constituição Federal, tenhoa honra de submeter à elevada consideração de Vossas Excelências, acompanhadode Exposição de Motivos do Sr. Ministro deEstado das Relações Exteriores, o texto doConvênio entre a República Federativa doBrasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco, assinado em Brasília, a 21 dejaneiro de 1972.
Brasília, em 9 de outubro de 1973.EXPOSIÇãO DE MOTIVOS DEA/C/DAI/
382/924 (040) CB46), DE 4 DE OUTUBRODE 1973, DO MINISTliiRIO DAS REL.I\ÇõES EXTERIORES
A Sua Excelência o SenhorGeneral-de-Exército Emílio Garrastazu Médici,Presidente da República.
senhor presidente.Tenho a honra de submeter à alta consi
deração de Vossa Excelência o texto do"Convênio entre a República Federativa doBrasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre Privilégios e Imunidadesdo Banco", assinado em Brasília, em 21 dejaneiro de 1972, em complementação aoAto Constitutivo do Banco. aprovado peloDecreto Legislativo n.o 18. de 1959.
2. O Convênio em questão, elaborado deacordo com outros em vigor entre o Cffiverno braslleíro e organismos internacionais, estabelece condições apropriadas e justas para o exercício das atividades dos funcionários e técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento e os privilégios eimunidades nele contemplados são consagrados pela prática internacional.
3. Nessas condições, e tendo em vista odisposto no art. 44, item I, da ConstituiçãoFederal, cumpre-me submeter,à alta -aprecíação de Vossa Excelência o anexo projetode Mensagem que encaminha o Convênioà aprovação do Congresso Nacional.
Aproveioo a oportunidade para renovar aVossa Excelência, Senhor Presidente, os
protestos do meu mais profundo respeito.- Mario Gibson Barboza.
CONV11:NIO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O BANCO INTER-AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO SOBRE PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES
DO BANCOO ooverno da República FederatiVa do
Brasil (doravante denominado "Governo").eO Banco Interamerieano de Desenvolvi
mento (doravante denominado "Banco").Considerando:
Que é prática dos organismos internacionais dedicados a promover o desenvolvimento econômico e social da América Latina celebrar Convênios com os Governos nacionais a fim de estabelecer condições favoráveis ao exercício das atividades dos funcionários de tais organismos no cumprimento de seus objetivos;
Que o Banco Interamericano de Desenvol-.vímento é um organismo internacional de..dicado a contribuir para o desenvolvímento econômico e social dos países da AméricaLatina; e .
Que o Convênio Constitutivo do Bancofoi aprovado pelo Decreto Legislativo n.o '18, de 1959,
Convieram no seguinte:
Artigo I
O Governo concederá aos runetonãnos doBanco os privilégios e imunidades estabelecidos no presente Convênio. Os nomes daspessoas escolhidas pelo Banco como beneficiárias dêsses privilégios e imunidades se- .rão submetidos ao Ministério das Relações JExteriores para aprovação.
Artigo nAs autoridades brasileiras competentes
não oporão restrições de imigração e deregistro de estrangeiros às pessoas a seguirindicadas, assim como a seus dependentesfamiliares:
a) funcionários do Banco;b) técnicos contratados pelo Banco.O presente artigo não se aplicará aos Ca
sos de interrupção geral dos transportes enão impedirá a plicação efetiva. das leis.vigentes, nem eximirá tais pessoas da justaaplicação de regulamentos quarentenáriose sanitários.
Artigo 111Os funcionários e técnicos contratados de
nacionalidade não brasileira. a que se refere o artigo anterior gozarão, no territóriodo pais. dos seguintes privilégios e ímuníddes:
a) imunidade em relação a processos judiciais e administrativos correspondentes aoatos praticados no desempenho de suas atívidades oficiais, salvo se o Banco renunciara essa prerrogativa;
b) facilidades para repatriação e direitoà proteção das autoridades brasileiras-facilidades e direito extensivos a dependentesfamiliares-iguais aos desfrutados pelosmembros de Missões diplomáticas, em pe,ríodos de tensão internacional;
e) isenção de quaisquer impostos sobre'vencimentos e emolumentos pagos peloBanco ou rendimentos procedentes do ex..terior.
O Banco abrirá mão da imunidade dequalquer funcionário ou técnico contratadonos casos em que o exercício de tal imunidade impeça o curso da Justiça.,
~ovembro de 1973 'DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seºáo n Quinta-feira 22 9141
Artigo IV
'a) Os funcionários do Banco que prestemserviços no país, e que não sejam de nacionalidade brasileira, poderão importar, dentro dos seis meses seguintes ao seu ingressono Brasil, com a finalidade de tomar possede seu cargo pela primeira vez, livres dopagamento de emolumentos consulares, direitos aduaneiros, taxas e gravames conexos, que não constituam despesas de armalZenagem, capatazta e outros relativos aserviços análogos, os móveis e objetos deuso pessoal e doméstico destinados à suainstalação inclusive um veículo de uso pessoai:
b} os técnicos de nacionalidade não brasíleíra contratados pelo Banco, gozam dosprivilégios previstos na alínea a deste artigo, para a importação de móveis e objetosde uso pessoal e doméstico destinados à suamstalação e, também, caso o prazo do respectivo contrato seja igualou superior aum ano, de um automóvel;
:. e) os funcionários e técnicos contratadas,00 Banco, de nacionalidade brasíleíra, quetenham prestado serviços ao Banco no exterior, por mais de dois anos, desfrutarão,por ocasião de seu regresso definitivo aopais, das mesmas isenções mencionadas naletra a} do presente artigo, durante os seismeses seguintes à data em que hajam cessado suas funções. Para os efeitos de importação e transferência do veiculo de usopessoal, aplíear-se-ão as normas vigentespara os funcionários do Ministério das Relações Exteriores acreditamos no exterior,quando de seu regresso ao país;
d} com respeito à transferência de propriedade dos veículos a que se referem asletras a) e b) do presente artigo, aplicar-seão as normas estabelecidas para o CorpoDiplomático acreditado no Brasil.
Artigo V
Além dos privilégios especificados no presente Convênio, o funcionário que seja oRepresentante do Banco no país, desde quenão seja de nacionalidade brasileira e nãotenha residência permanente no Brasilgozará das isenções, privilégios e imunida':des. reconhecídos os representantes de 01'gamsmos internacionais e de assistênciatécnica em exercício de suas funções no~m. -
Artigo VIAos funcionários do Banco beneficiados
pelo presente Convênio será fornecida carteira .de identidade que certifique sua vínculação com o Banco e que solicite às autoridades brasileiras prestação de assistência e colaboração.
Artigo vnO presente Convênio não limitará nem
. prejudicará de qualquer modo o alcancedos privilégios e imunidades concedidos noConvênio Constitutivo do Banco.
Artigo VIIIO presente Convênio entrará em vigor na
data em que o Governo da República Federativa do Brasil notificar ao Banco suaaprovação, em conformidade com os dispositivos constitucionais, e poderá ser denunciado por qualquer das Partes, mediantenotificação escrita, cessando seus efeitos 6(seis) meses a contar da data do recebimento da notificação de denúncia.
Em testemunho do que, os abaixo assinados, representantes devidamente designados pelo Governo e pelo Banco, assinaramo presente Convênio, em dois exemplares;igualmente autênticos, em idioma português, na cidade de Brasília, aos vinte e um
dias do mês de janeiro de mil novecentose setenta e dois.
Pela República Federativa do Brasil. a) Mario Gibson Barbosa,
Pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. - a) Ewaldo Correia Lima.Of. n.o 463 - SAP/73.
Em 9 de outubro de 1973.
Exeelentíssimo Senhor Primeiro-Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essaSecretaria a Mensagem do ExcelentíssimoSenhor Presidente da República, acompanhada de Exposição de Motivos do SenhorMini~tro de Estado das Relações Exteriores,relatrva ao texto do Convênio entre a República Federativa do Brasil e o Banco Interamerícano de Desenvolvimento sobrePrivilégios e Imunidades do Banco, assinado em Brasília, a 21 de janeiro de 1972.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para OsAssuntos doGabinete Civil.A Sua Excelência o senhor .Deputado Dayl de AlmeidaM.D. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputadosBrasílía - DF.
PARECER DA COMISSAODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do RelatorCom base no artigo 81, inciso X da Cons
tituição foi firmado pelo Poder Executivo,em 21 de janeiro de 1972, o Convênio objetoda Mensagem n.? 344/73, encaminhado aoCongresso, ora em exame.
A matéria foi inicialmente distribuída àComissão de Relações Exteriores que examinando-a concluiu pela apresentação doProjeto de Decreto Legislativo n.v 132/73,com a seguinte redação:
O Congresso Nacional decreta:"Art. 1.° Fica aprovado o texto doConvênio entre a República Federativado Brasil e o Banco Interamericano deDesenvolvimento sobre Privilégios eImunidades do Banco, assinado em Brasília, a 21 de janeiro de 1972."Art. 2.° Este Decreto Legislativo entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário."
O mérito da proposição será examinadopela Comissão de Economia, Indústria eComércio.
A esta Comissão cabe a apreciação do projeto sob os aspectos de sua [urídíeídade econstítucionalidade e, dentro desses ângulos, nada ternos a objetar.
Pela constitucionalidade e [urídíeídade doProjeto de Decreto Legislativo é o nosso parecer.
Sala da Comissão, em 21 de novembro de1973. - Luiz Braz, Relator.
III - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua TUl'ma "A", realizada em21.11.73, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade do Projeto deDecreto Legislativo n,? 132173, nos termosdo parecer do Relator.
Estiveram presente os Senhores Deputados:
Ferreir.a do Amaral - Vice-Presidente, noexercício da Presidência, Luiz Braz - Re-
Iator, Alceu Oollares, Alfeu Gasparini Rildebrando Guimarães, Arlindo KunzlerCláudio Leite Élcio Alvares, Hamilton Xa~vier, Jaíro Magalhães, José Sally, LisâneasMaciel, Mário Mondino, Miro Teixeira, Osnelli Martinelli e Ruydalmeida Barbosa,
Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferrelta do Amaral, Vice-Presidente, 110 exercício da Presidência. - Lu,izBraz, Relator. '
MENSAGEM~.o 429, de 1973
(Do Poder Executivo)
Submete à consideração do Congresso Nacional, nos termos do artigo 72,parágrafo 7.°, da Constituição Federal,a execução do ato que concedeu reforma ao Segundo-Sargento João Lino Pereira, do Ministério da Marinha.
(A Comissão de de Fiscalizacão Financeira e Tornada de Contas).
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Tenho a honra de comunicar a Vossas Excelências que, nos termos do artigo 72, parágrafo '1.0, da Constituição, ordenei a exe
. cução do ato que concedeu reforma ao Se
. gundo-Sargento João Lino Pereira, do Ministério da Marinha.
Brasília, em 20 de novembro de 1973. Emílio G. Médici.EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N.o 105 N7/NE
- F. 3170/73 - CA - 1811, DE 22 DEOUTUBRO DE 1973, DO MINISTÉRIO DAMARINHA
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
O Tribunal de Contas da União denegoua concessão de reforma do 2.° SG-AT-FN50.0092.6 João Lino Pereira no posto deSegundo-Tenente nos termos dos artigos 25,alínea bJ, 27, alínea c), 30, alínea d), § 3.0,:n e 33, § 2.°, alínea b). da Lei n.O 2370 de9 de dezembro de 1954, percebendo o soldodeste posto e a gratificação da categoria"A" integrais e mais a gratificação de tempo de serviço, na forma dos artigos 1,°, 135,alíneas a) e b) , 138 § 1.0, 140 alíneas a) ec), 146 alínea d) e 188 do Código de Vencimentos dos Militares, contando 14 anos. 3meses e dias de serviço. por entender quea doença de que era portador o militar emquestão não poderia ser enquadrada no artigo 30, alínea d). da Lei n. O 2370 de 9 dedezembro de 1954, por não se tratar de casode alienação mental.
De acordo com o Parecer n.O I-167, de11 de janeiro de 1972, do Sr. Consultor-Geral da República, somente a partir da vigência da Lei n.? 4902, de 16 de dezembro de1965, a epilepsia ficou excluída do conceito de alienação mental.
Diz ainda o Sr. Consultor-Geral da República que a retroacão da citada Lei n.o4902, de 16 de dezembro de 1965, para alcançar os atos da passagem para a inatividade daqueles cuja doença fora constatada antes da sua vigência. foi consideradainadmissível para evitar-se tratamento contrário ao princípio constitucional da isonomia.
É ainda do pronunciamento do Sr. Consultor-Geral da República, "ante a recusado Egrégio Tribunal de Contas de concederregistro a tais atos, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, com fulcrono artigo 72, § 7,°, da Constituição, tem ordenado a execução dos mesmos, "ad referendum" do Congresso Nacional".
Considerando o exposto e tendo em vlsta o Parecer n,o 113/1973 da Consultoria Ju-
9144 Quinta-feira 22 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Novembro de 1913=:1
rídica da Marinha, por mim aprovado, submeto à aprovação de Vossa Excelência sejaexecutado o ato, "ad referendum" do Congresso Nacional, de acordo com o dispostono § 7.° do artigo 72 da Constituição.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito'. - Adalberlo de BarrosNunes, Ministro da Marinha.Of. n.o 583-SAP/73.
Em 20 de novembro de 1973.
A Sua Excelência o SenhorDeputado DAYL DE ALMEIDAMO. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputadosBRASíLIA - DF.Anexo: Processo n,o 00044Jl/69 - TCU
Excelentissimo Senhor primeiro-Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem na qual o Excelentísslmo Senhor Presidente da República comunica haver ordenado, nos termos do artigo 72, parágrafo 7.0, qa Constituição, aexecução do ato que concedeu reforma aoSegjlndo-Sargento João Lino Pereira, doMinistério da Marinha.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consíderaeão, - .João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para os Assuntosdo Gabinente Civil
PROJETO DE LEIN.o 1.'687, de 1973
(Do Poder Executivo)MENSAGEM N,o 428/73
Altera o Deereto-Ieí D.O 610, de 4 dejunho de 1969, que criou os QuadrosComplementares de Oficiais da Marinha.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Segurança Nacional e de finanças).
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os Quadros Complementares de
Oficiais do Corpo da Armada, do Corpo deFuzileiros Navais, do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais e do Corpo de Intendentes da Marinha, criados no Ministérioda Marinha pelo Decreto-Lei n.o 610, de4 de junho de 1969, destinam-se a suprirOs claros nos efetivos autorizados.
Parágrafo único. Os Oficiais dos Quadros Complementares exercerão cargos emOrganizações Militares da Matinha em terra ou a bordo dos navios, de acordo com asnecessidades e qualificações.
Art. 2.° Os Quadros Complementares te-rão a seguinte constituição:
Capitão-de-FragataCapitão-de-CorvetaCapitão-Tenente
Primeiro-Tenentei 1.0 O efetivo em cada posto dos Qua
dros Complementares será fixado, anualmente, pelo Poder Executivo, com base nototal de claros existentes nos correspondentes Corpos de oncíats de carreira.
§ 2.° Na fixação do efetivo a que se refere o parágrafo anterior, serão observadasas necessidades da Marinha em cada posto, levando em consideração o adequadoacesso.
§ 3.° Para renovação, equilíbrio e regularidade de acesso nos Quadros Complementares, o Poder Executivo poderá. aplicar
o disposto no Artigo 103 da Lei n.o 5.774,de 23 de dezembro de 1971 (Estatuto dosMilitares) para os postos de Capitão-deFragata e Capitão-de-Corveta fixando proporções de acordo com as necessidades daMarinha.
Art. 3.° Os Quadros Complementares serão formados por pessoal de nível universitário, diplomado por Institutos, Faculdadesou Escolas oficialmente reconhecidos peloGoverno Federal, que satisfizer as seguintes condições:
- Concluir com aproveitamento Curso ouEstágio de Adaptação ao Oficialato;
- Servir por três anos como Oficial daReserva em serviço ativo;
- Ser selecionado pela Comissão de Promoções de Oficiais.
Parágrafo único. As condições constantes neste artigo devem ser satisfeitas na ordem em que estão indicadas.
Art.4.0 Poderá candidatar-se à matríeula em Curso ou Estágio de Adaptação aoOficialato pessoal de nivel universitário quecontar menos de vinte e oito (28) anos deidade no dia 1.0 de janeiro do ano em queo Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato será iniciado e que satisfizer aos demais requisitos estabelecidos na regulamentação da presente Lei. Aos candidatos quesejam praças da ativa da Marinha poderáser concedida tolerância de até dois (2)anos no limite de idade.
§ 1.0 O Ministro da Marinha baixará instruções para a seleção dos candidatos à matricula nos Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato.
i 2.° Quando candidatos apresentaremidênticas condições na avaliação efetuadadurante a seleção, a seguinte prioridadeserá obedecida para a matrícula:
I - Segundos-Tenentes da Reserva, oriundos dos Centros e Escolas de Formação deOficiais da Reserva da Marinha;
II - Segundos-Tenentes da Reserva, oriundos dos Centros e Escolas de Formaçãoe Preparação de Oficiais da Reserva dasdemais Forças Armadas;
m - Praças oriundas do Corpo do Pessoal Subalterno da Armada e do Corpo doPessoal Subalterno do Corpo de FuzileirosNavais;
IV - Civis.
Art. 5.° O Ministro da Marinha baixaráinstruções para a Organização e o Iuncíonamento dos Cursos e dos Estágios de Adaptação ao Oficialato.
§ 1,° Para efeito da remuneração e precedência hierárquica, durante o Curso ouEstágio de Adaptação ao Oficialato, os candidatos de que trata o artigo anterior, serão considerados Guardas-Marinha, exeecão feita para os Segundos-Tenentes daReserva. oriundos dos Centros e ~scolas deFormacão de Oficiais da Reserva da Marinha e'dos Oentros e Escolas de Formaçãoe Preparação de Oficiais da Reserva dasdemais Forças Armadas, que são considerados Segundos-Tenentes.
§ 2.° O desligamento do Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato poderá serfeito em qualquer fase do seu funcionamento, por ato do Ministro da Marinha.
§ 3.0 As praças mencionadas no item lUdo § 2.° do artigo anterior, que forem desligadas, poderão retornar ao -CP8A ouCPSCFN na situação que tinham ao serem matriculados no Estágio da Adaptaçãoao Oficialato
§ 4.° Todas as vantagens e prerrogativas concedidas ao candidato cessarão nadata do seu desligamento ao Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato.
Art. 6.° Os candidatos aprovados noCurso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato serão nomeados Segundos-Tenentes daReserva da Marinha, se ainda não tiveremeste posto, e imediatamente designados para o serviço ativo.
§ 1.° A designação para o Serviço Ativodo Segundo-Tenente da Reserva não implicará em Compromisso de tempo minimode prestação de serviço podendo, a qualquer tempo ser licenciado a pedido, ou licenciado "ex-officio" a bem da disciplina.
§ 2.0 A precedência hierárquica entre osSegundos-Tenentes da Reserva em serviçoativo obedecerá à classificação final obtidano Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato e, em caso de igualdade, será obedecida a precedência já enunciada no § 2.0.do artigo 4.°.
Art. 7.0 Ao completar três (3) anos deserviço como Oficial da Reserva em serviçoativo o Segundo-Tenente será licenciado"ex-offício" a não ser que tenha encaminhado requerimento na forma prevista noartigo 8.0 desta Lei.
§ 1.° Os Segundos-Tenentes ao serem licenciados, nas condições estabelecidas neste artigo, receberão seis (6) soldos de Segundo-Tenente como indenização.
§ 2.0 Os Segundos-Tenentes da Reserva.em serviço ativo que forem licenciados ~
pedido ou "ex-officio" a bem da disciplina'antes de terem completado três (3) -anos de)serviço nesta situação não farão jus à in....denízação financeira,
Art. 8.° No período compreendido entrecento e vinte (120) e noventa (90) dias antes de completar três (3) anos de serviçocomo Oficial da Reserva em serviço ativoos Segundos-Tenentes poderão requerer suapermanência definitiva nos Quadros Complementares de Oficiais da Marinha.
§ 1.0 A Comissão de Promoções de Oficiais selecionará os requerentes de acordocom as normas e requisitos que forem estabelecidos na regulamentação da presentel~ '
§ 2,0 O Ministro da Marinha despacharáos requerimentos, de acordo com a seleçãorealizada pela Comissão de Promoções deOficiais e com o número de vagas existentes.
§ 3.° Os Oficiais que tiverem seu requerimento deferido, serão nomeados PrimeiJros-Tenentes dos Quadros Complementares:de Oficiais.
§ 4.° A precedência hierárquica entre osOficiais nomeados na mesma data será aoque vigorar por ocasião da nomeação.
§ 5.° Os Oficiais que tiverem seu requerimento indeferido serão licenciados no serviço ativo "ex-officío" e receberão indenização financeira de acordo com o disposto.no parágrafo 1,0 do artigo 7.0.
Art. 9.° Ressalvado o disposto nesta lei,os Oficiais dos Quadros Complementaresterão as mesmas honras, direitos, prerrogativas, deveres. responsabilidades e remuneração prevístos em Leis e Regulamentospara os Ofieiais de carreira.
Art. 10. Aos Oficiais dos Quadros Complementares serão aplicadas, no que couber, as disposições do Regulamento, para aMarinha da Lei de Promoções d()ll Oficiaisda Ativa das Forças Armadas, ressalvadasas determinações estabelecidas na present.~lei e em sua regulamentação.
Jqove!nbro de 1913 DIARJO no CON'fiRESSO NACIONAL <Se9ão D' Quinta-feira 22 9145
§ 1.0 As vagas em cada posto serão preenchidas:
a) de Capitão-Tenente - por critério exclusivo de antiguidade;
b) de Capitão-de-Corveta - três (3) v~gas por merecimento e uma (1) por antiguidade; e
c) de Capitão-de-Fragata - pelo critério 'Único de merecimento.
§ 2.0 Outras eondíções peculiares deacesso, nos Quadros Complementar~, serão estabelecidas na regulamentaçao dapresente lei.
Art. 11. Aos Oficiais que integram osQuadros Complementares criados na formado Decreto-Lei n.o 610, de 4 de junho de1969 é assegurada a situação atual, notoca~te a posto, antiguidade e demais prerrogativas e direitos.
Parágrafo único. Aos candidatos aosQuadros Complementares que se encontramem Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato na data da publicação da presentelei serão garantidos os direitos previstosno' Decreto-Lei n.O 610, de 4 de junho de1969.
Art. 12. Os Oficiais de que trata o artigo 11 que na data da publicação destalei, contem menos de três (3) anos de serviço após a nomeação, poderão beneficiarse da indenização prevista no parágrafo 1.0do artigo 7.°, desde que requeiram demissãodo servíco ativo no período compreendidoentre cento e vinte (120) e noventa (90)dias antes de completar três (3) anos deserviço.
Art. 13. Aos candidatos aos QuadrosComplementares que se encontrem em Curso ou Estágio de Adaptação ao Oficialato,na data da publicação da presente lei, quevenham a ser nomeados Oficiais dos Quadros Complementares, devido ao estabelecido no artigo 11, estende-se o disposto noartigo anterior.
Art. 14. Fica extinto o Quadro Complementar do Corpo de Saúde.
Art. 15. As despesas com a execução dapresente lei, serão atendidas pelos recursosorçamentários do Ministério da Marinha,sendo as indenizações previstas nesta leiatendidas pelos elementos de despesa correspondentes ao pagamento de pessoal militar da ativa.
Art. 16. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de sessenta(60) dias, a contar da data de sua publicação.
Art. 17. Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 18. Revogam-se as disposições emcontrário.
Brasília, em de de 1973.LEGISLAQÃO OlTADA
DECRETO-LEI N.D 610DE 4 DE JUNHO DE 1969
Cria Quadros Complementares deOficiais da Marinha de Guerra.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o § 1.° do art.2.° do Ato Institucional n.o 5, de 13 de dc"'7zembro de 1968, decreta:
Art. 1.0 Ficam criados no Ministério daMarinha Quadros Complementares de Oficiais do Corpo da Armada, do Corpo deFuzileiros Navais, do Corpo de Engenheirose Técnicos Navais, do Corpo de Intendentesda Marinha e do Corpo de Saúde da Marinha.
Parágrafo único. Os Quadros Complementares de oncaís destinam-I>jl 3 Sj,l.Plir
eventuais claros de oficiais nos efetivos estabelecidos com a Lei n.O 5.520, de 31 de outubro de 1968.
Art. 2.° Os oficiais dos Quadros Complementares exercerão funções em organizações militares da Marinha de Guerra emterra, ou a bordo dos navios, de acordo comas respectivas lotações.
Art. 3.0 Os Quadros Complementares serão formados com: '
a) Segundos-Tenentes e Guardas-Marínhas da Reserva da Marinha, oriundos dosCentros e Escolas de Formação de Oficiaisda Reserva da Marinha, que requererem suaadmissão nesses Quadros; e
b) pessoal de nível universitário, incluídos os de nivel operacional, diplomados porInstitutos, Faculdades e Escolas, oficialmente reconhecidos pelo Governo Federal,que requererem sua admissão nesses Quadros.
Art. 4.° Os candidatos aos Quadros Complementares, de que trata o artigo anterior,obrígar-se-ão a um curso ou estágio deadaptação, para serem admitidos nos Quadros Complementares.
§ 1.0 O pessoal de que trata a letra bdo artigo anterior será considerado Guarda-Marinha, para efeito de vencimentos,uso de uniformes e precedência hierárquica,durante o curso ou estágio.
§ 2.0 O Ministro da Marinha baixaráInstruções para a organização e funcionamento do curso ou estágio de adaptação,que terá a duração mínima de três meses.
§ 3.0 O não aproveitamento no curso ouestágio de adaptação, ou falta de conceitofavorável, impedirá definitivamente a admissão nos Quadros Complementares.
§ 4.° O desligamento do curso ou estágio de adaptação poderá ser feito em qualquer fase de seu funcionamento, por ato doMinistro da Marinha.
§ 5.° Todas as vantagens e prerrogativasconcedidas ao candidato cessarão na datado seu desligamento do curso ou estágio deadaptação.
Art. 5.° A admissão nos Quadros Com< plementares será feita mediante:
a) conclusão, com aproveitamento, docurso ou estágio de adaptação; e
b) conceito favorável.§ 1.0 O posto inicial para admissão nos
Quadros é o de Segundo-'J;'enente.§ 2.° A ordem de admíssão nos Quadros
Complementares, para efeito de antiguidade, obedecerá à classificação final obtidano curso ou estágio, com precedência dosoficiais oriundos dos Centros e Escolas deFormação de Oficiais da Reserva da Marinha.
§ 3.° Os oficiais admitidos nos QuadrosComplementares, na forma deste artigo,contam tempo de efetivo serviço, comooficiais, a partir da data do inicio do respectivo curso ou estágio de adaptação.
Art. 6.° Os Quadros Complementares te-rão a seguinte constituição:
Capitão-de-Fragata, Capitão-de-Corveta, Capitão-Tenente, l.°-Tenente e 2.0Tenente.
§ 1.0 O efetivo em cada posto dos Quadros Complementares será fixado, anualmente, pelo Poder Executivo, com base nototal de claros existentes nos correspondentes Corpos e Quadros de oficiais de carreira.
§! 2.° Na fixação do efetivo a que serefere o parágrafo anterior, serão observa-
das as necessidades da Marinha de Guerraem cada posto.
§ 3.0 A fim de possibilitar o acesso dosoficiais em qualquer dos Quadros Complementares, o Poder Executivo, face à inexistência ou insuficiência de vagas, poderá,independentemente do disposto no § 1.0, estabelecer um número adicional de vagas emconespondência às seguintes proporções:
Para os Oapitães-Tenentes - até 1/10do efetivo lixado em lei para o mesmoposto dos correspondentes Corpos ouQuadros de carreira;Para os Capitães-de-Corveta - até 1/8do efetivo fixado em lei para o mesmoposto dos correspondentes Oorpos ouQuadros de carreira;Para os Capitães-de-Fragata - até 116do efetivo fixado em lei para o mesmoposto dos correspondentes Corpos ouQuadros de carreira.
§ 4.° Para renovação, equilíbrio e regularidade de acesso nos Quadros Complementares, o Poder Executivo poderá aplicaro disposto no art. 14, letra e, da Lei número4.902, de 16 de dezembro de 1965, para ospostos de Capitão-de-Fragata e Capitãode-Corveta. fixando proporções de acordocom as necessidades da Marinha de Guerra.
Art. 7.° Ressalvado o disposto neste Decreto-Lei, os oficiais dos Quadros Complementares terão as mesmas honras, direitos,prerrogativas, deveres, responsabilidades eveneímentos previstos em leis e regulamentos para os oficiais de carreira.
Parágrafo único. Os oficiais dos QuadrosComplementares usarão uniformes e os dispositivos que lhes forem atribuídos pelo regulamento de uniformes da Marinha deGuerra (RUMG).
Art. 8.° As vagas em cada posto serãopreenchidas: -
a) de Primeiro-Tenente - pelo critérioexclusivo de antiguidade;
b) de Capitão-Tenente - uma vaga pormerecimento e uma por antiguidade; .
c) de Capitão-de-Corveta - três vagaspor merecimento e uma por antiguidade; e
d) de Capitães-de-Fragata - pelo critério exclusivo de merecimento.
Art. 9.° As condícões peculiares de aces-'so, nos Quadros Complemerrtares, serão estabelecidas na regulamentação do presenteDecreto-Lei.
Parágrafo único. Aos oficiais dos Quadros Complementares serão aplicadas, noque couber, as disposições da Lei de Premocões para os Oificais da Marinha. e respectivo regulamento, ressalvadas as determinações estabelecidas no presente DecretoLei.
Art. 10. Será transferido para a reservanão remunerada o oficial do Quadro Complementar que incida nos casos previstosnas letras b, c e d do art. 14 da Lei nO 4.902,de 16 dezembro de 1965, desde que contemenos de dez anos de efetivo serviço.
Art. 11. Ficam incluídos nos QuadrosComplementares de que trata o art. 1.0 deste Decreto-Lei os oficiais que, atualmente,integram os Quadros Complementares criados pela Lei n.o 3.885, de 2 de fevereiro de1961 respeitada a situação individual decad~ um, no tocante a posto, antiguidadee demais prerrogativas.
Art. 12. As despesas com a execução dopresente Decreto-Lei serão atendidas deacordo com as disponibilidades orçamentárias.
Art. 13. O Poder Executivo regulamentará o presente Decreto-Lei no prazo de ses«
9146 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Novembro de 1973
senta (60) dias, a contar da data de suapublicação.
Art. 14. Este Decreto-Lei entra em vigorna data de sua publicação.. Art. 15. Ficam revogadas a Lei n.O 3.885,'de 2 de fevereiro de 1961, e demais disposições em contrário.
Brasília, 4 de junho de 1969; 148.° da Independência e 81.° da República. - A. COSTA E SILVA - Augusto Hamann Rademaker GrÜnewald.
LEI N.o 5.774DE 23 DE DEZEMBRO DE 1971
Dispõe sóbre o Estatutos dos Militarese dá outras providências.
' .Art. 103. A quota compulsória, a que se
refere o item VI do artigo 102, é destinadaà renovação, ao equilíbrio e a regularidadede acesso nos diferentes Corpos, Quadros,Armas ou Serviços, assegurando, anual eobrigatoriamente, um mínimo de vagas na,ra promoção, nas proporções abaixo indicadas, sempre que tal mínimo n~o tenha sidoalcançado com as vagas oeorrídas duranteo ano considerado ano-base:
I - Almirantes-de-Esquadra, Generaisde-Exército e Tenentes-Brigadeiros: 1/4 dosrespectivos Quadros;
II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros: 1/4 dos respectivos Quadros;
lU - Contra-Almirantes, Generais-deBrigada e Brigadeiros: 1/4 dos respectivosQuadros;
IV - Capitães-de-Mar-e-Guerra e Coronéis: no mínimo 1/8 dos respectivos Corpos,Quadros, Armas ou Serviços;
V - Capitães-de-Fragata e Tenentes- Coronéis: no mínimo 1/15 dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços;
VI - Capitães-de-Corveta e Majores: nomínimo 1/20 dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços; e
VII - oficiais dos 3 (três) últimos postosdos Quadros de que trata a letra b do itemI do artigo 102: 1/4 para o último nôsto, de1/10 a 1/6 para o penúltimo pósto e nomáximo 1/10 para o antepenúltimo pôsto,dos respectivos Quadros, exceto quando oúltimo c o penúltimo postos forem Capitão-Tenente ou Capitão e Primeiro-Tenente, caso em que as proporções poderão variar de 1/10 a 1/4 e 1/20 a 1/10, respectivamente.
§ 1,0 O número de vagas para promoçãoobrigatória em cada ano (ano-base) paradeterminado pôsto, observado o disposto no§ 3.0, será fixado até o dia 15 (quinze) dejaneiro do ano seguinte, e dêsse númeroserão deduzidas, para o cálculo da quotacompulsória:
a) as vagas fixadas para o pôsto imediatamente superior, no referido ano-base; e
b) as vagas havidas durante o ano-basee abertas a partir de 1.0 (primeiro) de janeiro até 31 (trinta e um) de dezembro,inclusive.
§ 2.° As vagas constantes da letra b do§ 1.0 são consideradas abertas:
a) na data da assinatura do ato que pro.move, passa para a inatividade, demite, ouagrega o militar; e
b) na data oficial do óbito.§ 3.° Não estão enquadradas na letra b
do § 1.0 as vagas:a) que resultarem da fixação de quota
compulsória para o ano anterior ao ano-base; e
b) que, abertas durante o ano-base, tiverem sido preenchidas por oficiais excedentes nos Corpos, Quadros, Armas ou Serviçosou que a êles houverem revertido em virtude de terem cessado as causas que derammotivo à agregação, observado o dispostono § 6.°.
§ 4.° As proporções a serem observadasnos itens, IV, V, VI e VII serão fixadas emdecreto, separadamente, na Marinha, noExército e na Aeronáutica, tendo em vistaa manutenção anual de um fluxo regular eequilibrado de carreira para os oficiais, nosdiferentes Corpos, Quadros, Armas e Serviços.
§ 5.° As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas nesteartigo serão adicionadas, cumulativamente,aos cálculos correspondentes dos anos se.guintes, até completar-se pelo menos 1(um) inteiro que, então, será computadopara a obteneão de uma vaga para promoção obrigatória.
§ 6.° As vagas decorrentes da aplicaçãodireta da quota compulsória e as resultantes das promoções efetivadas nos diversospostos em face daquela aplicação inicialnão serão preenchidas por oficiais excedentes ou agregados que reverterem em virtudede haver cessado as causas da agregação.
§ 7.0 As quotas compulsórias só serãoaplicadas quando houver, no pôsto imediatamente abaixo, oficiais que satisfaçam ascondições de acesso.............................................
MENSAGEM N.o 428DE 1973, DO PODER EXECUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membro.q doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas EXcelências, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado da Marinha, o anexo pro,[eto de lei que "altera o Decreto-lei n.O 610,de 4 de junho de Hl69, que criou Os Quadros Complementares de Oficiais da Marinha".
Brasília, em 20 de novembro de 1973. Emílio G. Médici.
EXPOSIÇãO DE MOTIVOS , .M-8/JG-CA 1238-N.0 0205. DE 7 DE NOVEIVIBRO DE 1973, DO MINISTÉRIO DAMARINHA.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Durante um certo período da vida naclo.,nal, a juventude se retraiu com relação aoingresso na carreira militar, reduzindo-se,ao longo do tempo, os efetivos de Oficiaisdos diversos Quadros da Marinha.
O reflexo desta situação, levou a um esvaziamento substancial do efetivo, principalmente nos postos iniciais da carreira.Tal situação tende a se agravar, na medidaem que a Marinha cresce, em consonânciacom o atual desenvolvimento da Nação.
A nova consciência nacional implantadano Pais, graças às medidas adotadas peloGoverno da República, tem, em realidade,nos últimos anos, produzido uma maiorafluência aos concursos de admissão às Escolas de Formação de Oficiais. Entretanto,mesmo com a Escola Naval já funcionandona máxima capacidade de suas atuais instalações, seria necessário um período bastante longo para que se pudesse superaras deficiências atuais nos Quadros de Oficiais que é ainda agravada pelas reduçõesnormais provenientes das demissões, reformas por invalidez e transferência para aReserva Remunerada.
Estudos realizados pela AdministraçãoNaval, visando a atenuar os efei i.os da faltade pessoal, concluíram pela necessidade deincrementar a obtenção de pessoal em outras fontes que não somente a Escola Naval,em resultado do que, foram criados os Quadros Complementares de Oficiais da Marinha, através o Decreto-lei n.? 610, de 4 dejunho de 1969, regulamentado pelo Decreton.o 65.312, de 9 de outubro do mesmo ano.Iniciada com cuidados, para evitar problemas de ordem administrativa, a obtençãocomplementar de Oficiais ganhou impulsoem 1971 quando foi empreendida campanha de divulgação no meio universitário ese sentiu que a receptividade do programaentre os jovens foi a melhor possível.
Entretanto, a experiência adquirida coma aplicação da legislação acima indicada,que representa um corajoso passo na solução do problema, demonstrou a necessidade de ajustá-la de forma a permitir omelhor aproveitamento do pessoal da Re.serva, dentro do que estabelece a Lei doServiço Militar.
Como conseqüência foi a matéria reestudada chegando-se a conclusão de que seria mais aconselhável aplicar o que dispõea citada Lei do Serviço Militar, empregando-se os Segundos-Tenentes de acordo como que rege esta Lei e só se admitindo nosQuadros ,Complementares, nl? .Pt?sto de Primeiro-Tenente, aqueles OfICIaIS que de.monstrassem reconhecido pendor para acarreira naval.
Tal procedimento trará como resultadoprático, a vantagE;m de, aléf!.l de preervheros claros nos eretívos, que sao maiores nospostos iniciais melhorar a qualidade dopessoal da reserva e só reter aqueles quepor sua capacidade técnica e ajustamento àcarreira militar sejam voluntários a permanecer na Marinha.
A fim de compensar as despesas com oscursos que realizaram por sua conta e risco, poupando a Marinha deste _dispêndio ~erecursos chegou-se a conclusão que seriajusto e 'razoável a indenização por tempode servico que além do mais serviria comoatrativo' para os jovens que naturalmenteenfrentam dificuldades no início de suascarreiras.
O projeto de lei que tenho a honra desubmeter à alta consideração de Vossa Excelência tem o propósito de atualizar a legislação em vigor sobre o assunto, bem como de tornar o servtco Naval mais atraen,te e compensador pára a juventude universitária, permitindo um eventual aproveitamento numa carreira regular, porémlimitada, daqueles que demonstrarem maiorpendor e aptidão para a vida naval. Alémdisto as despesas com indenizações serãosempre menores do que o pagamento deproventos na inatividade redundando emreal economia para a Nação.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito, - Adalberto de BarrosNunes, Ministro da Marinha.Of. n.o 582-SAP/73.
Em 20 de novembro de 1973.A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaM.D. primeiro-Secretário da Câmara do"DeputadosBrasília-DF
Excelentíssimo Senhor primeiro-Secretário:
Tellho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentissimo Senhor Presidente da República, acompanhada de Exposição de Motivos do Senhor Mi-
_nistro de Estado da Marinha, relativa a
Novembro de 19'73 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão It
projeto de lei que "altera o Decreto-lei n.o610, de 4 de junho de 1969. que criou osQuadros Complementares de Oficiais daMarinha".
Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. loão Leitão deAbreu, Ministro Extraordinário para os assuntos do Gabinete Civil.
PROJETO DE LEIN.o 1.688, de 1973
(Do Poder Executivo)MENSAGEM N.o 430/73
Dispõe sobre a utilização e a exploração dos aeroportos, das facilidades ànavegação aérea, e dá outras providências.
(As Comissões e Justiça, de Transportes e de Finanças).
() Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os aeroportos e suas instalações
'serão projetados, construídos, mantidos,operados e explorados diretamente pelaUnião ou por entidades da AdministraçãoFederal Indireta, especialmente constituídias para aquelas finalidades, ou, ainda,mediante concessão ou autorização, obedecidas as condições nelas estabelecidas.
'Art. 2.0 A efetiva utilização de áreas, edifícios, instalações, equipamentos, facilidades e serviços de um aeroporto está sujeitaao pagamento referente aos preços que ineídírem sobre a parte utilizada.
Parágrafo único. Os preços de que trataeste artigo serão pagos ao Ministério daAeronáutlca ou às entidades de Administração Federal Indireta responsáveis pela administração dos aeroportos, e serão representados:
a - por tarifas aeoroportuárias, aprovadas pelo Ministro da Aeronáutica, para aplicação geral em todo o território nacional;
,~b - por preços específicos estabelecidos,para as áreas civis de cada aeroporto, peloórgão ou entidade responsável pela administração do aeroporto.
Art. 3.0 As tarifas aeroportuárias a quese refere o artlgo anterior, são assim denominadas e caracterizadas:
I - Tarifa de embarque devida pela utilização das instalações e serviços de despacho e embarque da Estação de Passageiros;incide sobre a passageiro do transporte aéreo;, II - Tarifa de pouso - devida pela uti
lização das áreas e serviços relacionadoscom as operações de pouso, rolagem e estacionamento da aeronave até 3 (três) horasapós o pouso; incide sobre o proprietárioou explorador da aeronave;
IH - Tarifa de permanência - devidapelo estacionamento da aeronave, além das3 (três) primeiras horas após o pouso; incide sobre o proprietário ou explorador daaeronave;
IV - Tarifa de armazenagem e eapatazía - devida pela utilização dos serviços relativos à guarda, manuseio, movimentaçãoe controle da carga nos Armazéns de CargaAérea dos aeroportos; incide sobre o consignatário, ou o transportador no caso decarga aérea em trânsito.
Art. 4.0 OS preços específicos a que serefere a letra b, do parágrafo único, do artigo 2.°, são devidos pela utílzação de áreas,edificios, instalações, equipamentos, faeiltdades e serviços, não abrangidos pelas tarifas aeroportuárias; incide sobre o usuã-,rio ou concessionário dos mesmos.
Art. 5.0 Os recursos provenientes dos nagamentos a que se refere o artigo 2.°, desta Lei, inclusive de multas contratuais, correção monetária e juros de mora, constituirão receita própria:
I - do Fundo Aeoroviário, no caso dosaeroportos diretamente administrados peloMinistério da Aeronáutica; ou
Ir - das entidades da Administracão Federal Indireta, no caso dos aeroportos porestas administrados.
Art. 6.° O atraso no pagamento das tarifas aeroportuárias, depois de efetuada acobrança, acarretará a aplicação cumulativa, por quem de direito, das seguintes sanções:
I - após 30 (trinta) dias, cobranca decorreção monetária e juros de mora de 1%(um por cento) ao mês;Ir - após 120 (cento e vinte) dias, sus
pensão ex officio das concessões ou autorizações;
IU- após 180 (cento e oitenta) dias, cancelamento sumário das concessões ou autorízações.
Art. 7.° FiCam isentos de pagamento:I - Da Tarifa de Embarque
a - os passageiros de aeronaves militares e de aeronaves públicas brasileiras daAdministração Federal Direta;
b - os passageiros de aeronaves em vôode retorno, por motivos de ordem técnica oumeteorológica ou, ainda, em caso de acidente, por ocasião do reembarque;
e - os passageiros em trânsito;
d - os passageiros de menos de 2 (dois)anos de idade;
e - os inspetores de Aviação Civil;quando no exercício de suas funções;
f - os passageiros de aeronaves militarés ou públicas estrangeiras; quando ematendimento à reciprocidade de tratamento;
g - os passageiros, quando convidados doGoverno brasileiro.
11 - Da Tarifa de Pousoa - as aeronaves militares e as aerona
ves públicas brasileiras da AdministraçãoFederal Direta;
b - as aeronaves em vôo de experiênciaou de instrução;
e - as aeronaves em vôo de retorno pormotivo de ordem técnica ou meteorológica;
d - as aeronaves militares ou públicasestrangeiras; quando em atendimento à reciprocidade de tratamento.
m - Da Tarifa de, Permanênciaa - as aeronaves militares e as aerona
ves públicas brasileiras da AdministraçãoFederal Direta;
b - as aeronaves militares e públicas estrangeiras; quando em atendimento à reciprocidade de tratamento;
c - as demais aeronaves:1 - por motivo de ordem meteorolôgíca;
pelo prazo do impedimento;
2 - em caso de acidente; pelo prazo quedurar a investigação do acidente;
3 - em caso de estacionamento em áreasarrendadas pelo proprietário ou explorador4a aeronave.
IV - Da Tarifa de Armazenamento· e~apata~ - -
,a - as ~ercadorias e materiais que, por
força de ler, entrarem no País com ísencãode direitos; por prazo inferior a 30 (trinta)dias; .
b - as mercadorias e materiais que forem -adquiridos direta ou indiretamente pela União, com destino à infra-estrutura aeronáutica; por prazo inferior a 30 (trinta)dias. .
Art. 8.° A utilização das instalações eserviços destinados a apoiar e tornar segura a navegação aérea, proporcionadas peloMinistério da Aeronáutica, está sujeita aopagamento da tarifa de uso das comunicações e dos auxílios à navegação aérea emrota.
Parágrafo único. A tarifa de que trataeste artigo será aprovada pelo Ministro daAeronáutica, mediante proposta do órgãocompetente do Ministério da Aeronáutica,para aplicação geral em todo o territórionacional.
Art. 9.° O atraso no pagamento da tarifa de uso das facilidades à navegação aérea em rota, implicará na aplicação d:wmesmas sanções previstas no artigo 6.0desta Lei.
Art. 10. Ficam isentas do pagamento datarifa de uso das comunicariíes e dos auxílios à navegação aérea em rota:
I - as aeronaves militares e as aeronaves públicas brasileiras da AdministraçãoFederal Direta;II - as aeronaves em vôo de experiência
ou de instrução;ITI - as aeronaves em vôo de retorno por
motivo de ordem técnica ou meteorológlca;
IV - as aeronaves militares e públicasestrangeiras; quando em atendimento à reciprocidade de tratamento.
Art. 11. O produto da arrecadação da tarifa a que se refere o artigo 3.0, constituiráreceita do Fundo Aeroviário.
Art. 12. O Poder Executivo, no prazo de60 (sessenta) dias, regulamentará a presente Lei.
Art. 13. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial, os artigos6.°, 7.°, 3.°, parágrafo único do artigo 11 eparágrafos 1.0 e 2. do artigo 12, do Decretolei n.o 270, de 28 de fevereiro de 1967, e oDecreto-lei n.o 683, de 15 de julho de 1969.
Brasília, em de de 1973.
LEGIS~AÇif..O CITADA
DECRETO-LEI N.o 270,DE 23 DE FEVEREffiO DE 1967
Cria o Fundo Aeroviário e o ConselhoAeroviário Nacional e dispõe sôbre aconstituição do Plano Aeroviário Nacional e a utilizacão da Infra-estruturaAeroportuária Brasileira, estabelecendoas taxas correspondentes.
O Presidente da República, no uso dasatribuições que lhe confere o § 2.0 do art.9.0 do Ato Institucional n.o 4, de 7 de dezembro de 1966, decreta:
Art. 1.0 Fica criado, no Ministério da.lAeronáutica, sob a sua administração, umfundo de natureza contábil, denominadoFundo Aeroviário, observadas as condiçõesestabelecidas no presente Decreto-Lei.
Art. 2.° O Fundo Aeroviário será aplicado na execução e manutenção do que prevê o Plano Aeroviário Nacional, podendoser aplicado no custeio de projetos, execução e manutenção de instalações aeroportuárias, na proteção ao vôo, bem como
,,~
$_ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D Novembro de 1973
'iftlJ custeio da adifttlfrstí'a.ção dos aeropor~s e de suas instalações., Art. 3.° O Fundo Aeroviário será consltituído por:
a) quota do Impõsto trníeo sôbre Lubrii(ficantes e Combustíveis líquídos e gasosos,-/destinada ao Ministério da Aeronáutica pelia Lei n.O 4.452, de 5 de novembro de 1964;
b) verbas orçamentárias, créditos especiais, recursos internacionais;
c) de quaisquer outros recursos que lhe[orem expressamente atribuídos.
Art. 4.° Fica criado o Conselho Aeroviário Nacional, no Ministério da Aeronáutica,tendo por objetivo:
a) a elaboração e atualização permanente do Plano Aeroviário Nacional;
b) a orientação, coordenação e fiscalização da execução dos programas anuais paraa aplicação do Fundo, como parte do Planode Ação do Ministério da Aeronáutica, calcado no Plano Aeroviário Nacional;
c) o exame dos valôres das taxas aeroportuárias com vistas à sua permanente atualização;
d) estudar e propor, ao Ministro da Aeronáutica, diretrizes para aplicação do FundoAeroviário.
Art. 5.° O Conselho Aeroviário Nacionalserá constituído por ato do Poder Exccutivo.
Parágrafo único. No desempenho deSUas atribuições, o Conselho Aeroviário devera reunir-se trimestralmente para apreciação de matéria relativa à Políttca Aeroviária, ou sempre que necessárío, por convocação do Presidente do Conselho.
Art. 6.0 As taxas aeroportuárias representam a retribuição pela utilização da infra-estrutura aeronáutíca e se classificamem cinco categorias, assim denominadas edefinidas:
a) Taxa de embarque - devida pela uti:lização das ínstalacôes das Estações de Passageiros, incide sõbre o usuário do Transporte Aéreo;
b) Taxa de pouso - devida pela utilização da infra-estrutura aeronáutica, InclusíVE' pelo estacionamento de aeronave até trêshoras após o pouso, incide sôbre o proprietário ou explorador da aeronave;
e) Taxa de permanência - devida pelapermanência da aeronave na área do aeroporto, além das três primeiras horas após opouso incide sôbre o proprietário ou explorador da aeronave;
d)' Taxa de arrendamento de área - devida pela locação de áreas, cobertas ou não,nos aeroportos, incide sôbre as pessoas naturais ou jurídicas arrendatárias das áreas;
e) Taxa de armazenagem e eapatazía devida pela armazenagem de carga aérea,em armazéns de carga aérea, geridos pelasAdministrações de aeroportos, incide sôbreo consignatário da carga.
Art. 7.° As taxas aeroportuárias serãoaprovades pelo Ministro da Aeronáutica,mediante proposta do Conselho Aeroviário,obedecidos os critérios a serem estabelecidospara a sua quantificação.
Art. 8.° Ficam isentas do pagamento:I - das taxas de embarque:
a) os passageiros de aeronaves pública&;.b) os passageiros em trânsito;e) os passageiros de aeronaves em vôo
i:le retõrno, por razões de ordem técnica,meteorológica, ou em casos de acidente pOI:ocaSlaO de reembarque; .
d) os tripulantes, os inspetores de aviação civil e os instrutores e alunos de cursosde pilotagem, quando em vôos de instruçãoem aeronaves de aeroelubes ou escolas depilotagem, os funcionários civis e os militares, quando a serviço, bem como os funcionários das emprêsas de transporte aéreo,em viagens a serviço;
II -- das taxas de pouso;a) as aeronaves públicas brasileiras;b) as aeronaves em vôos de experiências
ou de instrução;c) as aeronaves em vôos de retôrno, por
razões de ordem técnica ou meteorológica;d) as aeronaves de aeroclubes e escolas de
aviação, quando empregadas exclusivamente na formação e adestramento de pIlotos;
c) as aeronaves, estrangeiras, públicas ouprivadas, quando em missão oficial ou diplomática, transportando convidados doGovêrno Brasileiro.
III - das taxas de permanência:a) as aeronaves públicas brasileiras;b) as aeronaves privadas:
1) por motivos de ordem técnica, peloprazo máximo de cinco dias;2) por razões de ordem meteorológica,pelo prazo de impedimento;3) em caso de acidente pelo prazo quedurar a investigação de acidente, pelasautoridades competentes;4) em caso de estacionamento em áreasarrendadas pelo explorador de aeronave;
c) as aeronaves, estrangeiras, públicas ouprivadas, quando em missão oficial ou diplomátíea, transportando convidados doGovêrno brasileiro;
IV - das taxas de arrendamento deáreas:
- as utilizadas para ínstalaeões de serviços públicos, explorados diretámente pelaUnião, Estados ou Municipios;
V - das taxas de armazenagem de carga:
a) as mercadorias e materiais que foremadquiridos por conta da União, para o serviço da República;
b) as mercadorias e materiais que, porfôrça da lei, entrarem no País com rsencâode direitos, por prazo inferior a 30 díasr
e) as malas postais.
Art. 9.° Fica o Ministério da Aeronáutica autorizado a realizar operações de crédito com estabelecímentos nacionais ou estrangeiros, com o objetivo de implementaro Plano Aeroviário Nacional, desde que nãocaucione, por ano, importância superior a50% (cinqüenta por cento) do quantitativoestimado, no Fundo Aerovíãrío, para cadaexerC1ClO .
Art. 10. Para fim de aplicação dêste Decreto-Lei, entender-se-a que:
I -- o Plano Aeroviário Nacional englobará tod~ planejamento relativo ao projeto eexecuçao dos Aeródromos e aeroportos, edificações, pistas de pouso, ínstalaeões necessárias à operação aérea, serviços dentro efora da área dos aeroportos e aeródromos,destinados a facilitar e tornar seguros a navegação aérea, tráfego aéreo, telecomunicações, meteorologia, coordenação de busca esalvamento, informações aeronáuticas, bemcomo as instalações de auxílio rádio e vi-
~ suaís;
II - aeródromo é tôda a área destinada achegadas, partidas e movimentos de aeronaves;
In -- aeroportos são os aeródromos públicos, destinados ao tráfego de aeronaves emgeral, dotados de instalações e facilidadespara apoío de operação de aeronaves e deembarque e desembarque de pessoas oucargas.
Art. 11. O Plano Aeroviário Nacional será constituído de:
I -- rêde de aeroportos e aeródromos;II -- rêde de proteção ao vôo.Parágrafo único. As rêdes componentes
do Plano Aeroviário Nacional serão elaboradas e atualizadas pelos órgãos competentesdo Ministério da Acronáutíca, submetidas àapreciação do Conselho Aeroviário Nacional e aprovadas pelo Ministro da Aeronáutica.
Art. 12. A locação de áreas aeroportuárias para a exploração de serviços que visam ao ínterêsse ou à conveniência pública, será feita mediante concorrência pública ou administrativa, pelo órgão competende fixando-se em contrato o respectivovalor e prazo.
§ 1.0 O prazo de vigência do contrato delocação de área aeroportuária de que trata.êste artigo poderá ser prorrogado uma única vez a critério do órgão competente./ § 2.0 Nos casos de aeródromos públíeoe
não diretamente administrados pelo Ministério da Aeronáutica, a locação de áreasdependerá de prévia autorização do Ministério da Aeronáutica.
Art. 13. O Poder Executivo, por proposta do Ministério da Aeronáutica, baixará,no prazo de trinta (30) dias, a contar da.data de vigência dêste Decreto-Lei, os regulamentos que se fizerem necessários àsua execução.
Art. 14. ~ste Decreto-Lei entrará em vigor 120 dias após a sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial o Decreto-Lei n.? 9.792, de 6 de setembro de 1946, e a Lei n.O 3.000, de 11 de dezembro de 1956.
Brasília, 28 de fevereiro de 1967; 146.° daIndependência e 79.° da República. H. CASTELLO BRANCO - Octavío Bulhões- Carlos Medeiros Silva--- Clóvis MOnteiroTravassos - Roberto Campos.
DECRETO-LEI N.o 683DE 15 DE JULHO DE 1969
Dispõe sôbre ta-ífas aeroportuárias, e'dá outras providências.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe conterem o § La do artigo 2.° e o artigo 9.° do Ato Institucionaln.o 5, de 13 de dezembro de 1968, e
Considerando que o desenvolvimento da.infra-estrutura aeronáutica acarretará elevados encargos financeiros que não podemser custeados somente com os recursos orçamentários do Ministério da Aeronáutica;
Considerando que se impõe a operaçãodessa infra-estrutura em bases comerciaisa fim de transferir para o usuário uma parcela dos custos de produzir e manter osserviços utilizados; j
Considerando que há necessidade de estabelecer um mecanismo administrativo'que assegure a continua arrecadação e aplicação de recursos com a indispensável flexibilidade que a dinâmica de tecnologiaaeronáutica exige; e
Considerando que êsses recursos são oriundos da cobrança de taxas aeroportuárias,
Novembro de 1973 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta.felra 22 9149
cuja concepção, internacionalmente adotada e defendida pelo Brasil junto à Organízaeão de Avíacâo Civil Internacionalcosón, preconiza a aplicação direta doproduto arrecadado em beneficio da infra-estrutura que o produziu, em cumprimento a programas que visam à elevação dospadrões de segurança do vão, à preservação de vidas humanas e de bens materiaisde considerável valor, decreta:
Art. 1.0 As taxas aeroportuárias, a quese refere o Decreto-Lei n.? 270, de 28 defevereiro de 1967, passam a configurar-se,para os efeitos legais, como tarifas, correspondentes aos preços públicos cobrados emre tríbuíeâo à efetiva utilizacão dos serviços, facilidades e instalações de infra-estrutura aeronáutica nacional.
Parágrafo único. Nos têrmos do art. 8.°do Decreto-Lei n,v 234, de 28 de fevereirode 1967, constitui infra-estrutura aeronáutica todo aeródromo, edificação, instalação,área e serviços destinados a facilitar a tornar segura a navegação aérea, nestes compreendidos os de tráfego aéreo, telecomuníeações, meteorologia, coordenação de busca.e salvamento, bem como as instalações de
, ai;íxílio rádio ou visuais.Art. 2.° Os recursos provenientes da ar
. recadação, pelo Ministério da Aeronáutica,das tarifas aeroportuárias, de acôrdo com
,o que dispõe a alínea c do art. 3.° do Decreto-Lei n.o 270, de 1967, constituirão receita do Fundo Aeroviário e serão utilizailcis na execução e manutenção do que prevê o Plano Aeroviário Nacional, podendo
. ser aplicados no custeio de projetos, opera,ção e manutenção da infra-estrutura aeronáutica, bem como no custeio da administração dos aeroportos e de suas instalações.
Art. 3.0 As tarifas aeroportuárias serãoaprovadas pelo Ministro da Aeronáutica,mediante proposta do Conselho Superior daaeronáutica.
Parágrafo único. O Poder Executivo, porproposta do Ministério da Aeronáutica fixará os critérios para o estabelecim~nto,"quantificação e atualização das tarifas ae,1~~portuárias.
.,Art. 4.0 O produto' da arrecadação dastarifas aeroportuárias será recolhido. me'diante guia, dentro do prazo de 10' (dez)dias, pelo representante do Ministério da'~eronáutica, ou por Agentes por êle ore·tlenciados, ao Banco do Brasil S. A., que ocreditará, em conta corrente de movimento não sujeita ao encerramento do Exercício Financeiro da União, à ordem do Ministro da Aeronáutica na rubrica "TarifasAéroportuárias - Fundo Aeroviário".
, . Parágrafo único. O Banco do Brasil S. A.'comuntcará. mensalmente, à secretaria dal~eceita Federal o montante depositado pelo Ministério da Aeronáutica, para fins decontrôle da arercadação e da execueão dosprogramas pertinentes. -
Art. 5.0 O atraso no pagamento das tarifas aeroportuárias, depois de efetuada acobrança pelo Ministério da Aeronáutica,acarretará a aplicação cumulativa das se
-guíntes sanções;
, ." I após 30 (trinta) dias, cobrança de [u.ros de mora de 1% (um por cento) ao mês;'lI após 120 (cento e vinte) dias, suspenSão ex officio das concessões ou autorizações;
lI! após 180 (cento e oitenta) dias, cancelamento sumário das concessões ou autorizações.
" Parágrafo único. As sanções aplicará:veis aos concessionários de áreas aeropor-
tuárías serão especificadas nos respectivoscontratos de concessões.
Art. 6.0 O Ministério da Aeronáutica poderá celebrar convênios, contratos ou concessões, respectivamente, com as unidadesfeder~is, ou com o se}or privado, para estabelecírnento, operaçao e manutencão dainfra-estrutura. aeronáutica, bem COÚ10 pa~a administração de aeroportos e de suasmstalações.
Art. 7.0 .0 P?der Executivo, por proposta do MJll1st'?r!o da Ae:"1"'1!:ica, baixaráno pyazo_ de 6~ (sessenta) dias, a contar d~publícação deste Decreto-Lei, os regulamentos~ que se fizerem necessários à suaexe:uc~o e à tíscs lízaoâo da cobrança eaplIcaçao das tarifas aeroportuárias.
Art. 8.0 apresente Decreto-Lei' entraráem vigor na data de sua publicaeão revogadas as disposicões em contrário. '
BJ:asilia, 15 de julho de 1969; 148.0 daIndependência e 81.0 da República" - A.COSTA E SILVA - Antônio Delfim Netto- Márcio de Souza e Mello - Hélio Beltrão,
MENSAGEM N.o 430,DE 1973, DO PODER EXECUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituicãotenho a honra de submeter à elevada 'de~liberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado da Aeronáutica o anexo projeto de lei que "disnõe sobr~ a utilização e a exploracão dos aeroportos, dasfacilidades à navegação aérea e dá outrasprovidências".
Brnsilía, em 20 de novembro de 1973 _Emílio G. l\iédici. .
EXPOSIQãO DE MOTIVOS N.'" 85-GM-5DE 7 DE NOVE1VBRO DE 1973, DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-pública:
Os aeroportos brasileiros. na sua quasetotalidade, vinham sendo diretamente administrados. até há poucos anos, pelo Ministério da Aeronáutica e por governos estaduais mediante convênios.
Entretanto. essa última forma de administração aeroportuária, isto é, a indireta,vem tomando maior vulto. não só com, acriação da Empresa "Aeroportos do Rio de.ranoíro Sociedade Anônima - ARSA", como, mais recentemente com a constítuíeânda Empresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária - INFRAERO.
A evolução havida não tem encontrado,porém, na legislação em vigor - elaborada para atender, basicamente, aos requisitos da Administração Federal Direta uma perfeita cobertura legal para as soluções que a dinâmica da Administração Indireta impõe.
Embora o Código Brasileiro do Ar tenhaprevisto, desde 1966, essa forma de administração descentralizada, não foi aindaelaborado um documento específico pararegular a utilização e a exploração dos aeroportos, por terceiros, em bases empresariais e comerciais, há muito exigidas pelos pesados ônus da infra-estrutura aeroportuária.
as disposições sobre essa matéria, surgem, pioneiramente, em dois decretos-leique ao criarem o Conselho Aeroviário Nacional, o Fundo Aeroviário e ao di." oremsobre o Plano Aeroviário Nacional, estabeleceram também as .taxas - posteríormen-
te conceituadas como tarifas - de utilização da infra-estrutura aeroportuária.
Com o tempo decorrido, as modificaçõesintroduzidas na estrutura admi~istrativado Ministério da Aeronáutica - Impostaspelo Decreto-lei número 200, de. 1967 t: aevolução dos equipamentos de voa e ,:m~aa nova filosofia implantada com a el'1açaoda Empresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária - INFRAERO .e da e~presaAeroportos do Rín de Jane1l'0 SncJer1ade
Anônima - ARSA. tornou-se inadiável reformular a legislação vigente.
O processo indicado pelos estudos .fo~ ode ágrupar a matéria em doi~ ato~ ,?Istmtos, colocando numdeles as dlSpOSlÇges referentes à uti1i7.aeao e a exploraçao d,9saeroportos e das facilidades à navega~aoaérea e, no outro. todo o assunto relativoao Fundo Aeroviário.
Assim nasceu o projeto anexo, referenteao primeiro dos ato~ citados, que .tenho ~ahonra de submeter a elevada conslderaçaode Vossa Excelência juntamente com asobservações que se seguem:
O aeroporto, segundo dispõe o CódigoBrasileiro do Ar, basicamente, tem porobjetivo atender à movimentação deaeronaves. passageiros e cargas. A utilizacão das tnstalacõea e facilidadesaeroportuárias, espeéialmente destinadas a esses fins, deve ser cobrada, mediante o tabelamento, pelo Ministérioda Aeronáutica, de preços públicos denominados tarifas.Justifica-se o referido tabelamento pela necessidade de uniformizar tais precos dada a sua incidência direta sobreÓ ~usto das viagens.Entretanto. os ônus decorrentes do usodas demais mvtatacões e facilidadesaeroportuárias como 'sejam as destinadas a restaurantes, lojas de objetos regionais e outras, não devem ser tabelados e sim quantificados mediante oestabelecimento de preços especificos,determinados segundo parâmetros regionais, fixados pelas entidades responsáveis pelas administrações dos aeroportos.Tanto as tarifas como os preços especificas, anteriormente referidos, geramrecursos que se destinam ao atendimento de parte das despesas de operação, manutenção e melhoria dos serviços sobre os quais incidem.Dentro desse critério, foi elaborado oprojeto e estabelecidas as tarifas referidas no Artigo 3.° e 8.° e excluídas detal caracterização as retribuições mencionadas no item "b" do parágrafo único do Artigo 2.0 do trabalho apresentado.O Artigo 5.° é coerente com a Lei número 5.862, de 12 de dezembro de 1972(Art. 6.°, item D, o Decreto número71.820, de 7 de fevereiro de 1973 (Art.9.0 ) e o Decreto-lei número 683, de 15de julho de 1969 (Art. 2.°).O Artigo 6.0 , do mesmo projeto, fundamenta-se no art. 5.0 do Decreto-lei número 683, de 1969, com algumas correções introduzidas.
Os Artigos 7.° e 10 dispõem sobre isenções de pagamento das tarifas de quetratam. É uma evolucão do Art. 8.Q doDecreto-lei n.o 270, de 28 de fevereirode 1967, no qual a modificação dignade nota refere-se à exclusão dos funcionários civis e os militares, quandonão viajarem em aeronaves públicas.Essa orientação visa, não somente, elí-
9150 Quinta-feira 22I:
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973
minar uma substancial evasão de receita do aeroporto, como tamté m, abolir uma indevida dlserlrnlnacào entrepassageiros que viajam sob as mesmascondições contratuais de transporte.
São essas, Senhor Presidente, as observações que me pareceram necessárias fazer quanto ao projeto-de-leí que dispõe sobre a utilização e a exploração dos aeroportos, das facilidades à navegação aéreae dá outras providências.
Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência os meus protestos derespeito e profunda consíderação. - Joclmír Campos de Araripe Macedo, Ministroda Aeronáutica.or, n. O 581-SAP173.
Em 20 de novembro de 1973.
A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaM.D. Primeiro-Secretário da Câmara dos
DeputadosBrasília - DF.
Excelentíssimo Senhor Primeiro-Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Exceientisslmo Senhor Presidente da República, acompai.nada de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado da Aeronáutica, relativa aprojeto de lei que "dispõe sobre a utilizaçãoe a exploração dos aeroportos, das facilidades à navegação aérea e dá outras providências".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinário para os Assuntos doGabinete Civil.
PROJETO DE LEIN.o 1.689, de 1973
(Do Poder Executivo)MENSAGEM N.o 431/73
Dispõe sobre o Fundo Aeroviário e dáoutras providências.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Transportes e de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O Fundo Aeroviário, criado pelo
Decreto-lei n.O 270, de 28 de fevereiro de1967, é um Fundo de natureza contábil, destinado a prover recursos financeiros paraexecução e manutenção do que prevê o Sistema Aeroviário Nacional, podendo seraplicado em projetos, construção, manutenção, operação e na administração de instalações e serviços da infra-estrutura aeronáutica.
Art. 2.° Constituem receitas do FundoAeroviário:
I - quota do Imposto Único sobre Lubrificantes e Combustíveis liquidos e Gasosos,destinada ao Ministério da Aeronáutica pelalegislação em vigor;
II - produto da arrecadação das tarifasaeroportuárias cobradas nos aeroportos diretamente administrados pelo Ministério daAeronáutica, bem como da correção monetária e dos juros de mora decorrentes doatraso no pagamento das mesmas;
IH - produto da arrecadação das tarifasde uso ~as comunícacões e dos auxílios à 'navegação aérea em rota, proporcíonadospelo Ministério da Aeronáutica bem comoda correção monetária e dos jU~os de moradecorrentes do atraso no pagamento dasmesmas;
IV - receitas provenientes da cobrançade preçoa específicos, pelo uso de áreas;
edifícios, instalações, equipamentos, facilidades e serviços, não abrangidos pelas tarifas aeropontuárlas, nas áreas civis dosaeroportos dIretamente administrados peloMinistério da Aeronáutica, bem como 1emultas contratuais;
V - verbas orçamentárias, créditos adicionais e recursos internacionais;
VI - multas aplicadas na forma previstano Código Brasileiro do Ar;
VII - receitas provenientes da cobrançade emolumentos relativos aos atos do Registro Aeronáutico Brasileiro e de indenizações de despesas referentes a licenças, certificados, certidões, vtstortas, homologaçõese atividades correlatas de Aviação Civil;
VIII - rendimentos Iíquídos das operações do próprio Fundo;
IX - quaisquer outros recursos que lheforem expressamente atribuídos.
Art. 3.0 O Fundo Aeroviário será admínístrado pelo Ministro da Aeronáufãca.
Parágrafo único. O Ministro da Aeronáutica destinará da quota do ImpostoÚnico sobre Lubrificantes e CombustíveisLíquidos e Gasosos, de que trata o item Ido artigo anterior, recursos financeirospara investimentos nos aeroportos, insta-.Iaçôes, áreas e serviços correlatos ou afins,atribuídos às entidades da AdministracãoFederal Indireta, especialmente constituídas para aquelas finalidades,
Art. 4.0 Os recursos de que trata o artigo 2.0 desta Lei, serão deposrrados noBanco do Brasil S.A., à conta e ordem doMinistro da Aeronáutica, para crédito doFundo Aeroviário e terão caráter rotativo.
Parágrafo único. Os saldos verificadosno fim de cada exercício financeiro serãoautomaticamente transferidos para o exercicio seguinte, a crédito do citado Fundo.
Art. 5.0 A escrituração do Fundo Aeroviário obedecerá às normas gerais estabelecidas pelo Governo sobre contabilidade eauditoria.
Parágrafo único. Os recursos do referido Fundo serão eon tabítízados, distintamente, segundo a sua natureza.
Art. 6.° O Poder Executivo, por propostado Ministério da Aeronáutica, baixará noprazo de 60 (sessenta) dias, a contar davigência desta Lei, a regulamentação quese fizer necessária à sua execução.
Art. 7.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial os artigos 2.°, 3.0 , 4.0 e 5.0 e seu parágrafo únicodo Decreto-lei ri.? 270, de 28 de fevereiro de1967.
Brasília, em de de 1973.
LEGISLAÇAO CITADA
DECRETO-LEI N.o 270, _DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967
Cria o Fundo Aeroviário e o Conselho Aeroviário Nacional e dispõe sôbrea constltuicáo do Plano Aeroviál'jo Nacional c a útilização da Infra-estruturaAeroportuária Brasileira, estabelecendoas taxas correspondentes.
O Presidente da República, no uso dasatribuições que lhe contere o § 2.0 do art.9.° do Ato Instrtuetonal n.o 4, de 7 de dezelnbro de 1986, decreta:
Art. 1.0 Fica criado, no Ministério daAeronáutica, sob a sua administração, umfundo de natureza contábil, denominadoFundo Aeroviário, observadas as condiçõesestabelecidas no presente Decreto-lei.
Art. 2.° O Fundo Aeroviário será aplicado na execução e manutenção do que
prevê o Plano Aeroviário Nacional, podendo _ser aplicado no custeio de projetos,execuçao e manutenção de instalações aeroportuárias, na proteção ao vôo, bem como110 custeio da administração dos aeroportose de suas instalações.
Art. 3.° O Fundo Aeroviário será constí-tuído por: -
a) quota do Impôsto Único sôbre Lubrificantes e Combustíveis Iíquídos e gasososdestinada ao Ministério da Aeronáutica peláLei n,v 4.452, de 5 de novembro de 1964;
b) verbas orçamentárias, créditos especíaís, recursos internacionais;
c) de quaisquer outros recursos que lheforem expressamente atribuídos.
Art. 1.° Fica criado o Conselho Aeroviário Nacional, no Ministério da Aeronáutica,tendo por objetívo:
a) a elaboração e atualísaçâo permanente do Plano Aeroviário Nacional;
b) a orientação, eoordenacão e fiscaliza- _ção da execução dos programas anuais paraa aplicação do Fundo, como parte do Planode Ação do Ministério da Aeronáutica, calcado no Plano Aeroviário Nacional;
c) o exame dos valôres das taxas aeroportuárias com vistas à sua permanenteatualização;
d) estudar e propor, ao Ministro da Aeronáutica, diretrizes para aplicação do FundoAeroviário.
Art. 5.0 O Conselho Aeroviário Nacionalserá constituido por ato do Poder Executivo.
Parágrafo único. No desempenho desuas atribuições, o Conselho Aeroviário deverá reunir-se trimestralmente para apreciação de matéria relativa à Política Aeroviária, ou sempre que necessário, por convocação do Presidente do Conselho.
Art. 6.0 As taxas aeroportuárias representam a retribuição pela utilização da infra-estrutura aeronáutica e se classificamem cinco categorias, assim denominadas edefinidas:
a) Taxa de embarque - devida pela utilização das instalações das Estações de Passageiros, incide sõbre o usuário do Transporte Aéreo;
b) Taxa de pouso - devida pela utilização da infra-estrutura aeronáutica inclusivepelo estacionamento de aeronave até trêshoras após o pouso, incide sôbre o propríetário ou explorador da aeronave;
c) Taxa de permanência - devida pelapermanência da aeronave na área do aeroporto, além das três primeiras horas apóso pouso incide sôbre o proprietário ou explorador da aeronave;
d) Taxa de arrendamento de área - devida pela locação de áreas, cobertas ou não,nos aeroportos, incide sõbre as pessoas na~
turais ou jurídicas arrendatárias das áreas.
e) Taxa de armazenagem e eapatazla devida pela armazenagem de carga aérea,em armazéns de carga aérea, geridos pelasAdministrações de aeroportos, incide sôbreo consignatário da carga.
Art. 7.° As taxas aeroportuárias serãoaprovadas pelo Ministro da Aeronáutica,mediante proposta do Conselho Aeroviário,obedecidos os critérios a serem estabelecidos para a sua quantificação.
Art. 8.0 Ficam isentas do pagamento:
I - das taxas de embarque:a) os passageiros de aeronaves públicas;,
h) os passageiros em trânsito;
~overnbro de 1973 DIAR.IO DO CONGRESSO NACIONAL '(Seção 1)\ Quihta-fcb.'a 22 9151
, c) os passageiros de aeronaves em vôo de'retôrno, por razões de ordem técnica, meteorológica, ou em casos de acidente porocasião de reembarque;
d) os tripulantes, os inspetores de aviação'Civil e os instrutores e alunos de cursas depilotagem, quando em vôos de instrução em'aeronaves de aeroclubes ou escolas de pilo,tagem, os funcionários civis e os mi1i!ar~s,quando a serviço, bem como os f\lnClonarios das emprêsas de transporte aéreo, em'Viagens a serviço;
II - das taxas de pouso:a) as aeronaves públicas brasileiras;b) as aeronaves em vôos de experiências
ou de instrução;e) as aeronaves em vôos de retôrno, por
eazões de ordem técnica ou meteorológica;d) as aeronaves de aeroclubes e escolas
de aviação, quando empregadas exclusívamente na formação e adestramento de PIlotos;
e) as aeronaves, estrang~iras,'p~blicas o.uprivadas, quando em missao Ofl?lal ou dIplomática, transportando conVIdados doGovêrno brasileiro;
'IH - das taxas de permanência:a) as aeronaves públicas brasileiras;
b) as aeronaves privadas:1) por motivos de or~em técnica, pelo
prazo máximo de cinco dias;'2) por razões de ordem meteorológica,
pelo prazo de impedimento;3) em caso de acidente, peJo prazo que
durar a investigaçao de aciüente, pelasautoridades competentes;
4) em caso de estacionamento em ár~asarrendadas pelo explorador de aeronave,
e) as aeronaves estrar:ge~ras, p~blicas o.uprivadas, quando em missao OfI?lal ou diplomática, t~a~sportando convidados doGovêrno brasIleiro;
IV _ das taxas de arrendamento deáreas:
_ as utilizadas para instalações de serviços públicos, explorado? .d~retamente pelaUnião, Estados ou MU11lClplOS;'V _ das taxas de armazenamento de
carga:, a) as mercadorias e materlais q~e foremadquiridos por conta da umao, para o ser
.viço da República;b) as mercadorias e mate,riais q";1e, P9r
fôrca da lei, entrarem no t:als com l~el~çaode direitos, por prazo ínrenor a 30 dias,
_ e) as malas postais.Art.9.0 Fica o Ministério ~a Aeronál!-t~ca
autorizado a realizar operaçoes de creditocom estabelecimentos naci0l!-ais ou estrangeiros com o objetivo de Implelnentar _oPlano' Aeroviário Nacional1 desde qu~, ~aocaucione, por ano, il11PO~~a~~laq:~~~~~tiv~50% (cinquenta por cen ." . daestimado, no Fundo AeroVlano, para caexercício.
Art. 10. Para fim de aplicação déste Decreto-lei, entender-se-á que:
I _ o Plano Aeroviário Nacional englobará todo planejamento relativo ao projeto'e execução dos aeródromos. e aeroportos,edificacões pistas de pouso, mstalaçoes necessáriás fl operação aérea, serviços dentroe fora da área dos aeroportos e aeródromos,destinados a facilitar e tornar seguros a navegação aérea, tráfego aéreo, telecomunicações, meteorologia, coordenação de busca esalvamento, informações aeronáuticas, bem,
como as instalações de auxilio rádio e visuais;
II - aeródromo é tôda a área destinada achegadas, partidas e movimentos de aeronaves;
III - aeroportos são os aerédrõmos públicos, destinados ao tráfego de aeronavesem geral, dotados de instalações e facilidades para apoio de operação de aeronaves ede embarque e desembarque de pessoas oucargas;
Art. 11. O Plano Aeroviário Nacional seráconstituído de:
I - rêde de aeroportos e aeródromos;II - rêde de proteção ao vôo.Parágrafo único. As rêdes componentes
do Plano Aeroviário Nacional serão elaboradas e atualizadas pelos órgãos competentes do Ministério da Aeronáutica, submetidas à apreciação do Conselho AeroviárioNacional e aprovadas pelo Ministro daAeronáutica.
Art. 12. A locacão de áreas aeroportuárias para a exploração de serviços que visam ao interêsse ou à conveniência pública, será feita mediante concorrência pública ou administrativa, pelo órgão competente, fixando-se em contrato o respectivo valor e prazo.
§ 1.0 O prazo de vigência do contrato delocacâo de área aeroportuária de que trataêste 'artigo poderá ser prorrogado uma única vez a critério do órgão competente.
§ 2.0 Nos casos de aeródromos públicosnão diretamente administrados pelo Ministério da Aeronáutica, a locação de áreasdependerá de prévia autorização do Ministério da Aeronáutica.
Art. 13. O Poder Executivo, por propostado Ministério da Aeronáutica, baixará, noprazo de trinta (301 dias, a contar da datade vigência dêste Decreto-lei, os regulamentos que se fizerem necessárias à suaexecução.
Art. 14. jj;ste Decreto-lei entrará em vigor 120 dias após a sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especíaío Decreto-lei n.O 9.792. de 6 de setembro de1946, e a Lei n.O 3.000, de 11 de dezembrode 1956.
Brasilia 28 de fevereiro de 1967; 146.° daIndependência e 79.° da República. - H.CASTELLO BRANCO - Octavio Bulhões Carlos Medeiros Silva - Clóvis MonteiroTravassos - Roberto Campos.Exposição de Motivos n.O 86/GM-5, de 9 de
novembro de 1973, do Ministério da AeronáuticaExcelentissÍlno Senhor Presidente da Re-
pública: .
Através da Exposição de Motivos, ~mexapor cópia, tive a honra de submeter;: a,elevada consideracão de Vossa ExcelenCla oprojeto de lei qIÍe "dispõe sobre a utilizaçãoe a exploração dos' aeroportos, das faeilídades à navegação aérea e dá outras providências".
2. Tal trabalho, juntamente com esteque ora apresento a Vossa Excelência, foram elaborados tendo em vista a necessidade de adaptar a legislação aeronáutica àrealidade brasileira que já apresenta, nitidamente, o processo de descentralização dosencargos do Ministério da Aeronáutica, referentes ao Sistema Aeroviário Nacional.
3. Esse processo de descentralização deencargos, transferirá gradativamente paraa órbita da Administracão Federal Indiretaos aeroportos civis' que, basicamente,apeiam o transporte aéreo comercial, fican-
do o Ministério da Acronáutíca com os aeródromos militares e outros que afetam díreta~lente ~ segurança e a integração nacionais •e, ainda, com os serviços de proteçãoao voo.
,4. Até hoje, para atender aos encargosfmancetros relativos à administração, operaçao e desenvolvimento dos servícos deproteção ao vôo e dos aeroportos de ummodo geral, o Ministério da Aeronáuticadispôs dos recursos do Fundo Aeroviáriocriado. pelo Decreto-lei -n.o 270, de 28 d~feve~'elro de 1967, entre os quais figuram asreceitas geradas nos aeroportos civis.
5. Em conseqüência da descentralização acima referida, torna-se necessário excluir do Fundo as receitas geradas nos aercP?l~toS que sej~m transferidos para a [urísdíçâo das entidades da Administracão Federal Indireta. Há pois que ser revisto oDecreto-lei n.O 270, de 1967. '
6. Por essas razões, foi preparado o projeto de lei incluso que "dispõe sobre o Fundo Aeroviário e dá outras providências".
7. Essencialmente, o proj eto consolida eaperfeiçoa disposições legais vigentes, referentes aos recursos do Fundo inovandoapenas, no tocante à proposta d~ mudancade denominação e destínacão das tarifasaeroportuárias e de uso das comunícacõese dos auxílios à navegação aérea em rota,bem como das demais receitas não conceituadas como tarifas (itens lI, III e IV doartigo 2.°).
8. O item VII do mesmo artigo 2.° quejá constituia receita do Fundo por forcados artigos 27 e 28 do Decreto' n.O 63,662,de 21 de novembro de 1968, foi trazido paraesse ato - juntamente com os recursos provenientes de indenizações de despesas referentes às atividades do Ministério da Aeronáutica, em proveito direto da AviacâoCivil - a fim de completar o elenco de i'ecursos com igual destinação.
9. No mais, o projeto atribui ao Ministroda Aeronáutica a administração dos recursos do Fundo Aeroviário, uma vez queo Conselho Aeroviário Nacional - artigo4.° do Decreto-lei n.v 270. de 28 de fevereirode 1967 - perdeu essa função por força desua desativação, em conseqüência da reestruturação do Ministério da Aeronáutica.
Aproveito a oportunidade para reiterar aVossa Excelência os meus protestos de estima e elevada consíderacão, - Joelmir Campos de Araripe Macedo, Ministro da Aeronáutica.
MENSAGEM N.o 431DE 1973, DO PODER EXECUTIVO
Excelentissimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado da Aeronáutica, o anexoprojeto de lei que "dispõe sobre o FundoAeroviário e dá outras providências".
Brasília, em 20 de novembro de 1973. Emílio G. Médici.
or. n.o 585-SAPI73.Em 20 de novembro de 1973.
A Suo. Excelência o SenhorDeputado Dayl de Almeida
MD. Primeiro-Secretário da Câmara dos:DeputadosBrasília - DF.
Excelentíssímo Senhor Primeiro-Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a MenSagem do Excelentíssimo
Novembro de 19'13DIARTO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)9152 Quinta-feira ~2
--=================================Senhor Presidente da República, acompanhada de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado da Aer-rnáutíca, relativaa projeto de lei que "dispõe sobre o FundoAcroviário e dá outras providências".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraõrdinário para os Assuntosdo Gabinete Civil.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) Está findo o tempo destinado à leitura doExpediente.
Vai-se passar à Ordem do Dia.
Comparecem mais os Srs.:
Amazonas
Vinícius Câmara - ARENA.Pará
Gabriel Hermes - ARENA; João Menezes_ MDB; Juvêneio Dias - ARENA; ')ebastião Andrade - ARENA.
MaranhãoAméríco de Souza - ARENA: Eurico Ri
beiro - ARENA; Nunes Freire - ARENA.
PiauíHeitor Cavalcanti - ARENA; Paulo Fer
raz - ARENA.Ceará
Álvaro Lins - MDB; Ossian AraripeARENA.
Rio Grande do Norte
Antônio Florêncio - ARENA; DjalmaMarinho - ARlijNA; Henrique Eduardo Alves - MDB; Vingt Rosado - ARENA.
Paraíba
Álvaro Gaudêncio - ARENA; AntônioMariz - ARENA: Cláudio Leite - ARENA.
PernambucoEtelvino Lins - ARENA; Fernando Lyra
- MDB; Josias Leite - ARENA; Lins eSilva - ARENA: Thales Ramalho - MDB.
Alagoas
Geraldo Bulhões - ARENA; José Sampaio - ARENA; Oceano Carleial- ARENA.
Sergipe
Luiz Garcia - ARENA.
BahiaEdvaldo Flóres - ARENA; João Borges
- MDB; José Penedo - ARENA; Luiz Braga - ARENA; Ney Ferreira - MDB: Theódulo de Albuquerque - ARENA; TourinhoDantas - ARENA; Francisco Pinto - MDB.
Espíl'ito Santo
José Tasso de Andrade - ARENA; Oswaldo Zanello --~ ARENA.
Rio de JaneiroAlberto Lavinas - MDB; Arlo Theodoro
- MDB; Brígida Tinoco - MDB.
GuanabaraFrancisco Studart - MDB: José Boni
fácio Neto - MDB; JG de Arauto Jorge MDB: Marcelo Medeiros - MDLY[iro Teixeira - MDB; Pedro Faria - MDB.
Minas GeraisAthos de Andrade - ARENA; Bento Gon
çalves - ARENA; Jorge Fenaz -~. MIJB;José Machado - ARENA. Murilo K'l U'Ó- '1i.ENA; Navarro Vieira - ~'I.Rml\H "'au;;;'u. "ícero - ARENA; Renato AZC!"CCIOMDti.
São Paulo
Braz Nogueira - ARENA; Cantídio Sampaio - ARENA; Herbert Levy - ARENA;ítalo Fittipaldi - ARENA; João Arruda MDB; Monteiro de Barros - ARENA; orensy Rodrigues - ARENA; Paulo Abreu ARENA; Plinio Salgado - ARENA: SallesFilho - ARENA; Santilli Sobrinho - MDB;Sussumu Hirata - ARENA; Ulysses Guimarães - MDB.
Mato Grosso
Garcia Netto - ARENA; Gastão Müller- ARENA; Lopes da Costa - ARENA;Ubaldo Barém - ARENA.
Paraná
Alencar Furtado - MDB; Antônio Ueno- ARENA; Braga Ramos -' ARENA (SE I ;
Ferreira do Amaral - ARENA; Flávio Giovine - ARENA; Hermes Macêdo - ARENA; João Vargas - ARENA; José CarlosLeprevost - ARENA.
Santa Catarina
Albino Zeni - ARENA; Aroldo Carvalho- ARENA; Francisco Grmo - ARENA;Francisco Libardoni - MDB.
Rio Grande do SulAlberto Hoffmann - ARENA; Alceu Col
lares - MDB; Amaury Müller - MDB;Arlindo Kunzler - ARENA; Arnaldo Prieto- ARENA; Cid Furtado - ARENA; ClóvisStenzel - ARENA; Daniel Faraco - ARENA; Eloy Lenzí - MDB; Harry Sauer MDB; Jairo Brum - MDB; José Mandelli- MDB; Lauro Leitão - ARENA; NadyrRossetti - MDB: Norberto Schmidt - ARENA; Victor Issler - MDB.
IV - ORDEM DO DIA
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) A lista de presença acusa o comparecimento de 275 81'S. Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) A Ordem do Dia da presente Sessão é destinada a Trabalho de Comissões.
Nestas condicões, concedo a palavra aoSr. Delson Scarano, para uma comunicação.
O SR. DELSON SCARANO - (Pronunciao seguinte díscurso.) Sr. Presidente, S1's.Deputados, tenho, não porque a exercite,plena e exclusivamente. mas consciente efundadamente, o mais profundo apreço e omais alto respeito pela atividade campesina. Formo entre os que entendem que otrabalho do campo interessa a cada ume a todos quantos integram a comunidadesocial, pois ele é a atividade que asseguraa sustentação física dos povos; sem ele ahumanidade desapareceria.
Fácil é, pois, compreender as razões queme animaram e me animam para a sustentação do Projeto que venho oferecer aoexame e à decisão do Congresso Nacional,convencido de que a cultura e o patriotismo de cada qual municiarão de novos subsídios a idéia inicial, de tal modo que, porfim, disponha o Pais de uma lei exeqüível,e humana, e ju-ta e imprescindível, dessasque. espero, honram a espécie humana.
Na breve justificativa que acompanha oProjeto, que entreguei à Mesa, relembrando conceitos muito velhos, e muitos sábios,eu recordo coisas assim:
"Em Roma, a agricultura era tida emalta conta. Em seu livro - "De Re Rustíca' - Públio Catão, duzentos anosantes de Cristo, escrevia: "O maior louvor que se pode fazer a um homem éapresentá-li) como um bom agrieultor.É da classe agrícola que saem os ho-
mens mais fortes e os melhores soldados". E acrescentava: "A Agricultura éa única pL':;"êw que não é odiosa aninguem, a que menos expõe os homensa maus pensamentos".
E reavívo o pensamento de Columela, queviveu no século anterior ao de Cristo:
"É manifesto que sem agrieultores nemo homem poderá subsistir, nem tudo quelhe diz respeito".
Obviamente, assim, acompanhei e contlnua acompanhando o interesse da públicaadministração em tudo quanto concerneao problema soelo-eccnômíco do C:h11'JO, eisque é impraticável qualquer política deabundância sem o trato da terra e o cuidado com os homens que a trabalham.
Como todos os brasileiros, para quem.não apenas o citadino é digno de amparoe de solicitudes; como todos os brasileiros,para quem a assistência ao homem interiorano e camponês é um dever urgente, e precípuo, venho vivendo as renovadas alegriasde toda uma legislação específica, assim ado FUNRURAL. do PRORURAL, do PROTERRA e, com relevo, a do Estatuto do Trabalhador Rural, este até muito recentemente modificado com a inclusão de normasmais realisticas e mesmo condizentes comoutros diplomas legais em vigor e que respeitem às atividades do rurícola.
Agrada, tanto ao sentimento quanto àinteligência. comprovar que se tomam medidas e se ultimam providências tendentesa fixar o homem nas suas origens, sobretudo pela via de conceder-lhe cuidados assistenciais que antes lhe minguavam, de todo.
Quando mais não fosse - e todos os maisexistem - o só evitar-se a migração daspopulações rurais, que empobrece o campoe gera problemas insolúveis nas áreas urbanas, cada hora e eada vez tornadas maise mais em megalópolls, já seria uma vrtóría.
Todavia, neste imenso mar humano queconstitui as populações rurais, há um grupamento relegado ao abandono, e que cumpre assistir, em beneficio individual e coletivo.
Cidadão, pátria e família reclamam umaprovidência assim. urgente e defintiva.
É a tanto a que visa o meu Projeto.Tenho por ineontrastável que, índívíduat
mente considerado, o homem é um animalimprevidente e indisciplinado.
A sociedade, como um todo, sobretudoquando se organiza sob a forma de Estado,não peca por tais vícios. Sendo, como s.omos, uma sociedade civilizada e um Estado que cultiva e cultua o Direito, cumprenos o dever de levar previdência e discipli:na àqueles que de uma e outra carecem.:
Nem é por outro motivo que almejasse.todos o império da lei, considerada ela como a norma de direito que a todos alcança, em sentido obrigatório e coercitivo.
O texto legal meramente autorizativo é,de ordinário. incapaz de lograr atingir osfms visados. Cumpre, assim, que o preceito seja uma imposição da sociedade àquele que. por íncúría, por ignorância ou porcomodismo, nem cuida de si, nem cuida dosseus.
Não desejo. nem de leve, percorrer os ásperos, ainda que em muitos aspectos brilhantes, caminhos da legislação previdenciária, no Brasil e no mundo.
Excuso-me de cansar a Casa com as estórias das sociedades obreiras de auxílio-mútuos, como me recuso a recitar Bismarck esua criação legislativa de sentido pragmático, cujas bases inda onde animam e vi-
,N.ovembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 22 9151
vificam os postulados que universalmente vígem,
c Mas recorroL.por imperioso, à autoridade enormíssima do Insigne Raul Jay, mormente quando ele afirmava, com o peso deseu gênio e de sua eXDeriéncia social, que"o seguro que não é obrlgatórío, nao é social".
Deixada a previdência, individual e familiar. ao alvédrio <:'0 homem. sua naturalindisciplina. sua lndesmentída hnprevídêncía, não o conduzirão, jamais, a resultadossatisfatórios.
Daí por que, com energia legal, proponho a obrigatoriedade, sem a qual tudoseria tempo perdido e esforco vão. Umaobrigatoriedade que protege, estimula e fortifica.
Aqueles que me derem a honra de ler oProjeto que já entreguei ao conhecimentouniversal, e atentarem para a sua justificativa, verão que ali afirmo, coberto de razão:
"Há uma categoria de atividade do homem do campo que está a merecer protecão da Assistência Social Rural: razendeíros, sitiantes. cuítívadores e criadores diretos, que exerçam atividadesno setor rural"."Na relação de emprego, entre empregado e patrão, são eles verdadeiramente os legitimos empregadores. E é paraesse tipo de empregador, que se encontra à margem de qualquer assistênciaprevidenciária, que projetamos a presente medida legislativa"."Sendo uma classe que constrói decisivamente para o progresso da Naçàn,que vê constantemente a sua produçãoameaçada por toda a sorte de imprevistos, submetida a cIímas adversos, solcaustícante, chuvas excessivas, geadrs,ventos fortes, pragas e doenças, necessita, realmente, de que o poder públicovolte para ela também as suas vistas".
O Sr, Murilo Badaró - Nobre Deputado,antes de emprestar meu apoio ao importante projeto que V. Exa. oferece à consideração do Congresso Nacional - estabelecendoa contribuição obrigatória ao FUNRURALpelos empregadores rurais - queria dar umdepoimento que, estou certo, ofenderá amodéstia de V. Exa. Entretanto, considero-oimprescindível, como parte integrante doseu pronunciamento, que terá repercussãomuito grande no Pais inteiro. Colega de
. V. Exa. na Assembléia Legislativa de Minas,testemunhei que ali o nobre Deputado ganhou nomeada como um dos mais profundosentendidos do problema da cafeicultura nacional. E não somente nesse setor pontírt
'Cava sua atividade legislativa, pois além dacafeicultura como setor isolado deste contexto vastíssimo da agricultura nacional,ou da agropecuária nacional, V. Ex.ademonstrou sempre profundo interessepelos problemas relacionados cem essaimportante atividade da vida do País,oferecendo sempre contribuição efetiva àsolução de muitas questões a ela Iígadas. Recordo-me bem de que foi sobseu comando e inspiração de líder políticoque se iniciou, em Minas, a campanha deplantio de novos cafezais, o que já deu aonosso Estado, à nossa Província a liderança no replantio de cafezais em todo o Brasil. Não me surpreende, pois, o comportamento de V. Exa. ao ensejo da apresentaçãodeste pro] eto, pois ele é uma clecorréncianatural da sua atuação parlamentar e politiea. É V. Exa. obstinado na defesa intransigente daqueles postulados que consideraindispensáveis à salvaguarda da atívldadeagrícola e pecuária do Brasil. Surge agoracom um projeto destinado a fazer uma ver-
dadeira revolução, pois obriga o Poder Público a voltar suas vistas para esses homenssob cujos ombros durante longo tempo recaiu a responsabilidade do desenvolvimentonacional. Quero transmitir-lhe minha solídartedade, não só pessoal como política, emeu apoio indisfarçável a esse projeto quereputo o mais importante apresentando napresente Sessão Legislativa. Meus cumprimentos a V. Ex.a pela magnífica oportunidade em que trouxe a debate assunto tãoimportante para a vida e a economia doPaís. Felicitações a V. Ex.'"
O SR. DELSON SCARANO - Nobre Deputado Murílo Badaró, agradeço sensibilizadoo aparte de V. Exa., que vem abrilhantarmeu modesto díscuso, Faz V. Ex.a um histórico do nosso comportamento. quandoDeputados estaduais na Assembléia Legislativa de Minas. É verdade, sem nenhumamodéstia. posso daqui proclamar que a mimninguém talvez tenha excedido na defesaintransigente da renovação da cafeiculturano Brasil. Mas devo também fazer justiçaa V. Ex.a , que criou em Minas Gerais a CODEVALE, órgão destinado a empreender osoergimento de uma das regiões mais pobres do nosso Estado e que hoje está coroado de êxito, graças aos grandes investimentos que ali são realizados. Eu, que tivea honra de ser o relator daquele importantetrabalho apresentado por V. Exa., pudeaquilatar que somente no Tennessee, nosEstados Unidos, usou-se projeto de tal envergadura. Tem V. Exa. méritos. Juntossempre nos preocupamos realmente comaqueles marginalizados de. todos os benefícios que o País pode proporcionar. Agradeco a V. Exa. o apoio e a solidariedade, quenunca faltaram de sua parte às grandesiniciativas.
O Sr. Walter Silva - Nobre DeputadoDelson SCal'ano, conhecemos a inquietaçãode V. Exa. em face dos problemas do homemdo campo e da agricultura em geral. E, naoportunidade em que V. Exa. propõe aoCongresso Nacional um projeto de lei estendendo os benefícios da legislação previdenciária rural aos homens do campo, aosproprietários rurais, queria lembrar que nadiscussão do PRORURAL, da Lei Complementar n.? 11, e. posteriormente. da Lei Complementar na 16, apresentamos, em formade substitutivo - e vamos renovar em forma de projeto de lei, na próxima semana_ trabalho elaborado por um grupo constituído no Ministério, criando o chamadoINAPE - Instituto Nacional de Aponsentadoria EspeciaL Trata-se do projeto de securidade que se pretendeu introduzir no Brasil para dar cobertura previdenciária a todos, indistintamente, que precisam ou venham a precisar dos beneficios da Previdência. Infelizmente, o Governo ainda nãodespertou para esta realidade e insiste coma aplicação dessa lei tímida que instituiu oPRORURAL. Quero, nesta oportunidade, dizer a V. Ex.a que o caminho certo, correto, éestender a prevídêncía não só ao proprietário que prove precisar dela - e aqui cabeexatamente a observação que eu queria fazer ao. projeto de V. Ex.a - mas tambémàqueles que obedeçam a um critério de necessidade que deve ser estabelecido. O proprietário que requerer o benefício terá deprovar estar em situação financeira e econômica realmente precária. É o critério da necessidade que preside o instituto da securidade social. Deve-se estender-se em benefício" àquelas camadas da população que nãotêm qualquer socorro. federal. estadual oumunicipal. como, por exemplo. os mendigosde rua e o trabalhador rural que não possaprovar que trabalhou nos últimos três anos,como exige a lei atual. Saiba V. Exa. quehá uma camada de trabalhadores velhos,que estão inativos por causa de doenças oumesmo da própria idade, que deixaram de
trabalhar há mais de três anos, mas o fizeram durante 10, 20, 30 ou 40 anos, intermitentemente, e hoje não são beneficiadospela lei por não poderem provar que trabalharam nos últimos três anos. Era a observação que desejava fazer. Agradeço a V.Exa. a oportunidade que me foi concedida,de congratular-me com V. Exa. e de acrescentar ao seu discurso esses dados, que julgamos da maior importância.
O SR. DELSON SCARANO - Nobre Deputado Walter SilVa, agradeço sensibilizadoa V. Exa. o aparte. V. Exa. verificará, nofinal de meu discurso, que conclamo os homens inteligentes e imbuídos de boa vontade deste Parlamento, a fim de que prestem sua valiosa colaboracão ao modestotrabalho que apresento à 'oasa, E V. Exa.um dos homens dedicados ao problema, conhecedor profundo da ststem» tica previdenciária, tenho certeza. haver I, de emprestar sua contribuição ao projr-.o. quando datramitação do mesmo pelas oomíssões. Peço-lhe atentar para o final de meu discurso,onde. talvez, encontrará algumas respostaspara o problema que acaba de levantar.
O Sr. .José Carlos Fonseca - DeputadoDelson Scarano, o Projeto que V. Exa. trazà apreciação da Casa. à consideração deseus pares, é uma iniciativa que honra oParlamento brasileiro e o eminente representante que Minas nos enviou. Acostumados a acompanhar a atuação de V. Exa. naCâmara - séria. compenetrada. profundamente vinculada aos interesses reais da comunidade ruríccla brasileira - congratulamo-nos. neste ensejo. com a feliz iniciativa do nobre colega. Saiba, ilustre Deputado, que talvez seja esse um dos projetosmais importantes a ser apreciado pela Câmara dos Deputados na atual Legislatura.Iniciativa semelhante foi tomada tambémno Senado. por eminente represntante demeu Estado, o Senador Carlos Líndenberg.Mas tal medida perdeu-se, por motivos deordem burocrática nos meandros do Ministério do Trabalho. Assim. a proposituraque V. Exa. apresenta, com novas nuances,se constitui, inegavelmente, na contribuicão de que carecia uma classe que talvezseja a única inteiramente a descoberto daPrevidência Social no País. E o eminentePresidente Médici. cuja preocupação maiordiz respeito ao homem brasileiro. há decompreender o sentido da proposição e háde participar da iniciativa de V. Exa., que,estamos certos. esta Casa irá aprovar àunanimidade e com aplausos ao nobre colega.
O SR. DELSON SCARANO - Nobre Deputado José Carlos Fonseca, o aparte de V.Exa. me honra sobremaneira Em primeirolugar. porque V. Exa. é um homem ligado àagropecuária brasileira; depois por falar V.Exa. em nome da Confederação Nacionalda Agricultura. V. Exa., mais do que ninguém. nas lides cotidianas com os problemas que assoberbam os homens do campo. tem sobejas razões para bem aquilatar que, na realidade, a única classe margrnilízada no Pais. relativamente à Previdência Social, é justamente a do empregador rural. Mencionou V. Exa. o fato de jáhaver. no mesmo sentido, projeto do eminente Senador Carlos Lindenberg, mas quese perdeu, naturalmente em decorrência desituações burocráticas, no Ministério doTrabalho. Talvez o próprio Congresso tivesse contribuído para isso. No entanto, devo acrescentar .que a propositura daqueleeminente Senador dá condições ao fazendeiro de filiar-se ao INPS, mas é do livrearbítrio do fazendeiro filiar-se ou não. Nosso projeto, porém, tem maior alcance. Eletorna obrigatória a filiação do f'azen-feíro,pois não acredito em Previdência. Social
9154 Quinta.fcira ~2 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973
não obrigatória. Se deixarmos a decisão aolivre arbítrio do homem, como disse em meudiscurso, ele não cuidará de sua esposa e deseus filhos, quando tem o dever de fazê-lo.A finalidade de meu projeto é o FUNRURAL, órgão específico da classe e que. hoje,através do pagamento dos 2% dos fazendeiros. socorre a imensa massa humana detrabalhadores rurais. Para tornar constitucional minha proposicão, dou os recursosnecessários de 16% sobre o salário-rninímo.prestigIando ainda os Blndíeatos Rurais,que serão consultados, a fim de que sejaavaliada a contribuição de cada fazendeiroem sua localidade.
Agradeço sensibilizado a V. Exa. o aparte,proferido por um homem ligado aos magnosproblemas da agricultura e da pecuáriabrasileiras.
Prossigo, Sr. Presidente:
Eu poderia, se quisesse ir mais longe, emais fundo, inclusive mostrar. comprovadamente, que são esses obreiros da grandezanacional o grande setor onde mais rudemente se fazem sentir as dificuldades, nashoras das doencas. Industriários e comerciários, runctonáríos públicos e, já agora,os trabalhadores do campo. contam. pior oumelhormente. com assistência médico-hospitalar. Só eles nada têm. Daí por que, desassistidos de quaisquer socorros específicosorganizados e defírtrtos, são a seara ondecolhem suas messes os que não logram maisfazê-lo noutros campos. onde a previdência funciona. ou mais ou menos bem.
Quando a doença ou o acidente físico batem às portas daqueles que pretendo enquadrados, previdentem.ente. ou de seus dependentes, então é que se verificam os verdadeiros horrores de que a medicina mercante é capaz de acarretar ao desavisado eaos desprotegidos. sobretudo porque. de ummodo geral, são tidos como abastados eprósperos, inda a imagem escape à realidade do cotidiano.
Assistimos, no Brasil de hoje. e mercê,mais do que tudo. do descortino e da nobreza do Presidente Emílio Médici, um e outraservidos de uma coragem ínvulgar de fazere prever, ao bom espetáculo de contemplaros trabalhadores rurais definitivamente assistidos dos recursos da previdência social,seja pelo socorro médico-hospitalar, sejapela aposentadoria, seja pelo regime depensões.
O campo, fundamento mesmo de toda avida gregária desta grande Nação, vai-seirmanando à cidade, dando-se aos trabalhadores citadinos e rurais um tratamentohumano e equânime, socialmente justo ejuridicamente assemelhado.
E tudo isto se faz. inclusive. com a participação ativa, de trabalho e de dinheiro,do proptíetárío agrícola, pequeno, médio ougrande.
Todos, indiscriminadamente, contribuempara os fundos da previdência social ruralcom um montante que alcança, legalmente,os dois por cento do valor da coisa produzida. Todos, sem exceção, ajudam a comporo numerário que, afinal. há de responderpela satisfação dos compromissos que o Estado assumiu perante o rurícola, tanto etão largamente votado ao abandono e à indiferença.
Já hoje o poeta não poderia mais repetiro verso com que fustigava uma enorme injustiça social: "Só o citadino é que é bompatriota".•
Contudo, continua a existir uma falha,clamorosa e grave. Não consigo compreender como, até hoje, não se regulou e se re-
gulamentou o sistema previdenciário parao empregador rural.
É a este aspecto do problema, que deixamarginalizados milhares e milhares de brasíleíros, e suas esposas, e seus filhos, quebusco atender, com a minha iniciativa.
Claro que insisto na verdade de que ohomem. individualmente considerado, é umanimal ímprevídente e indisciplinado.
Eis por que, realístíca e pragmaticamente, nada quero deixar ao arbítrio, pois nãoconfio nele. E tenho, com temos todos nós,amplas razões para assim proceder.
Mesmo querendo aceitar o livre arhitríoem favor do empregador rural, que, assim,poderia deixar de cuidar do seu futuro,de dias do porvir, talvez sombrios, mesmoassim não é licito, e é, ao demais, socialmente injusto, permitir que ele se descureda sua esposa, dos filhos menores, de todosaqueles que só dele e nele dependem.
Isto nos levou, logicamente, a determinar, logo no artigo primeiro da nossa proposição, que "são segurados obrigatórios doFUNRURAL os empregadores ruraís", comonos conduziu, no parágrafo único do artigo, a defini-los, o que fazemos assim:
"Consíderarn-se empregadores rurais,para efeito desta Lei, os, fazendeiros,sitiantes e outros cultivadores ou criadores diretos, que exerçam atividadesno setor rural."
E se a todos buscamos incluir no Fundode Assistência ao Trabalhador Rural e nãono INPS, é que este está saturado com osdemais trabalhadores, que representam aunanimidade, menos o campo e o servidorpúblico.
Havendo, como já existe, um tipo específico, voltado para as atívídades campesinas,o curíal, o lógico, o indiscutível, pois, é quepara aí se encaminhem os seus afins, paísaqueles a quem pretendemos garantir, comos seus dependentes, são. em sua esrrr-gadora maioria. trabalhadores eles me -'llOS,ainda que sob a aparência de empregadores.
Nosso Projeto, e não podia deixar de serassim, prevê a receita eom que se façafrente à despesa porvíndoura. Por isso é quefixamos a contribuição do futuro associadocompulsório na cota de 16% sobre um mínimo de uma vez e um máximo de vintevezes o salárío-mínímo vigente na região.
A fonte de renda, pois, está assegurada.
E o Projeto, para tornar ainda mais efetiva a obrigatoriedade que estabelece, emfavor de uma velhice tranqüila ou de umaassistência condigna, ao associado e aos seusdependentes, fixa um ponto que reputo damais alta importância.
Explico-me.
Salvo exceções tão raras, que não pagamsequer a pena de relombrarmos, o trabalhorural, na agricultura e na pecuária, envolve a presença constante e indispensável doconcurso de financiamentos, sobretudoaqueles advindos do crédito oficial.
Pois bem. Pretendendo que a inscriçãode cada qual não se transforme num gestoinútil, praticado sem a continuidade quelhe garanta a percepção dos benefícios futuros. para si mesmo e para os seus, meuprojeto estabelece, e com rigor que pretendo sempre mantido, que "os bancos oficiais só poderão financiar o produtor ruralque comprove estar em dia com o recolhimento das contríbuíções devidas ao FUN-RURAL". .
Ao imprevidente é imperioso impor a previdência; ao indisciplinado é forçoso levara disciplina. Falo, obviamente, em termosde educação mental e de procedimento social, é claro.
Todos nós, que no fundo não passamosde gente do interior, salvo um ou outronasci~o e criado em cidade grande, podemos CItar centenas de exemplos, senão milhares deles, de antigos fazen<1eiros. sitiantes, pequenos ou grandes proprietários rurais, dados à agricultura ou à peeuáría, -rueconhecemos m oís ou menos prósperos, maisou menos abonados, e que hoje encontramos até mesmo na miséria a mais desolada,por eles mesmos e por seus dependentes.
Oponho à teoria do livre arbítrio, na previdência pessoal e familiar, a necessidadeírremovível de substituí-la pela previdênciacompulsória, que visa ao cidadão e alcançaa sua família.
A lei, dizem 08 grandes mestres, não criao fato social: regula-o.
É exatamente isto que pretendo: regularum fato social público e notório. Fixando alei a obrigatoriedade da filiacão e da contribuição do rurícola de segundo grau aosorganismos da previdência social específicaestará ela provendo ao futuro de tantos se~res humanos, atualmente relegados ao maistriste abandono, vitimas de sua imprevidência.
É para tema assim importante, de conotações humanas as mais profundas, queconvoco a atenção do Parlamento do meuPaís e que reclamo o concurso de todasaquelas inteligências, de todas aquelas culturas e de todas aquelas boas vontades quepoderão, somando-se. fazer do meu projetouma lei sábia e justa, que sirva ao homemforte de hoje e ampare o homem alquebrado de amanhã.
Esta a missão que nos espera; este o dever para o qual faço soar o clarim do meuentusiasmo. (Muito bem; muito bem. Palmast)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Athiê Coury.
O SR. ATHU: COURY - (Pronuncia oseguinte díscursn.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, rato da maior importância estáacontecendo no município mais antigo doBrasil, eellula-mater da nacionalidade, cidade-monumento da História Pátria. SãoVicente, vizinho a Santos o maior norto daAmérica do Sul e o maior' centro exportadorde café do mundo.
Registro, 81'. Presidente, este aeontectmente para que a Câmara dos Deputados e.o Congresso Nacional tomem conhecímentodo que vem acontecendo no Instituto Histórico e Geográfico daquela cidade hístóríeaque é São Vicente.
O Instituto Histórico e Geográfico de SãoVicente está ameaçado de despejo e fechamento pela Caixa Econômica Federal, proprietária do imóvel situado na Rua FreiGaspar n.? 280, que há quatro anos vem sendo ocupado pela entidade. SE: isto acontecer, o maior patrimônio cultural e artísticoda cidade, representado pelo Museu Histórico e Geral de São Vicente, Biblioteca Pública, cursos e exposições históricas, artísticas, artesanais E: folclóricas sofrerá colapso de dificil recuperação.
Sem qualquer aviso ao Instituto Históricoe Geográfico de São Vicente a Caixa Econômica Federal no último dia 15 abriu concorrência pública, que será encenada segunda-feira, para a venda do imóvel pelopreço de Cr$ 2,6 milhões. com 20% à vista eo saldo financiado em 15 anos. Acontece
Novembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta.feira 22 9155
que, em setembro do ano passado, a díre-.'toria do lHGSV apresentou proposta decompra ao presidente da CEF, GlarnpaoloFalco, comprometendo-se a pagar o preçoestipulado após um comodato - cessão graciosa -, de três anos, tempo necessário para obter recursos já prometidos para liquidação do débito total. Até hoje a CaixaEconômica não respondeu à proposta.
Em data recente, encaminhei um telegrama ao Presidente da Caixa Econômica Federal, que respondeu da seguinte maneira:
Exmo. Sr.Deputado Athiê Coury
Câmara dos Deputados
BrasíliaEm resposta seu telex cumpre-nos esclarecer V. Ex.a que a utilizaçâo dosimóveis de propriedade desta empresapública está condicionada as restriçõesimpostas pelo art. 35, item II, da Lei n.o4.595, de 21-12-1964.Atenciosamente Augusto Novaes Bueno,Chefe Gabinete Presidência Caixa Econômica Federal.
Sr. Presidente, respondi esse telegramanos seguintes termos:
Dr. Gianpaulo FalcoPresidente das Caixas Econômicas Federais - Rio de Janeiro-GB.
Atenção seu telex 209/73 - 342 vg devinte e quatro de julho último vg voltoS11a presença sentido esclarecer que rnsti t1.'to Histórico et Geográfico de SãoV:cente eh instituição de caráter exclusivamente filantrópico eth cultural vgnão podendo ser enquadrada no contido art. 35 item II da Lei 4.595/64 citado pt Posso ainda adiantar [ah ter assunto em questão recebido parecer favorável da Coordenadoria do Patrimônio vg na palavra do Doutor Edio JosehSilveira et encaminhado ao Doutor Sebastião pt Aproveito oportunidade para vg autorizado pela diretoria do Instituto vg convida-lo a visitar aquela entidade onde desejam-lhe prestar justahomenagem vg valendo ocasião paraVossencia constatar seriedade et pro,fundidade do programa que desenvolve pt Encareço grande favor sua respos'ta com urgencía possível vg reafirmando-lhe segurança meu verdadeiro apreço pt Cordialmente seu dispor - AthiehJOl'ge Coury Deputado Federal.
81'. Presidente, depois desse telegrama, aCaixa Económica Federal mandou publicaro Edital de Concorrência Pública n.O 04/73,para alienação do imóvel à Rua Frei Gaspar n.O 280, esquina com a Rua Visconde doRio Branco e fundos com a Rua João Ramalho, no Município de Sã oVicente, Estadode São Paulo. Leio este edital para registro110S Anais da Casa e, ainda mais, os dadosque também incluo sobre o Instituto Históríco e Geográfico de São Vicente.
Edital de Concorrência Pública n.o 04/73Para alíenacâo de imóvel à Rua FreiGaspar, n.O 280, esquina com a Rua Visconde de Rio Branco e fundos com aRua João Ramalho, no município de SãoVicente, Estado de São Paulo.
A Caixa Econômica Federal - CEF, porintermédio de sua Filial de São Paulo,adiante denominada simplesmente CEF,torna público, para conhecimento dosinteressados, que venderá sob Concorrência Pública, pela melhor oferta, aseu critério, no estado em que se encontra, o imóvel descrito e caracteriza-do no item I, abaixo. .
1. Do objeto da Coneorrêncía
O objeto da concorrência é a venda doimóvel situado à Rua Frei Gaspar, 280,esquina com a Rua Visconde de RioBranco e fundos com a Rua João Ramalho, no munícípío de São Vicente,Estado de São Paulo. A área do terreno é de 7.120,00 me, aproximadamente,e sobre ele acha-se edificado um conjunto, que compreende três partes distintas: a) residência de construção antiga, de dois pavimentos (porão e térreo); b) construção recente, térrea; c)dependências. O imóvel foi havido poresta Empresa'através de "Carta de Adjudicação", de 15-3-66, assinado peloM.M. Juiz de Direito da Comarca deSão Vicente, Doutor Hélio Del Porto,extraída dos Autos de Liquidação doInstituto São Vicente S.A., subscritapelo Escrevente Autorizado do 1.0 Ofíciodaquela comarca e registrada sob 11.°11.996 - Livro 3-1, fls. 189, em 22-3-66,no Registro de Imóveis da Comarca deSão Vicente.
2. Do Preço Mínimo
2.1. O preço mínimo, base para licitação, será de,Cr$ 2.600.000,00 (dois milhões e seiscentos mil cruzeiros), admitindo-se propostas para pagamento àvista.
2.2. O licitante que pretender utilizarse de financiamento, deverá declará-loem sua proposta e o financiamentoobedecerá às seguintes condições:Quota máxima: até 80% (Oitenta porcento) do preço mínimo;
Prazo máximo: 15 (quinze) anos;
Taxa de Juros da Operação: os jurosserão cobrados à Taxa Nominal de8,6484% (oito inteiros, seis mil, quatrocentos e oitenta e quatro décimos milésimos por cento) ao ano, correspondente à Taxa Efetiva de 8.9995% (oitointeiros, nove mil, novecentos e noventae cinco décimos milésimos por cento)ao ano, identificando-se com a TaxaEquivalente de 0,7207% (sete mil duzentos e sete décimos milésimos porcento) ao mês;
Comisão de Expediente: 1% (um porcento) sobre o valor de empréstimoacima de 3.000 (três mil) MSM cobra-da antecipadamente; ,
Forma de Pagamento: em prestaçõesmensais, corrigidas trimestralmente, emfunção das ORTN;
Seguros: Incêndio e Obrigação Imobiliária ou outros que venham a ser criados para a espécie;
I.O.F.: Cobrado de uma vez, no atoda escritura.
2.3. A efetivação da venda, no caso definanciamento pela CEF de parte dopreço, dependerá de comprovação dacapacidade de pagamento (renda) doproponente, de acordo com as normasregulamentares da CEF. Na hipótese denão poder o proponente vencedor preencher os requisitos indispensáveis paraobtenção de financiamento, será a respectiva proposta desclassificada, convocando-se o concorrente classificadoem segundo lugar e assim sucessivamente. Tratando-se de pessoas [urídícas, será feito estudo de viabilidade econômica, reservando-se a CEF o direitode, se for o caso, recusar o proponente,passando ao classificado seguinte eassim sucessivamente.
3. Das Propostas
3.1. O licitante, por si ou por seu procurador, devidamente habilitado, deverá apresentar sua proposta em 2 (duas)vias, assinadas e rubricadas, em envelope fechado, rubricado no rêcho, atéàs 16:30 horas do dia 12 (doze) do mêsde novembro do corrente ano, à Praçada Sé, 111, 5.0 andar, sala 518, dirigidoà Comissão Permanente de Compras eLicitações, com a indicação da Concorrência 'e seu número.
3.2. Os envelopes conterão:
3 .2.1. Nome e endereço do líeitante;3 .2.2. Proposta específica, com xeterêncía ao imóvel, indicando o preçooferecido, em algarismos e por extensoem moeda corrente do pais, sem qual~quer rasura, emenda ou entrelinha.
3 .2 .3. Declaração expressa da forma depagamento e, no caso de pretender financiamento, o valor da entrega e Oconhecimento das condições a que devesatisfazer para obtenção do financiamento.
3:2.4. Declaração expressa de que o liCItante se submete a todas as condiçõesdeste Edital.
3.2.5. Declaração de que o proponentetem capacidade de pagamento (renda)sujeita à comprovação em caso de lici~tante vencedor, observado o disposto nosubitem 2.3.
4. Da Abertura e Classificação das Propostas
4.1. As propostas serão abertas na presença dos licitantes ou de seus procuradores, às 10:00 (dez) horas do dias 13(treze) do mês de novembro do correnteano, pelos membros da Comissão Permanente ele Compras e Licitações, queaporão suas rubricas em todas as folhasela documentação apresentada, o quetambém deverá ser feito pelos licitantes presentes ou seus representantes.4.2. Não serão consideradas as propostas:
4.2.1. Apresentadas após o prazo estipulado no item 3.
4.2.2. Que apresentarem preço ou condições inferlores aos previstos no item 2.4.2.3. Que condicionarem suas ofertas,preços ou quaisquer outras condiçõesnão previstas neste Editf'.l a outras propostas ou fatores também não previstos.4.2.4. Que se referirem simplesmente aacréscimo de preço sobre a maior ofertaapresentada, sem referência a valor.
4.2.5. Que contenham divergência denúmeros, dados ou valores, bem COmorasuras, emendas ou entrelinhas, mesmo que ress~lvadas.
4.3. Após a abertura e rubrica das propostas, será lavrada pela Comissão Julgadora ata circunstanciada dos' trabalhos, a ser assinada pelos membros daComissão e pelos licitantes presentes, aqual conterá:
4.3.1. Data, hora, local objeto da reunião.4.3.2. Relacão dos licitantes que seapresentarem.te, qualquer das propostas.4.3.3. Fatos que invalida liminarmente, qualquer das propostas.
4.3.4. Reclamações, porventura apresentadas pelos licitantes.4.4. A fim de examinar convenientemente a documentação apresentada, aComissão Julgadora realizará, dentro de
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5 (cinco) dias, nova reunião, sem a presenca dos licitantes, quando será julgada á proposta vencedora.4.5. Será declarada vencedora a proposta que oferecer maior preço, acimado valor mínimo fixado no item 2.4.6. No caso de empate, terá preferência a proposta à vista, ou no caso definanciamento, a que oferecer maiorentrada,4.7. Persistindo o empate, será dadapreferência à proposta com menor prazo de financiamento e, finalmente, seráefetuada nova líettacão sumária entreos vencedores, que constará da apresentação de nova proposta em dia ehoras marcados pela Comissão Julgadora.4.8. Se, ainda assim, persistir o empate, será realizado sorteio, na hora.5. Da lIomologaçáo da Concorrência
A Comissão Julgadora, dentro de 5 (cinco) dias contados da data da reuniãoprevista no item anterior, apresentaráà Gerência Geral da Filial, relatóriocircunstanciado das propostas, acompanhado de quadro comparativo e da L"via de toda a documentação apresentada pelos licitantes.
5.1. A Gerência Geral, após manifestar-se sobre a licitação, encaminhará aAta da oomíssão, acompanhada da documentação prevista no item anterior,ao Gerente Operacional, para adotar asprovidências necessárias à ultimação davenda.5.2. Em nenhuma hipótese, caberá recurso contra o resultado da Oonccrrônela, bem como inde i.. .acào, judicial ouextra-judicial, aos licitantes ou ao vencedor.
6. Da TransferênciaApós a divulgação do resultado da Concorrência, será o vencedor convocadopara, dentro de 48 (quarenta e oito)horas, efetuar o depósito da quantiacorrespondente a um mínimo de 10%(dez par cento) do preço da venda, soba pena de. não o fazendo. ser desclassificado.6.1. O pagamento a que se refere esteitem, será feito mediante depósito, emconta vinculada. em Agência da CEFdesignada pela Filial.6 2. Efetuado o depósito a que se refereeste item, o vencedor será convocadopara, no prazo de 3D (trinta) dias, assinar a escritura definitiva de venda ecompra (no caso de compra à vista) oude escritura de compra e venda compacto adjeto de hipoteca (no caso definanciamento), sob pena de, não o fazendo ser desclas-rneado e perder odepósitc efetuado.6.3. Todas ae despesas necessárias alavratura da e2f'''lh'ra correrão porconta do licitante vencedor, bem comoimpostos. taxas, emolumentos, registros,etc.6.4. Caberá ao licitante vencedor a iniciativa necessária para a lavratura daescritura, inclusive obtenção dos documentos exigíveis por força da Leipara contratar com a AdministraçãoPública Federal (prova de quitação comas obrigações eleitorais. fiscais, previdenciárias e Serviçc Militar).6.5. No caso de desistência ou do nãocumpnmento do item 6 será convocado° C('I1 cr rren te classificado imediatamente a seguir.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1)
7. Das Disposições Finais
7.1. O processo de financiamento terátramitação especial e prioritária, sobcontrole direto da Gerência Geral daFilial da CEF, a fim de que a escrituraseja lavrada no prazo previsto noitem 6.
7.2. Em razão da conveniência ou contingência administrativa, a OEF poderáanular a licitação do presente edital,sem estar obrigada a justificar a suadecisão aos licitantes inscritos, sem quepor esse motivo tenham estes, direitoa qualquer reclamação ou indenização.
7.3. Não reconhecerá a CEF quaisquerreclamações de terceiros com quem venha o licitante a transacionar o imóvel objeto do presente Edital.
7.4. A Filial de São Paulo prestará aosinteressados os demais esclarecimentosque se fizerem necessários na Praça daSé n.O 111, 5.0 andar, sala 518, no horário de 12:00 (doze) às 16:00 (dezesseis)horas.Dados sobre o Instituto Histórico eGeográfico de São Vicente
- Fundado em 5 de fevereiro de 1959
- 1." Sede: rua do Colégio 320, atéagosto de 1960.
- 2.a sede: rua 15 de Novembro 117,sobrado, entrada pela rua 13 deMaio n.O 13.
- 1.0 regísrro social no Cartório' de Títulos e Documentos: 1964 Estatutoinicial
- 2.0 registro social, no mesmo Cartório - reforma do Estatuto: 1969
- Declaração de Utilidade Pública Mu-nicipal - Lei Municipal n,v 1.025/64
Número de cadeiras com patrono: 80cadeiras fundadoras e 40 não fundadoras. Em 1969, o número foi elevado para 200 cadeiras, sendo 80 fundadoras e120 não fundadoras.Essas cadeiras foram preenchidas comos melhores valores intelectuais de SãoVicente, Santos e São Paulo.
Várias grandes figuras da ciência, dasartes, da literatura e de outras atividades sociais foram consideradas membros honorários do Instituto.Diversos titulares da entidade foramconsiderados, pelos serviços relevantesque lhe prestaram, Sócios Benfeitores,Beneméritos e Grandes Beneméritos,segundo os graus em qUe se situarem,por aprovação das Assembléias.
Ibrahim Nobre, General Meno. Barreto,David Oarneiro e Embaixador de Portugal (Dr, Hermano Saraiva) são alguns dos Sócios Honorários por merecimento especial, eleitos pelo Instituto.A Lei Municipal n.o 1. 451, de 23.4 .1970,criou a Biblioteca Pública de São Vicente e entregou ao Instituto Histórico a sua execução, com uma dotaçãoanual de 30.000 cruzeiros (ou 30 milhões velhos.)
Essa biblioteca, após três anos e poucode existência, inaugurada que foi a 18de julho de 1970, tem hoje 20.000 volumes, entre antigos e modernos, emtodos os campos do conhecimento humano, sendo a maior e melhor de todoo litoral de São Paulo.
Sua freqüência tem atingido 200, 250e 270 consulentes diários, principalmente estudant s de todos os níveis, abrangendo 14 Faculdades, de Santos, Gua-
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ruja, Cubatão, São Bernardo, SantoAndré e outras cidades do Estado.4 secções importantes complementam aBiblioteca; o Departamento de Geografia (mapoteca), a secção de jornais,revistas sociais, e científicas, ediçõeseomemorativas, periódicos nacionais eestrangeiros, (Hemerotecaj , a secçãode Documentação Histórica, e o Departamento de Iconografia (principalmente vlcentlna e santístaj .O Museu Histórico e Geral do Instituto instalou-se no grande edifício 10gradouro da rua Frei Gaspar 280, com22 salas e salões, abrangendo História- Arte antiga e moderna - Antigüidades - Artesanato artístico e popular - Folclore - e História Natural(mineralogia, Zoologia, arqueologia,botânica) - Umbanda, Quimbanda, eCandomblé - Fardas e armas do Império e da República.
Os cursos diversos: de encadernação edouração - cerâmica artístíca e popular - História - Literatura - Dança clássica e Teatro, estão sendo montados na parte térrea dos fundos: darua Frei Gaspar 280.
As conferências e sessões de cinemacultural-educativo, projeção de "slides"ete., continuam no Salão nobre da rua13 de Maio n.o 13, esquina da rua 15 deNovembro.
O Presidente atual do Instituto é oProfessor e historiador Francisco Martins dos Santos, fundador do InstitutoHistórico de Santos, da Academia eantista de Letras, da Academia Paulistade História e do Instituto Histórico eGeográfico de São Paulo. O 1.0 VicePresidente é o Prof. Universitário Jonas Bongôes, último prefeito munlcípal de São Vicente, Diretor da Bolsade Valores de Santos.
Grandes Exposições: O Instituto Histórico vem montando os seus Museusno prédio da rua Frei Gaspar 280, depropriedade da Caixa Econômica Federal, com licença desta, desde o anode 1968/69, e periodicamente tem realizado grandes Exposições de História,Arte, Artesanato artístico e popular eFolclore (nacional e estrangeiro), realizando, ao mesmo tempo, festas noparque floriatico, como desfiles de samba, exibições de capoeira, de candomblé, de arte carnavalesca, noite árabe,noite italiana, noite espanhola, noiteescocesa, noite portuguesa, noite bra-,sileira, com danças e cantos típícos regionais, espetáculos e projeções culturais ao ar livre.
A 6.a Exposição foi de Pintura Antigae Moderna, Acadêmica e Moderna, comacervo do Museu de Belas Artes do Estado. A 7.a Exposição foi de Históriae Arte Imperial, comemorativa ao Sesquicentenário da Independência, queteve 80.000 visitantes em dois meses.Atualmente o Instituto está montandoa 8.a Exposição Oficial, com a colaboração da Prefeitura, dedicada ao AnoNacional do Turismo, com 22 salas esalões exibindo todos os Estados, Territórios e regiões do Brasil, com suasbelezas principais, suas festas e tradições, atividades e vultos típicos, economia, animais, riquezas, comunicações, grandes rios, grandes cachoeiras,com mapas e paisagens em cores, legendas explicativas, coleções de animais e aves, de mineralogia, dando aosvisitantes e escolares, a visão total e
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magnífica do Brasil, em todos os seussetores e dimensões.Estas atividades beneméritas, que caracterizam o grande Centro Culturalque representa a propriedade da ruaFrei Gaspar 280, é que estão ameaçadas de cessação e destruição, em conjunto com as grandes árvores centenárias, onde pássaros cantores' fazemninho e habitat, no melhor ponto turistico de São Vicente.
É em favor dessa obra, animada gratuitamente por um grupo de idealistas,que o Instituto apela para todas as forças vivas da Nação, como já apeloupara o Sr. Presidente da República, emrepresentação entregue no Palácio daAlvorada em 30 de outubro último.
Sr. Presidente, concomitantemente, oInstituto Histórico e Geográfico de São Vicente encaminhou ao Sr. Presidente da República o seguinte ofício:
São Vicente, 23 de outubro de 1973
"Exmo. Sr.
O Instituto Histórico e Geográfíco deSão Vicente, sem fins lucrativos e deUtilidade Pública, por Lei Municipaln.? 1.025/64, toma a liberdade de virà presença de V. Ex.a , em seu momentode aflição, pois está ameaçado de despejo e fechamento pela Caixa Econômica Federal, proprietária do edifíciofloristico que o mesmo Instituto ocupahá quatro anos e onde mantém MuseuHistórico e Geral da Cidade, Biblioteca Pública, noíe a maior e melhor doLitoral Paulista, Cursos diversos e grandes Exposições históricas, artístícas, artesanais e folclóricas constantes, suo:vencionadas pela Prefeitura Vicentina,à rua Frei Gaspar 280, nesta cidadede S. Vicente.O pior, Exm.o Presidente, é que estesodalicio não tem para onde levar einstalar tamanho acervo material etantos departamentos, devendo assim,sossobrar e desaparecer ante o golpeinesperado, promovido através do lançamento de um Edital de venda pelareferida Caixa, estabelecendo o preçode dois milhões e seiscentos mil cruzeiros, com 20% à vista e o restantea prazo de 15 anos, o que facilita aaquisição pelo particular rico e sedento de lucro, pela perspectiva de um loteamento rendosíssímo que inclui a destruição de tudo e o armazenamento dobelo parque floristico de 7.200 metrosquadrados, no melhor ponto turísticode S. Vicente.Exm.o Presidente, o Instituto Históricosente-se confuso diante do fato consumado, lamentando a falta de aviso apesar da preferência que deveria ter pela ocupação longa, alta e nobre quedá a propriedade, das despesas que nela tem feito para conservá-la e melhorá-la, e, finalmente, pela proposta decompra que fez ao Sr. Presidente dareferida Caixa - dr. Gianpaol Falco- em setembro do ano passado - hámais de um ano portanto - até hojesem resposta.O Instituto Histórico sente que não pode concorrer com o capitalista, mas está disposto a pagar o preço pedido pelaCaixa - os dois milhões e seiscentosmil cruzeiros - que não é exagerado,mas, na forma da proposta feita hámais de um ano, precisa de um comodato curto, de três .ancs, procedendo opagamento, como prazo necessário para reunir e obter os recursos já pro-
metidos, para liquidação rápida do débito total.A diretoria do sodalícío vê em VossaExcelência, o último recurso para aemergência, tomando a liberdade depedir-vos a bondade de uma intervenção junto à Presidência da Caixa Econômica Federal, no sentido da aceitação da proposta que lhe fizemos, dapreferência aos que não procuram lucro e sim possibilidade de dar luzes ebeleza ao povo, salvando ao mesmotempo de retalhamento particular, ouloteamento, do belo' parque, que milhões de forasteiros, do Brasil e domundo, visitam a cada ano; evitandoo que chamaremos de desastre de civilização e cultura, coisas tão defendidas pelo vosso governo revolucionário,anulando tão rude golpe ao interessesuperior do povo e das gerações futuras.A vossa excelência, ao vosso espíritode justiça, que tem socorrido e protegido, ao que sabemos, várias instituieôes culturais e cientificas, a Diretoria deste Instituto, composta de idealistas que tudo dão de si, gratuitamente, em favor da elevação da sociedade,da comunidade da Pátria, confia emVossa Excelência e agradece a atençãoque lhe for dispensada, na expectativade um nobre gesto do grande Presidente, em favor da Cultura e do verdadeiro Turismo: única razão que inspirou o magnífico Deputado Federal,Representante do nosso povo na Câmara. _ Athiê Jorge Coury - a aceitara incumbência de ser o portador desteapelo e defensor da nossa causa.Com o nosso agradecimento antecipado, subscreve-se de Vossa Excelência,Francisco Martins dos Santos - Presidente.
Sr. Presidente, srs, Deupjados, um dosmaiores jornais do Brasil, A Tribuna, deSantos, publica o seguinte, sob o título "Opassado estã em leilão":
"Está à venda um dos mais belos eantigos prédios de São Vicente, a mansão ajardinada da Rua Frei Gaspar n.o280, que já foi residência do Barão KurtVon Pritsvwilt, e 110je guarda as reIíquías mais caras da cidade: o museu,biblioteca e pinacoteca do InstitutoHistórico e Geográfico de São Vicente.A sorte do prédio - ser transformadonum conjunto residencial, ou num supermercado - depende do que ficardecidido até amanhã às 18 horas, quando vence o prazo estipulado pelo editalda Caixa Econômica Federal (proprietária do imóvel), para que algum comprador se habilite. Em torno dessa espaçosa construção - 35 salões, váriosbanheiros, terreno de 7.200 metros quadrados, área florida e arborizada, a menos de duzentos metros da praia - suscitou durante toda esta semana umapaixonado debate em São Vicente, envolvendo desde a elite cultural até omais simples cidadão."Querem destruir tudo; meter a picareta na casa do Barão; acabar com oúnico museu da cidade. Se o Barão VonPritsvwilt fosse ainda o dono, ele doaria a casa ao Instituto Histórico", dizuma idosa senhora alemã, contemporânea do Barão. Tentando ganhar a corrida contra o relógio, e menos saudosista, o presidente do Instituto Históricoe Geográfico de São Vicente, o historiador Francisco Martins dos Santos,iniciou no final do mês passado um movimento envolvendo toda a BaixadaSantista, para conseguir que o prédionão seja vendido ou derrubado. ;Ele
quer o casarão para o Instituto. E nãofaz por menos:
"Ex.mo Sr. Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici: O Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, sem fins lucrativos e de utilidadepública, toma a liberdade de vir à presença de V. Ex.a , em seu momento deaflição, pois está ameaçado de despejoe fechamento pela Caixa EconômicaFederal, proprietária do edifício e parque florístico que o mesmo Institutoocupa há quatro anos e' onde mantémMuseu Histórico e Geral da Cidade,Biblioteca Pública, hoje a maior e melhor do litoral paulista, cursos diversose grandes exposições históricas, artíst~cas, artesanais e folclóricas, subvencíonadas pela Prefeitura vícentína".Junto com essa casa e esse imenso jardim, segundo o historiador, vão a tradição das velhas mansões vícentínas,onde moraram "barões e condes do café", e "a última oportunidade de SãoVicente, CeHula Mater da Nacionalidade, ter o seu museu, um lugar ondemostrar o seu glorioso passado histórico e a sua cultura presente. Desencadeando o movimento, que envolve oPresidente da República, através da interferência do Deputado Feder,,! vthíêJorge Coury (portador da ('ort,· 'c"itapelo historiador e enviada ao Presidente), o Comendador Alberto Ferreiravice-presidente do IHGSV; e 'toda delite cultural e população da Baixada"o historiador Martins dos Santos di~que quer o direito de o Instituto também fazer a sua oferta, o seu lance navenda do imóvel. Isto porque "a CaixaEconômica Federal ignorou, completamente, a nossa oferta de compra, apóstrês anos de comodato (cessão gratuitadesde 1970)".
Os Cavalos Brancos do Barão
Em setembro do ano passado, o museudo IHGSV viveu alguns dos seus muitospontos altos em termos de cultura e turismo. Realizou a VII Exposição de História e Arte Imperial, em comemoraçãoao 150.° aniversário da Independéncià,mostrando peças. obras históricas e manuscritos inéditos, descobertos pelo historiador Francisco Martins dos Santos,sobre a independência do Brasil e suarelação com a Baixada Santista. Essamostra de história (incluiu também salas fixas de festas e tradícõcs. animais,flora da região, pedras preciosas e artesanato regional) recebeu a visita de80 mil pessoas, dos mais Iongínquospontos do Brasil.Agora estava preparando a sua 8.a Exposição Oficial, com a colaboração daPrefeitura, dedicada ao Ano Nacionaldo Turismo, com 22 salas e salões exibindo peças de arte de todos os Estados, Territórios, com suas belezas principais, festas e tradições, atividades evultos típicos, economia, fauna e flora,minerais e riquezas industriais, commapas, paisagens, "dando uma visãototal e magnífica do Brasil, em todos ossetores e dimensões", diz Martins dosSantos.
Onde será montada, agora, a expo;~sição?"O pior, Exm,o Presidente, é que o nosso sodalíeío não tem para onde levar ainstalar tamanho acervo material etantos departamento, devendo assim,soçobrar e desaparecer ante o golpeinesperado, promovido através do lançamento de um edital de venda pelareferida Caixa Econômica Federal estabeíecendo o preço de dois milhões e
iIi'&s quinta-feira. 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n Novembro de 1973
seiscentos mil cruzeiros, com vinte porcento à vista e o restante a pr~'7" de15 anos, o que facilita a aquisição porparte de algum particular rico e sedento de lucro, pela perspectiva de umloteamento rendosíssímo que inclui adestruicão de tudo e o arrasamento dobelo parque f1orístico de 7.200 metrosquadrados, no melhor ponto turístico deSão Vicente".O historiador percorre o prédio, contando detalhes da sua história, paramelhor esclarecer a posse, que pertenceà Caixa Econômica:"l!: um prédio soberbo, uma das melhores áreas verdes particulares da cidade.Aqui morou, durante muitos anos, o Barão Pritsvwilt, homem ligado ao café,ex-gerente da firma de café e navegação Teodoro Willys. Ele era um dos muitos ricos estrangeiros que preferia, naépoca áurea do café, morar em São Vicente, devido ao nosso clima privilegiado. O Barão gostava da tradiçãogermânica: criava rãs, num lago junto à casa da criadagem (com mais dedez salas, em prédio à parte, nos fundosque dão para a Rua João Ramalho); epossuía cavalariça vasta, com muitoscavalos brancos, das quais ainda restam as cocheiras no fundo do terreno,coladas ao muro que dá para a RuaVisconde do Rio Branco".Segundo a tradição, o prédio teria sidovendido para uma senhora casada comum argentino e por isso chamada de"argentina", logo ao estourar a GrandeGuerra, quando muitos alemães deixaram o País, entre eles, possivelmente,o Barão (hoje não se sabe onde eleestá). Os herdeiros da senhora argentina teriam vendido a casa ao médicoFrancisco Jarussi, que ali montou o Instituto São Vicente. Posteriormente, acasa foi transferida à Caixa EconômicaFederal. .
Caixa não avisou
"Exm.o, Presidente, o Instituto Histórico sente-se confuso diante do fatoconsumado, lamentando a falta de aviso apesar da preferência que deveria terpela ocupação longa, alta e nobre quedá à propriedade, das despesas quenela tem feito para conservá-la e melhorá-la, e, finalmente, pela proposta decompra que fez ao presidente da referida Caixa, Gianpaolo Falco, em setembrodo ano passado - há mais de um anoportanto - e até hoje sem resposta. ÓInstituto Histórico sente que não podec~mcorrer com o capitalista, mas estádísposto a pagar o preço pedido pelacaixa, que não é exagerado, mas naforma da proposta feita há mais de umano, precisa de um comodato curto detrês anos, precedendo o pagamento' como o prazo necessária para obter e 'reunir os recursos já promertdos, para aliquidação rápida do débito total."O historiador comenta com ironia: "enquanto a Caixa Econômica mostratotal desinteresse em preservar o nossomuseu e o IHGSV, uma das mais importantes associações culturais da Baixada, noticia em seu jornal interno ainstalação de um museu em Brasília,com financiamento da Caixa". Mostrao recorte do jornal: "há duas realizações que são no momento mais simpáticas aos nossos colegas de Brasília: achamada operação Transbrasil e a organização do Museu da Caixa Econômica Federal. O Museu, além de todo ovalor cultural que representa, é tambémum esforço de tentar preencher emBrasrlía uma lacura da qual a cidademuito se ressente: o passado".
o hlstorlador diz sentido, que o que aCaixa quer fazer com o IHGSV, "é portanto. uma atitude totalmente incoerente".
Martins dos Santos lembra o quanto representa para a iradi -ão histórica dacidade mais antiga do Brasil a existência do museu e do Instituto: "Tonos 200cadeiras (sócios) no IHGSV, 80 delasde fundadores. Várias figuras do Brasile do exterior são nossos membros honorários (David Carneiro, e o embaixador de Portugal, Hermano Saraiva).Nossa Biblioteca tem 20 mil volumes ea freqüência é apontr da por estatísticas em 270 consulentes diários, comestudantes de todos os níveís e de 14faculdades. NeSSa biblioteca temos seções de mapoteca, hemeroteca eIeonografia (fotografias). o nosso museu temde tudo sobre arte antiga e moderna,e documentos inéditos para a históriado Erasil. Mantemos cursos de encadernação e douração, cerâmica, história,literatura, dança clássica e teatro. Paraonde iremos se o prédio for vendido?""A diretoria do sodalício vê em S. Ex.ao último recurso para a emergência, tomando a liberdade de pedir-vos a bondade de uma intervenção junto à CaixaEconômica Federal no sentido da aceitação da proposta que lhe fizemos dapreferência aos que não procuram lucro e sim possibilidade de dar luzes ebeleza ao povo, salvando ao mesmo tempo do retalhamento particular, ou loteamento do belo- parque que milhõesde forasteiros, do Brasil e do mundo,visitam a cada ano; evitando o que chamaremos de desastre da civilização ecultura eoísas tão defendidas pelo vosso gov'erno revolucionário, anulandotão rude golpe ao interesse superior dopovo e das tuftu'ãs gerações. Sabemosdo espírito de justiça de V. Ex.a em favor da cultura e do verdadeiro turismo".Flores silvestres crescem junto às orquídeas plantadas pelo hâstorlador, quequer instalar balanços para as cnançase montar nos jardins de árvores seculares e fortes, uma bilioteca infantil. Hápaz no prédio, e também a determinação de vitória do historiador. Lembraas lendas do Barão, contadas pela senhora alemã e velhinha:
"Onde hoje fica o supermercado, na esquina da Rua Visconde do Rio Branco,morava um rico estrangeiro, com umavenda de sobrado. Um dia o estrangeirocomprou um rádio e o ligava alto, paraque todos ouvissem a música. O Barão,incomodado em seu silêncio, mandoudizer ao comerciante que os vizinhos tinham ouvidos delicados. O vendelro respondeu: na minha casa mando eu. OBarão comprou-lhe a casa, mandou acópia do contrato com um bilhete:"agora a casa é minha, desligue orádio".
Leio, Sr. Presidente, a seguir, relato publicado pel g r a n d e matutino santista,A Tribuna de Santos, a propósito da questão:
O historiador Francisco Martins dosSantos acredita que somente dia 17 aCaixa Econômica Federal divulgará onome do vencedor da eoncorrêncía paravenda do prédio 280 da Rua Frei ~a2
par, onde funciona o Museu e'Exposiçaode São Vicente. O prazo para entregadas propostas, segundo edital publicado pela CEF em 15 de outubro, encerrou-se ontem, em São Paulo. O preçopedido é de Cr$ 2,6 milhões, com 20%de entrada e o soldo financiado em 15anos.
Segundo informação do presidente doInstituto Histórico e Geográfico de SãoVicente, o Deputado federal Athiê Jorge Coury e o estadual Del Bosco Amaraldeverão manifestar-se esta semana, naCâmara e na Assembléia, sobre o prejuízo cultural e turístico que São Vicente sofrerá, se for concretizada avenda do casarão. Martins dos Santosdivulgou, ainda, cópia de telex passado por Athié a Giampaulo Falco, presidente da Caixa Econômica, adíantan-,do que o "assunto em questão haviarecebido parecer favorável da coordenadoria do patrimônio da empresa, .napalavra do Dr, Edio José Silveira", nosentido de ser aceito o comodato portrês anos com o IHGSV.Referindo_se à venda do prédio ondefunciona o Musel e Exposição de SãoVicente, o presidente do Centro de Estudos Históricos de Santos, sr. WalterMarcelo de Lima, disse, em carta endereçada a este jornal, que "é profundamente lamentável, não apenas pelo futuro ato de vandalismo que possa destruir relíquias tão importantes. História é vida, onde existe vida existe hís-,tória e vice-versa. Mate a vida, morrea história, destrua a história, acaba avida". .
O presidente do CEH disse ainda que"só podemos entender o futuro, vivendosobre o passado, com os nossos pés nn,cados solidamente no chão do presente.Povo sem história é uma caricatura, depovo, ou melhor, nem povo é". Depoisde citar como exemplo a Europa, ondeo patrimônio é defendido e resguardado, e representa o êmulo da fonteeconômica fundamental de alguns países - o turismo -, Walter Marcelo deLima afirma que "nós ainda somosmuito crianças culturalmente, para entender certas necessidades, talvez porisso possamos desculpar certas afirmações infantis de gente que acha que oprogresso não deve respeitar o passado, como se aquele não tivesse raízesprofundas neste. E o que é o passadosenão a própria história, esta mesmahistória que se quer relegar ao planode sexo de anjo, ou qualquer outracoisa sem importância".Finalizando, o presidente do Centro deEstudos Históricos diz ainda em suacarta- que "não faz muito tempo que sereviveu neste país a época da Independência, e creio não ter fugido da lembrança de todos as imagens da propa;ganda patriótica do Sesquicentenário.Mas eu pergunto: Onde foram buscara matéria-prima de propaganda paraesta campanha. Acho que não precisamos alongar-nos mais, para provar aimportância da história. Não precisamos estender-nos para mostrar o quanto importante é preservar o nosso pa-
~~~~m~s,h~;ffi~~s,iS~o~úg~~~~s~'~g:jetos antigos e principalmente, os nossos sambaquis."É preciso saber agora, no presente,que, se destruirmos o passado, o futuronos julgará. A responsabilidade é grande, e todos aqueles que quiserem depredar o nosso passado histórico quenão se esqueçam que a própria históriaos julgará, como um filho que ditará asentença ao assassino de sua mãe."
Sr. Presidente, o Instituto Histórico eGeográfico de São Vicente, como já disse,está ameaçado de ser despejado e fechadopela Caixa Econômica Federal, proprietária do imóvel. Há quase quatro anos, conforme já relatei, esse prédio vem sendoocupado por aquele instituto. Se isso acon-
. tecer, o maior património cultural e artís.
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tico da cidade, representado pelo MuseuflistóÍ"ico e Geográfico de São Vicente, Biblioteca pública, Cursos de Exposições Históricas Artísticas, Artesanais e Folclóricas,sofrerã colapso de difícil recuperação.
Encaminhei carta ao Presidente da República que o n.o 009361 no protocolo, etendo certeza de que o grande PresidenteEmílio Garrastazu Médici interferirá nocaso. Além do mais, conheço bem o Presí-
·dente da Caixa Econômica Federal, o ilustre Prof. Giampaulo Falco e estou segurode que, diante desses fatos que estou r<:;gi.strando ele irá impedir a venda do prédio,cumprindO o prometido ao Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente.
Faço daqui um apelo não só ao Presidente da Caixa Econômica Federal, mas a to,dos os seus diretores, no sentido de queevitem a destruição desse patrimônio histórico. O Prof. Giampaulo Falco, além degrande administrador, é homem culto, portanto, há de ser sensivel ao problema., Impedir a venda do imóvel não trará be
nefício apenas àquela cidade. O empreendimento é de interesse de todo o Brasil,afirma o historiador Francisco Martins dosSantos, e enquanto a Caixa Econômica Federal mostra total desinteresse em preservar uma das entidades culturais mais importantes da Baixada, está instalando, em'Brasília, em prédio próprio, o museu da'empresa. A atitude dos Diretores da Caixa.
'"Econômica Federal é importante, disse oPresidente do Instituto Histórico e Geográ
,fico de São Vicente, ao informar que a diretoria decidiu enviar apelo ao Sr. Presi-
·dente da República, dado o enorme interesse que S. Ex." vem demonstrando para comos empreendimentos culturais, citando inclusive frase de S. Ex.": "cultura é dever doEstado". Concluindo, afirma que acreditano espírito de justiça dos nossos governantes.
Eis, Sr. Presidente, o apelo que venho fazer, desta tribuna da Câmara dos Deputados, ao Bxmo, Sr. Presidente da República Federativa do Brasíl e ao Sr. Presidente da Caixa Econômica Federal, no sentido de que impeçam a destruição desse patrimônio histórico daquela cidade cellulamater da nacionalidade, monumento daHistória pátria, que é São Vicente. (Muitobem. Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) , Tem a palavra o Sr. Orensy Rodrigues.
O SR. ORENSY RODRIGUES - (Pronuneía o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, sendo agricultor, veterinário e
. pecuarista, representante destas classes doEstado de São Paulo, não poderia permanecer indiferente aos problemas que o Paísenfrenta nos dias de hoje relacionados coma sua política partidária e econômica. Nacionalista independente, jamais tive tendência a apoiar grupos que não fossem genuinamente nacionais, de esquerda ou entreguístas.
Tendo-me filiado, pela primeira vez, aoPartido do Governo e sido eleito DeputadoFederal por São Paulo, sem vinculações comqualquer dos Partidos extintos pela Revolução, pensava eu em ser útil ao meu Estadoe ao Brasil, emprestando, espontaneamen-
· te a minha colaboração. Infelizmente, tenhode reconhecer que no Partido do Governo- heterogêneo em sua formação pela origem da maioria dos membros que o dominam - Deputados da nova geração não têmoportunidade alguma de assessorar os órgãos governamentais, emprestando gratuitamente os seus conhecimentos adquiridosna prática e no trato dos problemas, paraque não se incorra em graves erros empíricos, até por deconhecinfento quase total decertos aspectos técnicos e práticos das att-
vidades econômicas e sociais dos nossos dias.Como exemplos, citamos, dentre muitos, aproblemática da carne, o Plano Nacional deHabitação, a ação do IBDF e a doutrinaçãopolítica partidária.
O nosso Partido, destituído de filosofiadoutrinária e de cobertura dos governosestaduais, tendo em seu bojo homens quese dizem do Governo mas não desfrutamde qualquer prestígio, haja vista o não atendimento de justas e necessárias reivindicações que se fazem, em nome de suas regiões,aos governos estaduais e que, se atendidas,fortaleceriam os parlamentares e o próprioPartido do Governo junto ao povo, carecede estímulo aos seus componentes.
Achamos mesmo que o abrandamento doRegime, em relação aos corruptos, nos temdesprestígíado em nossas regiões.
A submissão de certos homens públicos, oprazer do servilismo e de agradar ao Governo chega a tal ponto que o Regime temdemonstrado até não se sentir muito tranqüilo com o quadro demais eufórico e otimista pintado pelos que representam o nosso Partido. Talvez uma paisagem mais realista fosse mais producente para o Governo,que veria que nem tudo são rosas por esseBrasil a fora ..•
No nosso Partido, principalmente em SãoPaulo, onde grandes grupos politicos se digladíam pela posse e permanência no Poder, os Deputados jovens não têm qualqueroportunidade. Os homens que o dominamsão os antigos políticos semanescentes doademarlsmo, do sodresísmo, do [anlsmo, dolaudinismo, ao lado da grande corrente donosso maior líder o Senador Carvalho Pinto, que representa o último sustentáculo damoral, do civismo e da capacidade administrativa do grande Estado bandeirante e queestá relegada até o momento, a plano secundário, embora constituida de políticossem pretensões maiores, de formação democrática e nacionalista, que jamais poderiam desempenhar o papel ridículo de bajuladores de valores inexistentes ou medíocres, como os que se dizem mentores dechefetes politicos do Estado, tentando ofuscar membros e Deputados do Partido, através do não atendimento às reivindicaçõesregionais de que são emissários e até descumprindo as normas partidárias. São pessoas que não comungam com os ideais revolucionários - lobos com pele de cordel1'0, isto sim, prestigiados e atendidos peloGoverno Estadual.
Apresentei e foi aprovado pelas ComissõesTécnicas da Casa, com pareceres favoráveise pronto para a Ordem do Dia e apreciaçãodos Srs. Deputados, o Projeto de Lei n.o246/71, que estabelece as normas básicas definanciamento para cria, recria e engordado gado bovino de corte. A finalidade daminha proposição é evitar que crises deabastecimento de carne bovina viessem aocorrer, como a que assistimos agora, infelizmente, no País, pois teríamos fornecidoum crédito adequado aos pecuaristas tradicionais que são os responsáveis pelo abastecimento da população e fornecimento doexcedente exportável.
·Como os nobres colegas devem saber, osfinanciamentos para a pecuária de corte,em termos reais e econômicos, são inexistentes do Centro-Oeste do País, região demaior potencial pecuário, que dispõe demais ou menos 52.000.000 de bovinos e que,juntamente com o Rio Grande do Sul, quepossui mais ou menos 12.000.000 de cabeças, representa o sustentáculo da pecuáriade corte do Brasil, uma vez que o desfrutenestas regiões chega a 20% e a média doBrasil atinge, no máximo, 10%.
Não fora o Banco do Brasil, que finan-'eía até 1.000 salários-mínimos para cadaprodutor do Centro-Oeste, poderíamos dizer que inexistem financiamentos aos pecuaristas daquela região, apesar de sabermos que com Cr$ 300.000,00 só se adquire,no máximo, 150 Vacas de cria. Mas, infelizmente, nas agências do Banco do Brasil, nos Estados integrantes do Brasil Central, normalmente não existe disponibilidade de crédito necessário para o atendimento sequer de 10% dos criadores que pretendam investir nessa atividade, que é a criade gado de corte.
Quando se fala em cédula rural, pode-seassegurar que a esta beneficia quase queexclusivamente os frigorificos. Quando desua emissão, os animais já. foram abatidose os produtores ainda são obrigados a avaIísar a cédula rural para que a mesma possa ser descontada nos bancos oficiais ouparbícvlares. E o pecuarista ainda é obrigado a apagá-la, caso o frigorifico entre emconcordata ou insolvência, como já temocorrido com muita freqüência no País.
Os financiamentos do CONDEPE são inadequados, inviáveis pelo alto custo do projeto, pelas exigências técnicas, correção monetária e obrigatoriedade de imobilização,que vai até 50% do total do crédito aberto.O PROTERRA, muito útil ao Pais, emboratendo sua maior área de atuacão nas Regiões Norte e Nordeste, usufrui de resultados a longo prazo. No que se refere 8.015 planos da SUDAM para a pecuária, onde osincentivos fiscais beneficiam quase que exclusivamente os industriais, os donos c:osincentivos a aplicar são çompletamente destituídos do know-how, salvo algumas exceções de aplicações feitas por homens tradicionais da atividade pecuária. Seus êxitossó no futuro saberemos. a não ser em termos de posse e dominio de território nacional, o que é muito importante.
No momento, Srs. Deputados, S. Ex.a oSr. Ministro da Fazenda pretende baixar opreço da carne em 400/,; do preço de compra aos produtores, isto é, de Cr$ 120,00 porarroba para apenas crs 90,00.
Os homens responsáveis pela produção ecomercializacão de bovinos de corte estãosendo responsabilizados pela alta de preçosda carne, o que logicamente influiria nataxa de inflação geral de 12% asseguradapor S. Ex.a para o corrente ano.
Mas, quando assistimos ao aviltamentode preços de produtos industrializados emão-de-obra para o setor agrícola, nãotemos conhecimen' o de nenhuma medidagovernamental que viesse limitar esta onda altista.
Como exemplo, dentre muitos, citarei alguns produtos de utilidade na pecuária: Camionete Chevrolet, de Cr$ 30.000,00, emmenos de 90 ou 120 dias, passou para Cr$38.400,00; arame farpado. de Cr$ 94,00 aroda para Cr$ 140,00: o sal comum, de Cr$7,00 para Cr$ 9,00 a Cr$ 10,00. por 30 quilos; sais minerais, de crs 45,00 para Cr$65,00; serviços de formação de novas pastagens, de Cr$ 1. 000,00 para Cr$ 2.000,00 poralqueire paulista; construção de cercas dearame farpado, de 4 flos, com lasca dearueíra, de Cr$ 1.550.00 para Cr$ 3.000.00o quilômetro; na construção de açudes paraaguadas, de Cr$ 30.00 a hora do tratorFIAT, 70 CI, passou a Cr$ 60,00 a hora detrabalho; reprodutores Nelores comerciais,de Cr$ 3.000,00 para Cr$ 5.000,00 a cabeça.
Se analisarmos os preços altístas das vacinas necessárias à imunização do gado, citarei o caso da utilizada para a febre aftosa. por ser a doenca que mais prejuízo causa à pecuária de "Ql'te. Seu preço evoluíu
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de Cr$ 300,00 por 1.000 doses para Cr$'100,00.
Estes são alguns exemplos que cito nocampo da atividade pecuária, não me referindo, no momento, aos preços atuais deadubos, insumos modernos, máquinas e ímplementos agrícolas, onde o produto é quaseinexistente e os preços proibitivos.
O Sr. Delson Searano - Nobre DeputadoOrensy Rodrigues, V. Ex.a faz a esta Casaum relato sobre os preços dos insumos necessários à atividade rural, demonstrandoa- alta do custo desses mesmos insumos, depoucos meses a esta parte. Tenho eu a lmpressão de que V. Ex.a faz essa demonstração para provar ao País e ao consumidorbrasileiro que aquele cidadão que vive nasua propriedade rural, quer criando ou engordando o seu gado, ou lidando com aagricultura, não é tanto U1n privilegiado, quanto dizem por aí alguns menos avisados, com referência à profissãode agricultor. Devo dizer a V. Ex.a que, naverdade, é muito raro encontrarmos umproprietário rural que não tenha um financiamento agrícola nos bancos oficiais ounos bancos particulares, sempre renovando,permanentemente, os seus débitos, porquenunca houve possibilidade de sobrantes, necessários para fazer face às safras futuras,ou mesmo para a aquisição de garrotes, debezerros ou de boi magro para levar paraseus pastos. Evidentemente, V. Ex.a mostrou, com precisão, ser essa uma classemarcada muitas vezes por algumas demonstrações falsas. Então é a agricultura quepermanentemente tem de pagar alto preçopara todos os investimentos e até para opróprio desenvolvimento nacional. V. Ex.",demonstrou multo bem, numa pequena estatística, o valor em que se encontram hoje os insumos necessários à sobrevivênciade uma propriedade rural. Bastaria essequadro, para não citar os confiscos impostos à agropecuária brasileira, de tal montaque assusta qualquer cristão. Veja V. Ex."que ainda agora o Sr. Ministro da Fazendabaixou Portaria confiscando 500 dólares portonelada de carne exportada. O café, porsua vez, está com 32 dólares de confisco,o mesmo ocorrendo com o soja, o açúcar eo cacau. Enfim, não existe, hoje, produtoque, advindo da terra, não sofra esse famigerado confisco. No entanto - e V. Ex."poderá observar isso - com tristeza li nosjornais de ontem que um eminente emíssáríodo Banco Central se encontra na Europa, afim de adquirir carne para ser exportadapara o nosso País. Declara aquela autoridade do Banco Central que o Brasil subsidiará, pagará a diferença do produto a serimportado, para não sacrificar, naturalmente, a aquisição pelo produtor. Ora, vejaV. Ex." a disparidade de comportamento:com relação aos produtos industrializados, oGoverno paga para que o industrial passaexportar, dá os subsídíos do rCM para queele possa empregar no mercado interno nacional, como recurso e obbencâo de meiospara sua sobrevivência. Quando se trata doproblema agropecuário, dá-se a impressãoao público de que o produtor é um grandeexplorador da massa humana brasileira oque é uma inverdade. V. EX,a, melhor 'doque ninguém, sabe que o homem no campo é mal remunerado, o produtor em si émal remunerado. Se existem atravessadorese aqueles que procuram elevar o custo da~ercadoria produzida, esses devem ser punídos pelo Governo. Mas o fazendeiro, o sitiante, aquele que amaina a terra com osuor de seu rosto, trabalhando para o engrandecimento do Pais, merece um tratamento melhor, sobretudo um tratamentomais humano, mais condigno. Não poderá~amais existir neste País o progresso comque todos nós sonhamos, a grandeza para:e. qual está caminhando, a fim de alcançar
DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio J)
seu grande objetivo - a redenção econômica nacional - sem que a lavoura e a pecuária recebam o tratamento que lhes sãodevidos pelas autoridades federaiS. Não pretendo, neste meu aparte, razer censura aoGoverno, por não ter atentado para os problemas da nossa agropecuária. Ao contrário, acho que o Governo está olhandorazoavelmente para a nossa agricultura.Mas certos lances, frutos de motivações,precisamos contestar, como homens do Governo, cooperando para que realmente hajatratamento melhor -para o homem do campo, da pecuária.
O SR. ORENSY RODRIGUES - Agradeçoa V. Ex.a o aparte, que incorporo ao meumodesto pronunciamento.
Quando S. Ex.a, o Sr. Ministro da Fazenda, toma essas medidas contra o produtor rural. diz ser em beneficio do consumidor nacional de quem só se lembra quandotem de tratar de produtos como a carne eo leite, que o pecuarista está sendo obrigadoa subvencionar há muitos anos. Quando estão em pauta os produtos industrializados,S. Ex." nunca se lembra de que também somos consumidores nacionais.
Por exemplo. o carro Mustang custa, nosEstados Unidos, 5 mil dólares, ou sei a, 30mil cruzeiros. No Brasil, com 30 mil cruzeiros conseguimos apenas comprar um automóvel modesto, Ohevrolet ou Opala Especial, de apenas 90 cavalos, Então, quandose trata de produtos que não a carne e oleite, nós, consumidores nacionais, não temos condições de obter beneficio direto doGoverno, principalmente o homem do campo, para aquisição de tratores, máquinas,ímplcmcntos, sementes etc.
No momento, S. Ex.a o Sr. Minístro daFazenda, faz uma série de pressões contraos pecuaristas do Brasil Central.
Mas, como dizia, 81'S. Deputados, agora,S. Ex.a o Ministro da Fazenda, quer lançarsobre os pecuaristas toda sua ira e capacidade de pressão. Não poderemos admitirtão grande ínjustíça contra uma classe queenriqueceu à custa do trabalho, da economia, da persistência, até mesmo passandocertas necessidades, e que nunca viveu dentro do padrão econômico que desfruta.
O Sr. José Carlos Fonseca - EminenteDeputado orensv Rodrigues, nada tenho aver com a política de São Paulo, analisadapor V. Ex." no inicio do seu brilhante pronunciamento. Todavia, como o fulcro dodiscurso de V. Ex." incide sobre a economia rural brasileira, julgo-me no dever departicipar das apreensões trazidas a estaCasa, fruto da sua experiência, dedicação etrabalho. V. Ex.a se lança a este problemada economia agropecuária do País, tanto naregião de São Paulo, com brilhantismo representada por V. Ex.a, quanto nos Estadosvizinhos, onde V. Ex." detém, com o grupoque representa, uma grande parcela da produção pecuária do País. De fato, a experiência tem demonstrado que, toda vez quese pensa lançar mão de qualquer inovaçãona economia rural do Pais, surgem imediatamente os confiscos, para que atravésdeles, os Governos sustentem sua política deexpansão industrial. É verdade que, apesardo surto industrial por que passa o País e,mais, dos reais e efetivos estímulos que osGovernos da Revolução vêm dando à agricultura brasileira, nos últimos 10 anos, aagricultura do País continua a ser o grande sustentáculo do desenvolvimento nacional. Essas desastrosas experiências - comoaconteceu, por exemplo, no caso da erradicação, quase criminosa, do café em meu Estado resultam sempre de uma política deimproviso, em que, à base de estatísticasfalsas, as autoridades desíntormarías e responsáveis pelo setor da economia rural bra-
Novembro ele 1973
síleíra manipulam soluções inviáveis e atémesmo absurdas, que redundam quase sempre em prejuízo do homem que produz nointerior do País a riqueza brasileira, Portanto, Sr. Deputado, como testemunho defatos mencionados em seu discurso, onde V.Ex." aborda com sabedoria o crucial problema da produção agropecuária brasileira,quero congratular-me, neste ensejo, com ofelíz pronunciamento de V. Ex."
O SR. ORENSY RODRIGUES - Agradeço a V. Ex." o aparte. E para demonstrara pressão que os pecuaristas começam a sofrer de parte do Sr. Ministro da Fazenda,basta ver que S. Ex.a aumentou a taxa.,Está aqui, nos jornais:
"Os frigoríficos deverão recolher aos.eotres pÜblicos, em vez de 200 dólares,·500 dólares por tonelada de carne exportada."
E mais: S. Ex." mandou ao exterior o Sr.Diretor do Crédito Agrícola do Banco Central, o Dr, Paulo Yokota, para importarcarne, no montante de 30 ou 40 toneladas,para fazer pressão sobre os produtores nacionais. Mas é o mesmo Dr . Paulo Yokotaquem declara que uma das alternativas encontradas pelo Governo para evitar que osnreços continuem em alta é a importação.Entretanto, as dificuldades de abastecimento se verificam em todo o mundo. No Japão, a carne de melhor qualidade estácustando 100 dólares, isto é, Cr$ 620,00, enquanto aqui no Brasil estamos entregandoa carne, hoje, na base de Cr$ 3,00 o quilo doboi casado, quer dizer, dianteiro e traseirona mesma peça. Acho que não é um preçoexorbitante, se levarmos em consideracâoos preços dos produtos industrializados queo agrícultor e o pecuarista modernos têm deadquirir para renovar suas propriedades tratores, Implementes, insumos modernos,adubo etc. O preço do adubo é, hoje, umacalamidade pública: 300 a 350 cruzeiros. Osulfato de amônia está a mais de Cr$ 700,00.A uréia custa quase Cr$ 2,000,00 a tonelada,
Exemplífico com estes fatos para que oGoverno tome conhecimento do que ocorrepelo Brasil afora. Vejam só: terão os pecuaristas, segundo portaria baixada pelo Ministério da Fazenda, apenas 20 dias para cumprir as determinações governamentais, sobpena de o Imposto de Renda ser lançado exoffieio com multa, além da instalação deprocesso de responsabílização penal. A rnulta é de até 150%, caso o pecuarista não entregue declaração, Isto foi publicado numjornal do Rio, que tenho em mãos e quepasso a ler:
"GOVERNO FISCALIZARÁ A ATIVIDADE PECUÁRIARIO (SUCURSAL) - O Ministro da Fazenda baixou portaria ontem determinando que todas as pessoas fisicas e jurídicas ligadas à pecuária informemdctalhadamente o seu movimento comercial desde 1.0 de janeiro a 31 de outubro deste ano. As informações sobreas operações comerciais de compra evenda de gado possibilitarão ao Governoconhecer com exatidão as potencialidades do rebanho bovino e a fixação denormas para maior controle dos preços.Os criadores, ínvemístas, abatedouros,frigoríficos ou intermediários terão 20dias para cumprir a determinação ministerial, sob pena de lançamento doImposto de Renda ex officio. Isso significa que se as informações fornecidasforem falsas ou incompletas, assim queconstatadas os infratores estarão sujeitos às penalidades previstas para os casos de sonegação fiscal, que incluemmulta de 150 por cento e suspensão docrédito nos bancos oficiais e privados,
Novembro de 19'/3;
DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção D' Quinta-feira 22 91$1
~lém de instauração de processos e responsahílízaçâo penal."
~ o que aguardam todos os produtores e.,pecuaristas do Brasil.
O Sr. Walter Silva - Nobre DeputadoOrensy Rodrigues, no dia seguinte à publicação, pela imprensa, dessa Portaria do Ministro da Fazenda, em aparte ao discursode um Deputado fizemos ver a ilegalidadeda medida. A legislação tributária brasileira tem por embasamento o Código Tributário Nacional e o fato gerador do tributo, oua obrigação 'tributária, se desdobra em doistipos a prestação: uma prestação pecuniária, que é o pagamento do tributo, e uma.prestaçâo, também positiva, um ato de ra\zer, também previsto na lei. Ora, sabemosque o Imposto de Renda estabelece prazospara declaração de bens e de rendas, e estaPortaria, exigindo a declaração no final douno e, evidentemente, ilegal e extemporânea, não havendo razão para sua edição,muito menos para seu cumprimento. Fizemos ver também que, em 20 dias, é impossível aos pecuaristas fazer um levantamentodo seu estoque, pois não dispõem de contabilidade nem são organizados em empresasagricolas. O confisco fiscal que V: Exa, aborda sempre foi medida antidemocrática einconstitucional contra a qual nos batemos;é também combatida pela melhor doutrinafiscal de todos os tempos, em todos os paises. Dai a razão pela qual, Sr. Deputado,felicito V. Exa. pelo seu pronunciamento.Preocupa-me sobretudo o aspecto jurídicoe inconstitucional dessa portaria, e daí termos protestado desta tribuna. Enquanto oGoverno não realizar uma reforma agráriacomo preconizada pelos organismos internacionais, especialmente pela FAO, jamaisresolverá este problema, que está radicadoexatamente à falta de melhor distribuiçãoda terra no Brasil, para propiciar ao homem do campo mais possibilidade de explorar os recursos naturais.
O SR. ORENSY RODRIGUES - Agradeco-Ihe sensibilizado o aparte. Com rel ação ao problema da reforma agrária, achoque a terra deve cumprir sua finalidade social, que é de produzir para abastecer osgrandes centros de consumo e fornecer aoGoverno um excedente exportável, com agricultura moderna e mecanizada. Jamais euseria favorável a uma reforma agrária quevisasse a fixar o homem à terra, sem condições de poder aquisitivo. Sem financiamento para todos os produtores, jamais oGoverno poderá fixar o homem pobre àterra, Seria muito difícil obter êxito poressa reforma a não ser que se criasse umstatus econômico dentro do próprio Governo, No sul de Mato Grosso - Vila Glória.Vila Brasil, perto de Domados os posseirosnão têm até hoje seus títulos legalizados.Em Lguatemi realiza-se a melhor reformaagrária do Pais. O capitão Freitas é o responsável por aquele núcleo de colonização.O custo das operações é exorbitante. Agoracomecam a produzir normalmente, mas porum processo um pouco empírico, ou seja,derrubar as matas ,e depois plantar. A mecanização agrícola não foi testada na reforma agrária implantada no País. Somos favoráveis à reforma agrária, mas em termosde produção e mecanização, jamais comagricultura empírica. É o nosso ponto devista. Prossigo, Sr. Presidente.
Terão os pecuaristas apenas 20 dias paracumprir determinações ministeriais sob pena de pagamento de imposto de Renda exofficio, com multa de 150%, além de instauração de processos de crime de responsabilidade penal. Isto é um desrespeito ao direito de propriedade, à livre empresa e àclasse que represento. É transformar pecuaristas, homens trabalhadores, honestos e patriotas, que deram toda a sua existência em
benefício da pecuária e ao Brasil, e que noU1ornent~ COnleçanl a transformar a Amazônia Legal, Pará e norte de Mato Grossono maior celeiro de proteinas do mundo, emdelinqüentes, sonegadores, foras-da-lei oumaus brasileiros. Isto é lamentável, é inadmissível, é uma grande injustiça.
Não podemos concordar com a atitude deV. Exa. o Ministro da Fazenda. Sabemosque a Revolução é bastante forte e podetomar medidas até mais drásticas do quea que tomou em 1965, quando confiscou boisgordos e magros para abate no noroeste deSão Paulo. Temos conhecimento de que oesquema militar revolucionário conta como apoio maciço das Forças Armadas e pode,se quiser, confiscar bois, propriedades e atéprender pecuaristas. Mas isto não será umamedida ínteligente, técnica, produtiva enem aconselhável ao Governo do grandePresidente Médici, que tão boa imagem temjunto ao homem do campo, produtores etrabalhadores rurais, que tantos benefíciosreceberam desse gaúcho notável.
Não serão os pecurarlstas os responsáveispelos Indíees de inflação, tampouco pelacorrida para o progresso a que todos os brasileiros se lançaram, atendendo ao convitedo Presidente da República, eis que a crisea que assistimos é, ao meu ver, de desenvolvimento e de aumento de poder aquisitivode grande parte dos brasileiros.
Concluindo, Sr. Presidente e Srs. Deputados, quero deixar bem claro que somentecom financiamentos reais para a cria, recria e engorda de gado de corte, e planejamento adequado de produção, poderemossuperar esta crise cíclica que a pecuáriaatravessa e sofre nas entressafras. Isto sóseria viável com homens que tivessem conhecimento prático, científico e de viabilidade econômica da problemática da pecuária. Jamais com teóricos de Gabinetes, oucom pseudo-amigos da Revolução.
Era o que tinha a dizer. (Muito bem. Paímas.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Walter Silva.
O SR. WALTER SILVA - (Pronuncia oseçuinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, homem do interior, de nascimento, formação e vivência, e representante, nesta Casa, sobretudo dos meus patríciosinterioranos, desde muito moço acompanhotodos os sofrimentos e todas as angústiasda gente campesina e, por isso mesmo, sempre encontrei vagares, mesmo ao custo depesados sacrifícios, para examinar e estudar todas e quaisquer possibilidades de soluções capazes de levar àqueles que amanham a terra, como proprietários, parceiros, colonos ou simples trabalhadores assaIaríados.r um tanto, ao menos, de esperançade melhores dias.
Por isso foi que, com carinho e com emoção, busqei assistir ao VIII Congresso Brasileiro de Agronomia, que se efetivou emBrasília, entre 16 e 21 de outubro último.
Muita coisa ouvi; muito aprendi. Escutei,interessado e atento a todas as conferências e palestras alí realizadas; li, com paciente atenção, todos os resumos e toda aintegra dos trabalhos que, escntos, foramofertados aos que estivemos presentes aoadmirável eonclave, que tantas competéncías específicas reuniu.
Minha longa militância na advocaciatrabalhista, sobretudo àquela vinculada aosproblemas agrários, meus estudos e minhasleituras - nem seria preciso dizê-lo! - nãome autorizam, nem por isso, a apresentarme como um entendido na matéria. Nãosou mais do que um curioso, por certo; masum curioso que vem aqui falar sobre algunsaspectos da reforma agrãría lastreado dos
dados, dos argumentos e das razões que ostécnicos expuseram, com tanta proficiênciae com tanta clareza.
Tocou-me, e profundamente, sobretudo.um trabalho especifico produzido pelo Sr.José Gomes da Silva, do qual muito me valerei nesta oportunidade, buscando acentuar para os meus colegas alguns dos aspectos mais sérios do grande problema.
Mas, de início. quero me ater a citaçãode um pronunciamento feito pelo Enge.nheiro Agrônomo Luiz Fernando Cirne Lima, que com tanta competência e tantabravura cívica e moral exercitou as altissimas funções de Ministro da Agricultura doGoverno do Presidente Médici.
Aquele renomado técnico se opôs, com aautoridade de sua ínvulgar competência edo posto que então ocupava, à aceitaçãode um conceito que começava a ganhar,erroneamente, foros de verdade, qual aquele que se continha neste pensamento: "Acolonização é o modelo brasileiro da Reforma Agrária". Afirmando, com altivez eoportunidade, que "colonização e reformaagrária são processos distintos, podendoconstituir complemento, jamais substitutivo", o jovem técnico sul-riograndense opôsum dique ao surgimento de uma tese errônea como definição até mesmo estatal.
Para a Revolução de 64, toda a infra.estrutura jurídico-institucional da ReformaAgrária se assenta na Lei n.? 4.504, conhecida como "Estatuto da Terra", no AtoInstitucional n.? 9 e na legislação complementar que regulamentou, ou modificou, ostextos básicos. O chamado Estatuto da Terra, a que o Congresso Nacional deu contribuição mínima, como da praxe hoje vigente e que visa à marginalização mais e maisda representação popular. tem defensoresardentes e criticos extremados. Os primeiros acham-no eficiente e válido: os últimosconsideram-no casuistico e redundante.
Seja como for, o fato é que a Lei n.o 4.504encerra duas metades distintas, em suaessencialidade. Uma, euida da ReformaAgrária, cuja aplicação pragmática é umquase nada, cujas realizações positivas real.mente representam o mínímo dos mínimos;outra, se atém à Politica de Desenvolvimento Rural, e esta, segundo os entendidos,já ofereceu "importantes instrumentos demelhoria da agricultura convencional, como a crlacão do atual Sistema de CréditoRural, mobílízador da rede bancária privada".
A pouca melhoria havida, pois, se circunscreve no âmbito da agricultura convencional. Isto quer dizer, sem qualquerlinguagem esotérica, que a Reforma Agrária, tão sonhada, tão desejada, tão útil etão necessária, menos do que continua aengatinhar.
A Lei fixou dois pólos fundamentais sobreos quais se haviam de assentar todas asprovidências tendentes a corrigir os defeitos de uma estrutura agrícola obsoleta, tala nossa. Os tecnocratas que compuseramaquele diploma legal criaram um remédiopreventivo, que faz par com uma medicação curativa.
Preventivamente, partiu o legislador-revolucionário para a tributação progressivadas terras sem cultura, e cuja destinaçãomaior é a de impedir a reaglutínaeão doslatifúndios que houvessem sido desmembrados pela via da desapropriação; curatívamente, a solução foi a desapropriação porinteresse social, desmente, a solução foi adesapropriação por interesse social, destinada essa a fracionar os latifúndios improdutivos e permitir ao trabalhador rural aconquista da terra própria, mediante planos de assentamento dirigido pelo Pode?Central e tornados factíveis por íntermé-
Novembro de 1973'~U62 QuÜita-feira 22II .. DIARJO DO CONGRESSO NACIONAL (Set:áo n
dia do antigo mRA, que ti o INORA daatualidade.
A solução curativa, porém, foi abandonada em favor dos meios ditos preventivos. Eo IBRA mais do que tudo se afeicoou tãosomente a montar um sistema de cobrancado Imposto Territorial Rural, ou seja, nãomais de um muito vago principio da poli,tica preventiva, sem nenhum resultadorealmente prático, feliz e verdadeiro, emtermos de uma legítima reforma agrária.
Depois, apareceu o INORA. Ai, então, nemcurativa nem preventiva, pois a verdadepatente é que o INCRA iniciou suas atividades limitando-se a pensar e a tentar realizar a colonização da Amazônia, mas nãofazendo coisa alguma, absolutamente nad.a, em termos de reforma, segundo o espíríto do Estatuto da Terra. E hoje, nos dias~ue correm, aquilo a que se dedica o INCRAnão é senão ao levantamento de um novocadastro: chamado este de Cadastro Técníco - que despreza todo o trabalho já feito pelo órgão que o antecedeu e vai até aocúmulo de invadir até mesmo áreas metro.politanas. Daí - de tais realidades, tãoclaramente trazidas ao conhecimento daNação pelos técnicos reunidos em Congresso - resulta o reduzidíssimo número decamponeses atendidos.
O proletariado rural, sentindo que tudose opunha às suas justas reivindicações, organizou-se, como pôde, e fez chegar ao saudoso Presidente Costa e Silva as suas apreensões, sobretudo no que respeita à facilidade das desapropriações, pois, sem queelas pudessem ser realmente etetívadas emtempo útil, tudo seria tempo perdido.
A tecnocracia entendeu os camponeses;e o Presidente Costa e Silvo. logrou modificar a Constituição, mormente para retirardo texto da Lei Maior a injunção até entãointransponível e que consistia na necessidade da indenização prévia das terras desapropriadas. O texto novo criava o ritosumário para a desapropriação por interesse social. Parecia, assim, o ínícío da grandevitória, aquela que lograria reformular conceitos obsoletos, práticas antiquadas, sistemas ultrapassados, e incorporar ao patrimônio ativo da Nacão tantas terras improdutivas e tantos braços desamparados.
Ouço o nobre Deputado Jerônimo Santana.
O Sr. Jerônimo Santana - V. Exa., nobre Deputado Walter silva, é uma autoridade no assunto reforma agrária e vem estudando, com brilho, essa problemática noPaís. V. Exa. focaliza um tema oportuno.O INCRA, hoje - IBRA, ontem - se apresenta nos Estados do Centro-Sul, onde jánão existem mais terras devolutas, comoum gendarme, como um cobrador de impostos, ameaçando desapropriar áreas - oque, na realidade não faz - não promovendo o acesso do homem à terra. Nasáreas nobres, nas áreas virgens da Amazônia, o INCRA não discrimina nem delimita as terras públicas das terras privadas, asdevolutas das tituladas. Temos assistido aisso na Amazônia, principalmente no Território de R.ondônia, que tem sido quase quepalco de guerra permanente em matéria deterras. A maior calamidade social do Território de Rondônia, hoje, é a presença doINCRA, que ería os mais sérios problemase não resolve nenhum deles. O projeto Jaru,por exemplo, em Rondônia, está apresentando este resultado: morrem quatro a Ditopessoas por dia, de febre, sarampo e malária. Levaram para lá cerca de 4.000 famílias, para a execução desse projeto. Acontece que esse pessoal não conta com nenhum amparo. Não há médicos, nem remédios. Apareceu essa epidemia de febre,malária e sarampo, e estão morrendo repi-to, quatro a oito pessoas por dia. '
Os assistentes SOClaIS, que vivem o problema, e um médico do INCRA - apenasum - não têm condições de atender aosatingidos por aqueles males. É como se fosse uma guerra, mas uma guerra cujas vitimas são dizimadas pelas doenças da Amazônia, pela não-aclimatação dos colonostransferidos para a Região, pelo INCRA.Não houve preparo nenhum. É um crimeque o INCRA cometeu, em matéria de colonização. O órgão não previu que o colonotransportado ao Centro-Sul para essas regiões novas e estranhas para ele, tinha necessidade de um período de aclimatação.Muitos adcecem;e, adoecendo, não têm condições de trabalhar, de produzir, de cuidarda família. Estamos assistindo a isso noTerritório de Rondônia. Outro enfoque: oINCRA transformou-se,· em nossa região,um corretor de terras devolutas federais.O INCRA acha pouco conceder 3 mil hectares de terras devolutas aos grandes grupos. Ele quer conceder 100 mil, e até 200mil. É recente um pronunciamento que fiznesta Casa condenando a venda de terrasdevolutas, em Rondônia, por concorrênciapública. Isso é a negação de tudo o que alei agrária prevê, em matéria de facilitaro acesso à terra ao homem médio ao homem de poder aquisitivo inferior.'As concorrências públicas do INCRA só têm acesso os grandes grupos - e até grupos internacionais, como denunciei dessa tribuna. Éuma forma de burlar a soberania nacionalna Amazônia. É uma maneira indireta deconseguir o que se pretendeu com aquelecélebre projeto de criação do lago Hudson.J!i o que estão fazendo com a venda de terras através de concorrência pública e quea lei agrária não prevê, nem autoriza. E oque é pior; isso está sendo feito através deportaria sem o respaldo sequer de um decreto. A internacionalização da Amazôniavem-se verrücando através da concessãodo seu subsolo a grupos internacionais àsmultínacíonaís - como daqui denun'cieidiversas vezes - com seu controle acionário, e sob comando do exterior. Essas companhias comandam do exterior, de paísesneutros, como Singapura, onde os gruposmultínacíonaís preferem, hoje, manter suassedes. Ora, de um lado, o INCRA omite-sequanto aos latifúndios, para desapropria~cão. É caso da CALAMA, que é o maior latifúndio do País. O INCRA apóia a colonização feita por essa companhia, totalmente íregular, pois nem sequer a CALAMAtem registro como empresa de colonização.No entanto, ela continua vendendo lotesirregularmente, continua despejando colo~
- nos, continua queimando barracos no Território de Rondônia. Como recentemente fezo Sr. Walmar Meira, na região do Alto Marandí. onde queimou 15 barracos, ameaçando todos com pistoleiros. O mesmo tentou fazer. o Sr. José Milton Rios, na regiãode Muquí, quando ameaçou despejar colonos, com o apoio da Polícia Federal - sónão o fez porque denunciei daqui, veemente. esse estado de coisas. Vendem terras devolutas federais, o que é crime. Vendempróprios da União, sem que tenham essasterras. O lamentável é que a POlícia Federal, que age na região, não atua nemindicio. elementos como Walmar Mei;a José Milton, ou companhias como a CALÀMAem ínquéríaos pelos crimes que a legisla~ção ordinária prevê. De modo que, no Centro-sul, o INCRA é um cobrador do tmpos00 Territorial Rural. No Norte, a reformaagrária é essa aventura, de transportar colonos para ali morrerem. Em Guajará-Mirim, 50% das baixas que ocorrem no hospital são de colonos do INCRA, que ali chegam a todo momeneto, com malária. E aestrutura de saúde é a mais precária posaivel. Tanto que ~Q Jal'U estão morrendo ,.
4 a 3 pessoas por dia. É como se houvesseuma guerra naquela região. O abandono étotal, não só pelo INCRA, como pelo Governo do Território. Seria a oportunidadede o Ministério da Saúde tomar conhecin;ent-o dessa situação, que se agrava dia a.día, Era esta a contribuição que eu queria.trazer ao pronunciamento de V. Exa.
O SR. WALTER SILVA - Agradeco nobre Deputado JerônÍlno Santana essa 'contribuição preciosa, que nos aiuda a mostrar que o que se está fazendo no Pais nãoé r.ef:orma agrária e, sim, anti-reformaagraría.
Prossigo, Sr. Presidente.
Mas o tempo passou ... e nada se fez emtermos de realidade prática. A Constitl{icãof O} alterada, no particular; mas é como' senao houvesse sido modificada. Nada se fezde de então até agora, Os especialistas bra~síleíros [la matéria, sobretudo os engenheíros agronomos e seus assessores j urídícosafi~ll}an;, categoricamente, que os grandeslatifúndios, nacionais ou multínactonaísestão usando a estratégia da "arapuca téc~níca", para evitar, a qualquer preço a verdadeir.a e .indispensável reformá ~grárla,que há de incorporar o campesino ao pro,gresso e ao desenvolvimento nacionais dan-'do-lhe, inclusive, aquela dignidade de queo despojaram desde tão remotas épocas.
Confirmo assim, nobre Deputado JerÔnl~·
mo Santana, a denúncia que V. Ex.a acabade fazer e que já vem inserida também nospronunciamentos dos próprios técnicos doGoverno.
O SI'. Jerônimo Santana - Permita-memais uma vez, nobre Deputado. É tão gra~ve o problema agrário que o INCRA conseguiu transformar o Delegado da Polieia Federal, Arthur CarOOni Filho, em um anexodo INCRA. Quer dizer, a Polícia Federalde Rondônia é, hoje, um departamento doI~CRA para perseguir, ameaçar, intimidare Impor o medo no meio rural, em favor dedois ou três latifundiários. Veja V. Ex.a :conseguiram até colocar a Polícia Federalcontra os colonos, quando deveria estar lásim, para dar garantia ao processo de colo~nízaçâo, para apurar as irregularidades inclusive a venda irregular e criminosa deterras devolutas federais. Não se vê na Pol~cia Federal de Rondônia, qualquer inqué:rito aberto para apurar as vendas irregulares de terras empreendidas pelos Srs. JoséMilton, Walmar Meira e pela CALAMA e outros, que atuam na região com o patrocíníodo INCRA, com a corrupção que está instalada no INCRA, em Rondônia. A PolíciaFederal tornou-se um anexo do INCRA naárea, para coagir e acobertar um mar d~ irregularidades que ocorrem, hoje, no Território de Rondônia.
O SR. WALTER SILVA - Muito grato aV. Ex.a
Continuo, Sr. Presidente.O não cumprimento das promessas conti
das. na legislação e tão reiteradas pelos quedetem o poder, está gerando um novo tipode proletário rural, que se conhece por volante ou avulso. Homem sem chão, mesmocomo empregado. Compatricio que não passa de um ganhador itinerante, sem nada deseu, sem o direito de aspirar a seja lá o quefor. Dói que assim sei a, pois os estudos dosespecialístas mostram, sem sombra de dúvidas, que o Brasil possui terra, capital, instrumental jurídico, trabalho e ínstítutcãoexecutora, ou seja, todos os elementos 1ndispensáveis para a efetivação da verdadeí- ,ra Reforma Agrária.
Os dados estatístIcos assinalam que, obedecendo a um plano em que a parcela a ser4il?mbuída ao camponês rosse de 22,7 hecta-
mARIO DO CONGRESSO NACIONAl. (Seção J)Novembro de 19'7! Quinta-feira 22 9163•
ees - que representa o ideal dos diversosmódulos - e em que a massa dos beneficiados atingisse ao total de 2.430.000 su~eitos à Reforma Agrária brasileira, seriamnecessários, para realizar o projeto, 55 míãhões e 161 mil hectares. E esse total, pouco ínrerlor a 56 milhões de hectares, nãoconstitui senão 17% do recurso de terra explorável, já identificado pelo IBRA comomaterial afetável pela Reforma Agrária.
Afirma um dos conferencistas do último, certame, recém-concluído em Brasília:
"Se considerarmos apenas cinco dasáreas prioritárias atualmentel:riadas,iremos verificar que os latifúndios aíexistentes permitiriam acomodar todosos homens sem terra ou com terra insuficiente arrolados como futuros beneficiários da Reforma Agrária brasileira.De fato, os dados relativos tão-somenteàs cinco áreas prioritárias inicialmentedecretadas - Nordeste, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Brasília e Ceará- mostram que existem aí 57 milhões e190 mil hectares referentes às necessidades de recursos fundiários palia realizar a Reforma Agrária em todo oPaís".
A base física - sem a qual tudo seria impossível - já está, pois, cadastrada e delimitada. Apenas cinco áreas prioritáriasatendem, em principio, a todas as necessíidades reclamadas para a efetivação de obraide tão relevante ímportâneía. Mas há mais,e muito importante, também. Os dados oficiais comprovam, no que respeita ao capr-
. tal, a viabilidade, em relação aos atuaismontantes de investimento no País', de serem atendidas maciçamente as populaçõesinteressadas, na média de 162 mil famíliasfi. cada ano.
E ninguém - mesmo os mais ingênuosIgnora que existe mão-de-obra abundante aser mobilizada e que todos os instrumentos~urídicos legais e até mesmo o órgão executor-supervisor já existe. Uma outra alte(['ação, no sentido de atualizar a agênciaexecutora da reforma, e nada faltaria, senão faltasse entusiasmo, boa vontade, deseiio de servir, para que a idéia deixasse deser-idéia e se transformasse em esplêndida.realidade nacional.
Vale a pena de citar, no passo, a opiniãomuito aballsada do Sr. José Gomes da Silva, que assim se externa:
"O elenco de medidas que deve complementar o processo de redistribuição deterras - assistência técnica, comercialização, alfabetização, proteção à saúde,serviço dentário, etc. - seria supridonormalmente pelas agências já existentes. No caso da prestação de assistência técnica ao parceleíro, um papel significativo deveria caber à rede de filiadas da ABCAR e aos serviços própriosdas Secretarias de Agricultura dos Estados. Essa incorporação dos agentes deextensão ao processo agro-reformistapermitiria não apenas aproveitar aenorme experiência de que dispõem esses profissionais mas também atender àInquietação que começa a se manifestarentre eles para lograr uma participação mais efetiva nos processos de mudança."
E são ainda os técnicos que proclamam:"A Reforma Agrária Brasileira tem sidoum desastre: nos cinco primeiros anosdepois do Estatuto da Terra apenas 291famílias por ano receberam terra emprojetos executados pelo IBRA/INDA.Não se conhecem ainda resultados oficiais da fase INCRA, mas sabendo-seque a nova autarquia tem-se preocupado quase que exclusivamente com a co-
Ionização, não é de se esperar índicesmais animadores que os de sua anteeessera.."
Devo, por curlal justiça, mencionar o trabalho continuo e pertinaz, sobre patrióticoe técnico, que vem realizando a AssociaçãoBrasileira de Reforma Agrária, com sede emCampinas, e que por dois anos seguidos conseguiu manter uma publicação especializada, verdadeira tribuna que tem alimentadoo debate reformista.
Mas não desejo, Sr. Presidente e Srs.Deputados, encerrar esta minha incursãopor terreno tão difícil, sobretudo para mim,que estou tão longe de ser um especialista,mas que sou um enamorado do problema daterra e do homem, um apologista eternode uma verdadeira reforma agrária para oBrasil, sem citar, uma vez ainda, um trecho da conferência do Sr. José Gomes daSilva, que entendo uma contribuição dasmais valiosas para aqueles que, no Parlamento Nacional, estudam e querem a solução deste problema. tJ assim que se expressao conferencista:
"11: preciso bem enquadrar a conceituação da Reforma, de modo a evitar asua confusão com qualquer outro processo que não pode conduzir, pela suaprópria natureza ou fragilidade, a reaismudanças de estrutura. Assim sendo, aReforma precisa sei':a) AMPLA, isto é, não pode limitar-sea experiências ou ensaios tópicos, masdeve atingir áreas e populações significativas;b) IMEDIATA, devendo beneficiar apopulação camponesa que vive à épocaem que a Reforma é desencadeada. Poresse motivo, o organismo executor daReforma não deve eternizar-se como repartição pública convencional;c) DRASTICA,no sentido de criar umanova estrutura que difira substancialmente do "statuo quo" a ser reformadoe não represente apenas uma ínsíceraconcessão visando aquietar eventuaisIqutetações ou reínvíncações do campesínado:d) FUNDIARIA, já que a busca de terra própria é a sua motivação maior;e) PROMOVIDA PELO GOVERNO,uma vez que apenas o poder públicotem condições de realizar uma mudança com a âmplitude e profundidade deuma Reforma;f) REALIZADA COM A EFETIVAPARTICIPAQãO DOS BENEFICIARIOS,para que não se torne um motivo debarganha política ou concessão paternalista dos eventuais detentores do poder;
g) DESENCADEADA objetivando apromoção humana, social, economia epolítica dos camponeses sem terra.
Com tais earaeterístícas e objetivos,a Reforma Agrária precisa ter suas políticas desenhadas convenientemente. Ametodologia é universal, apenas adaptando-se às condições locais: deve permitir a criação do maior número possível de famílias proprietárias no menortempo possível e a um custo que possa.ser suportado pelo pais. A estratégia,por sua vez, precisa levar em conta oquadro político vigente para que a contra-reforma, eventualmente, não consíga rrustar os objetivos do processo".
Sr. Presidente, Srs. Deputados, acompanhando o VIII Congresso Brasíletro de Agronomia, de que Brasília teve a honra de sera sede, não fiz mais do que cumprir o meudever de Deputado do povo. Trazendo, ago-
ra, a esta' Casa do Parlamento a notíciadaquele magnífico encontro, buscando ofere~e:t: aos me~s pares yma sintese de quantoali Vl ou OUVl, também nada mais faca doque cumprir os encargos da representaçãocom que me honrou a gente fluminense.
Minhas esperanças são de que este desalinl1avado discurso possa servir como subsidio para a solução, a mais urgente de umproblema que desafia a nossa competênciae o nosso amor ao Brasil. (Muito bem. Palmas)
O SR. PRESIDENTE (Fernado Gama)- nada n;ais havendo a tratar, vou levantar a sessao.
Deixam de comparecer os Senhores:
ParáStélio Maroja - ARENA•.
MaranhãoPires Saboia - ARENA.
Piauí
Dyrno Pires - ARENA; Severo Eulálio ....MDB.
CearáMarcelo Linhares - ARENA; Paes de An
drade-MDB.
PernambucoGeraldo Guedes - ARENA' Ríeardo FiÍlza
- ARENA. 'Sergipe
Francisco Rollemberg - ARENA.
BahiaNeey Novaes - ARENA.
Espírito SantoDirceu Cardoso - MDB.
Rio de JaneiroAdolpho Oliveira - MDR
GuanabaraAmaral Netto - ARENA; Flexa Ribeiro
- ARENA; Lapa Coêlho - ARENA.
Minas Gerais
Aécío Cunha - ARENA; Batista Miranda- ARENA; José Bonifácio - ARENA' José Maria Alkmim - ARENA; Sílvio deAbreu - MDB.
São PauloBaldace! Filho - ARENA; Bezerra de
Mello - ARENA; Faria Lima - ARENA;Henrique Turner - ARENA; OrUz Monteiro - ARENA; Pedroso Horta - MDB; Pereira Lopes - ARENA.
GoiásWilmar Guímarães - ARENA.
ParanáAlberto Costa - ARENA; Arnaldo Busato
- ARENA; Maia Netto - ARENA.
Santa CatarinaLaerte Vieira - MDB.
Rio Grande do SulAmaral de Sousa - ARENA; Mário Mon
díno - ARENA; Vasco Amaro - ARENA.
VI - Levanta-se a Sessão às 18 horas.
v - O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) - Levanto a sessão designando paraa Ordinária de amanhã, às 13:30 horas aseguinte:
9164 Quinta-feira 22 DIARJO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n Novembro de 1!l'73
PRAZOInicio: dia 30-10-73; e, término: dia
8-12-73.
PRAZOInício, dia 7-11-73; c, término, dia 5-3-74.
5Comissão Mista incumbida de estudo a
parecer sobre o Projeto de Lei n,O 18, de
4Comissão Mista incumbida de estudo e
parecer sobre o Projeto de Lei n.o 17 de19Y3 .(CN) , que "dispõe sobre a competêhciaerímínal para o processo e julgamento dosmembros do Ministério Público da União".
OOMPOSIÇAOPresidente: José SarneyVice-Presidente: José Bonifácio NetoRelator: Pinheiro Machado
CALENDÁRIODia 22/11 - Reunião da Comissão para
apreciação do parecer do Relator às 10:00horas, no Auditório do Senado Federal.
Até dia 26/11 - Apresentacão do parecerpela Comissão. > ,
- Discussão do projeto em Sessão Conjunta, a ser convocada tão logo seja publicado e distribuído em avulso o parecer daComissão Mista.
3
Comissão Mista incumbida de estudo eparecer sobre o Projeto de Lei n.O 16 de1973 (CN), que "institui o Programa de 'Ga.rantía da Atividade Agropecuária e dá ou-tras providências". '
COMPOSIÇAOPresidente: Deputado Sinval BoaventuraVice-Presidente: Deputado José MandelliRelator: Senador Waldemar Alcântara
CALENDÁRIODia. 22111 - Reunião da Oomissão para
apreeiaçao do parecer do Relator às 16:30horas, no Auditório do Senado Federal.
Até dia 25/11- Apresentação do parecerpela Comissão; ,
. - Discussão do projeto em Sessão ConJunta, a ser convocada tão logo seja publicado e distribuido em avulso o parecer daComissão Mista.
diaPRAZO
dia 6-11-73; e, término,Inicio,10-3-74.
CALE:NDÁRIO
Discussão do projeto em Se~são Conjunta, .a s~r ~onvocada tão logo seja publicadoe_dlstr!bmdo em avulso o parecer da Oomíssao Mi~ta.
PRAZO
Início: "'ia 24-10-73; e, término: dia2-12-73.
2
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre o Projeto de Lei n.o 15, de 1973(CN), que "autoriza a Centrais ElétricasBrasileiras 8/A - ELETROBRAS a moviIDe!ltar a Reserva Global de Reversão parao. fim que especifica, e dá outras provídêncías"
COMPOSrçAOPresidente: Senador Paulo GuerraVice-Presidente: Deputado Antônio anní
belli
Relator: Deputado Aureliano ChavesCALENDARIO
. - Discussão do projeto em Sessão' ConJunta, a ser convocada tão logo seja publicado. e _distribuído em avulso o parecer daoomíssão Mista.
AVISOS
CONGRESSO NACIONAL
1
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre o Projeto de Lei n.a 13, de 1973(CN), que "regula os direitos autorais e dáoutras providências".
COMPOSIÇAOPresidente: Senador Helvidio NunesVice-Presidente: Senador Franco MontoroRelator: Deputado Altair Chagas
EM PRIORIDADE
Discussão
7
PROJETO N.a 595-E, de 1972
Discussão única da emenda do Senadoao Projeto de Lei n.? 595-D, de 1972, que"Dispõe sobre a retroativIdade da opção pelo regime do Fundo de Garantia do Tempode Serviço, criado pela Lei n.v 5.107, de 13de setembro de 1966"; tendo pareceres: daComissão de Oonstituíção e Justiça, pelaconstitucionalidade, [urídícídade e boa técnica legislativa; da Comissão de Trabalhoe Legislação Social, pela rejeição, com votoem separado do Sr. Francisco Amaral; e,da Oomissão de F'inancas, pela rejeição.Relatores: Sl·S. Altair Chagas, RaymundoParente e Toúrinho Dantas.
8
PROJETO N.o 1 676-A, de 1973Discussão única do Projeto n.o 1.676-A
de 1973, que fixa os valores de vencimento~dos cargos dos Grupos-Outras Atividadesde Nível Superior e Artesanato, do QuadroPermanente do Senado Federal, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnicalegislativa; e, das Comissões de Serviço Público e de Finanças, pela aprovação. (DoSenado Federal.) Relatores: srs. Altair Chagas, Bezerra de Norões e Tourinho Dantas.
, (Votação Secreta.)
tos dos cargos dos Grupos-Atividades deApoio Judiciário, Servicos Auxiliares Serviços de Transporte Oficial e Portari~, Artesanato, Outras Atividades de Nível Superior e Outras Atividades de Nivel Médiodo Quadro Permanente da Secretaria doTribunal Federal de Recursos e do oonselho da Justiça Federal, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, jurldicidade e boa técnica legislativa;e, das Comissões de Serviço Público e deFinanças, pela aprovacão, (Do Poder Executivo ~ Mensagem n.? 415173) Relatores:Srs. Luiz Braz, Freitas Nobre e TourinhoDantas. (Votação secreta.r
6
PROJETO N.o 1.681-A, de 1973Discussão única do Projeto n,v 1. 681-A,
de 1973, que fixa os valores dos níveis devencimentos do Grupo-Díreçâo e Assessoramento Superiores do QuadTo Permanenteda Secretaria do Tribunal Federal de Recursos e do Conselho da Justiça Federal,e dá outras providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, [urídíctdade e boatécnica legislativa; da Comissão de Serviço Público, pela aprovação, com emenda'e:,. da Comissão de Finanças, pela aprova:çao. (Do Poder Executivo - MensD,gem n,v416/73.) Relatores: Srs. Luíz Braz, FreitasNobre e Norberto Schmidt. (Votação Seereta.)
EM TRAMITAÇãO ESPECIAL
Discussão
2PROJETO .N.o 1. 645-A, de 1973
Discussão única do Projeto n.? 1.645-A,de 1973, que exclui da Jurisdição da Junta de Conciliação e Julgamento sediada emMontes Claros, Minas Gerais, as Comarcasque menciona; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técntca legislativa; e, da Comissão de Trabalho eLegislação Social, pela aprovação. (Do Poder Executivo - Mensagem n,> 393/73J Relatores: Srs. Altair Chagas e Raimundo Parente.
1
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 132-A, de 1973
Discussão única do Projeto de DecretoLegislativo n.o 132-A, de 1973, que aprovao texto do Convênio entre a República Federativa do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre Privilégios eImunidades do Banco, assinado em Brasília.• a 21 de janeiro de 1972; tendo parecer,da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade. Pendente de parecer da Comissão de Economia, Indústria e Comércio. <Da Comissãode Relações Exteriores - Mensagem n.s344/73,) Relatores: ers, Pedro Colin e LuizBraz.
ORDEM DO DIA
Sessão em 22 de novembro de 1973
(QUINTA-FEIRA)
EM URGÊNCIA
Discussão
5PROJETO N.o l.680-A, de 1973
Discussão única do Projeto n.O 1.680-A,de 1973, que fixa os valores de vencímen-
3
PROJETO N.o 1.667-A, de 1973
Discussão única do projeto n.o 1.667-A,de 1973 que fixa os valores dos níveís devencim~ntos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, dos Quadros Permanentes da Secretaria do Superior TribunalMilitar e das Secretarias das Auditorias daJustiça Militar, e dá outras providências;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e íuridicidade; e, das,Comissões de Serviço Público e de Finanças, pela aprovação. (DoPoder Executivo - Mensagem n.v 406/73.)Relatores: srs, Lauro Leitão, Lauro Rodrigues e Athiê Coury. (Votação Secreta.)
4
PROJETO N.o 1.669-A, de 1973
Discussão única do Projeto n.o 1.669-A,de 1973, que fixa os valores de vencimentosdos cargos dos Grupos-Atividades de ApoioJl~diciário, Serviços Auxiliares, TransporteOficial e portaria, Artesanato, Outras Atividades de Nivel Superior e Outras Atividades de Nivel Médio dos Quadros do Superior Tribunal Militar e das Secretariasdas Auditorias da Justiça Militar, e dá outras providências: tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e [urídicídade; e, das Comissões de Serviço Público e de Finanças,pela aprovação. (Do Poder Executivo Mensagem 11.0 407/73.) Relatores: Srs. JairoMagalhães, Lauro Rodrigues e Athiê courv,(Votação seerets.)
~ove~bro de 1973 , DIARJO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 9165
1973 (cN), que "adapta ao novo Código deProcesso Civil as leis que menciona".
COMPOSIÇAO
Presidente: Senador José Lin.dosoVice-Presidente: Deputado Alceu CollaresRelator: Deputado Adhemar Ghisi
CALENDARIO"Dia 21/11 - Reunião da Comissão para
apreciação do parecer do Relator, às 17:00horas, 110 Auditório do Senado Federal.
Até dia 26/11 - Apresentação do parecerpela Comissão. '
- Discussão do projeto em Sessão Conjunta, a ser convocada tão logo seja publicado e distribuído em avulso o parecer daComissão Mista.
PRAZOInício, día 7-11-73; e término dia 5-3-74.
6
Comissão Mista incumbida de estudo e.pareeer sobre a Mensagem ri.? 59, de 1973, (CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n.o1.287, de 18 de outubro de 1973, que "estendeàs atividades de mineração os incentivosconcedidos aos projetos de desenvolvimentoindustrial pelo Deereto-leí n.O 1.137, de 7de dezembro de 1970, e dá outras providências".
COMPOSIÇAO
Presidente: Deputado Nosser AlmeidaVice-Presidente: Deputado João FerrazRelator: Senador Alexandre Costa
CALENDÁRIOAté dia 29-11-73 - Apresentação do pa
recer, pela Comissão, de acordo com o art.110 do Regimento Comum.
PRAZO
Até dia 29-11-73, na Comissão Mista;Até dia 24-3-74, no Congresso Nacional.
7
Comissão Mista incumbida de estudo eparecer sobre a Mensagem n.o 60, de 1973(CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n.o1.288, de 1.0 de novembro de 1973, que "altera o § 4.° do art. 27 da Lei n.O 2.004, de3 de outubro de 1953, acrescentado pelo Decreto-lei n.O 523, de 8 de abril de 1969".
COMPOSIÇAO
Presidente: Senador Fernando Co-rrêaVice-Presidente: Senador Ruy CarneiroRelator: Deputado Odulfo Domíngues
CALENDARIODia 29-11-73 - Apresentação do parecer,
O-pela Comissão, de acordo com o art. 110do Regimento Comum.
PRAZO
Até día 29-11-73, na Comissão Mista;1\té dia 29-3-74, no Congresso Nacional.
COMISSõES TÉCNICAS1
COMISSãO DE TRANSPORTES
Reunião: Dia 22-11-73
Hora: 10:00Pauta: Comparecimento do Dr, Euro
Brandão - Secretário de Transportes doParaná.
Reunião: Dia 28-11-73
Hora: 10:00
Pauta: Comparecimento do Dr, MárioDavid Andreazsa - Ministro dos Transportes.
Reunião: Dia 29-11-73
Hora: 10:00
Pauta: Comparecimento do Dr I.1üz Rodovll Rossi - Presidente da "VASP·'.
2COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Reunião Or diná rla : Dia 21-11-73Hora: 10:00Pauta: Palestra do Coronel Zaven Bo
ghossían, Diretor-Geral do DepartamentoNacional de Portos e Vias Navegáveis.
3COMISSÃO DE FISCALIZACÃO
FINANCEIRA E TOMADA DE éONTAS
Reunião: Dias 21 e 22 de novembro de1973.
Local: Sala da Comissão.Pauta: Prestação de Contas do Sr. Pre
sidente da República relativas ao exercício de 1972.
4
COMISSÃO DO POLíGONO DAS SECASReunião: Dia 22-11-73
Hora: 10:00
Local: Sala da ComissãoPauta: Comparecimento do Dr. Eraldo
Gueiros, Governador do Estado de Pernambuco.
VI - Levanta-se a Sessão às 12horas.
(DISCURSO DO DEPUTADO CORREIALIMA NA SESSAO VESPERTINA DE19-11-73.)
O SR. CORREIA LIMA - (Pronuncia o seguinte diseurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, a carnaubeíra é uma das árvores demaior importância econômica para o Nordeste. Pelos inúmeros benerícíos proporcionados à população nordestina, participa dofolclore, e presente no dia a dia da família _camponesa, dando-lhe ocupação, proteçao contra as intempéries, utensílios Osmais diversos, remédios, guloseimas infantis, cordoarlas, inclusive todos os materiaisde construção de uma casa etc. No caso doEstado do Piauí, surge como o principalproduto de exportação. Sua importância éde tal ordem acentuada para a nossa região que faz parte do sínete estadual.
O desenvolvimento da sua produção refletirá positivamente na melhoria do padrãode vida de uma das populações mais carentes de recursos.
Assim pensando, e por verificarmos o total desconhecimento da carnaúba, ,é queprocuramos ordenar o assunto de uma maneira quase que didática, utilizando conhecimentos próprios e publicações de matérias correlatas. Pensamos, assim, contribuirpara a divulgação de uma riqueza vegetalem potencial, tipicamente nordestina, e dealto sentido social. Por isso é que nos aventuramos na elaboração do presente trabalho, com o o-bjetivo principal de fixar conclusões para a obtenção de um melhor desenvolvimento da produçêo, quantítatíva equalitativamente.
Nesta Casa, onde abundam tantos expoentes nacionais nos vários ramos dos conhecimentos humanos, parlamentares jápossuidores da patina da vívêncía dos pro
"blemas globais do PaÍS, a apresentação quefazemos da "árvore da vida" deve ser recebida como um modesto trabalho de um maismodesto e ínícíante Deputado. Acreditamos,porém, que as contribuições de V. Ex.a darão estrutura, brilho e valor à divulgaçãoque ora pretendemos dar a Oepernteía Ce-
rifl'l'3. dádiva divina ao' sofrido povo nordesuno.
1. CARNAUBEIRAA "ARVORE DA VIDA"
Na terminologia botânica a carnaúba éa Copernicia cerifera, nom~ alusivo a seuprurcrpal emprego como produtora de cera.
A: Enciclopédia Barsa, 1968, vol, 4, p. 3S,aSSIm a descreve:
"A carnaúba é uma palmeiras matestosa, de estipe reto. com uma alturam~di~ da ordem .d~ 20 metros, podendoatingir, ~m condíções favoráveis. portebem maior, chegando a 40 metros. Ocaule é cilíndrico e de diâmetro variável, da base ao topo, liso, ou, o que émais comum, marcado na parte inferiorpelas b::ses do peciolo aderentes. Asfolhas sao flabeladas e multífidas delongos pecíolos com cerca de um m'etrode comprimento, armados de fortesacúleos marg~nais duros e curvos. Apres!:;ntam colorído verde esbranquíçado esao denominadas regionalmente palmasou palhas. A inflorescência, protegidapor espatas .tubulosas, é um regimealongado-pemculado de aproximadamel]-te 2 metros de comprimento. O fruto e uma baga ovóíde, com 2 centímetros de diâmetro, de cor azeitonada quese torna roxo-escura na maturacãoglabra e luzidia." • ,
A carnaubeíra é uma das árvores de maiorimportância econômica para o NordestePelos in2Ímero~ beneficios proporcionados à,poputação regíonal foi cogomninada "árvore da vida". Pela grande variedade deprodutos auferidos através de seu benef'lclamento, "boi vegetal", pois dela nada seperde.
Grandes aglomerados de carnaubeírascaracterizam a paisagem do Nordeste - ímpar, por_ esse partícular, em todo o mundo.Vegetaçao nativa dos vales áridos da regiãoc~ncentra-se principalmente nos Estados dóRIO Grande do Norte. Ceará e Piauí. deonde provem a quase totalidade da ceraproríuzíüa no País. Sua área geográfica, entretanto, cobre todo o Nordeste desde I)
Maranhão até a Bahia e penetra nos Estados circunvizinhos, como o Pará e Goiás.
Os camaubaís acompanham as várzeasque flanquéiam as margens dos rios ou dasregiões alagadiças, porque é nos solos argllosos e úmidos que se desenvolvem.
2. UTILIDADES
Da carnaubeira tudo se aproveita: suasf,?Iha.s, a cera que nela se contém, os peeíolos, as fibras, a estipe, o broto, a seiva'8 os frutos.
O principal produto é a cera, extraídadas folhas.
A.,s folhas têm largo emprego pelas popuIações menos desenvolvidas. São empregadas para cobertura das cabanas rústica& onde vive grande parte dos habitantes da Zonarural,. e para confecção de cestos, abanes echapéus. Agora, a escassez de matéria prima para a elaboração de papel e papelãono. mercado internacional ocasionou o aprovertamento da celulose contida na palhaseca e no talo da carnaubeíra para o seufabrico. Duas empresas instaladas no oearã, a Carnafibra, de Fortaleza, e a soceípa,do Crato, estão tendo bastante sucesso nafabricação de papéis com essa matéria-prima, do mesmo modo que a Cepalma, noMaranhão. O sucesso comercial abrirá novas perspectivas para a exploração da carnaúba e suplantar a importância do antigoe tradicional subproduto - a cera de carnaúba.
9166 Quinta-feira 22 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973
.M fibras da carnaúba são utilizadas naconfecção de redes de pescar, 'cordas finase tecidos rústicos, além de chapéus finos,bolsas e calçados, constituindo um admirável artesanato que atende ao mercado interno e cuja exportação constitui mais umafonte de divisas.
Os peeíolos são empregados como material para fazer escovas, vassouras e cestas.
O tronco tem serventia para postes, mourões e esteio de pontes. Fragmentado, forneoe caibros, atraves e ripas. E8cavado, tem .uso como canalização para água. A madeirapresta-se para trabalhos de marcenaria e,como lenha, tem apreciável poder calorífico.
O broto produz palmito comestível, principalmente para animais. Industrializado,pode atender ao consumo humano, inclusive como produto de exportação.
A seiva, fermentada, produz vinagre ouuma bebida semelhante ao vinho.
Os frutos, entre outros usos, servem paraengordar animais e para preparar uma bebida que substitui o café.
Convém lembrara que as raízes têm sidolargamente empregada pelas populaçõesrurais no tratamento das mais diversas doenças, constituindo' a medicina caseira.
3. A CERA DE CARNAÚBA
A cera de carnaúba é encontrada na superficie das folhas da planta do mesmonome. É uma proteção natural da plantacontra o clima seco e quente de seu "habitat" nativo, impedindo a perda da umidadepor evaporação.
Para obtê-la, batem-se as rolhas, cortadas de modo a fazer destacar-se a camadacerosa que as reveste.
A cera de carnaúba foi largamente empregada na fabricação de velas, depoissubstituída pelos derivados de petróleo; naconfecção do 'disco fonográfico, até a introdução do plástico mineral e, durante a última guerra, na fabricação de explosivos.
H<;je, .a ~era de carnaúba tem empregona índústría de polldores e vernizes' depastas para assoalhos; de papel carbonb· demateriais elétricos e em artigos de embalagens como agente Impermeabílízador; detintas e cosméticos. '
Com o advento da era tecnológica, tornou-se indispensável componente de tintasno reconhecimento ótico dos computadoreseletrônicos <fitas impressoras).
Os preços internacionais desse produtosofreram acentuado declínio no último decênio, devido a forte concorrência dos sintéticos, como as ceras sintéticas míerocrístaIínas, sobretudo derivadas do petróleo ede outras ceras vegetam, como a de Ilcurie a de candallila. Apesar da concorrência, acera de carnaúba mantêm-se com satisfatória aceitação no mercado externo, em decorrência do alto preço despendido para aobtenção dos sintéticos que não substitueminteiramente suas qualidades, sobretudonas fitas impressoras para computadoreseletrônicos.
NúMEROS íNDICES DAS QUANTIDADES E VALORES DA EXTRAÇãO VEGETAL, DAS CERAS E DA CARNAÚBA(BASE: 1965 == 100)
iNDICES DE "QUANTUM" íNDICES DE VALOR UNITÁRIO íNDICES DE VALOR TOTALAnos Extração Extração Extração
Vegetal Ceras Carnaúba. Vegetal Ceras Carnaúba Vegetal Ceras Carnaúba.
1961 147,1 190,2 204,2 . 431,5 529,9 530,1 634,8 1.007,8 1.82,2
1962 150,1 202,9 215,9 599,5 640,1 645,8 899,1 1.298,9 1.394,1
1963 150,0 199,9 209,9 991,5 788,5 297,6 1.486,8 1.576,4 1.674,2
1964 158,1 218,1 232,4 1.989,1 1. 762,9 1. 774,2 3.145,5 3.845,5 4.í24,1
1965 164,0 213,2 227,1 2.847,5 1.966,8 1. 973,5 4.668,9 4.193,5 4.480,9
1966 161,1 205,5 217,9 3.215,3 1.938,4 1.942,5 5.178,5 3.982,7 4.233,2
1967 158,2 291,5 311,0 4.075,0 2.290,7 2.295,5 6.445,2 6.678,2 7.138,9
1968 165,9 295,5 315,0 5.033,0 2.11,)2,6 2.865,8 8.351,0 8.431,0 9.026,7
1969 168,8 335,8 359,2 6.048,4 3.518,1 3.527,2 10.211,6 11.813,7 12.668,6
1970 224,4 339,2 363,5 7.434,1 4.175,9 4.186,3 16.679,6 14.165,6 15.217,4
Fonte dos dados básicos: mGE, Texto.
4. PROCEDf:NCIAS DA CERADE CARNAÚBA
"O Nodeste brasileiro é a única regiãodo mundo onde se produz a cera de carnaúba", segundo declaram os técnicos daSUDENE.
De acordo com a revista "Sudene", [ulhe/agosto/Tê, o maior produtor atual decera de carnaúba é o Rio Grande do Norteque, no triênio 1968/1970, participou com33,5 da produção nacional. Nele, as regiõesque mais produzem são as zonas salíneírasdo Litoral e do Baixo Vale do Rio Açu, achapada do Apodi e .J, região Centro-Oeste.
Em segundo lugar figura o Ceará, com
32,5%. Suas regiões que mais produzem sãoo Litoral e o Baixo Jaguaribe. É neste Estado que o produto tem a maior expressãoeconômica, porque nele se encontram asmaiores indústrias ceriferas, os preços alcançados são mais altos e faz-se por intermédio do porto de Fortaleza o escoamento da produção.
No Piauí, o terceiro colocado, a produçãoatingiu 19%, proveníentes do Sertão, Ibiapaba, Carnaubeira e Médio Parnaíba. Entretanto, é o principal produto exportadopelo Estado.
A participação maranhense foi de 13,5%,sendo a maior parte procedente do Vale do
Parnaíba.
A totalidade da produção brasileira foicompletada pela Paraíba e pela Bahia, com0,5 e 1,0%, respectivamente.
Verificamos que quatro Estados brasileiros fornecem 98,5 do total da cera de carnaúba produzida no Brasil:
Rio Grande do Norte 33,5%
Ceará ......•...•...•...... 32,5%
Piauí. . . . .. . . . .. .. . . .. .. .. . uí,O%
Maranhão......... •.••.•.. 13,5%
TOTAL. • • .. ..... .. ... .. .. • 98,5%
~ovembro de 1973 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 22 91G7
.CUt\D;llJ IV-lo
,~AACTERIZAÇÃODA OF~ATA _ VALORES ~8_ATIV05 - PERíODO 1955 Ã 1970 - ESPECIFICAÇÃO - PERCENTAGEM.
PRODUTO; rERA DE CARNAÚBA - ESTADOS NO~D~STINOS/NORD~8T~
c
CEARÁ R.G, DO NomE I Pi\f1AfSA I PEANAUSUCO I BAHIA_
I IV.UNI.IQUI\N-1 IV.UNI,!QUAN I I v.Ut{r.!QI.WJ I iVJJrJIlour,N I Iv.JNI.I I hI I I 1 I T;( I. f I T[ I I v. I 1.:1:.- !vALOrIVALOA lt,QUAN,1 D~ 1W',_DRIv.QUAN.I 0/\ IV"LO~V.QUAN! DA IVALOlQuml 0.\ I 1V.:JUPltil! I ! DP. I I I ÕE' I I DE I I I OE I !
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99,D99,9G7,2?;a,o73,373,6
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21,831,2'32,432,828,220,8Da,G26,823,62G,029)G30,023,723,021,024,0
68,693,793,191,286,291,696,694,105,4-
109,0ln,?113,3122,5119,a120,~
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36,039,942,5(~2,2
41,4(,13,537,234,031,0~1,3
40,142,742,336,B34,938,943,143,21l0,lC,2,941,6'19,347,744,73J,530,0
105,0107,0108,1J.l3,G101,4105,3116,01:13,4113,2103,01:10,5lDG,O12tl,2120,3124,1l24,1
15,011,010,617,515,716,015,615,416,010,13.17,'14,035,436,033,1::31,1
12,18,79,0
15,217,115,213,915,1314-,617,017,0lCl,521,921,410,1lu,9
oe,979,085,08?,O
102,694,980,9
102,691,0
107,1100,571,361,050,154,654 J4
1,10,90,0O,?O,?0,80,8O,?0,0Q,G0,7D.50,50,50,50,2
1,1O,?0,60,60,80,60,50,70,7O,t:',0,50,50,50,50,30,3
98,385,384,980,8
106,28!J,466,097,691,179,G03,0
101,2se,1
110,1109,91I7,/).
... ...4,1 4,1100,02,1 2,1101,1
2,4 2,7112,11,5 1,3 91,25,5 1,0 31,'/4,6 2,0 57,12,1 1,0 91,0
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4,02,01,92,22,02,41,91,02,15.?4,23,21,91,10,90,0
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....--..--,.,..........-._--------------------------------------------------HNTI:: DE DADCE BÁ8);C;~: EQ~":!PE TÉCNICA DE ESTATtsncil AGROPECUÁRIA (ETEA).
transporte do pó, das economias de escalaem unidades maiores centralizadas e do fácil acesso aos portos, visto que o produtodestina-se principalmente à exportação.
O local de produção da cera chama-se"cozinha" e compreende 3 repartições:
- O armazém para o pó;- o local do cozimento e prensagem;- o local onde a cera é moldada e
estocada.O pó branco e o pó preto são tratados
separadamente. O pó é misturado com água(15 kg de pó para 30 litros de água). A
_ seguir é cozido ao fogo direto em tachãode zinco ou ferro, e moldada.
A cera é deixada assim durante 24 horaso que permite a separação da borra dâágua. Finalmente, é filtrada na prensa etransformada em pães de 5 em de espessura.
6.1. Deficiências na produção da cera
A monografia da SUDENE, "Estudos deMercado de Produtos Agropecuários do Nordeste", 1972. apresenta-nos os inconvenientes do rudimentar processo: baixo rendimento e insatisfatória qualidade do produto no mercado ínternacíonal. Sugere, para corrigir as falhas, as seguintes medidas:
- depuração do pó antes da sxtracãode cera, a fim de eliminar logo -asimpurezas nele contidas, provenientes da secagem das folhas;
- uso de vasilhames limpos e que nãooxidem a cera;
..... evitar o fogo direto que queima acera;
- utilização de prensas mais potentespara dimínuír as perdas;
.... separação das diferentes qualidades.
Ar, "folhas de palha" e as "folhas de olho"são tratadas separadamente, dando, respectivamente, o pó cinzento e o pó branco.
A seguir, o pó é ensacado e levado àsindústrias de produção da cera.
Rendimento em pó das folhas de carnaúba por idade da palmeira:
Idade da palmeira(anos)
10 a 2030354()50
Nílmero médio de "folhasde olho" p/kg de pó branco
230200170170170
Número médio de "folhas depalha" p/kg de pó cinzento
250250220220220
fi. TÉCNICA DE EXTRAÇãO DA CERA
As folhas da carnaubeira são cortadas logo depois da floração, época em que a quantidade de cera sobre as folhas é maior.
A colheita é feita de urna só vez, entresetembro e janeiro, depois da floração. Ocorte é realizado por meio de uma foicepresa na extremidade de uma vara de bambu de 6 a 7 metros de comprimento.
São cortados separadamente dois tipos defolhas: 1) as "folhas de olho" que cercamo rnerístema terminal e fornecem a ceraclara, de primeira qualidade e 2) as "folhasde palha", bem abertas, verdes, que fornecem uma cera cinzenta.
As folhas caídas no chão são reunidaspor tipo,' amarradas, depois de cortar o pecíoío, em pacotes ou feixes e transportadasaté a área destinada a secagem.
Durante a secagem as folhas são espalhadas em um local - palheiro - para serem secadas ao sol durante 2 a 4 dias. Esteprocesso, por ser feito em área de terrabatida, apresenta vários inconvenientes:
a) incorporação de impurezas ao pó, emrazão do contato das folhas com aterrai
b) a umidade do solo pode aumentar lfduração da secagem;
. "'c) perda d~ uma parte do pó, que, cainftg:'Il'õfi.tef "A Carnaúba", C. Bahna.do no solo, e levado pelo vento. ~
Antigamente o pó era extraído por ris"!>- R.. INDUST~IALIZAÇÃO: PREPAROeagem manual da palha, o que permltía-c '"' DA CERA DE CARNAÚBAs. sua utilização no artesanato e incorpo- :ti. preparação da cera é feita, em maiorrava menos impurezas. Ainda é utilizado escala, nas capitais dos Estados do Nor~m algumas regiões, A maioria, entretan- deste, notadamente Fortaleza e Teresina.to, utiliza um pica-palha que corta a folha Até 1972 a SUDENE aprovou a instalaçãoem pedaços e um aspirador. que sopra o de 9 indústrias de beneflcíamento, sendopó das folhas por aspiração, através de uma 4: no Piauí e 5 no Ceará. A vantagem dapeneira metálica. localização prende-se às facilidades da
11168 QUlnta-leJra 2Z DIAKIO DO CONGRESSO NACIONAL (~io n Novê'Jiibro de 1975
o Sr. Henrique de La Rocque - NobreDeputado Correia Lima, é louvável suapreocupação em debater assuntos magnosda economia nacíonal. Hoje, V. Ex.a enrocatema altamente empolgante para nós outros do Nordeste - o da carnaúba - e oestá fazendo de maneira precisa, com conhecimento pleno da matéria, que é tãocomplexa. Em nome do Maranhão, Estadoaltamente interessado nesse debate. felicito V. Ex.a pelo pronunciamento que estáfazendo neste instante.
O SR. CORREIA LIMA - Deputado Henrique de La Rocque, o trabalho parlamentar de V. Ex.a credencia plenamente o aparte, que muito beneficiará o meu trabalhoe a ele dará substância. Muito obrígado aV. Ex.a pela contribuição.
Prossigo, Sr. Presidente:
Para o inventor Dermeval Rodrigues. estudioso dos problemas da carnaúba, a principal providência a ser tornada para a recuperação da cera de carnaúba é a industrialização da extração, com o emprego desecadores, o que aumentará a quantidade,melhorará a qualidade e baixará o custoda produção.
Ele explica seu processo destínado a aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da cera:
"Com a floração da carnaubeíra, queé de julho para agosto, as palhas perdem toda a cera, Passam então a criarnova carga, que vai aumentando gradativamente até a Iloracâo do ano seguinte. Nos últimos nieses as palhastêm mais pó e, este, maior percentagem de cera.
Com o emprego do secador pode-se fazer cortes no decorrer do ano, sem prejudicar a palmeira, cortando de preferência palhas bandeiras, que além deconterem maior quantidade de pó, produzem a cera-flor. Mesmo nos carnaubaís que alagam durante o inverno pode-se dar cortes nas épocas mais apropriadas, de acordo com as chuvas.Com o uso do secador, o pó será puro,pois não contém a poeira que cai sobreas palhas durante a secagem do sol.Pode-se exportar pó em vez de cera,eliminando a operação mais trabalhosa e mais dispendiosa."
Operação esta nem sempre coroada deêxito, graças às impurezas e ao rudimentarprocesso de cozimento da cera. o que CDntríbuí para sua desvalorização no mercadointernacional.
O aprimoramento da tecnologia de industrialização da cera de carnaúba, emboraimprescindível. encontra obstáculos difíceisde serem transpostos, C011forme admitiu oSuperintendente da SUDENE em conferência pronunciada perante a CPI sobre a carnaúba, da Câmara dos Deputados. em 1970:
"A introdução de um grau maior demecanização nos processos de extraç~oe beneficiamento da cera, além das díficuldades comuns. decorrentes da carência de recursos, esbarra, de início,CDm um elevado custo social representado pela inexistência imediata do usoalternativo para a mão-de-obra nasatuais condições da seonomía regional."
O Sr. l\filton Brandão - Nobre Deputado,V. Ex.a está fazendo oportuno pronunclamento sobre a cera de carnaúba. O Piauí,como o Ceará, é grande produtor de cerade carnaúba além de pequena parte doMaranllão e 'do Rio Grande do Norte. Tivemos oporttmtdade de presidir uma Comíssão Parlamentar de Inquérito destinadaa apurar as causas da depreciação do preço
da cera de carnaúba no mercado internacional. O Relator foi o ilustre Deputadocearense Ernesto Gurgel Valente. Da Comissão fizeram parte ainda outros representantes do Nordeste e de outras regiõesdo País. Foi um esforço válido, país serviupara demonstrar que a cera de carnaúba éum produto nobre, e que o seu preço aviltado no comércio internacional, para serelevado, dependia somente de providênciasdo Banco do Brasil e da CACEX, relacionadas com financiamentos, e da SUDENE,a fim de que, estudado aquele produto, tecnicamente, cientificamente, pudéssemos teros meios para colher a cera de carnaúba eelevar o seu preço no mercado de vendas.O resultado foi posítívo. Muitas autoridadesestiveram presentes às reuniões daquelaCPI, e as conclusões aprovadas por estaCasa foram, inicialmente, aproveitadas erecomendadas pelo Governo Federal. Entretanto, já sentimos que o Banco do Brasilprecisa adotar outras medidas, por intermédio da CACEX, como por exemplo umfinanciamento maior, porque a cera de carnaúba está sendo extraída a braco escravoe por preço vil, prejudicando mais de cemmil famílias do Nordeste. Torna-se necessário, portanto, que essas providências sejam tomadas, acautelando-se o produto, queé uma garantia sobretudo para os Estadosdo Piauí e do Ceará. V. Ex. a citou. também,o Sr. Dermeval R,odrigues, que é um inventor, um grande entusiasta, um grande lutador pelo aproveitamento da carnaúba e pelavalorização do produto. Seu invento, suamáquina, realmente demonstrou atenderaos interesses econômicos da área. Congratulo-rne com V. Ex.a pelo seu brilhantediscurso e por exaltar o nome de DermevalRodrigues e de todos aqueles que lutampara valorizar o produto no mercado internacional, que é vital para a economia danossa Região.
O SR. CORREIA LIMA - Nobre Deputado Milton Brandão, particularmente considero V. Ex.a um dos mais eficientes Deputados da minha Bancada. E o aparte deV. Ex.a é feito indiscutivelmente com conhecimento de causa. Isso em muito valorizará o meu trabalho. e acredito que, deagora por diante. ele terá realmente validadc. Muito obrigado a V. Ex.a pelo aparte.
C011 tinuando:7. DA CLASSIFICAÇlíO
O Conselho Nacional de Comércio Exterior, tendo em vista as exigências dos mercados internacionais, baixou especificaçõespara padronízacâo e classificação da cerade carnaúba. São as seguintes:
Tipo 1Tipo 2Tipo 3TilJO 4Tipo 5
Os tipos de cera serão caracterizados deacordo com a sua cor c Índices de impurezae umidade, apresentando os seguintes requisitos:
Tipo 1 - cera de cor branca e/ou amarelo-clara, vulgarmente denominada "flor"e "yellow I" que contenha no máximo 1. %(um por cento) de impureza e até 2% (doispor cento) de umidade.
Tipo 2 - cera de cor amarela mais oumenos acinzentada e/ou esverdeada, vulgarmerrte denominada "mediana clara" e"yellow 2", que contenha no máximo 1%I um poz' cento) de impurezas e até 2% (doispor cento) de umidade.
Tipo 3 - cera de cor castanho-clara, castanho. amarela e/ou esverdeada vulgarmente denominada "cauipe", "gorda clara" e"light fatty gray" e "north eountry 2", que
contenha no maxnno 2% (dois por cento}'de impurezas e até Z% (dois por cento) deumidade.
Tipo 4 - cera de cor castanho-escura,verde escura e/ou escura tirante a negro,vulgarmente denominada "gorda escura"."gorda batida", "Iatty-grav" e "north eountrv 3", que contenha no máximo 2% (doispor cento) de ímpureaas e até 2% (dofs porcento) de Umidade.
tipo 5 - cera de cor esbranquiçada, actnzentada e/ou esverdeada, vulgarmente chamada "arenosa" ou "ehalcky", que contenhano máximo 2% (dois por cento) de impurezas e até 6% (seis por cento) de umidade.
A cera que não se enquadrar em um dostipos deserítos, será classificada como"abaixo do padrão".
8. PREÇOS MíNIMOS
A fixação de preços mínimos destina-sea garantir aos produtores preços compatí-,veis com o valor do produto, ao mesmotempo que estimula a sua produção. Inexistindo mercado para o produto, a Comissão de Financiamcnto da Produeâo atuarácomo potencial compradora de cera de carnaúba "de origem",
Os preços mínimos vigentes para a safrade 72/73, de acordo com Decreto Presidencial, são os seguintes por arroba de 15 qui-los: '
Tipo 1 .... ,. ...... Cr$ 60,75Tipo 2 .••••.•...•. ces 55,29Tipo 3 CrS 48.53Tipo 4 , Cr$ 44,00 (básico)
Esses preços referem-se ao produto acondicionado em sacaria nova, em volumes de90 quilos, colocados nos armazéns localizados nas praças de embarque, isentos dequaisquer ônus, e classificados segundo asespecificações estipuladas pelo ConselhoNacional de Comércio Exterior,
9. PRODUTIVIDADE
A cera de carnaúba ainda é quase totalmente extraída de plantas nativas. espaçadas entre si e não se lhes dísnensa nenhumtratamento. Evidentementc. tal práti~a rudimentar dificulta a colheita da cera. bemcomo reduz o indice de produtividade, Estaem decorrência, depende apenas da fertili~d.ade do terreno. Assím, na zona do Jaguartbe uma arrobá de pó 115 quilos) é conseguida com 1. 500 palhas, enquanto em outras áreas se exigem até 15.000 palhas paraproduzirem a mesma quantidade.
Quanto aos plantios racionais, são pouconumerosos, No Ceará há apenas 3 com expressão econômica ("CDmércio Exterior",out/nov/72L
O desestímulo para D plantio da carnaúba decorre do fato de ser um investimentocaro. porque tem seu retorno a longo prazo.A árvore só começa a produzir aos dez anose atinge a maturidade aos 18/20 anos.
De qualquer modo, deve ser incentivadoo plantio racional de carnaubaís tendo emvista o desenvolvimento econômico da região. Ao mesmo tempo devem ser protegidos os carnaubaís nativos, impedindo ocorte das palmeiras, a retirada excessiva defolhas e garantindo o crescimento das palmeíras novas, oriundas das sementes.
10. RELAÇãO PRODUÇAOEXPORTAÇAO
O Quadro anterior demonstrou-nos que aprodução de cera de carnaúba é destinada.principalmente, à exportação.
Durante o período analisado, ainda recentemente, em 1966, as exportações corresponderam a mais de 100% da produção
Novembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta·feira 22 9169
Os Estados Unidos sempre foram os maiores tmportadores de cera de carnaúba. Durantc o qüinqüênio 1935/1939 as comprasamericanas de cera corresponderam a 67,9%das vendas totais. Em 1940/1944, essa participação elevou-se a 86,3(';',. Neste períodoprocederam-se as maiores importações amerícanas, graças ao Acordo de Washington,em 1941 que estabilizou os preços da cera
anual, sendo suplementadas por estoquesgovernamentais.
A partir de 1967 a produção aumentousensivelmente, enquanto que a exportaçãocorrespondeu a cerca de 50%.
Em se tratando de atividade extrativovegetal, os preços deveriam agir como fator de incentivo ou desestímulo da producão. No caso da carnaubeira, assim temsido. De fato, não obstante os preços médios virem decrescendo a partir de 1955. asquantidades produzidas continuam a crescer normalmente.
11. COMERCIALIZAÇAO
Segundo estudo publicado pelo Banco doNordeste do BrasiL "Tendências recentes eperspectivas da cera de carnaúba", a recuperação da cera de carnaúba no mercado internacional poderá ser feita se organizado um plano que envolva a produção,industrialização e comercialização.
·A comercialização seria reorganizada emprimeiro lugar, ficando as outras duas fases para um programa a longo prazo.
Na mecânica da comercializacão da cera.existem atualmente os seguintes elementos:o produtor, o comerciante ou armazentstado interior, o corretor, o exportador, o importador ou refinador e, finalmente, o consumidor, no caso, o industrial. Norrnalmente o produtor vende-a ao comerciante, quea entrega ao corretor e, na capital do Estado, ao exportador.
De todos os elementos que participam dacomercialização é o produtor quem tem menor participação no processo.
A responsabilidade da comercialização dacera de carnaúba está praticamente afetaàs firmas exportadoras que, muitas vezes,operam sem as mínimas condições exigidas pelo ramo de exportação. Assim, ascrises havidas na comercíalízacâo da cerageralmente são atribuídas aos' exportadores pela desorganização da atividade e porfazerem um mercado altamente competitivo.
Por outro lado, a importação norte-americana está afeta a poucos importadoresque atuam de forma organizada. influindona formação dos preços internacionais.
12. EXPORTAÇÕES
Exportações em 1971, segundo o "Comércio Exterior do Brasil", publicação do Ministério da Fazenda:
Total das exportações em kg: 12.716.842Valor a bordo no Brasil: Cr$ 55.725.207.00
US$ 10.604.207,00
PRINOIPAIS OOMPRADORES
QUADRO V-IDESTINAÇõES DA PRODUÇÃO DE CERA DE CARNAúBA NO NORDESTE
DO BRASIL EM TONELADAS
QUADRO V-12
EXPORTAÇõES PARA O EXTERIOR - VALORES ESPECiFICOSE NÚMEROS ÍNDICES
Produto ; Cera de Carnaúba - Local: EUA - Rase: Primeiro Ano = 100
Valor Unit.USS;/T índice
100.0 1043. 100.0106 2 903. 86.6112.2 929 89.1113.2 894. 85.7
97.2 709. 67.971.5 684. 65.5G9.9 684. 65.675 7 700. 67.173.3 703. 67.4
- AT/AE para o Nordeste
- - --- _._----
Sr. Presidente. solicito a V. Exa. que considere como partes integrantes do meu discurso os Anexos e a Bibliografia que Juntoao preserite. (IHuito hem! a.r"iJ ... hem! Palmas. O orador é cumprímentudo.)
ANEXOS
Raimundo Machado de AraújoA CARNAUBElRA
A carnaubeíra f Copernicía-cerifera martíusr e uma palmelra largamente encontrada no Nordeste brasíleíro, principalmente nos Estaclos do Ceará e Piauí Extraordinariamente resistente, tem um crescimento lento e chega comumente a mais de 50anos. Seu tronco erecto atinge normalmente uma altura de 10 metros. Grandes aglomerados de carnaubeíras caracterizam osáridos vales de nossa região, paisagem ímpar em todo o mundo.
Foi por Von Humboldt denominada de ":3,
árvore da vida", porquanto representou então o papel de um verdadeiro gado vegetal,em que dele nada se perdia. Seu pequenofruto. escuro quando maduro. era usado nafabricação de um sucedàneo do care e comoração animal. Sua palha ainda hoje é usadana fabricação de chapéus, vassouras. esteiras e surrões, além de coberta para cabana.A fabricação de chapéus aliou-se a um finoartesanato de bolsas e calçados, sendo hojemais um artigo de exportação e produtor
4867.5168.5459.5511.4729.3479.3403.3682.3567.
Não obstante a diminuição das importaçes por parte dos Estados Unidos, as vendas de cera têm permanecido mais ou menos constantes no seu total. porque outrospaises vêm aumentando suas compras emproporções mais elevadas que aquele decesso. Estes países são: a Alemanha Ocidental o Japão, o Reino Unido e. ultimamente. a Itália.
Valor (USSIUS$ 1. 000 índice
100.0122.7125.9132.1143.0109.1106 6112.7103.7
Quantidade(T) Índice
4666.5724.58'75.6164.6673.5089.4975.5259.5073.
Ano
196219631964196519661967196819691970
---------
- ----Mercado Inter- Percentagens
Produção IAI Exportação (B I no + Estoques (ElA I(C=A+B)
Ano Toneladas Toneladas Toneladas %
1960 10.980 10.807 173 98,41961 11.445 10 146 1.299 88,71962 12 102 9.351 2.751 77,31963 11.767 11.142 625 94,71964 13 131 10 397 2.134 8361965 12.729 12.048 681 94.61966 12.217 13.<190 -1.273 110.41967 17.434 10 829 6.605 62,11968 17.658 13.176 4.482 7461969 20.135 13 2.8 5.887 65.31970 20.378 13.510 6.688 65.3
--- -- -----_.Fonte: Dos dado básicos: IBGE, SEFF e TEXTO.
Fonte: Dos dados básicos - IBGE e SEEF e SUDENE-----------
CONCLUSõES
Da análise feita sobre a situação da cerade carnaúba. e a possibilidade de desenvolvimento de produção, tendo em vista a melhoria do padrão de vida de uma das popuIacões mais carentes de recursos - a doNordeste brasileiro- podemos concluir oseguinte:
1) A carnaubeira apresenta uma rentabilidade muito baixa por área ocupada. sendo recomendável a reorganização das culturas. mesmo a longo prazo, para melhorara rentabilidade.
21 É necessária a modernização do processo atualmente utilizado na extração dacera de carnaúba. para melhorar a qualidade do produto e aumentar a sua produtividade.
3) Há necessidade de regulamentação governamental da exportação da cera de carnaúba. por intermédio de um órgão que oriente a preparação e exportação do produto final.
4) A baixa eotaeão da cera de carnaúbano mercado Internacional não decorre apenas da concorrência dos sintéticos. mas dadesorganização da comercialização do produto.
51 Há necessidade de entrosamento dosEstados produtores de cera, com vistas àtomada de medidas em defesa do produto.
até 1945, por considerá-la matéria primaessencial ao esterco de guerra. Após a guerra os preços foram Iíberados e atingiramo seu ápice em 1946.
A partir de 1950, as exportações de cerapara os Estados Unidos foram decrescendo.representando apenas 46,8'k em 1967. Houveuma reação fi seguir, representando cercade 37,47< em 1971.
lig',
4.756.3791.377.8701.289.747
922.105836.400562.480438.718407.950316 303246.380
Estados UnidosAlemanha Ocidental .•.Japão ..............•..Itália ..... '" ..•......•Reino Unido ......•.••Espanha .........•..•.França ...............•Países Baixos .República Sul AfricanaMéxico .
Países
.Dl'1& Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Novembro de 1973a,
1965 12.729 682 ' j12.047 10.728 94,61966 12.217 -1.275 13.492 9.630 110,01967 17.454 6.625 10.829 7.432 62,01968 17.658 4.482 13.176 9.074: 74,61969 16.688 (l) 3.440 13.248 9.283 79,41970 17.367 (1) I 9.812 (2) 6.866 (2)
~. -..!.
% da Destina.ção Externa
Sôbre aProdução
Da Classificação
I - A classificação da cêra de carnaúbaobedecerá às disposições constantes destasespecificações.
II - Para efeito do disposto no item anterior, a cêra de carnaúba será classificada, em qualquer estado rísíco ou torma em
EXTERNA
ValorQuantidade (U8$ 1.000)
DESTINAÇliO DA PRODUÇliO (t)
Interna(t)
ProduçãoANOS
Fonte: ETEA - MA e SEEF - MF.Notas: (1) Estimativa do ETENEl.
(2) Dados de janeiro a setembro.
CARNAúBA
O Conselho Nacional de Comércio Exterior baixou novas especificações para padronização e classificação da cera de carnaúba (Copercicia cerífera Mart.), tendoem vista as exigências dos mercados internacionais. As especificações são as seguintes:
ja, 43% do preço do início da década. Visando a corrigir essas dtstorcões e a defender os preços do produto no mercado externo, o Banco do Brasil, através da CACEX,fixou Os preços mínimos de liberação e determinou as cotas de exportação, por empresas exportadoras. Assim é que, segundoo Comunicado n.? 329, de 9/dez/70, a CACEP fixou os seguintes preços por libra/peso: cêra de primeira ou tipo 1, ao preço deUS$ 0,47; cêra mediana ou tipo 2, ao preço de U8$ 0,43: cêra parda clara ou tipo 3,ao preço de US$ 0,38; e cêra parda ou tipo4, ao preço de US$ 0,35.
Outra providência de grande alcance doGovêrno Federal, para a economia da cêrade-carnaúba, foi a fixação de preços minimos para êsse produto, através do Conselho Monetário Nacional, em novembro próximo passado. A Comissão de Financiamentoda Produção atuará como potencial compradora de cêra-de-carnaúba "de origem",de acordo com os seguintes níveis: tipo 1,Cr$ 60,75 por arrôba de 15 quilos; tipo 2,Cr$ 55,29 tipo 3, Cr$ 48,53 e tipo 4 (básico), ors 44,00.
Referem-se êsses preços ao produto acondicionado em sacaria nova, em volumes denoventa quilos, colocados nos armazéns localizados nas praças de embarque, isentosde quaisquer ônus, e classificados segundoas especificações estipuladas pelo conse-
Os Estados Unidos, a Inglaterra, a Ale- lho Nacional de Comércio Exterior.
:~n~aao~;:~~t~'s~oFro~n~~~~~e~a~:~o~:~= Presume-se que, de início, as quantidadesdores, embora, na realidade, vários outros exportadas não se modificarão, mantendepaíses sejam consumidores do produto. se por algum tempo a cifra aproximada de
13 mil toneladas, que é, mais ou menos, o vo-as preços internacionais da cêra-de-car- lume 11e vendas para o exterior efetivas nos
naúba sofreram acentuado declínio, no úl- últimos anos pelo Nordeste. Com medidastímo decênio, devido tanto à forte concor- adotadas, contudo, haverá, a partir de 1971,rêncla dos sintéticos, como à desorganiza- elevação nas receitas cambiais oriundas desção do mercado interno exportador. Como se produto. A retração das compras pelo exdecorrência da queda dos preços, as expor- terior não terá significado diante dessa notações de cêra-de-earnaúba perderam po- Vil. situação. As rígidas necessidades do prosíçâo relativa no cômputo global das expor- duto e a firmeza com que o Govêrno atacoutações nordestinas, decrescendo sua parti- o problema evitarão qualquer procedimentocipação de 10%, em 1960, para apenas 3%, tático dos importadores. Assim, os US$ 9',0em 1968. Em 1960, a tonelada de cêra-de- milhões que se vinham mantendo como vacarnaúba alcancou US$ 1.597.53. declínan- 101' das exportações de cera-de-carnaúba 00do para apenas 'US$ 638,68, em 1968, ou se- rão modificados para mais elevado nível.
TABELA 60NORDESTE
Produção e Mercado da Cera-de-Carn.aúba1965-1970
veitamento total dos recursos desta dádivaque a natureza nos legou: a oarnaubeírat
Cêra-de-Oarnaúbe
A cera-de-carnaúba é o segundo produtoda extrativa vegetal nordestina em valorda produção. Destacam-se como os maioresprodutores regionais os Estados do Ceará,Piauí e Rio Grande do Norte. O Nordeste éa única região produtora de cêra-de-carnaúba do País.
A partir de 1960, a produção de cêra-decarnaúba vem acusando tendência de crescimento, situando-se em tôrno de 18 miltoneladas, em 1970.
A cera-de-carnaúba possui largo uso industrial, destacando-se seu emprego nasindústrias de papel carbono, artigos de polimento e cêras para assoalho.
Os principais concorrentes da céra-decarnaúba no mercado internacional são aseêras sintéticas microcristalinas, sobretudoderivadas do petróleo, as naturais e sintéticas e a eêra de Iícurí, Apesar da forte concorrência dos sintéticos, a cêra-de-camaúba mantém-se com grande aceitação nomercado externo, descobrindo-se novos usos(como fita impressora para computadoreseletrônicos), em cuja fabricação nenhumoutro produto se apresenta em condições deconcorrer.
de divisas. Seu tronco foi vastamente utilizado na indústria da construção, em linhase caibros que desafiam o correr dos anos.Seu palmito, nas palmeiras jovens é saborosamente comestível e suas raízes foramgrandemente aproveitadas na medicina caseira, no tratamento das mais diversas doenças.
Seu principal produto sempre foi, todavia e ainda é, a cera produzida na superfí.eie' das folhas, em forma de pó, atuando como natural proteção da planta contra oclima seco e quente de seu habitat nativo,impedimento a perda da umidade por evaporação. Empregada em esquecidas eras nofabrico de velas de iluminação, a Cera deCarnaúba foi matéria-prima importante noadvento do disco fonográfico e reinou até aíntroducâo do plástico mineral. Foi usadona índústría de guerra na fabricação deexplosivos e foi o ponto de apoio da indústria de polimento.
Hoje a Cera de Carnaúba é principalmenteempregada na indústria de polidores e nade papel carbono. Além destas, nossa Ceraentra na composição dos mais diversos produtos da indústria moderna, tais como cosmétieos graxa, vernízes. produtos médicos,plástico~, isoladores térm!cos e elétricos,material de embalagem e tmtas.
Indispensável componente na fal)l'icaçãode tintas de impressão especiais, é fator Jásíco no reconhecimento ótico dos computadores eletrônicos. Sua excepcional durezae seu alto ponto de fusão não são comunsnas demais ceras. o que lhe dá uma excepcional vantagem. Para ser produzido brilhocom resístêncía é indispensável o empregode Cera de Carnaúba. A obtenção artificialdestas qualidades tem resultado na prod~cão de sintéticos do alto preço, que naoconcorrem efetivamente com o nosso produto natural.
Variando seus diversos tipos entre 35 e 63centavos de dólar por libra-peso FOB, produz a Cera de Carnaúba anualmente dividendos para o Pais na ordem de mais de 11milhões de dólares, figurando como 2.° lugar nas exportações do Ceará. Mais de 13.000toneladas exportadas para os mais diversospaíses do mundo, além de outras 3.000 toneladas consumidas no mercado interno,dizem bem da importância extraordináriadeste produto na economia nordestina. Calcula-se que mais de 2.000.000 de habitantes do Nordeste dependem seu sustento díretamente da Carnaúba, extração que nãoé sujeita à problemática das secas cuja rentabilidade é garantida.
O governo federal através da Comissão de;Financiamento da Produção tem trazido aoproduto um apoio que chegou a se fazer necessário, para garantir nosso produto contramanobras especulativas que seu valor sempre atraiu. Ao mesmo tempo, tem os industriais da Cera de Carnaúba feito nos últimos anos investimentos importantes nosentido de dar as mesmas condições competitivas de qualidade que garantem suasobrevivência como componente atuante noavanço tecnológico da indústria moderna.Estudos estão sendo feitos para racionalizar sua extracão, ao mesmo tempo em queSe pesquisa súa aplicação em novos produtos. A palha de carnaúba representa umpotencial para a produção de 500.000 toneladas de pasta de celulose, ainda inexplorado: faltam incentivos ao seu aproveitamento, enquanto sobram os Incentives ao refloresamento das reservas florestais devastadas desordenadamente.
Procuremos substituir a pessimista idéiade erradicação dos carnaubaís nordestinospor um maior trabalho em pról de um apro-
~oveD1bro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)' Quinta-feira 22 9171
!lue se apresente, e segundo a sua coloraçãoe qualidade, em cinco (5) tipos:
Tipo 1Tipo 2Tipo 3Tipo 4Tipo 5Das Características e Tolerâncias
lU - Os tipos de eêra de carnaúba serão caracterizados de conformidade com asua côr e índices de ímupreza e umidade:
I) Tipo 1: cêra de cõr branca e/ou amarelo-clara, vulgarmente denominada "flor"e "yellow 1" que contenha no máximo 1%(um por cento) de impurezas e até 2% (doispor cento) de umidade.
2) Tipo 2: cêra de côr amarela, mais oumenos acinzentada e/ou esverdeada, vulgarmente denominada "mediana", "mediana clara" e "yellow 2", que contenha nomáximo 1% (um por cento) de impurezas eaté 2% (dois por cento) de umidade.
3) Tipo 3: cêra de côr castanho-clara,castanho, amarela e/ou esverdeada, vulgarmente denominada "cauipe", "gorda-clara"e "líght fatty gray" e "north country 2",que contenha no máximo 2% (dois porcento) de ímuprezas e até 2% (dois porcento) de umidade.
4) Tipo 4: cêra de côr castanho-escura,verde-escura e/ou escura tirante a negro,vulgarmente denominada "gorda-escura","gorda-batida", fatty-gray" e "north country 3", que contenha no máximo 2% (doispor cento) de impurezas e até 2% (doispor cento) de umidade.
5) Tipo 5: cêra de côr esbranquiçada,acinzentada e/ou esverdeada, vulgarmentedenominada "arenosa" ou "chalcky", quecontenha no máximo 2% (dois por cento)de impurezas e até 6% (seis por centot deumidade.IV - A cêra de carnaúba que, pelas suascaracterísticas, não se enquadrar nos tiposdescritos no item anterior, será classificada com a denominação de "abaixo dopadrão'.
Cêras Rebeneficiadas
V - A cêra de carnaúba, qualquer queseja o seu tipo, inclusive o "abaixo do padrão" que fôr rebeneficiada ou passar por'qualqúer novo tratamento, deverá ter, nocertificado de classificação, especificada aoperação física ou processo químico a quefoi submetida.
Disposições GeraisVI - O Certificado de classificação refe
rente à cêra de carnaúba será válido por365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, acontar da data de sua emissão.
VII - Os casos omissos serão resolvidospor proposição do Diretor da Equipe Técnica de Padronização. Classificação e Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, doMinistério da Agricultura, cabendo a decisão final ao Conselho Nacional de Comércio Exterior.
A CARNAÚBA NOMERCADO INGL1!:S
O· Érasil, em 1965, exportou para o ReinoUnido 1.149 toneladas de cêra de carnaúba,no valor de 960 mil dólares, FOB, o que,eorrespondendo a 9.% das vendas totais doproduto, classifica este pais como o terceiro mercado do Brasil, depois do norteamericano e do alemão.
Em 1966, as vendas brasileira expandiram-se para 1.298 toneladas, baixando, noentanto, a receita para 877 mil dólares,também equivalendo a 9% das exportações
totais; o Reino Unido se manteve no terceiro pôsto.
No contexto das exportações globais doBrasil, a cêra de carnaúba ocupa posição derelativa importância, respondendo por 0,6%,0,5% e 0,4% de suas vendas externas, respectivamente em 1965, 1966 e 1967.
Analisado, porém, o mercado britânico,observa-se que o produto em apreco é inexpressivo, absorvendo 0,007% do -total dasaquisições externas CIF daquele país, cumprindo assinalar que as estatísticas britânicas englobam dados referentes, igualmente, à cêra de curícurí, embora à cêra decarnaúba caibam 97% dos totais consignados.
No decênio 1957/66, as importações britânicas dos três tipos de produtos acimaatingiram a média anual de 1.372 toneladas, no valor de 637 mil libras (1,78 milhãode dólares). O Brasil forneceu 1.118 toneladas, no valor de 521 mil libras 0,46 milhão de dólares). Levando-se em conta odecênio 1958/67, as importações totais doReino Unido foram de 1. 321 toneladas, coma receita de 580 mil libras (1,62 milhão dedólares), tendo sido supridas pelo Brasil1.067 toneladas, no valor de 472 mil libras(1,32 milhão de dólares).
MercadoSegundo o boletim da CACEX o mercado
britânico é consumidor estável, com tendência, no entanto, declinante, em virtudeda existência de produtos artificiais quesubstituem, dentro de certo limite, a cêrade carnaúba.
Uma única firma é responsável por cêrcade 75% do total das aquisições do produto,do que resulta a segunda característica domercado, qual seja, sua natureza monopsôníea.
Do lado da oferta, havia, até a recentecriação da Comissão Coordenadora da Exportação da Cêra de Carnaúba (CCECC),uma debilidade do sistema de comercialização da mercadoria, em que a existência deinúmeras firmas disputando os mesmoscompradores gerava transações que nãoeram das mais vantajosas para o Brasil,apesar da posição monopolístíca que desfruta no comércio internacional do produto.
Vale assinalar, como última característíca, a acentuada deterioração do preço doproduto, sendo que o cotado para 1967 foiinferior à metade do obtido em 1958 (689,70dólares e 1.599,10 dólares, por toneladasFOB), respectivamente, de acordo com asestatísticas brasileiras.
RegimeA cêra de carnaúba entra no Reino Uni
do sob licença Geral de Importação (OpenGeneral Licence), ou seja, é livre a importação da matéria-prima em questão.
O Brasil é o grande fornecedor de cêraao Reino Unido, seguido dos Estados Unidos, que se constituem, pràtíeamente, nosúnicos concorrentes do Brasil, através de\exportações de cêra altamente refinada.Vem-se observando.no entanto, a partir de'1964, uma perda nas reexportações norteamericanas e uma recuperação brasileira,'Como resultado, possivelmente, de oferta deproduto de melhor qualidade, não obstante,segundo afirma a principal empresa importadora, o mercado britânico preferir cêrade tipos inferiores.
A Procura, Em 1967, o Reino Unido importou 965toneladas de cêra, no valor de 276 mil libras. Em 1958, o volume adquirido haviasido de 1.118 toneladas, no valor de 666mil libras. Em outras palavras, a mesma
quantidade, praticamente, da matéria transacíonada nos dois anos extremos da série'gera uma receita, em 1967, inferior à meta'de da recebida em 1958.
As previsões são no sentido de que nem o'Consumo nem a remuneração por unidadede produto se elevem nos próximos anos,,pois é remota a possibilidade de substituições integrais da cêra de carnaúba por sintéticos, mas, ao mesmo tempo, é pouco provável que venha a ser utilizada na eonrecçâo de novos produtos ou que melhorem ascondições de oferta no Brasil.
Os principais tipos de exportação de cêrade carnaúba brasileira são:
tipo 1 - Prime ou n.O 1 Yellow;tipo 2 - l\ledium ou n.o 2 YeIlow;tipo 3 - Light Fatty ou n.O 2 North Oeun
try;tipo 4 - Fatty Grey ou n,v 3 North Ooun
try.
As importações britânicas de origem brasileira são, principalmente, dos tipos 1 e4, sendo que o mercado tem preferido ostipos inferiores, em razão de seus preçosmais baixos.
FretesLondres, em especial, e Liverpool consti
tuem os principais portos de desembarqueda cêra de carnaúba. Praticamente toda aeêra proveniente do Brasil é desc~rregadaem Londres.
O frete, por tonelada, é de 618 xelins e6 dinheiros por 2.240 Iíbras/pêso entre Fortaleza e Londres ou Liverpool, acrescidode uma sobretaxa de 2,5%. Em determina.dos casos, o frete poderá ser arbitrado em2,5% do valor da mercadoria. Entre Paraíbae Londres (ou Líverpool) , o frete é o mesmo, porém acrescido de uma taxa portuáriade 99 xelins. Existem outros adicionais para
. os portos do Norte, como Manaus e SãoLuís.
Os métodos atuais de acondicionamentode cêra de carnaúba brasileira para ex.portaçâo são satisfatórios. Nenhuma queixa tem sido registrada, a propósito, porparte dos Importadores.
ComercializaçãoA Comissão Coordenadora da Exportacão
de Cêra de Carnaúba (CCECC) estabelecenão apenas os preços mínimos de exportação para os diversos tipos de cêra, mas,também, deve implementar as propostas definanciamento para as saídas dos estoquesínvendáveís dos exportadores e armadoreslocais. Além disso, tem amplo poder de impor penalidades aos armadores e exportadores que promoverem vendas abaixo dopreço mínimo ou infringirem qualquer outroponto da regulamentação.
RecomendaçõesConsiderando todos os fatores que envol
vem a estrutura do mercado britânico, ent~nde a CACEX que será mantida, nos próximos anos, a demanda atual de cêra decarnaúba brasileira.
A atuação da Comissão Coordenadora daExportação da Cêra de Carnaúba (CCECC)deverá manter o preço estável, evitando oaviltamento pelo excesso de concorrênciaentre os exportadores brasileiros. Todavia,a manutenção do volume atual das exportações brasileiras para o Reino Unido estácondicionada à necessidade de se exportara melhor qualidade possível, dentro das especificações solicitadas, o que garantirá aoconsumidor contar com matéria-primacujas características sejam previamente deseu conhecimento.
Durante o ano de 1972 as exportações cearenses para o exterior atingiram um resul-
1172 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão D Novembro de 1973.t:
Aguardente de cana I 720,00Algas marinhas 2.500,00Algodão em pluma 15.193.'347,52Amêndoas de castanha de caju 8.203.044,49Armadores 396,00Barbatanas de tubarão 25.855,25Bílis bovina 5.931,25Bolsas de palha de carnaúba 437,50Calçados de couro 643.369,72Carvão vegetal 250,00Cascos e chifres de boi 7.241,65Cauda e crina cavalar 70 130,52Cera de Abelha 363.670,31
tado total de US$ 68.316.120.51, ou sejaquase US$ 20.000.000,00. a mais do que noano anterior. Os produtos manufaturadostiveram um fantástico incremento da ordemde 407,3 por cento enquanto os demais aumentararn 37,3 por cento, o que representaum grande salto para o pequeno período deum ano. .
Segundo o diretor-executivo adjunto emexercício do Núcleo de Promoção das Exportacões do Ceará. economista Lucio Armando de Patricio Ribeiro, dentre os sete novos produtos exportados pela primeira vezno ano passado três são manufaturados enquanto dois outros - tecidos de algodão evaqueta de couro bovino - tiveram suasvendas para o exterior reiniciadas.
Novos e Principais
Explicou que os sete novos incluídos napauta de 51 produtos do Ceará enviados para o estrangeiro são: algas marinhas, armadores, bilis bovina, minérios de tantalita, resina de [alapa, roupas femininas etapetes de pele de cabra. Por outro lado,calçado de couro já figura dentre os principais produtos de exportação, sendo também um dos artigos que alcançou maior incremento juntamente com meias para homens, colchas de cheníle e peles domésticas curtidas.
Foram classificados pelo Promoexport-Cecomo os 12 principais produtos exportadospor Fortaleza, no ano passado, representando US$65.312,6 ou ainda, 95,6 por centodo total comercializado, as seguintes mercadorias: algodão, lagosta congelada, cerade carnaúba, amêndoas de castanha de caju, peles domésticas, óleo de mamona, couros bovinos, peles domésticas piqueladas,torta de caroço de algodão, óleo da casca dacastanha de caju, calçados de couro e torta de babaçu.
Superior
Disse o diretor-executivo adjunto do Promoexport-Ce que convém esclarecer que ovalor real das exportações de manufaturados é muito superior ao apresentado nas estatisticas oficiais referidas, cuja fonte deinformacões dos dados é a Carteira de Comércio Exteríor do Banco do Brasil - CACEX, pois não incluem as remessas demeias para a Arríca, através do porto doRecife, nem as de fogões e botijões para aAmérica do Sul, por via trrestre. A lagostacongelada é também um produto cujo valorapresentado tende ser maior, em virtude deas vendas serem feitas em consignação.
Quadros
Os quadros que ilustram esta matéria,fornecidos pelo Promoexport-Ce e com base nos dados levantados pela CACEX mostrarão a realidade de cada um dos produtos exportados em 1972.
QUADRO I
COMÉRCIO EXTERIOR DO CEARAE:xportação - 1972
462'078.524.684.523,74
174.207,762.859.065,74
20.774,5024.812,8436.980,01
150,00440.365943&935,00
250,00150.089,22627.421,10
1. 351. 294,3351.075,00
347.609,67
11.846.40480,00
15.395,8Q52.340,32
185.069,168.348.343,11
6.225.4666.668602.916,411
1. 225.083.628õ.832.50"1.684,48;9.775,OQ
- .14.457,50;
6.902.174,00
22.200,65
240.755,55
476.956,4367.400,00
101.377,70
3.000,0!),1.393,1,1-
447.497,511'554.649.34
2 ;145 .126,911. 533 .957,67"
5.925,001.818.757.781.13
76.060,002.836.324,U'
598.957,63 .\'::l.354.117,#
6.670,0035.052,05
34.179.972,73
1971US$ FOB
7.649,50
·2.576.770.801.440,00
4.148 393.984.385,00
1972US$ FOB
720,002.500,00
13.168.712,30
6.328.326,1718.226,255.931,25
437,50453.873,40
250007.241.65
61.840,52262.706,56
8.892.026,5011.930,96
134.071,1312.565,36
2.689.815,585.620.403.910,602.000007.600.00
10.600.0076722
10.312.952,712.900,00
69.325273.635,96
254.950,00657.156,90
3.302.834,93383.105,98
2.575,5010.737,11
205.670,003.531.196,62
36.645,962.117.842,04
19.762,5017.021.8029.694.39
440.36594,33935,00
35.09140458.077,00843.744,4843.575,00
285.019,67
54. 712.20?,35.
-
TOTAL GERAL: ..... US$ 88.316.120,51,
Peixe PargoPeles domésticasPeles domésticas curtidasPeles domésticas piqueladaaRaiz de jalapaRedes de AlgodãoResina de anacardoRlW.ina de [alapaRoupas femininasRoupas de tecidos de algodãoSementes de UrucuTapetes de pele de cabra
curtidaTecidos de algodãoTorta de babaçuTorta de caroço de algodãoTorta de TucumVaqueta de couro bovino
10.933.516,2513.176,00
166.130,8329.515,63
3.710.742,225.620,403.910,002.000,007.600,00
10 000,00110.767,22
12.205.138,212.000,00
103 .764',383.635,95
335.110,00
383.657,743.962.614,86
447.409112.575;50
10.737,11 Fonte: CACEX.
QUADRO GERALEXPORTAÇÃO POR FORTALEZA WE)
Janeiro/Outubro
.- ..- -----~~----J
Fonte: CACEX
Aguardente de cana _ .Algas marinhas .Algodão em pluma ....•..................Alpargatas de couro .Amêndoas de castanha de caju .Barbatanas de tubarão ..................•Bilis bovina , .Bolsas de palha de carnaúba .Calçados de couro .Carvão vegetal " .Cascos e chifres de boi , ....•Oauda bovina .Cauda e crina animal ...........•.......•Cera de abelhas , ....................•Cera de Carnaúba ' .Cera de Ouricuri .........................•Chapéu de palha de carnaúba .Colcha de Chenile de algodão .Couros bovinos .Couros curtidos cromados ..........•..•..•Escarto de cabelo animal .Farinha de casco de chifre .Feijão de mucina .Fel bovino .Folhas de [aborandl .....................•1
Lagostas congeladas .Linter cru ..............................•Magnésia calcinada .Meias para homens .........•............•Minério de tantalita .....................•óleo de Babaçu ...........................•óleo de casca de castanha de caju ........•óleo de maluona .óleo de Oiticica .Óleo de Tucum ................•.........•óleos industriais ........................•óxido de berilo ., ........................•Peixe pargo .. , .Peles domésticas .Peles domésticas curtidas , .Peles domésticas píqueladas .............•Peles silvestres .......................•..•Raiz de [alapa ..........................•Redes de algodão ............•..... , •...••Resina de Anacardio ....•......•. ,., •.•.••Roupas temínínas ...........• " ....•••. ,.Roupas de tecidos de algodão .....•.•.•..•;Sementes de urucu ................•....•.•Xilita brasileira " ..•...••Tecidos de algodão .Torta de babaçu .........................•Torta de caroço de algodão , .......•)Torta de tucum .........................•Vaquetas de couro bovino ...•....••..•..•,
TOTAIS:
DISCRIMINAÇÃO
Cera de carnaúbaCera de OuricuriChapéu de palha de carnaúbaColcha de Chenile de algodãoCouros bovinosCouros curtidos cromadosEscarto de cabelo de animalFarinha de cascos e chifresFeijão de mucunaFel bovinoFolhas de JaborandiLagostas congeladasLinter cruMeias para homensMinérios de Tantalitaóleo de babacuóleo de casca- de castanha de
cajuóleo- de mamonaóleo de OiticicaOssos industriaisóxido de berílo
ValorValor US$ FOB
Produto
Novembro de 1973 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I), Quinta-feira 22 91?3
f'I%)pn'io.'n,\:3 l'ltl:\l'lI',~l~; ~J,\'l'I:nl.ü:.l'::I~r.\:::. ~!.\):\ HA \\' ;'IA'JJ:H1,\Li-: 1'J:(llll:C'nm:, !:."7·1~7tl
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f'O:'1l'J·:.· ... 8UUJ~CE: Fund:;.(o 1'?~:'::..
APLICAÇÕES INDUS'l,'RIAISCERA DE CARNAúBA
Cunha Bayma
Velas - A primeira aplicação da éerade carnaúba foi na fabricação grosseira erudimentar de velas para iluminação, emescala muito pequena e compatível com oatraso e a pobreza do interior nordestino.
Antes do querosene, do carbureto, daslâmpadas a álcool ou a gasolina, e quandoa eletricidade era desconhecida dos sertanejos, era a luz baça e amarela das velasde carnaúba, fabricadas no próprio local,que bruxeleava ao lado dos velhos candeíros de azeite.
O progresso e a elevação dos preços dessamatéria-prima desviaram-na para outrosempregos, pouco a pouco, sendo muito raro em nossos dias encontrar-se uma vela'de carnaúba no interior das próprias zonasprodutoras. Nos Estados Unidos, a cera empregada na fabricação de velas é derivadado petróleo.
Discos de vitrolas - Depois, o uso maisgeneralizado pelo menos no conhecimentodo 'povo, foi na preparação dos discos dogramofone, que, durante algumas dezenasde anos, invadiu e se instalou em todo recanto brasileiro onde chegava um pedaçode civilização.
li, vitrola e a eletrola, vieram multiplicaro uso desses discos, aliás de forma tão maisaperfeiçoada, são continuadoras responsáveis da crença de muita gente, que aindapensa ser esta uma das únicas aplicaçõesda cera de carnaúba.
Cera ou pasta para assoalhos - Uma dasmais conhecidas é a indústria de ceras para assoalhos. É fácil imaginar que consumo imenso têm essa matéria-prima só neste produto - hoje indispensável em todosos pisos de madeira dos edificios modernos,das casas de residência bem cuidados, dosteatros etc,
Imagine-se que tonelagem desse produtonão seria necessária para o trabalho deenceramento nas grandes cidades do mundo. A cera de carnaúba, sobretudo do tipoarenoso, é a melhor matéria-prima para aprodução de uma boa pasta para soalho,
em cuja composição basta entrar, em baixapercentagem para emprestar-lhe esplêndida qualidade. A subida exagerada dos preços tem-na desviado para outros fins.
Entretanto, é oportuno citar uma dasfórmulas de preparação desse produto, segundo o quimico Moacir Silva. do InstitutoNacional de Tecnologia, em sua publicação"Cera e óleo de Licuri" - 1940, como sesegue:
Cera de carnaúba 50Cera de abelha 100Aguarrás ou substituto 425Gasolina 425
CARNAÚBA
Uma nova opção
Enquanto em todo o mundo se esboçauma escassez de papel, por falta de matéria-prima (ver página 43), no Ceará começa a ser explorada uma nova fonte doproduto: a carnaúba. O Governo Estadualse mostra disposto a auxiliar de diversasmaneiras a instalacão local de indústriasdestinadas a transformar em papel e papelão a palha seca da carnaúba.
O Secretário da Indústria e Comércio,E::nesto Gurgel Valente, garante que "nãohaverá nenhum risco da parte do investidor". Duas indústrias locais já substituírama matéria-prima que usavam (papel velho)pela palha seca da carnaúba.
Essa nova alternativa para o aproveitamento econômico da carnaubeira partiu deconversas informais entre autoridades doGoverno cearense e empresários locais. Asduas empresas pioneiras no sistema deaproveitamento da palha da carnaúba estão tendo sucesso comercial bastante significativo nessa operação: uma delas é aCarnafibra S.A., de Fortaleza; a outra, aSocelpa - Sociedade Cearense de Papéis,do Crato.
O plano do Secretário da Indústria e Comércio com essa iniciativa é o de conduzirempresas privadas ao aproveitamento dacelulose da palha e do talo da carnaubeíra,"abrindo novas perspectivas para a exploração deste "boi" vegetal". Gurgel Valenteacredita que dentro de alguns anos a cerapoderá ser apenas um subproduto, pois es-
tá convencido de que a celulose obtida dacarnaúba tomará o seu lugar na economiacearense.
l!l claro que os resultados da idéia vãodepender muito da capacidade do Governocearense em sensibilizar os produtores decera de carnaúba e os demais empresáriosdireta ou indiretamente ligados à economiacarnaubeíra, Como em toda atividade tradicional, a inércia é um elemento decisivono processo de decisões: é sempre mais fácil deixar as coisas como estão do que selançar numa atividade diversificadora. Emtodo caso, como a palha tem sido um ·rerugo da produção de cera de carnaúba, épossível que não seja tão dificil convencero setor de que o aproveitamento desse refugo pode melhorar a rentabilidade da própria cera.
Produção estável. A produção de cera decarnaúba tem permanecido relativamenteestável nos últimos anos, variando entre6 e 7 mil toneladas. Seria preciso que oGoverno do Ceará divulgasse qual Q volume de palha que sobra dessa produção, decera e qual o volume de papel que poderiaser obtido com o aproveitamento dessa palha,
Uma indústria de papel, para se tornareconomicamente atraente, deve partir deuma escala de produção relativamente elevada. É preciso saber, portanto, se apenaso refugo de palha derivado da atual produção de cera permitiria a obtenção dequantidade de celulose economicamente interessante. Ou se seria preciso recorrer aotalo dos carnaubaís para se chegar ao "ótimo" econômico, fato que implicaria na destruição das plantações. A extração da cera,evidentemente, se faz sem a destruição daárvore. Portanto, caso se deseje partir paraa produção de celulose em escala significativa, é preciso verificar se isto implicaráou não em custos de programas de replantio.
De qualquer modo, os técnicos da Secretaria da Agricultura do Ceará afirmam quea atual produção poderia elevar-se a 10mil toneladas, mas as atuais cotações domercado ínternacíonal não oferecem motivação aos produtores. Ora, o aproveítamento da palha, melhorando a lucratividade do •
11'7! Qulnta.feIra 2Z DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão J) Novembro de lD73
Art. 5,0 Este decreto entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.
PREÇOS MíNIMOS
LEI N.o 5.508DE 11 DE OUTUBRO DE 1968
Aprova a Quarta Etapa do Plano Diretor de Desenvolvimento Econômicoe Social do Nordeste, para os anos de1969, 1970, 1971, 1972 e 1973, c dá outrasprovidências.
O Presidente da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional de-
creta e eu sanciono a seguinte Lei: -Art. 1.0 Fica aprovada a Quarta Etapa
do Plano Diretor de Desenvolvimento paraos anos de 1969, 1970, 1971, 1972 e 1973, obedecidas as suas Linhas de Ação, Diretrizesde Execução e Programação, já aprovadaspelo Conselho Deliberativo da SUDENE,comas modificações desta Lei.
Art. 2.° Os programas e projetos especificados nos Anexos desta Lei terão sua execução financiada com recursos orçamentários federais e de outras fontes internas eexternas, comportando, as respectivas dotações, dispêndios de capital e custeio, inclusive gastos com as atividades de administração da SUDENE, da SUVALE e do
<DNOCS.
§ 1.0 Os valôres constantes do anexo financeiro desta Lei serão íneluídos nos orçamentos anuais, observada a compatibilização entre o Plano Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social do Nordeste e aprogramação setorial dos órgãos do Governo Federal, efetuada através dos Planos Nacionais Qüinqüenais e dos orçamentos plurianuais de investimentos.
§ 2.° Os valôres referentes aos exercíciosde 1971, 1972 e 1973, incluídos no Anexo Financeiro, serão ajustados por ocasião daelaboração dos futuros projetos de orçamentos plurianuais, de acôrdo com os critériosgerais, pelos órgão técnicos competentes.
Art. 3.0 A SUDENE promoverá a utilização dos-resultados de pesquisa consideradosde interêsse para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, podendo, para ésse efeito, estabelecer condições especiais naconcessão dos incentivos fiscais e financeiros que administre.
Art. 4.0 A SUDENE poderá conceder bôlsas a técnicos estranhos a seus quadros deservidores que se dedicarem exclusivamente
Cr$/15 Kg.Tipo 4 (Básico)
ramo, poderia em tal caso fornecer a motivação. Francisco Anastácio Carneiro, diretor de uma empresa exportadora de cera,em Fortaleza, confirma que a industrialização da cera vai bem, mas "os preços domercado externo quase não compensam".
A exportação de cera pelo Estado do Ceará é bem maior do que sua produção interna, alcançando cerca de 13 mil toneladas,pois os exportadores cearenses comercializam também grande parte da produção doPiauí e do Rio Grande do Norte. Este ano,no primeiro trimestre, a exportação cearense já superou em 1 milhã9 de dólareso valor obtido no mesmo período do anopassado apesar da estagnação dos preçosno mer~ado externo - o que indica, pelomenos uma boa dose de dinamismo nessesetor da economia cearense.
~ Decreto Presidencial de Fixação. de preços mínímos básicos para o fi?anciamentoou aquisição de cera de carnaúba da safra1972/73 publicado.no Diário de Pernambucode 08 de novembro de 1972:
Art. 1.0 Fica assegurada à cera de ca~
naúba de írígem da safra 1972/73, produzida no~ Estados de Alagoas, Bahia, Ceará,Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piau~, RioGrande do Ncrte e Sergípe, a garantia depreços mínimos de que trata ? ;eferido .Decreto Lei, atendidas as condíções previstasno presente Decreto.
parágraf~ 1 - Os preços mínimos líquidos para o produto, estabelecidos em fUI!-ção dos tipos, segundo as zopas geoeconomlcas são aqueles que deverao ser efetivament~ pagos aos produtores ou às cooperativas de produtores.
Parágrafo 2 - Os preços minimos .lí9-uid?Ssão livres de quaisquer despesas adícíonats,inclusive impostos e taxas, atendidas as especificações estabelecidas no Art. 2 destedecreto.
Art 2.° Ficam estabelecidas as seguintescondições para as operações de financiamento ou aquisição de cera de carnaúba:
a) Os preços constantes da tabela anexareferem-se ao produto acondicionado emsacaria nova de juta ou similar, o tipo 4,de acordo com às especificações constantesda Resolução n.9 57, de 9 de março de 1970,do Conselho Nacional do Comércio Exterior(CONCEX), ou outras equivalentes que vierem a ser oficialmente estabelecidas.
b) Os níveis de preços correspondentesaos tipos 1, 2 e 3 serão estabelecidos .ell!: instruções a serem baixadas pela Comtssâo deFinanciamento da Produção, observadas ascondições fixadas na alínea A deste artigo.
Art. 3.0 As operações a que se refere oartigo precedente serão realizadas de preferência com produtora ou cooperativas deprodutores, podendo, n? entanto, a~ d~ financiamento ser atendidas em caráter excepcional a terceiros.
Parágrafo Único. Para a extensão a terceiros, das operações em questão, será necessário que estes comprovem ter pago aosprodutores ou às cooperativas de produtores,livres de quaisquer despesas adicionais, ~n
elusive impostos e taxas, preços nunca Inferiores aos preços mínimos liquidos estabelecidos nas íntruções da Comissão de Financiamento da Produção, de que trata aalínea B do Art. 2.
Art. 4.0 A Comissão de Financiamentoda Produção baixará instruções necessáriaspara a execução deste decreto.
ZonasGeo-Econômicas
MaranhãoÚnica .....•......••..........•.
PiauíCera de Carnaúba - 1 .Cera de Carnaúba - 2 '" .....•Cera de Carnaúba - 3 ••.•.•.••
CearáCera de Carnaúba - 1 .....•...Cera de Carnaúba - 2 .•••.••••
Rio Grande do NorteCera de Carnaúba - 1 .Cera de Carnaúba - 2 ••.•.•.••
Paraiba, Pernambuco,Alagoas e Sergipe
única ........•.....••........•Bahia
Única .•••••......... " ..... , ..
46,95
47,8547,1046,35
48,6046,80
47,1046,50
46,35
46,80
a pesquisas de interêsse para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste.
§ 1.0 A concessão das bôlsas efetivar-seá através de convênio com os órgãos ou entidades a que estiverem subordinados ostécnicos referidos neste artigo.
§ 2.° O órgão ou entidade responsávelpela pesquisa apresentará a SUDENE, periodicamente, relatório minucioso sôbre asatividades desenvolvidas.
§ 3.0 As bôlsas serão imediatamente suspensas, caso não seja cumprido o dispostono parágrafo anterior, ou o relatório demonstre a ineficiência da pesquisa.
Art. 5.0 A SUDENE poderá conceder prêmios ou bôlsas de estudo, no País ou no exterior, a autores de trabalhos originais quecontenham:
a) descobertas científicas;b) propostas fundamentadas de melho
ria de tecnologia industrial ou agrícola;
c) propostas fundamentadas de aproveitamento econúmíco de matérias-primas 'ousubprodutos ainda não utilizados.
Parágrafo único. Os prémios ou bôlsasreferidos neste artigo somente serão concedidos quando, a critério da SUDENE, a descoberta ou proposta forem de interesse para o desenvolvimento econômico e social doNordeste.
Art. 6.0 Fica- a SUDENE autorizada ainstituir uma Fundação destinada umaFundação destinada a realizar pesquisas necessárias ao aproveitamento dos recursosnaturais do Nordeste.
S 1.0 Para o efeito do cumprimento 'dodisposto no art. 24 do Código Civil, a SUDENE fará dotação especial de NCr$: ....•300.000,00 (trezentos mil cruzeiros novos) àFundação prevista neste artigo.
§ 2.0 Uma vez instituída, a Fundaçãoestará autorizada a realizar pesquisas minerais, observadas as disposições do Decreto;'lei nP 227, de 28 de fevereiro de 1967.
Art. 7.° A Fundação de que trata o artigo anterior adquirirá personalidade juridica a partir da inscrição, no Reglstro dePessoas Jurídicas, dos atos constitutivos, ereger-se-á por estatutos aprovados peloConselho Deliberativo da SUDENE.
Art. 8.° Em substituição ao Fundo deInvestimentos para o Desenvolvimento Econômico e Social do Nordeste (FIDENE), écriado o Fundo de pesquisa e de RecursosNaturais do Nordeste CFURENE), a ser gerido pela SUDENE.
§ 1.0 Os recursos do FURENE serão utilizados nas seguintes finalidades:
a) financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias adequadas àscondições regionais;
b) financiamento à pesquisa de recursosnaturais do Nordeste;
c) eusteío de pesquisa científica ou tec-nológica. .
§ 2.° Na utilização dos recursos do FURENE, terão prioridade as pesquisas minerais e as que visem à racionalização e aodesenvolvimento agropecuário da região.
§ 3.° Para a concessão de financiamentocom recursos do FURENE, a SUDENE eelebrará convênios com estabelecimento oficial de crédito, preferentemente o Bancodo Nordeste do Brasil S.A. <BNB) e os Bancos de desenvolvimento em que os Estados,com área abrangida pela atuação da SUDENE, tenham a maioria das ações comdireito a voto.
§ 4.° Para cumprimento do disposto naletra c do § 1.° deste artigo e na eonformí-
~ovembro de 1973 DlARIO DO CWGRESSO NACIONAL <Seção n Quinta.feira 22 917;'}
dade dos programas que aprovar, a SUDENE, mediante convênio com as Universidades e Institutos especializados de pesquisae Experimentação, sediados no Nordeste,aplicará 1% (um por cento) dos recursosincorporados ao FURENE, por força do §2.0 do art. 22 desta Lei.
Art. 9.° Constituem recurso-s do FURENE:
a) as dotações orçamentárias e contrt-:buições outras que lhe sejam atribuídas;
b) as amortizações, juros, lucros devidendos, quotas de risco e quaisquer outras receitas derivadas da aplicação dos seus recursos;
c) o produto da transferência prevista no§ 2.0 do artigo 40 desta Lei;
d) o produto dos empréstimos que a SU"DENE contrair, no País ou no exterior, paraampliação dos recursos do FURENE;
e) os recursoso derivados da eontríbuícãode empresas beneficiárias de incentivos fiscais ou financeiros, de acordo com o disposto no art. 22 desta Lei;
f) o produto dos juros e multas referidosno § 4.° do art. 20 da Lei número 4.239, de27 de julho de 1963, com a redação dadapelo art. 41 desta Lei;
g) o produto da transferência da cobrança dos créditos referidos nos §§ 4.° e 5.0 doart. 22 da Lei número 4.239, de 27 de [unhode 1963, com a redação dada pelo art. 42desta Lei.
§ 1.0 Ficam incorporados ao FURENE osrecursos do Fundo de Investimentos parao Desenvolvimento Econômico e Social doNordeste (FIDENE).
§ 2.0 Correrão por conta do FURENE todas as despesas de sua operação, inclusiveos prejuízos decorrentes da aplicação deseus recursos, e a amortização das' empréstimos previstos na letra d deste artigo.
Art. 10. Os financiamentos para pesquisas de recursos minerais concedidos comrecursos do FURENE serão liquidados emdinheiro, ou em ações da empresa titulardo direito de lavra ou da empresa que arepresente no efetivo exercício desse direito.
Art. 11. Reconhecida a inviabilidade econômica de utilização dos resultados da pesquisa da jazida, os financiamentos referidos no § 1.0 do artigo 8.0 desta Lei não serão liquidados, convertendo-se em despesas,a fundo perdido, do FURENE.
Parágrafo único. Ocorrendo a hipóteseprevista neste artigo, os direitos remanescentes à pesquisa ou lavra transferem-se àiFundação de que trata o artigo 6.° destaLei.
Art. 12. A concessão de financiamentoscom recursos do FURENE obriga o beneficiário a não efetuar, sem prévia e expressaautorização da SUDENE, negócio que envolva transferência ou arrendamento dosdireitos relativos à pesquisa ou à lavra, ouda propriedade em que se situe a jazida oumina, bem como negócio que implique emônus sobre esses direitos ou essa proprie-dade. .
. Parágrafo único. serão nulos de plenodireito os negócios realizados com ínobservãncía do disposto neste artigo.
Art. 13. O titular do direito de lavra dejazida pesquísada mediante a utilizacão derecursos provenientes do FURENE, oU daFundação, .pagará, respectivamente, à SUDF;:N~ ou a refer.ida Fundação, pelo prazoID.axImo de 20 (vinte) anos, quota de risconao superior a 5% (cinco por cento) dolucro definido' como tributável, segundo a.
legislação da efetiva incidência ou do pagamento. desse imposto.
Parágrafo único. Caso exista mais deuma empresa com interesse econômico direto na lavra da jazida, a quota de riscoprevista neste artigo, incidirá sobre o lu~cro que cada uma dessas empresas auferirem decorrência da mencionada lavra.
Art. 14. Incumbe ao Conselho Deliberativo da SUDENE mediante proposta da Secretaria-Executiva:
a2 fixar critérios e normas gerais de operaçao do FURENE.
b) estabelecer as condições gerais e especiais para os rmancímentos com recursosdo FURENE;
c) aprovar o orçamento anual do FURENE.
Art. 15. Estendem-se à Superintendênciado Vale do São Francisco (SUVALE) as disposições do Decreto-lei n.o 138, de 2 de fevereiro de 1967.
Art. 16. Obedecido o planejamento geraldo Governo e o disposto no orçamento. monetári.o, o,Banco do Nordeste do Brasil S.A.organizara, anualmente, até 31 de outubroo seu orçamento de aplícações e o subme~terá a consideração da SUDENE, cabendoao •Conselho Deliberativo a sua aprovação,após parecer da Secretaria Executiva.
Art. 17. O Conselho Deliberativo da SUDENE, mediante parecer ou proposta daSecretaria Executiva, poderá sugerir à Diretoria do Banco do Nordeste do BrasilS.A. normas de operação que tornem maisefic~ente.s a colaboração do Banco a empree?-dImentos e programas julgados príorítános, pela SUDENE, para o desenvolvimentoeconômico e sociais do Nordeste.
Art. 18. Os projetos que impliquem obtenção de financiamento ou aval do Banco do Nordeste do Brasil S.A. serão apresentados simultaneamente à SUDENE e aoBanco.
. § 1.° A SUDENE se pronunciara conclusívamente sobre cada projeto, no prazo de150 (cento e cinqüenta) dias a partir desua apresentação, sendo vedádo ao Bancodo Nordeste do Brasil S.A. aprovar qualquer projeto antes do pronunciamento daAutarquia recomendando a assistência financeira, salvo nos casos previstos no §1.0 do art. '207 da Lei n.? 3.692, de 15 de dezembro de 1959, com a redação dada peloart. 13 da Lei número 4.869, de 1.° de dezembro de 1965.
§ 2.0 O Banco do Nordeste do Brasil S.A.terá o pr~.zo de 60 (sessenta) dias, a partirda Reumao do Conselho Deliberativo daSUDENE que aprovar o projeto, para conceder ou negar a colaboração financeira recomendada.
§ 3.° Sempre que denegar a colaboraçã~ rínancetra de que trata o parágrafo antenor, o Banco do Nordeste do Brasil S. A.comunicará por escrito as razões do indeferimento, para informação do oonsethoDeliberativo da SUDENE.
Art. 19. Aplica-se o disposto no artigo 53do Decreto n. o 24.427. de 19 de junho de1934, aos depósitos efetuados no Banco doNordeste do Brasil S.A.
Art.. ~O. Aplica:se à aquisição, por pessoas rísícas, de açoes do Banco do Nordestedo Brasil S.A., o disposto no art. 5.0 da Lein.o 5.122, de 28 de setembro de 19&6.
Art. 21. As empresas que, a partir davigência desta Lei, pleitearem financiamento do Banco do Nordeste do Brasil S.A.para inversões fixas, ou os incentivos previs~tos no art. 18, letra b, da Lei n.o 4.239 de27 de junho de 1963, COm a redação dada
pelo art. 18 da Lei n.O 4.869. de 1.0 de dezembro de 1965, em montante superior a3: 0.00 (~r~s mil) vezes o valor do maior saIárío mimmo vigente no Pais, incluirão nosorç!!,mentos de inversões dos respectivospr0.J~tos,. s~b a. rubrica "contribuição para'ana.lIse e ríscaüaação'', o equivalente a 2%(dois por cento) dos incentivos financiamentos pleiteados.
§ 1.0 Não se aplica o disposto neste artigo aos financiamentos concedidos pelo Banco c;Io Nordeste do Brasil S.A. a órgãos oue~tldades da administração direta ou indíreta, federal, estadual ou municipal.
§ 2.° O produto da contribuição aludida,no eaput deste artigo será incorporado aoFPRENE; devendo ser retido pela SUDENEou pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A.na proporção da liberação de recursos paráempresas beneficiárias.
§. 3.°. A. contríbutção de que trata esteartigo íncídírá sobre os reajustamentos quefore~ ~dmiti9-0s nos valores corresponden-,tes as mversoes de cada projeto.
Art. 22. A aplicação de recursos doINDA, destinados a programas de eletrificação rural na área de atuacão da SUDENBdeverá, obrigatoriamente, obedecer aos cri~térios e às prioridades estabelecidas noPlano Diretor de Desenvolvimento Econô- Imico e Social do Nordeste. I
Art. 23. As empresas industriais e agrfCola!, instal3;das na região. da SUDENE, poderao deposltar, para reínvestímentos noBanco do Nordeste do Brasil S. A. (BNB)acrescida em 50% (cinqüenta 01' cento) me~tade. da importância do imposto de rendadevido, ficando, porém a liberação dos citados recursos condicionada à aprovaçãopela SUDI!!~.dos respectivos projeto-s téc:lllco-econo~Icos de modernização ou complementação do equipamento industrial.
Parágrafo único. A SUDENE baixará normas especia~s para a elaboração, o examee a aprovacao dos projetos referidos nesteartigo, reduzindo as exigências para suaaceitação a? mínimo, e estabelecendo prazos razoáveis para sua tramitação em caráter especial.
Art. 24. O Banco do Nordeste do BrasilS.A. ~stabelecer.á normas especiais que lheparmítam, mediante garantias reais ou fideíjussórlas de retorno dos recursos que fina!lCIaI., assegurar apoio financeiro a pesquisas mmerais e tecnológicas. definidascomo prioritárias pelo Conselho Deliberativo da SUDENE.
Art. 25. É facultado à SUDENE dentrode suas disponibilidades financeirás indenizar despesas realizadas por órgãos 'ou entidades da administração estadual no Nordeste em serviços ou obras constantes doPlano Diretor, uma vez comprovada a efetiva e eficiente aplicação dos recursos eobs~rvadas as condições estabelecidas nosparagrafos deste artigo.
§ 1.0 A indenização não excederá a 50%(cinqüenta por cento) do valor do servíeo ouda obra, estimada com base no orçamentoda SUDENE. "
§ 2.0 Os recursos remanescentes vinculados ao serviço ou obra executados nos ternfos deste artigo serão aplicados preferencíalmente no Estado beneficiário da indenização, em projetos ou programas constantes do Plano Diretor.
§ 3.0 Para fazer jus à índenízacão os órgãos ou entidades referidos neste artigosubI~leterão à aprovação da SUDENE o res~pectívo programa ou projeto antes do iní-cio do serviço ou da obra: '
§ 4." Recebido o programa ou projetomencionado no parágrafo 3.°, o Superinten-
91'-;; Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1)' Novembro de 19'73
dente da SUDENE decidirá sobre o pedido,no prazo de 60 (sessenta) dias, fixando,inclusive, as condições para a índenlzação,
Art. 26. A SUDENE poderá conceder,ainda, bolsas de estudo aos estudantes dasUniversidades e Escolas Técnicas que concluírem os seus cursos com as melhores notas de aprovação.
Parágrafo único. Os estudantes contemplados com as bolsas de estudo referidasneste artigo ficam obrigados a remeter, semestralmente, à SUDENE, relatório dos seustrabalhos de especialização, aperfeiçoamento ou pesquisa.
Art. 27. Nos programas de organizaçãoagrária, a SUDENE destinará recursos coma finalidade de estimular e contribuir paraa implantação de pequenas e médias empresas agrícolas.
Art. 28. O art. 13 da Lei número 4.593,de 29 de dezembro de 1964, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 13. O pagamento do preço do lote será realizado em 20 (vinte) prestações anuais, podendo, a entidade ou oórgão executor do projeto, concederprazo de carêncía de até 3 (três) anos."
Art. 29. Será promovida a racionalização da agroindústria canavieira do Nordeste, pela execução de programas que visem a melhoria de sua produtividade, àsolução dos problemas sociais correlatos eà modificação da respectiva estrutura deprodução.
Parágrafo único. A modificação da estrutra de produção de que trata este artigoserá realizada através de:
I - modernização e diversificação dasatividades agrícolas desenvolvidas na áreaocupada pela agroindústria canavíeíra doNordeste;
II - a modernização e diversificação dasatividades industriais que utilizam comomatéria-prima a cana-de-açúcar e seus derivados, visando, especialmente a aumentara eficiência do trabalho industrial com aeliminação dos pontos de estrangulamentodo conjunto fabrif;
rn - reestruturação necessária ao apro,veitamento de mão-de-obra e de terras liberadas com o processo de racionalização.
Art. 30._ A SUDENE, o Instituto do Açúcar e do alcool (IAAJ, o Instttuto Brasileirode Reforma Agrária (IBRA) , o InstitutoNacional de Desenvolvimento Agrário (INDA) e o Banco do Brasil S.A., membros do Conselho Deliberativo do Grupo Especial para Racionalização da Agro-"indústria Canavieira do Nordeste (GERAM)criado pelo Decreto número 59.033-A, de fide agosto de 1966, darão tratamento prioritário às tarefas de sua competência, quese relacionem com os programas referidosno art. 29 desta Lei.
, § 1.0 Participação do Conselho Deliberativo do GERAN, como membros, os doismaiores Estados produtores de açúcar noNordeste, através de representantes designados pelos respectivos Governadores.
§ 2.0 A Comissão de Financiamento daProdução concederá, igualmente, tratamento prioritário para os programas que se relacionem com o disposto no artigo anteriorc para os demais projetos agropecuáriosaprovados pela SUDENE.
Art. 31. ll: criado o Fundo de Racionalização da Agroindústria Canavieira doNordeste (FURAGRO), a ser operado peloGERAN, e destinado a contribuir para aelaboração e execução dos programas deque trata. o art. 29 desta Lei.
Art. 32. São recursos do FURAGRO:a) a receita prevista no item II do art.
5.0 do Decreto-lei n.O 308, de 28 de fevereiro de 1967.
b) as contribuições da SUDENE, do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária(IBRA) e do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA);
c) as dotações orçamentárias e os créditos adicionais que lhe forem atribuídos;
d) as amortizações, os juros, os dividendos e quaisquer outras receitas derivadasda aplicação dos seus recursos.
§ 1.0 Os recursos a que se refere esteartigo serão depositados em conta especial,à ordem do gestor do FURAGRO, no Banco doBrasil S.A., até o término de cada mês subseqüente ao de seu recebimento, respectivamente, pelo Instituto do Açúcar e doAlcaol, SUDENE, Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário.
§ 2.0 O GERAN utilizará os estabelecimentos de créditos oficiais federais para aconcessão de financiamentos com recursosdo FURAGRO.
§ 3.0 O orçamento de aplicação doFURAGRO será submetido ao Conselho Deliberativo do GERAN, para aprovação.
Art. 33. Os recursos do FURAGRO serão aplicados, especialmente, nas seguintesfinalidades:
a) complementação de financiamento deprojetos integrados de modernização dasunidades produtoras;
b) financiamento parcial de despesascom a elaboração de projetos integrados;
c) elaboração de projetos de reestruturação agrária para aproveitamento de terras e mão-de-obra liberadas com o processo de racionalização.
d) projetos destinados diretamente à melhoria das condições de vida do trabalhadorna agroindústria canavieira;
e) capacitação de recursos humanos;f) levantamentos básicos, inclusive aero
fotogramétrlcos, dos recursos e condiçõesnaturais das áreas canavieiras;
g) pesquisas e experimentos para identificar as possibilidades de díverstrícacão deuso da terra nas diferentes unidades subregionais das áreas canavieiras;
h) financiamento de projetos que visema eliminação de pontos de estrangulamento na unidade industrial, permtíndo, assim,a eficiente utilização do equipamento jáinstalado.
Art. 34. A isenção referida no art. 18 daLei n,v 4.239, de 27 de junho de 1963, beneficiará, pelos prazos nele fixados, os empreendimentos que entrarem em operaçãoaté 31 de dezembro de 1971, inclusive.
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não beneficiará:
a) os empreendimentos industriais quevisem à produção de bens considerados nãoessenciais, a critério da SUDENE, ressalvados aqueles que se destinem à exportação;
b) os empreendimentos que tenham similar no Nordeste, salvo se o beneficio játiver sido concedido à emprêsa existente,ou quando, em circunstâncias especiais, acritério da SUDENE, o nôvo empreendimento, de preferência a ser localizado nas áreasmenos industrializadas, por suas dimensõese característíeas dos artigos a produzir, sedestinar a suprir o mercado local, extra-regional ou de zonas limitadas, na mesma região.
Art. 35. Estendem-se até o exercício de1978 os benefícios previstos no art. 14 daLei n.O 4.239, de 27 de junho de 1963.
Art. 36. O art. 15 da Lei n.O 4.869, de 1.0de dezembro de 1965, passa a ter a seguinte redação:
Art. 15. O valor das isenções de quetratam os arts. 13 e 14 será incorporado aocapital social das emprêsas beneficiárias, independentemente de quaisquer tributos federais, no exercício seguinte àquele em quetenha sido gozado o beneficio.
I 1.0 A fração do valor nominal de ações,quando houver, ou o valor total da isenção,caso não seja possível a distribuição cômoda das ações entre acionistas, será mantidoem conta denominada "Fundo para Aumento de Capital", para futura incorporação aocapital social da emprêsa.
§ 2.0 A inobservância do disposto nesteartigo importa na perda da isenção ou redução, devendo a repartição fiscal competente promover a cobrança do ímpôsto nãocapitalizado, acrescido de juros multa ecorreção monetária." '
Art. 37. Os benefícios previstos no art.13 da Lei n.O 4.239, de 27 de junho de 1963,modificado pelo art. 34 desta Lei, uma veareconhecidos pela SUDENE, serão comunicados às Delegacias Regionais e Seccionaisdo Impôsto de Renda para tomarem conhecimento da concessão.
Art. 38. Os contribuintes que tiveremoptado pela dedução prevista na letra "a" doart. 18 da Lei n.O 4.239, de 27 de junho de1963, poderão utilizar o incentivo previstona letra "b" do mesmo artigo, observadasas respectivas condições e prazos, contadosa partir da data em que entrar em vigoresta Lei.
Art. 39. Ao art. 18 da Lei n.O 4.239, de27 de junho de 1963, é acrescido um parágrafo, com a seguinte redação:
"§ 7.0 Para efeito da verificacão do disposto na letra "b" do § 5.0 , o Departamento do Impôsto de Renda fornecerá à SUDENE, independentemente da solicitação,relação das pessoas jurídicas em débito quetenham optado pela edduçào prevista nesteartigo."
Art. 40. A pessoa jurídica que pretender valer-se do incentivo previsto na letra"b" do artigo 18 da Lei número 4.239, de27 de junho de 1963, com modificações dadas pelo artigo 18 da Lei n.o 4.869, de 1.0de dezembro de 1965, deverá aplicar os respectivos recursos até o dia 31 de dezembrodo ano seguinte àquele em que puder fazer, sem atraso, o recolhimento da últimaparcela do imposto de renda devido.
S 1.0 Para efeito do disposto neste artigo, consideram-se aplicados os recursos quetenham sido efetivamente incorporados aopatrimônio da emprêsa beneficiária, sob aforma da participação societária ou de empréstimo.
S 2.0 Decorrido o prazo fixado no capuf;dêste artigo, a pessoa jurídica somente poderá aplicar os recursos em projetos indicados pela SUDENE e até o dia 31 de dezembro do segundo ano seguinte àquele emque puder fazer, sem atraso, o recolhimento da última parcela no impôsto de rendadevido sob pena de transferência dêsses recursos para o FURENE.
Art. 41. São acrescidos ao art. 20 da.Lei n.O 4.239, de 27 de junho de 1963; coma redação dada pelo art. 21 da Lei n.O 4.869,de 1.0 de dezembro de 1965, os seguintesparágrafos:
§ 3.0 Ocorrendo atraso, o recolhimentoIde Que trata êste artigo somente poderá sen,
~overnbro de 1973 DlARJO i)l) CõNGRESSO-NACIONAL lSeção n ~uinta·feira 22 91"11
efetivado mediante acréscimo das mesmasmultas e juros que seriam devidos na hipótese de pagamento atrasado de impõsto derenda.
§ 4.0 Reverterá ao FURENE o produtodoa juros e multas referidos no parágrafoanterior.
§ 5.0 Antes de sua liberação, pela SUDENE, em favor da smprêsa beneficiária, oBanco do Nordeste do Brasil S.A. poderá,obedecido o seu orçamento anual, aplicaros recursos previstos na alínea "b" do art.18 desta Lei em empréstimos ou financiamentos, assegurado o retôrno dêsses recursos, em tempo hábil, para aplicação nosprojetos indicados pela SUDENE.
Art. 42. Os §§ 4.0 e 5.0 do artigo 22 daLei n.O 4.289, de 27 de junho de 1963, passam a vigorar com a seguinte redação:
"§ 4.0 Se as importâncias liberadas nãoforem aplicadas de acôrdo com o projetoaprovado, a SUDENE:
a) na hipótese de o depósito ter sidofeito pela própria emprêsa beneficiará daaplicação dos recursos, comunicará o fatoao Banco do Nordeste do Brasil S.A., o qual,automàticamente, transferirá o saldo existente à conta do FURENE;
b) na hipótese de o depósito ter sidofeito por outra emprêsa, suspenderá novasliberações, podendo o depositantes, no prazo de um ano, aplicar o saldo existente emoutro projeto aprovado pela Autarquia, sobpena de transferência para o FURENE.
§ 5.° Nas hipóteses previstas no parágrafo anterior, a SUDENE notificará a em,prêsa beneficiária para recolher, dentro de30 (trinta) dias, o valor das parcelas recebidas e não aplicadas devidamente, revertendo ao FURENE o produto do crédito, sobpena de cobrança mediante executivo fiscale sem prejuízo das demais sanções cabíveis."
Art. 43. O artigo 23 da Lei n.o 4.239, de27 de junho de 1963, passa a vigorar coma seguinte redação:
"Art. 23. Serão nominativos os títulos de qualquer natureza, representativos do valor do impôsto de renda quea pessoa jurídica deixou de pagar, nostêrmos da letra "b" do artígo 18 destaLei.
Parágrafo unico , Os títulos referidosneste artigo não poderão ser transferidos durante o prazo de 5 (cinco) anos,contados a partir da data em que, a juízoda SUDENE, o empreendimento previsto no respectivo projeto alcançar a fase de funcionamento normal."
Art. 44. O disposto no artigo 78, letra"d" e artigo 111 do Decreto-lei n,> 2.627,de '26 de setembro de 1940, não se aplicaaos titulares de ações subscritas com recursos derivados do artigo 18, letra "b", daLei n.> 4.239, de 27 de junho de 1963, comas modificações dadas pelo artigo 18 daLei n.o 4.869, de 1.0 de dezembro de 1965.
Art. 45. Equipara-se a crime de sonegação fiscal observada a Lei número 4.729,de 14 de 'julho de 1965, a aplicação, pela;empresa beneficiária, em desac?rdo, com oprojeto aprovado, da parcela do ímpôsto de~enda e adicionais recolhida ao Banco do~:Nordeste S.A. e liberada pela SUDENE.
Art. 46. Aplica-se, na área de atuação030 SUDENE, aos incentivos concedidos pelo
~ecreto-Iei n.o 55, de 18' de novembro de
966, de acôrdo com o Decreto n.O 62.006, de9 de dezembro de 1967, o disposto nos arigos 40 e 41 e respectivos parágrafos desta.
/Lei.
Art. 47. Os recursos financeiros das entidades ou órgãos vinculados ao Ministériodo Interior, destinados a saneamento básico, na área de atuação da SUDENE, serãoaplicados obrigatoriamente mediante participação acionária ou financiamento.
§ 1.0 A participação acionária de quetrata êste artigo se efetivará depois deaplícados os recursos, mediante a incorporação de bens ou de crédito ao capital daemprêsa beneficiária, obedecido o valor doinvestimento.
§ 2.0 As condições de financiamento serão estabelecidas pelo Ministro do Interiorpor proposta do Conselho Deliberativo daSUDENE, ouvido o Conselho Nacional deSaneamento.
§ 8.° Inexistindo sociedade de economiamista em que possa efetivar-se a participação aeíonérfa referida neste artigo, os recursos poderão, até 81 de dezembro de 1969,ser entregues aos respectivos Estados ouentidades a êles vinculadas, mediante acondição de futura incorporação ao capitalda sociedade a ser organizada, observado ovalor do investimento.
Art. 48. A política tarifária de energiaelétrica aplicável ao Nordeste será objetode permanente entendimento entre o Ministério das Mínas e Energia e o Ministério do Interior, através da SUDENE, visando a sua adequação à política de desenvolvimento regional e à programação geral doGovérno.
Parágrafo único. O Ministério das Minase Energia remeterá à SUDENE anualmente,esquema tarifário aplicável à região no anosubseqüente.
Art. 49. Obedecidas as condições que forem estabelecidas pelo seu Conselho Deliberativo, mediante proposta da SecretariaExecutiva, é facultada à SUDENE, na suaárea de atuação, financiar, através de estabelecimentos oficiais de crédito, a execução de obras de eletrificação rural construção de açudes, barragens vertedouras,aguadas, irrigação e perfuração de poços.
Parágrafo único. O produto da amortização e dos Juros relativos aos financiamentos referidos neste artigo serão aplicadosnas mesmas finalidades indicadas neste artigo.
Art. 50. Serão incorporados ao Fundo deEmergência e Abastecimento do Nordeste(FEANE) os recursos federais destinados àSUDENE, que tenham as mesmas finalidades previstas no artigo 24 da Lei n.O 4.239,de 27 de junho de 1963.
Art. 51. Os recursos da SUDENE, referidos no artigo 25 da Lei número 4.239, de27 de junho de 1963, serão aplicados emquaisquer das finalidades do Fundo deEmergência e Abastecimento do Nordeste(FEANE).
Art. 52. A SUDENE e os demais órgãosou entidades vinculadas ao Ministério doInterior, que atuam no Nordeste, poderão,como antecipação de crédito extraordinário,aplicar até 5% (cinco por cento) dos seusrecursos, qualquer que seja a sua naturezaou destinação, na assistência às populaçõesvítimas de calamidade pública, decorrentede seca ou enchente. reconhecida na formada lei.
Art. 53. O Oonselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento daAmazônia (SUDAM), além dos membros referidos no artigo 16 da Lei n. O 5.173, de 27de outubro de 1966, será integrado por umrepresentante da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).
Art. 54,. VETADO.
ParágraJo único. VETADO.
Art. 55. Incluem-se as fontes de receita da SUDENE:
a) as dotações orçamentárias e créditosadicionais que lhe forem consignados;
b) a sua renda patrimonial inclusivejuros e dividendos; ,
c) os emolumentos e outras rendas pro-venientes de serviços;
d) as cauções revertidas e as multas;e) os auxilias, subvenções e doações;f) os recursos integrantes do FURENE e
FEANE;
g) o produto da alienação de bens.
Parágrafo único. VETADO.
Art. 56. Os bens móveis adquiridos comrecursos da SUDENE, pelas entidades ouórgãos executores de convênios, poderão acritério do Superintendente dessa Aut~rquia, continuar na posse dos referidos órgãos ou entidades, inclusive até o fim desuas vidas úteis.
Parágrafo único. Terminado o períodode suas vidas úteis, serao os bens móveisalienados, na forma da lei, pelas entidadesou órgãos referidos neste artigo, devendo oproduto ser recolhido aos cofres da SUDENE.
Art. 57. Na faculdade deferida à SUDENE pelo artigo 58 da Lei número 4.869,de 1.0 de dezembro de 1965, compreende-sea transferência de dominio ou a cessão dedireito, com ou sem ônus.
Art. 58. A SUDENE poderá realizar aalienação de bens ínservívels de seu patrimônio, mediante leilão ou concorrência acritério do Superintendente. '
Parágrafo único. Quando o pagamentodo preço deva ser efetuado à vista, a alienação de que trata êste artigo indipenderáde contrato formal e caução.
Art. 59. Os bens móveis :la SUDENE queforem objeto ou resultantes de pesquisa ouexperimentação, poderão ser alienados, independentemente de quaisquer formalidades, inclusive licitação.
Art. 60. A SUDENE goza da imunidadeinstituída no § 1.° do artigo 20 da Constituição do Brasil e de tôdas as isenções tributárias concedidas aos órgãos e servícos daUnião. . .
Art. 61. A Superintendência do Vale doSão Francisco (SUVALE), instituída peloDecreto-lei n,v 292, de 28 de fevereiro de1967, terá como área de atuação a Baciado Rio São Francisco.
Art. 62. A Superintendência do Vale doSão Francisco (SUVALE) realizará investimentos em energia elétrica, irrigação, abastecimento de água, esgotos sanitários, rodovias, promoção agropecuária, portos,aeroportos, habitação, saúde e educaçãoonde se façam reclamados pelo desenvolvimento regional.
Art. 63. O Departamento Nacional deObras Contra as secas (DNOCS) terá sedee fôro na cidade de Fortaleza, Estado doCeará, e como área de atuação aquela defínidade no artigo 39 da Lei n,? 4.239, de 27de junho de 1963,excluídos o Estado do Maranhão e o Território de Fernando de Noronha.
Art. 64. É vedada aexecucão de obras ouserviços na mesma área pelo~DNOCS e pela.SUVALE.
Art. 65. Vetado.Art. 66. :Vetado,
91'78 Quinta-feira 22llI'
DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)" NoveD1bro de 19'73
Art. 67. Vetado.Art. 68. Para celebração de convênios,_ a
SUDENE somente exigirá a apre.c. n í.açaodos documentos que comprovem ser o signatário representante legal da entidadeconveniente.
Art 69. Os Estados poderão, através deconvê'nios com a SUDENE atríbuír-lhe .aelaboracão de seus programas pluríanuaísde investimentos no sentido de compatibilizá-los, pelo mehos em su~s linhas geraiscom os Planos Diretores VIgentes ou, projetados.
Art, 70. A participação de cada Estadona distribuição dos recursos oriundos dosincentivos previstos no art. 18 da Lei n.o4 239 de 27 de junho de 1963, com a reda!;lão que lhe deu o art. 18 da Lei n.o 4.869,de 1.° de dezembro de 1965, será tanto maíorquanto menos desenvolvida a região.
§ 1.0 O montante das aplicações e_fetuadas anualmente em cada Estado, nao poderá ser inferio~ a 5% (cinco por cento)do total dos recursos disponiveis no fim doano anterior mais aquêles previstos paraserem depositados no exercícío,
§ 2.° Se com referência a um Estado ademanda de recursos derivados dos incentivos mencionados neste artigo, para osrespectivos projetos, não atíngír o limiteestabelecido no parágrafo. an~er.~o~, aSUDENE promoverá a redístríbuíção da parte disponível.
Art. 71. As empresas agropecuárias beneficiárias dos incentivos previstos no art.18 da Lei n.o 4.239, de 27 de junho de 1963!com a redação dada pelo artigo 18 da LeIn,> 4.869, de 1.0 de dezembro d~ 196~, assegurarão aos trabalhadores ruraIS. residentesna propriedade em que se localIzar. o .respectivo empreen~imento,e que C~:ms~Itulrem
excedentes de mão-de-obra, direito a explo-racão agrícola, sob a orientação da .SUDENE em colaboração com o IBRA e oINDA d~ área disponível da referida prollriedàde na forma do regulamento apro-vado pel~ Conselho Deliberativo da .SUDENE, visando à implantação. ~a RefOl;ma Agrária e execução .da ~olttIca ~~ncola, nos têrmos da Ieglslacâo especifica,principalmente da Lei n,o 4. 5D4. de 3D denovembro de 1964".
Art. 72. Vetado.Art. 73. Para efeito do disposta .no artí
go 29, o Grupo Especial para Raeíonalfzação da Agro-Indústria Canavieira do Nordeste (GERAN), criado pelo Decreto n.?59, D33-A, de 8 de agosto de 19.6?, ela?~rará e executará programa especifico utilízando de preferência, os órgãos técnicos doInstituto do Açúcar e do Alcool e daSUDENE,
§ 1.0 O Conselho Deliberativo do GER~Nreunir-se-á, pelo menos uma vez por mes,na cidade do Recife, capital do Estado dePernambuco, e será presidido, em cada reunião, por um dos Conselheiros, c0lD; ~ireitoa voto, obedecido o sistema de rodizlo,
§ 2.° O Secretário Executivo do GERA.Nserá designado pelo Presidente da Republíca, por indicação do Mi~is~ro do Interior depois de ouvidos os Ministros da Indústria e do Comércio e da Agricultura.
Art. 74. A partir do exercício financeirode 1974 as despesas de capital a serem realizadas 'no Nordeste.r por órgãos ou entidades vinculadas ao Ministério do Interior,deverão integrar o Plano Diretor elaboradopela SUDENE.
Art. 75. A Secretaria Executiva da SUDENE, dentro do prazo que o Conselho Delibera.tivo fixar, promoverá a realização deestudo para identificar as necessidades ge-
"raís e problemas de educação do Nordeste,a prazo curto, médio e longo, em função doconhecimento das limitações atuais do aparelhamento educacional da região e de projeção sobre as demandas a que deverá atender no futuro, relacionadas estas com osefeitos e exigências dos planos de desenvolvimento regional.
§ 1.° O estudo de que trata êste artigoincluirá a tnvestigação dos meios adequadospara melhorar o aproveitamento da capacidade atual da estrutura de ensino na regíâo, de modo a atender às necessidadesimediatas, e de ampliar e aperfeiçoar talestrutura, de acordo com as necessidadesIdenítftcadas.
§ 2.° A execução do estudo previsto deverá processar-se em cooperação com o Ministério da Educação e Cultura, as Universidades e os Governos Estaduais.
Art. 76. Fica instituído, na SUDENE, ofinregistro obrigatório dos escritórios, firmas ou emprêsas de prestação de servicosque elaborem projetos técnicos para a obtenção dos incentivos fiscais e financeirosassegurados a empreendimelltos no Nordeste.
Art. 77. O Conselho Deliberativo da SUDENE, por proposta da Secretaria Executiva, disciplinará o processamento do registrode que trata o artigo anterior, estabelecendoas formalidades e exigências indispensáveísà definição da responsabilidade profissionaldos escritórios, firmas ou emprêsas respectivas.
Parágrafo único. Entre essas exigênciasdeverão ser incluídas as seguintes:
a) prova da constituição regular do escritório, firma ou emprêsa e do pagamentodos impostos devidos;
b) relação dos responsáveis pelo escrítório, firma ou emprésa dos integrantes doseu quadro técnico permanente, com a indicação detalhada das qualificações profissionais e das atividades anteriores e atuaispor êles exercidas.
Art. 78. Ê vedado ao funcionário daSUDENE, do Banco do Nordeste do BrasilS.A. e dos bancos ou entidades estaduais dedesenvolvimento e investimento participarcomo dirigente ou colaborador a qualquertitulo dos escritórios, firmas ou empresasreferidas no artigo anterior.
Parágrafo único. Sem prejuízo das responsabilldades funcionais, a violação dodisposto neste artigo equipara-se ao crimeprevisto no artigo 317 do Código Penal.
Art. 79. Inclua-se entre os serviços deassessoria, que podem ser prestados pelosescritórios, firmas ou emprêsas, registradasna forma do artigo 76 a assistência aos depositantes de parcelas do imposto de rendae adicionais destinados a investimento noNordeste para a escolha dos projetos aprovados pela SUDENE em que desejarem investir ditas parcelas.
Parágrafo único. A assistência referidaneste artigo poderá estender-se ao processode liberação dos depósitos respectivos, junto à SUDENE, e ao Banco do Nordeste doBrasil S.A.
Art. 30. A SUDENE estabelecerá os limites e critérios para a cobrança de honorários pelos escritórios, firmas ou emprêsasreferidos nos artigos 76 e 81, quer relaçãoà elaboração de projetos técnicos, quer emrelação aos serviços de assessoria definidosno artigo anterior,
Art. 81 Excetuados os escritórios firmase emprêsas referidos no artigo 76 e as sociedades distribuidoras ou instituições finaneeíras autorizadas a funcional' pelo Banco
Central do Brasil, é vedado a quaísquer pessoas fisicas ou [urídícas exercer atividadesde intermediação com o fim de encaminhara aplicação dos depósitos de que trata oartigo 79, salvo na qualidade de agentes oucorretores, devidamente credenciados dosescritórios firmas, emprêsas, sociedades distribuidoras ou instituições financeiras antes referidas.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no "caput" dêste artigo às emprêsas quetacam captação de recursos derivados doartigo 18 letra "b", da Lei n.O 4.239, de 27de junho' de 1963, para projeto próprio.
Art. 82. Para a aplicação dos recursosfinanceiros provenientes de acordos o." co;ntratos destinados a programas de âmbítonacional celebrados pelo Govêrno brasileiro com ~ntidades estrangeíras ou internacionais os órgãos competentes ouvirão previamente a SUDENE, visando à inclusão deprojetos de interêsse para o desenvolvimento do Nordeste.
Art. 83. sempre que possível, a SUDENE,ao aprovar projetos .agroind~s~riai_s e agropecuários que prevejam a utüízaçâo de recursos provenientes do artigo 18, letra "b",da Lei n.> 4.239, de 27 de junho de 1~63,. coma redaeão dada pelo artigo 18 da LeI numero 4.869, de 1.° de dezembro de 1965, d,:,rápreferência àquelas que absorvem ~a;or
quantidade de mão-de-obra, sem pr:eJUIZOda tecnologia adequada.
Art. 84. As despesas de capital que ,?evem ser realízads no Nordeste apelos orgaosserão previamente apreciadas pela SUDENE,para fins de compatibilização com oPlano Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social do Nordeste.
Parágrafo único. Para efeito de cumprimento do disposto no caput do artígo, aSUDENE terá prazo mínimo de 30 (tri;n~a),
dias para encaminhar seu parecer ao _MIUlStérío do Planejamento e Coordenaçao Geral.
Art. 85. Fica elevado para US~ :.400.000.000,OD (quatrocentos milho~s de dolares) o limite estabelecido no arttgo 56 daLei 11.;' 4.239, de 27 de junho de 1965.
Art. 86. Mediante o pagamento de justa.indenização aos possuidores, ~ SUD~~, oDNOCS ou a SUVALE poderao adquírír aposse de terras loc~izadas no Nordeste, necessárias à execuçao de seus programas eprojetos.
Art. 87. A SUDENE promoverá, na conformidade dos recursos disponíveis juntoaos Municipios situados na á~ea de sua j~rísdícão, planos de desen,:olvImento municipal. diretrizes obedeçam as normas do pla-nejamento regional. .
Parágrafo único. Para êste fim," aSUDENE poderá celebrar convênios com .'OSMunicípios interessados.
Art. 88. A SUDENE destacará, das verbas consignadas para os programas e projetos de abastecimento, importâncias quese destinem a pesquisas oceanográficas relativas à exploração das algas marinhas ede outros recursos essenciais que o mar oferece à alimentação humana e ao desenvolvimento da indústria.
Art.. 89. A SUDENE promoverá pesquisastecnológicas, visando à racionalização, desenvolvímento e aproveitamento integralde:
a) babaçu, mamona, oiticica, algodão esísal c demais espécies agrícolas produtorasde óleos e fibras;
b) caju, eôeo. abacaxi e demais frutosregionais.
Novembro de ;1.973 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D' ~uinta-fe~ 22 9171a
Art. 90. Quando os recursos derivadosdos artigos 34 da Lei n.O 3.995, de 14 de dezembro de 1961, e 18, letra "b", da Lei n.o4.239, de 27 de junho de 1963, forem incorporados à empresa titular -do projeto, sob aforma de participação societária 50% (cinqüenta por cento), pelo menos, das açõesrepresentativas da referida participação serão preferenciais, esm direito a voto, índepentemente do limite estabelecido no. parágrafo único do art.9.0 do Decreto-lei n.o2.627.
Parágrafo único. O disposto no parágrafo único do artigo 81 do Decreto-lei n.O2.627, de 26 de setembro de 1940, não seaplica às ações preferenciais de que trataêste artigo.
Art. 91. Jjj vedado à Fundação de quetrata o artigo 6.0 desta Lei realizar lavra dejazida mineral.
§ 1.° Aprovado o Relátório de Pesquisaapresentado pela Fundação, o Departamento. Nacional de Produção Mineral concederáo direito de lavra àquele que o requerer nostêrmos do Código de Mineração.
§ 2.0 Caberá à Fundação direito à indenização pelas despesas efetuadas com a pes-"quísa, feita a correção monetária.
§ 3.0 A indenização referida neste artigo poderá ser paga parceladamente, a critério da Fundação.
§ 4.° Quando o montante das despesasefetuadas com a pesquisa ultrapassar o limite de 5% (cinco por cento) do valor liquído da reserva medida do depósito mineral, a Fundação, ouvida a SUDENE, poderádispensar o pagamento da indenizacão oureduzir o seu valor. "
Art. 92. A SUDENE o DNOCS e a SUVALE adotaram providências visando ao incremento da produção e de consumo de fertilizantes no Nordeste, inclusive concedendo financiamentos.
Art. 93. A SUDENE promoverá a racionalização e modernização da agro-indústriada carnaúba, seus derivados e subprodutos,aplicando, anualmente, os recursoso necessáríos à sua pronta e completa recuperagao.
Art. 94. Sem prejuízo dos programascontantes do Plano Diretor, a SUDENE,por solicitação dos Estados que integram asua área de atuação, poderá, mediante convênios, colaborar para a constituicão decréditos rotativos destinados à industrialização local, os quais serão geridos pelos oo-
. vernos Estaduais, com a assistência técnicada SUDENE., Art. 95. A Secretarta Executiva da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) deverá submeter à aprovação do Conselho Deliberativo, dentro 10prazo que êste fixar, classificação de subregiões, segundo critérios econômicos e sociais, para efeito de elaboração e execução,dentro das diretrizes do Plano Diretor, desubprogramas prioritários de infra-estrutura e de promoção geral de desenvolvimento, com o objetivo de diminuir progressivamente as disparidades existentesinclusive entre unidades federais, respeita«íos os objetivos gerais e metas setoriais daprogramação regional.
, § 1.0 A classificação referida neste artt-150 poderá incluir também, separadamente,
, as áreas urbanas mais importantes, com afinalidade de permitir a preparação e execução de programas especiais de desenvolvimento urbano.
§ 2.0 Vetado.§ 3.0 Deverão êstes subprogramas prio
ritários no setor Indústria, ponderando-seos diferentes fatôres de natureza eeonômí-
ca, prever a indicação, ao Poder ExecutivoFederal, de investimentos estatais-industriais de grande porte a serem por êle efetivados diretamente ou através de financiamento em Fortaleza, São Luis, Teresina,Natal, João Pessoa, Maceió e Aracaju e noscentros Interioranos de Parnaíba, sobral,Iguatu, orato, Juàzeiro do Norte, Mossoró,Campina Grande, Caruaru, Garanhuns, Petrolina, Juazeiro, Feira de Santana, Ilhéus,Itabuna, Vitória da Conquista, Montes Claros, Itabaiana, Arapíraea e outros de modoa permitir, através da implantação' paulatina destas unidades fabris do tipo permlnatívo, o surgimento de complexos industriaisde porte médio, balízadores de outros tantospólos de desenvolvímento.
Art. 96. O artigo 57 do Decreto-lei n.o301, de 28 de fevereiro de 1967, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 57. O regime instituído nos 42, 43e 50 a 55 inclusive, desta Lei, é extensivo àSuperintendência do Desenvolvimento doNordeste - SUDENE - Superintendênciado Vale do São Francisco - SUVALE - eao Departamento Nacional doe Obras Contraas Sêcas - DNOCS."
Parágrafo único. O Superintendente daSUDENE, o Superintendente da SUVALE eo Diretor do DNOCS proporão ao ConselhoDeliberativo da SUDENE os horários de trabalho e os níveís salarias do pessoal admitido sob o regime da Legislação Trabalhista.nos seus respectivos órgãos.
Art. 97. As empresas concessionárias deenergia elétrica nos Estados abrangidos, total ou parcialmente pela ação da SUDENE,poderão descontar até 50% (Cinqüenta porcento) do valor do ímpôsto de renda e adicionais não restítuíveís para fins de investimento ou aplicação em projetos de energiaelétrica - geração, transmissão, distribuição e eletrificação rural, que esta autarquia, na área doe sua atuação, tenha declarado ou venha a declarar de interesse parao desenvolvimento do Nordeste.
Art. 98. Continuam em vigor os dispositivos das Leis números 3.692, de 15 de dezembro de 1959; 3.995, de 14 de dezembro de1961; 4.239, de 27 de junho de 1963 e 4.869,de 1.0 de dezembro de 1965, e bem assim osdo Decreto-lei n.o 200, de 25 de fevereiro de1967; no que não colidirem COm os da presente Lei.
Art. 99. Ficam revogados os artigos 29 daLei ri.? 3.995, de 14 de dezembro de 1961;os artigos 2.0 a 12 (Capítulo lI) e letra "a"e os §§ 1.0 e 2.° do artigo 18 e o § 1.0 doartigo 25 da Lei n.o 4.239, de 27 de junho de1963; os artigos 28 a 30 da Lei n.o 4.869, de1.0 de dezembro de 1965; e os artigos eparágrafos do Decreto-lei n.o 292, de 28doe fevereiro de 1967, que contrariarem osartigos 61, 62, 65 e 66 desta Lei.
Art. 100. Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.
Brasília, 11 de outubro de 1968; 147.0 daIndepência e 80.° da República. - A. COSTAE SILVA - Luís Antônio da Gama e Silva- Augusto Hamann Rademaker Grünewald- Aurélio de Lyra Tavares - Mário GibsonAlves Barboza - Anônio Delfim Netto Mário David Andl'eazza - Ivo Arzua Pereira - Tarso Dutra - Jarbas G. Passarinho - Márcio de Souza e Mello Leonel Miranda - José Costa Cavalcanti - José Fernandes de Luna - Hélio Beltrão - AfonsoA. Lima - Carlos F. de Símas,
Os anexos a que se refere o art 1.0 forampublicados no Diário Oficial de 14-10-68.
DECRETO N.o 36.910DE 15 DE FEVEREIRO DE 1955
Dispõe sôbre a fiscalização da exporta_ção de cêras vegetais carnaúba c licuri(ouricuri) e dá' ontras providências.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o artigo 87, n.O
I, da Constituição, e tendo em vista o quedispõem a Lei n.o 2.145, de 29 de dezembrode 1953, prorrogada pela de n.O 2.410, de29 de janeiro de 1955; o Decreto-lei n,> 334,de 11 de março de 1933 e o Decreto n.o ..•35.510, de 17 de maio de 1954; e considerando a necessidade da mais ativa fiscalização das operações de exportação, com ofim de evitar fraudes cambiais, decreta:
Art. 1.0 Para os efeitos dos artigos 5.0e 6.0 da Lei n.o 334, de 11 de março de1938, e doas arts. 5.0, 6.° e 10 do Decreton.O 35.510, de 17 de maio de 1954, os tiposde cêras extraídas por dissolvente, abrevíadaments, cêra de dissolvente, ficamequiparados aos. tipos correspondentes deceras que não sofreram este tratamento, doponto de vista dos limites mínimos de preços de exportação.
§ 1.0 Nenhuma cêra extraída por solvente, qualquer que seja a sua origem, poderá ser exportada abaixo do preço-limiteestabelecido para o tipo 4, no caso de cêrade carnaúba, e do tipo 2 para a cêra de licuri (ourícurí).
§ 2.° A Carteira de Comércio Exteriordo Banco do Brasil S. A. determinará êsseslimites, ou quaisquer alterações, sujeitas àaprovação prévia do Ministro da Fazenda.
Art. 2.° Para garantia da execução dodeterminado no art. 2.0, n.> lI, da Lei n.o2.145, de 29 de dezembro de 1953, o exportador deverá, com a antecedência mínima de três (3) dias úteis do embarque,depositar a partida de cêra vegetal, industrializada ou não, a ser exportada, em armazém alfandegada para que nêle seja feita a respctíva classificação pelo Serviço deEconomia Rural, o qual, juntamente coma repartição aduaneira e a Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S. A,exercerá a fiscalização até o momento e no
. curso do embarque.
Parágrafo único. O prazo acima previsto para o depósito de partidas, a seremexportadas, em armazém alfandegário poderá ser reduzido mediante prévia combinação dos interessados com o Serviço deEconomia Rural, em se tratando de pequenas partidas, ou de fatôres locais ou eventuais que dificultem o cumprimento daquele prazo uma vez que fiquem sempre rigorosamente asseguradas condições que permitam o minucioso exame e verificação, emtôdas as suas caracteristicas das partidasa serem embarcadas.
Art. 3°. O certificado de Fiscalizaçãoterá o seu prazo de validade, previsto no §1.0 do art. 2.0 do Decreto n.o 35.510, de 17de maio de 1954, do ponto de embarque aopôrto de destino.
Parágrafo único. No caso de ser desembarcada a mercadoria em pôrto nacional,para dai ser embarcada para o exterior estará a mesma sul eíta a nova classificaçãoe fiscalização, nas bases do art. 2.°, inutilizando-se quaisquer certificados anterioresque tenham acompanhado a mercadoria.
Art. 4.° A estação aduaneira não permitirá embarque de eêra, qualquer que seja a sua origem, uma vez que não satisfaça integralmente as especificações constantes na licença de exportação e certificado de fiscalização, nos têrmos da Lei n.o2.145, de 29 de dezembro de 1953, do Decreto-lei n.O 334, de 11 de março de 1933,
9180 Quinta-feira 22;
e do Decreto n.a 35.510, de 17 de maio de1954.
Parágrafo único. A autoridade aduaneira,verificada qualquer fraude nos documentosde embarque e nos produtos que com êlesse relacionam, representará à Carte~ra deComércio Exterior do Banco do BraSIl S.A.para efeito do procedimento a que se ref~reo art. 47 do Decreto n.o 34.893, de 5 de Janeiro de 1954, e comunicará o fato ao. S~rviço de Economia Rural para as providências complementares que couberem.
Art. 5.0 As companhias de navegaçãointernacional, aérea ou marítima, tendo emvista os arts. 12, 13 e 14 do Decreto n.o
35.510, de 7 de maio de 1954, e os arts.SOe 6.° do Decreto-lei n.O 7.293, de 2 def~vereil'O de 1954 remeterão à FiscalizaçãoBancária do Banco do Brasil S. A., cópia deseus manifestos de carga para o exterior,logo após a saída dos navios ou aeronaves,constando sob rubríca especial as mercadorias e condícões de "frete apgo" e "frete apagar" de maneira que permita o exameda rela:ção do frete com a qualidade ou tipode cêra, quando houver condição especial defrete.
§ 1.0 Essas Companhias deverão comunicar imediatamente àquele órgão as modíficaces havidas nas cláusulas de embarque,quando verificadas depois de emitidos osrespectivos manifestos, principalmente oscasos de fretes com cláusulas "prepaid" ou"payable at destination", e submeter àaprovação da Fiscalização Bancária doBanco do Brasil S. A., quaís., -i' correçõesfeitas no manifesto de carga para o extexior.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Se4;ão I)
§ 2.0 Encontrada qualquer fraude nosmanifestos ou nas correções dêstes, a Fiscalização Bancária do Banco do Brasil S. A.comunicará imediatamente, ao Serviço deEconomia Rural e à Carteira de ComércioExterior do Banco do Brasil S. A., as fraudes verificadas para, de acôrdo com o Decreto-lei n.? 334, de 11 de março de 1938,a Lei n.? 2.145, de 29 de dezmbro de 1953,e o Decreto n.O 35.510, de 25 de maio de1954 aplicarem aos infratores as penalidades 'que couberem, sem prejuízo de outrassanções aplicáveis pelas autoridades aduaneiras.
Art. 6.0 Para efeito do que dispõe o art.2.°, n.? lI, da Lei n.O 2.145, de 29 de dezembro de 1953 fica a Carteira de Comércio Exterior do' Banco do Brasil S. A. Coma faculdade de, no momento do embarquede qualquer outra mercadoria além d~s aeíma meneianadas, para cuja exportaçao haja concedido licença, exercer! em ~onjl!ntocom as autoridades aduaneiras. flscalízação sôbre os respectivos pesos, medidas,classficações e tipos.
§ 1.0 A Carteira de Comércio Exteriordo Banco do Brasil S. A., quando necessário submeterá à aprovação do Ministro daFa~enda as medidas especiais de fiscalização a que se refere o art. 2.0 , no tocanteàs mercadorias com as quais se conjuguemou sob cuja designação se dissimulem embarques fraudulentos das cêras,
§ 2.° Sempre que a fiscalização efetuada evidenciar a existência de Irregularída-:de, o embarque será imediatamente sustado, apl'--'-do-se aos infratores as penalidades legais.
Novembro de 1973
Art. 7.0 l!Jste Decreto entrará em vigor nadata de sua publicação.
Art. 8.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 1955;134.° da Independência e 67.° da República.- .rOAO CAFÉ FILHO - Eugenio Gudin _Costa Porto.
BIBLIOGRAFIALIVROS
Enciclopédia Barsa. 1968Enciclopédia Universal. 1969.
PUBLICAÇÕES
"Estudos de mercado de produtos agropecuários do Nordeste - Carnaúba".SUDENE. 1972. Monografia.
Pronunciamento do Sr. Superintendente da SUDENE perante a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Carnaúba. Relatório. 1970."A Agricultura no Nordeste". Separatado Relatório do Banco do Nordeste doBrasil. 1970."Tendências Recentes e Perspectivas daCera de Carnaúba". Banco do Nordestedo Brasil. Monografia. 1970.
REVISTAS
"Visão", 23-07-73."Sudene", jan./fev./73 e juI.lago.l73."Sítios e Fazendas", mar.l67.
"Gleba", jan./70 e ago./70.
Novembro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Quinta-feira 33 9181
MESAPresidente:
Flávio Mareilio1.°- Vice-presidente:
Aderbal Jurema2.°- Vice-Presidente:
Fernando Gamal.°-Secretário:
Dayl de Almeida2.o-Secretário:
Petrênlo Figueiredo
S.o-Secretário:José Carlos Fonseca
4.O-Secretário:Dib Cherem
Suplentes de Secretário:l.°-Suplente:
Vinicius Cansanção2.O-Suplente:
Teotônio Neto
3.0 -Suplen te:João Castelo
4.0 -Suplente:Jarmund Nasser
LIDERANÇASARENA - MAIORIA
Líder:Geraldo Freire
Vice-Líderes:Cantidio SampaioDaniel FaracoClóvis StenzelJoão LinharesMario 8tammChaves AmaranteNina RibeiroHomero SantosBrasília Cl1iadol1:lcio AlvaresLomanto JúniorMagalliães MeloGrtmaldí RibeIroAldo LupaAméríco de SouzaElias CarmoLuiz BrazParsifal BarrosoPaulino CíceroRaimundo DínizSinval GuazzelliTúlio VargasVasco Neto
MDB - MINORIALíder:
Aldo Fagundes
Vice-Líderes:Alencar FurtadoJoão MenezesMarcos FreireJosé Bonifácio NetoLisâneas MacielAlceu CoIlaresArgilano DarioDias MenezesFernando LiraFelnando CunhaGetúlio DiasHenrique EduardoJosé CamargoJ.G. de Araújo JorgeJoel FerreiraMarcondes GadelhaOlivir GabardoPeixoto FilhoWalter Silva
Turma elA"
Vice-Presidente: José Mandell1 - MDB
Divisão de Comissões Permanentes
TITULARES
ARENA
MDB
Peixoto FilhoVagoVago
MDB
VagoVago
ARENA
Siqueira CamposVingt RosadoVagoVagoVagoVago
SUPLENTES
ARENA
SílViO LopesSinval GuazzelllUbaldo BaremVagoVago
Aldo FagundesAlencar FurtadoJoel Ferreira
Aldo LupaArnaido PrietoBento Gonçalvesnasc ColmlJra.João Guído
José da Silva BarrosManoel raveiraOsvaldo ZanelloPedro ColllnRozendo de S01lZ&
TITULARES
Presidente: Salles Filho - ARENA
REUNIõES
QuartM e QUintas-feiras: às 10:00 horas
LOcal; Anexo II - Sais: 6 - Ramais 654 e 65JSecretário: Abelardo Frota e Cy8ne
Brasilio CaiadoCorreia LimaEtelvino LinsLuiz BragaMaia NetoMonteiro de BarrosOssian Araripe
Vice-Presidente: Amaral de Souza - ARENi
Vice-Pl'esidente; Júlio Viveiros - MDB
3) COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES
-Eloy LenziVagoVago
MDBVagoVago
AntôniO BresolinJoão ArrudaVago
Aldo FagundesAlencar Furtado
Alair FerreiraAry ValadáoAureliano ChavesBatista MirandaEdison BonnaGabriel Hermes
REUNIOESQuartas e Quintas-feiras: às 10~OO horasLocai: Anexo fi - Sala - Ramal: 766
Direto: 24-7493Secretária: Maria Célia Mlu-tiIlS de Sou
za ,Borges
SUPLENTES
ARENAAdhemar de Bar- Mário Mondino
ros FJ1ho Maurício '1'01000Brasílío Caiado Roberto GalvaniCorreia Lima Sussumu HirataFlávio Giovine VagoGrímaldí Ribeiro, VagoHlldebrando Guimarães VagoJosé Tl\SSo de Andrade
2) COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIAPresidente: Fenando Fagundes Neto - ARENAVice-Presidente: Antônio Florêncio - ARJJ:!'IAVice-Presidente; Alberto Lavinas - MDB
TITULARES
ARENAGarcia NettoGonzaga vasconceloeLuiz GarciaNina RibeiroVagoVago
MDBVagoVago
MDB
Dias Menezes Olivir GarbbadoFernando Cunha. santilli soonnncHenrique Eduardo Alves Victor lesler
REUNIOES
Quartas e Quintas-feiras: às 16:00 norasLocal; Eldiflcio Anexo Il - Sala 11- tUunal:
621 - 24-3719 (direto)secretaria: Eni Machado Coelho
'l'u1'ma ''8'"
Cardoso de Almeida.Diogo NomuraFlávio GiovineHerbert r..evyLomanto JüniorOrensy ROdrlguelSebastiãoAndradeVago
MDB
Pacheco ChavesVinicius Cansanção
SUPLENTES
ARENA
Juvêncio DiasLuiz Braga.Manoel ROdriguesMarc1lio LimaMilton Brandão:Ruy BacelarSinval Boavellturl}Vago
Antônio BresolinJi'rancisco Libardoni
Aldo LupaEatista Miranda.Eraldo LemosHanequim Dantas:.João GuidoJoaquim Coutinho'Jorge Vargasolosê Tastio de Andrade
DEPARTAMENTO DE COMISSOES
Turma NA"
Antônio' UenoDeJson scaranoEdvaido FlôresGeraldo BulhõesNunes FreirePaulino LopesPaulo Albertoyago
Turma ''B''
Vice-Presidente: Vasco Amaro - ARENA
COMISSOES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLfTlCA
RURALPresidente: Juarez Bemardes - MDB
Geny Xavier Marques
Loca]: Anexo II - Telefones: 24-5179 e24-4805 - Ramais: 601 e 619
Paulo Rocha
Local: Anexo II - Ramal 661
9182 Quinta-feira 22 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1973
4) COMISSAo DE CONSTITUlÇAO E JUSTIÇA
Presidente: Lauro Leitão - AR.l!U'lA
Turma "li"
5) COMISSÃO DE ECONOMIA, IND(iSTRIA ECOMERCIO
Presidente: Rubem Medina - MDB
6) COMISSÃO DE EDUCAÇAO E CULTURA
Presidente: F'lexa Ribeiro - ARENA
Vice-Presidente: Mauricio 1'01000 - ARENA
Vlce-Presidente: João Borges - MDB
Vice-Presidente: Laerte Vieira - MDB
Vice-Presidente: Ferreira do Amaral- ARENA
Moacyr Ohíesse
Murllo Badaró
OCeano CarleillJ
Parsifal Barroso
PUnia Salgado
MOB
Olivir Garbabdo
Vago
TITm;ARES
ARENA
Gastão Müller
Jarmund Nasser
SUPLENTES
ARENA
Manoel ae Almeida.
Necyr Novaes
Nosser Almeida
Osnelli Martinell1
Osslan Ararípe
Paulo Ferraz
atéuo Maroja.
Vago
MDB
Henrique Eduardo AlvesJuarez Bernardes
Santilli Sobl'inho
Albino Zeni
Antônio Maríz
Arthur Fonseca
Brasilio CaiadO
Ildélio Martins
Jairo Magalhões
Luiz Braz
Alicir Pimenta
Bezerra de Norõcs
Fábio Fonseca
Francisco Atnaral
J.G. de Araújo Jorge
Nadyr ROssetti
Alfeu Gasparini
Axy de Luna
Bezerra de Mello
DllSO Coimbra
Emanuel PinheirO
Euripides Cardo-
so de Menezes.
Ario Theodoro
João Arruda
Santilli Sobrinho
Tancredo Neves
Turma "B"
Alberto Hoffmann
Amaral Furlan
Braga Ramos
Chaves Atnarante
Jonas Carlos
LuiZ Losso
Stélio Maroja
Vago
Vago
Vago
MDB
TITULARES
Tunna "BU
Vice-Presidente: Art.nur Fonseca - ARENA
Turma "A'·
ARENA
Vice-Presidente; Amaury Müller - MDB
Amaral Neto
Braz Nogueira
Djalma Marmho
Faria Lima
José Haddad
José Maria Alkimin
Márcio Paes
Sussumi Hirata
Vago
Vago
Vago
Antônio Fontes
Henrique Eduar-
do Alves
Marcondes Gadelha
Alceu Collares
Francisco Pinto
HamUton Xavier
Severo Eulália
Turma "B"
Antônio MariZ
11:1cio Alvares
fudelbrando GUimarães
Jairo Magalhl1ões
João Línnares
José Bomfácio
Ruy D'Almeida Barbosa
Ubaldo BaremVagO
MDB
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
Turma "A"
Lisâneas Maciel
Miro reixeira
Sylvio Abreu
Vago
Altair Chagas
Arlindo Kunzler
Célio Borja
Djalma Bessa
:l:talo F'ittipaldi
José Alves
José Sally
Luiz Braz
Mário Mondino
Túlio Vargas
Vago
ARENA SUPLENTES
Adhemar Chisi
Al!eu GllSparini
Amaral de Souza
América de Souza
Arthur Fonseca
Cantidio Sampaio
Cláudio Leite
Emanuel Pinheiro
Gonzaga Vasconcelos
Homero Santos
Jarmund Nasser
José Carlos Leprevoat
Luiz Losso
Manoel Taveira
Mauricio 1'oledo
Nogueira de Rezende
Noberto Schmidt
Osmar Leitão
Osnelli Martinelll
Parente Frota
Raimundo Parente
Sinval Guazzelli
Altair Chagas
Antônio Ueno
Batista Miranda
Bento Gonçalves
CardOSO de Almeida
Djalma Bessa
Edvaldo FlOres
Ferreira do Amaral
Hermes Macedo
Januário Feitosa
João Linhares
ARENA
José Pinheiro Machado
José da Silva Barros
Josias Gomes
Maga1hões Mello
Marco Maciel
Mário Mondino
Navarro Vieira.
Osmar Leitão
Paulino Cioero
Rogério Rêgo
Wilmar Dallanhol
ltEUNIOES
Quartas-feiras, às 10:00 horas.
Local: Anexo II - Sala 9 - Ramal: 639.
secretária: Marta Clélia omcc,
1) COMISSAO DE FINANÇAS
Presidente: Jorge Vargas - ARENA
Turma "4"
Vice-Presidente; Ivo Braga - ARENA
Turma. "BJJ
Vice-Presidente: Osíres pontes - MO~
TITULARES
ARENA
MDB
REUNIOES
TerçllS, ~uartllS e QuintllS-feiras, às 10 bs.
Local: Anexo D - Sala 17 - Rama1; 626.
secretária: Augusta Naurício
REUNIOES
Quartas e Quinta feiras: às 10:00 boras
Local: Anexo II - Sala 4 - Raina1; 611•.
Secretário; Angelo da Vila.
Alencar Furtado
Argilano Dario
Eloy Lenzi
Francisco Studart
J.G. de Araújo Jorge
José Bonifácio Neto
José Camargo
Marcelo Medeiros
Ulysses Gunnarães
César NllSclmento
Dias Menezes
Eloy Lenzi
Harry Sauer
MDB
Jorge Ferraz
Léo Simões
Ruy Lino
Victor Issler
Vago
Turma "A"Adhemar de Bar-
ros Filho
Aldo Lupa
Artur Santos
Homero Santos
Ddélio ~artinS
Norberto l3ehlnidt
Tourinho Dantas
Wilmar Guimarães
Vago
Vago
Turma "B"
Carlos Alberto OllveiráDyrno Pires
Fernando Magalhiea
João Castelo
Leopoldo Peres
Ozanam Coelho
Vago
Vago
Vago
Vago
yago
[Novembro de 1973I~
DIARIO DO C6NGRESSO NACIONAL (Seção I)' Quinta-feit'a' 22 9183
Turma (tA"
Tunna "B"
ARENA.
Améríco de SouzaBIas FortesCélio Marques Fer-
nandesCláudio LeiteJosé Pínnerro MachadoMarcelo LínnaresPedro CollinRaymundo DinizRogério RêgoTeotônio Neto
MDBJoão MenezesPadre NobreReynaldo Sant'AnnaThales Ramalho
ARENAJosé PenedoLeão SampaioLeopoldo peresMarco MacielMurilo BadarõNorberto SchmidtOceano CarleialOrensy RodriguesOzanam CoelhoParsítal BarrosoWilmar GuimarãesVago
MDB
Hamilton XavierJairo BrumJoel FerreiraOziris '?Dl1tes
Francisco StudartJosé CamargoPedro FariaUlysses Guimarães
Turma "A"Adhemar GhisiAroldo CarvalhoHenrique TurnerHermes MacedoJoaquim oouttnnoJosé Carlos LeprevostJosias GomesLins e SilvaLopo CoelhoPassos Porto
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:30 horas.Local: Anexo II - Sala 1 - Ramal 677.
Secretária: Sylvia Cury Kramer Benjamindo Canto.
TITULARES
ARENA
Adalberto CamargoAldo FagundesAnapolino de FariaDias MenezesFrancisco Pinto
SUPLENTES
Presidente: Pereira Lopes - ARENA
Turma (lA"
Vice-Presidente - Manoel Taveira - ARENA
10) COMISSÃO DE REDAÇÃO
MDB
Presidente: Dyrno Pires - ARENA
Vice-Presidente: Sylvio Botelho - ARENA
TITULARES
ARENACantidio SampaioHenríque de La Rocque
Freitas Diniz
SUPLENTES
ARENAAry de Lima Raimundo ParenteFrancisco RollembergPrisco Viana
Tw'ma "B"Vice-Presidente: Brlgldo Tinoco - MDB
MDB
REUNIõES
Quartas-feiras, àF 10:00 horas.Local: Anexo II - Sala n.s 14 - Ramal 672,Secretário: José Lyra Barroso de Ortega!
Alfeu GaspariniAlvaro GaudêncioArnaldo PrietoA1'Y ValadãoDaniel FaracoDíogo NomuraFaria LimaFernando MagalhãesFlexa RIbeiroGeraldo Guedes
Antônio Bresolin
11) COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIORES
Turma "B"
José Tasso de AndradeNogueira de RezendePaulino CiceroPrisco VianaVagoVagoVago
Paulino LopesRoberto GebaraRosendo de SouzaSilvio LopesSiqueira CamposVasco NetoVingt RosadoWilmar DallanhO!
MDB
Dirceu CardosoVago
MDB
Jorge FerrazLauro RodriguesSilvio de Abreu
MDB
Joel FerreiraThales RamalhoVinicius Cansanção
ARENA
Fernando F'agun-des Neto
Francisco GrilloGabriel HermesJoão CasteloJosé HaddadLauro LeitãoNorberto 8chmidtParente FrotaVagoVago
SUPLENTES
Edilson Melo TávoraFrancisco onnoJosé SampaioMarco MacielVagoVagoVagoVago
Jerônimo SantanaVagoVago
Quintas-feiras, às 10 horas.
Local: Anexo 11 - Sala n.o 7 - Rama1659.S.ec.retárüt: Helena ª,ibeiro da CUlll1a,.,
Batista MirandaFrancelino PereíraGarcia NetoMárcio PaesMário 8tammNosser AlmeidaOceano CarlelalOswaldo ZanelloParente Frota
SUPLENTES
ARENA
Antônio PontesJaison BarretoJoão Arruda.
TITULARES
ARENA
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 noras
Local: Anexo II - Sala n.O 2 - Ramal 665.
eecretano: Wilson Ricardo Barbosa Vianna.
Vice-Presidente: Odulfo Domingues.-.ARENA
Turma "B"
Více-Presídente: Frertas Diniz - MDB
Tunna "A"
REUNIõES
Freitas DinizJerônimo SantanaJoão Menezes
9) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: José Machado - ARENA
Aécio CunhaAntônio FlorêncioA1'lindo KunzlerA1'thur SantosBento Gonçalvesl!:lcio AlvaresEuripides Cardo-
so de Menezes
Athos de Ancb:ade
Eurico Ribeiro
Benrique Fanstone
Josias Leite
Manoel de Almeida
Ricardo Fiúza
Vago
MDB
Antônio AnnibeIliMarcelo Medeiros
MDB
Harry Sauer
Jairo Brum
Joel Ferraira
Vago
MDB
Pacheco Chaves
Peixoto Filho
Vinicius Cansanção
Walter Silva
TITULARES
ARENA
Turma "B"
SUPLENTES
ARENA
Hugo Aguiar
Januário Feitosa
João Alves
Joaquim Macedo
Manoel 'I'aveira,
Mário Telles
Milton Brandão
Pedro Collin
Plínio Salgado
Roberto Gebara
Sebastião Andrade
Turma "11"
José Bonifácio NetoPeixoto FilhoRenato Azeredo
Furtado Leite
Beitor Cavalcanti
Joaquim Macedo
Manoel Novaes
Oswaldo Zanello
Sinval GuazzeIli
Wilson Falcão
Vago
Ferreira do Amaral
Furtado Leite
He:rbert LevY
Hermes Macedo
Adalberto Camargo
Dias Menezes
Florim Coutinho
Freitas Nobre
José Camargo
Faria Lima
Vice-Presidente: Nosser Almeida - ARENA
Vice-Presidente: Jorge Ferraz - MDB
REUNIõES
Arlindo Kunzler
Athos de Andrade
Presidente: Theódulo de Albuquerque - ARENA
8) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA ETOMADA DE CONTAS
Turma "A" - Quartas-feiras, às 10 horas.
Turma "B" - Quintas-feiras, às 10 horas.
Local: Anexo II - Sala n.o 16 - Ramais:642 e 643.
Secretária: Maria Geralda ornco
Jlthiê Coury
'Cesar Nascimento
';Victor lssler
~ago
'Adhemar Ghisi
Alair Feneira
Altair Chagas
Antônio Mariz
9184 Quinta-feira 22 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAl (Seção I) Novembl'O de 19731
12} COMISSÃO DE SAODE 14) COMISSÃO DE SERViÇO PÚBLICO 16) COMISSÁO DE TRANSPORTES
Anapollno de Fariaf'âbio Fonseca.
Presidente: FreitaS Nobre - MDBVice-Presidente' Bezerra de Norões - MDBVIce-Presidente: Agostinho Rodrigues - Att~NA
MDBLéo SimõesVagoVago
Presidente: Mário 1'elles - ARENAVice-Presidente: João Guido - ARENAVice-PresIdente: Adalberto Camargo - MOB
l'ITULARES
AH.ENAHosendo de SouzaRuy BacelarSlÍvio LopesVasco NetoVagoVago
Abel AviJaAiron !{IOSAlbertc CostaAmatdo PrietnBento GonçalvesJuvênclo DIasMário Stamm
DIas MenezesFernando Lyra
MOBi.aurc RodriguesMarcos FreIre
TITULARES
AliENA
VagoVagoVagoVagoVagoVago
Elias Carmol"rancelmo Pereiraul'lma.dl RIbeIroHugo AguiarI-lecy NovaesMagalhães MelloPaulo AbreuPaulo Ferraz
Getúlio DiasJose Freire
Albino Zeni Helbert dos SantosAmérica Brasil Leão SampaioArnaldo Busato Navarro VieiraBaldacci Filho Silvio BotellloCantidio Sampaio VagoEraldo Lemos VagoFranciscO Rollemberg Vago
MOBJanduhY CarneiroVago
Presidente: Jaison Barreto - MDB(Vice-Presidente: Pedro Lucena - MDB~ce-presidente;Marcilio Lima - ARENA
TITULARES
ARENA
13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL
Presidente: Alípio Carvalho - ARENAVice-Presidente: Hannequim Dantas - ARENAVice-Presidente: Ney Ferreira - MDB
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo II - Sala 13 - Ramal 689.Secretaria: Haydeé Fonseca Barryt.~
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo Il _ Sala 11.° 10 - Ramal 682Secretária: Maria Benedita de Freitas
Brandão.
Raimundo ParenteSIqueira CamposVinicius Câmara
MDBJosé MandelliNadyr RossettiPeixoto Filho
MDBRuy Lino
SUPLENTES
AliENAMário MondinoMoacir cmesseMonteiro de BarrosParente FrotaPassos PortoRezende MonteiroVingt Rosado
Emanuel PinheiroGabriel HermesJoaquim MacedoNasser Almeida
Alberto LavínasArlindo KunzlerFrancisco Libardoni
Alair FerreiraEdllson Melo I'ávoraEraldo LemOSGarcia NetoJosé MachadoJosé SampaioLeão SampaioMaia Neto
ll:dison BonnaEraldo LemosJarmulld NMserLeopoldo Peres
SUPLENTES
ARENASebastião AndradeVagoVagoVago
MDBAntônio Pontes José FreireJG de Araújo Jorge Victor 1ssle1'
REUNiõES
Local: Anexo TI - Sala n.o 8-A - Ramais605, 606 e 616.
Secretária: Jacy da Nova Amarante
Joel FerreiraJúlio Viveiros
Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Anexo Il - Ramais
Seção de Comissões de InquéritoChefe: Flávio Bastos Ramos.Local: Anexo II - Ramais 609, 610, 612.
Seção de Comissões EspeciaisChefe: Stella Prata da Sílva Lopes.Local: Anexo Ir - Sala 8/B - Ramal 6íl4.
TITULARES
ARENA
COMISSÕES ESPECIAIS1) COMISSÃO DA AMAZôNIA
Presidente: Juvêncio Dias - ARENAVice-Presidente: Nunes Freire - ARENAVice-PreSIdente: Jerônimo Santana - MDB
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras, às 10:30 horas.Local: Anexo II - Sala n,? 5 - Ramal 696Secretária: Yeda Emílla Hooper.
DIVISÃO DE COMISSÕES TEMPORARIAS
MDBLisâneas MacielPedro FariaPeixoto Filho
MDBPeixoto FilhoVagoVago
SUPLENTES
ARENAIldélio Martinsítalo contíJoaquim MacedoJosé Pinheiro MachadoJosias GomesMauricio ToledoSussumu HirataTúlío Vargas
Ferreira do AmaralFrancisco PintoGetúlio Dias
Argilano DarioCarlos CottaFernando Cunha
Presidente: Cid Furtado - ARENAVice-Presidente: Raimundo Parente - ARENAVice-Presidente: Alcir Pimenta - MOB
TITULARES
ARENAAlvaro Gaudêncio Rezende MonteiroDaniel Faraco Roberto GalvaniHenrique de La Rocque Roberto GebaraJoáo Alves Wilmar DallanholJosé da Silva Barros Wilson BragaOsmar LeitãO Vago
Vago
MOBWalter SilvaVago
Francisco LibardoniLeo SimõesPedro Lucena
REUNIõES
QuarLas e Quintas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo TI - Sala 11.° 15 - Telefone
24-8719.Secretária: Allia Felício Tobias.
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo n - Sala n," 12 - Ramal 694.Secretário: Hélio Alves Ribeiro.
Sl..;PLENTES
AliENABaldacci Filho Jose PenedoCarlos Alberto Oliveira Jose SallyCid Furtado Lapa CoelhoDaso COImbra Ozanam CoelhoEm'lco Riberro Vimcius CâmaraHíldebrando Guimarães VaROJoão Castelo VagoJonas Carlos
Adhemar GhisiCélio Marques Fer-
nandesCláudio LeiteDaso CoimbraFernando Fagun-
des NetoGeraldo BulhõesHelbert dos Santos
15) COMISsAO DE TRABALHO E LEGISLACAOSOCIAL •
MOBLaerte VieiraVagoVago
MOBJúlIo ViveirosMarcondes GadelhaVago
TITULARES
ARENAMIlton BrandãoOsnelrí MartinelliParente FrotaSílvío VenturolliSinval Boaventura.Vinicius Câmara
SUPJ,ENTES
AJ:l.ENAJuvêncio DiasNunes FreIreOceano CarlealParsítai BarrosoSylvio venturo1!iTheóc1ulo de Albuquer
Andrade queVingt Rosado
Alencar FurtadoDias MenezesFranCISCo Pinto
MOBVagoVagoVago
SUPT,ENTl'lS
ARENAAdhemar de Bar- Magalhães Meno
ros PIlho Roberto GalvaniAgostmho Rodrigues Salles FilhoAt naldc Prieto Siqueira CamposBento Gonçalves ':'eotônio NetoCélio Marques Fernandesvíugt RosadoEraldo Lemos VagoFlávio GiovineJoão GUIdo
Florim CoutinhoRuy Lino
Athiê CouryFl'eitas DmizJG de Araujo Jorge
Airon RiosBraga RamosDaso COImbraDiogo NomuraHenrique FanstoneJoão AlvesJosé 1'asso deJosias Leite
Clóvis St-enzelGeraldo Guedes:J:talo ContiJanuário FeitosaJoão VargasJosé PenedoManoel Rodrigues
~overnbro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Segio n Quinta-feira 22 9185
2) COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO
3} COMISSÃO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTODA REGIÃO CENTRO·OESTE
Presidente: Manoel Novaes - ARENA
Vice-Presidente: José Sampaio - ARENA
Ylce-Pl'esidente: Janduhy carneiro - MDB
REUNIõES
Quintas-feiras, às lO horas.
Local: Anexo II - Sala n.Q 3.
TelefOne: 24-2493 - Ramal 611.
Secretário: Carlos Brasil de Araújo
MOB
Pacheco Chaves
REUNIõES
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA MDB
Quintas-feiras: às 10 horas.
Local: Anexo II "... Sala a-A - Ramal 60S.
Secretária: Maria Tereza de Barros I:'el'eil'a.
7) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ElABO·RAR AS MEDIDAS LEGISLATIVAS NECESSÁ.
RIAS À INTEGRAÇÃO SóCIO·ECONÔMICA E·CULTURAL DOS POVOS DA COMUNIDADE A
L1NGUA PORTUGUESA, BEM ASSIM TORNAR
REALIDADE A COMUNIDADE LUSO·BRASILEIRA
Mário Telles
Presidente: Faria Lima - ARENA
Vice-Presidente: Aureliano Chaves - ARENA
Relator: Honteiro de Barros - ARENa
Célio Marques FernandetI'hales Ramalhn
Ferreíra do Amaral Waldemiro Teixeira
6) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ESTU
DAR GLOBALMENTE O PROBLEMA DA PO
LUIÇÃO AMBIENTAL
MDB
Getúlio Dias
Jaison Barreto
SUPLENTES
ARENA
Smval Guazzelli
Vasco Amaro
Wilmar Dallanhol
Vago
Vago
MDB
JG de Araujo Jorge
José Mandellloesar Nascimento
Alencar Furtado
Abel Avila
Arthur Santos
FláviO Giovine
ítalo Conti
5) COMISSÃO DO POLlGONO DAS SECAS
REUNIOESQuintas-feiras, as 10 noras.
Local: Anexo II - Sala a-B - Ramalli 607e 608.
Secretário: Walter Gouvêa Costa.
Francisco Libardoni
TITULARESARENA
Adhemar Ghisi Lauro Leitão
Alberto Hottmann MáriO Mondino
Arotdo Carvalho Pedro Collin
Sylvio Venturol1l
Presidente: João Vargas - ARENA
Vice-Presidente: Antônic Ueno - ARENA
Vice-Presidente: Eloi Lenzi - MDB
4} COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO DA RE·GIÃO SUL
Ricardo FiúzaRogério RêgoVasco Neto
Vago
MDB
W~lter Silva
MDB
Vinicius oansançãc
SUPLENTES
ARENA
Odulfo DominguesPassos PortoPaulino CiceroVago
SUPLENTES
ARENA
Henrique Eduardo Alves
Ney Ferreira
Djalma BessaFernando MagalhãesGonzaga VasconcelosHomero SantosMarco Maciel
Francisco PintoThales Ramalho
Bento GonçalvesGeraldo BulhõesJosias LeiteLomanto Júnior
Presidente: Ary Valadão - ARENA
Vice-Presidente: Emanuel Pinheiro - ARENA
Yice-Presidente: Silvio de Abreu - MO;!;!
Presidente: Eraldo Lemos - ARENA
Vice-Presidente: oceano Carleial - ARENA
Vice-Presidente: Alvaro Lins - MDB
Presidente: Daso Coimbra - ARENA
Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA
Relator: João Menezes - MDB
TITULARES
SUPLENTES
ARENA
MDB
Henrique Eduardo Alves Vinicius CansançãO
Vago
SUPLENTES
ARENA
Edvaldo Flores José SampaioFrancisco Rollemberg Pinheiro MachadoFurtado Leite Prisco Vianna
Gr1maldi Ribeiro Ruy BacelarHildebrando Guimarães MDB
Henrique Eduardo Alve,
Alcir Pimenta
Alberto Lavínas
Padre Nobre
REUNIõES
SUPLENTES
ARENA
Stélio MaroJa.
Pllnio Saigado
Sinval Boaventura
Flexa Ribeiro
Oswaldo zeneüc
Manoel Taveira
Cardoso de Almeida
João Alves
Eurípides Cardo-
so de Menezes
Vago
TITULARES
ARENA MDB
MDBMarcos Freire
'Severo EUlália
TITULARESARENA
Josias GomesLuiz Garcia
Manoel de Almeida
Fábio Fonseca
Fernando Lyra.
Francellno pereira
.ranuarro Feitosa'José AlvesJosé Penedo
VagoVagoVagoVago
MDB
José Bonifácio NetoVago
ARENA
Marcílio LimaRezende MonteirOUbaldo Barem
MDB
Juarez Bemardes
Carlos CottaDirceu Cardoso
Américo BrasilHenrique FanstonePaulino LopesSiqueira CamposWilmar Guimarães
Argilano DarioFernando Cunha
BrJlJlilio CaiadoGarota NetoGastão MU1lerJro:mund Nasser
REUNIõES
Local: Anexo II - Sala a-B - Ramal 600.
Secretário: Romoaldo Fernandes Aluoldo.
Quintas-feiras, às 10 horaa.
REUNIõES
Local: Anexo n - Sala 8-A - Ramal 895.
Secretária: VAnia Garcia Dórea.
Quintas-!eiras: ~ 10 horas.
Quintas-feiras: às li horas.
Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal 604.
secretária: Maria Helena May Pereira dacunne,
9186 Quinta-feira 22 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Se9So D' NoveD1bro de 1973
REUNiõES
Bezerra de Norões
B) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ElABO
RAR PROJETO DO CÓDIGO DE ESPORTES
9) COMISSÃO ESPECIAL PARA REVISÃO E ATUA·
lIZAÇAO DA LEGlSLAÇAO SOBRE DIREITOSAUTORAIS
MDB
Francelino AmaralAlceu CoHares-MarC06 Freu'eWalter Silva
MDB
MDB
SUPLENTES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Alieu Gasparini
Jairo BrumLaerte VieiraRenato AzeredoLisâneas Maciel
Garcia Neto
Presidente: José Sampaio - ARENA
Vice-Presidente: JOIlé Bonifácio Neto - MDB"Rela.tor: ndélio Martinl - ARENA
TITULA.RES
ARENA
Adhemar Ghisi Jairo Maga.lhãesArnaldo Prieto João LinharesArlindo Kunzler José Carlos Leprev08.Célio Marques Fer- Magalhães MelO
nandes Marco MacielCláudio Leite Pinheiro MachadoDja.ma Bessa Raimundo DinizEurico Ribeiro Túlio VargasFrancelino Pereira VagoHíldebrando GuimarãesIvo Braga
Francisco Studart
iUWNIõES
QuIntas-feiras, às 10:30 horas.Local: Anexo II - Sala a-A.
secretária: Maria Albertina Ribeiro.
13) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABDoRAR PROJETOS DE LEIS COMPLEMENTARESA CONSTlTUIÇAO
REUNIõES
, Alberto Lavínas
MDB
Necy NovaesPlinio SalgadO
MOB
TITULARES
ARENA
Leopoldo FeresLauro LeItãoNavarro VeiraOswaldo ZanelloTúlio Vargas
10) COMISSÃO ESPECIAL PARA FIXAR DIRETRI
ZES E NORMAS DE LEI PARA O TURISMOBRASILEIRO
Alvaro GaudêncioCélio Marques Fer-
nandesDélSOn SearanoJoão AlvesFaria LimaLuiz Braz
Presidente: José Sal1y - ARENAVice-Presidente: JG de Araújo Jorge
Relator: Manoel de Almeida - ARENA
TrI'ULARES
ARENA
Peixoto Filho
Airon RiosAiberto CostaMário Mondino
REUNIõES
Terças-feiras, às 16 horas.
Local: Anexo n - Saia 8-B.Secretária: Jacy da Nova Amarante.
MDB
MDB
José Bonifácio Neto Getúlio DiasPedro Faria José Camargo
SUPLENTES
ARENA
11) COMISSÃO ESPECIAL PARA ESTUDAR EEQUACIONAR O PROBLEMA DO MENORABANDONADO NO PAíS
Presidente: Célio Borja - ARENAVice-Presidente: Dirceu CardOllo - MD.B
Relator:
Aleir Pimenta
Josias Leite
Lins e Silva
Parsifal BarrOfJO
ll:dison Bonna
Paulo Alberto
José da Silva Barros
Vago
MDB
PedrO Faria
MDB
TI'rULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Fernando Fagun-des Neto
Ruy Bacelar
Mário TeUcs
Márcio Paes
Abel Avlla
ArglIano Dario
Athiê cours
Presidente: Osnelli Martinelli - ARENA
Vice-Presidente: Brigido I'inoco - MDB
Relator: Sinval Guazzelli - ARENA
Relator-substituto: Fábio Feitosa - MDB
QUll-rtas-feiras, às 15 horas.
:Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramail 60Se 604
Secretário: Darke Oliveira de Albuquerque.
Presidente: Norberto 8chmidt - ARENA
Vice-Presidente: Florim Coutinho - MlJB
Relator: Altair Chaves - ARENA
Quintal-feiras, às 9 horas.
Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal !lO3.
Secretário: AntOnio Fernando Borges Man-zau.
REUNIõES
Quartas-feiras, às 15 horas.Local: Anexo II - Sala 8-B.Secretária: Gelcy Clemente Baptista.
12) COMISSÃO ESPECIAL DE SEGURANCA DEVEICULOS AUTOMOTORES E TRAFEGÓ
Presidente: Vasco Neto - ARENAVice-Presidente: José Mandelli - MDBRelator: Mário stannn - ARENA
TITULA.RES
ARENA
Pedro Lucena.Secretário - Mário Ca.milo de Oliveir~
Reuniões - Terças-feirlJ.!i, ~ lI!~~a-A, do Anexo !I, •. --. c - -,
Leão sampaio
Parente FrotaNina RibeiroHelbert dos Santos
SUPLENTESARENA
MDB
Tereas-feiras, às 10 horas. , '"Local; Anexo II - Sala 8-A - Ramal 6 ~.'secretário: Mário Camilo de Oliveira. ; 'I"
'!,.:
14) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA A ES 'iDAR E ELABORAR PROJETO SOBRE T :
I:.FICO EUSO DE TÓXICOS
Presidente - Tourinho Dantas(ARENA)]Vice-Presidente - Jaison Barreto (MDB)
Relator-Geral - Manoel Taveira (ARENA)]Sub-Relator - Fábio Fonseca (MOB).
TITULARESARENA
MOB
Moacyr ChlesseRozendo de SOUZfRuy BacelarUbaldo Barém
11mB
Léo Simões
SUPLENTES
ARENA
Júlio Viveiro!!
Raymundo Dlniz
Abel AvilaCélio Marques Fer.
nandeaJoão Guido
Adalberto Camargo
.ilol J.,.enzi
Prisco Viana
Wilmar Guimaráes
zacnartas Seleme
MDB
Dias Menezes
MDB
REUNIõES
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Walter Silva
Vago
FlexB> Ribeiro
Maur1cio roiedo
Osmllr Leitão
:Freitas Nobre
Jqovernbro de 1973 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' Quinta-feira 22 9187
As obras editadas pela
SUBSECRETARIA. -DE EDiÇÕES TÉCNICAS
(Antiga Diretoria de Informação Legislativa)
Devem ser solicitadas a essa Subsecretaria
(Senado Federal· Anexo I· .11.0 Andar)
70.000 • Praça dos Três Poderes
Brasília • DF
" ,.... ..
9188 Quinta_feira 22 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' 'Novembro de 1973.
Emendas Constitucionais1 a 3
Atos Institucionais1 a 17
Atos Complementares1 a 96
Leis Complementares1 a 12
Legislação Citada e Sinopse
Obra Elgborada Pela Divisão de Edições Técnicas
do Senado Federal
~Antiga -Diretoria de Jnforma~ão Legislativa)
-
,Preço: Cr$. 15,00
Novembro de 1973 DI4RIo DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão Il
':ANAIS DO SENADO
quinta-feira 22 9181
Més de maio de 196~Mêsde maio de 1965Més de agosto de 1965Mês de agosto de 1965Mês de setembro de 1965Mês de setembro de 1965Mês de outubro de 1965Mês de janeiro de 1968Mês de fevereiro de 1968Mês de fevereirode 1968Mês de março de 1968Mês de março de 1968Mês de abril de 1968Mês de abril de 1968Mês de maio de 1968Més de maio de 1968Mês de junho de 1968Mês de junho de 1968Mês de julho de 1968Mês de julho de 1968Mês de agosto de 1968Més de agosto de 1968Mês de setembro de 1968Mês desetembro de 1968Mês de outubro de 1968Mês de outubro de 1968Mês de novembro de 1968Mês de novembro de 1968Mês de dezembro de 1968Mês de outubro de 1969Mês denovembro de 1969Mês denovembro de1969Mês de abril de 1970Mês de abril de 1970'Mês de maiode 1970Mês de maío de 197DMês de junho de 1970Mês de junho de 1970Mês de julho de 1970Mês março/abril de 1971Mês março/abril de,19.71Mês de maio de 1971 'Mês de maio de 1971Mês de junho de 1971Mês de junho de 1971'Mês de julho de 1971 .Mês de julho de 1971 .Mês de agosto de 1~71
Mês de agosto de 1971Mês de setembro de 1971Mês de setembro de 1971Mês de outubro de 1971 .Mês de outubro de 1971Mês de novembro de 1971Mês de novembro de 1971Mês de abril de 1972Mês de abril de 1972Mês de maio de 197~
'Mês de maio de 1972Mê5 dejunho de 197a
- SESSOES 39'a 50~-tomo I.::.. SESSOES 51P a 6~~ - tomo 11- SESSOES 107'a1l7~-tomo I- SESSOES 118~ a 130~ - tomo Il- SESSOES 141~a 142~-tomo I- SESSOES 143' a 145~ - tomo 11- SESSOES 156' a 166~ - tomo 11'- SESSOES I' a 12~ (ConvocaçãoExtraord,)- SESSOES 13' a 27~ (ConvocaçãoExrraord.l- SESSOES 28' a 34~ (ConvocaçãoBxtraojd.)- SESSOES 1~ a 15~ (I' e 2' SessõesPreparatóriaa-VoU)- SESSOES 16~ a 32~ - tomo 11 - ~
- SESSOES 33' s 42' - tomo I- SESSOES 43's 62~-tomoII
- SESSOES 63-a 78' - tomo J- SESSOES 79'8 l00~-tomoII
- SESSOES 101'a lW-tomo J- SESSOES ns- a 132~ - tomo II- SESSOES l' a lO!(ConvocaçãoExtraord.)- SESSOES 11'a 24'-tomolI- SESSOES 133~ a 150' - tomo J- SESSOES 151'8 171'-tomolI- SESSOES 172'a 188~-tomo J.- SESSOES 189'a209~-tomoll
'- SESSOES 210' a 23H-tomo I- SESSOES 232'a262~-tomoll
- SESSOES 263~ a 275' - tomo J- SESSOES 276~a298~-tomolI
- SESSOES 1~ a 15~ - tomo I (Convocllcâo ExtraordinAriaf.;.. SESSOES l' a 7':- tomo I- SESSOES, 8' a 19'- tomo I-- SESSOES' 20'a 36,-'tomolI-'SESSOES l' a 12' - tomo I- SESSOES 13' a 20~ ..... tomo II- SESSOES 21'a 32'-tomo I- SESSOES. 33'a 42'-tomolI- SESSOES 43' a 54' - torrio I- SESSOES 55'a 56'-tomoIl- SESSOES 67' a 79~ -tomo I.:.. SESSOES l'a W..:.tomo I- SESSOES 12' a 21' - tomo 11 .;... SESSOES 22' a 32' - tomo I- SESSOES 33'a 44~-tomoIl
- SESSOES 45'a 56~-tomo t- SESSOES 57~a 67'-tomoJI:.;.. SESSOES 68'a· Bl.-tomo l- SESSOES 82's 93f-tomoIl
- SESSOES 94' a 103' - tomo I- SESSOES 104' a 115' - tomo 11_ SESSOE8 116' a 126'-tomo I- SESSOES 127' a 138' - tomo 11- SESSOES 139' a 148' - tomo I- SESSOES 149' a 157' - tomo 11- SESSOES 15S'al66'-tomo I- SESSOES 167' a 187' - tomo 11- SESSOES 1~ a 12' - tomo I- SESSOES 13' a 22' - tomo 11- SESSOES 23'8 30·-tomo I- SESSOES 31"a 43~-tomoIl
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Ano • I • I • '" Cr$ 400,00
NOVemnyo ue nllo1 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA .
Editadapelo Senado Feder~l
biRirORIA DEINFORMAÇAO LEGISLATlVA, Dlreçào
:LEYLA CASTELLO BRANCO RANGEL.
Quinta.-teira az 9191
NOMEROS PUBLICADOS, Cr$
tNDICE DO SUMARio DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS.LATIVA DE 1 11 10 (enviarelÍÍQfI gr.at'uitamente li qu~m noto solici-tar): • . ._.. .
- abril a junho n'" 18(1968) •• : •• ., t ;. .. . •• 5,00- julho a setembro n"19 (1968), ••• _. .. 5,00- outubro a dezembro n" 20 (1968) , _.. lO .. lO lO • .. • • 5,00.
'INDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇAÔ LEGis.LATIVA DE 1 11 20 (envíaremce gratuitamente 11 quem nos solici·tar):
- jáneiroa março n~ 21(1969) •• '" U. ti •• I •• I 5,00- abril a junho n° 22 (1969) ", •••• , •••••• t. '1'111. 5,00- julho a setembro n° 23 (1969), •, , • 5,00- outubro a dezembro n"24 (1969) ;, .. 15,00- ~aneiro a março n?25 (1970).. , I •••'. 10,00- Julho a setembro n~ 27 (1970), .. , .. _.. •.. • .. •.. 10,00- outabro a dezembro n°28 (1970), .. 10,00- janeiroa marçon';J 29 (1971). I •••••• li t ti".... 10,00- abril ajunho nvao (1971) .,..", , ,. f ..H.... 10,00
íNDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA DE 1 a 30 (enviaremos gratuitamente a quem nos solící-tar):' . '.
- julho a setembro n9 31 (1971), •, , • 10,00·_ outubro a dezembron" 32 (1971)... 10,00- janeir()amar~on~33 (1972),.. lQ.oo
SUMARIO
COLABORAÇÃO
A. Diversas Espécies de LeISenador Franco Montora
Organização Jurídica do Notariado 'nl Re))Óblica Federal da Ate..~anha (Um Estudo da Solução de Problema. Insolúvei. no Bra..J1)
Prof, A.B.Cotrim NetoO Congelamento do Poder Mundial
Em baixador J. A. de Araújo CastroO Planejamento e os Organismos Regionais como Preparac;io a um
Federalismo das Regiõel (a experiência brasileira)Prof. Paulo Bonavídes .
Aspectos Polêmicos do Estatuto Jurídico da Mulher Ca.ada -'úi nlt. mero 4.121, de 27-08-62
.' Prof, Carlos DayrellSituação Jurídica da NOVACAP
Dr, Dario CardosoO. Direitos Autorais no Direito Comparado
Prof',Roberto RosasPerguntas e He8ervas a Helpelto do Plano de Inte«raçâo S9Cial
Prof. Wilhelmus Godefridus Hermans .Euclides da Cunha e a Rodovia TransamalÔnica
Dr. G. IrenéoJoffily .O Senado e a Nova Constituição. Dr. Paulo Nunes Augusto de FigueiredoO Assessoramento Legislativo• DI' Atyr de AzevedoLucci
Decretos-leisDr. Caio Torres
Iniciativa e Tramitação de ProjetOlJesse de AzevedoBarquero
Os Direitos da Companheira.AnaValderez A. N, deAlencar
PoluiçãoJoão BoscoAltoé
SUMÁRIO
COLABORAÇÃO
Polít;ca do DesenvoJ~I'inéhto Urbano, Senador Carvalho Pinto
o Pro~lema ~al,Fontel don~rillto; Fonte.FotMal. eMaterial., Pera.pectlva. FJlosotica, SoclolÓ(Íca e Jurfdlea .
Senador Franco MontaraA Televisão Educativa no BruU
Prof. GilsonAmadoRUY, a neres. dos BispO, e I Que.tão do Foro do. Crime. MUl..r...
Duas Retificações Necessári.. -Prof, Rubem Nogueira
A Proteç~o Jurisdicional dOi DlreitOll Humanos tiO Direito Po.iU-vo Brasileiro . ..
Des. Hamilton de Moraese BarrosSobre a Metodologia do Ensino Jurídico _
Prof, Hugo Gueiros Bernardes 'Prerrogativas do. Bens Dominai. -'IullleetlblUdadc dePo..oCivil
Des.•José Júlio Leal FagundesO Instituto de ApOsentadoria na Atual Coll.tltulçio
Prof. Carlos DayrelYO Anoio Técnico e Administrativo aoPartido Parlamentar
Prof. Sully Alvesde SouzaRedução de Custos Gráficos-editoriais
Prof, Roberto Atila Amaral VieiraAdoção .
Ana Valderez AyresNeves de AlencalIncentivos Fiscais no Planejamento
Walter FariaContabilidade: Ensino e Profioão
João BoscoAltoí:
SUMARIO
HomenagemSenador Miltoll Campos
COLABORAÇÃO .
Fontes do Direito em Suas Modalidade. Fundamêntai.Senador Franco Montara
As sociedades por quotas de respOnsabilidade limitada, no DireitoPortuguês e no Direito BrllSileiro
Prof. OttoGilAtribuições do Mínistério Público no Código de Processo Pena.
Dr, Márcio Antônio InacaratoDo Pagamento por Consignação nas Obrigações em Dinheiro
Desembargador DomingosSávio Brandão Lima 'O Adicional Insalubridade-Periculosidade e o Decreto-lei 3811
Prof, Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena -Direito do Trabalho e o Direito Penitenciário
Dra, Carmem Pinheiro de CarvalhoMoral, Direito, Profissão
Prof. Antônio Augusto de Mello Cançado
PESQUISA
O Senado do Império ea AboliçãoWalter Faria
DOCUMENTAÇÃO
Consolidação das Lei.do TrabalhoCaio Torres
PUBLICAÇOES
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Remeteremos números avulsos pelo Serviço de Reembolso Postal,)lcrescido do valor das despesas de remessa, de I\cQrtlQ COJD a tarifapostal. .:t;.
PREÇO DESTE EXEMPLAR: Cri 0,50
centro GrãfiCo (lo senado Fec:eraJCaixa Postal. 1.503
Brasilla.-DE.
EDiÇÃO DE HOJE: 64 PÁGINAS
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