gastos operacionais e o desempenho econômico no ... gastos.pdf · gastos operacionais e o...
Post on 08-Nov-2018
220 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
234
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano
Recebimento dos originais: 18/10/2014 Aceitação para publicação: 24/03/2016
Tarcísio Pedro da Silva
Doutor em Ciências Contábeis e Administração pela FURB Instituição: Universidade Regional de Blumenau
Endereço: Rua: Antônio da Veiga, 140, Bairro: Victor Konder, Blumenau/SC. CEP: 89030-903.
E-mail: tarcisio@furb.br
Jaqueline Carla Guse Mestre em Ciências Contábeis pela FURB
Instituição: Centro Universitário Franciscano Endereço: Rua Isidoro Neves, 684, Centro, Agudo/RS. CEP: 96540-000.
E-mail: drjaquelinecarla@yahoo.com.br
Maurício Leite Mestre em Ciências Contábeis pela FURB
Instituição: Universidade Regional de Blumenau Endereço: Rua Jacó Brueckheimer, 122, apto 102, Bairro: Velha, Blumenau/SC.
CEP: 89036-250. E-mail: mauricio.leite@ymail.com
Resumo O objetivo do presente estudo foi analisar a eficiência econômica das empresas do agronegócio brasileiro, chileno e mexicano em relação aos seus gastos operacionais. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, por meio de pesquisa documental. Para obtenção da amostra, considerou-se somente as empresas com dados disponíveis em todo o período analisado, compreendidos entre os anos de 2009 a 2013, totalizando desta forma 30 empresas, sendo 12 empresas brasileiras, 9 empresas chilenas e 3 empresas mexicanas. Utilizou-se da estatística descritiva para descrever as características das variáveis utilizadas no estudo, da análise de correlação e Análise Envoltória de Dados (DEA®) para verificar a eficiência operacional quanto aos gastos da amostra. Verificou-se, nos cinco anos analisados, que as empresas chilenas foram, em maior quantidade, mais eficientes em todos os períodos analisados, quando comparadas com todos os outros países analisados. No entanto, quando se avalia as empresas que permaneceram eficientes desde o ano de 2009 até o ano de 2013, tem-se 4 empresas brasileiras, 2 chilenas e 1 mexicana. Palavras-Chave: Custos. Gastos operacionais. Agronegócio.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
235
1. Introdução
O processo de modernização na agricultura, observado durante o século XX no Brasil,
trouxe a ideia de eficiência produtiva, a fim de obter maiores níveis de produtividade e
rentabilidade. Dessa forma, a administração rural se tornou uma alternativa para se
identificarem os principais gargalos dentro dos sistemas produtivos, levantando-se
informações que possam gerar intervenções a fim de aumentar a eficiência (VIANA;
SILVEIRA, 2008).
O produtor rural precisa adotar controles financeiros nas propriedades rurais como
principal estratégia, por serem de extrema relevância tanto para o controle operacional da
execução dos gastos incorridos durante o processo produtivo tanto para traçar metas de médio
e longo prazo, levando em consideração as variações ocorridas no mercado através do
planejamento financeiro de suas atividades (VESTANA et al., 2008).
Nesse contexto a contabilidade pode desempenhar um papel importante como
ferramenta gerencial, por meio da geração de informações que permitam o planejamento, o
controle e a tomada de decisão, transformando as propriedades rurais em empresas com
capacidade para acompanhar a evolução do setor, principalmente no que tange aos objetivos e
atribuições da administração financeira, controle dos custos, diversificação de culturas e
comparação de resultados (FRANCISCHETTI JR, ZANCHET, 2006).
Conforme Callado, Callado e Machado (2007), a contabilidade presta serviços aos
gestores não somente nos aspectos financeiros, mas também em questões de grande
importância para formular, reformular ou avaliar o processo administrativo. Para a empresa
rural, assim como para indústrias, a contabilidade é uma ferramenta de apoio na gestão, um
meio utilizado para cumprir melhor os fins produtivos e sociais da empresa.
O desempenho econômico das propriedades agrícolas pode ser mensurado por meio do
uso de indicadores econômicos que se utilizam dos custos de produção. A identificação dos
custos de produção de uma empresa agrícola oferece uma gama de possibilidades de análise,
entre elas a análise da rentabilidade: ferramenta indispensável quando se procura verificar a
eficiência de uma atividade produtiva (VIANA; SILVEIRA, 2008).
Tendo em vista a importância da medição de desempenho para a gestão empresarial, o
presente estudo norteia-se pela seguinte questão-problema: qual a eficiência econômica das
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
236
empresas do agronegócio brasileiro, chileno e mexicano em relação à seus gastos
operacionais? Dessa forma, o objetivo do estudo foi analisar a eficiência econômica das
empresas do agronegócio brasileiro, chileno e mexicano em relação à seus gastos
operacionais.
Considerando-se uma visão estratégica, contemplando todos os recursos disponíveis
da organização, as alternativas de ações além das fronteiras da organização podem ser tão ou
mais importantes que o conhecimento do seu próprio custo, influenciando até na definição do
seu posicionamento estratégico. Dessa forma, é interessante que se compreenda a estrutura de
custos e despesas das empresas do seu setor de atuação, da cadeia de valor e dos concorrentes
(SOUZA, 2011).
Cabe aos pesquisadores da área de Controladoria e Contabilidade Gerencial se
aprofundar na questão, para identificar o que pode estar afetando a eficiência, a qualidade e a
competitividade da estrutura de custos e despesas de cada setor, analisando como os
determinantes de custos – tecnologia, escala, nível de utilização de capacidade, complexidade,
curva de experiência, entre outros – impactam na estrutura de custos e despesas, alcançando
novos conhecimentos. Além disso, os pesquisadores poderão replicar a técnica em outros
setores ou períodos, e poderão fazer comparações com este estudo (SOUZA, 2011).
2. Referencial Teórico
Nesta revisão de literatura são abordados temas que embasam conceitualmente a
problemática da pesquisa em questão. Inicialmente são apresentadas informações acerca da
gestão de custos, que é o interesse da pesquisa, seguido da discussão acerca do desempenho
operacional. As bases de busca de dados bibliográficos utilizadas nesta pesquisa foram
SPELL – Scientific Periodicals Electronic Library, Scopus - Document Search, Science
Direct, Jstor e Portal de Periódicos Capes.
2.1. Gestão de custos
Do ponto de vista econômico, entende-se por custo toda e qualquer aplicação de
recursos para a produção e distribuição de bens ou prestação de serviços, até o ponto em que
se possa receber o preço convencionado deste bem ou desta prestação de serviço (LIMA,
1982). Diferentes razões de ordem técnica concorrem para que certas empresas encontrem
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
237
dificuldades na organização e manutenção de um serviço de custos, dentre eles:
desconhecimento sobre o assunto, falta de especialista para o trabalho bem como despesas
elevadas com a manutenção do serviço.
Para Maher (2001), custo é um sacrifício de recursos, uma despesa, um lançamento
contra a receita em um determinado período contábil, geralmente com o objetivo de
apresentação de relatórios financeiros externos. Segundo Martins (2003), custo é gasto
relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
Conforme Leone (1997), a contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se
destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, com o
intuito de auxiliar as funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das
operações e de tomada de decisões. Dessa forma os sistemas de custeio são estabelecidos em
conformidade com a necessidade dos usuários e segundo a natureza das operações e das
atividades da entidade.
Os sistemas de custos devem focar a decisões a tomar e atender as necessidades dos
tomadores de decisão. É importante desenhar o sistema de forma tal que facilite a tomada de
decisão pelos usuários das informações que o sistema fornecerá (MAHER, 2001). Sistema de
custeio de produtos é um conjunto integrado de documentos, razões, contas e procedimentos
contábeis usados para medir e registrar o custo dos produtos (JIAMBALVO; 2002).
Para Martins (2003), a contabilidade de custos tem duas funções relevantes: o auxílio
ao controle e a ajuda às tomadas de decisões. Referente ao controle, sua mais importante
missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de
previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para
comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange a decisão, seu papel
reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores
relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo sobre medidas de
introdução ou corte de produção, administração de preços de venda, opção de compra ou
produção, dentre outros.
Com o significativo aumento de competitividade que vem correndo na maioria dos
mercados, sejam industriais, comerciais ou de serviços, os custos tornam-se altamente
relevantes quando da tomada de decisões em uma empresa. As empresas já não podem mais
definir seus preços apenas de acordo com os custos incorridos, e sim, também com base nos
preços praticados no mercado em que atuam (MARTINS, 2003). Sendo assim, o
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
238
conhecimento dos custos é vital para saber se, dado preço, o produto é rentável; ou, se não
rentável, se é possível reduzi-los (os custos).
A estrutura de custos influencia na sensibilidade dos lucros em relação às variações
das receitas, sendo que, em empresas com maior proporção de custos e despesas fixas, os
lucros são mais sensíveis às variações na receita. Os custos e despesas fixas existem em
função do montante e da complexidade das atividades que as organizações mantêm (SOUZA,
2011).
2.2. Desempenho operacional
Para que a atividade econômica seja rentável, ela deve possuir um estilo de gestão
compatível com as características das organizações para que esta estrutura possa garantir
padrões de competitividade dentro do segmento que atua. A eficiência da administração
depende, dentre vários fatores, de um suporte capaz de prover informações contábeis
relevantes para as diversas decisões gerenciais. Este processo se dá através de um sistema
gerador do perfil real da situação financeira e contábil da empresa (CALLADO; CALLADO,
1999).
Nesse aspecto, a gestão financeira constitui uma das questões mais importantes dentro
do processo administrativo de qualquer organização, por isso é importante o reconhecimento
da relevância da contabilidade de custos sob o aspecto de um processo que visa a otimização
dos limitados recursos disponíveis para que qualquer organização possa prosperar. A
aplicação da contabilidade de custos em empresas rurais é quase sempre conhecida por suas
finalidades fiscais, não possuindo grande interesse por uma aplicação gerencial. Uma
administração eficaz e participativa é desejada em qualquer negócio, inclusive em empresas
rurais.
Era comum considerar-se a riqueza da fazenda pelo tamanho da propriedade,
quantidade de maquinário, número do rebanho, dentre outros; esta realidade está mudando. A
propriedade deve ser vista como uma unidade de negócio, ou seja, para que continue em
expansão, ela deverá ser avaliada como um conjunto de ativo e passivo. O gestor deverá,
dessa forma, se utilizar de relatórios financeiros originados da contabilidade para poder
analisar a viabilidade econômica de seu negócio. Está se transformando em empresário rural,
um administrador profissional, que além de se preocupar com a produção, busca a
produtividade e a lucratividade. Seu objetivo passou a ser produzir mais com menos recursos
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
239
e para isso necessita de informações para avaliar, controlar e decidir (FRANCISCHETTI JR;
ZANCHET, 2006).
Conforme Callado, Callado e Machado (2007), embora seja comum no cotidiano das
organizações avaliar resultados de desempenhos, não é uma tarefa tão simples como pode
parecer; é necessário primeiramente estabelecer o que se pretende medir, para, em seguida,
estabelecer parâmetros adequados que avaliem o que se quer mensurar.
Para Viana e Silveira (2008), a conjunção de indicadores produtivos, custos de
produção e medidas de desempenho possibilitam a visualização da produtividade dos sistemas
produtivos, a correlação com os resultados econômicos, isto auxilia o processo de tomada de
decisão nas empresas rurais. Assim, as ferramentas de gestão disponíveis na administração
rural são fundamentais quando se busca aliar eficiência produtiva a eficiência econômica.
Dessa forma, os indicadores de desempenho são importantes para a mensuração de
performance, assim como para a definição das variáveis que melhor representem o
desempenho geral de uma organização, porém, para cada setor de atividades, podem ser
elaborados grupos distintos de indicadores de desempenho, obedecendo a suas características
específicas. Assim, a definição de indicadores de medida faz parte de uma sequência lógica de
procedimentos para desenvolvimento e implementação de um sistema de mensuração e
avaliação de desempenho. Essas medidas devem ser orientadas para o futuro, procurando-se
definir objetivos que traduzam as metas da organização (CALLADO; CALLADO;
MACHADO, 2007).
Para Vestana et al. (2008), o uso das informações contábeis e gerenciais são essenciais
para a continuidade da atividade agrícola, bem como de qualquer atividade que visa o lucro e,
tem tanta importância quanto a busca de técnicas e produtos inovadores. Os gestores precisam
adotar controles financeiros nas propriedades rurais como principal estratégia, por serem de
extrema relevância tanto para o controle operacional da execução dos gastos incorridos
durante o processo produtivo tanto para traçar metas de médio e longo prazo, levando em
consideração as variações ocorridas no mercado por meio do planejamento financeiro de suas
atividades.
No estudo efetuado pelos autores com produtores da região de Dourados (MS), tendo
como objetivo analisar a utilização das técnicas básicas de controle financeiro, observaram
que a análise gerencial nas propriedades não é feita, pois os produtores da amostra se baseiam
na experiência na produção de grãos nos anos anteriores para prever seus gastos de produção.
Estes produtores têm o foco de buscar técnicas de trabalho e produtos agrícolas que possam
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
240
diminuir os seus custos, como por exemplo, o plantio direto e o uso de sementes
geneticamente modificadas. Com isso, deixam de lado o controle financeiro e orçamentário da
propriedade ou realizam o mesmo de forma precária e ineficaz, o que os prejudica no
processo de tomada de decisão.
Conforme Souza (2011), cada setor possui uma estrutura de custos e despesas
específica que pode permitir que algumas empresas possuem melhor desempenho que outras.
Isso ajuda a demonstrar que as organizações podem dispor de mecanismos que lhes permita
monitorar e detectar problemas nessas estruturas, evitando que os gestores se acomodem com
níveis elevados de utilização de recursos fixos que podem comprometer, silenciosamente, a
rentabilidade e a lucratividade da organização.
3. Aspectos Metodológicos
Para analisar a eficiência econômica das empresas do agronegócio brasileiro, chileno e
mexicano em relação aos seus gastos operacionais, realizou-se uma pesquisa descritiva, com
abordagem quantitativa, por meio de pesquisa documental.
A população da pesquisa compreendeu as companhias abertas do ramo de
agronegócios com dados disponíveis na base de dados Thomson®. Para obtenção da amostra,
considerou-se somente as empresas como dados disponíveis em todo o período analisado, de
2009 a 2013, totalizando desta forma 30, sendo 12 empresas brasileiras, 9 empresas chilenas e
3 empresas mexicanas, conforme pode-se observar no Quadro 1.
Quadro 1: Amostra da pesquisa Empresa País Empresa País
Battistella ADM Participacoes SA BRA Compania Pesquera Camanchaca CHL
Brasilagro-CIA Bras De Prop Agricolas BRA Corpesca SA CHL
Eucatex SA Ind E Com BRA Empresa Pesquera Eperva SA CHL
Fibria Celulose SA BRA Empresas Aquachile SA CHL
Grazziotin SA BRA Empresas Cabo De Hornos SA CHL
Klabin SA BRA Fruticola Viconto SA CHL
Minerva SA BRA Inversiones Agricolas Y Comerciales SA CHL
Minupar Participacoes SA BRA Invertec Foods SA CHL
Sao Martinho SA BRA Ipal AS CHL
SLC Agricola SA BRA SA Feria De Los Agricultores CHL
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
241
Souza Cruz SA BRA Sociedad Agricola La Rosa Sofruco SA CHL
Vanguarda Agro SA BRA Sociedad De Inversiones Campos Chilenos CHL
Agricola Nacional Saci Anasac CHL Grupo Bafar Sab De CV MEX
Blumar SA CHL Grupo Minsa Sab De CV MEX
Compania Chilena De Fosforos SA CHL Industrias Bachoco Sab De CV MEX
Fonte: Dados da pesquisa.
Os dados relacionados às características das empresas foram coletados na base de
dados Thomson® para o período de 5 anos, sendo os anos de 2009 a 2013. A coleta dos dados
nesta base deu-se em agosto de 2014. Utilizou-se as variáveis que podem ser observadas no
Quadro 2.
Quadro 2: Variáveis utilizadas no estudo Variáveis Sigla Denominação Fórmula Autores
Imputs
GAT Giro do Ativo Total LN (Vendas / Ativos Totais)
Pires e Fernandes (1998);
Andrade e Silveira (2005);
Carvalho (2013)
ATT Ativo Total LN Ativo Total Souza (2011)
CMV Custo da
mercadoria vendida
LN (Custo da mercadoria
vendida) Braga Junior e Melo (2008)
INVST Passivo não
oneroso
(Passivo Circulante + Passivo
Não Circulante) / Patrimônio
Líquido
Bankes (2002); Bonacin, Araujo e
Miranda (2008); Pires, Panhoca e
Bandeira (2010)
Outputs EBIT
Lucro antes de juros
e impostos
Lucro antes de juros e
impostos Souza (2011)
LL Lucro Líquido Lucro Líquido Souza (2011)
Fonte: Dados da pesquisa.
Para análise dos resultados, aplicou-se estatística descritiva para descrever e sumarizar
o conjunto de variáveis utilizadas no estudo conforme descritas no Quadro 2. Segundo Fávero
et al. (2009, p. 53), a estatística descritiva permite ao pesquisador uma melhor compreensão
do comportamento dos dados por meio de tabelas, gráficos e medidas-resumo, identificando
tendências, variabilidade e valores atípicos. As medidas usadas para descrever este conjunto
de variáveis foram mínimo, máximo, média e desvio padrão. Dessa forma pretende-se
fornecer um resumo simples sobre as observações.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
242
Em seguida, utilizou-se a análise de correlação. A análise de correlação fornece um
número, indicando como duas variáveis se comportam conjuntamente, ou seja, mede a
intensidade e a direção da relação linear ou não-linear entre essas duas variáveis. É um
indicador que atende à necessidade de se estabelecer a existência ou não de uma relação entre
essas variáveis sem que, para isso, seja preciso o ajuste de uma função matemática
Além disso, utilizou-se a Análise Envoltória de Dados (DEA®) para verificar a
eficiência operacional quanto aos gastos da amostra. Na DEA, a programação matemática é
utilizada para medir a eficiência em termos de distância de cada DMU (Decision Making
Units) de sua respectiva fronteira de eficiência, determinada a partir dos dados da produção do
conjunto de unidade (FERREIRA; GONÇALVES; BRAGA; 2007).
A DEA® produz um indicador que varia de 0 a 1. Quanto mais próximo a 1, mais
eficiente é considerada a DMU e, escores iguais a 1 indicam eficiência. Assim, é possível
avaliar quais DMU´s são eficientes e quais não são eficientes e, para essas, as DMU´s que
lhes servem de referência para aumento de eficiência (MACEDO; BARBOSA;
CAVALCANTE, 2009). Para tal, utilizou-se o software MaxDEA5®, com base no modelo
BCC e orientação voltada para a maximização dos indicadores de desempenho financeiro
(outputs). O modelo BCC permite a projeção de cada DMU ineficiente sobre a superfície de
fronteira (envoltória) determinada pelas DMU´s eficientes de tamanho compatível
(MACEDO; BARBOSA; CAVALCANTE, 2009).
4. Descrição e Análise dos Dados
Os dados a seguir apresentados foram coletados e analisados a partir do que se
estabeleceu nos procedimentos metodológicos e em conformidade com o objetivo proposto
neste trabalho.
4.1. Análise descritiva
Na Tabela 1 pode-se observar as estatísticas descritivas das variáveis analisadas no
estudo.
Tabela 1: Estatísticas descritivas das variáveis
Estatísticas descritivas
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
243
Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
2009
GAT -2,94 0,62 -0,55 0,85
CMV 1,61 7,74 4,97 1,65
AT 2,21 9,66 5,82 1,57
INVEST -716,09 4238,90 194,06 866,83
EBIT -141,16 1625,38 126,79 369,44
LL -155,80 851,83 45,83 172,68
2010
GAT -2,97 0,61 -0,60 0,85
CMV 0,93 7,51 5,08 1,69
AT 2,52 9,79 6,05 1,58
INVEST -931,33 1272,70 -9,84 405,66
EBIT -12,05 1209,84 123,68 277,06
LL -18,26 657,31 64,00 143,77
2011
GAT -2,63 0,52 -0,62 0,76
CMV 1,13 7,49 5,06 1,67
AT 2,54 9,58 6,03 1,63
INVEST -1173,46 1514,56 0,57 430,21
EBIT -445,48 1210,20 59,98 243,22
LL -467,84 859,26 24,93 183,60
2012
GAT -2,09 0,50 -0,54 0,71
CMV 0,91 7,82 5,14 1,76
AT 2,67 9,50 6,07 1,63
INVEST -1506,10 1590,27 37,77 525,16
EBIT -115,82 1181,49 78,06 248,67
LL -344,18 801,66 28,98 179,93
2013
GAT -2,14 1,29 -0,47 0,75
CMV 0,35 7,81 5,15 1,75
AT 2,14 9,30 6,01 1,68
INVEST -1336,91 1752,32 83,55 563,96
EBIT -105,38 1061,05 70,79 201,87
LL -299,43 718,15 21,44 151,32
Fonte: Dados da Pesquisa.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
244
Pode-se observar que no período estudado, de 2009 a 2013, o GAT variou de -2,94 à
1,29, e teve valores médios entre -0,47 e -0,62. O GAT relaciona o total das vendas realização
com o ativo da empresa, mostra quantas vezes o ativo girou no período, isso corresponde a
um índice de eficiência no uso dos ativos. Pelos dados apresentados, percebe-se que no
período analisado, as organizações possuem um baixo giro dos seus estoques.
Como o Ativo dessas organizações também não sofreu variações substanciais ao longo
do período, no qual foi apresentado na Tabela 1, variou de 2,14 à 9,79, e teve valores médios
entre 5,82 e 6,07, os resultados obtidos no GAT foram praticamente constantes. As
organizações que possuem maior giro dos seus estoques tendem a ser mais eficientes, pois
conseguem gerar mais receitas com seu ativo. Entretanto o índice depende do setor de atuação
da empresa.
Quanto ao CMC, o índice variou de 0,35 à 7,82, e teve valores médios entre 4,97 e
5,15. A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos
estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas
realizadas no período. Dessa forma, percebe-se que os valores médios do CMV no período
analisado vêm sofrendo um aumento.
Em relação ao LL e o EBIT, a Tabela 1, demonstra que o LL variou de -467,84 à
859,26, e teve seus valores médios entre 21,44 e 64,00, e o EBIT das empresas variou de -
445,48 à 1625,38, e teve valores médios entre 59,98 e 126,79. O EBIT refere-se ao lucro
operacional, que consiste no potencial de caixa gerado pelos ativos operacionais, concentra
informação no operacional e na capacidade da empresa em gerar caixa. Dessa forma, percebe-
se que tanto o LL quanto o EBIT apresentam a mesma variação no período analisado. Além
disso, os resultados demonstram que estes indicadores vêm sofrendo uma forte redução a
partir do ano de 2011. Essa redução nesses dois indicarem refletem diretamente o Invest, que
nos anos de 2010 e 2011 praticamente não existiram. O Invest variou de -1506,10 à 4238,90,
e teve valores médios entre -9,84 e 194,06.
Para analisar os efeitos que esses indicadores possuem entre si, faz-se necessário a
Análise de Correção. Na Tabela 2 pode-se observar as correlações existentes entre as
variáveis estudadas.
Tabela 2: Correlações entre as variáveis estudadas
Correlações
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
245
GAT CMV AT INVEST EBIT LL
2009
GAT 1
CMV 0,434* 1
AT -0,029 0,873** 1
INVEST -0,168 0,402* 0,525** 1
EBIT -0,055 0,502** 0,626** 0,759** 1
LL 0,108 0,387* 0,443* 0,278 0,819** 1
2010
GAT 1
CMV 0,477** 1
AT -0,025 0,857** 1
INVEST 0,179 0,117 0,009 1
EBIT 0,041 0,516** 0,627** 0,075 1
LL 0,076 0,502** 0,595** 0,048 0,990** 1
2011
GAT 1
CMV 0,401* 1
AT -0,071 0,871** 1
INVEST 0,131 0,082 0,011 1
EBIT 0,230 0,183 0,176 0,354 1
LL 0,281 0,074 0,033 0,319 0,980** 1
2012
GAT 1
CMV 0,414* 1
AT -0,078 0,860** 1
INVEST 0,132 0,091 0,050 1
EBIT 0,079 0,321 0,404* 0,473** 1
LL 0,151 0,163 0,195 0,482** 0,943** 1
2013
GAT 1
CMV 0,370* 1
AT -0,105 0,873** 1
INVEST 0,047 0,129 0,140 1
EBIT 0,106 0,333 0,396* 0,219 1
LL 0,179 0,110 0,107 0,265 0,884** 1
Fonte: Dados da pesquisa. *. A correlação é significativa no nível 0,05.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
246
**. A correlação é significativa no nível 0,01.
Conforme Tabela 2, pode-se observar que em todos os períodos analisados, o GAT
teve correlação significante ao nível de 5% com a variável de CMV. Percebe-se pelos índices
de correlação que os custos das mercadorias vendidas estão diretamente correlacionadas com
o giro dos estoques. Conforme Souza (2011), os custos das organizações influenciam nos
lucros pois são sensíveis relação proporção de custos e despesas fixas.
Já o CMV em 2009 se correlacionou significativamente com todas as variáveis, e em
2010, somente não se correlacionou com a variável INVEST, este fato deve-se ao baixo giro
dos estoques em 2010. Com o baixo giro do estoque, há uma maior permanência dos produtos
no estoque, mantendo o tamanho to ativo estável e com menos caixa para realizar
investimentos. Porém percebe-se que no ano de 2012, apesar de baixo giro dos estoques, as
organizações tiveram um incremento nos investimentos. Nos demais períodos, o CMV
somente se correlacionou significativamente com a variável de GAT e de Ativo total.
Com relação à variável de AT, em 2009 a variável se correlacionou significativamente
com as variáveis de CMV, INVEST, EBIT e LL. Em 2010, somente com as variáveis CMV,
EBIT e LL. Em 2011, somente com o CMV, e em 2012 e 2013, com o CMV e com o EBIT.
Já a variável INVEST somente se correlacionou com as demais variáveis de forma
significante em 2009 e 2012, sendo somente com as variáveis de AT, EBIT e LL.
A variável EBIT se correlacionou significativamente com as variáveis CMV, AT e
INVEST no ano de 2009. Em 2010, somente com as variáveis CMV e AT. No ano de 2011 a
variável não teve nenhuma correlação significativa, sendo que em 2012 se correlacionou com
o AT e INVEST. Em 2013, somente se correlacionou com a variável de AT.
A variável de LL se correlacionou significativamente com as variáveis de CMV, AT e
EBIT nos anos de 2009 e 2010. Em 2011 e 2013, a variável se correlacionou com a variável
EBIT. Já em 2012, se correlacionou com as variáveis de INVEST e de EBIT.
4.2. Análise Envoltória de Dados
Nesta seção apresenta-se a descrição e análise dos resultados da pesquisa, na qual são
apresentados os escores de eficiência e os benchmarks das empresas do agronegócio
brasileiro, chileno e mexicano obtidos a partir da aplicação da DEA. Os resultados são
apresentados na Tabela 3.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
247
Tabela 3: Escore de eficiência e benchmarks das empresas para o ano de 2009
País Empresa Score Benchmark (Lambda) Time
CHL Agricola Nacional
Saci Anasac Efic. Agricola Nacional Saci Anasac(1,0000) 15
BRA Battistella ADM
Participacoes SA 0,0528
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0338); Corpesca
SA(0,0212); Grupo Minsa Sab De CV(0,5069); Ipal
SA(0,4381) 0
CHL Blumar SA 0,0482
Corpesca SA(0,0032); Fibria Celulose SA(0,0842); Grupo
Minsa Sab De CV(0,4346); Ipal SA(0,4780) 0
BRA Brasilagro-CIA Bras
De Prop Agricolas 0,0374 Grupo Minsa Sab De CV(0,6642); Ipal SA(0,3358) 0
CHL Compania Chilena De
Fosforos SA 0,0312
Corpesca SA(0,0651); Grupo Minsa Sab De CV(0,5840);
Ipal SA(0,3509) 0
CHL Compania Pesquera
Camanchaca 0,0437
Corpesca SA(0,0877); Grupo Minsa Sab De CV(0,5199);
Ipal SA(0,3924) 0
CHL Corpesca SA Efic. Corpesca SA(1,0000) 9
CHL Empresa Pesquera
Eperva SA 0,1152
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0974); Grupo Minsa Sab
De CV(0,7268); Ipal SA(0,1026); Vanguarda Agro
SA(0,0732) 0
CHL Empresas Aquachile
SA 0,0124
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1617); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3373); Ipal SA(0,4885); Vanguarda Agro
SA(0,0125) 0
CHL Empresas Cabo De
Hornos SA 0,0259 Grupo Minsa Sab De CV(0,2738); Ipal SA(0,7262) 0
BRA Eucatex SA Ind E
Com 0,0872
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3095); Corpesca
SA(0,1474); Fibria Celulose SA(0,0451); Grupo Minsa
Sab De CV(0,3931); Ipal SA(0,1048) 0
BRA Fibria Celulose SA Efic. Fibria Celulose SA(1,0000) 9
CHL Fruticola Viconto SA 0,5151
Fibria Celulose SA(0,1698); Grupo Minsa Sab De
CV(0,3893); Vanguarda Agro SA(0,4408) 0
BRA Grazziotin SA 0,204
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3776); Fibria Celulose
SA(0,5070); Grupo Minsa Sab De CV(0,1154) 0
MEX Grupo Bafar Sab De
CV 0,009
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2073); Grupo Minsa Sab
De CV(0,6605); Ipal SA(0,0996); Vanguarda Agro
SA(0,0326) 0
MEX Grupo Minsa Sab De Efic. Grupo Minsa Sab De CV(1,0000) 24
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
248
CV
MEX Industrias Bachoco
Sab De CV 0,1074
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2566); Corpesca
SA(0,1743); Grupo Minsa Sab De CV(0,4234); Ipal
SA(0,1458) 0
CHL Inversiones Agricolas
Y Comerciales SA 0,183
Grupo Minsa Sab De CV(0,6880); Ipal SA(0,1600);
Vanguarda Agro SA(0,1520) 0
CHL Invertec Foods SA 0,1196
Grupo Minsa Sab De CV(0,3111); Ipal SA(0,6425);
Vanguarda Agro SA(0,0464) 0
CHL Ipal SA Efic. Ipal SA(1,0000) 18
BRA Klabin SA 0,1174
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3295); Grupo Minsa Sab
De CV(0,6436); Ipal SA(0,0269) 0
BRA Minerva SA
0,0362
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2289); Corpesca
SA(0,3422); Fibria Celulose SA(0,1358); Grupo Minsa
Sab De CV(0,2931) 0
BRA Minupar Participacoes
SA 0,0233
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1917); Corpesca
SA(0,0044); Fibria Celulose SA(0,2262); Grupo Minsa
Sab De CV(0,5777) 0
CHL SA Feria De Los
Agricultores 0,0715
Fibria Celulose SA(0,5610); Grupo Minsa Sab De
CV(0,4390) 0
BRA Sao Martinho SA 0,1727
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0582); Grupo Minsa Sab
De CV(0,6934); Ipal SA(0,2484) 0
BRA SLC Agricola SA 0,0402
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4668); Grupo Minsa Sab
De CV(0,0834); Ipal SA(0,4498) 0
CHL Sociedad Agricola La
Rosa Sofruco SA 0,0355
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0696); Fibria Celulose
SA(0,3419); Grupo Minsa Sab De CV(0,5691); Vanguarda
Agro SA(0,0194) 0
CHL
Sociedad De
Inversiones Campos
Chilenos 0,0116
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5552); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3136); Ipal SA(0,1268); Vanguarda Agro
SA(0,0045) 0
BRA Souza Cruz SA
0,2489
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1112); Corpesca
SA(0,0596); Fibria Celulose SA(0,2073); Grupo Minsa
Sab De CV(0,5793); Ipal SA(0,0426) 0
BRA Vanguarda Agro SA Efic. Vanguarda Agro SA(1,0000) 8
Fonte: Dados da pesquisa. Legenda: Efic. (Eficiente).
Por meio da Tabela 3, pode-se observar que quando analisadas pelo grupo total de
empresas, 2 empresas brasileiras foram consideradas eficientes. Essas empresas foram a
Fibria Celulose SA, que foi considerada benchmark para outras 9 empresas que não foram
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
249
consideradas eficientes; e, a Vanguarda Agro SA, que foi considerada benchmark para outras
8 empresas que não foram consideradas eficientes.
Com relação as empresas chilenas, pode-se observar que 3 empresas foram
consideradas eficientes. Essas empresas foram a Agrícola Nacional Saci Anasac, que foi
considerada benchmark para outras 15 empresas que não foram consideradas eficientes; a
Corpesa SA, que foi considerada benchmark para outras 9 empresas que não foram
consideradas eficientes; e, a Ipal SA, que foi considerada benchmark para outras 18 empresas
que não foram consideradas eficientes.
Apenas a empresas do Grupo Minsa Sab de CV, mexicana, foi considerada eficiente,
quando analisada com o conjunto total de empresas. No entanto, apesar de apenas uma
empresa mexicana ser considerada eficiente, essa empresa foi a que mais vezes foi
considerada benchmark para as demais.
Dessa forma, pode-se inferir que há um equilíbrio entre na quantidade de empresas
eficientes quando não analisadas todo o conjunto de empresas, porém com uma discreta
diferença para as empresas chilenas que devido a proporção da quantidade de empresas que
compõe a amostra (12 empresas brasileiras, 9 empresas chilenas e 3 empresas mexicanas),
teve maior número de empresas eficiente, sendo no total 3. Além disso as empresas chilenas
foram mais vezes benchmarks para as demais organizações em relação as brasileiras. Outro
ponto a destacar é a empresa mexicana Grupo Minsa Sab De CV que foi a que mais serviu de
benchmarks. Na Tabela 4 são apresentados os seguintes resultados:
Tabela 4: Escore de eficiência e benchmarks das empresas para o ano de 2010
País Empresa Score Benchmark (Lambda) Time
CHL Agricola Nacional Saci
Anasac Efic. Agricola Nacional Saci Anasac(1,0000) 17
BRA Battistella ADM
Participacoes SA 0,1086
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0349); Corpesca
SA(0,0973); Grupo Minsa Sab De CV(0,4384); Ipal
SA(0,4295) 0
CHL Blumar SA
0,0751
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2551); Corpesca
SA(0,1255); Grupo Minsa Sab De CV(0,3743); Ipal
SA(0,2451) 0
BRA Brasilagro-CIA Bras
De Prop Agricolas 0,047 Grupo Minsa Sab De CV(0,6306); Ipal SA(0,3694) 0
CHL Compania Chilena De
Fosforos SA 0,0597
Corpesca Sa(0,1322); Grupo Minsa Sab De CV(0,5144);
Ipal SA(0,3534) 0
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
250
CHL Compania Pesquera
Camanchaca 0,0665
Corpesca SA(0,1688); Grupo Minsa Sab De CV(0,4169);
Ipal SA(0,4143) 0
CHL CORPESCA SA Efic. Corpesca SA(1,0000) 10
CHL Empresa Pesquera
Eperva SA 0,1236
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0821); Grupo Minsa
Sab De CV(0,8079); Ipal SA(0,1099) 0
CHL Empresas Aquachile
SA 0,0086
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1149); Grupo Minsa
Sab De CV(0,2896); Ipal SA(0,5858); Vanguarda Agro
SA(0,0097) 0
CHL Empresas Cabo De
Hornos SA 0,0477
Corpesca SA(0,0255); Grupo Minsa Sab De CV(0,2722);
Ipal SA(0,7023) 0
BRA Eucatex SA Ind E Com
0,0714
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1739); Corpesca
SA(0,1986); Grupo Minsa Sab De CV(0,3724); Ipal
SA(0,2551) 0
BRA Fibria Celulose SA Efic. Fibria Celulose SA(1,0000) 2
CHL Fruticola Viconto SA 0,8354
Fibria Celulose SA(0,0967); Grupo Minsa Sab De
CV(0,2655); Vanguarda Agro SA(0,6378) 0
BRA Grazziotin SA
0,0613
Agricola Nacional Saci Anasac(0,7007); Corpesca
SA(0,0230); Grupo Minsa Sab De CV(0,1210);
Vanguarda Agro SA(0,1553) 0
MEX Grupo Bafar Sab De
CV 0,0518 Grupo Minsa Sab De CV(0,6835); Ipal SA(0,3165) 0
MEX Grupo Minsa Sab De
CV Efic. Grupo Minsa Sab De CV(1,0000) 24
MEX Industrias Bachoco Sab
De CV 0,0369
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1605); Fibria Celulose
SA(0,3045); Grupo Minsa Sab De CV(0,5253);
Vanguarda Agro SA(0,0097) 0
CHL Inversiones Agricolas
Y Comerciales SA 0,0803 Grupo Minsa Sab De CV(0,9038); Ipal SA(0,0962) 0
CHL Invertec Foods SA 0,0643
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2247); Grupo Minsa
Sab De CV(0,3757); Ipal SA(0,3996) 0
CHL Ipal SA Efic. Ipal SA(1,0000) 19
BRA Klabin SA
0,0427
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3390); Corpesca
SA(0,0908); Grupo Minsa Sab De CV(0,5486); Ipal
SA(0,0216) 0
BRA Minerva SA
0,0862
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3233); Corpesca
SA(0,3452); Grupo Minsa Sab De CV(0,3258); Ipal
SA(0,0057) 0
BRA Minupar Participacoes
SA 0,0457
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2393); Grupo Minsa
Sab De CV(0,4385); Ipal SA(0,1385); Vanguarda Agro 0
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
251
SA(0,1838)
CHL SA Feria De Los
Agricultores 0,1355
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2440); Grupo Minsa
Sab De CV(0,4366); Vanguarda Agro SA(0,3194) 0
BRA Sao Martinho SA 0,1414
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1251); Grupo Minsa
Sab De CV(0,6606); Ipal SA(0,2143) 0
BRA SLC Agricola SA 0,1321
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4502); Grupo Minsa
Sab De CV(0,0204); Ipal SA(0,5294) 0
CHL Sociedad Agricola La
Rosa Sofruco SA 0,1158
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1405); Grupo Minsa
Sab De CV(0,1290); Ipal SA(0,1638); Vanguarda Agro
SA(0,5667) 0
CHL
Sociedad De
Inversiones Campos
Chilenos 0,0076
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2830); Grupo Minsa
Sab De CV(0,2925); Ipal SA(0,3773); Vanguarda Agro
SA(0,0472) 0
BRA Souza Cruz SA
0,1893
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2780); Corpesca
SA(0,1322); Grupo Minsa Sab De CV(0,4971);
Vanguarda Agro SA(0,0926) 0
BRA Vanguarda Agro SA Efic. Vanguarda Agro SA(1,0000) 9
Fonte: Dados da pesquisa. Legenda: Efic. (Eficiente).
Conforme a Tabela 4 pode-se observar que quando analisadas pelo grupo total de
empresas, 2 empresas brasileiras foram consideradas eficientes. Essas empresas foram a
Fibria Celulose SA, que foi considerada benchmark para outras 2 empresas que não foram
consideradas eficientes; e, a Vanguarda Agro SA, que foi considerada benchmark para outras
9 empresas que não foram consideradas eficientes.
Com relação as empresas chilenas, pode-se observar que 3 empresas foram
consideradas eficientes. Essas empresas foram a Agrícola Nacional Saci Anasac, que foi
considerada benchmark para outras 17 empresas que não foram consideradas eficientes; a
Corpesa SA, que foi considerada benchmark para outras 10 empresas que não foram
consideradas eficientes; e, a Ipal SA, que foi considerada benchmark para outras 19 empresas
que não foram consideradas eficientes.
Apenas a empresas do Grupo Minsa Sab de CV, mexicana, foi considerada eficiente,
mais uma vez, no ano de 2010, quando analisada com o conjunto total de empresas. No
entanto, apesar de apenas uma empresa mexicana ser considerada eficiente, essa empresa foi a
que mais vezes foi considerada benchmark para as demais, sendo 24 vezes. Percebe-se que no
ano de 2010, não houve diferença na eficiência das organizações em relação ao ano de 2009.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
252
Na Tabela 5 são apresentados os seguintes resultados:
Tabela 5: Escore de eficiência e benchmarks das empresas para o ano de 2011
País Empresa Score Benchmark (Lambda) Time
CHL Agricola Nacional
Saci Anasac Efic. Agricola Nacional Saci Anasac(1,0000) 16
BRA Battistella ADM
Participacoes SA 0,0378
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0055); Corpesca
SA(0,0984); Grupo Minsa Sab De CV(0,4565); SLC
Agricola SA(0,4396) 0
CHL Blumar SA
0,0724
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0687); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3799); SLC Agricola SA(0,4510); Vanguarda
Agro SA(0,1003) 0
BRA Brasilagro-CIA Bras
De Prop Agricolas 0,0382 Grupo Minsa Sab De CV(0,6095); Ipal SA(0,3905) 0
CHL Compania Chilena
De Fosforos SA 0,0777
Corpesca SA(0,1822); Grupo Minsa Sab De CV(0,4836);
Ipal SA(0,3309); SLC Agricola SA(0,0033) 0
CHL Compania Pesquera
Camanchaca 0,0638
Corpesca SA(0,1549); Grupo Minsa Sab De CV(0,4686);
Ipal SA(0,3511); SLC Agricola SA(0,0253) 0
CHL Corpesca SA Efic. Corpesca SA(1,0000) 10
CHL Empresa Pesquera
Eperva SA 0,0144
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2162); Grupo Minsa Sab
De CV(0,1819); SLC Agricola SA(0,5537); Vanguarda
Agro SA(0,0482) 0
CHL Empresas Aquachile
SA 0,0165
Corpesca SA(0,0279); Grupo Minsa Sab De CV(0,3005);
Ipal SA(0,2730); SLC Agricola SA(0,3986) 0
CHL Empresas Cabo De
Hornos SA 0,0262
Corpesca SA(0,0430); Grupo Minsa Sab De CV(0,2698);
Ipal SA(0,6871) 0
BRA Eucatex SA Ind E
Com 0,032
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3609); Corpesca
SA(0,1110); Grupo Minsa Sab De CV(0,4771); Vanguarda
Agro SA(0,0510) 0
BRA Fibria Celulose SA 0,1927
Agricola Nacional Saci Anasac(0,7101); Grupo Minsa Sab
De CV(0,1692); Vanguarda Agro SA(0,1206) 0
CHL Fruticola Viconto SA 0,4963
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4994); Grupo Minsa Sab
De CV(0,5006) 0
BRA Grazziotin SA 0,1125
Agricola Nacional Saci Anasac(0,7102); Grupo Minsa Sab
De CV(0,1770); Vanguarda Agro SA(0,1128) 0
MEX Grupo Bafar Sab De
CV 0,0368
Grupo Minsa Sab De CV(0,7139); Ipal SA(0,1892); SLC
Agricola SA(0,0969) 0
MEX Grupo Minsa Sab De Efic. Grupo Minsa Sab De CV(1,0000) 24
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
253
CV
MEX Industrias Bachoco
Sab De CV 0,1563
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4863); Grupo Minsa Sab
De CV(0,5137) 0
CHL Inversiones Agricolas
Y Comerciales SA 0,0605
Grupo Minsa Sab De CV(0,9459); Ipal SA(0,0074); SLC
Agricola SA(0,0467) 0
CHL Invertec Foods SA 0,017
Grupo Minsa Sab De CV(0,4470); Ipal SA(0,0646); SLC
Agricola SA(0,4885) 0
CHL Ipal SA Efic. Ipal SA(1,0000) 8
BRA Klabin SA
0,0374
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3340); Corpesca
SA(0,0742); Grupo Minsa Sab De CV(0,5873); Vanguarda
Agro SA(0,0045) 0
BRA Minerva SA
0,0719
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1341); SA(0,2503);
Grupo Minsa Sab De CV(0,4238); SLC Agricola
SA(0,1372); Vanguarda Agro SA(0,0545) 0
BRA Minupar
Participacoes SA 0,0444
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1928); Grupo Minsa Sab
De CV(0,6550); SLC Agricola SA(0,0903); Vanguarda
Agro SA(0,0619) 0
CHL SA Feria De Los
Agricultores 0,2589
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4490); Grupo Minsa Sab
De CV(0,5170); Vanguarda Agro SA(0,0341) 0
BRA Sao Martinho SA
0,1279
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0347); Grupo Minsa Sab
De CV(0,5486); SLC Agricola SA(0,2597); Vanguarda
Agro SA(0,1571) 0
BRA SLC Agricola SA Efic. SLC Agricola SA(1,0000) 13
CHL Sociedad Agricola La
Rosa Sofruco SA 0,4471
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5486); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3205); Vanguarda Agro SA(0,1309) 0
CHL
Sociedad De
Inversiones Campos
Chilenos 0,0159
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1949); Corpesca
SA(0,0434); Grupo Minsa Sab De CV(0,3098); SLC
Agricola SA(0,4520) 0
BRA Souza Cruz SA
0,1158
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2608); Corpesca
SA(0,1502); Grupo Minsa Sab De CV(0,5138); Vanguarda
Agro SA(0,0752) 0
BRA Vanguarda Agro SA Efic. Vanguarda Agro SA(1,0000) 12
Fonte: Dados da pesquisa. Legenda: Efic. (Eficiente).
Conforme a Tabela 5, pode-se observar que 2 empresas brasileiras foram consideradas
eficientes. Essas empresas foram a SLC Agrícola SA, que foi considerada benchmark para
outras 13 empresas que não foram consideradas eficientes; e, a Vanguarda Agro SA, que foi
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
254
considerada benchmark para outras 12 empresas que não foram consideradas eficientes. Em
relação aos anos anteriores, a Fibria não se apresentou eficiente.
Com relação as empresas chilenas, pode-se observar que 3 empresas foram
consideradas eficientes. Essas empresas foram a Agrícola Nacional Saci Anasac, que foi
considerada benchmark para outras 16 empresas que não foram consideradas eficientes; a
Corpesa SA, que foi considerada benchmark para outras 10 empresas que não foram
consideradas eficientes; e, a Ipal SA, que foi considerada benchmark para outras 8 empresas
que não foram consideradas eficientes.
Novamente, a empresas do Grupo Minsa Sab de CV, mexicana, foi considerada
eficiente, no ano de 2011, sendo considerada benchmark por 24 empresas que não foram
eficientes. Então, as empresas consideradas eficientes permanecem inalteradas em relação aos
anos de 2009 e 2010, com exceção da alternância das empresas SLC, que foi considerada
eficiente e a Fibria que passou a não ser eficiente dentre as empresas analisadas. Na Tabela 6
são apresentados os seguintes resultados:
Tabela 6: Escore de eficiência e benchmarks das empresas para o ano de 2012
País Empresa Score Benchmark (Lambda) Nº
CHL Agricola Nacional
Saci Anasac Efic. Agricola Nacional Saci Anasac(1,0000) 9
BRA Battistella ADM
Participacoes SA 0,075
Corpesca SA(0,2899); Grupo Minsa Sab De CV(0,2829);
Ipal SA(0,1832); SLC Agricola SA(0,2440) 0
CHL Blumar SA 0,0817
Corpesca SA(0,3040); Grupo Minsa Sab De CV(0,2196);
SLC Agricola SA(0,4764) 0
BRA Brasilagro-CIA Bras
De Prop Agricolas 0,038
Corpesca SA(0,0313); Grupo Minsa Sab De CV(0,5000);
Ipal SA(0,4688) 0
CHL Compania Chilena De
Fosforos SA 0,1689
Corpesca SA(0,4007); Grupo Minsa Sab De CV(0,2749);
Ipal SA(0,3195); SLC Agricola SA(0,0049) 0
CHL Compania Pesquera
Camanchaca 0,068
Corpesca SA(0,3340); Grupo Minsa Sab De CV(0,2702);
Ipal SA(0,3958) 0
CHL Corpesca SA Efic. Corpesca SA(1,0000) 18
CHL Empresa Pesquera
Eperva SA 0,0286
Corpesca SA(0,1872); Grupo Minsa Sab De CV(0,1358);
Ipal SA(0,1001); SLC Agricola SA(0,5770) 0
CHL Empresas Aquachile
SA 0,0183
Corpesca SA(0,1451); Grupo Minsa Sab De CV(0,1815);
Ipal SA(0,4254); SLC Agricola SA(0,2481) 0
CHL Empresas Cabo De
Hornos SA 0,0342
Corpesca SA(0,1500); Grupo Minsa Sab De CV(0,1765);
Ipal SA(0,6735) 0
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
255
BRA Eucatex SA Ind E
Com 0,0718
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2105); Corpesca
SA(0,3316); Grupo Minsa Sab De CV(0,3439); SLC
Agricola SA(0,1140) 0
BRA Fibria Celulose SA
0,072
Agricola Nacional Saci Anasac(0,6980); Corpesca
SA(0,1415); Grupo Minsa Sab De CV(0,0370); SLC
Agricola SA(0,0576); Vanguarda Agro SA(0,0660) 0
CHL Fruticola Viconto SA Efic. Fruticola Viconto SA(1,0000) 1
BRA Grazziotin SA
0,1349
Agricola Nacional Saci Anasac(0,7197); Corpesca
SA(0,0686); Grupo Minsa Sab De CV(0,1152); Vanguarda
Agro SA(0,0965) 0
MEX Grupo Bafar Sab De
CV 0,051
Corpesca SA(0,2457); Grupo Minsa Sab De CV(0,4781);
Ipal SA(0,1587); SLC Agricola SA(0,1175) 0
MEX Grupo Minsa Sab De
CV Efic. Grupo Minsa Sab De CV(1,0000) 23
MEX Industrias Bachoco
Sab De CV 0,1917
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4050); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3533); Vanguarda Agro SA(0,2417) 0
CHL Inversiones Agricolas
Y Comerciales SA 0,1016 Grupo Minsa Sab De CV(0,9280); Ipal SA(0,0720) 0
CHL Invertec Foods SA 0,2001
Grupo Minsa Sab De CV(0,4216); Ipal SA(0,5446); SLC
Agricola SA(0,0339) 0
CHL Ipal SA Efic. Ipal SA(1,0000) 10
BRA Klabin SA
0,0581
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1894); Corpesca
SA(0,2648); Grupo Minsa Sab De CV(0,4226); SLC
Agricola SA(0,1233) 0
BRA Minerva SA 0,0295
Corpesca SA(0,4110); Grupo Minsa Sab De CV(0,3101);
SLC Agricola SA(0,2466); Vanguarda Agro SA(0,0323) 0
BRA Minupar Participacoes
SA 0,0239
Corpesca SA(0,2315); Grupo Minsa Sab De CV(0,4584);
SLC Agricola SA(0,2463); Vanguarda Agro SA(0,0638) 0
CHL SA Feria De Los
Agricultores 0,2644
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5402); Fruticola Viconto
SA(0,0965); Grupo Minsa Sab De CV(0,3633) 0
BRA Sao Martinho SA
0,1003
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3208); Corpesca
SA(0,2670); Grupo Minsa Sab De CV(0,3804); Vanguarda
Agro SA(0,0318) 0
BRA SLC Agricola SA Efic. SLC Agricola SA(1,0000) 14
CHL Sociedad Agricola La
Rosa Sofruco SA 0,1417
Agricola Nacional Saci Anasac(0,4140); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3596); Vanguarda Agro SA(0,2264) 0
CHL
Sociedad De
Inversiones Campos
Chilenos 0,005
Corpesca SA(0,1396); Grupo Minsa Sab De CV(0,2317);
SLC Agricola SA(0,5964); Vanguarda Agro SA(0,0323) 0
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
256
BRA Souza Cruz SA
0,1632
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1841); Corpesca
SA(0,2793); Grupo Minsa Sab De CV(0,3187); SLC
Agricola SA(0,1063); Vanguarda Agro SA(0,1116) 0
BRA Vanguarda Agro SA Efic. Vanguarda Agro SA(1,0000) 9
Fonte: Dados da pesquisa. Legenda: Efic. (Eficiente).
Conforme a Tabela 6, pode-se observar que 2 empresas brasileiras foram consideradas
eficientes. Essas empresas foram a SLC Agrícola SA, que foi considerada benchmark para
outras 14 empresas que não foram consideradas eficientes; e, a Vanguarda Agro SA, que foi
considerada benchmark para outras 9 empresas que não foram consideradas eficientes.
Com relação as empresas chilenas, pode-se observar que 4 empresas foram
consideradas eficientes. Essas empresas foram a Agrícola Nacional Saci Anasac, que foi
considerada benchmark para outras 9 empresas que não foram consideradas eficientes; a
Corpesca SA, que foi considerada benchmark para outras 18 empresas que não foram
consideradas eficientes; a Fruticola Viconto SA, que foi considerada benchmark somente para
uma única empresa; e, a Ipal SA, que foi considerada benchmark para outras 10 empresas que
não foram consideradas eficientes no período analisado.
Novamente, a empresas do Grupo Minsa Sab de CV, mexicana, foi considerada
eficiente, no ano de 2012, sendo considerada benchmark por 23 empresas que não foram
eficientes. Em relação aos anos anteriores (2009, 2010 e 2011), apenas o Chile teve o
incremento de uma empresa tida como eficiente, demonstrando assim uma melhor eficiência
entre o grupo de empresas analisadas. Na Tabela 7 são apresentados os seguintes resultados:
Tabela 7: Escore de eficiência e benchmarks das empresas para o ano de 2013
País Empresa Score Benchmark (Lambda) Nº
CHL Agricola Nacional
Saci Anasac Efic. Agricola Nacional Saci Anasac(1,0000) 13
BRA Battistella ADM
Participacoes SA 0,0735
Corpesca SA(0,2715); Grupo Minsa Sab De CV(0,3532);
SLC Agricola SA(0,3753) 0
CHL Blumar SA 0,0896
Corpesca SA(0,2908); Grupo Minsa Sab De CV(0,2762);
SLC Agricola SA(0,4330) 0
BRA Brasilagro-CIA Bras
De Prop Agricolas 0,0388
Corpesca SA(0,0852); Grupo Minsa Sab De CV(0,4049);
SLC Agricola SA(0,5098) 0
CHL Compania Chilena De 0,099 Corpesca SA(0,3858); Grupo Minsa Sab De CV(0,3240); 0
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
257
Fosforos SA SLC Agricola SA(0,2902)
CHL Compania Pesquera
Camanchaca 0,0974
Corpesca SA(0,3454); Grupo Minsa Sab De CV(0,2706);
SLC Agricola SA(0,3840) 0
CHL Corpesca SA Efic. Corpesca SA(1,0000) 18
CHL Empresa Pesquera
Eperva SA 0,0129
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0246); Corpesca
SA(0,1052); Grupo Minsa Sab De CV(0,2047); SLC
Agricola SA(0,6088); Vanguarda Agro SA(0,0567) 0
CHL Empresas Aquachile
SA 0,0148
Corpesca SA(0,1639); Grupo Minsa Sab De CV(0,2603);
SLC Agricola SA(0,5759) 0
CHL Empresas Cabo De
Hornos SA 0,0237
Corpesca SA(0,1620); Grupo Minsa Sab De CV(0,2212);
SLC Agricola SA(0,6167) 0
BRA Eucatex SA Ind E
Com 0,077
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2552); Corpesca
SA(0,2698); Grupo Minsa Sab De CV(0,4001); SLC
Agricola SA(0,0749) 0
BRA Fibria Celulose SA
0,0961
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5540); Corpesca
SA(0,2980); Grupo Minsa Sab De CV(0,1266); SLC
Agricola SA(0,0214) 0
CHL Fruticola Viconto SA 0,6129
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5496); Grupo Minsa Sab
De CV(0,4504) 0
BRA Grazziotin SA
0,1515
Agricola Nacional Saci Anasac(0,7730); Corpesca
SA(0,1580); Grupo Minsa Sab De CV(0,0458); SLC
Agricola SA(0,0232) 0
ME
X
Grupo Bafar Sab De
CV 0,0475
Corpesca SA(0,2308); Grupo Minsa Sab De CV(0,5299);
SLC Agricola SA(0,2393) 0
ME
X
Grupo Minsa Sab De
CV Efic. Grupo Minsa Sab De CV(1,0000) 25
ME
X
Industrias Bachoco
Sab De CV 0,2486
Agricola Nacional Saci Anasac(0,3853); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3738); Vanguarda Agro SA(0,2408) 0
CHL Inversiones Agricolas
Y Comerciales SA 0,1402 Grupo Minsa Sab De CV(0,9519); SLC Agricola SA(0,0481) 0
CHL Invertec Foods SA 0,0708 Grupo Minsa Sab De CV(0,4117); SLC Agricola SA(0,5883) 0
CHL Ipal SA 0,0464
Corpesca SA(0,0446); Grupo Minsa Sab De CV(0,0491);
SLC Agricola SA(0,9063) 0
BRA Klabin SA
0,0396
Agricola Nacional Saci Anasac(0,1564); Corpesca
SA(0,2376); Grupo Minsa Sab De CV(0,4713); SLC
Agricola SA(0,1347) 0
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
258
BRA Minerva SA 0,0681
Corpesca SA(0,1278); Grupo Minsa Sab De CV(0,5472);
SLC Agricola SA(0,2004); Vanguarda Agro SA(0,1246) 0
BRA Minupar Participacoes
SA 0,0615
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0321); Grupo Minsa Sab
De CV(0,6699); SLC Agricola SA(0,1693); Vanguarda Agro
SA(0,1287) 0
CHL SA Feria De Los
Agricultores 0,2412
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5726); Grupo Minsa Sab
De CV(0,4274) 0
BRA Sao Martinho SA
0,0187
Agricola Nacional Saci Anasac(0,0548); Corpesca
SA(0,2882); Grupo Minsa Sab De CV(0,5061); SLC
Agricola SA(0,1509) 0
BRA SLC Agricola SA Efic. SLC Agricola SA(1,0000) 21
CHL Sociedad Agricola La
Rosa Sofruco SA 0,1994
Agricola Nacional Saci Anasac(0,5288); Grupo Minsa Sab
De CV(0,3578); Vanguarda Agro SA(0,1134) 0
CHL
Sociedad De
Inversiones Campos
Chilenos 0,0076
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2885); Corpesca
SA(0,1469); Grupo Minsa Sab De CV(0,2341); SLC
Agricola SA(0,3305) 0
BRA Souza Cruz SA
0,1381
Agricola Nacional Saci Anasac(0,2960); Corpesca
SA(0,3844); Grupo Minsa Sab De CV(0,3012); SLC
Agricola SA(0,0184) 0
BRA Vanguarda Agro SA Efic. Vanguarda Agro SA(1,0000) 5
Fonte: Dados da pesquisa. Legenda: Efic. (Eficiente).
Conforme a Tabela 7, pode-se observar que 2 empresas brasileiras foram consideradas
eficientes. Essas empresas foram a SLC Agrícola SA, que foi considerada benchmark para
outras 21 empresas que não foram consideradas eficientes; e, a Vanguarda Agro SA, que foi
considerada benchmark para outras 5 empresas que não foram consideradas eficientes.
Com relação as empresas chilenas, pode-se observar que 2 empresas foram
consideradas eficientes. Essas empresas foram a Agrícola Nacional Saci Anasac, que foi
considerada benchmark para outras 13 empresas que não foram consideradas eficientes; e, a
Corpesca SA, que foi considerada benchmark para outras 18 empresas que não foram
consideradas eficientes.
Dessa forma, o Chile apresentou duas empresas a menos como eficiente no ano de
2013. Novamente, a empresa do Grupo Minsa Sab de CV, mexicana, foi considerada
eficiente, no ano de 2013, sendo considerada benchmark por 25 empresas que não foram
eficientes.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
259
De modo geral, levando-se em consideração a proporção de empresas que compõe a
amostra por país, pode-se concluir que o Chile apresentou o maior número de empresas
eficientes em relação ao Brasil e ao México. Percebe-se também que as organizações que se
mostraram eficientes, praticamente foram as mesmas em todos os países e em todos os
períodos analisados.
Conforme Viana e Silveira 92008), o desempenho econômico das propriedades
agrícolas pode ser mensurado por meio de indicadores econômicos, dentre esses indicadores
destaca-se os custos de produção. Sendo assim, a análise dos custos de produção apresenta-se
como uma ferramenta indispensável quando se procura verificar a eficiência de uma atividade
produtiva (2008).
Vestana et al. (2008) destaca que o uso das informações contábeis e gerenciais são
importantes para a continuidade da atividade agrícola, essas informações têm tanta
importância quanto a busca de técnicas e produtos agrícolas inovadores. Nessa visão, os
gestores necessitam de um controle eficaz na gestão dos custos nas propriedades rurais,
mantendo esta como uma estratégia essencial. São de extrema relevância tanto para o controle
operacional da execução dos gastos incorridos durante o processo produtivo tanto para traçar
metas de médio e longo prazo, levando em consideração as variações ocorridas no mercado
através do planejamento financeiro de suas atividades.
Os resultados alcançados nesses estudos são reforçados por Souza (2011) que destaca
que cada setor da economia possui uma estrutura de custos específica na qual pode permitir
que algumas empresas possuem melhor desempenho que outras. Neste sentido as
organizações podem dispor de mecanismos que lhes permita monitorar e detectar problemas
na estrutura de custos, evitando que os gestores se acomodem com níveis elevados de
utilização de recursos fixos que podem comprometer a rentabilidade e a lucratividade da
organização.
5. Considerações Finais
O objetivo do presente estudo foi analisar a eficiência econômica das empresas do
agronegócio brasileiro, chileno e mexicano em relação à seus gastos operacionais. Para tanto,
realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, por meio de pesquisa
documental. Utilizou-se de estatística descritiva para descrever as variações dos indicadores,
análise de correlação para verificar a relação entre os indicadores do estudo e Análise
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
260
Envoltória de Dados (DEA®) para verificar a eficiência operacional quanto aos gastos das
empresas que compõe a amostra.
Verificou-se, nos cinco anos analisados, que as empresas chilenas foram, em maior
quantidade, mais eficientes, em todos os períodos analisados, quando comparadas com todos
os outros países analisados, levando-se em consideração a proporção do número de empresas
por país, sendo 12 empresas brasileiras, 9 empresas chilenas e 3 empresas mexicanas No
entanto, quando se avalia as empresas que permaneceram eficientes desde o ano de 2009 até o
ano de 2013, tem-se 4 empresas brasileiras, 2 chilenas e 1 mexicana.
As empresas brasileiras que permaneceram eficientes em todo o período foram a
Fibria Celulose AS, Grazziotin SA, SLC Agrícola SA e Vanguarda Agro SA. As empresas
chilenas foram a Corpesca SA e a Fruticola Viconto SA. A empresa mexicana que
permaneceu eficientes em todos os períodos e que também foi a que mais foi considerada
benchmark pelas demais foi a Grupo Minsa Sab De CV.
Como contribuições do estudo, tem-se a possibilidade de comparação do setor do
agronegócio em três países com um sistema macroeconômico diferenciado, o que possibilita a
visualização dos principais pontos comuns do setor. Como principais limitações tem-se o
número reduzido de empresas mexicanas com dados disponíveis para análise. Dessa forma, os
resultados alcançados neste trabalho não podem ser generalizados.
Como recomendações para trabalhos futuros tem-se a realização de estudos
comparativos em outros países, para que assim possa-se comparar como o mercado se
comporta em cada um. Além disso, tem-se a possibilidade de aplicação de outras técnicas de
análise estatística para análise desses dados, bem como a ampliação da amostra, utilizando-se
também de outros setores da economia, permitindo assim uma comparação com os resultados
obtidos nesse estudo.
6. Referências
ANDRADE, H. S.; SILVEIRA, S. de F. R.; TAVARES, B. Os índices financeiros como uma
ferramenta de benchmarking empresarial: uma aplicação da análise envoltória de dados
(DEA). Anais... ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, v. 24, 2005.
BACKES, J. A. EVA®-Valor Econômico Agregado. ConTexto, v. 2, n. 3, 2002.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
261
BONACIM, C. A. G.; ARAUJO, A.M.P; MIRANDA, C. S. Modelo conceitual de
mensuração do resultado econômico em entidades públicas. ABCustos. Associação Brasileira
de Custos, v. 3, n. 2, p. 1-20, 2008.
CALLADO, A. A. C.; CALLADO, A. L. C. Custos: um desafio para a gestão no agronegócio.
Anais... Congresso Brasileiro de Custos. 1999.
CALLADO, A. A. C.; CALLADO, A. L. C.; MACHADO, M. A. V. Indicadores de
desempenho operacional e econômico: um estudo exploratório no contexto do agronegócio.
Revista de Negócios, v. 12, n. 1, p. 03-15, 2007.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1991.
COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em Administração: Um guia prático para alunos de
graduação e pós graduação. 2 ed. São Paulo: Artmed, 2005.
CARVALHO, C. C. D. A importância da análise das demonstrações contábeis para a área
gerencial. Revista Interatividade, v. 1, n. 2, p. 147-164, 2013.
FÁVERO, L. P.; BELFIORE, P.; SILVA, F. L.; CHAN, B. L. Análise de dados: modelagem
multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Elsevier, Campus, 2009.
FERREIRA, M. A. M.; GONÇALVES, R. M. L.; BRAGA, M. J.. Investigação do
desempenho das cooperativas de crédito de Minas Gerais por meio da Análise Envoltória de
Dados (DEA). Economia Aplicada, v. 11, n. 3, p. 425-445, 2007.
FRANCISCHETTI JR, S. C.; ZANCHET, A. Perfil contábil-administrativo dos Produtores
rurais ea demanda por informações contábeis. Ciências Sociais Aplicadas em Revista, v. 6, n.
11, p. 1-18, 2006.
GRESSLER, L. A. Introdução à pesquisa. Edições Loyola, 2003.
JIAMBALVO, J. Contabilidade Gerencial. 3ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
262
LEONE, G. S. G. Curso de Contabilidade de Custos. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 1997.
LEONE, G. S. G. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3ª Ed. São Paulo: Atlas,
2000.
LIMA, J. G. de. Custos: Cálculos, Sistemas e Análise. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1982.
MACEDO, M. A. S.; BARBOSA, ACTAM; CAVALCANTE, G. T. Desempenho de
Agências Bancárias no Brasil: aplicando Análise Envoltória de Dados (DEA) a indicadores
relacionados às perspectivas do BSC. Revista Economia & Gestão, v. 9, n. 19, p. 65-84, 2009.
MAHER, M. Contabilidade de Custos: Criando Valor para a Administração. 1ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2001.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARTINS, G. de A. Sobre conceitos, definições e constructos nas ciências administrativas.
Gestão & Regionalidade, n. 62, p. 25-35, 2006.
PIRES, E. A.; PANHOCA, L.; BANDEIRA, G. L. da R. Análise da influência do modelo
dinâmico na geração de valor econômico agregado nas empresas calçadistas listadas na
Bovespa nos anos de 2005, 2006 e 2007. Revista Gestão Organizacional, v. 3, n. 2, p. 225-
237, 2010.
PIRES, H. M.; FERNANDES, E. Comparação de indicadores de desempenho econômico
financeiros das quatro maiores empresas brasileiras de transporte aéreo regular no cenário
internacional. Revista de Negócios, Blumenau, Furb, v. 4, n. 4, 1999.
RAUPP, F. M.; BEUREN, I. M. Metodologia da pesquisa aplicável às Ciências Sociais. In:
BEUREN, I. M. (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade: teoria e
prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Gastos operacionais e o desempenho econômico no agronegócio brasileiro, chileno e mexicano Silva, T.P. da; Guse, J.C.; Leite, M.
Custos e @gronegócio on line - v. 11, n. 4 – Out/Dez - 2015. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br
263
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SOUZA, Bruno Carlos de. Relação da estrutura de custos e despesas com a rentabilidade e
lucratividade operacional nos setores têxtil e siderúrgico/metalúrgico no Brasil no período de
2005 a 2009. 2011. 133 f. Tese (Doutorado em Ciências Contábeis) - Departamento de
Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
VESTANA, F. da S.; NOVAES, A. L.; HALL, R. J; CORRÊA, F. T. de B. S.; LOPES, A. C.
V. Análise da utilização de ferramentas contábeis e gerenciais de controle financeiro no ramo
do agronegócio na região da Grande Dourados-MS. INGEPRO - Inovação, Gestão e
Produção, v. 3, n.1 p. 30-43, 2011.
VIANA, J. G. A.; SILVEIRA, V. C. P. Production costs and performance indicators: a
methodology applied to sheep production systems. Custos e @gronegócio on line, v. 4, n. 3,
p. 02-27, 2008.
top related