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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
FRANSHWANNE SANTOS RIBEIRO GUIMARÃES
A PRÁTICA AVALIATIVA COMO INDICADOR DE NOVOS
HORIZONTES
Senhor do Bonfim 2015
FRANSHWANNE SANTOS RIBEIRO GUIMARÃES
A PRÁTICA AVALIATIVA COMO INDICADOR DE NOVOS HORIZONTES
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Profª. Drª. Edileide Maria Antonino da Silva.
Senhor do Bonfim 2015
FRANSHWANNE SANTOS RIBEIRO GUIMARÃES
A PRÁTICA AVALIATIVA COMO INDICADOR DE NOVOS HORIZONTES
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador. ____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________
Dedico este trabalho a todos os amantes da educação que, assim como eu,
acreditam eu seu poder transformador e conservam sua esperança em dias
melhores.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me permitir mais esta conquista.
A meus filhos e esposo, pelo apoio neste momento e por compreenderem meu
estresse, minhas ausências e renúncias, não tenho palavras...
A minha mãe, exemplo de educadora e minha inspiração, quem continua a me
ensinar que em se tratando de Educação, sempre podemos fazer mais!
A minha orientadora querida, Prof. Edileide Maria Antonio da Silva, pela paciência,
competência e atenção ao me auxiliar nesta jornada.
À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por
levarem a cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos
como eu.
A toda a equipe pedagógica da escola pesquisada, pela recepção atenciosa durante
as minhas vivências e por colaborarem nesta pesquisa.
A todos, o meu muito obrigada.
Ao avaliar, nos transformamos em leitores de sujeitos, de seus
textos e contextos, o que nos remete à leitura de nós mesmos
construindo e reconstruindo sentidos nessa interlocução.
(HOFFMANN, 2013, p; 129).
GUIMARÃES, Franshwanne Santos Ribeiro. Avaliação, conhecer para
transformar: a prática avaliativa como indicador de novos horizontes. 2015. Projeto
Vivencial (Especialização) – Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de
Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
A pesquisa, do tipo observação direta extensiva, visa refletir e analisar a prática pedagógica baseada no conhecimento dos avanços e retrocessos dos alunos observados no decorrer do processo avaliativo e fundamentar a intervenção a partir do resultado do processo de avaliação. Selecionou-se uma escola pública, municipal na cidade de Senhor do Bonfim que atende ao Ensino Fundamental Séries iniciais. Nesta instituição, optou-se por aplicar o instrumento de coleta com os professores por atuarem diretamente no processo. Foram encaminhados 5 questionários e 3 respondentes devolveram devidamente preenchidos. A quantidade de questionário foi corresponde ao número de professores que atuam 40 horas na unidade de ensino em questão. Todas as questões foram abertas e considerou-se os procedimentos de leitura e interpretação das respostas contidas no questionário. Os resultados obtidos revelaram que a avaliação na instituição é tratada com a importância que merece, é parte do processo, serve como instrumento de redirecionamento pedagógico. A pesquisa revelou o vasto conhecimento docente acerca da importância da avaliação em detrimento à participação dos docentes em programas federais, oficinas e formação continuada. Palavras-chave: Processo de avaliação. Intervenção. Redirecionamento Pedagógico. Conhecimento docente.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 Tempo de docência dos professores......................................26
Gráfico 2 Tempo de docência na escola Municipal Nossa Senhora de
Fátima......................................................................................27
Gráfico 3 Formação acadêmica dos professores...................................27
Gráfico 4 Frequência de realização de planejamento............................28
Gráfico 5 Como os alunos são avaliados...............................................30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADA
CECOP
Avaliação Diagnóstica de Aprendizagem
Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica
CP
IAT INEP
Coordenador Pedagógico
Instituto Anísio Teixeira
Instituto Nacional de Educação e Pesquisa
LDB
MEC
PNAIC
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Ministério de Educação
Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa
UFBA
UNEB
Universidade Federal da Bahia
Universidade Estadual da Bahia
UPE Universidade do Estado de Pernambuco
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 11
1 VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU CAMINHEI PRA CHEGAR ATÉ
AQUI ........................................................................................................... 13
1.1 VIDA ACADÊMICA...................................................................................... 13
1.2 VIDA PROFISSIONAL................................................................................. 15
1.3 EXPECTATIVAS.......................................................................................... 16
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 18
3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 22
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLA.......................................... 22
3.2 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO........................................................... 23
3.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA................................................. 24
3.4 OBJETIVO.................................................................................................. 24
3.5 METODOLOGIA......................................................................................... 25
3.6 RESULTADOS ALCANÇADOS.................................................................. 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 31
REFERÊNCIAS........................................................................................... 33
APÊNDICE.................................................................................................. 35
APÊNDICE 1............................................................................................... 36
ANEXOS..................................................................................................... 38
ANEXOS. 1.................................................................................................. 39
ANEXOS. 2.................................................................................................. 39
ANEXOS. 3.................................................................................................. 40
11
INTRODUÇÃO
O ato avaliativo sempre intrigou-me desde a minha época de estudante pois
percebia que boa parte do que eu sentia segurança em realizar na escola nunca era
levado em consideração a título de avaliação e que estávamos sempre fazendo as
mesmas coisas.
Com o passar do tempo compreendi o peso que as avaliações tinham sobre a vida
escolar de um estudante e isto custou-me um ano letivo perdido. Avaliar alguém é
um ato muito complexo por isto partilho a ideia que admiro muito de Luckesi que diz
que:
Avaliar a aprendizagem é um ato de cuidar do estudante, tendo em vista a obtenção dos melhores resultados em termos de seu desempenho como ser humano e como aprendiz. Para tanto, a avaliação deve atuar, conjuntamente, como investigação e como intervenção.”(2005, p.57)
De fato avaliar exige ao mesmo tempo conhecimento, compromisso e ação e
pensando assim, decidi seguir esta linha de pesquisa abordando o processo
avaliativo como aliado pedagógico, como fonte norteadora, uma espécie de bússola
que dá o direcionamento que o professor precisa para alcançar a aprendizagem. Daí
a necessidade de conhecer como se dá a avaliação e o mais importante, o que é
feito a partir dos resultados obtidos durante o seu processo.
A escolha deste tema partiu, de fato, da minha crença na força que a ferramenta
avaliação tem dentro do processo educativo e por compreender que esta prática
pode influenciar beneficamente na mudança de posturas, de ações e na própria
proposição de objetivos a serem elencados.
Assim sendo, optei por vivenciar esta experiência na Escola Municipal Nossa
Senhora de Fátima, instituição que atende a crianças que cursam o Ensino
Fundamental Séries Iniciais em um bairro periférico de Senhor do Bonfim.
Face a esses propósitos e desafios, fundamentei esta pesquisa no tipo de
planejamento executado pelos professores e a frequência em que eram realizados.
Busquei quem costumava acompanhar estes momentos tão importantes e se havia
a contribuição de um coordenador pedagógico.
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A formação do professor e a formação continuada também foi fator preponderante
para esta pesquisa, assim como o tempo de serviço prestado na instituição. E
finalmente interroguei o olhar do professor acerca do que é avaliação e para que ele
avalia afinal, como diz Hoffmann (2013, p. 59) “Ninguém aprende sozinho. E os
alunos não aprendem sem bons professores.” Logo, não há a menor chance de
transformação sem conhecimento de causa, sem situar-se no contexto e tornar-se
parte do processo.
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1. VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU CAMINHEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI...
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
Paulo Freire.
O memorial é o resultado de uma narrativa da nossa própria experiência a partir de
fatos significativos e leva em conta aspectos profissionais, acadêmicos e até
pessoais; assim, o presente memorial tem por objetivo descrever a minha trajetória
educacional, destacando muitas situações vivenciadas por mim, atividades que
desenvolvi e que ainda desenvolvo e minhas perspectivas de continuidade
acadêmica.
O tema Avaliação esteve presente em minha vida de estudante e está presente em
meu cotidiano profissional, por isso, optei por ele e todos os seus paradigmas, suas
coerências e incoerências.
Este trabalho aborda a avaliação como uma grande oportunidade de transformação
de realidades no percurso escolar. Ela não pode nem deve ser vista como um fim
em si mesma, mas como ponto de partida em busca do sucesso escolar. Os
desafios são muitos, ainda há paradigmas tão entranhados nas instituições que
tornam este tema, a cada dia, algo quase inquestionável e imutável.
1.1 VIDA ACADÊMICA
“Pensar, falar, sentir, perceber, dar um destino às mãos liberadas do
quase exclusivo apoio ao corpo para mover-se, inteligir e comunicar
o inteligir, comparar, valorar, avaliar, optar, romper, decidir,
apreender, aprender, ensinar, poder fazer ou não coisas, idear, viver
socialmente, tudo isto sublinhou no ser que disto se tornou capaz, a
importância indiscutível de sua consciência”
Paulo Freire
Minha vida acadêmica iniciou em fevereiro de 1994, quando entrei na UNEB –
Universidade Estadual da Bahia, para fazer o curso de Graduação em Licenciatura
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em Pedagogia em Magistério das Matérias Pedagógicas do 2º Grau, o qual concluí
em 1999, mas só colei o grau em janeiro de 2000.
Durante este período, algumas questões me chamavam muito a atenção,
principalmente no tocante à avaliação. Alguns professores cobravam mais do que
ofertavam, outros cobravam bem menos do que ofereciam e ainda havia aqueles
que pouco avaliavam, e assim se passaram os anos de graduação.
Ainda em janeiro de 2000, iniciei a minha formação de pós–graduação em
Psicopedagogia pela UPE – Universidade do Estado de Pernambuco. A
aprendizagem e suas implicações sempre me intrigaram e, de fato, busquei
compreender as dificuldades de aprendizagem para nortear a minha vida
profissional. Compreender as especificidades que cercam o aprender e toda a
influência do mediador nesse processo tão maravilhoso e ao mesmo tempo tão
desafiador, reforçaram ainda mais o meu conceito de avaliação e de espaço
educativo.
Sempre atuei em sala de aula e em 2013 tive a oportunidade de colaborar com o
processo educativo municipal, agora por um outro ângulo. Sendo assim, em janeiro
de 2013 passei a atuar na Secretaria Municipal de Educação. Em junho deste
mesmo ano, participei da comissão de organização da II Conferência Territorial de
Educação do Piemonte do Itapicuru, momento que me proporcionou muito
aprendizado.
Em outubro de 2013 iniciei o Progestão, Programa de Capacitação à Distância para
Gestores Escolares, na qualidade de cursista. Este foi concluído em novembro de
2014.
Em fevereiro de 2014 iniciei o curso de Aperfeiçoamento para os anos finais do
ensino fundamental em Currículo e Avaliação, promovido pela Secretaria de
Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira – IAT, concluindo
em junho de 2014. Mais uma vez a avaliação adentra em meu caminho.
Hoje, atuo como tutora do Progestão e sei o quanto a gestão influencia e pode
contribuir para uma educação de qualidade.
Estou em processo de conclusão de curso de especialização em Coordenação
Pedagógica pela UFBA – Universidade Federal da Bahia, curso que tem
acrescentado muito ao meu desempenho profissional.
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Pela Universidade da Madeira em Portugal, estou cursando o Ciclo de Seminários
preparatórios para o Acesso ao Mestrado em Educação – Área de Inovação
Pedagógica, iniciado em junho de 2015. Enfim, estou na área educacional porque
desde muito cedo foi isto que eu sempre quis, trabalho exatamente com o que,
quando adolescente, sonhei ser.
Atuo ainda como membro do conselho municipal de Educação, como titular da
cadeira do Ensino Fundamental e como suplente, mas atuante, do Conselho
Municipal da Criança e Adolescente.
De certa forma, a minha vida está sempre atrelada à vida dessas crianças e jovens
e isto me dá uma satisfação imensa, mesmo tendo consciência de que, em muitas
situações, sou impotente quando sozinha.
De uma coisa eu tenho certeza: a área que escolhi não me permite achar que já
cheguei onde queria, cada etapa alcançada é o impulso que necessito para a meta
seguinte a ser conquistada.
1.2 VIDA PROFISSIONAL
“Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja
plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia neles.”
Rubem Alves
Iniciei com trabalhos na área educacional no ano de 1993, em uma escola particular
de pequeno porte. No ano seguinte, eu e minha irmã fundamos uma escola, o
Instituto de Educação São Rafael, hoje com 21 anos de serviços prestados à nossa
sociedade. Nela, sempre estive à frente como gestora, mas executei outras funções
como professora e coordenadora, durante longos anos.
Em 1998 fui aprovada no concurso para professora da Prefeitura Municipal de
Campo Formoso, local que trabalho há 17 anos, e fui aprovada em 2002 no
concurso para professora da minha cidade. Lecionei em diversas classes, sempre
com Ensino Fundamental e, por ser pedagoga, era responsável por uma diversidade
de disciplinas.
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De certa forma, o meu objeto de pesquisa sempre esteve relacionado com a minha
vida profissional, já que não se pode pensar em trabalho educativo sem imaginar o
seu processo avaliativo.
Em 2014, na Secretaria Municipal de Educação de Senhor do Bonfim, coordenei a
aplicação de uma avaliação municipal denominada ADA – Avaliação Diagnóstica de
Aprendizagem, que ocorreu a título de amostragem, mas que detectou e reforçou
questões apontadas pelos exames externos como: a ineficiência da leitura, da
escrita e de cálculos matemáticos.
Hoje, na Secretaria Municipal de Educação, sou responsável pela formação de
gestores, coordenadores e conselheiros através do programa Progestão, atividade
que exerço com muita satisfação.
É incrível a capacidade que temos de acreditar que podemos transformar, melhorar
as coisas e até de resolver determinados problemas. Digo isso porque quando
aconteceu a oportunidade de trabalhar à frente da Coordenação na Secretaria
Municipal de Educação, eu tinha uma convicção muito grande de que o trabalho
realizado por nossa equipe, por ser um trabalho sério, executado por um grupo bem
articulado, cheio de objetivos sólidos, acreditei que seria o suficiente para
transformar a educação em nosso município.
Hoje, mais experiente, compreendo que muitas situações interferem e influenciam
de diversas formas na qualidade da educação e na melhoria da aprendizagem que
tanto buscamos. Aprendi que muitas pessoas estão nesta área pura e simplesmente
por causa da sua situação financeira e que é mais fácil desclassificar o trabalho de
alguém do que pegar a responsabilidade para si. Que apesar de tantas situações de
descaso, irresponsabilidades, falta de compromisso, existem os que buscam a
diferença e que falam e fazem educação com muito amor e compromisso, e que
continuam atuando em salas de aula com tanta propriedade que reforçam o meu
desejo transformador e a minha esperança na educação.
1.3 EXPECTATIVAS
“Ai de nós educadores e educadoras que pararem com sua
capacidade de sonhar, de inventar sua coragem, de denunciar e de
anunciar.” Paulo Freire
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E quem tem esperança se move o tempo inteiro, busca, almeja. E esta
especialização em Coordenação Pedagógica vem acrescentando muito em minha
vida profissional, pois o embasamento teórico e as aprendizagens adquiridas
durante este pequeno período estão me proporcionando muito mais segurança
acerca de questões específicas do dia-a-dia educacional e isto me dá a
oportunidade de colaborar um pouco mais com este universo educativo e assim,
entre professores, diretores, coordenadores e alunos, posso contribuir um pouquinho
na buscar da qualidade da educação que tanto almejamos.
Não pretendo e nem posso me aquietar. Esta área escolhida por mim transformou-
me em uma caçadora de sonhos. Penso em alcançar um doutorado, esta é a minha
meta, hoje. Como o ser humano é movido através do desejo, este é o meu. Sei que
não será fácil, como tudo o que vivenciei até aqui, mas esta é a minha pretensão;
assim sendo, poderei alcançar instâncias até então desconhecidas e terei a
oportunidade de levar para outras tantas pessoas a paixão pé no chão pela
educação, esta, presente em mim, pois ela nunca me abandona.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
Refletir acerca da avaliação, da complexidade que a cerca e da necessidade de
conhecimento do professor a este respeito, são passos fundamentais em busca de
uma postura transformadora desse processo. Tomando como base a geração atual,
tecnológica e imediatista, remetemo-nos a uma conscientização da necessidade de
reflexão focada na aprendizagem como objetivo principal da ação educativa, seguida
de atitudes que impulsionam o agir, o querer, o fazer.
A mera utilização de provas como instrumento para qualificar a educação por meio da responsabilização e pressão sobre os profissionais das escolas, retira da avaliação a sua função diagnóstica, condição básica para que se busquem saídas planejadas para as fragilidades do processo em todas as esferas, atribuindo condições de reflexão e ação para as mudanças. (PIMENTA ,M. e PIMENTA, S. 2014, p. 198)
Para que as avaliações (exames), sejam realizadas na escola como uma coleta de
dados para a partir dela possa buscar-se a melhoria do desempenho dos alunos faz-
se necessário uma ampla reflexão por parte dos professores, pois somente a
conscientização plena é capaz de transformar posturas e impulsionar ações efetivas
em busca da melhoria do desempenho do alunado e consequentemente da
aprendizagem. Essa consciência precisa estar alicerçada na solidez do
conhecimento teórico aliado às práticas educativas previamente planejadas e a
metas muito bem discutidas, definidas e acordadas com toda a comunidade escolar.
Não há dúvidas de que toda e qualquer ação educativa dentro de uma instituição
escolar, quando compartilhada com sua comunidade, ganha força e a sua efetivação
se aproxima do esperado por todos desta forma ganha a escola em poder contar
com a participação e colaboração da família, os professores que podem contar com
os alunos em diversos momentos do fazer pedagógico de forma mais espontânea e
principalmente, ganham os alunos por participarem como autores deste processo e
não apenas como meros executores. Assim sendo, há uma maior aproximação entre
todos os que participam do processo de construção do fazer pedagógico e desta
interação surge, consequentemente, um conhecimento do potencial e das
necessidades dos alunos. Desta forma o professor percebe de qual maneira
consegue extrair do aluno o conhecimento apreendido.
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Todos os instrumentos de coleta de dados ditos “tradicionais” são úteis e podem ser
utilizados na busca deste referencial de dados e a escolha de determinado
instrumento é que precisa, de fato, estar de acordo com os objetivos e metas que se
pretendem alcançar com a sua utilização.
Todos os instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem hoje existentes e utilizados em nossas escolas ou fora delas, em si, são úteis para o exercício da prática avaliativa da aprendizagem na escola. Um discurso que se vem tornando muito comum entre nós, educadores, é o que denomina esses instrumentos de “tradicionais” e, por essa razão, afirma que eles já não fazem sentido na prática educativa escolar. Acredito ser esse um juízo inadequado. Todos esses instrumentos são úteis e podem ser utilizados. (LUCKESI, 2011 p. 304)
Muitos são os instrumentos intitulados “tradicionais” que podem e devem ser
utilizados como coletor de dados para diagnose situacional de desempenho. E essa
diversidade, de fato, precisa ser utilizada até porque os alunos não aprendem da
mesma maneira. Se há a diversificação, fornecemos para todos os sujeitos um
número maior de oportunidades para demonstrar o que aprenderam e a reflexão de
como este conhecimento é benéfico para o seu desenvolvimento, vivência e
interação com os outros. Ao professor compete a importante tarefa de situar-se no
processo e compreender o que, de fato, pretende alcançar.
Dar nota não é avaliar, fazer prova não é avaliar, registrar notas ou fazer boletins não é avaliação. Significados em demasia são atribuídos à palavra avaliação: análise de desempenho, julgamento de resultados, medida de capacidade, apreciação do “todo” do aluno. (HOFFMANN, 2014, p.19)
A docência com propósitos claros e consensuais transforma o processo avaliativo,
integrando-o a uma perspectiva de formação e desenvolvimento, levando a uma
vivência avaliativa contínua, variada, criativa, utilizada como parte do processo e
buscando valores cognitivos e sociais de aprendizagem.
Não basta, pois, apenas medir ou levantar dados, por testes, provas clássicas ou questionários; estes instrumentos dão base para começar um processo avaliativo mas não são suficientes; é preciso inferir, comparar, analisar consequências, examinar o contexto, estabelecer valores, aquilatar
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atitudes, formas de comunicação, fazer a autocrítica de valores pessoais, etc. e, para tanto, é necessário que se tenha algum suporte referencial em concepções educacionais, fundamentado em reflexões e consensos, trabalhado antes, durante e depois do processo avaliativo. Um trabalho integrado de professores e alunos. (GATTI, 2003 p. 111)
Muitas vezes falta a integração da criatividade e variedade de ações avaliativas com
propósitos claros e sólidos. Não existe uma sequência didática para que o aluno
compreenda que os saberes estão interligados e se comunicando a todo o instante.
A fragmentação enfraquece o processo avaliativo e isto reforça o conceito distorcido
que a avaliação tem atraído. A boa avaliação ajuda-nos a enxergar o problema de
forma ampla, daí a importância de refletirmos nossas práticas, reconhecermos
nossas falhas e buscarmos novas possibilidades, tendo sempre como foco principal
a aprendizagem dos sujeitos.
Precisamos liberar a avaliação de suas lentes distorcidas, para poder avaliar bem. Uma boa avaliação nos ajudará a perceber o problema na sua complexidade e totalidade, mobilizando nossas estratégias para encará-lo. (VASCONCELLOS, 2013 p. 178)
Quem avalia necessita enxergar o processo avaliativo com outras lentes, é
necessário fugir da distorção existente a esse respeito para ser justo e verdadeiro.
Avaliar com coerência nos faz perceber onde, de fato, está o problema e isto nos
propicia subsídios para agirmos, mesmo com toda a complexidade e totalidade que
o processo exige, de forma a acompanhar atentamente este processo avaliativa.
Não se trata de abandonar totalmente o que se faz, o foco é que necessita de novos
ângulos para que se perceba o quanto esta ação pode vir a ser construtiva, fecunda
e transformadora.
Construtiva pelo fato de promover mudanças significativas, fecundas porque
resultará em bases mais sólidas e transformadora porque proporcionará um
crescimento em sua totalidade.
Avaliação é “movimento”, é ação e reflexão. Na medida em que os alunos realizam suas tarefas, efetivam muitas conquistas: refletem sobre suas hipóteses, discutem-nas com pais e colegas, justificam suas alternativas e cálculos. Esses momentos ultrapassam o momento próprio da tarefa, e não
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se esgotam nesse. As tarefas seguintes incluem e complementam dinamicamente as descobertas e as aprendizagens. (HOFFMANN, 2014, p. 80)
Nosso olhar precisa estar sempre carregado de respeito, crença no aprender e na
capacidade de superação. Estamos diariamente em contato com pessoas que foram
confiadas à nossa competência educadora, e esta responsabilidade precisa reforçar
ainda mais o compromisso que temos em desempenhar nosso papel de professor e
o compromisso que firmamos com a sociedade que ajudamos a construir a cada dia.
Trata-se de um outro olhar, um olhar marcado por um profundo respeito, pelo cuidado, pela crença sincera na sua capacidade de aprender, de se superar, de se transcender, de melhorar. Isto exige prestar atenção no aluno, leva-lo a sério. O professor olha para o aluno não como para alguém que um dia será uma pessoa, mas para quem já é uma pessoa. Não olha com desconfiança, mas pautado na convicção de que todos podem aprender e, mais do que isto, têm direito a aprender! (VASCONCELLOS, 2011 p. 201)
É preciso enxergar o aluno com o respeito que ele precisa para sentir-se parte do
processo, acolhido pelos sujeitos da sua convivência escolar e acima de qualquer
coisa, sentir-se capaz. Este sentimento precisa ser transmitido para o aluno com
muita crença e seriedade, afirmando efetivamente o seu direito à aprendizagem,
afinal, não é o que buscamos?
Em síntese, o ato de avaliar a aprendizagem, ainda que tenha muitos componentes metodológicos comprometidos, é simples. Ele é o ato por meio do qual perguntamos ao nosso educando se aprendeu o que ensinamos. Se o educando aprendeu, ótimo; se não, vamos ensinar de novo, até que aprenda, pois o importante é aprender. (LUCKESI, 2011 P.178)
Saber, de fato a filosofia da aprendizagem que é praticada na unidade escolar é que
dá sentido ao processo avaliativo, isto sim faz com que predomine um olhar
avaliativo que transforma, que desenvolve e consequentemente que liberta através
de uma autonomia que aponta caminhos e proporciona escolhas.
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3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO:
“Não se faz avaliação formativa sem ajuda. Há necessidade de um
trabalho em equipe da escola, onde a preocupação e o investimento
na nova perspectiva de avaliação façam parte da política da escola.”
Philippe Perrenoud.
De certo, somente o conhecimento prévio assegura a mudança de onde estamos
para onde pretendemos chegar e partindo da escolha do eixo 3 que aborda
Avaliação Educacional e fazendo parte do Polo de Senhor do Bonfim, do Curso de
Especialização em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, ministrado pela
Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia – UFBA, sirvo-me deste
instrumento para registrar minhas observações e pesquisa realizada em uma das 63
unidades de ensino pertencentes ao meu município.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
A Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima está situada à Rua Adjacy, s/n, no
bairro Alto da Maravilha em Senhor do Bonfim – BA, bairro bastante populoso,
chegando à faixa de onze mil habitantes. Inicialmente, devido à necessidade da sua
criação para atender à demanda de crianças de Educação Infantil às Séries Iniciais,
funcionou em espaço cedido pela comunidade até mudar-se para sua sede, antigo
posto de saúde do bairro que após passar por reforma e adaptações, transformou-se
na escola que a comunidade tanto aguardava.
É uma instituição de pequeno porte, que recebe crianças que cursam o Ensino
Fundamental Séries Iniciais do 1º ao 4º Ano, com a autorização de funcionamento
sob a Portaria 06/2012 e com o número 29056020 de cadastro no MEC/INEP.
No ano Letivo de 2015, contou com 253 alunos matriculados, distribuídos nos turnos
matutino e vespertino. Conta com um quadro funcional de 18 pessoas sendo 06
professoras, que trabalham os dois turnos, 07 funcionários de apoio, 03 gestores, 01
coordenadora pedagógica e 01 secretária escolar.
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Possui um espaço físico composto por 05 salas de aula, 01 laboratório de
informática, 03 banheiros, 01 banheiro adaptado, 01 secretaria, 01 almoxarifado, 01
sala do professor, 01 sala de leitura e também com um pátio coberto onde
acontecem as atividades escolares e festividades. Conta com 01 aparelho de TV, 01
microfone sem fio, 01 caixa amplificada, 03 impressoras multifuncional, 01 projetor
multimídia, 18 computadores.
Apesar de haver passado por reformas ao longo do tempo, como a instalação da
sala de informática e do refeitório, ainda há a necessidade de melhoria e ampliação
de suas instalações pois, as salas de aula não permitem uma boa visualização das
atividades didáticas ofertadas na lousa, devido à localização dos mesmos na mesma
direção das janelas. O espaço recreativo é questionável por não comportar, a
contento, à demanda de alunos matriculados.
A instituição tem como objetivo alfabetizar os alunos até os oito anos de idade na
perspectiva do letramento nas áreas do conhecimento que integram o currículo do
Ciclo de Alfabetização, dando continuidade ao processo com os alunos do 4º ano,
pois entende a aprendizagem como uma construção constante que se dá a partir
das interações que os sujeitos estabelecem entre si e o meio em que vivem.
3.2 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO
A Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, atende alunos de todo o seu entorno
e de alguns novos bairros nascidos da criação de programas habitacionais. São
crianças provenientes de famílias em condições financeiras precárias, que
sobrevivem de pequenos comércios, trabalhos autônomos de pedreiro, vendedor,
moto taxista e da força de trabalho de muitas mães que desempenham a função de
empregadas domésticas e que muitas arcam sozinhas com as despesas de casa
pois, boa parte delas não coabitam com o pai dos filhos. Esta comunidade busca na
escola um ponto de apoio para o aprendizado e a formação cidadã de seus filhos.
Desde o ano de 2011 que os professores da instituição recebem curso de formação
continuada em alfabetização através do Pacto Estadual e PNAIC e participam de
oficinas e cursos promovidos pela Secretaria Municipal de Educação por
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compreenderem a necessidade de mediar e promover intervenções buscando maior
interação com o educando e seu processo de aprendizagem e garantindo a
minimização das dificuldades e a significação da aprendizagem.
É sabido que os alunos seguem, concordam em obedecer a regras, quando as compreendem, quando percebem que elas são essenciais para as relações com o mundo, quando elas fazem algum sentido. Dessa maneira, na avaliação da aprendizagem, é fundamental que o professor analise, junto aos alunos, quais são as regras que não estão postas, o que deles se espera no curso e nas tarefas que lhes serão propostas. (DEPRESBITERIS, 2011, P. 65)
Todo o processo avaliativo necessita da interação entre as partes envolvidas,
originando uma relação de admiração e confiança, proporcionando um forte
significado para seus sujeitos.
3.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
A instituição em questão possui Projeto Pedagógico construído pela comunidade
escolar e estruturado anualmente por solicitação da Secretaria Municipal de
Educação. Apresenta dentre tantas outras informações, os índices de aprovação de
anos anteriores destacando 92% em 2013 e 91% em 2014 e 0% de taxa de
distorção idade/série. Apesar de contemplar, no Projeto Pedagógico, a avaliação de
aprendizagem com caráter formativo e explanar o objetivo de que todo o alunado
adquira a aprendizagem desejada, apresenta uma superficialidade no tocante a este
respeito deixando o processo avaliativo bastante evasivo. Assim sendo, questiono:
as avaliações realizadas na escola servem, de fato, como instrumento pedagógico,
como mais um recurso que incentiva a mudança de postura e a idealização de
novas ações pedagógicas?
3.4 OBJETIVO
O objetivo geral dessa pesquisa é refletir sobre o fazer pedagógico dos professores
da Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, diante do conhecimento dos
25
avanços e retrocessos dos alunos observados no decorrer do processo avaliativo e
incentivar, se necessário, mudanças significativas em suas ações.
3.5 METODOLOGIA
Ao optar pelo eixo 3 e direcionar o meu projeto de intervenção para a avaliação, o
primeiro passo foi conhecê-la um pouco mais profundamente e buscar em alguns
teóricos, concepções e conformidades que eu precisava para o meu
questionamento.
A avaliação, se bem compreendida como função crítica, é decisiva para o ser humano se constituir enquanto tal, bem como para se contrapor ao processo de imbecilização e embrutecimento atualmente em curso, e fazer avançar a humanização. (VASCONCELLOS, 2013 p.175)
E, partindo deste ideário de avaliação que liberta e oportuniza, desenvolvi este
trabalho através de uma observação direta extensiva, com o uso de questionário que
segundo Lakatos (2003, p. 201) “é um instrumento de coleta de dados, constituído
por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem
a presença do entrevistador.”
Antes da aplicabilidade dos questionários, fiz algumas visitas à unidade escolar,
para observação do seu funcionamento e rotina, tudo em comum acordo com a
gestão local. Estudei o seu Projeto Político Pedagógico e a partir de então, conversei
com os professores acerca da pesquisa que seria realizada naquela unidade de
ensino e na importância da participação e colaboração dos mesmos.
O passo seguinte foi a tabulação dos dados e um encontro com os professores para
apresentar-lhes o resultado da pesquisa realizada e a proposta de intervenção a ser
implantada e que Luckesi (2011, p. 64) define brilhantemente quando afirma que “a
pedagogia que sustenta o ato de avaliar não se contenta com qualquer resultado,
mas somente com o resultado satisfatório. Mais do que isso: não atribui somente ao
educando a responsabilidade pelos resultados insatisfatórios.” Objetivando o
fortalecimento das ações nascidas a partir da observação da aprendizagem dos
alunos, nasce uma proposta de intervenção voltada para a capacitação teórica
acerca da avaliação formativa, que já é desenvolvida brilhantemente pelo corpo
docente e coordenação na unidade escolar investigada.
26
3.6 RESULTADOS ALCANÇADOS
Na pesquisa realizada com os professores da instituição, participaram 3 professores
que trabalham nos dois turnos, conforme indicação contida no Projeto Político
Pedagógico. Após a aplicação do questionário composto por 13 (treze) questões,
foram obtidos os resultados abaixo relacionados.
A primeira questão pergunta há quanto tempo trabalha como professora e houve
uma variação de tempo que foi de 8 a 17 anos. Existe aí um grupo experiente na
docência com relação ao tempo de serviço, como mostra o gráfico abaixo.
Gráfico 01: Tempo de Docência
Na questão 2 (dois) foi perguntado o tempo de atuação na Escola Municipal Nossa
senhora de Fátima. Foi observada uma variação razoável de tempo de serviço na
escola. O menor foi de 2 (dois) anos e o maior foi de 8 (oito) anos.
27
Gráfico 02: Tempo de docência na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima.
Na questão 3 (três) foi perguntado qual a formação acadêmica e dois professores
informaram Pedagogia como formação acadêmica e uma com a formação em
Matemática. É muito difícil encontrarmos professores com formação em Matemática
lecionando em séries iniciais e como alfabetizador.
Gráfico 03: Formação Acadêmica.
28
Na questão 4 (quatro) foi perguntado o grau de escolaridade que leciona. Todas
responderam Ensino Fundamental Séries Iniciais. Ao analisar, percebi que esta
questão não tinha necessidade já que a escola atende apenas do 1º ao 4º ano.
Na questão 5 (cinco) foi perguntado qual o vínculo empregatício com o município.
Todas responderam que são concursadas. Acho isto bastante positivo, pois
oportuniza a diminuição da rotatividade de professor, havendo a mudança apenas se
o profissional optar.
Gráfico 04: Vínculo empregatício com o município.
Na questão 6 (seis) foi perguntado com qual frequência a ação é planejada e
unanimemente foi informado que o planejamento acontece semanalmente. Esta
informação evidencia o compromisso e a articulação da equipe pedagógica.
Articulação evidenciada claramente durante as visitas e observações realizadas
durante o período.
29
Na questão 7 (sete) foi perguntado de que forma a coordenação pedagógica auxilia
na prática do professor. As informações foram muito parecidas, evidenciando a
existência do diálogo, das orientações pedagógicas, do esclarecimento de dúvidas,
da oferta de sugestões e do acompanhamento pedagógico como um todo. Ficou
indubitável que a coordenação pedagógica da instituição exerce com efetividade a
sua função, auxiliando os professores em suas vivências pedagógicas.
No item 8 (oito) foi perguntado se o professor conhece o Projeto Político Pedagógico
da instituição, 100% respondeu que sim. É perceptível o conhecimento dos
professores a este respeito porque ao analisar os dados coletados é fato a
familiarização com o que o PPP acredita e pretende.
No item 9 (nove), quanto ao que o PP traz acerca da avaliação, apesar da variação
de respostas, todas seguiram a linha da avaliação contínua e processual, alegando
que a avaliação é parte integrante do processo, que auxilia na construção da
aprendizagem e que almeja a percepção do cumprimento ou não dos objetivos
traçados.
A questão 10 (dez) que interrogou para que serve a avaliação, ficou evidenciado um
bom conhecimento, destacando que a avaliação serve para auxiliar na construção
da aprendizagem, revelar se o método de ensino utilizado é eficiente, perceber o
grau de desempenho do aluno e para analisar a prática do professor. Percebe-se
muitas concepções acerca do objetivo da avaliação.
No item 11 (onze), ao questionar como o professor costuma avaliar seus alunos, as
respostas foram variadas, contendo jogos, brincadeiras, trabalhos em grupo e
individuais, comportamento e participação, provas e pesquisas e chamadas orais.
Confesso que isto me deixou muito entusiasmada pelo fato de haver uma
diversificação de ações ao analisar o aluno. Assim como não aprendemos da
mesma forma e ritmo, assim também não demonstramos o conhecimento adquirido
da mesma maneira. Percebe-se uma harmonia de ações e procedimentos entre os
professores e acredito que seja pelo acompanhamento do programa PNAIC, que
oportuniza um conhecimento muito bom e produtivo para os profissionais que se
dispões a aprender.
30
Gráfico 05 : Como os alunos são avaliados pelos professores.
A questão 12 (doze) buscou analisar o que o professor costuma fazer com os
resultados alcançados após a aplicabilidade de exames (teste, prova). Obtive
diversas respostas, dentre elas: observar o nível em que o aluno se encontra, dar
continuidade ou não à proposta curricular, buscar um replanejamento, propor novas
metodologias, enfim, existe um ritmo em torno da busca da efetivação da
aprendizagem.
E por fim, encerramos o questionário com o item 13 (treze) que questiona a
importância da avaliação para o trabalho do professor. Todas a consideram
importante para o desenvolvimento do seu trabalho por ser por meio dela possível
perceber os avanços e dificuldades dos alunos, por ser um importante meio de
acompanhamento da aprendizagem, para direcionar um replanejamento e avaliação
da própria prática docente.
Depois da tabulação dos dados, propus para a gestão um momento com as
professoras e a coordenação para divulgação dos resultados obtidos a partir desta
pesquisa. Ficou evidente o conhecimento da equipe pedagógica acerca da
importância da avaliação e da sua aplicabilidade enquanto processo. Na busca de
31
respostas para meu questionamento, deparei-me com uma equipe harmônica,
integrada e comprometida com o fazer pedagógico.
Ainda assim, somou-se o compromisso em reafirmarmos ainda mais a prática
através de capacitações sobre avaliação com o intuito de solidificar cada vez mais o
trabalho que já é realizado diariamente.
3.7 CRONOGRAMA DE AÇÕES
OFICINA: FALEMOS SOBRE AVALIAÇÃO
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
A integração entre teoria e prática na educação
X
X
Relação entre avaliação e abordagens de aprendizagem
X
Análise de resultados da aprendizagem dos alunos
X
Devolutiva dos resultados
X
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Realizar esta proposta de intervenção foi muito gratificante e sistematizá-la foi muito
desafiador. Apesar da avaliação ser um tema que me atrai bastante, sei da sua
complexidade e o quanto é provocador questioná-la dentro das instituições.
Partindo deste pressuposto, ao executar esta pesquisa analisei de que forma a
avaliação era praticada e quais decisões surgiam a partir de suas descobertas e
resultados.
32
Perceber os sujeitos envolvidos durante o processo em plena harmonia e interação
reforçou a minha convicção em que o respeito mútuo precisa prevalecer nesta
relação de ensino e aprendizagem.
O respeito dos professores pelos alunos foi percebido através da dedicação
ofertada, no cuidado com o diálogo, no planejamento das ações a serem realizadas,
na diversidade das propostas pedagógicas e no compromisso de ministrar as aulas
da melhor maneira possível e com assiduidade.
Todos esses critérios observados no cotidiano aliados à formação continuada e ao
acompanhamento técnico pedagógico da coordenação desta instituição me fizeram
compreender que na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima a avaliação é vista
como ato pedagógico muito sério e permanente.
Avaliar em educação significa acompanhar essas surpreendentes mudanças “admirando” aluno por aluno em seus jeitos especiais de viver, de aprender a ler e a escrever, em suas formas de conviver com os outros para ajuda-los a prosseguir em suas descobertas, a superar seus anseios, dúvidas e obstáculos naturais ao desenvolvimento. (HOFFMANN, 2013, p. 59)
Buscando respostas para minhas indagações conheci o trabalho desempenhado
pelos professores e analisei suas ações, reafirmando a minha crença em que é
possível realizar um trabalho consciente e comprometido com o fazer pedagógico e
que refletir a este respeito proporciona à instituição um autoconhecimento de sua
prática e consequentemente da sua essência pedagógica.
Seus agentes se apropriam de propósitos muito claros e consensuais transformando
o processo avaliativo em algo dinâmico e integrado a uma formação e
desenvolvimento contínuo e norteador na busca de valores cognitivos e sociais de
aprendizagem.
33
REFERÊNCIAS
DEPRESBITERIS, Léa. Avaliação da aprendizagem: casos comentados/ Léa
Depresbiteris. Pinhais: Editora Melo, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GATTI, Bernadete A. O professor e a avaliação em sala de aula. Estudos em
avaliação educacional, São Paulo, n. 27, 2003.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio: uma perspectiva
construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2014.
______, Jussara. Avaliar: respeitar primeiro, educar depois. Porto Alegre:
Mediação, 2013.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato
pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.
______, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: investigação e intervenção. In:
Avaliação na educação. Curitiba: Futuro Eventos, 2005.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5.
ed. São Paulo, Atlas, 2003.
PIMENTA, M. A.; PIMENTA, S. A. de (Org.). Avaliação em perspectiva da
concepção de ação. Campinas, SP: Alínea, 2014.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP. Escola Municipal Nossa Senhora de
Fátima. 2015.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do
projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad,
2013.
34
______, Celso dos Santos. Currículo: a atividade humana como princípio
educativo. São Paulo: Libertad, 2011.
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QUESTIONÁRIO EXECUTADO COM PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
QUESTIONÁRIO PROFESSOR
1. Há quanto tempo trabalha como professora?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2. Qual o seu tempo de atuação nesta instituição?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3. Qual a sua formação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4. Em qual grau de escolaridade você leciona?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5. Qual o seu vínculo empregatício com o município?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6. Com qual frequência você planeja a sua ação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. De que forma a coordenação pedagógica auxilia em sua prática?
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
8. Você conhece o PP da sua escola?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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9. O que o PP traz acerca da avaliação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. Para que serve a avaliação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
11. Como você costuma avaliar os seus alunos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12. Se você costuma aplicar exames (teste/prova), o que costuma fazer com os
resultados obtidos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
13. Qual a importância da avaliação para o seu trabalho, professora?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
39
ANEXO 1
Foto: “ O circo que criamos” – Programa Mais Educação
Fonte: GUIMARÃES, F. S. R; Dezembro de 2015
ANEXO 2
Foto: “ O circo que criamos” – Programa Mais Educação
Fonte: GUIMARÃES, F. S. R; Dezembro de 2015
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