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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título: Gêneros Literários em Interface com Direitos Humanos
Autor Rosa Elena Bueno
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
Língua Portuguesa – Literatura
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Helena Kolody
Município da escola Colombo
Núcleo Regional de Educação
Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Araci Asinelli-Luz
Instituição de Ensino Superior
UFPR
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho).
Biologia, Filosofia, Matemática e Arte.
Resumo
Este material foi elaborado a partir da verificação sobre a necessidade de inserir multidisciplinarmente o debate dos Direitos Humanos no currículo. Propõe a professores de Literatura que atuam no 2º ano do Ensino Médio uma articulação com os colegas de Matemática, Filosofia, Biologia, Arte, Coordenadores da Rádio Escola e do Jornal Escolar do Programa Mais Educação, à Equipe Multidisciplinar, Instâncias Colegiadas, uma intervenção pedagógica na comunidade local. A partir de “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, são sugeridas algumas atividades envolvendo o uso de recursos midiáticos como a TV Pendrive e Laboratório de Informática. São apresentadas propostas de um trabalho com temas tais como “Liberdade e Ética”, “Varíola”, “HIV” e “H1N”, “Estatística” e uma análise do quadro “Os Retirantes”, de Cândido Portinari. Propicia também reflexões sobre gêneros do discurso e aspectos
sociolinguísticos. Procura abranger a comunidade local, sugerir que a Equipe Multidisciplinar acione as instâncias colegiadas para verificar recursos e estratégias de atrair pais e responsáveis para assistirem à apresentação dos alunos sobre a temática da violação de direitos e a importância de cada ação individual no plano coletivo.
Palavras-chave (três a cinco palavras)
Gêneros Discursivos, Direitos Humanos, Capitães da Areia.
Formato do Material Didático
Caderno Pedagógico
Público Alvo
Professores e alunos do segundo ano - Ensino Médio, Equipe Multidisciplinar e Instâncias Colegiadas.
Rosa Elena Bueno
Caderno Pedagógico: Uma possibilidade multidisciplinar de diálogo a partir de alguns gêneros discursivos presentes em
“Capitães da Areia” e os Direitos Humanos
CURITIBA 2012
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS
Rosa Elena Bueno
Uma possibilidade multidisciplinar de diálogo a partir de alguns gêneros discursivos presentes em “Capitães da Areia” e os
Direitos Humanos
Material Didático-Pedagógico – Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED. Orientador: Araci Asinelli-Luz
CURITIBA 2012
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professora PDE: Rosa Elena Bueno Área PDE: Língua Portuguesa e Literatura NRE: Área Metropolitana Norte Professora Orientadora: Araci Assineli-Luz IES vinculada: UFPR Escola de Implementação: Colégio Estadual Helena Kolody Público objeto da intervenção: Segundo ano do Ensino Médio PÚBLICO ALVO: Professores, Equipe Multidisciplinar, Alunos. AUTORA: BUENO, Rosa E. EDITORA: SEED/PR Apresentação
Este Caderno Pedagógico foi elaborado visando a contribuir com
professores de Língua Portuguesa e Literatura que tenham interesse em
articular um trabalho pedagógico multidisciplinar, iluminado por alguns
componentes constantes na enciclopédia dos Direitos Humanos. Cada Unidade
Temática traz a possibilidade de articular mais de uma disciplina de tradição
curricular e propõe reflexões que possibilitem aos leitores perceber as
interconexões com Filosofia, Biologia, Arte e Matemática. O debate sobre
Direitos Humanos e questões relacionadas à violência precisa se intensificar no
campo educacional e muitas conquistas podem ser obtidas a partir das
contribuições que o conhecimento transdisciplinar do campo histórico, político,
econômico, sociocultural, artístico e filosófico podem entrelaçadamente
oferecer para ressignificar concepções sobre as interações entre o indivíduo e
o meio físico e social.
Um dos objetivos deste Caderno é oferecer às diversas instâncias
colegiadas e às equipes multidisciplinares uma proposta pedagógica curricular
voltada para a formação plena do humano que há em cada ser. Pretende-se
subsidiar o trabalho educativo com os recursos multimidiativos disponíveis na
maioria dos estabelecimentos de ensino, por meio de uma sugestão de
trabalho com alguns dos gêneros literários presentes no livro “Capitães da
Areia”, de Jorge Amado, em interface com demais áreas de conhecimento.
FICHA CATALOGRÁFICA
Curitiba. Governo do Estado do Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Caderno pedagógico: Língua Portuguesa e Literatura. – Curitiba, SEED, 2012, - 42p.
Sumário
Apresentação....................................................................................................
UNIDADE I
Tema: O gênero notícia nos jornais e na Literatura.......................................
Objetivo................................................................................................................
Conteúdo..............................................................................................................
Atividades............................................................................................................. Encaminhamentos metodológicos....................................................................
UNIDADE II
Tema: Gênero discursivo: Linguagem Jurídica
Objetivo................................................................................................................
Conteúdos............................................................................................................
Atividades.............................................................................................................
Encaminhamentos metodológicos....................................................................
UNIDADE III
Tema: Gênero discursivo: Textos informativos - Educação & Sistema
Prisional
Objetivo................................................................................................................
Conteúdos............................................................................................................
Atividades............................................................................................................. Encaminhamentos metodológicos....................................................................
UNIDADE IV
Tema: A notícia no romance “Capitães da Areia”
Objetivo................................................................................................................
Conteúdos............................................................................................................
Atividades............................................................................................................. Encaminhamentos metodológicos.................................................................... UNIDADE V
Tema: A metonímia do discurso literário a partir da análise dos aspectos
físicos e psicológicos dos personagens dos “Capitães da Areia”................
Objetivo................................................................................................................
Conteúdos............................................................................................................
Atividades............................................................................................................. Encaminhamentos metodológicos.................................................................... Considerações Finais......................................................................................... Referências..........................................................................................................
Tema: O gênero notícia nos jornais e na literatura
Imagem disponível em:
http://3.bp.blogspot.com/_Es2xkf4eQxE/TNAMBtnCtZI/AAAAAAAAAd4/XOthBu23SPs/s1600/jo
rnal.jpg (Acesso em 10/12/2012).
Objetivos:
- Conhecer os aspectos composicionais do gênero textual “notícia” e do texto
informativo.
- Aprimorar habilidade com a escrita, produzindo uma notícia para jornal, revista
ou Internet.
- Iniciar a leitura dos “Capitães da Areia”;
- Comparar a notícia publicada atualmente com a notícia apresentada por
Jorge Amado na obra literária.
Conteúdos:
Gênero: Notícia.
Leitura do texto jornalístico: Notícia
Oralidade: Debater sobre os elementos composicionais da notícia do texto
literário. Gravar um programa para a Rádio Escola noticiando um assalto
recentemente ocorrido na região.
Escrita: Produção de notícia e carta ao leitor para o Jornal Escola.
Jovem morre em confronto com a polícia na zona sul de São Paulo
Ele fazia parte de uma quadrilha que havia assaltado um açougue Do R7, com Agência Record.
Um jovem, de 18 anos, morreu em confronto com a polícia na noite desta terça-
feira (23), na região do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Ele era integrante
de uma quadrilha que havia assaltado um açougue momentos antes, na
mesma região.
Quatro bandidos assaltaram o açougue, mas ao invés de roubar dinheiro, os
criminosos estavam mais interessados na carne. A quadrilha roubou vários
quilos de carnes, principalmente picanha. Eles agiram de maneira bastante
agressiva com os funcionários.
Reportagem disponível em: http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/jovem-morre-em-confronto-com-a-policia-na-zona-sul-de-sao-paulo-20120725.html(Acesso em 10/12/2012)
Assista ao vídeo sobre esta reportagem: http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/jovem-morre-em-confronto-com-a-policia-na-
zona-sul-de-sao-paulo-20120725.html (Acesso em 10/12/2012)
A notícia se caracteriza por se um gênero do discurso com
características que permitem aos jornais impressos, radiofônicos e televisivos
publicizar para leitores, ouvintes e telespectadores.
Pode-se compreender gênero textual como uma possibilidade de
veicular e compartilhar diversas situações sociocomunicativas que permeiam o
dia-a-dia. Ora, ao contar, relatar, narrar algo que aconteceu, opinar sobre um
assunto, o sujeito que emite o discurso, o autor do enunciado, pode dar ênfase
a determinados aspectos, se deter mais em certos detalhes e menos em outros
que não considere tão relevante, dependendo de sua intencionalidade, da
forma como pretende que o seu interlocutor, a pessoa para quem se dirige,
interprete as palavras proferidas, escritas, enunciadas no ato da enunciação.
Dependendo do ponto de vista do emissor, do autor de determinadas
palavras, que podem ser expressas por meio da língua falada, escrita, de
gestos, expressões faciais, dentre outras formas de manifestação do
pensamento, bem como de quem são as pessoas a quem enuncia seu
discurso, os termos e expressões vão sendo escolhidos visando a sensibilizar o
“Outro”. O “receptor” da mensagem então é alguém que emite um julgamento
de valor a respeito do assunto, pois pode apreciar, concordar com o que está
sendo dito, escrito, enunciado, ou não. Para se comunicar, várias são as
possibilidades que os seres vivos têm de expressar sentimentos e
pensamentos, são diversos os gêneros que podem compor um texto,
proveniente do latim, esta palavra significa “tecido, entrelaçamento” de ideias.
Dentre os gêneros textuais, podemos citar bilhetes, cartas, e-mails,
outdoors, textos escritos (descritivos, narrativos, dissertativos, iconográficos...),
falados, desenhados, até mesmo as expressões do olhar, faciais, gestuais,
todas as formas que temos de nos comunicar permitem uma leitura, uma
interpretação. No caso da “notícia”, vemos com frequência este gênero textual
nos meios de comunicação tais como jornais, revistas, divulgados nos
ambientes virtuais, na Internet, ou nos equipamentos audiovisuais, nas rádios e
na televisão.
A notícia então é um dos gêneros do discurso, de cunho jornalístico, que
tem alguns elementos constituintes, tais como: O título principal também
conhecido por ‘Manchete’, cuja grafia é destacada; Um título auxiliar que
geralmente complementa o principal; A Lide (do inglês lead), que se refere ao
primeiro parágrafo, no qual se apresentam informações relevantes sobre o
que se trata, aconteceu com quem, onde, quando, como e por quê?; O corpo
da notícia no qual os acontecimentos são expostos com maiores detalhes.
Estes aspectos composicionais da notícia atribuem à linguagem jornalística a
veracidade dos fatos com ‘objetividade’. No entanto, não se pode deixar de
pensar sobre a intencionalidade do autor ao se comunicar.
Imagem de caderno disponível em: http://images.google.com/imgres (Acesso em 24/11/2012)
O texto produzido para ser falado e emitido radiofonicamente pode ser o
mesmo escrito para publicação em material impresso, como jornais, revistas,
etc.?
Perceba que o texto elaborado para compor a notícia a ser veiculada na
rádio requer alguns cuidados diferentes referentes à ação lnter-locucional, tais
como ideias sintetizadas, objetivas e claras, tom da voz, entonações de acordo
com a pontuação, que pode se referir a questionamentos, locuções interjetivas
para expressar espanto, súplica, vocativos, dentre outros, bem como pausas e
demais componentes discursivos que devem compor o repertório fonêmico da
notícia. Trilhas sonoras, fundos contendo sons de suspense, da natureza, ou
mesmo musicais contribuem para enriquecer o noticiário e ainda desencadeia
no ouvinte elementos sensoriais e emotividade.
Perceba que há várias formas comunicativas para expressarmos nossos
pensamentos para as pessoas com as quais convivemos. Nossos discursos,
Atividade Avaliativa em duplas: 1 - Pesquise na Internet ou em jornais e revistas sobre notícias envolvendo assaltos na sua região. Escolha juntamente com um colega uma para proceder à análise dos elementos constituintes. Descreva quais são eles, de que forma estão grafados e qual seria a intenção do autor, do jornalista, ao ressaltar determinados aspectos da situação, dos acontecimentos relatados. Considere então a manchete, a lide, o corpo da notícia, desfecho (se houver) e a Intencionalidade d@ autor@. Bom Trabalho!
Visto do Professor!
Em ___/____/______
que podem ser falados oralmente, escritos, mimetizados, ilustrados por meio
de desenhos, imagens, fotos, outdoors, vídeos, em sites das redes sociais que
podem conter vários destes gêneros discursivos na mesma página, enfim, há
uma intenção para com os interlocutores. Sempre então expressamos para o
corpo social do contexto onde vivemos uma parte do universo socioideológico
que constitui a dimensão psicológica e cognitiva de cada um. Ao elaborarmos
um discurso no plano mental, antes mesmo de exteriorizá-lo, há de se
considerar o ponto de vista do(s) interlocutor(es), a forma como ele(s) – corpo
social - interpretará(ão) o enunciado em suas estruturas psicointelectuais.
Bakhtin(1990, p. 42), assim se pronuncia ao refletir sobre o conteúdo, o
assunto de um discurso, o tempo em que este discurso se manifesta e a forma
como se materializa:
(...) a psicologia do corpo social deve ser estudada de dois pontos de vista
diferentes: primeiramente do ponto de vista do conteúdo, dos temas que aí se
encontram atualizados num dado momento do tempo; e, em segundo lugar,do
ponto de vista dos tipos e formas de discurso através dos quais estes temas
tomam forma, são comentados, se realizam, são experimentados, são pensados
etc.
Outro autor que discorre sobre a importância de pensarmos a ordem do
discurso como o estabelecimento de relações de poder é Michel Focault (1971,
p. 82). Quando elaboramos uma situação comunicativa, temos como intenção
disseminar uma idéia e tentar convencer o outro do nosso ponto de vista para
que consigamos atingir um objetivo previamente pensado em nossas estruturas
mentais e cognitivas. O discurso então se constitui enquanto prática social, tem
uma intencionalidade, deve prever a dialogicidade, o diálogo com outro de
forma clara, coesa e coerente para que seja compreensível, e também pode
ser usado como forma de estabelecer relações de poder sobre o interlocutor, o
poder de persuadi-lo sob o ponto de vista do sujeito enunciador. Pensando
agora nestas inúmeras “formas” de estabelecermos uma relação comunicativa
com o “corpo social” que nos rodeia, bem como nas razões pelas quais a
comunicação se elabora, propõe-se mais uma atividade envolvendo alguns
destes gêneros do discurso.
Atividade em equipe de três estudantes:
2 - Entrem em contacto com a orientação pedagógica e descubram quem na sua escola é responsável pelo Jornal Escola, do programa “Mais Educação”. Peçam-lhe auxílio para publicar uma notícia, elaborada por você e pelos integrantes de sua equipe, no jornal de sua escola para circular aos demais colegas e à comunidade local.
3 – Agora peça apoio ao coordenador
do Rádio-Escola para fazer a gravação
da notícia elaborada para ser veiculada
na rádio. Após, reescrever a
notícia contemplando os componentes
e publicação no Jornal Escola.
Imagem do caderno disponível em:
http://1.bp.blogspot.com/_XLaE7YdNUP0/TTXwLFnRfZI/AAAAAAAAAKw/9gokLlkj37I/s1600/cader
no01.gif (Acesso em 30/10/2012)
Encaminhamentos Metodológicos:
Propor aos estudantes que leiam a
reportagem intitulada “Jovem morre em confronto
com a polícia na zona sul de São Paulo”, que
poderá ser transposta para slides no PowerPoint e
passada aos alunos na TV Pendrive,
disponibilizada por meio impresso ou ainda pode
ser utilizado o laboratório de informática, pois é
possível lê-la no site da Internet. Outra
possibilidade também seria disponibilizar na pasta
de Compartilhamento Público off-line, caso em que
a conexão com a rede virtual seja muito lenta.
Organizá-los em equipes para que pesquisem
sobre notícias envolvendo assaltos no bairro e
proximidades do local onde moram.
Entrar em contacto com os coordenadores da
Rádio Escola e do Jornal Escola para auxiliar na
produção da reportagem radiofônica e do texto
que comporá a notícia a ser publicada no jornal da
escola, pois a sugestão é que a mesma notícia
elabora para ser noticiada oralmente na rádio.
Explicar aos alunos as diferenças entre texto
elaborado para ser falado na rádio e texto
produzido para ser veiculado em mídia impressa
ou virtual.
Tema: Gênero discursivo: Linguagem Jurídica
Objetivo
- Conhecer os elementos composicionais que compõem o texto jurídico;
- Correlacionar experiências vivenciadas no contexto local à implementação do
artigo 157 e seus desdobramentos.
Conteúdos
Oralidade: Apresentação oral em duplas sobre a estrutura do código penal e
possíveis relações de sua aplicação na vida concreta.
Leitura: Ler e interpretar artigos do código penal, incisos, alíneas, parágrafos.
Escrita: Produção de tópicos frasais para apresentação em PowerPoint na TV
Pendrive.
Na unidade anterior, lemos uma reportagem envolvendo roubo e
execução. Também trabalhamos alguns elementos que devem compor o
gênero notícia na mídia impressa, tais como manchete, lead, o
desenvolvimento dos acontecimentos, o possível desfecho, a imagem, dentre
outros. Agora, vamos analisar um texto informativo publicado no site do CNJ –
Conselho Nacional de Justiça, que revela em especial índices das
superlotações nos presídios, bem como, o déficit de vagas, a quantidade de
mandados judiciais não cumpridos devido à demanda e a baixa escolaridade
dos infratores ao artigo 157 do Código Penal que versa sobre:
Código Penal - CP - DL-002.848-1940
Parte Especial Título II
Dos Crimes Contra o Patrimônio Capítulo II
Do Roubo e da Extorsão Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. obs.dji.grau.2: Art. 1º, III "c", Prisão Temporária - L-007.960-
1989; Art. 3º, "c", Corretor de Seguros e Sua Habilitação Profissional - Profissão de Corretor de Seguros - L-004.594-
1964; Art. 3º, "c", Corretor de Seguros de Vida e de Capitalização e Sua Habilitação Profissional - Profissão de
Corretor de Seguros de Vida e de Capitalização - D-056.903-
1965 - Regulamento; Art. 102, "c", Corretores de Seguros - Sistema Nacional de Seguros Privados e as Operações de
Seguros e Resseguros - D-060.459-1967 - regulamento obs.dji.grau.3: Art. 373, I, Compensação - Adimplemento e Extinção das Obrigações - Direito das Obrigações - Código
Civil - CC - L-010.406-2002 obs.dji.grau.4: Ação
Penal; Alternatividade; Apropriação; Classificação dos Crimes; Crimes Contra o Patrimônio; Roubo; Roubo e
Extorsão; Tempo do Crime e Conflito Aparente de Normas; Trombada
obs.dji.grau.6: Apropriação Indébita - CP; Crimes Contra a Administração Pública - CP; Crimes Contra a Dignidade Sexual
- CP; Crimes Contra a Família - CP; Crimes Contra a Fé Pública - CP; Crimes Contra a Incolumidade Pública -
CP; Crimes Contra a Organização do Trabalho - CP; Crimes Contra a Paz Pública - CP; Crimes Contra a Pessoa -
CP; Crimes Contra a Propriedade Imaterial - CP; Crimes Contra o Patrimônio - CP; Crimes Contra o Sentimento Religioso e Contra o Respeito aos Mortos - CP; Dano - CP; Disposições Gerais - Crimes Contra o Patrimônio -
CP; Disposições Finais - CP; Disposições Gerais - CP; Estelionato e Outras Fraudes - CP; Furto - CP;Parte
Especial - CP; Parte Geral - CP; Receptação - CP; Usurpação - CP
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a
fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
obs.dji.grau.2: Art. 1º, III "c", Prisão Temporária - L-007.960-1989
obs.dji.grau.3: Art. 373, I, Compensação - Adimplemento e Extinção das Obrigações - Direito das Obrigações - Código
Civil - CC - L-010.406-2002 § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; obs.dji.grau.4: Circunstâncias
obs.dji.grau.5: Roubo - Arma de Brinquedo - Súmula nº 174 - STJ
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; obs.dji.grau.4: Aplicação da Pena
obs.dji.grau.5: Admissibilidade - Furto Qualificado pelo Concurso de Agentes - Majorante do Roubo - Súmula nº 442 -
STJ III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o
agente conhece tal circunstância. obs.dji.grau.4: Causas de Extinção da Punibilidade
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
(Acrescentado pela L-009.426-1996) V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo
sua liberdade. (Acrescentado pela L-009.426-1996) obs.dji.grau.2: Art. 1º, III "c", Prisão Temporária - L-007.960-
1989 obs.dji.grau.3: Art. 373, I, Compensação - Adimplemento e Extinção das Obrigações - Direito das Obrigações - Código
Civil - CC - L-010.406-2002 obs.dji.grau.4: Roubo; Tentativa
§ 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 (quinze) anos, além da multa; se
resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa. (Alterado pela L-008.072-1990) (Alterado
pela L-009.426-1996)
obs.dji.grau.2: Art. 1º, III "c", Prisão Temporária - L-007.960-1989; Art. 1º, II e Art. 9º, Crimes Hediondos - L-008.072-
1990; Art. 158, § 2º, Extorsão - CP obs.dji.grau.4: Fato Típico; Latrocínio; Limites de Penas; Nexo
Causal; Roubo obs.dji.grau.5: Competência - Processo e Julgamento - Latrocínio - Súmula nº 603 - STF; Crime de Latrocínio -
Homicídio Consumado Sem Subtração de Bens - Súmula nº 610 - STF
Disponível em: DJi - 001 a 012 - DL-002.848-1940 - Código Penal - Aplicação da ... www.dji.com.br/codigos/1940_dl_002848_cp/cp001a012.htm (Acesso em 10/12/2012)
Atividade Avaliativa em duplas: 1 – Após o sorteio dos artigos de lei que versam sobre o título II – Capítulo II, pesquise e debata com um colega o artigo sorteado. Elabore slides contendo o artigo e as reflexões(sintetizadas em formas de tópicos) sobre o mesmo. Procure, se possível, relacionar o teor do artigo à sua experiência pessoal no contexto local. Bom Trabalho!
Visto do Professor!
Em ___/____/______
Encaminhamentos Metodológicos: Propõe-se que sejam impressos alguns títulos dos artigos de acordo com os linkings presentes na citação anterior do Código Penal, recortados em pequenas tiras de papel, uma para cada artigo. Solicitar à turma que se organizem em duplas para que um dos participantes escolha aleatoriamente um papelzinho contendo um dos artigos. Na sequência, cada dupla procederá à pesquisa, utilizando a Internet no Laboratório de Informática sobre o assunto “sorteado”. Finalmente, todos devem apresentar oralmente o resultado da pesquisa, falar sobre o artigo pesquisado, correlacionar, na medida do possível a situações vivenciadas no cotidiano.
Tema: Educação & Sistema Prisional: Textos informativos
Objetivo
- Analisar as características do texto informativo.
- Promover reflexão sobre dados e citações que enriquecem o texto
informativo, bem como as limitações e condições do sistema penitenciário
brasileiro;
Conteúdos
Elementos composicionais do texto informativo;
Discussão sobre a falta de escolarização e as condições do sistema prisional
da região.
Produção de texto informativo.
Após as apresentações discutindo os desdobramentos do artigo 157
propostas na segunda unidade, vamos refletir sobre o texto abaixo, publicado
no site do CNJ – Conselho Nacional de Justiça, que traz informações
quantitativas sobre os números assustadores de superlotação no sistema
prisional, mandados não cumpridos e a condição socioeconômica dos presos.
Se por curiosidade você pesquisar na Internet sobre a escolaridade das
pessoas que estão atualmente cumprindo medida privativa de liberdade por ter
cometido ato(s) infracional(is), verificará que uma quantidade expressiva delas
sequer conseguiu concluir o ensino fundamental.
Isso revela o quanto a educação formal contribui para configurar o
pensamento de crianças e adolescentes sobre as causas da violência e as
consequências danosas à sociedade e ao sujeito que as pratica, reduzindo
assim a probabilidade de estudantes virem a cometer delitos, a violar a lei de
alguma forma, e ainda aumentando as chances de um desenvolvimento
humano saudável para si e para os entes familiares e demais pessoas com as
quais interage.
É interessante ressaltar que existe a obrigatoriedade por força de lei de
que todas as crianças deverão frequentar a escola, e os 1adultos responsáveis,
podem ser punidos criminalmente e civilmente por abandono intelectual e
material. Também a escola responde juridicamente quando não toma atitude
para cumprir a lei, quando percebe que o(a) aluno(a) não está frequentando as
aulas regularmente.
Ora, a cada três faltas consecutivas ou cinco faltas alternadas do
estudante, cabe ao professor comunicar à equipe pedagógica para que faça os
encaminhamentos constantes no FICA – Ficha de Acompanhamento de Aluno
Ausente. Os pedagogos e pedagogas devem entrar em contacto com a família
para que justifique a ausência e tome imediatamente providências, garantindo
a continuidade do aluno na escola. Não obtendo êxito, outras instâncias
deverão ser acionadas que compõem a Rede de Proteção Integral à Criança e
ao Adolescente. O primeiro passo, seria encaminhar a ficha FICA ao Conselho
Tutelar, que se constitui numa inovação ao Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Esta instância da rede protetiva deve verificar junto à família
possibilidades de resolver a questão. Não conseguindo dar conta, ou verificado
outros tipos de violações como exploração do trabalho infantil, exploração
sexual, violência doméstica, abandono material, maus tratos, ameaças
psicológicas e físicas – bullying – coerção por parte de pessoas envolvidas com
o tráfico de entorpecentes, ou outras situações adversas que colocam o
desenvolvimento cognitivo e humano em risco. Não conseguindo resolver o
problema e fazer com que a criança volte a frequentar assiduamente a escola,
então o Conselho Tutelar encaminha para instâncias superiores, como a vara
da Criança e do Adolescente.
Para saber mais sobre o programa FICA, acesse: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/fica.pdf (Acessado em 30/09/2012)
Após estas reflexões sobre os procedimentos legais para sanar o
problema da ausência e do abandono escolar, vejamos então um texto que traz
informações sobre o sistema prisional, elaborado por Cleide Carvalho.
Ressalte-se a necessidade de profundas reflexões sobre os dados constantes
no sistema Geopresídios do CNJ, que revela em especial os índices das
1 Ver artigos de lei do código penal e do ECA que tratam do abandono material e intelectual.
superlotações, bem como, o déficit de vagas, a quantidade de mandados
judiciais não cumpridos devido à demanda. as possíveis consequências que a
falta de acesso à educação formal podem acarretar, conforme aponta o texto
do CNJ, que revela em especial os índices das superlotações nos presídios,
bem como, o déficit de vagas e a quantidade de mandados judiciais não
cumpridos.
O GLOBO | O PAÍS (5) CNJ | CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Déficit de vagas em prisões do Brasil alcança quase 170 mil e poderia dobrar
Total superaria 300 mil com os mandados que ainda não foram cumpridos CLEIDE CARVALHO cleide.carvalho@sp.oglobo.com.br -SÃO PAULO- O Brasil tem um déficit de 168.934 vagas para detentos, que são amontoados em presídios espalhados pelo país. Em 68% das prisões há mais do que nove presos por vaga. Apenas no Piauí o número de presos não ultrapassa ainda o número de vagas. Em números absolutos, os maiores déficits estão em São Paulo, que tem 62.572 mil presos a mais do que o número de vagas; Minas Gerais, com 13.515; e Pernambuco, com 15.194. Os dados do sistema Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça, revelam que a situação poderia ser pior: há em aberto 162.550 mandados de prisão que ainda não foram cumpridos. Ou seja, o déficit dobraria. A superlotação carcerária é o problema mais visível dos presídios brasileiros, mas há outros. A Pastoral Carcerária fez um relatório recente no qual apontou a existência de tortura em unidades de Amazonas e Paraíba. No Rio Grande do Sul, as más condições dos presídios vão de esgotos entupidos a prédios condenados. Quando chegam à prisão, os detentos não recebem sequer sabonete. O quadro alimenta a subordinação de detentos a facções criminosas, que dominam os presídios e, em troca de um kit de higiene e de proteção, passam a cobrar obediência dos presos. A ligação, muitas vezes, se estende para fora das celas, após a libertação. — Os presídios brasileiros são sim medievais. São barris de pólvora e vão estourar, não tem como. São Paulo coloca 3 mil pessoas por mês a mais nas prisões e este número, sozinho, mostra que o sistema se tornou inviável — diz o padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária. Padre Silveira afirma que, em geral, as pessoas não querem tomar conhecimento sobre o que se passa dentro dos presídios. — Cadeia no Brasil foi feita para quem é pobre e miserável, para quem já estava acostumado a passar fome. O que me espanta na fala do ministro (José Eduardo Cardozo, da Justiça) é que ele veio a São Paulo tratar da questão da violência e não tocou no assunto do
fortalecimento das ouvidorias de polícia, na criação de ouvidorias de presídios. Também não tocou na criação de um comitê de combate à tortura, que é imprescindível.
Disponível no site: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/haitianos-em-brasileia-serao-transferidos-para-novo-espaco? (Acessado em 30/11/2012)
O próprio Ministro da Justiça também se pronunciou diante da barbárie a
qual se encontra nosso atual sistema prisional, daí a extrema importância e
necessidade de que cada um de adquira um repertório comportamental que
faça ressoar atitudes proativas para prevenir e evitar que pessoas com as
quais interagimos corram o risco de algum dia parar em um sistema prisional.
Observe as palavras do ministro:
Violência | 13/11/2012 23:05 Ministro da Justiça: "Prefiro morrer a ficar preso no Brasil"
'Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer', disse José Eduardo Cardozo’.
'Preferia morrer' a ir para prisão no Brasil, diz ministro da Justiça: ministro acrescentou que o sistema penitenciário precisa melhorar muito para garantir a reinserção dos presos
São Paulo - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira que prefere a morte a cumprir uma pena de longa duração no atual sistema penitenciário brasileiro, qualificado por ele como 'medieval'.
'Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer', disse Cardozo durante um encontro com empresários paulistas.
Em seguida, o ministro acrescentou que o sistema penitenciário precisa melhorar muito para garantir a reinserção dos presos.
'Não é porque eu tenho um sistema debilitado, que não oferece condições de reinserção, que eu vou negar o princípio que eu tenho que seguir. Eu tenho é que melhorar o meu sistema, cumprir o meu papel', comentou.
As declarações do ministro acontecem depois que, no último mês de junho, foi divulgado um relatório da Subcomissão de Prevenção da Tortura da ONU que denunciava o grave estado de algumas prisões brasileiras e recomendava o fechamento imediato do Presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro.
O documento detalhava que nessa prisão foram registrados casos de tortura e tratamento degradante aos detentos, além
do que as celas apresentavam condições de insalubridade, sujeira e estavam infestadas de insetos.
Disponível no site: http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/ministro-da-justica-prefiro-morrer-a-ficar-preso-no-brasilm (Acesso em 10/12/2012)
Debate: 1 – Quais informações são relevantes para prender a atenção do leitor? 2 – O sistema prisional de quantas regiões é mencionado para dar subsídios às idéias de Cleide Carvalho?
Produção Escrita:
3 – O discurso de quais autoridades são citados para fundamentar a intenção discursiva da autora em suas reflexões sobre o déficit de vagas nas prisões? Faça paráfrases dos discursos destas autoridades mencionadas. 4 – Pesquise as causas pelas quais o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirma que o sistema penitenciário é medieval. Apresente aos colegas o resultado de sua pesquisa. 5 – Em que medida a falta da educação formal pode contribuir para aumentar o índice de violência e violações de Direitos?
Bom Trabalho!
Visto do Professor!
Em ___/____/______
Tema: A notícia no romance “Capitães da Areia”
Objetivo
- Despertar os educandos para a leitura na íntegra do livro.
- Analisar as características composicionais da notícia enquanto linguagem
literária elaborada por Jorge Amado.
- Comparar o estilo do texto literário com o jornalístico.
- A possibilidade de intensificar o desejo pela leitura por meio de atividades de
pré-aquecimento envolvendo recursos midiáticos como objeto de
aprendizagem comunicativa e o filme.
Conteúdos
- Elementos composicionais do texto literário.
Após as reflexões propostas até aqui, vamos conhecer uma notícia de
jornal que compõe a primeira parte de uma das obras literárias escrita por um
dos mais famosos e célebres escritores de todos os tempos - Jorge Amado,
cujas obras foram possivelmente traduzidas para o maior número de idiomas
de mais de 50 países. Abordaremos aqui os “Capitães da Areia”, que se refere
a crianças abandonadas tentando buscar recursos para sobrevivência na
cidade de Salvador – Bahia, em meados de 1930.
O líder do grupo conhecido por Pedro Bala iniciou sua história de vida
sem lar nem família por volta dos cinco anos de idade, era filho de um grevista
morto no cais. Com mais de cinquenta crianças, alguns personagens
contribuem para pensarmos no desenvolvimento humano e nos
multicondicionantes que contribuem para edificar os diversos arquétipos
humanos, ou seja, para refletirmos sobre os diversos fatores que atuam na
construção de cada indivíduo, de cada subjetividade.
Arquétipo, para Jung, refere-se às especificidades, às características físicas e psicológicas de um indivíduo, considerando-se as possibilidades arquitetônicas utilizadas como bases de sustentação para a construção deste sujeito. Trata-se de uma metáfora usada por C.G.Jung para ilustrar a possibilidade do ser humano de herdar do pai e da mãe biológicos estruturas inatas que viabilizam o desenvolvimento do aparelho psíquico.
Atividades : 1 - No laboratório de informática, vamos conhecer um pouco desta obra literária, por meio de jogos virtuais:
Dentre estes arquétipos, temos
como personagens o Professor,
o Gato, o Sem Perna, o Volta
Seca, o Pirulito, o Boa Vida, o
João Grande, a Dora, a Dalva,
e outros. Vamos conhecer a
notícia publicada no capítulo
intitulado “Crianças Ladronas”.
Já no início o leitor tem a notícia de que por várias vezes jornal local
traz reportagens abordando a atividade criminosa do grupo de meninos
assaltantes e ladrões que infestam a cidade (urbe) bahiana.
Disponível no site: http://www.jogoscapitaesdaareia.com.br/#/home (Acessado em 30/11/2012)
Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=oOuswtfP0lc (Acessado em 30/11/2012)
Ficha técnica
Nome: Capitães da Areia Nome Original: Capitães da Areia Cor filmagem: Colorida Origem: Brasil Ano de produção: 2010 Gênero: Drama Classificação: Livre Direção: Cecília Amado Elenco: Jean Luis Amorim, Ana Graciela, Robério Lima
Disponível no site: http://cineweb.com.br/filmes/filme.php?id_filme=3002 (Acessado em 30/11/2012)
Atividade : Agora assista ao filme “Capitães de Areia”
Na obra escrita por Jorge amado, o narrador em terceira pessoa segue
sua notícia sobre o assalto, comentando que o bando de meninos
abandonados é composto por aproximadamente 100 crianças entre oito e
dezesseis anos, que moram na rua e não se sabe onde escondem o produto
do assalto que realizam. São conhecidos pó “Capitães da Areia” porque vivem
no cais e o chefe deles é um mascote de 14 anos, que já cometera um crime
no qual provocara na vítima ferimentos graves, cuja identidade é desconhecida.
Solicita uma providência imediata do Dr. Juiz de Menores e do Dr. Chefe de
Polícia.
Assalto Não tinham passado ainda cinco minutos quando o
jardineiro Ramiro ouviu gritos assustados vindos do interior da residência. Eram gritos de pessoas terrivelmente assustadas. Armando-se de uma foice o jardineiro penetrou na casa e mal teve tempo de ver vários moleques que, como um bando de demônios (na expressão curiosa de Ramiro), fugiam saltando as janelas, carregados com objetos de valor da sala de jantar. A empregada que havia gritado estava cuidando da senhora do comendador, que tivera um ligeiro desmaio em virtude do susto que passara. O Jardineiro dirigiu-se às pressas para o jardim, onde teve lugar a
Luta. Aconteceu que no jardim a linda criança que é Raul
Ferreira, de 11 anos, neto do comendador, que se achava de visita aos avós, conversava com o chefe dos"Capitães da Areia", que é reconhecível devido a um talho que tem no rosto. Na sua inocência, Raul ria para o malvado, que sem dúvida pensava em furtá-lo. O jardineiro se atirou então em cima do ladrão. Não esperava, porém, pela reação do moleque, que se revelou um mestre nestas brigas. E o resultado é que, quando pensava ter seguro o chefe da malta, o jardineiro recebeu uma punhalada no ombro e logo em seguida outra no braço, sendo obrigado a largar o criminoso, que fugiu.
A polícia tomou conhecimento do fato, mas até o
momento que escrevemos a presente nota nenhum rastro dos "Capitães da Areia" foi encontrado. O Comendador José Ferreira, ouvido pela nossa reportagem, avalia o seu prejuízo em mais de uni conto de réis, pois só o pequeno relógio de sua esposa estava avaliado em 900$ e foi furtado. (p. 6)
Urge uma providência Os moradores do aristocrático bairro estão alarmados
e receosos de que os assaltos se sucedam, pois este não é o primeiro levado a efeito pelos "Capitães da Areia".
Urge uma providência que traga para semelhantes malandros um justo castigo e o sossego para as nossas mais distintas famílias. Esperamos que o ilustre Chefe de Polícia e o não menos ilustre Dr. Juiz de Menores saberão tomar as
devidas providências contra esses criminosos tão Jovens e já tão ousados.
A opinião da inocência A nossa reportagem ouviu também o pequeno Raul,
que, como dissemos, tem onze anos e já é dos ginasianos mais aplicados do Colégio Antônio Vieira. Raul mostrava uma grande coragem, e nos disse acerca da sua conversa com o terrível chefe dos "Capitães da Areia".
-- Ele disse que eu era um tolo e não sabia o que era brincar. Eu respondi que tinha uma bicicleta e muito brinquedo. Ele riu e disse que tinha a rua e o cais. Fiquei gostando dele, parece um desses meninos de cinema que fogem de casa para passar aventuras.
Ficamos então a pensar neste outro delicado problema para a infância que é o cinema, que tanta idéia errada infunde às crianças acerca da vida. Outro problema que está merecendo a atenção do Dr. Juiz de Maiores. A ele volveremos. (Reportagem publicada no jornal da Tarde, na página de Fatos Policiais, com um clichê da casa do comendador e um deste no momento em que era condecorado.) (p.7)
Para enriquecer esteticamente a linguagem literária, o autor recorre a
vários adjetivos que não são recorrentemente utilizados em notícias de jornais,
pois a linguagem padronizada para veicular em reportagens requer maior
objetividade do jornalista, do autor/locutor que escreve ou fala em equipamento
radiofônico ou audiovisual.
A intenção para o uso de tantos adjetivos é provocar um efeito de
sentido no leitor, fazer com que se compadeça ou se enfureça, desencadear-
lhe uma sensação. Com isso, o autor do enunciado, do discurso, pretende
intencionalmente atingir uma determinada finalidade.
Atividade individual:
1 - Perceba que o pequeno Raul tem onze anos e é um excelente aluno, dos mais dedicados do Colégio Antônio Vieira. Compare os artefatos culturais que tanto Raul quanto o chefe dos Capitães da Areia possuem à disposição para os momentos de lazer. Em que consiste a ironia de Jorge Amado ao descrevê-los? 2 - Escolha alguns adjetivos presentes ao longo dos fragmentos dos “Capitães da Areia” citados anteriormente. A quem eles se referem e qual a intenção do narrador ao utilizá-los. Compare os adjetivos utilizados para se referir ao grupo de meninos abandonados, com os atribuídos ao menino Raul.
3 – Redija em uma lauda algumas reflexões sobre os elementos composicionais do gênero notícia e do texto literário. Compare o estilo da escrita da reportagem com o estilo literário de Jorge Amado.
Visto do Professor!
Em ___/____/______
Encaminhamentos Metodológicos: Assistir com os alunos ao filme “Capitães da Areia”, lançado recentemente por Cecília Amado, neta de Jorge Amado . Levar os estudantes ao Laboratório de Informática para utilizarem um objeto de aprendizagem colaborativa, jogando os jogos dos “Capitães da Areia”, disponível no site: http://www.jogoscapitaesdaareia.com.br/#/home Discutir sobre os elementos composicionais do gênero notícia e do texto literário, a partir das reflexões propostas no caderno pedagógico. Comparar o estilo da escrita da reportagem com o estilo literário de Jorge Amado. Propor que leiam na íntegra a obra literária, disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br/download.htm (Acesso em 30/12/2012)
Tema: A metonímia do discurso literário a partir da análise dos aspectos físicos
e psicológicos dos personagens dos “Capitães da Areia”.
Objetivos:
- Apropriar-se do conceito de metonímia e suas ramificações, com ênfase na
“Sinédoque”.
- Correlacionar as características físicas e psicológicas das personagens a
outros arquétipos humanos edificados em contextos semelhantes;
- Investigar a intertextualidade presente em “Capitães de Areia”.
Conteúdos :
- Figuras de Linguagem: Metonímia - Sinédoque.
- Elementos da narrativa
- Intertextualidade
Metonímia ou transnominação se refere a uma figura de linguagem que
consiste na utilização de uma palavra ou expressão por outra parecida, de
forma a permitir uma relação associativa devido à semelhança entre elas.
Metonímia: Sinédoque
A sinédoque se classifica como uma ramificação da metonímia quando permite
considerar a parte de determinado fenômeno como sendo ilustrativa do todo -
pars pro toto, e vice-versa, ou seja, do todo pela parte - totum pro parte.
A personagem Dora e sua mãe ilustra uma coletividade de pessoas que foram
contaminadas pela varíola. Observe a imagem da perna de um indivíduo
acometido pela varíola.
Disponível em:
http://2.bp.blogspot.com/_VwJt7b4H5U0/TPLEErGVVZI/AAAAAAAAACY/UhVqHrDR2tg/s1600/vari
ola.jpg (Acesso em 18 de outubro de 2012).
Mais que a peste negra, tuberculose ou mesmo a AIDS, a
varíola afetou a humanidade de forma significativa, por mais de
10000 anos. Múmias, como a de Ramsés V, que data o
período de 1157 a.C, apresentam sinais típicos da varíola -
esta que foi a principal causa de mortes em nosso país,
desde o seu descobrimento.
Desconhecidos até pouco tempo atrás, pouco se sabia quanto
à transmissão de doenças causadas por vírus. No caso da
varíola, esta se dá pelo contato com pessoas doentes ou
objetos que entraram em contato com a saliva ou secreções
destes indivíduos.
Penetrando no corpo, o patógeno se espalha pela corrente
sanguínea e se instala, principalmente, na região cutânea,
provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas
gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo
o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que
dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira
intensa e dor.
O risco de cegueira pelo acometimento da córnea, e morte por
broncopneumonia ou doenças oportunistas, já que tais
manifestações comprometem o sistema imunitário; são riscos
que o indivíduo infectado está sujeito.
Causada pelo Orthopoxvirus variolae, é considerada, pela
Organização Mundial de Saúde, erradicada desde o fim da
década de setenta, graças à vacinação. Quanto a isso, é
atribuída a Edward Jenner a descoberta de que o contato
prévio com o vírus - ou partículas deste – era capaz de
proteger as pessoas contra ele. Nasciam, então, os primeiros
princípios da vacina, esta capaz de nos proteger até hoje
contra outras moléstias, como poliomielite e rubéola.
Apesar de controlada, algumas amostras do vírus
permanecem, oficialmente, abrigadas no Centro de Controle e
Prevenção de Doenças em Atlanta (Estados Unidos) e no
Centro Estatal de Pesquisas de Virologia e Biotecnologia em
Koltsovo (Rússia). Tal fator causa preocupação quanto à
utilização destes organismos como armas biológicas,
principalmente considerando que indivíduos mais jovens não
foram vacinados contra ela e que, portanto, não são imunes a
esta doença de caráter incurável.
As opiniões quanto à destruição ou não destas partículas são
longas e controversas, mas até o momento, estas permanecem
lá, onde estão.
Leitura proposta:
Em uma palestra, o professor de saúde e direitos humanos na Austrália
Daniel Tarantola mostrará que, na erradicação da varíola, tiveram papel
fundamental os trabalhadores leigos em saúde e os membros de comunidades,
que atuaram de forma integrada aos especialistas. “Se for considerada uma
nova campanha de erradicação, as suas abordagens estratégicas devem
considerar os seguintes fatores: a importância vital de basear-se nas
aspirações, na resistência e na capacidade de recuperação da comunidade; o
papel fundamental da liderança e da responsabilidade governamental; a
necessidade essencial de envolver a sociedade civil e as parcerias público-
privadas no discurso e nas ações de saúde pública global; e a necessidade de
investir no fortalecimento de um sistema de saúde com uma base ampla”,
avalia, no resumo.
Disponível em: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3489&sid=9&tpl=printerview (Acesso em 18 de outubro de 2012).
Três experiências de sucesso no combate à varíola
As análises dos diferentes formatos de campanhas que
integraram o Programa Internacional de Erradicação da Varíola
são valiosas para enfrentar epidemias e os problemas que
possam surgir no campo da saúde pública. Essa foi a tônica
das apresentações no “Painel histórico” na quarta (25/8),
quando Gilberto Hochman, pesquisador da COC, ao lado dos
historiadores das ciências Sanjoy Bhatracharya, da britânica
University of York e de Claudia Agostoni, da Universidade
Autônoma do México, falaram sobre as experiências no
combate à varíola em seus países: Brasil, Índia e México.
As campanhas visando erradicar a doença que flagelou
milhões
O indiano Sanjoy ressaltou o papel das equipes de
estrangeiros em seu país, durante a aplicação, pela
Organização Mundial de Saúde, do Programa Internacional de
Erradicação da Varíola. Lá, as equipes de profissionais
incluíam russos, escandinavos e norte-americanos.
“Vivemos várias experiências nos últimos anos das
campanhas, quando eram aplicados modelos e práticas
diferentes nas diversas etapas, desde o isolamento às
múltiplas formas de vacinação. “Houve algo como 35 tipos de
campanha”. Os desafios eram grandes”, lembrou Sanjoy.
Outro aspecto destacado por ele foram as implicações da
“porosidade” das fronteiras entre os países do Sul da Ásia,
quando o objetivo era erradicar uma doença altamente
contagiosa. “Havia refugiados, além de trabalhadores que
cruzavam entre os vários países em busca de trabalho”.
Em uma apresentação em que utilizou fotografias para
descrever a trajetória das campanhas em seu país, Claudia
Agostoni destacou a importância da participação de toda a
sociedade mexicana para erradicar a varíola: “O programa da
OMS contou com o apoio não apenas do Estado, que deslocou
pessoal das áreas da saúde e da educação para as
campanhas, mas das autoridades eclesiásticas, nos séculos 19
e 20”.
Gilberto Hochman frisou que a varíola ficou fora da agenda das
políticas e programas públicos da saúde no Brasil, entre as
décadas de 1930 a 1960. “Nosso país era o único da América
Latina que não tinha um programa nacional de vacinação
unificado e sistemático e o índice de casos da doença era o
mais alto no continente”.
O Programa de erradicação foi implantado e a doença
erradicada do país apenas em 1973. Um dado curioso de sua
apresentação foi a comparação entre as campanhas de
combate à varíola e outras doenças contagiosas ao longo da
história recente do Brasil: originalmente as autoridades de
saúde enfrentaram uma forte reação popular durante a
“Revolta da vacina”, em 1904, quando a população do Rio de
Janeiro reagiu à obrigatoriedade da vacinação em massa.
Disponível no site:
http://www.coc.fiocruz.br/index.php?option=com_content&view=article&id=180&Itemid=
(Acesso em 29/11/2012)
Atividades:
1 - Observe no texto abaixo que o professor Daniel Tarantola
ressalta a importância da atuação das comunidades, do
envolvimento da sociedade civil. Leia os artigos indicados e
responda:
Quais vírus são atualmente considerados ameaçadores à
saúde humana e o que cada um pode fazer para prevenção?
2 - Identifique como as políticas públicas no Brasil trataram a
problemática da varíola. O tempo histórico mencionado
equivale ao período em que Dora adquire a doença? Pesquise
na Constituição Federal de 1988 os artigos art. 196 e 197.
Redija um texto em uma lauda dissertando sobre estas
questões.
3 - Slides em PowerPoint: Propõe-se que o professor comente
os slides com os alunos a respeito da obra “Capitães da Areia”,
abordando as figuras de linguagem presentes nos fragmentos
como Metonímia (Sinédoque), Metáfora, Hipérbole, dentre
outras que considerar relevantes.
Encaminhamentos metodológicos possíveis: A interdisciplinaridade com Arte:
Propor uma discussão sobre “Os Retirantes” de Cândido Portinari com o
professor de Arte, para que analise aspectos composicionais da obra artísticas
e correlacione ao personagem “Volta Seca” e ao conceito de sinédoque.
Capitães de Areia - personagens
• Mulato, sertanejo. Veio da caatinga. Seu ídolo é o cangaceiro Lampião. (inserir vídeo mostrando Lampião.)
• Torna-se o cangaceiro do grupo de Lampião. Mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado. (Eu-coletivo, autoamplificação dos fenômenos, holograma, entropia.)
• Imitador de pássaros e e afilhado de Lampião; era mulato e sertanejo. Na última parte vai em busca do padrinho, onde é recebido e mais tarde tratado como um dos mais impiedosos matadores do grupo.
• Ver sobre literatura de Graciliano Ramos entre outras. A seca do sertão é transposta para o self.
Volta-Seca
Imagem disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-
PAiyMe5wFlo/T8LJ5azLBiI/AAAAAAAAAhw/LlQG9EKTLMw/s1600/retirantes-portinari.jpg (Acesso em 30/10/2012)
Possibilidade de interdisciplinaridade com Filosofia:
Trabalhar o conceito de “Liberdade” e “Ética”, pois especialmente o filme
finaliza com uma pequena abordagem sobre este tema tão importante e caro
para a edificação da personalidade ética que se faz necessária em cada ato
educativo.
Sugestão de interdisciplinaridade com Matemática:
A varíola e o Brasil
Durante vários séculos a varíola foi a principal causa de mortalidade nas vilas e cidades brasileiras, a partir de onde se disseminava pelos sertões, provocando
a morte de grande número de escravos e de índios que trabalhavam nos engenhos de açúcar do Nordeste e na extração de ouro em Minas Gerais7. Para se ter idéia da gravidade do problema, basta observar no Quadro 1 as mortes por varíola só na cidade do Rio de Janeiro, na segunda metade do século 198.
Devido ao mínimo nível de conhecimento sobre a patologia, a única opção possível era o afastamento dos enfermos dos ambientes freqüentados pelos sadios, levando-os muitas vezes a morrerem sozinhos e desassistidos nas matas próximas a vilas e povoados7.
Há 125 anos, São Paulo sofria com uma terrível epidemia de varíola, e foi decidido procurar um local afastado da cidade para colocar os doentes. Com parte da verba para a construção vindo de subscrição pública, foi construído um "lazareto" na antiga estrada do Araçá. Assim surgiu o Hospital de Isolamento de São Paulo, inaugurado em 8 de janeiro de 1880. Com o tempo transformou-se em hospital para todas as doenças infecciosas, porém até hoje o Instituto de Infectologia Emílio Ribas ainda guarda o primeiro pavilhão do antigo hospital.
O Brasil foi o último país das Américas a erradicar a varíola. Em 1971 foram notificados 19 casos, sendo que em 1972 ocorreu o último caso da doença em nosso meio, considerada, a partir de então, erradicada do continente americano.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
42302002000400045&script=sci_arttext (Acesso em 20/11/2012)
Outros encaminhamentos....
_ Articular com colegas das áreas de matemática, arte, biologia e
filosofia para propor um trabalho entrelaçado, colocando em
prática as ideias constantes nesta proposta didática.
Atividade em equipe de quatro estudantes:
Leiam o artigo intitulado “ A violência contra a criança e o adolescente no
Brasil”, de Rodrigo Stumpf González. Disponível no site:
http://www.abmp.org.br/textos/25.htm, (Acesso em 22 de novembro de 2012)
Discutam sobre os principais artigos de lei e documentos jurídicos
mencionados que são cotidianamente violados. Procurem fazer correlações
entre a violação dos direitos que podem ser percebidos no filme “Capitães da
Areia”, com a experiência de vida de vocês. No bairro onde moram ou até
mesmo em casa, vocês conseguem exemplificar alguma situação de violação
de direitos?
Procurem ilustrar as atividades realizadas na Rádio Escola, algumas
produções publicadas no Jornal Escola e apresentem as conclusões a que a
equipe chegou em forma de tópicos, elaborando slides no PowerPoint, às
demais turmas e à comunidade local o trabalho de vocês, com atenção
especial para a importância da ação de cada pessoa na luta por conquistar a
implementação de direitos já assegurados, bem como na reivindicação de
novos direitos, como forma de prevenir situações aversivas que possam colocar
em risco o desenvolvimento humano e a vida de crianças e adolescentes.
- Trabalhar os dados sobre a varíola constante na tabela por meio de atividades que envolvam porcentagem, regra de três, etc., ou propor que elaborem gráficos no Laboratório de Informática utilizando o EXCEL.
Considerações Finais:
Este caderno pedagógico foi elaborado com o intuito de contribuir para
com os professores de Literatura, Filosofia, Arte, Biologia e Matemática,
apresentando-lhes a possibilidade de propor um trabalho multidisciplinar que
tem a pretensão de ser transversalizado pelo debate dos Direitos Humanos,
por meio de recursos midiáticos presente nas escolas. Percebe-se que este
debate precisa ser disseminado na sala de aula e constituir o Plano de
Trabalho Docente, o Projeto Político Pedagógico, e demais documentos que
regulam o sistema de educação.
Também é oportuno ressaltar que acionar demais colegas de trabalho
para se somarem na disseminação desta proposta é uma ação imprescindível,
pois intensifica para os participantes as possibilidades de elaborar
colaborativamente estratégias de ação educativa para que a finalidade
formativa possa acontecer com eficácia, produtividade e na perspectiva de
transformação, de intervenção na vida comunitária. Desta forma, são
convidados a participar coordenadores da Rádio Escola e do Jornal Escolar do
Programa Mais Educação, a Equipe Multidisciplinar e as Instâncias Colegiadas.
Uma proposta multidisciplinar como esta também pretende acolher a
comunidade local, de pais e responsáveis para assistirem à apresentação dos
alunos sobre a temática da violação de direitos e a importância de cada ação
individual no plano coletivo.
Referências:
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. Rio de Janeiro: Record, 2002 (1937). Disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br/download.htm (Acesso em 30/12/2012)
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo, Ed. Hucitec, 1990, p. 42. CANDIDO, Antônio. Literatura e Sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2006. pp. 13-49. CARVALHO, Cleide. Déficit de vagas em prisões do Brasil alcança quase 170 mil e poderia dobrar. Disponível no site:
http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/ministro-da-justica-prefiro-morrer-a-ficar-preso-no-brasil (Acesso em 10/12/2012) FOUCAULT. L.Ordre du discours. Paris: Gallimard, 1971.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. História, Patrimônio Cultural e divulgação das Ciências e Saúde. Disponível no site: http://www.coc.fiocruz.br/index.php?option=com_content&view=article&id=180&Itemid= (Acesso em 29/11/2012)
GONZÁLEZ, Rodrigo Stumpf. A violência contra a criança e o adolescente no Brasil. Disponível no site: http://www.abmp.org.br/textos/25.htm, (Acesso
em 22 de novembro de 2012) JUNG, Carl G. 'Os arquétipos e o inconsciente coletivo'. Rio de
Janeiro: Vozes, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Programa FICA Comigo : enfrentamento à evasão escolar / Secretaria de Estado da Educação. – Curitiba : SEED – Pr., 2009. - 40 p. RANÃ Rafael &Solange Souza Lima, Programa Faz Cultura. Disponível no site: http://www.jogoscapitaesdaareia.com.br/#/home (Acessado em 30/11/2012)
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