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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Título: Obesidade x Qualidade de Vida: a escola como promotora de saúde.
Autor: Sumaia Nassar
Escola de Atuação Colégio Estadual Professor Milton Benner
Município da escola Wenceslau Braz
Núcleo Regional de Educação
Wenceslau Braz
Orientador Sabrina Grassiolli
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Disciplina/Área PDE Ciências
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Educação Física
Público Alvo Alunos de 8ª séries ou 9º ano.
Localização Colégio Estadual Professor Milton Benner
Rua: Benjamin Constant, 359 Centro
Apresentação:
Embora a obesidade possa ser desencadeada por múltiplos fatores, dados epidemiológicos apontam o sedentarismo, aliado a ingestão excessiva de carboidratos e gordura como eventos predominantes na instalação da obesidade. A população brasileira apresenta um rápido avanço de sobrepeso e obesidade. Crianças e adolescentes brasileiros consomem alimentos com baixo valor nutricional e elevado valor calórico. Estes hábitos alimentares atrelados ao baixo grau de atividade física favorecem o acúmulo de tecido adiposo, o qual está intimamente associado à instalação de doenças, principalmente o diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, que hoje atingem jovens em idade escolar, conforme
indicam estudos. Nesse sentido, a proposta das Diretrizes Curriculares reconhece a importância da articulação de conteúdos estruturantes com relações que emergem do contexto histórico, cultural e social. Portanto, surge na escola oportunidade e desafio através do currículo de ciências em transmitir conhecimento que valorize o indivíduo como ser pensante autônomo, inserido em seu meio cultural e social, ao mesmo tempo em que considera trabalhar com o novo, para um processo de transformação frente à realidade social. O objetivo desta Unidade Didática é contribuir para a formação de um estilo de vida saudável, orientando o adolescente quanto aos fatores que podem causar a obesidade, enfatizando suas implicações à saúde e qualidade de vida, como medida de prevenção. Para que ocorra a interiorização do processo ensino-aprendizagem, os temas abordados estão distribuídos em capítulos nesta Unidade no formato de cartilha, com ligação ao eixo principal obesidade. Questionário para análise de hábitos de vida e registro alimentar apresenta-se em apêndice, e dados para avaliação biométrica, inseridos no texto. E, para compreensão do estudo, teremos sugestões de reflexões e atividades práticas contextualizadas, comunicados através do diálogo, estimulando no aluno a crítica e a responsabilidade na tomada de decisões que irá repercutir em sua vida futura.
Palavras-chave escola; obesidade; adolescente ; saúde.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
IES – UEPG – PONTA GROSSA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
SUMAIA NASSAR
OBESIDADE X QUALIDADE DE VIDA:
A ESCOLA COMO PROMOTORA DE SAÚDE
2010/2011
SUMÁRIO
1. OBESIDADE ........................................................................................................ 6
1.1 CONCEITOS DE OBESIDADE ......................................................................... 8
1.2 ESTATÍSTICAS DA OBESIDADE ..................................................................... 9
1.3 OBESIDADE E DOENÇA .................................................................................. 9
1.4 ADOLESCÊNCIA .............................................................................................. 11
1.5 CAUSAS DA OBESIDADE ................................................................................ 12
2. METABOLISMO .................................................................................................. 12
2.1 CONCEITOS DE CALORIA-ENERGIA ............................................................. 14
2.2 CALORIAS E ALIMENTOS ............................................................................... 14
2.3 CÉLULA ............................................................................................................ 16
2.4 SISTEMAS ........................................................................................................ 18
2.5 PIRÂMIDE ALIMENTAR .................................................................................... 19
2.6 TIPOS DE TECIDO ADIPOSO .......................................................................... 27
3. CONTROLE DO PESO CORPORAL .................................................................. 27
3.1 SISTEMA DIGESTIVO ....................................................................................... 28
3.2 SISTEMA NERVOSO ........................................................................................ 29
3.3 TECIDO ADIPOSO ........................................................................................... 30
3.4 MEDIDAS DE OBESIDADE ............................................................................. 32
4. ATIVIDADE FÍSICA .............................................................................................. 35
4.1 TIPOS DE ATIVIDADE FÍSICA .......................................................................... 36
4.2 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA ............................................................... 38
5. OBESIDADE E ALGUMAS DOENÇAS INTIMAMENTE RELACIONADAS ......... 39
5.1 DIABETES .......................................................................................................... 40
6. ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE .................................... ..41
6.1 ESCOLA ........................................................................................................... ..42
6.2 FAMÍLIA ........................................................................................................... ..42
6.3 ADOLESCENTE ............................................................................................... ..42
6.4 PRECONCEITO ............................................................................................... ..43
CONVITE PARA O PROBLEMA ............................................................................ ..45
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... ..46
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO .......................................................................... ..48
APÊNDICE B- REGISTRO ALIMENTAR ............................................................... ..52
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1. OBESIDADE
Fonte: http://blog.opovo.com.br
Acesso em: 05 de junho de 2011.
A obesidade é uma das doenças nutricionais atualmente com altos índices, tanto em
países ricos como os que estão em desenvolvimento. Umas das principais causas
estão relacionadas com hábitos alimentares e nível de atividade física. O
sedentarismo aliado à excessiva ingestão alimentar favorece o desenvolvimento de
tecido adiposo e suas complicações. Há uma estreita relação entre o sedentarismo,
hábitos familiares inadequados, alimentação insatisfatória, excesso de carboidratos
na dieta, velocidade das refeições, os lanches desequilibrados, elevado consumo de
doces e guloseimas e a instalação da obesidade (FISBERG, 2005).
A obesidade é uma doença crônica e estigmatizada, e pode ser a maior epidemia
em conseqüência no nosso país, superando outras patologias. Atinge atualmente
milhões de indivíduos sem respeitar sexo, idade ou classe social (CHENCINSKI,
2010).
A jornada nômade de nossos ancestrais caçadores e coletores de frutos, iniciada na
África milhões de anos atrás, dominou o estilo de vida da espécie humana até o
surgimento da agricultura. Mas essa chegada não trouxe fartura para todos. O
problema de acesso a alimentos perseguiu grande parte da humanidade até a
metade do século XX e no final desse mesmo século, convivendo com o flagelo da
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fome, grandes massas populacionais de países ricos e pobres passaram a enfrentar
também outro problema em tempos de acesso farto aos alimentos e da falta de
atividade física: a obesidade epidêmica. O que significou sabedoria do cérebro de
nossos ancestrais para enfrentar tempos de escassez, deu origem à obesidade em
tempos de fartura (VARELLA & JARDIM, 2009).
O excesso de nutrientes ingeridos promove acúmulo de substratos energéticos que
serão armazenados no tecido adiposo. Os adipócitos transformam os lipídios da
dieta e a glicose em triglicerídeos; para armazenar mais triglicerídeos o adipócito
precisa crescer este processo ocorre pelo aumento do número de células adiposas
(hiperplasia) e/ou aumento do tamanho da célula adiposa (hipertrofia). O excesso
alimentar na infância e/ou adolescência, favorece o crescimento do tecido adiposo
(FISBERG, 2005).
A Organização Mundial de saúde (OMS) considera a obesidade uma das dez
maiores ameaças a integridade da saúde no mundo e uma das cinco principais
ameaça a integridade da saúde nos países industrializados.
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REFLEXÃO:
1. Em que aspecto pode-se considerar que uma pessoa obesa seja saudável?
2. Você concorda quando uma pessoa diz que a saúde é tudo?
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Observe a imagem e descreva a mensagem que ela passa para você. Em seguida
trocar as mensagens escritas e dar opiniões, respeitando a de seu colega.
Fonte: http://www.google.com.br/search? Acesso em 08 de junho de 2011.
1.1 CONCEITOS DE OBESIDADE.
De acordo com Moura & Santos, 1988, a obesidade é conseqüência de um
desajuste do metabolismo, com alterações entre ingestão de calorias e gasto
energético. Para Heller, 2004, pode-se definir obesidade como armazenamento
excessivo de tecido adiposo em relação à massa corporal. Os dois conceitos foram
reunidos por Fisberg, 2005, o qual definiu a obesidade como um acúmulo de tecido
gorduroso, regionalizado ou em todo o corpo, reflete um excesso de depósitos de
gordura decorrente de um balanço positivo de energia entre a ingestão e o gasto
calórico.
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1.2 ESTATÍSTICAS DA OBESIDADE.
Estudos indicam que no mundo há 1 bilhão de pessoas com sobrepeso e 300
milhões são obesas. De acordo com a Organização Pan Americana de Saúde
(OPAS), nos últimos vinte anos houve um aumento de 240% de obesidade na
infância e adolescência. No Brasil, estima-se que 15 % das crianças e 20% dos
adolescentes sejam obesos, de acordo com Heller, 2004. Segundo Varella & Jardim,
2009, no Brasil, cerca de 10% dos adultos são obesos, e outros 30% estão acima do
peso saudável. Na região Sul do Brasil, estatísticas mostram que a obesidade atinge
aproximadamente 10% dos homens e 15% das mulheres, sendo esse índice o mais
alto, em relação às outras regiões. O risco de a criança ser obesa é de 80% quando
os pais são obesos, de 50% quando um dos genitores é obeso e de 9% quando os
pais não são obesos (FISBERG, 2005).
1.3 OBESIDADE E DOENÇA.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, obesidade é uma doença em que existe
excesso de gordura corporal acumulada, capaz de provocar problemas de saúde. A
obesidade é uma doença complexa, com causas variadas e conseqüências
metabólicas diferenciadas, ocorre quando há um desajuste crônico entre a energia
ingerida e a gasta.
De acordo com Moura & Santos, 1988, mesmo que o indivíduo não seja portador de
doenças próprias de cada órgão, esses órgãos têm sua função prejudicada pela
“sobrecarga” a que estão submetidos pelo excesso de peso, como é o caso, por
exemplo, dos rins e coração. Essas condições metabólicas contribuem para doenças
cardiovasculares (coronáriopatias, hipertensão arterial, trombose venosa); diabetes
tipo 2 ; dislipidemias (triglicérides e colesterol), entre outras, sucede a ser a mais
importante causa de doença crônica do mundo. Na maioria das vezes, as alterações
metabólicas são mais evidentes na vida adulta, no entanto, cada vez mais
precocemente, verificam-se crianças e adolescentes apresentando associação de
resistência insulínica (significa uma diminuição na capacidade da insulina em
estimular a utilização de glicose), hipertensão e dislipidemias, aproximando o risco
cardiovascular para esta fase (FISBERG, 2005), o que caracteriza grave problema
de saúde pública levando o indivíduo a perda de qualidade de vida com efeitos
sociais e econômicos altamente insalubres.
Há duas formas de obesidade: a visceral, que é a gordura interna (entre os órgãos)
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e a subcutânea que se localiza externamente, abaixo da pele. A obesidade interna
ou visceral é a mais perigosa, devido ao maior prenuncio de doenças (FISBERG,
2005). Muitas das doenças acompanhadas do excesso de peso estão implicadas
principalmente com a forma como a gordura alastra-se pelo corpo. De acordo com o
tipo de disseminação da gordura, denomina-se androgênica a gordura distribuída na
região abdominal e parte superior do corpo e ginecóide a gordura localizada na
bacia e nas coxas (VARELLA & JARDIM, 2009).
Alimentação saudável e equilibrada evita doenças, a incluir a obesidade, aumento
da expectativa de vida e melhora na sua qualidade (HELLER, 2004).
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SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Leia a história e conclua:
Mariana desde criança teve hábito alimentar e físico não satisfatório a sua saúde,
seus pais a amavam e não mediam esforços para lhe proporcionar conforto, mas
esqueceram que amar também é „educar para saúde‟.
a) Qual o sentido de educar para saúde?
b) Que doença grave pode associar a esse comportamento?
c) Analise a situação descrita e faça comentários de como todo esse processo
poderia ser evitado.
d) Relacione as doenças imediatas e em longo prazo que essa criança
provavelmente pode ter se desenvolver o quadro de obesidade.
1.4 ADOLESCÊNCIA.
Para a Antropologia, é uma etapa sociocultural que começa com os ritos de
passagem e se encerra com a chegada à idade adulta. Para a medicina, trata-se de
um período de crescimento e desenvolvimento do ser humano. As transformações
biológicas que ocorrem nessa fase são chamadas de puberdade e, o conjunto de
transformações físicas, psicológicas e sociais denomina-se Adolescência, sendo
esta fase um período de marcantes alterações hormonais, metabólicas e
comportamentais (AMARAL, 2009).
A alimentação na fase da adolescência é repleta de significados na medida em que a
procura por um alimento de ingestão rápida, contemporâneo, o identifica com o
grupo social de convívio, como é o caso de variados tipos de lanches e refrigerantes
em excesso contrapondo com o ideal para sua idade, auxiliar no crescimento e
desenvolvimento, que é uma dieta adequada. A grande quantidade de gorduras e o
excesso de açucares contribuem para o aumento da obesidade, que tem sido a
característica dos jovens em alguns países e também no Brasil (FISBERG, 2005).
Estudos sobre a evolução da obesidade demonstram a necessidade vital de preveni-
la durante o período de crescimento, pois caso se instale, em 80% dos casos
permanecerá, respondendo por um terço dos casos de obesidade nos adultos
(PIZZINATO, 1992). Diversos fatores estão aliados a maior pré-disposição ao ganho
de peso entre os adolescentes, tais como, alterações do período de transição para a
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idade adulta, fatores psicológicos, como a baixa autoestima, o sedentarismo,
lanches em excesso e mal balanceados e a maior sensibilidade à propaganda
consumista. Deste modo, os adolescentes são um grupo mais susceptível aos
eventos biológicos e comportamentais que acabam determinando o balanço
energético (FISBERG, 2005).
1.5 CAUSAS DA OBESIDADE.
A obesidade é uma patologia multifatorial, afetando múltiplos sistemas e
determinando respostas integradas, portanto embora existam aspectos centrais é
difícil estabelecer um único elemento como principal causador. O acúmulo excessivo
de gordura corporal, característica da obesidade é desencadeada por diversos
fatores, tais como: genéticos, hormonais, neurais e comportamentais. Embora a
obesidade possa ser desencadeada por múltiplos fatores, dados epidemiológicos
apontam o sedentarismo, aliado à ingestão excessiva de carboidratos e gordura
como eventos predominantes na instalação da obesidade. Dentro deste contexto
estudos demonstram que 95% dos casos de obesidade estão relacionados a hábitos
alimentares e estilo de vida e apenas 5% dos casos estão relacionados à obesidade
endógena, caracterizada por problemas metabólicos, hormonais e outros (FISBERG,
2005).
REFLEXÃO:
1. O excesso de gordura corporal é uma doença ou um modo de vida no cotidiano
da modernidade?
2. É decorrente de disfunções orgânicas ou falta de controle sobre a alimentação?
3. Os efeitos danosos da obesidade preocupam você ou não?
2. METABOLISMO.
O corpo humano precisa gastar energia para exercer suas funções fundamentais,
podemos compará-lo a uma máquina em trabalho. Mesmo quando estamos
dormindo ou sem exercer atividade as reações químicas que ocorrem nas células
não param de funcionar, nosso coração pulsa, o estômago realiza seus movimentos,
os pulmões enchem e esvaziam de ar, o cérebro executa suas ordens, e assim
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outras funções acontecem. A esse tipo de energia denominamos energia gasta em
repouso ou metabolismo basal (VARELLA & JARDIM, 2009).
As vias metabólicas incluem todas as reações bioquímicas celulares que
determinam a síntese ou gasto de energia no organismo. O metabolismo inclui
síntese e degradação de moléculas orgânicas necessárias para estrutura e funções
celulares e liberação de energia química usada por essas funções. A síntese de
moléculas orgânicas pelas células é denominada anabolismo, e sua degradação,
catabolismo (MOURA & SANTOS, 1988).
É a capacidade do nosso organismo de retirar dos alimentos a energia e as
substâncias necessárias para o seu funcionamento, bem como a maneira como
utiliza essa energia e essas substâncias, para nos manter vivos e saudáveis
(HELLER, 2004).
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2.1 CONCEITOS DE CALORIA - ENERGIA. A alimentação deve fornecer nutrientes para que nosso organismo tenha energia
para manter o funcionamento de nossas células. Cada alimento gera para nosso
corpo uma determinada quantidade de energia. A unidade com a qual se mede o
valor energético dos alimentos dá-se o nome de calorias. Por exemplo, quando uma
usina hidrelétrica produz uma quantidade de Watts (energia elétrica), significa que,
nas casas gasta-se certa quantidade de energia com aparelhos elétricos e utiliza-se
a medida da unidade elétrica para comparar a produção e o gasto. Da mesma
maneira, quando se usa a palavra caloria emprega-se uma medida de energia que
está contida nos alimentos, a qual se consome nas atividades diárias. A definição de
calorias quimicamente é: à quantidade de calor necessária para elevar de um grau a
temperatura de um centímetro cúbico de água (MOURA & SANTOS, 1988).
Conhecer o valor calórico dos alimentos é importante para evitarmos alimentos
demasiadamente calóricos, que podem causar ganho de peso e obesidade.
2.2 CALORIAS E ALIMENTOS.
Todo alimento tem certa quantidade de calorias (energia), com exceção da água. O
conteúdo calórico dos alimentos varia muito, por exemplo, um quilograma de
manteiga proporcionará muitas calorias a mais do que um quilograma de alface.
Comparando o número de calorias ingerido com o desgaste de energia calculado
para a idade, peso e trabalho realizado, capacitam avaliar se uma pessoa ingere
demasiadas, escassas ou suficientes calorias para suas necessidades diárias. Cada
caloria ingerida em excesso será armazenada sob a forma de gordura. Estudos
indicam que dietas ricas em gorduras e açucares estão associadas a riscos mais
altos de desenvolver obesidade, simplesmente porque são alimentos altamente
calóricos (VARELLA & JARDIM, 2009).
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Energia consumida – Energia gasta → Energia acumulada
Observe na tabela o número de calorias de cada grama dos principais nutrientes:
NUTRIENTES CALORIAS POR GRAMA (cal/g)
Carboidratos 4 Proteínas 4 Gorduras 9
Fonte: Varella & Jardim, 2009
Já vimos que a grande ingestão de alimentos e vida sedentária resulta em aumento
de peso. Poderíamos fazer essa colocação de outra forma:
Grande ingestão de „calorias‟ e falta de „atividade física‟ resulta em aumento de
peso.
REFLEXÃO:
1. Que relação pode estabelecer entre calorias e alimento?
2. E entre sedentarismo e falta de atividade física?
3. Nesse caso que definição você constitui para caloria?
4. Há diferença quando se fala em aumento de peso e aumento de massa?
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Baseado na tabela apresentada, caloria por grama de principais nutrientes,
imagine a seguinte situação:
Um amigo, no momento do lanche, lhe oferece um doce que contém 70 gramas de
açúcar e outro lhe oferece um alimento que contém 70 gramas de gordura. Ambos
trouxeram com sobra de casa os seus lanches.
a) Quantas calorias você irá ingerir se aceitar o lanche do primeiro amigo e o do
segundo?
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b) E se aceitar os dois lanches?
c) Fome e vontade de comer é a mesma coisa?
d) Conhecendo os cuidados que se deve ter com o equilíbrio energético do
organismo, relate o que é mais vantajoso para sua saúde.
e) Que conselho você daria nesse caso para seu amigo?
2. Trabalho em grupo:
Obs. Os alunos pedirem aos pais, para guardarem os rótulos dos alimentos
utilizados em uma semana.
a) Interpretar rótulos de alimentos quanto ao tipo de gordura presente e quantidade
de caloria.
b) Cada grupo construir um gráfico, colocando a quantidade de caloria ingerida no
dia anterior por cada um deles.
c) Abrir espaço para reflexões e questionamentos.
2.3 CÉLULA.
Segundo a Teoria Celular, todos os seres vivos, animais ou vegetais, são
constituídos por unidades vivas chamadas células. As células são unidades
morfológicas e fisiológicas, ou seja, estruturais e funcionais, de todos os organismos
vivos. Originam-se de outras células e a sua continuação é garantida e mediada pelo
material genético. È um componente dinâmico e participante do metabolismo
corporal. A célula é a sede das atividades químicas do organismo, ela sintetiza seus
próprios componentes, cresce e se multiplica. É formada por uma massa de
protoplasma, limitada por membrana e dotada de núcleo. A unidade de medida
usada em Citologia para representar o tamanho das células e de suas estruturas é o
micrômetro (µm) e corresponde à milésima parte do milímetro, nanômetro (nm) que
corresponde à milionésima parte do milímetro e o Angstrom (A°) que mede estruturas
ainda menores e corresponde a décima milionésima parte do milímetro. Todas as
funções que as células desempenham como a produção de energia, formação de
proteínas e lipídios, reprodução, armazenamento e secreção de compostos
orgânicos, estão inter-relacionadas, sendo essenciais à própria célula, bem como ao
organismo, e ocorrem no citoplasma e organelas intracelulares (CHIARADIA, 2003).
As fontes energéticas mais usadas pelas células são a glicose e os ácidos graxos,
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os últimos fornecem mais energia e são menos aproveitados. O processo de quebra
da molécula de glicose para obtenção de energia para as atividades vitais da célula
é designado Respiração Celular. Todas as células são capazes de desmontar a
molécula de glicose de duas maneiras diferentes: através da Respiração Aeróbica,
que tem por objetivo principal produzir energia a partir da decomposição de
carboidratos e gorduras, precisando utilizar para essa função o oxigênio e a
Respiração Anaeróbica que ocorre nas células ou nos organismos que vivem em
baixa concentração de oxigênio e que são desprovidas de organelas respiratórias
próprias, como as mitocôndrias. Uma vez iniciadas essas reações, a energia
liberada é imediatamente armazenada em moléculas, onde o elemento principal
presente é o fósforo, são as moléculas de ATP (Adenosina trifosfato). Os depósitos
de lipídios e de carboidratos constituem a energia acumulada e esses compostos
passam por reações químicas que formam as moléculas de ATP. Todas as funções
do organismo necessitam da energia dessas moléculas (CHIARADIA, 2003).
REFLEXÃO:
Má alimentação pode prejudicar as células do nosso organismo?
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SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
Fazer modelagem de célula animal incluindo suas organelas.
Material: bola de isopor tamanho médio e oco (membrana plasmática); bola de
isopor tamanho pequeno (pintar para representar o núcleo); gel para cabelo
(citoplasma) e para as organelas utilizar materiais variados, como: macarrão
parafuso colorido, feijão preto, milho, massa de modelar, botões pequenos, pedaços
de lã, clipes pequeno colorido, etc.
Discussões e registros:
1. Principais partes das células.
2. Parte da célula que contém as estruturas de manutenção.
3. Parte da célula responsável pela genética do indivíduo.
4. Organela que produz a energia da célula.
5. Relacionar as funções das organelas.
2.4 SISTEMAS.
Um organismo é composto de vários sistemas, conjuntos de órgãos que, por sua
vez, são formados por tecidos. Os tecidos são reuniões de células com funções
semelhantes. A célula contém orgânulos, cada um deles realizando um determinado
papel, estes por sua vez são formados de moléculas. As moléculas são constituídas
de átomos. Nosso corpo é formado por células que agrupadas formam os diversos
sistemas do organismo, entre eles o Sistema Digestório. O sistema Digestório é
composto por órgão tubular de paredes musculares interligados formando um único
tubo, que se estende da boca até o ânus. Diversas glândulas anexas desembocam
seu conteúdo no trato digestório, tais como, as glândulas salivares, o fígado e o
pâncreas. Tem como principal função realizar a digestão, processo de transformação
das macromoléculas presentes nos alimentos em monômeros capazes de serem
absorvidos, transportadas pelo sangue e utilizados para a manutenção das funções
biológicas celulares (PAIVA, 2010).
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2.5 PIRÂMIDE ALIMENTAR.
A alimentação é essencial para o homem desde o primeiro dia de vida. O processo
de ingestão, digestão e absorção alimentar fornece os nutrientes necessários para
sua sobrevivência e funcionamento adequado do organismo. Todo o funcionamento
biológico depende da energia obtida através da alimentação. A história da nutrição é
remota e faz parte da evolução do homem (RECINE & RADAELLI, 2010). Nutrição é
a ciência que estuda o conjunto de processos por meio dos quais o organismo vivo
recolhe e transforma substâncias sólidas e líquidas exteriores de que precisa para
sua sobrevivência, desenvolvimento orgânico e produção de energia. A alimentação
nutricionalmente adequada é fundamental para o bom crescimento dos jovens. Mas,
nas últimas décadas, houve declínio no consumo de alimentos básicos e tradicionais
da dieta dos brasileiros, como arroz e o feijão e o aumento no consumo de produtos
industrializados, como biscoitos e refrigerantes, além do excessivo consumo de
açúcar, gorduras saturadas e trans e insuficiente de frutas e hortaliças (apud
RAPHAELLI, 2009).
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Os alimentos nos proporcionam a energia necessária para crescer, para a atividade
física e as funções corporais básicas, além de fornecer as substâncias necessárias
para desenvolver e manter o corpo e reforçar a resistência às enfermidades. Estas
diferentes funções são possíveis graças aos nutrientes contidos nos alimentos. São
eles os carboidratos, proteínas, gorduras, as vitaminas, os sais minerais e a água,
estão presentes nos alimentos em distintas quantidades. Cada elemento
desempenha uma função específica, razão da importância de uma dieta variada,
para se garantir boa saúde (TORRES & BOCHNIAK, 2003).
Uma maneira correta e ideal de se alimentar é proposto pela pirâmide alimentar.
Uma dieta diversificada para assegurar qualidade de vida, diariamente, deve conter
cerca de 60% de carboidratos, 30% de lipídios e 10 a 15 % de proteínas, além das
vitaminas, sais minerais e fibras. A pirâmide dos alimentos é um instrumento visual
simples e prático que oferece conceitos alimentares importantes como:
Variedade: revela que se deve ter o consumo de grande variedade de alimentos
dentro de um grupo e entre os grupos.
Moderação: orienta que alimentos ricos em gorduras e /ou açucares adicionados
devem ser ingeridos na quantidade de porção recomendada e a ingestão de
gorduras, óleos e doces deve ser consumida de forma esporádica.
Proporção: identificada pelo tamanho dos grupos, ou seja, deve consumir mais
daqueles grupos que são maiores e menos dos grupos menores (HELLER, 2004).
Pães, arroz, cereais e massas.
Carboidratos, vitaminas do complexo B, fibras.
Vegetais Vitamina A, C, folato, fibras (sucos podem reduzir a quantidade de fibras), ferro.
Frutas Vitamina A, C, potássio, fibras.
Leite Cálcio, proteínas, vitamina A e D.
Carnes, aves, ovos, feijão e
nozes.
Ferro (que é mais bem absorvido pelo intestino do que o ferro das plantas), zinco, vitaminas do complexo B, proteínas.
Gorduras e óleos
Vitamina E, ácidos graxos essenciais.
Fonte: “Dietary Guidelines for Americans”, 1995, apud Heller, 2004.
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A maior parte da dieta humana é constituída de carboidratos. Os carboidratos
ingeridos às refeições são quebrados em moléculas de glicose, um açúcar mais
simples, que cai na circulação sanguínea. Grande parte da glicose absorvida é
captada pelas células dos diferentes tecidos e utilizadas em rotas metabólicas
produtoras de energia necessária na execução de suas funções. O excesso de
glicose absorvido é convertido em reservas energéticas, necessárias as situações
de jejum. A insulina liberada pelo pâncreas endócrino durante as refeições estimula
a conversão de glicose em glicogênio no fígado e a conversão da glicose em lipídios
no tecido adiposo (VARELLA & JARDIM, 2009). A lipogênese, síntese de lipídios,
necessita além da glicose, ácidos graxos, obtidos dos lipídios da dieta. Desta forma,
dietas ricas em carboidratos e gorduras favorecem a síntese de lipídios e o aumento
da massa adiposa (VARELLA & JARDIM, 2009).
22
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Elabore uma dieta variada que considere saudável interpretando atentamente as
informações citadas.
2. Para seguir a dieta elaborada você acha que fica caro?
3. Em todas as regiões do Brasil é possível ter uma boa alimentação seguindo essas
recomendações? Pesquise os alimentos básicos de cada região.
4. As propagandas que incitam um maior consumo de alimentos influenciam na sua
maneira de viver?
5. Pesquise na internet mais detalhe sobre a pirâmide alimentar e, se baseie
também nas explicações para completar os balões de acordo com a disposição dos
grupos alimentares.
.
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2. Vamos pesquisar sobre as gorduras saturadas, insaturadas e trans, e, colocar no
quadro abaixo em quais alimentos elas estão presentes.
Sugestão: http://revistavivasaúde.uol.com.br/saúde-nutrição/88/artigo180085-2.asp
acesso dia 15/07/2011.
Saturadas Insaturadas Trans
3. Hábitos saudáveis:
- Beba muita água - algo em torno de 2L (ou 10 copos pequenos) por dia;
- Alimente-se de 3 em 3 horas e faça 6 refeições por dia - café-da-manhã, lanche da
manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia;
- Tenha uma alimentação variada, consuma alimentos de todos os grupos
alimentares diariamente;
- Prefira os pratos assados, cozidos a vapor, grelhados ou os alimentos in natura,
muito mais saudáveis;
- Adquira o hábito de ler os rótulos dos produtos e evite aqueles com grande
quantidade de gorduras, açúcares e sódio (sal) - alimentos industrializados;
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas.
Fonte: http://aprenderesonhar.blogspot.com acesso 20/06/2011.
a) Você já conhecia essa informação? Segue essas recomendações no seu dia a
dia?
b) Se você não segue, relate quais dificuldades encontra.
c) Além de todas as desvantagens para a sua saúde, o álcool contém calorias?
4. Ouvir a música „ A Sobremesa‟ do Balão Mágico.
Trecho da música:
...Vovô foi quem falou, seja aluno ou professor
Se é hora de rangar já pra mesa
Comer feijão com arroz e o que vem depois
24
A delicia do jantar é sobremesa
Por isso eu como tudo
E quem não come bem, não pode se dar bem
E depois de almoçar que bom saborear
Deliciosa sobremesa
Gelatina...
Fonte: http:/usinadeletras.com.br acesso dia 20/06/2010
a) Cada aluno interpretar a mensagem da música e fazer leitura para todos.
b) Abrir espaço para discussões e questionamentos.
c) Trazer para aula rótulos de gelatina de várias marcas para análise de seus
nutrientes.
5. Você é o investigador:
Observe os hábitos alimentares de seus pais e irmãos e anote durante uma semana.
Depois argumente com eles os acertos e erros na alimentação e quais macros
nutrientes e micros nutrientes estão faltando. Registre os hábitos e sugestões dadas.
6. Organizar em cinco equipes a turma da sala, cada equipe elaborar um vídeo com
tema central nutrição e nutrientes e, com uso de recursos da internet e pen drive,
utilizarem a TV multimídia para exposição e comentários.
Obs. o professor orientar a montagem dos vídeos através do Windows Movie Maker
ou outro programa que achar conveniente.
7. Vamos começar a pensar na confraternização do final de ano e elaborar um amigo
secreto saudável?
TÍTULO: Amigo Fruta.
25
8. Complete a cruzadinha colocando os nomes dos nutrientes. Em seguida faça uma
pesquisa (livros, revistas, internet, etc) e relacione suas funções no corpo humano.
1 C
2 O
3 M
4 I
5 D
6 A
1. _________________________________________________________________
2. _________________________________________________________________
3. _________________________________________________________________
4. _________________________________________________________________
5. _________________________________________________________________
6. _________________________________________________________________
26
9. Estudos Estatísticos.
Percentual de escolares frequentando o 9º ano do ensino fundamental, por consumo alimentar na última semana, segundo o alimento consumido nos municípios das capitais e Distrito Federal - 2009
Quantidades de dias na semana
Nenhum dia
1 dia 2 dias 3 dias 4 dias 5 dias ou mais
Feijão 7,6% 5,4% 7,1% 9,1% 8,1% 62,6%
Batata frita 55,3% 19,7% 11,1% 6,3% 2,8% 4,7%
Salgados fritos 35,3% 23,4% 14,3% 9,5% 5,1% 12,5%
Embutidos 21,7% 21,4% 17,7% 13,5% 7,8% 18,0%
Hortaliças cruas 29,8% 13,8% 10,5% 9,9% 6,8% 29,7%
Hortaliças cozidas 40,0% 17,5% 12,7% 9,1% 5,6% 15,0%
Biscoitos doces 14,8% 13,8% 13,0% 12,9% 9,2% 36,2%
Biscoitos salgados 15,5% 15,3% 14,3% 12,3% 9,0% 33,6%
Guloseimas 8,0% 11,3% 10,6% 10,6% 8,6% 50,9%
Frutas frescas 21,0% 13,6% 12,9% 12,1% 8,9% 31,5%
Leite 21,4% 7,1% 6,7% 6,4% 4,9% 53,6%
Refrigerante 11,6% 12,7% 14,1% 13,9% 10,6% 37,2%
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009.
0,00% 50,00% 100,00% 150,00%
Feijão
Batata frita
Salgados fritos
Embutidos
Hortaliças cruas
Hortaliças cozidas
Biscoitos doces
Biscoitos salgados
Guloseimas
Frutas frescas
Leite
Refrigerante
Consumo Alimentar de escolares do 9º ano.
Nenhum dia
1 dia
2 dias
3 dias
4 dias
5 dias ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009.
27
a) Qual instituição realizou essa pesquisa, em que ano, e o tema tratado?
b) O estudo foi realizado com qual população?
c) Enumere os alimentos em ordem decrescente de consumo entre os escolares,
durante cinco dias ou mais.
d) Dentre esses alimentos citados na tabela e gráfico, quais as maiores preferências
entre os escolares?
e) Os nutrientes, necessários para uma alimentação saudável, estão priorizados
entre os adolescentes na pesquisa realizada pelo IBGE?
f) Considera importante acrescentar alguma informação que não está presente na
pesquisa? Relate.
2.6 TIPOS DE TECIDO ADIPOSO.
O tecido Adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo que apresenta alto número
de células de gordura, chamadas células adipócitas. Essas células acumulam
gotículas de lipídios em seu citoplasma. Localiza-se entre a pele e os órgãos
internos.
A função primordial do tecido adiposo é servir como reserva energética do
organismo, sendo o triglicerídeo (um tipo de lipídio) principalmente armazenado e
atua também na manutenção da temperatura corporal.
Nos mamíferos, existem dois tipos de tecido adiposo: o branco ou tecido unilocular e
o marrom ou tecido multilocular. O adipócito branco armazena a gordura em uma
única e grande gota lipídica e tem como principal componente o triglicerídeo (um tipo
de lipídio). Produzem moléculas como leptina e adiponectina, constituindo um tecido
importante na produção de hormônios envolvidos em uma variedade de processos
metabólicos e fisiológicos. O tecido marrom apresenta várias gotículas lipídicas
citoplasmáticas de diferentes tamanhos e possui um grande número de mitocôndrias
que, por não possuírem complexo enzimático indispensável para síntese de ATP,
usam ácidos graxos para gerar calor, sua principal função (FONSECA-ALANIZ et al.,
2006).
3. CONTROLE DO PESO CORPORAL.
O alimento é o prazer mais primitivo ao qual o homem tem acesso desde o seu
nascimento. Esta analogia normal e apropriada pode, no entanto, em função de
28
aprendizado futuro, se generalizar para outras situações tornando-se inadequadas.
A maneira como se come é importante para o desenvolvimento ou não da
obesidade.
Na infância e adolescência ocorrem períodos de rápido crescimento em um
processo dinâmico e complicado, regulados por múltiplos fatores, como a
hereditariedade, a ingestão de nutrientes, a atividade física, a idade, o sexo e o
balanço endócrino, a cumprir influência sobre o tamanho e a forma do indivíduo
(CINTRA; COSTA E FISBERG, 2005). Os principais sistemas envolvidos com o
controle da homeostase energética são: sistema digestivo, tecido adiposo e sistema
nervoso. Estes sistemas trocam constantes informações, através da liberação de
substâncias que irão auxiliar no controle da quantidade de alimento ingerido, da
distribuição dos nutrientes para as células do corpo e no nosso gasto energético.
3.1 SISTEMA DIGESTIVO.
Além da função digestiva a parede do trato digestivo libera uma variedade de
moléculas com ações sobre o SNC (sistema nervoso) e que controlam o peso
corporal (VARELLA & JARDIM, 2009). A grelina é um novo hormônio produzido pela
parede do estômago quando nosso estômago está vazio. Quando a grelina é
liberada ela atinge nosso cérebro e dispara a sensação de fome. Estudos em
modelos animais indicam que esse hormônio desempenha importante papel na
sinalização de centros hipotalâmicos que regulam a ingestão alimentar e o balanço
energético (GOUVÊA, 2008). A grelina é liberada pela parede do estômago e seus
níveis indicam um estado de jejum. A grelina estimula a ingestão alimentar e seus
níveis caem quando o estômago está cheio de alimento. Desta forma, este é um
hormônio importante no controle do tamanho das refeições (GOUVÊA, 2008). O
intestino delgado também libera um importante hormônio para o controle da
homeostase energética, o GLP1 (Peptídeo Semelhante ao Glucagon). O GLP1
indica a presença de alimentos ricos em carboidratos e lipídios no interior do seu
intestino delgado. Quando comemos uma refeição rica em carboidrato e gordura
nosso intestino libera GLP1, esta molécula tem duas tarefas importantes. Primeiro
ela irá até o pâncreas, onde ocorrerá a liberação de insulina necessária. O GLP1
também irá ao nosso cérebro avisar que podemos parar de comer porque temos
bastante energia entrando no sistema. Falta de ação do GLP1 está envolvida na
29
obesidade e diabetes Mellitus tipo 2 ( GOUVÊA, 2008).
REFLEXÃO:
O estômago e intestino delgado possuem apenas a função de transformar e
absorver os alimentos?
3.2 SISTEMA NERVOSO.
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso
periférico (SNP). O sistema nervoso central inclui o encéfalo e a medula espinhal,
compostos por células nervosas, conhecidas como neurônios. Uma importante
característica dessas células é sua função de gerar e conduzir impulsos nervosos
(energia elétrica produzida a partir de substâncias químicas, os neurotransmissores)
de uma célula a outra através de sinapses. A ingestão, digestão, absorção e
distribuição dos nutrientes são essenciais a sobrevivência, desta forma, a
alimentação é um processo complexo sendo precisamente coordenado pelo sistema
nervoso central (HELLER, 2004).
Embora diversas áreas cerebrais participem deste processo, uma pequena região no
centro do nosso cérebro denominada hipotálamo desempenha um papel
predominante neste processo. O hipotálamo é um conjunto de neurônios que
monitora constantemente a ingestão alimentar e o gasto energético e determina o
peso corporal final. O organismo envia sinais ao hipotálamo que informam o estado
metabólico. As pesquisas têm demonstrado uma variedade de sinais que afetam o
metabolismo energético, todavia dois tipos de sinais são essenciais neste processo.
Os sinais de curto prazo, liberados pelo trato digestivo, tais como grelina e GLP1 os
quais determinam à hora de comer e o tamanho das refeições. Além destes sinais,
existem os sinais de longo prazo que regulam o tamanho da massa adiposa, são
eles a insulina liberada pelo pâncreas e a leptina, uma proteína liberada no tecido
adiposo (HELLER, 2004).
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Qual a região do nosso cérebro responsável pela coordenação de ingestão,
absorção, distribuição e digestão de nutrientes?
30
2. Caracterize a importância dessa região do cérebro para manutenção do equilíbrio
energético.
3. Quais substâncias são secretadas pelo trato digestório? E o que ocorre quando
há o aumento da grelina?
4. A insulina e a leptina são produzidas em quais partes do nosso corpo?
5. O GLP1 indica a presença de quais tipos de alimentos? Sua falta implica em qual
tipo de doença?
3.3 TECIDO ADIPOSO.
A hipófise é a primeira glândula mais importante do organismo, e o tecido gorduroso,
atualmente, é considerado a segunda principal, por liberar vários mediadores
hormonais (VARELLA & JARDIM, 2009). Cada grupo de células se difere em forma,
tamanho e função, esses grupos formam os diferentes tecidos de nosso corpo, como
por exemplo, o tecido adiposo. O tecido adiposo não funciona apenas como um
mero depósito de gordura, mas ele libera uma variedade de proteínas com ação
fisiológica, entre as quais se destaca a leptina. A leptina é uma proteína composta
por 167 aminoácidos produzida e liberada pelos adipócitos. Seus níveis são
proporcionais ao conteúdo de tecido adiposo, ou seja, indivíduos obesos apresentam
elevados níveis de leptina (GOUVÊA, 2008). O tecido adiposo além de armazenar
energia, também libera mediadores hormonais que enviam mensagens ao cérebro,
indicando sinal de saciedade e controlando o peso corporal (VARELLA & JARDIM,
2009).
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Organizacao. php
Acesso em: 05 de junho de 2011.
31
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Já aprendemos que a reunião de células forma os variados tecidos de nosso
corpo. Os tecidos constituem os sistemas que interligados são responsáveis por
manter o corpo em funcionamento.
O professor utilizando-se de banner e boneco didático, apresentar a anatomia e
fisiologia do sistema digestivo e nervoso. Dar ênfase aos hormônios do trato
gastrointestinal (TGI) como reguladores da ingestão alimentar e balanço energético,
e sua ligação com o sistema nervoso.
Após a exposição teórica da aula:
1º momento
Dividir a sala em cinco grupos e distribuir papéis sulfite.
a) O 1º grupo representa figuras dos órgãos do sistema digestório.
b) O 2 º grupo representa figuras das partes do sistema nervoso central
c) O 3º grupo relaciona as funções dos órgãos digestório.
d) O 4º grupo relaciona as funções das partes que compõem o sistema nervoso
32
central a incluir o tálamo e hipotálamo.
e) O 5º grupo relaciona as funções das glândulas anexas e representa as figuras.
Cada grupo expõe sua parte do trabalho para trocar informações.
2º momento
a) Reunir os grupos novamente.
b) cada grupo elabora duas perguntas para serem feitas aos outros grupos.
Importante: o professor intervir nos momentos adequados, direcionando as
discussões na importância dos órgãos que contribuem para homeostase corpórea.
3. Discuta o significado científico da seguinte declaração.
A tendência natural da fome e saciedade depende de diversas mensagens
bioquímicas.
3.4 MEDIDAS DE OBESIDADE.
A maioria dos autores e especialistas em obesidade aceita como critério de
avaliação antropométrica o dado que são consideradas obesas as pessoas com
20% ou mais da faixa do peso normal, contanto que este excesso ponderal ao que
seria esperado para a idade e altura esteja, realmente, constituído por tecido
adiposo (PIZZINATTO, 1992).
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é um dos parâmetros indiretos mais confiáveis
33
na medida do grau de obesidade e sua relação com patologias. O IMC é o resultado
da divisão do peso em quilogramas (Kg) pela altura em metros ao quadrado (m2).
IMC entre 20-25 Kg/m2 é considerado normal, de 25-30 Kg/m2 sobrepeso e acima de
30 Kg/m2 obesidade. Obesidade mórbida é aquela em que o IMC é maior que 40
Kg/m2 e a super obesidade o IMC é maior que 50 Kg/m2 (FISBERG, 2005), porém,
para o uso dessas medidas há a necessidade de tabela especial para a população-
alvo (PIZZINATTO, 1992).
O Ministério da saúde, 2008, através da Vigilância Alimentar Nutricional (SISVAN),
adota para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde, os
seguintes índices e parâmetros:
FASES ÍNDICES E PARAMÊTROS
Crianças
Peso por idade
Estatura por idade
Peso por estatura
IMC por idade
Adolescentes
IMC por idade
Estatura por idade
Adultos IMC
Circunferência da cintura
Idosos IMC
Em menores de 18 anos, para análise da medida do IMC, é preciso levar em
consideração a faixa etária e gênero, diferentemente da tabela utilizada para adultos.
Viuniski, 2001, declara que na abordagem da obesidade em crianças e
adolescentes, uma vez que havia falta de instrumento capaz de servir como
parâmetro diagnóstico dessa doença, foi desenvolvido um estudo internacional
envolvendo seis países: Brasil, Grã-Bretanha, China (Hong Kong), Holanda
Cingapura e Estados Unidos, promovido e patrocinado pela Força Tarefa
Internacional para Obesidade, da Organização Mundial de Saúde, OMS. Nesse
trabalho, foram analisados 97.876 meninos e 94.851 meninas, desde o nascimento
até a idade de 25 anos, onde para cada faixa etária e sexo foram desenhadas
curvas, que na idade de 18 anos passassem pelos pontos de corte largamente
aceitos para sobrepeso e obesidade em adultos. Viuniski, 2001, aponta essa nova
34
tabela, por ser menos arbitrária mais universal do que outras que vinham sendo
usadas, será útil para fornecer levantamentos internacionais da prevalência da
obesidade em adolescentes e crianças.
Idade Meninos acima do
peso
Meninas acima do
peso
Meninos
obesos
Meninas
obesas
2 18,4 18 20,1 20,1
4 17,6 17,3 19,3 19,1
6 17,6 17,3 19,8 19,7
8 18,4 18,3 21,6 21,6
10 19,8 19,9 24 24,1
12 21,2 21,7 26 26,7
14 22,6 23,3 27,6 28,6
16 23,9 24,4 28,9 29,4
18 25 25 30 30
Fonte: Viuniski, 2001.
De acordo com o IMC (Índice de Massa Corpórea), exposto por Varella &
Jardim, 2009, adultos (homens e mulheres) podem ser classificados nas seguintes
categorias:
CATEGORIAS IMC
Subnutrição Abaixo de 18,5
Peso saudável Entre 18,5 e 24,9
Sobrepeso Entre 25,0 e 29,9
Obesidade grau 1 Entre 30,0 e 34,9
Obesidade grau 2 Entre 35,0 e 39,9
Obesidade grau 3 Igual ou acima de 40
Fonte: Varella & Jardim, 2009.
35
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Coleta de parâmetros biométricos.
Com a colaboração do professor de Educação Física, coletar os dados do Índice de
Massa Corpórea e circunferência abdominal (cm) de todos os alunos, utilizando-se
de régua antropométrica, fita métrica e balança digital. Os dados serão colocados
em fichas individuais enumeradas, por turma participante, contendo a diferença
quanto ao gênero e idade.
a) De posse dos dados, os alunos de cada turma participante, elaboram um gráfico
relacionando o Índice de Massa Corpórea com os números utilizados na ficha.
b) Analisam a estatística de sobrepeso e obesidade da turma de acordo com os
parâmetros para adolescentes e crianças, aceita pela Organização Mundial de
Saúde.
c) Trocam informações sobre esses índices e parâmetros com outras turmas, por
exemplo, através de exposições em mural.
4. ATIVIDADE FÍSICA.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera a saúde como um estado de
completo bem estar físico, mental e social. E, esse estado, está aderido a fatores
essenciais, como: hábito alimentar correto e exercício físico regular adequado a
capacidade do indivíduo. A prática de atividade física para a manutenção de um
36
biofísico saudável é indicado para todos, em geral, nas diferentes faixas etárias,
além de apresentar uma maneira de conexão social.
A vida sedentária, devido aos avanços tecnológicos e industriais e a falta de
exercício físico têm sido implicadas como os amplos vilões da obesidade, e a
introdução da atividade física e do esporte são considerados como o divisor de
águas na vida do obeso, sendo extremamente importante que não apenas os
costumes alimentares sejam modificados, mas que a introdução do exercício físico
caminhe em direção a uma nova postura em relação á sua saúde e seu estilo de
vida (ZILBERSTEIN, 2010).
A maior parte do tempo, principalmente de crianças e adolescentes é dedicada a
atividades sedentárias e está associada a um aumento do risco de sobrepeso e
obesidade (JENSEN, 2009). Em relação ao sedentarismo, na infância e
adolescência, observa-se o costume de ver televisão, o uso de videogames,
computadores e controles remotos onde o menor gasto energético, pela falta ou
diminuição de atividade física, associado ao consumo de alimentos com maior
densidade calórica também estão associados a essa doença (FISBERG, 2005).
O estilo de vida de uma pessoa adulta é determinado na infância pela transmissão
de hábitos e costumes adquiridos. A aderência a atividade física é um conjunto de
variantes pessoais e ambientais como história de vida, escolaridade e
reconhecimento dos benefícios que a prática provocará. Então a família e escola são
grandes responsáveis nesta construção, contribuindo com a aderência e,
conseguintemente, combatendo o sedentarismo.
4.1 TIPOS DE ATIVIDADE FÍSICA.
A atividade física pode ser de modo geral, dividida em exercícios de aptidão e
atividades relacionadas com os esportes e não atividades profissionais ou do
cotidiano. È difícil medir a energia despendida nas atividades não relacionadas com
o exercício. O nível de atividade física do cotidiano está cada vez mais reduzido,
lanchonetes, caixa eletrônico, escadas rolantes, elevadores, controles remotos,
compras on line, disk pizza, foram introduzidos no ambiente moderno e exercem
marcante impacto sobre a saúde (JENSEN, 2009).
A escolha da atividade física deve levar em consideração a preferência pessoal, a
aptidão e os riscos vinculados à atividade física. Em relação à atividade física, pode-
se classificá-la de duas maneiras: as aeróbicas (uso do oxigênio) que são atividades
37
de longa duração e moderada, como a caminhada, corrida leve, ciclismo,
hidroginástica, dança e as anaeróbicas (sem oxigênio) que se caracterizam por ser
de curta duração e intensidade alta, como é o caso da musculação, corridas rasas,
fortalecimento abdominal, ginástica localizada, entre outros (VARELLA & JARDIM,
2009).
Há proeminências na literatura de que a ingestão alimentar não é regulada do
mesmo modo nas variadas intensidades de atividade física: a atividade leve ou
muito leve aumenta a ingestão alimentar, a atividade moderada promove o controle
do gasto energético e do peso corporal e a atividade intensa leva à queda da
ingestão alimentar e perda de peso (FISBERG, 2005).
Baseado na intensidade da atividade física tem-se os seguintes conceitos:
a) Vida sedentária: quando não se faz atividade física alguma e o trabalho não exige
esforço físico;
b) Vida semi-sedentária: própria de pessoas com trabalho sedentário que praticam
atividades físicas abrandadas, ou que no trabalho utilizam esforço físico leve e não
praticam exercícios programados;
c) Vida ativa: pessoas com trabalho que exige grande esforço físico ou atletas.
Em relação a essas situações, calcula-se em média um gasto calórico por
quilograma de peso. No primeiro caso gasto de 25 calorias por quilo (Kg); no
segundo gasto de 35 calorias por quilo e no terceiro caso 45 calorias por quilo
(MOURA & SANTOS, 1988).
A globalização e hábitos de vida moderna limitaram brincadeiras eficazes que
contribuíam para uma vida mais saudável, como: pular corda, pega-pega, pipa e
outras. A grande preocupação está no fato de algumas crianças estarem se tornando
obesas porque não desenvolvem uma prática regular de atividade física que origine
gasto energético satisfatório para o que consomem (HELLER, 2004).
Preservando o princípio da intensidade do esforço, as atividades que contribuem
para o jovem se manter saudável, são 30 minutos de exercícios aeróbicos, tais como
andar, correr, nadar e os últimos 30 minutos dedicados a brincadeiras e pequenos
jogos lúdicos (HELLER, 2004).
Para ser considerada ativa, uma pessoa precisa andar pelo menos 30 minutos todos
os dias ou dar 10 mil passos por dia e os que estão com excesso de peso e
pretende evitar a obesidade, o ideal é andar cerca de uma hora por dia (VARELLA &
JARDIM, 2009).
38
4.2 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA.
Combinada a uma dieta correta às necessidades de cada organismo, a atividade
física é uma importante via para manter a saúde do corpo. A Organização Mundial
de Saúde (OMS) reconhece o valor da saúde e do bem-estar do adolescente,
indicando indispensáveis os programas direcionados a esta faixa etária, em todo
mundo. A atividade física diminui o risco de ataques cardíacos, diabetes, derrames
cerebrais, hipertensão, além de reduzir os níveis do mau colesterol, tonifica os
músculos e fortalece os ossos, melhora a função intestinal, a resposta imunológica,
o equilíbrio hormonal e a qualidade do sono (VARELLA & JARDIM, 2009).
REFLEXÃO:
Recurso para aula: balança digital precisa ou pedir previamente aos alunos para
trazerem as informações.
1. Agora pense em seu “peso” e analise em qual das três situações você se encaixa.
Forme a sua intensidade de atividade física.
2. Socializar as informações entre os colegas.
3. Em quais casos haverá mais rápido a propagação da obesidade?
4. Abrir espaço para questionamentos e conclusões
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Procure no diagrama as palavras que correspondem a atividades aeróbicas que
auxiliam no gasto calórico e marque-as:
C A B E F G H M N D
A D A H N I M A C A
M B A L M D T F I T
I L F N O A D A C L
N U G E Ç D A N L E
H M H A V A L C I C
A C O R R I D A S O
D A E C O N A T M E
A D M L B J A K O N
39
SAÍDA DE CAMPO.
1. Pedir previamente a colaboração no comércio do município, na doação de frutas
diversas, como forma de apoio ao projeto.
2. Programar local para realização da atividade em ambiente natural e seguro, como
por exemplo, em um clube de campo situado dentro do município ou outro que achar
conveniente.
3. Esconder as frutas embrulhadas em plástico pelos espaços do ambiente.
4. Promover uma caminhada com os alunos até o local.
5. Explicar aos alunos na chegada que eles vão estar à procura de sua saúde e
começar a brincadeira.
6. Quando todos encontrarem as frutas, pedir para que façam um círculo em volta do
alimento, e perguntar a cada um de qual fruta gosta e qual não gosta. Em seguida
cada participante, com uma venda nos olhos, vai tentar provar os variados tipos de
frutas disponíveis oferecido a ele.
Discussões e registros:
1. Você gostou de fazer a caminhada?
2. A partir dessa experiência você acha importante melhorar a sua saúde ingerindo
alimentos que não faziam parte de seu costume?
3. É importante a atividade física para promover a saúde?
4. Que título criativo você pode dar a essa saída de campo? Faça um relato através
de história em quadrinhos, divididas em cinco partes, de como você interpretou esse
momento.
5. As cores dos alimentos influem nos nutrientes presentes? Vamos pesquisar na
internet.
5. OBESIDADE E ALGUMAS DOENÇAS INTIMAMENTE RELACIONADAS.
Paralelo à obesidade temos algumas cormobidades que diminuem a expectativa e
qualidade de vida dos indivíduos. Alterações metabólicas, como por exemplo, a
hipertensão arterial e o aumento da insulina plasmática conferem fatores de risco
para doenças cardiovasculares e outro exemplo é a aterosclerose, uma afecção das
40
artérias, tem origem na infância e agrava-se na adolescência.
5.1 DIABETES
Diabetes é uma doença do metabolismo da glicose ocasionada pela falta de insulina
ou pela ação indevida desse hormônio. A glicose é o combustível que fornece
energia a todas as células. Quando ingerimos mais glicose do que consumimos o
restante da glicose pode ser armazenado em nosso corpo. Podemos encaminhar
esta glicose ao fígado e músculos e transformá-la em glicogênio um polímero da
glicose, que servirá de reserva em caso da falta de glicose na circulação. Quando
ingerimos muita glicose e gordura, o excesso de ambos será transformado em
triglicérides e estocado sob a forma de gordura no interior das células adiposas. O
pâncreas endócrino é formado pelas ilhotas pancreáticas, cujas células betas
produzem o hormônio insulina e as células alfas o hormônio glucagon. O glucagon é
um hormônio usado nos momentos em que há falta de energia nas células, ele
converte o glicogênio presente no fígado e nos músculos em glicose (VARELLA &
JARDIM, 2009).
A função da insulina é regular a quantidade de glicose na corrente sanguínea e
transportar a glicose para dentro das células. Os níveis de insulina aumentam depois
das refeições e atingem valores mínimos nas fases de jejum, com objetivo de manter
constante a taxa de glicose, para não faltar energia as células. O tipo de diabetes
associado ao sedentarismo e a obesidade é o diabetes tipo 2 e é a forma mais
comum, representa cerca de 85% dos casos. Aparece quando as células do corpo
se tornam resistentes à ação da insulina ou quando o pâncreas é incapaz de
produzir a quantidade de insulina necessária para controlar os níveis de glicose.
Sem a ação da insulina a glicose não consegue entrar em nossas células e se
acumula em nosso sangue, ocasionando um aumento da glicose no sangue o que
denominamos de hiperglicemia. Com a atual epidemia da obesidade infantil, cada
vez mais crianças desenvolvem o diabetes tipo 2. A instalação desta doença está
intimamente relacionada a obesidade, o excesso de tecido adiposo, principalmente
visceral prejudica a ação da insulina e gera uma série de complicações metabólicas
e hormonais. O excesso de glicose no sangue causado pela falta de ação da
insulina, ou seja, resistência a insulina, provoca lesão da retina, alterações na
parede dos vasos sanguíneos e coração, altera o funcionamento dos rins e causa a
morte de neurônios. Deste modo, o diabetes tipo 2 pode induzir a morte prematura
41
do indivíduo. Uma pessoa que apresenta as seguintes alterações: vontade de urinar
diversas vezes, fome frequente, sede constante e perda de peso sem causa
aparente, tem grande chance de estar desenvolvendo o diabetes (VARELLA &
JARDIM, 2009). Além do diabetes, outras alterações metabólicas também estão
associadas à obesidade como, dislipidemia e hipertensão arterial, que conferem
graves riscos para doença arterial coronariana (DAC) e doença cerebrovascular
(FISBERG, 2005).
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. Em relação à obesidade, há dois tipos da distribuição de gordura corporal: forma
de maça e pêra.
a) Expresse sua arte desenhando essas formas e relacione os nomes corretamente.
b) Em uma dessas formas há maior propensão ao desenvolvimento de certo tipo de
doença. Qual a forma e doença relacionada?
2. A chance de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta quando a pessoa fica mais
gorda. Durante a maior parte do século 20 essa doença era destinada a adultos,
mas hoje afeta crianças obesas mesmo antes da puberdade.
Fonte: http://www.domíniopúblico.gov.br acesso em 26/05/2011
a) O que provoca no organismo diabetes tipo 2? Vamos procurar.
6. ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE.
Para prevenção da obesidade é necessário o estabelecimento de processo
participativo, pautado no diálogo, para tornar efetivo a mudança cultural alimentar do
adolescente, pois estando esse em uma fase de transição é fundamental a
intervenção, além de ser uma fase em que hábitos estabelecidos geralmente são
mantidos na vida adulta. Analisando que a saúde do adolescente é um fator
determinante no conjunto econômico e social, que seu atual costume de vida é parte
integrante dessa problemática, faz-se necessário à promoção da saúde no sentido
de melhorar a qualidade de vida (BARRETO, BRASIL & MARANHÃO, 2007).
Saúde, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é o “estado de completo
bem-estar físico, psíquico e social do individuo”.
REFLEXÃO:
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O dito popular abaixo, nos transmite uma recomendação muito importante. Comente.
„ PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO‟
6.1 ESCOLA.
Informação é o primeiro passo para começar a lutar por uma mudança e criação de
culturas e hábitos saudáveis na nossa sociedade e a escola é o espaço que além da
democratização do conhecimento deve propor essa formação. Quando o aluno
adquire, conceitos, atitudes, hábitos e culturas na escola, ele pode ser o vetor de
transformação social para promoção da saúde coletiva.
Paulo Freire, 1996, ressalta que a escola não deve apenas comunicar
conhecimentos, mas, preocupar-se também, com a formação global dos alunos,
mesma visão onde o conhecer e o intervir no real se deparem.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008, o
conhecimento que caracteriza uma ciência e uma disciplina escolar é histórico e
reconhece que, além de seus conteúdos tradicionais, as disciplinas escolares aliam
e modernizam conteúdos decorrentes do movimento das relações sociais, geram
pesquisas científicas e acarretam questões políticas e filosóficas emergentes.
6.2 FAMÍLIA.
A família, primeiro ambiente social do qual a criança faz parte deve prover moradia,
condições de saúde, amor e segurança, e principalmente dar atenção a alimentação
da criança, uma vez que esta última não é prioridade. Além disso, a família deve
servir de exemplo ao procedimento do adolescente, influenciando diretamente no
modelo alimentar e na conduta de atividades físicas (BORBA, 2006). A família
exerce grande influência nas decisões em relação ao comportamento alimentar da
criança, conforme Bandura apud Heller, 2004, “a criança imita o comportamento das
pessoas que têm prestigio para ela; chama-se isso de aprendizagem por modelação
ou imitação de modelo” a mesma autora coloca nesse sentido a responsabilidade de
pais, familiares e educadores no desenvolvimento infantil.
6.3 ADOLESCENTE.
Segundo Gasparin, 2002: “catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico
e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao
43
conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola”.
Para que o adolescente tenha condições de tomar decisões conscientes que o leve,
a desligar-se, de atitudes nocivas em relação há hábitos alimentares, e a não prática
de atividades físicas no contexto atual em que está inserido, é primordial que a
síncrese seja organizada, para que se estabeleça a síntese como forma de intenso
conhecimento científico. As mudanças podem ser alcançadas a partir do momento
que são contextualizadas, considerando as características e as condições de vida do
indivíduo, dentro de um processo pessoal, social e cultural, e serão concretizadas se
assumidas pelo próprio sujeito (FISBERG, 2005).
6.4 PRECONCEITO.
Heller, 2004, acentua que dentro de uma sociedade paradoxal, que em momentos
incentiva e outro pune a obesidade, a criança com excesso de peso sofre pressão
social, recebe apelidos é motivo de chacota além de ser muitas vezes excluídas do
grupo de pares. As crianças e os adolescentes portadores de obesidade se queixam
de sofrer discriminação na escola, o que é uma das causas de evasão ou pedido de
transferência de escola. Relatam ainda ser foco de piadas e tipos variados de
apelidos. Em ambiente familiar também consideram ser acometidos por alguma
forma de discriminação. Esses são alguns dos problemas que uma criança ou
adolescente obeso relatam quando são levados em busca de tratamento (FISBERG,
2005). Essa condição apresentada em ambiente escolar, e outros, caracterizam
bullying, expressão em inglês, bully significa o fortão, ou seja, indivíduo violento e
preconceituoso. O preconceito é uma opinião negativa sobre um grupo de pessoas
ou sobre um determinado assunto e discriminação é o tratamento desigual às
pessoas com mesmos direitos.
Perante a lei somos todos iguais, não sendo admitida qualquer forma de preconceito
ou discriminação. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que, a criança ou
adolescente que pratica o bullying, comete uma infração e pode ser punido com
medidas sócio educativas. E o Código Penal, através do Decreto 2848/40, também
prevê que a ofensa pode ser punida com multa ou prisão de um a seis meses
(NAPOLITANO & CARDOSO, 2007).
É necessário que os profissionais da educação estejam atentos para identificar e
distinguir as várias formas de violência apresentada na escola. Há, também, a
urgência de orientação e promoção de discussões que visem à boa convivência no
44
espaço escolar, ambiente favorável para construção de valores igualitários e
inserção de cidadãos que atuem para melhoria de uma sociedade democrática.
REFLEXÃO:
1. Para que haja empenho necessário nesse processo participativo, as mudanças de
atitudes frente ao problema da obesidade, o comprometimento cabe somente a
você?
2. De acordo com os seus critérios verdadeiros, o adolescente é responsável pelos
seus atos em relação ao consumo alimentar?
3. É tarefa de todo segmento da sociedade combater a obesidade? E a
discriminação?
4. Essa doença depende de estratégias das políticas públicas a nível federal,
estadual e municipal? Pesquise.
5. Há relação de discriminação social que envolve o bem-estar psíquico ao se tratar
de obesidade?
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
1. As pessoas obesas sofrem discriminação social. De maneira a contribuir na
escola e em todos os locais para mudança dessa atitude negativa, vamos elaborar
uma dramatização com o tema „Bullying‟. Mãos a Obra...
2. Complete as frases de acordo com o significado para você.
a) Qualidade de vida é...
b) Família é...
c) Escola é...
45
CONVITE PARA O PROBLEMA
A obesidade é responsável por 2 a 6% do custo total de atenção a saúde em vários
países que estão em desenvolvimento segundo a Organização Mundial de Saúde.
Considerando que atualmente as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT),
como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares é alta e poderiam ser
evitadas se a população apreendesse a gravidade do problema e as várias
cormobidades associadas a esse quadro, você, ciente dessa problemática, seria
capaz de contribuir para uma mudança de postura que vise à melhoria da sua
qualidade de vida e saúde, hoje e futura, propagando essa corrente?
PENSE... REFLITA... ENTRE EM AÇÃO...
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
1. JORNAL DA SAÚDE.
Preparar um jornal da saúde, com objetivo de divulgar os dados obtidos e disseminar
o conhecimento sobre os cuidados com alimentação e saúde. As reportagens,
imagens, textos e estruturação terão como base o tema obesidade e serão
inteiramente organizados pelos alunos. O professor será apenas um auxiliador e
orientador no processo.
46
REFERÊNCIAS. ALIMENTAÇÃO E CULTURA. Disponível em ˂http://www.turminha.mpf.gov.br/para-o-professor/para-o-professor/publicações/alimentaçãoecultura.pdf˃. Texto: Elizabetta Recine e Patrícia Radaelli. Acesso em: 15 de setembro de 2010. BARRETO, Anna Christina do Nascimento Granjeiro; BRASIL, Lana do Monte Paula; MARANHÃO, Hélcio de S. Sobrepeso: uma nova realidade no estado nutricional de pré-escolares de Natal, RN. Rev Assoc Med Bras 2007; 53(4): 311-6. BORBA, Patrícia de Carvalho Silva. A Importância da Atividade Física Lúdica no Tratamento da Obesidade Infantil. 2006. Portal Saúde Brasil. Disponível em: ˂http://scholar.google.com.br/scholar?q=a++importância+da+obesidade+atividade+física+lúdica+no+ tratamento+da+obesidade+infantil+monograf˃ Acesso em: 9 de setembro 2010. CHIARADIA, Adelheid. Biologia. Palavra em Ação. Manual de Pesquisa. 1ª ed. Uberlândia-MG: Editora Claranto, 2003 COSTA, Roberto Fernandes da; CINTRA, Isa de Pádua; FISBERG, Mauro. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Escolares da Cidade de Santos, SP. Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 nº 1 Fevereiro 2006.
Excerto de AMARAL S.T. “Implantação de um Programa de Atenção ao Adolescente: Experiência na
COPASA”. Monografia. (Especialização em Medicina do Adolescente) - Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. FONSECA-ALANIZ, Mirian H.; TAKADA, Julie; ALONSO-VALE Maria Isabel C. and LIMA, Fabio Bessa. O tecido adiposo como centro regulador do metabolismo. Arq Bras Endocril Metab [on line]. 2006, vol.50, n.2, pp.216-229. ISSN 0004-2730. Dói: 10.1590/s0004-27302006000200008 FISBERG, Mauro. Atualização em Obesidade na Infância e Adolescência. São Paulo: Editora Atheneu, 2005 FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 4ª ed. Campinas-SP: Editora Autores Associados, 2002. GOUVÊA, Heloísa Rodrigues de. Bioquímica da Obesidade. Grupo de Bioquímica da Obesidade- UNB 2º/2008. Disponível em: ˂http://obesidadedebiobio208.blogspot.com/2008/11/painel-3-fatores-endocrinos-e.html˃. Acesso em: 10 de dezembro de 2010. HELLER, Denise Cerqueira Leite et al. Obesidade Infantil- Manual de Prevenção e Tratamento- org. Denise Cerqueira Leite Heller.1ª ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2004. JENSEN, Michael D. Obesidade. In: GODAM, Lee; AUSIELLO, Dennis. CECIL MEDICINA. [tradução Adriana Pitella Sudré…et al] 23ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. V.2, cap.239, pp 1889-1892. MOURA, Mauro Tadeu; SANTOS, Sérgio dos. Como Enfrentar a Obesidade. São Paulo: Ícone; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1988. NAPOLITANO, Carlo José; CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. Preconceito não é legal: a intolerância e a lei (Cartilha). Bauru, SP: Universidade Estadual Paulista, 2007. OBESIDADE. Importância do Exercício Físico. Disponível em:
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47
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APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES E ATIVIDADES FÍSICAS.
IDADE:__________________ Sexo: ( ) M ( ) F
1. Você está acima do peso?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO SEI.
2. Na sua família alguém está obeso?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO SEI.
3. Você já fez dieta para emagrecer?
( ) SIM
( ) NÃO
4. Você tem amigos obesos?
( ) SIM
( ) NÃO
5. Você pratica atividade física?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) AS VEZES
6. Você participa das atividades físicas em sua escola?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) AS VEZES
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7. Quantos de seus familiares praticam atividade física?
( ) 0
( ) 1
( ) 2 ou 3
( ) todos
8. No momento das refeições, você tem o hábito de assistir televisão?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) AS VEZES
9. Com que freqüência você consome hambúrguer, salgadinhos, bolachas e outros
produtos industrializados?
( )NUNCA
( ) 1 a 3 dias na semana
( ) 4 a 6 dias na semana
( ) várias vezes no dia.
10. Você tem o hábito de consumir frutas e verduras?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) RARAMENTE
11. Com que freqüência você consome doces e/ou balas?
( ) não come
( ) 1 a 3 dias na semana
( ) 4 a 6 dias na semana
( ) várias vezes no dia .
12. Você consome muita fritura?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) AS VEZES
50
13. Como você vai até a escola?
( ) a pé
( ) de ônibus
( ) de carro
( ) de bicicleta
14. Você tem vídeo game e/ou computador e o usa todos os dias?
( ) SIM
( ) NÃO
15. Quantas horas do dia você passa no computador?
( ) 1h
( ) 1-3h
( ) 3-6h
( ) acima de 8h
16. Quantas horas do dia você assiste TV?
( ) 1h
( ) 1-3h
( ) 3-6h
( ) acima de 8h
17. Você tem hábito de comer entre as principais refeições?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) RARAMENTE
( ) SEMPRE
18. Qual seu alimento preferido entre as refeições?
( ) frutas
( ) chocolate
( ) salgadinho
( ) refrigerante
( ) sanduíche
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19. Você costuma se alimentar quantas vezes por dia?
( ) 2 vezes
( ) 3 vezes
( ) 4 vezes
( ) 6 vezes
( ) mais
20. Você acha que a obesidade pode causar doenças?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO SEI
21. Você acha que está acima do peso?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) NÃO SEI
22. Em sua opinião a melhor forma para emagrecer é:
( ) dieta
( ) atividade física
( ) cirurgia de redução do estômago
( ) lipoaspiração
( ) reeducação alimentar e atividade física
( ) remédios
23. Como você avaliaria a atividade física na sua escola?
( ) RUIM
( ) REGULAR
( ) BOA
( ) ÓTIMA
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APÊNDICE B
REGISTRO ALIMENTAR.
Principais refeições:
1. Café da Manhã: Horário:
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
2. Almoço: Horário:
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
3. Café da Tarde: Horário:
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
4. Jantar: Horário:
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
--------------------------------------
5. Refeições Excedentes:
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------------------------------------ Horário:
----------------------------------- Horário:
----------------------------------- Horário:
----------------------------------- Horário
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