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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS
RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO
RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E
MUNDANÇA CLIMÁTICA
OTCA/GEF/PNUMA
AtividadeIII.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região
Transfronteiriça do MAP
Relatório Parcial
Relatório Final
Fundo Para o Meio
Ambiente Mundial
Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente
Rio Branco – AC, Brasil
2
PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS
RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA
DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE
E A MUDANÇA CLIMÁTICA
OTCA/GEF/PNUMA
Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região
Transfronteiriça do MAP
Relatório Parcial
Relatório Final
Coordenação da Atividade
Elsa Renée Huaman Mendoza
Consultor
Fronika Claziena Agatha de Wit
Outubro/2014
3
RESUMO EXECUTIVO
O objetivo da atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça
dos estados/departamentos de Madre de Dio - PE, Acre – BR e Pando - BO (MAP) do Projeto
OTCA/PNUMA/GEF Amazonas é desenvolver um estudo sobre vulnerabilidade e adaptação
dos recursos hídricos frente às alterações climáticas para as comunidades desta Região e
desenvolver um sistema de alerta, proporcionando a base para melhorar a capacidade de
governança dos governos dos departamentos de Madre de Dios, Pando e o governo do estado
do Acre, para que possam formular e implementar estratégias de adaptação à variabilidade
climática. Deste modo, em primeiro lugar o projeto socializou as atividades do III.2.2 da
OTCA entre representantes dos governos regionais dos três países durante visitas às
instituições indicadas. Durante estas visitas, técnicos das secretarias de meio ambiente, águas
e mudanças climáticas manifestaram sua participação e apoio ao projeto. Os técnicos e/ou
especialistas que vem participando do projeto atuam nas áreas de gestão de recursos hídricos,
mudanças climáticas, sistema de informações geográficas (SIG) e de sensoriamento remoto.
Um avanço com participação destas instituições, quais eles representam, é a atualização e
elaboração de um banco de dados georreferenciados para cada um dos estados, o que vem
permitindo obter dados atualizados sobre mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos e
uso da terra desta região. Do mesmo modo foi envolvida a participação da sociedade local
mediante apresentação do projeto para as principais lideranças da Iniciativa MAP (Comitê
Cientifico, Mini MAP Bacias Hidrográficas, Defesa Civil e Ordenamento Territorial).
Após a fase de sensibilização dos principais atores e instituições envolvidas foi realizada uma
reunião nos dias 22 e 23 de março de 2013 com a participação de especialistas da região
transfronteiriça (técnicos das secretarias e defesas civis, pesquisadores das universidades e
outros centros), buscando socializar e gerar informações para o desenvolvimento dos
trabalhos. Cada especialista socializou sua experiência e situação atual e limitações em
relação à bacia hidrográfica do Rio Acre, banco de dados, dados sobre uso da terra e
mudanças climáticas na região MAP. Esta reunião teve como resultado a identificação de
fortalezas e limitações sobre informações que cada setor vem desenvolvendo e apontou a
necessidade de fortalecer os setores de SIG e a construção de um banco de dados de forma
conjunta para os três estados para a implementação de um sistema de alerta precoce para esta
região. Outro resultado desta reunião foi à integração de ações, de varias secretarias e
pesquisadores, que vem desenvolvendo na área de eventos extremos associada a mudanças do
uso da terra e clima. Por fim, foi estabelecida na reunião uma equipe tri-nacional de
especialistas queque foi monitorando os trabalhos realizados na atividade III.2.2 e que
contribuiu na construção dos processos de adaptação para a região, verificando, de fato, o
aumento do potencial de adaptação da bacia e sua resiliência às mudanças climáticas. Esta
equipe de especialista foi fundamental para definir junto com os atores relevantes da bacia,
conjuntos de indicadores ambientais, socioeconômicos e político-institucionais para aferir e
monitorar a resiliência da bacia.
Foi formada uma equipe de trabalho para apoiar na execução das atividades do projeto, onde
foram contratados 02 técnicos de cada país para apoio ao projeto (técnicos de SIG e campo).
Nos dias 5 e 6 de junho 2013 foi realizada a primeira reunião dos consultores contratados para
apoiar na execução dos trabalhos de campo e trabalhar como especialistas em Sistemas de
Informações Geográficas (SIG). A reunião resultou na maior integração entre os consultores
com o coordenador do projeto e o grupo de especialistas já formado na reunião anterior. Os
consultores contratados trabalham de forma integrada. Foi desenvolvido pelos consultores
especialistas em SIG um banco de dados em SIG com dados geográficos sobre a bacia do Rio
Acre na região transfronteiriça do MAP. Objetivo deste banco é a padronização e
4
uniformização de dados de forma trinacional. A participação de especialistas na área serviu
para orientar e apoiar no levantamento dos dados e análises dos mesmos. Também foi
delineada pelos consultores técnicos de campo, a metodologia de campo a ser usado no
levantamento dos dados.
Com o objetivo de validar os mapas de vulnerabilidade e riscos ambientais realizados pelos
consultores especialistas em SIG e levantar dados nas áreas consideradas vulneráveis da bacia
do Rio Acre, foi realizada uma expedição no Rio Acre no trecho de Assis Brasil/Acre à
Brasileia/Acre, um total de 185 km. A expedição, realizada no período de 29 de novembro ate
03 de dezembro de 2013, contou com a presença de 15 participantes, representando os três
países da bacia hidrográfica. Para o levantamento de dados em campo foi realizado um
mapeamento de riscos ambientais para atividades potencialmente impactantes, áreas
contaminadas, sítios frágeis, passivos ambientais e unidades de resposta. Além disso, foram
realizadas entrevistas semi-estruturadas com os moradores das áreas mais críticas sobre a
percepção dos riscos ambientais. Os resultados das entrevistas e mapeamento dos riscos
ambientais mostraram a alta vulnerabilidade da bacia do Rio Acre e a necessidade de
estratégias de adaptação (relatório 3 de campo). Baseado na experiência da viagem e a
dinâmica das transformações crescentes na região se recomenda realizar viagens semelhantes
nos outros rios transfronteiriços.
No dia 05 de dezembro de 2013 foi realizada uma reunião internacional de sistema de alerta
na bacia fronteiriça do Rio Acre com o objetivo de apresentar os resultados preliminares do
levantamento de dados na região MAP; os mapas temáticos trinacionais e mapas do cálculo
IRE; definir propostas de estratégias de adaptação para as áreas vulneráveis identificadas;
identificar responsabilidades locais em relação ao Sistema de Alerta a ser implementado na
região MAP. Participaram desta reunião governos nacionais, regionais e locais da região
MAP os quais foram informados sobre o projeto, desenvolvimento das atividades do deste e
as propostas de estratégias de adaptação para as áreas vulneráveis identificadas na região
transfronteiriça do MAP.
Para a implementação do sistema de alerta na tríplice fronteira foi necessário
identificar as instituições que utilizam ou tem grande potencia de utilizar o sistema de alerta
precoce. Foi realizado o treinamento dos técnicos indicados pelas instituições (Ponto focal)
participantes de cada país. A plataforma que foi implementada nos três estados é o TerraMA2
que é um sistema gratuito do INPE e que hoje vem funcionando em cada estado participante
do Sistema de Alerta Precoce, para Madre de Dios foi estabelecido na Autoridad
Administrativa del Agua Madre de Dios, no Acre na Sala de Situação que funciona no prédio
da FUNTAC (Fundação Tecnológica do Acre) e no Pando no Centro de Operaciones de
Emergencia Departamental (COED) e que são as instituições responsáveis.
Desta forma a atividade III.2.2 `Adaptação às Mudanças Climáticas na Região
Transfronteiriça do MAP` do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas, vem promovendo
participação dos governos estaduais de Madre de Dios – Peru, Acre – Brasil e Pando Bolívia
no projeto, e também fortalecendo e propiciando uma maior sinergia entre os consultores,
especialistas, técnicos das secretarias dos governos e defesas civis na região MAP.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 8
1. ESTABELECER UMA EQUIPE TRI-NACIONAL DE ESPECIALISTAS ............................... 12
2. BASE DE DADOS TRINACIONAL .......................................................................................... 15
3. LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES EM CAMPO .......................................... 19
4. AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS ............................... 23
5. I REUNIÃO DE SISTEMA DE ALERTA NA REGIÃO MAP ................................................... 25
6. SISTEMA DE ALERTA TRINACIONAL ................................................................................... 27
7. CAPACITAÇÃO, TREINAMENTO E INSTALAÇÃO DA PLATAFORMA TERRAMA2 ..... 30
CONSIDERAÇÕES E PROXIMOS PASSOS ..................................................................................... 36
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 37
ANEXOS ............................................................................................................................................... 38
Anexo I: Lista de presença convocação equipe de especialista - 22 e 23 de março de 2013
Anexo II: Agenda reunião convocação equipe de especialista – 22 e 23 de março de 2013
Anexo III: Lista de presença reunião dos consultores – 5 e 6 de junho de 2013
Anexo IV: Agenda reunião dos consultores – 5 e 6 de junho de 2013
Anexo V: Lista de presença Expedição no Rio Acre – 30 de nov. – 02 de dez de 2013
Anexo VI: Preparação e agenda expedição no Rio Acre – 30 de nov. – 02 de dez de 2013
Anexo VII: Lista de presença, I reunião sistema de alerta – 05 de dezembro de 2013
Anexo VIII: Agenda I reunião sistema de alerta – 05 de dezembro de 2013
Anexo IX: Memória I reunião sistema de alerta – 05 de dezembro de 2013
Anexo X: Memória expedição no Rio Acre – 30 de nov. – 02 de dez. de 2013
Anexo XI: Agenda curso TerraMA2 – 31 de março – 4 de abril de 2014
Anexo XII - Agenda das visitas à Madre de Dios e Pando – 5 a 8 de maio de 2014
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru ........................... 9
Figura 2: Definição dos conceitos envolvidos na metodologia. ............................................... 14
Figura 3: Dados levantados para base de dados trinacional ..................................................... 17
Figura 4: Exemplo da estrutura da base de dados trinacional .................................................. 18
Figura 5: Percepção dos principais problemas ambientais e sociais na região. ....................... 19
Figura 06: Exemplo do registro fotográfico georeferenciado. ................................................. 20
Figura 07: Mapa falado levantamento de riscos ecologicas ..................................................... 21
Figura 08: Mapa para o IRE-C da bacia transfronteiriça do Rio Acre. .................................... 24
Figura 09 Sistema de Alerta TerraMA2 ................................................................................... 28
6
LISTA DE FOTOS
Fotografia 01, 02 e 03: Especialistas discutem situação atual do banco de dados durante a Reunião nos
dias 22 e 23 de março de 2013. ............................................................................................................. 13
Fotografia 04: Equipe tri-nacional de especialistas que vai monitorar e medir os processos de
adaptação a serem conduzidos na região. .............................................................................................. 14
Fotografia 05 e 06: Consultores contratados reúnem-se para discutir o banco de dados trinacional. ... 15
Fotografias 07 e 08: Saída de Assis Brasil e chegada em Brasileia da Expedição. .............................. 22
Fotografia 09: Jiang Oliver apresenta os mapas de vulnerabilidade para a região MAP. ..................... 26
Fotografia 10: Edgar Marca e Ten. Coronel James Gomes apresentam resultados da Expedição no Rio
Acre ....................................................................................................................................................... 26
Fotograficas 11, 12, 13 e 14:Participantes discutem em sub-grupos sobre estratégias de adaptação para
as áreas vulneráveis. .............................................................................................................................. 27
Fotografia 15: Participantes da 1ª Reunião Internacional de Sistema de Alerta na bacia fronteiriça do
Rio Acre ................................................................................................................................................ 29
Fotografia 16: Participantes do treinamento de uso da Plataforma TerraMA2 ..................................... 30
Fotografia 17: Composição da mesa de boas vindas. ............................................................................ 32
Fotografia 18: Fala do Eng. Miguel Angel ............................................................................................ 32
Fotografia 19: Explicação do TerraMA2 por Eng. Eymar Lopes. ....................................................... 33
Fotografia 20: Entrega simbólica dos equipamentos. ............................................................................ 33
Fotografia 21: Treinamento dos operadores da plataforma, lado esquerdo em pé o Dr. Eymar. .......... 34
Fotografia 22. Visita da equipe do projeto em Pando. .......................................................................... 35
7
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ANA Agencia Nacional de Aguas
ARA Autoridade Regional Ambiental
CEGdRA Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais
COER Centro de Operações de Emergência Regional
COED Centro de Operaciones de Emergencias Departamental
EPSA Entidade Prestadora de Serviços de Agua Potável e Esgoto
G.A.M. Cobija Governo Autônomo Municipal de Cobija
GEF Global Environment Facility (Fundo Global para o Meio Ambiente)
GOREMAD Governo Regional de Madre de Dios
IIAP Instituto de investigações da Amazônia Peruana
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
IRE Índice de Risco Ecológico
IRE-C Índice de Risco Ecológico pela soma de ameaças
IRE-T Índice de Risco Ecológico por ameaça individual
MAP Madre de Dios-Peru, Acre-Brasil, Pando-Bolívia
MSAR Mesa de Serviços Ambientais e REDD
ONG Organização Não Governamental
OT Ordenamento Territorial
OTCA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
PAT Programa Amazônico Trinacional
PCD Plataformas de Coleta de Dados
PEMD Projeto Especial Madre de Dios
PLERH-AC Plano Estadual de Recursos Hídricos – Acre
PNUMA O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PPCQ Plano de Prevenção e Combate às Queimadas
SAT Sistema de Alerta
SEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente
SENAMHI Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia
SIG Sistema de Informação Geográfica
TerraMA2 Plataforma de. Monitoramento, Análise e Alerta a Extremos
Ambientais
UD Unidade Demonstrativa
8
INTRODUÇÃO
O projeto "Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia
do Rio Amazonas Considerando a Variabilidade e a Mudança Climática", financiado pelo
GEF, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e
executado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), através de sua
Secretaria Permanente (SP / OTCA), tem como objetivo fortalecer o marco institucional para
planejar e executar, de maneira coordenada e coerente, as atividades para a proteção e gestão
sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Rio Amazonas.
O projeto utilizará mecanismos inovadores de participação como base para a compreensão
dos desafios e perspectivas atuais e futuras da GIRH. Tal entendimento servirá de base para o
desenvolvimento de um programa sustentável e responsável de capacitação, de fortalecimento
institucional, da aplicação de instrumentos econômicos viáveis e importantes avanços nos
campos social e econômico. A partir desta base, o projeto proposto irá cumprir os objetivos
estratégicos do GEF em relação a resolução de possíveis conflitos transfronteiriços pelo uso
dos recursos em tempos de mudanças climáticas e estimular a ação dos países da bacia para
uma gestão sustentável dos seus recursos.
A região da Bacia Amazônica enfrenta muitos desafios na gestão e uso sustentável dos
recursos hídricos e do solo, uma vez que a região experimenta um crescimento
socioeconómico e aumento dos fluxos migratórios para a região. A complexidade das
questões, juntamente com o ritmo acelerado das mudanças climáticas, requer a
implementação de um processo para ajudar a minimizar os riscos associados com a
variabilidade climática, o desmatamento e as mudanças climáticas, e os conflitos pelo uso da
água e recursos naturais. Neste contexto, o projeto visa desenvolver um Programa de Ações
Estratégicas (PAE) para a bacia Amazônica e criar o ambiente necessário para a futura
implementação do PAE.
Dentro do projeto da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), GEF e
PNUMA “Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia
do Rio Amazonas, considerando a Variabilidade e Mudança Climática” tem o subprojeto III-2
Prioridades Especiais de Adaptação com a “Atividade III-2.2 Adaptação às Mudanças
Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP” que se encaixa dentro do subprojeto III-2.
A Atividade III.2.2 do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas foi desenvolvida no âmbito
da região transfronteiriça do MAP, na parte alta da bacia do Rio Acre, fronteira do Brasil,
com Bolívia e Peru (Figura 1).
Caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade étnico-cultural em uma das áreas de
maior biodiversidade da região. Segundo Latuf (2011) a bacia do Rio Acre tem uma área
aproximada de 35.967 km2, dos quais 88% pertencem ao território brasileiro, 7% ao Peru e
5% à Bolívia. Dentro do território brasileiro, 87% pertencem ao estado do Acre e 13% ao
estado do Amazonas.
Esta bacia apresenta diferentes usos e ocupação do solo, com um processo acentuado de
pressão antrópica sobre a floresta, para implantação da pecuária e agricultura. O aumento
populacional e as mudanças no uso da terra têm provocado à intensificação dos processos de
desmatamento e queimadas transformando a floresta em áreas de pastagem (Reis & Reyes,
2007)
9
Esta bacia tem sido alvo de intensas transformações, com destaque para a construção da
Estrada Interoceânica, destinada ao escoamento dos produtos brasileiros para os mercados
internacionais, através dos portos peruanos, no Pacífico (Brown et al., 2002).
Figura 1. Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru
Em maio de 2006, através da iniciativa MAP (Madre de Dios, Acre e Pando) realizou-se a
Oficina “Aspectos Legais e Ações Estratégias para Gestão Compartilhada da Bacia do Rio
Acre”, cujo objetivo principal foi promover o intercâmbio de experiências entre organizações
que atuam na região da Bacia do Rio Acre, e facilitar a articulação das instituições brasileiras,
bolivianas e peruanas, visando desenvolver mecanismos que possibilitassem a gestão
compartilhada dos recursos hídricos nesta bacia hidrográfica. O produto final dessa oficina foi
uma carta de recomendação para constituição de um Grupo de Trabalho do Rio Acre nos três
países, enviada à Câmara Técnica de Gestão dos Recursos Hídricos Transfronteiriços
(CTGRHT), do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Estas recomendações
desta oficina tem contribuído no levantamento de dados na atividade III.2.2.
O desdobramento desta oficina também contribuiu para que a parte brasileira estabelece-se
em 26.09.2006 oficialmente o Grupo de Trabalho do Rio Acre, junto a Câmara Técnica de
Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços, com a finalidade de desenvolver ações que
auxiliassem a promoção da gestão compartilhada na bacia do Rio Acre. Parte dos integrantes
desta Câmara Técnica vem apoiando na organização e levantamento de dados da atividade
III.2.2.
Para realizar estudos sobre a vulnerabilidade e adaptação dos recursos hídricos devido as
alterações climáticas que vem acontecendo nas comunidades da Região MAP (Madre de
10
Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO), foi necessário a participação de especialistas em diferentes
áreas que contribuíram com estudos específicos e um maior entendimento da problemática
sobre esta temática na região. Desta forma foi estabelecida uma equipe trinacional de
especialistas na Região MAP com representantes de forma equitativa dos três estados e
países.
A equipe tri-nacional de especialistas monitorou os processos de adaptação que foram
conduzidos na região verificando o potencial de adaptação da bacia e sua resiliência às
mudanças climáticas e também apontaram os indicadores ambientais, socioeconômicos e
político-institucionais que permitiu aferir e monitorar a resiliência da bacia. O processo de
estabelecimento da equipe de especialistas será detalhado no capitulo 1.
Após o estabelecimento da equipe de especialistas, foi formada a equipe de trabalho, com o
objetivo de construir uma base de dados de forma trinacional. Foi desenvolvido pelos
consultores especialistas em SIG um banco de dados em SIG com dados geográficos sobre a
bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP. A formação do banco de dados
trinacional teve como objetivo uniformizar e padronizar estes dados para realizar diagnósticos
e análises do uso da terra e a vulnerabilidade do Rio Acre nesta região, será detalhado no
capitulo 2. Além dos dados obtidos pelos consultores especialistas em SIG, também foi
realizado um levantamento de dados e informações em campo, mais detalhado no capitulo 3.
Os dados do banco trinacional foram usados para avaliar a vulnerabilidade dos recursos
hídricos do Rio Acre. Para isso, foi usada a metodologia de Mattson e Argermeier que calcula
o Índice de Riscos Ecológicos (IRE). O IRE foi usado para a produção de mapas de
vulnerabilidade, riscos ecológicos indicativas de cada região e o mapa composto de
vulnerabilidade e riscos ecológicos da bacia transfronteiriça do MAP. A metodologia e a
avaliação dos recursos hídricos será descrito no capitulo 4.
As informações obtidas na região MAP durante a execução da atividade III.2.2 do Projeto
OTCA/PNUMA/GEF Amazonas foram socializadas com os governos nacionais do Peru,
Bolívia e Brasil, descrito com maior detalhes no capitulo 5. Ademais, os resultados
preliminares do levantamento de dados na região MAP, os mapas temáticos trinacionais e
mapas de vulnerabilidade foram apresentados na reunião internacional do sistema de alerta
trinacional. Nesta reunião também foram definidos propostas de estratégias de adaptação para
as áreas vulneráveis identificadas e responsabilidades locais em relação ao sistema de alerta a
ser implementado, descrito detalhadamente no capitulo 6.
Para a implementação do sistema de alerta e uso do banco de dados foi necessário realizar a
capacitação das equipes técnica e usuários das instituições que são responsáveis pela
operacionalização da plataforma TerraMA2. Além disso, foi preparada estrutura-hardware
com cada responsável/institucional para a implementação da plataforma TerraMA2. O
trabalho de treinamento e implementação da plataforma TerraMA2 foi realizada pela
consultoria contratada do Dr. Eymar Lopes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
12
1. ESTABELECER UMA EQUIPE TRINACIONAL DE ESPECIALISTAS
A atividade III.2.2 „Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP‟
do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas tem como objetivo desenvolver um estudo sobre
vulnerabilidade e adaptação dos recursos hídricos frente as alterações climáticas para as
comunidades da Região MAP (Madre de Deus/Peru, Acre/Brasil, Pando/Bolívia). Deste
modo, em primeiro lugar o projeto foi socializado entre representantes dos governos regionais
dos três países durante visitas às instituições indicadas. Durante essas visitas, técnicos das
secretarias de meio ambiente, aguas e mudanças climáticas manifestaram sua participação e
apoio ao projeto. Desta forma, vem participando no projeto, técnicos especialistas nas áreas
de gestão de recursos hídricos, mudanças climáticas, sistema de informações geográficas
(SIG) e de sensoriamento remoto e das secretárias envolvidas vem participando ativamente no
lado peruano do Governo Regional Madre de Dios – a Gerencia de Recursos Naturais e do
lado brasileiro a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Acre e a Defesa Civil.
Um avanço com estas instituições é a atualização e elaboração de um banco de dados
geográficos para cada um dos estados, o que vem permitindo obter dados atualizados sobre
mudanças climáticas e gestão de recursos hídricos e uso da terra desta região. Também foi
envolvida a participação da sociedade local mediante apresentação do projeto para as
principais lideranças da Iniciativa MAP (Comitê Cientifico, mini MAP Bacias Hidrográficas,
Defesa Civil e Ordenamento Territorial). Resultado desta reunião foi a participação de
representantes da Iniciativa MAP na elaboração do planejamento das atividades do projeto.
Após as visitas e sensibilização dos principais atores e instituições envolvidas com este
projeto foi realizada uma reunião nos dias 22 e 23 de março de 2013 com a participação de
especialistas da região transfronteiriça (técnicos das secretarias e defesas civis, pesquisadores
das universidades e outros centros), buscando socializar e gerar informações para o
desenvolvimento dos trabalhos.
O objetivo desta reunião foi estabelecer uma equipe tri-nacional de especialistas para
desenvolver e por em prática a atividade de demonstração sobre adaptação às mudanças
climáticas na região MAP, levando em consideração as especificidades de cada país Brasil,
Bolívia e Peru. A reunião ocorreu em Cobija-BO, no auditório do hotel Asaí nos dias 21 e 22
de março de 2013, contou com a presença de representantes dos especialistas e técnicos
governamentais dos três países envolvidos. A lista de presença encontra-se no anexo I.
Durante a reunião foram apresentados trabalhos sobre a situação de cada região em relação às
informações que cada instituição vem trabalhando, tanto os pesquisadores como
representantes das secretarias do meio ambiente a nível estadual e municipal e as defesas
cíveis da região MAP. Foram desenvolvidas atividades de modo participativo com os
presentes, avaliando as principais fragilidades sobre o banco de dados que maneja cada
instituição e pesquisador. Foram levantados soluções para estas fragilidades e o potencial que
tem cada instituição e pesquisador associado à geração de informações, banco de dados, uso e
disponibilidade das mesma. Finalmente foi discutido o desenvolvimento de um banco de
dados e de informações de forma conjunta sobre esta temática do III.2.2.
Como parte da reunião de trabalho, foram formadas equipes para o levantamento de dados,
informações e apoio na execução dos trabalhos, indicações das instituições, autoridades e
13
técnicos regionais para apresentar e debater as atividades previstas no projeto, bem como para
fortalecer as capacidades de cada instituição listada como potencial parceiro deste projeto.
Também foi formada a equipe dos especialistas com a participação de todos os presentes,
ficando representatividade equitativa dos três estados e países. A formação da equipe tri-
nacional de especialistas teve como objetivo monitorar e medir os processos de adaptação que
foram conduzidos na região. As informações obtidas durante a reunião fortaleceram e
contribuíram para um melhor detalhamento e atualização do Plano de Trabalho e execução
das atividades III.2.2, incluindo a metodologia de trabalho e cronograma de atividades.
Fotografia 01, 02 e 03: Especialistas discutem situação atual do banco de dados durante a Reunião nos dias 22
e 23 de março de 2013.
Durante a reunião, especialistas em gestão de bacias hidrográficas, apresentaram análises
relacionadas às mudanças climáticas e seu impacto para os recursos hídricos, nas áreas de
vulnerabilidade na região MAP. Foi definido o método e conceitos para a realização do
trabalho na região MAP. Os conceitos envolvidos na metodologia foram:
Adaptação: Definida como um conjunto de respostas aos impactos atuais e
potenciais das mudanças climáticas, com o objetivo de minimizar os danos e
aproveitar oportunidades (Plano Nacional de Mudanças do Clima, MMA 2008).
Risco: Probabilidade de danos e prejuízos causados pela interação no tempo e
no espaço de uma ameaça com uma situação de vulnerabilidade (GIZ, 2011).
Desastre: Situações ou contexto de perdas e danos de vários tipos, causados
pelo impacto de uma ameaça em certas condições de vulnerabilidade. O efeito
final de um processo de construção social das condições de vulnerabilidade
(GIZ, 2011).
Ameaça: Risco potencial do impacto sobre os ecossistemas
Estressor: A materialização da ameaça.
Vulnerabilidade: Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade dos sistemas
(biológicos, geofísicos e socioeconômicos) para lidar com os efeitos adversos
da mudança do clima (Plano Nacional de Mudanças do Clima, MMA 2008).
Incapacidade da situação de uma unidade social é antecipar, resistir e se
recuperar dos efeitos adversos de um perigo (GIZ, 2011).
Resiliência: Resiliência é a habilidade do sistema em absorver impactos
preservando a mesma estrutura básica e os mesmos meios de funcionamento
(Plano Nacional de Mudanças do Clima, MMA 2008).
14
Figura 2: Definição dos conceitos envolvidos na metodologia.
Estes conceitos estão interligados. Se a vulnerabilidade diminui e a resiliência aumenta isso
significa que o potencial de adaptação do sistema também aumenta.
Fotografia 04: Equipe tri-nacional de especialistas que vai monitorar e medir os processos de adaptação a
serem conduzidos na região.
15
2. BASE DE DADOS TRINACIONAL
Após a reunião dos especialistas nos dias 22 e 23 de março de 2013, foi conformada a equipe
de trabalho para apoiar na execução das atividades do projeto. Foram contratados 02 técnicos
de cada país para apoio ao projeto (técnicos de SIG e campo).
Nos dias 5 e 6 de junho foi realizada a primeira reunião dos consultores contratados para
apoiar na execução dos trabalhos de campo e trabalhar como especialistas em Sistemas de
Informações Geográficas (SIG) (agenda encontra-se em anexo IV). O objetivo desta reunião
foi apresentar o projeto „Gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos transfronteiriços
na bacia do rio Amazonas, considerando a variabilidade e mudança climática‟ e a atividade
III.2.2 `Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP` do Projeto
OTCA/PNUMA/GEF Amazonas para os consultores, e planejar as atividades e produtos
destes de forma integrada.
A reunião ocorreu em Rio Branco-AC, no escritório do IPAM nos dias 5 e 6 de junho de
2013, contou com a presença dos consultores contratados e especialistas dos três países
envolvidos a lista de presença encontra-se no anexo II.
Durante a reunião os consultores de SIG discutiram sobre a elaboração de banco de dados,
coleta e padronização da base de dados entre os três estados Madre de Dios – PE, Acre-BR e
Pando-BO que possibilitaram a implementação de um sistema trinacional de alerta precoce.
Os consultores de SIG e especialistas na área de mudanças climáticas subsidiaram os
consultores de campo para fazer o planejamento do trabalho de campo.
Os consultores de campo discutiram a metodologia para a execução do levantamento de dados
e informações em campo sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas
consideradas críticas na bacia Rio Acre. As informações obtidas durante a reunião
fortaleceram e contribuíram com um melhor detalhamento, integração e atualização dos
planos de trabalho dos consultores e execução das atividades III.2.2 do Projeto
OTCA/PNUMA/GEF Amazonas.
Fotografia 05 e 06: Consultores contratados reúnem-se para discutir o banco de dados trinacional.
Foi construído pelos consultores especialistas em SIG um banco de dados em SIG sobre a
bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP. Objetivo deste banco é a padronização
e uniformizados de dados de forma trinacional. A participação de especialistas na área foi
importante para orientação e apoio no levantamento dos dados e análises dos mesmos.
Os consultores contratados como Especialista em Sistemas de Informações Geográficas (SIG)
representando os três países da região MAP levantaram os dados, meta-dados e informações
16
disponíveis para o desenvolvimento de um banco de dados integrado. Foi utilizado o Dropbox
como mecanismo de base de dados nas nuvens que possibilitou o acesso dos principais
consultores e especialistas.
17
Os dados levantados foram:
1. Geologia
2. Geomorfologia
3. Hidrografia
4. Uso e ocupação do solo
5. Cobertura vegetal
6. Relevo
7. Declividade
8. Área desmatada; evolução do desmatamento;
9. Distribuição e acesso à água
10. Rede hidrográfica e modelo digital de elevação
hidrologicamente consistido (MDEHC)
11. Densidade populacional
12. Assentamentos
13. Percentual de impermeabilização (malhas urbanas e
estradas asfaltadas)
14. Evolução dos Focos de calor; polígonos de queimadas e
cicatrizes de incêndios na floresta; e floresta com copa
afetada (FCA) pelo fogo
15. Açudes e barragens (área e localização)
16. Mineração de areia e de água mineral (localização)
17. Estradas e acessos
18. Mudanças climáticas (Modelos teóricos) Figura 3: Dados levantados para base de dados trinacional
A base de dados foi organizada com dados geográficos e cada variável tem a descrição usando
um metadados para cada país de forma conjunta trinaconal, padronizando todos os dados.
Para a elaboração do banco de dados, foi implementado a rotina de montar metadados para
todos os arquivos espaciais, seja em formato vetor ou raster.
Para todos os dados foram atribuídos caraterísticas padrões para o levantamento de
informação no Acre-Brasil, Pando-Bolívia e Madre de Dios-Peru, como:
Sistema de coordenadas UTM Zona 19S para a bacia do Rio Acre e sistema de
coordenadas geográficas para dados que cobrem todo o estado do Acre;
DATUM oficial, SIRGAS 2000 (Sistema de Referências Geocêntrico das Américas)
devido o novo referencial geodésico brasileiro (art. 2º do decreto nº 3.266, de 29 de
novembro de 1999 alterada pela Resolução do Presidente da Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE – 1/2005). Existe perspectiva que este datum seja
adotado como padrão em toda a América do Sul.
A elaboração do banco de dados tem uma organização sistemática desde os nomes dos
arquivos aos nomes das pastas para arquivamento de forma separada de dados vetores, raster,
projetos, produtos/mapas e relatório. Todas as informações estão arquivadas no Dropbox, pela
facilidade na comunicação e armazenamento de dados a distância, separado por país e de
forma conjunta dados MAP (Madre de Dios, Acre e Pando).
18
Figura 4: Exemplo da estrutura da base de dados trinacional
A reunião possibilitou uma maior integração entre os consultores com o coordenador do
projeto e o grupo de especialistas formado na reunião anterior. Os consultores contratados
trabalham de forma integrada.
19
3. LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES EM CAMPO
A base de dados foi usada para produção de mapas de temáticas trinacional e mapas de
vulnerabilidade e riscos ambientais para a região MAP. Com o objetivo de validar os mapas
de vulnerabilidade e riscos ambientais e levantar dados nas áreas consideradas vulneráveis da
bacia do Rio Acre, foi realizada uma expedição no Rio Acre no trecho de Assis Brasil/Acre à
Brasileia/Acre, um total de 185 km. A expedição, realizada no período de 29 de novembro até
03 de dezembro de 2013, contou com a presença de 15 participantes, representando os três
países da bacia hidrográfica. A lista de participantes encontra-se no anexo III.
Para o levantamento de dados em campo foi realizado um mapeamento de riscos ambientais,
das atividades potencialmente impactantes, áreas contaminadas, sítios frágeis, passivos
ambientais e unidades de resposta. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas
com os moradores das áreas mais críticas sobre a percepção dos riscos ambientais.
Todos os moradores da beira rio que estavam presentes nas suas casas foram entrevistados
sobre a percepção dos riscos ambientais. Nas entrevistas com os moradores foram
mencionados vários problemas ambientais e sociais na região. A figura 5 mostra os principais
problemas mencionados nas entrevistas.
Percepção dos principais problemas ambientais e sociais na região
Desmatamento da vegetação ciliar
Alagação
Acesso/infra-estrutura
Falta de eletricidade
Redução densidade de peixes
Desbarrancamento
Queimadas
Falta de posto de saúde
Figura 5: Percepção dos principais problemas ambientais e sociais na região.
Com os resultados do mapeamento dos riscos ambientais foi feito um registro fotográfico
georeferenciado, mostrando os maiores riscos no trecho de Assis Brasil a Brasileia com fotos
e suas respectivas coordenadas geográficas. A Figura 06 mostra um exemplo do registro
fotográfico feito no programa GeoSetter.
20
Figura 06: Exemplo do registro fotográfico georeferenciado.
Além do registro fotográfico, foram realizados mapas falados usando os dados do
levantamento de riscos ecológicos. O mapa falado inclui o estressor, ação de adaptação,
estratégias de adaptação, as instituições parceiras, e a meta geral. Figura 07 mostra um
exemplo de um mapa falado.
BANCOS DE ARÉIA
Breve descrição: Extensas áreas de praias são formadas ao longo do rio Acre, em especial na divisa com
Iñapari, dificultando a navegação.
Coordenadas geográficas: S10°56'42.94" W69°33'51.88" Imagem: OTCA A 00064
21
ASSOREAMENTO ÀS PROXIMIDADES DE ASSIS BRASIL E IÑAPARI
LEVANTAMENTO DE RISCO – BACIA DO ALTO RIO ACRE IMPACTOS
Registro Fotográfico
Fotografia: OTCA A 00064 Fotografia: OTCA A 000124
Mapa com pontos georreferenciados do levantamento de risco
Coordenadas geográficas: S10°56'51.83" W69°33'5.22"
S10°56'43.98" W69°34'15.62"
ESTRESSOR – QUAL É O PROBLEMA?
Extensas áreas de praias e bancos de areia são formadas ao longo do rio
Acre, em especial na divisa de Assis Brasil com Inapari. O
assoreamento do Rio Acre dificulta a navegação.
AÇÃO DE ADAPTAÇÃO
- Educação ambiental para os moradores da região
- Reflorestamento das APPs
- Proteção da mata ciliar.
ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO
- Programa de educação ambiental
- Projeto de reflorestamento nas margens do Rio Acre
INSTITUIÇÕES – promotoras e parceiras
Secretaria Municipal do Meio Ambiente Assis Brasil, Prefeitura
Iñapari, SEMA.
META – O QUE QUEREMOS
Redução do assoreamento do Rio Acre.
Figura 07: Mapa falado levantamento de riscos ecológicos
.
22
Os resultados das entrevistas e mapeamento dos riscos ambientais mostraram a alta
vulnerabilidade da bacia do rio acre e a necessidade de estratégias de adaptação. As
entrevistas com os moradores mostraram que baseado na experiência da viagem e a dinâmica
das transformações crescentes na região, recomendam-se fazer viagens semelhantes nos
outros rios transfronteiriços.
Fotografias 07 e 08: Saída de Assis Brasil e chegada em Brasileia da Expedição.
23
4. AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS
O banco de dados geográficos e os levantados em campo foram utilizado para avaliar os
riscos ambientais e a vulnerabilidade dos recursos hídricos, bem como indicar as possíveis
áreas de risco que podem ameaçar a saúde dos ecossistemas e a qualidade de vida humana.
Entender os riscos ecológicos a que uma região está submetida auxilia na tomadas de decisão
no que diz respeito à definição de qual tipo de ação é necessária para evitar ou minimizar
impactos negativos, seja adotando medidas de mitigação ou agindo rapidamente para evitar
sua degradação (Petry et al, 2011). Para tomada de decisão será utilizado como unidade de
planejamento as microbacias, sendo estas geradas com base no Modelo Digital de Elevação
Hidrologicamente Consistido (MDEHC). O MDEHC foi elaborado por Latuf (2010) com
base nos critérios e métodos estabelecidos pela ANA.
Para a análise de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre foi usada a metodologia IRE (Índice
de Riscos Ecológicos), adotada pela Rede WWF (Petry et al., 2011), adaptada de Mattson &
Argermeier (2007). A metodologia IRE permite avaliar o estresse a que um determinado
ecossistema ou unidade territorial, nesse caso microbacias, está submetido. Ademais, a
metodologia permite identificar quais são as áreas com maior risco ecológico para um
determinado tipo ou conjunto de estressores e orientar decisões e ações de conservação.
O IRE avalia, em cada unidade de planejamento (microbacias), os estressores conforme sua
sensibilidade, severidade e frequência com aplicação de pesos e notas. Especialistas nas
diferentes áreas temáticas deram uma pontuação para os impactos dos estressores, levando em
consideração a sensibilidade, severidade e a frequência. O IRE é o produto entre a severidade
de um dado estressor, como definida acima, e o número de ocorrências (frequência), deste
mesmo estressor na unidade de estudo considerada. Sua representação matemática pode se
expressa como:
IRE (i) = F(i) × S(i)
(i) = identificador do estressor F (i) = frequência do estressor i na bacia analisada. S (i) =
severidade do estressor i na bacia analisada. (Petry et al., 2011).
Os consultores especialistas em SIG calcularam o IRE por estressor e elaboraram mapas de
vulnerabilidade por cada estressor. Usando a metodologia IRE, pode-se calcular o Índice de
Risco Ecológico Composto (IRE-C), sendo o somatório dos IRE por estressor especifico,
permitindo uma visão integrada dos riscos a que as microbacias estão submetidas.
Num trabalho em conjunto os consultores especialistas em SIG construíram o mapa do IRE-
composto para a região trinacional MAP. A Figura 07 mostra o mapa do IRE-C para a bacia
transfronteiriça do Rio Acre.
O trabalho foi realizado, de acordo com os 04 passos a baixo:
1. Construção de um banco de dados de informações espaciais para a bacia e elaboração
de mapas temáticos
2. Identificação e delimitação de bacias hidrográficas (Unidades Hidrológicas -
Metodologia Otto Nível 07 - ANA / BR)
3. Calcular o índice de risco ecológico para a bacia, considerando variáveis como
sensibilidade, severidade e frequência.
4. Cruzar as informações para projetar o IRE específico e finalmente o IRE composto.
25
5. I REUNIÃO DE SISTEMA DE ALERTA NA REGIÃO MAP
Com o objetivo de socializar as informações coletadas e os resultados produzidos, foi
realizado a 1ª Reunião Internacional de Sistema de Alerta na Bacia Transfronteiriça do Rio
Acre. Na reunião foram socializados resultados preliminares do levantamento de dados e
apresentados mapas temáticos trinacionais e mapas do cálculo IRE. Além disso, foram
definidos propostas de estratégias de adaptação para as áreas vulneráveis identificadas e
identificados responsabilidades locais em relação ao Sistema de Alerta a ser implementado na
região MAP, que será mais detalhado na capitulo 06.
A reunião aconteceu no dia 05 de dezembro de 2013, no Centro de Convenções “El Curichi
del Cocodrilo” em Cobija – Bolívia. A reunião contou com a presença de 44 participantes,
representando 23 instituições dos três países da região MAP. Sendo18 representantes da
Bolívia, 18 doBrasil, 05 do Peru e 03 do Projeto GEF Amazonas. A lista de presença da
reunião encontra-se no anexo IV.
Durante a primeira parte da Reunião foram apresentados os avanços do Projeto, A Eng. Elsa
Mendoza, coordenadora da Atividade III.2.2 do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas,
explicou os objetivos, resultados esperados, dinâmica da reunião e apresentou o contexto,
avanços e os próximos passos da atividade na região MAP, destacando a base sólida de
cooperação desenvolvida na região.
Um dos avanços de uma atividade do projeto foi apresentado pelo Sr. Hugo Fuentes,
consultor especialista em SIG, que mostrou o banco trinacional de dados geográficos sobre a
bacia do Rio Acre, ressaltando a padronização e uniformização dos mesmos e a produção de
mapas temáticos para a região MAP.
O banco de dados foi utilizado para a produção de mapas de vulnerabilidade e riscos
ambientais na bacia transfronteiriça do Rio Acre. O Sr. Jiang Oliver, representando o Governo
Regional de Madre de Dios (GOREMAD), apresentou estes mapas que foram produzidos
com a metodologia de cálculo do Índice de Riscos Ecológicos (IRE) de Mattson e
Argermeier.
A Dra. Vera Reis, representante da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), fez uma
apresentação institucional, explicando a estrutura e ações para a gestão de riscos ambientais e
o uso do sistema TerraMA2 neste contexto.
O Dr. Irving Foster Brown, consultor do Projeto GEF Amazonas, fez uma apresentação sobre
os eventos extremos na região MAP e as estratégias de adaptação, sinalizando que a
adaptação é essencial, porém não é suficiente quando não tem mitigação efetiva global.
Como parte da atividade III.2.2 do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas foi realizada uma
Expedição no Rio Acre com os objetivos de validar os mapas de vulnerabilidade e levantar
dados e informações sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais. A Expedição foi
realizada no trecho de Assis Brasil à Brasileia, de 29 de novembro a 02 de dezembro. Dois
dos 15 participantes da Expedição no Rio Acre, o Ten. Cor. James Gomes e o Eng. Edgar
Marca, relataram sobre a experiência e apresentaram os resultados preliminares da viagem.
Um dos próximos passos da atividade III.2.2 do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas será
a implementação do Sistema de Alerta Precoce e o sistema de comunicação em desastres. O
Sr. Alan Pimentel, representando a SEMA/Unidade de Situação, apresentou a Plataforma
TerraMA, um sistema operacional para o monitoramento, análise e alertas de riscos
26
ambientais. O Sr. André Bracciali, explicou as modalidades de uso de sistemas de
comunicação em desastres e as instituições envolvidas na temática na região MAP.
Fotografia 09 Fotografia 10
Fotografia 09: Jiang Oliver apresentou os mapas de vulnerabilidade para a região MAP.
Fotografia 10: Edgar Marca e Ten. Coronel James Gomes apresentam resultados da Expedição no Rio Acre
27
6. SISTEMA DE ALERTA TRINACIONAL
Além de socializar os resultados preliminares do Projeto, o objetivo da 1ª Reunião
Internacional de Sistema de Alerta na Bacia Transfronteiriça do Rio Acre também foi de
definir propostas de estratégias de adaptação para as áreas vulneráveis identificadas, e
identificar responsabilidades locais em relação ao Sistema de Alerta a ser implementado na
região MAP.
Após as apresentações dos avanços da atividade III.2.2 do Projeto OTCA/PNUMA/GEF
Amazonas a reunião contou com trabalho em grupo e discussões sobre estratégias de
adaptação para as áreas vulneráveis. Em sub-grupos os participantes discutiram as seguintes
questões:
i. Quais as questões de interesse comum e oportunidades de cooperação
transfronteiriça podem ser identificadas para avançar na adaptação às
mudanças climáticas na região MAP?
ii. Quem são as autoridades competentes nos três países para apoiar e
implementar uma iniciativa transfronteiriça sobre a questão da adaptação às
alterações climáticas?
iii. Qual seria a melhor maneira de articulação trilateral para possibilitar a
implementação de ações relacionadas à gestão de riscos na fronteira?
iv. Qual é a melhor forma de comunicação local para alertas precoces?
v. Identificar mecanismos de adaptação e mitigação para impactos identificados
na Bacia.
Fotografias 11, 12, 13 e 14:
Participantes discutem em sub-grupos sobre estratégias de adaptação para as áreas vulneráveis.
28
Após as apresentações dos trabalhos feitos em grupo, foi acordado em plenária a validação da
estrutura do banco de dados desenvolvido nos três países e apresentado pelos consultores, e
dos mapas de vulnerabilidade e riscos / índice de riscos ecológicos (IRE) para a bacia alta do
Rio Acre.
Ademais, foi decidido a utilização do sistema TerraMA2 para o Sistema de Alerta trinacional
na região MAP e a implementação do sistema nas seguintes instituições designadas nos três
países. Além do Sistema de Alerta, também foi desenvolvido e implementado com urgência o
sistema de comunicação para alertas precoce.
Figura 08 Sistema de Alerta TerraMA2
Instituições responsáveis para Implementação do Sistema de Alerta e Sistema de
Comunicação
Em plenária foram indicadas as instituições como responsáveis para a realização da
implementação do Sistema de Alerta para a região e para a implementação do Sistema de
Comunicação.
Foi solicitado aos pontos focais dos governos dos países do projeto GEF/OTCA a indicação
oficial das instituições para a implementação do Sistema de Alerta.
Durante a Primeira Reunião Internacional de Sistema de Alerta na bacia transfronteiriça do
Rio Acre foram feitas as seguintes recomendações.
Usar das recomendações preliminares apresentadas pelos integrantes da Expedição
Trinacional no Rio Acre, de Assis Brasil para Brasiléia.
Sistema de Alerta TerraMA2
TerraMA2 é um produto de software, um sistema computacional, baseado em uma
arquitetura de serviços, aberta, que provê a infra-estrutura tecnológica necessária ao
desenvolvimento de sistemas operacionais para monitoramento de alertas de riscos
ambientais.
Dados necessários para operar TerraMA2:
– Dados ambientais dinâmicos: dados que informam sobre a condição de
variáveis obtidos a intervalos de tempo pré determinados;
– Dados estáticos - dados que contém informações sobre as pré condições
necessárias para a ocorrência de um desastre (planos de risco). A atualização
dos dados estáticos deve ser realizada sempre que uma pré condição é
alterada ou quando o modelo de ocorrência do desastre é atualizado;
– Dados adicionais - outras informações que auxiliem a localização das áreas
de risco e das populações ou equipamentos vulneráveis ao extremo
ambiental analisado.
29
Disponibilizar todas as informações geradas pelas atividades do Projeto GEF
Amazonas na região MAP para acesso e uso das instituições e demais atores.
Promover uma maior participação e fortalecer as defesas civis da região MAP através
de uma maior integração entre as diferentes instituições.
Solicitar apoio da OTCA / ANA-Brasil para o treinamento de instituições nacionais na
região MAP, sobre o tema de respostas aos eventos extremos, organizando um curso
ou reunião técnica.
Incrementar as estações hidrometeorológicas da Região MAP, em cooperação entre os
três países.
Criar uma Sala de Situação Trinacional seguindo o modelo do Acre - Brasil em Madre
de Dios – PE e Pando - BO.
Fortalecer o Mini MAP gestão de risco e defesa civil.
Os participantes recomendaram também as seguintes ações referentes à gestão de riscos na
zona transfronteiriça:
Envolver mais a sociedade no sentido de prevenção;
Informações com alcance nas comunidades rurais;
Monitoramento de rede integrado e alertas precoces mais eficazes na fronteira;
Equipe técnica mais preparada - treinamentos e workshops integrados ;
Novas tecnologias para automação de dados;
Composição do Comitê da Bacia do Rio Acre;
Assinatura do Acordo Multilateral Brasil-Bolívia-Peru em gestão conjunta da bacia do
Rio Acre;
Pesquisa e proposta de adaptação / resistência;
Realizar estudos e implementação de ações sobre os riscos que vem causando
meandro, estrangulamento localizado entre as cidades de Cobija e Brasileia;
Socializar as informações geradas pela OTCA projeto e atividade, especialmente
III.2.2 e outras informações geradas pelo referido projeto na bacia. amazônica.
Fotografia 15: Participantes da 1ª Reunião Internacional de Sistema de Alerta na bacia
fronteiriça do Rio Acre
30
7. CAPACITAÇÃO, TREINAMENTO E INSTALAÇÃO DA PLATAFORMA
TERRAMA2
Na 1a Reunião Internacional de Sistema de Alerta na bacia fronteiriça do Rio Acre foi
decidido que seria utilizado o sistema TerraMA2 para o Sistema de Alerta trinacional na
região MAP. Por este motivo foi realizada uma capacitação para técnicos das instituições
indicadas em cada país (ponto focal) sobre o uso e implementação da Plataforma TerraMA2.
Este treinamento foi realizado no período de 30 de março a 5 de abril, na Sala de SIG na
FUNTAC, através de consultoria contratada pelo INPE pelo especialista na Plataforma
TerraMA2, o Doutor Eymar S.S. Lopes. A programação do curso encontra-se no anexo XI.
Os objetivos do treinamento foram:
1. Capacitar a equipe técnica a elaborar, editar e construir base de dados para operação
da plataforma TerraMA2.
2. Treinamento dos usuários para a implementação do sistema de alerta precoce usando a
plataforma Terra MA2.
3. Construção do banco de dados para o funcionamento desta plataforma com dados
fornecidos pelo projeto.
4. Preparar a estrutura – hardware com cada responsável/instituição para a
implementação da plataforma Terra MA2.
Foto 16: Participantes do treinamento de uso da Plataforma TerraMA2
O treinamento de uso da Plataforma TerraMA2 foi repetido no período de 22 a 25 de abril
para dois participantes bolivianos.
O sistema de alerta que foi implementado na região transfronteiriça do MAP (Madre de Dios-
Peru, Acre-Brasil e Pando-Bolívia) usa a plataforma TerraMA2 que é uma plataforma do
Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) desenvolvido na Divisão de Processamento de
31
Imagens (DPI) com distribuição gratuita. Esta plataforma permite desenvolver seu próprio
sistema operacional de riscos ambientais por cada usuário. Durante o período de 04 a 08 de
maio 2014 foi realizada uma visita técnica para viabilização da implementação da plataforma
TerraMA2 na região transfronteiriça do MAP dos países da Bolívia e Peru, onde o sistema
operacional será utilizado.
Os objetivos da visita foram de realizar a implementação da plataforma TerraMA2 e sistema
de alerta na região MAP; capacitação dos usuários que serão responsáveis para
operacionalização da plataforma TerraMA2; entrega dos equipamentos (servidor e
computador) para implementação do sistema de alerta e que não aconteceu devido a não
chegada dos equipamentos a tempo. Serárealizada a entrega dos servidores e computadores
em novembro de 2014; integração do sistema de alerta com técnicos e instituições para uso do
sistema de alerta.
Sobre TerraMA2
O TerraMA2 permite monitorar qualquer ocorrência de desastre natural a partir de
informações disponíveis na internet. Estes dados podem ser dados provenientes de satélites,
radares meteorológicos, modelos de previsões numéricas e também pode ser utilizado dados
de pontos fixos como as plataformas de coleta de dados (PCD), sondas, boias, estações e
instrumentos geotécnicos.
Estes dados permitem acompanhamento de eventos pluviométricos extremos a períodos de
estiagem, incêndios florestais, deslizamentos, entre outras situações de risco. Por este motivo
esta plataforma integra serviços geográficos e modelagem, através do acesso em tempo real a
dados meteorológicos, climáticos, atmosféricos, hidrológicos, geotécnicos, demográficos,
dentre outros dados, permitindo reunir diferentes bases/camadas de informações que
possibilita realizar o monitoramento. O objetivo do TerraMA2 é um sistema operacional que
possibilita ao usuário desenvolver modelos de análises básicos para fins de monitoramento e
alerta de extremos ambientais. O link para ter acesso a plataforma Terra MA2 é
(www.dpi.br/terrama2).
A plataforma TerraMA2 implementada na região MAP permitirá integrar, em tempo real,
alertas ambientais que indicarão a possibilidade de ocorrência de um evento extremo, como
exemplo as inundações.
Visita no Peru
Foram iniciadas as atividades no horário estabelecido no programa. Na solenidade de abertura
de boas vidas foi realizado uma breve explicação do projeto de manejo integrado e sustentável
dos recursos hídricos transfronteiriço na bacia do amazonas considerando a variabilidade e a
mudança climática, implementação da plataforma de monitoramento ambiental TerraMA².
A mesa de boas vindas foi composta por representantes de cada pais, Peru, Eng. Jesus Ortega
Martinez ANA - PM; Miguel Angel Castilho ANA – OSNIRH e pelo Brasil, Ten. Cel. James
Gomes SEMA – OTCA; Dr. Eymar Lopes INPE (fotografia 1).
32
Fotografia 17: Composição da mesa de boas vindas.
Jesus Ortega realizou uma breve fala inicial sobre a da ferramenta TerraMA2, sua importância
para emissão de alertas para inundações, incêndios florestais e outros eventos extremos que a
ferramenta pode monitorar.
Miguel Angel (Fotografia 18) falou sobre os avanços tecnológicos em Puerto Maldonado e a
importância que é para o país desenvolver trabalhos tecnológicos em conjunto com governo
regional de Madre de Dios, diferentes autoridades, serviços e instituições que estão
envolvidas com os recursos hídricos para poder avançar, e também enfrentar as deficiências
ante fenômenos. Miguel considera que o tema deve ser replicado, pois Madre de Dios tem
muitas bacias e que a ferramenta pode ser utilizada também como instrumento de
aprendizagem.
Também foi feita uma breve explanação do Sistema Nacional de Informações de Recursos
Hídricos. Foi enfatizada a ANA como sendo a máxima autoridade em gestão de recursos
hídricos no Peru, incentiva ações de aproveitamento de água, e que para cumprir seus deveres
faz alianças locais, regionais e com diversas autoridades.
Fotografia 18: Fala do Eng. Miguel Angel
33
Ten Coronel James Gomes (sala de situação Acre) realizou uma apresentação geral da
Atividade III.2.2 do Projeto OTCA/PNUMA/GEF Amazonas representando a consultora do
Projeto Eng. Elsa R. H. Mendoza.
Dr. Eymar Lopes (consultor) fez uma apresentação da Plataforma TerraMAa, aspectos gerais
de seu funcionamento, detalhes técnicos, demonstração dos dados disponíveis para utilização
na plataforma, análises e resultados possíveis (Fotografia 19).
Fotografia 19: Explicação do TerraMA2 por Eng. Eymar Lopes.
Ten Coronel James Gomes efetivou a entrega simbólica do servidor, enfatizando que a
ausência do servidor se deu pelo atraso da entrega do mesmo ocasionado pela cheia do Rio
Madeira, que bloqueou a entrada dos equipamentos no Acre. Na entrega simbólica foi
colocado que a ferramenta será para uso do governo regional, Autoridade Nacional de Água
(ANA) local e de todas as instituições que queiram participar deste projeto (Fotografia 20).
Fotografia 20: Entrega simbólica dos equipamentos.
34
Na oportunidade foi feita a instalação da plataforma TerraMA² em dois computadores na
futura sala de monitoramento da ANA que está se equipando. Ao final da instalação foi feita
demonstração de como a plataforma deverá funcionar no monitoramento da região MAP. No
período da tarde foi realizado um treinamento rápido de utilização da plataforma de
monitoramento ambiental TerraMA2, que teve como objetivo criação de um banco de dados,
criação de uma análise de alerta para região MAP utilizando dados do Hidroestimador
(Fotografia 21).
Fotografia 21: Treinamento dos operadores da plataforma, lado esquerdo em pé o Dr. Eymar.
Ao final do dia o Dr. Eymar Lopes seguiu para GOREMAD para realizar a implementação da
plataforma.
Visita a Bolivia
No gabinete da governação de Pando a equipe foi recebida pelo Capitão Hugo Mendez,
Direção de Gestão de Risco, que informou que o governador estava viajando e o vice
governador estava em outra atividade, o mesmo não chegaria a tempo para o encontro. Em
virtude do atraso e por consequência da ausência dos equipamentos, Hugo Mendez preferiu
aguardar a chegada dos equipamentos para realizar entrega oficial, e solicitou que agenda
fosse seguida na segunda visita para entrega dos equipamentos.
Aproveitando a visita, Dr. Eymar fez apresentação do TerraMA2, mostrando como a mesma
funciona e as possibilidades de utilização da ferramenta.
35
Fotografia 22. Visita da equipe do projeto em Pando, de esquerda para direita, Hugo Fuentes (Consultor de
SIG- Bolivia GEF/OTCA), especialista em Sistema de Informações Tec. Ozeias, Dr. Eymar Lopes (Consultor do
Projeto GEF/OTCA), Tenente Hugo (COED-Pando), Ten. Coronel James e Alan Pimentel (Técnico da sala de
situação – Acre).
36
CONSIDERAÇÕES E PROXIMOS PASSOS
Durante a execução da Atividade III.2.2 foi estabelecida uma equipe trinacional de
especialistas para desenvolver e por em prática a atividade de demonstração sobre adaptação.
Foram levantados e organizados dados socioambientais para o desenvolvimento de uma base
de dados trinacional. Além disso, foi implementado um Sistema de Alerta precoce para a
fronteira trinacional, fortalecendo desta forma a cooperação técnica – científica com
diferentes atores dos três países na região MAP.
O próximo passo da atividade III.2.2 será a implementação de um sistema de comunicação
em emergência na fronteira, mais especificamente, na região MAP, para facilitar a
comunicação entre os três países, principalmente, em períodos de acontecimentos de desastres
naturais ou provocados pelo homem, que objetivará a redução, minimização e a mitigação dos
efeitos, danos e prejuízos aos sistemas sociais e humanos. Já foi realizado o diagnóstico da
estrutura de comunicação existente na região, sugerindo atualização, modificação e
modernização da estrutura com a finalidade de criar um sistema de comunicação em
emergência em condições de superar óbices como falta de energia, dentre outras e com
capacidade de alcançar localidades e comunidades remotas nesta região de fronteira e com
tecnologia apropriada e accessível. Serão utilizados as redes existentes para potencializar o
sistema a ser implementado.
37
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Relatório Consolidado do Plano de Ação(Cap. 5). –Rio Branco –AC: 2010 –88p.
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com produtos químicos perigosos no Estado do Acre: Relatório Síntese / Rosana Cavalcante
dos Santos, Coord.–Rio Branco –AC: 2009 –76p.
BROWN, I. F.; BRILHANTE, S. H. C.; MENDOZA, E. R. H. E OLIVEIRA, I. R. Estrada de
Rio Branco, Acre, Brasil aos Portos do Pacífico: Como maximizar os benefícios e minimizar
os prejuízos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Sul-Ocidental. Integración
Regional entre Bolívia, Brasil y Peru. Allan Wagner Tizón y Rosario Santa Gadea Duarte
(eds). Editora CEPEI (Centro Peruano de Estudios Internacionales), Lima, Série: Seminários,
Mesas Redondas y Conferencias No. 25, p. 281-296. 2002.
LATUF, M. O. Modelagem hidrológica aplicada ao planejamento dos recursos hídricos na
bacia hidrográfica do rio Acre. Tese de Doutorado em Geografia – UNESP, Presidente
Prudente, SP. 2011.
MATTSON, K. M.; ARGERMEIER, P. L. Integrating Human Impacts and Ecological
Integrity into a Risk-Based Protocol for Conservation Planning. Environment Manage
n. 39, p. 125-138, 2007.
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Igarapé Judia, Acre, Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso Pós-Graduação: Perícia e
Auditoria em Gestão Ambiental na Uninorte, Maio de 2012.
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Bolívia, Brasil e Paraguai. The Nature Conservancy; WWF-Brasil. Brasília, DF: The
Nature Conservancy do Brasil, Outubro de 2011.
REIS, V. L.; REYES, J. F. (Org.). Rumo à gestão participativa da Bacia do Alto Rio Acre.
Diagnóstico e avanços. Universidade Federal do Acre – UFAC e WWF-BRASIL-World
Wildlife Fund. 2007.
46
Anexo III: Lista de presença da Reunião dos Consultores – 05 e 06 de junho de 2013
LISTA DE PRESENÇA Reunião: Primeira Reunião do Consultores de SIG e de Campo
Local: IPAM (Rio Branco - Acre, Brasil)
Data: 5 e 6 de Junho 2013 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A
VARIABILIDADE E MUDANÇA CLIMÁTICA
ATIVIDADE III.2.2 ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA REGIÃO TRANSFRONTEIRIÇA DO MAP
Nome País Telefone E-mail
1. Wilson Suri Palomino Peru 954719692 wilsonsurip@hotmail.com
2. Juan Fernando Reyes Bolivia 591 38422549 jfr@herencia.org.bo
3. Foster Brown Brasil +55- 68 9984 0336 fbrown@uol.com.br
4. Sonaira Souza da Silva Brasil 68-9942 0642 sonairasilva@gmail.com
5. Hugo Leonardo Fuentes Bolivia 3-8422549 hfuentes@herencia.org.bo
6. Elsa Mendoza Brasil 68- 9991-4060 Elsa_mendoza@uol.com.br
7. Fronika de Wit Brasil 68-9957-1988 fronikadewit@gmail.com
8. Vera Lucia Reis Brasil 68-99714777 Vlreis.ac@uol.com.br
47
Anexo IV Agenda Reunião dos Consultores 5 e 6 de junho de 2013
P R O J E T O G E F
G E F / P N U M A / O T C A
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Telefax: E-mail
1o dia de encontro 05 junho 2013 Hora Atividade Responsável/palestrante
8:30 Bem vinda a os participantes e apresentação dos participantes
Elsa Mendoza
9:30 Apresentação dos objetivos e dinâmica da reunião
Elsa Mendoza
10:00 Apresentação da proposta Atividade III.2.4 Elsa Mendoza
10:45 Lanche
11:00 Apresentação dos objetivos e produtos da consultoria dos técnicos em SIG e Campo e sua sinergia com consultor especialista.
Elsa Mendoza
11:45 Apresentação dos consultores de Bolívia (avanços e desafios no levantamento de informações geográficas oficiais e elaboração do banco de dados para Pando)
Consultores
12:30 Almoço
15:00 Apresentação dos consultores de Peru (avanços e desafios no levantamento de informações geográficas oficiais e elaboração do banco de dados para Madre de Dios).
Consultores
16:00 Lanche
16:30 Apresentação dos consultores de Brasil (avanços e desafios no levantamento de informações geográficas oficiais e elaboração do banco de dados para Acre).
Consultores
17:30 Resumem do dia
48
P R O J E T O G E F
G E F / P N U M A / O T C A
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Telefax: E-mail
2o dia de encontro 06 junho 2013 Hora Atividade Responsável/palestrante
9:00 Resumo do dia anterior Elsa Mendoza
9:30 Apresentação do consultor especialista para integração do banco de dados e produtos
Consultor especialista
10:45 Lanche
11:15 Apresentação metodologia consultores de campo.
Consultor especialista
12:30 Almoço
15:00 Padronização do dados e construção de um banco de dados único para os três estados (MD, AC e PA) e identificação de problemas relacionado a levantamento de dados.
Consultor de Brasil
16:00 Lanche
16:30 Elaboração de plano de trabalho para todos os consultores e próximos passos.
Elsa Mendoza
17:30 Resumo do dia
51
Anexo VI – Preparação e Agenda Expedição Rio Acre
Expedición al Río Acre
OTCA con apoyo del FMAM / PENUMA viene ejecutando el proyecto “Gestión integrada y sostenible de los
recursos hídricos transfronterizos en la cuenca del río Amazonas, considerando la variabilidad y el cambio
climático”. Este proyecto cuenta con actividades en las sub-cuencas, y una de estas actividades es Actividad
III.2.2 Adaptación al Cambio Climático en la Región Fronteriza del MAP. El objetivo de esta actividad es
desarrollar un estudio sobre la vulnerabilidad y la adaptación de los recursos hídricos adelante el cambio
climático en las comunidades de la Región MAP (Madre de Dios-PE, Acre y Pando-BR-BO).
Invitamos a Su Señoría para participar en la Expedición al Río Acre, en el camino de Assis Brasil à Brasileia de
29 de noviembre hasta 04 de diciembre de 2013 (programación anexo), el punto de encuentro será el 29 de
noviembre en el Hotel Posada Renacer - Assis Brasil-Brasil.
Los objetivos de este viaje son:
1. Colección de datos y información obtenida en el campo de la realidad que enfrentan las
comunidades rurales de las zonas críticas de la cuenca de la región fronteriza.
2. Información para la validación de los mapas de riesgo y vulnerabilidad de la cuenca del río Acre,
en la frontera del MAP.
3. Entrevistar a personas clave en el manejo de cuencas hidrográficas como la Defensa Civil y COER
y otras instituciones involucradas en el tema.
52
Programación
1o dia de viaje, 29 de noviembre de 2013
Hora Actividad
8:30 Salida desde Río Branco a Assis Brasil / Iñapari
12:30 Almuerzo
15:00 Reunión con personas clave en Iñapari y Assis Brasil y reunirse
con la defensa civil desde el lado brasileño y peruano
17:30 Preparar y organizar el viaje en el Río Acre
2o dia de viaje, 30 de noviembre de 2013
Hora Actividad
8:30 Salida viaje en barco Assis Brasil, validación de los mapas de riesgo y
entrevistas
17:30 Resumir el día y noche en el campamento.
3o dia de viaje, 01 de diciembre de 2013
Hora Actividad
8:30 Continuación viaje en el Rio Acre para validación de los mapas de
riesgo y entrevistas
17:30 Resumir el día y noche en el campamento
4o dia de viaje, 02 de diciembre de 2013
Hora Actividad
8:30 Continuación viaje en el Rio Acre para validación de los mapas de
riesgo y entrevistas
17:30 Resumir el día y noche en la ciudad de Brasiléia
5o dia de viagem, 03 de dezembro de 2013
53
Hora Actividad
8:30 Reunion con personas claves en Brasileia/BR y Cobija/BO
12:30 Almuerzo
15:00 Evaluación del viaje por los participantes
16:00 Vuelta a sus países / ciudades
Lista de los accesorios para el viaje
1. Impermeable
2. Sombrero / cap
3. Gafas de proteccion
4. Botas / Zapatos
5. Cantimplora
6. Ropa de campo (tres días)
8. Hamaca + Mosquitera + cuerda de 10 mm, 8 metros.
9. Lona (para cubrir cosas personales)
10. Linterna y pilas
11. Manta
12. Cuchillo
13. Repelente
14. Bolsas de plástico para proteger ropas y materiales personales
15. Bolsa de fibra
59
Anexo VIII – Agenda reunião 05 de dezembro de 2013
Fecha y local: 04 a 06 de diciembre de 2013, día de la reunión 05 de diciembre, Centro de
Convenciones el Curichi Cocodrilo, Cobija, Bolivia
Objetivo principal
Socialización y actualización de informaciones sobre la actividad III.2.2. Adaptación al
Cambio Climático en la Región Transfronteiriza del MAP (Madre Dios-PE, Acre-BR, Pando-
BO).
Específicos:
1. Socializar los resultados preliminares de la coleta de datos en la región MAP;
2. Presentar los mapas temáticos trinacionales y mapas del IRE;
3. Definir propuestas de estrategias de adaptación para las áreas vulnerables
identificadas;
4. Identificar las instituciones locales responsables para la implementación del
Sistema de alerta temprana en la Región MAP.
04 de Diciembre de 2013
Hora Actividad 10:00 a 22:00
Llegada de participantes del Perú, Brasil y Bolivia (La Paz) al hotel Real Amazonia – Cobija/ Bolivia
05 de Diciembre de 2013
Hora Actividad 8:00 Recepción e inscripción
8.30 Buenas bienvenidas y Solemnidad de Abertura
9.00 Presentación de los objetivos y dinámica de la reunión
Moderador
9:15 Presentación de las actividades de los gobiernos nacionales en la región MAP relacionado a los recursos hídricos – Punto Focal
Autoridad Nacional del Agua – Perú
Ministerio de Relaciones Exteriores - Bolivia
Agencia Nacional de Aguas - Brasil
10:00 Intervalo
10.15 Presentación de la propuesta y avances de la Actividad III.2.4
Elsa Mendoza
10.30 Presentación de la estructura y banco de datos y su integración
Hugo Fuentes / Wilson Suri
11.30 Identificando la vulnerabilidad y riesgos de la Jiang Oliver
60
cuenca del Rio Acre 12:00 Eventos extremos en la región MAP y
mecanismos de adaptación
Foster Brown
12:30 Almuerzo en el mismo local del evento
14:00 Experiencia de gestión de los recursos hídricos en el Estado del Acre
SEMA
14:30 Trabajo de grupo
Análisis de los mapas de vulnerabilidad y riesgos en la cuenca del Rio Acre y propuestas de estratégicas de adaptación para las áreas vulnerables.
Todos los participantes
15:30 Presentación de trabajo de grupo Relatores 16:00 Intervalo
16:15 Propuesta del Sistema de Comunicación para la región MAP
Consultor
17:00 Tierra MA2 sistema de alerta temprana Implementación del Sistema y capacitación para usar Tierra MA2
Consultor
17:15 Definición de responsabilidades locales para implementación del sistema de alerta temprana en la región MAP
Elsa Mendoza
18:00 Próximo pasos (agenda de actividades) Moderador 20:00 Cena de confraternización
06 de Diciembre de 2013
Hora Actividad 08:00 Retorno de los participantes a sus países
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Anexo IX – Memória da Reunião 05 de dezembro de 2013
Proyecto: Manejo Integrado y Sostenible de los Recursos Hídricos Transfronterizos de la
Cuenca del Río Amazonas Considerando la Variabilidad y el Cambio Climático
I REUNIÓN INTERNACIONAL DE SISTEMA DE ALERTA EN LA REGIÓN MAP
(Madre de Diós – Acre – Pando)
Memoria de la Reunión
1. En la ciudad de Cobija, Bolivia, el 5 de diciembre de 2013, representantes
gubernamentales y de la sociedad civil de Bolivia, Brasil y Perú participaron en la I
Reunión Internacional de Sistema de Alerta en la Región Transfronteriza del MAP,
desarrollada en el ámbito de la Actividad III.2.2 Adaptación al Cambio Climático en la
Región Transfronteriza del MAP del Proyecto “Manejo Integrado y Sostenible de los
Recursos Hídricos Transfronterizos de la Cuenca del Río Amazonas, considerando la
Variabilidad y el Cambio Climático”.
2. La reunión contó con la presencia de 44 participantes representando 23 instituciones de
los tres países de la región MAP (18 representantes de Bolivia, 18 de Brasil, 05 de Perú y
03 del Proyecto GEF Amazonas). La lista completa de participantes se encuentra como
Anexo 1. 3. Los objetivos de la reunión fueron: (i) Presentar los resultados preliminares de la colecta
de datos en la región del MAP; (ii) Presentar los mapas temáticos trinacionales y mapas
de cálculo IRE; (iii) Definir propuestas de estrategias de adaptación para las áreas
vulnerables identificadas; (iv) Identificar responsabilidades locales en relación con la
implementación del Sistema de Alerta en la región MAP. La agenda aprobada de I
Reunión Internacional de Sistema de Alerta en la Región MAP figura como Anexo 2.
4. La inauguración contó con la presencia de la Sra. Ana Lucía Reis, Alcaldesa de Cobija,
del Ing. Edgar Marca, Funcionario del Ministerio de Relaciones Exteriores, Bolivia, de la
Sra. Maria Apostolova, Coordinadora Adjunta del Proyecto OTCA/PNUMA/GEF
Amazonas; así como de la Dra. Vera Reis, en representación de SEMA-AC y de ANA-
Brasil, del Sr. Carlos Manuel Verano, representante de ANA-Perú y del Capitán Hugo
Mendes Queirolo representando al Gobierno Autónomo Departamental de Pando.
DESARROLLO DEL EVENTO
5. La Sra. Maria Apostolova realizó la presentación sobre el Proyecto GEF Amazonas,
destacando el papel institucional de la OTCA, los avances en la ejecución de las
actividades de adaptación al cambio climático, así como la importancia de los proyectos
pilotos en el contexto del desarrollo del Programa de Acciones Estratégicas para el
manejo sostenible/sustentable de los recursos hídricos de la Cuenca Amazónica.
6. Los representantes de Bolivia, Brasil y Perú presentaron las iniciativas y proyectos de
manejo de RRHH y prevención de eventos críticos en sus países así como las acciones
que desarrollan las instituciones nacionales en la región MAP. Perú y los proyectos de
ANA en el departamento de Madre de Dios.
62
7. La Sra. Elsa Mendoza, coordinadora de la Actividad III.2.2, explicó los objetivos,
resultados esperados y la dinámica de la reunión y presentó el contexto y los avances de la
Actividad en la región MAP, destacando la sólida base de cooperación desarrollada en la
región en el marco de la Iniciativa MAP.
8. El Sr. Hugo Fuentes, consultor especialista en SIG, presentó el banco trinacional de datos
geo-referenciados sobre la cuenca del Río Acre, resaltando la padronización y
uniformización de los mismos y la producción de mapas temáticos para la región MAP.
9. El Sr. Jiang Oliver, representante del Gobierno Regional de Madre de Dios (GOREMAD),
presentó los mapas de riesgos y vulnerabilidad de la cuenca, producidos con la
metodología de cálculo del Índice de Riesgos Ecológicos (IRE) de Mattson y Argermeier.
10. La Dra. Vera Reis, representante de la Secretaría Estadual de Medio Ambiente (SEMA),
realizó una presentación institucional, explicando la estructura y acciones para la gestión
de riesgos ambientales y el uso del sistema TerraMA2 en este contexto.
11. El Dr. Irving Foster Brown, consultor del Proyecto GEF Amazonas, realizó presentación
sobre los eventos extremos en la región MAP y las estrategias de adaptación, señalando
que la adaptación es esencial, pero no suficiente cuando no hay mitigación efectiva global.
12. Dos de los 15 participantes de la Expedición por el Río Acre, el Ten. Cel. James Gomes y
el Ing. Edgar Marca, relataron la experiencia y explicaron los resultados preliminares. La
expedición, realizada en el tramo de Assis Brasil a Brasileia, de 29 de noviembre a 02 de
diciembre, recolectó datos e informaciones sobre la realidad de las comunidades rurales
así como validó los mapas de riesgo y de vulnerabilidad.
13. El Sr. Alan Pimentel, de la SEMA/Unidad de situación, presentó la plataforma TerraMA2,
un sistema operacional para el monitoreo, análisis y alertas de riesgos ambientales.
14. El Sr. André Bracciali explicó las modalidades de uso de sistemas de comunicación en
desastres y las instituciones involucradas en la temática en la región MAP.
15. Posteriormente, se realizó la discusión en dinámica de grupo orientada en torno de las
siguientes cuestiones: i. Qué temas de interés común y oportunidades de cooperación
transfronteriza pueden ser identificados para avanzar en la adaptación al cambio
climático en la región de MAP? ii. Cuáles son las instancias competentes en los tres
países para apoyar y ejecutar una iniciativa transfronteriza en el tema de adaptación al
cambio climático? iii. Cuál sería la mejor forma de articulación trinacional para
viabilizar la implementación de las acciones referentes a la gestión de riesgos en la zona
de frontera? iv. Cuál es la mejor forma de comunicación local para alertas tempranas? v.
Para los impactos identificados en la Cuenca, indicar mecanismos de adaptación y
mitigación. Los resultados de las discusiones se adjuntan a esta memoria como Anexo 3.
16. Como resultado de las presentaciones realizadas, los delegados y participantes realizaron
un conjunto de recomendaciones orientadas a implementar las actividades desarrolladas
en el contexto del Proyecto GEF Amazonas y a aportar para la consolidación de un
sistema trinacional efectivo y coordinado de alerta y respuesta frente a eventos extremos
en la región transfronteriza MAP, que pueden resumirse en los siguientes puntos:
Sistema de alerta:
Adjuntar a la Memoria de la I Reunión Internacional de Sistema de Alerta en la
Región MAP las recomendaciones preliminares presentadas por los integrantes de la
expedición trinacional por el Río Acre, realizada en el tramo Assis Brasil – Brasileia,
185 km recorridos. (Anexo 4)
63
Disponibilizar todas las informaciones generadas por las actividades del Proyecto GEF
Amazonas en la región MAP para acceso y uso de las instituciones y los demás
actores.
Utilizar el sistema Terra MA2 para el sistema de alerta trinacional en la región MAP e
implementar el sistema como piloto en las instituciones designadas en los países.
Desarrollar e implementar con urgencia el sistema de comunicación para la alerta
temprana, incluyendo el diagnóstico de las necesidades, opciones y propuesta de
sistema de comunicación y capacitación de los actores involucrados.
Fortalecimiento institucional para respuesta a eventos extremos:
Promover mayor participación y fortalecimiento de las defensas civiles de la región
MAP, mediante mayor integración entre las diferentes instituciones.
Solicitar apoyo a la OTCA/Ana-Brasil para realizar capacitación de las instituciones
nacionales en la región MAP en el tema de respuesta a eventos extremos, mediante
organización de un curso o encuentro técnico de eventos hidrológicos extremos en la
región transfronteriza MAP.
Densificar las estaciones hidro-meteorológicas en la Región MAP, en cooperación
entre los tres países.
Crear una Sala de Situación Trinacional siguiendo el modelo de Brasil.
Fortalecer el Mini MAP gestión de riesgo y defensa civil.
17. Se acordó en plenaria:
Validar la estructura del banco de datos desarrollado en los tres países y presentado
por los consultores.
Validar los mapas de vulnerabilidad y riesgo / índice de riesgo ecológico para la
cuenca alta del Río Acre.
Indicar las siguientes instituciones como responsables para realizar la implementación
y dar seguimiento a la operación del Sistema de Alerta para la región:
Bolivia: Plataforma operativa para gestión de riesgos, liderada por COED (Centro de
Operaciones de Emergencias Departamental), Municipio de Cobija, Herencia,
Fundación CESVI, Secretaría de Medio Ambiente del Gobierno Autonomo
Departamental de Pando, SENAMHI, Cancillería (Unidad de Aguas Internacionales).
Brasil: Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais/ SEMA-AC,
Perú: GOREMAD / Gerencia Regional de Recursos Naturales y Gestión del Medio
Ambiente (enlace con ANA, SENAMHI/Iñapari y gobiernos locales)
Indicar las siguientes instituciones para la implementación del sistema de
comunicación:
Bolivia: COED
Brasil: Cuerpo de bomberos en Epitaciolandia
Perú: SENAMHI/Iñapari
64
Desarrollar e implementar el sistema trinacional de alerta temprana.
Solicitar capacitación para los técnicos de las instituciones indicadas por cada uno de
los países (3 técnicos en Bolivia, 2 técnicos en Brasil, 4 técnicos en Perú).
18. Además, los participantes recomendaron las siguientes acciones referentes a la gestión de
riesgos en la zona de frontera:
Involucrar más a la sociedad en el sentido de la prevención
Informaciones con alcance en las comunidades rurales
Red de monitoreo integrada y alertas tempranas más efectivas en la frontera
Equipo técnico más preparado – capacitación y talleres integrados
Nuevas tecnologías para automatización de los datos
Conformación del Comité de Cuenca del Río Acre
Firma del Acuerdo Multilateral Bolivia-Brasil-Perú para gestión compartida de la
cuenca del Rio Acre.
Investigación y proposición de medidas de adaptación / resiliencia.
Realizar estudios y la implementación de acciones sobre los riesgos que viene
originando el estrangulamiento del meandro localizado entre las ciudades de Cobija y
Brasileia.
Socializar las informaciones generadas por el proyecto de la OTCA y en especial la
actividad III.2.2 y otras informaciones generadas por el proyecto de la OTCA en la
cuenca de la Amazonia.
Finalmente, los participantes en la reunión expresaron su agradecimiento y reconocimiento al
Gobierno del Estado Plurinacional de Bolivia y a los organizadores del evento por las
atenciones brindadas, por la organización y el apoyo a esta Reunión.
Cobija, 05 de diciembre de 201
65
Anexo X – Memória da Expedição no Rio Acre
Projeto: Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia do
Rio Amazonas Considerando a Variabilidade e a Mudança Climática
VIAGEM DE DIAGNÓSTICO E VALIDAÇÃO DOS DADOS NO RIO ACRE
Memoria da Expedição
1. No trecho de Assis Brasil-Acre à Brasiléia-Acre, no período de 29 de novembro à 03
de dezembro de 2013, foi realizada uma Expedição no Rio Acre, desenvolvida no
âmbito da Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região
Transfronteiriça do MAP do Projeto "Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos
Hídricos Transfronteiriços na Bacia do Rio Amazonas Considerando a Variabilidade e
a Mudança Climática".
2. A Expedição contou com a presença de 15 participantes, representando os três países
da região MAP, entre os participantes da expedição: 04 Consultores do projeto GEF
Amazonas; 02 Representantes das autoridades nacionais ANA-Peru e o Ministério das
Relações Exteriores-Bolívia; 04 Representantes da defesa civil Boliviana (COE-
Pando) e Brasileira (SEMA-Acre, Corpo de Bombeiros-Epitaciolandia); 01
Representante do Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia (SENAMHI) de
Bolívia; 01 Representante do Instituo Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) de Assis Brasil; 03 barqueiros. A lista completa de
participantes encontra-se no Anexo 1.
3. Os objetivos da Expedição foram: (i) levantar dados e informações sobre a realidade
enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas (ii) informações
para validação dos mapas de risco e vulnerabilidade; (iii) entrevistas pessoas chaves
na gestão da bacia hidrográfica; A agenda aprovada da Viagem de Diagnostico e
Validação dos Dados no Rio Acre, encontra-se no Anexo 2.
Organização do Tratado de
Cooperação Amazónica
Fundo para o Meio Ambiente
Mundial
Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente
66
4. A viagem no Rio foi realizada em três barcos tipo canoa de madeira com motor a
gasolina tipo rabeta, com um percurso total de 90km de viagem (linha reta) e 185km
seguindo o rio.
5. Para o levantamento de dados e informações em campo, foram usadas as seguintes
metodologias: (i) mapeamento de riscos ambientais; (ii) questionário sobre a
percepção dos riscos ambientais; (iii) analise em campo dos mapas de vulnerabilidade.
O formulário para mapeamento de riscos ambientais e o questionário sobre a
percepção dos riscos encontram-se no Anexo 3.
6. DESENVOLVIMENTO DA EXPEDIÇÃO
7. Dia 29 de novembro de 2013, os participantes se desolocaram até a cidade de Assis
Brasil, ponto de partida da Expedição, onde foi realizada uma reunião preparatória no
escritório do ICMBio-Assis Brasil para melhor preparação e organização da viagem.
8. No dia 30 de novembro de 2013 as 8h30m a Expedição saiu do porto de Assis Brasil e
foram realizadas visitadas a comunidade de Bolpebra, a comunidade San Miguel e a
comunidade de Yaminawa. Além disso, foram mapeados riscos ambientais ao longo
do rio. O primeiro dia foram percorridos 30 kilometros em linha reta.
9. No dia 01 de dezembro de 2013, a saída dos barcos foi as 8h00. As equipes dos três
barcos fizeram o mapeamento dos riscos ambientais e das moradias a beira rio.
Foram visitadas todas as moradias com acesso no rio para conduzir entrevistas com
os moradores sobre a percepção dos riscos ambientais. O acampamento do segundo
dia foi feito a 75km da saída de Assis Brasil.
10. No dia 02 de dezembro de 2013, a equipe saiu as 6.30 para continuar o mapeamento
dos riscos ambientais e as entrevistas nas casas encontradas na beira rio. Chegando
mais próximo da área urbana da cidade de Cobija/Bolivia e as cidades de Brasiléia e
Epitaciolandia/Brasil, a paisagem começou a mudar e foram mapeados mais áreas de
contaminação, esgotos, dragas para retirada de areia e erosão urbana.
11. Apôs a chegada, a equipe foi convidada pelo Capitão Hugo Mendez Queirolo, chefe
do Centro de Operações de Emergencia Pando (COE) a fazer uma apresentação dos
resultados preliminares da Expedição no Governo Departamental de Pando-Bolívia e
discutir as recomendações para a Expedição.
RESULTADOS PRELIMINARES DA EXPEDIÇÃO
Entre os resultados preliminares encontram-se:
- 150 igarapés mapeados no lado boliviano e brasileiro;
- Mapeamento de unidades de resposta nas cidades de Assis Brasil, Cobija, Brasiléia e
Epitaciolândia;
- Mapeamento de atividades potencialmente impactantes, entre outras foram mapeadas
10 dragas para a retirada de areia;
- Mapeamento dos sítios frágeis (assentamentos humanos, comunidades indígenas);
67
- Mapeamento de aproximadamente 50 áreas de erosão no lado brasileiro e boliviano;
- Mapeamento de áreas contaminadas;
- 05 meandros mapeados com risco de virar meandro abandonado/braço morto;
- 22 entrevistas com os moradores e comunidades a beira rio sobre a percepção dos
riscos ambientais;
- Levantamento dos sistemas de comunicação usados pelas comunidades e moradores
na beira do rio.
- Levantamento de estratégias de adaptação usadas pelas comunidades/moradores na
beira rio.
RECOMENDAÇÕES
Baseado na rica experiência da Expedição, os participantes da viagem de forma conjunta
fizeram as seguintes recomendações:
1. Sugere-se à Defesa civil, COE, COER fazer levantamento de pessoas, especialmente em
áreas rurais, potencialmente vulneráveis a inundações e desenvolver um sistema de
comunicação para alcança-los.
2. Sugere-se um estudo detalhado onde falta mata ciliar para controle de desmatamento,
usando os pontos de erosão e os mapas. Quantas microbacias vulneráveis tem erosão com
relevo?
3. O desmatamento nas margens dos rios esta preocupante, sugere-se uma fiscalização
conjunta baseada nas leis dos três países para manter e recuperar a vegetação das margens dos
rios na região trinacional.
4. Notamos durante a manha 02dez13 pelo menos dez dragas para retirar areia do leito do Rio
Acre nos dois lados do Rio Acre no centro urbano de Cobija-Epitaciolandia-Brasileia. Com o
crescimento urbano rápido que está acontecendo, a demanda para areia deve crescer também,
consequentemente recomendamos um estudo binacional sobre o impacto desta retirada sobre
o a estabilidade de vertentes e ecologia do Rio Acre.
5. Baseado nas entrevistas e conversas informais de ribeirinhos, a composição e quantidade de
peixes encontrados no Rio tem mudando nos últimos dez anos. Com o aumento populacional
previsto, sugere-se um estudo trinacional para servir como base para manejo de captura de
peixe no Rio Acre.
6. Baseado na experiência rica da viagem e a dinâmica das transformações crescentes na
região, recomenda-se fazer viagens semelhantes nos outros ríos transfronteiriços: Madre de
Dios, Tahuamanu, Abuna, Purus para diagnosticar a situação dos riscos ambientais.
68
Anexo XI - Agenda curso TerraMA2
31 de Março Hora Temática 8:30 Inscrição dos alunos ao curso 8:45 Boas vindas 9:00 Apresentação dos participantes 9:15 Objetivo e informações do curso 9:30 Inicio do curso
Apresentação geral do TerraMA2
12:30 Almoço 13:30 - Instalação e configuração do TerraMA2
Versão Windows Versão LINUX (máquina virtual)
17:30 Resumem das atividades do dia
01 de Abril Hora Temática 8:30 Dúvidas dos exercícios realizados do dia anterior
Bases de dados para um sistema de monitoramento Dados Hidrológicos Dados Meteorológicos Dados Ambientais
12:30 Almoço 13:30 Bases de dados para um sistema de monitoramento
Dados Hidrológicos Dados Meteorológicos Dados Ambientais
17:30 Resumem das atividades do dia
02 de Abril Hora Temática 8:30 Dúvidas dos exercícios realizados do dia anterior
Banco de Dados e TerraView Criação de BDG – Postgres Uso do TerraView e preparação dos dados
12:30 Almoço 13:30 Banco de Dados e TerraView
Criação de BDG – Postgres Uso do TerraView e preparação dos dados
17:30 Resumem das atividades do dia
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03 de Abril Hora Temática 8:30 Dúvidas dos exercícios realizados do dia anterior
Módulo de Administração Configuração do Banco de Dados Configuração e Execução dos Serviços
12:30 Almoço 13:30 Módulo de Administração
Configuração do Banco de Dados Configuração e Execução dos Serviços
17:30 Resumem das atividades do dia
04 de Abril Hora Temática 8:30 Dúvidas dos exercícios realizados do dia anterior
Módulo de Configuração Coleta de dados ambientais Configuração de planos de risco e adicionais Configuração de análises Configuração de usuários
12:30 Almoço 13:30 Módulo de Configuração
Coleta de dados ambientais Configuração de planos de risco e adicionais Configuração de análises Configuração de usuários
17:30 Resumem das atividades do dia
04 de Abril Hora Temática 8:30 Dúvidas dos exercícios realizados do dia anterior
Módulo de Visualização WEB Clientes dos Alertas Saídas do sistema Aplicativo WEB Notificação via e-mail
12:30 Almoço 13:30 Módulo de Visualização WEB
Clientes dos Alertas Saídas do sistema Aplicativo WEB Notificação via e-mail
70
16:30 Avaliação do curso e próximos passos, elaboração de agenda e identificação da
infraestrutura em cada pais para implementação da plataforma
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